revista johvem 2013

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UM ESTILO DE VIDA Nº 10 - Junho / 2013 Conferência Johvem 2013

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UM ESTILO DE VIDANº 10 - Junho / 2013

Conferência Johvem 2013

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Johvem Junho de 2013 1

Editorial

“Espírito de Busca”. Este foi o grande tema apresentado em 2013, na nona edição da Conferência Johvem, realizada no Hotel Transamérica, em São Paulo. Histórias de vida e experiências marcantes foram mos-

tradas como exemplos de missionários que fortale-ceram sua fé e alcançaram a felicidade, guiados por um dos Ensinamentos de Meishu-Sama: “O homem depende do seu pensamento”.

Dia 27 de abril foi mais uma data especial para os jovens messiânicos. Durante a Conferência, os participantes puderam ouvir a tão esperada palestra do presidente mundial, reverendíssimo Tetsuo Wa-tanabe, que demonstrou, a partir de sua experiência de vida, como os jovens devem agir para se torna-rem seres paradisíacos e persistirem na fé, mesmo com todos os aprimoramentos e obstáculos. Todas as orientações do presidente mundial e os detalhes da Conferência estão nesta revista.

As 1.300 pessoas presentes ao evento tiveram a oportunidade de ouvir a comovente história de su-peração da ministra Rita Laura Cavalcanti e como o espírito de busca foi essencial para a consolidação de

sua fé e felicidade. A íntegra da palestra, você encon-tra nas páginas que seguem.

Emoção também não faltou nas três experiências de fé apresentadas na Conferência 2013. Os jovens Raphael Ismail Müller, da região sul, e Tatiana Lu-dmila Santos Brandão, da região Grande São Paulo, fizeram seus relatos, assim como o ministro Gilmar Dall’Stella, que encontrou um novo caminho em sua vida missionária a partir da prática da Agricultura Natural. Não deixe de ler.

A revista também traz as palavras do diretor de expansão da IMMB, reverendo José Roberto Bellin-ger, que explicou, dentre outras coisas, de que for-ma poderemos, através da prática da horta caseira, construir a Arca de Noé do século XXI e como entra-remos em sintonia com o Divino, a partir do nosso pensamento, que realiza uma grande transformação em tudo o que nos rodeia.

Esperamos que cada página desta edição contri-bua para seu aprimoramento e o motive a manter seu espírito de busca, contagiando também muitos ou-tros jovens.

Boa leitura!

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2 Johvem Junho de 2013

Índice

4

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9ª Conferência Johvem reuniu 1.300 pessoas no Hotel Transamérica

União das três colunas amplia a expansão 20 Dedicação contribui para a

formação integral do jovem

22 Criançarte e Tweens: crianças mais altruístas e espiritualistas 25 A missão de levar o Belo

por meio da música

Page 4: Revista johvem 2013

Johvem Junho de 2013 3

JohvemUM ESTILO DE VIDA

Nº 10 - Junho de 2013

Publicação da Igreja Messiânica Mundial

do BrasilDivisão de Expansão

Secretaria Johvem

Rua Morgado de Mateus, 776º andar - Vila Mariana

São Paulo - SP - Tel.: 11 5087-5162www.johvem.com.br

[email protected]

Elaboração: Divisão de Comunicação

da Igreja Messiânica Mundial do Brasil

Diretor responsável: Rev. Mitsuaki Manabe

Redação: Fernanda Silvestre - MTb 67543 Kelly Cristina Gomes de Mello

MTb 69608SP

Fotografia: Tony Massahiro Tajima Michel de Jesus Rossetti

Melissa Yumi Hamamoto Binder

Edição de arte: Kioshi Hashimoto

Revisão: Ivna Fuchigami

10

32

26

Aprimoramentos para se tornar útil a Deus

Purificações fortaleceram a ministra Rita Laura

A sintonia com o Supremo Deus

para a salvação de pessoas

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CONFERÊNCIA JOHVEM

9ª Conferência Johvemno Hotel Tra

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CONFERÊNCIA JOHVEM

m reuniu 1.300 pessoas ansamérica

A nona edição da Conferência Johvem reuniu 1.300 pessoas, entre

reverendos, ministros e jovens vindos de todas as regiões do Brasil,

no Hotel Transamérica, em São Paulo (SP), no dia 27 de abril.

Johvem Junho de 2013 5

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6 Johvem Junho de 2013

O Johrei, a Agricultura Natural e o Belo foram as principais temáticas aborda-das ao longo da convenção, que é rea-lizada anualmente pela Secretaria Joh-vem da Divisão de Expansão da Igreja

Messânica Mundial do Brasil. A Conferência Johvem 2013 objetivou repassar, por meio de suas ações, a importância da prática das três colunas.

O credenciamento do evento começou às 7 ho-ras, e a abertura oficial contou com a participação da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Regida pelo segundo-tenente músico, Davi Cirino da Cruz, a banda tocou o Hino Nacional.

Logo após, os jovens apresentadores, Elidia Ra-phaella Quadros Pinho e Christofer Borges da Cruz, anunciaram as caravanas vindas das Regiões: Sul, Rio Capital, Grande Rio, Norte, Nordeste, Centro-Oeste, São Paulo Interior, São Paulo Capital, Grande São Paulo e São Paulo Capital. Estiveram igualmente presentes 12 caravanistas do exterior.

O Secretario Johvem, ministro Jorge Bulhões, agradeceu a todos o apoio à realização da Conferên-cia Johvem 2013. Ele falou sobre sua transferência para a Secretaria Johvem, ocorrida em setembro úl-timo, manifestou sua gratidão à direção da Igreja,

mencionou a presença de cerca de 150 responsáveis de Johrei Center, dos assistentes de formação, dos co-ordenadores de jovens e apresentou os integrantes da nova turma de Agricultura Natural, do Seminário de Formação Sacerdotal da IMMB. “Espero que vocês possam retornar carregados de energia e muita luz, e que todas as atividades possam contribuir para o cumprimento de suas missões”, acrescentou.

Em seguida, o jovem Fúlvio Magalhães Lima de Souza relatou que, desde pequeno, desejava tornar-se ministro da Igreja. Com 17 anos, ingressou no pré-seminário, mas não conseguiu prosseguir e pro-curou outro caminho para se profissionalizar. Iden-tificando afinidades com o coral da Fundação Mokiti Okada, passou a participar das atividades musicais e aprofundou seus conhecimentos. No início de 2012, foi aprovado em 1º lugar, na Escola Municipal de Música. A partir de então, recebeu outras graças de Deus e descobriu que sua missão é divulgar a arte de alto nível por meio do canto. Fúlvio manifestou sua alegria e gratidão juntando-se aos corais infanto-juvenis Mokiti Okada, de Campinas e de São Paulo (Vila Mariana), que, reunidos, encantaram os parti-cipantes com músicas havaianas e brasileiras sobre a Natureza.

CONFERÊNCIA JOHVEM

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O diretor da Divisão de Expansão, reverendo José Roberto Bellinger, saudou a todos e contou suas ex-periências sobre como aprendeu a servir ao próximo e referiu-se ao reconhecimento social que o messiâ-nico deve ter pela sua postura gentil e simpática.

Já o relato do ministro Gilmar Dall´Stella, da Re-gião Sul, mostrou suas experiências vividas após ouvir as orientações do presidente mundial da Igre-ja Messiânica, reverendíssimo Tetsuo Watanabe, na Conferência Johvem 2012. Por meio da prática, o mi-nistro Gilmar repassou o amor e a gratidão que se deve ter a Deus quando se pratica a horta caseira, pois os alimentos nascem a partir da permissão Divi-na e da força da Natureza. Assim, ele ajudou uma jo-vem a sair de uma depressão encaminhando-a para participar de atividades na área da Agricultura Na-tural, fato que posteriormente, a tornou responsável pelo projeto Horta em Casa e Vida Saudável, da Fun-dação Mokiti Okada, na Região Sul. Outra vivência relatada por ele foi a de uma ministra e alguns mem-bros de sua região que, após o empenho nesta colu-na de salvação, encaminharam com facilidade mais pessoas à fé messiânica. “Unindo as três colunas da salvação é que podemos ampliar significativamente a expansão da Obra Divina”, concluiu.

A importância do espírito de busca para se tor-nar mais útil à expansão da Obra Divina foi enfati-zada pelo presidente da IMMB, reverendo Hidenari Hayashi. Em seguida, em meio a uma energia conta-giante, o Revmo. Watanabe deu início a sua palestra. Na oportunidade, ele relembrou os assuntos aborda-dos na Conferência Johvem 2012 como a construção da Arca de Noé do século XXI, a importância da horta da caseira para o reconhecimento do poder da grande Natureza e do sentimento de gratidão a Deus. “A verdadeira escola é o dia a dia”, disse o presidente mundial, que orientou os presentes a aproveitar as oportunidades que a vida oferece para aprenderem e crescerem, com base no espírito de busca.

O presidente mundial da IMM também abordou os cinco pontos ressaltados por Meishu-Sama em relação à medicina e à agricultura convencional; ressaltou a mudança do paradigma atual, de mate-rialista para espiritualista e de egoísta para altruísta bem como destacou a criação do desejo de fazer as pessoas felizes para entrar em sintonia com Deus, aceitando os obstáculos que surgirem como forma de polimento da alma, para se tornar cada vez mais útil à Obra Divina. “Procurem pensar que todas as difi-culdades que aparecerem à sua frente, são presentes

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de Meishu-Sama para crescerem e evoluírem, e as-sim concretizarem todos os sonhos”, orientou.

O Revmo. Watanabe ainda contou algumas de suas experiências e referiu-se a sua decisão de dar início à carreira missionária, fazendo difusão no Brasil. Ele contou as vivências que marcaram sua vida e a expan-são da IMMB no Rio de Janeiro e encerrou dizendo que o seu maior sonho é o mesmo de Meishu-Sama: a criação de uma nova civilização. “E, para concretizar este sonho, conto com todos vocês”, disse.

Ao término da palestra, os jovens cantaram e dançaram com a banda The Rolling Stones Live Cover, que tocou os principais clássicos do famoso grupo inglês. A banda cover é formada por Cláudio Veiga (Mick Jagger), Kim Kehl (Keith Richards) Léo Cunha (Ronnie Wood), Stefano Stella (Bill Wyman) e Tommy Duka (Charlie Watts). Eles animaram os jovens que, no momento, se preparavam para as ati-vidades da tarde.

Outro momento marcante da Conferência Joh-vem foi a palestra da ministra Rita Laura Avelino Cavalcanti, mestre em Psicologia da Aprendizagem e Desenvolvimento pela Universidade de Brasília e doutora em Ciências Humanas pela Pontifícia Uni-

versidade Católica do Rio de Janeiro. A ministra Rita Laura apresentou um breve relato sobre sua vida e as dificuldades enfrentadas. Contou como conheceu Meishu-Sama e tornou-se membro e missionária da Igreja. Os desafios da área da Educação entre ciência e religião, a importância da perseverança diante dos sofrimentos e as graças alcançadas por meio da fé messiânica foram alguns dos assuntos apresentados por ela. “Dor é vida, ausência da dor é a morte” citou ela, como forma de incentivar os jovens a ultrapassar as dificuldades com fé em Deus e Meishu-sama e a nunca perder o espírito de busca.

A experiência de fé do jovem Raphael Ismail Müller (Região Sul) mostrou seu desafio ao aceitar tornar-se responsável de jovens de seu Johrei Center e como sua atuação na Expansão o levou à dedica-ção de coordenador de jovens da Área Curitiba, au-mentando ainda mais, e em uma abrangência muito maior, os resultados conquistados.

“As crianças são grandes instrumentos de Deus” foi o que disse a jovem Tatiana Ludmila Santos Bran-dão Muniz, da Região Grande São Paulo em sua ex-periência de fé. Ela apresentou os resultados alcan-çados com crianças messiânicas, de 4 a 12 anos, que

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fazem parte dos Programas de Formação Criançarte e Tweens. Ela enfatizou a importância da formação delas com base no espiritualismo para a melhoria do País no futuro.

O encerramento da 9ª Conferência Johvem foi feito pelo reverendo Bellinger. Ele disse aos jovens que o Paraíso Terrestre já é uma realidade e que precisamos apenas aflorar nosso espírito de busca. “A única coisa que precisamos fazer realmente é tornar as pessoas felizes. Levem isto em seus pensamentos, para que cada um de vocês entre em sintonia com o Supremo Deus, com o Divino. Dessa forma, todas as coisas vão se organizando em nossa vida”. O reverendo Bellin-ger finalizou a palestra relatando suas experiências com a horta caseira, de que maneira aprendeu a lidar com o solo e a entender melhor a Natureza, e deixou uma tarefa aos participantes: que cada jovem se torne, mensalmente, um pioneiro da salvação na vida de ou-tra pessoa, ao longo de um ano.

Nesta revista, você encontrará na íntegra, os tex-tos das palestras do Revmo. Watanabe, do reveren-do Bellinger e da ministra Rita Laura, bem como as experiências de fé apresentadas na Conferência Johvem 2013.

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CONFERÊNCIA JOHVEM

Bom-dia a todos! Estão passando bem?

Hoje, estou muito feliz de encontrar com todos vocês. Estava com muita sau-dade desta energia que vocês irradiam, desse ambiente.

No ano passado, falei sobre a criação da Arca de Noé do Século 21. Vocês se lembram? Quero agra-decer, de todo meu coração, o esforço e o empenho de todos, para criar as condições necessárias para a construção desta Arca.

Estão praticando a horta caseira? Quantos estão? Podem levantar a mão? Estão tendo resultados?

Por meio da prática da horta caseira, poderemos compreender o poder da Grande Natureza e desen-volver o sentimento de gratidão a Deus.

