revista uiraúna 2013

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Buscando uma forma de agradecimento, por tudo de bom que te-nho recebido desde a minha formação até a condição de seu representan-te, pus-me a imaginar que presente conceder ao município de Uiraúna, na data alusiva aos seus 60 anos de independência. Cheguei a conclusão de que a joia mais valiosa que poderia lhe proporcionar seria a renovação do compromisso de continuar a defender os interesses de sua gente, da qual sempre tive a confiança e agreguei a experiência administrativa, chegando, com satisfação, ao meu quarto mandato. Ser prefeito desta terra é, antes de tudo, um motivo de orgulho, por-que reflete a convergência dos anseios da maioria paralelo a minha vontade de acertar em todas as iniciativas que visam o seu progresso e bem estar dos seus habitantes. Uiraúna, a sexagenária que amadureceu sem perder a jovialidade, o encanto, o aconchego, a característica peculiar de preparar homens e mu-lheres para os desafios da vida, de se destacar pela capacidade humana e pela determinação dos que tiram da aridez de seu solo os elementos neces-sários à transformação em oásis. De Belém de Canaã, nos registros do passado, chegamos ao realçar do pássaro preto que aviva as cores do presente, para entoar o nosso desejo de crescimento futuro nas proporções exigidas pela globalização.Parabéns Uiraúna, à você, motivo maior de nossas atenções, aos seus filhos, por naturalidade ou adoção, que constituem o carro chefe de sua caminha-da, hoje homenageada pelas seis décadas de grandes realizações.

A gratidão a minha querida Uiraúna

Dr. João BoscoPrefeito Constitucional

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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Marcante foi o lançamento da primeira Edição desta Revista, durante as comemorações dos 50 anos da Independência de Uiraúna. A semente vingou, produzindo seguidamente outras edições, valorativas do cresci-

mento e progresso de nossa terra. Orgulhosamente, chegamos aos 60 anos de liberdade e independência, saudando-os festivamente pelo sucesso e pela coincidência de estarmos juntos novamente com esta edição comemorativa e de muito significado. Isto é história e sua existência reflete os valores das gerações, interesses e empenhos dispen-didos ao longo do tempo. Não foram em vão os esforços dos propugnadores da mudança histórica dos ideais da nossa juventude que almejava um futuro melhor, desatrelado do conservadorismo da cidade mãe - Antenor Navarro, que não olhava esta terra, senão pelo ângulo do cutelo e do cabresto. Cajazeiras e Patos despontavam avançando corajosamente no domínio da educação dos jovens, despertando entusiasmo e grande esperança de um novo porvir. Monsenhor Vieira atraía grande número de jovens para o Ginásio Diocesano de Patos, oferecendo-lhes oportunidades de um aprendizado excepcional, retornando cheios de ideias libertárias. O Padre, com seu prestígio e sendo filho da terra, correu em favor da causa, jun-tamente com o Dr. Osvaldo Cascudo e outros que pleitearam a emancipação, que vitoriosa deu-nos o status de cidade polo, liderando a economia da região, fato que até hoje a faz de exemplo para as comunidades circunvizinhas.Seu orgulho se faz sentir no crescimento das unidades educacionais, do comércio e das ativi-dades artísticas e culturais. Uiraúna não é mais uma cidade dependente. Desponta com um corpo médico consi-derável, de filhos da terra, da mesma forma, de educadores, bacharéis, engenheiros, odon-tólogos e empresários, sem falar no que sempre foi a sua maior vocação: a musicalidade e a prática religiosa. O que falta para o grande salto? Podemos até responder: falta ainda muita coisa. So-mos muito bons no que já sabíamos fazer. Necessitamos inovar para acompanhar as mudanças dos tempos. É chegado o momento do empreendedorismo, de buscar os caminhos do SEBRAE e inserir-se nas suas preocupações e ensinamentos, preparando-nos para o turismo, ora enri-quecido pelo Centro Histórico e Cultural Fernandes Vieira, agora dispondo de uma Via-Sacra que conduz o visitante até o Memorial, à disposição de nossa comunidade. Outro grande filão são as indústrias de base, com melhor aproveitamento do que produzimos, tanto na pecuária leiteira como no seguimento avançado no setor têxtil, a exemplo de São Bento de Brejo do

Cruz, na Paraíba e Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, no vizinho Estado de Pernambuco. Os nossos agradecimentos aos colaboradores, patrocinado-res e benfeitores, sem os quais não existiríamos como Revista. Agradecemos especialmente ao Prefeito da cidade, Dr. João Bosco Fernandes, em seu quarto mandado, desejando-lhe uma pro-fícua e inovadora gestão; ao benemérito João Claudino, pelo que faz por nossa cidade e toda região, de modo especial pela revista, o que o torna merecedor do título e grau de Mecenas. Destacamos o trabalho jornalístico do nosso estimado Da-mião Lucena, luz do jornalismo sério e esperança de uma edição bem sucedida.

Aos conterrâneos, o nosso abraço.

Maria Therezinha Vieira de Oliveira

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E muitos outros assuntos...

EXPEDIENTEÍNDICEUma publicação da Prefeitura de Uiraúna

Apoio na elaboração: Prefeito Dr. João Bosco Nonato FernandesDra. Maria Therezinha Vieira de Oliveira – Advogada e Adm. de empresas – Recife-PE.

Patrocinador total da impressão:Grande benfeitor e empresário Sr. João Claudino Fernandes – Teresina – PI

Coordenadoras:Danilda Maria Santiago Rolim – Secretária de Cultura, Esporte e Turismo; Maria Juliet Gomes Fernandes – 1ª Dama e Secretária Municipal de Saúde;Maria Eliane de Almeida Pinto – Secretária de Governo e Articulação Política; Maria do Socorro Sá – Secretária de Educação

Colaboradores:Autores das matérias e patrocinadores

Revisão dos textos:Professora Fátima Paulo - Patos-PB

Diagramação:Glauber Alves (G.A Studios) - Patos-PBMárcio Ronelly (Publicidades)

Fotografias:Foto Ideal – Uiraúna-PBSite Uiraúna.netFábio - Site CofemacGlauber Alves - Patos-PBAscom

Editor-redator:Damião Lucena – jornalista e escritor Patos-PB | DRT–PB 088 Direção Comercial:Joana D’arc Queiroga (Dadá)

Logística e Digitação: Socorro Duarte – Uiraúna-PB

Impressão:Gráfica e Editora Halley - Teresina-PI

Edições de 2003 à 2013:1ª edição: Cinquentenário de Uiraúna 2ª edição: 130 anos da Pedra Fundamental da Igreja Jesus Maria José 3ª edição: Uiraúna: a esperança presente na perspectiva futura... 4ª edição: O passado refletindo o presente e espelhando o futuro5ª edição: Centenário do Nascimento do Monsenhor Vieira 6ª edição: Um sinal claro de desenvolvimento 7ª edição: Barragem de Capivara – Abaste-cendo a vida e alimentando o progresso 8ª edição: Um poló crescente de cultura 9ª edição: Unindo forças em prol do desen-volvimento10ª edição: Uiraúna é Dez 11ª edição : Origem, Independência e Conso-lidação de crescimento

Contato para informações e sugestões: Secretaria de Educação

Rua: Manoel Mariano, s/n | Centro CEP. 58915-000

Fone: (83) 3534-2352e-mail: [email protected]

RelatórioAdministrativo

Entrevista

AgendaEmpresarial

Pág. 39

Pág. 17

Pág. 82

PoderLegislativoPág. 78

CurupaitiPág. 68

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Sob os raios do sol de abril de 1914, surgiam os primeiros acordes musicais da Banda de Música de Uiraú-na que corajosamente tocou e venceu o tempo. Hoje vem cantar a sua vitória.A história da música de Uiraúna se con-funde com a história do desenvolvimen-to intelectual e cultural do seu povo. De início foram quatro cearenses corajosos refugiados de movimentos políticos, que aliados aos filhos de nossa terra implantaram a semente da primeira banda de música de nossa cidade, de-nominada Banda COSTA CORREIA, em homenagem ao incentivador e ideali-zador, Padre Costa e ao grande músico Zequinha Correia. Essa banda permaneceu até o ano de 1927, quando os cearenses voltaram, ficando assim a banda sem desempenho. Em 1930 foi reativada, graças ao interesse e boa vontade do nosso pároco, Padre Antônio Anacleto, passando a ser chamada de Banda de Música JESUS MARIA JOSÉ, com o pa-trocínio da Igreja. Vale salientar que o primeiro maestro da banda de música veio de

Sousa, Misael Gadelha, que veio dar harmonia e vida à banda. Também o primeiro maestro filho de Uiraúna foi Neco Manuelzinho. Tivemos outros ilus-tres maestros de uma geração de uirau-nenses interessados em servir. A Banda de Música JESUS MA-RIA JOSÉ se organizou como Socie-dade de Difusão Artística de Uiraúna “SODAU” em 1966, sendo desligada da Igreja, passando a ser uma identidade própria. Tivemos muitos maestros ilu-minados, como foi a família de Capitão Israel que nos presenteou com quatro maestros. Manoel Israel, Misael Gomes da Silveira, Expedito Gomes e Dedé de Capitão, este último, ícone de de-votamento a essa banda.Também re-gistramos o maestro amigo, Ariosvaldo

Banda de Música de Uiraúnacompletando 100 anos de sons que expressam vida

Fernandes, Valter Luz e hoje contamos com a presença incansável do maes-tro Geraldo Moisés à frente dos desti-nos desta banda que conta com mui-tos componentes que se orgulham de ser, de viver em função do povo e pelo povo. No próximo ano vamos cele-brar a Festa do Centenário desta Banda que tanto nos orgulha e que representa o nosso maior tesouro. Ela merece o carinho e o apoio de todos os amigos e conterrâneos. Vamos todos festejar com a Banda, caminhar, sair desfilando pelas ruas. Vamos todos ver a banda tocar sons que alegram e expressam AMOR. A canção guardada em nossos cora-ções, vamos cantá-la quando a banda passar.

A Filarmônica Jesus Maria José, atravessando as épocas e mantendo a tradição musical

BetaGaliza

Professora

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No primeiro quartel do século XX, Belém, hoje Uiraúna, era uma vila bastan-te próspera, vivendo da renda dos seus algodoais, dos seus engenhos de rapadu-ra e aviamentos de farinha de mandioca. Localizada estrategicamente no entrecru-zamento de caminhos entre os sertões da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, a vila era ponto de parada obrigatório para muitos viajantes e tropeiros. Outros viram em Belém uma oportunidade de crescer na vida economicamente, de ter um co-mércio, de abrir uma farmácia, estabele-cer um consultório. Tudo isso era possível e necessário a um lugar que crescia. Dr. Oswaldo Bezerra Cascudo tinha esta visão e fez de Belém a sua morada. Proveniente da vizinha cidade de Luís Gomes, Dr. Cascudo, como conheci-do, tornou-se figura proeminente. Passou a ser bastante requisitado pela população e conquistou a sua simpatia. Com isso, inclinou-se à política e fez de seu estan-darte a causa emancipacionista de Uiraú-na. Os seus ecos de liberdade alcançaram a sede municipal, onde estava o Major Jacob Frantz, ex-prefeito, deputado, que dominava a política do Rio do Peixe, desde sua chegada àquela ribeira, no pós Revo-lução de 30. O major, nato líder político, em 1945 foi a Uiraúna. Seu objetivo era vi-sitar Cascudo e convidá-lo a abandonar o PSD e se alistar na UDN para o pleito da Constituinte. Porém, Cascudo não aceitou o convite, uma vez que vivia sob a égide de Getúlio Vargas, opositor ao partido do

major. Assim, enquanto o major alistava eleitores de um lado, Cascudo alistava de outro, numa acirrada disputa que garantiu ao PSD, uma maioria de 120 votos neste pleito. Segundo José Nêumanne Pinto, neste período “democrático” de 1946, “o alistamento eleitoral foi o segredo do poder sobre o voto no sertão, num lugar como Uiraúna. Os chefes políticos tinham os títulos de seus eleitores guardados nos cofres de suas casas. No dia da eleição, davam comida e transporte para os da zona rural”. Mantinha-se assim, o sistema de dominação coronelista. Esse sistema usado pelo major Frantz e igualmente por outros políticos da época, constituía-se num impedimen-to à autonomia política de Uiraúna. Para Frantz, Uiraúna independente significa a perca de um bom “curral eleitoral”. Cas-cudo não pensava dessa forma. Os ideais

de liberdade e democracia pulsavam forte em seu peito. Assim, foi buscar apoio em Odon Bezerra, seu aliado partidário, então interventor federal da Paraíba, que che-gou a visitar o distrito de Uiraúna no ano de 1946. Nessa ocasião, em que o acom-panhavam diversas autoridades políticas e religiosas da região, o interventor recebeu um pedido público para que Uiraúna fos-se elevada a cidade. Entretanto, o pleito não foi atendido diante do breve espaço de tempo em que esteve no cargo de in-terventor, haja vista o fim do Estado Novo e a redemocratização do país ocorrida na-quele mesmo ano. Nesse novo contexto político, foram realizadas eleições diretas, sen-do eleito governador da Paraíba, o Dr. Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo, filiado a UDN e, portanto, oposicionista a Osvaldo Cascudo, do PSD. Estava configu-rado um cenário bastante desfavorável à emancipação de Uiraúna. Nestas eleições, a UDN conquistara a liderança política tan-to no executivo, como no legislativo esta-dual. O major Jacob, também eleito pela UDN, animava-se por encontrar-se numa conjuntura política favorável, tendo assim, as “rédeas” da situação. Entretanto, Cascudo não desistira de seu intento. Eleito vereador pelo PSD representando o Distrito de Uiraúna, nas eleições diretas de 12 de outubro de 1947, tinha ao seu lado, alguns correligionários do PSD eleitos a deputado estadual, como o ex-interventor Dr. Odon Bezerra e João Fernandes de Lima, seu compadre. O mé-

uma retrospectiva da luta pela independênciaUiraúna 60 anos

Wlisses Estrela Prof. Ms.História/

PPGH/UFCG

Dr. Cascudo e o Major Jacob Frantz

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dico encontrava apoio para lutar pela cau-sa emancipacionista. O destemido Cascudo chegou a preparar “um relatório minucioso ao go-verno do estado, com o objetivo de trans-formar a vila, distrito de Antenor Navar-ro em município autônomo”. Entretanto, diante do prestígio político do major Ja-cob, todas as pretensões eram barradas. Por esta mesma época – fins da década de 1940 – Cascudo procurou apoio na pessoa do Monsenhor Manuel Vieira, chefe político da UDN em Patos e filho natural de Uiraúna, a fim de que este respeitável sacerdote através de seu pres-tígio político, conseguisse o apoio situacio-nista no interior da Assembleia Legislativa no que tange a aprovação do projeto de lei que elevaria o distrito à condição de cidade. Posto em votação, o projeto teve apenas dois votos da bancada da situa-ção. O escritor Celso Mariz em sua obra Memória da Assembleia Legislativa faz uma referência ao momento: Na primeira reunião legislativa de 1947, começaram a repercutir em plená-rio as aspirações autonomistas de alguns distritos paraibanos. O Deputado Odon Bezerra defendeu a criação do município de Uiraúna, sob os calorosos protestos do Deputado Jacob Frantz.

Entretanto, a política paraibana viveu grande movimentação parlamentar motivada pela discussão de assuntos re-lacionados com a sucessão estadual de 1950. O Ministro José Américo de Almei-da, fundador da UDN e candidato ao go-verno da Paraíba, reorganiza o PL (Partido Libertador) e se une ao ex-interventor Ruy Carneiro do PSD, dando origem a Coliga-ção Democrática Paraibana para enfrentar o que restava da UDN. O cenário começava a mudar. José Américo e Ruy Carneiro foram elei-tos, respectivamente, para governador e senador, o que evidencia a força adquirida pela nova coligação. No entanto, Américo é convidado pelo presidente Getúlio Var-

gas para assumir o Ministério da Viação e Obras Públicas, sendo licenciado do seu cargo de governador. Nesse sentido, em 1953 assume o governo, o vice-governa-dor João Fernandes de Lima, que como dito anteriormente, era compadre de Cas-cudo. A reviravolta do udenista Frantz era algo inevitável. De opositor passa a ser o propositor do projeto de lei que transformava Uiraúna em município. A notícia da propositura deste projeto foi transmitida à Câmara Municipal de São João do Rio do Peixe na sessão de 18 de junho de 1953, segundo o vereador Rai-mundo Gomes Pereira: acabara de che-gar da Capital de João Pessoa o Deputa-do Jacob Frantz e que este havia trazido a notícia alvissareira de ter apresentado na Assembleia Legislativa o projeto de ser criado o município de Uiraúna, cumprindo assim a promessa que fizera ao povo da-quela próspera vila durante a campanha eleitoral para prefeito do município de An-tenor Navarro.

Esta atitude representava mais uma jogada política do experiente depu-tado, uma vez que a emancipação de Ui-raúna era algo indubitável. Para o mesmo deputado, a proposta que transformava Uiraúna em município seria mérito pesso-al, algo que ele fez questão de divulgar. Naquela sessão legislativa, tam-bém fez uso da palavra o vereador Hilton Muniz de Brito o qual disse ser com gran-de satisfação e possuído de um grande júbilo que o dominava no momento em que ocupava a tribuna para externar a Casa, a seus companheiros José Gual-berto de Andrade, Francisco Enéas de Alencar e ao povo de Uiraúna os seus efusivos parabéns pelo motivo de ter sido apresentado pelo Deputado Frantz o pro-jeto na Assembleia Legislativa, pedindo autonomia integral para o município de Uiraúna, deste modo assim ficando cum-prida a promessa que fizera durante a Campanha Eleitoral. Como podemos ver do discurso

do vereador Hilton Muniz, a propositura do projeto já era comemorada como se fos-se a sua aprovação, haja vista a mudança do cenário político na época, bem como não há de se negar a grande influência política do deputado propositor. O referido projeto foi aprovado por unanimidade de votos em 27 de novembro de 1953, sendo em 02 de dezembro sancionada a Lei n° 972, criando o município e a comarca de Uiraúna. Na sessão de 11 de dezembro, o vereador Muniz, apresenta um requeri-mento ao presidente da Casa Legislativa navarrense (hoje são-joanense) solicitan-do que fossem enviadas calorosas con-gratulações ao deputado Jacob Guilher-me Frantz por ter seu Projeto de Lei, que “Cria o Município de Uiraúna e Comarca do mesmo nome”, sido vitorioso na As-sembleia Legislativa do Estado, conse-guindo destarte, o seu objetivo primordial: a independência de um povo que há vá-rios anos vinha lutando por ver o seu ideal e sua justa aspiração concretizadas em Lei. Todo esse destaque em torno da figura do deputado e conhecido “Majó Jacó” não soava muito bem para o in-cansável e destemido vereador Cascudo, uma vez que aquele deputado pertencia às fileiras da UDN, partido que até algum tempo atrás se configurava obstáculo à emancipação de Uiraúna. Não foi a toa que Cascudo, da cabine de um avião fez questão de divulgar “VIVA O P.S.D. PIO-NEIRO DA SUA LIBERDADE”. E realmente foi o Partido Social Democrático o precur-sor do projeto emancipacionista. A União Democrática Nacional só “pegou carona” num bonde que tinha destino certo: a in-dependência uiraunense. A instalação oficial do município ocorreu solenemente no dia 27 de de-zembro. O primeiro prefeito nomeado foi o norte rio-grandense Adolfo Rodrigues, cunhado de Oswaldo Cascudo, suceden-do-lhe Ananias Figueiredo, primeiro pre-feito eleito.

O Presidente Getúlio Vargas – inspiração Política deDr. Cascudo, como membro do PSD

Ministro Zé Américo – Ministro de Obras Públicas do Governo Vargas

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Quando criança, ouvi muitas histórias sobre Uiraúna, algumas delas, ver-dadeiras pérolas filosóficas que me fizeram um adulto melhor, contadas ou recon-tadas em periódicos de gran-de importância cultural como este. No entanto, quando me vem as lembranças da vida, é difícil desaperceber das fi-guras que fizeram parte do cotidiano e do folclore local. São como cantigas de roda tão alentadoras, que por isso mesmo esses escritos que se seguem, ao mesmo tempo em que revelam a crueza da perda ou da decepção de um tempo pretérito, vem acompanhados de uma doçura que a própria agrura descrita se transforma em momentos de acalanto. Quem vê a Uiraúna verticali-zada dos dias de hoje, com suas ca-sas adaptadas ao estilo moderno, ou refeitas para servir a comodidade de seus habitantes, ruas transformadas em labirintos comerciais cujo mercado inicial, mesmo modificado aos novos tempos ficou obsoleto para as exigên-cias das vitrines e para o aumento do número de comerciantes, pouco reco-nhece dos seus iniciais sessenta anos, eu mesma em minhas recordações trago apenas parte de um período áu-reo desta cidade que sempre atraiu a cobiça e o interesse dos povos vizi-nhos, o final dos anos 1970.

Lembro que todo mundo (meu mundo naquela época era bem reduzi-do, mais ainda assim considero impor-tante), queria morar ou fazer negócios em Uiraúna, a Terra dos Sacerdotes e dos Músicos, mas também a Terra da Prosperidade com duas beneficiado-ras de algodão e um comércio que se mostrava extremamente atraente, nos dias de feira atendendo às necessida-de de todos que para cá se dirigiam. Quer trocar ou comprar uma peixeira? Vá para Belém (muitas pessoas ainda se referiam a Uiraúna pela denomina-ção antiga da Vila de Belém). Varan-das para sua rede? D. Felismina, e D. Maroca de Seu Domício fazem lindas varandas de paredes e torcem os me-lhores cordões. Precisa de um borda-do em renda de Bilro? D. Geni Clau-dino faz do seu gosto! Na mesma rua (Rua das Almas ou Rua João Nonato), se você tiver um pouco de sorte, pode

ficar rico, seguindo os conse-lhos de D. Chiquinha - artesã nata, seus crochés e bordados mais pareciam obras de arte, além de ser possuidora de uma compreensão ímpar da natureza humana. Por vezes em seu recanto, logo ao acor-dar a vida lhe dava projeções dos acontecimentos do dia, daí a possibilidade de riqueza a quem os soubesse traduzir. Se não for tão inte-resseiro, mas, igualmente reconhecedor de um traba-lho feito com esmero, veja

o requinte das bainhas nas redes de gabardina(e), que somente Possedo-nia sabe fazer. Quer comprar uma fa-zenda da melhor qualidade (tecidos) para toda a família ir à festa de Jesus Maria e José? Vá ao Armazém Paraí-ba de Seu Joca Claudino, ao Armazém Alvorada de Seu Raimundo Daniel ou na loja de seu Cirilo Barbosa, você escolhe. Quer comprar roupa pronta? Vá na Loja de Seu Zino e de D. Flo-ripes lá você encontra costureiras de mãos-cheias como D. Maria, Fatinha e Novinha. Conga ou Quichute para completar o fardamento e não passar feio no Colégio Estadual? Lá na loja de Pedro Sinhô ou na de Seu Chico Luís. Banana, farinha, açúcar, goma, fumo de rolo? Nas bodegas de seu Manoel Mulico e de Seu Joaquim Bevenuto. O salto da sandália torou ou você enjoou a cor ou modelo? Vá na sapataria de

Terra da prosperidadeUiraúna

Wilca Maria de OliveiraProfessora

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seu Otacílio Limão, era satisfação ga-rantida. E o café com Manzapo de D. Maria de Zé Honorato. Pão doce ou pão carteira? Você escolhe. Os doces de Seu Severino Doceiro não haviam igual, como não se igualava o burbu-rinho da cidade naquele nicho ou pe-daço de chão para onde todos conver-giam com a mera intenção de vender, comprar ou na falta das opções como eu, apreciar o vai e vem das pessoas. Há quem diga que no comér-cio de Uiraúna se encontrava/encon-tra de tudo, zombarias à parte, o fato é que o comércio prosperou deveras desses sessenta anos para cá. E as mudanças não ocorrem apenas no setor comercial/financeiro da cidade. Observo muito na questão educacio-nal o grande salto em termos qualita-tivos e quantitativos adquiridos nessas últimas décadas, principalmente des-de a época em que estudei no Grupo Escolar Jovelina Gomes de onde tive lições profícuas com as minhas profes-soras D. Juvanira de seu Joaquim Be-venuto e D. Expedita de Firmo Daniel. No Colégio Estadual a figura insubs-tituível de Dr. Raimundo Barbosa de Oliveira, austero, ponderado e dono de uma memória incomparável, um orador de talento inquestionável que dedicou sua vida à melhoria da educa-ção e da cultura de nossa cidade. Com ele, e com minhas outras professoras, igualmente merecedoras de aplausos: Maria das Graças Fernandes (Bubu); Neuma de Horácio, Damy de Anas-tácio; D. Salete Formiga, D. Socorro Pinto e Pe. Cleides – um dos melhores professores que alguém pode desejar ter nesta vida - com o qual aprendía-mos todos os verbos possíveis e ima-gináveis. Dele obtive lições que guar-darei por toda minha vida. Era uma época de efervescên-cia juvenil e ao mesmo tempo de uma placidez natural, o ritmo da cidade era bem lento se comparado com o atual. A cidade funcionava mais ou menos

assim, durante a semana a vida pul-sava nas escolas e no cotidiano sim-ples das casas e seus afazeres sem fim: lavar e engomar roupas, costurar, bordar, fazer croché, e nas padarias que laboravam regularmente para não deixar faltar o pão-de-cada-dia, que todos ansiavam em receber regiamen-te em sua janela. Era uma época em que a retidão, a ética e a hombridade das pessoas era tão latente que quase podíamos apalpá-las, ninguém mexia nos pães charmosamente embrulha-dos em tiras de papel madeira. À noite, todos procuravam um modo de se divertir, os mais ve-lhos sentavam em suas calçadas para discorrer sobre os eventos do dia, outros se reuniam jogando cartas, os mais jovens tomavam outra direção, de preferência na casa de um vizinho que tivesse televisão (preto e branco, colorida era praticamente desconheci-da), lembro-me bem da disputada ja-nela da casa de Seu Chico Luís e de D. Teófila, onde toda a rua João Nonato desejava uma vaga, ainda que breve ou minúscula, para ver a novela em imagens tão turvas quanto a nossa capacidade de discernimento entre o mundo real e imaginário, bem diferen-tes das nítidas e ilusórias figuras/mi-ragens que se proliferam nas casas de todas as ruas de uma Uiraúna atual, que é a própria diversão das pessoas, numa vida de acessibilidade tecnológi-ca inimagináveis de décadas atrás.

