revista informação | ifrj | junho 2014

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Informativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ Junho de 2014

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Page 1: Revista InFormação | IFRJ | Junho 2014

Informativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ

Junho de 2014

Page 2: Revista InFormação | IFRJ | Junho 2014

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Raízes do IFRJ

Para além do Facebook

Teorema de Mendes

Predadores de metal

Natureza fotogênica

O bardo em silêncio

Honras da casaDe chuteiras tamanho 36

Page 3: Revista InFormação | IFRJ | Junho 2014

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Raízes do IFRJcampus realengo

David Ferreira teve de se apressar para colar grau no curso de Terapia Ocupacional do campus Realengo, no dia 17 de janeiro deste ano. A colação extraordinária, que antecipa o diploma, justificava-se: ele havia passado em primeiro lu-

gar no concurso nacional para Residência no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fiocruz.

David conta que, ao se interessar pelo concurso, buscou estudar toda a bibliografia indicada no edital e usou todo o conhecimento adquirido durante os quatro anos de estudo no IFRJ. Ele reconhece a importância do Instituto para que conquistasse a vaga no concurso. “O IFRJ é como a minha raiz, é a minha base de formação profissio-nal e graças a ele tive a oportunidade de realizar uma faculdade e concluir um curso de ensino superior, o que não teria condições de realizar se não fosse pelo ensino público”, diz o ex-aluno.

O concurso de residência da Fiocruz ofereceu duas vagas para a área de Terapia Ocupacional, disputadas por profissionais já for-mados de todo o Brasil. A conquista de uma das vagas fez com que David se sentisse aliviado, por entender que seus esforços geraram bons resultados. Um de seus maiores medos era concluir a faculdade e não estar empregado.

David ingressou no IFRJ através do Enem, em 2009, quando es-tava concluindo o Ensino Médio. À época, com 17 anos, conquistou uma vaga logo em sua primeira tentativa como vestibulando. Ele iniciou sua jornada acadêmica na Terapia Ocupacional na turma do primeiro semestre de 2010 – a terceira turma na história do curso no IFRJ e a primeira formada pelo processo seletivo do Enem.

David dá uma dica valiosa a todos os que buscam uma vaga em concursos ou vestibulares. “Acredite em você, porque a única pessoa que pode te tirar uma vaga é você mesmo; se esforce e tenha sempre confiança, empenho, disciplina e esforço em tudo o que fizer na vida. Não existem atalhos”. Com a meta alcançada, o ex-aluno pretende estudar e aprender o máximo possível com a residência. David tem interesse em fazer um mestrado futuramente, pois sua vontade é de seguir carreira na área da docência acadêmica.

Aluno graduado em Terapia Ocupacional do campus Realengo conquista 1º lugar em concurso da Fiocruz

David Ferreira na sala de brinquedos do hospital, com funcionárias da Fiocruz

Arquivo pessoal

Vinicius Marinho - FIOCRUZ MULTIMAGENS

Fundada em 1900, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é referência na pesquisa, produção e desenvolvimento de tecnologias voltadas ao fortalecimento e consoli-dação do Sistema Único de Saúde (SUS)

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campus rio de janeiro

Com apenas 17 anos e muita determinação, o aluno do curso Técnico em Química do campus Rio de Janeiro Marcus Vinicius Pinto Pereira foi selecionado para par-ticipar do National Youth Science Camp (NYSC), uma

escola de verão que acontece na Virgínia Ocidental, nos Esta-dos Unidos, entre os dias 27 de junho e 20 de julho deste ano.

Ele conta que descobriu o programa através da página da Embaixada dos Estados Unidos em uma rede social e apres-sou-se para se inscrever. Aluno dedicado, Marcus Vinicius tem um bom histórico escolar: ficou em primeiro lugar na XXI Ma-ratona de Química da Associação Brasileira de Química (ABQ) no ano passado e atualmente participa ativamente de dois projetos científicos – um deles, intitulado “Avaliação da Produ-ção de Etanol a Partir do Soro de Leite Residual”, ele pretende apresentar no acampamento em junho.

Marcus acredita que o instituto e o apoio de seus profes-sores tiveram influência no seu desempenho. Segundo ele, o currículo da escola é um diferencial. “A gente já sai daqui com uma prática muito boa de laboratório. E a escola também ofe-rece muito espaço para os grupos de pesquisa”. Em aula, os alunos têm bastante contato com o vocabulário científico em inglês, com as apresentações de trabalhos e leitura de artigos estrangeiros, um “trei-namento fundamental”, segundo o estudante.