A horta caseira tem despertado muitas pessoas para o caminho da fé.

Ao envolvermos um vizinho ou um amigo na prática da horta caseira, estaremos transmitindo o evangelho de Meishu-Sama.

Acabamos de ouvir a experiência de fé do minis-tro Gilmar. Ele conseguiu representar muito bem to-dos os jovens aqui presentes.

Ele envolveu 48 escolas na Região Sul, num total

Aprimoramentos para se tornar útil a Deus

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de 18 mil alunos e também gerou expansão da obra divina, através das reuniões nos lares, realizando oficinas de horta caseira, nas quais os messiânicos convidavam vizinhos e amigos para ouvirem sobre o princípio da agricultura natural.

Fiquei muito feliz de ver o espí-rito de busca do Gilmar em colocar em prática a orientação recebida.

Acho muito importante cada um ter o espírito de querer crescer e evoluir cada vez mais.

Quando eu tinha 11 anos, meu professor de caligrafia me ensi-nou algo muito importante: “Na escola, você aprenderá apenas o básico. A verdadeira escola é

o seu dia a dia. É bom aprender qualquer coisa. Seja coisa boa ou ruim, aprenda! Aproveite bem to-das as oportunidades!”

Então, eu perguntei a ele:- Qualquer coisa mesmo? Até

bater carteira?- Sim, é bom aprender. É só não

roubar. Assim, você poderá evitar ser roubado.

Apesar de ter apenas 11 anos, isso ficou gravado na minha me-mória.

Por esse motivo, procurei apren-der ao máximo, em todas as opor-tunidades. Estudei artes plásticas, caligrafia, canto tradicional do Ja pão (nagauta) e pratiquei vários esportes. Aprendi muitas coisas, graças ao incentivo de minha mãe. Quando a via cozinhando, queria saber como ela preparava a comida.

Meishu-Sama nos ensinou: “Sejam sempre homens do pre-sente”. Hoje, melhor que ontem; amanhã, melhor que hoje...

Existem pessoas que crescem até certa idade, mas chega uma hora em que param de crescer; isso acontece porque não buscam mais. Mesmo quem é formado, se não tiver espírito de busca, não vai crescer, fica estagnado.

Konosuke Matsushita, funda-dor da Panasonic, antiga National, é um dos homens mais respeitados no Japão como empresário, mas só tinha o curso primário. Quando pequeno, era ajudante da fábrica. Mesmo assim, ele tinha sempre espírito de busca. Pensava em qual eletrodoméstico as senhoras preci-savam ter e estudava quantas ho-ras as donas de casa gastavam para lavar roupa. Antigamente, era tudo à mão. Já imaginaram uma mãe com cinco filhos? Pensando nisso, fez todo o esforço para aperfeiçoar a máquina de lavar roupa. E não só a máquina de lavar roupa, mas a

linha de eletrodomésticos.Todos precisam ter espírito de

busca e vontade de crescer, evo-luir e aprender com todas as situ-ações do dia a dia.

Agora pouco, vocês assistiram a um vídeo sobre Física Quântica*.

Um dia, no Japão, meu filho aproximou-se e disse: “Pai, quero conversar sobre uma coisa... Pare-ce que a Física Quântica está qua-se provando a existência do Mun-do Espiritual e até da nossa alma.”

Desde o século passado, os cientistas vêm fazendo pesquisas, tentando responder perguntas que ainda não tiveram resposta con-vincente por parte da Ciência.

Eles já identificaram que existe uma força invisível: um observa-dor que interfere nos resultados. Contudo, eles sonham que exis-te esse mundo invisível, que eles chamam de “the field”. Se este mundo não existisse, não haveria harmonia. Ele precisa existir. Foi a essa conclusão que eles chegaram. Ainda não conseguem explicar bem, mas sabem que ele existe.

Todos os messiânicos já sa-bem, reconhecem e acreditam na existência do mundo invisível. Meishu-Sama já nos ensinou que existe o Mundo Espiritual, não é?

Explicando melhor o vídeo que vocês assistiram há pouco, no experimento apresentado, fi-cou claro que, quando existe um observador, aparece um resulta-do. Mas se não há, o resultado é outro. O que eu quero dizer é que o ser humano é poderoso: basta observar e já muda as coi-sas... basta ter o sonen e as coisa já mudam. É essa força do mundo invisível que queríamos mostrar nesse vídeo...

Meishu-Sama falou sobre a im-portância do poder de atuação do nosso sonen: “O homem depende

*Para assistir o vídeo acesse: https://www.youtube.com/watch?v=gAKGCtOi 4o

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CONFERÊNCIA JOHVEM

do seu sonen”. Ele também nos ensinou como nossos antepassados influenciam o nosso dia a dia. Tudo isso é invisível, não é?

Além disso, Meishu-Sa-ma fez cinco críticas à Me-dicina convencional:

1. Não reconhece a exis-tência do mundo invisível. Ignora a existência de Deus, Criador do Universo, e tam-bém não respeita o mundo invisível, que nos influencia, e nem a atuação que vem dos nossos antepassados. Tam-bém não respeita o sonen.

2. Não reconhece a força natural de recuperação do corpo humano. Todo mes-siânico sabe que, através da purificação, eliminamos impurezas e alcançamos a verdadeira saúde.

3. Não reconhece que o ser humano é a soma de

alma, espírito e corpo físico. Res-peita somente o corpo físico.

4. É um tratamento que foca nos sintomas, é apenas paliati-vo; não trata da verdadeira cura da doença. Quando há febre, dá-se remédio para baixar febre; no caso de dor, procura-se tirar essa dor. Não é a cura verdadeira.

5. Excessivamente dependente do uso dos medicamentos. Como só o corpo material é levado em consideração, há o emprego de re-médios, que também é matéria.

Meishu-Sama também fez cin-co críticas à Agricultura conven-cional:

1. Não reconhece a existência do mundo invisível. Não agradece a Deus, ao solo, à semente, à água e ao Sol. Não respeita os senti-mentos dos antepassados, que há milhares de anos vêm cultivando o solo e dando carinho. Dizem que se leva anos para formar dez cen-tímetros de solo. Não sabe agrade-

cer as coisas invisíveis.2. Não reconhece a força natu-

ral de recuperação do solo e das plantas, porque acha que o solo não tem força para se recuperar. Usa fertilizantes e adubos químicos.

3. Não reconhece que as plan-tas e os animais foram criados por Deus, e que cada um tem a essência de Deus, espírito e senti-mento, além da forma física.

4. É um método que só destaca a parte material, não se preocu-pa com os riscos à saúde do ho-mem e ao meio ambiente.

5. É excessivamente depen-dente do uso de agrotóxicos, por-que pensa que as plantas são sim-ples matérias – por isso, emprega soluções materiais.

Hoje, no Japão, 95% dos minis-tros já estão fazendo a horta casei-ra, mesmo que seja em vaso.

Um dia, chegou um pedido de uma escola para ser feita horta ca-seira em suas instalações. Um mi-nistro e um membro foram até lá. Os diretores prepararam o solo, e o ministro se agachou, colocou as mãos sobre a terra e fez uma prece de agradecimento.

Vendo isso, o diretor pergun-tou: “O que o senhor fez?”

O ministro respondeu: “Eu apenas fiz uma oração de agra-decimento ao Deus Criador, que nos deu o solo, a semente, a água, o Sol, e agradeci aos antepassa-dos que cuidaram desse solo, em outros tempos. Agradeci também os microrganismos que ajudam a fortalecer o solo. Só isso...” O di-retor comentou: “É a primeira vez que ouço isso. Muito interessan-te. Eu também quero fazer essa prática de agradecer. Ensine-me, por favor!”

Muitas pessoas achavam que, se fizessem assim, seriam chama-das de supersticiosas. Hoje, ao con-trário, reconhecem a importância deste pensamento espiritualista.

“MEISHU-SAMA FALOU SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PODER DE ATUAÇÃO

DO NOSSO SONEN: “O HOMEM DEPENDE

DO SEU SONEN”. ELE TAMBÉM NOS

ENSINOU COMO NOSSOS ANTEPASSADOS

INFLUENCIAM O NOSSO DIA A DIA. TUDO ISSO

É INVISÍVEL, NÃO É?

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CONFERÊNCIA JOHVEM

Ano passado, saiu no jornal “O Globo”: “Frango Korin está sen-do cultuado”. Vocês já leram essa matéria? Viemos fazendo isso há quase 20 anos. Por que será que só agora saiu essa reportagem? Por-que o jornalista sentiu que este assunto é interessante para os leitores. O mundo está mudando, pouco a pouco.

Antigamente, era um tabu: quem falava de Deus e de religião era considerado supersticioso. Há membros e até ministros que, quando vão dar assistência religio-sa no hospital, logo abaixam a mão, parecendo estar com vergonha se entra um médico ou enfermeira no quarto. Ficam inibidos. Quem vê isso, pode até pensar que estavam fazendo alguma coisa errada...

É preciso ministrar Johrei tranquilamente, continuar com a mão estendida e cumprimentar quem chegar: “Boa-tarde”, “bom-dia”... Se alguém perguntar: “O que você está fazendo?”, é uma grande chance para explicar o Johrei, para se tornar pioneiro da salvação.

Portanto, não precisamos ter vergonha de declarar a existên-cia do Deus Supremo, nem de falar sobre o Mundo Espiritual e de como nosso sonen é capaz de influenciar o mundo.

Vocês não acham que devemos declarar isso em voz alta para to-dos ouvirem?

Pensem bem: não tem graça falar isso depois de os cientistas comprovarem a existência do invi-sível. Somos discípulos de Meishu-Sama. Precisamos nos antecipar e declarar a existência do Mundo Espiritual antes dos cientistas.

Eu acho que, quando alguém passa a sentir vontade de fazer uma pessoa feliz, de querer ser um verdadeiro instrumento de Deus e de Meishu-Sama, é um grande milagre!

Normalmente, o ser humano é egoísta, só pensa em si, só traba-lha para sua felicidade. Por isso, quando surge este tipo de mudan-ça de pensamento, já é um mila-gre! Quando pensa em fazer al-guém feliz, nesse momento, entra em sintonia com Deus. A partir daí, Deus começa a dar aprimora-mento necessário para tornar-se Seu instrumento. Por isso, podem aparecer muitos sofrimentos, do-res, tristezas e provações.

Mas podem ficar tranquilos: aconteça o que acontecer, lem-brem-se que estão sendo formados por Deus como Seus instrumen-tos, para ficarem mais fortes, com mais convicção, mais coragem, mais compaixão, mais sabedoria, mais determinação, mais paciên-cia. Tudo isso vem através das pu-rificações.

Há pessoas que pensam: “Eu estou querendo fazer pessoas feli-zes, sempre procuro dedicar, mas só tenho sofrimentos. Por que per-di meu emprego? Por que minha mãe morreu? Isso é injusto! Desse jeito, não adianta servir!”

Entretanto, elas não podem pensar assim, pois é nesse momen-to que estão ganhando qualifica-ção para serem verda-deiros instrumentos de Deus. Quem não aceita isso, não tem permissão de rece-ber 100% do amor de Deus.

Alguém pode di-zer: “Deus, eu quero ser Seu instrumen-to... por favor, me utilize!” E Deus pode responder: “Mas eu não consigo utilizar do jeito que você está: fraco, sujo, ignoran-te. Assim não dá! Por isso, estou formando você. Entendeu?”.

Deus quer nos utilizar, e é por isso que, com amor, Ele vai nos fortalecendo e nos polindo para que nos tornemos Seus verdadei-ros instrumentos.

Mesmo os ministros: quando ganham o título, só estão ganhan-do habilitação... Qualificação só vem com a prática, com os apri-moramentos e com os desafios...

Meishu-Sama disse: Maior mis são, maior purificação... Aceitando isso em seu coração, to-das as purificações e sofrimentos que aparecerem, passarão a ser encarados como aprimoramentos para o crescimento e a evolução, e assim, um dia, a pessoa se tornará um verdadeiro intrumento útil a Deus.

Vocês são jovens e devem ter muitos sonhos... e acho que que-rem que todos eles virem realida-de, não é mesmo? Mas não preci-sam ter pressa. Aqui no Brasil não se fala que “a pressa é a inimiga da perfeição”?

Antes de realizarem o sonho, precisam criar condições... Para tanto, é necessário ter espírito de busca para crescer e evoluir atra-vés das situações preparadas por Deus e Meishu-Sama.

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CONFERÊNCIA JOHVEM

Eu, por exemplo, tinha o sonho de fazer difusão pioneira em 30 países. Mas tinha que começar por um. Então, escolhi o Brasil. Mesmo assim, eu tinha que começar por uma cidade e escolhi o Rio de Janeiro. Sa-bem por que escolhi o Rio de Janeiro?

Antes de o nosso navio chegar ao porto de Santos, no mês de julho de 1962, passamos pela cidade do Rio de Janeiro, onde ficamos ancorados por três dias. Na-quela época, Rev. Maruishi veio até o Rio de Janeiro para me levar a vários pontos tu-rísticos. Subi o Corcovado, o Pão de Açúcar... Mas o que mais gostei foi da Praia de Copacabana.

Perguntei ao Rev. Ma-ruishi: “Reverendo, aqui no Rio tem Johrei Center?”

– Não, não tem.– Tem membros?– Também não.– Ah, então, já decidi: eu vou

retornar aqui para fazer difusão pioneira.

Depois, fui para São Paulo e me preparei por dois anos. Fiquei dedicando na Igreja do Butantã, como ministro responsável pela difusão entre brasileiros. Na épo-ca, a maioria dos frequentadores era descendente de japoneses. Aprendi um pouco de português e aprimorei a prática de Johrei, dia e noite. Vivenciei muitos milagres.

