revista mercado empresarial - feicon 2011

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Distribuição gratuita Ano 6 - Edição nº 32 - Março de 2011 Especial Feicon Batimat 2011 Acesse o portal: www. .com.br Publicação GESTÃO Planejamento para um legado sustentável da Copa de 2014 OPINIÃO Construção sustentável, compromisso que se tornará obrigação ECONOMIA Múltis brasileiras se consolidam no mercado global segue em ritmo forte CONSTRUÇÃO MERCADO DE

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A Feicon Batimat 2011 é o maior evento da construção civil da América Latina e vitrine do que há de mais inovador em termos de produtos e serviços na área. Mercado Empresarial espera contribuir para esse debate com esta edição especial sobre o setor. Boa leitura!

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Page 1: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

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Ano 6 - Edição nº 32 - Março de 2011

Especial Feicon Batimat 2011

Acesse o portal:

www.

.com.br

Publicação

GESTÃOPlanejamento para um legado sustentável da

Copa de 2014

OPINIÃOConstrução sustentável,

compromisso que setornará obrigação

ECONOMIAMúltis brasileiras se

consolidam nomercado global

segue em ritmo fortesegue em ritmo fortesegue em ritmo forteCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃO

MERCADO DE

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expediente

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expedienteCoordenação: Mariza SimãoRedatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SPcontato: [email protected] nesta edição: Irineu Uehara e João LopesDiagramação: Lisia Lemes, Vladimir A. Ramos eIvanice BovolentaArte: Cesar Souza, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson MandiarDistribuição: Feicon Batimat 2011 - 19º Salão Internacional da ConstruçãoImpressão: RR Donnelley

Matriz:São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273Filiais:Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309Bauru - Edifício MetropolitanRua Luso Brasileira, 4-44 - sl 1214 - 12º and.CEP 17016-230 - Tel.: (14) 3226-4068Fax: (14) 3226-4098 PiracicabaSisal Center - Rua Treze de Maio, 768sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434Fax.: (19) 3432-1524Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895Santos - Rua Leonardo Roitman, 27 - 4º and. cj 48 - Santos - SP - CEP.: 11015-550Tel.: (13) 3224-9326 / 3232-4763São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 3º and. - cj 301 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419

O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

Mercado Empresarial

MErcado dE construção MantéM trajEtória dE

crEsciMEnto

onstrutoras com carteiras cheias de pedidos, canteiros de obras multipli-cando-se por toda parte. A construção civil segue firme e forte em sua trajetória de crescimento, em sintonia com o boom vivido pelo conjunto

da economia e beneficiando-se dos efeitos positivos dos programas habita-cionais e de redesenho da infra-estrutura patrocinados pelo governo.

Segundo estimativas do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Cons-trução Civil do Estado de São Paulo), o ramo construtor teve em 2010 uma alta de 11% no seu PIB, o maior índice registrado desde 1986. Movimentou a soma de R$ 152,4 bilhões e gerou em torno de 300 mil empregos formais no ano passado, fazendo com que esta indústria batesse na marca inédita de 2,8 milhões de postos com carteira assinada. Ainda nos cálculos do SindusCon, esta imensa cadeia produtiva processa hoje cerca de 45% dos investimentos feitos na economia brasileira.

Para 2011, projeta-se um avanço mais modesto no PIB setorial, próximo de 6%. Contudo, o arrefecimento do nível de atividades neste ano tem de ser relativizado, já que os 11% do ano passado se deram sobre o crescimento zero de 2009, em razão da crise econômico-financeira global. Ou seja, não se trata de uma queda, mas de bom número, obtido sobre uma base de comparação alta em 2010.

Mas, nem tudo é bonança para a construção civil. Além do cenário geral caracterizado pelo repique da inflação e pelos apertos monetário e fis-cal promovidos pelo governo no sentido de esfriar a economia, há desafios específicos que o setor deverá enfrentar, como a falta de terrenos disponíveis, a abertura de novas fontes de financiamento, a morosidade na concessão de alvarás e licenças ambientais, e, evidentemente, a carência de mão de obra qualificada, apontado como o maior gargalo do setor: há escassez de trabalhadores desde os níveis funcionais mais simples até os que requerem graduação universitária.

Especialistas do setor chamam a atenção para a urgência de se seguir reduzindo a carga tributária, além de racionalizar os trâmites burocráticos no licenciamento dos empreendimentos - medidas consideradas essenciais para elevar a produtividade.

Temas como esses serão debatidos neste mês de março na Feicon Batimat 2011, o maior evento da construção civil da América Latina e vitrine do que há de mais inovador em termos de produtos e serviços na área.

Mercado Empresarial espera contribuir para esse debate com esta edição especial sobre o setor. Boa leitura!

C

editorial 3mercado empresarialmercado empresarial

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sumário

Mercado de Construçãosegue emritmo forte

Panorama do setor

desenvolvimento

Meio ambiente

sustentabilidade

inovação

opinião

tendência

Planejamento

dicas

cases & cases

tecnologia

dicas de Leitura Vitrine

Gestão

Evento

Legislação

Mercado

Feicon Batimat 2011:o mega evento brasileiroda construção civil

Projeto de lei podeobrigar construções aterem telhados brancos

Projeto Nova Luz poderádemolir e desapropriar até30% da região

Geleiras vão se transformarem água

Grupo Iguatemi inaugurashopping sustentável emAlphaville

Novo sistema de resfriamento noturno para prédioscorporativos

Construção sustentável, compromisso que se tornará obrigação

2011 com um toque de limão

O paradigma do planejamentoestratégico

Financiamento de 25 a 30 anos é o mais procurado

Rio: Mais de 10 mil unidadesdo ‘ Minha Casa, Minha Vida ‘

Software auxilia na gestãoe segurança de projetosimobiliários

Planejamento para umlegado sustentável daCopa de 2014

Kassab anuncia para abrilinício da construção deestádio da Copa em SP

acessibilidade

Acessibilidade universal

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Economia

Múltis brasileiras seconsolidam no mercado global23

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Setor movimentouem 2009 a soma deR$ 152,4 bilhões, o que gerou em torno de 300 mil empregos formaisno ano passado

Fascículo Qualidade de Vida - Vol.1 Habitação saudável, necessidade para se viver bemNesta edição:

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Habitação saudável, necessidade para se viver bem

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construção civil segue firme e forte em sua traje-tória de crescimento, em que pesem algumas trepi-dações ao longo do percurso. Em sintonia com o

boom vivido pelo conjunto da economia e beneficiando-se dos efeitos positivos dos programas habitacionais e de redesenho da infra-estrutura patrocinados pelo governo,

as carteiras das construtoras estão repletas de pedidos, ensejando a multiplicação de canteiros por toda parte.

As estimativas do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Constru-ção Civil do Estado de São Paulo), disponíveis até o fechamento desta edição de Mercado Empresarial,

apontam para uma alta de 11% no PIB (Produto Inter-no Bruto) do ramo construtor em 2010, o maior índice registrado desde 1986. Foi movimentada a soma de R$ 152,4 bilhões, o que gerou em torno de 300 mil empregos formais no ano passado, fazendo com que esta indústria batesse na marca inédita de 2,8 milhões de postos com carteira assinada. Ainda nos cálculos do SindusCon, esta

A imensa cadeia produtiva processa hoje cerca de 45% dos investimentos feitos na economia brasileira.

Para 2011, projeta-se um avanço mais mo-desto no PIB setorial, próximo de 6%. Contu-do, o arrefecimento do nível de atividades neste ano tem de ser relativizado, adverte Eduardo Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP. Ele argumenta que os 11% do ano passado se deram sobre o crescimento zero de 2009, em razão da crise econômico-financeira global. “Portanto, 6% em 2011 não é exatamente uma queda. Trata-se de um bom número, obtido sobre uma base de comparação alta em 2010”, afirma ele.

Vários fatores conjunturais explicam a vigo-rosa marcha que esta indústria vem imprimindo aos canteiros. De saída, cabe notar que o Brasil foi pouco abalado, em contraste com numero-sos países, pelo tsunami financeiro eclodido em 2008, tendo retomado rapidamente o prumo – a previsão oficial é de que todo o PIB nacional

panorama do setor

Setor movimentou no ano passado a soma de R$

152,4 bilhões, o que gerou em torno de 300 mil novos

empregos formais

MERCADO DE CONSTRUÇÃOsEGuE coM ritMo FortE

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panorama do setor

tenha subido 7,5% no ano passado, antevendo-se para 2011 um incremento de 5%.

Como se sabe, a atividade construtora pauta-se por ciclos de longo prazo, visto que as etapas que cercam a contratação e execução das obras se estendem por anos a fi o. Dada esta característica, a garantia de continuidade de crescimento é vital para a prosperidade dos negócios. O intenso dinamismo de hoje, por isso, refl ete as decisões sobre projetos tomadas no passado recente. E o prognóstico, em princípio, é de que as empreitadas devam continuar a todo vapor nos tempos vindouros, a não ser que um solavanco mais drástico na rota desencadeie uma desaceleração.

Bolha imobiliária no nordesteHá mesmo quem afi rme que a pujança atual

está transformando o Brasil no segundo maior canteiro de obras do mundo, só perdendo para a China neste quesito. Interessante observar que até mesmo a Região Nordeste, a mais pobre do País, está vivenciando uma efetiva “bolha” imobiliária, com supervalorização dos preços de residências e terrenos. Este fenômeno está sendo atribuído, em especial, ao gigantesco afl uxo de crédito para os Estados nordesti-nos – calcula-se que, no período entre 2005 e 2010, houve uma elevação na oferta da ordem de 330%, a maior consignada no Brasil. No Sudeste, para efeito de comparação, os volumes creditícios engordaram “apenas” 240%.

Em termos mais detalhados, a demanda ascendente por imóveis comerciais e residen-ciais refl ete diretamente a infl uência de vetores convergentes, como o acentuado aumento dos níveis de emprego, renda e crédito da popula-ção, a alavancagem dos investimentos públicos e privados, a implantação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 1 e 2, do Minha Casa, Minha Vida 1 e 2 e das obras vinculadas à preparação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Assim, por exemplo, de 2003 a 2009, a expansão real do PIB per capita foi de 2,3% na média anual. Ingressaram na classe média 30,5 milhões de brasileiros e deixaram a linha

da pobreza 20,5 milhões. Criou-se aí, obviamente, uma demanda reprimida por habitações de enorme magnitu-de, contemplada sobretudo pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Como afi ança Zaidan, houve aumento do défi cit habita-cional, já que cidadãos que antes nem sequer cogitavam de adquirir uma casa passaram a fazê-lo. “Há maior número de interessados, incluindo os de outras faixas de renda, o que alterou o perfi l da procura”, constata ele. Por sinal, o número de imóveis necessários para que cada família tenha uma moradia digna gira hoje em torno de 5,.808 milhões de unidades, conforme o levantamento mais recente do SindusCon-SP e da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

As companhias que elegeram como alvo os empre-endimentos de pequeno porte estão sendo diretamente benefi ciadas por esta reviravolta. Exemplo disso é o da Construtora Faleiros, especializada na fabricação de casas para pessoas com faixa de renda de até três salá-rios mínimos. Se em 2009 ela pouco trabalhou, no ano de 2010, em compensação, chegou a erguer cerca de duas mil unidades na Grande São Paulo e em Campinas.

“O ano passado foi realmente muito bom, tendo o Minha Casa, Minha Vida fomentado os negócios”, informa João Alberto Faleiros Júnior, diretor técnico da empresa. Para ele, 2011 está sendo igualmente promissor, havendo muitas obras encomendadas. “Temos mercado mais do que sufi ciente para nos mantermos em plena atividade”, resume ele.

divisor de águas no setorApesar de toda a controvérsia concernente à lentidão

com que vem sendo implementado, o Minha Casa, Minha Vida acabou por despontar na indústria como um autêntico divisor de águas, ao balizar o planejamento e o trabalho de construtoras e demais fornecedores, além de ordenar a injeção de recursos. Em sua primeira fase, lançada em abril de 2009, a iniciativa previu a aplicação de R$ 34 bilhões em

Para 2011, projeta-se um avanço próximo de 6%

“ ...6% em 2011 não é exatamente uma queda. Trata-se de um bom

número, obtido sobre uma base de comparação alta em 2010 “

Eduardo Zaidan, diretor deeconomia do Sinduscon

7mercado empresarialmercado empresarial

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empréstimos e subsídios para colocar em pé um milhão de residências. Em dezembro último, o que se verifi cou foi o fechamento de um milhão de contratos de fi nanciamento, mas tão-somente 230 mil casas e apartamentos foram de fato entregues, dando margem a críticas sobre atrasos no cronograma ofi cial. Zaidan julga que tais críticas são infundadas porque não levam em conta que a demora na efetivação dos projetos no setor é natural. “Entre anunciar, aprovar, contratar, construir e entregar, leva-se tempo. Não é um processo trivial. O simples cadastramento de interessados é lento”, ilustra. As contratações feitas, lembra ele, estão se concretizando agora. “Ninguém pode falar mal do programa, até porque ele aponta para a resolução da maioria dos problemas habitacionais da população de baixa renda”, defende o diretor.

Já a segunda fase, conhecida como Minha Casa, Minha Vida 2, anunciada em março de 2010, delineou como meta erigir dois milhões de unidades até 2014, com investimentos iniciais de R$ 71,7 bilhões, os quais poderão chegar, com o aporte de outros fundings, a R$ 278,2 bilhões. Na realidade, esta nova versão do plano habitacional veio sob o guarda-chuva do PAC 2, que por sua vez previu o desembolso de R$ 1,59 trilhão em logística, energia, melhorias nos centros urbanos e áreas

sociais (os mesmos objetivos, a grosso modo, do PAC 1), entre 2011 e 2014.

O Programa de Aceleração do Crescimen-to, assinala Zaidan, tem o mérito de estipular as prioridades a serem atacadas e concentrar esforços e recursos, embora se venham cons-tatando, também aqui, retardos na execução. A questão central é que “fazer as coisas no Brasil não é fácil. Não é simples tocar projetos, criar e manter empresas”, opina o diretor do SindusCon, acrescentando que “o País inteiro está por ser feito ainda”.

Com esta articulação de estímulos inci-dindo sobre o presente e o futuro próximo, os indicadores parciais disponíveis atestam inequivocamente o superaquecimento do mer-cado. De acordo com o SindusCon, o nível de emprego formal da construção brasileira cres-ceu 15,1% no interregno janeiro-setembro de 2010, comparado ao mesmo período de 2009. Em novembro, houve recorde na utilização da capacidade instalada da indústria de materiais, batendo em 91,1%. Até setembro, o consumo de cimento no ano acumulava aumento de 17,1% e o de aço, de 19,1%.

Complementando a análise, João Crestana, presidente do Secovi-SP (Sindicato das Em-presas de Compra, Venda, Locação e Admi-nistração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), enfatiza que as vendas estão decolando também em outro segmento: o de habitações de alto padrão, com valor unitário superior a R$ 150 mil/R$ 170 mil.

Neste nicho de negócios, o suprimento de crédito é abundante. Os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) têm saltado de ano para ano. Em 2010, o mon-tante girado foi da ordem de R$ 50 bilhões, um incremento de 43% sobre os R$ 35 bilhões de 2009. Para 2011, a expectativa é de uma cifra superior a R$ 60 bilhões, o que representaria uma alta de mais de 20%.

Lançamentos de imóveisA cidade de São Paulo, por exemplo, declara

Crestana, espelha bem o que se passa na cena geral: em 2010, foram lançadas cerca de 34 mil

panorama do setor

“ Temos mercado mais do que sufi ciente para nos mantermos em plena atividade “

João Alberto Faleiros Júnior,diretor técnico da Construtora Faleiros

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Nem tudo é bonança para a construção civil, apesar do desempenho superlativo alcançado no último ano e das boas perspectivas de expansão colocadas para 2011. Além do cenário geral caracterizado pelo repique da infl ação e pelos apertos monetário e fi scal promovidos pelo governo no sentido de esfriar a economia, há desafi os específi cos que o setor deverá enfrentar, como a falta de terrenos disponíveis, a abertura de novas fontes de fi nanciamento e, evidentemente, a carência de mão de obra qualifi cada (para um tratamento mais aprofundado deste último tema, ver o texto “Mão de obra: um grande gargalo”).

Em nível macro, o que poderá causar uma relativa turbulência no segmento é a desaceleração econô-mica, em decorrência, sobretudo, do novo ciclo de elevação da taxa de juros defl agrado pelo Banco Central (a taxa Selic foi reajustada em janeiro para 11,25%) e do ajuste fi scal em curso (em fevereiro, foram ceifados R$ 50 bilhões no orçamento federal).

“Se o crescimento cair muito, junto com a renda e o cré-dito de pessoas físicas e jurídicas, além dos investimentos ofi ciais, vamos sentir os efeitos em 2012 ou 2013”, admite Eduardo Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP.

unidades residenciais (casas e apartamentos), aumentando mais de 10% em relação às 30 mil de 2009. A oferta de escritórios, em parti-cular, tem subido ainda mais. Falando também da habitação popular, o presidente do Secovi recorda que este segmento, antes marcado pela escassez de recursos, reagiu sobretudo a partir dos anos 2007 e 2008. “O crescimento desta faixa não tem precedentes, em virtude dos subsídios à renda e ao crédito recebidos pelas camadas sociais mais pobres”, nota Crestana. Frente a esta coleção de bons números, o presi-dente do Secovi assegura que, defi nitivamente, foi superado o período de estagnação que o setor amargava desde o fi m do BNH (Banco Nacional de Habitação), em 1986.

O cenário começou a virar, diz ele, com a estabilização trazida pelo Plano Real, incen-tivando diretamente o mercado habitacional, cujas operações são incompatíveis com taxas de infl ação elevadas. Também contribuiu favo-ravelmente o advento do Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), que ajudou a sanear e robustecer a vertical bancária. Não se pode esquecer, nesta abordagem retrospectiva, a criação de marcos regulatórios, que propiciou a recuperação do crédito imobiliário e trou-xe maior segurança aos agentes fi nanceiros, empresários e compradores. João Crestana destaca, em especial, a Lei nº 9.514, de 1997 (que dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário e institui a alienação fi duciária), e a de nº 10.931, de 2004 (a qual trata do patrimô-nio de afetação de incorporações imobiliárias, letras e células de crédito).

“A legislação fi xou condições propícias ao setor habitacional e aos interesses da popula-ção”, sintetiza o executivo. A própria lei que regulamentou o Minha Casa, Minha Vida, de 13 de abril de 2009, estabeleceu um referencial específi co para as políticas destinadas às estra-tos de baixa renda. De resto, “os Municípios e Estados também implementaram medidas positivas, no entendimento de que habitação é essencial para a melhora da qualidade de vida de todos”, conclui Crestana.

panorama do setor

OS DESAFIOS COLOCADOSPARA O SETOR

Falta de terrenos e demão de obra qualifi cada são alguns dos entraves

Divulgação

“ A legislação fi xou condições propícias ao setor habitacional e

aos interesses da população.”

João Crestanapresidente do Secovi-SP

9mercado empresarialmercado empresarial

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panorama do setor

é promover debates e estudos para atrair no-vos fundings para a produção e aquisição de imóveis.

Desse modo, no levantamento feito pelos especialistas, os Fundos de Pensão acumulam sozinhos mais de R$ 500 bilhões. Esse número pode ser acrescido pelas reservas técnicas das seguradoras, estimadas em torno de R$ 200 bilhões.

Na mesma linha, as LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e os CRI (Certificados de Re-cebíveis Imobiliários) e todo o segmento de securitização de recebíveis são considerados instrumentos a serem otimizados.

Traçando um retrato mais acurado da con-juntura atual e de seus desdobramentos daqui por diante, os resultados da 45ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada

De seu lado, João Crestana, presidente do Secovi-SP, vê com bons olhos a tentativa de conter o ritmo de ativi-dades, o que, a seu juízo, possibilitará gerenciar melhor os riscos. É mais aconselhável, argumenta ele, tratar o déficit habitacional tendo-se em mente o longo prazo. “Não existe dinheiro, renda e capacidade para equacionar logo esta carência. Não dá para fazer tudo em três ou quatro anos”, salienta.

Nesse contexto, embora critique o excesso de burocra-cia, ele julga que a seletividade dos bancos no momento de repassar o dinheiro é positiva: “Empréstimos devem ser concedidos apenas para quem pode pagar”, recomenda ele. Em vista dos volumes de crédito na praça, Crestana lembra que a LTV (Loan-to-Value) – razão entre o montante dos empréstimos e as garantias dadas, usada para determinar o risco de uma operação – saltou de aproximadamente 50% para 62% nos financiamentos imobiliários no Brasil hoje. “Em outros países, chega-se aos 90%, o que é exagerado. Um nível abaixo de 80% é o desejável”, pondera ele.

Em relação à escassez de terrenos, principalmente para moradias de interesse social nos centros urbanos, o SindusCon-SP vem preconizando a união de esforços do governo federal, estadual e municipal para solucionar a questão. Zaidan chama a atenção para a urgência de se seguir reduzindo a carga tributária, além de racionalizar os trâmites burocráticos no licenciamento dos empreen-dimentos: “Essas medidas são essenciais para elevar a pro-dutividade, de modo que as construtoras possam continuar contribuindo para o crescimento do PIB”, situa ele.

Morosidade nos alvarásTocando no mesmo ponto, João Crestana critica

particularmente a morosidade na concessão de alvarás e licenças ambientais, documentos de encaminhamento complicado nas prefeituras, bancos e cartórios, entre outras instâncias envolvidas. Este obstáculo, somado ao aumento

das vendas, à falta de mão de obra e de materiais, além das fortes chuvas nos últimos dois anos, têm ocasio-nado atrasos nas entregas.

“Mesmo assim, o grosso das projetos é concluído no prazo, ha-

vendo dificuldades pontuais”, adiciona ele, ressalvando que se trata das “dores do crescimento”. Outro entrave que emerge no horizonte mais à frente é a possível rarefação dos recursos da poupança. Apesar de ainda haver crédito em abundância neste ano, a ideia das entidades setoriais

Morosidade na concessão de alvarás e licenças

ambientais

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em novembro último pelo SindusCon-SP e pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostram, ao mesmo tempo, a continuidade do otimismo em relação ao futuro e a inquietação com os óbices colocados para a sustentação do crescimento.

Um ano depois de manifestarem entu-siasmo com as previsões para 2010, os cons-trutores – foram consultados 226 deles, das diversas regiões do País – viram superadas suas melhores expectativas.

Doravante, eles acreditam que o crédito imobiliário continuará em expansão e os lan-çamentos serão voltados fundamentalmente para famílias de média e baixa renda.

Todavia, como a atividade econômica acusou desaceleração, a pesquisa detectou moderação no otimismo. Fato a ressaltar é que a deterioração do indicador de perspectivas

setoriais vem ao encontro dos últimos resultados sobre emprego, na medida que o segmento tem registrado desde setembro diminuição no ritmo de contratação de trabalhadores.

Outra dificuldade percebida pelos empresários ao longo do ano prende-se aos custos, que subiram especialmente no primeiro semestre. Depois de recuar em agosto, hou-ve nova percepção de elevação em novembro. A mão de obra tem sido o componente que mais tem pressionado os gastos em 2010, havendo, aliás, um sentimento gene-ralizado de que a escassez de capital humano será um dos pontos críticos em 2011, ameaçando a manutenção do crescimento.

Finalmente, as empresas consultadas manifestaram disposição de investir em novas tecnologias, máquinas e equipamentos.

panorama do setor 11mercado empresarialmercado empresarial

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entrega das obras, que estão atrasando 12 meses em média. “Sem contar o acabamento fi nal de péssima qualidade devido ao despreparo dos funcionários”, arremata ele.

Um refl exo claro do descompasso entre oferta e procura de mão de obra está no incre-mento da massa salarial gerada na área constru-tora. Com o ascenso do mercado imobiliário e a retomada dos investimentos em infraestrutura, foram engordados os ganhos dos trabalhado-res, que têm conquistado reajustes elevados, num quadro em que as empresas disputam ferrenhamente os melhores profi ssionais, ace-nando com remunerações mais atraentes.

Aumento acima da infl açãoDessa maneira, o conjunto dos salários nes-

te segmento subiu, entre janeiro e novembro de 2010, 18,2% acima da infl ação, na comparação com o mesmo período de 2009, de acordo com levantamento realizado pela Tendências Consultoria Integrada, com base nas informa-ções da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística).

Esta performance, para se fazer um para-lelo, é muito superior aos 7,3% consignados na economia como um todo e aos 4,3% da indústria em geral. E vale lembrar que o avan-ço na construção, ainda segundo o estudo da Tendências, ocorre em cima de um patamar por si só elevado – de 2007 a 2009, a massa salarial do setor já tinha aumentado quase 30%. De ja-neiro a novembro de 2010, o nível de ocupação aumentou em 6,5%. No presente momento, estão formalmente empregados cerca de 2,8 milhões de trabalhadores no ramo em todo o País, com o Estado de São Paulo abrigando aproximadamente 760 mil deles.

ornou-se repetitivo apontar a falta de mão de obra qualifi cada como um dos maiores, senão o maior, dos gargalos que estão impactando as empresas bra-

sileiras, em numerosos ramos da economia. Sem dúvida, porém, a construção civil é um dos setores que mais se vêm ressentindo da escassez de trabalhadores, desde os níveis funcionais mais simples até os que requerem graduação universitária.

Além das causas genéricas do problema, de ordem estrutural (crise do ensino público, insufi ciências na for-mação propiciada pelas escolas técnicas e superiores, entre outras), os construtores sofrem hoje as sequelas diretas da estagnação vivida no transcurso de duas décadas. Em tempos de vacas magras, a formação de profi ssionais foi relegada a um plano secundário nas agendas corporativas. Quando os ventos mudaram de direção e passaram a favorecer francamente os negócios, a carência de capital humano adquiriu contornos agudos.

“Este vem sendo o nosso calcanhar-de-aquiles. Todo o mercado está aquecido e temos visto empreiteiras subtrain-do empregados dos concorrentes”, observa João Alberto Faleiros Júnior, diretor técnico da Construtora Faleiros. Ele acrescenta que as políticas de formação profi ssional patrocinadas pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) não benefi ciam companhias de pequeno porte.

No relato de Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), o não preenchimento de vagas está acarretando o descumprimento dos prazos de

T

“ O não cumprimento das vagas está acar-retando o descumprimento dos prazos de entrega das obras, que estão atrasando 12 meses em média, sem contar o acaba-mento fi nal de péssima qualidade devido ao despreparo dos funcionários ”

Antonio de Sousa Ramalhopresidente do Sintracon - SP

panorama do setor

MÃO DE OBRA:uM GrandE GarGaLo

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panorama do setor

Para dinamizar o recrutamento, Ramalho preconiza que “governos, empresas e entida-des de ensino como o Senai precisam ter foco no treinamento, após vários anos sem inves-timentos com este fi m”. A juízo de Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon-SP, a formação de mão de obra não pode ser preocupação de um setor isolado, tendo, pelo contrário, de ser alvo de uma efetiva política nacional neste sentido, mobilizando toda a sociedade, em todos os quadrantes do País. “É preciso pensar em todas as profi ssões, ence-tando um esforço abrangente de qualifi cação e requalifi cação”, frisa ele.

Para atacar concretamente o problema, há cerca de dois anos o Sindicato das Cons-trutoras paulistas fi rmou convênio com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) a fi m de que, no Estado de São Paulo, fossem instaurados e disseminados os chamados “canteiros escolas”, nos quais os aprendizes assimilam conhecimentos práticos durante o horário de trabalho.

Ponderando que forjar mão de obra é um processo demorado, Haruo Ishikawa, vice-presidente de capital e trabalho do SindusCon, afi rma que a melhor forma de qualifi car é colocar o iniciante em contato direto com o batente cotidiano. “Ali ele recebe também aulas teóricas com instrutores do Senai, além de educação geral em nível básico, com aulas de matemática e português”, explica ele. Em torno de 40% dos alunos são serventes e ajudantes, situados na escala mais baixa do quadro de funções.

De resto, a passagem pelos canteiros, pros-segue o vice, possibilita incentivar os operários a permanecerem vinculados às empresas, em vez de partirem para o mercado informal, de autoconstrução, como muito frequentemen-te se verifi ca com os formandos nas escolas especializadas que o Senai mantém na capital paulista e em Bauru, interior de São Paulo. Segundo o SindusCon-SP, em 2009 e 2010, foram capacitados entre 48 mil e 50 mil tra-balhadores por ano no Estado, nos cerca de 900 canteiros existentes.

ampliação dos programasAntonio Ramalho, contudo, considera muito tímidos

os resultados amealhados até agora com a iniciativa. “Seria essencial que as construtoras ampliassem esta política, para fazer realmente a diferença. Hoje, as maiores empreiteiras já estão adotando medidas por conta própria”, salienta ele. O presidente do Sintracon assevera que a educação é imprescindível até para permitir aos operários lidarem com ferramentas e materiais novos, fato que exige habilidades de leitura e escrita.

No que concerne à disponibilidade de engenheiros, Ha-ruo Ishikawa assinala que a situação também é preocupante, pois os formandos não têm qualifi cação para tocar empre-endimentos de imediato, sendo necessários cinco anos de experiência para se capacitarem adequadamente. Mesmo as-sim, o vice nota que o mercado está repleto até de estagiários, alunos de quarto ou quinto anos de engenharia, na tentativa de preencher as vagas. Um dado positivo, ressalva ele, é que “as construtoras estão conseguindo conter a migração de profi ssionais para outras áreas da economia”. Por fi m, está-se buscando encetar a modernização dos currículos acadêmicos para contemplar as demandas dos empregadores.

A introdução de inovações técnicas é cada vez mais indispensável para impulsionar a produtividade e reduzir a intervenção humana. Ramalho cita, por exemplo, as insta-lações hidráulicas com materiais mais leves; a fi ação fl exível na parte elétrica; as peças pré-fabricadas ou pré-moldadas – como blocos de cerâmica, alvenarias, fôrmas, ligas e pila-res – para agilizar as montagens; os rebocos praticamente prontos para utilização. “Todos estes recursos eliminam o grosso da mão de obra que era anteriormente mobilizada”, comenta o presidente do Sintracon-SP.

