revista mercado empresarial - febrava

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Distribuição gratuita Ano 4 - Edição nº 25 - Setembro de 2009 Especial Febrava 2009 Conheça o portal: Oportunidades geradas pela crise Gestão: Reaproveitamento: a busca de soluções para a escassez de água Fascículo Saúde: Brasil e Alemanha unem-se em busca de química verde TEMPERATURA EM ELEVAÇÃO Setores do HVAC-R no Brasil, esperam uma retomada ainda em 2009 e maior crescimento no ano que vem Gripe Suína - perguntas e respostas

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Na presente edição, a Mercado Empresarial traça um retrato do setor de HVAC-R, com expectativas e os desafios que têm pela frente, e, ainda, fazendo a sua parte na batalha contra a Gripe A H1N1, oferece os leitores uma edição especial do Fascículo Saúde sobre esta pandemia que até hoje causa perplexidade entre especialistas e o público em geral. Entenda o que é a doença, principais sintomas, e quais seus riscos. E, sobretudo, saiba como prevenir-se.

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Page 1: Revista Mercado Empresarial - Febrava

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ição

gra

tuita

Ano 4 - Edição nº 25 - Setembro de 2009

Especial Febrava 2009

Conheça o portal:

Oportunidades geradas pela crise

Gestão:Reaproveitamento: a busca de soluções para a escassez de água

Fascículo Saúde:Brasil e Alemanha unem-se em busca de química verde

TEmpERATuRAEm ElEvAçãOSetores do HvAC-R no Brasil, esperam uma retomada ainda em 2009 e maior crescimento no ano que vem

Gripe Suína - perguntas e respostas

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Page 3: Revista Mercado Empresarial - Febrava

editorial

expedienteCoordenação: Mariza SimãoDiagramação: Lisia LemesArte: Vladimir A. Ramos, Ivanice Bovolenta, Cesar Sou-za, Silvia Naomi Oshiro, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Gustavo Monreal.Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SPcontato: [email protected] nesta edição: Vinicius Souza e João LopesDistribuição: Febrava - 16ª Feira Internacional de Refri-geração, Ar condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar.

Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309Bauru - Centro Empresarial das Américas Av. Nações Unidas, 17-17 - s 1008/1009 - Vila Yara - CEP 17013-905 - Tel.: (14) 3226-4098 / 3226-4068 Fax: (14) 3226-4046Piracicaba: Sisal Center: Rua 13 de Maio, 768, sl 53 - 5ª andar - Cep.: 13400-300 - Tel.: (19) 3432-1524 - Fax.: (19) 3432-1434Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895Santos - Rua Dr. Carvalho de Mendonça, 238 cj 43 - 4º andar - CEP 11070-101 - Vila Belmiro - Santos - SPTel.: (13) 3232-4763 - Fax: (13) 3224-9326São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 11º and. - cj 1106 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273

O editor não se responsabiliza pelas opiniões expres-sas pelos entrevistados.

Mercado Empresarial

HvAC-R SinAlizA COm mElHORES pERSpECTivAS pARA 2010

udo leva a crer que depois de uma forte retração sofrida no último trimestre de 2008 e no primeiro trimestre de 2009, o setor de HVAC-R (do inglês heating, ventilation, air conditioning and refrigeration), deverá ter uma

recuperação lenta no segundo semestre desse ano, culminando com resultado semelhante ao do ano passado ou pequeno crescimento anual numa faixa de até 2% - projeção essa que leva em conta as diferenças de cada segmento que compõem o setor e como foram diferentemente afetados pela crise financeira mundial.

Realmente, o número é pequeno se comparado com o crescimento de 112,5% no setor verificado entre 2001 e 2006. No ano passado, mesmo com os números negativos a partir de setembro, o setor faturou perto de R$ 19 bilhões, ou R$ 5,4 bilhões a mais do que o faturamento de 2006.

Já para 2010, a previsão é de um crescimento próximo ao do Produto Interno Bruto do país, ou seja 4% a 5%. Os grandes destaques positivos certamente serão os setores de ar condicionado residencial (o mais represen-tativo em volume de faturamento) e o de aquecimento solar (financeiramente pequeno, mas com um potencial de crescimento brilhante). Na outra ponta do espectro está o setor de refrigeração industrial, o mais afetado pela crise.

Números à parte, o setor faz importantes avanços na tecnologia: é o caso das “salas limpas”, ambientes com a qualidade do ar garantida, como, por exemplo, centros cirúrgicos, onde qualquer bactéria pode causar infecções graves. O sistema de climatização tem papel fundamental nesse controle, pois é ele que estabelece a pressurização entre os diversos ambientes, bem como a pureza do ar necessária. Segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), os projetos de construção desses ambientes controlados têm contado com parâmetros cada vez mais estreitos para que possam fornecer monitoramento mais eficiente e amigável para o operador e para o usuário.

Em tempos de pandemias e medo da população, a notícia é mais do que alentadora...

Na presente edição, a Mercado Empresarial traça um retrato do setor de HVAC-R, com expectativas e os desafios que têm pela frente, e, ainda, fazendo a sua parte na batalha contra a Gripe A H1N1, oferece os leitores uma edição especial do Fascículo Saúde sobre esta pandemia que até hoje causa perplexidade entre especialistas e o público em geral. Entenda o que é a doença, principais sintomas, e quais seus riscos. E, sobretudo, saiba como prevenir-se.

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3mercado empresarialmercado empresarial

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sumário

Temperatura em elevação

Panorama do setor

Sustentabilidade

Tecnologia

Vitrine

Gestão

Meio Ambiente

16ª FEBRAVA - o maior centro gerador de negócios do setor

Brasil e Alemanha unem-se em busca de química verde

Celular vira microscópio ca-paz de detectar doenças

Robô-Einstein aprende a sorrir olhando-se no espelho

Painéis solares geram energia com cascas de frutas

Pesquisador da USP cria célula solar com 80% de eficiência

Casa eficiente do National Geographic Channel

Dicas de leitura

Produtos e lançamentos do setor

Oportunidades geradas pela crise

Empresas brasileiras aumentam presença no exterior

Danfoss Apexx VSH recebe prêmio de inovação

Supergreen inaugura o primeiro ecocenter do Brasil

Reaproveitamento: a busca de soluções para a escassez de água

Economia

FascículoSaúde!

Gripe SuínaPerguntas erespostas

Nesta edição:

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Papel, reciclado ou certifi-cado?29

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4044

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44

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202426

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Setores do HVAC-R no Brasil esperam uma retomada ainda em 2009 e maior crescimento no ano que vem

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A crise econômica mundial afetou diferentemente os vários setores do HvAC-R no Brasil, mas quase todos esperam uma retomada ainda em 2009 e maior crescimento no ano que vem.

6 panorama do setor

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panorama do setor

iferente de setores como o automotivo, onde centenas de sub-setores fornecem milhares de peças e serviços mas o re-

sultado final é um único tipo de produto (au-tomóveis) fabricado por relativamente poucas indústrias no mundo, no HVAC-R (do inglês heating, ventilation, air conditioning and refrigeration) a gama de produtos produzidos e os mercados a que eles servem é muito grande. Por isso, a Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, divide sua atividade em 12 departamentos nacionais (como aquecimento solar, ar condi-cionado residencial, ar condicionado central, automação, comércio, instaladores, refrigera-ção, entre outros). Da mesma forma, torna-se complexo obter-se um retrato único para todo o setor, principalmente tão perto de uma crise econômica mundial que afetou diferentemente cada um de seus segmentos.

“De modo geral, podemos dizer que o Brasil demorou a entrar na crise e aparentemente é um dos primeiros países a sair dela e por isso estamos quase todos confiantes com relação a 2010”, afirma o presidente da Abrava, João Roberto Minozzo. “Mas temos fabricantes de ar condicionado de todos os tamanhos, temos os importadores, todo um segmento de peças de reposição e outro de refrigeração industrial, além de projetos, e cada um foi mais ou menos

afetado pela crise também de acordo com vários outros fatores”. Um dos efeitos da crise, segundo ele, é que alguns dos maiores fabricantes não irão participar da Febrava 2009 - Feira Internacional de Refrigera-ção, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, a grande vitrine geradora de negócios do setor. “Não por causa do Brasil, mas porque são multinacionais que estão enfrentando problemas fora do país, em suas matrizes ou outros mercados”, diz.

Ainda assim, levando-se em consideração as diferenças de cada sub-setor, Minozzo acredita que depois de uma forte retração sofrida no último trimestre de 2008 e no primeiro trimestre de 2009, deverá haver uma recuperação lenta no segundo semestre desse ano, cul-minando com resultado semelhante ao do ano passado ou pequeno crescimento anual numa faixa de até 2%.

O número de fato é pequeno se comparado com o crescimento de 112,5% no setor verificado entre 2001 e 2006. No ano passado, mesmo com os números negativos a partir de setembro, o setor faturou perto de R$ 19 bilhões, ou R$ 5,4 bilhões a mais do que o faturamen-to de 2006. Já para 2010, a previsão é de um crescimento próximo ao do Produto Interno Bruto do país, ou seja 4% a 5%. Os grandes destaques positivos certamente serão os setores de ar condicionado residencial (o mais representativo em volume de faturamento) e o de aquecimento solar (financeiramente pequeno, mas com um potencial de crescimento brilhante). Na outra ponta do espectro está o setor de refrigeração industrial, o mais afetado pela crise.

Clima, construção e créditoO faturamento do setor de sistemas de ar condicionado residen-

cial tem crescido desde 1998 sempre dois dígitos por ano, mas para se entender corretamente o dados do Departamento Nacional (DN) de Ar Condicionado Residencial da Abrava é preciso levar em conta

EM ELEVAçãOTemperatura

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7mercado empresarialmercado empresarial

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panorama do setor

que o DN lida basicamente com dois tipos de equipamentos que estão em fases diferentes em sua evolução histórica: os aparelhos “de janela” e os sistemas tipo Split. Os primeiros são os aparelhos tradicionais que precisam de uma pa-rede externa para serem instalados e estão mais sujeitos a compras “por impulso” num verão especialmente quente. Há dez anos o mercado desses aparelhos varia entre 800 mil e 1.1 milhão de unidades por ano no Brasil, com o pico atin-gido em 2006. Em 2007 foram vendidos 1.098 mil aparelhos de janela e no ano passado cerca de 900 mil, uma queda de 21%.

“São principalmente três os fatores que in-fluenciam diretamente o mercado de aparelhos de ar condicionado no Brasil: as variações climá-ticas, a construção civil e a disponibilidade do

crédito a taxas razoáveis, nessa ordem”, explica o presidente do DN, Toshio Murakami. “No ano passado, além da crise que praticamente paralisou a construção civil e dificultou o crédito no quarto trimestre, tivemos dois verões com temperaturas amenas, abaixo das médias histó-ricas, tanto no início como no final de 2008”. Nos três primeiros meses desse ano, a queda foi de 20% em relação às vendas no primeiro trimestre de 2008, mas com a expectativa de um verão mais quente a partir de outubro, Mu-rakami acredita que as vendas anuais fiquem no mesmo nível do ano passado e portanto ainda 21% abaixo dos números de 2007. Para 2010, no entanto, a perspectiva é de um crescimento da ordem de 10%.

Já os sistemas Split, compostos por uma unidade evaporadora interna e uma conden-sadora externa, apesar de terem sido lançados nos anos 1960 só começaram a ser vendidos no Brasil nos anos 1990, sendo que os do padrão atual só chegaram ao mercado nacional a partir

de 2001. Como tinham uma base menor, o per-centual de crescimento nas vendas de sistemas Split é bem superior (33% de 2007 para 2008) e, pela primeira vez, já apresentam um volume de vendas superior ao de equipamentos de janela, com cerca de 1 milhão de sistemas vendidos em 2008 e a expectativa de vendas de 1.1 milhão de conjuntos esse ano.

“Diferente dos aparelhos de parede, o de-sempenho das vendas de sistemas Split depende menos do impulso de um verão quente e mais de planejamento e da construção civil”, explica Murakami. “Portanto, apesar da parada nas construções no final do ano passado, mantive-mos o mesmo nível de vendas registrado em 2007, esperamos um crescimento de 10% para esse ano e 15% para 2010”. Não faltam bons

motivos para essa expectativa. Em primeiro lugar, devido ao impulso governamental e queda de alguns impostos, o setor da construção civil já retomou plenamente suas atividades com um nível semelhante ao verificado antes da crise. Além disso, o potencial de crescimento do mercado brasileiro é o maior do mundo, já que, apesar de sermos um país tropical, apenas 13% das residências possuem ar condicionado e o déficit habitacional ainda é bastante grande.

O setor, contudo, não está livre de proble-mas. Diferente de outros eletrodomésticos, como fogões e geladeiras, os equipamentos de ar condicionado residenciais não tiveram qual-quer incentivo de redução de impostos como o IPI, muito pelo contrário. Desde o final de 2007 a alíquota do IPI é praticamente a mesma para equipamentos comerciais (acima de 60 mil BTU), comerciais leves (entre 30 mil e 60 mil BTU) residenciais leves (abaixo de 30 mil BTU), essas dias últimas categorias fazendo parte do DN de Ar Condicionado Residencial. “A

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panorama do setor

tributação ficou muito pesada, inclusive sobre equipamentos não comerciais, sendo que as três categorias deveriam ser tratadas pelo governo como bens de capital, já que, por exemplo, um hotel ou motel mesmo que pequeno não pode prescindir de um ar condicionado para o conforto do hóspede”, analisa Murakami. “Outro problema é a variação do câmbio, que afetou as importações de equipamentos e peças quando o dólar estava alto, principalmente de modelos high wall, onde a porcentagem impor-tada é significativa, e que agora e antes da crise

atrapalha as vendas para o exterior que já são difíceis por causa de fatores como o custo-Brasil (impostos, transporte, preço dos componentes nacionais, etc)”.

Segundo Murakami, um ponto que po-deria impactar positivamente o setor seria o governo estimular a troca de aparelhos antigos por equipamentos com melhor eficiência no consumo energético e menos nocivos ao meio ambiente, mais ou menos nos mesmos moldes do programa de substituição de 10 milhões de geladeiras nos próximos 10 anos, proposto no início do ano pelos Ministérios do Meio Am-biente e de Minas e Energia. “Os equipamentos de ar condicionado disponíveis no mercado hoje consomem em média 40% a 50% menos energia do que os fabricados há 10 anos, sendo que alguns consomem até três vezes menos”, diz. “Além disso, a maioria dos equipamentos atuais já usa o gás refrigerante R-22, que não é um CFC e portanto é bem menos agressivo ao meio ambiente que o antigo R-11”.

Gás ecológico, a tendênciaMurakami afirma ainda que a utilização de

gases ecológicos é uma tendência crescente no setor e que ganharia muito com algum estímulo governamental que chegasse às áreas de pesquisa e desenvolvimento da indústria. “Realmente, a preocupação com a questão da eficiência energética e a proteção do meio ambiente tem crescido imensamente na última década”, acrescenta o presidente da Abrava. “Se

de alguma forma juntarmos isso ao mercado consumidor interno de baixa renda, como está sendo feito no setor de aquecimento solar, o incentivo será bem interessante”.

De fato, apesar de ainda representar pouco no faturamento total da Abrava (R$ 800 mi-lhões em 2008, ou cerca de 4,2%), as empresas do Departamento Nacional de Aquecimento Solar – Dasol, na esteira das preocupações ecológicas e econômicas, têm crescido a taxas muito superiores às de qualquer outro setor da associação. Com quase 40 anos de desenvolvi-

mento no Brasil, o setor está maduro, com o 6º maior parque industrial do segmento no mun-do, mais de 200 fábricas, 23 mil empregados, 3.000 pontos de venda e qualidade equivalente a qualquer indústria de topo no planeta, mas com produtos projetados para serem adequados às condições de praticamente todos os micro-climas existentes no Brasil.

“Depois da padronização pelo Inmetro e da isenção do IPI e do ICMS para os produtos de aquecimento solar em 1998, tivemos o merca-do praticamente duplicado em 2001 devido ao ‘apagão elétrico’, o que levou algumas empresas a investirem numa ampliação da capacidade de produção que ainda hoje está ociosa”, conta Carlos Felipe da Cunha Faria, diretor da Dasol e coordenador da iniciativa Cidades Solares, que trabalha com a sensibilização cultural e

Toshio Murakami, presidente do DN

“São principalmente três os fatores que influenciam diretamente o mercado de aparelhos de ar condicionado no Brasil: as variações climáticas, a construção civil e a disponibilidade do crédito a taxas razoáveis, nessa ordem”

A utilização de gases ecológicos é uma tendência

crescente no setor e que ga-

nharia muito com algum estímulo governamental

que chegasse às áreas de pes-quisa e desen-volvimento da

indústria.

9mercado empresarialmercado empresarial

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assessoria, inclusive jurídica, para que prefeitu-ras adotem políticas para o setor. “Mas, com a aprovação na cidade de São Paulo, em 2007, da lei que obriga as novas edificações comerciais usarem água quente e todas as residências cons-truídas com quatro banheiros ou mais a terem sistemas de aquecimento solar, devemos ter um reflexo imenso no mercado nos próximos anos”. Depois de São Paulo, 20 outras cidades implantaram projetos semelhantes, incluindo Ribeirão Preto, Jundiaí e Marília, e em agosto estavam previstas votações em outras três importantes capitais: Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.

Aquecimento solar Assim como no mercado de Splits, o setor

de aquecimento solar tem crescido sempre dois dígitos por ano. Em 2007, o crescimento foi de 35% e 2008 apontava, a princípio, para uma evolução no mesmo patamar. Entretanto, com a paralisação da construção civil no final do ano, o crescimento foi de “apenas” 18%, o que significa a instalação de 670 mil metros quadrados de coletores solares. “Mas a reto-mada já começou, com um crescimento de 4% no primeiro trimestre desse ano em relação ao mesmo período de 2008 e expectativa de atingirmos novamente um número acima de 30% no resultado anual”, afirma Faria. Segun-do ele, no ano passado a utilização de sistemas de aquecimento solar cresceu 60% em todo o mundo, puxada principalmente pela Alemanha (que dobrou sua área instalada de coletores solares), de países como a Espanha, África do Sul e Namíbia, que tornaram o uso obrigatório para novas edificações, e a China que foi res-

ponsável por quase 75% desse crescimento. “A tendência mundial é irreversível, ainda mais com a entrada em vigor da lei nos Estados Unidos em 2010”, diz. “Na América do Sul, já temos a obrigatoriedade no Uruguai e leis tramitando no Chile e na província de Buenos Aires, na Argentina”.