Passados dois anos, achei que estava pronto para ir para o Rio! Fiz uma lista com 20 endereços de amigos e parentes de membros de que cuidei no Butantã com o obje-tivo de visitá-los e oferecer Johrei. Pensei: “Ah, vai ser fácil! Se todo dia sair milagre como aqui, logo vou construir uma Igreja no Rio de Janeiro.”

Dentre os endereços que me deram, havia o de um clube de jogos que ficava em Copacabana. Mas eu não queria ficar lá.

Chegando ao Rio de Janeiro, comecei a visitar todos os ende-reços da lista que montei, mas nada dava certo. Se eu me encon-trasse com uma pessoa gripada e lhe ministrasse o Johrei, a gri-pe virava pneumonia. Se tivesse pneumonia, e eu lhe ministrasse o Johrei, a pessoa partia para o Mundo Espiritual.

O tempo foi passando, e meu dinheiro foi acabando, ficando sem nada para pagar a comida e a pensão onde eu ficava. Então, tive que dormir no banco da Pra-ça Mauá. Amarrei a mala no meu pulso com um cordão, para não me roubarem, e adormeci. Quando acordei, já não tinha mais mala. Eu pensei: “Esse ladrão é esperto, hein? Cortou o cordão e levou mi-nha mala!” Na verdade, não era ele que era esperto, eu é que fui burro. Perdi tudo. Só sobrou o endereço do clube de jogos...

Não tive escolha e me encami-nhei até lá. Quando cheguei, um homem me esperava: seu nome era Inácio, que logo foi me repreen-dendo: “Eu estava te esperando há muito tempo! E só hoje que você aparece? Você não precisa dizer o que veio fazer, pois eu já sei: você é o verdadeiro Mensageiro de Deus, que veio salvar toda po-pulação do Rio de Janeiro. No seu peito, vejo um foco de luz muito forte. Minha missão é cuidar de você... dar comida para você não morrer de fome e um lugar para você dormir. Só isso. Entendeu?”

O quarto que ele me ofereceu, na verdade, era um depósito, que tinha mesas de jogo e cadeiras quebradas. Num canto, havia um sofá-cama meio quebrado, em que eu dormia, com um lençol e um travesseiro.

“ANTES DE REALIZAREM O SONHO,

PRECISAM CRIAR CONDIÇÕES... PARA TANTO,

É NECESSÁRIO TER ESPÍRITO DE BUSCA

PARA CRESCER E EVOLUIR ATRAVÉS

DAS SITUAÇÕES PREPARADAS POR DEUS E MEISHU-SAMA.

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Johvem Junho de 2013 15

CONFERÊNCIA JOHVEM

Ele só me oferecia sanduíche: não tinha arroz e feijão, não... Só sanduíche e refrigerante. Do lado de fora do quarto, tinha muito ba-rulho de jogo. Eu rezava a Ama-tsu-Norito, pedindo a Meishu-Sama: “Esse ambiente está muito ‘escuro’. Purifique-o, por favor!”

O sr. Inácio, que me disse que eu era mensageiro de Deus, que tinha um foco de Luz no peito e que iria salvar todo o Rio de Janei-ro, não me apresentava ninguém para ministrar Johrei. Mesmo as-sim, ele me ensinou coisas muito importantes.

Um dia, tomando chá e conver-sando comigo, ele comentou: “Sua mãe faleceu nova, né? Muito bo-nita, de cabelos compridos. E seu avô? Careca com cabeça pontuda.”

E eu pensava: “Como é que ele sabe?”. E ele continuava: “Quando você tinha sete anos, deixou fugir um passarinho da gaiola do vizi-nho. Com isso, você recebeu cas-tigo do pai, não foi?”

– Como o senhor sabe?! Tam-bém entende de telepatia?

– Não, não. Se você acha que isso é telepatia, eu vou dizer coi-sas que você não sabe. Por exem-plo, quando você ainda era peque-nininho, seu avô empurrava um pesado carrinho de mão numa rampa, quando perdeu o controle, e o carrinho escorregou e acertou em cheio a canela dele... a pele saiu e até apareceu o osso. Mas seu avô era forte e conseguiu dar um jeito.

Eu pensei: “Disso eu não sei, mesmo.” Um dia, liguei para meu pai, e ele realmente me confirmou o que o Sr. Inácio me contara.

Perguntei ao Sr. Inácio: “Por que é que você sabe do meu pas-sado?”

Ele explicou: “Meu anjo da guarda é um grande amigo do funcionário do cartório do Mundo Espiritual. Basta eu querer saber

de você, que ele me mostra tudo. Mesmo que o fato já tenha passa-do, não dá pra esconder.”

Então, pensei: “Ah, então o que Meishu-Sama ensinou realmente era verdade.” Meishu-Sama dizia que o Mundo Espiritual é mui-to mais evoluído, desenvolvido. Hoje, todo mundo tem câmera digital. Dá para tirar fotos des-de o nascimento, com data pre-cisa. Mas isto também acontece no Mundo Espiritual. A partir dali, eu senti realmente que não dá para esconder nada; posso até esconder dos homens, mas não de Deus. Ele me comprovou esse en-sinamento de Meishu-Sama.

Bem, foram 10 meses visitando casas, todos os dias, batendo de porta em porta, sem nenhum re-sultado. Se eu visitasse 100 casas, só uma me deixava entrar para conversar. Os cariocas, quando olhavam para mim, rapaz japonês de 24 anos, logo me xingavam: “Cara de macaco!”, e batiam a por-ta na minha cara.

Quando se completaram 10 meses, certo dia, Sr. Inácio, pela primeira vez, me deu um ende-reço e disse: “Tem uma mocinha que está passando mal, e eu quero que você vá ministrar-lhe Johrei.”

Já era noite quando cheguei lá. A mãe da meni-na me conduziu ao quarto dela e logo comecei a ministrar-lhe Johrei. Então, a menina me disse: “Muito obrigada, muito obrigada!”. E depois: “Que chei-ro bom, que cheiro bom!”. Ministrei-lhe uns quarenta minu-tos de Johrei, e ela acabou dormindo.

Contudo, ela es-tava meio esquisita. Parecia que não ti-

nha mais pulsação e nem respi-rava. Chamei sua mãe: “Senhora, sua filha está um pouco esquisi-ta.” Ela chegou, olhou e sacudiu a menina. Mas nada de reação. Ela então começou a gritar: “Você ma-tou a minha filha! Você é um as-sassino!” E cuspiu no meu rosto.

Saí daquela casa desolado... lá fora chovia forte. Chorei, chorei, chorei... “Meishu-Sama, eu estou querendo ajudar alguém, mas por que tinha que acontecer isso?”.

Andei horas e horas, noite a dentro, debaixo de chuva, do Méier a Copacabana, refletin-do... Foi então que eu me lembrei das palavras de meu pai: “Filho, quando sentir que Deus está te chutando, agarre bem a perna dele! Quando alguém que está re-cebendo Johrei, morre agradecen-do, no Reino Espiritual, vai cola-borar com o seu trabalho.”

Na semana seguinte, recebi um pedido para ministrar Johrei, no hospital da Marinha, a um ma-rinheiro chamado Maurílio, que havia sofrido um acidente de auto-móvel. Ele estava em coma, com a cabeça inchada, e não podia nem fazer exame. A única coisa que pedi a Meishu-Sama foi “Por favor, se for para ele morrer, que seja depois que eu for embora!”

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16 Johvem Junho de 2013

CONFERÊNCIA JOHVEM

A enfermeira que estava do lado da cama do rapaz ficou me olhando, como se estivesse pensando: “O que é que ele vai fazer?”. Co-mecei a ministrar Johrei, meio tímido, e dali a pouco, Maurílio disse: “Que cheiro bom, que cheiro bom!” Eu logo pensei: “Ah não... vê se aguenta um pouco, não mor-re agora, não...”, e continuei a ministrar Johrei, até que ele começou a mexer os ombros, e disse várias vezes: “Calor, calor!”. Nesse momento, sen-ti que uma energia forte pas-sava pelo meu corpo e pen-sei: “Meishu-Sama chegou!”.

Ergui a cabeça, olhei com firmeza e mostrei con-fiança para as enfermeiras. Pouco depois, o rapaz disse: “Quero água, quero água.” A enfermeira ficou assusta-da, porque, até então, ele es-

tava em coma e acabara de dizer: “Quero água”.

Olhei para enfermeira e pedi: “Traga água, por favor.”

Peguei o copo d’água e minis-trei Johrei orando: “Meishu-Sama, por favor, que essa água o purifique por dentro também!”. Assim, abri a boca dele e entornei a água devagar. Então, ele disse: “Quero dormir, quero dormir”. E adormeceu.

Eu disse à enfermeira: “Este rapaz já estava desenganado, não é? Aconteça o que acontecer, não faça nada, está bem? Deixe ele assim. Eu vou retornar amanhã à tarde.” E fui embora. No dia se-guinte, quando cheguei, o rapaz já estava sentado na cama. Sua cabeça não estava mais inchada, e a mãe, que havia chegado de ma-nhã, estava lhe servindo sopa. Eu pedi para lhe dar a sopa. Peguei a tigela e comecei a chorar, tama-nha era minha emoção pelo mila-gre que Meishu-Sama tinha feito!

Muitas lágrimas caíram na sopa que ele bebeu...

Depois, a enfermeira-chefe, que presenciara tudo, me pediu que também ministrasse Johrei à mãe dela, que não estava passan-do bem. Depois que a mãe dela começou a receber Johrei, ela me apresentou os primeiros frequen-tadores da Igreja.

Depois do Maurílio, o Sr. Inácio fez mais um pedido: se eu poderia ministrar Johrei a uma senhora que estava sofrendo de bursite. Fui ministrar Johrei e, no dia seguin-te de manhã, ela veio até o clube onde eu dormia, trazendo um bolo, dizendo: “Eu é que fiz esse bolo! É uma demonstração de meu agrade-cimento.” E eu, que naquela época não comia doces, agradeci. Pensei: “Poxa, se fosse donativo, pelo me-nos, poderia ajudar a abrir uma Casa de Johrei...”

No dia seguinte, essa senhora ligou para mim, querendo que eu atendesse uma amiga dela, que sofria de enxaqueca muito forte e que quando tinha crises, o marido nem ia trabalhar, pois ficava cui-dando dela.

Essa amiga me recebeu com uma cara de sofrimento, vestindo um pijama de cor escura. Iniciei o Johrei e, depois de trinta minutos, começou a sair sangue pelo nariz da senhora. Eu dizia: “Deixa sair, deixa sair... é apenas o sangue sujo que está saindo!”

O marido trazia várias toalhas para enxugar tanto sangue que saía. Ao término do Johrei, ela já estava praticamente sem dor e me disse: “Quando o senhor pode vol-tar para ministrar mais Johrei? Eu estou me sentindo tão bem!”

Peguei meu caderninho e falei: “Bem, daqui dois dias, às 15 ho-ras, está bem?”

“Sim, senhor!” – e me entregou um envelope dizendo: “Por favor, use este dinheiro para o táxi.”

“PENSANDO BEM, EU TINHA QUE PASSAR POR TODOS AQUELES

SOFRIMENTOS E DIFICULDADES PARA

GANHAR A PERMISSÃO DE FAZER DIFUSÃO PIONEIRA

NO RIO DE JANEIRO. QUANDO CRIAMOS AS

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA REALIZAR NOSSOS

SONHOS, TUDO ACONTECE NATURALMENTE.

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Johvem Junho de 2013 17

CONFERÊNCIA JOHVEM

Quando saí, vi o que tinha no en-velope: 50 cruzeiros. Tomei um sus-to! Naquela época, meu salário era 6 cruzeiros. Quase 10 vezes mais!

Dois dias depois, voltei à casa dela e a encontrei bem mudada: desta vez, me recebeu com um belo vestido, mostrando estar bem de saúde. Depois do Johrei, ela disse: “Muito obrigada, está uma maravilha! Não sinto mais nada!” Ela me pediu para eu voltar no-vamente e outra vez me entregou um envelope: “Este é para o táxi.” Olhei dentro do envelope: mais 50 cruzeiros! Na terceira vez, ganhei outro envelope: mais 50 cruzeiros. Aí pensei: “Ela poderia melhorar mais devagarzinho para eu poder voltar sempre...”

Brincadeiras à parte, graças a Deus e a Meishu-Sama, foi com esse dinheiro que consegui abrir a

primeira casa de Johrei na cidade do Rio de Janeiro, em Santa Luiza.

Pensando bem, eu tinha que passar por todos aqueles sofri-mentos e dificuldades para ga-nhar a permissão de fazer difusão pioneira no Rio de Janeiro. Quan-do criamos as condições necessá-rias para realizar nossos sonhos, tudo acontece naturalmente.

Por isso, de agora em diante, procurem pensar que todos os obstáculos que aparecerem para vocês, são presentes de Meishu-Sama, para crescerem e evoluí-rem, criando condições para con-cretizar seus sonhos.

Eu ainda não realizei todos os meus sonhos. O sonho mais im-portante que falta, eu não consigo realizar sozinho. Só consigo rea-lizar com a ajuda de todos vocês!

Porque este meu sonho é o so-

nho de Meishu-Sama: a criação da nova civilização! É a mudança do paradigma atual, que foi criado pelo materialismo e egoísmo, para um novo paradigma verdadeira-mente espiritualista e altruísta, que respeita as Leis da Natureza.

Isso se inicia com a construção da Arca de Noé do século XXI. Há muitos paradigmas que precisam ser mudados... Mas primeiro, quero começar transformando os para-digmas relacionados à agricultura, à alimentação e ao meio ambiente. Essa é a Arca de Noé que vai evitar a extinção da raça humana!

