revista interbuss - edição 79 - 29/01/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 79 29 de Janeiro de 2012

SÃO PAULOVOLTA A INVESTIREM TRÓLEBUS

No aniversário da cidade, mais de 20 novos veículos elétricos foram entregues, entre eles

um de 15 metros com chassi Scania; outroscombustíveis alternativos também estão em

alta na capital paulista

A GALERIA DE IMAGENS DOPORTAL INTERBUSS ESTÁ DE VOLTA!160 FOTOS NA 2ª ATUALIZAÇÃO!VEJA NESTA EDIÇÃO COMO COLABORAR E COMO VER AS FOTOS NO PORTAL INTERBUSS, TODAS AS SEMANAS

SÃO PAULOVOLTA A INVESTIREM TRÓLEBUS

VOCÊ PEDIU,NÓS ATENDEMOS!

A GALERIA DE IMAGENS DOPORTAL INTERBUSS ESTÁ DE VOLTA!A 2º ATUALIZAÇÃO JÁ ESTÁ NO AR! www.portalinterbuss.com.br/galeriadeimagens

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TODA SEMANA, NOVAS FOTOS! A CLÁSSICA GALERIA DE IMAGENS DO PORTAL INTERBUSS, AGORA VOCÊ TEM ALTERNATIVA!

Atenção: as fotos enviadas anteriormente a 01/01/12 serão descartadas e não valem para esta nova Galeria, porém podem ser reenviadas ao e-mail.

PORTAL INTERBUSS Junto com você, sempre!

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| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Ribeirão Preto terá nova licitação para o transporte coletivoJustiça suspendeu o primeirocertame e a prefeitura optou por não recorrer, por isso fará umanova concorrência 13

Confira também as melhores fotos da semana em outros sitesespecializados em fotografias de ônibus! 24

| A Semana Revista

Sindicato pede a impugnação da recuperação da BusscarSão indicados diversos pontos em desacordo. Continuação dosNielson no comando é um deles 07

Galeria do Portal InterBuss éatualizada e fotos em destaque estão aqui na Revista

Outras tecnologias alternativas também estão sendo implantadas pelas empresas operadoras do transporte local

São Paulo recebenovos trólebus

Página 16

São Paulo recebenovos trólebusOutras tecnologias alternativas também estão sendo implantadas pelas empresas operadoras do transporte local

ANO 2 • Nº 79 • DOMINGO, 29 DE JANEIRO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 14h18

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraVisita à COHAB Raposo Tavares 20

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALObras avançadas e atrasadas para a Copa 6

SEU MURALA seção especial do leitor 22

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO Bilhete Único no Estado de São Paulo 19

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Colunistas

A troncalização com o uso doBilhete Único em cidades paulistasMarisa Vanessa N. Cruz comentasobre a implantação e o uso doBilhete Único em diversas cidades do Estado de São Paulo 19

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: A coluna de William Gimenes e o Diário de Bordo,excepcionalmente, não são publicados nesta edição.

E não percam a terceira atualização da nova Galeria deImagens do Portal InterBuss, que será no próximo sábado, dia 4.Envie sua foto para [email protected]

NOVOS METROPOLITANAEmpresa capixaba entrega novos Volvo B270F 23

| Deu na Imprensa

Norwegian Air compra 372novas aeronaves de uma só vezCompra é a maior já feita naEuropa e tem aeronaves da Boeing e da Airbus 18

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

Mateus Barbosa

COLUNISTAS Adamo BazaniSão Paulo precisa mudar a política de mobilidade 26

PRÊMIO TRANSPORTE SUSTENTÁVELSan Francisco e Medellín são premiadas 21Página 16

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos a Mateus Barbosa pelo envio do pôster e a Franz Hecher pela matéria sobre a Metropolitana, do ES.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Demoraram, mas as obras de mo-

bilidade para a Copa do Mundo de 2014 fi-

nalmente começaram a sair do papel. Além

do Rio de Janeiro, que está com as obras em

estágio mais avançado em relação a todas as

outras cidades, a Grande Recife também já

está colocando em prática o projeto do cor-

redor de ônibus expresso, Manaus também

já começou algo nesse sentido e Curitiba já

anunciou várias medidas na área de trans-

porte para os dias de jogos, já que a cidade

tem praticamente pronta toda a infraestrutu-

ra necessária para locomover os torcedores.

As cidades que mais decepcionam

até o momento são Cuiabá e São Paulo. A

capital matogrossense está envolvida em

um inbróglio enorme por conta de estudos

provavelmente fajutos beneficiando o pro-

jeto do VLT em detrimento ao de corredores

BRT, que são mais baratos e mais rápidos

de serem construídos, e tais estudos induzi-

ram a presidente Dilma Rousseff ao erro de

apoiar tal troca. E em São Paulo, nenhum

projeto decente está em andamento, nem de

metrô, nem de trem e nem de corredor de

ônibus.

Como já foi dito em outra oportuni-

dade neste mesmo espaço, a Zona Leste de

São Paulo, região onde está localizada a obra

do estádio que irá receber os jogos da Copa,

está enfrentando graves problemas estrutu-

rais no setor de transportes, os modais que

fazem o deslocamento diário dos moradores

da região estão saturados há tempos e para

piorar as empresas de ônibus que operam no

setor são péssimas e estão sob investigação

do Ministério Público. Os governos munici-

pal e estadual estão apostando numa redução

da demanda (por ser decretado feriado no

dia dos jogos) para que os torcedores pos-

sam utilizar o Metrô para fazer esse desloca-

mento. O que tem que ser visto é que até lá,

Obras da Copa avançam em alguns lugares e em outros...

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial

a demanda já vai ter aumentado (e muito) e

a saturação do sistema ficará mais crítica do

que está.

Seria necessária a criação de cor-

redores de ônibus e uma rede de linhas

alimentadoras para que a população tenha

opções de deslocamento na região, além de

dissipar a grande concentração de passagei-

ros em poucas regiões, como por exemplo

as estações de trem, que ficam superlotadas

nas horas de pico, simplesmente por ser uma

opção mais rápida e mais fácil de transporte.

Voltamos a parabenizar o estado

do Rio de Janeiro e a prefeitura da capital

pelas obras dos corredores BRT e da am-

pliação do Metrô. O corredor Transcarioca

teve o início de suas obras há pouco tempo

e já está avançando a passos largos. É assim

que o trabalho deve ser feito, com determi-

nação, velocidade e qualidade, pois também

de nada adianta fazer obras com pressa, mas

com baixa qualidade.

A Copa do Mundo está batendo às

portas. Algumas prefeituras devem começar

a se mobilizar já, sem perda de tempo, pois

o tempo está correndo.

REVISTAINTERBUSS Expediente

• Diário [email protected] Mais um obstáculo para a Buss-car nas negociações com o Sindicato dos Mecânicos de Joinville para viabilizar a reto-mada da empresa. A entidade que representa os trabalhadores entrou nesta sexta, na 5ª Vara Cível de Joinville, com um pedido de impugnação do plano de recuperação judicial da fabricante de carrocerias de ônibus. A decisão foi tomada no início da semana, quando a diretoria do sindicato se reuniu para elaborar uma estratégia de ne-gociação e optou por pedir a impugnação na Justiça. O objetivo principal é melhorar as propostas de pagamento destinadas aos traba-lhadores. — Sabemos da urgência do caso. Não podemos esperar um mês pela lista de credores para tomar uma atitude sobre o que julgamos injusto com os trabalhadores —, revela Luiza de Bastiani, advogada da en-tidade. No documento enviado à Justiça, o sindicato aponta mudanças a serem feitas no plano de recuperação. Segundo ela, a questão principal é a qualidade do plano, que não estaria contem-plando de forma justa os trabalhadores. — Há problemas nos créditos traba-lhistas nos quesitos de redução, parcelamento e tratamento diferenciado aos funcionários. O presidente do sindicato, João Bruggmann, defende que muitas mudanças devem ser feitas para que a recuperação da Busscar seja concretizada. Segundo ele, o documento de impugnação foi desenvolvido pela diretoria da entidade após pesquisas e estudos. — Não queríamos que as mudan-ças fossem apontadas somente na assembleia porque o risco de rejeição por unanimidade é grande. Isso, infelizmente, levaria à falência da Busscar. Queremos evitar isso.