Minha Casa Minha Vida A grande expectativa do setor, contudo, é

uma integração maior com o programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, que pretende financiar a construção de um milhão de casas populares até o final de 2010. “Assim como aconteceu com a questão da madeira legal, a Caixa Econômica Federal está pedindo um tempo para conscientizar os parceiros do programa antes de, talvez, tornar obrigatório o uso de coletores de energia solar nos projetos”, conta Faria. “Por isso, em agosto montamos em parceira com a PUC, a Abrava, o governo alemão e outras entidades, três turmas para capacitar os engenheiros da Caixa a lidar com a questão do aquecimento solar nas autorizações de projetos do programa”.

Faria calcula que numa demanda de 500 mil casas, por causa do volume de produção o custo de cada sistema de aquecimento solar popular cairia dos atuais R$ 1.600,00 para R$ 900,00. “No preço atual, por meio do financiamento que a Caixa já autoriza, o custo mensal para a instalação de um sistema como esses em uma casa popular nova é de apenas R$ 4,00 e a eco-nomia de energia varia de R$ 15,00 a R$ 50,00 dependendo da tarifa elétrica de cada região”, diz. “Hoje temos mais de 50 mil casas populares usando aquecimento solar, algumas há mais

panorama do setor

Assim como no mercado de

Splits, o setor de aquecimento

solar tem cresci-do sempre dois dígitos por ano

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de oito anos, o que comprova a viabilidade e a qualidade dos sistemas”. De acordo com o diretor da Dasol, a entidade também tinha reu-niões agendadas em agosto com as dez maiores construtoras do Brasil interessadas em projetos ligados ao Minha Casa Minha Vida. Ainda as-sim, com apenas 1,8% dos domicílios brasileiros contando com energia solar (bem diferente de países como Israel e Chipre, onde a adoção bate dos 95%), ainda está longe a meta da associação de conseguir uma média de um metro quadrado de coletar solar por brasileiro.

Refrigeração IndustrialNo outro lado da gangorra, e com os piores

expectativas quanto ao futuro próximo, está o Departamento Nacional de Refrigeração Indus-trial da Abrava. “Em toda crise a indústria de bens de capital é a primeira a parar a última a voltar”, comenta Hitiro Otani, diretor do DN e conselheiro da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria Alimentícia, Farmacêutica e de Refrigeração Industrial da Abimaq. “Consultan-do os colegas, já que nem todos têm a obrigação de divulgar seus números, acreditamos que o faturamento do setor no ano não deve passar de 50% a 60% do que faturamos em 2008”.

Vários motivos se somam para esse resulta-do. Em tempos de crise os empresários tendem a cortar os investimentos, principalmente em aumento da produção. Houve uma grande queda no volume total e na rentabilidade das ex-portações, especialmente de carne o que levou ao fechamento de cinco grandes frigoríficos em 2009. Isso sem falar na fusão de duas gigantes do setor (Sadia e Perdigão), o que fatalmente leva a um enxugamento e racionalização da produção com o uso da capacidade ociosa. Já no “pós-crise”, a queda do dólar está afetando fortemente as exportações para mercados como Argentina, Chile, Venezuela e Peru, que representavam 10% a 20% do faturamento do setor de Refrigeração Industrial.

“O setor é relativamente pequeno no Brasil, com duas grande empresas multinacionais e seis ou sete de médio porte”, explica Otani. “Não tivemos grandes problemas de restrição de crédito, mas sim com as reduções nos inves-timentos e a queda de receita e rentabilidade pelas empresas exportadoras”. Segundo ele, 2009 será um ano de “luta pela sobrevivência” e para manter um mínimo de capital intelectual dentro das empresas. “Ainda assim, imagino que tenhamos tido uma redução de 10% a 15% de pessoal”, admite. “E devemos virar o ano com uma carteira de pedidos ainda baixa, de modo que 2010 ainda deve ser um ano difícil se não houver valorização do dólar e um crescimento mais forte em indústrias-chave para nós, como a de alimentação”.

“O grande problema do câmbio é a in-certeza”, define o presidente da Abrava, João Roberto Minozzo. “Se for definido um patamar, seja qual for, as empresas terão uma capacidade maior de planejar seus investimentos e ativida-des”. Quanto aos empregos do setor, ele afirma que a maioria das empresas conseguiu manter os seus quadros e quem demitiu foram as mul-tinacionais porque tiveram de sair do Brasil por problemas decorrentes da crise econômica na matriz ou em outros países. “Mas outras conse-guiram absorver parte dessa mão-de-obra”.

“E devemos virar o ano com uma carteira de pedidos ainda baixa, de modo que 2010 ainda deve ser um ano difícil se não houver valo-rização do dólar e um crescimento mais forte em indústrias-chave para nós, como a de alimentação”

Hitiro Otani, diretor do DN de Refrigeração Industrial e Conselheiro da Abimaq

“Hoje temos mais de 50 mil casas populares usando aquecimento solar, algumas há mais de oito anos, o que comprova a viabilidade e a qualidade dos sistemas”

Carlos Felipe da Cunha Faria, diretor da Dasol e coordenador da iniciativa Cidades Solares

panorama do setor 11mercado empresarialmercado empresarial

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que passou a exigir uma rastreabilidade eficaz e por isto, as etapas de projeto e montagem precisam ser seguidas e documentadas desde o início e complementadas com o comissiona-mento e com a qualificação da instalação nos diversos níveis (projeto, fabricação, montagem, testes, balanceamentos etc.), o que resulta num verdadeiro dossiê que será fundamental para a “Validação” do processo como um todo. Esta validação do processo, normalmente feita por exigências diversas, entre as quais para a libera-ção da exportação do produto em outros países, talvez seja a maior propulsora para o aperfeiço-amento dos sistemas de ar condicionado para indústrias de alta tecnologia.

A Abrava afirma que o mercado de tecno-logias para melhoria da qualidade do ar interior vem se solidificando a cada ano e suas soluções são consideradas estratégicas para empresas de diferentes segmentos assim como órgãos governamentais. Os Estados Unidos seriam atualmente o líder nas pesquisas de tecnologias inovadoras para melhoria da qualidade do ar e também no consumo racional de energia, outro fator muito relevante nos dias de hoje. A pró-pria ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, através do capítulo 62.1 reconhece novas tec-nologias, por exemplo a Foto-Catálise, como importantes armas na melhoria da qualidade do ar com baixíssimo impacto energético.

No Brasil a nova norma sobre qualidade o ar interior também reconhece novas tecnologias

SEm RiSCO DE CONTAM INAçãOe prédios com data-centers e call-centers que precisam de temperaturas controla-das para manter os sistemas de informá-

tica no ar a centros cirúrgicos onde qualquer bactéria pode causar infecções graves, passando por laboratórios de produção de componentes eletrônicos que precisam ficar livres de poeira ou partículas suspensas, o campo para “salas-limpas” é imenso e cada vez mais exige novas tecnologias. No caso específico dos sistemas de ar-condicionado a demanda por soluções de alta tecnologia presente e a complexidade têm evoluído muito.

Segundo a Abrava, os projetos de constru-ção desses ambientes controlados têm contado com parâmetros cada vez mais estreitos para que possam fornecer monitoramento cada vez mais eficiente e mais amigável para o operador e para o usuário. “Temos realizado diversos projetos de destaque recentemente em hospitais de ponta como o Albert Einstein e o Sírio-Libanês, em São Paulo, assim como em importantes empresas multinacionais de ramos como farmacêutico, eletro-eletrônico, alimentício, etc”, conta o presidente da Abrava, João Roberto Minozzo. “Tanto que teremos na Febrava 2009 uma ilha em parceria com a SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação, mostrando um centro cirúrgico em funcionamento”.

De acordo com a entidade, os sistemas de ar condicionado têm sofrido também um impacto positivo advindo da legislação e da fiscalização,

panorama do setor

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panorama do setor

como importantes ferramentas às técnicas hoje existentes. Nesta área houve um importante progresso na tecnologia de filtragem do ar com o desenvolvimento, principalmente para atender a indústria de “salas-limpas”, de ultra filtros que podem produzir ar praticamente livre de partículas de matéria e micro orga-nismos, filtros eletrônicos de alta tecnologia e filtros de gases capazes de reter a maioria dos poluentes gasosos do ar. Entretanto, estes filtros são de alto custo e não se justificam em instalações de ar-condicionado comerciais. Mas também existe no mercado uma ampla gama de filtros de eficiência intermediária e custos acessíveis que têm crescente utilização em sistemas comerciais de alta qualidade. Por isso a Abrava alerta que é importante o usuário consultar um profissional de qualidade do ar de interiores para definir as melhorias tecnologias para cada aplicação.

A qualidade do ar interior depende essen-cialmente de um sistema de ar condicionado corretamente projetado, instalado e mantido, que providencie ampla renovação do ar ambien-te por ar exterior de boa qualidade e seja pro-vido de filtros de boa qualidade. A renovação de ar é necessária para assegurar os limites das concentrações recomendadas de gases como o CO2. A nova norma NBR 16.401 apresenta três níveis diferentes de renovação: mínimo, intermediário e nível com evidências de redu-ção de reclamações e manifestações alérgicas para pessoas.

SEm RiSCO DE CONTAM INAçãO

Os sistemas de climatização em Estabeleci-mentos Assistenciais de Saúde (EAS), por sua vez, devem seguir as premissas estabelecidas na norma ABNT NBR 7256 - Tratamento de Ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) - Requisitos para Projeto e Exe-cução das Instalações. O projeto dos sistemas de climatização deve controlar as condições termo-higrométricas internas, grau de pureza e renovação de ar, distribuição de ar e nível de ruído.

Ambientes críticos de Estabelecimentos As-sistenciais de Saúde, tais como Salas de Cirurgia, Unidades de Tratamento Intensivo, Unidade de tratamento de Queimados e Salas de Isolamen-to, por exemplo, possuem requisitos específicos e rígidos quanto às condições de temperatura, umidade relativa, grau de filtragem, pressu-rização e nível de ruído. O desenvolvimento do projeto dos sistemas de climatização é de fundamental importância, pois para que todos estes requisitos sejam cumpridos deverão ser observadas as necessidades de espaços par instalação e manutenção de equipamentos, bem como para caminhamento de redes de dutos e tubulações.

Estas instalações impactam significativa-mente na arquitetura e demais instalações, de forma que um projeto de sistemas de ar con-dicionado mal concebido ou desenvolvido fora do tempo adequado (juntamente com as demais especialidades) pode inviabilizar o projeto como um todo. Em tempos de pandemias e medo da população, a entidade reforça o alerta de que um problema sério em Estabelecimentos Assis-tenciais de Saúde é o controle da contaminação e prevenção de transmissão de infecções ou outras moléstias, e que o sistema de climati-zação tem papel fundamental neste controle, pois é ele que estabelece a pressurização entre os diversos ambientes, bem como a pureza do ar necessária. mE

Novas tecnolo-gias garantem

qualidade do ar em ambientes

sensíveis.

“Teremos na Febrava 2009 uma ilha em parceria com a SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação, mostrando um centro cirúrgico em funcio-namento”

João Roberto Minozzo, presidente da Abrava,

13mercado empresarialmercado empresarial

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evento

specialistas e interessados em conhecer as últimas inovações tecnológicas mundiais em máquinas, equipamentos e componentes para os mercados de

refrigeração, fabricação de gelo, conversação de alimentos, ar-condicionado, aquecimento, ventilação, controle de poluição, tratamento de água, ar, esgoto, gases e resíduos em geral e transporte frigorificado, estarão reunidos de 22 a 25 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes, na

Capital paulista. É quando acontece a 16ª Febrava - Feira Internacional de Refrigera-ção, Ar-condicionado, Ventilação, Aqueci-mento e Tratamento do Ar, considerado o maior centro gerador de negócios do setor da América Latina.

O mega evento, promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado em parce-ria com a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e o Sindratar/SP (Sindi-cato das Indústrias de Refrigeração, Aque-

cimento e Tratamento do Ar do Estado de São Paulo), apresenta 550 expositores, de 25 países, em uma área total de 38.000 m², e prevê receber cerca de 28 mil visitantes e compradores. Entre as novidades que serão apresentadas, os grandes destaques são os sistemas, equipamentos e acessórios de refrigeração para frigoríficos.

A cadeia do frioMaior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil

vem investindo no desenvolvimento tecnológico para atender as exigências de mercados internacionais. Um dos setores que se tornaram fundamentais nesse senti-do foi a cadeia do frio, que é um item primordial para a

conservação do alimento e, juntamente, com a logística, influenciam diretamente na qualidade e eficiência do processo produtivo.

São sistemas de refrigeração através do uso de CO2, túneis de retenção variável, equipa-mentos de refrigeração controlados, motores ventiladores, compressores, geradores e válvu-las, que aumentam a produtividade, melhoram a qualidade e reduzem perdas durante armazena-mento e resfriamento da carne dos frigoríficos e, ainda, contribuem com o meio-ambiente, ao diminuir o consumo de energia durante a produção de frio.

“Os avanços tecnológicos registrados no setor acompanham o desenvolvimento mundial, trazendo equipamentos com maior precisão, com recursos chamados “inteli-gentes”, e a disponibilização da tecnologia no comando da maioria deles. Com isso, está acessível ao mercado equipamentos de refrigeração que reduzem o consumo ener-gético; também, equipamentos com emissões de fluidos refrigerantes que se enquadram no Protocolo de Kyoto e no de Montreal”, afirma o presidente do Sindratar/SP, José Rogélio Miguel Medela.

Para conhecer mais novidades da cadeia do frio direcionadas aos frigoríficos, estarão partici-pando da Febrava, entre outras, as empresas AF Brasil, Apema, Bitzer, Curva e Cobre, Danfoss, Elco, ebmpapst, Evacon, Fengda Nebulizado-res, Frigelar, Friopeças, Full Gauge Controls, Invensys/Robertshaw, Lantery, LG Electronics,

Os quatro segmen-tos representativos

do setor alcançaram um faturamento

anual na ordem de R$ 18 bilhões.

E

MAIOR CENTRO GERADOR DE NEGóCIOS DO SETOR

16ª. FEBRAVA14

Page 15: Revista Mercado Empresarial - Febrava

evento

Microblau Automação, Parker Hannifin, Perfilisa, Reposul, Samatec, Termomecânica e Trineva.

Segundo a Abrava, os quatro setores da economia representados pela entidade alcançaram um faturamento anual na ordem de R$ 18 bilhões, distribuídos entre indústria, comércio e serviço.

Vários eventos acontecerão paralelamente à Feira: o XI Conbrava (Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar); as Ilhas temáticas, onde o visitante e comprador têm a oportunidade de visualizar e interagir com o equi-pamento em atividade e compreender o funcionamento do processo produtivo da indústria; a Rodada Internacional de Negócios, que pretende promover reuniões comerciais entre empresas brasileiras dos setores representados na feira e potenciais importadores estrangeiros; e o Selo Destaque Inovação.

Sustentabilidade é tema Com o tema “Sustentabilidade - Manter para preservar”, o XI

Conbrava apresentará trabalhos e casos de sucesso de vários segmen-tos ligados ao setor de HVAC-R (do inglês heating, ventilation, air conditioning and refrigeration) que ressaltem aspectos em eficiência energética e sustentabilidade. O evento terá mais de 30 palestras, ministradas por importantes especialistas do segmento, e três mesas-redondas temáticas - Qualidade do Ar Interior, Fluidos Refrigerantes e Eficiência Energética, coordenadas por renomados executivos internacionais. mE

15mercado empresarialmercado empresarial

Page 16: Revista Mercado Empresarial - Febrava

economia

A Sondagem Industrial divulgada pela CNI aponta que as grandes empresas interromperam a tendência de queda na produção no segundo trimestre de 2009 e devem ajudar na retomada da atividade industrial das pequenas e médias empre-sas no segundo semestre. “É um bom sinal porque são as grandes, as primeiras a saírem da crise. Ao saírem, devem aumentar a sua demanda e puxar as pequenas e médias”, afirmou o economista da CNI, Renato da Fonseca, ao jornal O Estado de S.Paulo. A pesquisa mostrou que o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) continua abaixo dos patamares dos últimos anos e os estoques estão acima do planejado, logo, a retomada deve ser gradual. O Nuci ficou em 69% no segundo

trimestre, mesmo patamar de 2003. Entre 2004 e 2008, o índice esteve sempre acima dos 70%. No segundo trimestre de 2008, foi de 77%. Segundo a CNI, 52,4% das empresas operaram abaixo do usual para o período e apenas 6% responderam estar com o nível de utilização do parque fabril acima dos anos anteriores.

Segundo estudo do economista Silvio Sales, consultor da FGV e ex-coordenador de Indústria do IBGE, a produção industrial tem de crescer, em média, 2% ao mês até o final do ano para

conseguir retomar o nível pré-crise de dezembro passado. De acordo com Sales, de janeiro a maio, quando a indústria acumulou crescimento de 7,8%, a expansão média na margem (ante mês anterior) foi de 1,5%. O retorno ao nível de produção de setembro de 2008 ainda este ano seria um feito extraordinário para o setor, que levou 30 meses (entre o início de 2006 e setembro de 2008) para percorrer um caminho que, agora, seria concluído em sete meses. Sales avalia a recuperação industrial como “discreta”. Apesar de a perspectiva parecer muito otimista, ele a considera possível, diante da reação contínua nos últimos meses, ainda que lenta. A crença na manutenção da recuperação industrial em junho, com aceleração a partir do início do segundo semestre, está nos indicadores de confiança dos em-presários da CNI e da FGV. Para Sales, mesmo que a indústria retome a produção pré-crise em dezembro, isso não evitará que encerre o ano com queda em torno de 7%. Os indicadores antecedentes mostram desaceleração no crescimento do setor na margem em junho.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Governo prevê aumento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. Apesar de ser uma taxa de crescimento menor do que os 4,5% previstos no Orçamento da União para o próximo ano, o ministro acredita que a economia voltará a crescer ao longo deste ano e fechará 2009 em alta, entre 1% e 2%. “O importante é que já estamos em processo de recuperação, sem olhar para o retrovisor”, disse.

Com as novas perspetivas, o Governo refez as estimativas para a criação de vagas formais de emprego. Em vez de 500 mil, deverão ser abertos aproxima-damente 1 milhão de postos ao longo deste ano.