E então, vamos levantar essa bandeira da salvação de Meishu-Sama comigo? Vamos???

Vocês são o futuro da humani-dade, e o futuro começa hoje!

Muito obrigado e boa missão a todos!

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18 Johvem Junho de 2013

CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

Bom-dia a todos.

Meu nome é Gilmar Dall’Stella e sou messiânico há 21 anos. Dediquei na es-trutura dos Programas de Formação de Jovens e, atualmente, sou ministro assis-

tente na Região Sul, Área Curitiba.Hoje, gostaria de relatar uma experiência que vivi

após a Conferência Nacional de Johvens, realizada no ano passado, quando o Revmo. Tetsuo Watanabe co-meçou a falar sobre o cenário mundial da agricultura, da alimentação, do meio ambiente e da saúde huma-na, traçando um paralelo pela ótica da Lei da Nature-za e abordando a extinção da espécie humana.

Confesso que, naquele momento, senti que a Agri-cultura Natural não era simplesmente mais uma ati-vidade, mas uma coluna de salvação e preservação da própria espécie humana e que seu desenvolvi-mento era uma ordem do Supremo Deus e do Mes-sias Meishu-Sama.

Tomei, então, a decisão de me empenhar para concretizar essa coluna de salvação e recebi a mis-são de responsável do Projeto Horta em Casa e Vida Saudável na Região Sul.

Só que, logo de início, me deparei com uma situa-ção desafiadora. Os membros vinham me perguntar: “Ministro, por que não podemos usar esterco?”; “Mi-nistro, eu estou usando inseticida natural para con-trolar os pulgões na cebola!”; “Posso usar calda de cinzas?”. Até que um produtor de soja transgênica me disse: “Ministro, nós temos que conversar, pois,

como Meishu-Sama disse para sermos homens do presente, eu estou seguindo esse ensinamento por-que soja transgênica é algo do presente!”

Naquele momento, compreendi o quão importante era a orientação do presidente mundial de que a horta caseira não era apenas o cultivo de alimentos: tratava-se de uma prática para compreendermos, com maior profundidade, a verdade da Lei da Natureza.

Foi quando tive a permissão de viver uma experi-ência que me mostrou o caminho para orientar aque-las pessoas.

Um professor universitário, mestre em gestão ambiental, me contou: “Ministro, eu me mudei com minha família há quatro anos de Niterói, RJ, para uma chácara em Balsa Nova, aqui no Paraná. Desde então, venho tentando desenvolver uma horta, mas tudo o que planto não desenvolve. Tento seguir o que Meishu-Sama ensina, mas... nada!”

Expliquei a ele que a prática da horta não era apenas para produzir o alimento “grande e bonito”, mas um meio pelo qual ele deveria reconhecer algumas coi-sas: o solo é sagrado e foi criado por Deus; os alimentos nascem a partir da permissão divina e da força da na-tureza e, mesmo com uma produção pequena, era fun-damental agradecer a Deus. A partir daquele dia, ele mudou o sonen. Sua horta passou a produzir alimentos em grande quantidade e apresentavam-se tão bonitos, que ele começou a oferecê-los aos vizinhos e amigos. Ocorreu realmente aquilo que o presidente orientou: “Com amor e gratidão, a produção muda!”

Com esse aprendizado, passou a transmitir a ou-tras pessoas a importância de agradecer a Deus, ao solo e ao agricultor os alimentos produzidos e aca-bou se tornando o responsável pelo projeto Horta em Casa e Vida Saudável no Johrei Center Centro Cívico, em Curitiba.

Outra experiência marcante foi o caso de uma jo-vem messiânica que estava há muitos anos em de-pressão e veio me procurar para dedicar. Ela havia abandonado a profissão de agrônoma porque não queria mais trabalhar com agricultura convencional e, mesmo desempregada, estava recusando propos-tas de algumas multinacionais. Na época, estávamos iniciando uma atividade de horta escolar na cida-de de Guarapuava, onde a Secretaria de Educação e Cultura desejava aplicar o conceito da Agricultura Natural em suas 43 escolas para que 18 mil alunos pudessem aprendê-lo.

União das três

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Johvem Junho de 2013 19

CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

Convidei-a para participar. Naquele momento, pensei: “Preciso contar com ela como agrônoma para podermos explicar melhor aos professores, aos enge-nheiros-agrônomos da Prefeitura e aos técnicos em gestão ambiental o conceito da Agricultura Natural.

Assim, inicialmente, liguei para o responsável da Secretaria de Agricultura Natural em São Pau-lo e lhe expliquei que precisava enviar uma jovem para dedicar, aprender e se preparar para nos apoiar naquele projeto. Com o apoio da Secretaria, foram implementadas hortas-modelo em cinco escolas-pi-loto; e o conceito da Agricultura Natural, além de ser disseminado entre diversos profes-sores e alunos, foi transmitido aos produtores rurais da região através da imprensa local.

A dedicação e o empenho des-sa jovem fizeram com que, além de sair da depressão, ela fosse efe-tivada, no último mês de feverei-ro, como funcionária da Fundação Mokiti Okada na área de Agricultu-ra Natural e assumisse a responsa-bilidade do projeto Horta em Casa & Vida Saudável na Região Sul, no meu lugar. Fiquei muito feliz por ter sido útil para que ela pudesse descobrir sua missão. Com essa experiência, compreendi a preocu-pação de nosso presidente mundial sobre a real necessidade de formar-mos, em cada campo da atividade humana, líderes que desempenhem suas atividades baseados nos paradigmas do espiri-tualismo e do altruísmo, no respeito à Lei da Nature-za para salvaguardar a humanidade.

A última experiência que gostaria de relatar é de uma ministra do Rio Grande Sul que, no dia seguinte à Conferência Nacional de Johvens do ano passado, fez uma vivência de horta caseira no Solo Sagrado de Gua-rapiranga. Ela plantou alface e, retornando à sua unida-de religiosa, colocou a alface sobre sua mesa e passou a cuidar dela diariamente. Nessa época, os membros de seu Johrei Center, apesar de realizarem reuniões de Johrei em suas casas, tinham dificuldades de convidar vizinhos e amigos, muitas vezes em função da barreira religiosa. Assim, ela tomou a decisão de utilizar a horta caseira como um instrumento de difusão.

Ela começou a motivar a todos a fazerem a horta caseira como meio de atrair as pessoas e passou a promover atividades que envolviam as três colunas da salvação. Com isso, as pessoas foram se aproxi-mando com mais facilidade, e ela e seus missionários estão conseguindo tornar-se pioneiros da salvação em suas vidas, pois muitas delas estão ingressando na fé messiânica.

Aquele sentimento de que, muitas vezes, as pes-soas não queriam receber Johrei por questões de bar-reira religiosa foi modificado, quando uma família de São Marcos, RS, que cuida da capela da comuni-

dade, pediu para participar da vivência com as três colunas e acabou abrindo as portas do local para re-alizar uma oração, permitindo que fosse ministrado Johrei coletivo às pessoas daquela paróquia.

Para encerrar, gostaria de dizer que, durante este ano, em que pude vivenciar e aprender com todas es-sas experiências, cheguei à conclusão de que, unin-do as três colunas da salvação é que podemos am-pliar significativamente a expansão da Obra Divina.

E essa expansão, indiscutivelmente, começa den-tro de cada um de nós, mas só se torna valiosa, se conseguirmos nos tornar pioneiros da salvação na vida dos familiares, amigos e vizinhos, fazendo com que todos se sintam felizes, amados e cuidados.

Muito obrigado.

colunas amplia a expansão

“Confesso que, naquele momento, senti que a Agricultura Natural não

era simplesmente mais uma atividade, mas uma coluna de salvação

e preservação da própria espécie humana e que seu desenvolvimento era uma ordem do Supremo Deus

e do Messias Meishu-Sama.”

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CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

Bom-dia a todos.

Meu nome é Raphael Ismail Muller. Sou messiânico há 21 anos e pertenço à Região Sul, Área Curitiba, Johrei Center Centro Cívico.

Gostaria de relatar a todos os senhores alguns resul-tados que tive a permissão de alcançar dedicando na estrutura da Secretaria de Jovens da Igreja Messiânica.

Recebi o Ohikari em 1992, aos 14 anos. Mais ou menos nessa época, comecei a me envolver com as dedicações do Grupo Johvem do Johrei Center Co-pacabana, no Rio de Janeiro, chegando a tornar-me responsável de jovens dois anos depois. Tive a opor-tunidade de me envolver ainda mais com a estrutura Johvem, passando a dedicar como responsável pelo setor de comunicação johvem da Área Rio de Janeiro e participando da equipe de planejamento da Comis-são Nacional de Jovens na Sede Central.

Em 2005, recebi um convite profissional e me mu-dei para Curitiba. Em decorrência disso, fui levado a diminuir bastante minha dedicação à Obra Divina, pois a adaptação à nova cidade e ao novo ritmo de trabalho tomava todo o meu tempo.

Em 2006, eu me casei. Em 2008, nasceu o João Pe-dro, nosso primeiro filho e, em 2010, a Rafaela. Tudo ia muito bem, mas sentia que já era hora de ser mais útil à Obra Divina e retomar o ritmo anterior.

Em fevereiro de 2011, o responsável do Johrei Cen-ter Centro Cívico, ao qual sou ligado, me chamou para uma conversa e me convidou para atuar como respon-

sável de jovens do Johrei Center. No primeiro momen-to, confesso que não fiquei animado. Achava que meu ciclo com a Secretaria Johvem já se encerrara e não pensava exatamente em assumir aquela missão.

No entanto, convicto de que se tratava de um con-vite de Meishu-Sama e desejoso de tornar-me mais útil à sua obra de salvação, aceitei o desafio. Na mes-ma hora, comecei a traçar planos com o ministro res-ponsável pela unidade.

Era preciso, primeiro, reagrupar os jovens que es-tavam espalhados em dedicações diversas, mas não se sentiam parte de um mesmo grupo. Assim, marcamos uma reunião com oito desses jovens, com o objetivo de despertá-los para atuarem como monitores.

Nesse encontro, procurei mostrar que, como ne-nhum de nós tinha muito tempo para dedicar, nos-sa missão acabaria ficando limitada se atuássemos sozinhos. Do contrário, caso nos uníssemos em um grupo, ganharíamos força e, com certeza, seríamos melhor utilizados. Todos saíram do encontro moti-vados e comprometidos com a ideia de nos tornar-mos úteis a Deus e a Meishu-Sama em um nível mais elevado.

Em um ano de dedicação, cerca de 50 jovens par-ticiparam das atividades realizadas.

Fizemos um planejamento anual de encontros que alternavam palestras, debates, estudos de caso, difusão do Johrei e visitação a instituições, como or-fanatos e asilos para ministração de Johrei e distri-buição de minibana.

Dedicação contribui para a formação integral do jovem

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CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

Durante a semana, os monito-res convidavam os jovens que por ventura se encontrassem no Johrei Center, bem como amigos e paren-tes, para os encontros que passei a conduzir todos os sábados.

Assim, durante o ano de 2011, o grupo johvem do Johrei Center Centro Cívico encaminhou dez jo-vens para outorga de Ohikari.

Senti que estávamos no cami-nho certo, pois percebi uma evolu-ção tanto na minha missão, quanto na vida dos sete monitores e demais jovens que frequentavam o grupo.

Então, tracei com eles o objeti-vo de expandirmos o número de jovens que participavam das ati-vidades, ampliando a atuação do grupo no Johrei Center.

Em abril de 2012, fui convida-do pelo responsável de Área para dedicar como assistente do coor-denador de jovens. Para tanto, de-veria deixar a missão de respon-sável de jovens do Johrei Center e passar a dedicar mais próximo dos responsáveis de jovens dos outros Johrei Centers, orientando-os e auxiliando-os na condução da missão e no acompanhamento da evolução espiritual de cada um.

Como já estava preparando um substituto, a transição foi natu-ral, mantendo o grupo unido, que apoiou a nova responsável.

Uma vez que a missão de as-sistente do coordenador teria iní-cio apenas após a Conferência Johvem 2012, procurei participar do evento com o espírito de rece-ber orientação do reverendíssimo Watanabe para conduzir minha missão com o sonen alinhado ao do presidente mundial.

Fiquei mais uma vez maravi-lhado com a capacidade do reve-rendíssimo de envolver as pessoas com os ideais de Meishu-Sama. Além disso, tomamos ciência dos resultados de uma pesquisa com jovens de todo o Brasil, realizada

pela Divisão de Expansão, através da Secretaria Johvem.

Uma das questões que me cha-maram mais a atenção foi o resul-tado divulgado de uma pergunta que indagava qual era o sonho dos jovens. Cerca de 80% declararam que seu sonho tinha a ver com o lado profissional, com a formação de família, com o desenvolvimen-to dos estudos, com moradia ou estabilidade financeira.

Refletindo sobre este resulta-do, perguntei-me: “Estes sonhos na realidade não deveriam ser re-sultados naturais do crescimento espiritual de cada um?” Em con-trapartida, a pesquisa apresentava que apenas 5% tinham como so-nho o cumprimento de sua mis-são e outros 5% desejavam ajudar/salvar pessoas.

Na mesma oportunidade, ou-vimos o relato da jovem japone-sa Mami Asano, que nos contou como conseguiu fundar uma orga-nização para ajudar outras pessoas por intermédio de pequenas ações altruístas realizadas na instituição de ensino em que estudava.

Saí da Conferência com a ideia de encontrar-me com os jovens da Área Curitiba, para passar-lhes a orientação do Revmo. Watanabe e a experiência da jovem Mami, com o objetivo de assumirmos o com-promisso de atuarmos como verda-deiros instrumentos para a concre-tização do ideal de Meishu-Sama.

