revista lopes sul 2ª edição

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ano 1 set / out / nov - 2010 2 www.lopes.com.br Araquém Alcântara, o olhar do Brasil Como comprar um imóvel O bom momento do cavalo crioulo

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A revista imobiliária do sul do país.

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Page 1: Revista Lopes Sul 2ª edição

ano 1set / out / nov - 20102

www.lopes.com.br

Araquém Alcântara, o olhar do BrasilComo comprar um imóvel

O bom momento do cavalo crioulo

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Sumário

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Casa própriaDicas de como comprar a casa própria

MercadoUm breve panorama das eleições 2010

CulturaA fórmula do sucesso da indústria cultural limita obras inovadoras

Qualidade de vidaAlergias na primavera

WebNovo site da Lopes ainda mais rápido

InvestimentoO bom momento do cavalo crioulo no Brasil e no mundoNotícias

A inauguração da primeira loja Habitcasa no RS

IntervençãoO Museu Oscar Niemayer pelas lentes do fotógrafo Diego PisanteNegócios

As publicações especializadas do setor imobiliário

LançamentoO conceito de multifuncionalidade do Trend City Center, em Porto Alegre

TrajetóriaOs 76 anos de Ruy Carlos Ostermann

TendênciasSustentabilidade dita regras de empreendimentos coorporativos

Por aíDicas de lugares bacanas nas três capitais da região Sul

CapaAraquém Alcântara,o intérprete do Brasil

SaborFlorianópolis é a capital nacional das ostras

PORTO ALEGRERua Mostardeiro, 322 - Loja 01 - Moinhos de VentoCEP 90430-000 – Porto Alegre – RSFone/fax: (51) 2102.4400

CuRITIbAAv. Iguaçu, 2180 – Água VerdeCEP 80240-030 – Curitiba – PRFone/fax: (41) 3111.0777

fLORIANóPOLISRua Demétrio Ribeiro, 117 – CentroCEP 88020-700 – Florianópolis – SCFone/fax: (48) 3027.7100

Direção-GeralJoão Paulo Galvão

Coordenadora de MarketingLuisa Martins Salles

Assistente de MarketingPaula Rangel Sterzi

Escreva para a Revista Lopes SulEnvie comentários sobre as matérias publicadas e sugestões de assuntos que você gostaria de ler na Revista Lopes Sul para o e-mail [email protected]

Fone: (51) 3023.4866

www.stampadesign.com.br [email protected]

Direção-geralEliane Casassola

Direção de arteThiago Pinheiro

Designer e CTIFernanda Jorge

AtendimentoSílvia Costa

Fotografia Aline Romero, Araquém Alcântara, Arquivo Lopes, Arquivo pessoal Ruy Carlos Ostermann, Carlos Alkmin, Carlos Sillero, Diego Pisante, Diego Ramos, Divulgação Fazenda Marinha, Divulgação Pedro Gabriel Arquitetos, Eduardo Rocha, Fernando Willadino, Isabela Appel, Luiz Filipe Varella, Palladium

RevisãoPatrícia Aragão

[email protected]

Jornalista responsávelLucia Porto - RP 8296

Redatores Guilherme Fister e Mariana Costa

IMPRESSÃOGráfica Editora Pallotti

TIRAGEM 40.000 exemplares Anuncie na Revista Lopes Sul

Faça como as maiores construtoras do Brasil, coloque sua empresa em nossas páginas. Anuncie na revista de quem é líder na comercialização e consultoria de imóveis do país e torne-se o primeiro também. Entre em contato pelo fone: (51) 2102.4468.

As matérias publicadas não expressam necessariamente a opinião da Administração da Lopes Sul. O conteúdo da Revista Lopes Sul pode ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte.

Imagens do Brasil:

Natureza e infância na visão de Araquém Alcântara

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Editorial

João Paulo Galvão (Jota)Diretor executivo da Lopes Sul

O ano caminha para seu final com boas perspectivas. Durante os dois primeiros trimestres de 2010 os re-sultados foram excelentes para o segmento imobili-ário e consequentemente para os consumidores. Os incorporadores e profissionais de marketing tiveram de arregaçar as mangas e criar novidades, buscar no-vos caminhos, encarar diferentes desafios. Produtos inéditos foram lançados, localizações novas foram co-locadas nos mapas das cidades.

A região Sul é uma das que mais cresce, apesar da bu-rocracia generalizada que impede maior velocidade de lançamentos. Em Florianópolis há muita demanda no continente: os imóveis se transformaram em produtos com muita liquidez. E isso deve se repetir no segundo semestre. Curitiba hoje é a praça que tem mais velo-cidade de negociação, maior número de opções de lançamentos e alta demanda por produtos prontos. Tudo com preços muito atrativos na comparação com outras cidades. Apostando em grandes projetos e no-vos conceitos, Porto Alegre segue no mesmo caminho, com empresas motivadas e lançamentos em todos os padrões, do popular ao altíssimo.

Este é o momento de investir. O Brasil faz parte do gru-po dos países mais visados para investidores externos. E isso é bom para o público interno também. O brasilei-ro acredita que o país está se transformando, evoluindo economicamente e que o futuro é promissor. Com essa perspectiva, a população vai às compras em diversos setores. A alta demanda, a grande oferta de crédito e os juros baixos, aliados a este cenário positivo, fazem do mercado imobiliário, sem dúvida, a “bola da vez”.

Mas apesar do otimismo e do bom momento, cautela não faz mal. Uma das reportagens que apresentamos aqui ajuda a refletir antes de tomar a decisão da compra.

Bons negócios e boa leitura.

É hora de invEStiR

Parabéns pela revista. Bonita, elegante, com ótimos conteúdos. Uma publicação que honra e mantém os padrões de qualidade que a Lopes emprega em seus serviços de consultoria imobiliária.

Pedro Alcântara – Porto Alegre

Achei a revista muito boa. Meus cumprimentos pela iniciativa. Mas poderiam abordar mais assuntos do cotidiano, não apenas relacionados ao mercado imobiliário. Que tal uma reportagem sobre a beleza das praias catarinenses?

Gervásio Souza – florianópolis

Uma pena que nem todas as publicações que vemos circular por aí tenham o mesmo padrão de excelência apresentado nesta edição de estreia pela Revista Lopes Sul.

Jorge Benedito Silva – Curitiba

Uma empresa de talento, com lideranças sólidas e alinhadas com as necessidades do mercado, sempre obtém êxito, seja qual for o nicho de atuação em que empreende um novo negócio. Um sucesso esta incursão da Lopes no mundo editorial.

Mariana Santos Azambuja – Porto Alegre

CARtAS dos LEitORES

Mande sua opinião sobre a Revista Lopes Sul para a gente pelo e-mail [email protected]

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Casa própria

Como Comprar SEu imóvEL

Tire suas dúvidas relacionadas à compra e ao financiamento

{Iniciativa da Associação de Mutuários e Moradores das Regiões Sul e Sudeste do Brasil (AMM), foi realizada entre os dias 12 e 17 de agosto, em Porto Alegre, a 7ª Semana do Mutuário. O evento, que também passará por São Paulo e Minas Gerais até o final do ano, tem como objetivo sanar qualquer tipo de dúvidas antes da aquisição de um imóvel e orientar quem enfrenta problemas relacionados à compra ou locação.

De fato, a expressão “nunca foi tão fácil adquirir a casa própria” reflete muito bem o atual momento da construção civil e do mercado imobiliário no Brasil. Ain-da mais depois do lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), iniciativa do governo que visa diminuir o déficit habitacional do país.

Anderson Machado, consultor da AMM, e Rodrigo Gordinho, diretor comercial da Credipronto!, empresa de financiamento resultado daparceria entre a Lopes Sul e o Itaú, ajudaram a preparar um pequeno guia. O ques-tionário abaixo lista alguns cuidados e precauções que as pessoas devem ter no momento de reali-zar o sonho de comprar a casa própria.

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É possível financiar 100% do valor do imóvel?

Sim, desde que ele seja novo. No caso de imóveis usados, pode-se parcelar apenas 80% do valor.

Qual é a renda mínima necessária para adquirir financiamento?

Não existe tal limitação. Dependerá do preço do imóvel a ser escolhido. A renda média da população na região Sul é de R$ 1,1 mil. Com um salário de R$ 1,5 mil, é possível financiar um imóvel na faixa de R$ 60 mil. É bom lembrar que devido ao programa Minha Casa, Minha Vida, os imóveis mais procurados no momen-to são os chamados populares, na faixa entre R$ 60 mil e R$ 90 mil.

É necessário comprovar renda?

Sim. As empresas de concessão de crédito aprovam o financiamento do cliente depen-dendo do escore, o risco dele junto ao banco. Além de estabilidade no emprego (geralmen-te o tempo mínimo é de seis meses), a pes-soa tem de apresentar contracheques e, em alguns casos, extratos bancários. Profissionais autônomos podem mostrar declarações de imposto de renda (em média dos últimos três períodos) ou elaborar junto a um contador um documento com a comprovação dos ga-nhos, chamado de pró-labore.