Avaliação só depois da lista de credores

Maicon Igor Barbosa

Novo round da crise

O pedido de impugnação feito pelo sindicato só será avaliado pela 5ª Vara Cí-vel após a publicação da segunda relação de credores da companhia, prevista para ocor-rer até 19 de fevereiro. A partir daí, todos os credores têm 30 dias para fazer objeções ao plano de recuperação judicial. Na prática, o que o sindicato fez foi adiantar-se ao prazo, dando uma manifestação contrária ao pla-no. Quando o prazo expirar, o juiz Maurício Cavallazi Povoas vai reunir todas as declarações – inclusive a opinião do ad-ministrador judicial da Busscar, Rainoldo Uessler – para dar seu parecer sobre o plano. A assembleia acontece de qualquer forma e, ainda que não haja a concordância dos cre-dores e o juiz ache que a proposta é viável, o plano poderá ser aplicado. O advogado da fabricante de carro-cerias, Euclides Ribeiro, garante que o pedido de impugnação do sindicato não atrapalhará o cronograma do plano de recuperação. — Nossa agenda é positiva. Esta-mos produzindo e contratando funcionários. Ele lamenta a impossibilidade de negociação com o Sindicato dos Mecânicos e afirma que a Busscar está mais confiante do que nunca. — Temos o apoio do Poder Judi-ciário, que acredita na recuperação judicial da Busscar.

PONTOS CRITICADOS O que o Sindicato dos Mecânicos de Joinville não gostou do plano de recuperação judicial da Busscar:

- Não há menção de saída da família Nielson da administração da sociedade.

- O plano está baseado em operação com a Guatemala, que não tem perspectiva ime-diata de retomada dos embarques. O ativo a ser conseguido representa mais de 70% da produção de 2012.

- Os credores teriam que aceitar descontos, carências e taxas de juros subsidiadas, que reduzem seu crédito para até 15% do valor.

- O plano concede tratamento diferenciado para credores de mesma classe.

- O plano prevê o pagamento aos credores trabalhistas em prazo superior a um ano, em violação ao art. 54 da Lei de Falências.

- Não há plano para pagamento da dívida tributária (cerca de R$ 477 milhões), sendo que os programas de parcelamento do go-verno se estendem a no máximo 60 meses, comprometendo a receita mensal em mais de R$ 5 milhões.

- A administração da empresa ainda acredi-ta na obtenção do crédito prêmio de IPI em relação às exportações após o ano de 1990, mesmo tendo conhecimento das inúmeras de-cisões judiciais em sentido contrário, inclu-sive do STF.

- Com a aprovação do plano, a administração ficará autorizada a vender ativos que hoje são a garantia dos credores.

BUSSCAR • Plano deretomada estácomplicado

A S E M A N A R E V I S T ADE 23 A 29 DE JANEIRO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 29/01/12 07

Diversos pontos darecuperação judicial daencarroçadoradesagradaram o sindicato

Sindicato pede impugnação da recuperação da Busscar

29/01/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

Prefeitura avalia pedido de aumento de tarifa de ônibus para R$ 2,95 A Coordenação de Regulação de Transportes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já analisa o reajuste solicitado para a tarifa de ônibus na capital gaúcha. O cálculo para a nova tarifa acontece em razão do pedido de aumento protocolado na tarde desta quinta-feira (26), pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Os empresários pedem reajuste de 9,26%, que elevaria de R$ 2,70 para

Porto Alegre

• Jornal do Comércio [email protected]

R$ 2,95 o valor da tarifa. Após concluída a análise do aumento de todos os itens inseridos na planilha tarifária, como o salário dos rodoviários, pneus, combustível, carro-ceria, chassis, entre outros, o processo com o cálculo tarifário (definido pelo Decreto 14.459/04) será enviado para apreciação dos integrantes do Conse-lho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu). O resultado será encaminhado ao prefeito José Fortunati, para definição do valor.

O preço atual da tarifa do siste-ma de transporte por ônibus da Capital é R$ 2,70. A forma de reajuste é defi-nida pela Lei 8023/97. Estabelece que as tarifas somente poderão ser reajustadas a pedido das empresas de ônibus (Seopa) quando na data-base da categoria profis-sional dos rodoviários, por ocasião da revisão salarial (rodoviários aprovaram na quarta-feira um reajuste de 7,5%), ou quando a inflação acumulada desde o último reajuste, medida pelo IGP-M da FGV, ultrapassar 8%.

Revolta

Passageiros depredamônibus que teve pane• Correio da Bahia [email protected] Os passageiros de um ônibus da empresa São Miguel incendiaram o veículo na noite desta segunda-feira (24) depois que ele apresentou problemas mecânicos e tombou durante uma viagem no município de Itabuna, Sul da Bahia. De acordo com informações do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) da região, o incidente acon-teceu por volta das 19h30 em uma estrada de terra nas proximidades do distrito de It-amaracá. Segundo a PM, o ônibus teria que-brado e tombado parcialmente por causa da má conservação da via. Algumas pessoas ficaram levementes feridas com o acidente, e o motorista do veículo fugiu do local. Re-voltados, os passageiros atearam fogo no ônibus. Uma viatura do Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local para socorrer as vítimas. As chamas foram controladas por uma unidade do Cor-po de Bombeiros, e ninguém ficou ferido furante o incêndio. Ainda conforme a polícia, nenhum dos passageiros dos ônibus apontou quem seria o autor do incêndio, e por causa disso, ninguém foi responsabilizado pelo fato.

NOVA FROTA • Ela representa menos 100 toneladas de poluentes por mês na atmosfera

Novos ônibus reduzem emissão de poluentes

Curitiba

• Paraná Online [email protected]

operação - 1.915 ônibus, com idade média de 4,6 anos - o índice de emissão de poluentes no ano passado, foi 35,7% menor do que o limite estabelecido pela legislação brasileira. A média ponderada na emissão de partículas ficou em 1,01m-1, enquanto o limite estabelecido em lei é de 1,57 m -1 . A unidade m - 1 é um valor de referência nas medições de opacidade e indica a quantidade de luz absorvida pela fumaça, no espaço de um metro, entre um ponto emissor e um outro receptor de luz.

A renovação da frota, com 557 ôni-bus zero quilômetro no ano passado, repre-sentou uma redução na emissão de poluentes de quase 100 toneladas por mês, uma econo-mia que vai representar a emissão de 1.185 toneladas a menos de poluentes por ano. A política de renovação constante da frota, adotada pela Urbs e pela Prefeitura, é um dos principais pontos de redução do impacto ambiental do transporte coletivo de Curitiba. Levando em conta toda a frota em

Div

ulga

ção


Câmara quer deliberar sobre aumento de tarifa de ônibus

Maceió

A Câmara Municipal de Maceió deverá aprovar, no próximo mês de março, projeto de resolução de autoria do vereador Ricardo Barbosa (PT) e que tem como objeti-vo alterar o parágrafo 2º do artido 100 da Lei Orgânica do Município. Em outras palavras, busca transferir para a Casa de Tavares Bas-tos a prerrogativa de deliberar sobre a solici-tação dos empresários do transporte urbano na capital, que tentam estabelecer a tarifa de R$ 2,49, valor 39 centavos mais caro que a atual. O argumento do vereador é o de que o aumento da tarifa não pode ser autorizado antes de a licitação do transporte ser concre-tizada. “Apresentamos um projeto idêntico há dois anos, mas acabei derrotado em plenário. Contudo, desta feita, conseguimos aprovar a proposta com dezoito votos, em sessão no último dia seis de janeiro”, recordou Bar-bosa, acrescentando que o segundo turno da votação deverá ocorrer somente em março, devido ao recesso parlamentar e ao feriadão decorrente do carnaval – as atividades legis-lativas serão retomadas em 15 de fevereiro. O objetivo, ainda segundo o vereador, é ampliar o debate sobre o tema, permitindo a efetiva participação da socie-dade, que, para ele, não estaria devidamente representada no Conselho Consultivo da Su-perintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), a quem cabe a discussão sobre o pleito formulado pela Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal). Outra intenção é incentivar a comu-nidade a debater o tema em sessão pública na Câmara de Vereadores, ‘ao invés de em um gabinete’, transmitindo-a por meio da TV Câ-mara.

