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ED 1 2014

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Page 1: Revista it woman

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ED 12014

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Ao leitor

Apresentamos pela primeira vez, a revista It Wom-

an, feita de mulheres para mulheres. Nessa primei-ra edição procuramos retratar a importância da mulher em diversas áreas, assim como os seus direitos por lei.

O nosso pensamento e ob-jetivo tem como ponto prin-cipal o feminismo, que para

muitos é um termo descon-hecido. “Direitos iguais é o que queremos”, para nós o mais importante é espalhar essa ideia, apoiar e ajudar na compreensão de assuntos antes não explicados.

A diferença entre uma re-vista feminina e uma revis-ta feminista, é simples, aqui não falaremos sobre fofocas de famosos e nem dicas so-bre o que vestir de acordo

com as tendências de moda. Nosso objetivo é ajudar

nos bem-estar e na beleza in-terior da mulher, alimentar a mente, e focar em um públi-co mais critico.

Além do mais precisa-mos também dar as nossas prórprias críticas, como ser humanos e mulheres temos direitos e vamos sempre na lutar por eles e por uma so-ciedade mais justa.

Escritoras

Dede 1995, Cursando Jornalismo e espero conse-guir seguir a profissão que envolve tanto o meu curso quanto o meu sonho de viajar pelo mundo. Gosto de todos os tipos de música, mais prefiro o rock. Sou vi-ciada em filmes, séries e livros. Sou extrovertida e ciu-menta com as pessoas que amo.

Orgulhosa,mas as vezes dou o braço a torcer. Adoro ouvir as pessoas,minhas amigas até falam que eu se-ria uma boa psicologa. Sonho em fazer intercâmbio e viajar pelo mundo, mesmo que demore e se der escre-ver um livro, uma das minhas vontades, mas que vou deixando de lado por enquanto.

Beatriz Chaves Karoline Vilas BoasKaroline, 19 anos. Estudante de Jornalismo. Son-

ho em viajar no tempo e espaço dentro de uma caixa telefônica de polícia azul, Type 40. Viciada em livros, séries e filmes, principalmente em doramas e k-pop.

Muitas vezes sou indecisa e até meio desligada. Gosto de planejar a vida (como a minha viajem para a Coreia do Sul), e sempre estar preparada pra tudo, mesmo acabando me atrapalhando no final.Amo es-crever resenhas e poder dar minha opinião sobre tudo. Vivo escrevendo fanfics mas nunca consigo terminar nenhuma.Meu maior sonho é escrever um livro e poder publica-lo.

Igualdade para todas!

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SUMÁRIO

Todas as máterias, fotos e infográficos ultilizados na revistãos são comprados pela Agência de notícias B.K.News - www.agenciabknews.blogspot.com.br - AV. Paulista, 500 Sla 345 - Tel.: 3425-7514 - Distribuição

Online pelo site: www.agenciabknews.blogspot.com.br/revista

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Entedenda melhor a Lei Maria da Penha

Por que dormir maquiada faz mal a pele

O papel feminino no cinema

Entendendo melhor o Feminismo

Tipos de Câncer que atinge as mulheres

Eles não vivem sem a gente!

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nOSSOS DIREITOS bELEZA & MODA

Vítima de violência doméstica, Maria da Penha Maia Fernandes,

farmacêutica bioquímica formada pela Universidade Federal do Ceará e mestre em parasitologia pela USP, exigiu na justiça que seu agressor fosse condenado. Sua luta virou modelo para a Lei 11.340 que au-mentou o rigor nas punições para violência doméstica e familiar no Brasil.

Em 1983, seu marido, o profes-sor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, e na segun-da tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica.

Dezenove anos depois, seu agres-sor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídi-

cos, ficou preso por dois anos. Sol-to em 2002, hoje está livre. Com 68 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

Em 2001, conseguiu que a Comissão Interamericana de Dire-itos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) con-denasse o Brasil por negligência e omissão pela demora na punição do marido. Em 2006, o presidente Lula sancionou a lei 11.340, a lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência familiar contra a mulher e prevê que os agressores se-jam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada. Além disso, aumenta a pena máxima de um para três anos de detenção e acaba com o pagamento de cestas básicas, como acontecia anterior-mente com os agressores.

Hoje, Penha é colaboradora de honra da Coordenadoria de Mulher da Prefeitura de Fortaleza, dá pal-estras em faculdades e recebe hom-enagens por todo o país.

Verificamos um grande avanço dentro do contexto da violência doméstica com a aprovação, da Lei Maria da Penha.