Como é definida a taxa de juros?

Ela é simulada pela renda do mutuário. Para imóveis novos, varia de 4% a 12% ao ano. Para usados, gira em torno de 8% a 12% a.a. – valor máximo a que ela pode chegar.

Como saber que a minha parcela mensal não é abusiva?

Os próprios bancos ou empresas de finan-ciamentos impedem que ela ultrapasse 30% do valor da renda familiar. A AMM aconselha as pessoas a não deixarem esta taxa ultrapassar 20%, pois os financiamentos geralmen-te são dívidas de mais de 20 anos e nunca se sabe quando uma defasagem de renda pode acontecer.

Posso adquirir financiamen-tos de até quantos anos?

No máximo de 30 anos. Mas quanto menor o tempo de financiamento, menor serão os juros. Por isso é sempre bom dar uma entrada.

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Casa própria

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Há algum risco em pagar um imóvel à vista?

Deve ser avaliada qual será a utilização do imóvel. No caso de moradia pró-pria, tudo bem: se você sofrer alguma perda financeira, sempre poderá vender o imóvel. Porém, se for oferecida uma boa taxa de juros, por mais que você possua recursos, o financiamento é a me-lhor opção. Isso porque o imóvel não sofre desca-pitalização, inclusive pode se valorizar. No caso de imóveis para investimento, a renda com o aluguel pode ser utilizada no abatimento das parcelas.

Qual a melhor opção: imóvel pronto ou na planta?

Ambos são boas opções. Claro, se você pode esperar pela moradia, os valores praticados, as condições de pagamento e os juros do imóvel na planta são mais baixos. Além disso, ele pode valer mais do que você pagou quando estiver pronto. Entretanto, é necessário sempre conferir a credibilidade da construtora responsável pela obra, qual o prazo de entrega, se ela está registrada na junta comercial, quem são os diretores, quais seus outros empreendi-mentos, se ela não tem ações trabalhistas na Justiça, etc. Hoje há maiores garantias para o consumidor, assim como para o vendedor.

Caso a construtora não entregue o imóvel no prazo determinado do contrato, pode-se exigir devolução das parcelas?

Sim. A devolução integral dos valores pagos é acrescida de juros e correção monetária por meio de denúncia de rescisão (anulação) contratual por descumprimento de prazo de entrega do imóvel. Caso a construtora negue o fato, o contrato pode ser cancelado na Justiça, em Ação de Rescisão Contratual. Dessa forma, o valor será reembolsado da mesma maneira.

E no caso de imóveis usados?

É bom sempre averiguar o tempo de construção do imóvel e como está a manu-tenção dele. Se você adquire um financiamento de 30 anos em um apartamento, por exemplo, que já tem estes mesmos 30 anos de existência, aplicará em um imóvel velho. Poderá ter custos de manutenção com hidráulica, elétrica, insta-lações, entre outros, além da parcela do financiamento. Também é necessário checar se o vendedor do local não tem algum tipo de pendência, sobretudo na Justiça. Mas, claro, uma empresa de vendas qualificada ajuda a instruir o cliente na hora da compra.

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Mercado

o Brasil SEm LuLA

Como as eleições de outubro podem afetar o mercado imobiliário

{Depois de tentar ocupar o cargo político mais importante do país em três ocasiões, Luiz Inácio Lula da Silva elegeu-se presidente do Brasil em 2002. Em oito anos de governo (reelegeu-se em 2006), o ex-sindicalista mudou a antiga imagem de radical para um dos políticos mais populares e influentes do planeta. “O cara” deixa o governo com uma economia nacional estável e balança comercial superavitária.

Agora, a questão é que caminho seguirá o Brasil nas mãos de um novo comandante. Como andará a eco-nomia e, claro, os impactos de novos planos e proje-tos, sobretudo no setor imobiliário.

A opinião de incorporadores e especialistas é quase unânime: seja qual for o novo governante, o excelente momento da construção civil no país dificilmente será alterado. “Quem for eleito manterá políticas sociais, assistenciais e de renda e salários. Os estímulos adicio-

nais a este mercado (imóveis) também seguirão ativados, não só porque resolve o problema habi-tacional do país, mas porque é um setor altamen-te empregador”, avalia Celso Grisi, economista da Fundação Instituto de Administração (FIA) e presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, am-bos de São Paulo.

Segundo Grisi, iniciativa privada e governo tam-bém trabalharão juntos para resolver o grande problema do setor no momento: a escassez de mão de obra qualificada, algo a ser resolvido a médio prazo, em dois ou três anos. “Ela não ape-nas é escassa como encareceu muito nos últimos tempos. A grande luta será pela facilitação da for-mação desta mão de obra”, prevê.

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“Independentemente de quem seja o próximo presidente, o mercado imobiliário brasileiro deve continuar pujante nos próximos anos.”

Ênio Pricladnitzki, diretor da EGL Engenharia

O que dizem os empresários do mercado imobiliário:

“Não acreditamos em grandes mudanças, ressalvadas influências externas que tenham como consequência a elevação dos juros básicos aos níveis anteriores ao início do desenvolvimento habitacional do país.”

Renato Reitzfeld,sócio da Reitzfeld

“No setor imobiliário, deveremos ter uma pequena redução nos programas que dependem de

subsídio governamental, sem comprometer sua continuidade, e crescimento menor nos segmentos

de maior renda.”

Paulo Zago, diretor da DHZ Construções

José Carlos Gulin, porta-voz do Grupo Noster

“A solidez dos bancos brasileiros, que saíram ilesos da crise financeira internacional, e o vigor da iniciativa privada anteveem um futuro de forte expansão do consumo interno, assegurando um ambiente favorável a investimentos no curto e médio prazos.”

“O mercado imobiliário só tende a crescer. O saldo

de crédito imobiliário que os bancos têm a oferecer já superou a barreira de

R$ 100 bilhões e, segundo estimativas dos próprios

bancos, a expectativa é de que até 2014 chegue a R$

500 bilhões.”

Wilton Ishikami, gerente comercial da

Construtora Tarjab

“A maior influência pode ocorrer junto ao financiamento de imóveis para baixa renda, relacionado ao Minha Casa, Minha Vida. Contudo,

não acredito que o novo presidente faça mudanças drásticas no programa. O mercado imobiliário continuará expandindo, com excelentes

oportunidades, tanto para as empresas quanto para os clientes finais.”

Luís Napoleão, diretor do Grupo LN

“Acredito que a economia brasileira continuará crescendo, criando condições favoráveis para a manutenção dos investimentos no mercado imobiliário. Políticas públicas voltadas à habitação popular também ajudarão a manter a cadeia da construção civil aquecida, o que favorece os negócios do setor em todas as outras faixas de público.”

Henrique Borenstein, presidente da Helbor Empreendimentos

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Mercado

Luiz Angelo Zanforlin, diretor de Novos Negócios

da Brookfield

“Não acredito que haverá alteração no cenário econômico em relação à construção civil, independentemente do vencedor da eleição de outubro. O apoio continuará sendo dado ao setor, e o quadro seguirá o mesmo.”

Marcelo Lermann, gerente comercial da Sipar

“A construção civil busca há alguns anos sua estruturação de mercado, financeira e jurídica, com relativa independência política. Claro que a macroeconomia impacta todos

os setores, mas o país encontra-se com um bom grau de maturidade

e confiabilidade.”

Marcos Colvero,diretor de incorporação

da Melnick Even“O mercado é muito grande. Existe uma demanda reprimida enorme e não é por causa de uma eleição

presidencial que este quadro irá se alterar.”

Rômulo De Mio, diretor da Equilíbrio

“Não acreditamos em mudança. É um caminho sem volta, muito mais que um governo, até porque essa facilidade de crédito, com diminuição das taxas, é

uma situação que se repete em âmbito mundial. Essa demanda já existia.”

Marlus Doria, diretor executivo da Cyrela no Paraná

“Em época de eleições, a economia brasileira adquire um comportamento instável. Com

a solidez do mercado da construção civil, os investimentos em imóveis tornam-se negócios

seguros e atraentes.”

Eduardo Dib, sócio da Dib & Dib

“O mercado da construção civil já está consolidado e viverá uma fase sustentável nos

próximos anos, tanto no que diz respeito ao segmento comercial quando ao residencial.”

Wladimir Trombini Filho, diretor da construtora Avantti

“O mercado de construção tem uma demanda forte para os próximos quatro

anos. Não tem como frear. Incorporadores com mais de

20 anos de experiência no mercado acreditam nisto. Há

muita coisa para ser feita.”

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Cultura

{“Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte alguma”. O pensamento foi publicado dia 18 de junho de 2010 no blog da Fundação José Saramago. Naquele dia, o es-critor português, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1998 pelo livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, autor da frase acima, faleceu.

reCiClar É pRECiSO

A fórmula de sucesso da indústria cultural limita surgimento de obras inovadoras

Mesmo em seu leito de morte, Saramago fez uma crítica ao que parece ser um mal recente: falta de originalidade. Uma espécie de fórmula mágica tomou con-ta do mainstream cultural. Os grandes lançamentos do cinema hollywoodiano nos últimos anos são adaptações de histórias em quadrinhos, de livros de apelo popular ou refilmagens de produções da década de 80.

