revista leya na escola - 2ª edição

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Educação na era digital Sua escola está preparada? número 2 • ano 1 Palavra de Educador a importância da parceria entre a escola e os pais Os desafios da docência no Brasil artigo exclusivo de José Pacheco PÔSTER Esther de Almeida Pimentel Mendes Carvalho, diretora geral do Colégio Rio Branco, em São Paulo

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Confira a 2ª edição da Revista LeYa na Escola, uma publicação da editora LeYa. A revista é distribuída para 20.000 instituições de ensino brasileiras. Boa leitura!

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Page 1: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

Educaçãona era digital Sua escolaestá preparada?

número 2 • ano 1

Palavra de Educadora importância da parceria entre a escola e os pais

Os desafios dadocência no Brasilartigo exclusivo de José Pacheco

PôStEr

Esther de Almeida Pimentel Mendes Carvalho, diretora geral do Colégio Rio Branco, em São Paulo

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Nesta edição da Revista LeYa na Escola estamos abordan-do um tema que anda incomodando muita escola por aí: a tecno-logia em sala de aula.

Quais as ferramentas mais usadas? Como utilizá-las? Qual o momento certo para implantá-las?

Apesar de o assunto estar presente a todo o momen-to entre coordenadores e professores de instituições de en-sino e também nos veículos de comunicação, pouco se dis-cute sobre a importância de preparar as escolas antes de adquirirem lousas digitais, tablets, câmeras de documen-to, entre outros. Sua escola está preparada? Se sim, você vai conferir depoimentos interessantes de educadores com di-ferentes ideias para aplicar a tecnologia em sala de aula. Se não está, confira dicas práticas para preparar, de forma plane-jada, sua escola para a era digital.

Encontre nesta edição também um artigo exclusivo de José Pacheco, o idealizador da Escola da Ponte, que aborda os desa-fios da docência no Brasil, e confira um texto sobre a importância da parceria entre a escola e os pais.

Além disso, preparamos uma matéria sobre a Prova Brasil: novidades, dicas para as escolas públicas e depoimentos de educadores sobre as dificuldades de preparar os alunos para esta importante avaliação.

E ainda: projetos pedagógicos das principais disciplinas, matéria sobre o Colégio Christus, no Ceará, Escola da Comuni-dade, um projeto do Colégio Porto Seguro que ajuda milhares de crianças, dicas de literatura para seus alunos e muito mais!

Esperamos que os conteúdos da Revista LeYa na Escola contribuam para o dia a dia de professores, coordenadores e di-retores de escolas de todo o país.

Agradecemos a todos os educadores e colaboradores que nos ajudaram a construir esta segunda edição.

Boa leitura e até a próxima!

HElENA PoçAS lEitão

Editora

EXPEDIENTE:

Editora e Jornalista responsável:Helena Poças Leitão (Mtb 44375/SP) ColaboraçãoAguinaldo Miranda, Aldeir Antônio Neto Rocha, Amanda Borges, Carolina Bessa Villafranca, Cláudia Maria Tozzi Bernardino Tommasini, Elaine do Amaral, José Pacheco, Samanta Camargo, Silvia Lacerda

FotografiaAline Stival, Betânia Miranda, José Luiz Ferreira Cavalcanti, Luiz Berenguer, Senna Fotografias, Studio Vasconcelos

IlustraçõesEstúdio Ilustranet

Projeto gráfico e diagramaçãoBlog Propaganda

RevisãoBeto Celli, Graziela Marcolin e Miriam de Carvalho Abões

Entre em contato com a [email protected]

Rua Dr. Olavo Egídio, 266 – SantanaCEP 02037-000 – São Paulo – SPwww.leya.com.br

LeYa na Escola é uma revista da Editora LeYa destinada aos educadores e distribuídas nas instituições de ensino brasileiras.

Tiragem: 20000

OPS!Na edição passada da Revista LeYa na Escola, divulgamos que a Escola Terrinha foi fundada em Guarulhos

(SP). Na verdade, a instituição foi fundada em São Paulo (SP) e continua com suas atividades na cidade de sua fundação. A Escola

Terrinha possui o projeto “Legumes e Verduras” que conscientiza as crianças da importância de uma

boa alimentação. Confira a matéria completa em nosso site

www.leyanaescola.com.br

LeYaeditorial

revista

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MUR

AL

22 Atualidade 12Conheça um novo olhar sobre a Educação Infantil e descu-bra por que os modelos atuais de educar não estão funcionando

LeYa na minha Escola 16Educadores contam as razões pelas quais adotaram os li-vros da LeYa em suas escolas

Escola nota 10 18Conheça o Colégio Christus que há 50 anos atende mi-lhares de alunos no Ceará e tornou-se referência de quali-dade no estado

SEi na minha escola 26Conheça o colégio Coeso em São José do Rio Preto, São Paulo, que adotou o Sistema de Ensino SEI

Fique de olho 34Saiba mais sobre a Prova Brasil e confira algumas dicas para preparar sua escola para essa importante avaliação

Fala, professor! 36Quais as dificuldades de pre-parar os alunos para a Prova Brasil? Educadores dão sua opinião sobre o assunto

Gente do Bem 43Conheça a Escola da Comu-nidade, criada pela Fundação Visconde de Porto Seguro, que atende mais de 1 000 alu-nos de comunidades carentes

Muito Mais Aula 44Projetos pedagógicos nas áreas de Matemática, Língua Portuguesa, História, Geogra-fia e Ciências

Carreira 56Os desafios da docência no Brasil, artigo exclusivo de José Pacheco

Palavra de Educador 57A importância da parceria entre a escola e os pais

Redes Sociais 60Saiba das novidades da LeYa por meio de nosso endereço no Facebook, Twitter e em outras redes sociais

CAPA

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Educaçãona Era digital.

Sua EScola EStá prEparada?

Que a tecnologia invadiu nossas vidas rapidamente, disso ninguém duvida. Nos dias de hoje, qualquer pessoa tem acesso a um celular. Crianças de três anos já sabem mexer em tablets.

Você já pode ir ao cinema e assistir a um filme 4D em que o telespectador, além de ver as imagens em 3D, ainda consegue sentir frio, calor, vento, respirar fumaça e aromas, chacoalhar na pol-trona, entre outros mais de 20 estímulos sensoriais. Os e-books, livros virtuais, estão se expandindo mui-

to rápido em todo o mundo. Vídeos alcançam mais de 1 bilhão de visualizações em 1 dia. E as redes sociais, então? É só colocar uma notícia bombástica no twitter ou no facebook para que ela tenha repercussão nacio-nal ou até mesmo mundial.

A tecnologia faz com que as informações che-guem para as pessoas de forma rápida e interativa. A nova geração está totalmente integrada a essa era digital. Caderno, lápis e caneta são objetos menos fre-quentes nos momentos de lazer de crianças e jovens, porém na escola a coisa muda de figura.

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Apesar de muitas escolas utilizarem ferramentas tecnológicas modernas no processo ensino-aprendi-zagem, a maioria delas ainda está se adequando len-tamente à nova realidade. Os principais motivos são falta de recursos, resistência dos professores e falta de informação sobre quais equipamentos são ideais para a escola e como utilizá-los com qualidade em sala de aula. Para a diretora geral do Colégio Rio Branco, em São Paulo, Esther de Almeida Pimentel Mendes Carvalho, é necessário que a escola desenvolva pro-jetos com objetivos bem claros, em que faça sentindo a inclusão da tecnologia. “A grande discussão é qual o uso que faço da tecnologia e não quantos equipamen-tos eu tenho em minha escola. O que deve realmente contar são as práticas educacionais diferentes, e nem sempre isso acontece”, conta Esther.

São muitas as opções de tecnologias educacio-nais: lousa digital, projetor, câmera de documentos, plataforma digital, tablets, entre outras, e alguns cuida-dos devem ser tomados na hora de implantá-las:• Planejar toda a implantação da tecnologia educacio-nal nas salas de aula;

• Selecionar equipamentos de acordo com a realidade de sua escola;• Realizar reunião com os pais antes e depois da implan-tação das novas tecnologias;• Treinar equipe docente;• Ouvir os alunos e entender suas necessidades;• Desenvolver projetos em que a tecnologia faça diferen-ça para alcançar os resultados;• Contratar funcionários na área de tecnologia para apoio e manutenção dos equipamentos;• Avaliar o rendimento das turmas.

Não há como fugir da era digital, e as escolas bra-sileiras têm condições de acompanhá-la, mas é preciso ser cauteloso: a tecnologia deve estar a serviço da qua-lidade da educação das crianças e deve ser implantada com muito planejamento. “O fundamental é a qualidade, e não a quantidade. Não importa quantas ferramentas de tecnologia a escola possui ou quantas o professor vai utilizar, mas sim se elas ajudarão os alunos a alcançar os resultados desejados”, diz Renata Pastore, diretora de tecnologia de educação do Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo.

Conheça a professora que superou sua insegurança com a tecnologia e encarou a plataforma digital como aliada em sala de aula. Geni de Almeida Lombarde, 61 anos, é professora do 2.º ano do Ensino Fundamental do Colégio Coeso de São José do Rio Preto, em São Paulo. Ela havia decidido aposentar-se, mas mudou de ideia quando a mantenedora do colégio lhe contou que a escola iria utili-zar uma plataforma digital. “Eu

nunca fui adepta à tecnologia, sempre que eu precisava de al-guma coisa eu chamava meus filhos. Quando a mantenedora me contou que utilizaríamos uma plataforma digital, enxer-guei isso como um desafio e decidi encará-lo”, explica Geni. A professora vestiu a camisa e foi à luta. Comprou um notebook e contratou um professor parti-cular. “As pessoas me diziam que eu não precisava de profes-sor, pois mexer no computador era muito fácil. Mas não é tão fá-cil para quem não tem o hábito de mexer. Não me intimidei e fiz minhas aulas básicas de com-putação. Tudo o que é novo nos

deixa inseguro, mas é preciso coragem para superar os obstá-culos”, acrescenta a professora. Geni se adaptou à plataforma digital e hoje consegue enxergar a tecnologia como sua aliada. “Estou encantada com o mate-rial, não preciso mais digitar fi-chas nem xerocar textos, isso é coisa do passado. Acredito que a plataforma digital busca po-tencializar a aprendizagem por meio do desenvolvimento das habilidades e competências das crianças. Agora que sei mexer no computador e na plataforma, vi que é mais prático ensinar e os alunos aprendem com mais faci-lidade. Estou realizada”, conta.

gEni na Era digital

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CâmEra dE dOCumEntOS Dispositivo eletrônico que pode ser utilizado para

exibir em tempo real imagens de documentos, nega-tivos, transparências e objetos tridimensionais. Esse equipamento pode ser conectado a televisores, com-putadores ou monitores. Uma câmera de documentos tem a câmera, geralmente presa a um braço mecânico, que capta imagens de texto, objetos em 3D, slides 35 mm e outras transparências, slides microscópicos, par-ticipantes de videoconferência ou qualquer outra coisa, e então envia essas imagens a um monitor ou projetor para que todos vejam. É possível gravar e salvar ima-gens que serão distribuídas ou retomadas mais tarde. Os professores usam essa ferramenta para apresen-tar conceitos físicos, reforçar ideias verbais e interagir com seus alunos. Os professores de Ciências podem

utilizá-la em suas aulas, principalmente para explo-rar material microscópico através de um adaptador.

LOuSa digitaLGrande tela que funciona como um computador,

porém a interação com ela se dá por meio do toque com os dedos; em alguns modelos, usam-se canetas especiais, fabricadas especificamente para esse fim. O professor pode utilizá-la como uma lousa comum para escrever, desenhar, passar recados ou de forma mais interativa, mostrar vídeos, acessar internet e projetar animações. Com essa ferramenta, o professor pode analisar mapas, acessando o Google Maps e interagir com vídeos e imagens, por exemplo. A lousa digital é muito simples de ser manuseada e facilita a vida do educador em sala de aula. Para a utilização da lousa é necessário um projetor e um notebook ou desktop PC.

gloSSário daS tEcnologiaS

EducacionaiS Conheça as novas tecnologias utilizadas em sala de aula e

veja quais as melhores ferramentas para sua escola

o professor pode desenhar, grifar um texto ou mostrar algum trabalho por meio da câmera de

documentos

A câmera filma a açãodo professor que automaticamente

aparece na lousa para que toda a turma possa acompanhar a

explicação

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MoodleModular Object-Oriented Dynamic Learning En-

vironment – sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a apren-dizagem colaborativa. Os professores postam tex-tos, trabalhos, vídeos para que os alunos possam se preparar para as aulas, apresentações e provas. Os alunos podem também fazer perguntas aos profes-sores ou comentar os conteúdos. O Moodle é ideal para cursos on-line: o programa é disponibilizado na forma de software livre e pode ser instalado em di-versos ambientes como Linux, Windows e Mac OS. Saiba mais: http://moodle.org

PLatafOrma digitaLMídia que oferece aos professores recursos inte-

rativos para aplicar em sala de aula. Podem ser proje-tados diretamente na parede ou em uma lousa digital, que oferece mais agilidade para esse tipo de ferramen-ta. A 10 Escola Digital, plataforma de última geração desenvolvida pela LeYa, traz testes interativos com correção automática, livro digital, jogos, animações, slides, vídeos e muitos outros recursos que deixam as aulas mais atraentes para o aluno e mais práticas para o professor. Com a 10 Escola Digital, o professor pode enviar lição de casa on-line e monitorar sua execução, gerando relatórios em tempo real. Além disso, a pla-taforma oferece comunicação com a turma por meio de área de mensagens, chat e fórum de discussão. Saiba mais: www.10escoladigital.com.br

tabletsDispositivo pessoal em formato de prancheta que

pode ser usado para acesso à internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos. Apresenta uma tela touchscreen (sensível ao toque) que é o dispositivo de entrada principal. A ponta dos dedos ou uma caneta aciona suas funcionalidades. É um novo conceito, não deve ser igualado a um com-putador completo ou a um smartphone, embora pos-sua funcionalidades de ambos. Assim como existe o Windows para os computadores, para os tablets exis-tem diferentes sistemas operacionais. O mais usado costuma ser o Android, que, por ser gratuito, é ado-tado por muitos fabricantes nos seus equipamentos e conta com um grande número de programas ou apli-cativos disponíveis. Por meio dos aplicativos, os ta-

blets podem realizar as mesmas tarefas que um PC. Tablets mais conhecidos: Apple iPad, Samsung Ga-laxy Tab, Asus Eee Pad, Motorola Xoom, Toshiba Ta-blet, BlackBerry PlayBook e Gradiente Tablet OZ - Meu Primeiro Gradiente.

tECnOLOgia 3dSoftware educativo que oferece objetos de apren-

dizagem como vídeos, simulações interativas, anima-ções, laboratórios virtuais, tudo com visualização 3D. A empresa 3D Education, por exemplo, oferece esse software com conteúdos das disciplinas de Matemá-tica, Química, Física e Biologia focadas no Ensino Médio e cursos de graduação. Há casos em que as animações ou vídeo requerem os óculos 3D e o re-sultado é impressionante. Os alunos podem ver bem de perto o corpo humano de forma tridimensional. O professor pode girar cada parte do corpo, aproxi-mar, abrir e, ao mesmo tempo, explicar o conteúdo estudado. Para utilizar essa tecnologia, é necessá-rio que a escola tenha servidor, projetor multimídia, computador, sistema de som simples e óculos 3D. Para o investimento não ficar muito alto, em vez de adquirir os equipamentos, a escola pode alugá-los. Saiba mais: www.3deducation.com.br

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EScolaS digitaiSConfira como algumas escolas estão trabalhando com a

tecnologia em sala de aula e inspire-se!