Lei que tipifica e define o fenôme-no da violência doméstica, institu-indo a criação de juizados especiais, possibilitando a prisão do agressor em flagrante, dando maior proteção à ofendida, permitindo a retirada da queixa somente perante o juiz, vedando a entrega da intimação ao agressor pela vítima, extinguindo a pena de cesta básica e promoven-do punições mais efetivas, dentre outras providências que fazem com que esse fenômeno seja menos banalizado.

Entenda melhor a Lei Maria da Penha

Depois de um dia cansa-tivo, todo atarefado com problemas do trabalho,

família e estudos. Chegar em casa e poder finalmente descansar che-ga a ser um milagre. Largamos tudo a nossa volta por um momentinho de cochilo, esquecendo inclusive de retirar a maquiagem acumulada durantes horas, e é ai que comete-mos um dos maiores erros. Além de prejudicar a pele acabamos sentin-do peso maior depois quando a idade começa a nos atingir, trazen-do doenças e manchas na pele.

Um dos lugares mais sensíveis e que precisam de um cuidado maior, é o nosso rosto, e acreditem muitos especialistas concordam com isso.

Além de demostrar fisicamente uma aparência mais saudável e bela, também nos livramos de problemas futuros.

Mas muitos ainda insistem em cometer esse mesmo erro, então aqui vai 5 motivos para não dormir com maquiagem:

1. EspinhaA maquiagem entope os poros

quando usada por longos perío-dos, sim a acne! Portanto, mesmo que chegue cansada em casa use demaquilante e sabonete de limpe-za para remover tudo. A dica vale inclusive para aquelas maquiagens que dizem tratar a acne e podem ser usadas durante o sono, o que não pode, pois elas também vão manter seus poros entupidos.

2. Sua pele fica desnutridaA pele maquiada não sintetiza da

mesma forma os nutrientes. É du-rante o sono (e limpa) que ela absor-ve tudo que precisa do organismo. Se estiver suja e com maquiagem os nutrientes não serão aproveitados da forma correta. Isso significa um rosto pouco nutrido e ressecado.

3. Envelhece A pele suja envelhece mais rápi-

do justamente porque não consegue absorver os nutrientes necessários

para ficar bonita. Trazendo prob-lemas futuros.

4. A pele fica mais oleosaNa adolescência, a tendência é

que a pele seja um pouco mais oleo-sa, mas isso pode piorar, e inclusive afetar em outras certas idades. E ao dormir com o rosto sujo de ma-quiagem, deixa a sua pele mais pro-pensa a ficar oleosa, trazendo nova-mente a acne.

5. Pode causar alergiaPrincipalmente na região do

olho. Essa região da pele - que além de base e corretivo, recebe muita sombra, delineador e máscara para cílios - é mais sensível e propensa a ter alergia quando se dorme ma-quiada.

Ou seja, não durma maquiada. Cuidar da pele sempre é uma boa opção para a saúde e bem-estar. Além de ficar mais bonita e conser-var sua beleza por muito mais tem-po.

Por que dormir maquiada faz mal a pele?

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cINEMA

Nós, mulheres, sabemos que a nossa vida não gira em torno apenas dos

homens. Temos estudos, família, trabalho, hobbies e outras questões que nos são importantes. Nossas conversas com amigas também não são apenas sobre homens.

N o cinema, como várias, é uma área predominantemente mascu-lina. Quantas diretoras de cinema reconhecidas você conhece? Quan-tas delas ganharam o Oscar? Uma frase que ilustra bem isso é: “Quan-to mais perto do topo chegamos, menos mulheres encontramos”.

Quem afirmou isso foi a nigeri-ana Wangari Maathai, ganhadora do Nobel da Paz. Somos minoria nas profissões, principalmente se tratando de cargos mais altos.

Esse fato, de não haver um núme-ro legal de mulheres em cargos de-cisivos no cinema, é um dos fatores que atrapalha a nossa representativ-idade.

Os produtores e diretores dão a sua interpretação para determinado fato, fazem um filme sobre isso, nós assistimos e passamos a considerar como algo verdadeiro, como uma regra. Perdemos de vista quantos

filmes tratam a figura da mulher como indefesa, boba, que precisa ser resgatada e, pior, a única person-agem sexualizada de toda a trama. É uma fórmula que vende, mas não nos representa.

Um filme não é só um filme. Ele tem o poder de reforçar estereótipos e discursos dos quais tentamos fugir diariamente.