O uso intensivo de novos produtos, porém, deve res-tringir-se inicialmente às grandes construtoras. Só depois, avalia João Alberto Faleiros, esta tendência chegará aos pequenos players. “Não dispomos de capital para investir nisso no momento, dado que trabalhamos com margens muito diminutas”, argumenta ele.

“ Ali ele recebe também aulas teóricas com instrutores do Senai, além de edu-cação geral em nível básico, com aulas

de matemática e português “

Haruo Ishikawavice-presidente de capital e

trabalho do Sinduscon - SP

13mercado empresarialmercado empresarial

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om vinte anos de trajetória nacional e quarenta de história internacional, a Feicon Batimat 2011 (Feira Internacional da Indústria da Construção)

consolida-se como o grande evento brasileiro no setor da construção civil. Organizado e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, acontece entre os dias 15 e 19 de março, das 10h às 19h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Apresentando tendências e trazendo conhecimento e soluções inovadoras a engenheiros, arquitetos, decora-dores, construtores, incorporadores, lojistas de materiais

de construção, representantes de home centers, compradores es-trangeiros, além de consumidores fi nais, a Feicon mostra setores tão diversos como ar condicionado, lazer, segurança, estruturas metá-

licas, esquadrias, gesso, hidrômetros, caixas d’agua, im-permeabilização, isolamento termoacústico, persianas, piscinas e pisos industriais, entre outros.

A feira ocupa os totais 85.000 metros quadrados do

Pavilhão e a expectativa é receber 175 mil visi-tantes compradores. Com 750 expositores, de 21 países, a Feicon Batimat 2011 deve revelar cerca de 2.500 lançamentos de produtos e serviços.

Entre as empresas participantes, estão: Alian-ça, Ananda Metais, Astra, Âncora, Anchortec, Artecola, Bemfi xa, Blukit, Bramex, Brasilux, Cardal, Condor, Cris-metal, Companhia Side-rúrgica Nacional, Dacar Química, Deca, Delker Plásticos, Denver Impermeabilizantes, Ducha Corona, Duratex, Eternit, Eucatex, Europvc, Fabrimar, Famastil, Fame, Fani, Fixtil, Gerdau, Haga, Henkel, IBRAP, ICASA, Kapazi, Komlog, Krona, Lorenzetti, Lwart Química, Metalurgica Arouca, Orbis Mertig Do Brasil, Otto Baumgart, Ouro Fino, Pado, Papaiz, Perlex, Placo do Bra-sil, Plastilit, Saint-Gobain, Sasazaki, Schneider Electric Brasil, SFERA, Shark Brasil, SIEMENS, Sika, Simon, Stam Metalurgica, Thermosystem, Tigre, Torres & Cia, Viapol, Votorantim, Weber Maschinente Chnik, Yale La e Weber .

C

Feira completa 20 anos de trajetória nacional e 40 de

história internacional

evento

FEICON BATIMAT2011

O MEGA EVENTO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

14

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F E I - CON

núcleo de conteúdo: economia e sustentabilidade

Além de servir como vitrine para pro-dutos e serviços, a Feicon Batimat auxilia o crescimento do setor por meio da difusão de conteúdo, através de seminários realiza-dos simultaneamente à Feira, entre 15 e 18 de março, no Hotel Holiday Inn (anexo ao Pavilhão do Anhembi).

No Núcleo de Conteúdo, o tema cons-trução sustentável ganha destaque com a realização da II Conferência “A Certifi cação da Construção Sustentável na França e no Brasil”, o Seminário Sistemas Construti-vos para Habitações Econômicas e o III Seminário Green Building Council: Cons-truindo um Brasil Sustentável. O Núcleo, que discute boas práticas entre construção civil e sustentabilidade, vai trazer importan-tes palestrantes desse segmento como Ian McKee, co-autor do plano Copa Verde para o Brasil, e Siegberti Zanettini, responsável pela reestruturação do Centro de Pesquisas da Petrobras.

No dia 16, a Fundação Vanzolini apre-sentará a evolução da primeira certifi cação inteiramente brasileira para construções sustentáveis, a AQUA (Alta Qualidade Ambiental) na II Conferência Certifi cação da Construção Sustentável na França e no Brasil. E para relatar ainda experiência fran-cesa com o HQE, certifi cação equivalente a AQUA na França, estão confi rmados o Di-retor de Desenvolvimento da CERQUAL, Xavier Daniel, e o Gerente de projetos da CERTIVÉA, Pascal-Philippe Cloix.

Além de discutir as soluções ecológicas para a construção civil, o aspecto econô-mico do setor também será abordado no dia 17 com o Seminário Sistemas Cons-trutivos para Habitações Econômicas. Sob curadoria da Editora Pini, o evento vai abordar um importante desafi o para o Brasil: alternativas para construir em larga escala com qualidade e baixo custo em um país que ainda tem um défi cit de 5,6 milhões de moradias. O engenheiro e pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo), Claudio Mitidieri, vai falar a respeito das inovações e avanços

sobre o tema.A construção civil tem promessa de crescimento acelera-do segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Porém, de acordo com dados do World Green Building Council, o setor também é responsável por 42% do consumo de Energia e por 35% das emissões de poluentes no Brasil. Pensando nisso, no dia 18, os principais arquitetos e engenheiros LEED vão discutir no III Seminário Green Building Council: Construindo um Brasil Sus-tentável, temas como a Copa Verde no Brasil e a busca pela certifi cação LEED do Novo Estádio de Brasília, as Olimpíadas Verdes de Londres, a construção da primeira escola verde no Brasil e a experiência na reformu-lação do CENPES da Petrobras.

“Serão aproximadamente 18 horas de discussões intensas sobre o panorama e o futuro da Construção Civil. Os participantes poderão con-ferir ainda debates sobre as atividades e ações que o mercado da constru-ção sustentável desenvolveu”, diz Márcia Coimbra, Gerente Unidade de Negócios Conferências da Reed Exhibitions Alcantara Machado. Os 15 palestrantes, nacionais e interna-cionais, vão apresentar soluções e discutir o que há de mais moderno no mundo do setor que representa 9% do PIB brasileiro ME

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Feira prevê cerca de 175 milvisitantes compradores para

a edição 2011

A 19ª FEICON BATIMAT (Feira Inter-nacional da Indústria da Construção) terá o apoio das principais e mais representativas entidades do setor: ABIMAQ (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), ABMA-CO (Associação Brasileira de Mate-riais Compósitos), ABRAFATI (As-sociação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), AFEAÇO (Associação Nacional dos Fabricantes de Esqua-drias de Aço), AMESSP (Associação de Metais Sanitários de São Paulo), ANAMACO (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), ANICER (Associação Nacional da Indústria Cerâmica), FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ES-TADO DE SÃO PAULO, SIAMFESP (Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo), SINCOMAVI (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Tin-tas, Louças e Vidros da Grande São Paulo), SINDILUX (Sindicato das Indústrias de Lâmpadas, Aparelhos Elétricos e Iluminação do Estado de São Paulo), SINDUSCON-SP (Sin-dicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e SINAENCO (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia).

evento

FEICON BATIMAT

dos simultaneamente à Feira, entre 15 e 18 de março, no Hotel Holiday Inn (anexo ao Pavilhão do Anhembi).

No Núcleo de Conteúdo, o tema cons-trução sustentável ganha destaque com a realização da II Conferência “A Certifi cação da Construção Sustentável na França e no Brasil”, o Seminário Sistemas Construti-

FEICON BATIMAT2011

O MEGA EVENTO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

15mercado empresarialmercado empresarial

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gestão

direito de sediar a Copa do Mundo de 2014, em 12 cidades, e a Olimpíada de

2016, no Rio de Janeiro, somente irá concretizar-se como grande e positiva conquista se viabilizar o res-gate dos gargalos da infraestrutura e, ao mesmo tempo, consolidar o conceito de construções verdes no Brasil. Essas duas metas devem ser contempladas pelos investimentos realizados em estádios, estradas, aeroportos e ferrovias, dentre outras obras, pois o mais importante das duas competições é o legado para o País e o seu impacto de longo prazo.

Assim, é necessário fazer com precisão a lição de casa preparatória à realização dos dois maiores eventos do ca-lendário esportivo mundial, a começar pelo cumprimento das exigências da Fifa. Neste sentido, é sempre pertinente enfatizar que, desde 2006, quando ocorreu a Copa da Alemanha, a entidade maior do futebol estabeleceu como regra geral para toda a infraestrutura, em especial de es-tádios, os princípios da construção civil sustentável. Que 2014, portanto, seja um marco para a defi nitiva dissemi-nação e consolidação desse conceito no País. Esta, sem dúvida, seria uma preciosa herança!

O signifi cado das construções verdes torna-se mais evidente neste momento que se segue à realização da Conferência do Clima de Can-cun (COP 16), no México. Não será possível celebrar um acordo multilateral para reverter o aquecimento terrestre sem a adoção em larga escala do conceito de sustentabilidade pelo setor da construção civil. Afi nal, sabe-se que cerca de 40% das emissões mundiais de Co2 advêm dos edifícios. No Brasil, as construções são responsáveis por 44% de toda a energia consumida (22% são relativos ao uso residen-cial; 14%, comercial; e 8%, prédios públicos).

Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), os chamados prédios ver-des podem gerar eco-nomia de até 40% no volume de água e 30% na eletricidade. Para isso, é preciso investimento em tecnologias ambientais equivalente a cerca de

5% do valor da edifi cação. Além dos ganhos ecológicos para os indivíduos e a sociedade, estudo do Banco Mundial demonstra que a melhoria da efi ciência energética nas cons-truções pode diminuir em 25% o consumo de eletricidade no Brasil, Índia e China. Isso signifi caria imensa economia de recursos e evitaria expressiva emissão dos gases de efeito estufa.

Os dados são claros para se entender que a importância da Copa do Mundo e da Olim-píada para o Brasil transcende à mera circuns-tância das competições. Por isso, é motivo de preocupação o fato de ainda estar incipiente o processo de preparação, em especial se considerarmos que faltam apenas três anos e meio para a bola da Fifa rolar em gramados nacionais. Quando se observa a pândega relati-va ao estádio a ser construído em São Paulo, o risco de colapso aeroportuário, dúvidas quanto à viabilidade do trem-bala entre as capitais paulista e fl uminense e a falta de sincronia no cronograma das obras, fi ca evidente a neces-sidade de um planejamento efi caz. Sem isso, o anacrônico improviso irá encarregar-se de prover estádios bonitos para a Copa do Mun-do, mas o legado, que é o fundamental, seria catastrófi co ME

Segundo o Conselho Brasilei-ro de Construção Sustentável (CBCS), os chamados prédios

verdes podem gerar economia de até 40% no volume de

água e 30% na eletricidade.

OPor juan Quirós*

Juan Quirós é presiden-te do Grupo Advento e membro do Conselho Global de Construção Sustentável do World

Economic Forum - WEF.

PLANEJAMENTO

Por juan Quirós*

COPA DE 2014COPA DE 2014

PLANEJAMENTOPARA UM LEGADO SUSTENTáVEL DA

Divulgação

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família Gradin, maior acionista da Odebrecht de-pois dos fundadores que emprestam seu nome ao grupo, briga na Justiça do Estado da Bahia para

permanecer com os 20,6% das ações que detém no con-glomerado, segundo o jornal Valor. A ação foi movida pela

Graal Participações, que representa os Gradin, contra a Kieppe Participações, empresa da família Odebrecht.

A Kieppe detém 62,3% da Ode-brecht Investimentos, holding que controla todos os negócios do grupo, cujo faturamento em 2009 foi de R$ 40,6 bilhões. Um dos maiores conglo-merados do país, a Odebrecht atua em mais de dez áreas de negócios, desde construção pesada, petroquímica, ener-

gia a óleo e gás. O impasse entre os Gradin e os Odebrecht começou em outubro passado, durante reunião do conselho da companhia. Na pauta estava em discussão a venda da participação dos acionistas minoritários do grupo.

A Odebrecht Investimentos tem um acordo desde 2001 (válido até 2021), do tipo “partnership”, no qual há opções recíprocas de compra e venda de ações que passam a vigorar quando o acionista atinge uma idade defi nida (o grupo não informou o teto), um determinado tempo de empresa ou deixa a condição de administrador.

O valor das ações para o exercício das opções é defi nido anualmente, nos últimos dez anos, pelo banco Credit Suisse. O jornal Valor apurou que o conselheiro do grupo Victor Gradin e seus fi lhos Bernardo (ex-presidente da Braskem, braço petroquímico do grupo) e Miguel (que estava à frente da divisão de Óleo e Gás da companhia) não têm interesse em se desfazer de suas participações na companhia.

Eles afi rmaram no processo que tentaram buscar solução consensual, mas, como não houve acordo, foram à Justiça para que a ques-tão seja solucionada por mediação ou arbitra-gem. A diferença de estilos entre os herdeiros da nova geração na condução dos negócios do grupo teria provocado a ruptura da parceria profi ssional entre os antigos aliados, fi rmada há quase 40 anos.

Victor Gradin chegou em 1974 ao grupo, convidado por Norberto Odebrecht, fundador da companhia, para ser seu braço direito e ajudá-lo na expansão do conglomerado além das fronteiras do Nordeste. A Odebrecht alega que exerce seu direito de opção de compra das ações e nega litígio entre as partes ME

A ação foi movida pela Graal Participações, que representa os

Gradin, contra a Kieppe Participações, empresa da família Odebrecht

A

mercado

ODERBRECHT: FAMÍLIA GRADINBriGa Para MantEr os

20% da EMPrEsa

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mercado

material, tanto nas lojas quanto para o consumidor, fi cou mais caro por causa dessa limitação, pois os caminhões só podem circular à noite, o que aumenta custos”, diz. “E para o material básico isso é pior, pois o consumidor não pode comprar e colocar no carro. Não tem como”, comenta.

Para o presidente do conselho do Programa de Adminis-tração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Adminis-tração (FIA), Claudio Felisoni de Angelo, o encarecimento do material de construção também está relacionado ao aumento da demanda. “A massa real de salário cresceu 8,5% no último ano e a parcela que mais sofreu esse impacto foi a classe inter-mediária de renda. E eles respondem por 70% do consumo de material de construção no varejo. Com a melhora do salário, eles estão consumindo mais e a oferta de produto se reduz, o que faz os preços subirem”, afi rma ele.

Segundo Felisoni, o que pesa contra o consumidor desses produtos é a necessidade de transporte do material. “Por mais que o consumidor faça pesquisa de preço, ele acaba tendo que escolher uma loja perto de casa por causa do valor do frete. Quando se olha preço de material, o custo da entrega também precisa ser levado em consideração”, diz.

Outro custo que subiu para a construção foi a de mão de obra: 8,51% nos últimos 12 meses. Soma-se a isso a escassez de profi ssionais qualifi cados, afi rmam representantes do setor. (Fonte: Acomac) ME

Areia foi o produto que registrou maior

alta

ODERBRECHT: FAMÍLIA GRADIN REFORMAR ESTá ATÉ37% Mais caro

onstruir e reformar está mais caro. O preço de alguns materiais de construção subiu mais do que a infl ação no período

de novembro de 2009 a outubro deste ano. A areia foi o produto que registrou a maior alta, de 37,97% nesse intervalo de tempo, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), referente a cidade de São Paulo. No mesmo período, a infl ação medida pelo ICV foi de 5,85%.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, o en-carecimento da areia é explicado pela questão geográfi ca. “Cada vez mais esse material precisa ser transportado de locais mais distantes dos grandes centros consumidores, o que faz com que ele fi que mais caro. E com a demanda aquecida, o que chega é areia de longe de São Paulo”, diz.

Outros materiais básicos também subiram de preço como o cimento e o tijolo, 7,46% e 13,89% respectivamente. Para Conz, há ainda um problema logístico enfrentado pela capital. “Com restrição de horário de circulação e de vias em que os caminhões passam, o preço dos produtos para obra tem subido na cidade consideravelmente. O frete para entrega desse

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19mercado empresarialmercado empresarial

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construção do estádio da abertura da Copa do Mundo de 2014, em São Paulo, começará no início de

abril, informou em 25/2 último o prefeito Gilberto Kassab (DEM). O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se compro-meteu a levar uma linha de metrô até o estádio, que pertencerá ao Corinthians.

Os anúncios foram feitos pelo prefeito e pelo gover-nador após reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros do Esporte, Orlando Silva, e da Casa Civil, Antonio Palocci, em São Paulo.”Chegamos a um acordo. Para os três poderes, é o “Itaquerão”.

O projeto arquitetônico está aprovado, e o governo federal fará investimentos de R$ 400 milhões via BN-DES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para a construção do estádio. Em contrapartida, São Paulo vai investir na infraestrutura viária da região. Teremos uma estação de metrô na porta do estádio, com metrô a cada 90 segundos e trem de quatro em quatro minutos”, afi rmou Alckmin.

”Vamos transformar a região de Itaquera em um polo logístico, com investimentos na área de transportes”, de-clarou o governador. Kassab disse não saber se o estádio do Corinthians estará pronto para a abertura da Copa das Confederações, em 2013.

“Falando como engenheiro, pode estar pronto, depen-dendo da construtora. Mas se não estiver pronto, teremos outros estádios, como o próprio Morumbi e a Arena do Palmeiras, que já estará concluída”, afi rmou Kassab.

Pendências Kassab informou que deve se reunir neste mês de março

GovernadorGeraldo Alckmin se compromete a levar metrô até o estádio

A com representantes do Ministério Público para resolver pendências relacionadas ao terreno onde o estádio será construído, no bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Em seguida, será publicado um edital como “sinal verde” para que o Corinthians comece a

construção do estádio. ”Estamos acertando uma última pendência

do terreno com o Ministério Público, e conta-mos com a compreens ão deles para o apoio em um evento tão importante para a cidade.

Estamos fazendo um pacto para traba-lharmos juntos e faremos um encontro com o Ministério Público, junto com o Corinthians e a prefeitura, para fi nalizarmos o processo”, disse Kassab. A área do CT de Itaquera, com mais de 200 mil metros quadrados, pertencia à prefeitura e foi concedida ao clube paulistano, em 1988, para ser usufruída por 90 anos. Se-gundo o Ministério Público, em contrapartida, o Corinthians se comprometeu a construir um estádio em cinco anos, mas isso não foi cumpri-do no prazo estabelecido. O Ministério Público ajuizou, em 2001, uma ação civil pública para que o Corinthians devolva à Prefeitura de São Paulo o terreno. A ação foi movida depois que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal divulgou que o clube des-respeitou o acordo da concessão, e a Prefeitura não cobrou a devolução do terreno.Fonte: G1

mercado

KASSAB ANUNCIAPara aBriL inÍcio da construçãodE EstÁdio da coPa EM sP

Divulgação

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No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 4,68 bilhões

BRASIL E VENEZUELA VÃO INTENSIFICARPARCERIAS EMSETORES COMOMINERAÇÃO EPETRÓLEO

s governos do Brasil e da Ve-nezuela devem

ampliar os acordos bi-laterais nas áreas de mineração e petróleo. As negociações foram intensificadas desde a reunião do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, com o chan-celer venezuelano, Nicolas Maduro, em Caracas, recentemente.

As informações são do Itamaraty e da imprensa estatal da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN). Patriota e Maduro examinaram também projetos nas áreas de habitação, agricultu-ra, indústria, energia e desenvolvimento fronteiriço. Empresas do Brasil e da Venezuela mantêm liga-ções, principalmente nos setores de mineração e construção civil. No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 4,68 bilhões, com saldo positivo para o Brasil de mais de US$ 3 bilhões.Atualmente, o Brasil é o terceiro parceiro comercial da Venezuela.Fonte: Agência Brasil

O

ano dE crEsciMEntoPARA A FORTLEV

íder na fabricação de solu-ções em armazenamento de água no país, a empresa

capixaba FortLev comemora os bons resultados de 2010. Expres-sa pelo incremento de vendas de seus produtos, lançamento de produtos e investimento em seus processos, a gestão efi caz dos recursos da empresa ren-deu mais uma vez o destaque entre as 200 maiores empresas do Espírito Santo, de acordo com balanço feito anualmente pelo IEL-ES.

Em sua atividade, a empresa foi apontada como a maior indústria produtora de materiais plásticos do Espírito Santo. Quando a entidade faz o comparativo entre as 66 maiores empresas industriais, a FortLev ocupa a 17ª posição. Entre as 100 maiores empresas privadas com controle de capital capixaba, a indústria está na 23ª posição.

novos lançamentos e resultados nacionais

Seguindo as tendências do mercado mundial, que indica o crescimento da demanda por reservatórios de grandes capa-cidades, 2010 foi um ano de lançamentos para a FortLev. A empresa ampliou seu leque de opções: a caixa d’água de fi bra de vidro (até 25 mil litros), os tanques de polietileno (até 15 mil litros), os tanques de fi lamento contínuo (de 30 a 70 mil litros) e os tanques modulares (milhões de litros).

Dentro desse cenário, a empresa obteve um aumento de 25% em seu faturamento com os resultados de suas quatro unidades fabris. Com relação às vendas, a empresa registrou um incremento de 20% no volume físico e a expectativa é que esse percentual de crescimento se mantenha para 2011 ME

L A empresaampliou sua linha de

produtos

mercado 21mercado empresarialmercado empresarial

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mercado

O empreendimentoccontará com moder-

nos recursostecnológicos

m empreendimento de alto padrão, projetado para empresas e investidores, que contará com os mais modernos recursos tecnológicos, uma arquitetura

diferenciada e grande número de vagas de garagem para visitantes. Estas são algumas características do International Trade Center (ITC), primeiro empreendimento empresarial da Moura Dubeux Engenharia, em Natal, que já está em fase de pré-lançamento.

Localizado na Av. Salgado Filho, pólo de desenvolvi-mento em expansão e ponto central do bairro de Lagoa Nova, o ITC Natal terá um total de 124 salas, distribuídos em espaços para escritórios com flexibilida-de de uso, instalações de última geração, aliando boa performance funcional, alto índice de conforto e economia operacio-nal. O metro quadrado vai ser negociado por cerca de R$ 5.800,00. A lâmina de 18 pavimentos contará com seis elevadores, sendo um exclusivo para o estacionamento e flexibilidade para todos os andares. O empreendimento disponibilizará um total de 200 vagas de estacionamento, o que representa 1,6 vagas por sala. “Teremos cerca de 60% a mais de vagas de esta-cionamento no ITC. Isso significa dizer que os donos das salas sempre vão ter vagas para visitantes”, ressalta o dire-tor regional da Moura Dubeux no Rio Grande do Norte, Fernando Amorim, lembrando que hoje uma das maiores

dificuldades das empresas é ter estacionamento para os clientes.

O ITC Natal terá espaço para sala comer-cial, além de três salas de reunião, podendo ser moduladas em formato de auditório para até 80 pessoas. Todas as unidades serão servidas por piso elevado e sistema de ar condicionado com condensação a água. Haverá integração entre os espaços público e privado, tendo em vista a

ausência de muros, valorização dos jardins sem prejuízo da se-gurança e controle de acessos. O visitante poderá ser recebido sob a marquise que antecede o hall no pavimento térreo ou, pela rua secundária, entrando no estacionamento que se co-munica com o hall através de

elevadores e escadas exclusivas.A transparência do lado nascente permite

vista privilegiada do bairro. Do lado poente aberturas discretas favorecem os critérios de sustentabilidade (economia de energia). Os revestimentos em alumínio composto, ven-tilados e os vidros térmicos reforçam esses critérios e compõem imagem contemporânea de arquitetura.

U

ROSSI PROMOVE AÇÕES DErEsPonsaBiLidadE sociaL

Rossi, uma das principais incorporadoras e cons-trutoras do País, tem dado atenção especial às ques-tões de responsabilidade social. Além de adotar

iniciativas nesta linha em suas obras, a empresa promove ações diferenciadas em algumas cidades.

Em Belo Horizonte (MG), todo o material publicitário não distribuído é doado para a Associação dos Catadores de Papelão e Material Reaproveitável (AS-MARE). Já as lonas usadas em campanhas de outdoors são destinadas ao Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (CAPE), que transforma a matéria-prima

em sacolas duráveis. Todo o trabalho é reali-zado pelas comunidades Morro do Papagaio, Raposos e Betim.

Na cidade de São Caetano do Sul (SP), a cada unidade vendida do pro-jeto Reserva Espaço Cerâmica, a empresa doará R$ 1.000,00 para duas instituições de cari-dade: Rede Feminina de Com-

bate ao Câncer de São Caetano e Associação Assistencial Espírita Anália Franco. Com essa ação, mais de R$ 100.000 serão doados.

Fazendo a sua parte

A

MOURA DUBEUX LANÇAPriMEiro EMPrEsariaL EM nataL

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economia

Estudo doBoston Consulting

aponta 13 companhias do país que desafi am grupos estrangeiros

resente desde a primeira edição do re-latório Global Challengers, elaborado pelo Boston Consulting Group (BCG)

com o objetivo de apontar as 100 empresas de países emergentes que estão avançando sobre o território de multinacionais consagradas, o Brasil vem se consolidando como um dos países mais resistentes ante o avanço, na lista, de companhias de outras economias de rápido desenvolvimento, segundo o jornal Valor.

Nesta quarta edição do estudo, 13 brasilei-ras, incluindo a estreante Magnesita, integram o grupo de companhias que consideram ter presença global um relevante pilar de sua estratégia de negócios, com estabilidade no número de representantes. Por outro lado, as chinesas, que sempre foram maioria, mais uma vez perderam posições para empresas de outras regiões. O Egito aparece pela primeira vez no levantamento e a África também vem galgando cada vez mais postos.

“O Brasil tem mantido presença de maneira consistente”, afi rma o presidente do BCG, res-ponsável pelo estudo no país, Marcos Aguiar. “No primeiro relatório, havia uma grande quantidade de chineses e indianos e, aos poucos, empresas de outros países tem tomado lugar.”

Na mais recente edição do estudo aparecem as brasileiras Brasil Foods, Camargo Corrêa, Coteminas, Embraer, Gerdau, JBS, Magnesita Refratários, Marcopolo, Natura, Odebrecht, Petrobras, Votorantim e WEG. A Vale foi alçada a uma categoria à parte, que reúne os chamados desafi adores eméritos, cuja atuação praticamen-te se confunde com a das multinacionais de origem em países desenvolvidos. A mexicana Cemex também fi gura nessa lista.

No grupo das brasileiras e ao longo des-sas quatro edições, apenas uma empresa, a Embraco, foi excluída da lista, uma vez que

deixou de ter capital nacional, um dos pré-requisitos para participação no estudo. Já a Magnesita seguiu o mesmo caminho da Marcopolo, que antes de integrar o grupo das 100 desafi adoras globais ocupava posição de destaque em outro relatório, o de Multilatinas. Procurada para comen-tar a inclusão na lista, a Magnesita informou, por meio de assessoria de imprensa, que está em período de silêncio em razão da oferta de ações em andamento.

Para Aguiar, as companhias brasileiras têm uma van-tagem natural em relação às multinacionais com sede em economias desenvolvidas que é conhecer bem o mercado formado pela base da pirâmide, que reúne as classes C, D e E. E esse segmento, conforme o executivo, se torna cada vez mais relevante para os negócios em todo o mundo. “Após a crise, houve uma mudança no centro de gravidade e também as multinacionais passaram a prestar mais atenção aos mercados emergentes”, explica.

Nesse novo cenário, os grupos brasileiros, diz Aguiar, se tornam ele-mentos importantes na estratégia das multinacionais, como competidores ou como parceiros. “As empresas daqui conhecem a necessidade e comporta-mento desses clientes. Então, as multinacionais vão tentar aprender esse novo modelo de negócios”.

Porém, da mesma maneira que as empresas listadas no relatório desafi am as múltis já consagradas, é verdade que essas últimas irão responder com força a esse movimento. “Elas vão olhar para os mercados emergentes não apenas para vender produtos, mas recrutar talentos”, alerta Aguiar. “Também haverá desafi os a serem enfrentados pelas de-safi adoras”.

As empresas listadas entre as 100 desafi adoras globais são também fortes candidatas a uma futura indicação na lista das 500 maiores da revista “Fortune”. “Nos próxi-mos cinco anos, cerca de 50 dessas desafi adoras globais poderão estar qualifi cadas para inclusão na Fortune 500”, diz o estudo ME

P

MÚLTIS BRASILEIRASsE consoLidaM

no MErcado GLoBaL

PriMEiro EMPrEsariaL EM nataL

23mercado empresarialmercado empresarial

Page 24: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

economia

rodução industrial no país recuou 0,7% em dezem-bro, em relação a novembro, depois de ficar prati-camente estável nos últimos quatro meses do ano

passado, fechou 2010 com crescimento de 10,5%, segundo levantamento divulgado no início de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, o resultado fechado do ano reverteu a queda de 7,4% verificada em 2009.

Segundo o IBGE, essa é a maior expan-são anual da produção industrial observada desde 1986, quando o crescimento registra-do fora de 10,94%. Segundo o IBGE, sua base de dados relativos à pesquisa industrial existe desde a década de 1970.

Muito do comportamento da indústria em 2010 tem a ver com a elevação da taxa de juros, somada aos estoques em excesso e a um aumento das importações”André Luiz Macedo, do IBGE“Dois fatores combinados explicam o crescimento de dois dígitos em 2010: o forte primeiro trimestre e a base de comparação baixa, de 2009”, disse André Luiz Macedo, gerente de Coordenação de Indústria do IBGE. “Muito do comportamento da indústria em 2010 tem a ver com a elevação da taxa de juros, somada aos estoques em excesso e a um aumento das importações”, afirmou.

crescimento e avançoOs primeiros seis meses de 2010 registraram crescimen-

to mais expressivo (16,2%) do que o verificado no semestre seguinte (5,6%), na comparação com o mesmo período de 2009, “reflexo não só da baixa base de comparação, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional no final de 2008, mas também do menor dinamismo do setor industrial no último trimestre de 2010 (3,3%)”, disse o IBGE, por meio de nota.