SOndAGEm dA Cni MOSTRA REAçãO DA INDúSTRIA

GOvERnO pREvê: PIB BRASILEIRO DEVE CRESCER 4% EM 2010

Produção industrial terá de crescer 2%

ao mês para retomar nível pré-crise.

16

Page 17: Revista Mercado Empresarial - Febrava

economia

O BNDES e os agentes financeiros da instituição esperam forte demanda na linha de financiamento à exportação para bens de capital, com juros fixos em reais de 4,5% ano, segundo o jornal Valor Econômico. O BNDES-Exim, braço de exportações do BNDES, prevê que todos os R$ 7,6 bilhões oferecidos pelo banco para apoiar a linha de pré-embarque sejam contratados e de-sembolsados até dezembro de 2009. Caso a demanda dos exportadores projetada pelo BNDES e pelos agentes financeiros se confirme, o BNDES-Exim deverá reverter a situação registrada no primeiro semestre do ano, quando os desembolsos da linha de pré-embarque caíram 50%.

Em julho último, depois de o CMN ter aprovado resoluções sobre a redução dos juros, o BNDES enviou cartas-circulares aos agentes financeiros detalhando as novas condições de financiamento.

A exportação de bens de consumo, que inclui itens como alimentos, continuam a ser financiadas pelo banco com juros de 9,3% ao ano mais o spread do agente financeiro.

O Brasil concluiu, no final de julho último, a nova operação de lança-mento de títulos da dívida externa. Além dos US$ 500 milhões obtidos nos mercados dos Estados Unidos e da Europa, o País captou mais US$ 25 milhões com a extensão da operação para a Ásia, segundo o Jornal do Commercio. Foram lançados títulos de longo prazo, com vencimento em janeiro de 2037. Essa emissão de títulos no mercado internacional tem como objetivo melhorar o perfil da dívida, substituindo papéis que pagam juros maiores e com prazos mais curtos por títulos que sejam mais vantajosos para o governo. Segundo o Ministério da Fazenda, a demanda pelos títulos Global 2037 nos EUA e na Europa foi de US$ 7 bilhões, 14 vezes o valor vendido.

As reservas internacionais brasileiras registraram um novo recorde histórico em 16/7 último, totalizando US$ 209,576 bilhões, pelo conceito de liquidez internacional, conforme apurou o DCI. O valor mais alto já atingido pelas reservas, até então, havia sido de US$ 209,386 bilhões, em 6 de outubro de 2008. O novo valor representa uma elevação de US$ 265 milhões em relação aos US$ 209,311 bilhões registrados no dia anterior. Apesar da crise internacional, o Banco Central retomou os leilões de com-pra de dólar no dia 8 de maio. Desde então, essas intervenções diárias já retiraram US$ 6,2 bilhões do mercado, conforme dado atualizado até 15 de julho. Essas intervenções têm sido possíveis porque o fluxo de dólares voltou a ficar positivo para o Brasil. Outro motivo que ajudou o aumento do montante foi a valorização dos ativos que compõem as reservas. Os quase US$ 210 bilhões são investidos em aplicações consideradas de baixíssimo risco, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos e o ouro. No auge da crise, o BC repassou US$ 14,5 bilhões aos bancos em leilões simples de venda de dólar. Ao mesmo tempo, empréstimos para exportadores colocaram US$ 24,4 bilhões no mercado. Desses recursos, US$ 15,9 bilhões já foram devolvidos ao Banco Central.

ExpORTAçãO DE BENS DE CAPITAL TEM FORTE DEMANDA

BRASil FAz nOvA CApTAçãO NO EXTERIOR

RESERvAS inTERnACiOnAiS ATINGEM O RECORDE DE US$ 209,5 BI

17mercado empresarialmercado empresarial

Page 18: Revista Mercado Empresarial - Febrava

gestão

ano começou com muitas incertezas geradas pela crise mundial. Ninguém sabia exatamente o que iria acontecer

e, como em toda situação de dúvidas, muitas empresas reduziram custos, priorizaram e restringiram muitos dos investimentos pre-vistos.

Em um artigo que publiquei em fevereiro de 2009, destaquei que este seria um ano de oportunidades. A crise abriria muitas janelas para bons negócios. Não me referia apenas às fusões e aquisições, mas também às oportuni-dades para empresas investirem com o objetivo de reduzir custos por meio de automação de processos, terceirização e também aplicação do talento de suas equipes para incrementarem a divulgação de seus produtos e aumentarem suas vendas.

Repassando o que aconteceu no primeiro semestre, podemos destacar a fusão da Duratex com a Sapitel, que formou a maior empresa de painéis do hemisfério sul. Segundo admi-nistradores das duas empresas, a união trará complementaridade em termos geográficos e

de produtos e competitividade para atender o mercado imobiliário.

Outra transação que merece destaque é a criação da Brasil Foods, com Perdigão e Sadia trabalhando juntas e respondendo por 25% do mercado exportador global de aves.

Provavelmente, outros investimentos serão feitos por estas companhias. Sem dúvidas, consultorias serão contratadas para reorganizar as empresas, montar novas estruturas organiza-cionais e dimensionar o tamanho exato de todas áreas de suporte. Estes novos investimentos movimentam o segmento de serviços e geram resultados por meio da redução e diluição de custos.

No mercado de capitais, merece destaque também a operação da Natura. Ela abriu ca-pital em maio de 2004 e neste ano fez uma nova oferta pública. Segundo o prospecto de aumento de capital divulgado pela empresa, estes recursos serão aplicados principalmente na ampliação da liderança do mercado brasileiro, com foco na inovação de produtos, investimen-

GERADAS PELA

*Nelson Martinez

*Nelson Martinez é diretor de administra-ção e finanças da AZ4 Group e professor do MBA da FIA-USP

OpORTunidAdES

O

CRISE

18

Page 19: Revista Mercado Empresarial - Febrava

gestão

to na eficiência operacional e ampliação dos negócios na América Latina.

Ainda falando no mercado de beleza e higiene pessoal, a Unilever divulgou recentemente o resultado do primeiro semestre de 2009. Comparativamente ao mesmo período de 2008, as vendas brutas cresceram 4% e, segundo relatório divulgado no site, a empresa está encorajando a continuidade do crescimento por meio de maior participação de mercado, usando a força das marcas, a inovação e a forte presença no ponto de venda.

Outra empresa do segmento que divulgou os resul-tados foi a L’Oréal. As vendas do semestre aumentaram em relação ao primeiro semestre de 2008. No relatório, a empresa destaca marcas, inovação e presença no ponto de venda como os principais motivos para o aumento registrado.

Enfatizei este segmento e a estas três grandes companhias para demonstrar como a crise também abre oportunidades. As empresas citadas sabiam que o consumo de produtos de higiene pessoal tende a au-mentar com a queda das vendas de produtos duráveis e semiduráveis. Ou seja, priorizaram os investimentos e sabiam exatamente onde investir para aproveitar uma das janelas abertas pela crise.

A mensagem que fica é que, mesmo em momentos difíceis, é preciso buscar e criar oportunidades. Resul-tados podem ser atingidos e até mesmo superados. É necessário focar e priorizar os investimentos e executar aqueles com retorno rápido, com redução de custos e baixo nível de incertezas. mE

“”

Mesmo em momentos difíceis, é preciso buscar e criar

oportunidades. Resultados podem ser atingidos e até

mesmo superados. É necessário focar e priorizar os investimentos e executar aqueles com retorno rápido,

com redução de custos e baixo nível de incertezas.

19mercado empresarialmercado empresarial

Page 20: Revista Mercado Empresarial - Febrava

pesar da crise econômica mundial, que atingiu o Brasil com mais força a partir do quarto trimestre de 2008, o ano pas-

sado registrou um avanço das companhias bra-sileiras nos mercados globais, com a aquisição de empresas e subsidiárias no exterior.

Segundo o Ranking das Transnacionais Bra-sileiras, elaborado pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Vale Columbia Center e com patrocínio da KPMG, 25,32% das receitas das 20 maiores transnacionais brasileiras em 2008 foram geradas em operações com o exterior. Esse resultado representa um avanço em re-lação a 2007, quando a proporção das receitas

no exterior sobre o total era de 24,16%, e também sobre 2006 (21,54%).

Os ativos no exterior das 20 maiores transnacionais do Brasil somaram R$ 199,52 bi-lhões em 2008, o equivalente a 27,66% do total. Enquanto o total de ativos dessas empresas

cresceu 19,14% de 2007 para 2008, a evolução dos ativos no exterior chegou a 32,13%. O número de funcionários no exterior também vem aumentando e cresceu 40,92% sobre o ano anterior, chegando a 27,52% do total da mão-de-obra.

Em 2008, o fluxo de investimento brasileiro no exterior realizado pelas transnacionais tota-lizou R$ 10,8 bilhões, segundo dados da Asso-ciação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Esse volume, investido em operações

de fusões e aquisições, representa cerca de um quarto do total de investimento brasileiro direto no exterior.

RankingO ranking classificou o nível de internacio-

nalização de 41 empresas brasileiras com base em receita, ativos e funcionários no exterior em comparação aos resultados totais. Nesses três indicadores, a taxa de crescimento em relação a 2007 foi maior nas operações internacionais do que nas nacionais.

As empresas brasileiras cresceram mais no exterior em 2008 do que no mercado interno, diz a pesquisa. Isso pode se dever a uma possível saturação do mercado nacional, frente a opor-tunidades de negócios crescentes no cenário internacional.

O ranking das empresas brasileiras mais internacionalizadas é encabeçado pela Gerdau, que tem 63% do total de ativos e mais de 50% das vendas e funcionários no exterior. Em relação ao ano anterior, a empresa registrou aumento de 49% na receita no exterior, 52% nos ativos e 24% no número de funcionários em 13 países.

ImpactoApesar do aumento do nível de interna-

cionalização das empresas, porém, a crise mundial teve um impacto sobre as operações, especialmente a partir do quarto trimestre de 2008. O impacto foi mais visível nas operações internacionais do que nas domésticas, o que

A

EmpRESAS BRASilEiRASAUMENTAM PRESENçA NO EXTERIOR

mercado

O ranking das empresas brasileiras mais internacionaliza-das é encabeçado

pela Gerdau.

20

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21mercado

fez com que 14 empresas (das 41 listadas no ranking) reduzissem seu índice de internacio-nalização, diz o coordenador do Núcleo de Internacionalização da Fundação Dom Cabral, Jase Ramsey.

A pesquisa aponta que os resultados eco-nômico-financeiros das operações no exterior ainda são menores do que os registrados no mercado interno, e que as empresas estão mais satisfeitas com o desempenho do mercado doméstico.

De acordo com o levantamento, apesar dos grandes investimentos durante os primeiros três trimestres de 2008, as empresas vivenciaram a diminuição da demanda internacional, o que resultou em menores margens após setembro. “Mas a crise também tem criado novas opor-tunidades, devido a preços relativamente mais baixos de ativos em outros países”, afirma Ramsey.

LocalizaçãoDe acordo com a pesquisa, os países da

América Latina concentram 46,23% das sub-sidiárias das transnacionais brasileiras. Em segundo lugar vem a Europa, com 20,61%, seguida pela América do Norte, com 17,31%. Segundo Ramsey, na comparação com 2007, houve um aumento da presença na América Latina e diminuição na Europa. Custos de lo-gística, maior semelhança cultural e facilidades de acordos comerciais são citados como fatores que podem influenciar as empresas a concentrar suas atividades em países mais próximos em um momento de crise como o atual.

O impacto da crise varia de acordo com o setor de atuação, mas poderá revelar uma desaceleração na internacionalização das empresas em 2009, segundo a pesquisa. No entanto, quando questionadas sobre suas expectativas de desempenho para 2010, as transnacionais indicam confiança na recupe-ração da economia e no futuro crescimento de vendas, lucratividade e market share, tanto no mercado doméstico como no mercado internacional.

Segundo os autores do estudo, apesar de afetadas pela crise, as transnacionais brasi-leiras não descartam seu comprometimento com a internacionalização, e a expectativa é de que o fluxo de investimento brasileiro no exterior continue crescendo. “As transnacio-nais brasileiras se mostraram bem-sucedidas em sobreviver à crise, diz Ramsey. E estão cautelosamente otimistas em relação a 2010.” Fonte: BBC. mE

número crescente de empresas de menor porte que procura unidades da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), para tirar dúvidas sobre licenciamento ambiental,

pode ser reduzido com o apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) - segundo o próprio órgão do governo paulista, que registrou salto no número emissões de licenças de operação entre 2004 (8.000) e 2008 (14.000). A mudança pode ser um dos frutos de parceria firmada pelas entidades no início deste ano, na qual funcionários do Ciesp recebem treinamento ministrado pela agência ambiental.

“Trabalhando nessa parceria, com a confiabilidade que a gente tem no Ciesp, acreditamos que vamos desafogar o atendimento ao público que fazemos em nossas agências”, avaliou Richard Hiroshi Ouno, assessor da Diretoria de Controle de Poluição Ambiental da Cetesb.

A Companhia espera que o convênio lhe permita deslocar seus técnicos para a fiscalização de companhias de grande porte. “Vamos poder focar no grande poluidor e fazer com que o atendimento ao micro e pequeno empreendedor seja feito no Ciesp”, indicou Ouno.

Eduardo San Martin, diretor-titular de meio ambiente do Ciesp, avalia que a parceria é um estímulo para que pequenas e médias companhias se adaptem à legislação ambiental vigente. “Existe uma gama muito significativa de situações nas quais as empresas vivenciam dificuldades ambientais por desconhecimento [de leis]”, considerou San Martin, há poucas semanas, durante a abertura do treinamento da terceira turma, com 19 profissionais de 14 diretorias do Ciesp.

“Essas empresas têm boa vontade e consciência da importância de lutar para que a questão ambiental seja prioridade dentro da sua atividade. Por conta disso, o Ciesp vai desenvolver um conjunto de situações que levem co-nhecimento. Esse treinamento é uma parte dessa ação”, afirma o diretor.

Segundo San Martin, o objetivo do curso é capacitar as 43 unidades do Ciesp a esclarecerem aos empresários sobre como se adequar ao Sistema de Licenciamento Simplificado (Silis) - iniciativa do governo estadual para orientação do micro e o pequeno empreendedor. “O que se espera é que nossa equipe saiba orientá-los a usar esse sistema e auxiliá-los no ca-minho do licenciamento”, avaliou.

Na avaliação de Richard Ouno, o protocolo abre um canal para que os empresários se sintam a vontade para procurar o Ciesp. “Muitas vezes eles têm medo de tirar dúvida na Cetesb. Assim, vamos trazer esse empreen-dedor para a legalidade. O fato de uma empresa se tornar legal, é bom para que ele consiga financiamentos públicos e possa modernizar seus equipamentos”, indicou.

pARCERiA EnTRE CiESp E CETESB DESAFOGA ATENDIMENTO AO púBliCO

O

21mercado empresarialmercado empresarial

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cases & cases

om o pacote compressor + conversor de freqüência Apexx™ VSH, a Danfoss aca-ba de ser reconhecida como a empresa-

destaque pela maior inovação do ano para o segmento de Ar Condicionado, na AHR Expo 2009, nos EUA. Trata-se da primeira solução do mundo em compressor scroll de alta capacidade e velocidade variável para ar condicionado co-mercial para bombas de aquecimento e R-410A (uma mistura de dois fluidos refrigerantes a base de hidrofluorcarbono (HFC), que não degrada a camada de ozônio). Foi desenvolvido para substituir o R-22 em equipamentos novos, de médias e altas temperaturas de evaporação, projetados exclusivamente para trabalhar com o R-410A.

A criação do produto vem desde 2006 (nessa época o R-410A era relativamente novo) quan-do a empresa começou a desenvolver uma nova válvula plug-in para garantir a injeção segura de óleo no compressor para a lubrificação de peças móveis. Em 2008, o produto foi introduzido no mercado norte americano com o nome Apexx VSH.

Os compressores VSH oferecem grande conforto em função de um controle de tempera-tura mais eficaz e da habilidade de refrigerar ou aquecer rapidamente conforme a necessidade, através do aumento instantâneo de velocidade. Há uma significativa redução de ruído, parti-cularmente em condições de carga parcial e o compressor VSH da Danfoss pode economizar mais de 20% de energia quando se compara com sistemas convencionais.

Em um compressor do tipo scroll, o óleo é misturado com refrigerantes, portanto o desafio era construir uma válvula que pudesse suportar esse ambiente hostil. A equipe de desenvol-vimento testou e escolheu uma combinação especial de borracha para a vedação e isto fez toda a diferença. A válvula plug-in EV219A trabalha com esta mistura fluida. A EV219A destina-se não somente a aplicações em com-pressores, mas também pode ser incorporada em todo receptáculo de válvula que requeira um atuador: com ela, a Danfoss pode executar projetos que agregam valor a uma ampla faixa de aplicações.

Alta eficiência O VSH combina um compressor de alta

eficiência com um conversor de freqüência especialmente desenvolvido. O conversor é projetado e otimizado para se enquadrar espe-cificamente às características do compressor com o qual faz parte. A saída de frequência do conversor varia de 30 a 90 Hz, controla a capa-cidade fornecida pelo compressor e possibilita ao sistema sempre proporcionar a capacidade que atenda à demanda de carga – nem mais, nem menos.

Os sistemas de ar condicionado são pro-jetados para atender a condições de pico de demanda. Porém, em mais de 85% do tempo, os sistemas funcionam sob condições parciais de demanda. Visto que a saída do Apexx VSH ajusta-se continuamente à carga, isso resulta em economia significativa de energia. Além disso, ciclos de grande redução sob cargas parciais aumentam a vida útil do compressor, acarretam menor necessidade de manutenção e resultam em aumento de conforto.

Comparado aos sistemas tradicionais de velocidade fixa, a economia de energia com um compressor VSH pode ser superior a 20%.

“O Apexx VSH alcança uma eficiência mui-to maior do que as outras melhores alternativas fornecendo, sob condições de carga parcial, somente a capacidade realmente necessária, mas

dAnFOSS APEXX VSH RECEBE PRêMIO

DE INOVAçãO

Primeiro compressor scroll

de alta capacidade

permite refrigerar ou aquecer

rapidamente, através do aumento

instantâneo de velocidade.