Assim dedicamos, ao longo do ano de 2012, para definir os res-ponsáveis de jovens de cada Johrei Center com o desejo de formar-mos um responsável por unidade. No final do ano, já estávamos com a equipe praticamente completa, com a definição de 11 responsá-veis de jovens.

Além disso, tive a oportunidade de acompanhar o coordenador de jovens em visitas a 10 dos 12 Johrei Centers da Área Curitiba, apoian-

do e acompanhando as atividades que lá aconteciam e orando no Al-tar de cada unidade, elevando nos-sas preces em prol do desenvolvi-mento do Grupo Joh vem local.

Essas e outras ações permiti-ram um total de 88 outorgas de Ohikari em 2012, provenientes dos grupos de jovens dos Johrei Centers, culminando com o En-contro Johvem da Área Curitiba, que reuniu 190 participantes no Centro de Aprimoramento, sendo 22 frequentadores.

Em novembro de 2012, fui novamente convidado a assumir nova missão. Desta vez, o respon-sável da área me convidou para dedicar como coordenador joh-vem da Área Curitiba.

“Hoje, após vários anos de dedicação na Secretaria

Johvem, posso perceber como foi importante para

a minha formação familiar, profissional e religiosa ter passado por todas essas etapas na estrutura. Sem dúvida, todo esse processo

foi fundamental para a consolidação da minha fé.”

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CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

Boa-tarde a todos.

Meu nome é Tatiana Ludmila Santos Brandão Muniz. Sou membro há 16 anos e pertenço à Região Grande São Paulo, Área Pinheiros, Johrei Center Osasco.

Atualmente, faço parte da 9ª turma de Johvem-3 e dedico como auxiliar do Programa de Formação Criançarte e Tweens da Área Pinheiros.

Hoje, gostaria de contar a todos os senhores o grande aprendizado que vivi por intermédio das crianças messiânicas que fazem parte dos progra-mas de formação.

Muitas vezes, acreditamos que as crianças só sabem correr e fazer bagunça e que, por enquanto, não temos nada a fazer com elas. Isso é um grande engano.

As crianças são grandes instrumentos de Deus, vinte e quatro horas por dia. Elas são bem mais aten-tas do que nós, percebem muito mais o ambiente e são mais sinceras e espontâneas. Só precisam apenas ser formadas.

Em março de 2012, comecei a dedicar como au-xiliar do Criançarte e Tweens. Sempre tive o desejo de ser professora e acabei entrando de corpo e alma nessa dedicação como forma de contribuir para a for-mação das crianças.

Assim, graças ao apoio dos ministros responsá-veis de Johrei Center, do responsável de jovens e da equipe formada pelos auxiliares e monitores, inicia-mos os programas em cada Johrei Center por inter-médio desses programas, e pude vivenciar as mais incríveis experiências, que passo a relatar.

CRIANÇARTE

Yuri – 6 anos: No Dia dos Professores, Yuri mani-festou o desejo de dar um presente à sua professora. A mãe concordou e logo pensou: “Depois, eu compro uma lembrancinha qualquer na papelaria.” Porém, Yuri dis-se enfaticamente: “Mãe, eu quero dar uma minibana para minha professora. Ela tem andado muito triste e uma flor vai deixá-la feliz!”

Ao ouvir o filho de apenas seis anos dizer isso, a mãe se assustou: primeiro, por ele ter notado o esta-

Com foco em 2013, desenvolvemos um pla-nejamento anual a fim de fundamentar a linha espiritual a ser praticada por todos os jovens da área, baseada nos três pilares definidos pela Co-missão Nacional de Jovens (encaminhamento, acompanhamento e formação) e nas orientações recebidas pelos responsáveis da Região e da Área.

Assim, tracei a meta de contribuir com a for-mação dos 12 responsáveis de jovens dos Johrei Centers, incentivando-os a coordenar um encon-tro semanal com os jovens da sua unidade.

Além disso, bisquei auxiliá-los na formação de monitores jovens, visando à formação de, pelo me-nos, dois braços direitos em cada unidade. Ouvindo os relatos dos responsáveis de jovens tenho percebi-do que, apesar das dificuldades naturais, eles vêm conseguindo alcançar os primeiros resultados.

Definimos também a necessidade de nos em-penharmos no desenvolvimento pleno dos Pro-gramas de Formação Johvem na Área Curitiba. Atualmente, temos em torno de 159 jovens par-ticipando dos programas de formação, incluin-do o Criançarte, Tweens, Johvem 1, 2, 3 e pré-seminário.

Ao longo de todo este período, pude experi-mentar inúmeras graças e perceber verdadeira-mente a mão de Meishu-Sama na condução de minha vida. A maior de todas estas, sem dúvida nenhuma, é a formação da minha família.

Minha esposa e eu sentimos que estamos constantemente construindo um lar de luz, pro-porcionando aos nossos filhos uma educação es-piritualista, fundamentada nos ensinamentos de Meishu-Sama.

No campo profissional, nossa empresa tam-bém vem experimentando, a cada ano, um con-sistente crescimento.

Hoje, após vários anos de dedicação na Secre-taria Johvem, posso perceber como foi importan-te para a minha formação familiar, profissional e religiosa ter passado por todas essas etapas na es-trutura. Sem dúvida, todo esse processo foi fun-damental para a consolidação da minha fé.

Quero agradecer a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados por poder participar da Sa-grada Obra Divina da Salvação e aos meus pais por terem me encaminhado. Agradeço as orien-tações e o acompanhamento dos meus superiores e também à minha esposa e aos meus filhos por estarmos dedicando, juntos, na concretização dos ideais de Meishu-Sama.

Muito obrigado.

Criacrianças mais

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CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

do de espírito de sua professora, depois pela preocu-pação sincera de torná-la feliz e, por último, dentre tantos presentes, Yuri sabia que era de uma flor que a professora precisava.

Sua mãe escolheu a flor para ele entregar à profes-sora. Dias depois, a professora procurou a mãe, agra-deceu e confirmou o que o filho dissera: ela estava triste. Aquela flor havia tocado seu coração.

Pedro Henrique – 5 anos: Quando o pai purificou com uma gripe muito forte, Pedro, sem ninguém pe-dir, pegou um banquinho e ministrou bastante Joh-rei ao pai. Isto é resultado da postura de seus pais, que são muito dedicados à Obra Divina e, natural-mente, tornam-se exemplos para os filhos.

Beatriz – 5 anos: Todos conhecem a “Campanha do Obrigado”, por meio da qual treinamos, na prática, nos-so altruísmo. Temos de criar situações para recebermos dez “obrigados” por dia. Em uma das aulas do Criançar-te, tivemos por tema justamente essa campanha.

As crianças tiveram como “combinado”, que é a tarefinha de casa deles, executar o desafio de rece-berem diariamente dez obrigados.

Beatriz teve total apoio dos pais e familiares que, atentos à sua tarefa, sempre lhe agradeciam a cada fa-vor que ela prestava em casa. Eles até sabiam quando completava os dez “obrigados”. Certo dia, mesmo após terminar o décimo “obrigado”, ela continuou fazendo os favores dentro de casa. Os pais a lembravam: “Bia, mas você já completou os dez ‘obrigados’ de hoje!” E a Bia respondeu: “Mas eu gostei de receber ‘obrigado’”.

A Campanha do Obrigado é muito parecida com a prática das pequenas ações altruístas. E nós, adultos, sabemos o quanto é difícil praticar. Essa criança não apenas praticou, mas atingiu o ponto vital: transfor-mar essa atitude em algo natural.

Renata – 4 anos: Ela possui o espírito de querer ajudar assim que vê um amiguinho machucado ou chorando.

Um dia, ao chegar à casa da avó, depois da escola, qual não foi a surpresa desta quando, ao abrir a por-ta da perua, a avó viu Renata ministrando Johrei no joelho de uma colega. A avó perguntou:

“O que você está fazendo?”, e Renata respondeu: “Ministrando Johrei, ela machucou o joelho!”, ex-pressando-se de maneira tão natural e tão óbvia. A

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nçarte e Tweens: altruístas e espiritualistas

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CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

professora da Renata já chegou a perguntar ao avô dela: “O senhor sabe por que ela levanta a mão toda vez que um coleguinha chora?”.

Pedro – 7 anos: Pedro é apaixo-nado por tecnologia. Como as crian-ças atuais, é viciado em vídeo game, televisão, smartphones e tablets. Em uma das aulas do Criançarte, foi feita a oficina da horta caseira.

E qual não foi a surpresa do monitor quando Pedro, sabendo da oficina, levou um tablet para a atividade! Ele não desgrudava do aparelho durante a explica-ção e a distribuição do material. Quando as crianças foram tocar a terra, Pedro ficou apavorado. Ele disse que tinha medo de minhoca

e que não iria sujar as mãos. De-pois de muito carinho, paciência e insistência dos monitores, Pedro sentiu a energia do solo e partici-pou de todo o restante da aula sem seu tablet. Ele interagiu tanto com a oficina que, na hora do lanche, esqueceu o dispositivo no quintal do Johrei Center.

Foi neste momento que perce-bemos o quanto é necessário en-sinar a esta geração que, além da tecnologia, existe vida. E como é importante sentir a energia do solo, a força da natureza e perce-ber a existência de Deus em todos esses pequeninos milagres do dia a dia, como o milagre de testemu-nhar a sementinha que fora colo-cada na terra, virar uma planta. E como tudo isso acontece sem ne-nhum aplicativo....

TWEENS

Ana Beatriz – 9 anos: Seus pais constantemente purificavam financeiramente. Ao aprender a importância de materializar o do-nativo de gratidão, Ana Beatriz passou a pedir sempre dinheiro à mãe para fazê-lo. Assim, os pais, que estava há meses sem oferecer gratidão, mudaram esse hábito.

Com isso, aconteceu uma gran-de mudança na vida deles, pois a mãe passou em um concurso pú-blico e o pai está empregado. A família atingiu uma estabilidade financeira que nunca tivera.

Em outro momento, Ana Bea-triz, ao ver a amiga triste na esco-la, sentiu grande desejo de lhe mi-nistrar Johrei. Ao voltar para casa, cobrou sua mãe insistentemente para receber o shoko (medalha de proteção). Já está se preparando para a próxima outorga.

Gabrielle – 9 anos: Ela sempre foi uma criança muito tímida e, apesar de ter o shoko, não costu-

mava ministrar Johrei. Partici-pando do programa Tweens foi, aos poucos, vencendo a dificulda-de, e chegou a ministrar 14 Johrei numa Marcha de Johrei.

Nicholas – 9 anos: Sempre deu muito trabalho aos monitores, devido a suas atitudes intempes-tivas. Nicholas foi se desenvol-vendo de tal forma que passou a ser muito prestativo e querido por todos. Na Marcha de Johrei, ele conseguiu entregar 36 minibana, levou ao altar 14 pessoas de pri-meira vez e ministrou cinco Jo-hrei de tão empolgado que estava.

CONCLUSÃO

Alcançamos todos esses resul-tados em apenas um ano de ati-vidades. Essa é a função dos pro-gramas de formação Criançarte e Tweens: fortalecer o espírito pri-mordial através do estudo de ensi-namentos, de maneira lúdica, mas já surtindo grandes feitos.

A formação do ser humano ocorre basicamente durante a in-fância. Por essa razão é tão impor-tante que nossas crianças partici-pem dos programas de formação Criançarte, que é dos quatro aos sete anos, e do Tweens, que vai dos oito aos doze anos.

Eu ainda não consegui tra-balhar lecionando, mas Meishu- Sama me deu a oportunidade de transmitir seus Ensinamentos. Aprendi com essa dedicação que temos a capacidade de construir um mundo paradisíaco.

O futuro do nosso País será go-vernado pelas nossas crianças. Se pretendemos que o futuro seja me-lhor, precisamos criar crianças me-lhores e educá-las de modo que o altruísmo e o espiritualismo sejam valores intrínsecos. Essa é a missão mais nobre que poderíamos ter.

Muito obrigada.

“As crianças são grandes instrumentos de Deus,

vinte e quatro horas por dia. Elas são bem mais atentas

do que nós, percebem muito mais o ambiente e são

mais sinceras e espontâneas. Só precisam apenas

ser formadas.”

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CONFERÊNCIA JOHVEM - EXPERIÊNCIA NA PRÁTICA DA FÉ

Bom-dia a todos.

Meu nome é Fúlvio Magalhães Lima de Souza, tenho 21 anos e sou messiâni-co há sete.

Desde criança, após receber o “shoko” com seis anos de idade, meu desejo era tornar-me ministro da Igreja. Aos 17 anos, entrei para o pré-seminário, mas não prossegui. Então, comecei a buscar um caminho profissional. Pa-ralelamente, passei a me identificar com as apre-sentações do Coral Mokiti Okada. Inicialmente, assistia aos ensaios e, a convite de minha mãe, que fazia parte do coral, ingressei no Núcleo Musical da Fundação Mokiti Okada.

Confesso que não imaginava ter encontrado a mi-nha missão; mas, ao começar a estudar e conhecer as noções sobre música, fui percebendo que Deus esta-va me aproximando do caminho da arte.

Meu objetivo na época, em relação à música, se restringia a fazer novos contatos e a aprender a can-

tar para satisfazer um desejo pessoal. Jamais imagi-nei que a missão que tenho nesta vida é divulgar a arte de alto nível por meio do canto.

Então, comecei a me aprofundar e tive a permis-são de ser aprovado na Escola Municipal de Música em 1º lugar no início de ano de 2012, concorrendo com cerca de 200 candidatos.

Após seis meses, consegui entrar para o Coral Jovem do Estado de São Paulo, que contemplava os alunos com uma bolsa-auxílio.