Nos finais de semana, sem-pre aberto para os visitantes ou aos costumeiros fregueses, tinha o Bar Hollywood, o Bar de Dequinha, e a Sorveteria de Seu Nozinho. Eram os locais de encontro mais frequentados, onde as pessoas iam para ver ou se-rem vistas, encontrar ou serem encon-tradas, não importava por quem, nem o quê. Como diria o grande geógrafo Milton Santos (1926-2001), eram os lugares para onde tudo e todos se convergiam, como num teatro de suas numerosas atividades, é onde o povo vive e se realiza pelo que faz. A cidade onde tantas necessidades emergentes não podem ter resposta, está desse modo, fadada a ser tanto o teatro de conflitos crescentes como o lugar ge-ográfico e político da possibilidade de soluções. Daí a necessidade de identi-ficar sua especificidade, mensurar sua problemática na busca sobretudo de uma interpretação mais abrangente. O desenho urbano de Uiraú-na desses últimos anos é resultado das manifestações das necessidades e da luta incansável de sua popula-ção. Trata-se, pois, de uma realidade que pode ser analisada à luz dos seus processos econômicos políticos e so-cioculturais, assim como o próprio uso do território, um dos, ou, o metro qua-drado mais caro da região. Entretan-to, vale lembrar que o atual sucesso econômico e social de Uiraúna é fruto, dentre outros fatores como a sua posi-ção geográfica, da sua vocação para o trabalho. Uiraúna nasceu servidora de seus filhos e de todos aqueles que a abraçaram como pátria, e, a exemplo das pessoas mencionadas neste arti-go. As mãos que servem jamais ficam vazias, sempre tem o que/para quem, fazer ou o que/para quem, ofertar, e nesse canto tão castigado pelo calor e pelo regime irregular de chuvas, que o vento da paz nos traga sempre a cer-teza de que depois de tanto trabalho, a prosperidade em forma de felicida-de, seja sempre, nossa companhia.

A Igreja Matriz e sua resistência no Confronto das épocas

A Praça Padre França no Passado e a feira semanal do presente

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Localizado na microrregião de Cajazeiras, com uma população de 14.584 habitantes, segundo dados ofi-ciais divulgados pelo IBGE, o Município de Uiraúna, inobstante ainda pequenino territorialmente, mesmo face ao desen-volvimento atingido nos últimos anos, se destaca pela dedicação do seu povo e no amor que este carrega dentro de si pela terra natal. No ano de 2013 a nossa terri-nha comemora sessenta anos de eman-cipação política. São sessenta anos de história, construída com essa garra e amor nutridos pelos cidadãos uiraunen-ses ao território mãe. Como o próprio termo estar a indicar, comemorar é festejar. No caso, festejamos a emancipação política e especialmente as conquistas na vida econômica, sociocultural e religiosa de Uiraúna, realidade que é intrínseca e se confunde com a vida de muitos habi-tantes dessa altiva cidade. Economicamente, temos uma cidade voltada para a agricultura que, embora passando por sérias dificulda-des, leva muitas famílias a retirarem do

solo o sustento familiar e, em meio à la-buta diária, a construírem valores éticos e morais incomparáveis, os quais são passados de pai para filho, a exemplo do meu pai, Luiz Adelino de Queiroga (Luiz Mulecote), que a duras penas constituiu uma família que por longos anos sobreviveu da agricultura familiar, homem simples que se doou em prol da formação dos filhos. Ademais, a vida econômica de Uiraúna experimentou ao longo dos anos grande evolução no âmbito co-mercial. O comércio de Uiraúna, inicial-mente restrito ao mercado público cen-tral, adquiriu grandes proporções, de modo que a população local, hodierna-mente, desfruta de um mercado diver-sificado, possibilitando ao consumidor a aquisição do que necessita, sem neces-sitar buscar outros centros comerciais, atraindo, inclusive, clientes de outras cidades. Do ponto de vista sociocultural, Uiraúna desfruta de uma cultura rica, dada a presença de grandes talentos na música e na propagação de even-tos folclóricos, merecendo destaque a

Banda de Música Jesus, Maria e José, a qual ao longo de muitos anos reúne vários talentos musicais numa sinfonia perfeita, de modo que por onde passa arranca elogios e admiração, dando ao momento cultural grande brilho. Igual-mente, deve-se destacar a contribuição oferecida pela Fundação Educacional Lica Claudino, uma entidade sem fins lucrativos, que disponibiliza atividades culturais para a população local e das cidades vizinhas, além de atuar na área educacional, foco principal. No que concerne ao aspecto religioso, desde o surgimento Uiraúna recebe a proteção da sagrada família: Jesus, Maria e José, que atrai vários devotos à Igreja Matriz que carrega o mesmo nome. Os devotos da Sagrada Família a cada início de ano se unem para celebrar a tradicional “Festa da Pa-droeira”, na qual a fé é reabastecida, as famílias se reencontram na união e no amor. Esse é o melhor momento de rever amigos e familiares, bem como de agradecer à sagrada Família os dons recebidos ao longo do ano vivido e rogar-lhe que cubra cada família com

60 Anos Emancipação60 ANOS A SEREM COMEMORADOS Suely

QueirogaAdvogada

Referencial católico comouma constante

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seu manto de amor e proteção, para que tenham no ano em curso todas as bênçãos necessárias para uma vida fe-liz. Insta ressaltar, que o Município de Uiraúna ao longo desses sessenta anos vem agregando em seu território várias Igrejas Protestantes, possibilitando aos cidadãos vivenciarem sua fé de outro modo. Assim é nossa Uiraúna, co-nhecida como terra dos sacerdotes e dos músicos, mas com crescimento observado nos mais variados setores e formação acadêmica. Cada filho de Uiraúna carrega consigo uma enorme responsabilidade, oriunda da condição de filho desse pequeno, porém grandio-so Município. Caro leitor! Quem de vós, inse-rido em outros locais e situações, não se deparou com as seguintes expres-sões: De Uiraúna? Terra de gente boa! Uiraúna é terra de gente inteligente! Gosto do povo de Uiraúna! Enfim, são expressões como estas que sempre geraram em mim, enquanto filha da terrinha, o desejo de manter a boa im-pressão que sempre tiveram da cidade e tenho a plena convicção de que esse foi e ainda é o desejo de todos que es-tão a representar a nossa cidade nos mais variados campos universitários, bem como atuando nas mais variadas áreas, em Uiraúna e nos demais Muni-cípios brasileiros. Essa impressão não é obra do acaso, advém da dedicação e luta que permeiam a existência dos uiraunen-ses, que mesmo diante das dificuldades enfrentadas não desanimam. Assim, Ui-raúna faz história e, por onde passam, os uiraunenses deixam sua marca. Quem, de nossos leitores, não foi protagonista ou expectador de fatos e conquistas que nortearam e, ainda norteiam, o dia a dia dessa cidade ma-ravilhosa? Ser uiraunense é motivo de orgulho para mim e, indubitavelmente, deve ser para cada leitor também. Se nos debruçarmos em escritos das edi-ções anteriores da revista comemora-tiva, veremos artigos belíssimos cujo teor retoma a momentos marcantes vividos pelo escritor ou presenciado por este. Assim, é Uiraúna, terra amada por todos. Parabéns Uiraúna! Parabéns uiraunense que luta pelo engrandeci-mento de nossa cidade.

Francisco Gomes (Tiquinho de Israel) e José Correia de Queiroga, referências na história de nossa música

A produção rural, como elemento fundamental no desenvolvimento

Fundação Lica Claudino - Um dos marcos de nossa cultura

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Hoje estamos falando sobre o casal João Rodrigues da Fonseca e Alexandrina Fran-ça de Oliveira. Ele nasceu em 06/05/1897. Ao deixar suas origens no Rio Grande do Norte, João Rodrigues veio ser vaqueiro do Sr. Xavier de Oliveira, no Sítio Curupaity, deste municí-pio, fato ocorrido na década de 30 do sécu-lo passado. Eles trouxeram consigo seus dois primeiros filhos: Maria Rodrigues da Fonseca e Francisco Rodrigues da Fonseca, ambos já falecidos. Os demais filhos nasceram aqui na Paraíba, sendo eles: Luiz, Rita, Idelzuite, Isa-bel (in memoriam), Expedito, Gonzaga e Lui-zete. Com muita fé, trabalho e força de vonta-de, anos depois compraram uma propriedade no Sítio Bujary, onde fixaram a família que até hoje lá está, conservando o que eles deixaram. Com muito carinho criaram o Neto Cosme Rodrigues da Fonseca (in memoriam).

Como é bomrelembrar coisas boas

Maria Edilmade SousaProfessosa

Alexandrina tinha muito carinho pelos ne-tos e sonhava em ver um deles como padre. João Rodrigues era aquela mansidão. Em sua casa havia sempre uma rede passada para ele, onde todos os netos gostavam de se ba-lançar. Em 1985 ele sentiu-se cansado, sem saber que esse cansaço fosse seu coração que estivesse tão abatido, foi para a cidade consultar-se e desta viagem não voltou, par-tindo para a eternidade no dia 11 de junho de 1985. Com sua partida, Alexandrina resolveu deixar o torrãozinho, indo morar na cidade em companhia de Israel e os demais, onde passou seus poucos dias, apoiando todos os que lhe cercavam, multiplicando a amizade que faz bem para todos, no dia 5 de junho de 1998, fez sua viagem definitiva, deixando seus ramos brotando muitos ideais, de acor-do com suas preferências.

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A Filarmônica ou Bandinha Ariosval-do Fernandes, como é mais conhecida, teve sua reestreia no ano de 2013, na festa da Sagrada Família, celebrada no mês de Janeiro. Na oportunidade fez uma grande apresentação duran-te a sexta noite de novenas. Também homenageou o vigário, Padre Cleides Claudino, que estava completando 40 anos de vida sacerdotal. A jovem Filarmônica da cidade de Uiraúna é formada por garotos e garo-tas provenientes da escola de música Municipal Manoel Israel, uma verdadei-ra descobridora de talentos do municí-pio de Uiraúna. Ela funciona graças a uma parceria entre a prefeitura munici-pal e a SODAU - Sociedade de Difusão Artística de Uiraúna, na mesma sede

Filarmônica Ariosvaldo Fernandes e Escola de Música Manoel Israel

Geraldo Moisés de A. Junior.

Regente de Bandas – CERTIFIC – MEC

da Filarmônica Jesus, Maria e José. Sua primeira formação foi no de 2006, época em que ficou conhecida como bandinha, e só no ano seguinte passaria a se chamar filarmônica Ario-svaldo Fernandes. O seu patrono é um ícone na história musical de Uiraúna, pois tinha grande facilidade para criar novos músicos. Formou a banda 2 de Dezembro e deixou vários profissionais de suma importância para a nossa ter-ra, além de ter uma habilidade incrível na arte de consertar os instrumentos danificados. Fez história e merece essa justa homenagem. A banda Ariosvaldo Fernandes serve de preparação para novos alunos e alunas se integrarem à centenária banda de música Jesus Maria e José.

Nesse ano de 2013, a banda foi contemplada pela FUNARTE - Funda-ção Nacional das Artes, com 05 novos instrumentos musicais para ampliação da jovem filarmônica, através de um projeto realizado pela Secretaria de Cultura e pelo maestro Geraldo Moisés Júnior, os quais serão entregues para os novos alunos. Essa nova formação, foi iniciada no ano de 2012, e já está sendo muito elogiada por quem a ouve tocar. São os futuros talentos do município de Ui-raúna, que mantêm viva a tradição de grandes músicos. A banda tem à sua frente como professor e regente Ge-raldo Moisés de Andrade Junior e atu-almente está formada por 22 jovens músicos.

Patrono Ariosvaldo Fernandes, Filarmônica que traz o seu nome e novos aprendizes

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Dia 22 de agosto de 2013 no Engenho dos Claudinos, no sítio Olho D’água Seco em Uiraúna, teve início a temporada de moagem. Em anos anteriores, se estendia até dezembro com a dos Mulicos. O ano é seco com pouca lavoura e teve parte da cana destinada aos animais. Além do mais, há sinal de que a rapadura não seja boa, já que a abelha não apareceu.

Açúcar mascavo, melhor se chamar rapadura em pó? Observa-se que há uma ligeira dificuldade para o ser-tanejo pronunciar o nome açúcar mascavo. Que tal, a partir de agora, passar a chamá-lo de rapadura em pó? Poderia ser rapa-durina, rapamole, rapadura triturada ou esmagada, etc. Por que rapadura em pó (ou outro) ao invés de açúcar mascavo? Porque se deseja um nome de linguagem comercialmente mais expressi-vo.

O que se deseja não é um novo nome, mas vê maciça-mente os engenhos passarem a fazer esse produto, que é mais saudável que o açúcar branco (refinado) Por que já não se produz a rapadura em pó? Supõem, inicialmente, os produtores que não há o hábito no meio do con-sumidor. Não veem que a dentição do homem de hoje não é tão apta a taquiar o quanto foi num passado já distante. Eles acham também que o caxiador não é adaptado para o esforço que esse feitio exige, ou seja, não há mão de obra adaptada. Por último, ignoram ou fazem descaso, os proprietários, dessa fatia de mer-cado que a rapadura em pó possa oferecer.

Que investimento carecia para se produzir rapadura em pó? Há de se entender que quase nenhum, só pequenas adaptações, como dobrar o ganho do caxiador, que passará a ser o trabalhador com mais esforço físico a ter que realizar. Uma vez que ao invés de mexer a massa (mel) ele passará a triturar. E aí, haja braço. E também, o ajudante de caxiador que passarão a ser 2 para pesar e ensacar. E, para não congestionar o ambiente do engenho, o produto sairá de lá a granel e outro setor, comercial, fará o empacotamento.

Por que não se produz mais? Sabe-se que são necessários aproximadamente 3 litros de garapa ou de caldo de cana-de-açúcar para se fazer uma ra-

padura de 900 gramas ou esse mesmíssimo peso de rapadura em pó. Isso pode variar com o tipo de cana utilizada que são a piojota, pernambucana, purimba, cai a palha, piojota branca, pernambucana verme-lha, pernambucana branca, essa a mais rentável que chega a ter até 80% de aproveitamento e outras.

Moagem ainda é como antigamente

Julio Dorgenaldo

Moreira Brasil

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Pág. 15Sabe-se que orientações sempre são prestadas aos produtores so-bre a opção da cana. Mas parece que pouco aceitas por ocasião do plantio e somente lembradas no momento final quando surge a pergunta: cadê o rendimento? Já que algumas vezes fica em torno de 50%. Sem falar que há cana que é muito vulnerável a praga como é o caso da cai a palha, que adquire uma espécie de carvão. Para o emprego nas engenhocas de lanchonetes a cana in-dicada é a piojota, pois é mole.

Quem são os do engenho? São integrantes duma moagem os seguintes trabalhadores: 1 mestre, 2 caldeireiros, 2 caxiadores, 1 carrega-dor ou ajudante, 1 aguador, 1 botador de fogo, 1 bagaceiro seco, 1 bagacei-ro verde, 1 tronqueiro, 1 tombador, 1 pegador de bagaço, 3 cambiteiros e 6 cortadores.

Quanto ganha o trabalhador? É uma atividade dura com cara de quase 3 turnos de trabalho. O iní-cio é pela madruga e muito mais ainda para o tombador, bagaceiro e tronquei-ro que são os primeiros a dar início às jornadas diárias e se estende até o final de tarde. Tem ganhos iguais: cortador e cambiteiro; e caldeireiro e caxiador. Quando chega a época da moagem há uma espécie de acordo entre os produ-tores que vão fazê-la com relação ao acerto de preço dos produtos (rapadu-ra) e ganhos dos trabalhadores. Há de se entender que quem participa das jornadas de trabalho é um diarista de engenho. Não há ideia de emprego, uma vez que é um trabalho sazonal e o engenho conta com vários moedores (pequenos e médios produ-tores). As diárias vão de R$ 35,00 a R$ 100,00. Enquanto que a rapadura R$

5,00. O mestre - Não há o que fazer no engenho se esse trabalhador não com-parecer para a noite/dia de trabalho, pelo que se percebe dorme no local. Figura, geralmente, carismática que entende de todo o processo, a quem lhe é conferida toda a responsabilidade da produção, inclusive o controle finan-ceiro. Certa ocasião um dono de mo-agem disse que em Uiraúna não existia mestre. Desconhece ele Espedito Fran-cisco da Silva, 54 anos nascido no Sí-tio Exú, residente na Rua José Gomes de Galiza, nº 169. Além de Mundinho com quem Espedito aprendeu primeiro a caldeirar, a cozinhar o mel e depois a ser mestre. O ofício surgiu junto com a necessidade de atender a falta dessa mão de obra no engenho de seu pai. Que vez ou outra contratava um mes-tre e chegava um cidadão metido e bo-tava tudo a perder. Daí veio a vontade: vou aprender. Da higiene - A limpeza dos utensílios e instrumentos de uso no engenho devem ser rigorosas na vés-pera e no dia seguinte. Admite-se que qualquer substância estranha altera o produto. Algo curioso como levar pão, farinha, limão e outros produtos para o interior da fornalha, será que também geram alterações no ponto do mel e da massa? Perguntado ao mestre Expedi-to sobre essas circunstâncias ele se fez de leigo. Ou será que é uma crendice, para se passar aos que vão aos enge-nhos uma ideia de que lá é um lugar que se requer cautela e muito cuidado em todas as ações ali executadas? Presença de ingrediente que deveria ser abolido - O momento de engrossar o mel é feito com o uso de certos produtos. O mais prático e aces-sível seria utilizar o óleo de cozinha. Fica a pergunta: será que sebo de boi

deveria ser indiscutivelmente proibido?Alguns utensílios, peças e produtos do engenho - Capa – mel sólido ou borra que se forma nas caldeiras; e ainda: palheta, caldeira, corta mel, tacho, mel grosso, gamela, raspa de gamela, pa-lhetas, pá, rapão, massa, forma, passa-deira, cavuco, salão, fornalha, batida, alfinin, pedra do alfinin, gancho, facão de cortar cana, luvas , etc. Como pode a atividade do en-genho evoluir (sugestão) - Além da proposta de passar a produzir o açúcar mascavo, ou melhor, rapadura em pó como principal produto. faz-se a suges-tão de que os engenhos se adaptem a outra realidade, tal como: se um visi-tante consome em média l/2 litro de garapa em sua degustação, essa con-cessão torna a visita dispendiosa. Para que ela se torne receptiva (consumido-ra) uma ideia é passar a cobrar o aces-so ou o todo consumido. O ideal seria ser disponibilizada certa área que tives-se vista para todo interior do engenho e que lá se pudesse atender os pedidos dos visitantes (clientes). Seria uma es-pécie de balcão com uma vitrine com visão para todo o interior do engenho. Com isso ficaria ausente a ideia de que não se quer ninguém no seu engenho. Mas a de que se trata de uma ativi-dade simplesmente comercial e como que sujeita a venda com preço esta-belecido. Isso também tornaria o am-biente livre da presença de estranho ao interior da fornalha do engenho, pois atrapalha os trabalhadores na realiza-ção de suas tarefas. Enquanto a ideia acima não é posta em prática, leve seu caneco de asa, para meter no tanque, peneira, copo e até gelo, com a autorização do dono da moagem ou do mestre, seja comedido, e se sirva à vontade. Já o mel o vasilhame deverá estar limpo e o litro custa R$ 5,00.

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O pleito realizado em 07 de outubro de 2012 foi um dos mais atí-picos na história política do município de Uiraúna e talvez tenha confirmado o adágio que afirma que nas campa-nhas eleitorais até boi pode voar. Não foi exatamente um bo-vino, mas um terreno doado pela prefeitura e destinado à construção de uma unidade habitacional de um eleitor que desencadeou uma ação judicial que resultaria na cassação da prefeita Glória Geane, cria política e sucessora de João Bosco Fernandes. No desenrolar dos primeiros anos de mandato veio o rompimento e o que, no princípio, era menos pro-vável acabou acontecendo: a união entre a prefeita afastada do mandato e o autor da ação judicial, exatamen-te o que perdera a eleição passada para ela e que foi o responsável di-reto pelo seu afastamento, Paulo Ar-thur. Abertas as urnas, o resulta-do foi o seguinte: João Bosco Nonato Fernandes (PSB), representante da coligação com o PMDB e PMN, tota-lizou 4.897 (53,03%). O seu compa-nheiro de chapa fora Segundo San-tiago. Paulo Arthur de Almeida Bastos PSD – da coligação formada com o PSC, DEM, PSDB e PDT - 4.337 votos (46,97%). Ele teve como candidata a vice-prefeita, a vereadora de vários mandatos Maria Joaquina. Foram 76 votos em branco e 308 nulos, com a abstenção de 1.732, o que corres-

ponde a 15,26%. Estavam aptos a votar 11.350 eleitores. A Câmara Municipal de Ui-raúna ficou assim constituída: Fran-cisco Benevenuto Claudino de Almei-da (Benevenuto) – PSD - 993 votos (10,96%); Antônio Carlos Olímpio da Cruz (Toinho Magalhães) – PSD - 757 (8,35%); Joaquim Marcelino de Lira Neto (Neto de Maro) – PSB - 676 (7,46%); Maria dos Remédios Martins de Oliveira (Dos Remédios) – PSDB - 628 (6,93%); Francisco Alves de Queiroz (Chico Bagatela) – PSB - 583 (6,43%); Francisco Marcondes da Sil-va (Marcondes) – PSB - 565 (6,23%); Francisco Jarismar Nascimento (Ma-zinho) – PSB - 559 (6,17%); Lauro José Varandas Nogueira (Laurinho) – DEM - 486 (5,36%); Zé Fernandes Moreira (Zé Fernandes) – PSB - 444 (4,9%). Votos de Legenda: PSB – 231 (2,55%), PSD – 154 (1,7%), PDT – 36 (0,4%). PSDB – 30 (0,33%), PMN – 14 (0,15%), DEM 13 (0,14%), PSC - 10 (0,11%), PMDB - 5 (0,06%). Brancos – 156, Nulos – 400 e Abs-tenções 1.732 (15,26%). A posse dos eleitos acon-teceu no dia 1º de janeiro de 2013, com o prefeito João Bosco Nonato Fernandes assumindo o posto pela quarta vez, com início às 18h, a par-tir da posse dos novos vereadores e eleição da mesa diretora do biênio 2013/2014, que escolheu Joaquim Marcelino de Lira (Neto de Maro), como o seu presidente.

A eleição de 2012 em Uiraúna

Manifestações populares marcaram a campanha eleitoral

Dr. Bosco assume 4˚ mandatotendo como vice prefeito

Segundo Santiago

Dr. Bosco consolida mais uma vitória

Paulo Arthur e Maria Joaquina ficaram na segunda colocação

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Entrevista

Dr. BoscoPrefeito

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Exercendo o seu quarto mandato de prefei-to, o Dr Bosco se mostra ainda mais experiente para o exercício da função e faz questão de destacar a le-aldade como a maior qua-lidade do homem público, criticando os falsos amigos que, na ânsia de poder, esquecem os compromis-sos e traem por se acha-rem atraídos com favores pessoais. A sua posição é manifestada em entrevis-ta concedida ao Jornalista Damião Lucena.

UiraúnaGoverno da Reconstrução

e do Desenvolvimento

“O povo é inteligente, tem poder de discernimento e sabe dar a resposta na hora certa”

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“As urnas comprovaram que

trair não compensa porque traz como

resultado a derrota”

DL - Partindo da campanha elei-toral, que o elegeu pela quarta vez prefeito de Uiraúna, qual a maior lição vivenciada?

DB - Diria que, por todas as circuns-tâncias, o ponto mais positivo foi o conhecimento pleno e a dedução dos que integram o rol dos meus verda-deiros amigos. Vivenciamos um pleito atípico, onde, pela primeira vez, tive que enfrentar os adversários, o que é praxe em todas as eleições, e aqueles que se apresentavam até bem pouco tempo na condição de correligioná-rios, mas que, embriagados por fun-ções do Poder, preferiram enveredar pelo campo da traição, iniciativa que provocou revolta em meio à popula-ção, a qual se encarregou de empu-nhar nossa bandeira e assumir nossa campanha. Imagine a possibilidade de compreensão da união entre uma administradora e o responsável pela sua cassação, com o simples objeti-vo de prejudicar aquele que foi o seu maior aliado, responsável inclusive por sua vitória, pelo simples fato des-te não concordar com a falta de ação, a paralisação de obras por ele inicia-das, o não cumprimento das promes-sas de campanha e um tratamento indiferente com os companheiros de todas as horas. Não podia dar outro resultado, pois o povo é inteligente, tem poder de discernimento e sabe dar a resposta na hora certa. As ur-nas comprovaram que trair não com-pensa porque traz como resultado a derrota.

DL – Qual o fato que mais con-tribuiu para o seu equilíbrio du-rante a campanha, não partindo para um confronto agressivo?

DB - O meu pai, que tinha mais de 90 anos de idade, sempre foi o meu conselheiro. Com o seu temperamen-to pacato e sábio, por diversas vezes me orientou no sentido de que jamais me deixasse levar por investidas que tentassem denegrir a minha imagem. Mantive a paciência que me é pecu-liar, mesmo passando por um período de decepções, as quais se traduziriam

em mais uma lição de vida. Fiz uma campanha pé no chão e, se me faltou à condição financeira para competir com a máquina pública, me sobrou à credibilidade das experiências admi-nistrativas em três gestões, a minha dedicação ao povo como médico e cidadão, notadamente nas camadas mais sofridas, sem a necessidade de muitos alardes e grandes carreatas, centralizando os nossos eventos em comícios simples e quatro arrastões, com uma participação surpreenden-te, na convergência de homens, mu-lheres e jovens, atraídos pelas melho-res propostas e dispostos a ajudar na viabilização dos projetos. Somado a tudo isso, ainda contava ao meu fa-vor o trunfo da lealdade e a determi-nação. Nem mesmo a ânsia que teve de me prejudicar, cortando as ajudas à casa de saúde onde atendemos aos pobres, surtiu o efeito desejado de fechamento, pois mantivemos, aos trancos e barrancos, o seu funciona-mento.

DL – Chegando à seara adminis-trativa, o que muda em termos de metodologia e que herança recebeu?

DB – Devo dizer, antes de qualquer coisa, que a administração pública vem se aperfeiçoando ao longo dos anos, passando a exigir mais do pre-feito e de sua equipe. Além disso, o Governo Federal tem transferido muitas de suas atribuições para os municípios sem repassar os recursos compatíveis com a Saúde, Educação e outros setores, o que nos impõe uma cota ainda maior de sacrifício. Outra dificuldade está relacionada às questões trabalhistas que estamos herdando, com parcela mensal de R$ 108.000,00 (cento e oito mil re-ais) em indenizações. Vale destacar, também, que a administração ante-rior deixou débito de R$ 207 mil com o INSS, deduzidos na fonte nos me-ses de março e abril, o que contribuiu para um atraso em parte do funciona-lismo e fornecedores. Para complicar ainda mais, os meses de junho, julho, agosto e setembro foram de quedas substanciais do FPM. De forma prá-tica, estamos tentando concluir as obras que iniciamos e que, misterio-samente, foram esquecidas na ad-ministração passada, com recursos adormecidos na Caixa Econômica, por um período de quatro anos.