C

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cases & cases

utilizando trocadores de calor dimensionados para carga plena,” disse o representante da Danfoss, Mogens H. Rasmussen, após receber o prêmio. Ele também ressaltou que a aplica-ção do VSH possibilita estratégias de controle de energia mais eficientes para ventoinhas condensadoras, sopradores de ar e bombas de resfriamento.

“Em velocidades mais baixas, abaixo de 50 Hz, um sistema patenteado de injeção de óleo elimina o vazamento, minimiza a perda de eficiência e resulta em menor descarga de pressão. Como consequência, o VSH exibe alta eficiência de compressor por toda a faixa de velocidade e capacidade,” acrescentou Rasmussen.

Contribuindo ainda mais para a eficiência de energia, a corrente de entrada para partida do Apexx VSH reduz-se tipicamente até 70% comparada a um compressor de velocidade fixa e proporciona ainda mais economia acumulada, pois o fator de energia com os compressores VSH permanece acima de 0.90 não importando a carga.

Os compressores VSH cobrem uma faixa de capacidade de design 12 a 23 TR (R-410A). Capacidades maiores são alcançadas com a con-jugação ou estabelecimento de multi-circuitos com compressores de velocidade fixa.

O Prêmio de Inovação da Exposição AHR foi conferido à Danfoss em uma cerimônia em Chicago durante a Exposição de 2009. O produto vencedor foi selecionado por um júri de engenheiros ASHRAE. “O júri ficou impressionado pelo fato dos usuários do VSH experimentarem melhor conforto e custo operacional consideravelmente menor por não haver capacidade desperdiçada, como acontece com os compressores de velocidade fixa e es-tratégias de descarregar a voluta,” disse Stephen Gugliotta, Diretor de Vendas para Ar Condicionado da Danfoss.

A Danfoss já havia recebido outro prêmio, da Expo Inovação 2009 para Refrigeração, pela introdução do acio-nador de velocidade variável AKD 102, especificamente desenvolvido para refrigeração de supermercados. mE

Prêmio de Inovação da

Exposição AHR foi conferido à

Danfoss em uma cerimônia em

Chicago durante a Exposição de

2009

25mercado empresarialmercado empresarial

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cases & cases

A SuperGreen, empresa do Grupo Eco-plano que comercializa e distribui produtos e sistemas de soluções sustentáveis em água e energia para a construção civil, inaugurou, recentemente, na capital paulista, o EcoCenter, considerado a primeira loja verde do Brasil voltada para atender a demanda da construção civil. O investimento inicial será de R$ 80 mil e a empresa tem expectativas positivas para 2010, pois algumas de suas soluções sustentáveis mais procuradas no mercado são referentes aos sis-

temas para o reaproveitamento da água de chuva e aquecimento solar a vácuo para água. Com esses dois sistemas, a SuperGreen pretende ampliar seus negócios dos atuais R$ 100 mil mensais para R$ 2 mi-lhões para o ano que vem.

Nesse espaço permanente na Vila Sônia, a SuperGreen dispo-nibilizará as seguintes soluções

sustentáveis: Aquecimento solar de água a vácuo, sistemas para o reaproveitamento da água de chuva, economizadores de água, equi-pamentos para aquecimento de água a gás, sis-temas foltovoltaicos para a geração de energia elétrica, Luminária pública fotovoltaica com lâmpada a LED, sistemas para reúso da água em residências e tubos, conexões e acessórios em PPR (Polipropileno Randômico) que podem

substituir o tubo de cobre.Segundo os diretores da SuperGreen, em-

presa fundada pela experiência de engenheiros focados em sustentabilidade, essa iniciativa surgiu devido à dificuldade das construtoras, arquitetos, projetistas e consumidor final na aquisição de sistemas e produtos sustentáveis que contribuam para a economia de energia, e água. Um dos diretores da SuperGreen, o engenheiro Airton Dudzevich, explica que existem várias empresas comercializando produtos sustentáveis, mas cada um focado no seu produto e o cliente tem que procurar diversos fornecedores. Além de comercializar os produtos, a SuperGreen oferece também o projeto e a solução como um todo, e esse é o seu grande diferencial.

A empresa também realiza treinamento periódico para a capacitação técnica dos profis-sionais da construção civil, entre engenheiros, arquitetos, projetistas, encanadores e emprei-teiros. “Levamos também esse conhecimento a empresas e universidades, pois o futuro profis-sional precisa ser informado e preparado para o mercado que, cada vez mais, terá que se adaptar aos critérios de sustentabilidade do setor para minimizar o impacto ambiental no Planeta”, explica Dudzevich. Além do EcoCenter, a SuperGreen possui um Centro de Distribuição para atender a demanda em todo o Brasil. mE

SupERGREEn INAUGURA O PRIMEIRO ECOCENTER DO BRASIL

Espaço permanente cujo diferencial é oferecer soluções

sustentáveis em água e energia para a construção civil.

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meio ambiente

escassez de água é uma questão cada vez mais preocupante. Segundo estimativas da Organiza-ção das Nações Unidas, em 2025 mais da metade

da população mundial deverá sofrer com o problema. Esse cenário vêm provocando estudos e discussões em todo mundo. No Brasil, indústrias nacionais já se movimentam na busca de soluções. O objetivo é o reaproveitamento da água de forma qualitativa, eficaz e econômica.

“A demanda por reaproveitamento de água e pela diminuição do desperdício, assim como a preocupação com o meio ambiente, tornou-se o foco das principais empresas do País, fator que tem aumentado a procura por nossos produtos e serviços nesses últimos anos”, comenta a sócia–diretora da Hidroservice, Christiane Rodrigues Lacerda.

Especializada em tratamento de água, essa empresa carioca desenvolve soluções com características espe-cíficas para cada cliente, após analisar as características da água utilizada, assim como a destinação que costuma ser dada a esse recurso natural. “Nosso principal dife-rencial está no fato de conseguirmos englobar diversas alternativas para um melhor desempenho do sistema, com produtos de formulação própria”, acrescenta a profissional.

O último lançamento da empresa alinhado a essa filosofia é o Hydrosystem, dosador automático que não utiliza energia elétrica. “Outra vantagem desse equipamento é o não desperdício de produto químico dosado no sistema, pois ele funciona apenas se as torres

de resfriamento estiverem em operação”, observa Christiane.

Outra empresa que tem investido nesse ramo é a Nalco Brasil, fornecedora de produtos, serviços e soluções para tratamento de água e efluentes. “Além de sermos provedores de especialidades químicas, fornecemos ”, explica o consultor técnico indus-trial da companhia paulistana, Francisco Carlos de Moraes.

Uma das soluções desenvolvidas pela empresa para essa área é o 3D Tasar, programa que consiste na combinação de produtos químicos, software, equipamentos e serviços para o controle de sistemas de água. “Ele proporciona o uso racional da água e químicos, dando respostas e correções de desvios em tempo real e emitindo dados estatísticos”, relata o profissional, destacando que a segurança opera-cional diminui substancialmente os fatores de risco desse pacote.

“Alguns sistemas de refrigeração operados pela Nalco que usavam água da rede pública ou poço, ao migrarem para água de reuso tiveram uma re-dução significativa no volume e custos relativos à captação de água e no pagamento pelo lançamento de esgoto”, destaca ele. “Por outro lado, em caso de utilização de água de reuso, os riscos são poten-cializados. “A função do 3D Trasar nessa situação é garantir que o sistema não sofra processos graves de corrosão, deposição mineral ou crescimento microbiológico”, complementa.

Ele ressalta ainda a possibilidade de todo o processo ser acompanhado online pelo cliente no website da Nalco, capaz de gerar gráficos estatísti-cos das variáveis controladas pelo programa, como pH, condutividade, residuais de produtos, vazão de purga e taxa de corrosão, dentre outras.

“O trabalho de uma empresa fornecedora de produtos deve ir além dos sistemas e equipamentos de um cliente, pois toda economia que podemos gerar em sua cadeia produtiva torna-o mais com-petitivo no seu segmento”, finaliza Moraes. Fonte: Revista do Frio mE

A BUSCA DE SOLUçõES PARA A ESCASSEZ DE ÁGUA

REApROvEiTAmEnTO:

A

28

Page 29: Revista Mercado Empresarial - Febrava

meio ambiente

alto consumo de papel está entre as atividades humanas mais impactantes do planeta – em alguns países uma

pessoa chega a consumir 300 quilos de papel por ano. Para amenizar o problema, algumas ini-ciativas vêm sendo tomadas pelas companhias produtoras de celulose. Entre elas, as que mais se destacam são o papel certificado e o papel reciclado. Mas qual deles produz menos danos ao meio-ambiente?

José Maria Gusman Ferraz, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, afirmou em entre-vista ao Globo Rural que, apesar de o papel certificado ter vantagens enormes sobre o pa-pel branco comum, a reciclagem é ainda mais ecológica. “O papel reciclado não necessita de uma nova derrubada de árvores, portanto ele tem vantagens sobre o papel branco de origem certificada, por melhor que sejam as práticas em seu plantio e processamento”, diz.

A produção de papel é a atividade industrial que mais consome água e está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia, além de utilizar produtos químicos altamente tóxi-cos, que atingem a água o solo e os alimento. O papel certificado tenta diminuir um pouco esses danos à natureza. Ele é menos destrutivo que o papel comum e estabelece critérios para a proteção da biodiversidade, alem de não utilizar cloro na sua fabricação – a utilização de cloro no processo produz dioxina, substância altamente cancerígena.

A reciclagem seria ainda mais ecológica por não precisar de um novo plantio. A cada 50 quilos de papel reciclado uma árvore é poupada, garantindo mais espaço para a manu-tenção de florestas nativas e para a produção de alimentos.

Mesmo assim, o pesquisador observa que a reciclagem também é uma indústria que consome energia e polui. “Por isso, se o que almejamos é uma produção sustentável, capaz de garantir os recursos naturais necessários para a atual e as futuras gerações, o melhor a fazer é reduzir o consumo e começar a exigir que as empresas adotem medidas mais eficazes de proteção ambiental. Como consumidores, pre-cisamos rever nossos hábitos e exigir mudanças no modo de produção”, conclui.

Na opção pelo papel certificado, especialis-tas dizem que não se deve usar o papel branco, porque para fazer o branqueamento da celulose – que irá se transformar em papel – é usado o cloro, que gera resíduos que são lançados em rios, contaminando a água, o solo, a vegetação

e os animais e ainda causando chuva ácida que destroi ecossistemas inteiros. Além disso, o cloro contém dioxinas, que são elementos cancerígenos. As dioxinas estão associadas a doenças dos sistemas endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico. Muitas empresas já optaram pelo papel não branqueado, que é uma forma de fazer sua parte pelo ambiente.

Segundo o jornal Último Segundo, recen-temente, duas empresas precursoras da res-ponsabilidade ambiental no País deixaram de priorizar o papel reciclado em suas atividades. O Banco Real restringiu sua utilização a talões de cheques, material de merchandising e malas diretas. Na Natura, ele foi praticamente abolido. Em ambos os casos, as companhias passaram a usar o chamado papel virgem com o certificado FSC alegando melhores benefícios socioam-bientais. Mas até o momento nem empresas e nem ONGs conseguem ser conclusivas frente à questão “qual papel é ecologicamente mais correto?”. mE

O pApEl, RECICLADO OU

CERTIFICADO?QUAL DELES PRODUZ MENOS DANOS AO MEIO-AMBIENTE?

29mercado empresarialmercado empresarial

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rupos de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e da Univer-sidade Friedrich-Schiller em Jena

(Alemanha) uniram-se em uma parceria in-ternacional com o objetivo de fazer avançar o conhecimento em uma área de fronteira do conhecimento: a chamada “química verde”, um

conjunto de diretrizes voltado à redução do impacto ambiental dos processos químicos

que promete revolucionar a indústria e a economia.

A informação é do portal Inovação Tecnológica, baseada em entrevista com o professor Omar El Seoud, do Instituto de Química (IQ) da USP. Se-gundo El Seoud, os estudos realizados

no âmbito da parceria envolvem dois aspectos principais: o uso de solventes

“verdes” e de celuloses de diversas procedências, inclu-sive de bagaço de cana-de-açúcar. “Os ésteres e éteres de celulose são usados como fibras, filmes, membranas de hemodiálise, aditivos para medicamentos e alimentos, entre outras aplicações,” ex-plica ele.

Os solventes “verdes” utilizados nas pesquisas são líquidos iônicos, uma alternativa de baixo impacto ambiental aos solventes convencionais utilizados em proces-sos químicos industriais. “Os líquidos iônicos têm maior estabilidade química e térmica. São extremamente seguros, pois não são inflamáveis e praticamente não têm pressão de vapor, e podem ser reciclados novamente no processo. Ou seja, são isentos dos perigos usuais dos solventes orgânicos clássicos, como o etanol ou o tolueno, que representam riscos de fogo, explosão e decomposição”, explicou.

O que distingue o novo processo, de acordo com o cientista, é sua realização sob condições homogêneas, ao contrário do processo indus-trial atual. “Esse aspecto permite melhor con-trole das propriedades e, por consequência, das aplicações dos produtos obtidos”, disse.

Alto valor agregadoEl Seoud conta que o objetivo do uso desses

processos não é produzir commodities, como fibras, mas produtos de especialidades, com valor agregado, como membranas de hemo-diálise, cuja eficiência de filtração e compati-bilidade com o sangue são cruciais. Para isso, é necessário entender e aperfeiçoar cada etapa da reação. “Embora o Brasil seja um produtor mundial de pasta de celulose para papel, o país não se destaca como produtor de derivados de celulose com valor agregado, em particular aqueles usados nas indústrias de fiação e far-macêutica”, disse.

A indústria farmacêutica, por exemplo, utili-za a celulose microcristalina para produzir pílu-las, que, além de uma pequena parte de matéria ativa, são compostas de amido e celulose.

Segundo o professor, enquanto os brasilei-ros assimilarão conhecimentos dos parceiros alemães no desenvolvimento de produtos desse tipo - tendo em vista o aproveitamento da gran-de quantidade de celulose disponível no país -, os alemães se beneficiarão da experiência bra-sileira com filmes derivados de celulose. “Ga-nhamos muito com esse trabalho em conjunto. Eles se interessam principalmente pelos nossos trabalhos com celuloses não-tradicionais, visan-do à substituição da madeira, como o sisal e o bagaço de cana-de-açúcar”, afirmou.

O projeto de colaboração é coordenado por El Seoud, no lado brasileiro, e por Thomas Hein-ze, do Centro de Excelência em Pesquisa sobre Polissacarídeos da Universidade de Jena. mE

meio ambiente

BRASil E AlEmAnHA UNEM-SE EM BUSCA DA

QUíMICA VERDE

Conjunto de diretrizes voltado à redução

do impacto ambiental dos processos químicos promete revolucionar a indústria e a economia.

G

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SaúdeFascículo

Vol. 4

Gripe Suína

epois de amedrontar mexicanos e americanos e deixar aler-ta autoridades sanitárias, a “gripe suína”, rebatizada de gripe A/H1N1 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), se pro-pagou rapidamente por vários países, num devastador efeito

dominó, e até hoje causa perplexidade entre especialistas e o público em geral. Fazendo a sua parte, a Mercado Empresarial fornece neste fascículo esclarecimentos a respeito da questão. Entenda o que é a doença, principais sintomas, e quais seus riscos. E, sobretudo, saiba como prevenir-se.

D

Até hoje, perplexidade e dúvidas entre especialistas e público em geral

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S a ú d e

Gripe SuínaInfluenza A/H1N1, conhecida como gripe suína, é uma doença respiratória que tem a capacidade de se propagar rapidamente, principalmente no in-verno. Já matou, até a primeira semana de setem-

bro, mais de 2.800 pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O continente americano continua sendo o mais afetado, com 2.234 mortes. No Brasil, foram confirmadas até 29 de agosto último mais de 3.700 casos da doença e 657 mortes.

Em 21/8, a diretora da OMS, Margaret Chan, pediu à comu-nidade internacional que se prepare para uma provável segun-da onda da doença.

O Brasil oficializou a compra de 18 milhões de doses de va-cina contra o vírus, do laboratório Sanofi Pasteur. O contrato, que será financiado com recursos do Ministério da Saúde, foi assinado em 4/9 último com a Fundação Butantã, do governo de São Paulo, que ficará responsável pela finalização da pro-dução de 17 milhões de doses a granel. Outro 1 milhão de doses chegará pronto para uso, mas, segundo a fundação havia anunciado, passará por testes nos seus laboratórios.

A Fundação promete entregar os primeiros lotes de uma produção própria da vacina, feita totalmente no Brasil, no pri-meiro semestre do ano que vem.

***

O que é a “gripe suína”? É uma doença respiratória que tem a capacidade de se pro-

pagar rapidamente, principalmente no inverno. É causada pelo subtipo do vírus Influenza A/H1N1.

Por que se chama gripe suína?Porque a linhagem responsável pelo surto atual surgiu em

criações de porcos e reúne genes de vírus que infectam suínos, aves e humanos.

Pode-se pegar a gripe A/H1N1 ingerindo ou preparando a carne de porco, assim como outros alimentos?

Não. O vírus A/H1N1 não se transmite pela comida ou pela água. É seguro consumir carne de porco e seus derivados, desde que adequadamente cozidos (temperatura média de 55°C).

Quais são os sintomas? A gripe A se manifesta rapidamente e apresenta sintomas pa-

recidos com a gripe comum: dores pelo corpo, especialmente nos músculos e nas articulações, dor de cabeça, tremores, cala-frios, sensação de frio intenso, cansaço, febre acima de 37,5ºC, tosse seca, coriza, garganta inflamada e fadiga.

Qual a diferença entre a gripe comum e a gripe A/H1N1?

A diferença é que cada uma é causada por um diferen-te subtipo do vírus Influenza. Entretanto, os sintomas são parecidos, ou seja, difícil de um leigo diagnosticar. Por isso, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao ter alguns desses sintomas, procurar seu médico ou ir a um posto de saúde.

A diferenciação da A/H1N1 para a gripe comum só é pos-sível com a realização de um exame laboratorial indicado pelo médico. Por isso, a recomendação do Ministério da Saú-de é que as pessoas que apresentarem esses sintomas devem ficar afastadas do ambiente de trabalho, escolas e locais de aglomeração e procurar o seu médico para orientação, prin-cipalmente no caso de contato com pessoas acometidas pela

A

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Gripe SuínaVo l . 4

gripe. Somente após a análise clínica e com a recomendação desse profissional é que os suspeitos de contágio com gripe A/H1N1 devem ser encaminhados aos centros de referência hospitalar.