Nessa edição, separamos algu-mas das personagens que melhor representam o poder feminino no cinema, além de terem grandes papeis e importância na trama do filme.

The Hunger Games é uma saga recém-chegada nas livrarias e também nos cinemas, já no seu lançamento do último filme da franquia, A Esperança traz grandes expectativas. Além de uma distopia que se passa na miserável Panem, temos uma protagonista que foge da característica “donzela em perigo”: Katniss carrega sua família nas costas desde a morte de seu pai. Se ofere-ceu no lugar de sua irmã caçula para lutar nos Jogos Vorazes, onde suas atitudes fez não só seu distrito, mas os outros distritos despertarem contra a manipulação e o abuso de poder do Presidente Snow e da Capital, re-sultando em um revolução liderada pela própria. Tudo para salvar sua família. Guerreira, astuta e valente, Kat-niss Everdeen é sem dúvida uma das personagens fictí-cias que representa a mulher da nova geração.

Apesar de ser considerada uma saga infan-to/juvenil, Harry Potter conquistou o mundo pelos seus personagens de característica forte. E uma dessas personagens é sem dúvidas Hermione Granger. Desde criança, Granger mostra um amadurecimento e inteligência de gente grande, embora no início, isso tenha se tornado um problema para se relacionar com as pessoas. Já que, a primeira vista, ela é taxa-da como “arrogante”. Mas, como as aparências enganam, no decorrer da história percebemos que Hermione é muito mais do que uma garota inteligente; é uma menina sensível, de coração grande, capaz de renunciar a tudo para ajudar aqueles que mais ama.

Depois do grande sucesso que o jogo gerou, foi lançando a sequencia de filmes de Residente Evil. Porém dessa vez patrocinado por uma das perso-nagens menos importantes do jogo, Alice, que no longa acabou ganhando um grande público.

Durona, inflexível, impetuosa e independente. Alice é a típica heroína dos filmes de ação: É aquele tipo de mulher que segue sua intuição e suas es-tratégias, não gosta se receber ordens e de ser dom-ada por ninguém.

Alice só teve um par romântico, mas não teve tempo para protagonizar cenas românticas. O dever sempre será colocado em primeiro lugar.

Um dos filmes mais clássicos do cinema, sempre bem vistos pelos diretores e pelos cinéfilos fãs do gêne-ro.

Uma mulher que teve sua vida destruída por ter-ceiros é capaz de fazer enormes estragos. Kiddo é uma mulher que busca vingança contra um grupo de as-sassinos que assassinou seu noivo e quase a matou com um tiro na cabeça. Ao acordar do coma 4 anos depois, ela faz um lista extensa de todos que tentaram te de-struir e mata um por um. Nesse filme, Uma Thurman protagoniza uma das cenas mais icônicas do cinema: A da sua personagem, vestindo um macacão amarelo lutando contra um batalhão de ninjas.

Uma das franquias mais famosa da história do cinema, já com seis filmes que arrecadaram milhões. Na primeira sequencia de filmes de Star Wars, Leia foi praticamente a única personagem feminina, e a única com um papel realmente importante na saga. Principalmente em O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, Leia é muito participativa em vários momentos decisivos, além de ser uma das personagens mais querida de toda a franquia.

O próximo filme da serie será lançada em breve pela Disney, que também fez um anunciamento de um provável jogo da franquia.

Jogos Vorazes - Katniss Everdeen Harry Potter – Hermione Granger

Residente Evil - AliceKill Bill – Beatrix Kiddo

Star Wars – Princesa Leia

O papel feminino no cinema

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mATÉRIA DE caPA

Entendendo melhor o FeminismoAs polêmicas e ideologias sobre as lutas pelo

direito da mulher

Muitas pessoas não tem uma noção concreta sobre os movimentos

feministas, sobre o que é feminis-mo e quais são as lutas pelas quais o movimento tenta vencer na socie-dade.

Feminismo é um movimento social, filosófico e político que tem como meta direitos iguais e uma vivência humana, por meio do em-poderamento feminino e libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero.

De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do fem-inismo pode ser dividida em três “ondas”. A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960

e 1970, e a terceira teria ido da déca-da de 1990 até a atualidade.

Na revolução francesa (1789) já erasse conotado sobre o assunto do contexto feminista, ou melhor, sobre os direitos das mulheres. Em 1791, a revolucionária Olímpia de Gouges compôs uma declaração, proclamando que a mulher possuía direitos naturais idênticos aos dos homens e que, por essa razão, tinha o direito de participar, direta ou in-diretamente, da formulação das leis e da política em geral.