“Em nossa escola temos vários tipos de aplicação da tecnologia. A própria sala de aula é dotada de diver-sos recursos, como internet, projeção e sistemas que fornecem rapidamente todas as informações ne-cessárias para o desenvolvimento do conteúdo com os alunos. No ambiente virtual, trabalhamos com o Moodle, com o objetivo de preparar os jovens para a sala de aula. Nesse ambiente, os professores postam o que será estudado na próxima aula, textos comple-mentares, vídeos e links. Essa é uma metodologia que utilizamos para o Ensino Médio e tem funciona-do muito bem. Nós trabalhamos com projetos integra-dos, utilizando aplicativos para fazer coisas que geral-mente não conseguimos fazer com métodos antigos. Fizemos um projeto cujo objetivo era o lançamento de um livro. Os alunos fizeram tudo, dos textos até as ilustrações. No final, o livro foi impresso e tam-bém se tornou um e-book, e todos puderam confe-rir a obra por meio de tablets ou computadores. Esse projeto integrou métodos antigos com a tecnologia.” Esther de Almeida Pimentel Mendes Carvalho, dire-tora geral do Colégio Rio Branco.

“A maioria de nossos professores já sabia lidar com a tecnologia, portanto a implantação de novas ferra-mentas não foi tão complicada. Estamos aos poucos instalando as lousas digitais em sala de aula e os professores estão gostando muito. Para maior aprovei-tamento da lousa, utilizamos a plataforma 10 Escola Digital, que oferece recursos como jogos, animações e atividades que estão deixando as aulas mais interati-vas, facilitando a absorção dos conteúdos pelos alunos. Com a plataforma, os professores também conseguem planejar melhor as aulas. Já temos, inclusive, pais interessados em matricular seus filhos na escola porque temos a plataforma digital. As redes sociais são um tipo de tecnologia que utilizamos muito, princi-palmente o facebook. Lá, temos uma página do colé-gio e trocamos muitas informações com pais e alunos.” Sandra Mara Dias Reis Grecco, coordenadora do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Coeso.

Colégio Rio Branco – São Paulo (SP)

Colégio Coeso – São José do Rio Preto (SP)

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“Atualmente usamos em sala de aula computador com acesso à internet, projetor e uma plataforma digital oferecida no pacote do Sistema de Ensino SEI, com recursos que facilitam e tornam mais eficientes o processo ensino-aprendizagem. Essa plataforma digi-tal, que é projetada pelo datashow na parede da sala, torna as aulas mais dinâmicas e prazerosas, desper-tando, assim, a curiosidade e atenção dos alunos. Kallyne Alves B. Fernandes, coordenadora pedagógica do Colégio META I.

Colégio META I – João Pessoa (PB)

Centro Educacional Ângela ClaraGama (DF)

Colégio Visconde de Porto Seguro São Paulo (SP)

“Desde o planejamento até a aplicação em sala de aula, utilizamos tecnologias como as lousas interativas, em que o professor apresenta vídeos, animações, jogos e muitos outros recursos. Dispomos de projetores e lousas digi-tais em todas as salas do Fundamental, e, em algumas da Educação Infantil, contamos com uma equipe espe-cializada em produzir material interativo, sanar dúvidas do corpo docente e fornecer assistência técnica para os equipamentos eletrônicos. Aliado a isso, adotamos os li-vros didáticos da LeYa que oferecem a versão digital. Desse modo, o professor também pode projetar as pági-nas das matérias estudadas durante a aula, tornando o aprendizado mais agradável aos nossos alunos. É preciso ficarmos atentos para que o aluno não veja a escola como algo obsoleto. Por esse motivo, venho informatizando a minha escola para que ela esteja preparada para atender essa nova geração.” Ângela Clara Webe de Lima, diretora e mantenedora do Centro Educacional Ângela Clara.

“As ferramentas de tecnologia custam muito caro e não adianta usar a tecnologia sem objetivos bem definidos. Antes de iniciar um projeto é importante perguntar qual o impacto do uso da tecnologia nesse trabalho. No co-légio utilizamos diversas ferramentas como Moodle, câ-mera de documentos, lousa digital, projetor, internet e tablets. Os professores participam de workshops para aprender sobre as novas tecnologias e aperfeiçoar seus conhecimentos.” Renata Pastore, diretora de tecnologia de educação do Colégio Visconde de Porto Seguro.

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Novo oLhAR SoBRE A EduCAção iNFANtiL

ATUALIDADE

Especialistas americanos colocam em xeque a

maneira de educar e provam, por meio

de pesquisas, que os modelos no qual acreditávamos não

funcionam

CARoliNA BESSA VillAfRANCA

fazer elogios às crianças é essencial para desenvolver sua confiança e autoes-tima. Estimular a sinceridade faz que elas não mintam. As crianças também não per-cebem o preconceito racial se não frisar-mos com frequência a questão. Essas são premissas tidas como verdadeiras por pais e educadores. Com o intuito de criar crian-ças preparadas para a vida e felizes, é fácil acreditar nos conselhos de manuais, que se tornam regras eficazes para o dia a dia. Mas e se você descobrisse que tudo o que imaginou ser um sucesso educacional na realidade é um mito?

o livro Os 10 erros mais comuns na educação de crianças (NurtureShock: new thinking about children), publicado no Bra-sil pela editora lua de Papel (grupo leYa), mostra exatamente isso: os modelos que costumamos seguir simplesmente não fun-cionam. Po Bronson e Ashley Merryman, jornalistas e especialistas em educação,

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provocam um choque ao desmistificar muitas cren-ças sobre o assunto. Baseando-se em pesquisas recentes, feitas especialmente nos Estados Unidos, nas áreas da neurociência e da psicologia com-portamental, os autores debatem sobre temas bem corriqueiros, como a falta de sono, o papel dos elo-gios, as discussões entre irmãos, as mentiras e o preconceito racial.

Por que erramos? Segundo eles, usamos a pa-lavra instinto para designar a sabedoria coletiva criada pela experiência em educar. “O problema é que os nossos instintos podem nos enganar, pois nada mais são do que reações inteligentes e bem informadas”, pontua Bronson, pai de dois filhos, de 7 e 4 anos.

O POdEr dOS ELOgiOS Para O BEm E Para O maL

Diferentemente do que se imaginava, quan-do os elogios são feitos com frequência indiscri-

minada e de forma incondicional, podem minar a confiança das crianças e paralisá-las diante de desafios.

Para comprovar essa hipótese, os autores mos-tram experiências desenvolvidas pela educadora americana Carol Deck em escolas de Nova iorque. Entre elas, uma série com testes de dificuldades distintas. Após o término de cada fase, parte das crianças era elogiada por sua inteligência, ou-tra parte, pelo esforço realizado. Verificou-se que aqueles elogiados pelo esforço tiveram melhor desempenho do que os que acreditavam ser muito inteligentes. Segundo Carol, enfatizar o esforço dá à criança uma variável que ela pode controlar. “Ela entende que pode controlar seu sucesso, ao passo que enfatizar a inteligência inata retira o controle, sem orientar sobre como reagir ao fracasso”, diz ela. “O elogio é muito importante, sim, e pode cau-sar efeito positivo, desde que seja específico”, enfa-tizam os autores.

agrESSividadE × COnfLitOS dOméStiCOS

incentivar as crianças a assistir programas edu-cativos pode torná-las mais sociáveis e menos agres-sivas? Bronson e Merryman afirmam que não. Pes-quisas realizadas em Minnesota pelos especialistas em agressão infantil e meios de comunicação Ja-

mie ostrov e Douglas Gentile mostram que es-ses programas podem, ao contrário, aumentar

a agressividade relacional dos pequenos e torná-los mais autoritários e controladores. “Hoje, sabe-se que as causas das agressões não são tão simples assim”, ponderam. Por exemplo, interromper uma desavença do-méstica rotineira para poupar os filhos, se-

gundo as pesquisas, é uma atitude que não funciona. Quando a criança assiste a peque-

nas discussões entre os pais e presenciam principalmente a reconciliação – com ma-nifestações de afeto –, elas ficam felizes, e a situação pode fazer bem ao seu desen-volvimento psicológico.

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nesse sentido, os filhos únicos podem estar em pé de igualdade com os que possuem irmãos.

os pesquisadores modernos dizem que con-seguir o que se deseja dos amigos é o que faz que a criança desenvolva suas competências sociais; irmãos que têm uma relação de amizade verdadei-ra podem desenvolver com mais facilidade essas aptidões.

tEr irmãOS nEm SEmPrEfavOrECE a SOCiaLizaçãO

É comum o fato de filhos únicos terem mais dificuldades de se relacionar e de dividir espaços,

mas ter irmãos não signi-fica nenhuma vantagem

nesse sentido. “Nem sempre os impactos de ter um irmão são positivos no contexto

social”, avisam os au-tores. irmãos brigam

não só pelo afeto dos pais, mas porque nem sem-

pre sabem negociar e ceder, ainda que convi-vam diariamente. Essa habilidade, em geral, costuma ser aprendida com os amigos e,

SOnO: POr quE POuCOSminutOS fazEm difErEnçaPerder poucos minutos de sono é normal nos dias de

hoje; dormir mais tarde não interfere na vida cotidiana; o can-saço passará quando as crianças crescerem. Esses são argu-mentos comuns para justificar a irritabilidade, a sonolência

e outras reações infantis. Mas estudos atuais apontam que perder uma hora de sono, ou até menos, pode prejudicar as

crianças em sua sociabilidade, estabilidade emocional e, so-bretudo, em seu desempenho escolar. É comprovado que o cé-

rebro se desenvolve até os 21 anos, e boa parte desse processo ocorre durante a noite. Nas crianças, o aprendizado relacionado ao vocabulário e à memória é sintetizado pelo hipocampo du-

rante o sono de ondas lentas – profundo e sem sonhos. Elas permanecem nessa fase muito mais tempo que os adul-tos. Por isso, perder minutos do sono é ruim e, em longo prazo, pode influir no comportamento do adolescente.

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ATUALIDADE

mEntiraS: PEquEnaS E grandES COnSEquênCiaS

fazer algo errado e negar para não sofrer as consequências é uma atitude corriqueira. E não se engane: a partir dos 3 ou 4 anos, as crianças já sabem manipular os pais. Segundo os autores, mesmo as mentiras inocentes, se ignoradas, po-dem estimular a necessidade de mentir. Victoria talwar, especialista norte-americana em compor-tamento mentiroso, aponta que quanto mais clara for a distinção entre verdade e mentira, maior será a predisposição para dizer a verdade. Para quem acredita que as crianças param de mentir quando crescem, um alerta: elas passam a mentir ainda mais. “Pais e educadores devem aproveitar a oca-sião para conversar sobre a importância da hones-tidade. Se isso não acontece, as crianças aos poucos se sentem mais confortáveis ao dissimular. A falta de sinceridade passa a ser, literalmente, parte da roti-na”, defendem Bronson e Merryman.

diSCutir COm OSfiLhOS POdE SEr BOm

Atritos, conflitos e mentiras: esse cos-tuma ser o dia a dia doméstico quando se tem um adolescente em casa. Alguns pais, por temerem um clima ruim, pre-ferem ser liberais, acreditando que as discussões sejam prejudiciais. Muitos pensam que, sendo menos rígidos, saberão mais da vida do filho. Mas, na prática, pais liberais não sabem mais so-bre seus filhos. Em geral, os adolescentes costumam entender a ausência de regras como desinteresse, avisam os autores, “É como se os pais quisessem abdicar de seus papéis”. Pais que estabelecem regras com equilíbrio – e explicam suas finalidades –, abrindo a possibilidade para autonomia em outras situações, têm filhos que mentem menos. Para os autores, os entraves diários podem ser positivos para todos, desde que haja uma conversa respeitosa. “São os pais que costumam se aborrecer mais nas dis-cussões e sair mais abatidos desse emba-te”, avalia o estudioso laurence Steinberg, da Universidade de temple.