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“O Governo Federal tem transferido mui-tas de suas atribui-

ções para os municí-pios sem repassar

os recursoscompatíveis”

DL – Que obras a serem concluí-das são essas e que outros proje-tos já tem em mente para por em prática até a conclusão do atual governo?

DB – As duas principais são a praça de eventos Joca Claudino e o Portal de Uiraúna. Além disso, pretendo buscar recursos para a construção de um novo matadouro, já que o atual está sem as mínimas condições de recuperação e localização inadequa-da. Outra prioridade reside na conso-lidação do canal do bairro São José, a partir do açude velho, único meio de evitar os alagamentos da cidade nos anos de inverno rigoroso. Apro-veitando a vocação universitária, já que transporto diariamente cerca de 200 acadêmicos para Pau dos Ferros, Cajazeiras e Sousa, já iniciei os con-tatos para que tenhamos um polo pú-blico de cursos superiores. Estamos tentando inserir Uiraúna no PAC 2, do Governo Federal, com relação ao em-préstimo subsidiado para obras estru-turantes, a partir da pavimentação de ruas e, junto a FUNASA, já estamos cadastrados, defendendo recursos da ordem de R$ 16,5 milhões destinados ao projeto de esgotamento sanitário de toda a área urbana e mais R$ 3,7 milhões para um grande programa de abastecimento d’água na zona rural, sem falar em mais R$ 3 milhões para a construção de açudes. Em breve es-taremos iniciando a reforma e amplia-ção da Rodoviária, com recursos da ordem de R$ 700 mil. Por outro lado, já idealizamos a construção de praças nos distritos de Uiraúna e mais uma quadra poliesportiva no bairro Bela Vista, no valor de R$ 400 mil. Não posso deixar, também, de evidenciar o meu sonho de ver construído um Hospital Regional e outras ações con-cretas que surgirão de acordo com as demandas.

DL – Os representantes políticos da região, nas esferas federal e estadual, têm apoiado o prefeito de Uiraúna na busca de melho-rias para o município?

DB – Por uma questão de justiça devo citar os nomes do deputado federal Wilson Filho e o seu pai, o ex-senador Wilson Santiago, que são os grandes responsáveis por recursos empenha-dos junto ao Governo Federal, da ordem de R$ 4,8 milhões. O parla-mentar também conseguiu R$ 1,6 mi-lhão para recuperação dos postos de saúde do município. Com relação ao governador Ricardo Coutinho, temos conversado e exposto a situação vivi-da no presente e recebido uma pro-messa de ajuda, o que esperamos, de forma prática, que venha a se conso-lidar em breve.

DL – O Ministério Público tem fei-to algum tipo de pressão para a substituição de servidores con-tratados por efetivos?

DB – Tem sim. Foi feito um concurso em 2007, com perspectiva de chama-da para 2008 e, por conta das ques-tões políticas provocadas por adver-sários, ele acabou suspenso. Até hoje vem se arrastando na Justiça e en-quanto aguardamos a sua validação para que possamos resolver a situa-ção em definitivo, com a efetivação de pelo menos 70 aprovados e clas-sificados, precisamos manter os con-tratados como forma de que a má-quina pública não deixe de funcionar plenamente. Faço questão de ressal-tar, no entanto que, nos dias atuais, não há nenhum inchaço da folha.

DL – Como anda o relacionamen-to do Poder Executivo com o Le-gislativo Municipal?

DB – Nós temos maioria na Câmara, com cinco dos nove vereadores, mas ainda registramos algumas turbulên-cias da parte da oposição que, em de-terminados momentos, tem emitido algumas críticas próprias dos que não estão sentindo na pele a responsabili-dade de administrar. No geral, acres-cento que tem havido um equilíbrio e o fato de só encaminharmos projetos úteis à população tem sido determi-nante para as suas aprovações. Os nossos parceiros têm tido uma gran-de desenvoltura, com argumentação abalizada, o que redunda no conven-cimento do Poder Legislativo como um todo, resultando em ganhos para o município de Uiraúna.

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“Como prefeito, primo pelo res-peito a cada um dos habitantes,

os verdadeiros patrões dos deten-tores de cargos eletivos”

“O meu pai, que tinha mais de 90 anos de idade, sempre foi o meu conselheiro”

“Se me faltou a condição financeira para competir com a máquina pública,

me sobrou a credibilidade das experiên-cias administrativas”

“A figura do prefeito é escolhida pela maioria, mas a sua obrigação é perante

todos”

Outras frases de Dr. Bosco:

DL – Na condição de Político, o Dr. Bosco tem conseguido distin-guir a parte eleitoral, nos anos de pleitos, do âmbito administra-tivo?

DB – Eu sempre me queixei da exis-tência de uma campanha política a cada dois anos, porque você sai de uma disputa e praticamente entra na outra. Além disso, é preciso separar o lado pessoal, que determina a sua preferência por uma ala, do lado pú-blico que deve estar sempre voltado para toda a população, respeitando a cidadania e escolha de cada um. Aliás, tenho três atribuições distintas neste campo: o administrador, o mé-dico e o cidadão, com a concepção de que não posso misturar as coisas nem me desatrelar de cada uma delas. É claro que o meu desejo é manter os aliados no Poder, com a consciência de que, desta forma, fica mais fácil ou menos difícil conseguir obras para Uiraúna, mas isso não me faz achar que tenho o direito de usar a máqui-na em benefício de quem quer que seja. Como prefeito, primo pelo res-peito a cada um dos habitantes, os verdadeiros patrões dos detentores de cargos eletivos.

DL – Diante da realidade vivida neste primeiro ano do seu quarto mandato, qual seria a mensagem do Dr. Bosco ao povo de Uiraúna?

DB – Eu apenas peço que continue confiando e ajudando a administra-ção. Nós temos a maior vontade de fazer Uiraúna cada vez melhor. Pos-so garantir que somos o município que mais encaminhou projetos jun-to ao Governo Federal para angariar recursos. Não há nenhum Ministério que não tenha recebido propostas ou pedidos oriundos de nossa terra. O mesmo comportamento, temos tido com relação ao Governo do Estado e esperamos que ele comece a abrir as portas dos recursos, levando-se em consideração que Uiraúna lhe deu uma das maiores vitórias em termos proporcionais, fazendo por merecer a

recíproca do trabalho que beneficie a sua coletividade. Por fim, a minha mensagem é de otimismo na direção de dias cada vez melhores para todos os nossos munícipes, na concepção de que não há problema sem solução quando a união é a tônica. Precisa-mos ter o entendimento de que as campanhas passam e a administra-ção permanece, justificando o respei-to ao direito de escolha e nos desli-gando das disputas pessoais. A figura do prefeito é escolhida pela maioria, mas a sua obrigação é perante to-dos. Esqueçamos as querelas e ca-minhemos juntos rumo à construção de uma nova cidade, afinal, pela sua representatividade e força dos seus filhos, Uiraúna já deu provas incon-testes de determinação, criatividade, inteligência, trabalho e progresso. O meu abraço a todos, indistintamente, e parabéns à terra mãe, no momento em que chega à condição de sexage-nária, em termos de Independência.

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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UiraúnaCidade sexagenária

Maria Vilani das Chagas Sousa

ProfessoraIPeço licença aos escritores

Aos amantes da poesiaE literatos do cordel

Para que em humildes rimasPossa homenagear com estima

A terra que me acolheu.

IIDo alto da capela Cristo Rei eu te contemplo

Uiraúna, tão pacata, tão hospitaleiraE extasiada vejo o teu progressoCidade sexagenária e altaneira

IIIVejo teus filhos brilhando mundo a fora

Muitos deles em cenário nacionalSem esquecer que a maioria dos talentos

Vivem ainda em seu torrão natal.

IVSinto orgulho por ter sido educadoraDe inúmeros e legítimos filhos teus

Por ter sido a filha forasteiraQue você de braços abertos recebeu

VCresci com você cidade amiga

Escutando teus anseios de liberdadeSem nada entender de emancipação

Vibrei com toda gente pelas ruas da cidade

VIAo completar sessenta anos

Te vejo deslumbrante e muito belaCom anseios de crescer ainda mais

Sem perder o charme de cidade singela.

VIINeste dia do seu aniversário

Permita que eu cante tambémJunto aos teus filhos legítimos, anônimos e apaixonados

A canção que diz: parabéns, parabéns.

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Lindsey Rolsant Rolim

Nasceu aos 19 dias do mês de janeiro de 1930, no lugar denominado Serra do Padre, hoje em homenagem ao seu pai e meu bisavô Bernardino Ba-tista. Ano marcante na história da Para-íba, principalmente do Brasil, era a Re-volução de 30. Ninguém podia imaginar que naquele pequeno lugarejo dentre 12 irmãos brotava uma vida que tam-bém seria histórica. Casou-se em 07 de setembro de 1955, aos 25 anos de idade, com meu avô Francisco Ferreira Santiago, de quem recebeu o dote de 09 filhos do seu primeiro casamento, filhos esses que foram entregue àquela jovem para ajudar a criar e acolher sob a sombra do amor materno como se fosse ver-dadeiramente seus filhos legítimos. Em uma convivência harmoniosa educou-os nos princípios da fé e da moral, para tão logo crescer unidos nos laços de um amor fraterno, juntos aos seus 08 filhos gerados do seu ventre materno. Viveu a plenitude do amor em todas as ações, jamais se lamentou do ato de cuidar e da grande responsabilidade que tão cedo assumiu. Irmã amiga, esposa fiel, mãe dedicada, bisavó maravilhosa e vó ines-quecível. Temente a Deus, buscou ao longo da vida educar aos filhos, netos e bisnetos na fé e imprimir caráter firme aos mesmos. Nunca mediu esforços para en-caminhar seus filhos para o caminho do bem. Chegando o tempo escolar, vó Adrina juntamente com vô Chico dei-xavam o seu lar no Sítio Queimadas e vieram enfrentar a vida urbana para que seus filhos pudessem dar continui-dade aos estudos e realizar os sonhos que tanto almejavam. Só que vó Adri-na nunca imaginaria que no futuro se-ria mãe e avó de várias personalidades políticas no âmbito municipal, estadual e federal. Wilson Santiago - deputado estadual, deputado federal e senador; José Hilton - vereador, Beunilde - vere-adora e vice-prefeita de Uiraúna e José Milton (Azulão) - vereador e prefeito de Poço Dantas (in memorian). Agora seus netos Wilson Filho - deputado federal, Thiago - vice-prefeito de Poço Dantas; Nilson Santiago Segundo - vice-prefeito

de Uiraúna, fazem parte da vida política atual. Já todos adultos, o seu carinho, cuidado e zelo de mãe continuava ainda mais forte, agora, ladeada de netos e bisnetos, sabia como ninguém dividir o carinho e amor com todos. Com a partida do seu compa-nheiro vô Chico Ferreira, com a morte precoce do tio Beca, e da partida do-lorosa do tio Azulão sofreu as dores da solidão e da saudade, mas com altivez e fortalecida na fé, conduziu o barco da vida e entre lágrimas e preces agradecia a Deus pela sua extraordinária família. Foi uma madrasta única, pois

uniu esses nove enteados aos seus oito filhos legítimos, que teve com o passar do tempo, e assim, unificou essa grande família, tanto que até hoje é admirada. Fato sempre comentado por todos os seus com muito orgulho. Como o tempo é veloz, parece ontem quando a senhora nos pegava no colo e numa conversa de vó e neta nos orientava para a vida, dando-nos as pri-meiras lições de amor. Recordamos com carinho a sua seriedade e autoridade de mãe e vó ao lado de seus filhos planejando o nosso futuro, construindo sonhos e colocando--nos sobre a proteção Divina. Bendita és tu vó aguerrida de uma personalidade forte, traços mar-cantes, amada e respeitada por todos. Devota de Nossa Senhora dos Milagres, padroeira de sua terra natal, Bernardino Batista, que sempre teve o prazer e a honra de participar desta tra-dicional festa onde ela nasceu, batizou--se, crismou-se e casou-se. Chegando a ser homenageada como Madrinha da Festa no ano de 2008, a última que participou, pois no dia 15 de agosto de 2009, ela recebeu o chamado do Se-nhor e nos deixou, dia da Assunção de Nossa Senhora naquele ano, foi habitar na pátria celestial, onde tudo é mais tranquilo, sereno e eterno. Vó Deina, nunca esqueceremos a sua preciosa bênção que era desejada por todos.- Bença vó!- Deus te dê fortuna.

Amamos-te eternamente.

A Matriarca da Família SantiagoAdrina Glória Santiago

Em meioa membros doclã Santiago

Dona Adrina Santiago

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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Maria Aparecida Fernandes Pascoal, mais conhecida como Cidi-nha, ou professora Cidinha, lançou, no último mês de maio de 2013, quando completou 80 anos, um primoroso livro autobiográfico, cujo título, inspirado em canção de Luiz Gonzaga, é “Guardan-do as recordações...”. Cidinha, filha de Primo Fernandes e de Julita Fernandes, é natural da vizinha, e co-irmã, cidade serrana de Luís Gomes - RN, mas sua história de vida sempre esteve, profis-sional e afetivamente, também ligada à Uiraúna, onde morou e estudou na in-fância e exerceu o magistério por mui-tos anos, inicialmente na Escola Esta-dual, depois no Colégio Afonso Pereira e, por fim, no Projeto Logos II. O livro conta passagens de sua infância sertaneja, especialmente nas fazendas Diamantino e São Miguel e nas cidades de Luís Gomes e Uiraúna. Outro capítulo detalha os quatro anos de estudo na cidade de Patos, onde

As recordações deDona Cidinha Fernandes

concluiu o Curso Normal no tradicional Colégio Cristo Rei, temporada em que teve o apoio fundamental da família de Padre Vieira, seus primos. Com emoção, generosidade e forte tempero poético, ela descreve, com suavidade e riqueza de detalhes, os lugares e cenários percorridos; os seus familiares (avós, pais, tios, irmãos, filhos, netos, bisnetos, primos, amigos e conterrâneos); descreve com resigna-ção e sabedoria os momentos tristes, como a morte de entes queridos, e, com singular otimismo, outros fatos que marcaram sua vida, o seu casamento de 53 anos com Valdecir Pascoal, res-peitado farmacêutico de Luís Gomes, primo do médico benfeitor de Uiraúna, Dr. Osvaldo Cascudo. Com muita sensi-bilidade, revive o momento da mudan-ça de Luís Gomes para João Pessoa, no início dos anos oitenta, finalizando com uma descrição minuciosa das inúmeras viagens realizadas com familiares para

o sudeste e centro do país e para o ex-terior. No Capítulo “Minha nova vida em Canaã (Uiraúna)”, Cidinha descreve sua rica infância na “Terra dos Sacerdotes e Músicos”, um pouco da história de nossa emancipação, as lembranças de sua família, especialmente de seu Pai, Primo Fernandes, e de sua Madrasta, a quem ela chamava carinhosamente de Tia Nilza, seus irmãos, primos e ami-gos. Na segunda parte do livro, é a vez de familiares e amigos escreverem mensagens e depoimentos sobre a au-tora. Alguns, revelando a sua brilhan-te história como educadora e dirigente escolar, outros contando fatos e passa-gens de sua infância, juventude e vida adulta. Em todas elas, no entanto, uma conclusão em comum: falam de uma mulher à frente do seu tempo, otimista, uma lutadora, uma educadora por ex-celência e uma pessoa muito admirada e amada pela família e pelos amigos.

Maria F. Pascoal

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FUNFFEC - Quando surgiu a ideia de escrever o livro?CIDINHA: Há muito tempo minha fa-mília, especialmente meus filhos, me estimulavam a escrever sobre fatos e histórias vividas. Sempre gostei de escrever crônicas, artigos... Porém, no início de 2013, a pressão aumen-tou para que o livro fosse lançado no mês de maio, em comemoração aos meus 80 anos. Não tive escolha (ri-sos). Decidi e comecei a viajar pelas letras do tempo...

FUNFFEC - Quais foram os maiores desafios, além do curto espaço de tempo para escrever suas memórias?CIDINHA: Justamente a memória. Lembrar os detalhes de alguns fatos vividos na infância e separar o real da tenra imaginação. Mas graças a Deus, sempre tive boa memória e, com a ajuda fundamental de meus filhos e de outros familiares, o desafio, que, de início, parecia quase impossível foi se tornando realidade. Outro desafio foi colocar o ponto final nos capítulos

em que falo de familiares e amigos queridos. Como gostaria de poder ter falado um pouco mais sobre cada um deles, contudo a necessidade de concisão, da limitação do texto só me permitiu falar o essencial.

FUNFFEC - E como foi a recepção do seu livro? Foi lançado na festa de seus 80 anos?CIDINHA: A primeira alegria foi a de escrever o livro e poder, nessa de-safiante e prazerosa tarefa, voltar ao passado, ao sertão, lembrar da famí-lia e dos amigos. Lembrar, por exem-plo, da minha infância e vida adulta em Uiraúna: a igreja de Jesus, Maria e José, as escolas, a minha profes-sora Jovelina Gomes, dos magistrais acordes da sua banda de música, das festas de janeiro, dos meus alunos, dos amigos professores.... Claro que fiquei muito ansiosa sobre o que a fa-mília e os amigos achariam do livro. Foi uma grande responsabilidade. Mas Deus, uma vez mais, foi bondoso comigo. A repercussão foi muito gran-

de e positiva. Recebi cartas, telefone-mas, mensagens, emails de centenas e centenas de pessoas elogiando o li-vro, comentando passagens, estimu-lando novas escritas, a exemplo da linda mensagem que recebi de João Claudino, meu fraterno amigo de ju-ventude. Me emociono só de lembrar a generosidade de toda essa gente. Cada palavra está guardada em meu coração. A festa foi em João Pessoa. Foi um momento mágico, cercada de boa parte das pessoas que amo, de músicas do meu tempo... Meus filhos organizaram tudo com muito amor. Uma noite de saudades, algumas do-loridas, mas uma noite muito feliz e cheia de esperança de tempos melho-res.

FUNFFEC - Defina o seu livro numa frase?CIDINHA: Uma auto-declaração de amor às minhas origens, à minha fa-mília e aos meus amigos. Um peque-no legado para meus queridos des-cendentes.

Recortes e imagens que marcaram época

A seguir, uma entrevista com a autora, Dona Cidinha

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Ao longo dos anos, no Brasil encontramos uma vasta precarieda-de na alfabetização, em que projetos, programas, mudanças pedagógicas, entre várias outras iniciativas são cria-das, porém não atingem os resultados satisfatórios que se almeja, observan-do que grande parte das pessoas já es-colarizadas, que frequentaram a esco-la até o Ensino Médio são infelizmente consideradas analfabetas funcionais, isto é, não compreendem por comple-to o que leem. Esse cenário de insatisfação e fracasso da escola em alfabetizar e le-trar as crianças é evidenciado por ava-liações nacionais e estaduais que ana-lisam o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem das crianças, mostrando que as mesmas não são le-tradas e destacando que as práticas e o sistema educacional devem mudar suas vertentes de ensino, ou melhorá--las de forma que estimule a criação de novos caminhos e que reflita sobre os momentos já trilhados, exigindo uma atenção especial, na busca de que aconteça uma alfabetização com signi-ficado, ou seja, alfabetizar letrando. Para isso, os professores que lidam constantemente com o desafio de alfabetizar devem compreender o real significado do que é alfabetiza-ção e o que é letramento, pois bem, alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação, que sabe ler e escrever, ou seja, alfabetizar significa compreender a decodificação e assi-

milação dos signos linguísticos, fazen-do com que a criança desenvolva as habilidades de leitura e de escrita. Já o letramento consiste no processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas da escrita no contexto social, assim, o sujeito letrado é aquele que sabe ler e escrever, adequando-se às demandas sociais e colocando em exercício as práticas sociais de leitura e de escrita, utilizando a linguagem escrita como ferramenta cultural em diferentes con-textos sociais como na família, no la-zer, no trabalho, entre outros. Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das práti-cas sociais da leitura e da escrita. As-sim, o educando deve ser alfabetizado letrado, pois não basta apenas alfabe-tizar, é necessário letrá-lo aos diversos tipos de expressões textuais, fazendo com que a criança possa compreender, questionar e fazer a leitura do mundo através de suas práticas sociais, intera-gindo com o meio social. Nessa perspectiva, é preci-so compreender que alfabetização e letramento são práticas distintas, po-rém, indissociáveis e interdependen-tes. Assim, a criança deve ser inse-rida num ambiente em que a escrita predomine no seu meio, antes mesmo de entrar na escola, os pais podem influenciar e desenvolver o hábito de ler com pequenas atitudes como: ler para a criança ainda não alfabetizada, oferecer-lhe sempre livrinhos educati-vos com gravuras e letras grandes para que possa visualizar e entender melhor

o texto, levar a criança a exposições, comprar gibis e revistinhas para ela ir se adequando às práticas educativas, fazendo com que, desde pequenos, as mesmas sejam influenciadas ao hábito de ler e assim entrarem no mundo le-trado. É nesse contexto de alfabe-tizar letrando que a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitu-ra e de escrita e que através dessas práticas de letramento, a criança possa desenvolver-se por meio da aprendiza-gem e do sistema da escrita. Desse modo, para desenvol-ver cidadãos críticos, reflexivos e atu-antes em nossa sociedade, é preciso alfabetizar letrando, com o intuito de alfabetizar a criança no mundo letrado, trabalhando com os diversos usos de escritas no meio social, e esse momen-to de letrar a criança começa antes mesmo de entrar na escola. Inicia-se como foi mencionado anteriormente, quando ela começa a interagir social-mente com as práticas de letramento no seu mundo social, ou seja, em casa com a família. Portanto, para se obter uma educação de qualidade e atingir os objetivos almejados nas classes de al-fabetização, deve-se utilizar diferentes metodologias que melhorem o proces-so de ensino aprendizagem, para que assim aconteça uma transformação so-cial do sujeito e que favoreça o desen-cadear de uma educação satisfatória e significativa para todos.

Juliana Cesário

Ferreira

Em Busca de uma Educação de QualidadeAlfabetizar Letrando

Graduada em Pedagogia--UFCG – Pós-graduanda em Psicopedagogia-FIP

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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Músico Uiraunense lança CD patrocinado pelo BNDES e BNB

Fazendo jus à sua titularidade de “Terra dos Músicos”, o município de Uiraúna continua ganhando projeção nacional com os seus grandes talentos, incluindo a nova geração, que a cada ano surpreende e, de vez em quando, registra nova vitória. A façanha mais recente, foi a aprovação de um dos nossos artistas em um programa na-cional de incentivo a Cultura. No dia 28 de Julho de 2013, aconteceu no auditório da Fundação Educacional Lica Claudino, o lançamento do CD ins-trumental do saxofonista Júnior Sax da cidade de Uiraúna. O trabalho é consti-tuído de uma obra musical que tem to-

das as músicas de sua autoria. O título do CD é “Choro e Baião ao Saxofone”. Este CD faz parte do projeto cul-tural “Choro e Baião ao Saxofone”, que foi patrocinado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Social, BNB - Banco do Nordeste do Brasil e Governo Federal, projeto este aprova-do no ano de 2012 e que foi execu-tado em 2013. Além da gravação do CD, também foi realizada uma oficina de formação musical para jovens saxo-fonistas, com atividades desenvolvidas na sede da Filarmônica Jesus Maria e José, no mês de abril. Um grande público foi contemplar

o lançamento do CD “Choro e Baião ao Saxofone”, por sinal muito elogiado e aplaudido de pé pelos amantes da mú-sica instrumental e ativistas culturais. O CD é todo autoral com músicas iné-ditas, todas registradas, e a prensagem foi feita na zona franca de Manaus. A música instrumental está fi-cando cada vez mais forte na história de Uiraúna, o que justifica o apoio e divulgação do nome da nossa terra, que ainda demanda de muito apoio para os seus grandes artistas instru-mentais que continuam ultrapassando fronteiras para mostrar a maior cultura de Uiraúna: a MÚSICA.