“O primeiro trimestre, com isenções fiscais que incen-tivaram determinados setores, favoreceu a indústria e foi responsável por garantir o crescimento anual”, comentou Macedo.

No fechamento de 2010, foi verificado perfil gene-ralizado de crescimento, 25 dos 27 setores registrando

crescimento. As maiores influências partiram de dos setores de veículos automotores (24,2%) e de máquinas e equipamentos (24,3%). Em seguida, aparecem metalurgia básica (17,4%), indústrias extrativas (13,4%), outros produtos químicos (10,2%), produtos de metal (23,4%), alimentos (4,4%), borracha e plástico (12,5%)

e bebidas (11,2%). Na contra-mão, tiveram queda os setores de produtos do fumo, 8%, e de outros equipamentos de transporte, com queda de 0,1%.

Por categorias de uso, o maior avanço foi visto no se-tor de bens de capital (20,8%), “influenciada pela recupera-ção dos investimentos e da confiança dos agentes eco-nômicos”, seguida por bens

intermediários (11,4%), “refletindo principal-mente a maior demanda por insumos industriais para a produção de bens finais, juntamente com a recuperação em parte da demanda internacio-nal por commodities”.

“A produção de computadores e de au-tomóveis, caminhões, chassis e autopeças foi o principal destaques positivo na indústria. Televisores e aparelhos de telefonia foram os destaques negativos.”

de novembro para dezembroDos setores pesquisados pelo IBGE, 15

registraram alta e 11, queda. Os maiores desta-ques partiram do setor de material eletrônico e equipamentos, com recuo de 13,3%, seguido pelo de metalurgia básica (-4,2%), edição e impressão (-2,5%), celulose e papel (-1,5%), farmacêutica (-1,5%) e outros equipamentos de transportes (-2,1%).

No sentido inverso, a produção dos seguin-tes setores apresentou crescimento: máquinas

PRODUÇÃO INDUSTRIALFECHA 2010 COM CRESCIMENTO DE 10,5%

P

Essa foi a maior alta anual verificada des-de 1986, segundo a

pesquisa. Em dezem-bro, na comparação

com novembro, houve recuo, de 0,7%

24

Page 25: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

economia

e equipamentos (1,8%), outros produtos quí-micos (1,5%), minerais não metálicos (2,0%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (9,7%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,9%).

Entre as categorias de uso, seguiram com resultado negativo os setores de bens de con-sumo duráveis (-0,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,4%).

“Para se entender um pouco esse dezembro de 2010, 10% a mais de empresas justificaram, nos questionários respondidos ao IBGE, uma produção menor em relação a dezembro de 2009. Essas empresas relacionaram a queda a estoque excessivo, paralisação da produção, férias coletivas”, disse o gerente. “Temos, de fato, uma redução do ritmo de crescimento da indústria. Mas mesmo com essa redução a partir do final de 2010, a indústria opera em um patamar elevado, maior do que em 2008.”

na comparação anualEm dezembro de 2010, na comparação

com novembro, a produção industrial regis-trou aumento de 2,7%, com 19 dos 27 setores pesquisados apresentado crescimento. As maiores influências partiram da expansão de 12,1% de veículos automotores, seguido por indústrias extrativas (10,4%), máquinas e equi-pamentos (6,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (15,1%), minerais não metálicos (7,0%), bebidas (5,6%) e outros equipamentos de transporte (12,3%).

A principal contribuição negativa partiu do setor de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-28%), seguido por farmacêutica (-8,8%), metalurgia básica (-4,3%) e alimentos (-1,4%). As quatro categorias de uso registraram taxas positivas, com maior influência para bens de capital (6,2%) e bens de consumo duráveis (6,0%). Fonte: G1 ME

unca o Brasil exportou tanto num mês de janeiro como neste ano. As exportações brasileiras naquele período atingiram o maior patamar histórico para o

mês, com US$ 15,215 bilhões, superando o recorde anterior em janeiro de 2008, de US$ 13,272 bilhões. O carro-chefe das vendas externas foram as commodities, em especial o minério de ferro, cujo preço subiu 144% em 12 meses, e a China lidera em destino das exportações e origem das importações.

As importações também foram recordes para o mês de janeiro, em US$ 14,791 bilhões, superando janeiro de 2008, quando ficou em US$ 12,35 bilhões. O saldo comercial vol-tou a ficar positivo em US$ 424 milhões no primeiro ano de 2011, depois de dois janeiros consecutivos negativos.

Janeiro é, tradicionalmente, é um mês fraco para as vendas externas, por isso, para o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alessandro Teixeira, esse resultado foi “muito bom”, e abre “uma perspectiva positiva de expansão” do comércio exterior para o ano, em especial porque há melhoras nas previsões sobre a recuperação mundial. Teixeira lembrou ainda que a previsão para as exportações no ano é de crescimento de 13% sobre 2010, devendo atingir US$ 228 bilhões.

O fato dos produtos básicos representarem 43,9% da pauta de exportação, segundo Teixeira, não pode ser visto como negativo. Além disso, o governo discute uma política de incentivo para ampliar a venda de manufaturados.

Do lado das importações, máquinas e equipamentos li-deraram com 23,2% do total, seguindo-se bens de consumo (18,1%), combustíveis e lubrificantes (10,9%).

Teixeira comentou que a política de comércio exterior do governo Dilma Rousseff prioriza a diversificação de mer-cados de destino dos produtos brasileiros, principalmente, expansão no mercado asiático. Ele disse que o governo bra-sileiro ainda não consegue medir o impacto das turbulências políticas no Oriente Médio sobre as vendas de produtos brasileiros ME

Exportações brasileiras atingiram o maior pa-tamar histórico para o mês, com US$ 12,215

bilhões

EXPORTAÇÕES:uM janEirosEM iGuaL

N

25mercado empresarialmercado empresarial

Page 26: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

uase a metade (exatamente 45%) das empresas industriais brasileiras que competem com empresas da China perdeu participação no mercado domés-

tico em 2010. A revelação é da Sondagem Especial China, divulgada no dia 3/2 último pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A pesquisa, realizada com 1.529 empresas entre 4 e 19 de outubro último, informa que em quatro setores – produtos de metal, couros, calçados e têxteis - a queda na participação das vendas no mercado interno pela con-corrência com produtos chineses atingiu mais da metade das indústrias. No setor de couros, 31% das empresas pesquisadas informaram ter sido significativa a perda de mercado no ano passado.

Segundo o levantamento da CNI, embora as pequenas empresas estivessem menos expostas à disputa com pro-dutos chineses, foi esse grupo que mais sofreu os impactos da concorrência no mercado interno.

“Entre as pequenas empresas, o percentual que regis-trou queda na participação de mercado de seus produtos alcançou 49%. O percentual se reduz para 32% entre as grandes empresas”, assinala a Sondagem Especial China. O gerente-executivo da Unidade de Polí-tica Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, que divulgou a pesquisa, atribuiu principalmente à valorização cambial o processo de perda de mercado. “Há fatores de competitividade bem mais favoráveis para a China, como custo salarial menor, juros mais baixos, infraestrutura mais eficiente, escala de produção muito maior, menores barreiras burocráticas, mas o fator mais relevante é o câmbio”, assinalou.

O estudo da CNI mostra que a concorrência interna com produtos da China afeta uma em cada quatro empresas industriais brasileiras, alcançando 28% delas. A exposição à concorrência, observa a entidade, aumenta conforme o tamanho das empresas. O percentual das pequenas em-presas que afirmam concorrer com produtos chineses no mercado doméstico é de 24%, enquanto nas médias é de 32% e alcança 41% entre as empresas de grande porte.

A presença chinesa é mais intensa em seis setores indus-triais, entre os quais material eletrônico e de comunicação, têxteis, equipamentos hospitalares e de precisão, calçados e máquinas e equipamentos. Nos segmentos de material eletrônico e de comunicação e têxteis, a competição interna com os chineses é especialmente intensa, atingindo mais

de 70% das empresas dos dois setores, detectou a pesquisa.

Mais acirrada A Sondagem Especial constata que a com-

petição com produtos chineses é mais acirrada no mercado externo do que internamente. Nada menos do que 67% das empresas brasileiras exportadoras que concorrem com empresas chinesas no mercado internacional registraram perda de clientes.

Exatos 4,2% deixaram de exportar devido à disputa e apenas 27% mantiveram ou até aumentaram o número de clientes apesar da concorrência chinesa. Pesquisa semelhante re-alizada pela CNI em 2006 apontava percentual praticamente idêntico de empresas sujeitas à concorrência externa com a China – 54%, contra 55% agora -, mas a perda de clientela tinha sido significativamente menor, afetan-

do, há quatro anos, 58% das indústrias exportadoras, em oposição aos 67% detectados em outubro passado.

O levantamento da CNI constata que metade das em-presas brasileiras já adotou estratégia para disputar o mer-cado com a China, interna e

externamente, priorizando os investimentos na qualidade ou design dos produtos, mais do que a redução de custos e ganhos de produtividade.

Conforme a pesquisa, 48% das indústrias estão investindo na qualidade ou design e 45% em diminuição de custos e ganhos de produ-tividade. No estudo de 2006, tais percentuais eram de 40% e 48%, respectivamente, demons-trando haver, hoje, maior preocupação com a qualidade. A Sondagem Especial China revela ainda que 10% das grandes empresas brasileiras têm fábrica própria na China e 5% terceirizam parte da produção com empresas chinesas, possivelmente como resposta à concorrência. Nada menos do que 21% das empresas pesqui-sadas importaram matéria-prima da China, 9% adquiriram lá produtos finais e 8% compraram máquinas e equipamentos ME

economia

QUASE METADE DA INDÚSTRIA PErdE MErcado Para china

Q

Custo Salarial menor,juros baixos, boa

infraestrutura e menos burocracia

26

Page 27: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

Brasil quer matar no nas-cedouro propostas de cria-ção de estoques regulado-

res internacionais de commodities agrícolas ou de controle de preços. O país já avisou o G-20 que não aceitará limites ou controles. Tam-pouco apoiará a criação dos estoques regionais de alimentos, tema que a França planeja colocar no centro da agenda do grupo, junto com a questão cambial. Para os franceses, a alta dos alimentos, que causou revoltas há dois anos e agora ajudou a derrubar o ditador da Tunísia, exige estrita regulação dos mercados de commodities.

O Brasil sinalizou que concorda com a discussão, por exem-plo, para evitar que especuladores adquiram posição dominante no mercado. Mas excluiu a possibilidade de controle de cotações. “Quando os preços estão baixos, ninguém fala disso”, disse uma fonte brasileira.

No caso dos estoques regionais, que seriam controlados pela FAO, o Brasil vê problemas de concessão de subsídios em sua for-mação. “Achamos que o G-20 deva apenas fazer um diagnóstico da situação”, afirmou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey.

A posição brasileira sobre estoques está em consonância com a dos Estados Unidos. Ambos acham que cada país deve cuidar de seu próprio estoque alimentar e não criar uma Conab internacional.

A França quer organizar um encontro de ministros de Agri-cultura do G-20 nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, para discutir segurança alimentar. Mas pensa em chamar também os ministros de Finanças, já que a alta de preços tem impacto na inflação de vários países.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, faz pressão na União Europeia para Bruxelas criar um mecanismo europeu de controle de preços. Os franceses também tentarão impor alguma regulação no G-20, para evitar que especuladores causem mais turbulências nos mercados. O fluxo líquido de investimentos financeiros em índices de matérias-primas alcançou US$ 60 bilhões em 2010.

O total sob gestão chegou a US$ 360 bilhões, em comparação com US$ 10 bilhões há dez anos. Essas cifras dão uma ideia do peso dos investidores no mercado e sua capacidade de influenciar os preços.

No entanto, estudo da OCDE, mostrou que a volatilidade dos preços das matérias-primas não é muito diferente da registrada nos últimos 50 anos para vários produtos ME

China liderou em 2010, pela primeira vez, a lista dos países com maior investimento direto no Brasil, com um fluxo de capital

de US$ 17 bilhões, pouco menos de um terço do total de ingressos de US$ 52,6 bilhões.A estima-tiva é da Sociedade Brasileira de Estudos de Em-presas Transnacionais e da Globalização (Sobeet). Em dezembro, o investimento estrangeiro direto líquido atingiu US$ 15,3 bilhões, volume inflado pela compra de 40% do capital da Repsol pela chinesa Sinopec, no valor de US$ 7,1 bilhões.

O presidente da Sobeet, Luis Afonso Lima, diz que é difícil ter uma ideia exata do valor do investimento chinês porque as companhias es-tatais da China enviam muitas vezes os recursos a partir de outros países. Os números do Banco Central, por exemplo, mostram apenas US$ 392 milhões de capital chi-nês nas operações de participação de capital em todo o ano passa-do. Só a operação da Sinopec com a Repsol foi de 18 vezes esse valor, mas os recur-sos entraram via Luxemburgo, país que oferece generosos benefícios fiscais.

Os chineses investem preferencialmente em commodities. Em maio, a Sinochem comprou, por US$ 3 bilhões, 40% do campo de Peregrino, da norueguesa Statoil e a State Grid adquiriu no país sete companhias de transmissão de energia da espanhola Plena, por US$ 1,7 bilhão.

As empresas brasileiras também voltaram a aportar recursos em suas filiais no mercado ex-terno. O volume de investimento brasileiro direto no exterior atingiu o valor líquido de US$ 11,5 bilhões no ano passado, com saídas de US$ 34,879 bilhões e retornos de US$ 23,379 bilhões.

Neste ano, segundo o Banco Central, os investimentos brasileiros no exterior devem che-gar a US$ 16 bilhões. Essa performance marca reversão “expressiva” em relação a 2009, quando as companhias, sem liquidez em razão da crise, repatriaram US$ 10 bilhões. Fonte: Valor ME

economia

O AO país já avisou o G-20

que não aceitarálimites ou controles

Os chineses investem preferencialmente em commodities

BRASIL REJEITAcontroLE dE PrEçodE Matérias-PriMas

CHINA LIDERAinVEstiMEnto

no PaÍs

27mercado empresarialmercado empresarial

Page 28: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

Código de Defesa do Consumidor (CDC), criado há 20 anos e ainda considerado moderno pela comunidade jurídica, passará

por reformas para abranger um tema que preocupa as famílias brasileiras: o superendividamento - to-tal de contas acima da capacidade de pagamento. Atualmente, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 59,4% de um total de 17,8 mil famílias entrevistadas estão endividadas.

Desse percentual, 22% estão com contas em atraso e 7,9% alegam que não terão como quitar seus débi-tos. Um antepro-jeto com previsões

legais sobre o assunto deve estar pronto em seis meses, tratando de informações, transparência e o direito de arrependimento no mercado de créditos, a exemplo do que já é feito em outros países. O texto também deve regulamentar melhor outros temas, como o comércio eletrônico e o papel dos Procons como meio alternativo de resolução de confl itos.

Segundo o presidente da comissão que trata do assunto, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Herman Benjamin, o ingresso de 50 milhões de consumidores no mercado de crédito desde a década de 90 impõe a revisão da lei. Ele participou da comissão que elaborou o CDC atual, em 1989, quando atuava como promotor de Justiça. No en-tanto, nessa época, segundo o ministro, a infl ação e o sistema bancário impediam essa discussão sobre o mercado de crédito ME

legislação

ENFIM APROVADOo consELho dEarQuitEtura EurBanisMo

m um de seus últimos atos, o ex-presidente da Repú-blica, Luiz Inácio Lula da Silva, fi nalmente sancionou a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo

(CAU) e a regulamentação da profi ssão de arquiteto e urbanista. Publicada no Diário Ofi cial da União dia 31 de dezembro de 2010, a lei federal de número 12.378 deter-mina que tais profi ssões deixarão de compor os Conselhos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do sistema Crea/Confea.

A sanção do projeto de lei ocorreu dia 30/12 e contou com a presença de representantes do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), da Federação Nacional dos Arquitetos (FNA) e da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo.

As atuais Câmaras de Arquitetura e Urbanismo dos Creas terão de 90 a 360 dias para organizar eleições para o CAU em todos os estados. Arquitetos e urbanistas deverão votar em conselheiros regionais e nacional, sendo que o voto será

obrigatório para todos os pro-fi ssionais. Estes representantes defi nirão a Mesa de Coordenação que inclui, entre outros cargos, o de presidente.

Após a instalação dos conselhos em cada estado, arqui-tetos e urbanistas deverão se registrar obrigatoriamente no CAU para o exercício de sua profi ssão. Os CREAs deverão repassar aos CAUs todos os documentos dos profi ssionais registrados. A contribuição anual prevista para o CAU será de R$ 350 e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) passará a se chamar Registro de Responsabilidade Técnica (RRT). As atribuições profi ssionais, porém, deverão continuar as mesmas sendo que algumas atividades serão ofi cialmente divididas com especialistas de outras áreas.

Arquitetos e urbanistas, por enquanto, continuam li-gados ao Confea/Crea, mas 90% do valor das anuidades e ARTs de 2011 já serão repassadas aos CAUs, que serão fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU)Fonte: Arcoweb ME

Veja o que muda

EO

MUDANÇASno códiGo dE dEFEsa do consuMidorVão ProtEGEr osEndiVidados

O superendividamentodas famílias brasileiras

é preocupante

28

Page 29: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

ritérios como menor preço ou pregão estão proibidos de ser adotados para a contratação de serviços de arquitetura

e engenharia pelo poder público do estado de São Paulo. É o que determina o Decreto nº 56.565, publicado no Diário Oficial estadual do dia 24 de dezembro úl-timo.

De acordo com a medida adotada pelo ex-governador Alberto Goldman, serviços de enge-nharia e arquitetu-ra são de natureza técnica, por isso não podem ser aprovados ou contratados pelo menor preço ou pregão. A decisão - primeira do gênero no País - deverá estabelecer um novo padrão de qualidade para obras e empreendimentos no estado ME

Câmara Municipal de São Paulo votou, em novembro último, um projeto de lei que pode obrigar as casas que serão construídas na cidade a terem telhados brancos. A

mudança foi sugerida por cooperar com o combate das ilhas de calor na cidade.

O vereador Antônio Goulart (PMDB), autor do projeto, explica que se toda a cidade aderisse à medida, seria possível reduzir 2ºC da temperatura da capital. O plano de lei foi aprovado na primeira votação, mas para que realmente entre em vigor ele deve passar por mais uma sessão na câmara e ainda ser aprovado pelo atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). A sugestão do vereador Goulart acrescentaria um artigo à Lei 11.228, de 1992, que determina regras para as construções dentro da capital paulista. A mudança na cor dos telhados é um dos requisitos analisados pelo Green Building Council Brasil ao certifi car construções com padrões sustentáveis. Inclusive foi através da instituição certifi cadora que o vereador conseguiu os dados necessários para comprovar a necessidade da nova legislação.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo Claudio Furukawa, um carro branco pode ter redução de até 6ºC na tempe-ratura, em relação a um carro preto. Isso acontece porque o branco refl ete todas as outras cores, ao contrário do preto, que absorve todas elas. O mesmo princípio é aplicado aos telhados brancos. Porém, o professor lembra que também é necessário avaliar o material usado na construção da casa, para que a redução da temperatura seja efetivada. Com informações do Estadão ME

C

AMUDANÇASno códiGo dE dEFEsa do consuMidorVão ProtEGEr osEndiVidados

A decisão é a primeira do gênero no País e deverá estabelecer um novo padrão de

qualidade para obras e empreendimentos no

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Se toda a cidade ade-risse à medida, seria

possível reduzir 2ºC da temperatura da capital

mudança foi sugerida por cooperar com o combate das ilhas de calor na cidade.

que se toda a cidade aderisse à medida, seria possível reduzir 2ºC

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GOVERNO PAULISTAProÍBE acontratação dE ProjEtos dEarQuitEtura PELo MEnor PrEço

PodE oBriGar construçõEsa tErEM tELhados BrancosPodE oBriGar construçõEsPodE oBriGar construçõEsPROJETO DE LEI

29mercado empresarialmercado empresarial

Page 30: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

recuperação de 45 quadras na região central de São Paulo contempladas pelo Projeto Nova Luz deverá signifi car a renovação de 30% da área cons-

truída – cerca de 1,2 milhão de m², segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano. A informação de que o projeto prevê demolir 30% da chamada cracolândia foi divulgada no fi nal de janeiro último em reportagem publicada no jornal “Folha de S.Paulo”.

A secretaria evita usar o termo “demolição”, preferindo falar em “renovação”. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, parte dos imóveis será desapropriada e demolida para a construção de áreas públicas. As demais partes darão lugar a lançamentos imobiliários que serão construídos pelo consórcio vencedor.

A Prefeitura deve defi nir o proje-to até julho deste ano e depois disso abrir licitação para escolher o con-sórcio de empresas que terá direito a investir e explorar comercialmente o bairro, em um modelo ainda inédito de parceria público-privada (PPP), por meio do qual a concessionária vai gerir o espaço urbano.

A primeira audiência pública foi realizada em 14 de janeiro último e alvo de grande manifestação por parte dos comerciantes do local, que já queriam ter sido ouvidos a respeito do projeto.

Nova Luz deve desapropriar pelo menos 89 imóveis no Centro de SPPrefeitura coloca em consulta pública 1º projeto da Nova Luz Ainda de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, a proposta veta a retirada de moradores e comerciantes do local dos imóveis e terrenos onde serão construídos os futuros lançamentos imobiliá-

rios. Só seria permitido, segundo a secretaria, o remanejamento dos proprietários. Com isso, caso o consórcio tenha interesse em algum desses imóveis e terrenos, o proprietário terá de ser realocado dentro da área da Nova Luz ou passaria a ter direito a uma parcela do novo imóvel a ser construído, negociando isso com o consórcio vencedor do Projeto Nova Luz.

Com o projeto, a região da cracolândia deverá ganhar 1,9 mil unidades habitacionais, pondo fi m aos cortiços. Todo o patrimônio histórico será preservado, mesmo que seja só as fachadas dos edifícios.

Ao jornal “Folha de S.Paulo”, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, disse que 50 mil m² de áreas residenciais e 300 mil m² comerciais sofrerão intervenções.

E durante entrevista à imprensa sobre a reur-banização da cracolândia, Bucalem disse que as empresas a serem escolhidas para investir no Projeto Nova Luz terão de desembolsar cerca de R$ 150 milhões em novos espaços urbanos. De acordo com ele, áreas comerciais da Rua Santa Ifi gênia, por exemplo, serão recuperadas sem afetar as atividades comerciais.

“Se cumpre uma nova etapa do desenvol-vimento desse projeto no momento em que se mostra a intervenção que se propõe para as quadras. O objetivo é propiciar o aumento de moradores e de atividade econômica na área, trazendo novos empregos”, disse o secretário de Desenvolvimento Urbano. Com informações do portal G1 ME

Prefeitura querrecuperar 45 quadras

da região dacracolândia, em SP

A

desenvolvimento

PROJETO NOVA LUZ PODERá DEMOLIR E DESAPROPRIAR

ATÉ 30% DA REGIÃO

Rua de uso misto de acordo com oprojeto Nova Luz (Imagem: Reprodução)

30

Page 31: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

ar uma nova utilidade aos velhos prédios desativados da cidade de São Paulo, transformando-os em fazendas verticais. Essa é a ideia do arquiteto paulistano Rafael

Gringberg. Apesar de parecer estranho transformar um monte de concreto em espaço útil para alguma plantação, o projeto é plausível e inclusive é praticado em alguns países que possuem difi culdades com os métodos tradicionais de agricultura.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o projeto de Gring-berg consiste em revitalizar os edifícios São Vito e Mercúrio, no centro da capital paulista, e que estão atualmente em processo de demolição pela Prefeitura de São Paulo. Porém, durante anos eles passaram, sem sucesso, por processos de revitalização que não conseguiram transformá-los em espaço disponível para moradia, nem para comércio. A proposta sugere que essa estrutura seja usa-da para a produção de alimentos através do sistema de hidroponia, no qual as plantas são cultivadas em água, aproveitando a luz solar. O jovem estudante vai ainda mais longe em sua meta e inclui o tratamento das águas do Rio Tamanduateí, para que elas possam ser usadas no plantio.

As vantagens de uma fazenda vertical são muitas, no entanto, elas não são muito valorizadas no Brasil porque o país ainda possui uma grande quantidade de terras férteis e disponíveis para a pro-dução. O sistema sugerido por Gringberg permitiria que o cultivo ocorresse em qualquer época do ano e também colaboraria para a redução dos gases de efeito estufa. O projeto foi apresentado à Prefeitura e ao Ministério Público e o arquiteto também tem tra-balhado com essa ideia em conferências da área. No entanto, ele ainda não foi incorporado ou posto em prática por nenhum dos órgãos públicos. O assunto é debatido mundialmente, tanto que o professor da Universidade de Columbia, nos EUA, Dickson Des-pommier, reuniu diversos projetos de fazenda vertical, em seu livro Vertical Farms. Essa tecnologia tende a ser uma das soluções para a produção alimentícia em centros urbanos cada vez mais habitados. Em seu livro o professor explica que uma base com 30 andares seria capaz de fornecer alimento para até 10 mil pessoas ME

prefeitura de São Paulo resolveu trans-formar os restos dos edifícios demo-lidos São Vito e Mercúrio, no centro

da cidade, em “asfalto ecológico”. As subpre-feituras de Parelheiros e Ermelino Matarazzo já receberam a pavimentação especial e, agora, será a vez do Butantã, São Miguel Paulista e da Freguesia do Ó.

Com investimento de cerca de R$ 2 milhões, a iniciativa contribui para minimizar o impacto ecológico que os restos da demolição podem produzir ao meio ambiente, quando não recebem des-tinação correta. O novo material será utilizado para asfaltar 19 mil m² de vias, em uma extensão de 2,6 km.

Os resíduos das construções serão utili-zados em duas das camadas que compõem o pavimento. A sub-base do asfalto, formada por pequenos pedregulhos, será composta por res-tos de construções em geral. Sobre esta camada será acrescentada mais uma, composta por restos de fresagem de ruas que estão recebendo recapeamento. A economia será de até 40% em relação ao asfalto convencional.

Segundo a assessoria de Comunicação da prefeitura, as subprefeituras contempladas foram definidas devido ao cronograma de pavimentação e características físicas para pavimentação ME

A ideia é revitalizaredifícios desativados O novo material será

utilizado para asfaltar 19 mil m2 de vias, em

uma extensão de2,6 km

DA

Foto: Marcio Fernandes/A

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FAZENDAS VERTICAIS

Foto: Marcio Fernandes/A

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NO CENTRO DE SÃO PAULO

Divulgação

RESTOS DEPRÉDIOS DEMOLIDOS

VIRAM ASFALTOECOLÓGICO EM SP

desenvolvimento 31mercado empresarialmercado empresarial

Page 32: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

pós um boom imobiliário que resultou em espi-gões de mais de 30 andares por toda a cidade de Santos, a prefeitura enviou à Câmara Municipal

um projeto para reduzir em até 30% o tamanho dos novos empreendimentos.

Segundo o governo municipal, um dos objetivos é con-ter o trânsito, um problema na cidade onde a frota de veícu-los cresce de forma alarmante - há um carro para cada 1,6 habitante. O outro é melhorar a “ambiência”, ou seja, evitar prédios muito grandes em relação ao entorno, que causem grande impacto visual e prejudiquem a iluminação.

O problema tem sido verificado em algumas vias. A Rua Clay Presgrave Amaral, por exemplo, área nobre no bairro do Gonzaga, atraiu várias torres que formam uma espécie de paredão em relação a antigas casas da via e pioraram o trânsito. No José Menino, torres de 33 andares bloqueiam a vista da praia e do jardim da orla que se tinha desde o Morro do Itararé. O maior prédio da cidade, que terá 38 andares, está em construção.

Os espigões surgiram com a revisão das regras de uso do solo feita em 1998, quando o limite de altura não passou a ser

mais um parâmetro para autorizar obras. Os limites de altura de dez andares, de 1968, e de 14 andares, de 1986, deram origem à maioria dos prédios da cidade.

Agora, a prefeitura quer reduzir o aproveitamento das áreas de novos empreendimentos, diminuindo a área total construída em até 30% nas vias mais estreitas da cidade, que representam metade das ruas de Santos. Isso poderá reduzir a altura dos novos prédios, mas as construtoras também poderão reduzir o empreendimento na horizontal, erguendo prédios estreitos.

O secretário de Planejamento de Santos, Bechara Ab-dalla Pestana Neves, afirma que a mudança resultaria em prédios com menos unidades e menos carros. Essa é uma alternativa viável, uma vez que a configuração urbanística

já está estabelecida. A porção insular de Santos, onde vivem 99% dos habitantes, tem apenas 39 quilômetros quadrados, menos que a Subpre-feitura da Lapa, em São Paulo.

Bechara afirma que esse é um aspecto que vem sendo aperfeiçoado de um modelo que aponta como positivo. Segundo o secretário, o solo argiloso de Santos exige que prédios com mais de dez andares tenham estacas a 50, 60 metros de profundidade para evitar que entor-tem, como vários dos antigos.

Prédios mais estreitos reduzem o número de estacas necessárias e tornam o projeto mais viável. Segundo ele, os prédios ficam mais altos, mas a área é a mesma e não ajuda a adensar a po-pulação. “Os prédios atuais são mais distantes uns dos outros. Há um ganho em iluminação, ventilação e segurança.”

arranha-céus na orla atrapalham vista para a praia

Dois espigões de 33 andares em construção passaram a ocupar um dos principais cartões-postais de Santos, no litoral de São Paulo, obstruindo parte da vista que se tinha antes dos 7 km de praia e dos jardins da orla a partir do mirante do Morro do Itararé, na divisa com São Vicente.

As novas construções são polêmicas e causam estranheza em turistas que vão ao mi-rante e nos frequentadores assíduos do morro. Também há críticas de praticantes de paraglider porque, segundo eles, os edifícios são um em-pecilho dependendo da direção do vento.