Para além do Facebook

Entre os requisitos para concorrer ao NYSC está o domínio da língua inglesa, um currículo acadêmico de destaque, habi-lidade de liderança, maturidade, curiosidade e muita vontade de aprender. Marcus Vinícius conta que o processo seletivo foi longo: ele teve que traduzir documentos e escrever uma carta de motivação, além de indicar um professor que entrasse dire-tamente em contato com a instituição organizadora para re-comendá-lo. Marcus contou com a ajuda e recomendação do professor de Físico-Química do campus, Anderson Henriques. A última etapa consistiu de entrevistas em português e inglês com uma representante da embaixada dos Estados Unidos.

Durante o acampamento, que fica sediado em meio a belas paisagens naturais, são realizados seminários com palestrantes de instituições renomadas, estudos, atividades voltadas a di-versas áreas da ciência, passeios a cidades e instituições ameri-canas. Há ainda bastante incentivo dos organizadores para que os jovens interajam e apresentem seus hobbies e habilidades artísticas. Para Marcus, essa interação com os outros partici-pantes conta bastante, principalmente para começar a formar uma rede de contato profissional. “Lá, em maio, eles já sabem para quais universidades vão. Muitos vão para MIT, Stanford, entre outras. Estar em contato com pessoas que vão para estas universidades ‘tops’, como pesquisador no futuro, é excelente”, comenta.

Para mais informações so-bre o programa, acesse:

www.nysc.com

Aluno do campus Rio de Janeiro participará do National Youth Science Camp, evento que articula redes de contatos entre pesquisadores das Américas

Marcus Vicicius quer estabelecer contatos acadêmicos com estudantes americanos

AsCom/campus Rio de Janeiro

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Com apenas 21 anos e recém-formado técnico em Ele-trotécnica pelo campus Paracambi no final do ano passado, Maycon Mendes escreveu seu primeiro livro: “Entendendo Circuitos Elétricos – Desenvolvendo os

principais métodos de análise em corrente contínua”. A publi-cação está prevista para ser lançada ainda este ano, pela edito-ra Ciência Moderna.

O livro trata dos teoremas de circuitos elétricos que se utili-zam para desenvolver qualquer tipo de circuito. Por exemplo, se é preciso apertar um parafuso, qual a melhor ferramenta para usar nesse objeto? Ou seja, se existe um circuito elétrico para analisar, qual o melhor teorema a ser usado nessa análise? É exatamente nisso que o livro ajudará os estudantes.

Maycon foi monitor no campus do 2º ao 8º período. No 4º período, trocou a monitoria em Física pela em Eletricidade e percebeu um fenômeno muito comum entre os alunos: todos tinham sempre as mesmas dúvidas nas resoluções de proble-mas em circuitos elétricos — o próprio monitor tinha essas dú-vidas e demoraria muito tempo para resolvê-las. Assim surgiu a ideia inicial de criar uma apostila mais didática para os alunos do instituto.

O intuito era criar uma linguagem mais acessível para os alunos do nível médio técnico. “As referências que se têm sobre o tema são muito complicadas e sofisticadas. Enxuguei muito disso, elaborei exercícios e peguei exercícios de outras fontes confiáveis para montar o material”, explica Maycon, estagiário na Votorantim. São utilizadas no Instituto literaturas sobre cir-cuitos elétricos da área das engenharias e, para Maycon, elas

campus paracambi

Teoremas de MendesAluno do campus Paracambi escreve livro sobre circuitos elétricos voltado para alunos do nível técnico

não são muito didáticas. Segundo ele, em contrapartida, o pouco material existente para os técnicos são básicos demais.

A importância de sua publicação para a área é a de ter um material com uma linguagem clara e objetiva para o técnico, mas que pode ser usada também na graduação. “A ideia é mos-trar para o aluno como se resolve um problema de uma manei-ra de fácil entendimento”, explica o autor.

Com o material preparado, Maycon passou a ligar para as editoras. A Ciência Moderna foi a primeira a responder. Depois de uma entrevista com o gerente, o contrato foi assinado. Três professores do campus ajudaram muito Maycon no processo, desde a ideia até a publicação. O professor de Física Renato de Freitas e a equipe de Física o auxiliaram, principalmente no começo dessa jornada, com suas aulas sobre correntes elétri-cas. Já o professor de Metrologia Rodrigo Faria sempre levava materiais para a pesquisa de Maycon e ajudava nas dúvidas. O professor Leonardo Resende, co-autor do livro, auxiliou na organização e sistematização do material.