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Abdoral e Socorro puseram no rebento um nome composto. Era cos-tume no sertão aí pelos meados do sé-culo 20. E capricharam no contraste: o primeiro nome é Francisco, do santo italiano de Assis, o amigo dos animais, particularmente dos passarinhos, o símbolo da humildade e do desapego. Seria difícil encontrar um segundo que contrastasse santo com ele mais do que Ciro, o imperador persa, o grande guerreiro da antiguidade, o conquista-dor bíblico das cercanias da Babilônia. O sobrenome, Fernandes, consegue ser ao mesmo tempo comum e nobre. Fernandes todo mundo é no sertão do Rio do Peixe. Alguns assinam Vieira, outros se chamam Pinto, há quem se diga Queiroga. Mas, no fundo, todo mundo é Fernandes, o monsenhor Manoel Vieira, irrepreensível orador sacro, educador e político, e o comer-ciante Francisco Euclides. Os Fernandes são, sob qual-quer outra denominação, do mesmo clã a que Ciro, assim passou a ser

conhecido, para gáudio de Socorro de Abdoral que, certamente, preferiu o prenome do iraniano de antanho ao destino de todo Chico nas nossas plagas: o bodegueiro Chico Queiro-ga, meu tio Pintinho, o farmacêutico Chiquinho de Alexandre Fernandes, o quengo Chicó, protagonista da farsa de mestre Ariano, O auto da compa-decida. O nome do santo ainda não havia sido adotado por nenhum papa, tendo virado nobre quando o foi pelo argentino Bergoglio só agora, tantos anos depois. Mas, fosse qual fosse seu nome, Chico ou Ciro não é persona-gem de minha infância. Como o foi, aí sim, seu tio Chico de Maroca (tai um Chico na família de nosso perso-nagem), tocador de instrumentos de corda. Ou ainda seus pais, que vive-ram na mesma Rua Nova onde che-guei a morar duas vezes, no começo dos anos 50, no lado da matriz de Je-sus, Maria, José, e no meio dos anos 60 na calçada oposta, a mesma de

José Nêumanne

Jornalista, poeta e escritor

Dom Quixote e Dulcinéia ladeiam cangaceiros (Poema sertão) na sala de meu apartamento

Nem santo, nem conquistador,

um xilogravador

Foto de Ciro no Rio em 2011

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O touro, meu signo

Primo Fernandes, inteligência de es-col, e de tio Chaves, Xavier, senhor da roda de conversas mais animada da cidade. Só vim conhecer Ciro de So-corro de Abdoral no Rio de Janeiro quando os ditos anos rebeldes se ex-tinguiam debaixo do fogo da guerri-lha urbana e de um banho de sangue. Mas ambos estávamos bem longe das balas perdidas da guerra suja nos se-questros e na perseguição da ditadura militar aos sequestradores. Foi uma apresentação por aproximação fami-liar. Minha prima Lourdinha (perdão, dona Lourdinha(, que substituiu dona Palmira na direção do Grupo Escolar Jovelina Gomes onde estudei, casou--se com Nonato Luciano, filho do fo-gueteiro Vitor e dona Zefa, e foram morar no subúrbio de Higienópolis, entre Cancela e Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. Ciro fez o trajeto da retirada oposto ao meu. Saí de Uiraúna para Campina Grande e de lá para São Se-bastião do Rio de Janeiro antes de me instalar definitivamente, pelo menos até hoje, nos pagos de São Paulo de Piratininga. O retirante Ciro pintava bois em parades de açougue no dis-tante bairro de Itaquera, gueto de nordestinos na Zona Leste paulistana. Morava numa pensão, engraçou-se da filha do dono, a doce Ritinha, enrabi-charam, casaram-se e foram morar no Rio, onde nasceram seus filhos Bruno e Milena, óbvia homenagem à noiva de Franz Kafka. Ocorre que Ritinha é prima de Nonato e Ciro e eu nos tor-namos unha e carne nos convescotes do clã originário da Quixaba, distrito de Uiraúna, ora no apartamento de Lourdinha e Nonato, ora na casa de Ritinha e Ciro na Vila da Penha. Às ve-zes, o encontro também podia ser na casa de um primo dos Luciano, Joa-quim, em Olaria. Isso transcorreu ao longo de 1969 e em metade de 1970, quan-do me mudei para São Paulo. Então, Ciro era diretor de arte numa agência de publicidade. Não era um nababo, mas tinha uma vidinha boa de classe média baixa, com emprego, salário e férias. Eu estava em São Paulo, repór-ter da Folha, quando Ciro jogou tudo para o ar e resolveu viver de xilogra-vura. É uma história extraordinária: de origem popular, numa família de artesãos, Ciro era um desenhista so-fisticado desenhando e escolhendo ti-pologia de anúncios quando conheceu

Zé Altino, artista plástico da turma de Raul Córdula e Chico Pereira, os três meus amigos de adolescência. Não me lembro mais como Ciro chegou a Alti-no. Sei é que este lhe ensinou a arte e as manhas da xilogravura, modalidade de desenho escavado na madeira que, ao contato com a tinta preta chega, ao papel com figuras de heróis, aven-tureiros, São Jorge e seu dragão, can-gaceiros, quengas, quengos e santos. O antigo pintor de boi de pa-redes de açougue interrompeu uma boa carreira de publicitário para fazer capa de folheto de cordel e outras xi-logravuras que vendia no Campo de São Cristóvão. João Eudes Fernandes (olha aí o sobrenome de novo), meu colega de classe no grupo escolar, sa-xofonista do primeiríssimo time, como Zé de Milta e Tiquinho (mais um Fran-cisco) de Xôta, me punha a par das novidades. Quando secretário de reda-ção do Jornal do Brasil, eu costumava ir comer queijo da Serra de Estrela no Adegão Português no Campo de São Cristóvão, pertinho do pavilhão onde Ciro vendia suas xilos. Mas, de fato, nunca nos encontramos na feira dos nordestinos lá. Eudinho de Amâncio é que me contou que Ciro estava aper-tado de finanças e não sabia a quem procurar. Contratei-o como free lancer no Jornal do Brasil, mas meu chefe, o sofisticadíssimo designer mineiro Muri-linho Felisberto, achava a arte de meu

conterrâneo muito sombria e pouco sutil para um jornal chique como era o nosso. Murilinho largou o JB e o jorna-lismo e foi sentar praça da DPZ como diretor de arte da agência publicitária de Duailibi, Petit e Zaragoza. Eu as-sumi o lugar dele e, como chefe de Redação, impus Ciro como ilustrador. Mas logo voltei para São Paulo e Ciro voltou a depender das vendas diretas na feira. Adotou o pseudônimo artísti-co de Ciro de Uiraúna, vive modesta-mente nas proximidades do Campo de Santana no centro do Rio de Janeiro e não tem por que se arrepender, a não ser do ponto de vista financeiro, de haver abandonado a publicidade por opção e, depois, o jornalismo por livre e espontânea pressão. Ciro de Uiraúna, que carrega nossa cidade na assinatura de artista, é o maior xilogravador do Brasil, sem favor nenhum, sem medo de exage-ro. Um touro dele defende a porta de meu apartamento em Santa Cecília. E um bando de cangaceiros vigia atrás do sofá na sala principal. Muita gente boa que entende do negócio melhor do que eu concorda com minha ava-liação. E quem duvidar pode ir à fei-ra de São Cristóvão para apreciar e, se possível comprar, um Dom Quixote altaneiro, uma Dulcinéia faceira, que como a Eva, no pecado original e to-das as mulheres que Ciro desenha, é a cara de Ritinha, aquela menina macia que ele conheceu em Itaquera.

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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Alinne AmunielleEconomista

Tudo começou com um en-contro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens, promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las. A Jornada Mundial da Juven-tude (JMJ) foi criada para mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e para apresen-tar o rosto de Cristo em cada jovem, pois, nós que fazemos parte de uma juventude fortificada na fé, somos os protagonistas desse grande encontro

de esperança e unidade. A JMJ tem como principal objetivo dar a conhecer a todos os jovens do mundo a men-sagem de Cristo, mas é preciso notar que, através deles, o rosto de Cristo se mostra ao mundo. Trata-se de um encontro inter-nacional dos jovens com o Papa, rea-lizado a cada 2 ou 3 anos, e que dura aproximadamente uma semana, reu-nindo pessoas de mais de 190 países. A última edição da JMJ foi realizada em julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e teve como lema “Ide e Fa-

zei Discípulos Entre Todas as Nações” (Mt 28, 19), o que nos proporcionou a oportunidade de viver a grande experi-ência do encontro com o Santo Padre. Foi a nossa primeira participa-ção em uma JMJ, experiência essa que nunca sairá de nossas mentes nem de nossas vidas. Foram dois anos de preparação espiritual, através de en-contros específicos para quem seria peregrino na Jornada. A cada encon-tro que íamos o coração pulsava mais forte na ânsia de vivermos o que mais tarde nos transformaria em verdadei-

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ros discípulos missionários, muito mais apaixonados por Cristo, sentíamos que éramos escolhidos pelo próprio Jesus. A responsabilidade era tama-nha, mas não tivemos medo de en-carar a missão que nos foi dada, pois evangelizar só se aprende evangelizan-do. Quando somos discípulos e missio-nários de Jesus, precisamos estar con-fiantes de nossa missão. Os desafios são grandes, mas o Espírito com o qual Deus nos fortalece é maior. Não tínhamos ideia da trans-formação que a JMJ causaria em nos-sas vidas. Conhecemos pessoas e lu-gares, culturas e costumes, tudo muito diferente do que temos aqui no nosso sertão, especialmente na nossa queri-da cidade de Uiraúna, o que tornou a nossa experiência muito mais rica. No dia 27 de julho de 2013, na praia de Copacabana, milhões de jovens se reuniram na Vigília da Jornada Mun-dial da Juventude. Milhões de corações buscando a presença de Jesus no San-tíssimo Sacramento. No momento da bênção, um belíssimo silêncio. Silêncio este que tanto dizia, que tanto sentia, que tanto adorava. Deus, como ser onipresente e onisciente, sentia o coração de todos, ouvia as suas orações, suas convicções e decisões. Podemos até imaginar quantos sonhos foram ali colocados na presença de Jesus, quantos pedidos, quantos agradecimentos. Podemos até pensar quantos jovens decidiram ali suas vocações e quantos disseram: “é bom estarmos aqui Senhor”, como dizia o texto do Evangelho escolhido para a vigília. Talvez outros dissessem “é essa a vida cheia de graças que quero pra mim”, “é assim, Jesus, que quero viver, com pés firmes no chão e o pensamento, o coração e as atitudes voltadas para Ti”. A Jornada Mundial da Juventu-de intensificou a certeza de que os jo-vens precisam se encontrar com Jesus,

jovens precisam encontrar mais jovens e, assim, cada jovem encontra a si mesmo. Ficamos maravilhados ao ver tanta gente bonita, feliz, sem vergonha de expor sua fé, muito pelo contrário, cantando sua fé, transmitindo alegria por onde passava e deixando uma lição de resistência e de cidadania. Enten-demos também com a JMJ que a lin-guagem da fé é universal, não importa em que continente você vive, somos irmãos e temos a mesma missão. Quantas lembranças, quantas vivências, quantas transformações. A JMJ Rio/2013 nos mostrou que é ne-cessário assumirmos a cruz, reconhe-cendo nela a maior prova do amor de Deus pela humanidade, afinal como nos disse o Santo Padre o Papa Fran-cisco: “Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Je-sus para sua própria vida”. Nós, jovens peregrinos, car-regamos dentro de nós uma semente poderosa, pois ela traz um maravilho-so potencial de vida. A grande tarefa confiada por Cristo a nós não é outra senão essa: dividir essa semente com outros corações; ajudá-los a passar de áridos desertos a jardins bem irrigados por Deus.

A partir de agora, temos a missão de sermos vetores do Evange-lho, de sermos discípulos e, ao mesmo tempo, multiplicadores de discípulos e de missionários. A Boa Nova precisa ser conhecida e vivida por toda parte do globo terrestre. E nós podemos e devemos fazer com que a palavra caia em terreno bom e que dê bons frutos. Devemos encorajar e rezar pelos vo-cacionados, e, diante da multiplicida-de de opções que a vida nos oferece, tentar sempre escolher a melhor parte, que é a de ficarmos mais próximos de Jesus, pois, somente ele é Caminho. Ainda citando o Papa Francisco: “Não devemos nunca esquecer que as Jor-nadas Mundiais da Juventude não são “fogos de artifício”, momentos de en-tusiasmo com fins em si mesmos; são etapas de um longo caminho, iniciada pelo Papa João Paulo II. Ele confiou aos jovens a Cruz e disse: ide, e eu irei com vocês! E assim foi; e esta pere-grinação dos jovens continuou com o Papa Bento e graças a Deus também eu pude viver essa maravilhosa eta-pa no Brasil. Recordemos sempre: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, levando a sua Cruz. E o Papa os guia e os acompanha neste caminho de fé e de esperança”.

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O município de Uiraúna está localizado a 476 quilômetros da capital João Pessoa, no alto sertão paraiba-no, e em 2013, estará completando 60 anos de emancipação. A cidade possui localização privilegiada, estando em uma das mais importantes rotas de li-gação entre diversas microrregiões da Paraíba com o estado do Rio Grande do Norte e Ceará. A atividade comercial fez parte da economia de Uiraúna desde os seus primórdios de povoamento por volta do século XVIII, quando o local era passa-gem garantida de tropeiros e caixeiros viajantes que percorriam o interior do Brasil. Posteriormente, já no século XX, o município viveu seu apogeu com o cultivo do algodão, que chegou a ser apelidado de “ouro branco” graças ao seu bom valor no mercado. O comér-cio de algodão entrou em declínio em meados do século passado devido às pragas de insetos que prejudicaram a lavoura. Como várias cidades do inte-rior da Paraíba, a base da econômica de Uiraúna é composta pelas ativida-des agropecuárias, juntamente ao co-mércio varejista e setor de serviços. A Câmara de Dirigentes Lojistas foi ins-talada na cidade em 15 de agosto de 2007. A diretoria fundadora era for-mada por Francimário Pereira (presi-dente), Gilvan Moreira (vice-presiden-te), Adriana Moura (1ª secretária), Franco Ferreira (2º secretário), Car-

leuza Fernandes (tesoureira), Antônio Reginaldo Queiroga (diretor de SPC), Marley Alves (diretora social) e Janaina Moreira (secretária executiva). A gestão atual foi eleita no dia 24 de setembro de 2011 e ficará vi-gente até 31 de dezembro de 2014. O quadro atual é composto por: Glerdson de Melo (presidente), Francimário Pe-reira (vice-presidente), José Vieira (1º secretário), Tatianne Fernandes (2ª secretária), Francisco das Chagas (1º tesoureiro), José Walteirton Dantas (2º tesoureiro), Francisco Márcio Duarte (diretor de SPC) e Geraldo Fernandes (diretor de eventos). A CDL de Uiraúna conta com 59 sócios e trabalha para fortalecer o

Uiraúna conta com representação cedelista há seis anos

comércio da cidade com a finalidade de amparar, defender e representar os in-teresses lojistas junto ao público. A en-tidade detém a exclusividade na oferta de produtos disponibilizados pelo Servi-ço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Dentre as ações desempenha-das durante os seis anos de existência da CDL estão a realização da campa-nha promocional Natal Mais Feliz, pa-lestras, workshops, cursos de aperfei-çoamento. A CDL de Uiraúna mantém em atividade um programa radiofôni-co semanal, o Momento Empresarial, apresentado pelo presidente Glerdson Franklin de Melo e Aluízio Abrantes, no qual empresários são entrevistados e contam suas histórias de sucesso.

Membros da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uiraúna

Presidente Glerdson de Melo, empossando nova diretoria da CDL

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No final da década de 1960 conheci na cidade de Uiraúna um ma-estro incansável e quase inigualável, no palco do Uiraúna Tênis Clube, re-gendo orquestras de frevo dos velhos carnavais patrocinados por aquele so-dalício, que tinha como presidente o Dr. Raimundo Barbosa. Inicialmente, só as atenções voltadas para ele, procurando dados da história desse homem que encan-tava com a sua força e amor, com o instrumento musical que dominava com propriedade e esmero durante noites inteiras. Através da professora Maria Joaquina de Jesus, tomei conhecimen-to que era José Gomes, nome pouco conhecido na cidade, pois o apelido era mais forte – “Dedé de Capitão” – famoso em todos os recantos da Para-íba e outros Estados nordestinos. A partir do ano de 1966 as-sumi a Secretaria Geral da Prefeitura de Nazarezinho, na gestão do prefeito Osório Luiz, e na primeira festa de ani-versário da cidade, em 1967 contratei a Banda de Música Jesus Maria José, de Uiraúna para animar a grande fes-ta, cujo maestro era Dedé de Capitão. A história desse gênio da mú-sica começou pelo casamento com Dona Antônia Salete Fernandes, e dessa união conjugal nasceram oito fi-lhos: Fátima, Salierge, Lourdes, Juliet, Leônia, Eliane, Neta e Paulo Sérgio. Iniciou a profissão que não es-quece, no ano de 1930, tocando trom-pa, passando depois para o famoso trombone de vara, com quem perma-neceu quarenta anos. Foram setenta anos como músico profissional e qua-renta e três como maestro da Banda de Música Jesus Maria e José. Nasceu em 01 de março de 1917, no Distrito de Belém, ao tempo pertencente ao município de São João do Rio do Peixe, depois batizado de Uiraúna, hoje munícipio próspero da região do Vale do Rio do Peixe, onde mora até hoje com sua esposa Salete.Maestro por quatro décadas coman-dando grandes carnavais, festas dos

padroeiros, solenidades oficiais, ani-mando festividades em municípios de todos os recantos da Paraíba e Esta-dos vizinhos. Uiraúna não esquece o músico da simplicidade e a prova desse amor

concentra-se em todos os encontros de Bandas de Música, festa tradicional da “Terra dos Músicos”, já que Dedé Capitão e a esposa são convidados especiais para a mesa diretora dos trabalhos e para receber homenagens merecidas. A última vez que reencontrei o maestro Dedé de Capitão aconteceu nas dependências da AABB de Uiraú-na, exatamente quando a Orquestra de Frevo animava o carnaval e ele estava postado bem perto, de fren-te ouvindo, aplaudindo e certamente matando as saudades dos tempos de ouro do seu trombone de vara. Como responsável por grande parte de escritura da história regio-nal, o “Caldeirão Político” fala de ho-menagem ao herói Dedé de Capitão, nome que nunca poderá ser esqueci-do, pois será colocado nas memórias do Programa e reconhecido no nosso livro “Velhos Conhecidos”, para que se cumpra a eternidade dos grandes vul-tos. Dedé nunca usou a sabedo-ria artística para a promoção pessoal. Fez tudo por amor. Ainda hoje, aos 94 anos de idade passa dias inteiros dian-te de uma mesa fazendo partituras, o que sempre soube redigir com perfei-ção. Resgatar a história dos notá-veis pela arte é também uma das fi-nalidades do “Caldeirão Político”, que escreve constantemente a glória dos construtores da grandeza do Nordeste Brasileiro. Não planta somente a his-tória dos artistas, e sim de todos os destaques, quaisquer que sejam as duas condições sociais, já que nem todos são iguais perante o Deus sobe-rano de todos as coisas. Escreve com propriedade a história dos políticos, e Dedé Capitão também é político, já que em 1972 foi eleito vice-prefeito de sua terra natal, na chapa encabeçada pelo médico Manoel Nogueira Neto. A Dedé de Capitão, o agrade-cimento por tudo que construiu, pela alegria do nosso povo.

O Capitão do Trombone Francisco Alves

Cardoso Jornalista

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Falar dos 40 anos de sacerdócio de Padre Clei-des é falar de vida, de vocação, de chamado, de fé, de compromisso, de anúncio, de denúncia, de esperança, de luta, de otimismo, de alegria, de sofrimento, mas também de bons frutos, pois sua missão tem sido muito fecunda, uma presença animadora e fortalecedora na vida da nossa Igreja. Padre Cleides nasceu no sítio Matuto, próximo ao Olho d’Água Seco, deste município de Uiraúna, aos 20 de novembro de 1943. É filho dos saudosos: Domingos Clau-dino de Galiza e Úrsula Claudino de Galiza; irmão de Flo-riano, Auciles, Maria da Conceição, João Eudes e Antônio (in memorian); Josefa Claudino, já falecida, e Dr. Belzinho, estes dois últimos por parte de pai. Logo cedo, aos 14 anos de idade, teve a coragem de deixar tudo e ir para o Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Cajazeiras, onde deu seus primeiros passos na busca de sua realização pessoal e vocacional, orientado pelo seu inesquecível Reitor Padre Gualberto. Tendo concluído o 2º grau, foi enviado por Dom Zacarias para estudar no Seminário da Prainha, em For-taleza, e logo foi encaminhado à Roma para dar conti-nuidade aos estudos de filosofia e teologia, no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, onde morou por duas temporadas: na primeira, como seminarista, e na segunda, como padre para um ‘aggiornamento’. Nesta etapa, escolheu fazer o mestrado em Teologia da Moral. Padre Cleides, desde cedo, brincava de ser sacer-dote, celebrando a missa com outras crianças. Alimentou este intento ao longo da vida e, fortalecido pelo apoio de sua família e as orações e testemunho de fé de sua mãe Úrsula, na época, viúva, conseguiu o degrau do ministério sacerdotal. E numa ligação profunda com esta terra e com a Sagrada Família, aqui foi batizado, fez a primeira eucaristia, ministrados pelo inesquecível Padre Anacleto e também re-cebeu os sacramentos da Crisma e da Ordem Sacerdotal das mãos do saudoso Dom Zacarias. A sua Ordenação aconteceu aos 11 de janeiro de 1973, e no mesmo dia foi nomeado como Pároco inamovível da referida Paró-quia, aonde permanece até os dias atuais.

40 Anos deVida Sacerdotal

“Sacerdotede Cristo

parao serviço

alegreda Igreja”

Pe. Domingos Cleides Claudino

Ir. Rosilene F. da

Silva - CMSF

Domingos eÚrsula Claudino

- Os Pais -

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É este o lema escolhido para o seu sacerdócio! E foi uma graça para nós paroquianos da Sagrada Famí-lia, celebrar com alegria, fé, amizade e gratidão esta caminhada bonita de 40 anos de experiências marcantes do seu ministério sacerdotal, que tem sido uma referência para tanta gente, não só de Uiraúna, mas das comuni-dades por onde passou: Triunfo, onde atuou por dezessete anos, dedicando muito amor com sua presença dinâmi-ca e animadora junto a cidade e comu-nidades da Paróquia do Menino Deus; Poço Dantas, Santarém/Joca Claudino, Bernardino Batista e Vieirópolis, hoje Paróquias, além da condição de coor-denador pastoral, por três anos. Estes quarenta anos evocam em nós que fazemos parte de sua ca-minhada sacerdotal e missionária, o seu pastoreio marcado por tantas an-danças, por gestos que o tempo não vai conseguir fazer a gente esquecer, de tão generosos feitos como busca de libertação e integração do povo de Ui-raúna. Aqui, além de sua presença ale-gre, missionária, corajosa e lutadora, estão estampadas por onde se passa as marcas do seu ministério: famílias animadas pela fé, pela leitura orante da Bíblia Sagrada; crianças, adoles-centes e jovens educados na fé em Je-sus Cristo pelo processo de formação educativa em pequenos grupos e em famílias nas comunidades espalhadas por toda a Paróquia. Quantas pesso-

as cresceram na fé, no engajamento, numa consciência mais critica e poli-tizada! E quantas famílias que no seu quintal tem uma cisterna com água, um poço, uma cabra leiteira, um fogão solar ou a própria casa como gesto concreto desta ação missionária cheia de amor pelo seu povo e pelas pessoas mais sofridas, carentes. A sua opção vocacional e perseverante, tem sido também, por meio de sua animação, uma chama que tem iluminado muitos jovens: rapazes e moças para o mes-mo caminho - seguir Jesus Cristo no amor da vida consagrada e ministerial. Vejo em Pe. Cleides um ho-mem marcado pelo sinal da fé, pelo espirito de doação, pela capacidade de desprendimento e sempre atento aos sinais dos tempos, pé no chão, exigente, e há até quem o classifique de intransigente, pela vontade de vê uma sociedade organizada e um povo feliz... Lembro-me de uma frase, quase sempre citada por ele, do ser-mão de sua ordenação, proferida pelo pregador Padre Assis: “Aquele que se deu todo, não se faça pedaço”. Inte-ressante! Juntando ao lema: “Sacerdo-te de Cristo para o serviço alegre da Igreja”, falam direitinho de sua paixão pelo Reino de Deus. Seu testemunho de fé e vida, de preocupação e empe-nho para que aconteça aqui na terra a justiça que é fruto da paz, tem sido muito notável por toda a nossa comu-

“Sacerdote de Cristo para o serviço alegre da Igreja”!

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nidade. E como consequência deste amor, fidelidade e compromisso, no seguimento de Jesus, tem enfrentado também muitas dificuldades na sua ca-minhada, na sociedade e também na própria Igreja, pois nem todos com-preendem a missão dos consagrados e as exigências de Jesus para os seus seguidores, e nem tão pouco o direito de todas as pessoas de ter vida com dignidade, e o seu ministério tem sido sinalizado por esta luta para que todos tenham vida e felicidade. Não posso deixar de ressaltar aqui, algo de marcante, que não deixa esquecido as graças do seu ministério e a sua preocupação com a evangeliza-ção, o anúncio da boa nova de Jesus e a organização das comunidades, e por isso, fundou a Congregação Missioná-ria da Sagrada Família, com sede na Paróquia, o Clube Vocacional Vicentino que reza pelas vocações e ajuda aos mais necessitados na comunidade; o Museu Paroquial com boas fontes de pesquisas para a juventude estudantil; a Escola Profissional Lica Claudino, que por muito tempo preparou muita gente para o mercado de trabalho; a Associa-ção Universitária de Uiraúna; com um bonito trabalho educacional e de pro-moção humana-social, na época; des-pertou a criação de muitos grupos na Igreja - uns continuam até hoje, com

novo jeito e, sobretudo, o empenho e o gosto pela formação cristã e cidadã das pessoas. Seu apoio e presença nas mobilizações populares e movimentos sociais têm sido também um fortale-cimento importante. Foi professor no Colégio Estadual de Uiraúna e na FA-FIC, em Cajazeiras, mas escolheu o mundo dos mais pobres para evangeli-zar. Enfim, levaria muitas páginas para descrever o que conheço da his-tória bonita e também sofrida deste homem de Deus, mas aqui é apenas uma pequena síntese, da vida de quem ama esta terra, ama o seu povo e tam-bém é muito amado por nós, e as ve-zes incompreendido também, porque nem todos têm os mesmos caminhos a trilhar... Hoje, após quarenta anos, Padre Cleides continua mais vivo do que nunca, animando, dinamizando e anunciando Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida. É uma referência para um ministério alegre, dedicado e fiel no seguimento a Jesus, caminhando com fé, com perseverança que é a chave da salvação, e na doação sem reserva que é o desejo de Deus para a vida ser abundante para todos e todas. Que a Sagrada Família man-tenha Padre. Cleides sempre alegre, generoso e feliz.

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Em Uiraúna, o futebol chegou de forma improvisada, ainda na era da colonização, quando os praticantes da modalidade que se difundia no Brasil e no mundo, influenciados pela Inglater-ra, jogavam sem camisa e de pés des-calços. No final da década de 40, com patente máxima de distrito, a localidade teve o seu primeiro time, o Canaã Sport Club, que já se apresentava de chuteira e padrão. Mais tarde surgiriam: o Santa Cruz, o Leão Veloso de Bil, o São José de Zé Daniel e o Flamengo de Seu Der; posteriormente surgiram o Madureira e o Arsenal. Quando passou a cidade em 1953; os principais times formados foram o Auriverde, cujo padrão era ba-seado nas cores da bandeira brasileira, o verde e o amarelo; e o Rubro-Negro com as cores do Pavilhão da Paraíba, o vermelho e o preto. Já o CEAMA, que para alguns historiadores teria sido o pioneiro, na realidade só teve o seu surgimento na década de 90, por Paulo Aquino, em homenagem ao seu pai e ex-prefeito Antônio Aquino. Com o advento da independên-cia, a cidade se desenvolveu e o futebol cresceu. Já na década de 60, surgiram vários times onde se faziam disputas internas e começou a ser formada a seleção que jogava amistosos com as cidades vizinhas com ênfase para as partidas realizadas contra a Sociedade Esportiva Sousa, Atlético de Cajazei-ras, o Nacional de Patos, o Sousa e até contra o Treze de Campina Grande, na inauguração do Estádio Municipal. Foi justamente no final da década de 60 e inicio de 70, que o nosso futebol teve

KássioFormigaEstudante

A trajetória do nosso

Futebol

a sua maior glória com o surgimento de vários craques com destaque para José Rodrigues da Silva, o popular Pa-têta que foi inegavelmente o melhor, o nº 1, o Pelé do nosso futebol. Um dia a história haverá de reconhecer e lhe homenagear colocando o seu busto em frente ou dentro do Estádio Municipal, por tudo que fez por este esporte. Na verdade, muitos outros tiveram sua fase de destaque no decorrer dos tempos, como por exemplo, a família Sabino, to-dos os filhos homens do Sr. Raimundo Sabino foram bons jogadores, com res-salva para Sandoval conhecido por Dó, o mais novo de todos e por ter estu-dado em grandes centros, desenvolveu mais a sua capacidade esportiva. Até os netos também fizeram sucesso como Baúna e Filho, filhos do grande zaguei-ro Aluisio Gomes, além de Rivaldo, filho do excelente Cuiter-Ralf Zeca de Tôca. Chico de Anália, que é da mesma fa-mília, teve também sua fase de glória. Não podemos esquecer de Toinho de Chagas, Pedro de Melo, Firmo Daniel, Assis Pinheiro, Zé de Rosinha e até o famoso astro do rádio e da televisão Barros de Alencar, sem esquecer Man-gabeira e Pretinho Marcolino entre os mais antigos. Numa época mais recente tivemos os irmãos Demar e Rarrante, Canidé de Zé Duba, Nenen de Seu Der, Nego Zé, Carlos Nery e outros. Também no futebol profissional tivemos vários expoentes: Alexandre, Filho de Zé Pin-to, jogou no Treze, Campinense e Fer-roviário de Fortaleza; Mazoniel Costa no Auto-Esporte de João Pessoa, Martins Freitas - a maior revelação dos últimos tempos que juntamente com Gadelha

jogou no Sousa onde foram campeões paraibanos; Serginho e Gonçalves no Atlético de Cajazeiras, Vilmar e Vicente Fernandes no Ji-Paraná de Rondônia, Juninho que jogou também no Sousa e atualmente temos Esquerdinha que está brilhando no grande time da pri-meira divisão o Internacional do Rio Grande do Sul. É bom lembrar princi-palmente para os jovens desportistas que o nosso primeiro campo de futebol foi dentro do açude velho, hoje o local da Praça Osvaldo Cascudo, depois foi naquele setor onde mora Tico Beve-nuto, em seguida onde fica o Colégio Estadual e por fim, o Estádio Municipal aurilhão. Não poderia concluir este relato sem mencionar o nome daquele que foi o maior incentivador não só do futebol, mas do esporte de um modo geral por que não dizer da cultura de nossa cida-de, não só no longo tempo em que foi diretor do colégio, como também pre-sidente do Uiraúna Tênis Clube, o Dr. Raimundo Barbosa de Oliveira. É bom lembrar principalmente para os jovens desportista que o nosso primeiro campo de futebol foi dentro do açude velho onde é a Praça Osvaldo Cascudo, depois foi naquele setor onde mora Tico Benevenuto, depois onde fica o Colégio Estadual e por fim, onde hoje é o Estádio Municipal. O prefeito João Bosco Nonato Fernandes e vice-prefeito José Nilson Santiago Segundo, através da Secreta-ria de Cultura Esporte e Turismo cria-ram a 1ª Escolinha Municipal de Futebol que terá o nome de Dr. Raimundo Bar-bosa de Oliveira.