Os livros sofrem do mesmo mal. Quando Dan Brown lançou O Código Da Vinci, outras obras com o intuito de “decifrar” o original pipocaram nas livrarias – fato que se repetiu logo após ó último lançamento do autor, O Símbolo Perdido. Os

meses seguintes à saga Crepúsculo, história de amor entre um vampiro e uma humana escrita por Stephenie Meyer, também foram marca-

dos pelo surgimento de novos livros sobre o universo vampiresco, contadas por outros autores.

O professor de Antropologia e Arte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Caleb Faria lembra que a criativida-

de dos artistas sempre esteve ligada a uma criação despreocupada, sem responsabilidades. Tanto grandes estúdios quanto editoras esperam retorno financeiro significativo de seus artistas. “Hoje o mercado lida muito mal com o incerto em razão da falência dos órgãos estatais de financiamen-to de cultura”, explica.

Circuito alternativo é a melhor porta de entrada para novos

trabalhos

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Obras originais são mais recorrentes no circui-to alternativo. Faria cita o brasileiro João Pau-lo Miranda Maria, por exemplo, vencedor da edição 2009 do Móbile Phone Movie Competi-tion, concurso internacional de filmes para ce-lular promovido pelo programa The Screening Room, da CNN International. Ele gravou o filme A Girl and a Gun (Uma garota e uma arma), de apenas dois minutos e meio, com um celular. “Isso é espetacular. Há outros nichos se cons-truindo”, exalta o professor.

Editor do caderno de Cultura do jornal Zero Hora e autor do livro Binladenistão – Um Repór-ter Brasileiro na Região Mais Perigosa do Mun-do, Luiz Antônio Araújo segue a contramão do pessimismo ao abordar o assunto. Diz que best--sellers sempre ocuparam as prateleiras e lem-bra que alguns clássicos do cinema também fo-ram adaptações de livros – O Poderoso Chefão, Tubarão, por exemplo.

A internet é o carro-chefe

na divulgação de produções independentes

Assim como Faria, Araújo enaltece o desenvol-vimento das tecnologias, sobretudo da internet, como ferramenta inigualável para divulgação de no-vos trabalhos. “Ela cria espaço para produções não submetidas a regras ou receituários dos gran-des conglomerados. Um escritor pode vender suas obras para o mundo in-teiro por meio de livrarias virtuais. Isso é uma coisa inédita”, explica.

Araújo é um otimista também ao falar das mídias tradicionais. Afirma que toda semana recebe pelo me-nos 30 novos livros em sua mesa – sem contar o material recebido pelos demais pro-fissionais da editoria de Variedades. E, como o fenô-meno se repete nas redações espalhadas pelo país, acredita que nunca se leu tanto como agora. “Acho que a criatividade não está morta. Ela se expressa nestes artistas. E com as novas tecnologias eles têm condições, sim, de se impor”, conclui.

Dicas de obras diferenciadas:

Filmes livros

O Segredo dos Seus Olhos (2009)

Direção: Juan José Campanella

Atores: Ricardo Darín, Soledad Villamil, Carla Quevedo, Pablo Rago

Adaptação (2002)

Direção: Spike Jonze

Atores: Nicolas Cage, Merryl Streep, Chris Cooper

Clube da Luta (1999)

Direção: David Fincher

Atores: Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter

A Marca Humana (2002)

Philip Roth

O Ano do Pensamento Mágico (2006)

Joan Didion

2666 (2010)

Roberto Bolaño

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Sabor

a Capital NaCioNal dAS OStRAS

{Não é à toa que Florianópolis é considerada a Ilha da Magia. Com aproximadamente 500 mil habitantes, torna-se difícil escolher a praia mais bonita, a lagoa mais romântica, o morro mais verde ou o lugar mais charmoso. Além de possuir o codinome de Ilha da Magia e ser uma das cidades brasileiras com a melhor qualidade de vida, Floripa detém o título de Capital Nacional das Ostras. E não é por acaso. Na Ilha são produzidos aproximadamente 90% dos moluscos comercializados no Brasil.

De acordo com a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catari-na), o Estado é o segundo maior produtor de moluscos bivalves – que possuem duas conchas – da América Latina, só perdendo para o Chile. Estudos da mesma empresa detectam que a capital Florianópolis é responsável por 91% da produção estadual de ostras cultivadas.

Os principais pontos de maricultura estão no Sul. Ribeirão da Ilha é o grande polo produtor, ao lado de Santo Antônio de Lisboa, no Norte. “A criação de ostras se desenvolve melhor em baías abrigadas, como a sul e a norte”, explica Fabiano Muller da Silva, chefe do Centro de Desenvol-vimento em Aquicultura e Pesca do Epagri. “Além das condições oceanográficas e geográficas, a mão de obra qualificada de pescadores artesanais nos ajudou a alavancar a produção”.

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O incentivo O fato de Florianópolis ter se tornado referência na produção de ostras se deve à implementação, no início dos anos 90, do Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade Federal de Santa Catarina (LMM/UFSC). Único no Brasil, o LMM produz, para fins comerciais, sementes de ostras em laboratório. “Somos a maior institui-ção do Brasil a produzir sementes de Crassostrea Gigas, também conhe-cidas como “Ostras do Pacífico”, de forma contínua, e a repassá-las para os produtores para engorda nas ba-ías”, afirma Cláudio Blacher, gerente geral do laboratório.

A maior produção A maior produtora de moluscos da região (e do Brasil) é a Fazenda Ma-rinha Atlântico Sul. Ao todo, são pro-duzidas 20 toneladas de ostras, ma-riscos, vieiras, mexilhões e vôngoles por mês. “As ostras representam 80% desse total”, afirma a oceanógrafa Flávia Couto. Praticamente toda a produção vai para fora de Santa Ca-tarina. Segundo Flávia, os produtos chegam para qualquer região do país onde haja aeronaves comerciais.

Além de abastecer grandes restau-rantes do eixo Rio-São Paulo, a Fazenda Marinha oferece os seus produtos para con-sumidores finais, pelo site www.clubedaostra.com.br. O cliente pode encomendar apenas duas dúzias da iguaria e receber 24 horas depois na sua casa. “As ostras são colhidas no mesmo dia e enviadas de avião para o destinatário”.

Os moluscos podem ser encomendados

através do site www.clubedaostra.com.br

e o cliente recebe em casa

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O desenvolvimento da região Além de ser uma forma não extrativista de sobrevivência, a ostreicultura gera empregos, renda e resultados sociais. “Percebemos a melhoria da qualidade de vida e a fixação de comunidades

tradicionais nas regiões litorâ-neas, atuando como um

importante mecanismo de contensão e reversão de fluxos migratórios”, salienta Blacher.

No primeiro semestre deste ano, a produção

passou de 40 milhões de sementes. A expectativa é que

a safra anual passe dos 45 milhões de ostras, gerando um retorno comer-cial de mais de R$ 6 milhões para os produtores locais.

Os benefícios para a saúde Conhecida popularmente pelos po-deres afrodisíacos e revigorantes, a ostra é um alimento que possui bai-xas calorias e poucas gorduras. “Ela apresenta elevado teor de proteínas, boa proporção de lipídios benéficos à saúde, incluindo os ácidos graxos da

A ostreicultura gera empregos,

renda e resultados sociais

para a região

série ômega 3”, avisa a nutricionista Débora Vargas. E quanto aos poderes afrodisíacos do molusco? De acordo com a nu-tricionista, o que é indiscutível é a alta quantidade de zinco presente na ostra. “O zinco é um mineral muito importante no crescimento, na cicatrização e na maturação sexual, logo, a ostra pode ajudar no crescimento e desenvolvimento sexual; mas o fato de ser afrodisíaca provavelmente é um mito”.

Sabor24

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Com tanta produção, não é difícil achar um local para comer ostras na Ilha. Qual-quer restaurante ou barzinho serve o molusco, que pode vir cru, gratinado, ao bafo ou à milanesa. A principal diferença está no preço e na localização.

No Mercado Público Municipal podem--se comprar dúzias de ostras frescas e levá-las para preparar em casa. Ali mes-mo, há o badalado Box 32. Decorado com fotos de clientes famosos, o restau-rante serve porções de ostras frescas, gratinadas e com vinagrete.

Em Ribeirão da Ilha, praticamente todos os restaurantes servem o molusco. Vale expe-rimentar os pratos mais exóticos, como as ostras defumadas, as ostras ao azeite e manjericão, as ostras com limão e gen-gibre e as com amêndoas carameladas.

Na Baía Norte, o lugar mais apropriado para apreciar a iguaria é o pequeno po-voado de Santo Antônio de Lisboa.