PEquEnOS gêniOSUm filho muito inteligente será um sucesso, e

quanto mais cedo se detectar essa aptidão, melhor. Bronson e Merryman mostram que essa crença é uma falácia. Segundo eles, milhões de crianças americanas competem por vagas em escolas para superdotados, mas até os educadores que aplicam os testes erram em 73% dos casos. os pais, por ou-tro lado, ávidos por diagnosticar a excelência de seu rebento, incentivam essa competição. “Em ge-ral, essa busca é muito precoce. O verdadeiro desen-volvimento intelectual não se dá de forma equilibra-da ou orquestrada. Ele apresenta picos vertiginosos de crescimento e duros reveses, que precisam ser superados”, avaliam. Por isso, os pais não devem forçar o desenvolvimento intelectual dos filhos; o ideal é respeitar o tempo deles, observar os inte-resses e estimular a curiosidade.

POr quE O BrinCar POdEEnSinar O autOCOntrOLE

o ímpeto natural dos pais, quando se trata de ensinar os filhos, é exigir que eles prestem

atenção e obedeçam, sem muitos diálogos ou negociações. “Eles acreditam que as crian-

ças não serão capazes de aprender, se não evitarem distrações”, acredita Bronson.

Mas, segundo ele, elas aprendem se estiverem em atividades escolhidas

por elas mesmas, ou seja, quando pedimos para uma criança copiar algo que a professora escre-veu na lousa, ela não vai querer fazer. Seu pensa-

mento será: “Não escrevo tão bem quanto a professo-

ra”. Mas se dermos um bloqui-nho de papel para que finja ser

garçom, por exemplo, acabará praticando mais a escrita, tentan-

do anotar os pedidos dos fregue-ses. A distração com o brincar não é

necessariamente ruim, pois, quando brinca, a criança aprende naturalmen-

te os princípios básicos para sustentar o desenvolvimento indispensável ao su-

cesso e constrói noções primordiais com maior facilidade do que quando está em uma aula convencional.

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LEYA NA MINHA ESCOLA

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por quE Sua EScola adotou oS livroS didáticoS da lEYa?

“Ao conhecermos a proposta da coleção A Aventura do Saber, ficamos encantados com a riqueza do material. A qualidade gráfica, a distribuição dos conteúdos, os recursos cartográficos demonstram o cuidado da LeYa com seu público. Outro fator importante é a assessoria sempre presente, que nos favorece um feedback ime-diato do processo educacional. Um dos recursos que fazem sucesso é a plataforma digital, que oferece um excelente resultado ao professor e a satisfação do alu-nado, propiciando aulas movimentadas, estimuladoras e lúdicas, uma das grandes preocupações da Escola Anita Garibaldi.” Ana Paula da Cruz de Souza Leão, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental

“A equipe pedagógica da Escola Balão Vermelho Alicerce, após análise criteriosa dos livros de História, Geografia e Ci-ências da LeYa, decidiu por sua adoção. O conteúdo proposto pela Editora LeYa foi ao encontro do Projeto Político Pedagó-gico de nossa escola.O material didático oferece aos alunos a oportunidade de rea-lizar suas tarefas diárias com um ótimo instrumento de apoio para o desenvolvimento cognitivo em sala de aula.Os livros nos dão abertura para complementar os conteúdos e as atividades, possibilitando aos alunos a reflexão, a troca de informações e a criatividade.A qualidade do papel e as imagens com excelente definição estimulam a imaginação, ampliando os diversos conhecimen-tos. Acreditamos ter acertado na escolha dos livros adotados. Ao completarmos, este ano, 45 anos de existência, firmamos, uma vez mais, o compromisso de uma educação de excelên-cia”. Corpo docente e coordenação: Gina de Oliveira A. Ferreira, Ligia Maria Barra Costa (coordenadora), Leila Aparecida O. Evangelista, Leciene G. Peixoto Almeida e Eliane Delgado B. Lopes

LIvROS ADOTADOS: Coleção

A Aventura do Saber(História, Geografia

e Ciências)

LIvROS ADOTADOS: Coleção

A Aventura do Saber(Geografia)

Escola Balão vermelho Alicerce(Juiz de Fora – MG)

Escola Anita Garibaldi (Recife – PE)

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“Adotamos os livros didáticos da editora LeYa pela qualidade das imagens, textos e atualidade do material, que atende nossa proposta de trabalho e metodologia. A escola é inspirada numa linha sociointeracionista, baseada na pesquisa indivi-dual e em grupo, na construção e no desenvolvi-mento de projetos e na vivência de experimentos, buscando oferecer ao jovem todas as ferramentas intelectuais, emocionais e sociais que o habilitem e o ajudem a agir com autonomia e solidariedade ao realizar o seu projeto de vida.”Gleice Marques Miguel, coordenadora.

“Os valores de uma pessoa são tecidos ao longo de sua existência, de acordo com as relações sociais que ela estabelece nos mais diferentes ambientes que compartilha. A escola é um desses ambientes de convivência – um dos mais ricos – e é por meio das ações nela desenvolvidas, sejam elas planejadas ou não, que os valores propostos pela instituição de ensino (aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer) tornam-se realidade.Aprender a conviver de forma cooperativa, solidária e respeitosa, por exemplo, é conteúdo tão importante a ser desenvolvido quanto os conteúdos específicos das disciplinas escolares.Nos últimos anos, o Colégio Cristão do Recife assumiu como estratégia investir em um padrão de alto nível de ensino, com os mais modernos e diferenciados recursos pedagógicos, aliando tecnologia e excelência acadêmica numa só escola. Este ano solidificamos nossa estratégia em parceria com o grupo educacional LeYa, compar-tilhando novos projetos pedagógicos, ações de cidadania, ecologia e solidariedade. LeYa é um grupo inovador que procura fazer sempre o melhor, atrai professores e alunos com a sua plataforma digital, uma poderosa ferramenta pedagógica com re-cursos de interatividade.O Colégio Cristão do Recife utiliza em todo Ensino Fundamental I essa plataforma: “maneira prática e acessível de conectar os nossos alunos com a informação e o conhecimento”.A presente parceria está cumprindo uma dupla missão: dotar os alunos de um material de primeira qualidade e aprender que tão importante quanto adquirir o conhecimento é poder transportá-lo para a vida. É por esse tão forte motivo que o CCR decidiu ser LeYa com amor.” Katia Regina Siqueira de Lima, coordenadora pedagógica.

LIvROS ADOTADOS: Coleção

A Aventura do Saber(História, Geografia

e Ciências)

LIvROS ADOTADOS: Coleção

A Aventura do Saber(História e Geografia)

Colégio Cristão do Recife(Recife – PE)

Colégio victória Figueiredo“Os Pequeninos”(Goiânia – GO)

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colégio chriStuS:tradição E pionEiriSmo

HElENA PoçAS lEitão

os professores Roberto Rocha de Car-valho e Maria lucia de Carvalho fun-daram, em 1951, o instituto Christus em fortaleza, Ceará. Eles alugaram uma casa e começaram a atender

turmas até o 4.º ano do Ensino fundamental do an-tigo curso primário. Em 1955, o colégio conquistou

ESCOLA NOTA 10

Conheça a instituição que há 50 anos atende milhares de alunos no Ceará e tornou-se referência de qualidade no estado

sua primeira sede própria e, a partir daí, não parou de crescer. Em 1961, teve autorização do Ministério da Educação para receber alunos do curso colegial, atual Ensino Médio, e passou a se chamar Colégio Christus.

A partir da década de 1980, os irmãos David Rocha, diretor administrativo, José Rocha, diretor

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pedagógico geral, e Raquel Rocha, diretora pedagó-gica da Educação infantil e do Ensino fundamental i, administram essa que é uma das maiores e mais tradicionais instituições de ensino do Nordeste.

Com a chegada dos irmãos, o colégio come-çou a se estender por vários pontos de fortaleza. Atual-mente, há unidades Christus nas regiões Aldeota, Dionísio torres, Parquelândia, Cambe-ba, lagoa Redonda e Benfica. “Esse crescimento deve-se a muito trabalho e a mudanças na gestão do colégio. Temos como interesse primordial a qualidade do ensino e o rela-cionamento e a integração com as famílias. Antes de matricular qualquer aluno, conversamos com a família dele. Essa é uma tradição que mantivemos porque sempre funcionou. Os pais precisam confiar no colégio para ficarem se-guros”, conta José Rocha. Hoje, a escola tem mais de 8 000 alunos e o diretor geral conta que, graças à quantidade de número de estudantes, o colégio conseguiu realizar atividades diferentes e investir mais fortemente na instituição. “Graças à quantida-de de alunos conseguimos dar mais qualidade para a educação. Se fôssemos uma escola pequena, não conseguiríamos investir tanto em treinamentos, ma-teriais didáticos, lousas digitais, entre outros”.

Ao longo dos anos, a direção do colégio sentiu necessidade de misturar duas metodologias de en-sino, a clássica e a construtivista para aperfeiçoar e acompanhar a evolução educacional. “Não havia ma-terial pedagógico na linha que queríamos, então cria-

mos algo novo. Cada conteú-do é discutido e passado aos alunos com a metodologia que acreditamos ser mais eficiente para o entendimen-to deles”, explica José.

Em 1995, foi fundada a faculdade Christus com cursos de Pedagogia e Ad-ministração, com 50 vagas anuais. Atualmente a insti-tuição possui em média 3 mil alunos e oferece um le-que maior de cursos como fisioterapia, Ciências Con-

tábeis, Direito, Medicina, entre outros.Em 2012 os alunos do Ensino fundamental

ii e do Ensino Médio começaram a utilizar mate-rial didático e recursos pedagógicos multimodais com modernas tecnologias digitais. todas as salas agora têm lousa digital 3D, e os alunos utilizam os tablets para acompanhar as aulas. “Não tem quem segure a tecnologia. É preciso acompanhá-la. Que-remos crescer mais e com a mesma qualidade, en-tão o investimento em tecnologia é essencial”, afir-ma José Rocha.

Amplo espaço para os alunos na hora do intervalo e uma sala de cinema especial para as crianças da Educação Infantil.

“temos como interesse primordial a qualidade do ensino e o relacionamento e a integração com as

famílias.”

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tECnOLOgia 3dEm SaLa dE auLa

A partir de 2012, os alunos do Ensi-no fundamental ii e do Ensino Médio do

Colégio Christus começaram a utilizar material didático e recursos pedagógicos multi-modais com modernas tecno-logias digitais – os alunos utili-zam livros em papel e digitais (para serem visualizados em tablets, por exemplo).

Em cada sala de aula há uma lousa digital com tecnolo-gia touchscreen multitouch que funciona com um projetor 3D, caixas de som e acesso à in-ternet durante toda a aula. os professores utilizam a lousa digital exibindo imagens, vídeos e animações em 3D e produzem exercícios interativos.

os alunos e seus pais podem acessar o portal do colégio de sua casa ou dos computadores da escola e utilizar recursos pedagógicos, como professores no plantão on-line, exercícios complementares e suas respectivas resoluções, visualização dos conteúdos que foram ministrados em cada uma das aulas, simu-lados de vestibulares, entre outros.

LaBOratóriOSo Colégio Christus oferece a seus alu-

nos modernos laboratórios de Ciências, Biologia, física e Química, nos quais eles

realizam experiências práticas, de acordo com o ní-vel de aprendizado das turmas e aplicam os concei-tos científicos vistos nas disciplinas curriculares. Por meio de instrumentos adequados à realização dos experimentos e com o acompanhamento de profis-sionais especializados, os laboratórios são espaços propícios ao estímulo da curiosidade e à descoberta do conhecimento científico.

tEatrOSCom o propósito de acolher os even-

tos e as produções teatrais da escola, o Colégio Christus construiu teatros e au-

ditórios em todas as suas unidades. o primeiro foi inaugurado em 1988, na sede Barão de Studart, com capacidade para mais de 400 pessoas e, até hoje, é um dos únicos teatros nesse formato em todo estado.

o segundo foi inaugurado em 1993, na sede Dionísio torres, com capacidade para mais de 450 pessoas, de estilo italiano, cujo nome homenageia o grande compositor cearense Paurillo Barroso. Assim, sempre que necessário, alunos, coordenadores e professores têm, à sua disposição, espaços propícios para a exe-cução de seus projetos e eventos.

BiBLiOtECaS E SaLaS dE LEituraPensando em criar um espaço pro-

pício para a leitura, a pesquisa e os estu-dos, o Colégio Christus desenvolveu um

sistema moderno e eficiente de bibliotecas. São sete bibliotecas voltadas aos alunos do Ensino fun-damental e Médio, reunindo um extenso acervo de aproximadamente 30 mil obras. Esse acervo é dividi-do em livros didáticos, publicações da literatura na-cional e internacional, revistas, periódicos, além de obras de consulta, como dicionários e enciclopédias. Para a Educação infantil, o Colégio Christus criou as salas de leitura, nas quais os pequenos aprendizes têm acesso a obras da literatura infantil e participam de rodas de leitura e de contação de histórias.

quadraS POLiESPOrtivaSCom a supervalorização das ativida-

des esportivas no dia a dia dos estudan-tes, o Colégio Christus proporciona a seus

alunos diversos espaços para a prática e o ensino de esportes. Com a finalidade de contemplar as aulas de Educação física do Ensino fundamental, a recrea-ção da Educação infantil e o horário do recreio de to-

EStrutura do colégio chriStuS

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das as sedes, a escola oferece para seus alunos uma moderna e eficiente estrutura física, que abrange 16 quadras polivalentes – que atendem às modalidades esportivas de futebol, vôlei, basquete e handebol –, 6 salas de ginástica, 6 salas de dança, 2 salas de judô e 3 salas para musculação.