Justiça indeferiu pedido Em novembro do ano passado, o juiz substituto da 14ª Vara Cível da Capital, José Eduardo Nobre, negou liminar impe-trada pela Transpal visando à condenação do Município de Maceió no tocante ao processo de reajuste da tarifa de ônibus. Para o magis-trado, a antecipação de tutela acarretaria na impossibilidade de se ressarcir o usuário com a diferença de tarifa, no caso de a medida vir a ser revertida mais adiante, no decorrer do

• Gazeta Web [email protected]

processo. Em sua decisão, o juiz Eduardo No-bre se reportou ainda ao fato de a maioria dos usuários do transporte público em Maceió ser composta por pessoas de baixa renda, ‘que terão provavelmente dificuldade para arcar com a tarifa em tais valores’. Na ação, a Transpal argumentou que a tarifa estaria defasada já há 16 meses, ‘em razão da diminuição gradual dos usuários do serviço de transporte público e do aumento dos encargos gerais da própria atividade, im-plicando em um desequilíbrio econômico-fi-nanceiro’. Em recente entrevista à imprensa, a superintendente da Transpal, Ana Lúcia Martins, argumentou que o novo valor não seria um reajuste, mas uma revisão tarifária já prevista em lei. Mas após reunião do Conselho Municipal de Trânsito (Comtu), a Superin-

tendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) - que integra o referido conselho - defendeu o valor de R$ 2,30. A sugestão é refutada pela Transpal, que lembra o reajuste nos salários dos transportadores e o aumento no valor do combustível como principais jus-tificativas. Já o prefeito de Maceió, Cícero Al-meida (PP), garantiu que somente discutirá o novo valor quando da licitação do transporte público, que ainda está em curso – a promo-tora Fernanda Moreira, da Fazenda Pública Municipal, esteve reunida com o chefe do E-xecutivo, ainda em novembro, quando lhe en-tregou o edital de licitação, com ponderações que deverão ser consideradas pelos órgãos competentes. Em Maceió, a Transpal estima que cerca de 7,8 milhões utilizem o transporte ur-bano mensalmente.

Gazeta W

eb

LICITAÇÃO • Preço da passagem de ônibus deveria subir apenas após o certame


A S E M A N A R E V I S T AReajuste

Tarifa em Florianópolis sobe 3,84%neste domingo e vai custar R$ 2,70 Quem anda de ônibus em Flo-rianópolis e paga a passagem em cartão pré-pago precisará pagar R$ 0,10 a mais a partir de 0h deste domingo. O valor não sofre alteração para pagamentos feitos em dinheiro. Com o reajuste, a passagem co-mum paga em cartão aumenta 3,84%, pas-sando de R$ 2,60 para R$ 2,70. O valor de R$ 2,90, pago em dinheiro, continuará o mesmo. O valor pago na modalidade tarifa social, praticada basicamente nas linhas que operam em torno do Maciço do Morro da Cruz, também sofrerá reajuste. Com valor corrigido em 5,71%, passa de R$ 1,75 para R$ 1,85. Segundo o secretário munici-pal de Transportes, João Batista Nunes, o conselho municipal dos transportes autorizou, no fim do ano passado, que o prefeito reajustasse o valor até o limite do déficit, que hoje é de R$ 0,20. O decreto que reajusta os valores será publicado até sexta-feira. — Os valores serão os mesmos até o fim do nosso mandato. A tarifa de ônibus não aumentará mais neste ano — garantiu o secretário. De acordo com o colunista Rafael Martini, que publicou nota sobre o assunto

• Jornal Floripa [email protected]

AUMENTO • Tarifa de ônibus em Florianópolis vai subir para R$ 2,70 neste domingo

na coluna Visor desta quarta-feira, a inten-ção da prefeitura com este reajuste é evitar

as tradicionais greves relâmpagos, princi-palmente em ano eleitoral.

Criciúma

Usuários reclamam de redução no número de ônibus em circulação À medida em que a quantidade de ônibus circulando em Criciúma diminui, aumentam as reclamações a respeito do serviço. Uma usuária que não quis se identificar, mostrou-se insatisfeita com a redução de horários fora do período letivo e afirmou que não é a única. “On-tem (quinta-feira) eu ouvi o comentário de uma usuária dizendo que ficamos o ano inteiro andando espremidos porque

• Portal Clica Tribuna [email protected]

Divulgação

temos que dividir espaço com os estu-dantes. Agora que temos a chance de es-tar com mais conforto, somos obrigados a continuar andando espremidos porque não há horários suficientes para atender a demanda nos horários de pico”, relatou.

Segundo ACTU,sazonalidade é forte Segundo o diretor da Associa-ção Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), David Tiscoski, existe uma pro-gramação durante o período letivo e outra

fora dele. “É uma prática comum em todos os serviços de transporte urbano, porque há uma diminuição muito grande nessas épocas. Não só os estudantes param de usar o serviço como muitas empresas dão férias coletivas aos funcionários”, jus-tifica. “Não tenho dados concretos de o quanto diminui, mas a sazonalidade que temos é muito significativa. Para se ter uma ideia, são transportadas 1,5 milhão de pessoas por mês. Fora do período leti-vo, acredito que esse número não chegue nem a 900 mil”, afirma.


São Paulo

EMTU testará mais 3 ônibus a hidrogênio O PNUD (Programa das Nações U-nidas para o Desenvolvimento) e o Consórcio que desenvolve o Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio, coordenado pela EMTU/SP, fir-maram contrato para aquisição de três novos veículos, a um custo unitário de cerca de US$ 1 milhão. Assim como o protótipo que vinha sendo testado desde 2009, os novos ônibus não emitirão qualquer poluição, liberando no meio ambiente apenas vapor de água. O prazo de entrega é de 15 meses, o que significa que os ônibus estarão em testes na Região Metropolitana de São Paulo – in-cluindo o ABC – durante o segundo semestre de 2013. A previsão é de que em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, eles já sejam integrados à operação da frota intermunicipal gerenciada pelo Governo do Estado. Os novos ônibus a hidrogênio terão um índice de nacionalização superior ao pro-tótipo já testado. O destaque é o motor elé-trico de tração, que passará a ser fabricado no Brasil. Continuam importados as células a hidrogênio, as baterias auxiliares de tração e os tanques de armazenamento de hidrogênio a bordo.

• Repórter Diá[email protected]

Os veículos serão fabricados com portas dos dois lados, podendo operar tanto pela porta direita como pela esquerda, no caso de corredores onde as operações de embarque e desembarque são realizadas nas plataformas centrais (por exemplo, a exten-são Diadema – São Paulo do Corredor ABD). Para o desenvolvimento de todo o projeto foram destinados US$ 16 milhões. Tecnologia

Os ônibus em aquisição funcio-narão com o uso combinado entre célula a combustível hidrogênio e banco de ba-terias recarregáveis, com recuperação de energia. O sistema híbrido propicia mais economia de combustível e racionalização da energia gerada, pois é possível o reaproveita-mento da energia de frenagem (regeneração) nas baterias de tração nos momentos em que o veículo aciona o freio.

MAIS ÔNIBUS • Novos híbridos devem circular no corredor Diadema

Divulgação

Petrópolis

Terminal urbano em estado precário Espaço obsoleto, o único terminal de ônibus urbanos em Petrópolis, a antiga rodoviária Imperatriz Leopoldina, mostra aban-dono. Sujo, sem local adequado para proteger os usuários, com visíveis sinais de deterioração da estrutura, pelo local passam por dia mais de 30 mil pessoas. Essa semana, o deputado esta-dual Bernardo Rossi e o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo IGor (PMDB) estiveram no terminal a pedido dos usuários. Eles estão encaminhando apelos de melhorias imediatas à CPTrans, companhia de transporte e trânsito, responsável pela área assim como à Prefeitura. - Não tinha água nos banheiros na quarta-feira. Um absurdo porque o espaço ain-da abriga o Restaurante Popular e um posto de Atendimento do Detran. São serviços que atraem grande número de pessoas e nem mesmo os passageiros de ônibus conseguem o mínimo de conforto”, aponta Bernardo Rossi. È franqueada a en-trada de vendedores ambulantes, cachorros de rua perambulam pelo local e nem a aintura pas-sa por manutenção. Parte dos usuários aguarda os coletivos em dias e chuva em espaços sem

• Diário de Petró[email protected]

cobertura. O próprio Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Petrópolis ( Setranspe-tro) condena o terminal hoje usado por 63 linhas de ônibus. Desde que foi inaugurado em 1970 como terminal rodoviário de linhas intermu-nicipais e interestaduais, nunca mais o espaço sofreu uma reforma estrutural, apenas reparos. Desde 2005, com a transferência da rodoviária para o Bingen, o local é usado como terminal

para ônibus urbanos. - A reestruturação do sistema de trans-portes, que hoje passa pela licitação que vai es-colher novas empresas operadoras de 93 linhas, tem de prever, obrigatoriamente, local apropria-do para embarque e desembarque. O que temos hoje com o terminal não condiz com uma cidade como a nossa. As pessoas que usam o terminal vivem um drama diário”, afirma Paulo Igor.