As equipes que referenciam a cidade no passado e no

presente

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Realizado nos dias 27 e 28 de setembro, no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), em Porto Alegre – RS, o Campeonato Brasileiro de Ginástica Aeróbia, reunindo mais de 100 atletas nas categorias infantil, infanto-juve-nil, juvenil e adulta, dos estados de Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nesta, que é a principal competição na-cional da modalidade, a cidade de Uiraúna mar-cou presença com a participação da uiraunen-se Stephany de Fátima Costa Fernandes, de 20 anos. A jovem fez parte da equipe Bicampeã nas modalidades Marchinhas e Aero Step, competin-do em duplas, trios e em equipe. A equipe agora tem competições como o sul-americano e o mun-dial pela frente. Stephany sentiu-se atraída pelo esporte por ter uma forte identificação com a dança, que é o elemento fundamental da referida prática. Stephany Fernandes é aluna do 5º período no curso de Educação Física na Universidade Esta-dual do Rio Grande do Norte. Após a conquista, a jovem dedicou mais essa vitória na sua trajetória de vida a Deus, à sua família e amigos que sem-pre lhe apoiaram. A jovem Stephany Fernandes é Campeã Brasileira de Ginástica Aeróbica.

KássioFormigaEstudante

Atleta uiraunense é campeã brasileira de Ginástica Aeróbica

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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1953 2013

Retomando a trajetória do desenvolvimento, partimos da reorganização administrativa, recuperação do Patrimônio Público, conclusão de obras

submetidas ao abandono e idealização de novos projetos direcionados à igualdade de oportunidades para todos os munícipes.

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João Bosco Nonato FernandesPrefeito

Rememorando as nossas ações no primeiro ano de governo, com a segurança e experiência acumuladas em outros mandatos públicos, apresentamos um relato da capacidade desenvolvida por uma equipe coesa, que tem no esforço e na dedicação as marcas que mais se identificam com nossa gente, forte e provida da fé, própria daque-les que não desistem jamais.

Secretaria de Governo e Articulação PolíticaMaria Eliane de Almeida Pinto

Procuradoria Geral do MunicípioElicely Cesário de Freitas Herleson Sarllan Anacleto de Almeida

Secretaria de AdministraçãoHélio Eloi de Galiza

Secretaria de Fazenda PúblicaAna Maria Cavalcante Fernandes

TesourariaGeilza Gonçalves de Oliveira

Secretaria de Infra estruturaFrancisco Alves de Queiroz

Secretaria de Agricultura e Meio AmbienteAna Beatriz Duarte de Andrade

Secretaria de Cidadania e Promoção SocialMaria Emília Fernandes

Secretaria de EducaçãoMaria do Socorro Sá

Secretaria de SaúdeMaria Juliet Gomes Fernandes

Secretaria de Cultura, Esporte e TurismoDanilda Maria Santiago Rolim

Departamento de Gestão de Convênio e ContratoMárcia Fernandes da Silva

Assessoria de ComunicaçãoAntonio Itamar de Freitas Asselino

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Revista Uiraúna 2013 - 11ª edição

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A Secretaria de Governo e Ar-ticulação Política funciona no Gabinete do Prefeito e tem a importante tarefa de fazer o elo entre o Executivo Muni-cipal, os Secretários, a Câmara de Ve-readores e os Órgãos Representativos da Sociedade. Eu, Maria Eliane de Almeida Pinto, à frente desta pasta tenho dedi-cado a minha experiência ao lado do prefeito Dr. Bosco para auxiliar numa gestão inovadora. O trabalho desenvolvido no Gabinete do Prefeito é de suma im-portância, uma vez que, todas as de-

mandas que ali chegam são trabalha-das em tempo real e articuladas com as demais secretarias do município de acordo com as necessidades e o trata-mento que o assunto mereça. Todas as pessoas que recor-rem ao Gabinete do Prefeito, quer seja com assuntos individuais ou coletivos, recebem um tratamento humaniza-do, focado na resolução do problema apresentado, fazendo com que os mu-nícipes de Uiraúna tenham assim ga-rantidos seus direitos como pessoas e como cidadãos. Portanto, com sentimento de

Secretaria de Governoe Articulação Política

Maria Elianede Almeida Pinto

dignidade e responsabilidade, satisfei-ta pela sensação do bom cumprimento do meu papel, enquanto Secretária de Governo e Articulação Política, tenho em minha consciência a certeza de que o poder, tal como a vida é uma passagem pela qual temos que deixar a marca do melhor que possamos ofe-recer ao próximo. Para terminar, deixo aqui as sá-bias palavras do pintor PABLO PICAS-SO, que disse: “O QUE JÁ FIZ NÃO IN-TERESSA. SÓ PENSO NO QUE AINDA NÃO FIZ”. É assim que me sinto hoje para enfrentar os próximos desafios.

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O Município de Uiraúna possui, em sua estrutura organizacional, a Pro-curadoria-Geral, devidamente represen-tada pelos Advogados Hérleson Sarllan Anacleto de Almeida e Elicely Cesário Fernandes, que ainda contam com a colaboração e os serviços de apoio da servidora Anzelita Nóbrega. A Procuradoria Geral do Mu-nicípio tem por atribuições, dentre ou-tras previstas na Lei Orgânica Munici-pal, coordenar, controlar e delinear a orientação jurídica a ser seguida pelo Poder Executivo, e suas respectivas secretarias; desenvolver atividades de consultoria e assessoramento jurídi-cos; representar o Município judicial e extrajudicialmente, recebendo as ci-tações, intimações e notificações ju-diciais e extrajudiciais dirigidas contra o Município; elaborar defesas a serem apresentadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado e/ou da

União; defender em juízo os interesses da Administração; realizar cobrança ju-dicial da dívida ativa; prestar informa-ções necessárias sempre que solicitado, seja ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas Estadual ou quaisquer órgãos da administração pública estadual ou federal; elaborar os projetos de leis enviados à Câmara de Vereadores, bem como os decretos, portarias e outros atos normativos ne-cessários ao regular andamento da ad-ministração pública. É relevante mencionar que, a partir do ano de 2013, o Município de Uiraúna conta com uma Procuradoria Geral efetivamente implantada e insta-lada no prédio da Prefeitura Municipal, onde lhe foi destinada uma sala espe-cífica para o desempenho das ativida-des dos Procuradores. Durante o ano de 2013 o trabalho foi árduo, especialmen-te porque não havia registros de ações

ProcuradoriaGeral do Município

Servidora Anzelita Nóbrega e Advogados Hérleson Sarllan Anacleto de Almeida e

Elicely Cesário Fernandes

e controle dos processos, bem como de-vido ao grande número de ações ajui-zadas contra o município na comarca de Uiraúna. Além disso, foi necessária a elaboração de alguns projetos de leis, decretos e portarias para dar efetivida-de a algumas ações do poder público local. Mencione-se ainda as respostas/defesas enviadas ao Ministério Público da comarca de Uiraúna, e também a ór-gãos estaduais e federais, e ainda algu-mas justificativas e defesas administra-tivas elaboradas no intuito de promover o desentrave dos sistemas e projetos municipais, imprescindíveis para o re-gular andamento das atividades admi-nistrativas do município. A Procuradoria Geral hoje é uma realidade, e porque não dizer que é uma conquista da nova administração, que busca diariamente reconstruir o município com ações efe-tivas e necessárias ao seu desenvolvi-mento e ao bem-estar da população.

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Com poucos meses desta nova gestão, pode se perceber mudanças, com certa transformação, a partir de um jeito novo de aplicar os direitos e ditar os deveres dos funcionários. A mudança é lenta, mas tem marca du-radoura devido a afeição primordial do Prefeito, Dr. Bosco Fernandes, em priorizar, humanizar os valores do fun-cionário municipal. A transparência, a modernização, o atendimento e a soli-citude da Secretaria de Administração vêm permeando o relacionamento den-tro do governo municipal. Cursos de capacitação e apri-moramento no relacionamento huma-no aos funcionários são metas a serem atingidas, para melhorar a máquina governativa, dando ao servidor melho-res opções para o seu desenvolvimento humano e operacional. Como se vê, hoje o funcionário tem seu contracheque pela internet, a toda hora que queira. Tem o Portal Ui-raúna que publica todos os atos do Pre-feito, no site da transparência. Não po-demos ficar a mercê do antigamente, quando a modernização está em nos-sas casas. A atualização da vida fun-cional de cada servidor é permanente e atualizada. O relacionamento desta Secretaria com os demais órgãos muni-cipais constitui uma sintonia constante, assim como os outros órgãos comple-mentares que fazem parte da engrena-

gem administrativa como INSS, FGTS, enfim todos aqueles que giram em tor-no da vida funcional e administrativa. Na Secretaria de Administra-ção há um setor que para o pleno fun-cionamento era necessário aumentar o potencial humano e com maior capaci-tação, hoje só faltando uma melhor es-truturação física, a qual já está em an-damento, em novo local. Estou falando do “acervo municipal” – ARQUIVO, com a ambientação necessária para guardar a vida e a historia de Uiraúna que me-

Secretaria deAdministração

Hélio Eloi de Galiza

recem uma atenção toda especial. A Secretaria funciona com qua-tro servidores e dois em licença sem vencimentos, todos com dedicação e zelo, labutam com desenvoltura para melhor servir ao público uiraunense. Precisamos de tempo e re-cursos para produzimos mais e em-prestamos nossa capacidade para o desenvolvimento de Uiraúna. Com isto contamos com a confiança do gestor municipal, nos dando força até exaurir a vontade de servir.

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No contexto da administração algumas pastas que pouco se destacam na mídia são de fundamental importân-cia para o transcurso normal da admi-nistração. Nessa direção encontramos a Secretaria da Fazenda Pública, cujos procedimentos devem ser pautados na transparência e responsabilidade. O portal da transparência, im-plantado em 2013, cumpriu o que de-termina a Lei 131/2009, como impor-tante instrumento de controle social e

acompanhamento popular de gastos públicos. Através desse instrumento é possível tomar conhecimento das re-ceitas, execução das despesas, indi-cadores fiscais, contratos e convênios firmados, um espaço ímpar de escla-recimento sobre programas e obras do município, proporcionando aos habi-tantes a tranquilidade quanto à aplica-ção dos seus recursos. Mesmo em épocas de grandes dificuldades, temos conseguido o mé-

Fazenda Pública

Ana Maria Cavalcante Fernandes

rito de manter o equilíbrio financeiro, observando as entradas e saídas dos repasses federais, estaduais e próprios, a execução de convênios e programas. Se as dificuldades existem, o grau de superação nos acompanha na busca constante de novas trilhas, ca-minhos e atitudes, idealizando projetos e concretização de objetivos. Esta é a grande lição que constitui a cartilha dos que fazem a Fazenda Pública, no município de Uiraúna.

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A Tesouraria é uma pasta da Administração Pública que realiza traba-lhos técnicos e práticos, e por isso não é (como muitos pensam), uma secretaria, tendo em vista que a tesouraria atua de forma coadjuvante, ou seja, não re-aliza o papel principal que uma secre-taria exerce, porém está diretamente vinculada a essas repartições por meio da identificação e destino de verbas de cada secretaria. O papel principal da tesouraria é identificar as verbas do Município e, por conseguinte, realizar o destino das mesmas, sempre orientada e acompa-

Vinculado à Secretaria da Fa-zenda, o setor de Compra e Licitação é responsável pelo processo de aquisição de bens, materiais e serviços da admi-nistração e tem como objetivo geren-ciar, modernizar e dar transparência às transações públicas, com a participação dos fornecedores e da população, den-tro do que preceitua a lei. Marcada pelo aprimoramento de critérios técnicos e pela utilização constante de inovações tecnológicas, disponibiliza seus serviços utilizando o sistema de compras, que possibilitou a centralização das aquisições e tem como interface e mecanismo de acesso

nhada pelo Gestor Municipal. O destino e a realização dessas se dão de maneira virtual, ou seja, todo este numerário en-tra nas contas da Prefeitura por meio de ordem bancária e o seu destino também se dá por meio de transferência bancá-ria, assim sendo, não entra dinheiro em espécie, a não ser o do Mercado de Fei-ras e Matadouros que não pode entrar por ordem bancária. Todas essas realizações, ou seja, identificação das receitas e des-tino das despesas são feitas por meio de transferência entre contas através do Gerenciador Financeiro do Banco do

público o site do Portal da Transparên-cia. A relação entre os órgãos do município é caracterizada pela rapidez, transparência e segurança nos proces-sos de compras, hoje iniciados, trami-tados e concluídos pela Internet, com a participação e acompanhamento dos órgãos, gerando economia em tempo, material e dinheiro. A relação entre prefeito e for-necedores (prefeito-negócio) tem como característica maior o acesso funcional ao cadastramento: inscrição, situação da empresa (ativa ou suspensa), altera-ções cadastrais, criação e alteração de

Tesouraria

Setor de Compras e Licitação

Geilza Oliveira

Arthur Pintoe Joana Darc

Brasil, sendo anexado a essas transa-ções de pagamentos a documentação e assinatura devida, como ordena a con-tabilidade do Município. Confesso que fazer parte dire-tamente desta pasta é motivo de gran-de satisfação, entretanto, é um trabalho de grande responsabilidade, que desde já, agradeço a confiança depositada em mim pelo Senhor Prefeito Dr. João Bos-co Nonato Fernandes e rogo sempre a Deus, minha força e fortaleza, que nos proteja sempre e nos acompanhe na caminhada nos abençoando com muita saúde e sabedoria.

senhas, bem como acesso aos editais, pregões presenciais e eletrônicos. A relação com a população (prefeito-cidadão) prioriza ao máximo a compreensão, participação e acom-panhamento transparente das contas públicas, através do Portal da transpa-rência. Por fim, o Setor de Compras proporciona a padronização de todos os procedimentos de aquisição, geran-do uma maior economicidade, controles gerenciais dos gastos, além de registrar o histórico de todas as compras, acesso de maior número de fornecedores nas licitações e planejamento das compras dos órgãos.

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A Gerência de Convênios e Contra-tos. No município de Uiraúna foi criada em 29/01/2013 através da Lei 725/2013, como um departamento da Secretaria Municipal de Planejamento, que tem como foco es-tratégico a supervisão de convênios e con-tratos de repasses firmados com a União e com o Estado, garantindo celeridade à ela-boração dos projetos e uma execução com mais eficiência e eficácia. Além da Coordenação, o setor é composto por uma Assistente Social que acompanha a elaboração e execução dos projetos técnicos social, um arquiteto, dois engenheiros e dois técnicos em edificações responsáveis pela parte de engenharia, portanto, o departamento é responsável pelo acompanhamento dos projetos desde sua elaboração até a execução e prestação de contas, acompanhando prazos e sen-do o principal canal de comunicação entre prefeitura e os demais órgãos federais e estaduais. Contamos também com a con-sultoria de dois escritórios que nos orienta e elabora projetos diversos. Com isso o Setor de Convênios do município de Uiraúna está sempre atento aos editais lançados pelos órgãos federais e estaduais e sempre que possível são elaboradas propostas através dos diversos sistemas que dispõem, tais como: SICONV, SISMOB, SIGOB, SIMEC, SGI-PACTO entre outros, sistemas esses que também são monitorados durante o período de execu-ção dos convênios. Assim, podemos elencar as pro-postas que foram lançadas durante esse

período: Construção de palco permanente na Praça Osvaldo Bezerra Cascudo; Refor-ma, Arborização e Iluminação de Praças; Construção de Museu; Construção de Cen-tro de Convenções; Construção e recupera-ção de pavimentação asfáltica em diversas ruas do município; Construção de Quadra Poliesportiva Coberta no Distrito de Vazan-te, Quixaba e Areias, Construção de Com-plexo Esportivo na Praça Joca Claudino; Reforma do Estádio Municipal Antônio Mau-rílio de Aquino; Construção de Ginásio Po-liesportivo no Bairro Bela Vista; Construção de Açude Madeiro; Ampliação do Açude dos Sítios Canadá, Exú, Vazante e Siriema; Per-furação de poços tubulares; Instalação da Estação da Juventude; Reconstrução e Res-tauração de Melhorias Habitacionais; Siste-mas de Abastecimento d’água; Aquisição de Carro Compactador de Lixo; Construção de Usina de Reciclagem; Construção de Es-cola no Bairro Ananias Alves de Figueiredo; Ampliação das Escolas Municipais Francisca Gomes e Lica Duarte; Pavimentação em paralelepípedos; Reforma da Unidade de Saúde do Bairro Bela Vista; Construção de CAPS, entre outras. Vale ressaltar que as propostas acima descritas ainda não foram analisadas pelos órgãos concedentes. No entanto, o município já foi con-templado com a construção de três Unida-des Básicas de Saúde, onde as obras serão iniciadas em breve; reforma e ampliação de cinco Unidades Básicas de Saúde, sendo: o Centro de Referência e Especialidades Dr. Alexandre Fernandes e os Postos de Saú-de das localidades de Areias, Vazante, Olho

Departamento deConvênios e Contratos

Márcia Fernandes da SilvaD’água Seco e Quixaba de Cima; reforma do terminal rodoviário; construção de três praças (Ananias Alves de Figueiredo, Areias e Vazante); construção de açudes na zona rural; recuperação de estradas vicinais e apoio à Cadeia Produtiva de Apicultura com aquisição de retroescavadeira, prêmio de apoio à Banda de Música, contemplando a Filarmônica Ariosvaldo Fernandes, com ins-trumentos de sopro. Vale destacar que algumas pro-postas estão sendo analisadas: Construção de mais um Polo de Academia da Saúde; construção de Quadra Coberta na Escola Municipal Benevenuto Mariano; abasteci-mento d’água que beneficiará as localida-des de: Distrito de Areias, Comunidade de Cafundó, Novos, Cachoeirinha, Berlim, Ca-nadá e Exú; esgotamento sanitário que co-brirá em 100% a zona urbana do município, essas duas últimas encontram-se em análi-se pela engenharia da FUNASA, pois foram aprovadas na primeira etapa e reforma da Escola Municipal Benevenuto Mariano, atra-vés do Pacto pelo Desenvolvimento Social do Estado da Paraíba, também em análise pela engenharia da SEDAM. Além disso, conseguimos sanar as pendências dos contratos de repasse e con-vênios de cinco importantes obras que es-tavam paralisadas e que serão concluídas; Construção de pavimentação em paralele-pípedos; portal de entrada da cidade; praça de eventos; polo de academia da saúde no Bairro Frei Damião e construção de Unida-de Básica de Saúde no Bairro Retiro, essa última foi iniciada em 2013.

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Assessoriade Comunicação

O Município de Uiraúna conta, em sua estrutura orga-nizacional, com a Assessoria de Comunicação, devidamente re-presentada por Antônio Itamar de Freitas Asselino. Através des-te setor o município apresenta as ações desenvolvidas pela admi-nistração pública atual e realiza um intercâmbio com a população, que também tem espaço para ex-por suas sugestões, críticas e elo-gios. É através da assessoria de comunicação que vem sendo exe-cutado o Programa “Fala Prefei-to”, apresentado na Rádio Capiva-ra FM, todas as terças-feiras, das 13h30min às 14h30min. Através deste espaço radiofônico, os se-cretários também têm a oportuni-dade de apresentar os projetos à população, expor os desafios en-contrados pela atual gestão e ou-vir o público, que interage através do telefone e da internet. Acrescente-se ainda que a Assessoria de Comunicação do

Município mantém atualizado, no Facebook, o perfil da Prefeitura Municipal de Uiraúna, apresen-tando através de fotografias todas as atividades desenvolvidas, bem como os eventos relevantes que os gestores públicos locais pro-movem ou participam. A população também pode manter-se informada sobre os as-suntos municipais através do site oficial, qual seja, www.uirauna.pb.gov.br, que contém todas as

informações relevantes sobre Ui-raúna, sendo um verdadeiro es-paço da transparência. Assim, a Assessoria de Co-municação Municipal atua como um verdadeiro instrumento de di-vulgação das atividades locais, e também como meio de informa-ção à população, fazendo com que cada cidadão conheça a realidade local e participe da gestão atual, oferecendo a sua contribuição na reconstrução de nosso município.

Luíz Carlos eAntônio Itamar

Site oficial da gestãowww.uirauna.pb.gov.br

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Dentro da filosofia instituída pelo atual governo, a Secretaria de Edu-cação tem primado pelo bom funciona-mento da Rede Municipal de Ensino e, em que pese o período inferior a um ano, implementado algumas inovações e projetos que redundam em melhoria substancial no processo Ensino-Aprendi-zagem. Uma das grandes iniciativas foi a implantação do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Primeiro Ciclo), pacto firmado entre a Federação, estados, municípios e instituições de en-sino superior públicas, através do qual assumimos o compromisso de alfabeti-zar todas as crianças matriculadas nas nossas escolas em língua portuguesa e matemática, até os 8 anos de idade. Nessa direção, estamos capacitando to-dos os professores que trabalham com os educando do 1°, 2° e 3º anos dos anos iniciais, considerado o ciclo de alfa-betização. O Programa Atleta na Escola aparece como outro ponto positivo de nossa gestão. Fruto da inspiração nos eventos mais importantes a serem se-diados no Brasil, como sejam a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, de 2014 e 2016, respectivamente. Ele surge com o objetivo de incentivar a prática esportiva nos estabelecimentos de ensino, demo-

cratizando o seu acesso, desenvolvendo e difundindo valores olímpicos e parao-límpicos entre os discentes da educação básica, estimulando a formação do atle-ta escolar, identificando e orientando os novos talentos. Com relação ao Programa Brasil Alfabetizado, temos conseguido resulta-dos surpreendentes, no contexto de sua missão de atingir os jovens, a partir dos 15 anos de idade, de maneira descen-tralizada e utilizando voluntários, com turmas divididas entre rural e urbana, com número mínimo de 10 e 20 alunos, respectivamente, comportando até três especiais por grupo. Outras iniciativas alvissareiras estão relacionadas à abertura da Escola Municipal de Educação Infantil e Funda-mental “Euclides Enéas de Alencar” (Sí-tio Arrojado) e implantação do Projeto Leitura na Escola Benevenuto Mariano. Por outro lado, promovemos a recupe-ração e pintura das seguintes unidades de ensino: Ananias Alves de Figueire-do” (Conjunto AABB), Manoel Paulo de Oliveira (Sítio Vazante), Euclides Enéas de Alencar” (Sítio Arrojado), Francisca Gomes da Silva” (Alto da Bela Vista) e Benevenuto Mariano. Promovemos a distribuição do Kit Escolar e formação das merendeiras, proporcionando material e alimentação

Secretariade Educação

Maria do Socorro Sá

digna para um melhor rendimento do alunado. Por outro lado, realizamos a en-trega de Notebooks para os profissionais da educação, concluintes do PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Edu-cacional, com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática. Ampliamos o Programa Mais Educação, que aumenta a jornada esco-lar e organização curricular na perspecti-va da educação integral, fazendo chegar as escolas José Patrício de Andrade, An-tônio Joaquim Magalhães, Antônio Vieira da Costa, e Lica Duarte. Na parte de infraestrutura fo-ram contempladas algumas unidades de ensino com o Programa Água na Escola, sendo elas: Maria Francisca Abrantes – Sítio Madeiro, José Patrício de Andrade – Sítio Areias, Luiza Pinto – Sítio Apare-cida, Riacho do Exú e Antônio Vieira da Costa - Quixaba de Cima. Por fim, reali-zamos a triagem com os educandos da Rede Municipal de Ensino, em parceria com a Secretaria da Saúde, através do Programa Saúde na Escola, contribuindo para a formação integral dos estudan-tes, por meio de ações e promoção da Saúde, com o serviço de prevenção e atenção, visando o enfrentamento da vulnerabilidade que compromete o ple-no desenvolvimento da criança, do ado-lescente e do jovem.