CaPELaNa Capela Christus, filius Dei, é

celebrada uma missa dominical, da qual participam muitos alunos, bem

como seus familiares e a comunidade adjacente. Durante o ano, alunos, professores e funcionários dos diversos setores do colégio participam de várias ati-vidades religiosas: meditação, Via-Sacra, missas de Páscoa, Coroação de Nossa Senhora, confissões, pa-lestras, reuniões catequéticas, entre outros.

OBSErvatóriO aStrOnômiCO ChriStuS

o observatório Astronômico Chris-tus (oAC) foi fundado em 1987 na sede

Barão de Studart. Desde então, realiza várias ati-vidades como o acompanhamento de aulas com conteúdo astronômico, a fim de despertar a curio-sidade científica, e oferece cursos e palestras ao público leigo, sobre Astronomia e ciências afins. As pesquisas do oAC são variadas, cobrindo ob-servações de corpos do sistema solar, cometas, chuvas de meteoros, eclipses, ocultações e lua. o observatório Astronômico Christus oferece aos visitantes um passeio pelo céu, apontando seu te-lescópio principal para planetas e estrelas de in-teresse, possibilitando-lhes uma visão clara e real do universo.

os irmãos José Rocha, diretor pedagógico geral e Raquel Rocha, diretora pedagógica da Educação infantil e do Ensino fundamental i do Colégio Christus.

Conheça mais!Colégio Christus

tel: (85) 3277-1515www.christus.com.br

O colégio oferece uma excelente estrutura para as crianças, desde o ambiente para a recreação até as salas de aula.

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ESCOLA NOTA 10

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MURAL

Conheça o projeto pedagógico da escola UEB Alberto Pinheiro em comemoração ao 400.º aniversário da cidade de São luís.

400 anoS dE São luíS do maranhão

SAMANtA CAMARGo

A UEB Alberto Pinheiro está trabalhando num projeto pedagógico especial em celebração aos 400 anos de São luís, a capital do estado do Maranhão. o projeto foi desenvolvido pela professora de Arte Sheila Bó-gea para os alunos do 6.º ao 9.º ano do Ensino fun-damental. os trabalhos começaram no início do ano e estima-se que serão encerrados no mês de setem-bro. Esse projeto ajuda os alunos no processo de in-vestigação, colaborando com o desenvolvimento de suas habilidades e competências.Confira passo a passo como aplicar o projeto em sua escola! Você pode adaptá-lo para a comemoração de aniversário de sua cidade, por exemplo.

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nome do projetoSão luís 400 anos

Público-alvoAlunos do 6.º ao 9.º ano do Ensino fundamental

Coordenação da escolaPaulicéia Coelho Silva Pinto

responsável pelo projeto:Sheila Bógea

Objetivo geralEstabelecer uma prática de ensino-aprendizagem que ultrapasse os muros da escola, favorecendo o diálogo aluno/patrimônio, visando alargar fronteiras e diversi-ficar procedimentos.

Objetivos específicos• Conhecer o patrimônio histórico e artístico da ci-

dade.• Proporcionar vivências que favoreçam o reconheci-

mento desses patrimônios como um bem coletivo.• Compreender o órgão que protege o patrimônio

histórico e artístico nacional, o iPHAN.• Despertar a necessidade de admirá-los e preservá-

los.

Estratégias• Apresentação de material (imagens e vídeos) para o

estudo e confecção do trabalho.• Seminários com profissionais da área.• Saídas para estudo de campo.• Exposições de imagens fotográficas, pinturas e dese-

nhos produzidos pelos alunos.

Etapas do projeto Primeira etapa – 1.º bimestre• Aprofundamento dos conhecimentos sobre a cida-de de São luís (detalhes históricos, viabilização de imagens fotográficas, exibição de vídeos, socializa-ção de pesquisas e registros referentes ao tema). • Primeiros desenhos e pinturas, como resultado do que foi coletado pelos alunos.

Segunda etapa – 2.º bimestre• Visitas a campo para a socialização do que já vi-venciaram. Coleta de dados mais específicos (bus-ca de maiores detalhes teóricos, curiosidades e re-gistros de imagens com base em fotografias feitas pelos alunos). • Avaliações feitas em aulas de campo com questio-nários direcionados aos monitores e estudos prévios com a professora após exibição de vídeos e apresen-tações no PowerPoint. terceira etapa – 3.º bimestre• Organização, confecção e montagem de todo ma-terial coletado.• Exposição de desenhos, pinturas e fotografias. quarta etapa – 4.º bimestre• Conclusão e avaliação do projeto. • Entrega de um trabalho escrito, com os registros de todos os processos.

Sheila Bógea, responsável pelo projeto e Paulicéia Coelho Silva Pinto, coordena-dora da escola.

Fotos: José Luiz Ferreira Cavalcanti

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o Colégio Coeso é uma das instituições mais respeitadas do interior de São Paulo referência quando se trata de inovação

e qualidade educacional. Em entrevista, Sandra Grecco, coor-denadora do Ensino fundamental e Médio, conta um pouco

sobre a opção de adotar os serviços da SEi e também sobre a implantação da tecnologia na escola.

SEI na minha escola

coESo: prEparado para o futuroConheça o colégio Coeso em São José do Rio Preto, São Paulo, que adotou o Sistema de Ensino SEi para modernizar a escola e se preparar cada vez mais para o futuro

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LeYa - Quais os diferenciais do Coeso?Sandra - o colégio prima pela educação, no conceito mais amplo da palavra. Não basta a informação. A abordagem peda-gógica envolve a formação global do alu-no, explorando competências e habilida-des que o transformem em um indivíduo realizado e feliz. A aprendizagem com mediação tecnológica é algo imprescin-dível, já que essa geração nasceu na era digital. Nosso intuito é extrair o que o aluno tem de melhor para oferecer e, por isso, precisamos entender o mundo dele, entender o que ele busca, seus anseios... Somente assim, a construção da aprendi-zagem será significativa.

LeYa - Quantos alunos o Coeso atende atu-almente?Sandra - Em torno de 680 alunos.

LeYa - Por que a sua escola adotou a SEi?Sandra - o material e a proposta da SEi retratam nossa proposta pedagógica.

LeYa - Alunos e professores estão gostan-do dos materiais da SEi?Sandra - Estamos muito contentes com a adoção do material. A cada dia, consegui-mos explorá-lo e utilizá-lo melhor. Rece-bemos grande apoio em todos os aspec-tos, sendo atendidos com prontidão.

Espaço para a Educação infantil

Espaço para a produção artística dos alunos

Piscinas para as crianças

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Page 28: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

conhEça a hiStória do coESo

Em 15 de fevereiro de 1993, na unidade i da Es-cola infantil arte manha, iniciavam-se as atividades pedagógicas do Centro Educacional de Orienta-ção infantil Pirilampu’s, escola que atendia crian-ças a partir de um ano e meio a 6 anos de idade.

Dois anos e meio depois, no dia 3 de julho de 1995, nesse mesmo prédio, nasceu a Escola infan-til arte manha, que atendia crianças da mesma faixa etária, sob o comando de Cenira Blanco fer-nandes Lujan e seu marido, Carlos José Lujan.

Acreditando na escola e em seus colaborado-res, a Escola infantil Arte Manha cresceu, necessi-tando de maior espaço para seus atendimentos.

LeYa - Por que o Coeso decidiu implantar a tecnologia em sala de aula?Sandra - Nós já tínhamos a proposta tecno-lógica em nosso ambiente, ela vinha toman-do conta do colégio gradativamente. o ma-terial veio ao encontro de nossos anseios.

LeYa - Quais as tecnologias utilizadas atu-almente no Coeso?Sandra - Possuímos projetor em todas as salas de aula, e a maioria das aulas acon-tece dentro da plataforma digital. os demais recur-sos pedagógicos que a tecnologia proporciona apa-recem natural-mente. Algumas salas também possuem lousas digitais, nos últi-mos anos do En- sino fundamental.

Sandra Grecco, coordenadora do Ensino fundamental e Médio do Coeso

Palco para apresen-tações das turmas

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Em 1996, os proprietários da escola adquiriram dois terrenos anexados à escola, que propiciaram o início da construção de mais um prédio. No ano de 2000, o prédio já estava sendo totalmente utilizado.

Somente em 2002, começou a implantação gradativa do Ensino fundamental com o nome de Coeso - Colégio para Estimulação do Saber Orientado. No mesmo ano, iniciaram-se as ativida-des específicas de berçário. Uma nova unidade foi montada especificamente para o atendimento de crianças a partir de 4 meses.

Hoje, o Coeso atende até o 9.º ano e junto com a Escola infantil Arte Manha e o Coeso contam com cinco unidades de atendimento. Em parceria com o Colégio, a academia Coeso/sports é responsável pela parte esportiva, além das aulas de dança, caratê e futebol.

A escola propõe um trabalho baseado nas di-ferenças individuais e na consideração das peculia-ridades das crianças de cada faixa etária e entende que deve proporcionar atividades lúdicas e viven-ciais, por meio de projetos contínuos, para que haja interação entre as crianças e o objeto de estudo.

Dessa forma, a compreensão e a reconstrução do conhecimento estimulam o interesse e a partici-pação cada vez maior do aluno. Como se vê, a me-todologia de ensino está baseada no socioconstru-tivismo, ou seja, procura desenvolver a capacidade de observar, descobrir e pensar, com a assimila-ção do conteúdo necessário para a integração da criança com a realidade atual.

Quadra poliesportiva para os alunos

Biblioteca com diversidade de literatura infantil e juvenil

os alunos aprendem de forma mais fácil com a plataforma Escola Digital

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Page 30: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

uma cidadE nova E pulSantE

BRASÍLIA

CARoliNA BESSA VillAfRANCA

MEU BRASIL

Conheça a história e as belezas da capital brasileira

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Page 31: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

Com 52 anos de idade, localizada no centro do Brasil, no paralelo 15 S, onde forma-se o lago Pa-ranoá (lago artificial formado pelas águas represadas do Rio

Paranoá, cuja bacia se situa na porção cen-tral do Distrito federal), Brasília tem 5 801,9 km². Hoje conta com cerca de 2,6 milhões de habitantes, dos quais 53,8% são naturais da cidade, segundo o último Censo do ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE). São os chamados candangos. Mas, como se sabe, a Capital federal foi ergui-da por milhares de brasileiros, oriundos de diversas localidades e impulsionados pelo sonho de construir uma cidade do zero, bem no coração do país. Por essa razão, o Distrito federal é ainda o território nacional com maior percentual de migrantes: 46% da população. São pessoas vindas, princi-palmente, do Norte, Nordeste e estados do Sudeste, como Minas Gerais.

inaugurada em 21 de abril de 1960, por Juscelino Kubitschek, Brasília foi projetada pelo urbanista lúcio Costa para ser uma ci-dade de trabalho ordenado e eficiente, mas também para oferecer vida aprazível. Ao lado do engenheiro israel Pinheiro e da equipe de oscar Niemeyer (que projetou todos os pré-dios públicos e grande parte dos residenciais da nova cidade), Costa levantou a tão espe-rada capital do país. foi Costa quem criou o plano piloto que deu origem à cidade. A área para os prédios do governo não se mistura com as áreas de habitação: é esse o princí-pio que orientara o projeto urbanístico em formato de avião, cortado de norte a sul (da ponta de uma asa até a ponta da outra) pelo chamado Eixão, que tem função circulatória-tronco, com pistas centrais de alta velocidade. E, de leste a oeste (da cabine até a cauda do avião) pelo chamado Eixo Monumental, que recebeu o centro cívico e administrativo, o setor cultural, o centro comercial e de diver-sões, além do setor administrativo municipal. Dessa maneira, Brasília encontra-se dividida em Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Garagens e oficinas, Setor de indús-trias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monu-mental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja

do torto, Vila telebrasília, Setor de Áreas iso-ladas Norte. Sedia ainda os três poderes da República: Executivo, legislativo e Judiciário.

Um pouco distante das áreas centrais fi-cam as demais regiões administrativas ou cidades-satélites, de pequeno ou médio por-te, localizadas a uma distância que varia de 6 km a 25 km do Plano Piloto. São elas: Gama, taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planalti-na, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Ceilândia, Guará, Samambaia, Santa Maria, São Sebas-tião, Recanto das Emas, Riacho fundo i e ii e Candangolândia. Essas regiões possuem administração própria, sob coordenação do governador do Distrito federal.

Brasília foi tombada pela Unesco como Pa-trimônio Histórico e Cultural da Humanidade, em 7 de dezembro de 1987. É o único monu-mento arquitetônico do mundo com menos de cem anos a receber esse título.

naSCimEntO dE um SOnhOAo longo da história do Brasil Colônia e

do império alguns brasileiros, entre eles ti-radentes, propuseram a mudança da capital para uma posição na faixa entre os paralelos 15 S e 20 S, no interior do país. Em 1823, José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da independência, propôs oficialmente a cria-ção de uma nova capital no interior do Bra-sil (sugerindo o nome Brasília ou Petrópole), longe dos portos, com o intuito de garantir a segurança do país.

A existência da cidade também se deve ao engenheiro militar francisco Adolfo de Var-nhagen, o visconde de Porto Seguro. Sua pri-meira manifestação em favor da transferência da capital, foi em 1839, por meio de uma carta ao instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 1877, Varnhagen fez uma viagem ao inte-rior do Brasil para procurar a posição geográ-fica do que viria a ser a cidade-capital. foi a Constituição de 1891 que estabeleceu a mu-dança de forma regular.

Mais tarde, em 1892, foi nomeada a Co-missão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo luiz Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre a topo-grafia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto

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Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e seus dados foram apresentados em 1894 ao governo republicano.

Somente em 1955 foi delimitada uma área de 50000 km2, onde se localiza o atual Distrito federal. A construção da nova capital teve início em abril de 1956, sob o comando do então presidente Juscelino Kubitschek.