PRECÁRIO • Terminal de Petrópolis está com os sanitários todos destruídos


A S E M A N A R E V I S T AGrande ABC

Ônibus municipais registram queda no número de passageiros em 2011 Os ônibus municipais foram o meio de transporte menos atraente para os mora-dores do ABC, Grande São Paulo, no ano passado. Enquanto trem, trólebus e veículos particulares ganharam milhares de novos adeptos, as linhas administradas pelas pre-feituras tiveram queda de público. Das três cidades, apenas São Caeta-no teve pequeno aumento, de 7,3 milhões para 7,6 milhões de passageiros na compa-ração entre 2010 e 2011. Santo André e São Bernardo, que ganharam em janeiro do ano passado a passagem mais cara da região, R$ 2,90, viram cair o número de usuários. São Bernardo teve queda de 1,7% (73,2 milhões em 2010 e 71,9 milhões em 2011) e Santo André, 0,7% (64,5 milhões em 2010 e 64,1 milhões em 2011). O preço para circular pelas duas cidades é o mesmo co-brado nos trens, trólebus e metrô, que são mais rápidos e utilizam corredor exclusivo. O professor de engenharia civil e ur-banismo do Centro Universitário da FEI, Luiz Sérgio Coelho, afirma que os moradores da região preferem utilizar o carro para chegar às es-

• Band [email protected]

SÃO BERNARDO DO CAMPO • Também teve registro de queda no número de passageirostações onde há ligação com meios mais rápidos. “O que se vê é muita gente deixando carro em estacionamentos perto dos terminais ou nas ruas mesmo. O transporte municipal é muito ruim. Os veículos são velhos e os traje-

tos, lentos por conta do trânsito”. Para o professor, corredores exclu-sivos resolveriam parte do problema. “Esta é uma promessa antiga, que não tem prioridade nas prefeituras da região”, afirmou.

Problemas

Violência e assaltos deixam bairro de Porto Velho sem transporte urbano Os moradores do bairro Cidade Nova enfrentam uma situação triste e cada vez comum. Freqüentemente estão acorrendo assaltos nos ônibus de transporte coletivo nesta localidade, geralmente realizados por menores de idade que portam arma de fogo, o que aumenta o risco para os trabalhadores do sistema e usuários. Com a regularidade desses aconte-cimentos, os usuários do transporte coletivo estão apreensivos. Diante desta situação o sin-dicato da categoria (SITETUPERON) tomou uma atitude emergencial na tarde desta quarta-feira (25), impedindo que os ônibus entrassem no bairro após as 19 horas.. Segundo informações do presidente do sindicato, Márcio Pacele, foi encaminhado um ofício ao Comando Geral da PM e Secre-

• Rondônia Dinâmica [email protected]

Luciano Roncolato

taria de Segurança Pública pedindo providên-cia. Márcio alertou que a maioria dos delitos são praticados por dois menores já conhecidos da população, o que facilita o trabalho da polí-cia na busca dos mesmos. O presidente do sindicato alertou que se não houver ações por parte da SSP e CGPM, os ônibus serão recolhidos à partir das 19h às

garagens, “até porque não iremos colocar em risco a vida dos trabalhadores” reforçou. Neste momento, aguarda-se uma resposta ou ação por parte das autoridades competentes, caso não haja o retorno dese-jado, haverá a paralisação dos ônibus nestas localidades neste horário, considerado como perigoso.

CRIMES •Ônibusrecolhem mais cedo com medo deassaltos


• A [email protected] Um dia após o TCE (Tribunal de Contas do Estado) publicar a suspensão da licitação do transporte público de Ribeirão Preto, a prefeitura definiu não recorrer da de-cisão e já prepara um novo edital para abrir novamente a concorrência. A suspensão ocor-reu porque duas empresas apontaram cláusu-las restritivas, que terão de ser modificadas. O novo edital deve ser publicado já na próxima semana. A partir da publicação, a concorrência fica aberta por 30 dias. A con-cessionária que ficará a cargo do serviço de transporte público deve ser conhecida no iní-cio de março. A estratégia de não recorrer ao TCE já havia sido levantada pelo secretário da Administração, Marco Antônio dos Santos, que apontava que um novo processo seria mais rápido que uma possível decisão fa-vorável do tribunal. Ontem, a prefeitura anunciou que fará um novo edital, por meio de nota oficial. Com a decisão, a prefeitura vai modificar cláusulas de garantias econômicas que estavam no antigo certame. As empre-sas Viação Paraty, da cidade de Ibaté (região de São Carlos), e a Circular Santa Luzia, de São José do Rio Preto, questionam restrições como a exigência de patrimônio, que deveria ser igual a 51,2% do valor do investimento necessário para implantar o novo sistema de transporte em Ribeirão - R$ 131,4 milhões. Com isso, a empresa deveria ter patrimônio de mais de R$ 67 milhões. Agora, a exigên-cia deve ser reduzida para 10%. Além disso, as empresas alegam que a garantia de participação não poderia ser superior a 1% do valor dos investimento. O edital pedia 17% (R$ 22,4 milhões) e também terá de ser modificado. O tribunal ainda aca-tou a representação das empresas referente à garantia de execução contratual, que chegava a R$112 milhões, o equivalente a quase 85%

Luciano Roncolato

Suspenso pelo TCE

dos investimentos previstos, quando não poderia superar 5%.

Contrato passa de R$ 2 bi O valor global da licitação do trans-porte público em Ribeirão Preto supera a casa dos R$ 2,2 bilhões. O contrato terá 20 anos e poderá ser renovado pelo mesmo período, se as duas partes estiverem de acordo. A concorrência seria encerrada na semana pas-sada, quandos os envelopes seriam abertos. A

prefeitura não divulgou quantas empresas ou consórcios estariam na disputa. A concessionária terá de fazer um in-vestimento de R$ 131 milhões no período de contrato. A outorga será de R$ 29,4 milhões. As principais novidades do novo sistema será a instalação de terminais urbanos e miniesta-ções em bairros da cidade, construções que terão início apenas em 2013. O maior termi-nal será na Jerônimo Gonçalves e deve custar quase R$ 8 milhões.