Embora tenha sido rejeitada pela Convenção, a declaração de Gouges é o símbolo mais represen-tativo do feminismo racionalista e democrático que reivindicava igual-dade política entre os gêneros mas-

culino e feminino naquela época.No século 19, na Inglaterra, o

feminismo teve um novo recomeço, o surgimento do feminismo emanci-pacionista, que nada mais é, a forma de trazer para a sociedade um novo pensamento sobre o direito da mul-her. Lutando assim pelo direito de voto, de instrução, de exercer uma profissão ou de poder trabalhar.

Outro movimento surgiu nos Estados Unidos, na segunda meta-de da década de 1960, o feminismo contemporâneo, que se alastrou para diversos países industrializa-dos entre 1968 e 1977.

O Feminismo Contemporâneo é a luta pela libertação da mulher, a própria superação dos movimentos sociais emancipatórios, cuja reivin-

dicação central estava baseada na luta pela igualdade (jurídica, políti-ca e econômica). Desse modo, ele atua com base numa perspectiva de superação das relações conflituosas entre os gêneros masculino e femi-nino, recusando o estigma ou noção de “inferioridade”.

O movimento obteve muitas vitórias, tanto nos países industri-alizados como nos países em desen-volvimento. O divórcio e o aborto foram dois temas que marcaram o movimento durante a década de 1970.

Entre o final da década de 1970 e início da de 1980, o movimento feminista entrou em declínio, em razão das profundas transformações (sociais, políticas e econômicas) que atingiram as sociedades. Crises

econômicas, o surgimento do nar-cotráfico, da violência e do terror-ismo, com sérias ameaças à coesão social, foram temas que ganharam maior atenção do público e da cena política.

O feminismo avançou consid-eravelmente a partir da década de 1990, retomando a luta reivindica-tiva com base em novas demandas sociais. O movimento desafiou os paradigmas do momento anterior do feminismo, colocando em dis-cussão a micropolítica e a discussão sobre o que é melhor para as mul-heres. As questões mais importantes defendidas pelas mulheres estão as discussões relativas à questão cul-tural, social e política da cor, princi-palmente a participação da mulher negra na sociedade. Assim como o

debate do feminismo da diferença, cuja discussão se centrou nas dif-erenças entre os sexos, enquanto que outras vertentes consideram não haver diferenças entre homens e mulheres, cujos papeis estariam socialmente condicionados.

A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos que se manifestam em diversas discipli-nas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.

Lembrando também um dos marcos mais importantes da história, o primeiro Dia Nacional da Mulher, que foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quan-do cerca de 1500 mulheres aderi-ram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política.

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Simone de Beuavoir, escri-tora, ícone do feminismo e filósofa integrante do

movimento existencialista. Nas-ceu na cidade de Paris, na França, em 1908. Em 1949, lançou o livro revolucionário “O segundo sexo”, dizia que a mulher poderia es-colher o seu próprio destino. A frase polémica que ficou marcada para todos os leitores do livro foi “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Dizia-se que as mulheres eram manipuladas sobre toda a forma do poder do homem.

Muitos revelavam que ela era fria, dogmática, mas na verdade ela era mais humana. Optou por não ter filhos e falava que a mater-nidade era uma escolha. Em 1970, com as revoluções na França, o seu livro saiu dos centros acadêmicos e foram muito mais além, com man-ifestos de união das mulheres. Um de seus pensamentos, onde as mul-heres deviriam se juntar prol a seus direitos de escolher seu próprio caminho.

Bertha Maria Júlia Lutz, nasceu em São Paulo, e estudou ciências

naturais na Universidade de Par-is. Em 1919 começa a se destacar na busca de igualdade de direitos jurídicos entre os sexos, ao se tor-nar a segunda mulher a ingres-sar no serviço público brasileiro, após ser aprovada em concurso do Museu Nacional, no Rio de Janei-ro. No mesmo ano funda a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher. Em 1922 representa as brasileiras na assembleia-ger-al da Liga das Mulheres Eleito-ras, nos Estados Unidos, onde é eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Ao regressar, cria a Federação Brasileira para o Pro-gresso Feminino, que substitui a liga criada em 1919, para encamin-har a luta pela extensão de direito de voto às mulheres. O direito de voto feminino é estabelecido por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas apenas dez anos depois, em 1932. Em 1936 assume uma cadei-ra de deputada na Câmara Federal. Durante seu mandato, defende a mudança da legislação referente ao trabalho da mulher e dos menores de idade, propondo a igualdade

salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.