PrOfECia Uma aura mística também envolve a cidade por

conta de um sonho visionário. Em 1883, o santo italia-no Dom Bosco sonhou que viajava em companhia de um jovem. Durante esse percurso, Dom Bosco avistou uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto em que se formava um grande lago, en-tre os paralelos 15 S e 20 S. o jovem afirmou ao santo que ali era a terra prometida e naquele lugar surgiria uma nova civilização.

ECOnOmia

A atividade econômica mais importante de Bra-sília é sua própria proposta inspiradora, ou seja, sua função administrativa. Além disso, podemos encon-trar na região indústrias bem desenvolvidas nas áre-as de softwares, cinema, vídeo, gemologia, além de contar com o incentivo na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico. A agricultura e a avicultura também se destacam na economia bra-siliense. A área correspondente ao plano piloto de Brasília hoje possui a maior renda per capita do Bra-sil: acima de um quinto da população possui renda média mensal acima de US$ 1350 (dados de 2007).

turiSmO E vida CuLturaLA ideia de lúcio Costa era criar condições de

bem-estar para os habitantes com ar, luzes, espaço, jardins e horizonte. Niemeyer desejava tecer uma ar-quitetura clara e bela, com simplicidade e nobreza. Por isso, as edificações de Brasília movimentam seu turismo e são seu principal chamariz.

A Praça dos três Poderes, a mais significativa da cidade, reúne os Palácios do Planalto (sede da Pre-sidência da República), da Justiça (sede do Supre-mo tribunal federal) e o Congresso Nacional (que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado fede-

ral). É nessa praça que encontramos ainda importan-tes obras de artes plásticas: a estátua Os guerreiros (também conhecida como Os candangos), de Bruno Giorgi; a estátua de A Justiça, de Ceschiatti; e A ca-beça de Juscelino Kubitschek, de José Alves Pedrosa. A cidade conta também com grandes trabalhos de Athos Bulcão – espalhadas por pontos como o salão do itamaraty e o teatro Nacional – e o paisagismo de Burle Marx.

integrada aos três Poderes está a Esplanada dos Ministérios, na qual destacam-se os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores (itamaraty) por sua arquitetura diferenciada. No final da Esplanada, en-contra-se a Catedral de Brasília, o Complexo Cultural da República e o teatro Municipal. De grande beleza, a catedral abriga na entrada a obra Os evangelistas, de Ceschiatti, um dos cartões-postais da capital do Brasil. Bem próximo aos três Poderes está o Palácio da Alvorada, residência presidencial, e o Palácio Ja-buru, da vice-presidência.

Entre as referências turísticas e culturais da cida-de estão ainda a torre de tV, o Memorial JK, a Praça do Buriti, o Palácio do Buriti, o santuário de São João Bosco, o campus da Universidade de Brasília (UnB), entre outros. Brasília possui importantes parques, um Jardim Botânico e um Jardim Zoológico.

PaiSagEnS naturaiS E gaStrOnOmiaSituada num extenso planalto, Brasília tem como

vegetação típica o Cerrado, com árvores pequenas e mata ciliar, ladeando rios como o Paranoá, o São Barto-lomeu e o Maranhão. o lago artificial Paranoá circun-da parte da cidade e também tem grande potencial de lazer e turismo. Ao seu redor estão, por exemplo, alguns clubes como o iate Clube.

Pequi e Buriti são árvores nativas do Cerrado e seus frutos integram a culinária elaborada por lá. No entanto, por ser muito nova, a cidade não pos-sui uma gastronomia típica. Mas essa mistura cul-tural confere à gastronomia brasiliense uma rica mescla de sabores nortistas, nordestinos, mineiros e sulistas. Entres os pratos consumidos no local es-tão o churrasco, a carne-seca, o lombo mineiro e a feijoada. Brasília é hoje considerada o terceiro polo gastronômico do país, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Crédito: imagem retirada do livro “Sabor Brasília 2011” (Senac-Df)

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Page 33: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

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receita extraída do livro:Segredos dos chefs:

Brasil sabor Brasília 2011, (editora Senac.) fontes: www.cbhparanoa.df.gov.br,

www.brasilcultural.com.br,www.brasiliaweb.com.br,

www.candango.com.brLivros: Brasil, capital Brasília: a história de

Brasília ontem, hoje e amanhã (Editora thesaurus)Viver Brasília com bons olhos (Editora Senac Df)

Receita: AzulMarinho do Cerradotempo de preparo: 30 minutos Porções: 1

Pescada-branca feita na panela de ferro, com tomates, cebola, azeite, banana e pe-qui. Servida com pirão e arroz. Receita vin-da de um quilombo, próximo a Parati (RJ) e adaptada ao paladar do Centro-oeste.

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ingredientes:

Peixe • 200 g de pescada-branca em postas• 2 bananas-nanicas• 50 g de tomate• 50 g de pimentão• 20 g de cebola• 15 g de pequi• 20 g de caldo de peixe• 1 limão• 50 ml de leite de coco• sal e cebolinha a gosto

Pirão • 200 ml de caldo de peixe• 100 g de farinha de mandioca• sal e cebolinha a gosto• 50 ml de leite de coco

Modo de preparo:

Peixetempere as postas com sal e limão.Coloque para ferver 500 ml de água juntamente com o leite de coco, dissolvendo o caldo de peixe.Quando ferver, baixe o fogo e coloque o peixe para cozinhar por 5 minutos.Acrescente o tomate, a cebola, o pimentão (em tiras), as bananas sem casca e o pequi em pequenas lascas.tampe e deixe cozinhar por mais 2 minutos.

PirãoRetire a posta de peixe da panela, aproveite o caldo do cozimento e, em fervura, adicione a farinha de mandioca. Mexa até obter consistência homogênea.

Sirva com arroz.

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Page 34: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

prova BraSil:o momEnto é agora!Saiba mais sobre a Prova Brasil e confira algumas dicas para preparar sua escola para essa importante avaliação

A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para diagnóstico em lar-ga escala desenvolvidas pelo instituto . Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-

cacionais Anísio teixeira (inep/MEC). têm como ob-jetivo avaliar a qualidade do sistema educacional bra-sileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. os resultados, entre outros fatores, definem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ideb), que determina a qualidade do ensino oferecido por escolas, municípios e estados.

As escolas públicas urbanas e rurais do país com mais de 20 alunos por turma realizam a Prova Brasil para avaliar as competências de língua Portuguesa e Matemática dos alunos do 5.º e do 9.º anos. o minis-tro da educação, Aloizio Mercadante, disse em audi-ência pública no Senado que irá incluir a disciplina de Ciências na Prova Brasil, mas ainda não é certo que essa alteração seja aplicada na próxima edição, marcada para 2013. Com a inclusão de Ciências na Prova Brasil, o exame fica mais próximo do Programa internacional de Avaliação (Pisa), teste internacional aplicado pela organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (oCDE) para medir as habilidades dos alunos em linguagens, Matemática

e Ciências. No ranking do último Pisa, em 2009, dos 65 países participantes, o Brasil ficou em 45.º lugar. Aldeir Antônio Neto Rocha, diretor de gestão educa-cional da editora leYa, diz que o ensino de Ciências é fundamental para despertar a atitude investigativa da criança, com impacto direto no despertar para o fazer científico, ponto crucial para um país que pre-cisa formar cientistas. A presença dessa disciplina na Prova Brasil dá a ela um status diferenciado, que até o momento é conferido somente a Português e Ma-temática. isso traz para esse componente curricular outro foco de atenção. Sabemos que muitas outras ações são necessárias, mas é um passo a mais, um avanço.

independentemente de quais as disciplinas examinadas na Prova Brasil, é importante que as escolas façam um trabalho permanente com os alu-nos durante o ano todo, e não apenas às vésperas da prova. Desse modo, os alunos aprendem mais, as escolas melhoram a qualidade do ensino, os municípios se desenvolvem e avançam com seus índices, e tudo isso contribui para o progresso da educação brasileira.

fontes: inep (www.inep.gov.br) e Agência Brasil (www.agenciabrasil.ebc.com.br).

FIQUE DE OLHO

HElENA PoçAS lEitão

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1 Considere que preparar os alunos para essa ava-liação não significa apenas treiná-los para uma

prova. As habilidades examinadas nela são essen-ciais para a formação integral do aluno.

2 trabalhe de forma permanente e alinhada com as práticas didáticas, pedagógicas e metodoló-

gicas da escola. A concepção da avaliação deve estar presente e harmonizada com o fazer cotidiano.

3 Conheça em detalhes a organização da prova e das questões. Veja qual é o papel dos distratores

em cada questão, preste atenção às diferentes for-mas de testar o aluno e perceba que são necessárias habilidades que estão além do mero conhecimento técnico do componente curricular.

4 Conheça e estude os descritores que são a re-ferência para a elaboração do instrumento de

avaliação. As expectativas de aprendizagem relacio-nadas às competências e habilidades da matriz são ótima referência para o planejamento das aulas.

5 Escolha um material didático que favoreça o trabalho pedagógico nesse contexto. Al-

guns livros dão maior importância à repetição mecânica de atividades do que ao processo de (re)construção conceitual, atitudinal, pro-cedimental e à aplicação de conceitos.

6 Aplique simulados aos alunos. o contato com a estrutu-ra da prova, com o tipo de questão que ela pode conter

e com os cartões de resposta ajuda a tranquilizar o aluno e deixá-lo mais seguro. Simule também o tempo, para evitar que ele se sinta muito pressionado no dia da prova oficial.

7 Conte com auxílio de especialistas ou contrate uma as-sessoria – se necessário e possível – para elaborar os

itens de teste (questões adequadas a esse tipo de avaliação). Um relativo distanciamento da equipe docente que está em sala pode ser saudável nesse processo.

8 Pesquise as provas anteriores e seus resultados. A partir dos índices de erro e acerto e analisando o percentual

de cada alternativa, conseguimos perceber quais são as ha-bilidades que os alunos não desenvolveram.

9 Esteja aberto para revisar a matriz curricular, o projeto pedagógico e os planos de aulas sempre que necessá-

rio. Esses elementos devem ser dinâmicos por natureza.

10 Comece esse trabalho já, e não pare mais! Essa não é uma ação apenas para os meses que antecedem a prova.

aldeir antônio neto rocha é mestre em Educação pela UfJf, especialista em Educação e tecnologias Contemporâneas pela UNB e possui

MBA em Gestão de instituições Educacionais. trabalha com educação há 19 anos e atualmente é diretor de gestão educacional da editora leYa.

10 dicaS para um Bom dESEmpEnho na prova BraSil

AlDEiR ANtôNio NEto RoCHA

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FALA, PROFESSOR!

quais as dificuldades de preparar os alunos para a

prova Brasil?

“Entre as diversas dificuldades que temos para preparar o aluno para a Pro-va Brasil, destaco a fragilidade do professor em criar condições favoráveis ao desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência leitora dos alunos. também devo ressaltar que, mesmo com tantas campanhas visando à conscienti-zação dos alunos sobre a importância da Prova Brasil para a qualidade do ensino do país, muitos estudantes fazem as provas com descaso, ou seja, não se prepa-ram com entusiasmo e dedicação, o que resulta, muitas vezes, em uma estatística desprivilegiada. É necessário o despertar para que os alunos sejam leitores es-clarecidos e entusiasmados com a aprendizagem.”

Luciana garcia Brisson Siliprandi, diretora.Escola Municipal Prof.ª Acácia leitão Portella - Rio de Janeiro (RJ)

“Na sala de aula, procuramos apresentar aos alunos uma enorme varie-dade de gêneros textuais, buscando despertar neles o gosto pela leitura, vi-sando à análise reflexiva das realidades que o cercam e à ampliação de sua visão de mundo. No entanto, ainda encontramos algumas dificuldades durante o processo: falta de hábito, de concentração, de compreensão e de interesse pela leitura. Na Prova Brasil encontram-se muitos textos e um tempo predeter-minado, muito curto, para análise e reflexão.”

fabrícia ricobom, professora de língua Portuguesa do Ensino fundamental ii.CAiC Professor Mariano Costa - Joinville (SC)

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“Acredito que a maior dificuldade esteja nos diferentes níveis de alfabetização dos alunos do 5.º e 9.º ano. isso acontece nos primeiros anos do Ensino fundamental e acaba refletindo nas turmas seguintes. Muitos alunos têm um nível de letramento muito além do esperado enquanto outros não conseguem ler com fluência nem um pequeno texto. Essa desigualdade faz com que os resultados não sejam bons nas duas disciplinas básicas: língua Portuguesa e Matemática. Professores chegam a responsabilizar a família pelo pouco envol-vimento na educação dos filhos. Essa é outra dificuldade que também afeta o rendimento educacional das crianças.”

aline Ávila de Santana, coordenadora pedagógica e professora do 3.º ano do Ensino fundamentalEscolas: E.M.E.f. oviêdo teixeira e Escola Estadual Profª Rosa Mª Nascimento freire - Aracaju (SE)

“É preciso que a escola inclua entre as suas responsabilidades a de ensinar a comparar, classificar, analisar, discutir, descrever, opinar, julgar, fazer generali-zações, analogias, diagnósticos. Mas, independentemente da atividade que esteja sendo realizada, o foco tenderá a permanecer no conteúdo, e as competências e habilidades, que deveriam ser o objetivo final, serão vistas de modo minimalista.

o que é necessário fazer então?Mudar o enfoque do conteúdo para as habilidades; Mudar nossa postura, como

educador, que em geral considera o conteúdo como de sua responsabilidade, mas a habilidade como de responsabilidade do aluno.