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Encontro do PNAICPintura da Escola Ananias Alves de Figueiredo

Projeto de Leitura Sacolinha Viajante

Reabertura da Escola Euclides Enéas de Alencar, no Sítio Arrojado

Entrega de notebooks aos profes-sores participantes do ProInfo

Entrega do Kit Escolar

Formação do Programa Brasil Alfabetizado

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A Secretaria Municipal de Agri-cultura e Meio Ambiente, que tem à frente Anne Beatriz Duarte de Andrade e ainda conta com a experiência de Oli-van Alves da Silva – Diretor de Divisão de Agricultura; Francisco Evio da Silva – Diretor de Divisão de Meio Ambien-te, além da médica veterinária Maria da Conceição de Lacerda Figueiredo e do técnico-administrativo José Francisco de Andrade, tem como missão promover a política agropecuária, melhorar as con-dições ambientais, programar ações de fomento ao cooperativismo e ao asso-ciativismo, efetuar o controle de fatores que possam interferir no processo har-mônico da atmosfera e possibilitar o de-senvolvimento do campo, disseminando as técnicas de convívio com a seca e apoiando o plantio das culturas nos perí-odos de inverno ou possíveis irrigações. No momento em que vivencia-mos um período difícil, com a constante estiagem na região, temos direcionado o apoio possível ao socorro dos agricul-tores, principalmente na elaboração de projetos permanentes e ações emergen-tes. Iniciamos pela organização de um cadastro municipal com o melhora-mento do abastecimento d’água, atra-vés da operação Pipa e ampliação consi-derável da oferta para a população rural,

através de convênios com os governos estadual e federal, atendendo 44 comu-nidades. Também já iniciamos o debate que objetiva o melhoramento do abaste-cimento d’água das comunidades Arro-jado, Varrelo, Vazante e Placas, a partir da troca da bomba injetora do açude, de fonte 2,5 mil litros d’água/hora por uma unidade submersa, com capacida-de para 15 mil litros d’água/hora. Desta-camos, ainda, as ações voltadas para a manutenção e funcionamento dos poços artesianos do município, que estavam sem funcionamento por problemas téc-nicos. Com relação ao Programa de Corte de Terras, o Governo fez a sua parte em 2013, com 216 horas máquina, beneficiando 108 agricultores, preparan-do o solo para o plantio, mesmo diante das irregularidades das chuvas. Como apoio ao criador, com vis-tas a manutenção do rebanho, foi distri-buída uma considerável quantidade de silagem (volumoso), oferecido pelo Go-verno da Paraíba, com o apoio logístico da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, além da EMATER. Outro ponto importante foi a doação de vacinas para os criadores que possuíam até 30 animais, uma ação voltada para o fortalecimento da Agricul-

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente

Ana Beatriz Duarte de Andrade

tura Familiar, primeira vez que a Prefei-tura lançou um programa de doação de vacina. Somente em 15 dias, a equipe formada pela secretaria imunizou 3.026 cabeças do rebanho bovino, benefician-do 171 criadores em todo o município. Outra parceria da prefeitura com o Governo do Estado, representa-do pela EMATER local, resultou na dis-tribuição de 30.600 raquetes de palma forrageira, resistente à cochonilha do carmim, para 86 criadores. Assistência aos agricultores, com relação ao Programa Garantia Safra e Auxílio Emergencial (Bolsa Estiagem) 2012/2013, efetuando o pagamento de R$ 23.284,50, segurando assim a safra de 817 famílias que tiveram suas inscri-ções homologadas pelo Conselho Muni-cipal do Desenvolvimento Rural Susten-tável. A administração municipal co-locou à disposição das associações co-munitárias um contador para levantar as pendências e promover as correções ne-cessárias ao funcionamento pleno des-sas entidades. Das 35 existentes foram atendidas todas as que demonstraram interesse nas suas regularizações. O Governo Municipal, através da Secretaria de Agricultura e Meio Am-biente (SEMAMA), formulou convênio com a Associação de Catadores de Ma-

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Conferência Municipal doMeio Ambiente

Vacinação de gado Distribuição de palmas

Consientização sobre a Coleta Seletiva

teriais Recicláveis – ASCAMARU, organi-zação civil de utilidade pública, com re-passe de recursos financeiros destinados ao seu fortalecimento. A meta é consoli-dar a entidade enquanto instrumento de economia solidária. Estão sendo elabo-rados projetos de captação de recursos para estruturação tecnológica, programa de gestão e de produção, além de uma agenda de articulação com a comunida-de, de modo a incluir os associados nos procedimentos de reconhecimento insti-tucional e social. Com a revitalização do Viveiro de Mudas, começamos a produzir horta-liças, mudas de árvores frutíferas e nati-vas. A projeção de plantio para 2014 gira em torno de 5.000 mudas, junto aos re-cursos hídricos do açude Arrojado e bar-ragem da Capivara. Esta iniciativa tem por objetivo a recuperação da mata ci-liar, pois ela exerce um importante papel na proteção dos cursos da água, contra o assoreamento e a contaminação com

defensivos agrícolas, além de conservar a fauna. A SEMAMA não vê como corre-to apenas exigir dos ribeirinhos o plantio de mudas de árvores nativas, pois acre-dita que o município também precisa fa-zer a sua parte. Vale destacar, ainda, o nosso trabalho direcionado a podas de árvores urbanas, plantio de novas árvo-res e jardinagens nas praças. A SEMAMA realizou a I CONFE-RÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIEN-TE, com o desafio de contribuir para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com foco em: I - Pro-dução e Consumo Sustentáveis; II - Re-dução dos Impactos Ambientais; III - Geração de Trabalho, Emprego e Renda; e IV - Educação Ambiental. A Câmara Municipal aprovou a Lei da Política Muni-cipal de Saneamento Básico e a Lei que Cria o Conselho e o Fundo Municipal de Meio Ambiente. Vale destacar que já foi sancionada a Lei que Cria a Política Mu-nicipal de Saneamento Básico.

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A Secretaria Municipal de In-fraestrutura mantém-se em pleno desenvolvimento, procurando, a todo tempo, cumprir a sua missão perante as demandas da população, primando pelo compromisso e a responsabilida-de. Com a missão de formular a política municipal de obras públicas e serviços urbanos, em consonância com as determinações do prefeito João Bosco Nonato Fernandes, vem implementando as ações que, aos poucos, vêm dando um novo visual à cidade.

Em parceria com a Caixa Econômica Federal, concretizamos as obras de pavimentação em para-lelepípedos na rua Francisco Xavier de Oliveira; esgotamento sanitário, com recursos próprios em várias ruas da cidade; terceirização da coleta do lixo, dando excelência aos serviços de limpeza; recuperação de vários poços artesianos; reforma no Ginásio Espor-tivo; recuperação da murada do Está-dio; recuperação de todas as estradas vicinais do município, proporcionando a facilidade de acesso da população. Em parceria com o Governo

Secretaria deInfraestrutura

Francisco Alves de Queiroz

Federal, o município conseguiu: 01 retroescavadeira, 01 Patrol (Máquina Niveladora) e 01 Caçamba, equipa-mentos que dão uma agilidade maior aos serviços, principalmente com re-lação às construções e recuperações do patrimônio público, além do zelo e manutenção das zonas urbana e rural. Vale salientar que, por se tra-tar do primeiro ano do atual governo, o trabalho está mais centralizado na elaboração e encaminhamentos de projetos que no futuro se transforma-rão em obras estruturantes para o mu-nicípio de Uiraúna.

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Pavimentaçao de ruas em paralelepípedos

Conjunto habitacional em construção

Recuperação de estradas vicinaisRecuperação do Ginásio O Azulão

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A secretaria de Cidadania e Promoção Social tem um trabalho vol-tado para as políticas públicas, onde a principal prioridade é superar bar-reiras e combater, com todo o esfor-ço, a exclusão social. Foi pensando na população carente que decidimos en-frentar estes desafios, na possibilidade de desenvolver projetos, programas e atividades sócio-educativas que possi-bilitem a geração de renda e incentivo cultural às famílias. Essas são as ações que visam melhores perspectivas aos que precisam de uma oportunidade para vencer na vida. No âmbito da profissionaliza-ção, firmamos, em parceria com a Es-cola de Serviços Publico do Estado da Paraíba, convênios de cooperação téc-nica com o projeto denominado ESPEP ITINERANTE, oferecendo os cursos de Qualificação na Prestação de Serviços

com Enfoque Humano; Formação de Gestores na Educação; Boas Práticas no Serviço de Alimentação; Gerencia-mento de Conflitos e Políticas de En-frentamento contra as drogas.Com relação às ações itinerantes de cidadania, ampliamos o acesso da po-pulação à emissão de documentos, fornecendo, em um primeiro momen-to, fotografias para 354 pessoas, 211 Carteiras de Identidade, CPF (79) e 40 Carteiras de Trabalho. Objetivando inserir todas as famílias que se enquadram nos pro-gramas sociais do Governo Federal, iniciamos o trabalho da atual gestão na manutenção dos dados cadastrais, promovendo a busca ativa dos que se enquadram nos critérios estabelecidos, principalmente no que se refere à ren-da da família. Na busca pela identificação

Secretaria de Cidadania e Promoção Social

Maria Emília Fernandes

de novas demandas, promovemos a V Conferência Municipal de Assistên-cia Social, oportunidade em que ela-boramos um leque de necessidades e propostas a serem apresentadas nos eventos estadual e federal, além da es-colha dos delegados responsáveis pela defesa das propostas locais.Na busca pelo desenvolvimento das vo-cações promovemos os cursos de: ma-nicure e pedicure; pintura em tecido; corte e costura; bordado em fita e arte culinária. Outro trabalho que merece destaque está relacionado à prática de ações ocupacionais, recreativas e cul-turais com o Grupo da Melhor Idade. Também vale destacar o projeto as-sistencial “Viva Bem”, beneficiando as gestantes, principalmente, com relação ao acompanhamento do pré-natal. Já o atendimento ao serviço de con-

Conselho Tutelar Equipe do PETI Equipe do CRAS

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vivência e fortalecimento de vínculos – SCFV tem contemplado ações educa-tivas, culturais e de lazer com os seus usuários, vivenciando, efetivamente, um clima de convivência familiar. Nes-se serviço se inclui também a Banda Marcial, fazendo valer a nossa cultura que nos intitula de “Terra dos Músicos”.

Centro de Referênciada Assistência Social O CRAS executa serviços de proteção básica, organiza e coordena a rede de serviços sócio-assistenciais locais, no âmbito das famílias e indiví-duos, visando a orientação e o convívio sócio-familiar e comunitário. Dessa for-ma é responsável pela oferta do Pro-grama de Atenção Integral às Famílias – PAIF. Como responsabilidades, a equipe do CRAS deve prestar informa-ção e orientação para a população de sua área de abrangência, e articular com a rede de proteção social local no que se refere aos direitos de cidadania, mantendo ativo um serviço de vigilân-cia da exclusão social na produção, sis-tematização e divulgação de indicado-res da área de abrangência do CRAS, em conexão com outros territórios.

PAIF - Proteção e Atendimento Integral à Família É dirigido ao atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade social, serviço continuado de proteção social básica desenvolvido pelos Cen-tros de Referência da Assistência Social (CRAS) ou “Casa da Família”. O CRAS presta atendimento socioassistencial e faz encaminhamento às redes de pro-teção em cada localidade. O PAIF é assumido e pactuado pelas diferentes esferas de governo. No primeiro ano dessa administração foram oferecidos 5 cursos: manicure e pintura em tecido (30 participantes); bordado em fita (18 alunos) - Local: Sítio Tigre; arte culi-nária e corte costura, parceria com o CENDAC, tendo como espaço escolhido a sede da Secretaria. Todos os cursos beneficiando integrantes do Programa Bolsa Família.

Serviço de Convivênciae Fortalecimento de Vínculo O reordenamento visou unifi-car a oferta do serviço para crianças, adolescentes e idosos, necessário para equalizar a oferta, unificar a lógica de cofinanciamento, independente da fai-xa etária; planejar a oferta de acordo com a demanda local; garantir serviços

continuados; potencializar a inclusão dos usuários identificados nas situa-ções prioritárias; facilitar a execução do SCFV, otimizando recursos huma-nos, materiais e financeiros. Hoje nos-so SCFV funciona com mais de 250 crianças e adolescentes e 60 idosos. Grupo Gestante Visa acompanhar principal-mente as gestantes beneficiadas com o Programa Bolsa família e em situação de vulnerabilidade social, encaminha-das ou não pelo Programa Saúde da Família - PSF, ofertando os serviços de acolhimento, atendimento psicossocial, encontros, palestras sócio educativas e oficinas para complementar o enxoval. As reuniões acontecem mensalmente e os requisitos para o recebimento do enxoval, são: ter no mínimo 6 consul-tas do pré-natal e 4 reuniões com a equipe do CRAS.Grupo de Idosos O Grupo da Melhor Idade é formado por idosos usuários do CRAS e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada – BPC. Os encontros são realizados mensalmente com palestras, passeios e comemorações festivas. Nossa ação versa em torno de pro-moção, valorização, inclusão, defesa, educação e tudo que venha dar uma melhor qualidade de vida aos nossos idosos. A equipe técnica CRAS, CREAS e CMAI são os articuladores das ativi-dades desenvolvidas no grupo.

Projeto Roda de Bate Papo Está sendo desenvolvido pelo CRAS nas Escolas da Rede Municipal, tendo como público alvo adolescentes de 12 a 17 anos. Com a Roda de Bate Papo, os adolescentes têm acesso ao aprofundamento de seus conhecimen-tos em diversos temas que são tra-balhados, como drogas, sexualidade, bulling e pedofilia, além dos meios de interação e participação saudável na sociedade. Os encontros são semanais, e têm duração de um mês em cada uma das escola participantes

Centro de Referência Especializada de Assistência Social - CREAS. O CREAS é um programa de proteção social especial e oferece ser-viços especializados e continuados para as famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos como violência física, psicológica, sexual, ne-gligência, abandono, maus tratos, trá-fico de pessoas, cumprimento de medi-das socioeducativas dentre outras.

O município de Uiraúna conta com um CREAS, tendo como equipe multidis-ciplinar 1 Psicóloga, 2 Assistentes So-ciais, 1 Advogado, 1 Educadora social e 1 Técnico nível médio. As ações rea-lizadas têm como propósito, o resgate da garantia dos direitos fundamentais, a reconstrução das relações familiares para a superação da situação vivencia-da. São realizados atendimentos psi-cossociais, encaminhamentos, visitas domiciliares, palestras, visitas escola-res, participações em eventos, confe-rências e seminários, reunião em esco-la, acolhimentos, etc. As ações desenvolvidas no CREAS também são articuladas com as Rede de serviços da assistência social, órgãos de defesa de direito como De-legacia de Policia, Ministério Público, Poder judiciário, Conselho Tutelar e demais órgãos públicos. O CREAS fica localizado na Rua Silvestre Claudino, nº 36 –Centro, Uiraúna-PB - CEP 58915-000 - E-mail: [email protected].

Conselho Tutelar em defesa dosdireitos das crianças e adolescentes

Gestão 2013-2015-Conselheiros: Wellinton Carlos, Fran-cisco Elias, Leônidas Magalhães, Ro-berto Amaro e Petrucia Marcos.Meta: Desenvolver um trabalho à crian-ça e ao adolescente, digno de respeito, com responsabilidade a todo popula-ção. -Atividade: fiscalização com visita a bares e festas dançantes, tanto publi-ca como privadas, escolas e bairros da cidade.-Justificativa: Diante do encontrado, utilizar de todas as formas para que os problemas venham a ser solucio-nados pelo conselho. Juntamente com o Ministério Público e a Secretária de Cidadania e Promoção Social, vem de-senvolvendo um trabalho em prol da qualidade de vida da criança e do ado-lescente.-Identificação/Conquistas: Após a pos-se dos conselheiros eleitos e diante das dificuldades, a partir das péssimas con-dições físicas do prédio, o presidente do Conselho, Welliton Carlos, procurou os órgãos públicos e reuniu-se com o prefeito constitucional que também é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Dr. João Bosco Nonato Fernandes, a Secretária da Ação Social, Emília Fer-nandes e a representante do Ministério Público, promotora Sarah Araújo Viana para viabilizar a solução. De pronto

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foram providenciados: pintura do pré-dio, equipamentos tecnológicos (com-putador, impressora, internet), birô, armário/arquivo, cadeiras, logomarca do conselho, organização da cozinha, criado email; doação de um computa-dor e um ventilador de parede, pela Câmara Municipal; funcionário do mu-nicípio à disposição na função de se-cretaria; galeria dos presidentes e uma gratificação salarial para os conselhei-ros. Como diferencial, passamos a ter um excelente atendimento aos nossos beneficiários, na defesa intran-sigente dos direitos da criança e do adolescente, além de permanente ob-servância dos seus deveres. Em nome do Conselho Tute-lar, desejo à nossa Uiraúna, grandiosa e iluminada cidade, mais desenvolvi-mento e grande progresso. Parabéns Uiraúna pelos seus 60 anos de Inde-pendência.

Welliton Carlos Alencar de SousaPresidente 2013-2015

Reordenamento e Reorientação Reordenar é reorientar as prá-ticas, as ideologias em busca de um novo paradigma sócio-político, que le-vem em conta as novas formas de ela-borar propostas, colocando no centro a convivência familiar e comunitária e almejando, sempre que possível, a re-aproximação, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do muni-cípio de Uiraúna – PB, atende diaria-mente crianças, adolescentes, jovens e idosos. Após as mudanças ocorridas, com o reordenamento dos programas socioassistenciais do Ministério do De-senvolvimento Social - MDS o novo serviço unificou os antigos programas PETI, PROJOVEM e Idosos, respon-sáveis pela constituição de espaço de covivência, que possam promover proteção integral à criança, ao adoles-cente, ao jovem e ao idoso, por meio do exercício da cidadania, do reconhe-cimento da sua autonomia e de suas habilidades sociais, com a finalidade de fortalecer os vínculos familiares e comunitários. Com o apoio do prefeito cons-titucional, Dr. João Bosco Nonato Fer-nandes, e da Secretária de Cidadania e Promoção Social, Maria Emília Fernan-des, o serviço oferece aos seus usuários um ambiente agradável, devidamen-te instalado, localizado no Bairro Alto Bela Vista que atende aos princípios de funcionamento, alimentação saudável, acompanhamento psicológico, educa-

cional, jurídico e social, realizado com a parceria dos profissionais do CREAS e CRAS. Coordenado por Juliana Moreira e Petrucia Queiroz, o SCFV promoveu no ano de 2013 vários eventos aos seus usuários, como: Colônia de Férias, Pás-coa, Dia das Mães, São João, Projeto Folclore, Projeto Meio Ambiente, Proje-to Contra as Drogas, Semana da Crian-ça, Campeonatos esportivos: Futebol ( Copa União, Campeonato da AABB) e no karatê nossas crianças tiveram a honra de participar do Campeonato Pa-raibano - 2013 na cidade de Campina Grande-PB onde 6 de nossos atletas do SCFV de Uiraúna subiram ao pódio para comemorar a vitória.

O SCFV dispõe de orientadores sociais que acompanham diariamente nossos usuários com temas transver-sais. Além da orientação social, dis-põem ainda do serviço de facilitado-res de oficinas, dentre estas: Oficina de música (fanfarra, grupo de violão, grupo de flautas ), Oficina de Karatê, Oficina de esporte, Oficina de Teatro e Dança. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do muni-cípio de Uiraúna-PB, prioriza as con-dições sociais e psicológicas, que con-tribuam para a formação de cidadãos conscientes na construção de uma nova realidade.

Grupo de Karatê com integrantes do PETI

Visita de grupo de idosos ao Memorial

Comemoração do Folclore com integrantes do PETI

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Participantes do curso de culinária Entrega de Kits Gestantes

Serviço de ConvivênciaRoda de bate papo

Fabricação de artesanato Curso de corte e custura Ação da Cidadania

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O entendimento da saúde como bem estar, incluindo os aspectos bio-lógicos, sociais e psicológicos, norteia as práticas de gestão que resultam em o modelo de atenção à saúde voltado à população de Uiraúna, de modo que essa compreensão norteia as ações de saúde voltadas à saúde de nossa gente. A Secretaria de Saúde de Uiraú-na que tem à sua frente a Dra. Maria Juliet Gomes Fernandes, tem desen-volvido inúmeras medidas dirigidas ao fortalecimento do SUS que primam pelo acesso universal, integral e equânime da população aos equipamentos de saúde em nosso município. Tal fortalecimento passa pela reestruturação da Atenção Básica com a Estratégia Saúde da Família, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, ações de imunização e o Programa Saúde na Es-cola e pela implementação de ações es-

tratégicas de média complexidade, como o novo direcionamento dado ao perfil assistencial do Centro de Referência e Especialidades Dr. Alexandre Fernandes, que se firma como um ambulatório de serviços especializados, e consolidação do Serviço de Atendimento Móvel de Ur-gência – SAMU 192 no atendimento das urgências e emergências, sem esquecer

Secretariade Saúde

Maria Juliet Gomes Fernandes

as ações voltadas à vigilância em saúde. Todas estas medidas visam a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos junto à população de nosso território. A seguir apresentamos uma breve descrição sobre o cenário assis-tencial de nosso município, apontado algumas iniciativas existentes em cada área técnica/assistencial: Uiraúna conta com 06 Unidades de Saúde da Família em funcionamento atendendo a população rural e urbana, realizando 100% de cobertura da popu-lacional através do trabalho dos profis-sionais médicos, enfermeiros, odontólo-gos, técnicos de enfermagem, auxiliares de saúde bucal e agentes comunitários de saúde: I – Centro, II – Bela Vista, III – Retiro, IV Quixaba, V – AABB, VI – Cristo Rei.

Equipe do NASF Centro de Referência

Equipe do Samu

Equipe do PEVA

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Nosso município foi habilitado no programa QualificaUBS do Ministério da Saúde para a construção de 03 novas Unidades de Saúde, sendo 01 unidade a ser construída na zona rural do muni-cípio e 02 na zona urbana contemplan-do as Unidades do Centro e Cristo Rei, assegurando espaço físico acolhedor e melhor estruturado para o atendimento dos usuários da rede de saúde. O referi-do programa também habilitou o municí-pio para realização de 03 ampliações de unidades da zona rural e 03 reformas de unidades de saúde, sendo 02 urbanas e 01 rural. A aquisição de equipamentos e materiais para a melhor estruturação das unidades de saúde e conseguinte melhor atendimento da população tem sido considerado prioridade pela gestão e tem dado cara nova aos serviços da atenção básica, qualificando a atenção à saúde da população, assegurando maior conforto aos usuários dos serviços e aos profissionais que nestes trabalham. Como elemento integrante da atenção básica, nosso município possui implantado 01 (um) Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), constituído por uma equipe compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento (assistente social, educador físico, nutri-cionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo), que atuam em conjunto com os profissionais das Equipes Saúde da Família, compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilida-de das Equipes de SF, desenvolvendo um importante trabalho para a prevenção dos agravos e para promoção da saúde.

Núcleos de Apoio à Saúdeda Família - NASF Os profissionais do NASF além das visitas aos pacientes conforme en-caminhamento das equipes de saúde da família, desenvolvem ações junto a grupos específicos, como gestantes e idosos que ao longo deste ano foram be-neficiados pelos projetos Barriga Saudá-vel – voltado ao bem estar das mulheres grávidas e de seus bebês – e pelo Proje-to Vida Saudável na Melhor Idade – diri-gido à promoção da saúde do idoso. Em tais projetos a equipe multiprofissional além de palestras dirigidas a estes gru-pos específicos, a equipe volta seu saber técnico-científico para ações que visem à construção de melhores condições de saúde e qualidade de vida de tais públi-cos O Programa Saúde na Escola (PSE) vem contribuir para o fortaleci-mento de ações na perspectiva do de-senvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em

programas e projetos que articulem saú-de e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens. Essa iniciativa vem sendo executada através da inte-gração de ações entre as Equipes de Saúde da Família, professores, diretores e equipes escolares com o objetivo de produzir melhores condições de vida e saúde entre os educandos. A escola é um espaço privilegia-do para práticas de promoção de saúde e de prevenção de agravos à saúde e de doenças. Este ano, várias ações já fo-ram implementadas como a instalação de “escovódromos”, distribuição de kits para higiene oral, palestras em escolas municipais dirigindo atenção especial à saúde da boca de nossas crianças, ado-lescentes e jovens. Várias palestras já foram reali-zadas pelas equipes de saúde da família e NASF nas creches e escolas públicas do município, além das ações voltadas ao acompanhamento da saúde nutricio-nal dos educandos.

Centro de Referência e Especialida-des Dr. Alexandre Fernandes – CRE-DAF O Centro de Referência e Espe-cialidades tem se firmado ao longo deste ano como um serviço ambulatorial que atende nossa comunidade.Este serviço tem passado por uma re-definição de perfil assistencial, consti-tuindo-se em um serviço que funciona como referência para a Atenção Básica, contando com serviços de diagnóstico laboratorial e por imagem, diversas es-pecialidades, como a ginecologia e obs-tetrícia, cardiologia, a nutrição clínica, a psicologia e a fonoaudiologia. O CREDAF possui em pleno fun-cionamento o Laboratório de Próteses Dentárias, importante ação de saúde bucal, na qual o paciente que perdeu os elementos dentários, passa pelo proces-so de reabilitação oral, iniciando proces-so com a avaliação do cirurgião dentista, seguido do processo de moldagem da prótese, que é fornecida gratuitamente no serviço. O CREDAF conta ainda com ser-viços de Fisioterapia motora/respiratória e em prevenção cardíaca, modernamen-te equipados com bens adquiridos pela atual gestão com recursos próprios. Foi implantado este ano o servi-ço de citologia, voltado para a identifica-ção das alterações celulares e prevenção do câncer de colo do útero, assegurando maior qualidade e segurança, além de maior agilidade na liberação dos resul-

tados preventivos tão relevantes para a saúde da mulher. Integrando a Rede Regionaliza-da de Atenção a Urgências e Emergên-cias, Uiraúna possui uma base do Ser-viço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), ligado ao SAMU Regional de Cajazeiras, contado com duas viatu-ras, sendo 01 (uma) Unidade de Supor-te Básico (USB) e 01(uma) Unidade de Suporte Avançado (USA), contando com efetivo profissional para operacionalizar o funcionamento de tais serviços médi-cos, enfermeiros, técnicos de enferma-gem e socorristas. O SAMU 192 de Uiraúna presta atendimento ao nosso município e aos municípios de Bernardino Batista, Joca Claudino, Santa Helena e Poço Dantas fazendo a cobertura assistencial de todo este território geográfico. O SAMU 192 realiza o atendi-mento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O serviço fun-ciona 24 horas por dia com equipes de médicos, enfermeiros, técnicos de en-fermagem e socorristas, que atendem as ocorrências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obs-tétrica e de saúde mental da população. Como pontapé para o início das atividades da equipe do SAMU 192 de Uiraúna, todos os profissionais participa-ram de um importante treinamento para o atendimento de urgências e emergên-cias promovido pela Secretaria de Saúde com pleno apoio da Prefeitura Municipal. A Vigilância em Saúde tem por missão primordial manter em estado de alerta/vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis, pela vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis e saúde ambiental e também pela análise de situação de saúde da população de nosso município. Ao longo deste ano inúmeras ações vêm sendo realizadas, como a exi-tosa mobilização promovida pela Vigilância em Saúde no combate a Dengue, que en-volveu profissionais das equipes de Saúde da Família, NASF, agentes comunitários de saúde e de combate às endemias que em parceria com a Secretaria Municipal de In-fraestrutura resultou na redução dos casos da doença registrados em nosso municí-pio. Tal ação contemplou a visitação das famílias em suas residências em todos os bairros da cidade, recolhendo resíduos nos terrenos baldios e áreas de maior ris-co para a proliferação do mosquito trans-missor da doença, não podendo deixar de fora as ações educativas promovidas nas escolas e unidades de saúde, no intento de reduzir o avanço da Dengue.