No segundo semestre do ano se realiza a já tradicional Fenaostra – Festa Nacio-nal da Ostra e da Cultura Açoria-na. A 12ª edição acontecerá entre os dias 22 e 31 de outubro no CentroSul – Centro de Convenções de Florianópolis.

A programação é in-tensa, com uma agen-da repleta de atrações gastronômicas, folclóricas e culturais. Além disso, são ofere-cidos cursos e seminários de aperfeiço-amento técnico voltados à maricultura. Mas o carro-chefe é a gastronomia, com espaços destinados à degustação de os-tras e outros frutos do mar.

A 12a Fenaostra acontece entre os dias 22 e 31 de outubro, em Florianópolis

Lugares para degustar o molusco

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Page 26: Revista Lopes Sul 2ª edição

{A Lopes Sul colocou no ar uma nova versão para o seu portal na internet (www.lopes.com.br). Além de proporcionar ao usuário uma navegação mais ágil, agora as marcas do grupo (Lopes, HabitCasa e Pronto!) estão dispostas de forma mais clara. Mas a principal novidade é a integração das mídias sociais ao conteúdo.

mais rápido, BoNito e

tECnOLógiCO Novo site marca início das comemorações

dos 75 anos da Lopes

Roberto Nascimento, diretor de marketing e internet da Lopes, afirma que a ideia é promo-ver renovações no layout do portal a cada um ano e meio – o site existe desde 1996. A última versão datava de novembro de 2008.

Além de tornar a arquitetura mais funcional, o site adotou a tecnologia Lazy Load: primei-ro surgem informações em HTML; já as ima-gens são carregadas apenas quando o usuário navega, deixando o site mais ágil. “Tentamos sempre trazer inovações que ajudem o inter-nauta”, afirma Nascimento.

As novidades do portal

• Novo layout

• Integração com mídias sociais como Facebook e Twitter

• Navegação mais ágil com a tecnologia Lazy Load (carregamento de conteúdo por partes)

• Opção de pesquisa de imóveis por endereço de referência

• Página exclusiva para corretores

• Hostess em formato de vídeo para dar dicas sobre novidades (apenas durante o relançamento)

• Versão mobile para acessar o site via celular

A integração com as mídias é uma destas inovações. Agora, além de interagir com a ferramenta, as pesso-as podem permitir que suas ações sejam vistas por amigos no Facebook e no Twitter, por exemplo, crian-do um relacionamento compartilhado entre marca, clientes e interessados no mercado imobiliário.

A expectativa é que entre final de agosto e início de setembro uma versão mobile para acesso via celular esteja disponível. O site da Lopes tem cerca de 70 mil ofertas em mais de 208 cidades. É o portal líder em audiência entre as companhias do setor imobiliário com cerca de 1,5 milhão de visitas por mês.

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Qualidade de vida

Com a Chegada da primavera...

AtCHimmmm!{É só falar em primavera, que os alérgicos de plantão entram em pânico. Junto com a

chegada da estação mais florida do ano, acontece o período de polinização das flores, e quem sofre de alergia padece ainda mais nessa época. É como se o nariz possuísse “vida própria”, tamanho o incômodo causado por espirros sucessivos, coriza abun-dante e obstrução nasal, entre outros sintomas.

Cínara Sorice, médica presidente da Regional do Paraná da Associação de Alergia e Imunopatologia, diz que a alergia é uma resposta imunológica exagerada que se desenvolve após a exposição a um determinado alérgeno – substância estranha ao organismo – e que ocorre em indivíduos suscetíveis e previamente sensibilizados. “As doenças alérgicas são doenças genéticas, cujos genes e transmissão ainda não são bem conhecidos”.

Em regiões de clima temperado – como o Sul do Brasil – muitas pessoas sofrem de alergia sazonal. Os principais sintomas são congestão e hipersecreção nasal, coceira no nariz e nos olhos. Outra grande porcentagem da população é atingida por alergias permanentes, que geralmente são desencadeadas por alérgenos encontrados den-tro de casa, incluindo os ácaros da poeira.

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O estudante universitário Conrado Langer, 25 anos, sofre com alergias desde criança. Aos 11 anos, quando ainda não tinha o diag-nóstico preciso, fez uma cirurgia de adenoi-des pensando que iria resolver o problema. “O resultado não foi o esperado, mas serviu para descobrir que eu sofria de rinite alér-gica”, conta. De lá para cá experimentou diversos tratamentos, desde homeopatias até aplicação de corticoide. “De tempos em tempos, acabo me rendendo aos anti--histamínicos”. É o mesmo problema que a relações-públicas Marília Cavalheiro, 27 anos, enfrenta. Ela conta que no inverno e na primavera as crises se intensificam. “Mu-danças bruscas de temperatura aumentam as crises, assim como o pólen no ar durante os três meses da primavera”.

O diagnóstico de doença alérgica não é sim-ples. “É multifatorial e inclui um histórico clínico cuidadoso e exames”, alerta a espe-cialista. Depois de identificados os fatores da alergia, são necessários tratamentos adequados. Dados da Associação Brasilei-ra de Alergia e Imunopatologia garantem que o tratamento dos pacientes que sofrem de doenças alérgicas é composto por três pontos fundamentais: higiene ambiental, tratamento medicamentoso e vacinas an-tialérgicas. “O mais indicado é procurar aju-da médica para determinar o melhor trata-mento”, conclui Cínara.

Orientações da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia para quem sofre de alergia produzida por polens:

• Manter janelas fechadas no período da noite. Quando for possível, utilizar ar-condicionado com filtro.

• Permanecer o maior tempo possível dentro de casa nos dias de maior concentração polínica, ou seja, nos dias ensolarados, quentes, secos e ventosos.

• Lembre-se de que a fumaça de cigarro pode agravar os sintomas de alergia.

• Usar óculos de sol para diminuir o im-pacto do polém nos olhos.

• Manter fechadas as janelas do automóvel.

• Evitar cortar grama ou fazer servi-ços de jardinagem.

• Se possível, tomar banho e lavar os ca-belos à noite para evitar a concentração de po-lens no travesseiro e na cama.

• Evitar colocar roupas para secar do lado de fora da casa. Roupas úmidas coletam polens que podem agravar a alergia.

• Evitar andar de moto ou bicicleta sem proteção para os olhos.

• Tomar a medicação prescrita pelo seu médico.

Os principais sintomas da

alergia sazonal são congestão e

hipersecreção nasal, coceira no nariz e

nos olhos

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Capa

{Araquém Alcântara é bem mais do que um dos maiores fotógrafos da atuali-dade. Além de jornalista, é um viajante, um poeta, um verdadeiro intérprete do Brasil. Reconhecido internacionalmente por suas fotografias da herança ambiental brasileira, registrou e ainda registra a fauna e a flora em seus mo-mentos de esplendor e miséria, de preservação e extermínio. “Luto com pa-lavras e fotografias por uma nova ética, uma nova consciência planetária”.

iNtÉrprete dO BRASiL

Ao longo de sua exitosa carreira, Alcântara foi o primeiro fotógrafo brasileiro convidado para produzir uma edição especial para a revista americana Na-tional Geographic, intitulada Bichos do Brasil. Araquém possui fotografias em

acervos de museus internacionais e integra a equipe de um dos maiores bancos de imagens da vida selvagem do Japão, o Nature Produc-

tions, de Tóquio.

Nascido em Florianópolis e criado em Santos, o cidadão engajado na luta para salvar a Terra sensibiliza e encan-ta o mundo com suas imagens de combate e denúncia. Às vésperas de completar 40 anos de carreira, o precursor da

fotografia de natureza no país fala sobre sua trajetória pro-fissional, sua luta para salvar o planeta e os próximos projetos

em que está envolvido.

Nascido em Florianópolis e criado em

Santos, Araquém está prestes a

completar 40 anos de carreira

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Capa

“Escolher, sempre, com o coração”

A paixão pela fotografia arrebatou o coração de Ara-quém quando ele cursava jornalismo, na Faculdade de Comunicação de Santos. Se lembra bem do dia e da hora exata: “Uma noite fui ver uma sessão maldita que um francês, Maurice Legeard, organizava em Santos. O filme era A ilha nua, de Kaneto Shindo. Um filme quase sem história. A força e a beleza da pura imagem. A foto como síntese do dizer”, recorda. Na saída do cinema ele se sentia “tonto, abalroado, chamado”.

No dia seguinte à sessão, Araquém providenciou uma Yashica emprestada e partiu para a primeira empreita-da: fotografar o agito noturno num cabaré do porto. “Não sei o motivo, mas não fiz foto nenhuma naquela

noite”. Na volta para casa, na parada de ônibus, uma moça do cabaré perguntou se ele que-

ria fotografá-la e, num repente, levantou a saia. “Foi a minha primeira foto e a partir daí não parei mais”.

Não demorou muito para a primeira exposição. Em 1973, a mostra chama-da Os urubus da sociedade, em que

retratava os urubus que rondavam as praias de Santos, foi emblemática. “O tí-

tulo era panfletário, a exposição foi tachada de comunista e eu fui crivado de perguntas”.