Para minha surpresa, dos dois candidatos selecio-nados do meu timbre vocal, eu era um deles. Hoje, posso me dedicar integralmente à arte da música com essa bolsa.

Assim, neste momento, quero cantar para todos vocês uma música que apresentei no teste da Escola de Música, aproveitando para manifestar minha ale-gria e gratidão por ter a permissão de servir à Obra Divina por meio da arte.

Muito obrigado.

A missão de levar o Belo por meio da música

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Boa-tarde!

Eu não sei nem o que eu falo, estou tão nervosa que acho que vou sair correndo daqui. Eu queria que vocês estivessem mais perto de mim, mas são tantas as

pessoas que não consigo ver todos no final da sala. Antes de tudo, gostaria de agradecer do fundo do meu coração o convite da Secretaria Johvem, ao di-retor da Expansão, reverendo José Roberto Bellinger, a confiança, porque falar em público e para tantas pessoas não é fácil.

Ainda mais que na penúltima Conferência, quem fez essa palestra foi um ministro do Superior Tribu-nal de Justiça, Dr. Herman, com tamanha competên-cia. Eu tenho 55 anos, então, eu tenho que ter um currículo grande do que o de muitos jovens. Só se esqueceram de uma coisa: se estou aqui, não posso deixar de falar de minha outra missão. Eu sou mi-nistra dedicante da Igreja e responsável pelo Johrei Center de São João Del Rei (Minas Gerais) e, graças aos meus membros, estou aqui.

Então, vou seguir o exemplo e os ensinamentos deixados por um grande historiador francês, Georges Duby: “Só entendemos o presente quando olhamos o passado”. Contarei um pouco da minha história. Meu

nome é Rita Laura Avelino Cavalcanti, tenho 55 anos, sou membro da Igreja Messiânica há apenas 15 anos e vocês vão entender o porquê. Nasci em Alagoas. Sou de Ibateguara, mas fui gerada e criada na roça, num sítio chamado Roçadinho, sou neta de fazendeiro por parte de pai e de uma dona de casa. E, por par-te de mãe, do senhor Joaquim, que vendia bananas

Purificações fortaleceram a ministra Rita Laura

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e abóboras, e dona Laura, de quem herdei o nome. Quando, hoje de manhã, o reverendíssimo disse

que precisamos entender o vídeo sobre física quân-tica, acho que ele queria falar do invisível e da força do pensamento. Então, eu preciso dizer de onde eu vim. Até os meus seis anos, fui uma criança abso-lutamente feliz. Até que, com essa idade, conheci a dor do luto, quando meu avô paterno faleceu. Eu não entendia por que meus tios brigavam pela herança e não choravam, pois eu chorava muito com a morte dele e usei preto durante um ano. Estou falando de Ageu de Holanda Cavalcanti. A família Cavalcanti é bastante conhecida em Alagoas, não por dinheiro, mas por outras coisas.

Meu pai herdou uma caminhão e com ele criou os cinco filhos. Eu sou a mais velha das mulheres, e a segunda filha. De meu avô paterno, eu herdei um en-sinamento: “Estude muito, pois a não ser a posse da terra, nada vale”. Ele era um fazendeiro, então, sabia o que estava falando. Eu não entendi o que ele disse na época, mas hoje eu consigo compreender um pou-co. Então, quando vi que meu pai criava com muita dificuldade os filhos, comecei a trabalhar precoce-mente porque ele era caminhoneiro e passava meses sem dar notícias; voltava, deixava minha mãe grávida e depois sumia de novo. Tanto que conheci um irmão posteriormente. E coloquei isso como o objetivo de estudar. E eu não queria aprender em qualquer lugar porque eu vim de uma escola rural, onde fui alfabe-tizada com A de “arubu”, I de igreja, O de ovo e U de uva, e só fui conhecer uma uva com uns 14 anos. É sério mesmo! E “e” de senhor Edson, que é o nome do meu pai. Mesmo assim, com todas essas dificulda-des, eu disse: “Eu quero!” E com nove anos, vim mo-rar na Casa Verde Alta, em São Paulo, na casa do meu avô materno, pois sempre que meu pai abandonava a gente, eu vinha morar em São Paulo, como todo bom nordestino. E eu dizia: não vou parar de estudar! Só para vocês terem noção, eu já mudei de 48 cidades diferentes. Eu não estou falando de bairro, pois, em São João Del Rei, eu já mudei umas oito vezes. Num ano só, meu pai mudava cinco ou seis vezes. E ele não ficava preocupado se estávamos matriculados ou se íamos nos prejudicar ou não. Tanto foi que meu irmão mais velho, aos 16 anos, já tinha deixado os es-tudos e se tornou um caminhoneiro. E ele é até hoje. Fiz meu primeiro vestibular na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, onde minha mãe mora até hoje. Naquele tempo, em 1977, eu vi que a univer-sidade não oferecia condições e fui para Brasília. Lá, fiz psicologia. Quem mora nesta cidade, sabe que não é fácil estudar lá. Em 1980, meu pai nos abandonou.

Ele saiu para vender um carro e nunca mais voltou. Não se separou da minha mãe como as outras pesso-as fazem. E eu, como filha mais velha, tive que traba-lhar muito para ajudar na criação dos meus irmãos. E foi nesse momento que eu vi o quanto a vida pode ser sedutora e como podemos resolver os problemas de uma maneira mais fácil. Eu fui no fundo do poço porque não tinha dinheiro nem para almoçar e jantar e não tenho vergonha de dizer isso.

As moças que trabalhavam no restaurante da UnB, diziam que eu “almojantava” porque eu comia lá pelas cinco da tarde. Minha barriga roncava tan-to, que eu tinha um colega, que é professor da Uni-versidade Federal de Uberlândia (MG), que me dava balinha porque dizia que minha barriga roncava muito na aula das duas horas da tarde. Mesmo as-sim, eu nunca aceitei o convite para me prostituir. Eu morreria de fome, mas nunca iria me prostituir. Mas uma coisa é importante, eu vim de uma família extremamente católica, e acho que essa minha prá-tica religiosa foi que me afastou dessas coisas. Um dia, eu não tinha o que comer, já fazia uns dois dias, e chorava naquele corredor da UnB. Chegou um cara bem magrinho perto de mim e ofereceu drogas.

Eu olhei para ele chorando e disse: “Eu tenho cara de quem usa drogas?”. Ele ficou sério e disse: “Não, você é diferente!” Eu não entendia o que ele quis di-zer porque eu só tinha 21 anos, mas hoje eu acho que entendo um pouco. E com essas dificuldades todas, eu consegui sobreviver, arranjei um trabalho, termi-nei meu curso, casei-me e tive dois filhos maravi-lhosos: Sergio Henrique e Maria Rita. Não me deixei seduzir pelas coisas fáceis da vida, a qual continuou me aprimorando.

Hoje, pela manhã, ouvindo as orientações do reverendíssimo Watanabe, pensei no que iria dizer para vocês. Já que ele deu uma orientação tão bela,

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o que me resta falar? E pensei em contar o que eu passei: as vezes em que fui ao fundo do poço, em que tive grandes dificuldades, de conflito, de doen-ça, passando tudo isso como grande aprimoramento. Sendo muito católica, cheguei a ser liderança leiga da Igreja em Brasília. Contudo, meu casamento não andava bem e, com o divórcio, fui excomungada. O padre se negou a me dar a comunhão, que era a coisa mais importante para mim. Então, me vi obrigada a sair de Brasília e prestei concurso para a Universida-de Federal de São João Del Rei, onde estou até hoje.

Lá, eu achava que, como ninguém me conhecia, o padre me daria a comunhão. Mas como não sei men-tir, logo disse a ele: “Eu sou divorciada” E ele: “Ah, não posso lhe dar a comunhão não!” Senti-me, aos 36 anos, abandonada e sozinha, com dois filhos. E terminei me envolvendo com uma pessoa que foi o amor da minha vida. Eu achava que tinha encontra-do a felicidade. Porém, se de um lado eu sentia essa alegria, do outro vi meu filho se perdendo. Até que um dia comecei a desconfiar que ele estava usando drogas. Porque, como psicóloga, sei o quanto é peri-goso o uso de drogas. É quando eu estava no fundo do poço, pois ele pegava meu dinheiro e fazia todas as práticas erradas para adquirir as drogas. Naquele momento, eu era diretora de extensão da Universida-de e estava desesperada.

Um dia, fui almoçar com ele e discutimos. Vol tei para o trabalho. Fiquei cabisbaixa, mas eu não tinha certeza se meu filho estava consu-mindo drogas ou não. Aí, chegou a moça que fa-zia a limpeza na sala e disse assim: “Professora, a senhora esta de cabeça quente, né?!” Eu falei: “Estou muito!” E ela: “O que está havendo?” Eu dis-se: “Acho que meu filho está fazendo algo de mui-to errado!” Ela disse: “A senhora não quer receber

uma oração? Minha amiga faz assim, oh!” e levantou uma das mãos. Ela continuou: “Chama Johrei! Mas é bom professora!” Eu falei: “Com todo o respeito minha querida, eu sou católica e tenho muito medo de in-corporação, desse negócio de receber es-pírito. Ela falou: “Nãooo, minha amiga só fica assim, oh!” E tornou a levantar a mão. E decidi ir. Fui com ela até a casa dessa senhora, por quem hoje nutro uma infini-ta gratidão. Ela sentou-se e disse assim: “Como é seu nome?” Eu disse: “Para que a senhora quer saber meu nome?” Eu sou cientista, né? Só acredito naquilo que eu vejo, que eu observo. Quero saber o por-quê de tudo. E acabei dizendo que era Rita

Laura. Ela me pediu para dizer o nome todo por cau-sa dos antepassados. Eu disse a ela: “A senhora vai incorporar algum antepassado meu?! Diga logo, que eu vou embora.” Ela: “Não, minha filha! É só para eu rezar para eles.” Quando ela levantou a mão, senti uma coisa muito estranha. E não era nada bom. Meu Deus, eu tinha vontade de sair correndo. E dizia a ela: “A senhora está pensando em quê?! Ela: “Nada! Só estou colocando você no Paraíso.” Paraíso para mim é o céu! Eu pensei: pronto! Ela quer que eu mor-ra. E ela, com a mãozinha estendida. Depois de al-guns minutos, ela me pediu para virar de costas. Eu perguntei a ela por quê, pois rezar nas costas faz mal. Ela respondeu que não era para o mal. Eu virei, mas fiquei de olho nela. Nessa história, ela ministrou Jo-hrei de uma hora, no dia 22 de junho de 1998. E eu, que tomava três lexotan, dormi de roupa e tudo. Era um dia extremante frio, e disse à moça que traba-lhava comigo: “Você faz uma sopinha, que vou des-cansar uns minutinhos e depois vou tomar banho!” Dormi atravessada na cama.

Quando acordei, no dia seguinte, estava na po-sição certa, sem sapato e coberta. Eu falei: “Lili, quem tirou meu sapato?” Ela respondeu que tinha sido meu filho e perguntou o que tinha acontecido: “Eu tomei uma caixa inteira do remédio, foi?” Ela relatou que eu nem tinha tomado o remédio. Fiquei confusa. Quando fui para o banho, veio à minha ca-beça: “Foi aquela oração!” Vesti-me e fui direto para a casa da mulher e perguntei a ela o que tinha feito comigo. Ela respondeu que tinha ministrado Johrei, uma oração de Meishu-Sama, e me mostrou uma foto dele. “Vim lhe pagar. Eu dormi a noite toda!” A senhora disse que não precisava pagar nada e me pediu para ir até a Casa de Johrei (Johrei Center) para conversar com a ministra Elza, pois não entendia

“Gostaria de deixar como mensagem para vocês, que não desistam no

primeiro problema. Se eu for enumerar os problemas que vivi, as purificações por que passei, ficaria aqui uns dois ou três dias. Mas, nunca me afastei

dos olhos de Meishu-Sama.”

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nada. Desde então, nunca mais fiquei sem receber ou ministrar Johrei.

Porém, onde entra luz, aparecem as coisas. No dia 22 de setembro, encontrei drogas no quarto do meu filho. Eu não quero nunca que vocês sintam a dor que eu senti. Acho que se pegassem uma faca e es-folassem meu coração, a dor seria menor. Eu fiquei tão sem chão, que pensei: “acho que é porque estou em pecado.” Herdada da minha formação católica, a culpa veio a galope.

Nesse mesmo dia, eu me afastei da pessoa que achava ser o amor da minha vida e, até hoje, após 15 anos, ele nunca me deu um bom-dia pois, nunca en-tendeu que acontecera. Eu nunca contei a ninguém, a não ser ao meu orientador espiritual, mas esse ho-mem era casado, e eu não queria que a esposa dele passasse o que eu passei porque a dor é terrível. Não tenho palavras para descrever o que senti naquele dia. Mesmo assim, fui ao Johrei Center e recebi de três a quatro horas de Johrei Aí, chegou uma moça muito bonita, uma missionária, que me disse: “Você está chateada, meu bem?! Lava um banheiro!” Eu pensei: o que tinha a ver estar chateada e lavar um banheiro?! Eu estou rindo agora, porque, na época, eu só chorava. Ela disse assim: “Vá e veja o que aconte-ce!” Peguei uma vassoura, um balde e outras coisas e fui para o banheiro. Havia umas luvas amarelas, que eu coloquei e comecei a limpeza. Ela olhou para mim e disse: “É com a mão, meu bem! Você precisa limpar essa crosta aí, como se tivesse limpando as mácu-las que estão no seu coração!” Pensei: “Essa moça é doida!” Eu era uma frequentadora, ninguém me ex-plicou o que era uma dedicação. Lavei o banheiro. Senti-me tão bem, que lavei o masculino também. Entrou luz, né? Quando cheguei em casa, meu filho disse assim: “Mãe, me perdoe! Eu realmente estava usando droga!” Ouvir isso dele seria o primeiro passo para a cura. Ele me pediu ajuda, e sugeri que se mudasse para Brasília por um ano, para ficar com o pai. E ele foi.