PASSAREDO, RÁPIDO D’OESTE E TURB • Atuais operadoras do transporte de Ribeirão

Tribunal de Contas doEstado suspendeu primeiro processo e prefeitura optou por não recorrer da decisão e fazer novo certame

Ribeirão Preto terá novalicitação para o transporte

REVISTAINTERBUSSM A T E U S B A R B O S AA P A R E C I D A / S P • T W I S T E R R I O


São Paulo investe em ônibus com combustíveis alternativos De uma tacada só, a cidade de São Paulo receberá 37 novas unidades de ônibus movidos a combustíveis alternativos, uma demonstração de que a prefeitura está focada nas questões de controle de emissões de po-luentes. Com os dez novos veículos da mar-ca Scania movidos a etanol, a cidade passa a contar com 60 modelos movidos com o combustível extraído da cana de açucar. “São veículos mais caros, mas os benefícios para a cidade justificam os investimentos”, disparou o prefeito Gilberto Kassab. Para o empresário José Sergio Pa-vani, sócio-administrador da Tupi Trans-portes, operadora dos Scania, o etanol é uma alternativa interessante para substituirmos o diesel com foco na redução de emissão de poluentes. “Todas as possibilidades do mer-cado eram apenas experiências e a Scania nos deu um produto com eficiência consoli-dada”, explica. Os modelos Scania K 270 6x2 são da terceira geração da tecnologia etanol combustível que emiti até 90% me-nos gás carbônico na atmosfera se comparo ao diesel. Segundo Gilberto Kassab, o obje-tivo da prefeitura é substituir, até o final de 2018, toda a matriz energética de sua frota de 15 mil ônibus por combustíveis renováveis. Dias após o anuncio dos novos ônibus a eta-nol, foram integradas à frota circulante de São Paulo 27 unidades novas de trólebus elétricos, veículos ainda mais verdes se com-parados ao movidos a etanol. Produzidos pela Eletra, empresa 100% brasileira que especial-izou na construção de ônibus elétricos, a nova frota traz a novidade de um trólebus de 15 metros de comprimento, o maior do Brasil,

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Tiago de Grande

construído sobre chassi Scania. Os demais usam chassi Mercedes. O contrato com a Eletra prevê um total de 127 carros elétricos. Os projetos da prefeitura de São Paulo, no entanto, não incluem soluções que passam pelos veículos do tipo VLT – Veícu-los Leves sobre Trilhos. Segundo Marcelo Cardinale Branco, secretário municipal de transportes, o con-

ceito VLT tem um inconveniente que im-possibilita sua operação na cidade de São Paulo. “Esse tipo de transporte exige que as composições trafeguem com liberdade e a cidade possui muitos cruzamentos”, explica. Segundo ele, a prefeitura optou pelas linhas suspensas exatamente por isso. “São muitos mais caros, pois exigem construções de estru-turas, mas o tempo de percurso dos ônibus é enormemente reduzido”, justifica.

Lucro da Caterpillar cresce 60%Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected] O lucro da Caterpillar subiu 60% no 4º trimestre do ano passado, para US$ 1,55 bilhão, ou US$ 2,32 por ação, de US$ 968 milhões, ou US$ 1,47 por ação, no mesmo período de 2011, conduzido pelo aumento do volume das vendas e da vendas de novos e-

quipamentos. A receita da companhia aumen-tou 35%, para US$ 17,24 bilhões. Os analistas ouvidos pela Thomson Reuters tinha previsto um lucro por ação de US$ 1,73 e receita de US$ 16,05 bilhões. Às 11h50 (de Brasília), as ações da companhia subiam 1,97% no pré-mercado em Nova York. A Caterpillar disse que os prospectos

para o crescimento econômico melhoraram durante o último trimestre e que espera que a economia mundial cresça cerca de 3,3% em 2012, uma pequena melhora na comparação com a expansão de cerca de 2,8% em 2011. Para o ano, a companhia prevê lucro de cerca de US$ 9,25 por ação. As informações são da Dow Jones.


RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Novo Fiat Strada é fabricado em Betim para mercado italiano O Novo Fiat Strada está sendo fa-bricado na planta de Betim, em Minas Gerais, para abastecer as concessionárias Fiat na Itália. Em 2011, a Strada foi o segundo veículo mais vendido da família Fiat Professional, com 127.800 unidades em todo o mundo, ficando atrás somente do Ducato. A nova picape será comercializada nas versões Working, Trekking e Adventure, com cabine simples, estendida e dupla. Des-taque para a Strada Working, que agora pode ser encontrada com cabine dupla e capacidade para transportar entre 630 e 705 kg de cargas. O modelo, que possui PBT de 1.915 kg, pode rebocar até 1 t. Chama atenção o novo motor Euro V 1.3 Multijet, 95 cv, 16V. A picape possui 4.409 milímetros de comprimento (4.457 mm na versão Adventure), 1.664 de largura (1.740 mm na Adventure) e distância entre eixos de 2718 mm. A caçamba possui 1.685 mm de comprimento na versão cabine simples, 1.332 mm na cabine estendida e 1.082 para a cabine dupla e 1.300 mm de largura. A Strada será comercializada a partir de (antes de impostos) € 12.900 para a versão Working Cabine Simples. Apesar de usar tec-nologia nacional, ainda não há perspectivas para a comercialização no país da nova Stra-da. Se acontecer ou quando acontecer, a nova Strada receberá a atual motorização.

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Transpo Online

TAM tem queda de taxa de ocupação• Do site da Transpo [email protected] A oferta de assentos da TAM nos seus voos domésticos superou a demanda no mês de dezembro. De acordo com dados divulgados hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a demanda no último mês do ano passado apre-sentou uma ligeira queda de 0,31%, enquanto a oferta cresceu 2,33%. Como resultado, a taxa de

ocupação ficou em 71,39%, abaixo da registrada em dezembro de 2010, quando foi de 73,29%. No mercado internacional, por sua vez, ocorreu o inverso: a demanda superou a oferta no período. A demanda teve um incremento de 6,11%, en-quanto a oferta foi ampliada em 4,38%. A taxa de ocupação ficou em 79,74%, acima da taxa de 78,44% registrada em dezembro do ano anterior.

Leilão da Petrobras para conjuntos elétricos deve ter quatro propostas

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• Do Site da Transpo [email protected] Quatro empresas devem apresentar propostas à Petrobras no processo de licita-ção em andamento para fornecimento de 16 conjuntos de geração de energia acionados por turbinas a gás, num contrato de cerca de US$ 325 milhões, segundo uma fonte ligada ao processo. Possivelmente partici-parão da disputa Dresser, GE, Rolls-Royce e Siemens. As propostas serão entregues no próximo dia 9 de fevereiro, mesmo dia em

que Graça Foster será oficialmente indica-da à presidência da Petrobras no lugar de José Sergio Gabrielli. A decisão, portanto, ficará a cargo da nova gestão da estatal. As mesmas quatro empresas apre-sentaram propostas no último processo de licitação para fornecimento de 32 conjuntos para gerar energia para os campos de Guará e Lula (ex-Tupi), em águas profundas da bacia de Santos. O contrato total soma US$ 650 milhões. A disputa foi vencida em no-vembro passado pela Rolls-Royce, com

turbinas com capacidade para entre 25MW e 34MW. Os valores incluem equipamento, revisão, assistência técnica e assistência logística. Os conjuntos de motores da Rolls-Royce instalados nas plataformas estão ge-rando energia para produzir mais de 35% do petróleo no Brasil. Com o contrato para mais 32 unidades de novembro, o porcentual deve passar para cerca de 50%, segundo dados da empresa. As primeiras entregas estão pro-gramadas para o primeiro trimestre de 2013.


D E U N A I M P R E N S A

Norwegian Air compra 372 aeronaves Boeing e Airbus

A companhia aérea de aviação de baixo custo Norwegian Air Shuttle ASA, da Noruega, anunciou hoje a maior encomenda de aeronaves da história do país e da aviação na Europa, no valor de US$ 21,54 bilhões para aquisição de 372 aviões da Boeing e Air-bus, sendo 222 aeronaves em pedido firme. “Nossa encomenda é a maior já feita por uma empresa aérea europeia e um marco nos dez anos de história da Norwegian”, disse Bjorn Kjos, presidente da companhia norue-guesa em comunicado. A companhia norueguesa pretende substituir sua frota atual com aeronaves mais eficientes no consumo de combustível e au-mentar sua capacidade para o crescimento futuro da empresa. A movimentação da Norwegian Air Shuttle ASA provavelmente irá intensificar a concorrência no setor de aviação comer-cial no nordeste da Europa. A encomenda da companhia é praticamente equivalente à frota