Mas o iniciante fotógrafo já havia adotado o lema que o acompanha até hoje: “escolher, sempre, com o coração”. No final da década, Araquém fez a sua primeira viagem à Mata Atlântica. “Cheguei lá e tive uma revelação. Conheci aquelas grandes massas de todos os verdes, pontilhadas de cores, córregos alegres, ikebanas que naturalmente se formavam. Tive a revelação da harmonia”.

Nos anos 80, depois de fotografar uma onça majesto-sa em Manaus, comprou a sua primeira Nikon e o pri-meiro tripé. “Virei profissional”. Araquém estava mais equipado para uma fotografia de combate e denúncia. E foi logo depois dessa viagem que ele produziu a mais lendária de suas fotos: seu pai, Velho Queco, num pro-testo contra as usinas nucleares. “Saímos de Peruíbe, andamos uns 36 quilômetros a pé até a praia de Gra-jaúna, onde as tais usinas seriam construídas. Ali o ve-lho Queco, que usava tranças, soltou a cabeleira, segu-rou contra o peito uma foto mostrando cadáveres das vítimas de Hiroshima, e eu fiz a foto”. A imagem correu o Brasil e o mundo, e jornalistas de todos os cantos de-ram matérias contra as usinas.

Nos anos 80, o fotógrafo produziu uma de suas mais

lendárias fotos: seu pai, o Velho Queco,

num protesto contra usinas

nucleares

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“O que recolhia na estrada, comecei a transformar em livros”

O primeiro livro, em parceria com o grande pai-sagista Roberto Burle Max e com o botânico José Tabacow, foi Árvores de Minas Gerais, em 1989. Depois vieram publicações sobre a Mata Atlânti-ca e sobre o complexo lagunar entre os estados de São Paulo e Paraná, chamado Mar de Dentro. “Ambos são a pura celebração da beleza da nos-sa fauna e flora”, relata Araquém. No livro sobre Santos, ele festeja a cidade onde vive desde os sete anos de idade.

“Em todas essas andanças, nessas longas co-munhões com a natureza, eu já estava gestan-do o meu grande projeto, meu apaixonado en-saio, minha obra sobre o Brasil a partir de uma visita aos seus 36 Parques Nacionais”. Araquém levou praticamente dez anos para registrar a herança ambiental brasileira. “Fotografei do Cabo Orange ao Banhado do Taim. Registrei a grandeza da Floresta Amazônica, a delicadeza da Mata Atlântica, o alucinante das chapadas, os desatinos do Pantanal, os vastos cerrados e os primeiros desertos”. O livro tão falado e pla-nejado foi lançado em 1998, sucesso de crítica e vendas. Intitulado Terra Brasil, a obra é refe-rência quando o assunto é natureza brasileira.

Araquém Alcântara

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Capa

“Ser fotógrafo é registrar a história instantânea deste mundo”

Para dezembro de 2010, o fotógrafo prepara o lançamento do seu 42º livro. Ainda sem título definido, a obra retrata cenas brasileiras em pre-to e branco. “É uma celebração ao homem, um ensaio sobre a multiculturalidade e a diversida-de étnica do país”. As caranguejeiras da Paraíba, o homem pantaneiro e o tropeiro do Rio Grande do Sul são algumas das muitas realidades es-tampadas nas páginas do livro.

Para fotografar o homem gaúcho, Araquém percorreu estâncias do interior do Estado e se encantou com as paisagens que viu. Os poucos dias de muito trabalho foram suficientes para despertar novas ideias na cabeça do fotógrafo viajante. “Quero fazer um trabalho mais profun-do sobre o Rio Grande do Sul, de repente sobre o pampa ou a Lagoa do Peixe”, revela sem mui-tos detalhes.

A cidade natal, Florianópolis, também está nos planos de Araquém. “Quero fazer um ensaio sobre o meu Estado, Santa Catarina, e a minha cidade. Nada parecido com ‘o retorno do filho pródigo’, mas uma homenagem às minhas origens”.

“Meu trabalho carrega o anseio de salvar o que ainda pode ser salvo”

Nos anos 70, pouco depois de uma tem-pestade de chuva ácida em Cubatão, Ara-quém despertou para o significado da pa-lavra sustentabilidade. “Compreendi que nossas vidas dependem de uma Terra sa-dia – e não há Terra sadia sem bem-estar social”.

Engajado na luta pela salvação do pla-neta, Araquém acredita que o primeiro passo é ensinar para crianças e adoles-centes uma nova forma de viver. “Eles precisam respeitar tudo o que é vivo, ter responsabilidade cotidiana em cada ato, ter a percepção de que tudo está inter-ligado”. Para ele o futuro só será menos aterrorizante se nos reconciliarmos com as sábias leis que regem este vasto com-plexo biológico.

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Tendências

{A urgência dos negócios, o trânsito caótico e as necessidades do mundo capitalista são fatores que fazem as pessoas passarem muito mais tempo no trabalho do que em casa. Por isso, cada vez mais as empresas estão preocupadas em criar ambientes agradáveis e flexíveis para o funcionário. O desafio dos arquitetos é conciliar isso com outra questão cada vez mais em voga: a sustentabilidade.

Sustentabilidade dita regras de projetos de empreendimentos comerciais e corporativos

BELOS e eFiCieNtes

Fachadas aconchegantes, belas e, ao mesmo tempo, funcionais são ca-racterísticas dos atuais projetos. Claro, muitos ligam a imagem de um em-preendimento corporativo ou comercial a um prédio enorme, com vidros espelhados, bonito, porém intimidador. Nem sempre é assim. Que o diga o arquiteto José Luiz Smolka, da Smolka Arquitetura.

O escritório dele é responsável pelo Infinity Prime Offices, da Cyrela, em Curitiba. Desde a concepção, Smolka lidou justamente com a limitação de

altura – o zoneamento do local, o Bairro Cabral, permite edificações com apenas oito pavimentos. Outro desafio foi a araucária loca-

lizada no centro do futuro empreendimento. “Desenvolvemos dois blocos em ‘L’, que formam um ‘U’. Fizemos um projeto de paisagismo com Benedito Abbud exatamente para preser-var este espaço. Criamos uma área de lazer e convívio para quem trabalhar lá”, explica Smolka.

A fachada de dimensão horizontal foi composta com uma mescla de materiais. A parte frontal exibe Structural e placas de ACM gla-

zing, assim toda a estrutura de alumínio é visualizada apenas no inte-rior do edifício. Nas laterais, o tratamento foi com esquadrias de alumínio de alta eficiência, limitada entre pavimentos por uma característica funcional. Como 50% do terreno é um bosque, houve a preocupação em deixar as ja-nelas mais amplas e largas para aumentar a iluminação dos espaços internos.

Projetos inovadores

aliam beleza e funcionalidade em

edificações

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Sem o diferencial da altura, Smolka optou por um hall de entrada com porte maior e pé direto triplo, tendência de volumetria impactante devido ao por-te que ele incorpora à edificação. Garante que em São Paulo esse é o perfil com o qual todos estão se identificando. No final, a limitação de altura deu ares mais agradáveis ao empreendimento. “É uma escala mais humana, menos agressiva”, analisa.

Ainda na capital paranaense, outro projeto prome-te revitalizar a área do Centro Cívico: o NEO Super-quadra. Serão três torres (Residence, Business e Corporate) e um Boulevard de serviços para faci-litar a vida de quem morar ou trabalhar na região.

Parceria do Grupo Noster e da Gafisa, o projeto foi desenvolvido pela Baggio & Schiavon Arquitetura. Flávio Schiavon, um dos sócios do escritório, afirma que as torres do NEO foram pensadas para privilegiar a sustentabilidade. O edifício Corporate, por exemplo, busca certificação de grau de qualificação de susten-tabilidade junto ao GBC Brasil (Green Building Council Brasil). “A eficiência energética está diretamente liga-da ao desenho da fachada”, avisa.

Proteger áreas com grande ex-posição solar e descortinar fachadas menos sujeitas à insolação, optar por áreas envidraçadas e buscar ma-teriais específicos são me-didas que afetam a plástica do edifício, mas que também buscam redução nos impac-tos ao meio ambiente. No caso do NEO Corporate, por exemplo, serão utilizados revestimentos mais opacos e vidros de alto

NEO Superquadra, do arquiteto Flávio

Schiavon, busca certificação de

sustentabilidade

Flávio Schiavon

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Tendências

desempenho, que reduzem a absorção de energia, contudo não a iluminação da área interna. “Com o edifício mais protegido, há

menor gasto com climatização; logo, há economia de energia”, expli-

ca Schiavon.

O arquiteto Pedro Gabriel, da Pedro Gabriel Arqui-tetos, de Porto Alegre, atesta que os estudos atu-

ais estão muito ligados à questão da sustentabilidade.