As torres, porém, são elogiadas por quem vê nelas uma manifestação da modernidade e do desenvolvimento da Baixada Santista.

O terreno escolhido era antes ocupado pelo

A

desenvolvimento

Um dos objetivos é conter o trânsito, um problema na cidade, onde a frota de veí-

culos cresce de forma alarmante

SANTOS QUER REDUZIR EM30% TAMANHO DE PRÉDIOS

32

Page 33: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

desenvolvimento

Caiçara Clube, no pé do morro. O futuro condomínio Enseada das Orquídeas terá 528 unidades com até 153 m². As torres diferem da maioria dos edifícios da orla, que em geral têm entre 10 e 15 andares. Quem não mora nelas tem duas alternativas para uma visão panorâmica da orla e dos jardins: a Ilha Porchat, em São Vicente, e o Morro do Itararé.

Uma das frequentadoras, Alessandra do Carmo, de 30 anos, afirma que estranhou o espigão. “Mataram a vista, que é muito bonita. É exagerado. Poderia ter a metade do tamanho”, afirmou, ao contemplar o cenário em um dos banquinhos do mirante.

O instrutor de paraglider Marcelo Calhau explica que, especialmente quando o vento vem de leste, as torres podem produzir um fenômeno chamado rotor, que faz com que o vento gire ao encontrar um obstáculo, sem continuar o trajeto normal.

Isso prejudica o esporte, tanto que voos em direção à orla de São Vicente têm sido preferenciais em relação aos que iam para as praias de Santos. “A vista também ficou esquisita”, opina o esportista.

O turista paranaense Alcimar Alves dos Santos, de 40 anos, é outro crítico. Ele questionou por que a prefeitura permitiu a construção em vez de aproveitar a vista como ponto turístico. “Se ficasse mais alguns quarteirões dentro da cidade não atrapalharia em nada. Na orla deveriam ficar os prédios mais baixos.”

aprovaçãoO secretário de Planejamento de Santos, Bechara

Abdalla Pestana Neves, afirma que o projeto passou por diversos departamentos e que apenas recebeu aval após analisados os impactos que teria em infraestrutura, meio ambiente, trânsito. Admite, contudo, que não foi analisado um possível impacto visual ou turístico.

A construtora Gafisa diz que o condomínio é de-senvolvido “respeitando todas as exigências necessárias e tem todas as autorizações para ser construído com essas características e nessa localização”. A construtora informou ainda que o bairro passa por revitalização e incorpora agora o conceito de “condomínio-clube”.

O crescimento da oferta imobiliária retrata o desen-volvimento da região, impulsionada pelas descobertas do pré-sal e o crescimento do porto.O m² supera R$ 6 mil na orla, valor semelhante a áreas nobres de São Paulo.

Por isso, a chegada dos prédios altos é vista com bons olhos por muitos santistas. “É um sinal de cresci-mento, de que o dinheiro está vindo para a região”, diz Renata Silva, de 25 anos, para quem a arquitetura dos novos empreendimentos deixa a cidade com mais cara de “moderna”.

Os espigões do bairro de José Menino refletem essa nova tendência na orla. Outro prédio, no bairro do Gonzaga, chama a atenção por seus 29 andares de apar-tamentos. Na Ponta da Praia, vários se destacam.Fonte: O Estado de S. Paulo ME

33mercado empresarialmercado empresarial

Page 34: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

meio ambiente

futuro não será nada animador para as próximas gerações. Estudos publicados na revista científi ca “Nature Geoscience” apontam que até 2100 as

mudanças climáticas poderão causar o desaparecimento de pelo menos três quartos das geleiras alpinas. Mais: o desgelo de parte da Antártida pode provocar o aumento do nível do mar em 4 metros.

Segundo as pesquisas, as geleiras de montanha poderão perder entre 15% e 27% de seu volume em 2100, o que pode ter efeitos substanciais para a hidrografi a regional e a disponibilidade de água. No caso da Nova Zelândia,

o país poderá perder, em média, 72% de suas geleiras. Para a Groenlândia, a diminuição será menor, somente 8%. Já as altas montanhas asiáticas, 10%.

Os números estão relacionados às estimativas do Painel Intergover-namental sobre Mudanças climáticas

(IPCC – em inglês) publicado pelo último relatório da ONU em 2007, e não levam em conta a dilatação dos oceanos quando se aquecem. Eles ajudaram cientistas da Universidade do Alasca a fazer novas previsões, que também fi zeram cálculos a partir de um modelo infor-mático com dados coletados em mais de 300 geleiras, em 1961 e 2004.

Além disso, se basearam em um dos panoramas inter-mediários propostos pelo IPCC, o “A1B”, que conjuga crescimento demográfi co, econômico e utilização de recur-sos energéticos mais ou menos contaminantes, e que ainda

prevê um aumento da temperatura no planeta de 2,8°C durante o século XXI.

Só que esse modelo não leva em conta as calotas polares da Antártica e da Groenlândia, que conservam 99% da água doce do planeta. Se uma dessas calotas derreter de maneira sig-nifi cativa, o nível do mar se elevará em vários metros, inundando inúmeras cidades costeiras. Por isso, se for levado em conta o desgelo da parte Ocidental da Antártida, o nível do mar aumenta 4 metros.

Para chegar nesses números tão catastrófi -cos foi preciso fazer um segundo estudo. Cien-tistas da Universidade do Canadá investigaram a inércia dos gases de efeito estufa que, uma vez emitidos, permanecem durante séculos na atmosfera. Mesmo se fossem suspensas todas as emissões de gases de efeito estufa até 2100, o aquecimento continuaria durante vários séculos, revelou o estudo a partir desses testes.

Estes resultados se baseiam no panorama “A2″ do IPCC, bastante mais pessimista que o primeiro, já que prevêem um aumento da tem-peratura de 3,4°C até o fi m do século. Nestas circunstâncias, o aquecimento das profundida-des intermediárias dos mares austrais poderia desencadear um “grande desmoronamento” da parte ocidental da calota antártica até o ano 3000. Com informações do G1 e TV Globo ME

O

Estudo prevê que três quartos do gelo devem desaparecer até 2100

GELEIRAS VÃO SEtransForMar EM ÁGua

34

Page 35: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

governo de São Paulo iniciou os estudos para construir uma usina

de tratamento de lixo que produzirá energia elétrica na Baixada Santista. O projeto vai benefi ciar 13 municípios da região e tratar mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. “Esta é a área mais complicada do Estado, pois não há espaços disponíveis para serem licitados”, afi rma Ri-cardo Lima, consultor da Andrade & Canellas, responsável pela estruturação do projeto.

O lixo de muitos municípios da Baixada Santista percorre até 150 km para ser despejado em áreas localizadas no planalto. Os resíduos de São Sebastião são depositados em Jacareí; os de Mongaguá, em Mauá, na Grande São Paulo. Nesta rota, as prefeituras chegam a pagar até R$ 180 por tonelada de lixo. O projeto do Es-tado vai tentar eliminar esse problema e ainda gerar eletricidade. A expectativa é produzir 40 megawatts (MW) com a incineração dos resí-duos - sufi ciente para abastecer uma cidade de 250 mil pessoas. Segundo dados da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), os resíduos produzidos por uma família de cinco pessoas durante um ano são sufi cientes para gerar energia equivalente ao consumo de quase

quatro meses. Além da energia, a usina produziria vapor, que pode ser vendido para indústrias localizadas próximas da unidade. Outra fonte de receita são os créditos de carbono, já que a central de tratamento evitará a decomposição dos resíduos, processo que produz metano (gás de efeito estufa).

O empreendimento contará com ins-talações para transformar o lixo em adubo

orgânico e separar materiais recicláveis. Lima diz que há 700 plantas desse tipo espalhadas pelo mundo. No Brasil, existem iniciativas para tentar resolver o problema do lixo e gerar energia, como a usina termelétrica do aterro sani-tário São João, em São Mateus, zona leste da capital.Mas a tecnologia aplicada é diferente da proposta para a Baixada Santista. Nesses casos, usa-se o metano para produzir a energia. Na nova central, a técnica seria de incineração.

O calor resultante da queima é aproveitado para ge-rar vapor, que aciona turbogeradores e produz energia. Cálculos do governo federal mostram que o lixo das 300 maiores cidades brasileiras poderia gerar 15% da energia elétrica con-sumida no País, conforme o Plano Decenal 2008/2017. Na Baixada Santista, a ideia é criar uma Parceria Público-Privada (PPP). O valor dos investimentos depende da conclu-são dos estudos, em junho de 2011.Fonte: O Estado de S. Paulo ME

O Construção da unidade será na Baixada

Santista; estudos sobre o custo da obra devem

fi car prontos aindaem 2011

40 megawatts podem abastecer 250 mil pes-soas. Toda essa energia

pode ser obtidacom a incineração dos

resíduos

meio ambiente

USINA PARA TRATAR LIXOPRODUZIRá ELETRICIDADE

35mercado empresarialmercado empresarial

Page 36: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determi-nou o banimento do agrotóxico metamidofós do Brasil. O produto, usado nas lavouras de algodão, amendoim, batata,

feijão, soja, tomate e trigo pode provocar prejuízos para o feto, além de ser prejudicial para os sistemas neurológico, imunológico, reprodutor e endócrino.

Esse é o quarto agrotóxico cuja comercialização é proibida pela Anvisa desde 2008, quando a agência preparou uma lista de reavaliação com 14 produtos suspeitos de provocar danos à saúde. Além do metamidofós, foram proibidos o cihexatina, o tricloform e o endossulfam. “Nossa expectativa é avaliar todos os produtos da lista neste ano. Até porque certamente novos produtos deverão ser incluídos para reavaliação”, afi rmou Luiz Claudio Meirelles, gerente geral de toxicologia da Anvisa.

A retirada do metamidofós do mercado brasileiro será feita de maneira programada. Pela decisão, publicada no Diário Ofi cial da União, o produto poderá ser comercializado somente até o fi m do ano. O agrotóxico poderá ser usado nas lavouras até junho de 2012. Meirelles afi rmou que a retirada programada é feita de

forma a não provocar impacto negativo na agricul-tura. “É preciso também que haja tempo para os produtores se adaptarem e terem acesso a produtos menos tóxicos.”

O metamidofós já foi banido nos países da União Europeia, na China, Indonésia, Costa do Marfi m, em Samoa, no Paquistão e Japão. De acordo com Meirelles, o produto encontra-se em processo de retirada nos Estados Unidos. O agrotóxico já havia

passado por reavaliação da Anvisa em 2002. Na época, o uso do produto foi restrito, além de a forma de aplicação ter sido alterada. No mesmo ano, também foi realizada a primeira reavaliação de agrotóxicos no Brasil pela Anvisa, com banimento de quatro deles. A análise da lista de 2008, por sua vez, demorou para ganhar ritmo. Por pressões políticas, divergências no governo e ações na Justiça, somente no ano passado as avaliações começaram a ser feitas com maior rapidez. Para evitar que fabricantes acabem logo com seus estoques, a comercialização do metamidofós até dezembro não poderá ultrapassar a média histórica de vendas. “Vamos fi scalizar o cumprimento dessa determinação”, disse Meirelles.

Com a decisão da Anvisa, também não serão autorizados regis-tros de novos compostos que levem metamidofós, nem a impor-tação do produto. Terminado o prazo em que a comercialização é permitida, os fabricantes fi carão responsáveis pela retirada das unidades remanescentes do mercado.Fonte: O Estado de S. Paulo ME

A

Produto pode causar danos a fetos e

sistemas neurológico, imunológico,

reprodutor e endócrino

meio ambiente

USO DO AGROTÓXICO METAMIDOFÓSno BrasiL sErÁ ProiBido até 2012

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Page 37: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

fenômeno climático conhecido como La Niña, que esfria o Oce-

ano Pacífico e é responsabiliza-do por enchentes na Austrália e estiagens em regiões da América Latina, deve conti-nuar presente até maio desde ano, informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, em seu mais recente relatório.

“Quase todos os modelos de meteorologia predizem uma continuidade do La Niña atu-al, ao longo do primeiro trimestre de 2011 e possivelmente até o segundo trimestre (abril ou início de maio),” disse a OMM. “A força do evento provavelmente diminuirá durante os próximos quatro meses,” acrescentou.

O La Niña começou em junho passado depois de um El Niño forte no Oceano Pa-cífico - o fenômeno climático natural oposto, associado a águas mais quentes que o normal. Em termos de efeitos na atmosfera - pressão no nível do mar, ventos mais fortes e menos

O fenômeno é associado tanto a enchentes como a

secas

Empire State Building, em Nova York, um dos edifícios mais famosos do mundo, anunciou um acordo com a Green Moun-

tain Energy Company, que atua no setor de energia limpa. Pelos termos do contrato, o prédio vai com-prar junto à companhia o equivalente a seu consumo em certificados de energia eólica. Essa demanda, de aproximadamente 55 milhões de kWh, é o suficiente para evitar a emissão de 45 mil toneladas de CO2 por ano. O anuncio acontece logo em seguida a uma reforma feita pelo edifício para adotar medidas de eficiência energética, que já havia reduzido em cerca

Edifício em Nova York vai adquirir o equiva-lente a seu consumo em certificados de

energia limpa

O

O

de 40% o consumo de eletricidade. “Foi natural para nós combinar o uso de 100% de energia limpa com nosso recém-completo trabalho de re-trofit para o consumo eficiente”, afirma Anthony E. Malkin, presidente da Malking Holdings, que atua no setor de serviços em eficiência energética para edificações.

O contrato com a Green Mountain, com duração de dois anos, foi fechado após um processo de concorrên-cia que contou com a participação de diversas empresas de serviços de conservação de energia (ESCOs). Segundo a ad-ministração do Empire State, a opção pela em-presa foi tomada devido aos termos favoráveis do contrato, ao preço competitivo da energia e à liderança da companhia no mercado. Os valores da operação não foram divulgados. Fonte: Jornal da Energia ME

nuvens -, o La Niña atual é “um dos mais fortes do século,” de acordo com a OMM.

No entanto, em termos dos efeitos so-bre os oceanos, o fenômeno é classificado como entre moderado e forte. Ele provo-ca temperaturas na superfície do mar em média por volta de 1,5 grau Celsius menor

do que o normal no Pacífico tropical central e oriental. “Sabemos que, mesmo que se o La Niña enfraquecer

nos próximos meses, os impactos provavelmente conti-nuarão em regiões normalmente influenciadas por esse fenômeno,” disse o especialista da OMM Rupa Kumar Kolli num comunicado à imprensa. “O maior impacto que testemunhamos nas últimas semanas foi o das enchentes devastadoras na Austrália.”

“O La Niña não é associado apenas a enchentes; é também associado a secas em algumas regiões do mundo, em especial na América do Sul, nas regiões costeiras, par-ticularmente na costa oeste do Peru e do Equador e nas áreas próximas,” disse Kolli. Alguns impactos, entretanto, foram incomuns, como as enchentes no Sri Lanka e no Brasil, onde as condições dos Oceanos Atlântico e Índico podem ter exercido influência, afirmou ele ME

EMPIRE STATE

LA NIÑA PODE SEESTENDER ATÉ MAIO

FIRMA ACORDO PARACOMPRA DE ENERGIAEÓLICA

meio ambiente 37mercado empresarialmercado empresarial

Page 38: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

sustentabilidade

desafi o para a indústria é desenvolver produtos cada vez mais efi cientes e sustentáveis. Portanto, atender as exigências dos mercados local e internacional demandam soluções criativas

com baixo custo. À frente de grandes projetos em energias reno-váveis da Europa, o Grupo Bonfi glioli foi escolhido para fornecer produtos para a maior instalação fotovoltaica, localizada na cidade de Rovigo, na Itália.

Os inversores eletrônicos RPS 450, de-senvolvidos pela unidade de negócios Bonfi glioli Vectron, são componentes primários importantes para sistemas fotovoltaicos, e seu alto nível de efi ci-ência permite o uso mais rentável em termos econômicos. O equipamento pode ser operado com cada tipo de módulo solar, mesmo com módulos de camada fi na que requerem aterramento no sistema.

Este projeto posiciona o Itália na liderança no setor de energia fotovoltaica europeu, em termos de geração de energia 100% reno-

O

A instalação na cidade de Rovigo, na Itália,

produzirá umaquantidade de energia

sufi ciente paraabastecer 16.500 casas

vável. A instalação produzirá uma quantidade de energia sufi ciente para abastecer 16.500 casas e reduzirá a emissão de quatro mil toneladas de CO2 na atmosfera, o que representaria menos oito mil carros circulando por ano.

Para a construção desta planta foram usa-dos 475 inversores, que transformou a energia contínua produzida por 350 mil paineis em energia limpa.

“A Bonfi glioli teve um papel fundamental neste projeto com o fornecimento de 50% dos inversores utilizados. O trabalho foi realizado com a SunEdison, que escolheu a empresa como parceiro nesse desafi o. A capacidade de superação e de trabalhar em grupo garantiu a entrega em tempo recorde: apenas 9 meses”, esclarece Manfredi Ucelli Di Nemi, diretor-executivo da Bonfi glioli do Brasil. Atualmente, o Grupo Bonfi glioli ocupa 10% do mercado de acionamentos europeu ME

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38

PARTICIPA DO MAIOR PARQUEDE ENERGIA SOLAR DA EUROPA

GRUPO BONFIGLIOLI

Page 39: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

mais novo empreendimento do Grupo Iguatemi, o Shopping Iguatemi Alpha-ville pretende ser não só uma referência

na região mas também no quesito sustentabi-lidade. Alphaville tem população estimada de 40 mil habitantes, com alto poder aquisitivo. Na área de entorno do shopping, localizado na esquina das Alamedas Xingu e Rio Negro, próximo a Rodovia Castelo Branco, estima-se que circulam 160 mil pessoas diariamente, por conta de trabalho e prestação de serviços. Pelas suas especificações de sustentabilidade – eficiência energética, controle do consumo de água potável e da geração de esgotos, entre outros itens – o empreendimento concorrerá à certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), selo verde conferido pelo Green Building Council, dos Estados Unidos.

O Grupo Iguatemi estima que o shopping receberá cerca de 32 mil visitantes por dia e mais de 11,5 milhões por ano, segundo estudo de mercado realizado pela consultoria Gismarket. Desse público, 40% serão das classes A e B, sendo 51% dos visitantes do sexo masculino.

O empreendimento de alto padrão reunirá mais de 180 lojas, sendo cinco âncoras e sete megalojas, além de praça de alimentação, oito restaurantes e sete salas de cinema.

O projeto arquitetônico do shopping Igua-temi Alphaville é do escritório Botti & Rubin Arquitetos Associados e privilegia a entrada de luz natural e a manutenção de áreas verdes nos corredores. Critérios de sustentabilidade foram utilizados para minimizar impactos desde a construção do edifício. Dessa forma, procu-raram trabalhar com materiais certificados e equipamentos que colaboram para uso racional

dos recursos naturais. Por exemplo, os elevadores, escadas rolantes e ar condicionado contam com sistemas que contribuem para diminuir o consumo de energia, evitando desperdício. O edifício é constituído por três pisos de lojas e um de lazer, além de garagem com 1690 vagas, divididas em quatro subsolos. Dessas, 37 são para deficientes físi-cos, 87 para veículos ecoeficientes que consomem menos combustível, 80 para motos e 122 para bicicletas.

O shopping tem área construída de 119.283 m2, sen-do que 31.930 m2 são destinados a locação. A Iguatemi Empresa de Shoppings Centers possui 78% do empre-endimento e outros 22% são das empresas Y. Takaoka Empreendimentos e JAG Participação e Desenvolvimento. O investimento total foi de R$ 180,8 milhões e cerca de 60% desse valor foi financiado pelo BNDES.

No mesmo complexo localiza-se a iTower Alphaville, torre corporativa da Odebrecht Empreendimentos Imobili-ários, parceira do grupo Iguatemi.

A obra está instalada em área de 32 mil m2, que contará com 104 unidades de escritórios, distribuídos em 26 andares, somando 40,5 mil m2 de área privativa. Cerca de 87% da obra já está pronta.

A torre será um empreendimento de padrão AAA por disponibilizar andares de até 1.560 m2 de área privativa, elevadores com sistema de antecipação de chamada, piso elevado, além de acesso e climatização automatizados.

Medidas ecológicas adotadas no empreendimento: maior eficiência energética, controle do consumo de água potável e da geração de esgotos, assim como da aplicação e utilização de materiais; baixo nível de impacto ambiental com a redução das emissões de carbono e resíduos; aumen-to de áreas verdes; incremento da qualidade do ambiente interno, já que o conceito green traz mais satisfação dos usuários, redução nos problemas de saúde e maior produ-tividade da equipe ME

O

Critérios desustentabilidade foram

utilizados paraminimizar impactos

desde a construção do edifício

sustentabilidade

inauGura shoPPinGsustEntÁVEL EM aLPhaViLLE

GRUPO IGUATEMI

Divulgação

39mercado empresarialmercado empresarial

Page 40: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

sustentabilidade

incorporação de rigorosos procedimentos de responsabilidade socioambientais em obras de construção civil fez com que a Cosil passe a fazer

parte do seleto grupo de empresas que terão o selo Sus-tentaX para construtoras. A chancela, que representou investimentos e operações ao longo de 12 meses, mostra que a empresa conseguiu reduzir o consumo de energia, de água, reduziu a produção de resíduos sólidos e a emissão de dióxido de carbono. Passou ainda a evitar poeira em suspensão, entre tantos outros benefícios, em todos os seus empreendimentos que estão em fase de construção, o que indica que a companhia já passa a aplicar as melhores práticas internacionais de sustentabilidade em suas obras.

“A conquista do Selo SustentaX é resultado direto dos investimentos e da estratégia sustentável que engloba todos os empreendimentos em construção. Acompanhamos a

evolução do mercado imobiliário verde e com o Selo permitimos que o setor identifique, de maneira transparente e rápida, nossa responsabilidade socio-ambiental”, afirma Samara Meneses Silva, gestora de incorporações e mem-bro do Comitê de Sustentabilidade da Cosil, criado em 2008 e que tem por objetivo discutir, dar andamento e

supervisionar as ações sustentáveis, trazendo inovações para a organização.

“Já somos signatários do Pacto Global da ONU há qua-se dois anos. O Kit Sustentável criado pelo nosso comitê tem enorme aceitação no mercado. Todas as providências em nossa cadeia quanto ao gerenciamento de obras que

primam pelas práticas socioambientalmente corretas facilita a identificação pelo mercado de uma postura que visa o bem comum. A empresa cresceu mais de 100% nos últimos dois anos e, a conquista desse selo para obras, e a utiliza-ção de produtos sustentáveis certificados do nosso setor, nos firma no escopo do consumo consciente e aponta um crescimento que adota práticas sustentáveis”, ressalta Samara.

obras sustentáveisAo gerir empreendimentos em total con-

formidade com os critérios e procedimentos estabelecidos pela consultoria SustentaX, a Cosil incorporou ao seu cotidiano medidas mitigatórias de erosão, sedimentação e redu-toras de consumo de água e energia. As obras também passaram a minimizar os resíduos das construções, com gerenciamento da destinação destes materiais, além de estabelecer controle ambiental da fumaça gerada pelo tabaco e a priorização dos materiais de baixa toxidade. A Cosil também passou a estimular ainda mais o reuso de materiais, o aumento de conteúdo dos reciclados, o uso de produtos regionais, bem como de madeira legalizada. A construtora terá suas obras auditadas pelo Grupo Sustentax, de forma não programada, confirmando a adoção pelos canteiros da empresa dos mesmos proce-dimentos para a construção de Green Buildings (prédios verdes) ME

A empresa faz parte do seleto grupo que conquistou o Selo

Sustentax

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consuMo consciEntECOSIL INVESTE NO

40

Page 41: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

m um cenário de mudanças climáticas inesperadas e modifi ca-ções no meio ambiente, a palavra sustentabilidade e as ações para torná-la realidade, despertam o interesse de todos os se-

tores do mercado, principalmente no segmento de construção civil. A Onduline, multinacional francesa e maior fabricante mundial de telhas de fi bra vegetal, atua no mercado de construção com telhas ecológicas e acessórios para telhados, em um processo de desenvol-vimento que não agride o meio ambiente.

A chamada construção verde tem o objetivo de atender as neces-sidades das demandas atuais sem comprometer as gerações futuras. Com esse pensamento, grandes empreendimentos imobiliários, por exemplo, têm a consciência de que um projeto, desde o mais simples ao mais complexo, deve atender aos requisitos sustentáveis para ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente responsável. No processo de produ-ção dos produtos, a Onduline utiliza recursos que são reaproveitados e recicláveis, unindo tecnologia e sus-tentabilidade. Na fábrica, o consumo total de energia é de 2,8 kwh por m² de telha (energia elétrica e gás natu-ral). A água utilizada é reaproveitada através do circuito fechado, sendo feita a reposição apenas do que é evaporado.

As telhas são fabricadas a partir da fi bra de celulose extraída do papel em um processo de reciclagem, sem que nenhuma árvore seja derrubada. Uma tonelada de celulose equivale evitar o corte de 30 árvores para a produção de 300 telhas, ou seja, produzindo em um ano cinco milhões de telhas, a Onduline em sua fabricação consegue evitar o corte de 500 mil árvores. Além disso, as telhas passam por impermeabilização com cimento asfáltico, que por não ser queimado, evita a liberação de gás carbônico.

“Mantendo todas as medidas necessárias, inclusive escolhendo parceiros e fabricantes idôneos, que trabalham em processos legais, estamos em busca de certifi cações ambientais, como o selo Falcão Bauer, que desenvolve serviços voltados para o controle do Meio Ambiente com os mais rígidos padrões ecológicos”, explica Ricardo Bressiani, diretor geral da Onduline na América Latina.

O Selo Ecológico Falcão Bauer foi lançado em novembro de 2007 com o objetivo de certifi car, comprovar e garantir produtos e tecnologias sustentáveis. Outra certifi cação importante na qual a Onduline está em processo de obtenção é a ISO 14001, uma série de normas desenvolvidas para padronizar os processos de gestão ambiental dentro de grandes empresas ME

Empresa atua nomercado de

construção verde e está em processo para receber a ISO 14001 e

o selo Falcão Bauer

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ONDULINE EM VIAS DErEcEBEr o sELo EcoLóGico

FaLcão BauEr

sustentabilidade

om um projeto que transforma um depósito de lixo em uma pista de esqui, o estúdio dina-marquês BIG venceu o concurso internacio-

nal de arquitetura para uma estação de tratamento de resíduos em Copenhague.

Prevista para estar construída até 2016, a pro-posta foi escolhida por unanimidade pelo júri da competição, que teve entre os fi nalistas os escritó-rios de Wilkinson Eyre e Dominique Perrault.

A cobertura da edifi cação será transformada em uma pista de esqui de 31 mil metros quadra-dos com diferentes níveis de difi culdade e mais de 100 metros de altura em seu ponto mais alto, tornando-se, assim, em uma área de lazer e um ponto turístico local.

“Este projeto é um exemplo daquilo que cha-mamos no BIG de Sustentabilidade Hedonista – a ideia de que a sustentabilidade não é um fardo, e que uma cidade sustentável pode de fato melhorar nossa qualidade de vida”, pondera Bjarke Ingels, sócio-fundador do escritório.

“Uma estação de tratamento combinada com uma estação de esqui é o melhor exemplo de uma cidade e um edifício que são ambos sustentáveis ecológica, econômica e socialmente”, conclui.

A pista será feita de material sintético reciclado e, em sua área coberta terá aquecimento fornecido pela energia produzida pela própria estação de tratamento. O acesso ao local, aliás, será feito a partir de um elevador que acompanhará a chaminé onde será gerado esse calor. Panorâmico, ele per-mitirá que os visitantes observem todas as etapas de tratamento dos resíduos e a geração de energia dentro da estação cujo nome, em dinamarquês, é Amagerforbraending. Fonte: Arcoweb ME

CObra deverá estar concluída até 2016

Imagens: ©

BIG

ESTAÇÃO DE TRATAMENTOdE Lixo Vira Pista dEEsQui na dinaMarca

41mercado empresarialmercado empresarial

Page 42: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

acessibilidade

A adaptação dos espaços públicos e também privados é cada vez mais comum e

uma conquista daqueles que lutam pelo direito de todos

os cidadãos de ir e vir

*Rafael Villar

ecentemente, a Câmara dos Deputados, em Brasília, instalou uma plataforma elevatória para garantir o acesso de parlamentares

portadores de necessidades especiais, como usuá-rios de cadeira de rodas. O equipamento vence os obstáculos para se chegar com autonomia à tribu-na da Câmara, onde os deputados discursam.

O exemplo mostra que a adaptação dos espa-ços públicos e também privados é cada vez mais comum e uma conquista daqueles que lutam pelo direito de todos os cidadãos de ir e vir.

Os dados indicam, porém, que o desafi o ainda é muito maior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografi a e Esta-tística (IBGE), o Brasil possui 24 milhões de cidadãos com defi ciência física, o que equivale a 15% da população.

Além disso, o perfi l da população brasileira está mu-dando e impondo uma nova realidade para o País. A cada

ano que passa, os brasileiros estão vivendo mais e melhor. Segunda dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a ex-pectativa de vida no Brasil é de 73 anos, uma das mais altas do mundo. Em 2008, a população com 60 anos ou mais era de 21 milhões de pessoas, superando os dados de países europeus, como a França, a Inglaterra

e a Itália, segundo o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE).

Para atender as necessidades desse novo perfi l da po-pulação brasileira, espaços públicos e privados estão tendo de rever conceitos ultrapassados. A arquitetura inclusiva que prevê projetos adequados para todos, respeitando o direito de ir e vir das pessoas com segurança e qualidade de vida, é a base dessa transformação. Seja em casa, no trabalho, no cinema, restaurante, enfi m, em todos os locais que frequentamos, temos que criar condições adequadas para o livre acesso de todos.

A boa notícia é que a indústria vem acompa-nhando essa evolução e está preparada para aten-der as necessidades da população brasileira.