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total da sua principal concorrente na região, a empresa escandinava SAS de propriedade dos governos da Dinamarca, Noruega e Suécia. “A encomenda é um forte ataque aos concorrentes nórdicos”, disse o analista Jacob Petersen, do Sydbank. Segundo ele, o mercado nórdico de aviação não é grande o suficiente para acomodar as duas compa-nhias. Atualmente, a Norwegian opera mais de 300 rotas em toda a Europa com destinos para o norte da África e o Oriente Médio, e emprega cerca de 2.500 pessoas. Em 2011, a companhia transportou quase 16 milhões de passageiros e hoje é a segunda maior empresa aérea na Escandinávia, depois da SAS. Segundo a Norwegian, a encomenda inclui pedidos firmes de 22 aeronaves Boe-ing 737-800, 100 aviões Boeing 737 MAX8 e 100 aeronaves Airbus A320neo, e também os direitos de compra de 100 Boeings 737 MAX8 e 50 aeronaves Airbus A320neo. O acordo prevê o início da entrega das aero-naves em 2016. O comunicado da empresa informa

que a encomenda está em linha com a es-tratégia da companhia de empenhar-se con-tinuamente para oferecer o menor custo no mercado de aviação comercial, o que inclui operar com aeronaves mais eficientes em ter-mos de custo e combustível. A Boeing informou que a Norwegian é a primeira companhia de aviação europeia a finalizar uma encomenda das aeronaves 737 MAX, uma versão renovada e com consumo mais eficiente de combustível fabricada pela fabricante americana. A Airbus declarou que a encomenda da Norwegian é outro voto de confiança nas suas aeronaves A320neo, cuja demanda au-mentou recentemente à medida que as em-presas aéreas tentam enfrentar os elevados custos com combustível utilizando aeronaves mais eficientes. A fabricante francesa disse que a encomenda será a maior compra desde que a American Airlines encomendou 130 aeronave A320 em julho de 2011, poucos me-ses antes de entrar com pedido de concordata. As informações são da Dow Jones.


O bilhete único e astroncalizações em várias cidades

Um dos carros-chefe da reeleição da então prefeita Marta Suplicy, o Bilhete Único foi implantado na cidade de São Paulo em 2004 como forma de embarcar em vários ônibus pagando uma só passagem. Lembro-me que no início eu adqui-ri meu bilhete único em um terminal de ôni-bus, talvez no Parque D. Pedro II, após filas imensas. Não durou muito até que lotéricas passariam também a aceitar recargas. Por enquanto, eram esses únicos lugares para re-carregar um bilhete. Até que por volta de 2006 aparece-ram novos postos de atendimento, como a rede Pague Express, distribuídos em esta-ções de metrô e complemento aos terminais de ônibus. Já no ano de 2011, todo o sistema paulistano foi reorganizado, inclusive houve uma troca de gestores que cuidam dos termi-nais de autoatendimento. Aqui em São Paulo, após a implan-tação, muitas linhas foram seccionadas e foram criadas novas linhas troncais ligando terminais. E todos os terminais de ônibus, que eram fechados até a implantação do BU, esperaram a época das eleições municipais para, enfim, serem abertos sem a neces-sidade de pagamento de tarifa ao entrar em qualquer terminal. Inicialmente o Bilhete Único não tinha um limite de número máximo de em-barques, desde que cumpra o tempo de duas horas. Anos mais tarde, com as fraudes, lim-itou o número máximo de embarques para 4, e acima disso precisaria de um cadastro. Já na gestão Kassab, o tempo máximo de via-gens em um bilhete aumentou de 2 para 3 horas, somente no Bilhete Único Comum. Agora vamos comentar sobre ou-tras cidades: Em Barueri, foi implantado em 2005 o cartão BenFácil, primeiro com ob-jetivo de substituir o Vale-Transporte. Este nome do cartão foi por causa da viação que presta serviços ao município, a Benfica BBTT. Mais tarde, todas as linhas de ônibus da cidade foram reorganizadas e segmenta-das, para em seguida implantar um bilhete único com duração de duas horas. O Bilhete Único também foi im-plantado nas cidades de Jandira e Itapevi, onde a Benfica BBTT também atua. E nes-sas três cidades é possível fazer integração com os trens da CPTM, e na volta, onde não há validadores do BenFácil no embarque, é só passar em um validador no desembarque (seja nessas três cidades), e no ônibus,

descontará somente a diferença do valor da integração. Mogi das Cruzes teve seu bilhete único implantado em 2010. Dividindo a ci-dade em oito áreas e com dois terminais, a diferença é que o bilhete único perde a vali-dade temporal quando embarcar em um ôni-bus originado de uma mesma região, mas em sentido contrário. Mauá também tem o seu próprio cartão, o Cartão DaHora, que permite integra-ção temporal em tempo máximo de uma hora. Na minha opinião, eu acho esse tempo curto demais, talvez seja por causa de sua cidade ser pequena, mas o problema é torcer para que as linhas tenham menores intervalos. Guarulhos teve no início de 2011 sua reorganização dos transportes muito rá-pida, como se fosse de uma vez só, deixando praticamente todos os cidadãos guarulhen-ses perdidos. Com a implantação do Bilhete Único, houve muitos seccionamentos com somente um terminal entregue. E além do Terminal Cecap, em outubro foi inaugurado

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Divulgação

o Terminal Pimentas, facilitando os usuários da região leste da cidade. E finalmente, Campinas ganhou seu Bilhete Único em 2006. Com isso, é possível fazer até três integrações em um período de uma hora e meia, de segunda a sábado, ou duas horas, aos domingos e feriados. Mas o problema é que, se não fizer a recarga no período de um ano, todos os créditos conti-dos na recarga serão perdidos. Estes são exemplos de algumas cidades citadas. Em tudo isso, as facili-dades em que o bilhete único trouxe são a redução de assaltos nos ônibus, eliminação de vales-transporte em papel, cujo destino dos valores em espécie deverão ser somente para as empresas de ônibus eliminando o VT como moeda paralela para outros fins, e permissão de pegar mais de um ônibus, pagando somente a mesma tarifa. Com isso, muitas empresas puderam ter mais lucrativi-dade e suas linhas tiveram reformulações, eliminando linhas de baixa demanda e tron-calizando outras.

BILHETES ÚNICOS • De cima pra baixo: São Paulo, Campinas, Mauá, Guarulhos e Barueri


CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

COHAB RAPOSO • A região da COHAB Raposo Tavares, o Caio Millennium da viagem e os bancos de Caio Alpha como assentos do ponto final da linha

Viagem até a COHAB Raposo Tavares... No sábado dia 21 de janeiro, a SP-Trans seccionou várias linhas de ônibus da área 8 do transporte paulistano. A maioria des-sas linhas foram seccionadas na região das es-tações de metrô Butantã e Faria Lima, na zona oeste de São Paulo. No dia seguinte, fui ao Terminal Princesa Isabel utilizar uma das linhas criadas para ligar a área 8 à região central, a 8707/10 Rio Pequeno-Terminal Princesa Isabel. Qual não foi a minha surpresa quando vi que a linha não opera aos domingos. Pra quem vem do Rio Pequeno, a opção é pegar a 8707/21 Rio Pequeno-Butantã até o Butantã. Quem quiser ir ao Rio Pequeno, via Terminal Princesa Isa-bel, tem de pegar a 778R/10 COHAB Raposo Tavares e, no Butantã, pegar a 8707/21. Até pensei em usar a dobradinha 778R/10-8707/10 mas decidi fazer somente um bate-e-volta na 778R/10 mesmo. Era por volta das 10h15 quando che-guei ao ponto da 778R/10. Deixei o carro da vez seguir viagem para acompanhar o interva-lo. A próxima partida estava programada para as 10h35. Nesse meio tempo, foram entrando na fila: um casal de namorados; um senhor cheio de sacolas; algumas pessoas sozinhas; e uma família inteira, com várias crianças... Ba-rulho a vista! Às 10h30 chega o ônibus do horário, uma Caio Millennium II, chassi MBB O500U, prefixo 81189 da TranspPass, a operadora da linha. Logo que ele estaciona na plataforma, levo um susto: o marcador do “Olho Vivo”, o sistema de monitoramento da Prefeitura, altera o horário da partida para as 10h55. No entanto, o carro deixou o ponto antes, por volta das 10h40. A 778R/10 dá uma boa volta pelo cen-tro da cidade até chegar à Avenida Rebouças: rua Helvétia, Largo Santa Cecília e Avenida Amaral Gurgel são algumas das vias do centro de São Paulo que a linha percorre. Logo que deixa o centro, a linha torna-se mais rápida. Passa ao lado da estação Butantã do metrô e logo atinge a Rodovia Raposo Tavares. A linha segue por essa Rodovia até seu quilômetro 19, quando a deixa e começa a circular por dentro dos conjuntos habitacio-nais da COHAB – Companhia de Habitação de São Paulo – daquele quilômetro da Rodo-via Raposo Tavares. O robusto Millennium teve dificuldades ao passar por algumas ruas, visto que elas são estreitas e as pessoas estacio-nam seus carros dos dois lados, mesmo com as placas de proibição. Por volta das 11h40 o ônibus chega ao ponto final. Ali é praticamente divisa com Osasco, próximo à Rodoanel Mário Covas – que podia ser vista. Desci do ônibus e fiquei no ponto final da linha enquanto ele não voltava