Entretanto, tudo ainda é muito caro. As fachadas ventiladas, uma das

melhores soluções em termos de condicio-namento térmico, amplamente utilizadas na Europa, ainda são muito onerosas para

Infinity Prime Offices, de José

Smolka, destaca-se pelo formato mais

horizontal

José Smolka

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Pedro Gabriel, responsável pelo The Place: “Prédios comerciais não têm necessidade de muita

informação. Assim, o público percebe a forma, a volumetria do

empreendimento”

os incorporadores, por exemplo. Trata-se de uma espécie de segunda fachada entre os ambientes internos e a fachada exter-na. “Essa superfície de ar cria um isola-mento térmico muito grande”, explica.

No que diz respeito a tendências estéticas, Pedro Gabriel acredita que os vidros semir-reflexivos estão cada vez mais presentes nos projetos de novos empreendimentos – até porque sempre existe a preocupação em relação ao reflexo da luz em prédios vizinhos. O granito também reaparece aos poucos nas fachadas ao lado do ACM, uti-lizado com cada vez mais frequência em empreendimentos comerciais.

ACM e vidros refletidos, inclusive, devem compor boa parte da fachada do The Place, empreendimento da Allem Incorporações e projeto da Pedro Gabriel Arquitetos. O design externo do prédio com térreo e 13 pavimen-tos é arrojado. Foi trabalhado um lado curvo para criar a impressão de maior afastamen-to e também chamar a atenção das pessoas que transitam na Rua Tobias da Silva, em Por-to Alegre endereço da futura edificação.

Este estilo é uma marca adotada com re-gularidade pelo escritório: pouca variação de material ou cores na fachada. “Prédios comerciais não têm necessidade de muita informação. Assim, o público percebe a forma, a volumetria do empreendimento”, explica o arquiteto Pedro.

Pedro Gabriel

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Investimento

{Mais do que uma paixão e um estilo de vida, o cavalo crioulo é um excelente negócio. A cada dia que passa, a raça é descoberta por no-vos investidores nos quatro cantos do Brasil e do mundo. A rusticida-de, a longevidade, o baixo custo e, principalmente, a multifunciona-lidade dos animais atraíram muita gente para o mundo dos crioulos.

CRiOuLO CoNquista

o Brasil e o mundO Dados da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos contam que o número de criadores ultrapassa os cinco mil, e o de animais, 255 mil. Na região Sul do País estão cerca de 92% dos criadores e 95% dos animais. Gilberto Loureiro de Souza, superin-tendente do Serviço de Registro Genealógico da ABCCC, credita o bom momento da raça às mudanças implantadas no processo seletivo nas últimas décadas. “A adoção da seleção integral, que culminou na criação do Freio de Ouro, é a grande responsável pelo sucesso da raça no País e no Exterior”, avalia o veterinário e dire-tor técnico da cabanha A Tala, de Dom Pedrito (RS).

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Para se ter uma ideia do crescimento e da ren-tabilidade da raça, a Trajano Silva Remates, empresa líder nacional em vendas de crioulo, movimentou cerca de R$ 25 milhões em 2009 com a comercialização de animais da raça. “No primeiro semestre de 2010, registramos um au-mento de vendas de 22% em relação ao mesmo período do ano passado”, observa Marcelo Sil-va, leiloeiro da Trajano Silva Remates. O gara-nhão BT Faceiro do Junco é quem leva o título de preço recorde de venda da raça. “O animal foi comercializado no ano passado por mais de R$ 1 milhão”, relembra Silva.

Jonio Salles, diretor do programa Cavalos Crioulos, exibido pelo Canal Rural, acredita que o “boom” da raça ainda está por vir. “Hoje os criadores estão colhendo os frutos de anos e anos de criação, de aposta na seleção e da busca de um cavalo funcional e bonito”. Ele ex-plica que nos últimos seis anos, o mercado de crioulos mudou consideravelmente. “Os inves-timentos em genética de ponta, treinamento, mão de obra e tecnologia aumentam a cada dia, e isso nos leva a crer que o mercado irá melhorar ainda mais”.

Em 2004, Jonio foi precursor ao colocar no ar no Brasil o primeiro programa específico de uma raça de cavalos. Na época a atração já existia na Argentina. “A primeira coisa que pensei foi que se na Argentina, com todas as dificuldades políticas e econômicas que existiam o programa resistiu, no Brasil ele poderia ganhar um terreno ainda maior”. A ideia foi muito bem recebida e o pro-grama tem telespectadores em todo o Brasil e nos países do Mercosul. “Levamos o cavalo crioulo para localidades onde não havia in-formações sobre a raça”.

O paulista André Souto Maior é um desses criadores que não tinha envolvimento com o campo até conhecer a raça criou-la. “Eu me apaixonei e em 2003 ini-ciei a criação em São Paulo”. Em 2008, a Cabanha Maior foi transferida para a serra catarinense, no município de Painel, entre Lages e São Joa-quim. “Hoje tenho 160 animais instalados numa propriedade de 260 hectares dedicada, exclusi-vamente, à criação dos crioulos”. André é pro-prietário de uma empresa de comércio exterior e pelo menos por enquanto a criação é somente um prazer. “Faço tudo com muito amor, não crio crioulos pensando no retorno financeiro, mas ele está vindo junto”.

A Trajano Silva Remates

movimentou cerca de R$ 25 milhões no ano passado com a comercialização de

crioulos

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Investimento

Gilberto Loureiro de Souza nasceu entre os crioulos. “O meu pai e o meu tio iniciaram uma criação em 1935 com o afixo Chimar-rão, três anos depois da criação da ABCCC, em Bagé”. Além de membro da ABCCC e ju-rado de diversas competições da raça, Gilber-to é o administrador da Cabanha A Tala, em

Dom Pedrito (RS). “Que é a continuidade da antiga Fazenda Capella, original-

mente estabelecida no Norte do Paraná, que foi extinta em mar-ço de 2000, num leilão em que foram levados à venda os 235 animais”. A partir daí, surgiu A Tala, que iniciou com 20 animais

– 12 éguas de cria, cinco potrancas e três garanhões, dessa vez em solo

gaúcho. “Hoje temos um seleto plantel de 15 éguas mães, cinco garanhões, 30 po-trancas e potros de um a quatro anos, de qua-lidade diferenciada”.

Para ele, o cavalo crioulo é muito mais do que uma paixão e um hobby. “No meu caso é uma maneira de viver, de trabalho, de diversão, de competição, de convivência, além de ser fonte de intercâmbio técnico, social, cultural e comercial”. O cenário atu-al é visto com entusiasmo por aquele que tem uma série de bons serviços prestados à raça. “Acredito que o crescimento organizado é fruto do trabalho desenvolvido por diretorias, conselhos técnicos, comissões de provas funcionais. Por todo o corpo técnico e pelos presidentes dos núcleos que atu-aram neste período fomentando a utilização do crioulo em provas que dão sustentação técnica aos rumos da raça, assim como as provas esportivas e de lazer, que fizeram aumentar o número de sim-patizantes e consumidores”.

Em breve, mais uma conquista: pela primeira vez na história da raça, dois cavalos crioulos esta-rão presentes nos Jogos Equestres Mundiais, que acontecem entre os dias 25 de setembro e 10 de outubro, em Lexington, Kentucky, nos Estados Uni-dos. “Será mais uma oportunidade para mostrar-mos ao mundo a funcionalidade do cavalo criou-lo, que serve tanto para trabalho no campo como para competições”, comemora Jonio.

Pela primeira vez na história da raça, dois cavalos crioulos estarão presentes nos

Jogos Equestres Mundiais

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Notícias

{Durante um mês, a Lopes Sul Porto Alegre ficou completamente envolvida com o primeiro campeonato interno de futebol, a 1ª Copa Sipar de Futebol. Oito times de sete jogadores, divididos em duas chaves, jogaram quatro rodadas durante o mês de junho. Os dois pri-meiros colocados de cada grupo disputaram as semifinais, e os vencedores jogaram a final.

1ª COpA SipAR de FuteBol

O grande campeão foi o time Jota JRs Cypress Tower, comandado pelo diretor executivo da região Sul, João Paulo Galvão, o Jota. A equi-pe empatou um jogo e ganhou os outros qua-tro, inclusive a final contra o time da Pronto! Palm Tree Tower por 4 a 3. A disputa foi emo-cionante, e o campeonato foi decidido na prorrogação com um golaço do líder. Na ar-tilharia houve empate entre Thiago Sampaio e Anderson Furtado, cada um com seis gols. Ambos disputaram a 1ª Copa Sipar de Fute-bol pela equipe Cristiano Apple Tree Towers, primeira colocada geral na etapa classificató-ria e que acabou perdendo nas semifinais.

Os times foram nomeados com a com-binação dos nomes dos gerentes de cada área e das torres do condomínio residencial Forest Zona Sul, empreen-dimento da Sipar inspirado nos pa-radisíacos condomínios de Miami. A construtora e incorporadora Sipar, foi a patrocinadora do evento e é a nova parceira da unidade Porto Alegre da Lopes. “Estamos num momento de inovação da empresa e achamos inte-ressante divulgar a Sipar para os cor-retores, já que são eles que vendem os nossos produtos”, destaca Marcelo Lermann, gerente comercial da SIPAR.