Há mais de 60 anos no mercado de trans-porte vertical, atuando na fabricação, instalação, conservação e modernização de elevadores, escadas e esteiras rolantes, a ThyssenKrupp Elevadores criou uma Divisão de Acessibilidade para atender com exclusividade este mercado.

Os produtos atendem às necessidades das pessoas com mobilidade reduzida temporá-ria ou permanente, contempladas pela NBR 9050:2004, norma técnica que estabelece os parâmetros para o projeto, construção, insta-lação e adaptação de edifi cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

Elaborada pelo Comitê Brasileiro de Acessi-bilidade e pela Comissão de Edifi cações e Meio, a norma tem por objetivo garantir o direito de ir e vir de todas as pessoas, independente de suas condições físicas. Por isso, lugares públicos e privados precisam adaptar as edifi cações para tornar os espaços acessíveis para todos.

A linha de acessibilidade da ThyssenKrupp Elevadores é composta por dois modelos de plataformas: Easy Vertical e Easy Inclined; as cadeiras elevatórias Levant e o elevador para

R

ACESSIBILIDADE UNIVERSAL

42

Page 43: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

acessibilidade

uso residencial, Levità. Além da produção e comercialização, a empresa oferece manutenção dos equipamentos, garantindo total cobertura aos clientes em todo o País.

Elevadores para residências, por exemplo, já são uma opção real e concreta para aqueles que residem em casas com até quatro andares. Com a mesma tecnologia disponível em elevadores convencionais, os home lifts vêm ganhando espaço junto à população que busca conforto e segurança sem precisar mudar de casa.

A demanda crescente por condomínios horizontais também ampliou o mercado de elevadores residenciais. Compacto e de fácil instalação, o home lift pode transportar até três pessoas ou 225 quilos, possui itens de segurança como iluminação de emergência, sistema opcional de no break que garante o deslocamento do elevador até o andar térreo quando há falta de energia e sistema de telefone dentro da cabina para facilitar a comunicação com as demais dependências da casa, ou para uma ligação telefônica normal.

Outro produto que atende o mercado resi-dencial é a cadeira elevatória, equipamento ideal

* Rafael Villar é Gerente da Divisão de

Acessibilidade da Thys-senKrupp Elevadores

para quem precisa vencer lances de escadas retas, sem ter que fazer reformas na casa. Com design ergonômico e assentos mais largos, que medem 64 centímetros, a cadeira é ideal para o transporte confortável de uma pessoa sentada com até 138 quilos.

Ir ao teatro, ao banco, ao laboratório, a uma clínica de saúde ou ao shopping, entre outros lugares, também pode ser mais fácil e seguro com a instalação de plataformas verticais, equipamentos que garantem o acesso com segurança em locais com dois e três andares.

O modelo vertical foi projetado para transportar até 250 kg e comporta uma pessoa em cadeira de rodas com acompanhante. Já a pla-taforma inclinada é ideal para solucionar problemas de acessibilidade em locais onde há escadas retas ou curvas. A plataforma pode ser instalada junto à estrutura já existente, facilitando sua aplicação em qualquer ambiente e possui capacidade para transportar até 225 Kg.

Com a oferta dessas novas tecnologias é possível por fi m às barreiras que hoje limitam o acesso da população. No futuro, esperamos que estejam integradas à nossa realidade, como itens comuns e indispensáveis para a vida nas cidades ME

43mercado empresarialmercado empresarial

Page 44: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

CURSOS CIESP/FIESP 2010O CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo desenvolve regularmente programas de cursos, seminários e palestras com formatos diferenciados de capacitação para seus associados.

Cursos AbertosMinistrados por profi ssionais especializados, são realizados no Edifício Sede e nas 42 Diretorias do CIESP.

Cursos ModularesProgramas divididos em módulos, realizados quinzenalmente, às sextas e sábados.

Cursos Especiais Voltado para os empresários e dirigentes, são realizados em parceria com Universidades e/ou Instituto de Ensino Superior.

Cursos In CompanyProgramas dirigidos e formatados de acordo com as necessidades da empresa.

VENHA SE ATUALIZAR COM A GENTEFinançasLogísticaMarketing Produção

Ï

Ï

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Administração Geral Comércio ExteriorCompras Custos

Ï

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Ï

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A indústria a serviço do Brasil

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESPAv. Paulista, 1313 - 12º andar - São Paulo/SP

Tel.: 11 3549-3258/3233/3288 - Fax: 11 3251-2625 - e-mail: [email protected] | www.fi esp.com.br

www.ciesp.com.br/redessociais - www.fi esp.com.br/redessociais

CURSOS CIESP/FIESP 2010

O CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo

desenvolve regularmente programas de cursos, seminários

e palestras com formatos diferenciados de capacitação

para seus associados.

Cursos Abertos

Ministrados por profi ssionais

especializados, são realizados

no Edifício Sede e nas 42 Diretorias

do CIESP.

Cursos Modulares

Programas divididos

em módulos, realizados

quinzenalmente, às sextas

e sábados.

Cursos Especiais

Voltado para os empresários e

dirigentes, são realizados em parceria

com Universidades e/ou Instituto de

Ensino Superior.

Cursos In Company

Programas dirigidos e formatados

de acordo com as necessidades

da empresa.

VENHA SE ATUALIZAR COM A GENTE

Finanças

Logística

Marketing

Produção

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Administração Geral

Comércio Exterior

Compras

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A indústria a serviço do Brasil

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP

Av. Paulista, 1313 - 12º andar - São Paulo/SP

Tel.: 11 3549-3258/3233/3288 - Fax: 11 3251-2625 - e-mail: [email protected]

www.ciesp.com.br | www.fi esp.com.br

www.ciesp.com.br/redessociais - www.fi esp.com.br/redessociais

CURSOS CIESP/FIESP 2010O CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo desenvolve regularmente programas de cursos, seminários e palestras com formatos diferenciados de capacitação para seus associados.

Cursos AbertosMinistrados por profi ssionais especializados, são realizados no Edifício Sede e nas 42 Diretorias do CIESP.

Cursos ModularesProgramas divididos em módulos, realizados quinzenalmente, às sextas e sábados.

Cursos Especiais Voltado para os empresários e dirigentes, são realizados em parceria com Universidades e/ou Instituto de Ensino Superior.

Cursos In CompanyProgramas dirigidos e formatados de acordo com as necessidades da empresa.

VENHA SE ATUALIZAR COM A GENTEFinançasLogísticaMarketing Produção

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Administração Geral Comércio ExteriorCompras Custos

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A indústria a serviço do Brasil

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESPAv. Paulista, 1313 - 12º andar - São Paulo/SP

Tel.: 11 3549-3258/3233/3288 - Fax: 11 3251-2625 - e-mail: [email protected] | www.fi esp.com.br

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1Fascículo

Qualidade de Vida é um conceito ligado ao desenvolvimento humano. Num sentido amplo, não implica ape-nas em que o indivíduo tenha saúde física e mental, mas que esteja bem

com ele mesmo, com a vida, o mundo e as pessoas que o cercam. Ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. Equilíbrio que, num ponto ideal, signifi ca-ria ter controle sobre aquilo que acontece a nossa volta, o que nem sempre é possível, mas que, num limite realista, pode ser alcançado pela maneira com que reagimos a acontecimentos e ações. Assim, qualidade de vida tem a ver com a forma como as pessoas vivem, sentem e compreendem o seu cotidiano. Abrange aspectos como a saúde, a educação, o transporte, a moradia, o trabalho e a participação nas decisões, em situações muito varia-das, como o atendimento digno em caso de doença e de acidente, o nível de escolaridade, o conforto e a pontualidade nas deslocações, a alimentação em quantidade sufi ciente e em qualidade.

A

1

Page 46: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

expressão qualidade de vida foi utilizada pela pri-meira vez associada à economia por Lyndon Johnson, em 1964, data em que começou o seu mandato de presidente dos EUA, ao afi rmar que

os objetivos da economia não podiam ser medidos através do balanço dos bancos, mas através da qualidade de vida que pro-porcionam às pessoas. Mais tarde, em 1976, Augus Campbell considerava que a qualidade de vida é “… uma vaga e etérea entidade, algo sobre a qual muita gente fala, mas que ninguém sabe claramente o que é.”.

Com o passar dos tempos a qualidade de vida passou a ser cada vez mais alvo de estudo e refl exão, e a partir dos anos 80 começou a ser encarada numa perspectiva multidimensional: biológica, psicológica, econômica e cultural, uma vez que a qua-lidade de vida depende destes fatores e é subjetiva.

Assim, estudiosos entendem por Qualidade de Vida, QV, a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no con-texto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classifi cação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de indepen-dência e pelas suas relações com as características mais relevan-tes do seu meio ambiente.

É, portanto, um termo amplo que concentra as condições que são fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende.

QV envolve fatores relacionados com a saúde, tais como, o bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, mas também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida. Os conceitos bem-estar e de

A

Habitação saudávelse viver bem

Habitação saudávelse viver bem

necessidade para

Page 47: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

Vo l .1

saúde incluem a maximização da qualidade de vida de qual-quer indivíduo através do desenvolvimento do total potencial humano.

A organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um ins-trumento (questionário) para aferir a Qualidade de Vida. Trata-se do WHOQOL (World Health Organization Quality of Life), que possui duas versões validadas para o português, o Whoqol - 100 (composto por 100 questões) e o Whoqol-Breve, com-posto por 26 questões. O Whoqol-100 é composto por seis domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos. O Whoqol-Breve é composto por quatro domínios: o físico, o psicológico, o das relações sociais e o do meio am-biente.

No Brasil, a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) tem como missão promover a integração e desenvol-vimento de profi ssionais multidisciplinares voltados para atuação em Qualidade de Vida, divulgando tendências, provocando dis-cussões / refl exões e formando opiniões balizadoras de estilo de vida, padrões e ambiente saudáveis.

Habitação Saudável, um dos pilares da saúde e do bem-estar

Evidências científi cas apontam que a saúde está diretamente ligada ao modo de viver das pessoas e sua relação com o meio ambiente, e não somente a determinismos biológicos e genéti-cos. Neste cenário, a habitação traduz-se como um dos primei-ros e mais vulneráveis espaços de promoção da saúde.

Para a arquiteta Simone Cynamon Cohen, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenadora da Rede

Brasileira de Habitação Saudável, a Habitação Saudável é hoje um dos fundamentos para a garantia do bem-estar e da quali-dade de vida, mas para isso dois campos de ação necessitam ser trabalhados: a criação de ambientes favoráveis à saúde e a implementação de políticas públicas saudáveis.

No âmbito da criação de ambientes favoráveis, a habitação é o espaço principal da promoção da saúde na comunidade. Sobretudo em formações sociais com alta desigualdade socios-sanitária é importante que sejam mostrados movimentos que concretizem, por meio de fundamentos e práticas, a ideia da promoção da saúde.

O que é uma moradia saudávelDe acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde

(Opas), o conceito de habitação saudável se aplica ao desenho da moradia, ao território geográfi co e social em que a habitação se assenta, aos materiais usados para sua construção, à segu-rança e qualidade dos elementos, ao processo construtivo, à composição espacial, à qualidade dos acabamentos, ao contexto global do entorno (comunicações, energia, vizinhança) e à edu-cação ambiental e em saúde de seus moradores sobre estilos e condições de vida.

A Opas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) consideram que o conceito de ambiente e entorno saudável incorporam a necessidade de se ter equipamentos urbanos com saneamen-to básico, espaços físicos limpos e estruturalmente adequados, além de redes de apoio para se conseguir hábitos psicossociais sãos e seguros. Ressaltam também que a carência e as defi ci-ências na habitação e a falta de saneamento são questões dire-tamente relacionadas aos níveis de pobreza. Analogamente, o conceito de município saudável é uma proposta de promoção

“Qualidade de vida

envolve fatores direta-

mente relacionados com

a saúde, como o bem-

estar físico, psicológico,

emocional e mental, mas

também outros elemen-

tos, como a família, ami-

gos, emprego ou outras

circunstâncias da vida.”

Page 48: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

da saúde que só é viável se houver uma política de habitação saudável.

Segundo a Opas, o município saudável é uma estratégia que permite fortalecer a execução das atividades de saúde como a mais alta prioridade em uma agenda política local, desenvolven-do planos de ação pautados em princípios de saúde para todos. Em termos globais, a introdução do conceito de municípios sau-dáveis aumenta a cada ano, embora não na mesma proporção da expansão das metrópoles. A atual população urbana de 1,8 bilhão de pessoas crescerá para 3,8 bilhões em 2015 e para 5,5 bilhões em 2025. O surgimento de megacidades criará uma de-manda de água gigantesca da mesma forma que acumulará uma quantidade imensa de resíduos poluentes.

Falta de políticas públicas Já no âmbito das políticas públicas saudáveis, no Brasil a situ-

ação está em contínuo processo de degradação, marcada por péssimos índices de morbimortalidade, que é a relação entre o número de doentes e o número de pessoas que morrem em um determinado local e época – no parecer da pesquisadora Simone Cohen.

Fontes: estudos desenvolvidos pela arquiteta Simone Cynamon Cohen, pesquisadora da

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fio-

cruz), coordenadora da Rede Brasileira de Habitação Saudável e apoiadora do Instituto

Trata Brasil; pela médica Ana Cláudia Garabeli Cavalli Kluthcovsky, Professora Assistente do

Depto de Enfermagem da Universidade Estadual do Centro-Oeste; e pela enfermeira Ange-

la Maria Magosso Takayanagui, Professora Assistente do Depto Materno-Infantil e de Saúde

Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP; Wikipedia, OPAS, OMS.

Esta condição, bem como a ocorrência de doenças infecto-parasitárias, ocorrem devido à falta de infra-estrutura e a au-sência de saneamento básico, principalmente. A precariedade habitacional, a deterioração da qualidade de vida, o impacto na saúde de ambientes e o distanciamento da comunidade cientí-fi ca da realidade - pela falta de estudos e incentivos a pesquisas nessa área - comprovam a necessidade de aumentar a efi ciência das políticas públicas de saúde.

As cifras de desigualdade assustam. Enquanto 80% dos mais ricos no País têm saneamento básico, 32% dos 40% mais pobres não têm esse benefício, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. E embora a população urbana represente 80% do to-tal do País, 50% deste contingente vive em áreas de favela, sem as mínimas condições de saneamento ou saúde. Isso faz hoje do saneamento básico um problema que só poderia ser solucio-nado com a cooperação entre diversos atores sociais como as instituições acadêmicas, ONGs, movimentos sociais e governa-mentais que interajam na intenção de implementar um conceito abrangente de políticas para a habitação saudável.

“Enquanto 80% dos mais ricos

no País têm saneamento básico,

32% dos 40% mais pobres não

têm esse benefício.”

ação está em contínuo processo de degradação, marcada por péssimos índices de morbimortalidade, que é a relação entre o número de doentes e o número de pessoas que morrem em um determinado local e época – no parecer da pesquisadora Simone Cohen.

Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP; Wikipedia, OPAS, OMS.

PróximoMódulo:

Saúde ebem-estar

Page 49: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

Informações: (11) 3528-2000 – Grande São Paulo / 0800-55-1000 – outras localidades

* Dados 2009

WWW.SP.SENAI.BR WWW.SP.SENAI.BR/REDESSOCIAISWWW.SESISP.ORG.BR WWW.SESISP.ORG.BR/REDESSOCIAIS

O SENAI-SP e o SESI-SP oferecem educação pro�ssional e melhorias na qualidade de vida para os pro�ssionais da indústria e seus dependentes.Da criança ao adulto, do lazer à formação pro�ssional em novas tecnologias, a indústria paulista investe continuamente na sua principal força: as pessoas.Conheça os serviços oferecidos pelas unidades SESI-SP e SENAI-SP e agende uma visita.

SESI e SENAI de São Paulo há mais de 65 anos contribuem para o desenvolvimento e a competitividade da indústria.

SENAI-SP*• 159 UNIDADES ESCOLARES• CURSOS DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL, TÉCNICO, FORMAÇÃO CONTINUADA, TECNÓLOGO, PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA• SERVIÇOS TÉCNICOS E TECNOLÓGICOS• ATUAÇÃO EM 28 ÁREAS TECNOLÓGICAS

SESI-SP*• 53 CENTROS DE ATIVIDADES• 215 UNIDADES ESCOLARES: ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E INTEGRAL• 19 TEATROS• 37 UNIDADES ODONTOLÓGICAS• 41 COZINHAS DIDÁTICAS

Page 50: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

inovação

podem ser conectados os diferentes tipos de equipamentos. O motor pode receber coman-dos individuais, através de controle remoto, ou responder ao controlador central. A instalação requer fi os para ligar motores e controladores à corrente elétrica. Já o comando individual pode ser por radiofrequência, pois o controle remoto emite ordens a distância sem necessidade de fi o elétrico ou conexão.

Para implantar o sistema de resfriamento no-turno passivo são necessários ainda sensores de

temperatura, vento e chuva, aciona-dos para comandar a abertura ou o fechamento das janelas maxim-ar. O sensor de temperatura determina quando as janelas devem ser aber-tas e os de chuva e vento servem para proteger o ambiente interno

em caso de ocorrência de qualquer uma dessas condições climáticas adversas. Também existe a opção de promover a abertura das janelas por programação horária ou associar a abertura e o fechamento das janelas com a automatização de cortinas, persianas ou brises, que potenciali-zam a proteção solar. Os sensores comandam esses elementos de acordo com a variação da intensidade solar ao longo do dia. As janelas são abertas segundo uma estratégia de controle baseada na diferença de temperatura - interna e externa - ou por meio de horários estabele-cidos. São acionadas por motores fi xados no marco, que atuam linearmente, empurrando e recolhendo a folha móvel. O edifício precisa

NOVO SISTEMA DE RESFRIAMENTOnoturno Para Prédios corPoratiVos

A novidade está chegando ao

mercado brasileiro

ma nova maneira de resfriar ambientes internos de prédios corporativos, com base no uso de energias passivas, está chegando ao mercado brasileiro.

Trata-se do resfriamento noturno promovido por meio da abertura programada e automatizada das janelas de um edifício, fazendo o ar circular e resfriar os ambientes.É através da fachada dos edifícios que ocorre a troca de luz e calor entre os ambientes interior e exterior. Assim, a engenharia de materiais e sistemas tem buscado cada vez mais o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia visando a efi ciência energética das edifi cações. Entre eles está a operação dos sistemas móveis das fachadas, por meio de controle motori-zado de janelas maxim-ar, cortinas e per-sianas internas, persianas externas, toldos e brises. Com o uso desses elementos é possível, por exemplo, acionar janelas do tipo maxim-ar automaticamente, de acordo com parâmetros ambientais medidos em tempo real e com as necessidades de cada prédio.

No Brasil, esse sistema está sendo oferecido pela Somfy, multinacional francesa que fabrica motores e componentes automatizados para fechamentos e proteção solar de am-bientes residenciais e comerciais, aplicáveis em persianas, brises, cortinas, toldos, e também janelas dos tipos maxim-ar ou de tombar. Segundo o engenheiro Fábio Xavier, gerente técnico da Somfy, a empresa produz sistemas modulares que podem ser confi gurados de acordo com as necessidades de cada edifício, com os produtos instalados em cada fachada. A composição do sistema tem como base um controlador central, uma caixa com seus respectivos sensores estrategicamente posicionados no topo do edifício (próximo das janelas) e controladores de motores, aos quais

U

Estação de sensores

50

Page 51: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

inovação

ser dotado de janelas maxim-ar e de infraes-trutura de comunicação elétrica, específi ca para o sistema. A Somfy dá suporte total desde a elaboração do projeto.

O arquiteto Cláudio Marraccini, gerente de especifi cação da Somfy, afi rma que os ganhos com a economia de energia elétrica podem variar muito de um prédio para outro, de acordo com determinados parâmetros de projeto, tais como localização, orientação das fachadas e tamanho das aberturas. “Mas basicamente o ganho será tanto maior quanto maior for a inércia térmica do edifício, ou seja, sua capacidade de acumular calor durante o dia, que é geralmente alta no Brasil, devido à grande quantidade de concreto utilizada nas construções”, ele explica.

Segundo Marraccini, estudos realizados por consultores independentes em projetos na cidade de São Paulo mostraram resultados da ordem de 2% a 3% de economia no consumo de energia do edifício - considerando que o ar-condicionado representa 40% do consumo total do prédio. “Isso pode ser muito signifi -cativo durante a vida útil da edifi cação. Mas o

ideal é incluir essa estratégia nas simulações de efi ciência energética realizadas na fase de projeto, para cada obra em particular, a fi m de obter o melhor resultado”, ele recomenda. “No Brasil, ainda não há nenhum edifício em funcionamento que tenha adotado o sistema, uma vez que a construção sustentável e as simulações prévias de desempenho energético ainda são relativamente novas no país”, explica. Mas a Somfy já conta com alguns projetos cujos arquitetos se interessaram em especifi car o sistema. Fonte: Finestra/Arcoweb ME

Controlador de motores, que é comandado pelas informações dos sensores

Caixa de conexão dos sensores de temperatura, vento e chuva, que acionam comandos de abertura ou fechamento das janelas maxim-ar

Imagens Divulgação

51mercado empresarialmercado empresarial

Page 52: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

inovação

ntre o desaquecimento econômico mundial e o persistente desemprego, os anos recentes não foram amenos para os trabalhadores. Agora, paira uma nova ameaça. Com

apenas 1,5 metro de altura e 39 quilos, o PRH-4 poderá ser o alvo de lamúrias nos escritórios do futuro. O robô humanoide desenvolvido pela Kawada Industries, de Tóquio, e pelo Insti-tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, está programado para entregar correspondência, servir café e reconhecer os rostos de seus colegas de trabalho. No fi nal de janeiro último, a Kawada começou a vendê-los para

instituições de pesquisa e universidades em todo o mundo, por cerca de US$ 350 mil. Embora o preço possa parecer alto, é preciso levar em conta que o PRH-4 não fi ca navegando no Facebook, não passa horas atualizando a escalação ideal de seu time de futebol, nem exige uma parada para o almoço. Noriyuki Kanehira, gerente de sistemas robóticos na Kawada, acredita que o PRH-4 poderá facilmente assumir

um “papel de secretário, num futuro próximo”. Mais cedo ou mais tarde, diz ele, “robôs humanoides poderão começar a atuar nos escritórios”.

Trabalhadores robóticos não são inteiramente novos. A General Motors, empregou um deles numa linha de montagem em 1961, e segundo o World Robotics, um relatório anual produzido pela Federação Internacional de Robótica, com sede em Frankfurt, existem atual-mente 8,6 milhões de robôs em uso em todo o mundo. Muitos deles vêm fazendo trabalhos que os humanos não podem fazer, em lugares onde não podem ir, como obstruir vazamentos de petróleo no Golfo do México. Como resultado de avanços tecnológicos, porém, uma nova geração de máquinas poderá em breve arquivar documentos e empurrar carrinhos de correspondência. Numa edição da revista “Scientifi c American” de 2007, Bill Gates previu que o futuro colocaria “um robô em cada casa”. Em um futuro previsível, porém, poderá ha-ver um robô em cada área de trabalho - ou, pelo menos, a cada três delas.

Empresas industriais e de tecnologia em todo o mundo já estão trabalhando com afi nco para tentar tornar isso uma realidade. O QB, um “robô de presença remota”, criado pela Anybots, de Mountain View, Califórnia, é basicamente um sistema de videoconferência sobre rodas. O QB, que se assemelha um pouco ao (personagem de animação) Wall-E, é controlado remotamente por meio de um programa de navegação na web e um teclado, permitindo que os gerentes visitem em modo virtual quaisquer escritórios remotos de uma organização sem deixar o conforto de suas próprias salas. Ao preço de US$ 15 mil, o QB foi apresentado em maio passado, e de acordo com o fundador da Anybots, Trevor Blackwell, as vendas estão na casa de centenas. “Todo mundo já tem videoconferência”, diz Blackwell. “No entanto, os aviões continuam repletos de pessoas que viajam a negócios. Nós estamos tentando encontrar uma maneira de resolver esse problema.”

Por aproximadamente o mesmo preço, a Smart Robots, de Dalton, Massachusetts, oferece um robô para escritórios mais ambicioso, chamado SR4. Os modelos variam do SR4 Professional, por US$ 7.495, ao SR4 Offi ce, que custa US$ 18.950 mil e se assemelha ao R2-D2 [o robozinho de “Star Wars”] com um tampo de vidro transparente. Joe Bosworth, executivo-chefe da Smart Robots, diz que o SR4 é tão inteligente como o amiguinho de C-3PO. “Eu o descreveria como sendo um ‘contínuo’”, diz ele. “Um robô ponto a ponto deve ser capaz de ir de uma mesa a outra num prédio de escritórios. Deve ser capaz de levar correspondência até a sala de expedição e, depois, atravessar a rua para apanhar um cappucino”. Bosworth, que está envolvido com a Smart Robots desde 2002, prevê críticas dos que

Chegam ao escritório autômatos capazes de

tarefas como abrirportas e entregarcorrespondência

E

é sEu ViZinho dE MEsa

Quando uM

ROBÔExistem 8,6 milhões de robôs em uso

no mundo, muitos deles fazendo traba-

lhos perigosos demais para humanos

Fotos: Divulgação

52

Existem 8,6 milhões de robôs em uso

é sEu ViZinho dE MEsaROBÔ

é sEu ViZinho dE MEsaROBÔ Fotos: D

ivulgação

Page 53: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

inovação

afi rmarão que o SR4 é apenas uma maneira extrava-gante de substituir funcionários humanos. “Existem humanoides, desculpe, seres humanos, que fazem esse tipo de tarefa em grandes escritórios? Sem dúvida”, admite Bosworth. “Isso tem por objetivo eliminá-los inteiramente? Na realidade, não. Mas (os robôs) economizam, efetivamente, alguma mão de obra, em determinadas circunstâncias? Sim.”

Personal robô

Para empresas mais ricas, há o PR2, um “per-sonal robô”, desenvolvido pela Willow Garage, um grupo de pesquisas em robótica de Menlo Park, Califórnia, fundada por Scott Hassan, um dos arquitetos originais do mecanismo de buscas do Google. O PR2 chegou ofi cialmente ao mercado em setembro, por US$ 400 mil, e a Samsung tornou-se um de seus primeiros clientes. Ao contrário de robôs

mais baratos para escritórios, o PR2 - com 1,5 metro de altura, dois braços e capaz de deslocar-se sobre rodas - pode solucionar problemas simples, abrir portas sem ser orientado para isso e conectar-se a uma tomada quando sua bateria estiver fraca. E como pode ser visto em vídeos de demonstração da Willow Garage, ele consegue apanhar uma cerveja na geladeira e joga sinuca muito bem. Em breve, as pessoas não vão precisar nem de amigos reais...

No que diz respeito ao receio das pessoas quan-to à chegada de robôs aos locais de trabalho, Tim Smith, porta-voz da Willow Garage, assume uma perspectiva histórica. “As pessoas parecem sempre ter medo de novas tecnologias”, diz. “Desconfi o que muitos lamentaram quando Benjamin Franklin criou os correios e, de uma hora para outra, o governo passou a saber onde cada pessoa morava”. Goste-se ou não, a Willow Garage está apostando que depois que os robôs entrarem no mercado de trabalho, as empresas não vão ignorar a tecnologia. “Quando você incorpora um robô capaz de manipulação móvel, como o PR2, as coisas fi cam emocionantes de verdade”, diz Joshua Smith, um professor asso-ciado de ciência e engenharia na Universidade de Washington, em Seattle. “Um robô torna possível que programas de computador movam objetos e modifi quem o estado físico de um prédio.” Smith, da Willow Garage, diz: “Se os EUA querem parti-cipar desse mercado, agora não é o momento para restringir os robôs, com base em receios tolos e injustifi cados”.

segunda espécie inteligenteHyoun Park, analista do Aberdeen Group, com-

panhia de Boston especializada em pesquisa de mercado na área de tecnologia, concorda não haver nada a temer dos robôs, a não ser o próprio medo. “O estado atual da robótica é menos apropriado a substituir funcionários em meio a uma recessão”, afi r- ma, “e mais adequado ao clichê de ‘fazer mais com me- nos’”. Nem todo mundo acredita que mão de obra basea- da em porcas e parafusos seja algo inteiramente benigno. O empresário Marshall Brain, diz que os robôs vão se tornar amplamente disponíveis em 2030 e poderão acabar absorvendo quase metade de todos os empregos nos Estados Unidos. “Estamos bastante ocupados criando a se-gunda espécie inteligente”, diz ele. Brain, que vendeu seu site HowStuffWorks para o Dis-covery Channel por US$ 250 milhões em 2007, sugere que os robôs são uma ameaça aos trabalhadores em todos os níveis de uma empresa. Até mesmo raciocínios de nível sofi sticado - a qualidade que, dizem muitos gerentes, os distinguem de seus subordinados e da inteligência artifi cial - podem ser decompostos em fórmulas fáceis de re-produzir. “Gestão de organizações é uma área na qual um robô imparcial, capaz de distribuir tarefas e avaliar desempenhos de funcionários de uma forma perfeitamente racional, pode realizar um trabalho melhor que o de um ser humano”, diz ele.