do retorno. O lugar era pacato. Uma típica vila de bairro periférico: residências misturadas a co-mércio de porta de casa – mercadinhos, bares, mecânicas, etc. Os moradores conheciam o motorista e cobrador da empresa. Quando o ônibus voltou, muitos “alôs” foram dados. O ponto final é típico dos terminais principais da TranspPass: um ponto coberto, cujos assentos era velhos bancos de fibra usa-dos nos Caio Alpha da empresa. Muito nostál-gico. O ponto final de outra linha da Transp-Pass, em outro ponto da região, também tem assentos de Caio Alpha. O da 778R/10, en-tretanto, não era convite para alguém se sentar. Estava completamente sujo. A volta – Logo começa a viagem de volta. No ponto final não há fiscal. Logo, na volta, o 778R/10 faz uma rápida parada no

ponto final de outra linha, na Praça Marcos Santos Rodrigues da Silva, onde o fiscal anota o horário de chegada e saída. Logo, o ônibus segue viagem até o Terminal Princesa Isabel. A linha faz uma volta meio longa até pegar o sentido São Paulo da Rodovia Raposo Tavares. O intervalo para a linha seguinte foi meio longo. Só encontramos o próximo carro na Raposo Tavares. Pra sorte dos moradores, havia um ônibus reserva junto ao ponto final da Rua Marcos Santos Rodrigues da Silva. E foi justamente esse ônibus que chegou depois do 8 1189 no Terminal Princesa Isabel. O trânsito estava tranquilo. Logo, a viagem transcorreu sem maiores problemas. Mesmo as obras (de novo!) no corredor da Avenida Rebouças não prejudicaram tanto o transito naquele domingo. Por volta das 13h10 chegamos de volta ao Terminal Princesa Isabel.

José Euvilásio Sales Bezerra


P R Ê M I O T R A N S P O R T E S U S T E N T Á V E L

San Francisco (nos EUA) e Medel-lín (na Colômbia) foram declarados os vence-dores do 8º Prêmio Transporte Sustentável (Sustainable Transport Award 2012, em in-glês). O prêmio deste ano é o único que teve dois vencedores e duas menções honrosas - Ci-dade do Cabo e Buenos Aires - por causa de várias intervenções que colocaram os cidadãos em primeiro lugar. Cada cidade também é líder em mídia social, adotando tecnologias de pon-ta para chegar aos cidadãos, dando um melhor serviço ao mais informativo e conveniente. “Estas cidades estão dando o exem-plo de como trabalhar em várias frentes - dar oportunidades àss pessoas através de opções de transporte de alta qualidade”, diz Walter Hook, diretor executivo do Instituto de Trans-porte e da Política de Desenvolvimento. San Francisco está usando a refor-ma do estacionamento para grande efeito. O novo ‘SFpark’, sistema de gestão de estacio-namento, fornece, em tempo real, informa-ções on-line sobre a disponibilidade de esta-cionamento, através de texto e aplicativos de smartphones. O programa “Pavimentação de Parques” recupera os espaços de estaciona-mento para o espaço público e criou mais 20 possibilidades, com expectativa de aumento. A cidade começou a melhorar e expandir sua rede de bicicleta, com uma meta ambiciosa de 20 por cento de todas as viagens feitas por bicicleta até 2020. Medellín, Colômbia, e sua região metropolitana está sendo reconhecido por suas melhorias no espaço público, oferecendo múltiplas opções para seus cidadãos, como o teleférico e sistemas de metrô e do projeto BRT, recentemente inaugurado, conhecido como Metroplús, e também a integração de todos esses serviços. A cidade criou 1,6 mi-lhão de metros quadrados de espaço através de 25 parques e 11 passeios urbanos. A cidade também avançou com um programa de bici-cletas, “EnCicla”, que integra universidades e

San Francisco e Medellín dãoexemplo em transporte público

Transporte Sustentável

Prêmio também agraciou as cidades de Buenos Aires e Cape Town por soluções integradas em transporte• [email protected]

transporte de massa com os destinos da cidade popular; faixas de pedestres melhoraram, e um programa de carona coletiva, “Comparte tu carro”, bem como as emissões dos veícu-los controles de escape e enxofre melhorias de conteúdo. Buenos Aires, Argentina, recebeu

uma menção honrosa para a abertura do siste-ma do país BRT primeiro (Metrobús) e seu in-vestimento abrangente no ciclismo. Cape Town, África do Sul, também recebeu uma menção honrosa para a abertura do sistema BRT primeiro na África a integrar o ciclismo.

PREMIADAS • O teleférico de Medellín e a máquina de estacionamento de San Francisco


S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM FLORIANÓPOLIS/SCO colecionar Maicon Igor Barbosa na orla da capital catarinense após uma sessão de fotas pela bela cidade.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

5 de Outubro de2011

E AGORA?

A polêmica está armada: Segundo a Neobus, seriam Mega BRT apenas os modelos com porta alta para operação em corredores. Mas esse da Insular é comum e saiu como BRT, e deveria ser BRS. E agora?

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras


N O V O S M E T R O P O L I T A N A

Após testar durante dois meses o desempenho do novo chassi Volvo de mo-torização dianteira, o B270F, a Metropolita-na Transportes e Serviços, de Cariacica-ES, acaba de receber mais sete unidades da car-roceria Marcopolo Torino montadas sobre o

B270F aprovado no ES

Volvo

Após alguns meses testando uma unidade do chassi,empresa capixaba adquiriu mais sete unidades• Franz [email protected]

chassi da marca sueca. A empresa capixaba é cliente da Volvo em chassis articulados há anos e foi a primeira do estado a topar o de-safio de investir no novo chassi para o seg-mento urbano/metropolitano. Desde o começo do último mês de outubro, a empresa começou sua experiên-cia com o B270F, com apenas um veículo, que rodou por todas as linhas troncais que a Metropolitana possui no sistema Transcol. Foram avaliados o consumo de combustível, desgaste de componentes e o desempenho do ônibus no Trânsito da Grande Vitória. Logo após a compra do primeiro veículo,

que foi noticiada aqui na revista Interbuss, havia a possibilidade de encomenda de mais sete carros similares caso o desempenho do chassi fosse satisfatório. Assim sendo, a Metropolitana fechou 2011 com a compra destes sete chassis que foram encarroçados pela Ciferal e entregues à empresa, em Ca-riacica, na segunda quinzena de Janeiro de 2012. Os ônibus novos começam a rodar já na primeira semana de fevereiro. A ex-pectativa da empresa é aposentar os últimos Mercedes-Benz OH1621 que ainda operam em sua frota.