O entusiasmo foi tão grande dos cola-boradores e funcionários que Rafael Moutinho, gerente de atendimento da Lopes Sul e organizador do campeona-to, acredita que o projeto anual pode se transformar em semestral. “O saldo do campeonato é positivo. Consegui-mos integrar plenamente a equipe e alavancar as vendas de empreendi-mentos da Sipar”, conta, ressaltando que junho foi o mês em que a equipe vendeu mais unidades de empreendi-mentos da construtora.

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Foi inaugurada em Canoas, no Canoas Shopping, a primeira loja da HabitCa-sa no Rio Grande do Sul. A HabitCasa é um braço da Lopes voltado para o segmento de baixa renda, especia-lizada tanto em vendas como em consultoria no segmento econômico (unidades de até R$ 180 mil), grande aposta do mercado imobiliário para 2010. O Rio Grande do Sul é o quar-to Estado do Brasil a ter uma filial da empresa, que já possui lojas em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

laNçameNto da edição Nº 1 da revista lopesA festa de lançamento da primeira edição da Revista Lopes foi um su-cesso. O evento, ocorrido no final de maio, no Meat Club Design, em Porto Alegre, reuniu colaboradores, parcei-ros e convidados, que conferiram em primeira mão as reportagens da edi-ção número um e puderam apreciar o coquetel oferecido pela MuleBule Eventos Gastronômicos.

Além de tratar do negócio imobiliário, as matérias abrangeram diversos te-mas, como turismo, gastronomia, cul-tura e curiosidades. “A Lopes sempre quis investir numa mídia palpável e tra-dicional, como uma revista”, conta Lui-sa Salles, coordenadora de marketing da região Sul, que completa: “Acredito que cumprimos o nosso objetivo: fazer uma publicação informativa e comer-cial ao mesmo tempo”.

Casa eCoNômiCa

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Notícias

Considerado o mais importante evento do mercado imobiliário do Rio Grande do Sul, o 4º Salão do Imóvel tem data e local para acontecer: de 22 a 25 de outubro, no 5º an-dar do estacionamento do Shopping Center Iguatemi, em Porto Alegre. A Lopes já ga-rantiu o seu espaço para estar presente no 4º Salão do Imóvel.

Em 2009, o 3º Salão do Imóvel movimen-tou mais de R$ 30 milhões. Diogo Horn, organizador do evento, prevê aumento de público e de negócios para este ano. “A expectativa para 2010 é acompanhar o crescimento do mercado e o alto nível de vendas”, explica.

4º salão do imóvel do rio graNde do sul

Coração em ação eNtrega agasalhosA ação de inverno da campanha Coração em Ação arrecadou quase mil agasalhos nas unidades de Porto Alegre e Curitiba. No Paraná, as roupas foram entregues para as 163 idosas do Asilo São Vicente de Paulo. As crianças da Casa Palhacinho Triste, em Via-mão, na região metropolitana de Porto Ale-gre, receberam as doações gaúchas.

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Intervenção

A imagem feita pelo fotógrafo Die-

go Pisante retrata o Museu Oscar

Niemeyer, em Curitiba. Um dos

maiores museus da América Lati-

na, também conhecido como Mu-

seu do Olho, o MON possui 17 mil

metros quadrados destinados à

arte. O clique foi feito em uma ma-

nhã ensolarada de inverno.

Dono de uma sensibilidade agu-

çada, Diego Pisante é fotógrafo

profissional há dez anos. Ele regis-

tra através de suas lentes moda,

arquitetura, pessoas, esportes e

a beleza da capital paranaense.

Para conhecer mais, acesse o site

www.diegopisante.com.br

Diego Pisante

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Page 55: Revista Lopes Sul 2ª edição

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Negócios

A ideia de uma publicação voltada para o mercado imobiliário, porém, não era nova. Na Região Sul, por exemplo, duas revistas foram criadas com o mesmo intuito: a Imó-vel Class, de Porto Alegre (RS), e a Imóvel Magazine, de Curitiba (PR).

O curioso é que não existem dados oficias sobre publicações dedicadas ao setor nos

principais órgãos reguladores do país. Com 470 filiados, o Instituto

Verificador de Circulação (IVC) nem apresenta a ca-tegoria imóvel ou imobi-liárias nas naturezas de suas afiliadas. O mesmo ocorre na Associação Na-

cional dos Editores de Re-vistas (Aner) e na Associação

Nacional de Editores de Publi-cações (Anatec). Claro, nas três existem

setores de construção civil e assuntos re-lacionados ao mercado imobiliário, como arquitetura, decoração ou design.

setor imOBiLiáRiOnO pApEL

Bom momento do mercado estimula surgimento de publicações especializadas

{Quando o Diretor Executivo da Região Sul da Lopes João Paulo Galvão, o Jota, e outros colegas debateram pela primeira vez a possibilidade de criar a Revista Lopes Sul, tinham duas motiva-ções em mente: entregar ao cliente as ofertas da consultoria imobiliária em uma mídia mais tradicional, mas também aproveitar o bom momento vivido pela construção civil no país.

Revistas mesclam assuntos de

interesse dos incorporadores e

dos clientes

O provável motivo de não catalogar publi-cações específicas do mercado imobiliário seria o fato de a maioria ter distribuição gratuita. Isso não significa que falte públi-co para elas – vide a receptividade posi-tiva da Revista Lopes Sul e a história dos outros cases citados.

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Page 57: Revista Lopes Sul 2ª edição

Com cinco anos de vida, a Imóvel Class surgiu de ou-tro projeto, a Motor Class. A revista de carros criada em 2002 destacava-se pela qualidade e chamou a atenção de clientes do mercado imobiliário. Logo sugestões para os editores criarem nova publicação com foco em imó-veis apareceram. Diogo Horn, diretor da Imóvel Class, sabia tratar-se de um desafio. “A ideia de uma revista de fotos e classificados é antiga, existe na Europa há mais de 20 anos, 15 nos EUA. Em Porto Alegre também houve veículos do tipo, mas nenhum perdurou porque é um mercado bem difícil”, explica.

Além de manter os padrões de qualidade de sua an-tecessora, a Imóvel Class traz informações tanto para quem deseja comprar um imóvel quanto para o próprio mercado. Também ampliou ações para além do papel: lançou um portal na internet e passou a produzir even-tos como o Salão do Imóvel e o Salão da Casa Própria. “Hoje temos um pulmão financeiro porque aproveita-mos lacunas do mercado”, afirma Horn.

A publicação gaúcha foi fonte de inspiração do projeto da Imóvel

Magazine. A revista de Curi-tiba existe há um ano,

mas a concepção da ideia ocorreu

em 2007.

Na época, os irmãos Eduardo e Felipe Canto abriram a Imobiliária Canto. Po-rém, consideraram que o retorno pro-porcionado pela divulgação do novo negócio nas mídias tradicionais não era o ideal. Parecia que faltava algo, uma publicação que atraísse não apenas em-presas do setor, mas também os clientes. “Por que vocês não abrem uma revista? Eu dou assessoria para vocês”, questio-nou Carlos, o pai, que atuou por mais de três décadas como corretor de imóveis.

Hoje, com um ano de vida, 15 funcio-nários e colaboradores trabalham para produzir a revista e alimentar o site (www.imovelmagazine.com.br). Eduar-do é o responsável pela parte editorial; Felipe, pelo financeiro; e Gustavo, o ter-ceiro irmão que se uniu à empreitada, pela logística e distribuição. “Tem que cuidar a escolha das pautas, a edição bem montada, a diagramação criativa, o papel de boa qualidade, o conteúdo in-teressante. Cada edição é como se fosse um filho”, assegura Carlos.

Em outras palavras: quem apresenta um produto de qualidade tem um retorno muito bom. Prova de que o bom mo-mento da construção civil rende frutos até em outros nichos.

Imóvel Magazine é criação da família CantoDiogo Horn, diretor da Imóvel Class

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Lançamento

{Imagine sair do escritório e almoçar todo o dia em casa. Deixar o trabalho às 18h e deitar no sofá com os pés para cima em frente à tevê às 18h15min. Ou ainda ir a aca-demia, restaurante, farmácia sem perder tempo no trânsito. É isso que o Trend City Center proporcionará a alguns felizardos em Porto Alegre a partir de 2014.

traBalho e lazer Na pORtA dE CASA

Trend City Center traz a Porto Alegre o conceito de multifuncionalidade

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Para promover um produto único, a Lopes Sul adotou uma estratégia de vendas diferenciada. Acionou cor-retores e, via internet, disparou informações sobre o Trend para sua base de clientes. Também realizou for-ça-tarefa na zona primária do empreendimento: ruas, prédios públicos e comerciais situados em um raio de cerca de três quilômetros de distância. Primeiro, co-mercializou unidades de meio andar ou pavimento in-teiro do Corporate. Depois, abriu vendas do Office. Boa parte destes primeiros compradores formou a listas de espera pelo Residencial. “O retorno foi espetacular. Não sabíamos o quanto seria este sucesso, mas tínha-mos certeza da boa aceitação”, afirma Marcelo Pegora-ro, diretor de vendas da Lopes Sul.