O robô para escritórios está se aproximando, a uma velocida-de surpreendente, de competências de gestão de nível superior. Na universidade Georgia Tech, o engenheiro pesquisador Alan Wagner vem colaborando com o professor Ronald Arkin na que-bra do código de inteligência de robôs. De acordo com Wagner, sua pesquisa tem como objetivo “construir robôs em condições de não apenas interagir com seres humanos, mas também de representar, raciocinar e desenvolver relações com outros”. Eles desenvolveram um algoritmo que, segundo afi rmam, permite aos robôs, assim fazem altos executivos, “examinar uma situação e determinar se [ela] exige iludir, fornecer informações falsas, em benefício próprio”. Basicamente, eles ensinaram os robôs a mentir. Essa capacidade para fi ngir pode ser ainda mais alarmante para os trabalhadores humanos, que poderiam um dia perder seus empregos para um bando de sósias do Wall-E. No entanto, Bosworth, da Smart Robots, insiste que a ascensão de robôs cada vez mais sofi sticados oferece um pouco de esperança a pessoas em posições mais baixas, em todos os lugares. “A tecnologia cria postos de trabalho, ela não destrói empregos”, diz ele. Bosworth cita a invenção da televisão, que criou um novo setor de con-sertos de televisores. Ele prevê que há uma fortuna a ser ganha com a manutenção preventiva de robôs. Essa não é a melhor das notícias para os que têm ambições de carreira superiores às de ser mecânico de robôs. Mas, em um mercado onde os robôs podem tomar os bons empregos, qualquer trabalho é trabalho, certo? Fonte: Bloomberg Businessweek (Tradução de Sergio Blum) ME

Raciocínios usados na gestão de em-presas já podem ser decompostos em

fórmulas fáceis de reproduzir

Para os entusiastas, a adoção dos robês pode criar novos

empregos, como os demecânicos especializados

53mercado empresarialmercado empresarial

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opinião

plicar o conceito de sustentabilidade nas construções está passando de um compromisso das organizações para

uma obrigação, pois as questões de preserva-ção ambiental e sustentabilidade estão cada vez mais presentes no dia a dia, e a construção civil interfere diretamente nessa rotina, sendo responsável por grande parte do consumo de re-cursos naturais e geração de resíduos. Uma das formas de sistematizar a aplicação desse concei-to é por meio das certifi cações, que garantem

o cumprimento de normas e procedimentos, contribuindo para tornar a sustentabilidade nas construções uma realidade nas empresas. Além de garantir que o empreendimento é sus-tentável, a certifi cação de Alta Qualidade Ambiental (AQUA) viabiliza a redução dos impac-tos da organização no meio ambiente por meio da escolha de materiais, da determinação

de processos e na busca de soluções que tornam possível obter e medir os resultados.

O Processo AQUA para certificação de empreendimentos sustentáveis já conta com

Por Luiz Henrique Correa Ferreira*

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Para obter a certifi cação, o empreendedor deve

estabelecer o controle total do projeto em todas as suas fases: programa; concepção

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plicar o conceito de sustentabilidade nas construções está passando de um

Por Luiz Henrique Correa Ferreira*

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CONSTRUÇÃO SUSTENTáVEL,

Casa Natura Santo André também recebeu a certifi cação AQUA (Alta Qualidade Ambientral)

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opinião

31 processos iniciados e 14 empreendimentos certificados. Criado em 2008, esse processo foi desenvolvido e adaptado à realidade brasileira pela maior certificadora nacional, a Fundação Vanzolini, e é voltado à gestão total do projeto. O AQUA atende todo tipo de construção: co-mercial, residencial ou industrial, e é concedida com base em auditorias presenciais independen-tes. Um empreendimento com essa certificação conta com reconhecimento internacional atra-vés da SBAlliance, entidade internacional para avaliação da sustentabilidade nas construções, da qual o Brasil é membro fundador.

Para obter a certificação, o empreendedor deve estabelecer o controle total do projeto em todas as suas fases: programa; concepção (pro-jeto); realização (execução da obra) e operação (fase de uso). Isso é feito por meio do Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE), que garante que sejam atendidos os 14 critérios de desempenho da Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). A certificação é concedida ao final de cada fase, mediante verificação de atendimento ao Referencial Técnico, adaptado à realidade brasileira a partir da “Démarche HQE”, da França, que contém os requisitos para o SGE e os critérios de desempenho nas categorias da QAE. Os requisitos do SGE exigem o comprometimento com o perfil de QAE estabelecido, além de acompanhamento, análise e avaliação ao longo da construção do empreendimento. Os critérios de desempenho do QAE abrangem a eco-construção, a eco-gestão e a criação de condições de conforto e saúde para o usuário.

Entre os benefícios de um empreendimento certificado pelo Processo AQUA estão a qua-lidade de vida do usuário; economia de água e de energia; menores custos operacionais e de manutenção; maior valor patrimonial ao longo do tempo; e gerenciamento da disposição de resíduos. A certificação garante ainda redução das emissões de gases do efeito estufa; redução da poluição; melhores condições de salubri-dade nas edificações; melhor aproveitamento da infra-estrutura local; menor impacto na vizinhança; melhores condições de trabalho; redução da produção de resíduos, entre outros resultados que começam a ser vistos como práticas comuns para uma organização.

Além disso, a certificação mantém audito-rias exigentes e presenciais em todas as fases, que têm como objetivo validar as soluções do projeto, respeitando as características da região, do clima, da vegetação e principalmente a co-munidade local onde ela foi adotada.

O Processo AQUA também se diferencia por considerar soluções passivas e ativas para a redução de impactos ambientais e custos operacionais da construção, durante a fase de projeto.

Entre as soluções passivas, que podem ser empregadas sem custo adicional, estão a orientação das fachadas para obtenção de iluminação natural; cobertura destacada do forro, para melhora da ventilação natural; e sombreamento das faces ensolaradas com utilização de vegetação para reduzir o calor no interior do imóvel. Se forem adotadas já na fase do projeto arquitetô-nico, as soluções passivas podem levar a construção sustentável a um custo similar à convencional. Já as soluções ativas podem incluir adoção de vasos sanitários com des-carga de duplo fluxo (3 ou 6 litros), torneiras e chuveiros economizadores, sistemas de aproveitamento de água da chuva e reuso de água, lâmpa-das de alta eficiência energética, uso de energia solar para aquecimento da água, entre outros recursos. Estes itens podem requerer um investimento maior. Porém, quanto mais alto o desempenho ambiental, menores serão os custos operacionais da edificação.

Levando em consideração cerca de 30 anos, o custo total de construção e operação de um edifício, cerca de 20%, correspondem à construção e 80% à operação. Se uma edificação for sustentável e, consequentemente, exis-tirem custos operacionais mais baixos, os investimentos adicionais realizados na fase de construção terão rápido retorno.

Já existem diversos empreendimentos certificados AQUA no Brasil, entre eles as unidades da Leroy Merlin de Niterói (RJ) e Taguatinga (DF), duas escolas estaduais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação do Estado de São Pau-lo (FDE), um empreendimento cer-tificado na fase de operação e uso, um empreendimento certificado na fase Programa de sua reforma, entre outros.

Para que um empreendimento seja certificado AQUA, é muito im-portante que o empreendedor tenha a seu lado um parceiro experiente e tecnicamente competente, que o levará às soluções mais adequadas do ponto de vista de sustentabilidade, economizando tempo e dinheiro, além de conduzir o projeto para os melhores resultados. Além disso, quando apoiada por um parceiro especializado, a equipe técnica do projeto poderá antecipar problemas e soluções, além de ter a certeza que os resultados estipulados serão atendidos, fato que inclusive pode ser comprovado através de simulação computacional de resultados ME

*O engenheiro Luiz Henrique Correa

Ferreira é diretor da Inovatech Engenharia, empresa especializada em soluções sustentá-veis para a construção civil, que detém hoje 55% dos empreendi-

mentos certificados pelo processo AQUA.

Para que um empreen-dimento seja certificado

AQUA, é muito importante que o empreendedor tenha

a seu lado um parceiro experiente e tecnicamente

competente

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lexível, podendo ser usado em qualquer ambiente, o tom de amarelo esverdeado é a tendência em matéria de cores para 2011. Esse é o resultado do Colour

Futures 2011, estudo global de cores da AkzoNobel, que indica o “toque de limão” como a cor do ano. O livro, publicado no Brasil pela Coral, é o espelho de pesquisas mundiais sobre tendências, previsões e desenvolvimento de cores.

De acordo com o estudo, o “Toque de Limão” tem as características de simplicidade, tranquilidade, criatividade. É uma cor que surpreende e refl ete esse renovado entusiasmo pela vida, que corresponde perfeitamente à palavra-chave “Apreciação” – tema central do estudo para 2011. O ano de

2011 será de apreciação. É o momento de nos satisfazermos com o que temos, com a vida cotidiana e as pequenas alegrias.

Paola Vieira, Gerente Global de Colour Marketing, explica o porquê da escolha: “o azul de 2010 era um tom claro que simbolizava a renovação da energia. Agora, para 2011, temos o “Toque de Limão”, cor que representa o resultado desse entusiasmo. É um tom imagina-

tivo, lúdico, otimista. Remete-nos a uma ‘raspadinha de limão’”. E completa: “o azul é uma cor etérea aberta e cheia de esperança. Como continuidade, temos o ‘Toque de Limão’, que é brilhante e ao mesmo tempo aconchegante, surpreendente”.

O tema “Apreciação” ressalta um momento mais sereno e feminino vivido atualmente pela sociedade: “Podemos encontrar significado em objetos simples e na própria atmosfera familiar. É a serenidade do chá em oposição à cultura frenética do café”, ressalta a especialista, complementando que “depois de renovar as esperanças, a busca agora é pelo caminho para uma vida mais descontraída, de estarmos contentes com o

que temos e acalentar o que nos pertence, com carinho e orgulho.”

A cor pode ser usada tanto para combina-ções contrastantes quanto harmônicas. Essas associações podem ser feitas com tons neutros frios, violetas profundos, azuis bem defi nidos e tons pastéis (como tons encontrados em sorvetes de frutas).

Ainda segundo o estudo, a “Apreciação” é o momento de as pessoas deixarem um pouco de lado tudo o que é superinovador, super-fashion, e aproveitar os momentos simples e as coisas naturais. “A sociedade busca o que é essencial e relevante. Se atualmente é possível manipular e melhorar tudo digitalmente, vemos uma busca pelo verdadeiro, real e honesto. O Colour Futures é a tradução desse comporta-mento”, completa Benito Berretta, diretor de marketing da AkzoNobel para América Latina. Nesse contexto, o Colour Futures desenvolveu cinco temas para 2011: “A Beleza do cotidiano”, “Buscando o caminho”, “Alegria instantânea”, “Feito com amor”, “Magia molecular”.

a Beleza do cotidianoEstá relacionado com a ideia de apreciação e

satisfação com o que já temos, englobando a aceita-ção da vida real e procurando canalizar a energia no que é essencial e relevante. A base da casa se torna simples e informal, focada no aqui e agora.

“A Beleza do cotidiano” representa um retorno a um sentido universal de verdade, honestidade e harmonia. O lar é o lugar onde fi camos à vontade e podemos ser nós mesmos. Por isso conforto e “domesticidade” são as palavras-chave.

É uma cor que surpreende e refl ete

um renovadoentusiasmo pela

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A paleta é reminiscente de todas as coisas simples e cotidianas que conhecemos, como o céu, um vaso com fl ores, frutas e legumes maduros, temperos e especiarias.

Buscando o caminhoEstamos à procura de uma maneira mais

clara, simples e ordenada de se viver. Como indivíduos, devemos compreender qual é nossa identidade cultural e global. Tentar arrumar a desordem de nossas mentes, lares e atitudes nos ajuda a entender o sentido de nossa co-munidade local e do mundo como um todo. Ao mapearmos internamente nosso dia a dia, tornamos possível a simplifi cação e estrutura-ção das coisas.

A paleta é inspirada por sinais, mapas e arquitetura urbana. Neutros mais puros são realçados por tons pastéis de mapas antigos e cores brilhantes, provenientes das sinalizações de rua. O mapeamento feito com o uso de co-res é um jeito efi caz de decodifi car nosso meio ambiente. Tons mais primários são muito úteis na defi nição de espaços, contrastando com os neutros em combinações que podem variar de calmante a vibrante.

alegria instantâneaEste tema mostra um enfoque mais jovem

e descontraído ao sentido que a palavra prazer pode representar em nossas vidas. Trata-se de um estado de leveza que é de fácil acesso e nos cativa por sua temporalidade e animação.

“Alegria instantânea” é surpreendente a medida em que destaca o mesmo espírito de restaurantes, lojas e galerias “pop-up” – ou

seja, que não tem a intenção de permanecer para sempre.

Aqui se brinca com o ato de criar por simples divertimento, e vemos que é possível encontrar magia a partir de coisas rotineiras. A paleta refl ete o frescor de sorvetes, sucos e vitaminas – são tons pastéis com um fundo marrom como o papel craft.

Feito com amorRealçamos nesse tema o respeito pelo

simples trabalho artesanal, espírito de hones-tidade, retidão e autenticidade que são carac-terísticos de uma nova ética do design. Cada vez mais, buscamos conhecer o ciclo de vida dos materiais e produtos que compramos, bem como sua procedência. Permitir que a qualidade e o valor dos materiais transpare-çam promove um sentido mais democrático ao design.

A paleta para o “Feito com amor” é formada por tons de madeira, argila, barro e brim. Cores eternas que são reavivadas por um tom de amarelo que é inspirador e oti-mista. Os tons são harmônicos e podem ser misturados e combinados tranquilamente.

Magia molecularEste tema nos leva a olhar sob o microscópio, e perce-

ber que podemos nos surpreender muito com o resultado. Trata-se de um lugar estimulante e colorido que exerce fascínio também sobre designers e artistas.

Aqui os materiais são inteligentes e animados, adaptan-do e modifi cando-se. O foco não é somente na forma, no invólucro, mas sim sobre o produto que está por baixo da embalagem e pode nos trazer de benefício. A inspiração é proveniente de bactérias e organismos do fundo do mar.

A paleta microscópica e computadorizada é forte e viva – tons que pulsam com muita vitalidade. Verdes, turquesas e púrpuras são colocados lado a lado a cores sutis e subli-minares. Tons muito profundos são reavivados por cores extremamente saturadas ME

AkzoNobel – considerada a maior companhia global de tintas e revestimen-tos e uma das principais fabricantes de especialida-des químicas, a empresa inclui em seu portfólio marcas como Coral, Eka, Wanda, Dulux, Sikkens e International. Com sede em Amsterdã, na Holanda, opera em mais de 80 países e emprega 55 mil pessoas.

seja, que não tem a intenção de permanecer para sempre.

seja, que não tem a intenção de seja, que não tem a intenção de permanecer para sempre.

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s escritórios surgiram com a revolução industrial em meados do século XVIII. Porém, foi com a criação e o aperfeiçoamento dos departamentos de

recursos humanos que as empresas começaram a se ques-tionar a respeito do como o ambiente físico de trabalho influi no clima e no desempenho dos trabalhadores. Com o passar do tempo, as tendências no desenvolvimento do mobiliário criaram conceitos que priorizam ambientes de trabalho que não provoquem estresse, mas que te-nham poder de energia e vibração e, ao mesmo tempo, de tranquilidade. Esses ambientes devem ser combinar um visual moderno, leve, clean, voltado para o futuro, e,

principalmente, um lugar onde todos os seus ocupantes tenham prazer em estar e trabalhar.

O design é importante para criar um ambiente que seja acolhedor, sem tensões, propício para o bom desenvolvimento e execução de projetos. Por isso, muitas empresas vêm, atualmente, optando por um es-tilo minimalista nos escritórios, onde

menos é mais e onde se pretende combinar funcionalidade com conforto.

Uma das primeiras medidas é que o ambiente siga uma determinada cartela de cores que se conjugue com os acessórios e os móveis. A iluminação, por sua vez, tem um papel fundamental, não só propiciando a melhor visibilida-

de aos funcionários mas, também, otimizando os objetivos da ambientação. Os elementos decorativos, assim como as plantas, também são muito importantes, já que dão o contraste com o design minimalista.

Os módulos devem manter um espaço respeitável para que os trabalhadores possam realizar suas tarefas comodamente, sem sentir-se aprisionados. De preferência, devem ser de cor clara, que dá uma sensação de maior espaço, uma das grandes virtudes do estilo minimalista. Lâminas de vidro ajudam a ampliar os ambien-tes. Por fim, uma grande quantidade de luz natural é indispensável.

animal PrintO denominado animal print (ou seja, as

estampas que imitam pele de animais) é outra das tendências atuais e que cria um contraponto com o estilo minimalista, enriquecendo visu-almente os espaços. Os estampados de tigre e zebra já estão chegando não só nas roupas mas também nos ambientes das pessoas e dos empresários mais atrevidos.

Por outro lado, nos escritórios de gente mais jovem e dinâmica as cores mais fortes e a pop art continuam sendo elementos inspi-radores ME

ESTILO MINIMALISTA, a noVa tEndência na dEcoração dE Escritórios

O design é impor-tante para criar um ambiente que seja

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os bairros de classe média das grandes cidades brasileiras é comum nos depa-rarmos com imensos edifícios dividin-

do espaço com casas simples, até mesmo sem reboco. Mas a discrepância, em muitos casos, fi ca principalmente da porta para fora. “A nova classe média está muito mais preocupada com conforto do que com status”, afi rma Luciana Aguiar, antropóloga e sócia da empresa de consultoria e pesquisa Plano CDE.

“As prioridades são outras. São pessoas que geralmente gastam o que restou do salário com eletrodomésticos de última geração. A casa é colorida e arrumada por dentro, mas quem passa na frente nem imagina”, afi rma.

Mercado imobiliárioHoje com mais posses, a classe C exige

segurança e se protege em condomínios fe-chados, sendo que 25% dessa camada vive de aluguel. O tipo de apartamento mais procurado contempla dois dormitórios, que comportam famílias multinucleares e todo tipo de bens de consumo.

Recuperadas da crise econômica mundial ocorrida entre o fi m de 2008 e início de 2009, as construtoras e incorporadoras atentaram para essa preferência e, em 2010, focaram seus lançamentos em imóveis dentro desse perfi l.

Só na cidade de São Paulo, maior mercado do País, as unidades de dois quartos representaram, aproximadamente, 40% do total das vendas entre janeiro e novembro de 2010, segundo dados do Sindicato da Habitação do Estado de SP (Secovi). O destaque fi cou para os imóveis de 46 m² a 65 m², com 39% de participação do total de unidades vendidas. Em seguida, vieram as unidades de 66 m² a 85 m², com 22%, e as de 86 m² a 130 m², com 17%.

O aumento do emprego formal, a queda das taxas de juros e o Minha Casa, Minha Vida – progra-ma do Governo Federal que enquadra imó-veis de até R$ 130 mil e benefi cia famílias com renda de três a dez salários mínimos – estão entre os fatores que facilitaram a compra de imóveis nos últimos anos.

De acordo com o IBGE (Instituto Bra-sileiro de Geografi a e Estatística), a classe C é formada por famílias que recebem mensalmente de cinco a dez salários mínimos, o que hoje corresponde a 33% do total de brasileiros, ou seja, 57 mi-lhões de pessoas. Em 2002, esse grupo era composto por 13 milhões de habitantes (26% da população). Fonte: IG ME

endência que vem crescendo nos centros urbanos, a Parede Verde, a exem-plo do telhado verde, foi criada para amenizar a falta de áreas verdes nesses espaços. Também chamada de jardim vertical, quadro verde, painel verde,

fachada verde e ecoparede, trata-se de um sistema que pode revestir qualquer tipo de parede, interna ou externamente. A estrutura metálica que sustenta a parede verde é instalada com dispositivos pré-vegetados, que podem ser retirados por partes, sem a necessidade de ser removido todo o painel. O sistema contempla irrigação automatizada por gotejo.

No caso de paredes internas, a parede verde pode purifi car e limpar o ar, pois retém voláteis, material particulado, fumaça de cigarro, além de manter o conforto térmico ME

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CLASSE MÉDIA BRASILEIRA

Classe C prefere imóveis de dois

quartos e prioriza conforto a status

a casa da noVa

ParEdEs VErdEs dão toM sustEntÁVEL ao aMBiEntE

A fachada externa verde é uma ótima forma de revita-lizar edifícios e combater as

ilhas de calor urbano.

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planejamento

lanejar não é adivinhar e sim construir uma ponte segura ente o presente e o futuro. Muitas são as razões alegadas para não se planejar. Esta visão parte de

premissas erradas, que consideram o planejamento como uma sofisticação desnecessária que pouco podem ter.

O erro fundamental é ver o planejamento como algo que deva ser feito como “a mais”, sem saber que o ato de planejar deve fazer parte da rotina da empresa.

É simples: como uma empresa pode saber se está na direção certa se ela não sabe onde quer chegar ? Como alguém pensaria em escalar uma montanha, sem planejar as paradas, a alimentação e a roupa que deve ser levada para a caminhada?

A vida de uma empresa é uma caminhada contínua e é preciso saber quais são as possíveis dificuldades a serem encontradas pelo caminho, para poder se planejar como passar por elas. “Na hora eu vejo e dou um jeito”, não cabe mais.

Um princípio do planejamento estratégico diz que se “ alguém na sua empresa demora mais de um minuto para

definir claramente o negócio da empresa, é porque ele deve ser redefinido” .

Se partirmos do conhecimento do negócio, podemos ir definindo todas as etapas posteriores: missão da empresa (de que forma ela quer atender seu mercado), estratégias e táticas (para encaminhar as definições acima), processos operacionais (para sairmos do discurso e implantarmos na prática as ações que atenderão às de-

finições acima ) e finalmente estrutura funcional através de pessoas com o perfil e competências adequadas para gerenciarem cada um dos processos.

Este simples exercício de definição ou revisão é capaz de orientar qualquer empresa a ser uma empresa focada e orientada para seus objetivos.

Isso é suficiente? Sim para o inicio ou redirecionamento das atividades, mas não para manter a empresa aprumada dentro de um mercado competitivo.

A caminhada exige vigilância constante e existem dois grandes cenários a serem observados.

O cenário externo composto pelos con-correntes, clientes, variações econômicas e políticas, legislação, tendências de consumo e tantos outros fatores.

O cenário interno composto por desempe-nho e eficácia, indicadores gerenciais, motiva-ção e comprometimento do pessoal, recursos disponíveis e qualquer outro fator que possa influir nos resultados.

Na verdade, planejar estrategicamente é a ação mais importante que um executivo deve fazer. O planejamento e suas revisões é o pró-prio ato de gerenciar, no dia a dia e por isso que não se trata de algo a mais para ser feito, além da rotina.

Trata-se fundamentalmente de entender uma cultura empresarial onde o planejamento de cada ação futura deve estar alinhado e in-terligado com todas as decisões fundamentais, ou seja, alinhado com o negócio e suas possí-veis variações, com as estratégias que devem acompanhar as mudanças de cenários, com as possibilidades de melhorias em cada processo operacional e finalmente com as pessoas.

Não existe hipótese de se trabalhar com um destes fatores e não atentar para demais. Todos só podem existir se bem alinhados e integrados e esta integração só pode ser garantida através da cultura do planejamento estratégico ME

*Paulo Ancona Lopez

*Paulo Ancona Lopez é diretor da Vecchi & Ancona, consultoria especializada em estratégia e gestão. www.vecchiancona.com.br

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o ParadiGMa doPLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Planejar estrategi-camente é a ação mais importante

que um executivo deve fazer

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ouco vale investir em um bom material e produto na hora da construção ou reforma da casa, se ele não for bem instalado e mantido. E com as caixas d’água

não é diferente. Por estarem, muitas vezes, expostas às condições climáticas, cuidados devem ser tomados desde a compra até a instalação e manutenção.

A má utilização pode levar a sérios contratempos. Se mal fechada, por exemplo, pode desencadear a proliferação de mosquito da dengue, entrada ou acúmulo de impurezas na caixa, deixando a água imprópria para consumo humano.

Manter a caixa d’água devidamente fechada e limpa não só reduz a chance da proliferação de insetos, como proporciona saúde e qualida-de de vida aos consumidores.

Por isso, preparamos algumas dicas para auxiliar o consumidor. Confi ra:

Escolha do materialEngana-se quem pensa que

toda caixa d’água é igual. A pri-meira diferença e que muitas vezes passa despercebido é o material.

Antigamente as caixas eram produzidas em amianto, o mesmo utilizado na fabricação de telhas.

Com a evolução dos processos, passou-se a fabricar cai-xas em fi bra de vidro, material mais resistente aos efeitos do tempo e que possibilita melhor armazenamento de água.

Atualmente, segundo a engenheira química Cláudio Muñoz, coordenadora de engenharia de aplicação da For-tLev, maior produtora de soluções para armazenamento de água do Brasil, as caixas feitas em polietileno tem ganhado espaço na preferência dos consumidores por ser um dos sintéticos mais duráveis e leves disponíveis. “O polietileno já é a matéria-prima mais utilizada.

A caixa é ainda mais fl exível, resistente, de fácil ma-nutenção e com excelente custo benefício. Nos modelos tradicionais, as tampas vêm com trava, diminuindo a chance de a tampa se deslocar, e nos modelos de tanque as tampas

são rosqueáveis, o que garante vedação total. Aliás, esse o modelo mais utilizado em todo mundo”, explica.

No Brasil já existe também uma tecnologia que permite armazenar milhares de litros, de forma totalmente vedada.

Esse tipo de reservatório é fabricado em resinas de poliéster reforçado com fi bra de vidro, tecnologia conhecida como SMC e pro-duzida de forma pioneira pela Fortlev. É mais utilizado por empresas e empreendimentos de grande porte.

Escolha do tamanho

Mas e qual a litragem ideal? Como calcu-lar? A escolha da caixa d’água deve sempre se basear no número de pessoas da residência ou empresa.

Como a média do consumo de água no Bra-sil por pessoa é de 150 litros/dia, a referência de cálculo segue o raciocínio abaixo:

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Manter a integridade da caixa e boas condições da água auxilia no combate às doenças que podem

ser transmitidas pela má conservação do produto. Atenção especial deve ser conferida às tampas

dicas

coMo EstÁ a sua

CAIXA D’áGUA?

Nesse caso, deve-se optar por uma caixa de 2.000 litros.

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capacidade de armazenamento e tamanho:

NCC, CUB, IGP-M. Es-sas siglas são familiares para você? Se você está

financiando um imóvel e a sua resposta for negativa, é melhor começar a prestar mais atenção nelas. Isso porque, segundo informa a Tibério Construções e Incorporações, estes são al-guns dos índices utilizados para corrigir as parcelas do financiamento imobiliário; lembrando que correção monetária é diferente de juros.

Os juros que compõem as parcelas são referentes ao valor que se paga pelo empréstimo do montante que o comprador não quita à vista e opta por finan-ciar, enquanto a correção monetária atualiza o valor do bem para recuperar os efeitos da inflação.

Entendendo cada índiceO INCC (Índice Nacional da Construção Civil),

calculado todos os meses pela FGV (Fundação Getu-lio Vargas), corrige as parcelas de imóveis na planta ou em construção, até que estejam prontos. Este índice atualiza o valor pago pelo cliente conforme a variação dos preços dos Materiais de construção e os salários pagos para os trabalhadores da construção civil.

O CUB (Custo Unitário Básico), assim como o INCC, é outro índice que pode ser utilizado para atu-alizar as parcelas de imóveis não prontos. Calculado pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Constru-ção) de cada estado, o índice considera o preço dos materiais, equipamentos, despesas administrativas, entre outros itens.

Já o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado também pela FGV, é usado somente nos financiamentos direto com a construtora para corrigir os valores das prestações de imóveis prontos.

O índice considera o IPA (Índice de Preços por Atacado), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC.

Por fim, há a TR (Taxa Referencial), definida todo mês pelo Banco Central, segundo a remuneração média das aplicações bancárias, e utilizada pelos bancos para corrigir as parcelas do financiamento. Fonte: Acomac ME

Entenda como as parcelas do

financiamento são corrigidas

I

FINANCIAMENTO IMOBILIáRIO?

Você tEM

como instalar e limpar a caixa d’água?

As caixas d’água são acompanhadas de manuais de instalação que devem ser seguidos à risca.

Há erros comuns, como instalar em locais desnivelados ou sem ventilação, enterrá-las, usar base gradeada, entre outros, que comprometem a vida útil do produto.

Para ajudar nessa tarefa, siga o passo a passo abaixo e lembre-se: nunca utilize objetos abrasivos, como esponja de aço, vassouras, escovas na limpeza, pois isso torna as paredes internas ásperas, facilitando a fixação de impurezas.

1 - Escolha um fim de semana para que possa fazer o tra-balho com o maior cuidado possível.2 - Posicione bem a escada. 3 - Amarre a boia.4 - Esvazie a caixa cuidadosamente, guardando a água para usar durante a limpeza (tampe a saída quando a água chegar a um palmo).5 - Esfregue as paredes e o fundo da caixa com escova de fibra vegetal ou de fio plástico macio. Não use escova de aço, nem vassoura. Não use sabão, nem detergente.6 - Retire a água suja com balde e a sujeira com pá de plástico. 7 - Use um pano seco para secar o fundo, evitando passá-lo nas paredes.8 - Ainda com a saída fechada, desamarre a bóia e deixe entrar outro palmo de água.9 - Coloque 2 litros de água sanitária e deixe durante 2 horas. 10 - Amarre a boia novamente.11 - Com uma borracha, balde ou caneca plástica, molhe as paredes internas da caixa com essa mistura de água sanitária e depois jogue o restante fora.12 - A cada 30 minutos verifique se as paredes internas da caixa estão secas. Se estiverem, molhe-as novamente.13 - Após 2 horas, ainda com a boia amarrada, esvazie a caixa abrindo a saída. 14 - Abra todas as torneiras e acione as descargas. Com isso você estará desinfetando os canos de sua casa.15 - Desamarre a boia. Tampe adequadamente a caixa para que não entrem pequenos animais, aves ou sujeira. Isso evita a contaminação e transmissão de doenças ME

dicas 65mercado empresarialmercado empresarial

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dicas

O grupo dos acima de 35 anos, por sua vez, sofreu queda de participação, embora não tenha ocorrido de maneira ininterrupta.

Desde 2001, sua participação (49%) passou a registrar queda até 2006 (45%). No ano se-guinte, recuperou-se e foi para 46,2%. Em 2008, porém, voltou a cair e, no ano passado, foi para 43,1%. “Numa economia estável e boa oferta de crediário, pessoas mais jovens criam coragem e fazem fi nanciamento”, diz. A escolha por prazos maiores para a amortização da dívida, conclui o executivo da Caixa, tem relação direta com o valor das prestações.