Carlota Pereira de Queiroz, a primeira deputada eleita no Brasil, em 1934. Médica, pedagoga e políti-ca. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1926, com a tese “Estudos sobre o Câncer”. Foi comissionada pelo governo de São Paulo em 1929 para estudar Dietética Infantil em centros médicos da Europa. Fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, em 1950. Foi a primei-ra deputada federal da História do Brasil, eleita pelo estado de São Pau-lo em 1934, fez a voz feminina ser ouvida no Congresso Nacional, par-ticipando da Constituinte que apo-sentou a Constituição da República Velha.

Maria da Penha Maia Fernandes, farmacêutica bioquímica formada pela Universidade Federal do Ceará e mestre em parasitologia pela USP, exigiu na justiça que seu agressor fosse condenado. Sua luta virou modelo para a Lei 11.340 que au-mentou o rigor nas punições para

violência doméstica e familiar no Brasil.

Em 2001, conseguiu que a Comissão Interamericana de Dire-itos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) con-denasse o Brasil por negligência e omissão pela demora na punição do marido. Em 2006, o presidente Lula sancioou a lei 11.340, a lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência familiar contra a mulher e prevê que os agressores se-jam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada. Além disso, aumenta a pena máxima de um para três anos de detenção e acaba com o pagamento de cestas básicas, como acontecia anterior-mente com os agressores. Hoje, Penha é colaboradora de honra da Coordenadoria de Mulher da Pre-feitura de Fortaleza, dá palestras em faculdades e recebe homenagens por todo o país.

Dilma Vana Rousseff foi a pri-meira mulher eleita à presidência no Brasil. Nasceu em Belo Horizonte em 14 de dezembro de 1947. Iniciou sua militância política aos 16 anos e

ingressou na luta armada contra a ditadura militar. Foi presa em 1970 por quase três anos e submetida à tortura. Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para Porto Alegre e for-mou-se em Economia na Universi-dade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em 1980, ajudou a fundar o PDT, legenda a qual permaneceu filia-da até 2001, quando entrou para o PT. Durante a campanha de 2002, que levou Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, Dilma ganhou de-staque na equipe responsável por formular o plano do governo na área energética. Foi convidada en-tão a ocupar a pasta de Minas e En-ergia em 2003. Permaneceu no car-go até 2005, quando substituiu José Dirceu, atingido pelo escândalo do mensalão, na Casa Civil.

Em 2009, revelou que se subme-tera a tratamento contra um linfo-ma descoberto em exame de roti-na. Após sessões de radioterapia e quimioterapia, anunciou que estava curada do câncer. Meses depois, teve sua candidatura à Presidência oficializada pelo PT.

Feministas importantes da história

Entre as brasileiras, a avaliação de que “a situação das mulheres” está melhor, “em comparação com a vida uns 20 ou 30 anos atrás”, subiu de 65% para 74% entre 2001 e 2010.

De 2001 a 2010 aumentou de 21% para 31% o contingente de bra-sileiras que se considera feminista (depois de reclassificadas as respos-tas das que se disseram feministas mas claramente confundiam femi-

nista com feminina – 13% em 2001 e 9% em 2010). Disseram não saber se são ou não feministas 18% (25% em 2001).Já em questão do machis-mo, para 90% dos homens e 94% das mulheres hoje (89% em 2001), há machismo no Brasil – para 58% e 67% (antes 73%), respectivamente.

Apenas 22% dos homens, no entanto, consideram-se machistas (4% muito).

Índices atuais no Brasil

mATÉRIA DE caPA

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pREVENÇÃO

Tipos de câncer que tinge as mulheresO câncer é a segunda cau-

sa de morte natural que tem mais frequência nos

tempos modernos. Por mais que a medicina avence junto às tecnolo-gias, e a cura as vezes quase impos-sível.

A prevenção está bem mais per-to do que pensamos. O tabagismo, o sedentarismo e a alimentação in-adequada colaboram para os surg-imentos de tumores. Algumas mu-danças nos hábitos já reduzem as chances de ter uma doença.

A detecção precoce também é essencial para um diagnóstico, pois tratado com antecedência, podemos evitar mortes.

Abaixo temos os cinco tipos de câncer que mais atingem a popu-lação.

MamaO mais comum entre as mul-

heres e o segundo mais frequente no mundo, só perde para o de pulmão. São mais de 52 mil novos casos por ano, uma estimativa que pode mu-dar a população feminina hoje em dia. O autoexame e a mamografia anual depois dos 40 anos são funda-mentais para descobrir nódulos em estágios iniciais e menos complica-dos de se tratar.