É importante frisar que, assim como na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evolui para a cura. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.

Como o vírus Influenza A/H1N1, causa-dor da nova gripe, é transmitido?

Essa nova doença tem a mesma forma de contágio de ou-tros tipos de gripe. Pode ser pelas gotículas de saliva, que podemos soltar enquanto estamos conversando, ou pelo aerosol, que são as partículas emitidas quando espirramos. Mas a contaminação só ocorre se inalarmos imediatamente as gotículas que são expelidas pela pessoa infectada, pois o vírus não tem tanto tempo de vida útil para ficar pairando no ar. A gripe também pode ser transmitida pelas mãos. Quan-do a pessoa doente cobre a boca ao tossir ou espirrar, o vírus é transferido para as mãos e pode ser disseminado ao cumprimentar alguém ou ao encostar em algum objeto na sequência. Por isso há a recomendação de usar lenços des-cartáveis ao tossir ou espirrar, lavar as mãos com frequência e evitar coçar olhos e nariz.

Qual é o período de incubação do vírus? De um a três dias.

Quando se inicia o contágio?A pessoa pode transmitir a doença, mesmo sem os sintomas,

se ela estiver próxima ao período final de incubação, que é o tempo entre adquirir o vírus e manifestar os primeiros sintomas. A pessoa começa a transmitir o vírus nas doze horas que ante-cedem os primeiros sintomas. Após a manifestação da doença, o vírus pode ser transmitido em até três dias.

O que mudou com a confirmação da epi-demia de gripe suína no Brasil?

Isso significa que, com o número crescente de casos, o vírus passou a circular livremente entre as pessoas, principalmente em ambientes fechados e aglomerados, como trens e ônibus. Isso, porém, não quer dizer que haverá maior letalidade por causa da doença. Estatisticamente, os casos de morte por gripe suína no Brasil são cerca de 1/3 menores em relação aos causa-dos pela gripe comum.

Como posso me prevenir da doença? Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados,

como lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Leia no Box lateral as recomendações do Ministério da Saúde.

Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com

um lenço de papel, descartando-o logo após o uso.

Lave as mãos com água e sabão várias vezes ao

dia (principalmente antes de comer ou tocar os

olhos, nariz ou boca e depois de tossir, espirrar e de

usar o banheiro). Vale também comprar os antissép-

ticos à base de álcool vendidos nas farmácias e usar

nas mãos frequentemente.

Lembre-se de limpar com frequência as maçane-

tas de portas, corrimões, teclados de computador

(ou qualquer superfície que possa estar contaminada

com o vírus), usando produtos normais de limpeza.

Evite locais com aglomeração de pessoas.

Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e obje-

tos de uso pessoal.

Evite tocar seus olhos, nariz ou boca.

Ao cuidar de uma pessoa gripada, faça com que

ela use máscara cobrindo o nariz e a boca, pois dimi-

nui o risco de transmissão.

Evite contato direto (abraço, beijo, apertos de

mão, etc) com pessoas gripadas.

Ao apresentar os sintomas de gripe, procure as-

sistência médica e informe histórico de contato com

doentes e roteiro de viagens recentes a localidades

com histórico da doença.

Não usar medicamentos

sem orientação médica.

Siga as recomendações do Ministério da Saúde:

O Ministério da Saúde disponibiliza o canal Disque Saúde0800 61 1997

para dar informações sobre a gripe A.

A ligação é gratuita.

Page 34: Revista Mercado Empresarial - Febrava

S a ú d e

Essa doença tem cura?Sim. Há medicamentos antivirais que vem sendo usados no

tratamento dos casos de gripe A. Por indicação do Ministério da Saúde, eles estão disponíveis apenas nos centros de referência hospitalares e só podem ser usados sob recomendação médica. Os antigripais convencionais não são eficazes para eliminar o vírus causador dessa doença.

E, se não tratada, pode matar? Por que?Sim, porque esse vírus tem a capacidade de atingir os pul-

mões e não só pode causar uma pneumonia (que leva à morte pela insuficiência respiratória) como predispõe o pulmão a se infectar com outras bactérias que normalmente não causariam essa pneumonia. Entretanto, é bom que se leve em conta que a gripe sazonal (comum) mata por ano, no mundo inteiro, 500 mil pessoas.

Já está pronta a vacina contra esse vírus?

Vários laboratórios, em nível internacional, se empenham na criação da vacina. O Brasil já oficializou a compra de 18 milhões de doses do laboratório Sanofi Pasteur da vacina a granel, que serão finalizadas com adjuvantes (componentes) pela Fundação Butantã.

Segundo a médica infectologista Graziella Lanzara, do Fleury Medicina e Saúde, a vacina contra a Gripe A/H1N1 só estará disponível para ser aplicada no Brasil a partir de abril de 2010. Nos Estados Unidos deverá começar a ser aplicada ainda este ano. Segundo a infectologista, a vacina não deve ser tomada por pessoas que sejam alérgicas a ovo (a exemplo da vacina contra a gripe sazonal), um vez que a vacina é preparada com ovos embrionados de galinha.

Quando devo procurar um médico? A recomendação do Ministério da Saúde é: ao apresentar

alguns dos sintomas da gripe, procurar um médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo. Nestes locais, os pacien-tes são avaliados e, se necessário, encaminhados a um dos 68 hospitais de referência. Esses hospitais poderão, de forma crite-riosa, avaliar as pessoas que realmente precisam se submeter ao exame, uma vez que esse não é um teste diagnóstico realizado em larga escala.

A gripe suína é mais grave que a gripe sazonal?

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no dia 24 de ju-lho último indicam semelhança entre a gravidade dos casos de Influenza A/H1N1 e de gripe comum ou sazonal no Brasil. Dos 1.566 casos confirmados para a nova gripe no País entre 25 de abril e 18 de julho deste ano, 14,2% apresentaram dificuldade respiratória moderada ou grave, além de febre e tosse - sinto-mas compatíveis com a definição de síndrome respiratória agu-da grave. No mesmo período, das 528 pessoas com diagnóstico da gripe sazonal, 17% evoluíram para esse mesmo quadro. Isso indica que a abordagem clínica para diagnóstico, tratamento e internação deve ser a mesma para ambos os vírus.

Existem grupos de risco?Sim. Embora ninguém esteja imune de contrair o vírus A/

H1N1, existem alguns grupos que, em caso de contaminação com a gripe, podem apresentar complicações do quadro, como a pneumonia (causa das mortes), pela fragilidade do sistema imunológico. São eles:

• idosos• crianças menores de dois anos• gestantes• pessoas com deficiência imunológica (como pacientes com

câncer, transplantados e pacientes em tratamento para AIDS)• pessoas com doenças crônicas, como diabetes, doença car-

díaca, pulmonar ou renal, bronquite, entre outras.• pessoas com obesidade mórbida e também com doenças

provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia fal-ciforme.

Por que os adultos jovens, considerados fora do grupo de risco, estão sendo tão afetado pela gripe suína?

Na atual epidemia, tem sido observada uma resposta exage-rada do sistema imunológico à doença, o que pode provocar reações como pneumonia viral e hemorragias. Por isso os jo-vens adultos têm sido afetados de maneira mais agressiva pelo H1N1. Entretanto, crianças e idosos devem continuar receben-do atenção redobrada, pois este grupo tem o sistema respira-tório mais frágil.

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Se me vacinei contra a gripe comum estou protegido do vírus Influenza A?

Não existe nenhuma evidência de que a vacina contra a in-fluenza sazonal proteja contra o vírus H1N1. Entretanto, a vaci-na é importante para proteger contra os demais vírus sazonais da gripe. Além disso, pessoas com doença de base ou que estão em tratamento contra alguns tipos de tumores devem tomar a vacina contra o pneumococo, pois essa é uma das principais complicações relacionadas a qualquer tipo de infecção do vírus influenza.

Quais são os medicamentos recomen-dados?

Há dois antivirais recomendados pela OMS: o oseltamivir, fa-bricado pela Roche com o nome de Tamiflu, e o zanamivir, fabricado pela GlaxoSmithKline com o nome de Relenza. Só devem ser usados sob prescrição médica. É importante que os medicamentos sejam ministrados nas primeiras 48 horas a partir do início dos sintomas; entretanto, eles não impedem o contá-gio. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem em estoque estratégico de 9 milhões de tratamentos do Tamiflu - cada tra-tamento inclui 10 doses/cápsulas. O Brasil deverá receber ainda 54 mil cápsulas importadas do remédio.

Quem deve tomar o medicamento indi-cado para os casos de gripe?

Apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pesso-as com maior risco de apresentar quadro clínico grave devem ser medicados. Os demais têm os sintomas tratados de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão, Canadá e Hong Kong. É im-portante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem

o grupo de risco para complicações de influenza requerem ava-liação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não do tratamento.

A máscara para cobrir o nariz e a boca é útil?

Segundo a médica infectologista Graziella Lanzara, do Fleury Medicina e Saúde, o uso de máscaras descartáveis é fundamental para os indivíduos que já estejam com o vírus, para evitar con-tagiar outras pessoas, mas de nada adianta para os que querem se precaver contra a doença. Somente as máscaras cirúrgicas, usadas em hospitais e clínicas, é que têm essa propriedade.

Quão útil é o álcool em gel para limpar as mãos?

O álcool em gel tem a mesma efetividade da água e sabão. O importante é lavar as mãos várias vezes ao dia, principalmente após espirrar e tocar em objetos comuns, como maçanetas, bo-tões de elevador, telefones, ente outros.

Uma gripe convencional forte pode se converter em H1N1?

Não. Estar gripado pelo vírus da gripe sazonal não significa que está mais vulnerável à gripe suína.

Um colega contraiu o vírus A/H1N1. O que deve ser feito?

Nessas situações recomenda-se buscar orientação médica.

Trata-se de um pandemia?Sim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu

em 11 de junho último que a doença atingiu o nível de pan-demia (epidemia de caráter global) mas de grau moderado. A decisão de declarar a pandemia - a primeira em 41 anos - foi tomada devido à abrangência mundial da doença, que já atinge 74 países, e não à periculosidade do vírus. Os surtos de gripe têm geralmente um início súbito e uma intensidade muito va-riável. Praticamente todos os anos há surtos de gripe atingindo diversas comunidades. São geralmente epidemias de gravidade variável. Quando os surtos são causados por subtipos virais completamente novos, o que geralmente acontece a intervalos de 10-30 anos, há rápida propagação do vírus a múltiplas co-munidades, muitas vezes com expansão mundial, designando-se por pandemia.

Em todo o século 20, foram registradas três pandemias. A mais grave ocorreu em 1918, vitimou mais de 20 milhões de pessoas e que ficou conhecida como gripe espanhola. A segunda foi a denominada gripe asiática, ocorreu em 1957 e fez 2 milhões de vítimas. A última ficou conhecida como Gripe de Hong Kong, porque surgiu no país asiático no ano de 1968, causada por uma nova variação do vírus Influenza A e levando à morte mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.

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A pandemia de gripe suína é a primeira do século 21. No entanto, nesta década, algumas doenças assustaram o mundo, mas não passaram do nível de alerta. Entre elas estão a Sras (síndrome respiratória aguda grave), em 2003, e a gripe aviária (H5N1), cujo surto ocorreu em 2005.

Qual o grau de perigo do vírus? Análises preliminares do vírus H1N1 sugerem que se trata de

uma linhagem menos agressiva, segundo cientistas. Especialistas acreditam que seria necessária uma nova mutação para que o H1N1 causasse a alta taxa de mortalidade que alguns previam. No entanto, até agora é impossível prever com precisão como a doença vai evoluir e qual a sua taxa de mortalidade.

Vírus foi erro humano? A OMS anunciou que os virologistas rejeitaram a tese de um

investigador australiano de que o vírus H1N1 pode ter sido desenvolvido por erro humano para testar uma nova vacina. Para os peritos, o novo vírus apareceu naturalmente, como é esperado com gripes.

Quais as medidas tomadas pelo Governo?

O Governo brasileiro está monitorando os voos proce-dentes de áreas afetadas (Estados Unidos, Argentina, México, Chile, Grã-Bretanha, entre outros). O controle é feito ainda dentro dos aviões, por comissários de bordo e pilotos. Caso seja identificado algum passageiro com suspeita da doença, to-dos a bordo da aeronave são submetidos a avaliação médica. Os principais aeroportos do país têm ambulâncias de plantão para transportar eventuais pacientes diretamente das aerona-ves para hospitais especializados, evitando contato com outras pessoas. Nesses hospitais, há leitos de isolamento reservados para pacientes com a doença. Entre esses leitos, alguns têm pressão negativa, o que impede a saída de ar para o ambiente externo.

A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), iniciou a preparação dos primeiros lotes do medicamento oseltamivir, indicado para o tratamento da gripe pelo vírus influenza A (H1N1).

O medicamento já começou a ser entregue ao Mi-nistério da Saúde para distribuição aos hospitais de referência. Foram produzidos inicialmente 210 mil tratamentos. Cada tratamento é composto por dez cápsulas de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para um paciente.

Segundo a Fiocruz, se houver necessidade Farman-guinhos está preparado para produzir cerca de 120 mil tratamentos por semana no Complexo Tecnológico de Medicamentos em Jacarepaguá, Rio de Janeiro.

O medicamento é considerado o mais eficiente, até o momento, no tratamento de gripe A, sendo reco-mendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Da transformação em cápsulas até a autorização para a sua distribuição, o medicamento fabricado no Brasil passou por testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que encaminha processo para con-cessão do registro.

O oseltamivir inibe a atividade da enzima viral neu-raminidase e, dessa forma, reduz a proliferação dos vírus da influenza A e B. Isso ocorre pela inibição da liberação de vírus infecciosos de células infectadas, diminuindo a gravidade da doença e a incidência de complicações associadas.

Tratamento contra gripe A

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Brasil se mantém na liderança mundial de mortes por gripe suína

OBrasil se mantém na liderança mundial de mor-tes por gripe suína. Segundo boletim do Ministé-rio da Saúde, 657 pessoas morreram pelo vírus

H1N1 até o dia 22 de agosto. Já são 100 mortes a mais do que os Estados Unidos, que vinha liderando o total de vítimas fatais até o início do mês de agosto.

Entre 25 de abril e 29 de agosto, início da pandemia, foram confirmados no total 6.592 casos de gripe suína no Brasil. Se-gundo o Ministério da Saúde, o número de casos graves, no entanto, continua caindo pela terceira semana consecutiva. Na semana entre 23 e 29 de agosto, foram contabilizados 151 casos graves da doença; na semana anterior, de 16 a 22 de agosto, o número foi de 693 e na semana de 9 a 15 de agosto foram notificados 1.165 casos.

Segundo conclusão do Ministério, esses números mostram que a transmissão do vírus H1N1 e os casos graves da doença, provocados por ele, estão diminuindo no Brasil.

O estado de São Paulo continua na liderança no número de mortes: foram 261 desde o início da epidemia. Em seguida, está o Paraná (186), seguido pelo Rio Grande do Sul (100). Depois aparecem os estados do Rio de Janeiro (66 mortes) seguido por Santa Catarina (20 mortes). Minas Gerais regis-trou 10 mortes, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (duas mortes cada um), Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Espírito Santo (uma morte cada um).

De acordo com o boletim do Ministério, 2.933 mulheres tiveram diagnóstico positivo de gripe suína no Brasil. Dessas, 620 estavam grávidas e 63 morreram.

Depois de Brasil e Estados Unidos, Argentina fica na terceira posição em número de mortos, com 465 óbitos. É a Argentina também que tem a maior taxa de mortalidade (1,15 por 100 mil habitantes), que representa o total de óbitos em relação à população total. O México aparece com 193 casos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem a 6ª taxa de mortalidade, com 0,34. Os países com as maiores ta-xas de mortalidade, exceto a Costa Rica, estão no hemisfério Sul, onde a pandemia atualmente apresenta maior impacto por causa do inverno. Os países do hemisfério Norte, que estão no verão, têm atualmente uma transmissão significativamente menor.

Até 22/8 último, são 657 vítimas, segundo o Ministério da Saúde.

Page 38: Revista Mercado Empresarial - Febrava

Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde de São Paulo, Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, Fleury Medicina e Saúde, BBC, Reuters, O Globo, Agência Fapesp e Agência Brasil.

S a ú d e

Pela estratégia definida, o HC também passa a ser creden-ciado pelo Ministério da Saúde a realizar exames em pacientes com suspeita de gripe H1N1. Assim, o hospital terá capacidade de ampliar o número de exames diários, absorvendo parte da demanda do Emílio Ribas. “São exames oficiais, não o teste rá-pido, mas daremos agilidade para que o resultado saia em, no máximo, 24 horas”, aponta o doutor José Manoel.

Para a realização dos exames laboratoriais, a superintendência do HC autorizou a aquisição imediata de dois equipamentos e dos respectivos insumos. Foi autorizada, ainda, a contratação de mais 50 funcionários para o HC, entre médicos, profissionais de enfermagem, biologistas e de apoio administrativo. “Parte des-ses funcionários já está contratada. Na semana que vem, todos já deverão estar atuando”, relata o superintendente.

As interconsultas especializadas de médicos do HC e do Emí-lio Ribas também serão intensificadas. “Os pacientes internados no Emílio Ribas receberão visitas constantes de oncologistas, he-matologistas e cardiologistas do HC”, explica o diretor do Emílio Ribas, David Uip, acrescentando que pediatras do Instituto da Criança do HC também poderão ser solicitados.

Primeiro atendimentoO diretor do Instituto Emílio Ribas, David Uip, relembra a

importância de que os hospitais de referência não sejam procu-rados diretamente pelos pacientes. O atendimento inicial deve ser nas Unidades Básicas de Saúde ou nos Pronto-Socorros, que já estão autorizados pelo Ministério da Saúde a prescreverem os medicamentos específicos da nova gripe. “Caso haja confir-mação do vírus, essas unidades farão a prescrição do antiviral e avaliarão a eventual necessidade de encaminhar aos hospitais de referência”, alerta David Uip.

Hospital das Clínicas vai cuidar de grupo de risco vítima do A/H1N1

m trabalho integrado entre o Hospital das Clínicas da FMUSP e o Instituto de Infectologia Emílio Ri-bas, ambos ligados à Secretaria de Estado da Saú-

de, otimizará a estrutura física e profissional dos dois hospitais para atender casos suspeitos e confirmados da gripe A/H1N1. Pela nova estratégia, a prioridade do HC será o atendimento de pacientes que precisam de cuidados especiais, como gestantes, crianças com menos de um ano de idade e também de casos que envolvam doenças graves associadas à nova gripe.