Antes mesmo do lançamento, 80% do Trend City Center já estava comercializa-do. E, como a perspectiva de valorização do terreno é imensa, até mesmo quem não usufruirá do empreendimento apos-tou nele. Caso do advogado Roberto Bers-ch. Ele possui escritório na Avenida Carlos Gomes. Para ele, ficar próximo ao polo jurídico de Porto Alegre seria ideal. Mesmo assim, optou apenas pelo investimento: a princípio, alugará sua sala no Office, prova-velmente para outro advogado. “É um projeto diferencia-do, sem paradigma no Rio Grande do Sul. Uma localização privilegiada, principalmente para quem é da área jurídica, com condição muito boa de pagamento junto à constru-tora, e uma perspectiva de valorização enorme”, analisa.

Como existe demanda no mercado, a Maiojama avaliará nos próximos anos a realização de novos empreendi-mentos com o mesmo conceito de multifuncionalidade do Trend – não apenas em Porto Alegre, mas também na região metropolitana.

Empreendimento inédito em Porto Alegre terá torres

Corporate, Office e Residencial

Lançado em agosto, o empreendimento da Maiojama sai do papel em novembro de 2010. Ele traz à capital gaúcha um con-ceito já comum em grandes metrópoles do mundo: a multifuncionalidade. São duas torres comerciais e uma residencial, além de um mall boutique com mais de 30 operações, estacionamento com capa-cidade superior a mil veículos e um mix de serviços exclusivos – tudo isso em um terreno de 12,8 mil m2, esquina das Ave-nidas Ipiranga e Borges de Medeiros, no bairro Praia de Belas.

Segundo Antônio Pedro Teixeira, dire-tor executivo da Maiojama, a empresa iniciou o projeto há aproximadamente três anos. Queria saber qual era a me-lhor opção para aquela área, que virava o centro de um polo de desenvolvimen-to da cidade pela proximidade com o shopping Praia de Belas, órgãos da Jus-tiça, Parque Marinha do Brasil e, claro, a orla do Rio Guaíba. Isso sem contar que ela está a cerca de três quilômetros do Estádio Beira-Rio, onde serão realizados os jogos da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre. “Temos a cultura de sem-pre tentar buscar tendências e inova-ções”, assegura Teixeira.

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A marca curitibana Canecaria desenvolve e produz canecas lindas, diver-tidas e exclusivas. São centenas de opções divididas por temas: amor, humor, amizade, família, profissões, esportes, entre outras e ainda há a possibilidade de personalização. A ideia surgiu em 2006 e foi a forma en-contrada pelos designers Carolina Farion e Rafael Milani de extravasar a criatividade. A Canecaria tem lançamentos constantes e a última novidade são as “canecas-estádios”, que simulam um estádio de futebol.

A marca tem lojas no Shopping Estação e no Shopping Paladium, ambas em Curitiba, além de uma loja virtual no endereço www.canecaria.com.br

Por aí

BECO SpORtS BARRecém-inaugurado em Florianópolis, o Beco Sports Bar reúne esportes, boa gastronomia e cervejas. Os "espetinhos de gato” são a atração do cardápio: salmão, cordeiro, picanha, legumes e doces são algumas das mais de 40 opções. A decoração contempla diversos esportes e há artigos exclusivos e curiosos, como um dos primeiros barcos da equipe Aldo Luz, réplicas das medalhas do atleta do voleibol Giovane Gávio e camisas de times de futebol autografadas por muitos craques. No telão de 120 po-legadas e nos 5 televisores distribuídos pelo bar, transmissão de futebol, boxe, corridas automobilísticas, tênis e o que o cliente desejar.

Rua Lauro Linhares, 897 – Centro Comercial Porto da TrindadeTrindade – Florianópolis/SC.Telefone: (48) 3364-4436

QuinCHO – A CuLináRiA dOS gAúCHOSUma verdadeira casa de amigos. É assim que pode ser chamado o Restaurante Quincho, localizado no bairro Bela Vista, em Porto Alegre. Na casa são servidos pratos da culinária tradicional do Rio Grande do Sul que resgatam valores e lembranças do Estado, como carreteiro de charque de cordeiro com feijão mexido, riso-to de linguiça serrana ao molho de vinho e perdiz com polenta mole. O carro-chefe das sobremesas é o Trio Gaúcho, pequenas porções de ambrosia, sagu com creme e doce de abóbora. O ambiente rústico, e ao mesmo tempo requintado e descontraí-do, ainda acolhe exposições de arte.

Rua Pedro Chaves Barcellos, 651. Bela Vista – Porto Alegre/RSTelefone: (51) 3331-0302 www.quincho.com.br

CAnECARiA

Confira dicas de lugares bacanas nas três capitais da região Sul

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Trajetória

{Em 26 de setembro, um dos mais importan-tes cronistas esportivos do Brasil completa 76 anos, mais de 50 dedicados à profissão. Porém, aposentadoria é uma palavra que ainda não passa pela cabeça de Ruy Carlos Ostermann – ou, como muitos preferem chamá-lo, Professor.

um seNhor pROfESSOR

Mesmo após 12 Copas do Mundo, Ruy Carlos Ostermann não pensa em parar

A Copa do Mundo na África do Sul foi a 12ª cobertura da competição na carreira. Escre-veu colunas para o jornal Zero Hora e comen-tou jogos para a Rádio Gaúcha, veículos do Grupo RBS, de Porto Alegre. Isso sem contar entrevistas e participações em programas de outros colegas jornalistas.

A longevidade da família Ostermann é uma das explicações para tamanha disposição. Claro, os anos como jogador de basquete (chegou à se-leção gaúcha) e lateral esquerdo de “chute for-te, pouca técnica, mas muita aplicação e solida-

riedade” no futebol amador também contribuíram para mantê-lo com

a saúde em dia.

O outro motivo foi ter a sorte de fazer duas de suas paixões virarem o seu ga-

nha-pão: futebol e jornalis-mo. Não apenas a prática, mas

o futebol como conceito, o fascínio que ele exerce nas pessoas, a influência cultural na sociedade sempre encantaram Ruy.

A trajetória dele começou na seção esportiva da Folha da Tarde em 1957. Lá, “catando milho na máquina de es-crever” aprendeu os conceitos básicos do jornalismo. Nessa época, impressio-nado com a facilidade com que os no-vos amigos falavam de filmes, teatros, shows, música, prestou vestibular. Em 1962, formou-se em Filosofia pela Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Lecionaria na própria univer-sidade e nos colégios Israelita Brasilei-ro e João XXIII. Logo seria chamado de Professor também no meio esportivo.

Formado em Filosofia,

cronista iniciou no jornalismo na extinta Folha da

Tarde (RS)

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Na Companhia Jornalística Caldas Júnior, além da Folha da Tarde, passou por Rádio Guaíba, Folha da Manhã e Correio do Povo. No Grupo RBS desde 1978, atua na Rádio Gaúcha e na Zero Hora. Desde 2004, agregou à sua lista de atividades o talk-show quin-zenal Encontros com o Professor, no qual entrevista personalidades da cultura brasileira, no Studio Clio, em Porto Alegre. Também faz participações no pro-grama Bem, Amigos!, da SporTV.

Muitos compromissos para um senhor de 76 anos? Ruy acha que não. Até porque, apesar da agitada vida profissional, ele é um devotado pai (e avô) de família.

Casado com a professora Nilse Wink Ostermann, teve três filhos: Cristiane, Fernanda e Felipe. Para descan-sar, refugia-se no Siriú, pequena praia catarinense, vizinha de Garopaba, descoberta pelo caçula Felipe devido ao surfe, prática que mantém até hoje, aos 38 anos. Ele convenceu o pai a comprar terreno e construir casa no local. Desde então, Ruy dedica pelo menos um mês do verão para ficar na propriedade, onde reúne os filhos e os cinco netos.

A filha mais velha, Cristiane, também jornalista, afirma que a família sempre pôde contar com o pai. A ética e os valores da pessoa são os mesmos do profissional. “Tu nunca o ouves falar mal de alguém. É difícil até

Além das obrigações com

jornal e rádio, Ruy comanda o talk-show Encontros com o Professor

perceber quando ele não gosta de algo, pois é muito delicado no trato. Eu levei anos para perceber”, conta.

O tempo que este ícone do jor-nalismo permanecerá em atividade ficará a cargo dos executivos da RBS. Abando-nar o jornalismo, pelo menos por enquanto, não será opção dele. Ruy sabe que já deixou a sua contribuição. Se for hora de abrir espaço para os mais jovens, se-guirá trabalhando, de alguma forma. “Quando as pessoas criam fastio, se cansam da profissão, devem procurar outra coisa. Enquanto existir prazer, devem continuar. Não fazer nada, não! Aí se envelhece”, ensina o Professor.

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