Podemos dizer que a maior dificuldade diante de avaliações como a Prova Bra-sil é que ainda estamos trabalhando conteúdos como fim, quando, na verdade, eles devem ser meios para que diversas habilidades venham a ser desenvolvidas, habili-dades essas que são específicas desse novo mundo globalizado em que vivemos, e, por isso mesmo, necessárias não só para que o indivíduo seja inserido no mercado de trabalho, mas também para que possa exercer sua cidadania, pois um indivíduo que não tenha a capacidade de síntese, analógica, diagnóstica e argumentativa, por exemplo, não poderá fazer valer seus direitos, principalmente numa sociedade com-petitiva e altamente tecnológica como a nossa.”

andréia Laura de moura Cristaldo, diretora adjunta. Escola Municipal imaculada Conceição - Campo Grande (MS)

“Uma das dificuldades é a didática do professor uti-lizada em sala de aula. Para solucionar esse problema, a Secretaria Municipal oferece cursos de formação para os coordenadores, que orientam os professores e acompa-nham seus trabalhos. Para preparar o aluno para a Prova Brasil, é preciso um trabalho contínuo, a escola não pode começar a trabalhar alguns meses antes, ela precisa ter um planejamento para aplicar durante todo o ano. Essa avaliação tem uma concepção construtivista, em que o

aluno deve interagir com a língua ou com uma situação-problema. Esse tipo de concepção está conforme os Parâmetros Curriculares. o que acontece é que muitas escolas não aplicam os parâmetros: o aluno aprende de forma diferente e, quando chega a hora da prova, os resultados nem sempre são bons. Uma dica para a escola é planejar a preparação dos alunos, incluindo as edições passadas da avaliação e acrescentando novos textos, sem nunca esquecer a formação dos professores, fundamental para alcançar os resultados desejados.”

Liliane de almeida, coordenadora da Educação Básica; Luzia matos Carreteiro, coordenadora de Alfabe-tização; Karin maia, coordenadora de gestão escolar, e iara mazzeto, pedagoga.

Secretaria Municipal de Educação - Jandira (SP).

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LEYA MAIS

O CICLO DO OvO

Autoras: Cristina Quental e Mariana MagalhãesIlustrações: Sandra Serra

Naquela manhã, a professora Tita começou a ouvir um burburinho. Olhou para o canto da sala e viu que Mário e Jorge discutiam animadamente sobre uma questão que os intrigava: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? A professora achou a discussão coerente, reuniu a turma e fez uma proposta: – E se fôssemos amanhã visitar o galinheiro da minha amiga Sônia para tentar descobrir o mistério dos ovos e das galinhas? Não perca esta oportunidade! Embarque com a turma da professora Tita e aprenda tudo sobre o ciclo do

ovo. Para terminar, divirta-se com a seção “Lenga-lenga”, que vem no final do livro.

Conheça os outros livros da coleção: O CICLO DO LEITE e O CICLO DO ARROz!

Temas: alimentação saudável, nutrição, vida rural, tecnologia de alimentos, brincadeiras (lenga-lenga, música, teatro).

ONDE ESTá O MI?

Autora: Ana VicenteIlustrações: Madalena Matoso

O Dó acha que o Mi é muito desafinado e não gosta nada de ouvi-lo. Quando todas as notas resolveram se encontrar para ensaiar uma canção nova, o Mi não apareceu...O livro trabalha as notas musicais de forma divertida para as crianças.

Temas: educação musical (sistema tonal), gêneros musicais (folclore, ópera, samba, rock, erudito, fado, pop, valsa, rap, blues, jazz), a importância da harmonia.

O PRIMEIRO DIA DE ESCOLA

Autor: António MotaIlustrações: Paulo Galindro

O primeiro dia de escola é o início de uma etapa singular na vida de todas as crianças; é a entrada para um mundo novo e diferente, com experiências e vivências tão fortes que nunca mais serão esquecidas. Essa nova fase na vida de uma criança envolve toda a família e mexe com cada um de maneira diferente.

Temas: relacionamento entre irmãos, reminiscências familiares, solidariedade, cumplicidade.

LeYa mais é um projeto dedicado aos livros de literatura infan-til e juvenil da leYa. Você encontrará em todas as edições da revista LeYa na Escola boas dicas de leitura para seus alunos, além de uma lista dos temas abordados e indicação de datas comemorativas para trabalhar em sala de aula. Além disso, apresentamos um projeto pe-dagógico exclusivo para você trabalhar com sua classe.

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6 anos

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Esses conteúdos e muitos outros você encontra no blog do projeto LeYa mais

(www.leyamais.com.br).

Confira essas grandes dicas de literatura para sua escola!

O LIvRO DOS TRAvA-LíNGuAS

Autor: António MotaIlustrações: Elsa Fernandes

Por meio de divertidos jogos de palavras e situações cotidianas que envolvem o convívio entre seres humanos e animais, a criança explora várias possibilidades de comunicação. Indicadas para trabalhar a pronúncia – desenvolvimento da linguagem oral –, as múltiplas abordagens do dia a dia contidas no livro visam ainda desenvolver a capacidade de elaborar e responder questões e ajudam a criar intimidade com novos vocábulos, além de estimular a imaginação: as ilustrações interagem criativamente com os textos, ampliando a habilidade linguística para entender e produzir palavras e sentidos (neologismos).

Temas: ética, cotidiano, trabalho e consumo, pluralidade cultural, solidariedade e diversos itens de língua portuguesa (o texto é recheado de onomatopeias engraçadas, rimas e uso do discurso direto e indireto).

AS CONSuLTAS DO DR. SERAFIM E A BRONquITE DA SENHORA ADRIANA

Autora: Rosário Alçada AraújoIlustrações: Afonso Cruz

Há dias estranhos na vida de todos nós, mas o dr. Serafim nunca viveu um momento tão misterioso como aquele em que a senhora Adriana foi se consultar com ele.Nessa divertida história, você vai reconhecer uma série de onomatopeias e, depois de lê-la, certamente vai dar mais atenção à pontuação.

Temas: introdução ao estudo de onomatopeias, a importância da pontuação, iniciação aos fonemas, comunicação escrita, oralidade.

ESDRúXuLAS, GRAvES E AGuDAS, MAGRINHAS E BARRIGuDAS

Autor: José FanhaIlustrações: Afonso Cruz

As palavras não são todas iguais. Há palavras magrinhas e barrigudas, e todas elas se distinguem pela acentuação. Nesse livro, as palavras ganham vida e brincam umas com as outras num jogo de monossílabo e polissílabo, de til e acento circunflexo, de palavras agudas, graves e esdrúxulas.

Temas: gramática, acentos gráficos, regras de acentuação, divisão silábica, iniciação à fonética, fonologia, morfemas, poesia.

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8 anos

José Fanha

IlustraçõesaFonsoCruz

MAGRINHAS E BARRIGUDAS

ESDRÚXULAS,GRAVES

E AGUDAS,

ESDRÚXULAS, GRAVES E AGUDAS,

MAGRINHAS E BARRIGUDAS

As palavras não são todas iguais.

Há palavras magrinhas e barrigudas e todas elas se distinguem pela

sua acentuação. Neste livro, as palavras ganham vida e brincam

umas com as outras num jogo de monossílabos e polissílabos, de tils

e acentos circunflexos, de palavras agudas, graves e esdrúxulas.

DIVISão SILáBIcA E REGRAS DE AcENtUAção

9 788580 443042

ISBN 978-85-8044-304-2

leya.com.br

esdruxulas_capa_2.indd 1 17/09/11 20:49

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LEYA MAIS

Autora: Ana VicenteIlustrações: Madalena Matoso

O tempo não volta. Não pode ser comprado nem substituído. Mas um belo dia, no livro de Ana Vicente, ele resolve sair do relógio e descobrir o mundo que ele controla por meio das horas, minutos e segundos.Em momentos de fantasia e descobertas, a cada página desvenda-se um tipo de relógio que desperta na criança o desejo de conhecer as diversas formas de marcar o tempo.

introduçãoRelógio de pêndulo, de parede, eletrônico, digital, despertador, de areia, de bolso, de corda, de pulso, de azeite, de água – todos eles têm o mesmo objetivo: medir o tempo. Mesmo na época em que o ser humano não sabia ler nem escrever já eram desenvolvidos instrumentos de medida com base em elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as marés. A organização do tempo é um desafio atual; saber medi-lo e organizá-lo de forma que sejam executados planejamentos a curto, médio e longo prazo é uma habilidade.Reconhecer a passagem do tempo e suas ferramentas de medição é um importante passo para a organização de atividades e para o melhor aproveitamento do dia.

A partirde

7 anos

como paSSa o tEmpo?

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projeto pedagógicoPoR AMANDA BoRGES

objetivo geralTrabalhar com a medição do tempo e suas ferramentas.

objetivos específicos• Explorar conceitos de medição: grandezas e medidas.• Reconhecer as representações convencionais de medidas de

tempo.• Desenvolver noção de tempo pelo estudo da rotação da Terra

e do decurso do dia e da noite. • Conhecer e construir ferramentas de medição de tempo.

Sugestões desequência didáticaAtividade préviaIdentifique título da obra, autor e biografia, gênero textual, editora etc.

a) Promova atividades para medir e comparar tamanho, peso, capacidade de um recipiente, volume e finalize dando ênfase à medição de tempo. Relacione esse conceito a vivências como pesar o lanche das crianças, medir e comparar o tamanho dos alunos na sala de aula, tempo de atividades ou intervalos de aula e recreação na unidade escolar.

b) Dentro de uma caixa, coloque um relógio e deixe que as crianças tentem adivinhar o que tem lá dentro, criando suspense. Converse sobre o uso social da medição de tempo. Faça a leitura do seguinte poema:

O RELóGIOvinicius de Moraes

Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansadoJá perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Dia e noiteNoite e dia

Faça uma tabela de horários para as atividades ou aulas da escola. Deixe-a exposta dentro da sala para que se percebam a organiza-ção, a divisão e o planejamento do tempo no período de aula.

c) Crie um relógio de areia (ampulheta).

Material:– 1 kg de areia– 2 garrafas PET (2 litros)– fita adesiva

Modo de fazerColoque areia em uma garrafa, junte seu bocal ao de outra garrafa e feche com a fita para não vazar. Vire a garrafa e calcule, medindo com um relógio convencional, quanto tempo demora para a areia cair. Proponha atividades que os alunos tenham que executar antes de toda a areia da ampulheta cair.Discuta a noção temporal que envolve fatos do passado, do pre-sente e do futuro.

avaliaçãoAo final deste projeto, espera-se que os alunos saibam relacionar os movimentos da Terra com a ocorrência do dia e da noite.É importante que conheçam as diversas ferramentas de medição de tempo, bem como formas de organização dele para potencializar as atividades cotidianas.

Acesse www.leyamais.com.br e confira este projeto pedagógico completo!

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ALGUNS NÚMEROS WPÓSENADE*

*EXAME NACIONAL DEDESEMPENHO DE

ESTUDANTES (DE 0 A 5)

NOTANOTA MÁXIMA

IGC*

NO RANKINGREVISTA EXAME

5 4 27º*ÍNDICE GERAL DECURSOS (DE 0 A 5)

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Conheça a Escola da Comunidade, criada pela fundação Visconde de Porto Seguro, que atende mais de 1 000 alunos de comunidades carentes.

HElENA PoçAS lEitão

EScola da comunidadE: tranSformando rEalidadES

GENTE DO BEM

fundação Visconde de Porto Segu-ro criou a Escola da Comunidade em 1966. Começou acolhendo 36 crianças no curso diurno e 35 adultos no turno da noite. o grupo era composto por

pessoas de baixa renda que são atraídas para a re-gião pelo adensamento populacional e obras pú-blicas e privadas. o objetivo do curso era colocar esses estudantes em sala de aula com as mesmas condições e padrão de ensino dos alunos pagantes do Colégio Visconde de Porto Seguro. Com a mu-dança da sede do Colégio para a Unidade Morumbi, em 1974, a Escola da Comunidade começou a aten-der, principalmente, moradores da comunidade de Paraisópolis, próxima ao Porto Seguro. Hoje, atende também a comunidade da Vila Andrade e recebe alunos de outros bairros da região.

A Escola da Comunidade atende 1 370 alunos. Além da Educação Básica (Educação infantil ao En-sino Médio), oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA - Ciclo i, Ciclo ii e telecurso para o Ensino Mé-dio), cursos profissionalizantes e de artesanato. Ain-da tem um coral e uma banda, que representam o colégio em atividades internas e externas.

Em entrevista, Celina Cattini, diretora-geral, e rachel Braun, diretora da Escola da Comunidade – Morumbi, contam mais detalhes:

LeYa - quais crianças podem estudar na Es-cola da Comunidade?

Crianças, jovens e adultos provenientes de famílias com renda men-sal per capita de até um salário mínimo e meio que, de preferência, mo-rem nos bairros de Parai-sópolis e Vila Andrade.

LeYa - materiais como caderno, caneta, livros, entre outros, são doados pela fundação? Como funciona?

Sim, a fundação doa os uniformes, todo o mate-rial didático e a merenda escolar aos alunos.

oferece ainda atividades culturais e estudos do meio que complementam o projeto pedagógico.

Dessa forma, os estudantes da EC participam das mesmas atividades que aqueles que frequen-tam o Colégio Visconde de Porto Seguro.

LeYa - Se alguém quiser ajudar o projeto de alguma forma, é possível? Como proceder?

É possível ajudar com doações e trabalho vo-luntário em nossas campanhas, como a do agasalho ou a de Natal, na qual presenteamos as crianças da EC com brinquedos.

os voluntários também podem doar o seu tempo, realizando workshops profissionalizantes e palestras planejadas às famílias da EC, de forma a capacitá-las para uma atividade que aumente a renda ao final do mês (ex.: palestras na área de saúde e cursos para desenvolver outras habilida-des, como aulas de culinária).

Celina Cattini, diretora-geral, e Rachel Braun, diretora da Escola da Comunida-de – Morumbi.

A Escola da Comunidade atende 1 370 alunos dos bairros Paraisópolis e Vila Andrade, em São Paulo.