Pedi à ministra Elza que me ou-torgasse. Perguntei se eu podia ser membro da Igreja, porque era divor-ciada, tive um amante e meu filho usava droga. Porque eu também era muito impura para levantar a mão. Ela olhou para mim e disse: “Minha filha, a hora que você quiser!” E me pediu para conversar com o reveren-do Sendas.

E meu filho foi embora. Eu entreguei meu cargo. E olha que eu ganhava mais que o dobro do meu salá-rio por ser diretora. Em uma semana, fiz um projeto de doutorado e, concorrendo com mais de duzentos candidatos para nove vagas, fiquei em terceiro lugar, numa seleção do melhor doutorado do País, que é o da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janei-ro. Aí, vocês perguntam: “Como é que você fez tudo em uma semana?” Eu vou responder como meu gran-de amigo falou: “Você escreveu esse projeto usando um tinteiro, mas o que tinha dentro era o seu san-gue.” E foi verdade. Eu escrevi o projeto chorando. Eu não era membro, nem podia ministrar autojohrei. Mas como Deus é bom, eu passei na primeira fase e, no dia seguinte, quando fui outorgada em São João Del Rei, peguei o ônibus para o Rio e fiz a prova es-crita: foram cinco horas de prova, com cinco horas de Joh rei. Doze páginas de folha de papel almaço. Sabem o que são doze páginas? Eu escrevendo com o Johrei. E eu fico boba de ver que ainda existem mes-siânicos que não fazem autojohrei. Até em reunião do meu conselho superior, eu estendo a mão e me perguntam: “O que foi Rita Laura?” Eu respondo: “Estou orando!”

Uma vez, o reitor da Universidade de São João Del Rei chegou para mim e disse: “Rita Laura, às vezes você fica assim para o lado, às vezes de outro jei-to. É alguma coisa?” Eu disse: “É sim, estou rezando por você!” Ele: “Então, reze mesmo, pois estou preci-sando muito!” Hoje, ele é o atual prefeito da cidade. Então, ministro Johrei em qualquer lugar. Venho to-dos os meses para São Paulo: ministro uma hora no motorista e sete em mim, são oito horas e pouco de viagem. Ministro em quem está purificando dentro

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do ônibus, quem está enjoando, criança chorando, em todo o canto. E eu não tenho vergonha. O que eu tenho mais orgulho é ter o Johrei, que é a coisa mais importante que existe na vida.

Mas, pessoal, até hoje eu não acredito muito que, quanto maior a missão, maior a purificação.

Mas não pensem que minha purificação parou aí. Pelo contrário, em Brasília, meu filho conheceu outra droga e retornou um ano depois pior. Mas eu já tinha o Johrei. E quando ele voltou, ministrei-lhe Johrei, e ele se tornou membro; arrumou uma namo-rada e engravidou a moça. Eu tenho uma neta de dez anos. Ele foi pai aos 19 anos. Hoje, é um homem ca-sado, chefe de família, tem a casinha dele e é uma pessoa de um coração sem tamanho.

Minha menina, na mesma época, foi empurrada na escola e teve traumatismo craniano e um coágulo de seis centímetros entre o cérebro e o crânio. Eu lhe ministrei nove horas ininterruptas de Johrei. Os mé-dicos não sabem para onde foi esse coágulo. Minha filha, um ano depois, foi diagnosticada com rami-ficações de tumores no cavo, e o médico disse que minha filha não ia passar da quarta série. O médico disse: “Eu sou otorrinolaringologista, e a audição e os processos cognitivos já estão comprometidos.” Eu disse: “O senhor não conhece Meishu-Sama,” e mi-nha filha passou a receber por dia de três a cinco horas de Johrei, meu e dos membros. Hoje, ela estuda física na universidade. Então, eu acho que entendo um pouquinho quando aquele moço me chamou de diferente. Não é porque sou melhor não, é porque acho que temos a proteção Divina. Ministro Suzuki, muito sabiamente, nos ensina que não existe lugar seguro, mas sim pessoas protegidas. Acho que temos essa proteção Divina.

Gostaria de deixar como mensagem para vocês, que não desistam no primeiro problema. Se eu for enumerar os problemas que vivi, as purificações por que passei, ficaria aqui uns dois ou três dias. Mas, nunca me afastei dos olhos de Meishu-Sama. Tornei-me membro em 1998 e, em 2003, recebi o primeiro convite para fazer prova para ser ministra. Mas optei por não realizá-la.

Em 2007, fiz a prova para ministro. Na véspera de fazer a prova, tive uma febre muito alta. É aquela coisa: para servir, tem que purificar. Aí, pedi uma audiência com o reverendo Dario. Fui dirigindo de São João Del Rei até Belo Horizonte, com muita fe-bre. Quando cheguei lá, eu disse ao reverendo: “O senhor acha que estou preparada para fazer prova?” Ele respondeu: Lá vem você de novo!” E repeti: “Mas eu sou divorciada etc. E retrucou: “Rita Laura, você passou por tudo isso para saber como orientar essas pessoas que vão passar pela sua vida como missioná-ria e sacerdote.” E já fui assumir a responsabilidade do Johrei Center São João Del Rei. Comecei num sá-bado e, neste dia, a cidade estava vazia. Chegou um casal na Igreja. E a moça falou assim: “Oi, professora Rita Laura!” Eu disse: “Oi, eu conheço você, né!” Ela: “Sim, trabalho na UFSJ. Este é meu marido, que tam-bém trabalha lá.” Ele disse que era pesquisador da Universidade, na área de física quântica. Ela contou que ele andava muito inquieto e queria que eu lhe ministrasse Johrei. E assim fiz. Esse cara começou a suar, cheiro de medicamento, sabe. Ele contou que usava todas as drogas. Eu pensei no que fazer para ajudá-lo e decidi ministrar-lhe Johrei todos os dias.

Atualmente, esse moço está no seu segundo pós-doutorado em física quântica e ganhou a melhor bol-sa de CNPq, chamada Prodoc, como físico. A menos de um mês, ele passou no concurso federal de São João Del Rei para professor efetivo. Parou com todas as drogas, exceto o cigarro. E olha que, ultimamente, nem o vejo fumar. E ele tem uma fé...

No sábado passado, fizemos o culto e uma vivência da horta, junto com a prática do sonen, agradecendo todos os agricultores, conforme orientação recebida. Como São João Del Rei foi uma cidade que teve muitos escravos, pedi para que todos agradecessem aos es-cravos que trabalharam na terra. Nesse momento, ele me olhou de longe e depois disse: “Ministra, eu tive uma manifestação.” Eu disse: “Físico quântico tendo manifestação?!” E ele explicou: “É, o mundo invisí-vel.” Isso mostra que nós, cientistas, acreditamos no invisível e que isso é possível. Podem acreditar nesse relato porque tenho autorização de falar sobre ele. Sua experiência de fé já foi publicada.

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Também sou uma seguidora de Paulo Freire, o maior educador deste País. Ele era comunista e católico. E costumava dizer: “O extremo da razão é a fé.” Quando não houver mais expli-cações racionais, ali se encontra a fé. Não tenham dúvida disso. Tudo o que não pode ser explicado pelo homem ou pela razão, tem uma explicação do mundo invisível, do Mundo Espiritual e do Mundo Divino.

Hoje, o reverendíssimo se referiu à força do pensamento, que realmente consegue modificar as coisas. Um dos maiores professores de física da UnB participava de um projeto bastante so-fisticado, mas passou por uma decep-ção tão grande, que se tornou pai de santo. Acontecem essas coisas. Quan-do não há mais explicações cientificas, ali se encon-tra a fé.

Eu também acredito em outra coisa: que nós, en-quanto messiânicos, podemos levar para o nosso am-biente de trabalho, para a sociedade como um todo, esse modelo de postura, essa ética que Meishu-Sama nos ensina. E que podemos fazer as outras pessoas feli-zes, mesmo num ambiente científico. Tanto assim que sou colaboradora da Faculdade Messiânica e tenho um grande sonho: salvar as pessoas através da Educação.

Eu acredito no que Paulo Freire me dizia: “Olha, minha filha, a Educação não muda o mundo, a Edu-cação muda as pessoas. Mas as pessoas mudam o mundo.” Então, se nos empenharmos, tentarmos superar as dificuldades, poderemos ser úteis à Obra Divina também na Educação. E como educadora, eu falo isso sem medo.

É como o reverendíssimo falou pela manhã: “O futuro não está só nas minhas mãos, está nas mãos de vocês.” Ousem, nunca percam o espírito de bus-ca. Sejam perseverantes nos seus sonhos, que vocês conseguem. Meu avô, um homem do nordeste, dizia assim: “Um dia, você vai conhecer uma flor chamada lótus. Ela nasce do lodo. E é a flor mais majestosa. E você vai conhecer a expressão ‘fundo do poço’.” E conheci mesmo. Então, eu acredito que, no fundo do poço, encontramos a beleza da vida. E como psicóloga que sou há 30 anos, desenvolvi um pensamento que não é teoria nem é síntese de nada, mas que surgiu a partir de minhas vivências. Às vezes, atendo uma pessoa que está em profundo sofrimento. Olho para ela e digo: “Você já agradeceu pelo seu sofrimen-to? Porque dor é vida, a ausência da dor é a morte.”

Vocês duvidam disso? Veja o que acontece com a anestesia, ela te paralisa, te amortece. Desliga. Isso é uma proximidade muito grande com a morte. E o que a droga faz? Amortece, paralisa. Mas os problemas continuam ali. Então, enquanto estiver com essa dor, respire fundo e diga: “Eu estou vivo.”

Eu adorava Renato Russo e cheguei a conhecê-lo. A primeira vez que ouvi a música “Andrea Doria”, ela se tornou um hino da minha vida pessoal. É o nome de um navio italiano, que saiu da Itália com desti-no a Nova York. E bem próxima desta, ele se chocou com outro navio. Todos os ocupantes ou a maioria deveria morrer, mas ocorreu o contrário. Quase to-das as pessoas que estavam no navio Andrea Doria sobreviveram. E o Renato Russo compôs essa músi-ca. Queria que vocês prestassem muita, mas muita a atenção à letra. Ele escreveu a canção para dar força a uma amiga dele:

“Faríamos florestas de desertoE diamantes de pedaços de vidro.” Então, peço que vocês perseverem na hora de

profundo sofrimento. Lembrem que estão sendo pre-senteados por Deus. Esse é o imenso amor de Deus por mim. Sei que sou uma simples professora, mas tenho fé absoluta no poder de Deus e Meishu-Sama. Se eu tiver um ou dois dias de vida, quero viver para Meishu-Sama. É assim que gostaria de deixar vocês: refletindo sobre a perseverança e a esperança. Refli-tam profundamente nas palavras do reverendíssimo. Ele foi de uma delicadeza e profundidade sem tama-nho. Não percam o espírito de busca. Não foi isso que ele disse? Queria agradecer a todos do fundo do meu coração e que vocês sejam imensamente felizes.

“Às vezes, atendo uma pessoa que está em profundo

sofrimento. Olho para ela e digo: ‘Você já agradeceu pelo seu

sofrimento? Porque dor é vida, a ausência da dor é a morte.’”

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CONFERÊNCIA JOHVEM

Boa-tarde!

Hoje, pela manhã, vocês assistiram ao vídeo sobre física quântica, não foi? Na verdade, o ponto vital que quisemos transmitir foi que “o homem depende do

seu pensamento”. Entenderam? E que o pensamento do ser humano interfere nas coisas da Grande Natu-reza. Para compreender isso de uma maneira mui-to fácil para todos nós, temos recebido já, há alguns anos, orientações de Kyoshu-Sama, que sempre nos diz: “Vocês foram perdoados; vocês já foram salvos; Venham”! Ele não está dizendo isso constantemente?

O que às vezes nos impede de encontrar Kyoshu-Sama? Vocês sabem? Muitas vezes, é o nosso próprio pensamento. Pensamos: “Eu não fui perdoado; eu não fui salvo”. Nosso pensamento fica ligado à Era da Noite. É claro que é necessário ocorrer uma mu-dança, um crescimento. Alguma coisa para encon-trarmos essa Era de Luz, para a qual Kyoshu-Sama nos está convidando.

No início deste mês, eu estava no Solo Sagrado do Japão, em Hakone, fazendo oração. Eu gosto muito de lá. Naquele momento, eu me lembrei da terceira líder espiritual. Vocês se recordam dela? Eu fiquei pen-sando em todo o período durante o qual vivi como membro da Igreja e falei: “Exatamente no período em que minha família ingressou na fé, a terceira líder espiritual ajudou a todos nós a fazer a transição da Era da Noite para a Era do Dia”. Depois, chegou um determinado momento em que ela entregou a pasta ao nosso atual líder espiritual, que já vem em outra condição e afirma: “Vocês já fizeram a transição, a Era da Luz já começou. Vocês precisam aceitar e en-trar nessa nova Era”. Ele ainda disse outra coisa que chamou muito a nossa atenção: “No momento em que estamos ministrando Johrei, estamos na posição de salvadores e, ao mesmo tempo, na posição de ser-mos salvos”. Salvadores, por estarmos cuidando de alguém. Sendo salvos, pela ação altruísta.

Então, nosso líder espiritual está convidando todo

A sintonia com o Supremo Deus para

a salvação de pessoas

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mundo. A sensação que eu tenho é que ele chegou a essa Era de Luz e está fazendo o que é característico da Igreja Messiânica Mundial: puxar as pessoas até o seu nível.