De acordo com o superintendente do Hospital das Clínicas, José Manoel de Camargo Teixeira, o hospital atenderá somen-te esses pacientes específicos, além dos já matriculados no HC. A definição da nova estratégia de atendimento ocorreu em 05 de agosto último, por decisão das duas unidades de saúde envolvidas.

Outras mudanças também foram acertadas. A partir de agora, a triagem de casos suspeitos passará a ser feita preferencialmen-te no Instituto Emílio Ribas. O centro regulador passa a ser o Emílio Ribas, tanto para triagem dos casos como para a entre-ga de medicamentos de urgência. Os pacientes contaminados pela nova gripe que já estiverem internados nos institutos do Complexo HC, com exceção do Instituto Central (ICHC), na medida do possível deverão ser transferidos ao Emílio Ribas ou ao ICHC. O atendimento no Hospital das Clínicas a pacientes com esse vírus será exclusivamente no Instituto Central, onde está localizada a UTI de Moléstias Infecciosas do Complexo. Os demais institutos do HC não atenderão casos de gripe.

U

Page 39: Revista Mercado Empresarial - Febrava

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Page 40: Revista Mercado Empresarial - Febrava

oca música, faz foto e vídeo, tem agenda e jogos, troca mensagens curtas ou e-mails, tem GPS e serve até mesmo como telefo-ne. É cada vez maior o número de funções

de um celular, que rapidamente se tornou o principal equipamento eletrônico para milhões de pessoas. Mas sua mais nova utilidade será uma mão na roda para os cientistas, podendo

ajudar na detecção rápida de doenças em locais remotos, que não contam com laboratórios especializados. Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Es-tados Unidos, está desenvolvendo um dispositivo para transformar o celular em... um microscópio!

Trata-se do CellScope: com ele, a câmera do telefone recebe um

dispositivo óptico extra e tem sua capacidade ampliada o suficiente para registrar imagens co-loridas de parasitas ou até mesmo de bactérias, usando marcadores fluorescentes. O protótipo, descrito em artigo publicado, no final de julho último, na revista PLoS ONE, representa um importante avanço no sentido de levar a mi-

croscopia clínica para fora dos laboratórios e até para os trabalhos de campo. Um importante uso está no diagnóstico de doença no próprio local em que o paciente se encontra.

“As mesmas regiões do mundo que têm carência de instalações na área de saúde são, paradoxalmente, bem servidas por redes de telefonia móvel. Podemos tirar vantagem dessa infraestrutura de modo a oferecer a áreas remo-tas equipamentos laboratoriais de baixo custo e fáceis de usar”, disse Dan Fletcher, professor de bioengenharia da universidade e chefe da equipe de desenvolvimento do produto.

Segundo a Agência Fapesp, o celular-mi-croscópio é composto por lentes compactas e é preso no celular. Ele usa luz branca simples, como a do sol ou de uma lâmpada, para iluminar as amostras. A partir de amostras de sangue, os pesquisadores conseguiram capturar imagens do Plasmodium falciparum, parasita que causa malária em humanos.

O CellScope também funciona como um microscópio fluorescente, em um modo no qual um marcador emite uma onda de luz específi-ca de modo a identificar o objeto, como uma

CElulAR VIRA miCROSCópiO

CAPAZ DE DETECTAR DOENçAS

Equipamento óptico transforma o telefone celular em um microscópio de fluorescência.

T

40 inovação

Page 41: Revista Mercado Empresarial - Febrava

bactéria, por exemplo. O artigo descreve imagens fluorescentes feitas do Mycobacterium tuberculosis, causados da tuberculose.

“Microscopia fluorescente exige mais equipa-mentos do que um microscópio de luz comum, como filtros ou iluminação especial, o que faz com que seja mais cara. Em nosso artigo, mostramos que um sistema fluorescente completo pode ser construído em um celular por meio do uso de sua câmera e de componentes relativamente baratos”, disse Fletcher.

Por meio do uso de filtros para bloquear a luz de fundo e de um LED que custa poucos dólares, os pesquisadores conseguiram uma onda de 460 nanômetros necessária para excitar o marcador verde fluorescente no sangue com tuberculose.

Imagens médicas transmitidas pelo celularCom um celular comum, equipado com uma

câmera de 3,2 megapixels, foi possível obter uma resolução espacial de 1,2 micrômetros - para se ter uma ideia de tamanho, uma hemácia humana tem cerca de 7 micrômetros de diâmetro.

Os autores apontam que as imagens podem ser analisadas no local em que foram feitas ou enviadas pelo próprio celular para centros clínicos para diag-nóstico. “O sistema pode ser usado para fornecer alertas em estágios iniciais de epidemias, ao diminuir o tempo necessário para os exames e diagnósticos”, disse David Breslauer, outro autor do estudo.

O grupo pretende avançar no desenvolvimento do CellScope de modo a construir modelos mais ro-bustos que possam ser usados em diversos cenários de pesquisas em campo. Ainda não há expectativa de quando o produto poderá ser comercializado. mE

41mercado empresarialmercado empresarial inovação

Page 42: Revista Mercado Empresarial - Febrava
Page 43: Revista Mercado Empresarial - Febrava

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Page 44: Revista Mercado Empresarial - Febrava

inovação

m Einstein robótico hiper-realista, aprimorado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveu a capacidade de fazer

expressões faciais, inclusive sorrir de maneira quase natural. Seus criadores utilizaram uma técnica de inteligência artificial chamada “aprendizado autodiri-gido,” por meio da qual o robô olha para ele próprio em um espelho, analisando suas próprias expressões

faciais com a ajuda de um software de detecção de expressões.

O programa, chamado CERT - Computer Expression Recognition Toolbox, ferramenta computadori-zada de reconhecimento de expres-sões - fornece os dados necessários para que os algoritmos de aprendiza-

do façam as conexões entre os motores que acionam os “músculos” do robô e os mapas que representam as expressões faciais.

Já existem inúmeros robôs capazes de demons-trarem expressões faciais, mas virtualmente todos eles baseiam-se em um conjunto fixo de regras para demonstrar emoções definidas, como alegria, tristeza

ou decepção. Essas expressões são programadas uma a uma e o robô só faz repeti-las a um comando.

A inovação do robô-Einstein é que o processo de apren-dizado das expressões foi automatizado, tornando o robô capaz de infinitas variações nas expressões, alternando, por exemplo, de alegre a zangado, ou de “satisfeito” a “muito feliz.”

Psicologia desenvolvimentalA pesquisa baseou-se em teorias do aprendizado de má-

quina e da psicologia desenvolvimental. Os psicólogos dessa linha teorizam que as crianças aprendem a controlar seus corpos por meio de movimentos exploratórios sistemáticos, por exemplo, balbuciando para aprender a falar.

“Nós aplicamos a mesma ideia para o problema de um robô aprendendo a fazer expressões faciais realísticas,” expli-ca o professor Javier Movellan, coordenador da pesquisa. O robô com cara de Einstein, utilizado na pesquisa, é disponível comercialmente, mas não vem com as habilidades fornecidas pelo sistema de inteligência artificial agora desenvolvido.

Expressões estranhasEmbora os primeiros resultados sejam promissores, os

pesquisadores verificaram que o robô também “aprende” algumas expressões estranhas, que não são usadas pelos humanos. Uma possível explicação para isso é que o modelo usado para descrever a associação entre os atuadores e a pele do robô ainda é muito simples.

O próximo passo da pesquisa será justamente desenvolver um modelo mais completo da geração das expressões faciais. Os pesquisadores perceberam também que a teoria da repe-tição dos movimentos parece não ser eficiente o bastante. Com isto, a pesquisa poderá ajudar a lançar novas luzes sobre a própria psicologia na qual o estudo inicialmente se baseou. Fonte: Inovação Tecnológica mE

O Einstein robótico sorri de maneira quase

natural.

Erik

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ego

U

ROBô-EinSTEin APRENDE A SORRIR OLHANDO-SE NO ESPELHO

44

Page 45: Revista Mercado Empresarial - Febrava

á imaginou chegar em casa depois do trabalho e encontrar a temperatura de conforto ideal? Ou viajar para sua casa de praia ou campo e o ambiente já estar climatizado?

E ter a água da piscina ou banheira spa sempre quentinha? Atualmente esses confortos tornaram-se mais acessíveis gra-ças às novidades do mercado que possibilitam a automação predial e residencial com baixo custo.

Nos denominados “prédios e casas inteligentes”, essas inovações já fazem parte do projeto, pois apresentam be-nefícios como economia de energia, ao evitar desperdícios com iluminação, ar condicionado, entre outros, com total conforto e baixo custo para o usuário. O ar-condicionado, por exemplo, pode ter sua temperatura e hora de liga/desliga programadas a distância. Ou seja, pode-se estar no local de trabalho e, através do computador ou celular, via Internet, é possível alterar e/ou programar a hora exata de ligar ou des-ligar o aparelho. O mesmo acontece com relação à banheira spa, à água da piscina ou chuveiro oriunda de aquecimento solar ou de reservatórios térmicos e aos pisos térmicos - muito comuns em casas de campo ou serra e que são uma alternativa de calefação, por aquecer o ambiente todo.

De acordo com o empresário Antonio Gobbi, diretor da Full Gauge Controls, empresa que desenvolve e produz instrumentos digitais para controle e indicação de tempera-

O ar-condicionado pode ter sua tem-peratura e hora de liga/desliga programadas a

distância

J

tura, umidade, tempo, pressão e voltagem, existem diversas formas de se fazer uma automação predial e residencial. A melhor maneira e mais acessível, segundo ele, é com-posta por controladores digitais independentes, integrados através de softwares de gerenciamento a distância. “Tendo em vista que é possível encontrar no mercado alguns softwares já consagrados sem custo algum para o usuário, a única despesa será com o controlador digital escolhido, o qual tem custo muito pequeno se comparado a outros sistemas de automação disponíveis”, afirma Gobbi.

O especialista cita alguns exemplos do que é possível fazer com os controladores digitais conectados a um software de gerenciamento via Internet: deixar a água do chuveiro e da piscina na temperatura ideal de conforto, com economia de energia elétrica, a qualquer hora, de qualquer lugar, por computador ou telefone celular. Na falta de sol, no caso de sistemas de aquecimento solar, podem ser acionados apoios elétricos ou a gás. Outro exemplo: configurar em quais horá-rios equipamentos como o ar condicionado, a sauna, o piso térmico, entre outros, irão ficar ligados, tendo sua tempe-ratura controlada à distância, possibilitando ligar e desligar o aparelho no horário programado. Mais um: programar o acionamento automático de interruptores e alarmes prediais, além de verificar a abertura e fechamento de portas. mE

AO ALCANCE DE TODOS

COnFORTO45mercado empresarialmercado empresarial tendência

Page 46: Revista Mercado Empresarial - Febrava

sustentabilidade

esquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de pai-

néis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e legumes. Os cientistas trabalham no Pólo Solar Orgânico, instituto criado dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos em fontes renováveis de energia.

A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por uma mistura de pigmento de alimentos que podem ser sintetizados bio-logicamente. A inovação está na elaboração de um material que absorve a radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das plantas de absorção de gás

carbono e emissão de oxigênio na atmosfera.

As células solares orgâni-cas são formadas por corantes naturais extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma do painel tradicional. Mas muda a composição química dos elementos e a espessura da

lâmina que pode ser aplicada ao produto final em película, plástico ou vidro.

“Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da ener-

gia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é mínima”, afir-

ma o professor Franco Giannini, diretor do Pólo. Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se

entre as duas placas de

eletrodo e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de estratos na quais ocorrem as reações fotovoltaicas.

Durante o processo de transformação da energia, alguns componentes recebem a irra-diação solar e outros extraem a carga para a produção de eletricidade. “ Trabalha-se essen-cialmente com o dióxido de titânio. As células ativadas pelos corantes absorvem a energia solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção de energia”, descreve Giannini.

Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas silvestres ricas em antocianinas (pigmento natural en-contrado na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes de ajudar na transformação da energias solar em elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia”, ressalta Giannini, que trabalhou no país.

VantagensO painel, semitransparente ou colorido,

pode captar a luz independentemente dos raios solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova tecnologia.

“Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais. Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções, são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa”, diz Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens continua a ser uma fonte de energia solar. A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares redu-zindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os painéis a base de silício custam entre

Novos painéis solares usam

processo inspirado na fotossíntese

P

pAinéiS SOlARES GERAM ENERGIA COM CASCAS DE FRUTAS

46

Page 47: Revista Mercado Empresarial - Febrava

sustentabilidade

6 a 12 euros por watt. Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por watt através dos pai-néis orgânicos. O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta depois do oxigênio e a matéria prima usada para a elaboração dos semicondutores, usados nos painéis.

O mineral , presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do processo de transformação para a in-dústria. Ele acaba sendo o responsável por 60% do preço final do produto. “ O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra um das células orgânicas “, diz Giannini. Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custas uns 15 ou até mesmo 100 milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos. Os novos modelos também serão mais seguros.

“A manutenção é mais fácil e o roubo não é interes-sante, pois como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo ?”, pergunta o professor. O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a energia elétrica em parte usada na iluminação noturna, descarregando-a em uma bateria. A fonte de calor das lâmpadas da energia irradiada pela luz em eletricidade. mE

Fonte: BBC Brasil

sistema VRF - Volume Refrigerante Variável vem sendo considerado uma evolução em ma-téria de ar condicionado. A tecnologia permite

atender as demandas num edifício com diferentes graus de climatização e ainda, se for necessário, na condição de resfriamento e aquecimento, simultaneamente. A individualização da temperatura e operação dos ambien-tes, somados à qualidade assegurada nas informações transitadas pela rede microprocessada que controla o sistema, permite uma considerável economia de energia no funcionamento.

Na comparação do VRF com sistemas convencionais é possível atingir reduções de energia da ordem de 30%. E o gás utilizado é totalmente ecológico.

A DIS - Dealer Inverter System foi recentemente criada para revender serviços dessa tecnologia e profissionalizar a venda e pós-venda dos equipamentos VRF. Em parceria com a multinacional Hitachi, uma das poucas marcas no mundo que dominam a tecnologia VRF, a DIS está colo-cando no mercado novos sistemas VRF a água e o Mini Split Inverter, equipamentos que possuem flexibilidade e um conjunto de qualidades que superam de longe o sistema convencional. mE

TECnOlOGiA vRF DE AR CONDICIONADO

ALIA EFICIêNCIA COM SUSTENTABILIDADE

OBB

C Br

asil

pAinéiS SOlARES GERAM ENERGIA COM CASCAS DE FRUTAS

47mercado empresarialmercado empresarial

Page 48: Revista Mercado Empresarial - Febrava

tecnologia

pesquisador Sérgio Hiroshi Toma, do Laboratório de Química Supramolecular do Instituto de Química (IQ) da USP,

construiu aglomerados de moléculas, átomo por átomo, demonstrando uma das principais técnicas da nanotecnologia, que é a chamada fabricação “de baixo para cima”, em que as estruturas são fabricadas usando átomos ou moléculas indivi-duais – segundo informações do portal Inovação Tecnológica.

Esses aglomerados, que utilizam o metal rutênio, são chamados de clusters, ou aglomerados, e dão origem a materiais que utilizam a luz para gerar ele-tricidade com alta eficiência, podendo ainda mudar a cor dos vidros que envolvem.

Segundo o professor Henrique Eisi, orienta-dor da pesquisa e coordenador do Laboratório de Química Supramolecular do IQ, a nanotecnologia molecular constrói, átomo por átomo, materiais que tenham alguma função útil. “Para cada apli-cação, construímos as moléculas ideais”, explica. “Desenvolvemos uma molécula por vez. Depois, as conectamos e construímos uma ‘máquina mo-lecular’, que desempenha o papel desejado,” diz o pesquisador.

Em sua pesquisa, Hiroshi desenvolveu uma célula fotoeletroquímica - um dispositivo que con-verte luz em eletricidade - com os aglomerados de rutênio. O diferencial em relação às outras células solares é a sua eficiência de 80%: a cada 100 mil fótons (partículas de luz) que incidem sobre a placa, 80 mil elétrons são liberados.

Segundo o Inovação Tecnológica, para construir a célula o pesquisador forrou placas de vidro con-dutor de eletricidade com um filme microscópico de dióxido de titânio e borrifou nele as moléculas criadas no laboratório. Todas as vezes que a luz bate nas moléculas, elas liberam elétrons. A corrente elétrica formada serve para manter funcionando pequenos aparelhos eletrônicos domésticos.

“Essa tecnologia é cara, mas não precisa de muita luz para gerar eletricidade”, explica o pro-fessor. “Por isso acredito que fará sucesso para mover pequenos aparelhos, como calculadoras, dispensando as pilhas”.

Insulfilme coloridoO pesquisador também desenvolveu um filme

para envolver vidros - semelhante ao tradicional in-sulfilme - que pode mudar de cor reversivelmente ao receber eletricidade. Para que o vidro mude de cor, basta submetê-lo a diferentes tensões. A estrutura projetada no laboratório do IQ mistura cristais de dióxido de titânio com moléculas de rutênio.

Uma das possíveis aplicações dos filmes, cha-mado filmes eletrocrômicos, é impedir o calor de escapar dos ambientes por irradiação, funcionando como a parede espelhada de uma garrafa térmica. Outras aplicações são em outdoors e painéis de decoração. Os pesquisadores desenvolveram uma “biblioteca de moléculas”, que permite criar vidros que abrangem diversos intervalos de cores.

Moléculas inorgânicas“Os melhores dispositivos já desenvolvidos são

baseados em moléculas orgânicas, que desgastam rápido”, destaca Eisi. “Eles são caros. Assim, há grande interesse comercial na tecnologia que de-senvolvemos. Melhorando o sistema será possível fazer uma tela, como as de LCD”. A invenção não foi patenteada pelo grupo de pesquisadores a tempo e é de domínio público.

As invenções de Sérgio Hiroshi Toma renderam-lhe o prêmio de melhor tese na área de química, concedido pela pela CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, ór-gão do Ministério da Educação que avalia e incentiva mestrados e doutorados. mE

PESQUISADOR DA USP CRIA CélulA SOlAR COM 80% DE EFICIêNCIA

Sergio Hiroshi Toma/LQS-USP

O pesquisador construiu célula

solar átomo por átomo,

demonstrando uma das princi-pais técnicas da nanotecnologia: a chamada fabri-cação “de baixo

para cima”.