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Page 44: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

aS avEnturaS dE calculino

MUITO MAIS AULA

MATEMÁTICA

Descubra como os jogos e as brincadeiraspropiciam momentos de descoberta em sala de aula

AGUiNAlDo MiRANDA E AMANDA BoRGES

A construção do conhecimento mate-mático pelos alunos é um desafio, pois a sua prática deve levá-los a uma aprendizagem voltada para a realidade da qual participam. As ati-

vidades devem ser trabalhadas de forma significa-tiva, com estratégias que remetam o cotidiano dos alunos à sociedade na qual estão inseridos.

Nossas crianças tiram conclusões sem pensar, e entre as muitas razões disso está o fato de que nem sempre estão interessadas e atentas; isso pode ocor-rer com qualquer um de nós. No entanto, o motivo mais importante é que, frequentemente, não há estí-mulos para pensar. É claro que temos intenções bem diferentes. Queremos que nossos alunos exercitem o raciocínio. No entanto, a forma atual de trabalhar com eles pode não contribuir para isso.

O que fazer para mudar?Se desejamos que nossas crianças pensem, te-

nham ideias próprias, exercitem o raciocínio, preci-samos aproveitar todas as oportunidades para atingir esses objetivos, mas como conseguiremos isso?

Propomos atividades de cálculo mental: traba-lhar com nossos alunos diferentes exercícios que os levem a entender o que estão fazendo e a raciocinar durante a aprendizagem. Em outras palavras, usa-mos: jogos, brincadeiras, desafios, teatro e os cálcu-los como se fossem problemas.

o cálculo mental não se restringe à Matemática, não é exclusividade dessa disciplina, mas, baseados em experiências vivenciadas, podemos afirmar que ele:• possibilita o exercício de capacidades como me-

mória, dedução, análise, síntese, analogia e gene-ralização;

• permite a descoberta de princípios matemáticos como a equivalência, a decomposição, a igualdade e a desigualdade;

• propicia o desenvolvimento de conceitos e habili-dades fundamentais para aprofundar os conheci-mentos matemáticos;

• favorece o desenvolvimento da criatividade, da ca-pacidade de tomar decisões e atitudes de seguran-ça (principalmente diante de desafios, provas etc.);

• finalmente, propicia que a criança conviva com os estudos (dentre eles, a Matemática) de maneira menos formal, mais criativa e motivadora.

os jogos, brincadeiras e desafios, quando bem utilizados em sala de aula, propiciam momentos de descobertas e sinapses nos neurônios (relação dos dendritos entre células nervosas), tornando as aulas mais atrativas e menos cansativas.

Baseados em experiências vivenciadas em vá-rias etapas da aprendizagem do Ensino funda-mental i, desde a educação infantil, indicamos a utilização dessas atividades extracurricu-lares como recursos lúdicos. Essas ações podem provocar mudanças no ensino da Matemática, possibilitan-do ao professor observar e considerar os conheci-mentos intuitivos que as crianças têm sobre a ma-téria de acordo com suas experiências diárias.

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provocando a rEflExãodesafio espaço e formaConstrua a figura abaixo em papelão ou madeira.

figura 1 = 10 cm × 7 cm × 3, 5 cm × 3, 5 cm × 5 cmfigura 2 = 7 cm × 7 cm × 10 cmfigura 3 = 3,5 cm × 3,5 cm × 3,5 cm × 3,5 cmfigura 4 = 5 cm × 5 cm × 7 cmfigura 5 = 5 cm × 5 cm × 5 cm × 3, 5 cm × 3, 5 cm

1) Monte um quadrado sem usar a figura 3.2) Agora monte um quadrado usando a figura 3.

respostas

Público-alvo: tempo estimado:

disciplina:avaliação:

kana

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Shut

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tock

15 3

2 4

1

5

3

2

4

31

5

24

1) 2)

alunos a partir do 4.º ano do Ensino fundamental60 minutosMatemáticaA avaliação acontece independente do resultado pois o objetivo nessas atividades é desenvolver habilidades mentais.

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rpg pEdagógico

MUITO MAIS AULA

imaginação e criatividade a serviço da educação

SilViA lACERDA

introduçãoo RPG, ou “jogo de interpretações de papéis”, na tradução literal, surgiu nos EUA na década de 1970 e espalhou-se rapidamente por todo o mundo. Na década de 1990 apareceram os primeiros estudos sobre a aplicação do jogo como ferramenta peda-gógica, e o Brasil é um dos países que mais têm trabalhado nessa pesquisa.o RPG vem sendo usado por muitos educadores, que pretendem deixar um pouco de lado os mode-los tradicionais de aula e apostar em ferramentas pedagógicas novas e eficientes.Para que possa lançar mão desse instrumento pe-dagógico lúdico é importante primeiramente co-nhecer o jogo, com suas regras e possibilidades, já que você, professor, será o “mestre” que dirigirá e orientará todo o processo, a dinâmica do grupo e o planejamento.

Objetivo geraltrabalhar com habilidades e competências que concorram para estabelecer organização e reten-ção das informações e despertar o interesse dos alunos por diferentes conteúdos que parecem não ter aplicação imediata em sua vida.

Objetivos específicosEstimular a leitura e a pesquisa; utilizar-se de diversas linguagens; exercitar a criatividade e a disciplina; conhecer e construir estratégias.

o Role Playing Game é um jogo em que não há perdedores nem ganhadores, e os partici-pantes encontram formas criativas de vivenciar situações-problema, decifrar enigmas e charadas por meio de muita pesquisa e leitura. Por proporcionar grande participação e integração entre os jogadores, exercita a oralidade, a socialização, a liderança e o resgate de valores morais e éticos.

OrientaçãoDepois da escolha do livro, a dinâmica do grupo e o planejamento dependerão de você. Desenvolva o jogo tendo como objetivo algum conteúdo cur-ricular ou tema transversal. É importante também ressaltar que o RPG funciona muito bem em proje-tos interdisciplinares, pois uma história pode en-globar assuntos de várias áreas.

• Procure elaborar um enredo interessante, repleto de situações-problema, enigmas e charadas.• Estabeleça regras simples e objetivas. • Distribua os papéis.• Não dê respostas. Sua função, como mestre, é orientar pesquisas, leituras, gerenciar debates e trocas de informações e apontar novos caminhos para os alunos.• Incentive a participação de todos, promovendo sempre o diálogo democrático e a socialização.• Determine o tempo do jogo: de uma a três aulas (dê tempo para que os alunos possam realizar suas pesquisas, leituras e reuniões para trocarem as in-formações).• Tendo em vista o roteiro, defi-na a época, o(s) ambiente(s) e outros pontos que julgar im-portantes para o desenvolvi-mento do jogo.

LÍNGUA PORTUGUESAaBc

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kana

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Sinopse: uma insti-gante aventura de capa e es-pada vivida por Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan, que mescla momentos de conspiração, vingança, traição, política e religião na corte de luís Xiii, rei da frança.

Sugestão de sequência didática:• Escolhido o texto, faça uma roda de leitura para o conhecimento da história. Em seguida, proponha transformar a aventura de Os três mosqueteiros em um jogo de RPG;• Explique o jogo para os alunos: as re-gras, o tempo que eles terão para fazer as pesquisas e leituras, as discussões e trocas de informações, e distribua os papéis. Sugira um debate para abordar os principais fatos da história lida; • Oriente os alunos para que possam elaborar um tabuleiro que recrie o am-biente principal do enredo. lembre-se

Público-alvo:tempo estimado:

disciplina:avaliação:

alunos do 8.º ano do Ensino fundamentalquatro aulaslíngua Portuguesa, História e Geografialeitura, interpretação, produção de texto e expressão oral

SugEStão dE rpgLivro: Os três mosqueteiros em cordel, de Klévisson Viana, inspirado na obra homô-nima de Alexandre Dumas. Editora leYa.

de que eles deverão anotar cada pas-so, descoberta e

decisão que tomarem no decorrer

do jogo, para que possam resol-

ver as situações-problema e decidir as novas estratégias de ação;• A partir daí, seja

um mediador, orienta-dor e supervisor das pesqui-

sas, leituras e descobertas dos alunos, sempre observando o desempe-nho individual para a avaliação futura; • Ao final do jogo, você terá elementos suficientes para avaliar seu aluno e as diversas informações coletadas.

referências:ANDRADE, flávio. “RPG e educação”.

Disponível em:www.rpgnaescola.com.br/rpgpedagogico.php.

MARCAtto, Alfeu. Saindo do quadro. Cosciência, 1996.

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Page 48: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

hiStória:linha do tEmpo

MUITO MAIS AULA

HISTÓRIA

ElAiNE Do AMARAl

Público-alvo:tempo estimado:

disciplina:avaliação:

alunos do 5.º ano do Ensino fundamental idez aulasHistóriaidentificação da passagem do tempo; noção de presente, passado e futuro; reflexão sobre ações e implicações para o futuro

o ensino tradicional de História pode ser monótono, mas, com um pouco de imaginação e instrumentalização, a aula pode se tornar divertida e interessante para o aluno.Situar o aluno no tempo e levá-lo a entender que é um sujeito que vive em determinado tempo histórico e que suas escolhas individuais influenciam o contexto social em que está inserido pode não ser uma tarefa simples, assim como levá-lo a entender a passagem do tempo. Mas,

por meio de um trabalho que faça o aluno se enxergar como protagonista de sua vida, podemos facilitar esse processo e torná-lo agradável.

E O TEMPO PASSOU...

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etapa 1Entregue aos alunos uma folha com a se-guinte pergunta: quais são os principais acontecimentos da sua vida e quando aconteceram? Ela deve ser respondi-da juntamente com os familiares. Assim daremos a oportunidade para que cada aluno enumere os acontecimentos que lhe são mais significativos.

etapa 2 Com as respostas em mãos, os alunos devem ser levados até a sala de infor-mática. Peça-lhes que pesquisem o que estava acontecendo no mundo nos anos, meses e dias mencionados nas respos-tas. Dica: todos os grandes jornais man-têm acervo on-line.De acordo com o conteúdo que está de-senvolvendo, defina a área de pesquisa. Exemplos: economia, política, esporte, sociedade, arte etc.

etapa 3 Quando todos tiverem concluído a pes-quisa, peça-lhes que reflitam sobre os acontecimentos e suas consequências

nos dias atuais (provavelmente isso será assunto para uma nova pesquisa).Explique aos alunos que as atitudes po-dem causar bons ou maus efeitos, e isso se refere aos aspectos de ética e cida-dania. faça-os refletir sobre as escolhas que fazem diariamente, e o quanto elas podem impactar suas vidas.

e por falar em futuro...Vamos refletir sobre a noção de futuro partindo da data de nascimento dos alu-nos e da pesquisa que fizeram. Peça-lhes que façam considerações sobre o tempo de vida e o tempo histórico. Considerar o tempo de vida humano pode ser um bom parâmetro.

Para finalizar, proponha a construção de uma linha de tempo pessoal. Se possí-vel, use fotos pessoais dos alunos, em momentos importantes da vida deles, e fotos do que estava acontecendo no mundo naquele momento.

Construa a linha do tempo da seguinte forma:

MOMENTO 1

FATO HISTÓRICO 2

FATO HISTÓRICO 3 FATO

HISTÓRICO 4FATO HISTÓRICO 1

MOMENTO 2 MOMENTO 3 MOMENTO 4

momEntoS do aluno

fatoS hiStóricoS corrElatoS

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Page 50: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

MUITO MAIS AULA

ElAiNE Do AMARAl

Público-alvo:tempo estimado:

disciplina:avaliação:

alunos do 4.º ano do Ensino fundamental ium mêsGeografiapredisposição para a mudança de hábito

GEOGRAFIASoluçõESSocioamBiEntaiS

o termo sustentabilidade, cada vez mais popular, vai muito além da preser-vação do meio ambiente, e remete à ideia de uma sociedade na qual as pessoas possam viver de forma digna,

confortável, saudável e justa. outros itens podem ser acrescentados à definição, como o respeito à diversi-dade cultural, a ética e principalmente as mudanças de atitude.Cada um de nós deve fazer o que estiver ao seu al-cance para defender o equilíbrio do planeta, e isso tem tudo a ver com a escola, pois ela é um espaço privilegiado para o aprendizado das relações inter-pessoais e com o meio ambiente, e é também nesse espaço que os alunos, se bem orientados, refletem sobre as consequências de suas atitudes no meio em que vivem.Quando pretendemos desenvolver um trabalho so-bre sustentabilidade, podemos partir de qualquer situação que, de alguma forma, desequilibre as rela-ções dentro do ambiente escolar, e depois fazer que os alunos pensem sobre os problemas da sociedade em um sentido mais amplo. É preciso estar conscien-te de que educar para a sustentabilidade é educar para a transformação.

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SugEStão dE traBalho

desperdício não!Um dos maiores problemas em âmbito mundial, em termos de sustentabilidade, é o desperdício de alimentos, quando há mi-lhões de pessoas que sofrem com a fome. isso configura um desequilíbrio, que pode ser corrigido com conscientização e mu-dança de atitudes.

etapa 1Apresente aos alunos o vídeo Ilha das Flo-res, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28• Após a apresentação, ajude os alunos a refletir sobre o assunto abordado no vídeo por meio de conversa, desenhos, colagem, cartazes ou texto.• Peça aos alunos que, individualmente ou em grupos, proponham soluções para o problema apresentado.• Promova o compartilhamento das soluções elaboradas por eles.

etapa 2 • Converse com os alunos sobre o conceito de sustentabilidade. Enfatize que ele não se re-fere somente a desequilí-brios como falta de água, energia, poluição etc.• Viabilize uma pesquisa sobre o tema, conside-rando dados estatísticos sobre o desperdício de alimento e a fome no mundo.

etapa 3 • Peça aos alunos que, individualmen-te ou em grupos, pesquisem receitas com alimentos reaproveitados, cascas, sobras ou partes que normalmente vão para o lixo. Proponha que solici-tem ajuda à família ou sugira sites na internet.• Com a receita em mãos, eleja junta-mente com os alunos uma ou mais re-ceitas para serem servidas no horário do lanche. Se não for possível fazer a re-ceita na escola, peça ajuda às famílias.