Hoje, nessa conferência, fiquei muito feliz quando o reverendíssimo Watanabe contou a vida dele, os processos de purificação, o que ele precisou ultra-passar para chegar à condição de presidente mundial da igreja e orientador junto a Kyoshu-Sama, ensinan-do os fiéis do mundo inteiro. Ele colocou todos os sofrimentos e os momentos por que passou, dando-nos coragem: “Pessoal, vamos embora, vamos! Não tenham medo de sofrimento, de purificação!”

A professora Rita Laura foi maravilhosa em todas as suas colocações sobre o espírito de busca. Vamos, gente. Vamos! Está tudo pronto. O Paraíso está pron-to. Vamos! Estamos esperando o quê? Vamos levan-tar essa bandeira da salvação de Meishu-Sama para toda a sociedade!

O objetivo do dia de hoje foi esse. Desde o mês pas-sado, no Japão, eu estava me preparando e conversando com o reverendíssimo sobre o nosso encontro de hoje. Preparando item por item, ponto por ponto. Eu senti o amor dele para com todos nós. Ele falou: “Bellinger, eu preciso falar bem simples. Quero que todos eles enten-dam. A única coisa que precisamos fazer realmente é desejar tornar uma pessoa feliz. Todos os jovens têm que sair da conferência desejando isso. Quando dese-jar fazer uma pessoa feliz, vai entrar em sintonia com o Divino, com o Supremo Deus. Entrando em sintonia com o Divino, todas as coisas da nossa vida vão se or-ganizando. Às vezes, encontramos um pontinho para o crescimento, para o polimento.

No início deste ano, eu estava pensando muito sobre esta questão da sintonia com o Divino. Em que sintonia eu vivo? Se nós somos orientadores, em que sintonia eu estou vivendo? Até bem pouco tempo atrás, eu passava muito tempo viajando. Mo-rava no interior e ia para São José dos Campos, Mogi das Cruzes, dava atenção à zona leste de São Pau-lo e Guarulhos. Era corrido e nem todos os dias eu dormia em casa. Às vezes, dormia em São Paulo; às vezes, no interior. Então, durante todo esse período, o altar do lar ficou aos cuidados de minha esposa. A limpeza diária, a oração diária. Pensei: “Eu preciso entrar em sintonia com o Divino. O que eu preciso fazer?” É claro que fazer uma pessoa feliz é o cami-nho. Um dia, ela falou: “Durante todo esse tempo, eu cuidei do altar. Agora, nós estamos reunidos com a família toda em São Paulo, você não quer cuidar do altar todos os dias”? Respondi: “Claro”!

A primeira coisa que faço quando acordo, desde

então, é limpar o altar. Então, alguma coisa mudou. O ritmo da casa também mudou. A relação também se modifica quando fazemos pequenos gestos. A at-mosfera se transforma. Outro dia, minha esposa dis-se: “Do altar você já está cuidando. Sabe a ikebana do altar? Eu também sempre fiz”. Aí, eu perguntei: “É para eu cuidar da ikebana também”? Ela respon-deu: “Sim é o chefe da família que tem que cuidar da ikebana do altar do lar”. Comecei a fazer e hoje até fotografo os arranjos.

Eu senti nessa conferência e tenho certeza que o que o reverendíssimo Watanabe quer que entremos o mais rápido possível em sintonia com o Divino. Que nos liguemos a Meishu-Sama para fazer alguém feliz.

O ministro Jorge Bulhões tem os dados e o e-mail de todos vocês. Eu disse a ele que precisamos estar em contato, durante o ano inteiro, com o pessoal da conferência. O mês de abril está terminando. Então, a partir de maio, eu gostaria que cada um de vocês se preocupasse em fazer uma pessoa feliz. Que cada um se tornasse pioneiro de salvação na vida de uma pes-soa. Busquem uma pessoa por mês. Vocês acham difí-cil? Não é difícil, é? Não. Então, vamos buscar. É uma pessoa por mês: cuidar, acompanhar com o Johrei.

Ouvimos experiências belíssimas sobre como cui-dar do jovem, da criança. Então, vamos ser pioneiros na vida dos jovens dos nossos Johrei Centers, dos jovens que podemos trazer para a nossa unidade, da família desses jovens, para que se formem famílias messiâni-cas. Observando a vida das pessoas que estão conosco, buscaremos ser pioneiros de sua salvação.

Eu sei que vocês, como líderes, conseguem. Mui-tas vezes, um jovem que está ligado a nós tem o pen-samento de que não consegue, mas se ajudarmos esse jovem a tentar, dizendo a ele: “Vamos tentar, vamos

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acompanhar, vamos fazer oração juntos, vamos ligar a pessoa a Meishu-Sama. Se começarmos a fazer isso, o Mundo Espiritual trabalha a nosso favor. O mun-do espiritual vai dizer: “Aquela pessoa está tentando salvar o meu descendente. Eu vou auxiliá-lo e dar força para o meu descendente despertar e tornar-se útil a Deus”.“O homem depende do seu pensamento”: vocês devem tomar a decisão de salvar.

Há um tempo, eu fiz uma experiência com um jovem que agora está fazendo seminário no Japão, o Ricardo Azevedo. Ricardo é português e quando ele veio dedicar na região da qual estava cuidando, fa-lei: “Ricardo, eu quero que você desperte dez pessoas esse mês para se tornarem úteis a Deus. Só que você não pode perguntar a elas: “Você não quer receber o Ohikari? Você precisa despertá-las”. Ricardo começou a ministrar Johrei o dia inteiro aos frequentadores e ninguém comentava nada sobre receber o Ohikari.

De repente, o pensamento do Ricardo mudou. Ele disse: “Vou salvar pessoas, vou conseguir conduzir”. Depois, ele foi ministrar Johrei a uma frequentadora e, durante a ministração, pensou: “Espírito secundá-rio, você já era, o mundo virou dia, já é a Era do Dia. Você foi muito importante para a formação e cresci-mento do mundo na Era da Noite, mas agora quem vai predominar é o Espírito Primário”. Continuou: “Espírito primário de fulana, agora é a sua vez. O mundo já se tornou dia. É o seu momento de atu-ar. Desperte para tornar-se útil a Deus, para salvar alguém”. Depois, ainda na ministração do Johrei, pensou: “Espírito Guardião, você está entendendo o que eu estou falando, não está? Você sabe que seu descendente precisa tornar-se útil. Então, vamos lá, é hora de despertá-lo”. Assim, o Ricardo terminou o Johrei. A senhora olhou para ele e disse: “Como é que eu faço para também ministrar o Johrei”?

“O homem depende do seu pensamento”. Eu não sei de onde o Ricardo tirou isso, mas ele conseguiu. Conduziu doze pessoas naquele mês, através daquela postura de dedicação, com o pensamento e o desejo sincero de salvar alguém. Eu disse: “Esse menino é da Era do Dia e vai ser ministro da Era da Luz”. O pai dele dedicou comigo como seminarista quando eu estava no interior de São Paulo, e hoje o filho tam-bém está em formação.

Acredito que, se nós sairmos daqui com o dese-jo de querermos ser úteis, de salvar alguém, natu-ralmente entraremos em sintonia com o desejo de Meishu-Sama e concretizaremos a salvação de uma pessoa por mês. Se precisar, façam igual ao Ricardo, peçam ajuda ao Espírito Guardião da pessoa. Essa seria a primeira tarefa ao sair daqui. Só que eu que-ria ter um retorno. Para a tarefa, vou pedir para que a assessoria Johvem fique de olho em todos os que participaram da conferência, para sabermos quem está conduzindo ou não e qual é a dificuldade. Va-mos concretizar isso! Nós somos modelos. Senão, não conseguiremos puxar os outros jovens. Certo?

E, para finalizar, a horta caseira. A Arca de Noé do século XXI. A tarefa que o reverendíssimo nos deixou. Ano passado, quando eu saí da conferência, falei: “Preciso praticar essa horta caseira. Como pos-so fazer isso”? Comecei preparando um canteirinho, a comprar algumas mudas e foi interessante. Plantei um pé de manjericão, que ficou lindo, lindo, lindo; um tomateiro, que tive que colocar um bambu nele, de tão grande que ficou. Nunca havia cuidado de um pé de tomate e eu não sabia que crescia tanto. Ele crescia e eu tinha que aumentar as varas de bambu para ele enramar. Todos os dias eu comia tomates.

Só que eu moro em São Paulo, que tem prédio aqui, prédio ali, e eu moro em uma casa no meio de muitos edifícios. Então, eu só tenho sol em casa du-rante uma parte do dia. Por conta disso, um canteiro que eu fiz, não pegava muito sol e eu plantei couve. As couves estavam ficando bonitas. De repente, apa-receu caramujo. Eu nunca pensei que caramujo fosse tão terrível. O bicho grudou na couve e, em um dia, derrubou todo o pé. Já havia uma porção de caramu-jos grudados em outro pé.

Fui procurar o ministro Hiroshi Ota. Vocês co-nhecem o ministro Ota? Eu o chamo de Ota Caseira, porque ele é o responsável pela horta caseira. Per-guntei a ele: “Ota, apareceu caramujo na minha horta, o que eu faço? De onde vem o caramujo? Do vizinho”? Respondeu: “Não. Ele está na terra, em es-tado latente. Você criou a condição para ele apare-cer”. Perguntei a ele: “Como é que eu faço para, pelo

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menos, salvar um pezinho de cou-ve”? Ele contou: “Olha, caramujo adora cerveja. Coloque uns copinhos de cerveja sobre a terra e veja o que acontece. Adicione uns grãozinhos de sal grosso”. Coloquei a cerveja e, no dia seguinte, todos os caramujos estavam boiando na cerveja.

Eu comecei a pensar no que o ministro Ota dissera e pensei: “Tudo está ali na terra, basta criar-mos condição”. O Ota me ensinou: “Na sua casa, você tem umidade e não tem muito sol. Então, um dos elementos se sobressaiu. Tem fogo, água e terra. Um elemento sobres-saiu, no caso a água, e é aí que veio o caramujo.

Havia uns vasos que eu tinha plantado no andar de cima, na varanda do meu quarto. No vaso, a terra fica mui-to compactada. Um dia, eu fui mexer e achei muito interessante porque eu coloquei a terra pá por pá. Eu compro a terra em floricultura, que é uma terra sem vida. Mas no dia que eu fui mexer, havia minhoca dentro daquela floreira. Falei: “Como é que a minho-ca veio parar aqui? O que aconteceu? A minhoca veio lá de baixo? Subiu pela parede? Lembrei-me do que o ministro Ota falava sobre o sol, a água e a terra, os três elementos que geram vida. É claro que a minho-ca e seus ovos estavam lá dentro da terra. Tudo na terra fica em estado latente. Se há sol, água e terra, é natural que a minhoca apareça.

Quando eu vi isso, entendi um dos princípios de Deus: nós somos feitos dos elementos água, fogo e terra; o planeta é feito de água, fogo e terra. A vida é feita de fogo, água e terra. Isso é Ensinamento de Meishu-Sama. Falei “Meishu-Sama, eu entendi! A Agricultura Natural não é simplesmente para eu co-mer aqueles produtos que tenho em casa. É para eu entender a força do solo, para eu entender a existên-cia de Deus”. O princípio de Deus está vivo em tudo. Com um pequeno vaso nós vamos conseguir enten-der o princípio de Divino. Observem. Vamos estudar mais essa horta caseira. Ela é caminho de salvação para gerar alimentação para o homem, mas tudo o que é de Meishu-Sama tem algo a mais. É para des-pertar a natureza divina das pessoas. Vamos tentar.

Hoje, o reverendíssimo perguntou: “Quem tem horta caseira”? Quem levantou a mão, pode levantar de novo? A maioria... ou quase a metade. Vamos ten-tar? Nem que seja um vaso. Observem a vida. Vamos

aprender com a força da natureza para termos ener-gia para levar aos jovens de que estamos cuidando. O reverendíssimo Watanabe falou: “O futuro começa hoje”. Ele está contando com cada um de nós para con-cretizar o sonho de Meishu-Sama, que é a concretiza-ção desta nova civilização. Vamos tentar. Neste perí-odo, vamos nos unir e praticar o Joh rei da salvação, a Agricultura Natural e o Belo. Nós estamos começando com o Belo do cotidiano, que são as posturas, mas já temos a ikebana com muitas experiências, a cerâmica. Hoje, estamos trabalhando o Belo do cotidiano, mas vamos ter as três colunas de salvação.

A tarefa principal hoje é a Arca de Noé do sécu-lo XXI. Vocês já ganharam quantas sementes? Todos têm aquele saquinho de sementes? Todo mundo gos-ta de rabanete? Vamos tentar começar pelo rabanete, que é bem fácil. Vocês têm dez sementes? Então, vão ser dez pés de rabanetes. Vocês podem comer um, oferecer outro à família e os demais aos vizinhos. Para despertar também nessas pessoas a existência de Deus. Tudo bem?

Muito obrigado a todos. Boa missão. O modelo da Conferência Johvem para o próximo ano está sendo es-tudado e eu quero ouvir opiniões de como nós vamos fazer. Estamos na nona conferência. Portanto, está na hora de começarmos a pensar em um novo modelo.

Boa missão a todos. Felicidades. Ministro Jorge, muito obrigado. Todos os ministros e equipe, vamos incrementar as atividades dos nossos jovens forman-do líderes para o futuro. Parabéns a todos pela Con-ferência e por tudo o que fizeram.

Obrigado.

“Eu senti nessa conferência e tenho certeza que

o reverendíssimo Watanabe quer que entremos o mais

rápido possível em sintonia com o Divino. Que nos

liguemos a Meishu-Sama para fazer alguém feliz.”

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