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Reforma da UBS do Cristo Rei

Humanização para as Unidades de Saúde

Reforma da UBS do Retiro

Programa Saúde na Escola

Instalação da Sala de Fisioterapia

Novos equipamentos fisioterápicos

Conclusão da UBS do Mutirão

Combate a Dengue nos bairros

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Por se tratar de uma pasta recém-criada, a Secretaria de Cultu-ra, Esporte e Turismo deu início a sua atuação partindo da estruturação e assumindo a condição de requisito bá-sico para projetos oriundos do Gover-no Federal, obedecendo às diretrizes traçadas pelo Ministério da Cultura, com o qual celebrou projeto de coo-peração, com a criação do Sistema e Fundo Municipal, instituído através da Lei nº 730/13 de 11 de abril de 2013. Já a Lei nº 015/13, de 07 de junho deste ano, criou o Conselho Municipal de Cultura, órgão tripartite e paritário, com a participação do Poder público e da Sociedade. Por outro lado, podemos des-tacar entre as ações empreendidas a conquista de 5 instrumentos, através do projeto Prêmio FUNART, destinado à Filarmônica Ariosvaldo; implanta-mos o Projeto “Mais Cultura nas Esco-las”, em parceria com a Secretaria de Educação, com atividades desenvolvi-das na unidade de ensino Benevenuto Mariano; Apoio à Escola Municipal de Música Manuel Israel que teve início no dia 22 de abril de 2013; Realiza-ção do São João; I Conferência Mu-nicipal de Cultura, no dia 24 de julho de 2013; Comemoração do 7 de Se-

tembro; Mobilização Nacional do Pro-jeto do Instituto PSIA de incentivo à leitura “Um poema em cada árvore” realizado no dia 21 de setembro; Par-ticipação na III Conferência Estadual de Cultura como suplente da 9ª Re-gional nos dias 19 a 21 de setembro; Apoio ao evento do 25º Aniversário dos Produtores Rurais da Comunidade da Santa Umbelina; Apoio ao IV Fes-tival de Repentista de Uiraúna realiza-do no dia 27 de setembro; Reestru-turação da Banda Marcial Constantino Fernandes Queiroga; Compra de ma-teriais esportivos para as Seleções de Futebol de Uiraúna; Apoio aos times que participam da Copa Primo Fer-nandes (Inscrições, transportes e ali-mentação); Reforma do Ginásio José Milton Santiago “O Azulão”; Reforma do Estádio “O Maurilhão”; Apoio ao Campeonato Interestadual de Futsal ( Copa União); Realização de um curso de árbitro, ministrado pelo ex-árbitro de futebol da CBF Sr. Hélio Galiza; Re-alização do Campeonato Municipal de Futebol com apoio dos Comerciantes; Criação da Escolinha Municipal Dr. Raimundo Barbosa de Oliveira; Apoio à Seleção de Futsal Sub 15 para dis-putar a Copa Paraíba; Apoio aos tor-neios de Futsal realizados na Zona

Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo

Danilda Maria Santiago Rolim

Rural; Apoio à equipe de Karatê para disputar o Campeonato Paraibano; Apoio à Seleção de Uiraúna Sub 20 de Futsal para participar dos campeona-tos. “Um poema em cada árvore” no

centro de Uiraúna Na manhã do sábado, 21 de setembro, foi realizado o projeto “Um poema em cada árvore”, com a fina-lidade de incentivar a classe estudan-til a produzir sua própria literatura, principalmente na área da poesia, na qual se destacam nomes como José Neumanne Pinto, Geraldo Neto e Tan-credo Fernandes, os quais deram sua parcela de incentivo enviando poesias para serem declamadas durante o evento que teve como local a Praça Padre França, no centro da cidade. O projeto idealizado pelo poe-ta Marcelo Rocha, vem sendo realiza-do em 70 cidades do Brasil, o qual vem sendo levado à prática pelo Instituto PSIA, desde o ano de 2010, quando foi implantado na cidade pioneira de Governador Valadares – MG, como forma de comemorar o Dia da Árvore, paralelo à abertura de espaços para os poetas desconhecidos do grande público divulgarem seus trabalhos e

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assim incentivar o surgimento de no-vos escritores. O projeto “Um poema em cada árvore”, no município de Uiraú-na, teve início às 8h com a palavra da Secretária Danilda Santiago, falando da sua importância para o município e, principalmente, a classe estudan-til. Durante o evento tivemos a par-ticipação de alunos das escolas do município recitando poemas escritos por eles e, em seguida, um pequeno recital com apresentação de poesias de Geraldo Neto, pelo próprio poeta; de Tancredo Fernandes por Eronildo dos Santos e de José Neumanne Pinto pela Senhora Beta Galiza.

1º Festival de Violeirosde Uiraúna

O dia 27 de setembro de 2013, assinalou a realização do 1º Festival de Violeiros de Uiraúna, orga-nizado pelo Poeta Zerinho Maximiano, com apoio da Prefeitura Municipal de Uiraúna, através da Secretaria de Cul-tura Esporte e Turismo. O evento contou com a par-ticipação de seis duplas de cantado-res: Zé Pereira e Gildivan Lacerda; Zé Morais e Diassis Gomes; Chico Galvão e João Abel; Gildivan e Mathias de Oliveira; Zé da Silva e Zerinho; Chico Xavier e Josivaldo Viana. Para os organizadores, o fes-tival teve o objetivo de disseminar a cultura do repente em nossa cidade, como uma das principais característi-cas nordestina. O evento teve lugar no centro da cidade, em frente à Sor-velanche e, durante a sua abertura, o Prefeito Dr. João Bosco enalteceu a iniciativa e, a exemplo do que de-clarou a Secretária Danilda, prometeu continuar apoiando todos os projetos culturais da Terra dos Padres e Músi-cos. “...a Cultura e o Turismo, bem organizados e planejados, são pode-rosos instrumentos de aceleração ou complementação do processo de de-senvolvimento”. No esporte, existem campe-ões e heróis. Campeões vencem por-que são bons no que fazem e tiram proveito particular de suas vitórias. Heróis vencem quando menos se es-pera, superam seus próprios limites, e quando recebem os louros dividem suas vitórias com uma nação intei-ra...”

São João naPraça Joca Claudino

Comemoração do 7 de Setembro

Projeto Um Poemaem cada Árvore

Abertura do Campeonato Municipal de Futebol

Distribuição de kits esportivoscom as equipes de Uiraúna

1˚ Festival de Violeiros

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A participação contínua da so-ciedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal, permitindo que os cidadãos não só participem da formulação das políticas públicas, mas também, fiscalizem de forma permanente a aplicação dos re-cursos. Assim, o cidadão tem o direito não só de escolher, de quatro em qua-tro anos, seus representantes, mas também de acompanhar de perto, durante todo o mandato, como esse poder delegado está sendo exercido, supervisionando e avaliando a tomada das decisões administrativas. Sendo assim diante da impor-tância da participação direta do cida-dão na administração pública é que o prefeito de Uiraúna, no sertão da Pa-raíba, Dr. João Bosco Nonato Fernan-des, tem procurando a cada dia do seu mandato cumprir com as diretrizes e normas propostas pelos órgãos com-petentes em nível nacional que pro-curam inserir os municípios dentro do que preceitua a Lei que rege a trans-parência pública de Nº 12.527/11. Sendo assim é que no mês de Junho do ano em curso foi implantado de forma oficial em Uiraúna o Portal da Transparência Municipal, no qual funciona o SIC -Serviço de Informa-ção ao Cidadão (Físico), oferecendo aos munícipes a oportunidade do

mesmo participar da gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro público, servindo de fiscal da administração, fazendo assim com que os recursos sejam aplicados de maneira mais eficaz. O Portal da Transparência Mu-nicipal e o SIC de Uiraúna estão im-plantados na sede da Prefeitura, tra-balhando em dois momentos distintos: no âmbito das informações passivas, que são as informações que podem ser levadas ao conhecimento do públi-co em geral pelos meios disponíveis, a exemplo de emissoras de rádio, inter-net, entre outros, de forma livre e sem a necessidade de solicitação documen-tal junto ao setor; e nas informações passivas, que são aquelas de interesse particular de cada funcionário ou cida-dão e que só podem ser concedidas por meio de solicitação junto ao setor competente (SIC), mediante protocolo e com prazo de atendimento previsto pelas leis de informações da transpa-rência. Um dos pontos importantes do Portal da Transparência Municipal trata-se exatamente da facilidade que está sendo oferecida pela administra-ção aos funcionários quanto à retirada dos seus contra cheques no final de cada mês, via online, ou seja, através da internet, em sua residência sem que seja preciso buscá-lo em cada se-

Portal da Transparência e Serviçode Informação ao CidadãoVocê administrando junto com o poder público

cretaria, bastando apenas o funcioná-rio fazer a sua senha pessoal junto ao setor de informações na prefeitura. Outro ponto fundamental do Portal da Transparência é que o cida-dão vai poder acessar as despesas, re-ceitas, folha de pagamento do muni-cípio, empenhos, despesas e receitas extras e licitações. O Portal da Transparência ati-va se encontra na responsabilidade de Eroníldo dos Santos e o SIC – Ser-viço de Informação ao Cidadão tem como responsável o Sr. Paulo Gomes (Pároca), os quais foram devidamente orientados pela CGU – Controladoria Geral da União, durante treinamento realizado na OAB – Cajazeiras. O horário de funciona-mento é de segunda à sexta-feira, de 08h00min às 11h30min, e de 14h00min às 17h30min, na sede da Prefeitura, bastando você levar seu CPF/RG ou um contra cheque para ser devidamente cadastro no sistema online. Acesse www.uirauna.pb.gov.br e fique por dentro das noticias da administração local e acesse também o Portal da Transparência que está in-serido no site oficial de Uiraúna. Atenção, o direito de acesso à informação é um direito fundamental e está vinculado à noção de democra-cia.

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5ª Copa União

A equipe do 3C de Patos - Paraíba venceu a 5ª Copa União Lojão Rio do Peixe de Futsal, dis-putando a final na cobrança de Penaltys contra a equipe de Sousa. A competição pagou uma premia-ção recorde, em dinheiro, no valor de R$ 8.000.00 (oito mil reais) para o campeão e R$ 3.000.00 (três mil reais) para o vice, além de troféus e medalhas. O troféu de campeão fez menção, em termos de ho-menagem, ao atleta falecido Jesuino Alves. A maior competição de futsal do sertão teve lugar no ginásio poliesportivo, “O Azulão”, e a ce-rimônia de abertura foi realizada com as apresen-tações da Banda Marcial do PETI. Na sequência a apresentação do garotinho Adalto Neto, que con-quistou a todos com sua performance. Estiveram presentes, prestigiando abertura da competição, diversas autoridades, entre elas o prefeito do município de Uiraúna, o Dr. João Bosco Nonato Fernandes, o vice-prefeito - Segundo San-tiago, a Secretária de Esporte Cultura e Turismo do Município - Danilda Santiago, o presidente da Câma-ra de Vereadores de Uiraúna - Jose Marcelino de Lira (Neto de Maro) e o Dr. Dagoberto Bessa Cavalcante, prefeito de Severiano Melo – Rio Grande do Norte.

A equipe 3C sagrou-se campeã

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A mitologia grega nos deu a história do jovem Ícaro como exemplo de que os sonhos não podem cair na vala da desilusão. Talvez se o voo ho-mérico do filho de Dédalo fosse melhor planejado, as asas de cera não teriam se deteriorado frente à imponência do Sol. Coincidência ou não, a nossa mito-logia sertaneja sempre colocou a estrela maior como o inimigo e responsável por inúmeras desgraças que assolam o Nor-deste. Contudo, o maniqueísmo impru-dente esqueceu-se que para além do Sol e da Chuva há mais o que ser enfrentado nas intempéries sertanejas. O Sol venerado por diversas ci-vilizações da humanidade representou sempre o poder, a divindade e a supe-rioridade sobre os povos. Tribos rende-ram tributos e oferendas ao astro como pleito de gratidão à fartura das colheitas. Deuses, semideuses ou sacerdotes deti-nham a insígnia solar para demonstrar seu poder frente à ignorância do povo. Calendários e relógios eram guiados pela importância do Sol na primitiva ciência dos nossos antepassados. Todavia, tal veneração nem sempre foi marca nas histórias, cordéis e ditos do nosso ser-tão. O deus-sol para os egípcios mais se encaixa como um Hades no imaginário paraibano, um vilão perverso que insiste em agourar os seus solos com secas per-versas e criminosas. Midiaticamente não há outra imagem padrão do Nordeste que uma família frente a uma casa de taipa ou uma carcaça bovina no pé da estrada de areia. Tal produto foi vendido duran-te anos por governos, entidades filan-trópicas, cantores, partidos e a própria imprensa. O problema não está em evi-denciar tais realidades, que verdadeira-mente são claras a todos, mas na forma como sempre se atribuiu a origem da miséria e da desigualdade social às ir-regularidades climáticas de uma região, como num simples e evidente exemplo do determinismo geográfico. O que devemos refletir e en-carar de frente é que as desigualdades

que aqui existem não tem na seca ou no Sol o seu maior inimigo. A miséria não é produto de uma estiagem, mas de um processo histórico e econômico de opressões, explorações e desigualdades. Por a culpa na seca é tática de quem não quer resolver na base os problemas exis-tentes. O próprio João Cabral de Mello Neto na brilhante obra “Morte e Vida Se-verina” já mostrou que não é a caatinga ou a zona da mata que alteram as condi-ções de vida, pois a miséria permanece seja na seca ou na chuva, seja na casa de taipa ou no barraco de papelão. A de-sigualdade não pode ser definida por um fator pluviométrico, mas por uma pers-pectiva histórica da realidade. Assim, é impossível não analisar o Nordeste sem visualizar a casa grande e a senzala. A escravidão legalizada pelo Estado que deixou marcas nas condições sociais do Brasil. A própria estrutura fun-diária de origem das divisões hereditá-rias que geram exclusões até hoje, ao passo de metade do território nacional pertencer a 5% da população brasileira. As leis e os instrumentos normativos que sempre foram subservientes ao coronel e excludentes ao povo. O próprio Estado que historicamente nunca escondeu sua preferência pela concentração ao invés de optar pela distribuição. Realmente, não podemos con-jecturar as dificuldades que existem sem analisarmos seriamente a nossa his-tória. Não podemos ser tolos ao ponto de acreditarmos que medidas como a transposição do Rio São Francisco pode-rão sanar o drama da seca no Nordeste. Infelizmente, esta é uma medida paliati-va e pontual, pois o real problema não é a seca, mas a cerca. Quando o pequeno agricultor não tem acesso ao benefício é porque existe uma inversão das priorida-des. Desta forma, não devermos buscar o conceito formal de igualdade, mas sua materialidade tão bem considerada por Ruy Barbosa, em que devemos tratar igualmente os iguais na medida das suas igualdades e desigualmente os desiguais na medida das suas desigualdades.

Destarte, precisamos superar paradigmas para vencer empecilhos que há séculos se repetem, mas que nunca são encarados como reais problemas, seja pela ineficiência do Estado ou pelas suas próprias limitações. As estiagens existem e precisamos aprender a convi-ver com elas, mas não podemos fazer delas palanques para esconder uma re-alidade que existe, seja na chuva ou na seca. Precisamos reavaliar os verda-deiros desafios que temos a enfrentar, o Brasil desponta como uma das maiores potências econômicas do mundo, que junto da China, Rússia, Índia e África do Sul se enquadram no rol dos países emer-gentes. Contudo, a desigualdade econô-mica e social apresenta-se não só como um número vergonhoso para o nosso país, mas também como um martírio às comunidades que vivem às margens do desenvolvimento do Brasil. Por isso, para superar tais desafios precisamos tomar sábias medidas. O programa Bolsa Fa-mília é sim uma iniciativa louvável, que apesar das suas limitações, cumpre seu papel social de distribuir renda no semi-árido nordestino, assim como se propôs no estado do Alaska a distribuição das suas riquezas a cada cidadão. O progra-ma brasileiro, segundo pesquisas recen-tes, tem promovido mudanças sensíveis, até mesmo, no comportamento fami-liar, pois com a titularidade do benefício às mulheres, elas passaram a ter mais autonomia financeira dentro de casa e promover maiores benefícios à educação dos filhos. O devaneio de Ícaro de cruzar os céus não é o sonho impossível da canção de Betânia, mas a ilusão levia-na de quem aqui no nordeste coloca a carroça na frente dos bois. O sol não é o desprezível e repugnante malfeitor do nosso povo. Precisamos sim, romper amarras, a partir da atual conjuntura, e desenhar um novo projeto para nosso país e, principalmente, para nossa re-gião, e que este tenha as cores do povo brasileiro.

A Mitologia da SecaTancredoFernandes

Acadêmico de Direito

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A presente narrativa nos reme-te a uma história de luta, sofrimento e resistência de um povo forte e guerreiro que não se intimida com as afrontas e perseguições sofridas, graças à fé que expressa e a perseverança de cumprir a vontade do Senhor; um povo que tem aceso dentro de si um chamado para cumprir a grande comissão: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho, ao que crê e for batizado será salvo”( Mar-cos 16: 15,16). Neste trabalho buscamos rela-tar brevemente o processo histórico dos evangélicos na cidade de Uiraúna. O número de evangélicos tem se multipli-cado e enriquecido a história do municí-pio, testificando o mover de Deus neste lugar com vidas libertas, resgatadas do poder das trevas e reerguidas de um quadro vergonhoso e humilhante de pecado. A introdução do povo evangéli-co neste lugar teve início com a chega-da dos primeiros missionários evangéli-cos em solo uiraunense (em meados de 1968) o que se deu de uma forma nada receptiva devido, principalmente, a re-sistência da própria população que fora educada numa tradição religiosa única. Mesmo assim, esse povo corajoso e per-severante “esperou confiantemente nas promessas do Senhor Jesus” (Salmos 40:1), de torná-lo um povo numeroso e destemido; movendo-se pela graça foi demarcando territórios, crescendo em número, em sabedoria e no conheci-mento de Deus como diz as Escrituras:

“crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 3:18). Em meio a este pro-cesso, verifica-se o crescimento dos evangélicos em Uiraúna, e consequen-temente grande contribuição espiritual destes à população uiraunense. O avanço da história evangé-lica em Uiraúna leva em consideração uma série de fatores que contribuíram para tal processo como: fé, ousadia, perseverança e confiança de que “Deus está velando para cumprir a Sua Pala-vra” (Jeremias 1:11,12). Atualmente há um número considerável de igrejas evangélicas na cidade com um valor aproximadamente de 1000 evangélicos, atingindo um percentual significativo de pessoas agregadas a elas nos dias atuais, ou seja, mais adeptos à fé cristã evangélica. Este avanço vem ocorrendo em todas as dimensões: espiritual, cul-tural, educacional, política e social. Há uma participação significativa e mar-cante do evangélico hoje nas diversas camadas da sociedade contribuindo assim, para o crescimento da cidade e o enriquecimento de sua história. Re-presentantes evangélicos encontram-se desenvolvendo obras de assistência e apoio espiritual no presídio, nos hospi-tais, nas regiões menos favorecidas da cidade (periferia) e em diversas locali-dades da zona rural; bem como reali-zam eventos festivos em praças públi-cas e programas evangélicos em meios de comunicação como, por exemplo, na rádio Capivara.

Uiraúna conta hoje com o CE-PLUR (Conselho Evangélico de Pastores e Líderes de Uiraúna e Região), que com muita luta e empenho conseguiu aprovação do Projeto de lei “O Dia do Evangélico”, passando a fazer parte do calendário municipal da cidade. A rea-lização do 1º evento aconteceu no dia 14 de novembro de 2012 com a partici-pação das igrejas evangélicas e simpa-tizantes. Essa é mais uma conquista do evangélico o que demonstra sermos um povo independente e livre, pois vivemos em um país Laico na sua expressão de crença. Somos também um povo pací-fico e procuramos contribuir com a or-dem e o progresso da cidade. Entendemos que devemos viver em paz com todos, independente da crença re-ligiosa, pois assim nos ensinou Jesus na Sua Palavra: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor” (Hebreus 12: 1). Enten-demos também que não devemos nos deter diante dos obstáculos, mas nos esforçarmos para cumprir “a carreira que nos está proposta, olhando firme-mente para o autor e consumador da fé, Jesus” (Hebreus 12:1, 2). Como mensagem final fica a seguinte reflexão: a propagação do Evangelho é inevitável, fomos chama-dos a pregar a mensagem de salvação a toda criatura, e não há quem impeça. Disse Jesus: “E este evangelho do rei-no será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24;14).

“Uma história escritapelo dedo de Deus”

Escalada Evangélica em Uiraúna

ConsolaçãoDuarte

Professora

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Na madrugada do sábado sur-ge a movimentação oriunda do trabalho de montagem e descarrego, assinalando a chegada dos feirantes provenientes da zona rural, de pontos da cidade, de outras urbes, inclusive de estados di-ferentes. Com o raiar do dia a mistura de sons, a maioria formada da mesma pergunta: quanto custa? Daí em diante a discussão passa a haver no âmbito da pechincha ou da escolha, primando pela melhor aparência do produto e menor abalo ao bolso. Não bastasse a missão de su-prir os armários da cozinha, a popu-lação cumpre outro ponto do próprio destino, o reencontro. É também um es-paço para colocar as conversas em dia, rever os amigos e familiares, tomar um cafezinho preto com uma broa deliciosa, passear pra cima e pra baixo, na busca que se repete a cada oito dias.

Mas quem pensa que o sába-do na feira popular de Uiraúna oferece apenas os gêneros alimentícios prove-nientes do campo ou industrializados, em sua maioria, nas fabriquetas casei-ras, está muito enganado. Na rua tem loja montada em cavaletes, com prova-dor ao lado. Se a etiqueta não é famo-sa o preço é por demais convidativo e muitos são atraídos pelos manequins improvisados, os quais acabam se rendendo às promoções. Lá também tem tudo o que se procura na linha de chapéus, CD’s e DVD’s (piratas em sua maioria), com pequenos serviços de som tocando do brega ao clássico. Outros produ-tos: baladeiras, ferramentas, brin-quedos, miudezas e até, por vezes, um banquinho improvisado vendendo uma lapada ou outra de cachaça, lá para as onze horas, próximo ao que

Encontro Popular na Feira Semanal

chamam de “a hora do bacurau”. A Feira de Uiraúna constitui um verdadeiro Shopping Popular ao ar livre, sem qualquer tipo de frescura, mas re-cheado de produtos e bons preços, sem a necessidade de qualquer financiamen-to, a não ser poucas camaradagens de alguns amigos (vendedores e compra-dores) que, por consideração pessoal, abre um crédito com data marcada e pagamento único, sem qualquer pos-sibilidade de velhacaria. Em resumo, a Feira de Uiraúna é uma verdadeira fes-ta, uma confraternização por assim di-zer, um momento de reencontro e lazer, um ponto de desenvolvimento do corpo e do município, um espaço de geração de emprego e renda e, a exemplo do que cantam em relação a Caruaru po-demos entoar, também, em alto e bom som, sem medo de errar que “Na Feira de Uiraúna, Tem Coisa Pra Gente Vê”.

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Memorial Família Fernandes Vieira

RaquelAndradeJornalista

Na história, o nome refere-se à importante batalha entre tropas pa-raguaias e brasileiras durante a Guerra da Tríplice Aliança. Nos rincões do sertão parai-bano, batiza o refúgio da família Fer-nandes Vieira. Uma gente enraizada ao progresso, cuja saga é contada e eternizada em um Memorial repleto de cultura, história e religiosidade. Histórias de vida, quase sem-pre são registros soltos ao vento do

esquecimento. Começam, terminam gerações e, quando não registrados no papel que tudo aceita como fiel aliado dessa descuidada realidade, os rastros são deixados apenas nas aco-lhedoras páginas da lembrança dos parentes mais chegados e, com eles, um dia, fecham os olhos. Mas, o papel, também fenece com o tempo. Há histórias que urgem desafiar essa lei natural. Assim enten-deu e enxergou o idealizador e cons-

trutor do Espaço Cultural e Religioso - Família Fernandes Vieira, o médico e empresário Francisco Eustácio Fer-nandes Vieira. Se a assinatura por si só já desperta a lembrança do leitor que transita pelo Recife e a sabe es-tampada em vias públicas, conhecer--lhe a origem é presentear-se com a saga de uma importante família de fé, que desconhece fronteiras e leva pro-gresso e exemplo onde quer que se estabeleça.

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Estado da Paraíba. Microrre-gião de Cajazeiras, alto sertão. Dis-tante 470 Km da capital, João Pessoa, está Uiraúna. Cidadezinha pequena com 15 mil habitantes que ocupa po-sição estratégica como rota de ligação entre os estados da Paraíba, Rio Gran-de do Norte e Ceará. Nesta terra reconhecida como dos “Músicos e Sacerdotes”, devido à forte vocação dos munícipes para es-tas profissões foi que durante cerca de 400 anos, desenvolveu-se e tomou vulto a família Fernandes Vieira que tem por baluarte, o Monsenhor, Ma-nuel Vieira. Se para muitos considerado inóspito, devido às condições naturais da zona rural sertaneja, o berço dos Vieira, o sítio Curupaiti, como define Eustácio, é terra mãe: “doce recanto repositório de imorredouras recorda-ções familiares, cenário onde os per-sonagens se confundem com a natu-reza de variadas paisagens; a beleza dos campos, das águas do açude ve-lho, recheadas de peixes e adornadas pelo revoar dos pássaros que as po-voam, dando-lhes o toque mágico de

O Memorial e o seu idealizador

singular beleza, não só contemplativa, mas, sobretudo, de bem estar”. Se reminiscências como estas, impressionam ao serem ditas por um homem cuja tecnicidade é caracte-rística que salta ao interlocutor mais atento, a obra por ele edificada chama a atenção nos mais ínfimos detalhes. Prova inconteste de amor às raízes, nutrida pela formação centrada no catolicismo, que declara possuir não apenas como uma identificação de vida, mas como instrumento de união

familiar. Tanto que a ideia do Memo-rial, o empresário diz haver surgido de reflexões saudosistas da própria traje-tória de vida entre Recife, onde mora e, Uiraúna. “Incomodava-me o pen-samento de que futuras gerações não tivessem essas referências. Sabermos de nossos antepassados é importante. O Memorial possibilita que entremos em comunhão com aqueles que plan-taram as sementes do presente e nos deixaram legados para toda a vida”, explica.