O

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Page 49: Revista Mercado Empresarial - Febrava

tecnologia

‘Casa Eficiente NGC by EDP’ é um ino-vador projeto ambiental do National Geo-graphic Channel (NGC) que visa divulgar e

promover a eficiência energética e outras medidas ecológicas. A idéia é conscientizar a respeito da necessidade de se preservar o Planeta Terra, contri-buindo para a redução da “Pegada Humana”.

O projeto foi inaugurado no dia 29/5 deste ano em comemoração ao Dia da Energia: trata-se de uma casa comum construída junto ao Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva, no Parque das Nações, em Lisboa. Tem cerca de 100 m2 nos quais os vi-sitantes poderão conhecer, passo a passo, divisão a divisão (cozinha + sala + quarto de criança + casa de banho + quarto de adulto + espaço exterior com jardim), sugestões que ajudam a reduzir o orçamen-to de cada casa e a preservar o meio ambiente.

Através da Casa Eficiente, o National Geo-graphic Channel e seis parceiros na construção da casa pretendem sensibilizar a população para as tão prementes questões ambientais, especialmente para pequenas alterações comportamentais que podem ser implementadas nas rotinas domésticas e que em muito podem contribuir para a redução da “Pegada Humana” de cada indivíduo. Pretendem, ainda, des-mistificar algumas das crenças comuns que presidem a muitas das nossas opções enquanto consumidores, ao mesmo tempo que ajuda a revelar poupanças reais associadas a comportamentos ambientalmente responsáveis. O projeto quer, também, demonstrar que e como é possível fazer a diferença através de pequenos gestos no dia-a-dia e sem perder o con-forto na nossa casa.

A empresa Daikin foi convidada a associar-se ao projeto em virtude da reconhecida eficiência dos seus sistemas de climatização e da sua preocupação com as questões ambientais. Assim, contribuiu com a instalação de um Sistema Multi-Split de vanguar-da, inovador na difusão do ar, porque o espalha de um modo quase imperceptível para quem está na casa, sendo que os filtros do sistema são filtros para purificação de ar. Além disso, instalou um purificador de ar com sete filtros que removem bactérias e odores. Estes Multi-Split denominados “amigos do ambiente” consomem menos energia do que o habitual – produzindo menos CO2 - e são adaptáveis a qualquer tipo de casa.

Segundo a Daikin, os sistemas de ar condicio-nado baseiam-se no conceito de “absorver a energia

A

você Sabia que…?• Os sistemas com tecnologias inverter são mais eficientes na

satisfação dos requisitos exatos de aquecimento e arrefecimento, reduzindo o consumo de energia elétrica em mais de 25% face às unidades tradicionais.

• As unidades com capacidade de arrefecimento até 12 kW devem ter uma etiqueta energética que o ajudará a perceber se o equipamen-to é mais ou menos eficiente, com reflexo na sua fatura energética.

CASA EFiCiEnTE DO NATIONAL GEOGRAPHIC CHANNEL

!

49mercado empresarialmercado empresarial

Page 50: Revista Mercado Empresarial - Febrava

tecnologia

de um local e libertá-la em outro local”. Este processo requer uma unidade interior, uma unidade exterior e tubagem para inter-ligar as duas unidades. Através destes tubos, o líquido refrige-rante circula de uma unidade para a outra. É o refrigerante que absorve a energia de uma unida-de e a liberta na outra, mediante

compressão e expansão controlada.Num sistema de ar condicionado, a unidade

interior a instalar dentro da habitação contém o eva-porador e a unidade de tratamento de ar, ao passo que a unidade exterior colocada fora da habitação contém o condensador, o ventilador do condensador e o compressor. No caso de existir apenas uma unidade interior, designa-se de mono-split, se existirem várias unidades interior ligadas a uma só unidade exterior, trata-se de um sistema multi-split.

Atualmente, a maior parte dos sistemas de ar condicionado funciona sob o princípio de bomba de calor reversível, isto é, o equipamento funcio-na como bomba de calor quando se pretende o

aquecimento e como máquina frigorífica quando se pretende a refrigeração do espaço a climatizar. Também no que respeita ao consumo de energia, é preciso ter-se em conta que os equipamentos com tecnologia inverter são energeticamente mais efi-cientes, pois são aparelhos cujo compressor possui velocidade variável, adaptando a potência fornecida às necessidades da habitação e reduzindo gastos desnecessários de energia.

A eficiência de uma bomba de calor é medida em COP (coeficiente de desempenho) em modo de aquecimento e o EER (índice de eficiência energéti-ca) em modo de arrefecimento. Um COP ou EER de 3 significa que uma unidade de energia eléctrica consumida produz 3 unidades de energia na forma de calor ou frio. É com base nestes indicadores que os sistemas de ar condicionado são classificados em termos de eficiência numa escala que vai de “A” (mais eficiente) a “G” (menos eficiente).

Ao instalar um sistema de ar condicionado com EER de 3,3 (Classe A), comparativamente com uma solução menos eficiente (Classe C; EER 2,8), seria possível poupar até 50€ por ano e evitar a emissão de cerca de 100 kg/ano de CO2. mE

Através da Casa Eficiente, o National

Geographic Channel e seis par-ceiros na construção da casa pretendem sensibilizar a popu-lação para as tão

prementes questões ambientais

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Page 52: Revista Mercado Empresarial - Febrava

dicas de leitura

vÁlvulAS induSTRiAiS

Em grande parte das indústrias de petróleo, petroquímicas e farmacêu-ticas, os insumos são conduzidos aos consumidores através de tubulações e dutos. Os equipamentos que permitem e controlam a circulação desses produtos nessas instalações são conhecidos como válvulas industriais. No entanto, como esses equipamentos são construídos? Como é feita sua aplicação correta, dimensionamento, manuseio, inspe-ção e planejamento de manutenção? Essas e outras perguntas são respondidas por Osmar José Leite da Silva em Válvu-las Industriais, um livro inovador, lançado através do Programa de Editoração de Livros Didáticos da Universidade Pe-trobras, em parceria com a Qualitymark Editora, e que vem preencher uma lacuna sobre o tema na literatura brasileira.

Autor: Osmar José leite da Silva

Editora: Qualitymark, 2009

352 páginas

AuTOmAçãO pnEumÁTiCApROJETOS dimEnSiOnAmEnTO E AnÁliSE dE CiRCuiTOS

Destinado ao profissional de indústria, acadêmicos de engenha-ria mecânica e automação, bem como a professores que desejam somar elementos diversificados ao seu conteúdo programático, este livro busca apresentar de uma forma clara, organizada e bastante didática uma sequência de passos necessários ao

projeto e dimensionamento de circuitos pneumáticos para aplicações do nível básico ao intermediário. É rico em conceitos, figuras, exemplos de aplicações, equacionamentos e informações. Ensina a dimensionar redes pneumáticas, atuadores lineares e rotativos, eletropneumática, as funções lógicas em pneumática de acordo com a álgebra de Boole, noções de aplicação de CLPs, além de noções de projeto de comandos combinatórios e sequenciais. Possui também apêndices com excelente material de apoio e respostas dos diversos exercícios encontrados ao longo dos capítulos.

Autor: Arivelto Bustamante Filho

Editora: érica, 2003

328 páginas

REFRiGERAçãO induSTRiAl - 2ª EdiçãO

Refrigeração Industrial aborda de forma simples e prática as-pectos de importância e do dia-a-dia de operadores e projetistas de instalações frigoríficas, em especial aquelas para aplicações industriais. Temas como análise termodinâmica dos ciclos frigoríficos de simples e duplo estágio de compressão; análise do desempenho de compressores alternativos e parafusos; ser-pentinas e evaporadores; condensadores; tubulações, válvulas e

reservatórios refrigerantes; e segurança, são tratados de forma didática, acessível a técnicos e operadores. O livro pode servir de texto em cursos de sistemas frigoríficos ministrados em escolas técnicas de nível médio, universidades e cursos de extensão universitária.

Autor: W.F. Stoeckler e Jose maria Saiz Jabardo

Editora: Edgard Blucher, 2002 – 2ª. Edição

384 páginas

52

Page 53: Revista Mercado Empresarial - Febrava

vitrine

A Dahll, empresa que atua no comércio exterior há 20 anos, importando produtos de alta qualidade para o mercado brasileiro com foco na inovação e diferenciação, assumiu a importação e distribuição de produtos da Soler & Palau, um dos mais importantes e destacados fabricantes mun-diais de ventilação para aplicações industriais, comerciais e residenciais.

O foco concentrou-se particularmente nas linhas de produtos com perfil mais residencial. Nesta linha de atuação, os exaustores para banheiro em suas várias versões Decor, Silent, EBB, mostram qualidade diferenciada em relação à concorrência, com preços muito competitivos. Outra linha de produtos que realmente têm se destacado acima do espera-do é a TD Mixvent. Trata-se de um conceito criado pela Soler & Palau há muitos anos, que oferece uma ótima combinação de vazão, pressão, demanda de pouco espaço, facilidade de instalação/manutenção e baixo nível de ruído.

Entre os lançamentos da Dahl na Febrava 2009 há tres destaques na linha Soler & Palau: os Exaustores Centrífugos In Line de Alta Performance, inclusive com versão para instalação em paredes; as Mini Centrais de Exaustão para residencias, escritórios ou comércio em geral; e os Recupe-radores de Calor.

Dutos flexíveisAlém disso, complemen-

tando e ampliando sua oferta de produtos no setor, a Dahll concretizou parcerias para o lançamento de sua linha de dutos flexíveis Dahllflex para

aplicações de baixa, média pressão na ventilação, refri-geração, ar condicionado e aquecimento. As primeiras linha a serem lançadas são: AVR (Alumínio laminado reforçado com arame de aço especial) e PVL (PVC reforçado com arame de aço especial). Na Febrava a empresa apresenta como novidades os Dutos flexíveis com isolamento térmico, os Dutos flexíveis com isolamento acústico, os Dutos semirígidos em alumínio e aço inoxidavel e os Dutos flexíveis combinados de PVC e Alumínio.

Dutos texteis para ventilaçãoTambém durante a feira a Dahll apresenta uma nova

parceira, a Difusión Textil Integrada, fabricante mexicano de dutos texteis para aplicação geral, principalmente na in-dústria e comércio, em seu primeiro contato com o mercado brasileiro. Com características que reduzem o custo nas estruturas portantes necessárias, na instalação e posterior manutenção, os dutos texteis têm um enorme caminho a percorrer e vasto potencial a explorar – especialmente no que diz respeito às exigências cada vez maiores de uma manutenção de limpeza nos dutos de ventilação para ga-rantir a qualidade de ar transportado: com o uso deste tipo de dutos esta ação pode ser efetuada com custo reduzido e em pouco tempo.

dAHll LANçA SOLUçõES EM VENTILAçãO E REFRIGERAçãO

O foco concentrou-se particularmente nas linhas de produtos

com perfil mais residencial.

53mercado empresarialmercado empresarial

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vitrine

Única empresa fabricante de isolamento térmico em espuma elastomérica que produz no Brasil os produtos que comercializa e presente no mercado latino-americano desde 1995, a Armacell marca presença na Febrava 2009 não só com a linha com-pleta de produtos da família Armaflex®, marca que é referência mundial no segmento, como com muitas novidades, das quais os destaques são o Armatube® e o ArmaSound®.

O Armatube® é um isolamento térmico flexível com estrutura celular fechada, não fibroso, fabrica-do em polietileno expandido. Com este produto, a Armacell atende uma fatia do mercado de Ar Con-dicionado que é tradicional usuária de polietileno e complementa sua linha de isolamento térmico flexível, que conta com as famílias Armaflex®, Armaduct® e Arma-Chek®, (este último um sistema flexível de revestimento para isolamentos térmicos em tecido sintético, resistente a impactos, intempéries e que também responde pela proteção contra a ação dos raios UV sobre o isolamento).

Desenvolvido no centro de pesquisas da Armacell, na Alemanha, o Armatube® é indicado para aplicações em tubulações de água quente e de sistemas de ar condicionado, contribuindo de modo efetivo para a elevação dos índices de economia de energia. Livre de CFC e HCFC, Armatube® tem ODP (Ozone Depres-sion Potencial) zero e é fabricado em conformidade com as normas de qualidade ISO 9001:2000 e de meio ambiente ISO 14001:1996. O produto também é disponível na versão Armatube S, recoberta com

uma película protetora de polietileno que aumenta a resistência à intempérie.

Armatube® pode ser facilmente instalado, de modo seguro, rápido e limpo, seja encamisando a tubulação com o isolamento durante sua monta-gem, seja abrindo o isolamento longitudinalmente quando a tubulação já está montada. Neste caso, o isolamento aberto deve ser colado com o adesivo Armaflex 520.

Já o ArmaSound® é um absorvedor acústico de alto desempenho desenvolvido para aplicações exigentes. Fabricado em espuma elastomérica, sua estrutura é de células abertas, com elevada densi-

dade e alta resistência ao fluxo de som, encontrando, por suas características, aplicação em absorção, em atenuação do som, em isolamento e em amortecimento de vibração. Resultado de quatro anos de desenvolvimento em pesquisa, o ArmaSound® absorve até duas vezes mais a energia acústica quando comparado aos ma-teriais tradicionais, da mesma espessura, o que permite a redução do espaço ocupado pelo isolamento acústico. Suas características diferenciadas garantem níveis elevados de absorção em vasta faixa de freqüência e também possibilitam a aplicação do material em sistemas de atenuação acústica e de amortecimento e isolamento de vibrações causadoras de ruído estrutural. Disponível nas den-sidades 120 kg/m³ e 240 kg/m³, com ampla gama de espessuras, ArmaSound® é facilmente adaptado aos projetos de tratamento acústico. O produto concorre ao Selo Inovação 2009.

Além dos lançamentos e da linha Armaflex®, a empresa destaca outros produtos de suas linhas, como:

Armafix® – sistema de fixação e de sustentação para tubula-ções isoladas com espuma elastomérica, resistentes à compressão, que asseguram integridade às tubulações; com núcleo de poliu-retano rígido, revestido com Armaflex AF® e capa externa de proteção em alumínio rígido.

Arma-Chek® – sistema sintético, flexível, de alto desempenho, desenvolvido para revestimento de isolamento térmico instalado em locais de difícil acesso e ambientes agressivos, é resistente a impactos mecânicos, raios UV e água salgada.

Armaduct® - isolamento térmico em espuma elastomérica desenvolvido para dutos em sistemas de climatização, fabricado em espuma elastomérica de alta qualidade.

Na feira, a Armacell participa também da Ilha Áreas Limpas, fornecendo isolamento Armaflex para as tubulações do sistema de ar condicionado e Armaduct para a rede de dutos do sistema de ar condicionado.

AS NOVIDADES DA

ARmACEll

Referência mundial em

espuma elas-tomérica para

isolamento térmico.

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A Starrett, empresa com 129 anos de experiência e pro-dução de mais de 5 mil produtos, lança no mercado a serra de fita Versatix MP, ideal para cortes em materiais estruturais, tubos e pequenos sólidos, como por exemplo, cantoneiras, vigas e perfis. Sua geometria permite cortes mais rápidos e maior resistência a quebra dos dentes, além de proporcionar uma grande vida útil a serra.

A Versatix faz parte de uma nova linha de lâminas de serra de fita desenvolvida pela empresa com novas tecnologias e melhorias no processo de produção, com o objetivo de gerar rapidez a um menor custo por corte.

“Desenvolvida, testada e patenteada pela Starrett, o novo perfil do dente da Versatix suporta facilmente os impactos associados aos cortes freqüentes e redução nas quebras e desgastes”, explica Felipe Teixeira, supervisor de produto.

Os dentes de aço rápido M42 e corpo de alta resistência fazem com que a lâmina da Versatix seja indicada para cortes de secções interrompidas, aços estruturais, tubos e pequenos sólidos; ideal para ser usada em qualquer tipo de máquina de serra de fita e em especial máquinas manuais, onde as taxas de avanço não controladas podem facilmente sobrecarregar os dentes de uma lâmina conven-cional. Também pode ser utilizada em máquinas hidráulicas convencionais.

A nova linha de lâminas de serra de fita Starrett conta com novo catálogo de infor-mações, com detalhes de cada produto e tabela de equivalência de materiais, além das embalagens novas, que foram desenvolvidas com design moderno, informações sobre as

lâminas e melhoria nas condições de transporte e armazenamento.

Microscópio Digital: inspeção por videoA Starrett também está lançando o Microscópio Digital

Galileo Kinemic, um sistema de inspeção por vídeo ideal para o controle de qualidade, inspeção de recebimento, treinamento, chão de fábrica, montagem, desenvolvimento e pesquisa.

O sistema básico inclui uma base e suporte com ajuste fino e controle do foco e um sistema de lentes com amplia-ções, iluminação por LED (Diodo Emissor de Luz) e vídeo câmera colorida de alta resolução. O Galileo Kinemic possui vídeo com zoom com ampliações de 25 vezes até 165 vezes com monitor de 15”, câmera de vídeo colorida 1/3” CCD de alta resolução, campo e visão de 9mm (ampliação mínima) e 1,4mm (ampliação máxima), ajuste de foco, iluminação com anel de fibra ótica, garantia contra defeito de fabricação por um ano. Conta, ainda, com lente auxiliar opcional de 0,5 vezes e 2 vezes (ampliações de 12,5 vezes a 330 vezes

lâminA dE SERRA dE FiTA vERSATix: RAPIDEZ DE CORTE E CUSTO REDUZIDO

O produto faz parte de uma nova linha

de lâminas que suporta impactos

e reduz quebras e desgastes.

55mercado empresarialmercado empresarial

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A Winter, marca da Saint-Gobain Abrasi-vos, tem se diferenciado no mercado mundial pela capacidade de desenvolver e produzir ferramentas de última geração para indústrias. Um dos atuais destaques são os Rebolos CBN Vitrificados, empregados principalmente nos processos de retificação e usinagem de peças metal-mecânicas do setor automotivo, segmen-to que exige alta qualidade.

Fabricados com grãos abrasivos de Nitreto de Boro Cúbico (CBN), caracterizados pela dureza e resistência à abrasão e condutividade térmica, e com ligas vitrificadas, que se desta-cam pelas características favoráveis em relação ao dressamento e à resistência ao desgaste, os Rebolos CBN Vitrificados Winter prometem ser peça fundamental no desenvolvimento de motores com menor emissão de CO², menor consumo de combustível, menor nível de ruí-do e menor custo de produção e aquisição. A alta performance dos rebolos contribui ainda para a fabricação de motores mais potentes, de maior confiabilidade e maiores intervalos entre as revisões.