Sintomas: mudança no aspecto da pele ou se sente nódulos nos sei-os ou nas axilas. Dor nas mamas e secreção nos mamilos também são sinais de alerta.

Colo de úteroÉ o segundo mais frequente das

brasileiras, é o HPV, vírus trans-mitido principalmente por meio de

relações sexuais. A detecção é feita pelo Papanicolau, exame realizado muitas vezes por um ginecologista. A sua prevenção é feita por vacina contra o vírus e é claro o sexo se-guro.

Sintomas: Em sua fase inicial a mulher pode não sentir nada. Se o câncer já estiver em fase avançada, pode haver sangramento vaginal e dor abdominal.

TireoideO tumor nessa glândula, que

controla inúmera funções do me-tabolismo, é mais frequente nas mulheres, é um dos tipos que costu-ma ser pouco agressivo.

Sintomas: Nódulo na tireoide, são detectados com exames de im-agens, e rouquidão prolongada po-dem indicar a presença de tumores.

EVITE! A maior parte dos tipos de câncer pode ser evitada.

Se tomar cuidados como alimentação saudável e mu-danças nos hábitos, vai diminuir as chances de ter um tumor.

- Conquiste uma alimentação com menos gordura e alimentos industrializados, frutas, grãos, legumes e

verduras, são essenciais;- Não fume;- Evite o consumo de álcool;- Sempre faça um acompanhamento médico;- E para uma prevenção mais rápida e fácil, con-

heça seu corpo, faça o autoexame e fique atenta aos sinais que seu corpo dá.

O descobrimento precoce de uma doença pode evitar grandes problemas no futuros, faça o autoexame!

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Page 9: Revista it woman

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VOZ DAS MULHERES

A sociedade está mudando com ela, as novas tecnologias e os novos jeitos de pensamento. Homens fazendo serviço de mulher e mulher

fazendo o serviço dos homens, uma ideologia que du-rantes muitas épocas não se via com tal frequência.

Homens estão lavando e passando, mulheres dirig-indo uma empresa e até mesmo seus próprios carros, consequência do novo século. Mas nem sempre foi de-sta maneira.

Eles estão cada vez mais conseguindo se firmar em assuntos e situações, que antes vistas, não se era co-mum. Se fizemos uma pesquisa com o seguinte ques-tionamento: “Quem é quem manda na sua casa, você ou sua esposa?” teríamos mais resposta de “Minha esposa é claro” e poucas como “Eu, onde já se viu uma mulher mandar em casa”. Concluiríamos que os tempos muda-ram e que o machismo já não é tão evidente como antes.

Mas na verdade as mulheres sempre mandaram em suas casas, vidas e até mesmo na escolha de um produ-to. Nos anos 50 quando o capitalismo estava em evi-dência e a tamanha demanda de produtos para cozinha e o bem estar familiar em propagandas era frequente o uso de mulheres em comerciais e até mesmo algumas marcas.

Podemos dizer que isso foi uma das suas libertações. No ponto de vista que, é claro que as mulheres tiveram suas lutas pelos seus diretos e tudo mais, elas conse-

guiram um papel importante de pode escolher cada coisa que entra na sua casa. Elas vestiam seus maridos, seus filhos e lavam roupas com os produtos que elas mesmas escolhiam e no supermercado era elas que fa-zia compras.

Até o ponto que elas conseguiram fazer dinheiro com as próprias mãos, fazendo consertos de roupas e logo depois abrindo um salão de cabelereiro, coisa que somente homens possuíam. E descobriram assim o que poderiam fazer e que eram descriminas.

Mas o fato da mulher ser um ícone importante, é que os homens não vivem sem elas. Uma vez que precisam comer recorrem à suas esposas e mães. E não para por ai.

O fato que agora podemos sim, mudar as coisas. Hoje em dia dirigimos muitos cargos importantes em empresas de sucesso, temos o nosso próprio negócio e conseguimos conciliar família/emprego/beleza e saúde.

As mulheres ainda estão buscando um reconheci-mento grandioso, uma posição muito melhor e menos discriminação perante a sociedade machista que hoje está perdendo força.

No entanto, não podemos deixar de lado que os homens estão evoluindo, pois até mesmo eles têm que abrir seus ares para outras formas de vivência. Todos precisam saber como fazer suas tarefas diárias e entend-er que as mulheres também podem!

Eles não vivem sem a gente!Por Beatriz Chaves

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