Quanto mais anos para pagar, mais diluído fi ca o pagamento e, por consequência, as pres-tações são mais baixas. “Em uma comparação livre, o mesmo se dá quando as pessoas esco-lhem comprar uma geladeira, TV ou automóvel em muitas prestações”, diz o gerente regional da Caixa. “No caso da nossa instituição, a taxa de juros é a mesma tanto para quem faz um fi nanciamento em cinco anos quanto para quem faz em 30 anos. Em compensação, os juros vão rolando em cima do valor da dívida, e a pessoa acaba pagando mais quanto maior o número de anos de fi nanciamento”, diz o executivo.

Quitar o mais rápido possívelEm novembro, o casal Janice Soares Fer-

nandes Filho, de 32 anos, e Roberto Paiva Leite, de 33, adquiriu um apartamento na Bela Vista, zona central de São Paulo, depois de econo-mizar por quatro anos, quando se casaram. A entrada foi de cerca de 30% do valor do imóvel. Os jovens proprietários, no entanto, poderiam ter dado uma entrada maior, mas optaram por um fi nanciamento de 360 meses, ou 30 anos. “Escolhemos o prazo mais longo para fi car com uma prestação mais baixa”, diz Janice, consul-tora de vendas de materiais cirúrgicos.

“Preferimos não usar todo o dinheiro que tínhamos guardado para a entrada. Separamos

FINANCIAMENTO

O MAIS PROCURADOdE 25 a 30 anos é

uitos têm essa dúvida: em quanto tempo fi nan-ciar um imóvel, em 15, 20 ou 30 anos? Se você, leitor, faz parte dos que estão se decidindo por

fi nanciamento no prazo de 25 a 30 anos, por exemplo, você fará parte dos 55,1% que escolheram esse limite ao con-traírem empréstimo na Caixa – instituição que detém 70% dos fi nanciamentos imobiliários no País –, pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Esse número representa a consolidação do fenômeno que surgiu em 2007, quando o tempo de fi nanciamento imobiliário se estendeu até 30 anos. Segundo o gerente regional de Habitação e Construção Civil da Caixa, Nedio Henrique Filho, desde então um número cada vez maior de pessoas vem optando por ampliar o prazo de pagamento. Dados do banco – que fi nanciou mais de R$ 70 bilhões em imóveis em 2010 – mostram que, em 2005, o prazo médio dos optantes pelo SBPE (famílias de renda média alta e alta ren da) era de 180 meses, ou 15 anos. Já em 2010, o prazo médio subiu para 25 anos.

O mesmo fenômeno ocorreu para quem usou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS (famílias de baixa e média renda), com fi nanciamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Em 2005, o prazo médio para compra a prazo era de 10 anos. Em 2010, pulou para 20 anos. Pelo FGTS, 73,8% dos que obtiveram crédito optaram por quitá-lo no período de 20 a 25 anos.

“Há forte tendência de ampliação do prazo médio de amortização dos imóveis”, diz Henrique Filho. “O cenário começou a mudar em 2007/2008 com o aumento da oferta de crediário, da produção de imóveis e a extensão do prazo de fi nanciamento para até 30 anos. Outro fato importante é a crescente participação de mutuários abaixo dos 35 anos no número de contratos de compra.” Se em 2000 esse grupo adquiriu pela Caixa apenas 0,1% dos imóveis com valores entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, o número pulou para 3,5% entre janeiro e maio de 2010.

Já na faixa dos imóveis com valores de R$ 80mil a R$ 130mil, o porcentual dos fi nanciamentos subiu 15 vezes: em 2000, esses clientes somavam 1,2% e, no ano passado, atingiram 16%. No total dos imóveis fi nanciados, a partici-pação dos mutuários de até 35 anos passou de 51% em2000 para 56,9% em 2010.

M

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dicas

uma parte e fizemos uma reforma geral no apartamento de 60 metros quadrados que compramos.” As obras se iniciaram no mesmo mês em que fecharam o contrato da compra, renovaram os sistemas elétrico e hidráulico, quebraram paredes e diminuíram o tamanho de um dos dois quartos para ampliar o living. Optar por uma entrada e prestações menores também possibilitou a Janice e Roberto con-tinuar pagando o aluguel no apartamento em que vivem há oito anos, enquanto a reforma não fica pronta.

“As obras vão terminar em breve, e quando nos mudarmos, o dinheiro que estamos pagan-do de aluguel vai servir para fazer uma outra reserva”, conta Janice. “Vamos economizar e daqui a um ano amortizaremos outra parte da dívida.”

PesquisaSegundo o economista e planejador finan-

ceiro Francis Hesse, na hora de escolher um prazo de financiamento, é importante que a prestação imobiliária sempre se encaixe no orça-mento. “O ideal é quitar a dívida o mais rápido possível, mas se o prazo de financiamento é

curto e a prestação alta, vale a pena repensar o cálculo do financiamento.”

“Normalmente, consegue-se juros um pouco mais baixos com um prazo menor de financiamento, por isso recomendo realizar pesquisa extensa junto aos bancos para obter uma taxa de juros mais favorável.”

Há outra razão para tanto. Nem todas as instituições, como Caixa e Bradesco, condicionam suas taxas de juros ao número de anos do financiamento. Em outras palavras, os juros de alguns bancos são os mesmos tanto para quem faz um financiamento de cinco quanto de 30 anos.

“As taxas mudam de um banco para outro, dependendo de quanto a instituição arrecadou em recursos na poupança. Se receberam um volume grande de depósitos precisam fazer mais financiamentos, e vice-versa. Faz parte das regras da poupança”, informa Hesse.

O economista aponta uma característica atual do mer-cado imobiliário. “O cliente chega ao estande de vendas e recebe o pacote completo da incorporadora: que banco é associado da empresa para fazer o financiamento, de quanto será a prestação, qual deverá ser a renda do interessado para a compra do imóvel etc.”, diz.

“Os cálculos já estão todos prontos e as pessoas não procuram outros bancos para comparar taxas distin-tas. Com isso, poderiam conseguir taxa mais favorável. Fonte: O Estado de S. Paulo ME

67mercado empresarialmercado empresarial

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om a conquista do prêmio PBQP-H 2010 (Programa Brasileiro da Quali-dade e Produtividade do Habitat), a

RMA Engenharia Integrada acaba de ser reconhecida como a empresa detentora do melhor sistema de gestão de qualidade do setor da construção na categoria de Edifi-cações - destinada a construtoras que têm por finalidade a construção de edifícios residenciais, comerciais e industriais.

Segundo César Curi, Gestor de Qua-lidade da RMA Engenharia Integrada, ganhar este prêmio mostra que a empresa está no caminho certo e ressalta a excelência e qualidade de tudo o que a construtora faz e oferece ao mercado. “Fazer com qualidade é garantir que fazemos da melhor forma para poder entregar aos nossos clientes um produto confiável, atendendo todas as suas expectativas”, comenta Curi. “Receber este prêmio reafirma o compromisso da companhia com a melhoria continua, com seus clientes, com os colaboradores, acionistas, inves-tidores, fornecedores, e com a sociedade como um todo”, complementa.

O sistema de gestão da qualidade da RMA está estrutu-rado de forma integrada com a segurança do trabalho e o meio ambiente, além de possuir indicadores de desempenho estratégico – operacionais e gerenciais – fundamentais para tomada de decisões e planejamento. “A responsabilidade tanto da direção como de cada área da empresa e de cada colaborador está muito bem definida e clara dentro dos processos, e é papel fundamental na conquis-ta deste Prêmio”, ressalta o executivo.

Para o exercício de 2011 o objetivo da RMA Engenharia Integrada é melhorar ainda mais a qualidade de seu sistema de gestão, sempre atendendo as expectativas dos clientes. Por isso, a construtora reforça o seu

perfil de buscar a melhora dos seus índices de desempenho nas edificações e de estimular a modernização da constru-ção civil. Com mais de uma década de atuação, o Progra-ma Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), desenvolvido pelo Ministério das Cidades do Governo Federal, tem como

objetivo organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: a melho-ria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.

O PBQP – H, na especialidade técnica Execução de Obras, está dividido em três subsetores: Obras de Edificações, Obras de Saneamento Básico e Obras Viárias e Obras de Arte Especiais. Estes subsetores são divididos em A, B, C e D, de acordo com os níveis de requisitos da norma atendidos pela constru-tora. A RMA Engenharia Integrada possui a certificação PBQP – H – Siac Nível A (na categoria Obras de Edificações), além de ter o ISO 9001:2008, ambas as certificações referen-tes ao sistema de gestão de qualidade.

Em sua primeira edição, o Prêmio PBQP-H reconhece as empresas da área de construção que possuem os melhores sistemas de gestão de qualidade nas categorias Edificações, Sane-amento e Obras Viárias, Vias Urbanas e Obras de Arte Especiais. Para a escolha das melhores empresas, foram avaliados os critérios: respon-sabilidade da direção da empresa, gestão de recursos, execução da obra e medição, análise e melhoria. Concorreram ao prêmio mais de 60 construtoras de todo o país ME

Em sua primeira edi-ção, o Prêmio PBQP-H

2010 distingue as empresas do setor da

construção com os melhores sistemas de gestão de qualidade

C

cases&cases

RMA ENGENHARIA VENCEPrêMio PBQP-h 2010

Da esq. p/ a dir., Cesar Curi e Fernando Resende, da RMA;

Márcio Fontes, MInistro das Cidades; Renato Auriemo e

Guilherme M. Auriemo, Diretores da RMA

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O sistema Hidráulico EMMETI integra o projeto vencedor do Prêmio Eco 2010, promovido pelo Sindicado da Indústria

da Construção do Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), na categoria Uso Racional da Água (para construções até 3 mil m2). O pro-jeto é o da Ecasa Brasil (modelo), construída em Manguinhos (Serra- ES), em 2009, pela Ecasa Construções Sustentáveis, do arquiteto e urbanista Augusto Alvarenga.

Os produtos Emmeti que compõem o sistema hidráulico utilizado na casa ecológica incluem o Tubo Multicamadas Água (quente e fria), conexões e a Válvula Misturadora.

A arquiteta Líliam Araújo, contratada pelo Sinduscon para coordenar a avaliação dos ins-critos ao Prêmio, destacou, entre as qualidades do Tubo Multicamadas Água Emmeti, o poten-cial de reciclagem do alumínio (camada interna do tubo) e o fato de ser uma boa alternativa ao uso dos tubos de PVC, devido à toxicidade desse material.

O produto é em alumínio revestido inter-na e externamente por polietileno reticulado (PE-X), um tipo de plástico de engenharia extremamente resistente e atóxico, unidos por camadas de cola especial, compondo o total de cinco camadas (PEX-AL-PEX).

Alvarenga, autor do projeto da Ecasa, ressaltou outros benefícios decorrentes do uso do produto, como a efi ciência do sistema hidráulico e consequente economia. Como o tubo é fl exível, faz trajetos com curvas, pre-cisamos usar bem poucas conexões. Isso gera menos atrito e mantém boa pressão na rede, o que deixa o consumidor satisfeito com menor quantidade de água.

O uso de um mesmo tubo tanto para água

quente quanto fria também é importante, pois permite um sistema mais enxuto e efi ciente”, explica ele.

Lilíam também destacou a Válvula Misturadora Em-meti, que mistura água quente e fria para que a água dos banhos já saia dos chuveiros na temperatura certa, evitando desperdício, comum em sistemas com regulagem manual da temperatura (através dos registros de abertura de água quente e fria).

Essa Válvula é programada previamente para que a água de consumo já saia na temperatura desejada, o que gera economia de água e também da energia utilizada para aquecer a água (solar, gás, elétrica), uma vez que todo o líquido é aproveitado.

Na avaliação de Alvarenga, entre outras características do Ecasa que viabilizaram o Prêmio estão os sistemas de aquecimento solar de água e de reu-tilização de água de chuvas e também proveniente de ralos de pias e banhos (após tratamento) para rega de plantas e descarga. Alvarenga comemorou a premiação de seu projeto, que defi ne como “uma proposta 100% pensada em construção ambiental”. A Emmeti é parceira no Eca-sa Brasil, o que garante o uso exclusivo do seu Sistema Hidráulico.

Neste ano, as Ecasas (projeto e construção) estão sendo comercializadas no Espírito Santo, em São Paulo e em Brasília, mas os planos são de expansão para outros estados. Nesta primeira edição do Prêmio Eco, concluída em dezembro de 2010, o Sinduscon-ES premiou seis dos dezesseis projetos inscritos, todos já aprovados ou execu-tados no Espírito Santo ou por empresas daquele estado. O objetivo foi premiar as melhores práticas e soluções de projeto e técnicas construtivas que possam reduzir, a curto, médio e longo prazo, os impactos ambientais e que tenham potencial de repetição e senso comercial ME

Premiação na catego-ria “ Uso racional da água “ foi pela Ecasa

modelo, construída em Manguinhos (Serra-ES).

O projeto é da Ecasa Construções

Sustentáveis, do arqui-teto Augusto Alvarenga

cases&cases

HIDRáULICA EMMETI INTEGRAProjEto VEncEdor dE PrêMio dosinduscon-Es Por uso racionaL da ÁGua

69mercado empresarialmercado empresarial

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esmo sem o anúncio ofi cial da presidenta Dilma Rousseff sobre a segunda fase do ‘Minha Casa, Minha Vida’, os lan-çamentos pelo programa do governo federal continuam

a tomar conta da cidade do Rio de Janeiro. Neste ano, estão sendo lançados mais de 10 mil imóveis, e a maioria fi ca em bairros como Campo Grande e na Baixada Fluminense. A construtora Mudar, por exemplo, anuncia o lançamento de quase 10 mil unidades no País. Somente no Rio, serão 3.600.

Segundo o presidente da empresa focada no segmento econômico, Augusto Martínez de Almeida, os empreendimentos serão construí-dos nos bairros de Campo Grande, Vargem Pequena, Jacarepaguá e nos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Itaboraí, Macaé e São Gonçalo. “Os imóveis vão custar entre R$ 98 mil e R$ 102 mil e estão totalmente enquadrados no modelo atual do programa do governo”, adianta. A Rossi vai ofertar 420 apartamentos, em parceria com a construtora Enes, em Campo Grande. “Serão unidades de dois quartos, que vão variar de R$ 96 mil a R$ 115 mil, em um dos melhores pontos. Próximo ao condomínio da Michelin, na Estrada da Cachamorra”, anuncia o gerente regional da empresa, Rafael Furtado.

à espera de nova faseDe acordo com o diretor da Basimóvel, Mario Amorim, os proje-

tos que estão na faixa de R$ 100 mil têm a melhor liquidez. “Agora, os imóveis acima desse valor aguardam nova fase do programa que deve elevar de R$ 130 mil a R$ 150 mil o preço da unidade”, diz Amorim. Ele lembra que, neste segmento, os interessados na compra da casa própria querem saber se têm condições de adquirir a tão sonhada moradia. Escolha do local e do empreendimento passa a pesar menos na opção de compra. Para esse público, o importante é saber se eles têm direito ao subsídio (desconto) que chega a R$ 23 mil e a outros benefícios do programa, como taxas de juros menores e prestação garantida em até 36 meses no caso de perda de emprego. A Comasa também vai lançar pela primeira vez projetos do ‘Minha Casa, Minha Vida’. O Condomínio Estrelas da Vila, em Vila Isabel,terá 14 unidades das 50 enquadradas no programa.

Lazer completo e segurançaOs empreendimentos do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’

estão cada vez mais completos. Isso porque os construtores têm feito projetos que incluem guarita de segurança e lazer completo. Diretor da Percepttiva, Rafael Duarte ressalta que são levados em conta o custo de manutenção do condomínio para que não pese tanto no orçamento das famílias.

“Os lançamentos estão por toda parte. Temos mais de 1 mil unidades para o início de ano. A maioria também fi cará em Campo Grande”, diz Duarte. Ele ressalta que os terrenos encareceram muito por conta do boom imobiliário. Por isso, a conta de imóveis até R$ 130 mil não fecha. Para ele, os valores de avaliação deveriam variar entre R$ 150 mil e R$ 160 mil. A construtora Fernandes Araujo contará com cinco empreendimentos em Bangu, Campo Grande e Freguesia, totalizando 756 unidades. Já a Arte a Metro terá 772 imóveis espalhados por Campo Grande, São Cristóvão e Duque de Caxias, na Baixada. A AG Prima vai ofertar 740 unidades, das quais 490 até R$ 1.395 e as restantes até R$ 4.900. Os bairros escolhidos são Campo Grande, Santa Cruz e o município de Araruama. Fonte: O Dia ME

M10 MILMAIS DE

RIO:

UNIDADES DO‘MINHA CASA, MINHA VIDA’

cases&cases70

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formação de mão de obra para o mer-cado imobiliário evoluiu na mesma medida do crescimento do setor no

Brasil. “É um mercado cíclico. No momento, o aquecimento está provocando um aumento na procura por formação”, conta o vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), Claudio Bernardes, que é também pró-reitor da univer-sidade mantida pelo sindicato.

Funcionando há mais de 20 anos, a Universi-dade Secovi acaba de assinar uma nova parceria para o curso de pós-graduação em Gestão em Negócios Imobiliários, desta vez com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “A nova parceria inclui conteúdos ligados à ma-rketing que não estavam previstos no programa da Faap, nossa antiga parceira”, conta.

Voltado para formar gestores de negócios na área, este curso também é oferecido pelas demais instituições voltadas para a área de economia e administração, como a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e Fundação Getúlio Vargas, que também se valem de parcerias para disseminar o curso pelo País. Graduação.

As pós-graduações na área são oferecidas há mais de uma década no Brasil, mas a graduação de nível superior só surgiu coma introdução dos cursos de tecnólogos. “Estamos nos orga-nizando para oferecer um curso de tecnólogo em negócios imobiliários também. Se der certo, poderemos partir para o bacharelado”, conta Bernardes.

Os cursos de tecnólogos, não apenas na área de construção e negócios imobiliários, foram implantados recentemente e permitem a formação de nível superior em tempo menor – dois anos– e com currículos voltados para

A as disciplinas técnicas e de aplicação direta na respectiva profi ssão. “Ele não dá o título de bacharel e portanto, não permite o acesso à pós-graduação”, explica Bernardes.

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem mais de 47 cursos de tecnó-logo em negócios imobiliários em seu cadastro (E-Mec), 19 deles no Estado de São Paulo. Destes, apenas cinco estão realmente funcio-nando. Segundo Bernardes, eles também formam gestores para o setor, que sofre com a falta de mão de obra treinada. “É uma formação mais prática, que pode dar ao estudante as condições de chegar a postos de gerência”, afi rma.

corretorPara quem pretende atuar como corretor imobiliário,

no entanto, basta uma formação de nível médio (segundo grau), oferecida tradicionalmente pela rede pública e pri-vada de escolas técnicas, como as Etecs do Estado, por exemplo. Os cursos são chamados Técnico em Transações Imobiliárias e estão bem disseminados por todo o País.

Para exercer a profi ssão, o candidato deve se registrar no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) e, para isso, precisa apresentar o diploma deste curso. A lei que regula o exercício da profi ssão é a de n° 6.530, de 12 de maio de 1978, Construção. No setor da construção, ainda não há a oferta de cursos formais, de nível técnico, superior ou de pós-graduação, que forme profi ssionais como pedreiros, eletricistas, encanadores ou marceneiros.

Existem apenas programas de treinamento, ofereci-dos por instituições do setor. Para melhorar a qualidade do serviço prestado por estes profi ssionais, o Senai está desenvolvendo, desde o ano 2000, o Projeto Estratégico Nacional Certifi cação Profi ssional Baseada em Compe-tências. O objetivo é criar um selo que qualidade, obtido pelo trabalhador por meio de programas de treinamento. Fonte: Agência Estado ME

cases&cases

Aquecimento estáprovocando um

aumento na procura por cursos etreinamentos

AUMENTAMoPçõEs dE ForMação

NO SETOR

71mercado empresarialmercado empresarial

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uatro equipes brasileiras fazem parte da lista dos vencedores do 2010

Good Design, prêmio organiza-do pelo The European Centre for Architecture Art Design and Urban Studies e The Chi-cago Athenaeum: Museum of Architecture and Design.

Na categoria iluminação, o designer Fernando Prado foi premiado com a luminária Bauhaus 90, fabricada pela Lumini, de São Paulo.

Na categoria saúde, o vencedor foi Marcio Mussi, autor de um trinco do tipo puxe-empurre, ideal para edifícios hospitalares, e fabricado pela Yale La Fonte, também da capital paulista.

Entre os ganhadores na categoria acessórios para cozi-nha, há duas equipes vencedoras do Brasil. Ana Lúcia de Lima, Pontes Orlovitz e Luis Moquiutti Morales são os responsáveis pela linha de torneiras e filtros de mesa Twin, da paulista Deca. E o time de designers da Electrolux, do Paraná, venceu com a lavadora de alta pressão Facile.

Criado em 1950 pelos arquitetos Eero Saarinen, Charles e Ray Eames, e Edgar Kaufmann Jr., o Good Design pre-mia anualmente 500 designers de todo mundo. Além das categorias vencidas pelas equipes brasileiras, ele reconhece autores de produtos de robótica, têxtil, robótica, transporte, infantil, ferramentas, artes gráficas e meio ambiente ME

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forte crescimento do mercado imobili-ário brasileiro, com uma grande oferta de lançamentos, concorrência cada vez

mais acirrada e margens de lucros apertadas, onde não há espaço para erros, está levando o setor a buscar formas de otimizar custos e reduzir riscos na concepção de um empreen-dimento.

Hoje grandes construtoras como Tecnisa, Cyrela, Odebrecht, Camargo Corrêa, entre outras, buscam apoio em novas tecnologias e passaram dos intermináveis arquivos e plani-lhas – mais suscetíveis ao erro-, para o sistema Viabil da BDK Solutions, software para análise da viabilidade econômica financeira de projetos imobiliários.

A ferramenta é uma das únicas no merca-do capaz de analisar as principais variáveis de empreendimentos como compra do terreno, investimento com propaganda, definição do produto, estruturação financeira, ritmos de venda, tipo de solo, ofertas de terreno, pesquisa de mercado, entre outros, utilizando gráficos e relatórios para ilustração.

Segundo Eli Wolf, diretor da BDK Solu-tions, desenvolvedora do software, o Viabil é uma ferramenta de apoio à decisão, contem-plando todas as variáveis críticas para o negó-cio. “O sistema é capaz de analisar e participar de todos os processos de um empreendimento imobiliário, por meio de relatórios, gráficos, indicadores que auxiliam os clientes nas deci-sões desde a aquisição de terrenos, aprovação dos projetos e por todo o ciclo de vida do negócio. Com esses recursos, minimiza erros, agiliza e padroniza processos, garantindo assim otimização de tempo e energia da equipe”, afirma Eli.

O aplicativo analisa os cenários possíveis, faz simulações e avalia diferentes possibilidades, projetando resultados e apontando riscos de investimentos em projetos. “O Viabil possui re-cursos que possibilitam o acompanhamento dos resultados (planejado x realizado) e re-projeção

O

BRASILEIROS ENTRE OS VENCEDORES do PrêMio intErnacionaL 2010 GOOD DESIGN

O Good Design pre-mia anualmente 500 designers de

todo mundo

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Luminária Bauhaus 90

Filtro de mesa Twin

Lavadora de alta pressão Facile

Divulgação

Imagem

de Nelson Kon

72

Page 73: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

tecnologia

dos cenários em todas as etapas, minimizan-do as surpresas ao longo do caminho, muito comuns em se tratando de projetos de longo prazo e com muitas variáveis envolvidas”, diz o diretor da BDK.

Além de incorporadoras e construtoras, o software também pode ser utilizado para outros segmentos envolvidos com os projetos imobiliários, como empresas de arquitetura, imobiliárias, fundos de investimento, bancos e consultorias.

novidadesCom a expectativa de crescimento de 40

a 50% em 2011, a BDK pretende diversifi car e ampliar ainda mais em produtos e serviços para o mercado. A empresa pretende lançar um módulo da ferramenta para negócios de locação corporativa, shoppings e hotéis. Ainda no próximo ano, está previsto o lançamento do Viabil Lite, uma versão para pequenas e novas empresas que necessitam de estudos mais simplifi cados.

Parceria com a coopercon-cE A BDK acaba de fechar parceria com a

CooperCon-CE (Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará), a primeira no merca-do do Brasil a organizar uma compra conjunta para seus associados do software Viabil.

Com essa parceria, as empresas envolvidas tiveram redução no valor das licenças e os cus-tos de treinamentos fi caram mais acessíveis aos participantes. A primeira rodada de treinamento ocorreu no início de janeiro de 2011 na sede da CooperCon-CE.

No total, cinco empresas associadas à cooperativa fecharam para a utilização do aplicativo: Diagonal Engenharia, CDR Enge-nharia, C.Rolim Engenharia, Construtora Mota Machado e BS Participações.

Segundo o presidente da CooperCon-CE, Otacílio Valente, a aquisição do software faz parte de uma política de desenvolvimento contínuo da Construção Civil cearense. “Além da aquisição de insumos a preços mais vanta-josos, a cooperativa também assume como um

de seus principais compromissos a constante modernização das empresas associadas. Com isso, buscamos oferecer os mais atuais equipamentos e treinamentos para sua melhoria contínua. Certamente o Viabil irá contribuir para que a Construção Civil siga ocupando posição de destaque entre as mais importantes atividades econômi-cas do país”, avalia.

Para o diretor executivo da BDK o mercado de cons-trução civil sente a necessidade de se aprimorar e buscar o desenvolvimento. “Atualmente essa é uma tendência do setor, além de compras de materiais de construção, as cooperativas perceberam a necessidade em ampliar a atu-ação com aquisição conjunta de softwares e capacitação, buscando benefícios que aprimoram a profi ssionalização e desenvolvimento dos negócios para seus associados”, comenta Eli ME

SOFTWARE AUXILIA NA GESTÃO ESEGURANÇA DE PROJETOS IMOBILIáRIOS

Em épocas de cres-cimento, análise de viabilidade de empreendimentos ganha importância ainda maior para

construtoras e incorporadoras

Divulgação

73mercado empresarialmercado empresarial

Page 74: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

mundo

Alemanha viveu sua maior expansão econômica em duas décadas, no ano passa-

do, quando as exportações cresce-ram, impulsionando a contratação de pessoal e os gastos do consumidor. Isso contrasta com a situação delicada de outras economias europeias, como Portugal, Espanha e Grécia, que estão estagnadas ou con-tinuam em recessão.

O Produto Interno Bruto (PIB) saltou de 3,6%, o maior desde que os dados de uma Alemanha unifi cada começaram a ser compilados, em 1992, após uma queda de 4,7% em 2009, disse o Birô Federal de Estatísticas. O número é coerente com a mediana das previsões em uma pesquisa da Bloomberg News com 28 economistas. O PIB provavelmente cresceu 0,5% no quarto trimestre em relação ao terceiro, segundo o Birô. O relatório ofi -cial do quarto trimestre deverá ser divulgado em 15 de fevereiro.

O Bundesbank (BC alemão) acredita que a maior economia na Europa expandirá 2% neste ano e 1,5% em 2012, enquanto a dívida soberana amortece a demanda na zona do euro, seu principal mercado importador. A alemã Continental, segunda maior fabricante de pneus na Europa, aunciou ontem que suas vendas e lucros superaram suas metas para 2010.

“O impulso de crescimento persistiu no primeiro trimestre, e as atuais previsões podem se revelar pessimistas demais”, disse Klaus Baader, economista-chefe para a zona do euro no Société Générale, em Londres. “No terceiro trimestre, a economia alemã provavelmente voltou ao nível pré-crise.”

A demanda interna foi a principal contribuinte para o crescimento do PIB, acrescentando 2,5 pontos percentuais. O consumo privado cresceu 0,5%, os gastos do Estado cres-ceram 2,2% e os investimentos de capital saltaram 5,5%.

O saldo comercial líquido contri-buiu com 1,1 ponto percentual para o crescimento, com um crescimento de 14,2% das exportações e de 13% das importações.

O desemprego caiu, com a ocu-pação de 262 mil postos de trabalho em 2010, o que aqueceu os gastos domiciliares no segundo semestre do

ano passado. O ânimo empresarial melhorou, su-bindo para um patamar recorde, no mês passado, e a confi ança dos consumidores está perto de seu nível mais elevado em mais de três anos.

“A demanda doméstica está em alta, na Alemanha - isso não está acontecendo em praticamente nenhum outro lugar na zona do euro”, disse Nick Kounis, diretor de pesquisa macroeconômica do ABN Amro Bank, em Amsterdã. “Estamos no início de um período em que veremos uma demanda bem mais vigo-rosa na Alemanha.”

Isso está ampliando as divergências no bloco de 17 países que adotam o euro, num momento em que alguns países enfrentam uma crise da dí-vida, tornando mais difícil para o Banco Central Europeu (BCE) defi nir uma política adequada para todos os seus membros.

Em dezembro, o BCE prorrogou a vigência de medidas emergenciais de liquidez, benefi cian-do os bancos para além do primeiro trimestre, depois que o pacote de ajuda à Irlanda não convenceu os investidores de que os governos tinham condições de reduzir os défi cits orçamen-tários e evitar uma ruptura da zona do euro.

Alemanha registrou um défi cit orçamentário de 3,5% do PIB ano passado. Em contrapartida, a Comissão Europeia (CE) estima que o buraco orçamentário irlandês estourou, chegando a 32,3% do PIB. Fonte: Bloomberg ME

ECONOMIA ALEMÃDISPARA E ExPõE UEa duas VELocidadEs

AAAlemanha teve em 2010 o seu maior crescimento em

20 anos

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Page 75: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

mundo

agência de classificação de crédito Standard & Poor´s (S&P) rebaixou novamente a nota dada à dívida da

Irlanda. Desta vez, o rating soberano de longo prazo do país saiu de “A” para “A-” e o de curto prazo foi de “A-1” para “A-2”, na escala da empresa. As classificações já tinham sido cortadas em novembro de 2010 e, a exemplo daquela ocasião, continuam em observação para um possível novo rebaixamento.