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poluiçãonão!

MUITO MAIS AULA

ElAiNE Do AMARAl

pSiiiuuuuuu!

Sabemos que qualquer tipo de poluição traz consequências para a saúde. A poluição sonora, por exemplo, é apontada hoje como o maior causador de estresse nos morado-res das grandes cidades. Aparentemente

inofensivo, o excesso de barulho despertou a pre-ocupação dos órgãos de saúde pública, que vêm

lançando campanhas de conscientização de seus malefícios.

Estar exposto a ruídos de intensidade forte por um longo período de tempo traz vários prejuízos à saúde, não só estresse, mas também perda da audição, perda do poder de concentração, irrita-bilidade, insônia ou sensação de noite maldormi-da. Na escola não é diferente: sabemos que todos

estão expostos a ruídos fortes e de longa duração. os alunos produzem o barulho e eles mesmos ficam

irritados, com dores de cabeça e com pouca predis-posição para o aprendizado. Já os professores, além do

estresse, têm prejuízos na voz e na audição.Combater a poluição é um dever de todos, portanto um

dever cidadão. A escola tem um papel essencial na forma-ção do cidadão e é em nossas aulas que ensinaremos os alunos a identificar, refletir e combater todo e qualquer tipo de poluição. Neste momento iremos trabalhar o com-bate à poluição sonora no ambiente escolar.

Público-alvo:tempo estimado:

disciplina:avaliação:

alunos do 3.º ano do Ensino fundamental ium mêsCiênciasidentificação dos diversos tipos de poluição; mudança no comportamento dos alunos, que devem se preocupar com a diminuição do barulho

CIÊNCIAS

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etapa 1Primeiramente vamos trabalhar o con-

ceito de poluição. Peça aos alunos que pro-curem (em jornais, revistas ou sites) imagens de água limpa e de água suja; de ar puro e de ar poluído; de ruas e praças com e sem lixo; de lugares que sugiram calma e silên-cio e de lugares barulhentos e agitados.

Monte um painel com as figuras que os alunos trouxerem e peça-lhes que respon-dam às seguintes perguntas: o que é polui-ção? Quais são os tipos de poluição existen-tes? Quem as produz? Quais às suas conse-quências para os seres humanos? E para os animais? Com base nas respostas dos alu-nos, leve-os a refletir sobre a responsabili-dade de cada um de nós na construção de um mundo sustentável e livre de poluição.

Após a discussão, peça que os alunos produzam um texto ou cartaz sobre o tema, expondo o que pôde ser aprendido neste trabalho.

etapa 2Selecione sons agradáveis e desagradá-

veis, altos e baixos, corriqueiros e incomuns. Grave-os e apresente-os à classe. Distribua

tiras de papel aos alunos, uma para cada som que eles vão ouvir. Peça que escrevam nas tiras suas sensações ao ouvir esses sons. De acordo com as sensações que eles men-cionarem, explique todos os impactos da poluição sonora em nosso corpo.

Peça aos alunos que, durante uma sema-na anotem todos os barulhos da escola, os agradáveis e os desagradáveis (você pode criar uma planilha para as anotações). Se-pare 10 minutos por aula para que sejam feitas as anotações.

Após esse período, anote em um car-taz as ocorrências mais frequentes, os sons que eles registraram como agradáveis e desagradáveis, e deixe-o afixado na sala.

Proponha soluções e acordos para que o ambiente se torne mais calmo. Discutam formas de minimizar os barulhos que nos incomodam, como por exemplo: não gritar, falar baixo, não conversar em grandes gru-pos de pessoas etc.

todas as vezes que o barulho estiver incomodando, recorra às anotações, lem-brando a classe do combinado. A cons-cientização e a mudança de atitude são os principais objetivos deste trabalho.

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Page 54: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

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Page 56: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

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oS dESafioS da docência no BraSil

Estudos recentes dizem-nos que o Brasil vive uma verdadeira tragédia educa-cional. As escolas de “dar aula e nota” produziram 24 mi-lhões de analfabe-

tos funcionais. Perante este trá-gico quadro, urge interpelar o poder público e as instituições de formação. Urge criar condi-ções para a reelaboração da cultura pessoal e profissional dos professores.

o Brasil estacionou no século XiX da cultura política e edu-cacional, e as escolas, que se mantêm ancoradas num mode-lo de ensino obsoleto, viraram obstáculos ao desenvolvimen-to humano. Porém, acredito que ainda possam transformar-se em locus de humanização. Que me seja perdoado o estilo “normativo” do discurso, por-que não creio que se possam sequer esboçar soluções. Mas, perante os desafios contemporâneos da docência, arriscarei elencar mais algumas urgências.

Em primeiro lugar, afirmar que um educador não ensina aquilo que diz – ele transmite aquilo que é. Aprendemos uns com os outros, enquanto consolida-mos vínculos, não apenas de natureza cognitiva, mas, sobretudo, emocional. Será, pois, necessário que os professores assumam atitudes coerentes com os valores e princípios dos seus PPPs (Projeto Político-Pedagógico) escritos. Mutatis mutandis, para que seja exemplo da prática de tais valores (que constam em todos os PPPs), o professor terá de abandonar a so-lidão de celas de aula, para trabalhar em equipe e garantir aos jovens uma educação plena. A educação escolar deverá afastar-se da fórmula tradicional, para que possa acontecer em múltiplos tempos e lugares.

Urge que os educadores se curem da síndrome do vira-lata (que o saudoso Nelson tão bem definiu), que prestem menos atenção às modas estrangeiras e es-cutem mais os autores brasileiros, como o lauro: “a

escola, no futuro, não se reduzirá a um lugar fixo mu-rado, tornando-se, verdadeiramente, uma atividade pública”. Dito de outro modo: o que é que uma es-

cola ensina, que não podemos aprender em outros lugares? Se há tantos modos de fazer educação, por que razão se insiste num só modelo de es-cola? talvez a física explique, quando se analisa o fenômeno da inércia…

Urge que a universidade se distancie de práticas de for-mação incompatíveis com as necessidades educacionais do nosso século. Que substitua aulas e outras práticas desti-tuídas de fundamento teórico (ou de mero bom senso) pela diversificação de processos, porque todos podem apren-der e porque a excelência acadêmica não é incompatível com a inclusão social.

Urge que os professores não deem ouvidos a pseu-doespecialistas, que pontificam na tV e nos congres-sos, economistas e outros opinion makers, que creem que uma escola pode ser gerida como se fora um es-critório, ou uma padaria… Urge rever o tipo de ges-tão das escolas, passar de uma tradição hierárquica e burocrática para decisões colegiais.

Urge que os educadores entendam que, sem a cria-ção de vínculos afetivos, uma escola poderá con-verter-se numa usina de boçais. Como poderá um professor conhecer a pessoa do aluno, “dando aula”, numa atitude frontal anônima?

José francisco de almeida Pacheco é licenciado em Ciências da Educação, mestre em Educação da Criança pela faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Uni-

versidade do Porto; idealizou e coordenou há mais de 30 anos a Escola da Ponte em Portugal. No Brasil, desde 2001 acom-panha projetos de escolas em diversos estados. Além disso, ministra palestras nessas instituições, e cursos e seminários

em escolas, universidades, centros de formação de gestores, empresas e no MEC.

Urge que os educadores entendam

que, sem a criação de vínculos afetivos, uma escola poderá converter-se numa

usina de boçais.

JoSÉ PACHECo

CARREIRA

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Page 57: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

ClÁUDiA MARiA toZZi BERNARDiNo toMMASiNi

A escola e a família mudaram nos últimos anos. Atualmente, por razões diversas, encontramos vá-rias configurações familiares e uma escola modifi-cada em relação à sua estrutura e dinâmica interna. tal fato é evidenciado pelas diversas publicações e trabalhos sobre o tema e também pela preocupação constantemente manifestada por profissionais da educação. É comum ouvirmos dos pro-fessores que “a família não vai bem”, “os pais não educam”, “os lares estão desestrutura-dos”. Por outro lado, os pais vêm à escola para serem infor-mados das inúmeras dificulda-des dos filhos, manifestando os mais variados sentimentos: permissividade, autoritarismo, cobrança, rejeição, negligên-cia; por fim, culpam a escola, culpam a si próprios e não sa-bem o que fazer.

o fato de que a família não vai bem, e que isso influencia o desempenho escolar dos alunos, deve ser considerado. Porém, assumir esse discurso e diagnosticar a família como a única responsável pelos problemas ocorridos na es-cola leva-nos a um conflito permanente e a pressões recíprocas. Além disso, a escola terá consequências negativas e perderá o seu eixo de ação.

Então, como deveria ser entendida a participação da família na escola? À família, independentemente de sua conformação, cabe a estruturação do sujeito por meio da vivência socioafetiva. É nessa dinâmica que o sujeito se constitui. A escola, por sua vez, tem como função transmitir o saber culturalmente orga-nizado por meio do conhecimento científico e, assim, contribui com o desenvolvimento do sujeito. Portanto, as duas instituições assumem o papel de educar, em-bora de maneiras distintas. Mas educar para quê?

a importânciada parcEria EntrEa EScola E oS paiS

o fato de que a família não vai bem, e que isso influencia o desempenho escolar dos alunos, deve ser

considerado.

Segundo Gabriel Perissé, escritor e doutor em filosofia da Educação, a origem do termo educar está no latim. Vem da associação de ex, que significa fora, e ducere, que significa trazer, conduzir. Portanto, “conduzir para fora”. Neste sentido, educar signifi-ca preparar para o mundo, educar para a autonomia

(capacidade de governar a si mesmo) e, como enfatiza o psi-cólogo e consultor educacio-nal José Ernesto Bologna, “não existe outra educação senão a educação para a autonomia”. família e escola, desse modo, educam para o mesmo fim.

Estabelecer uma relação de cooperação (co-operação, como escreve Piaget para su-blinhar a origem etimológica do termo) entre família e esco-la implica admitir a necessida-de de intervenções planejadas e conscientes. Cabe à escola ter consciência de sua respon-sabilidade na construção des-sa parceria, criando espaços para a reflexão, promovendo a aproximação das duas institui-ções, possibilitando o ressig-

nificar e o repensar da família acerca de seu verda-deiro papel no processo escolar de seus filhos, pois quando a escola tem a família como parceira, o êxito pode substituir o fracasso.

Cláudia maria tozzi Bernardino tommasini é graduada

em Psicologia, pós-graduada em Psicanálise e linguagem pela PUC/SP; habilitada na área de deficiência pela Escola

Paulista de Medicina; tem título de especialista em Psicologia Educacional pelo Conselho Regional de Psicologia. É

psicóloga escolar e orientadora educacional da escola Villare. Atua no Ensino fundamental ii e no Ensino Médio,

atende alunos, pais e professores, realiza programas de orientação profissional, inclusão escolar e projetos para o

desenvolvimento moral dos alunos.

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Page 61: Revista LeYa na Escola - 2ª edição

ESTANTEguia POLitiCamEntE inCOrrEtO da fiLOSOfia Autor: luiz felipe PondéEditora: leYa

Não importa quanto você acha que é bom, leitor. Você não é. Separar o lixo reciclável, chamar um negro de não caucasiano e não rir das piadas preconceituosas daquele amigo que, no fundo, tem mais caráter que você, não te torna uma pessoa boa. Na verdade, te transforma em um chato com fortes tendências autoritárias. No terceiro livro da coleção Politicamente incorreto, o filósofo luiz felipe Pondé desbrava, com a ironia costumeira, a história do politicamente correto com base no pensamento de grandes filósofos, como Nietzsche e Darwin, e do escritor Nelson Rodrigues, entre muitos outros. o Guia politicamente incorreto da Filosofia não é um livro sobre a história da filosofia, mas um ensaio sobre a filosofia do cotidiano. Dividido por temas, a obra aborda assuntos como capitalismo, religião, mulheres, instintos humanos, preconceito, felicidade e covardia.

diEta dO mEtaBOLiSmO: aCELErE a quEima dE CaLOriaS E PErCa PESO raPidamEntEAutores: Jillian Michaels e Mariska van AalstEditora: lua de Papel

Jillian concentra 17 anos de pesquisa e de aplicação prática cercada dos mais renomados médicos e nutricionistas, além de sua própria experiên-cia em perda de peso, para criar uma dieta com hábitos que otimizem o metabolismo. Esta é a primeira vez que um autor traz um estudo tão im-portante quanto prático acerca da influência do metabolismo na redução de peso e na manutenção da saúde. Depois de passar anos exagerando nos exercícios e se submetendo a dietas mirabolantes, Jillian Michaels descobriu que há um caminho mais fácil e eficaz para se manter saudável e emagrecer. Basta aprender a estimular nossos hormônios a queimar, ao invés de armazenar gordura. Para compor essa dieta, Jillian apresenta pla-nos de refeições, listas de alimentos que ativam seus hormônios e receitas rápidas e simples.

LiçõES dE vida daS grandES hErOínaS da LitEraturaAutora: Erin BlakemoreEditora: Casa da Palavra

o universo literário está repleto de heroínas inteligentes e destemidas que ganharam vida nas mãos de celebradas autoras. Assim como as mulheres de hoje, elas valorizavam sua personalidade, espiritualidade, carreira, amizade e família. Escritoras como Jane Austen e louisa May Alcott deram força às suas opiniões diante de momentos difíceis, às vezes com palavras, outras vezes com atos de coragem.Este livro encantador nos mostra a força e o poder encontrados nos clássicos. Um tributo único às suas escritoras e um presente extraordi-nário para mulheres de todas as idades.

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