Ao usar a liga vitrificada nas ferramentas de CBN, a Winter garante aos seus rebolos estabilidade de processo, repetibilidade e princi-palmente a redução do custo final da operação, obtidos através de fatores como: diminuição

do tempo de retificação conseguida através da possibilidade de operar com maiores avanços e velocidades periféricas. Pode chegar até 200 m/seg.; redução do tempo de setup obtida através da diminuição drástica do tempo de troca de ferramenta (maior durabilidade do rebolo) e da diminuição do número de dressagens (afiações); manutenção e repetibilidade de estreitas tolerân-cias dimensionais da peça-obra, e integridade da superfície retificada

Os investimentos no desenvolvimento de ligas vitrificadas são constantes na Winter. As mais recentes são as ligas: VSS 01: ideal para rebolos com perfil complexo; VSS 25: per-mite maior porosidade natural, ajudando no arrefecimento da operação; DX 40: versátil, pode ser utilizada em diversas aplicações com uma grande gama de dureza e porosidade; N7: bastante versátil, foi desenvolvida inicialmente para operações do mercado americano, mas tem apresentado bons resultados também no mercado brasileiro; e 3441 e 3443 - de alta performance foram desenvolvidas pela Winter Alemã, com resultados excelentes nos mercados

Peças importantes no desenvolvimen-to de motores

com menor emissão de

CO²

WinTER: REBOLOS VITRIFICADOS DE úLTIMA

GERAçãO

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Dona do já consagrado Tubo de Alumínio Multicamadas (água quente e fria), a empresa italiana Emmeti traz da Europa uma grande novidade em instalação e condução de gás (GN e GLP), o Tubo de Gás em Alumínio Multicamadas. O objetivo é atender a uma crescente necessidade do mercado nacional, com a expansão do uso de gás para aquecimento de água e ambientes, em substituição à energia elétrica, oferecendo uma solução mais moderna, sustentável, eficaz e, detalhe, a um custo menor que outros produtos disponíveis.

O novo produto é composto por cinco ca-madas, assim como o tubo para água (alumínio revestido interna e externamente por polietileno reticulado, um tipo de plástico de engenharia muito resistente, unidos por uma cola especial), só que a camada de alumínio do tubo para gás tem o dobro da espessura da do tubo para água (0,4 mm contra 0,2 mm), o que garante mais segurança e durabilidade. Outra diferença é que a camada externa do tubo para gás da Emmeti é amarela, enquanto que a do tubo para água é branca, o que facilita a identificação e não precisa ser pintado como outros tubos.

O Tubo Multicamadas para gás da Emmeti pode ser usado na condução do gás desde o medidor de entrada da residência ou prédio (botijão ou registro de gás encanado) até o local de consumo, como fogão, aquecedor de água, etc. pelo fato de ser maleável, vendido em bobinas de até 100 metros de extensão, o que evita emendas e os problemas que acarretam, como soldas e vazamentos.

Vantagens O diretor comercial da Emmeti Brasil, Mar-

cos Pelizzon, explica que, até hoje, o material mais utilizado no Brasil, para a condução de gás, ainda é o cobre, que, em diâmetros maiores não faz curvas, por isso necessita de soldas para emendas, tornando a instalação vulnerável a vazamentos. Segundo Pelizzon, o produto da Emmeti “é mais barato e reciclável, já que tem como base o alumínio (único material que pode ser reciclado infinitamente sem perdes suas

propriedades físico-químicas). A instalação também é muito mais rápida, porque dispensa soldas, uti-liza o sistema de prensar, igual ao usado no Tubo Água. Ao contrário do cobre, o Tubo Multicamadas não oxida, nem mesmo em regiões litorâneas”.

“O valor por metro instalado do Tubo de Gás da Emmeti é aproximadamente 30% menor que o do cobre, considerando-se a rapidez e a qualidade da instalação, o que permite acelerar o processo de entrega da obra. Alguns engenheiros avaliaram que a instalação do sistema Emmeti-Gás pode acelerar a construção da obra em até 20 dias”, diz Pelizzon.

As vendas do Tubo Multicamadas para Gás da Emmeti serão dirigidas a distribuidoras de Gás e lojas de materiais hidráulicos que já trabalham com o Tubo Multicamadas para água.

CertificaçõesPelizzon conta que em alguns países da Europa e

Estados Unidos o Tubo Multicamadas para Gás da Emmeti já é utilizado, devido à segurança, eficiência e durabilidade amplamente comprovadas. Prova disso é que possui a certificação de conformidade de produto ISO 17.484/1, uma norma americana também aceita pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). “Lem-brando que toda a instalação deve seguir a NBR 15.526, que define as regras de instalação de redes de distribuição interna de gases combustíveis em residências e comércio”, acrescenta ele.

Além disso, o Tubo, as conexões e válvulas da Emmeti utilizadas na instalação de gás, assim como todos os pro-dutos da empresa, são certificados por normas europeias reconhecidas mundialmente por seu rigor. “ o tubo Mul-ticamadas para Gás da Emmeti pode vir a ser aplicado em redes internas de gás, pois seu processo de fabricação segue normas internacionais, e pilotos de utilização estão em curso para a aprovação final”, considera o engenheiro Carlos A. C. Bratfisch, da Comgás.

Ao contrário do cobre, na condução do gás (GN ou GLP) o Multi-camadas da Emmeti

promete mais seguran-ça contra vazamentos e

maior durabilidade.

mulTiCAmAdAS dA EmmETi: MAIS SEGURANçA CONTRA VAZAMENTOS

57mercado empresarialmercado empresarial

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A Traydus Climatização vai lançar novos modelos de intercambiadores de calor que complementarão a linha Flexair (Fancoils Centrais). Os novos equipamentos serão produzidos exclusivamente para os projetos de ar condicio-nado que visem atender corretamente as novas exigências da norma NBR 16401, vigente desde o segundo semestre de 2008.

A principal mudança com relação aos condicionadores convencionais é a introdução de filtros classe F5, que atendem aos testes tanto em relação à economia quanto à dimensão dos equipamentos. Essa classe de filtragem tem como carac-terística uma considerável e problemática variação de perda de carga em sua vida útil e, portanto, para a sua utilização de forma segura, sem risco de queima do motor elétrico nem falta de vazão de ar antes do limite de saturação dos filtros, os modelos da Traydus serão equipados com ventiladores do tipo Limit Load, garantindo um bom funcionamento do equipamento nas novas condições.

Os painéis dos gabinetes metálicos terão paredes duplas e rígidas, com isolamento térmico. A estanqueidade do ga-

binete atende as exigências das normas e até as supera. Os componentes internos dos gabinetes terão fácil acesso através de painéis removíveis ou com portas de inspeção.

As bandejas de recolhimento da água condensada das máquinas da Traydus serão produzidas em alumínio naval, resistentes à corrosão. A dimensão e o posicionamento da bandeja garantirão o correto recolhimento da água conden-sada com o equipamento em funcionamento ou parado, conforme previsto na norma da ABNT. A tubulação de escoamento da água condensada não será conectada dire-tamente ao ralo sifonado, sendo provida de sifão com selo hídrico, com altura correspondente e determinada. O tubo de drenagem do condicionador deverá ser dimensionado com folga para a vazão de condensado, com diâmetro nominal não inferior a 19 mm.

Para os ventiladores, a Traydus fabrica a carcaça de forma a promover condições de acesso para permitir a limpeza interna, como a porta de inspeção. Já as serpentinas de resfriamento do ar possuem molduras feitas de material re-sistente à corrosão, fabricadas em alumínio. As serpentinas, com mais de três fileiras, também possuem mais de 480 aletas por metro. A Traydus não utiliza serpentinas com mais de 1,2 metro de altura. Quando necessário, a empresa instala serpentinas menores superpostas, com bandeja intermediária para recolhimento de condensados.

A norma prevê que não haja umidificadores do tipo bandeja aquecida, por isso a Traydus utiliza umidificador a vapor com tubo difusor. Além disso, os materiais utilizados no dispositivo de geração de vapor e no tubo difusor do sistema de umidificação são fabricados de material imune a corrosão.

linHA FlEx AiR DA TRAYDUS ATENDE NORMAS NBR 16401

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A Ouro Fino está lançando o Acqua Pool, um produto específico para o aquecimento da água de piscinas. Trata-se de um aquecedor solar fabricado em Termoplástico (Polipro-pileno), com proteção UV, destinado para grandes volumes de água. O sistema opera em alta pressão e vazão de água, constituído por 2 distribuidores “flauta”, 23 tubos e espaça-dores, sendo comandado por um controlador diferencial de temperatura com aquecimento máximo de 35°C.

Por ser fabricado em termoplástico, o Acqua Pool é um sistema mais barato em relação ao residencial, produzido em cobre. Outra vanta-gem na utilização para grandes volumes de água se dá com relação ao peso: por ser mais leve a instalação promete ser mais simples e feita dire-tamente no telhado, dispensando uma estrutura metálica. Para a tubulação é recomendado o uso do PVC. Dimensões: placas de 2, 3 e 4 metros com 30 centímetros de largura.

Trocador de Calor Para climatizar a água da piscina em qual-

quer época do ano, o Trocador de Calor Ouro Fino é uma alternativa às formas convencionais de aquecimento. Ele é um equipamento de alta performance, sendo capaz de aquecer volumes

de água entre 15m² e 85m², que funciona retirando o calor do ar e enviando para dentro da piscina. Como reduz a demanda por eletricidade a técnica permite uma eco-nomia de até 60%. A temperatura máxima da água chega aos 35 C°.

Todos os modelos são equipados com vál-vula de expansão, controle dinâmico de fluxo, sistema anticongelante e painel de comando totalmente digital. Possui controle automático, sendo possível programar o acionamento e o desligamento do equipamento, bem como a regulagem da temperatura ideal. Disponíveis em cinco cores: branco, amarelo, azul, verde e vermelho.

OuRO FinO: NOVO AQUECEDOR SOLAR PARA GRANDES VOLUMES

59mercado empresarialmercado empresarial

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TuBOnil – dESdE 2006, umA nOvA OpçãO

A Tubonil está no mercado desde 2006, mas seus profissionais contam com muitos anos de experiência no segmento. A empresa atua no mercado de tubos de aço carbono sem costura e com costura, de pequenos e grandes diâmetros, comercializando também a linha de Tubos Es-peciais de 12” a 24” SCH 40 A SCH 160, Tubos Mecânicos ST52 de 50,00mm a 650,00mm pare-des grossas, padrão e fora de padrão.

Localizada no município de Guarulhos – SP, numa área de 2.500m2, tem instalações moder-nas e funcionais que lhe permitem atender, com alto nível de qualidade, todas as demandas de seus clientes e fornecedores em todo o Brasil.

A maior preocupação da empresa é com a satisfação de seus clientes e com o cumpri-mento qualitativo de suas atividades: assim,

dedica-se à melhoria contínua de seus produtos e serviços.

Tudo isso faz da Tubonil mais que um distribuidor de tubos de aço, um parceiro de negócios preocupado em atender seus clientes de forma diferenciada, orientando e prestando suporte técnico.

Tubonil Comercial de Tubos de Aço [email protected] • www.tubonil.com.br

Fone/Fax: (11) 2406-7494

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AçOS E mETAiS mOldAlum - pOnTuAlidAdE GERA pROduTividAdE

www.moldalum.com.bre-mail: [email protected]

Fone/Fax: (11) 2036-9500

A Aços Moldalum Ind. e Com. Ltda., é uma empresa jovem formada com objetivo de atender às necessidades dos clientes na área de aços e metais, inclusive ligas especiais. Seu slogan Pontualidade Gera Produtividade, está focado na qualidade de seus produtos.

Trabalhando sempre em parceria com os clientes, alia atendimento personalizado com profissionais altamente capacitados à agilidade e presteza nas entregas.

A Moldalum trabalha com toda linha de aços inoxidáveis aisi302 303 304 310 316 316L 316TI 317 321 347 - Anti Salinico e Duplex A182gr 410 420 430, bem como Alloys Mo-nel Inconel Incolloy Titânio etc, em todos os formatos - Barras Chapas Bobinas Tubos Cantoneiras inteiros e cortados sob medida ou conforme desenho.

Trabalha também com a linha completa de Metais não Ferrosos, Alumínio, Cobre, Bronze, Latão, Estanho, Níquel, Chumbo Zamak e, agora também com fundição e Aços para Fer-ramentas VC VND VW3 WP20 VWM2 H13 VCO etc, Aço Prata Carbono e Tungstênio - Beneficiamento e Cementação

Em 1967, Wilfredo de Carvalho Baía inicia em Belo Horizonte a Casa das Correias. Em 1968 dá inicío à parceria com a Gates, importan-te fabricante mundial de correias, que em 1994 encerra a produção da sua linha de Correias Transportadoras.

Assim, nasce a Materpen Ind. e Com. Ltda, totalmente voltada para a indústria de Correias Transportadoras, mantendo a consagrada tec-nologia e qualidade Gates.

Hoje a Masterpen é uma das maiores em-

presas do Brasil no segmento e mantém em sua linha de produção Correias Transportadoras, Elevadoras e Planas (laminadas), fornecendo em todo país aos setores agrícola, mineração, siderurgia, portuário, cimenteiro, açucareiro e nas diversas atividades que necessitam do transporte de materiais leves e pesados.

[email protected]

Tel.:(11) 2088 5980

mASTERpEn - CORREiAS TRAnSpORTAdORAS,ElEvAdORAS E lAminAdAS

61mercado empresarialmercado empresarial

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A Qualinox, tradicional empresa fabricante de arruelas estampadas, inovou, seguindo as mais recentes tendências de mercado. Está implementando, em seu parque fabril, duas máquinas com tecnologia laser para corte de metais + dobradeira (CNC) + guilhotina (CNC). Com mais essa aquisição se mantém à frente da concorrência, dando um grande passo, sendo a primeira empresa fabricante de arruelas a importar um equipamento desse porte e de última geração.

Essas máquinas permitem cortar uma variada gama de produtos, em qualquer for-mato, dispensando o uso de ferramentas: este é o grande diferencial da empresa.

Com essa aquisição, a empresa se torna mais competitiva e inserida definitivamente no mercado de tecnologia de ponta, poden-do atender a todo e qualquer segmento de mercado. O que hoje está em torno de 7.000

itens fabricados (arruelas), poderá ultrapassar a barreira dos 100.000.

Além de fabricação de peças, também prestará serviços de corte em chapas (alto, baixo e mé-dio carbono) até 12 mm, inoxidáveis até 6mm. Opera também um dispositivo especial para corte de tubos com até 180mm de diâmetro e parede de 4mm.

Davinox Indústria Metalúrgica Ltdawww.qualinox.com.br

Tels.: (11) 3621-3396 / 3625-0281

CORTE A lASER - CHApAS E TuBOS - QuAlinOx

Com processos criativos para melhorar a eficiência dos equipamentos, facilitar a manu-tenção e reduzir paradas, a Foxwall desenvolveu um novo produto para condicionamento e tratamento de vapor. Na série de dessupera-quecedores, como o DS10 tipo inclinado, D20 tipo reto, VC10 condicionadora de vapor, lança a série D50 dessuperaquecedor tipo Radial.

Indicada para tratamento de temperatura de gases e vapores quentes pulveriza por meio de injeção de água ou outros fluídos em tubulação acima de 30”. Devido instalação externa, não cria turbulência ou perda de carga indesejáveis. Desobstrui a tubulação sem perder área de vazão. Utilizando válvula globo dimensionada para cada processo, pode ser atuada por piloto, válvula solenóide, posicionador eletropneu-mático, posicionador microprocessado com protocolos de comunicação.

O D50 Dessuperaquecedor tipo Radial é fonte acessível de tecnologia e métodos para controlar processos de precisão.

Contate o departamento de Engenharia de Aplicação da Foxwall para realizar dimensiona-mento para o seu processo.

[email protected]

Tel:(11) 4612-8202

d50 - dESSupERAQuECEdOR RAdiAl

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índice de anunciantes

ACmW indústria e Comércio ltda ............................................. 51Açoramo distribuidora de Aços ................................................ 15Aplastec plásticos Técnicos ltda ............................................. 26Astonia Comércio de Embalagens ltda .................................. 58Atlanta Rolamentos ................................................................ 58Brasved ............................................................................2ª capaCiesp ........................................................................................ 39Cofibam Condutores Elétricos ..................................................64d & d manufatureira ltda ....................................................... 27damol indústria e Comércio de molas ltda ............................50de Carlo usinagem e Componentes ltda ...............................50dragtec Tubos de Aço Helicoidal ltda ................................... 52Fervax Comercial & importadora de Acessórios ind. ltda ....... 44Fesma indústria e Comércio de Ferramentas ltda ................... 41Gift intelligence...............................................................3ª capaGigante Ar Condicionado .......................................................56Gradecom Comércio de Grades e Ferragens ltda .................50Jamaica indústria de Artefatos de Borracha ltda .................... 19Juntas Brasil indústria e Comércio ltda ..................................56masterpen indústria e Comércio ltda ..................................... 63mBA mercantil Brasileira de Aço ltda .................................... 25marval-in ..................................................................................66

metalsan ind. e Com. de metais ............................................59mevi Engrenagens e Redutores ............................................... 19nofor Queimadores ind. e Sistemas de Combustão ltda ....... 26 novoaço Especial .................................................................... 47Onix .................................................................................4ª capaparnox ...................................................................................... 22palley industrial ltda ..............................................................60partel parafusos ....................................................................... 41pekon Condutores Elétricos ind. e Com. ltda ........................... 41poloplástico Comércio de plático ltda .................................... 53pordial Componentes Eletrônicos ltda .................................... 52Raritubos distribuidora Tubos de Aço ltda ............................ 23Refriartec .................................................................................66Sanca Ar Condicionado ............................................................66Sesi .......................................................................................... 43STR Ar Condicionado .................................................................. 5Superfine Steel Aços inoxidáveis ltda ....................................59Tekno S/A ind e Com .............................................................. 53Tekroll Equipamentos industriais ............................................64Tubonil Comercial ..................................................................... 41vent leste ................................................................................ 63zara Transmissões mecânicas ltda .........................................60

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