Localizado na rodovia José Ga-delha- PB 391, o complexo já ao lon-ge, quando principia a ser avistado, impressiona. Aberto ao público, logo na entrada, acolhe o visitante com um pórtico de pedras em forma de arco ro-mano e um portão em ferro fundido de demolição que pertenceu a um antigo casarão recifense, ladeado por um par de grades centenárias restauradas. A fé e a ligação dos Fernandes Vieira com o catolicismos estão repre-sentadas na capela, construída na área central. Revestido em pedras naturais, possui vitrais, janelas e porta em ma-deira de lei, datados do século XIX. O Memorial Monsenhor Manoel Vieira conecta-se à capela através de

Uiraúna - Município onde está inserido o Memorial

um pergolado de madeira. O espaço exibe painéis com fotografias da famí-lia e diversos objetos que atravessaram gerações e que assumiram ares de relí-quias. Com 100 m² de área construí-da, o conjunto arquitetônico ocupa um terreno de 11.000 m², onde ainda há banheiros, lavatórios e vestiários. Todo o espaço é cercado por jardins com espécies nativas que destoam da pai-sagem regional por estarem sempre verdes. Além de turistas, o Memorial também recebe moradores da área que frequentam as missas na capela e já o elegeram como local de contemplação e fé.

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Monsenhor Manoel Vieira

O ano de 2013 assinala o su-porte da Via Sacra, verdadeira obra de arte materializada pelo artista plástico pernambucano, Elizardo Campos, e orientada no âmbito arquitetônico por Fabiano Braga. É mais uma iniciativa da

Família Fernandes Vieira, que consolida um referencial de coragem e sofrimento de Cristo, em consonância com a peleja do bravo homem do semiárido, em sua luta diária de convivência com as intem-péries. A partir do Portão de acesso ao

sítio Curupaiti, o visitante pode apreciar as estruturas que representam cada uma das estações do sofrimento do filho de Deus, antes de adentrar na beleza do memorial, um verdadeiro Oásis de recor-dação e pesquisa.

Memorial ganha Via Sacra no seu Percurso

“A esse mister (o ensino) me dei, com amor de padre católico, de mestre, de educador mas, sobretudo, de representante do povo”(Diário do Congresso Nacional , 13 de agosto de 1968) No trecho em destaque, reti-rado de um discurso em plenário fe-deral, o próprio Monsenhor apresen-ta-se: padre, educador e deputado federal. As várias faces de um homem que dedicou a vida em prol do bem comum e do progresso. Nascido no sítio Curupaití, Manoel Vieira desde criança teria de-monstrado uma inteligência inquie-tante que fez a própria professora recomendar à mãe, dedicar-lhe uma educação escolar mais aprimorada. Ainda na adolescência deixou a terra natal e, a exemplo de outros parentes religiosos optou pela batina, usada até o dia em que morreu. Ainda jovem foi designado a dirigir o Colégio Diocesano em Patos na Paraíba. Desde então, encaminhar crianças e jovens à plena cidadania, segundo a sobrinha, Dra. Therezinha Vieira de Oliveira foi o compromisso que sempre o moveu; “A austeridade

e disciplina eram sua forma de edu-car. Com maestria ele incutia no aluno que o conhecimento e o respeito eram essenciais na formação da personali-dade e na construção da dignidade do homem. Digo isso por experiência pró-pria, pois, sobretudo pelo parentesco, foi assim que ele me educou”, comen-ta. Na década de 60, Manoel Viei-

SERVIÇO O Memorial da Família Fernandes Vieira está aberto à visitação diariamente das 8 da manhã às 5 da tarde, e em eventos especiais também no período da noite.

ra elegeu-se deputado. Na Câmara, in-tegrou a Comissão de Educação. Com o término do mandato, voltou à Paraí-ba, assumindo a função de capelão do Colégio João XXIII, dedicando-se ain-da à prestação de assistência religiosa a presidiários. Morreu aos 87 anos de acidente de carro, quando voltava de uma missão em Campina Grande, no dia 5 de outubro de 1994.

Monsenhor Vieira - Líder nato na religião e na política

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Nos idos da década de 60 na efervescência dos movimentos ruralis-tas, surgiu do governo federal as asso-ciações patronais, para neutralizar estas manifestações no campo. Em Uiraúna, uma cidade pacata, foi criada a ASSO-CIAÇÃO RURAL para abrigar os proprie-tários na sua categoria, onde os sócios eram os que tinham seu INCRA e IBRA. Com isto o Prefeito da época, ANANIAS ALVES DE FIGUEIREDO, ergueu o pré-dio vizinho ao Posto de Saúde para alo-jar e funcionar aquela repartição que congregava a categoria patronal, onde o objetivo era debelar o pensamento da reforma agrária – repartir as terras – e como os proprietários e o governo não concordavam com o pensamento das ligas camponesas de Miguel Arraes, organizavam os patronais, em forma de associação, no sentido intrínseco de sin-dicato. A Associação Rural passou por várias denominações, como Associação Patronal Rural até os anos de 1990, ode o regime militar brasileiro segurou es-tes movimentos. Foi uma oportunidade que os produtores rurais e proprietários tiveram de se fortalecer como sindicalis-tas. Não tendo a consciência de ser uma categoria forte, organizada e pulsante, hoje, no domínio vermelhista só quem tem vez é o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Vamos historiar nossa Associa-ção com a sede própria. O seu primei-ro Presidente, Manoel Jacinto da Cos-ta, conhecido por Neinho Jacinto, era vereador na época. Na sequência, veio Francisco Batista Vieira – conhecido por Chico Batista do Bujary, Adriano Correia Neto, Jose Leonan Fernandes, Jose da Silva Silveira e, atualmente, Helio Eloi de Galiza. Hoje a Associação Rural tem a finalidade de defender os interesses do produtor rural, orientar e mostrar as atribuições da categoria no tocante a seus direitos e deveres, oferecer téc-nicas agrícolas modernas e tem a de-nominação de SINDICATO RURAL DE UIRAÚNA. Os serviços prestados ao pro-dutor rural são em defesa e orientação como: tirar as guias para pagamento do Imposto Territorial Rural – ITR, CCIR (Incra), QDA, além de cursos de treina-mento, oferecidos pelo sistema FAEPA/ SENAR. O nosso prédio, para não fun-cionar com ociosidade, cedeu uma par-te, temporariamente, à APAE, porém vive nestes dias sua vida de sindicato para servir ao próximo, principalmente, no ano dos seus 50 anos de existência. Já serviu de hospital, materni-dade, num anexo do posto de saúde, grande parte de sua existência, foi o

consultório odontológico do Sindicato, onde o Dr. Raimundo Barbosa exerceu sua profissão em beneficio dos produto-res rurais. Houve época em que a Banda de Música Jesus, Maria e José não tinha onde ensaiar e lá veio o prédio do Sindi-cato abrindo suas portas para a Banda ter a sua sede e não parar de treinar. A Diretoria atual, consta dos seguintes membros: Presidente – Hélio Eloi de Galiza, Vice-Presidente – José Benevenuto de Alencar, 1° Secretario – João Bosco de Loiola, 2° Secretario - José Cirilo de Sá Neto, 1° Tesoureiro – Francisco Fernandes de Figueiredo, 2° Tesoureiro – Francisco Marcondes da Silva. Conselho Fiscal: Osvaldo Fernan-des de Figueiredo, Raimundo Wilton de Galiza, Raimundo Nogueira Sant’Ana, Conselho Fiscal Suplentes: Beunilda Ma-ria Santiago, Francisco Vieira da Silva, Amaro Joaquim de Lira. O Sindicato Rural de Uiraúna abrange os municípios de Poço Dantas, Poço de José de Moura, Joca Claudino e Bernardino Batista, onde os produtores rurais recebem orientações. Precisamos nos unir para que fortes sejamos mais pulsantes. A nossa história, embora sim-ples, se confunde com a de Uiraúna nos seus 60 anos de Independência e esperamos está presentes a cada passo desta terra hospitaleira.

A associação que hoje é o Sindicato

Cinquentenário daAssociação Rural

de Uiraúna

HélioGaliza

Professor

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Ariosvaldo Fernandes foi um craque em todas as atividades que exerceu durante a sua vida. Destacou--se como conceituado costureiro, tinha a oficina de trabalho em sua casa, era exímio artista nas confecções mascu-linas. Era plural na arte musical, por-quanto, dominava vários instrumentos de sopro, principalmente a tuba (bom-bardeão), que com seu timbre solene e sonoridade ampla, harmonizava a Banda Jesus, Maria e José, da Paróquia de Uiraúna. Além de músico, foi com-positor de várias peças musicais, inclu-sive alguns dobrados. Como professor, deixou uma geração de bons músicos. Apaixonado pela sétima arte tornou-se o idealizador e responsável pela divulgação do cinema em nossa cidade, durante a época romântica e de faroeste. Através de um contrato firmado com o vigário local, Cônego Antônio Anacleto Andrade, conseguiu a concessão do prédio do Salão Paro-quial “Monsenhor Constantino Vieira”, para instalar o Cine São Francisco que, durante vários anos, alegrou gerações. Obstinado e entusiasmado com o tra-balho, costumava viajar para comuni-dades ou cidades vizinhas, tais como, Luiz Gomes e Paraná, no Rio Grande do Norte, nos dias de feiras ou nos feria-dos, para projetar os filmes previamen-te programados, como fonte para am-pliar os seus rendimentos financeiros. Fui frequentador de películas cinema-tográficas que marcaram a minha in-fância e adolescência, tais como: Aven-turas do Gordo e o Magro, Oscarito e

Fatos Pitorescos doCINEMA DE UIRAÚNA

Francisco Orniudo Fernandes

Médico

Grande Otelo, King Kong, Tarzan- O Rei das Selvas, O Rei Leão, Nyoka, a Rai-nha das Selvas, As Aventuras do Zorro, o Cavaleiro Mascarado, Roy Rogers, A Paixão de Cristo, O Flagelo de Deus, A Espada era a Lei, O Manto Sagrado, e tantos outros. Ariosvaldo foi pioneiro em nossa cidade com cinemascope, ampliando a tela para projeção. Narro dois fatos pitorescos que jamais esqueci. Durante uma exibição de um filme, começou a chover intensamen-te, acompanhado de fortes e repetidos trovões, relâmpagos que clareavam o interior da sala de diversão. Como o teto do cinema não tinha forro, come-çou a gotejar em vários locais. Repenti-namente, alguns espectadores abriram os seus guarda-chuvas, provocando um alarido dos que se sentiam preju-dicados. A projeção foi interrompida abruptamente na metade da película, e, as luzes foram acesas. Ouve-se um grito que vinha da cabine de projeção, era Ariosvaldo que exclamou: – Aten-ção! –Eu não vou continuar projetando o filme, devido a tempestade e os con-tínuos relâmpagos, que podem quei-mar o projetor! Os frequentadores fica-ram atônitos, o alarido transformou-se em silêncio. Em seguida, ele convocou toda a plateia para se dirigir em fila até a porta do cinema, a fim de receber a devolução do dinheiro do ingresso. Esta atitude foi para mim, um exem-plo de decência e honestidade. A chuva continuou; pouco a pouco, o cine foi ficando vazio. A meninada debandou

tomando banho nas biqueiras até che-gar a suas casas. Eu fazia parte desta turma animada. Ariosvaldo mantinha uma só-lida amizade e respeito com a senho-ra Marieta Nunes Fernandes, esposa de meu tio, José Euclides Fernandes, pessoas queridas de nossa terra. A população sabia que dona Marieta era enérgica na educação dos filhos. O seu filho mais novo era muito travesso. Ele certo dia, depois de praticar mais uma traquinagem, foi se esconder no cine-ma, para não ser castigado. Informada do seu paradeiro, dona Marieta foi até o cinema, e, pediu a seu amigo Ario-svaldo, para interromper a sessão. A projeção do filme foi suspensa, as luzes foram acesas, e ela, com um chinelo na mão, percorreu a sala de espetáculo à procura do filho, até levá-lo de volta para casa. Após esta cena hilariante, a projeção continuou. Euclides Nunes Fernandes – Netinho, é atualmente um bem sucedi-do empresário nas áreas de educação, comunicação e política, na cidade de Jequié – BA. Como político foi eleito vereador em várias legislaturas, tendo exercido a presidência da Câmara. Atu-almente, exerce o mandato de deputa-do estadual. Grande proprietário de fa-zendas. É um líder no interior baiano. Concluindo estas recordações, conclamo as autoridades constituídas do nosso município a prestarem uma merecida homenagem a este grande desbravador das artes, Ariosvaldo Fer-nandes.

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Vão tombando, pouco a pouco, as árvores frondosas de nossa floresta. De uns anos para cá, estamos perdendo nossas sombras altaneiras. Expostos ao sol, quase não temos onde nos abrigar nas horas de cansaço e de fadiga. E va-mos tocando a vida pela estrada a fora, procurando, aqui e ali, uma sombra soli-tária que nos acolha. A morte já nos arrebatou o Dr. Mousinho, meu companheiro de pesqui-sa, justamente ele que sempre teve a vocação de conhecer a história das ár-vores do nosso bosque familiar. E, vendo o seu corpo inerte sendo conduzido em grande féretro pelas curvas da serra de Luís Gomes, para ser plantado eterna-mente no cume da montanha, como ele pediu, lembrei-me de uma passagem de Joaquim Manoel de Macedo, quan-do dizia que um célebre poeta polaco, descrevendo em magníficos versos uma floresta encantada de seu país, imaginou que as aves e os animais ali nascidos, quando por acaso longe se achavam e sentiam que se aproximava a hora de sua morte, voavam ou corriam todos para morrerem à sombra das árvores do bosque imenso onde haviam nascido. Pediu para ser sepultado em Luís Gomes, terra que o viu nascer, imenso bosque onde já tombaram ou-tras grandes árvores que nos deram sombra, no passado. E ele, que possuía grande amor pelos ancestrais, sempre povoou as nossas mentes com histórias maravilhosas, episódios emocionantes, cenas que ficaram impregnadas em nossas almas. Tinha grande prazer em rememorar fatos, trazer para o presente o passado remoto, que até parecíamos conviver com as figuras senhoriais, que o tempo há tantos anos nos levou.. Desde jovem, acostumei-me a ouvir seus longos colóquios, suas evo-cações, que ele sempre os mantinha

Duas Gratas Recordações

João BoscoFernandes

Advogado

com meu pai (Didi), outro apaixonado do passado. E garimpavam o dia inteiro, traçando perfis, destrinçando laços fami-liares. Sempre loquaz, o nosso “cau-seur”, com suas palestras agradáveis, deixa em cada um de nós imorredoura saudade. É grande a falta que ele nos faz! Com quem agora iremos conversar?

Um pouco de sua vida Impossível traçar em poucas linhas as dimensões de sua persona-lidade. Dotado de inteligência arguta, formou-se em medicina pela Faculdade de Recife e escolheu a cidade de Ale-xandria-RN, para exercer seu ministério, ao qual se dedicou por toda a vida. Sua fama se espalhou pela região, tornando--se conhecido e estimado por todos. Foi, durante vários anos, prefeito, chefe po-lítico, guia e representante daquela gen-te. Lá, constituiu família, casando com a filha do Cel. Manoel Emídio de Sousa, Guiomar Fernandes Sousa, falecida pre-cocemente, em Natal. Com Guiomar, Dr. Mousinho teve quatro filhos: o Dr. Francisco Fernandes de Oliveira, cardiologista, radicado na ci-dade de Sousa, com larga folha de ser-viços prestados na região, inclusive em Uiraúna; o Dr.Manoel Emídio de Sousa, cirurgião plástico dos melhores, estabe-lecido em Recife; Graice, psicóloga, resi-dente em Miami e Glícia, arquiteta, com atividades em Recife. Todos são casados, com filhos. Mousinho contraiu segundas núpcias com Benedita Ferreira de An-drade, jovem de Alexandria, com a qual teve três filhos: Maria Cristina, formada em direito, casada, Maria Nilza e Francis-co, solteiros. Um segundo registro especial quero fazê-lo a José Fernandes de Oli-veira (Dedé), falecido três meses depois

do irmão, Dr. Mousinho. Foi chamado por ele. Inseparáveis em vida, teriam de sê-lo também na morte. Era inteligente como o irmão, mas não pôde prosseguir nos estudos, com a perda do pai (Seu Chico), em 1939, obrigando-o a assumir as responsabilidades da casa. Permitiu o destino que Dedé viesse tam-bém se consorciar com outra filha do Cel. Manoel Emídio, Ana Maria Fernandes, que hoje preenche em grande parte as lacunas por eles deixadas no velho solar. Ana Maria é um exemplo de mulher su-perior, uma grande dama, feita de virtu-des e bondade. É a réplica de sua irmã, Guiomar, que guiava o mar. É um con-forto para nós o seu convívio e dos seus filhos, todos com curso superior: José Fernandes Júnior, engenheiro; Marieti-nha, bioquímica; Tércio, médico e Jea-ne, fisioterapeuta e bancária do B.Brasil. Todos são casados, com filhos. Na casa do Bom Jardim, vizinho municí-pio de Major Sales, até a irmã mais ve-lha, Dinorah, com seus 87 anos, a quem Deus não concedeu a graça do conheci-mento do mundo e da vida, embarcou nessa caravana e também foi morar com eles na Casa do Pai. Dedé suportou a ausência do irmão, por pouco tempo. Três meses, apenas. Em seu funeral, falei aos pre-sentes: “Eis aqui um homem que, de tanto viver de lembrança, morreu de saudade”. Parodiei, assim, o tribuno Alci-des Carneiro. Sustentou o quanto pôde a bandeira das velhas tradições, até que a morte veio de repente levá-lo para junto do irmão, privando-nos também de seu convívio, naquela casa tão significativa para nossa história familiar. Enfim, ao lembrar novamente o Dr. Mousinho, re-lembro Machado de Assis, ao se despe-dir de Gonçalves Dias: “ Morto, é morto o cantor dos meus guerreiros / Virgens da mata, suspirai comigo!”.

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Com objetivo de divulgar e, consequentemente, levar a população a refletir sobre a situação das pessoas portadoras de necessidades especiais, a APAE de Uiraúna, desenvolveu uma programação especial durante a sema-na nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, que em 2013 teve como tema “Desafiando os Limites e Diminuindo as Diferenças”. A missão da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais é conscientizar sobre a responsabilidade que cada um de nós temos na luta por espaços adequados, em termos de acessibilidade, para que essas pessoas consigam chegar ao me-lhor que a vida pode lhe oferecer. No dia 21 de agosto, na Praça Padre França, foi realizada a abertura da programação, em um momento de grande emoção, onde a equipe e alu-nos, família e amigos da APAE, com o apoio do poder Judiciário, prefeitura municipal, se uniram em prol desta cau-sa. Foi apresentado o cuidado com a na-tureza, com o tema O verde, momento em que os alunos da APAE distribuíram mensagens nas plantas. Estiveram presentes professo-res, alunos e pessoas da comunidade, oportunidade em que foram entregues camisas, adesivos e panfletos do proje-to, difundindo o tema da Semana Nacio-nal da pessoa com deficiência. Encerrando as atividades, a

A APAE, nos 60 anosde Emancipação de Uiraúna

Mensagem APAEANA à Cidade Sexagenária

Feliz aniversário, querida Uiraúna! Parabéns pelos seus 60 anos! De toda Equipe da APAE de UIRAÚNA

coordenadora da APAE, Beunilde Maria Santiago, agradeceu a todos pela par-ticipação neste momento tão especial, pelos trabalhos e apoio recebido pela entidade de toda sociedade. A APAE de Uiraúna, que man-tém a Escola de Educação Especial

Francisco Ferreira Santiago, está locali-zada na rua José Vieira Bujary, no cen-tro da cidade e tem a honra de convidar a comunidade para uma visita às suas instalações, no seu horário de funcio-namento, das 8h às 11h e nas quintas--feiras, das 15h às 18h30.

Desejamos um feliz aniversário à nossa querida Uiraúna, ma-nifestando, primeiramente, o orgulho que sentimos de ser filhos desta terra que por nada trocaríamos, onde contribuímos com o nosso tra-balho para fazê-la um lugar ainda melhor de se viver. Comemorar o aniversário de Uiraúna é como comemorar o aniversário de um grande amor!Sentimos imensurável orgulho de nossa cidade, de suas belezas e histó-rias incomparáveis, de sua localização geográfica privilegiada. Uiraúna, acima de tudo, um lugar de gente de bem, acolhedora. Comemorar o seu aniversário nos deixa extasiados. Tudo que diz respeito a ela nos interessa. Cuidamos dela e a defendemos como quem defende sua fa-mília, por isso, podemos dizer que Uiraúna é para nós um grande amor! Nossa amada cidade, em processo de desenvolvimento contí-nuo. Sabemos que não somos os únicos a orgulhar-se de morar aqui, e por isso dividimos essa alegria com todos vocês que se sentem assim. Sabemos que vocês, Uiraunenses por adoção, assim como nós, zelam por ela e a defendem.

A inclusão social, integrando os especiais à vida normal; e igualdade de tratamento, através da acessibilidade

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Uiraúna está celebrando mais um ano. São seis décadas de história. Dia de celebrarmos juntos, cada habitante, cada uiraunense, cada filho desta terra, a importância da comemoração de nossa Emancipação Política, criação definitiva do nosso município. Nossa cidade sempre foi marcada pela hospitalidade, por ter um povo alegre, receptivo e aconchegante. Vamos celebrar as conquistas, o amadurecimento com as perdas, mas principalmente, trazer à tona as nossas conquistas, na alegria de fazermos parte desta história. De ser-nos dada a oportunidade de construirmos juntos a esperança de uma nova cidade, uma nova Uiraúna. Parabéns aos amigos, parabéns aos vizinhos, parabéns a todos vocês filhos e moradores desta terra. Parabéns Uiraúna, ainda menina, mas cheia de sonhos, sonhos de mudança.

À Família Uiraunense

Da amiga Beunildes Santiago

O dia de hoje tem um brilho festivo, que resguarda em teu seio acolhedor o nosso povo lu-tador, que é formado por uma mistura de credos e de ideologias diversas. Porém, o que nos une numa comunhão de irmãos: é você Uiraúna! A nossa mãe terra, a nossa cidade encantadora que hoje completa os seus 60 anos de história e que guarda na sua memória a luta dos seus desbrava-dores, dos seus construtores, dos seus filhos e filhas amados, dos seus heróis encantados e aqueles que vivem no anonimato, que através de muitas lutas e resistências trouxeram para este povo com amor, suor e muita labuta, a construção de suas histórias marcada pelo brilho de muitas vitórias.

Parabéns Uiraúna pelo aniversário de independência político-administrativa!

Elbeh Santiago Presidente - ACBMUiraúna -PB

Radio Capivara FM 104.9

O Som das Águas

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O Terra da Alegria lamenta

SeverinaFernandes

Professora

Lamenta profundamente a prematura partida do inesquecível Cezim, grande colaborador deste trabalho que, nos 5 volumes edita-dos, divulgou a cultura humorística de Uiraúna, guardando nas pautas do tempo as memórias de uiraunenses humildes, alma simples, mas que representaram, inegavelmente a grandeza de uma história. Cezim, também conhecido por Lombarde, apelido proveniente do apreço e carinho dos amigos, guardava consigo grande parte do repertório da Terra da Alegria, conseguindo através da metodologia da naturalidade visitando as rodas de calçadas, os lugares de des-contração e conversando frente a frente com os responsáveis diretos por esse humor franco, verdadeiro, puro, voluntário e inteligente. Ele próprio tecia as suas façanhas, motivava o surgimento de piadas e anedotas interessantes. À sua volta, a alegria funcionava para valer. Reconhecidamente, era dotado de muita inteligência, lúcido, aprendia e decorava os textos que lhe interessavam e quando bebia, além da conta, declamava-os com uma veia poética e toque de encan-tamento. Era muito habilidoso e cuidadoso no que se propunha a fazer. Como agricultor, organizava bem a sua casinha de campo, lá tudo fala dele, respiramos nela, o ar da sua presença imorredora. Como ele-tricista, seu trabalho era solicitado pela perfeição com que fazia uma instalação com aquele cuidado para que funcionasse bem e ficasse bonita. Sua ausência Cezim, nos faz compreender que: faz falta aque-le que vive com simplicidade, aquele que rir junto, que sabe valorizar as pequenas coisas e que encontra, na família, as suas raízes, os seus valores e o seu amor. As irritações que nos causava, em suas bebedei-ras, nem chegam perto da porcentagem de bondade que emanava do seu coração.

Jamais o esqueceremos e o Terra da Alegria, jamais será o mesmo sem você!

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Sincero InsubstituívelModesto Paciente Lutador Incondicional Corajoso Invejável Dedicado Amigo Divertido Esperançoso

LúciaDuarteProfessora

90 anos de

Zé de Natãn

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Alegro-me em poder está presente nesta data festiva em que nossa querida Uiraúna completa sua sex-

ta década de emancipação política. Um marco na vida de cada cidadão, uma página que viramos para conquistar

novos sonhos, novas realizações e continuarmos escrevendo a história de nossa OUTRORA BELÉM.

Celebrar os 60 anos da Independência de Uiraúna na condição de Vice Prefeito do município, antes de

tudo me impõe a renovar o agradecimento pela confiança e oportunidade concedida por nossa gente, ao tempo em

que renovamos o compromisso de trabalhar em prol do desenvolvimento de nossa terra.

Essa data nos faz percorrer o passado para lembrarmos da luta do notável homem público, Oswaldo

Bezerra Cascudo, ou “Doutor Cascudo” que buscou ao lado de outros, fazer com que Uiraúna pudesse caminhar com

suas próprias pernas, alcançando sua emancipação política em 1953.

De lá para cá, foram muitos os desafios e dificuldades, mas superiores foram as alegrias e conquistas.

No passar desse tempo temos a certeza de que nossa gente continua forte, pujante e consciente, estando ao lado

dos seus representantes para empunhar as melhores bandeiras de desenvolvimento político, econômico e social do

nosso município, contribuindo para o bem-estar geral da nossa comunidade, na promoção de mais saúde, educa-

ção, cultura, transporte, infraestrutura, etc.

É com o entusiasmo de um jovem e o olhar dos mais velhos que buscaremos a todo instante continuar a

história de nossa cidade, de modo a contribuir para que o nosso povo ordeiro, trabalhador e, acima de tudo, cristão,

possa festejar os aniversários do município com conquistas e novos planos na busca de uma Uiraúna cada vez mais

solidária, fraterna e de todos.

Sentimos-nos imensamente felizes e orgulhosos por fazermos parte da comunidade que em seu seio

habita a dádiva do sacerdócio e a sinfonia dos músicos. Tenho a certeza que com a benção do nosso Pai Celestial

haveremos de continuar alcançando os objetivos e solucionando os anseios de nossa população.

O futuro é uma terra que não habitamos, porém se almejamos o sucesso no amanhã devemos viver o

hoje pensando nas nossas futuras gerações. Assim, parabenizamos os adolescentes e jovens que lutam para crescer

e nesse andar buscam na vida intelectual novos rumos para o desenvolvimento, cada vez maior, de nossa cidade.

Parabéns Uiraúna!

Uiraúna de Todos Nós

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AGENDA EMPRESARIAL De A a Z

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