Metropolitana adquire mais sete unidades


MATEUS BARBOSAIrizar PB Scania K420 • Expresso Nordeste

A S F O T O S D A S E M A N A

DIEGO ALMEIDA ARAÚJOComil Galleggiante 3.40 • São Pedro

ALEX MILJCOVICMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Planalto

GUSTAVO BAYDEBusscar Urbanuss Pluss Volvo B12M • Santa Zita

JANDERSON MIGUELCaio Apache Vip II MBB OF-1722 • Rápido Luxo Campinas / Ouro Verde

TIAGO DE GRANDECaio Millennium II Scania K270UB Trólebus • Himalaia

Portal InterBuss - Nova Galeria de Imagens • www.portalinterbuss.com.br


SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

THIAGO SIONE / DIVULGAÇÃO PATRICK SILVA RODRIGUESComil Svelto 2012 MBB OF-1722 • Ingá

BUSSCAR / DIVULGAÇÃO DONI SILVABusscar Jum Buss 360 • Busscar

JOÃO DONIZETE SANTOSComil Condottiere Scania B111 • Helios

CAMILO PATIÑOBusscar Elegance 340 Isuzu LV 150 • Flota Magdalena

WESLEY ARAÚJOMarcopolo Torino GV MBB O-400UPA • Santa Luzia

ANDERSON SOUZA FEIJÓNeobus Spectrum MBB OF-1722 • 1001

Comunidade Scania no Facebook • www.facebook.com/groups/187227991362257/

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook • www.facebook.com/groups/129417520494728

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SP necessita mudar a política de mobilidade urbana A cidade de São Paulo que completou 458 anos nesta quarta-feira, dia 25 de janeiro de 2012, tem diversas virtudes, como a recep-tividade para abrigar diversas etnias, culturas, religiões e povos das mais variadas regiões do Brasil e do Mundo, equipamentos culturais, educacionais, a força econômica, que gera boa parte da renda do País, a gastronomia variada, parques e espaços para as mais diversas formas de convivência. Ao mesmo tempo, como em toda aglomeração urbana, São Paulo apresenta uma série de problemas que são desafios para a melhoria da qualidade de vida e a garantia da dignidade dos cidadãos. Saúde, Habitação para todos, segurança e o trânsito e transportes. A questão da mobilidade urbana é muito mais que pensar em colocar mais ônibus e metrô, mas criar políticas que não enfatizem apenas quantidade (que muitas vezes também é necessária), mas acima de tudo inteligência de implantação, gestão e operação. O especialista em transportes Adriano Murgel Branco, que foi secretário em São Paulo, na época do prefeito Olavo Setúbal, e foi um dos responsáveis pela implantação do Sistran, em 1975, programa que não só expandiu mas modernizou o sistema de trólebus e os próprios veículos elétricos, concedeu uma entrevista ao DCI - Diário do Comércio e Indústria, e defende o trólebus, ao lado do metrô, como as melhores alternativas para conciliar melhoria nos trans-portes e diminuição dos impactos da poluição. Ele disse que historicamente, a cidade baseou sua política de transportes nos meios in-dividuais de locomoção, o que resultou no atual cenário: transportes coletivos não dando conta da demanda de passageiros, congestionamentos cada vez piores, inclusive em ruas de bairros que antes eram tranquilas, e índices de poluição con-siderados preocupantes. “Se considerarmos que são necessários 127 automóveis para fazer o mesmo transporte que realiza um ônibus articulado fica fácil per-ceber o equívoco de anos dedicados ao estímulo da comercialização de carros e de descaso com a malha viária. Não há espaço parta tantos veícu-los” - disse Adriano Murgel Branco. Adriano Branco defendeu a amplia-ção da malha de corredores de ônibus na cidade, como uma das soluções para aumentar a veloci-dade dos transportes públicos, reduzir o tempo de viagem e os custos, auxiliar no com,bate a polu-ição e tornar o transporte coletivo mais atrativo. Para Adriano Branco, o BRT - Bus Rapid Transit é um dos modelos mais apropria-dos para São Paulo. Obviamente que ele não descartou a necessidade da expansão do metrô. Mas é lógico que não adianta ter um bom sistema de metrô se não houver ônibus em sistemas de

qualidade que levem as pessoas até o metrô. E é justamente isso que a Prefeitura de São Paulo tem esquecido ao não construir ne-nhum quilômetro dos 66 km prometidos de cor-redores até o final da gestão de Gilberto Kassab. Adriano Branco enfatiza como alter-nativa interessante para São Paulo, o Corredor ABD, de ônibus e trólebus, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, ao Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, passando pelos mu-nicípios de Santo André, São Bernardo do Cam-po, Mauá (terminal Sônia Maria) e Diadema, operado pela Metra. Segundo Murgel, o BRT operado por trólebus confere “eficiência, segurança, conforto, baixo nível de ruído e emissão atmosférica nula”. Ele conta que o corredor ABD foi pro-jetado desde o início para operar com 100% dos 33 quilômetros eletrificados. O último trecho que recebeu rede para trólebus foi entre Piraporinha (Diadema) e Jabaquara (zona Sul de São Paulo) em 2011 e ainda não opera com ônibus elétricos. “O projeto havia sido concebido para ser 100% eletrificado e exclusivo. Com obras não concluídas, o trecho que conecta os distri-tos do Jabaquara e Brooklin foi compartilhado com empresas distintas de ônibus, táxis, além da aparição de motos e carros particulares, saindo do seu propósito original de ser segregado”. “Ainda assim, apenas a primeira parte que opera como o previsto originalmente, implantada entre Diadema e São Paulo (zona Leste), já demonstra cabalmente os resultados já esperados” . De acordo com pesquisa da ANTP - Associação Nacional dos Transportes Públicos, 80% dos usuários do Corredor ABD aprovam o sistema. Em 1998, Adriano Branco fez um estudo que constatou que com os congestiona-mentos, na época, provocavam perdas de R$ 22 bilhões por ano em todo o País. Já um estudo mais recente, de Marcos Cintra, PhD em Economia pela Universidade de Havard e professor titular da Escola de Ad-ministração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Easp - FGV), com as metodologias semelhantes, revela que por causa do aumento de veículos nas ruas e falta de investimentos em transportes públicos, estes gastos subiram para R$ 40 bilhões por ano. Para Adriano Branco, reduzir os con-gestionamentos para aumentar a velocidade dos ônibus ainda com eles no meio do trânsito co-mum não é mais eficaz. Os ônibus necessitam de espaços exclusivos para atenderem a população adequadamente. “É preciso prever a reserva de faixas de circulação para ônibus, criando corre-dores exclusivos, o que eleva consideravelmente a velocidade média e a oferta de transporte de

alta qualidade atraindo passageiros e reduzindo o custos operacionais” Segundo o especialista, há uma ampla aceitação mundial do BRT como solução para os problemas de mobilidade.. “No mundo todo há uma centena de instalações deste tipo em curso e o Brasil precisa aderir a este movimento”. O diretor da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias e representante da entidade na Câmara de Política Urbana da As-sociação Comercial de São Paulo, Gil Carvalho, diz que a solução para a mobilidade urbana passa pelos trilhos. Ele diz que um dos desafios da mo-bilidade é organizar o fluxo diário das pessoas e que vários meios de transportes devem ser com-binados. “Alternativas como trens metropoli-tanos de superfície, os VLTs (Veículos Ledves Sobre Trilhos), o monotrilho, o metrô, o sistema de ônibus BRT, ciclovias, ciclofaixas, além de corredores de ônibus movidos por fontes de en-ergia limpa devem ser priorizadas pelos gestores públicos” - explicou Gil Carvalho. A aplicação do BRT não é só vantajosa do ponto de vista de melhoria da qualidade de vida e da mobilidade, mas também economica-mente em recebimento direto de recursos. É o que acontece em Bogotá, na Colômbia, que tem um dos mais modernos sistemas de corredores de ônibus BRT (Bus Rapid Transit) do mundo: o Transmilênio. A cidade recebe dois bilhões de dólares por ano em créditos carbono em favor do próprio sistema. Gil Carvalho lembra que a mobilidade não se resume em meios de transportes, mas deve levar em conta a forma de ocupação dos espaços nas cidades. “A melhoria da mobilidade urbana passa por um adensamento racional, ou seja, por modelos de ocupação planejados que propiciem menores movimentações nas cidades, fazendo com que as pessoas possam trabalhar e estudar sem precisar se locomover pela cidade”. O fato de Olavo Setubal e Adriano Branco já em 1975 pensarem, no Sistran, um sistema de transportes integrado com 280 quilô-metros de linhas de trólebus e 1600 ônibus elétri-cos, mostra que o problema de mobilidade já faz parte da história de São Paulo e que as soluções são conhecidas, podendo ser adaptadas a cada realidade de época. Tão antigo quanto porém é o problema de falta de continuidade administrativa, com interesses de imagem política se sobrepondo às reais necessidades da população. Foi o que fez com que o Sistran não fosse para frente depois da saída de Olavo Setúbal da Prefeitura e o que faz com que vários projetos bons, eficientes e bara-tos não sejam levados a sério por não terem tanto impacto na mídia.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Opinião é do especialista Adriano Branco. Para ele, Metrô e trólebus são investimentos necessários para a cidade não parar

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revista interbuss - edição 79 - 29/01/2012

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