A decisão de reduzir novamente a nota de crédito sobera-na se seguiu à revisão do perfil de risco da indústria bancária irlandesa. Segundo explica nota da S&P, a estimativa é de que a dívida externa dos bancos da Irlanda atinja 170% do PIB e eles dependem quase inteiramente do Banco Central Euro-

peu para refinanciamento dos débitos que vencem. Além disso, o crescente desempre-go no país pode elevar a inadimplência em financiamentos imobiliários no mercado doméstico, o que aumentaria a necessidade de injeção de capital para evitar a quebra das instituições. Tudo isso levanta dúvidas

sobre o perfil de risco do país. A perspectiva para o rating do país permanece negativa,

segundo a agência, devido às incertezas quanto à necessida-de de financiamento do setor bancário, agora em boa parte estatizado. A S&P espera encerrar a avaliação do cenário em abril, quando deve ter uma ideia melhor do impacto dessas necessidades sobre a dinâmica do endividamento público. No entanto, a agência diz esperar que, mesmo após a análise, a Irlanda continue com um rating soberano no grupo do grau de investimento - ou seja, indicando que o país ainda é uma opção segura. Fonte: Valor ME

Grand Avenue, principal avenida do centro de Los Angeles, terá até 2013 um novo museu projetado pelos ar-

quitetos Diller Scofidio + Renfro. O edifício, cuja obra é estimada em US$ 130 milhões, abrigará o acervo da Broad Foundation, que conta com mais de duas mil obras de arte contemporânea e está avaliado em cerca de US$ 2 bilhões.

A equipe de arquitetos inspirou-se em esponjas e lava para criar a cobertura e fachada de formas curvas e superfí-cies perfuradas, sob a qual estará a estrutura independente onde funcionarão as dependências do museu.

Com 11,2 mil metros quadrados, o edifício de três an-dares terá estrutura metálica enquanto a pele, comparada pelos arquitetos a uma “colméia”, será feita de concreto estrutural. No térreo, o museu contará com hall monu-mental, cafeteria, livraria e espaço multimídia. Escadas rolantes levarão os visitantes à grande galeria localizada na cobertura, cruzando túneis de onde será possível vi-sualizar os andares intermediários que abrigarão as áreas administrativas e arquivos.

A grande galeria de 3,8 mil metros quadrados de área será totalmente livre - sem colunas ou vigas - e receberá luz natural proveniente das aberturas na cobertura.

Baseado em Nova York, Diller Scofidio + Renfro é o escritório vencedor do concurso para o Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro, já em construção na orla da praia de Copacabana. Fonte: Arcoweb ME

ECONOMIA ALEMÃ DISPARA E ExPõE UE a duas VELocidadEs

A estimativa é de que a dívida externa dos bancos da Irlanda

atinja 170% do PIBA

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s&P rEBaixa noVaMEntE ratinG soBErano da irLanda

coBErtura indEPEndEntE E PErFurada dEFinE noVo MusEu dE diLLEr scoFidio nos Eua

Escritório é o vencedor do concurso para o Museu da

Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro, já em

construção em Copacabana

Imagens: ©

Diller Scofidio + Renfro

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curtas

Construtoras esperamdemanda alta em 2011

Depois de manter o ritmo de atividade em alta ao longo de todo ano de 2010, a indústria da construção civil deve repetir o forte de-sempenho em 2011. O otimismo pode ser medido pela expectativa positiva dos empresários do setor. De acordo com sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador de nível de atividade para os próximos seis meses atingiu 61,9 pontos. Números acima de 50 indicam aumento. Fonte: Valor Econômico

Procura de imóvel emSP aumenta: usadosvalorizaram até 269%

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) consultou 509 imobiliá-rias, e constatou que as mesmas alugaram em dezembro 938 imóveis na capital, o que fez o índice de locação crescer 10,66% naquele mês.Os apartamentos foram os preferidos, repre-sentando 51,71% das locações contratada no mês. Segundo o Creci-SP, os imóveis usados valorizaram até 269,09% no ano passado.

Geração de emprego deve superar a marca de 3 milhões em 2011

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afi rmou no início do ano que apesar da perspectiva de desaceleração da economia neste ano, a geração de empregos formais deve superar a marca de 3 milhões. Se-gundo Lupi, em 2010 ultrapassou 2,550 milhões, o que deve confi rmar um resultado histórico. No acumulado do ano até novembro já foram criados 2.544.457 empregos formais.

“O ciclo virtuoso vai continuar este ano com o aumento dos in-vestimentos em obras de infraestrutura e nas obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas”, disse o ministro.

BC prevê alta de 2,9% em telefonia e 2,8% em energia

Segundo a Agencia Estado, o Banco Central (BC) manteve a previsão de que os preços da ga-solina e do gás de cozinha não serão reajustados em 2011, conforme a ata da reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom), di-vulgada em 27/1 último. A estimativa já aparecia na ata da reunião de dezembro. Para a telefonia fi xa e a eletricidade, o BC manteve a previsão de alta das tarifas de 2,9% e 2,8%, respectivamente. Para o conjunto de preços administrados, a es-timativa de aumento dos valores no acumulado de 2011 foi mantida em 4,0%, mesmo índice da reunião de dezembro. Para 2012, a estimativa de alta permaneceu em 4,4%.

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demanda alta em 2011

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curtas

Argalit comemora sucesso

Em 95º posição no ranking das 200 Maiores Empresas do Espírito Santo, o Grupo Argalit fechou 2010 com muito a comemorar. Com 711 novos clientes conquistados somente no ano passado, de um total de 4 mil, a indústria manteve os 2% do share nacional no ramo de tintas, com des-taque para expansão de negócios sig-nificativa especialmente nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia, além de nas terras capixabas. Os dois pontos fortes do ano que se encerrou foram os lançamentos do Sistema Life Color e o esmalte à base de água. Para 2011, a expectativa do diretor executivo da Argalit, Raphael Cassaro Machado, é positiva, e os principais investimentos serão em automação da produção e reaproveitamento de resíduos, e nos lançamentos de tinta para telhas e cerâmicas, selador para madeira, novas cores e argamassas especiais para porcelanatos, pastilhas de vidro e projetada.

Lopes é dona de 60% da paranaense Thá A paulista Lopes acaba de adquirir 60% da imobiliária paranaense Thá Pron-

to, sediada em Curitiba, conquistando, assim, a exclusividade, por meio de sua unidade CrediPronto! nos financiamentos de imóveis comercializados pela Thá, especializada na venda de imóveis de médio e alto padrão. O valor da negociação foi estimado em R$ 20,9 milhões.

Tok&Stok Compact chega a Curitiba

A Tok&Stok, maior rede de móveis e acessórios para casa e escritório do país, inaugurou no piso L1 do Shopping Curitiba a Tok&Stok Compact, novo conceito em loja da marca. Com um investimento de R$ 2,5 milhões, ela faz parte do plano de expansão da empresa, tem projeto arquitetônico assinado por Felippe Crescenti e traz um sistema inovador de compra, desenvolvido especialmente para unidades de shopping centers com até 1.000 m².

Cerca de seis mil itens estão à disposição para a compra na unidade, organi-zados estrategicamente conforme os ambientes e necessidades da casa. Segun-do Flávia Lucena, gerente de comunicação e marketing de relacionamento da Tok&Stok, a loja conta com uma luminotécnica diferenciada, propiciando maior destaque aos produtos.

Salão do Móvel de Milão consagra-se como principal evento mundial de design

O Salão do Móvel de Milão, na Itália, consolida-se como o principal evento do design mundial. Antes restrita à produção local, a exibição inclui atualmente a exibição de produtos e protótipos realizados em escala global. O evento acontece entre os dias 12 e 17 de abril em uma série de centros de exposição da cidade. Veja a programação completa: www.nuovosistemafieramilano.it

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dicas de leitura

CIDADES DE AMANHÃ

Nesta história do planejamento urbano no século XX, Peter Hall - não só um conhe-cido teórico americano, mas um criador de projetos inovadores - traça um panorama abrangente e detalhado, levando-nos dos inquietantes cortiços londrinos do século

XIX à solidão geométrica de Brasília, passando por Nova York e Chicago, Nova Delhi e Paris, da utopia à depredação. A partir de projetos históricos ou abandonados - assim como obras literárias e artigos de jornais -, o autor rastreia de maneira instigante os sonhos e pesadelos que integram hoje o cotidiano das grandes cidades. Cidades do Amanhã é uma obra fundamental que a Editora Perspectiva traz não só a arquitetos e sociólogos, mas a todos os que buscam uma possível chave de compreensão para o mundo contemporâneo.

Autor: PETER HALL

Editora: Perspectiva /2005

Número de páginas: 600

ILUMINAÇÃO, SIMPLIFICANDO OPROJETO

O Projeto de Iluminação, explicado de forma didática, sempre foi algo muito procurado pelos que trabalham com a luz. Totalmente colorido, este livro fornece, em linguagem acessível, dicas, orientações e muitas infor-

mações de como fazer um bom projeto de iluminação. Consulta recomendável para estudiosos e profi ssinais que buscam conhe-cimento sobre a luz e seus efeitos.

Autor: MAURI LUIZ DA SILVA

Editora: Ciência Moderna /2009

Número de páginas: 176

EXERCÍCIOS DE TOPOGRAFIA

A terceira edição revisada e ampliada apresenta exercícios que podem ser usados como questões de provas. São 152 exercícios propostos e 57 exercícios com respostas.

Autor: ALBERTO DE CAMPOS BORGES

Editora: Edgard Blucher / 2001 – 3ª. edição

Número de páginas: 192

PLANEJAMENTO E CON-TROLE DA PRODUÇÃO PARA EMPRESAS DE CONS-TRUÇÃO CIVIL

O livro tem como público-alvo alunos de cursos de graduação e pós-graduação em engenharia civil,

engenharia de produção, arquitetura e design (que trabalhem com sistemas de produção), bem como profi ssionais que executam obras civis. Este livro procura introduzir práticas da engenharia de produção na construção civil, como tam-bém utilizar práticas que vêm sendo aplicadas pelo IGLC (International Group of Lean Construction). Traz discus-sões interessantes sobre análise de fl uxos físicos em canteiro de obras e apresenta diretrizes para que os profi ssionais que atuam no ramo da construção civil possam desenvolver seus sistemas de planejamento e controle da produção de acordo com as particularidades das empresas ou empreendimentos em que atuam.

Autor: MAURICIO MOREIRA E SILVA BERNARDES

Editora: LTC / 2003

Número de páginas: 208

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dicas de leitura

ABC DO DESENVOLVI-MENTO URBANO

O que faz, afinal, de uma ci-dade uma cidade? O que tem sido comum a todas as cida-des através dos tempos? Será que a causa básica dos graves

problemas das maiores cidades brasileiras é o seu tamanho, como teima o senso comum em insistir? Como podem esses problemas ser adequadamente enfrentados? Oferecer respostas para essas e outras perguntas, de forma acessível a um público leigo, é o objetivo deste livro.

Autor: MARCELO LOPES DE SOUZA

Editora: Bertrand Brasil / 2003

Número de páginas: 190

OBRAS E GESTÃO DE PORTOS E COSTAS

Os autores tratam dos avan-ços nas construções maríti-mas, originados com a evo-lução de outras disciplinas da Engenharia. Particularmente,

focam a abordagem que o engenheiro de constru-ções marítimas tem em relação aos efeitos exercidos sobre suas obras pelas solicitações do mar para melhorar a resposta da concepção estrutural.

Autores: PAOLO ALFREDINI & EMILIA ARASAKI

Editora: Edgard Blucher / 2009 – 2ª. edição

Número de páginas: 804

ESPAÇO INTRA URBANO NO BRASIL

A obra é essencialmente um estudo da localização urbana - apresentada como um grande valor de uso produzido pelas aglomerações, embora não específico delas. Esse valor de uso se caracteriza pelas possibilidades que as diferentes classes so-ciais apresentam de comandar os deslocamentos

intra-urbanos. Revela que o espaço regional é estruturado pelo controle de tempo de deslocamento dos seres humanos enquanto consumidores. No caso intra-urbano, as possibilidades desse controle faz com que as classes sociais disputem as localizações e isso se dá tanto por ocasião da sua produção como de seu consumo. Nasce então a segregação sócio-espacial, como mecanismo necessário ao controle, pela socieda-de dominante, pela produção e consumo das localizações, ou seja, ao controle dos tempos de deslocamento dos componentes das diferentes classes sociais. Esse controle se apresenta, então como uma forma de dominação necessária para que haja a apropriação diferenciada das vantagens do espaço. Dentre essas vantagens, o controle dos tempos de deslocamento ou o controle das localizações domina as demais representadas pela infra-estrutura urbana. Isso ocorre porque essa é reproduzível pelo trabalho humano, enquanto aquelas não são. Todas essas idéias são desenvolvidas a partir da análise empírica da formação histórica do espaço infra-urbano de seis metrópoles brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador. Essa análise retrata como a segregação urbana se desenvolveu nessas metrópoles por um período de mais de um século e como ela permitiu que a classe dominante controlasse o processo de produção e consumo das localizações intra-urbanas. Den-tre as localizações, especial em destaque é dado à do Centro Principal daquelas metrópoles e às transformações que eles vêm experimentando nas décadas recentes.

Autor: FLAVIO VILLACA

Editora: Studio Nobel /2001 – 2ª. edição

Número de páginas: 373

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vitrinevitrine

A Knürr – uma empre-sa da Emerson Network Power, líder na produção e desenvolvimento de racks –, em conjunto com o Grupo Policom®, desenvolveu e está lançando o rack Mira-cel G3 com diferenciais importantes para ambientes onde espaço é fundamental e precisa ser muito bem aproveitado e otimizado.

Segundo Gilmar Miralha, presidente do Grupo Policom, “o Miracel G3 é um rack voltado à acomodação de equipamentos de suporte de rede, servidores, que pretende principalmente dar vazão à grande demanda de cabos no caso de aplicações de terminações de redes, sem abrir mão da segurança de acesso. Ou seja, ele oferece as mesmas características de organização de cabos do Top Solution G3, rack aberto amplamente utilizado por nossos clientes, só que com a vantagem de se apresentar como um rack fechado”.

Thais Schleiffer, diretora de vendas e marketing da Knürr, destaca que “o principal diferencial entre a nova geração dos racks Miracel e seus concorrentes, é o conceito quick-fi x®, ou seja, a utilização de componentes construtivos e aces-sórios que dispensam o uso de ferramentas para ajustes ou instalação, movimentação de perfi s 19”, remoção de tampas laterais, instalação de passa-cabos, bandejas, enfi m, uma série de elementos manuseados rapidamente e de maneira muito fl exível que poupam tempo do usuário”.

Entre as características construtivas do novo produ-to está a porta frontal com design renovado, com chapa perfurada para circulação do ar em formato arredondado e chanfros decorativos. A isso se somam a porta bipartida traseira também com chapa perfurada para circulação do ar, que otimiza o espaço no Data Center e facilita o acesso para manutenção, a estrutura em perfilados de alumínio natural e os fechamentos com pintura a pó texturizada na cor Preto RAL9011.

KnÜrr E GruPo PoLicoM dEsEnVoLVEM noVo racK Para data cEntEr

A Empalux traz para o mercado brasileiro de iluminação o refl etor LED. Ideal para iluminação de túneis, avenidas, outdoors, jardins, decoração, entre outras aplicações, substitui os refl etores que utilizam lâmpadas halógenas. O produto conta com LED plano, que melhora a efi ciência de facho de luz direcionado, aumentando o seu alcance e não emite calor. Com vida mediana de 30 mil horas o produto se destaca pela durabilidade e pela economia.

Feito de alumínio fundido sobre pressão, com revesti-mento eletrostático, lente protetora e com grau de proteção IP54, o Refl etor LED possui grande durabilidade e alto grau de resistência as ações de intempéries.

O Refl etor LED Empalux pode ser encontrado em dois modelos, o RL31015 – com 10 W de potência, substitui um refl etor com lâmpada halógena- de 150 W – e RL330015 – com 30 W de potência, substitui um sistema de lâmpada halógena de 450 W, aproximadamente. Ambos com alimenta-ção bivolt e com luz clara, com temperatura de cor de 5.500 K, possuem IRC maior que 80.

Devido ao LED plano, o facho de luz possui grande alcance, chegando a 12 metros para o modelo 31015 e de 18 metros para o 330015.

O LED é considerado o futuro da iluminação, pois é constituído de um dispositivo eletrônico que emite luz de forma natural, possibilitando maior economia e du-rabilidade.

EMPaLux traZ ao MErcado nacionaL rEFLEtorEs coM tEcnoLoGia LEd

Ideal para iluminação de túneis, avenidas,

outdoors, jardins e para decoraçãodecoração

Novo processo dispensa o uso de ferramentas para

ajustes ou instalação

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Page 81: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

vitrinevitrine

A Emmeti também traz novidades para o mercado: lança na Feicon 2011 a Válvula Misturadora Termostática com Trava de Segurança Contra Queimadura e o Kit Chuveiro Emmeti.

Válvula Misturadora - Destinada a residências com Sistema de Aquecimento Central de Água (solar e/ ou a gás). Instalada na saída do reservatório de água quente (boiler), este equi-pamento compacto (apenas 16,3 cm de altura por 13 cm de largura) recebe água quente (do boiler) de uma lado e água fria (da rede) do outro, mistura as duas até atingir a temperatura ideal de consumo (previamente programada, manualmente, através do registro existente na própria válvula).

Isso é possível porque a Válvula contém um sensor interno (termostato) que mede a temperatura da água. Assim, quando um chuveiro ou torneira (ligado ao sistema de água quente) é acionado (registro aberto), a água já sai naquela temperatura que foi programada.

Além do conforto térmico imediato, a grande vantagem que esse produto agrega ao sistema é que não há desperdício de água, comum em sistemas de aquecimento central conven-cionais, decorrente da regulagem da temperatura através do acionamento simultâneo dos registros de água quente e fria, em que a água é dispensada até atingir a temperatura desejada pelo consumidor.

Outro ponto importante desta Válvula é a Trava de Seguran-

ça, mecanismo que garante que a água não saia com temperatura superior a 38º C, evitando queimaduras.

Kit Chuveiro Emmeti - Destinado a atender demandas de construtoras, que requerem kits hidráulicos pré montados na fábrica/ fornecedor. O objetivo é ganhar tempo e reduzir custos com mão de obra. Além disso, a responsabilidade por eventuais problemas passa a ser do fabricante, já que a cons-trutora é responsável apenas pela colocação do Kit no espaço reservado no banheiro (shaft).

O produto é montado sob encomenda, conforme a deman-da da construtora, mas inclui, basicamente, um ponto de ligação de água para o chuveiro, dois registros de gaveta (para água quente e fria) e dois registros de pressão (para regular a mistu-ra de água quente e fria) ou um registro monocomando (um mesmo registro regula a mistura). O ponto de ligação de água dos chuveiros, registros de gaveta e de pressão são interligados com o Tubo Multicamadas Emmeti (água quente e fria).

A direção da empresa afi rma que o seu Kit Chuveiro pode ser instalado em apenas alguns minutos, o que corresponde a uma surpreendente economia de tempo diante de uma instala-ção convencional, que pode chegar a um dia de trabalho.

Outra vantagem com a utilização do produto é que já é entregue em medidas adequadas ao perfeito alinhamento dos registros e altura do chuveiro.

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os noVos Produtos da EMMEti

Principais características dos novos produtos são segurança e economia

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vitrine

A Elgin está agregando ao portfólio novidades que aumentam a performance dos condicionadores de ar e ampliam a relação custo-benefício para os consumidores. Na linha Hi-Wall, por exemplo, a empresa apresenta o Elgin Compact Inox. Com a base e o gabinete em inox, o modelo é instalado na parte externa de residências e edifícios e pode ser submetido às mais diferentes condições cli-máticas, tendo maior durabilidade que os modelos tradicionais. O produto pode ser encontrado somente na versão Frio e com 220V. O aparelho também é indicado para regiões litorâneas, pois a maresia que geralmente acelera o processo de deterioração dos aparelhos não deverá afetar a estrutura das peças em inox, pro-porcionando maior durabilidade e melhor desempenho.

Outra vantagem do Elgin Compact Inox é que permite ao usu-ário que quiser trocar o tradicional condicionador de ar tipo Janela pela tecnologia Split adquirir esse aparelho, já que as dimensões da condensadora são similares às dos tradicionais, assim, ele pode ser instalado no mesmo local.

O modelo pode ser encontrado nas versões 7.000, 9.000 e 12.000 BTU/hs;

Todos os produtos da li-nha Hi-Wall possuem design moderno, display digital com a exclusiva função duplo swing, sendo os mais silenciosos e eficazes para climatização. O destaque do Compact Inox fica para sua versatilidade e economia, além do aspecto decorativo, trazendo bem-estar e conforto aos usuários. Essa linha possui também certificação em consumo de energia elétrica, quatro op-ções de funcionamento – resfria, *aquece (somente para modelos Q/F), ventila e desumidifica -, filtro de ar bio blue, que dificulta a proliferação de vírus e bactérias, e três anos de garantia total, além das funções, turbo, tecla para travamento do controle remoto e ope-ração nos modos sleep e timer.

ELGin inoVa EM ar condicionado coM o coMPact inox

Com base e gabinete em inox, o modelo Elgin Compact Inox

pode ficar exposto à maresia e às intempéries climáticas

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vitrine

No segmento de painéis de madeira ecológica, a Duratez traz ao mercado dois produtos inovadores: o MDF Ultra e o MDF BP Ultra, este último revestido com laminado melamínico de baixa pressão.

Os painéis são fabricados com fi bras selecionadas de Pinus e Eucalipto e compostos com tripla proteção contra umidade, cupins e bactérias. Os lançamentos contam com tecnologia que apresenta um composto de inseticida aprovado pelo Iba-ma para tratamento de madeiras e painéis, Microban, agente líder mundial em proteção contra bactérias e resina melamina formadeildo, que combate a umidade.

Todo esse processo resulta em um nível de proteção superior ao painel de MDF tradicional, conferindo maior durabilidade ao móvel, total conforto por ser inodoro, melhor desempenho e o mais importante, evitando danos nocivos à saúde do seu consumidor.

Os dois produtos apresentam coloração verde, obrigatória em todo item que tem como objetivo principal ser imune à umidade, e certifi cado FSC, do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.

E seguindo as especifi cações de manuseio, confecção e instalação, os lançamentos possuem durabilidade e efi cácia de até 5 anos contra o ataque de cupins. Fonte: Painel Florestal

A Argalit inova com a Tinta Telha Ecológica, da linha Ecos, que está disponível em seis cores (vermelho óxido, cerâmica ônix, cerâmica telha, pérola, champagne e inco-lor). Com sua fórmula à base de água e resistente à ação do sol e da chuva, a tinta forma um fi lme impermeabili-zante que dá brilho e evita a deterioração e a formação de limo na superfície de telhas cerâmicas, de cimento e fi brocimento.

O produto não contém adição de solventes, o que lhe confere baixo odor e reduz os danos ao meio ambiente.

De acordo com o diretor executivo da Argalit, Raphael Cassaro Machado, o objetivo da empresa é oferecer ao mercado um produto de qualidade e durabilidade, que permita ao consumidor optar por uma solução ecologica-mente correta. “Investimentos em modernas tecnologias de produção, desenvolvimento de cores inovadoras e diver-sifi cadas, mas sem perder o foco na sustentabilidade”.

A Argalit produz cerca de 60 mil toneladas de tinta ao ano para abastecer o mercado brasileiro.

duratEx Lança MdFs FEitos dE EucaLiPto E Pinus coM triPLa ProtEção

Os painéis estão protegidos contra umidade e bactérias e efi cácia de até 5 anos contra

o ataque de cupins

arGaLitaPrEsEnta Linha dE tintas dE tELhasEcoLoGicaMEntEcorrEta

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Além de não causar danos ao meio ambiente, a nova linha atua como impermeabilizante e não contém solventes, o que

lhe confere baixo odor

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release

• Perfi s U dobrados;• Chapas (pretas, galvanizadas e xadrez);• Perfi lados (cadeirinha, baguete, batente,

tira de porta, fachada coml., entre outros);• Telhas e cumeeiras galvanizadas (ondula-

das e trapezoidais);• Patamares e degraus para escada reta

e caracol;• Kits de elevação e motores para portões-

basculantes, deslizantes e pivotantes;• Corte e dobra de chapas, sob encomenda;• Máquinas de solda e seus acessórios;• Completa linha de acessórios (discos de

corte e desbaste, eletrodos, rodízios, roldanas, fechaduras, brocas, entre outros).

www.aldifer.com.br(11) 4342-1614 / 9152-2318

Estr. dos alvarengas, 5338 - sBc - sP

Distribuidora das principais usinas, localiza-da em São Bernardo do Campo/ SP, a Aldifer comercializa produtos de excelente qualidade.

Atuando no mercado desde 2002, possui sede e caminhões próprios, bem como, estoque variado e permanente.

Efetua entregas no dia seguinte à aprovação do orçamento, para a região do grande ABC e sob consulta, para a gran-de São Paulo. Na retirada pelo cliente, atende a qualquer quan-tidade, limitada somente à disponibilidade em estoque.

Linha de produtos:• Tubos redondos, quadrados e retangulares

(pretos e galvanizados);• Laminados (cantoneira, ferro tee, re-

dondo, chato e quadrado);• Perfi s laminados (I, U, H e W);

coMProMisso coM a QuaLidadE

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Page 85: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

a Maior VariEdadE EM coFrEs E MóVEis

a.M. cofres e Móveis Ltdatel: (11) 3311-8702

www.amcofres.com.br

release

A A.M. Cofres e Móveis, explora o ramo de comércio de cofres e móveis para escritório em geral, com atuação em todo o Brasil, especializada em uma linha completa de cofres para guardar documentos, armas, joias, objetos de valor e outros bens.

O seu elevado nível de experiência, alcançado durante 30 anos (desde 1980) de atividades, aliado a uma adequada política de valores e credibilidade, permite a A.M. Cofres e Móveis participar de licitações de órgãos públicos, fornecer cofres e móveis para escritório desde residências, empresas, instituições financeiras, transportadoras de valor, e tantas outras atividades.

Hoje a A.M. Cofres e Móveis possui em seu cadastro mais de 50.000 clientes, dos quais já realizaram inúmeras compras de pequeno, médio e grande porte ao longo destes anos e assim conquistou o respeito merecido dos seus cliente,

parceiros e concorrentes, sentindo-se assim muito orgu-lhosa em ter seu esforço reconhecido.

Atendemos todo o Brasil. Estamos a vossa inteira disposição, consulte-nos.

85mercado empresarialmercado empresarial

Page 86: Revista Mercado Empresarial - Feicon 2011

release

tuBoniL: ExPEriência aLiada à ModErnidadE

A Tubonil está no mercado desde 2006. Trata-se de uma empresa nova, mas com profissionais com muitos anos de experiência no mercado de tubos de aço carbono sem costura e com costura, de pequenos e grandes diâmetros. A empresa comercializa também a linha de Tubos Especiais de 12” a 24” SCH 40 A SCH 160, Tubos Mecânicos ST52 de 50,00mm a 650,00mm paredes grossas, padrão e fora de padrão.

Localizada no município de Guaru-lhos – SP, numa área de 2.500m2, tem instalações modernas e funcionais que lhe permitem atender, com alto nível de qua-lidade, todas as demandas de seus clientes e fornecedores em todo o Brasil.

A maior preocupação da empresa é com a satisfação de seus clientes e com o cumpri-mento qualitativo de suas atividades: assim, dedica-se à melhoria contínua de seus produtos e serviços.

Tudo isso faz da Tubonil mais que um distribuidor de tubos de aço, um parceiro de negócios preocupado em atender seus clientes de forma diferenciada, orientando e prestando suporte técnico.

tubonil comercial de tubos de aço Ltda.Fone/Fax: (11) 2406-7494

www.tubonil.com.br • [email protected]

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índice de anunciantes

ACMW Indústria e Comércio Ltda ...........................................5

Aços Lapefer .......................................................................... 29

Acro Cabos de Aço Indústria e Comércio Ltda ................... 29

Aldifer Distribuidora de Ferro e Aço Ltda EPP .................... 82

AM Cofres e Móveis para Escritório Ltda ............................ 85

Anuário das Indústrias .......................................................... 89

Cabos de Aço São José Ltda ................................................. 61

CIESP ....................................................................................... 44

Confortomax .......................................................................... 67

De Carlo Usinagem e Componentes Ltda ........................... 87

Demolidora Sacoman ........................................................... 67

Detetive Gama ...................................................................... 33

Eleko Parafusos ..................................................................... 78

Epil .......................................................................................... 62

Feital ....................................................................................... 85

Fonte Mirante ........................................................................ 61

Furoexpress ............................................................................ 35

Getrat Ipiranga Conexões e Mangueiras Ltda .................Capa

Hidraufort Comércio de Tubos e Conexões Ltda ................ 76

Histec Comercial Ltda ........................................................... 84

Império dos Metais Comercial Ltda ..................................... 35

L G Comércio de Equip. de Segurança Ltda ME ................. 82

LG EPI’s - Equipamentos de Proteção Individual ............... 86

MercoSul Refratários Ltda .................................................... 76

Metalúrgica Lopes Ltda......................................................... 79

Minelli Andaimes .................................................................. 77

Novoaço Especial .................................................................. 77

P Tendas e Barracas .............................................................. 82

Partel Parafusos Ltda ............................................. 79, 3ª Capa

Regional Compressores ........................................................ 78

Rental Bus .............................................................................. 86

Rental Equipamentos ............................................. 17, 2ª Capa

REP Comércio e Assist. Técnica de Relógio de Ponto ........ 84

Sesi-SP / Senai-SP ................................................................ 49

Tekno S/A Indústria e Comércio .......................................... 88

Tellure Rota ............................................................................ 43

Tercabo Cintas e Cabos de Aço ............................................ 34

Tubonil Comercial de Tubos de Aço Ltda ............................ 87

União Com. e Manutenção de Guinchos e Equip. .............. 88

Vences Mix ............................................................................. 33

Vent Norte Sistemas & Equipamentos ........................4º Capa

Wimaq Industrial ................................................................... 51

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