A editora fica com 95% do lucro pelas vendas do livro, mas isso não preocupa o autor. “Na realidade, o meu interesse é publicar mesmo o material. Quero que os alunos consigam entender o conteúdo e vejam que é uma publicação minha. É mais uma realização pessoal do que propriamente lucro”, diz. Ele conta ainda que sentiu receio por ser um técnico em Eletro-técnica publicando um livro na área. “Achei que não teria con-fiabilidade, por isso entra o professor Resende como co-autor, já que ele é engenheiro experiente e doutorando”.

Planos pós-lançamento

Após o lançamento do livro, Maycon planeja divulgá-lo em campi do IFRJ e em outras ins-tituições de ensino, como a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e a Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy (Unigranrio). “Quero enraizar o material em outros lugares, realizar uma série de palestras e mostrar a minha publicação”, conta Maycon, que não pretende expandir, por enquanto, a divulgação para outros estados.

Ele pretende fazer a cerimônia de lançamento no campus Paracambi, numa Semana Acadê-mica, por exemplo. “Até os alunos que não me conhecem sabem dessa história do livro. Como fui monitor por muitos anos, conheci muita gente e a notícia se espalhou”, explica Maycon.

Arquivo pessoal

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Predadores de metalcampus volta redonda

Para falar de histórias campeãs, um grupo de alunos do campus Volta Redonda não poderia ficar de fora. Eles for-mam a equipe de robótica Jaguar: 14 alunos, entre esta-giários e voluntários, além de cinco professores que dão

apoio ao projeto.

O ano de 2014 é promissor: depois de títulos estaduais e na-cionais, a equipe participará pela primeira vez do mundial de ro-bótica, sediado este ano no Brasil. A classificação foi conquistada no campeonato nacional de 2013, quando a equipe venceu na ca-tegoria Dance Secundary e ficou com o segundo lugar na Soccer Secundary. Para o campeonato nacional de 2014, a meta é con-quistar novamente as vagas para o mundial de 2015, competindo em seis diferentes categorias.

A equipe surgiu em 2009 durante a 1ª Semana de Tecnologia, Educação, Ciência e Cultura do Sul Fluminense (Sematec), realiza-da anualmente no campus Volta Redonda. O time foi uma iniciati-

va do professor Helton Sereno, que desejava montar uma equipe de robótica e compartilhar com os alunos as experiências que vi-veu nos tempos de faculdade.

O nome Jaguar surgiu em conjunto com os primeiros alunos

e foi uma homenagem à mascote do time da cidade de Volta Re-donda, a Jaguatirica, que na época era “representada” pelo profes-sor do campus Eduardo Dessupoio. A equipe tem como porta-voz uma capitã, Gabriela Garcia, já formada pelo IFRJ. Como é bolsis-ta, permanecerá no “cargo” até julho deste ano para participar do mundial. A aluna lidera o grupo desde janeiro de 2014 e foi eleita pelo professor, com o consentimento dos alunos.

Além dos feitos no último campeonato nacional, a equipe con-quistou, em 2012, o título estadual na 1ª Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). No mesmo ano, a Jaguar faturou novo campeona-to no Latim American Robotics Competition.

Equipe de robótica Jaguar, do campus Volta Redonda, vai disputar mundial este ano

Equipe Jaguar coleciona títulos estaduais e nacionais de robótica

Arquivo pessoal

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Equipe Jaguar

Alunos: Alice da Costa Trindade Barroca, Alice Pereira Oliveira, Anderson de Souza Men-donça Junior, Arthur Taveira da Rocha, Carina Nogueira Brum Pandeló, Carlos Alex Parreira da Silva Junior, Carlos Vinícius da Costa Nagib de Carvalho, Gabriel Dalton, Gabriella Garcia Pires, Giovanni Forastieri, Hermes Alves Neto, Melissa Lenskaia Monni, Pedro Henrique Silva Meireles, Wanderson da Silva Maciel Filho.

Professores: Helton Rodrigo de Souza Sereno, Joicy Pimen-tel Ferreira, Wallace Pereira.

SALA DE TROFÉUS DA EQUIPE JAGUAR

- 9º Winter Challenge Robocore – São Caeta-

no do Sul – SP

- 6º e 9º lugar na categoria Sumô LEGO® -

1Kg (Auto);

- 5º lugar na categoria Robô Trekking – Pro;

- Olimpíada Brasileira de Robótica – Etapa

Estadual – Rio de Janeiro – RJ

- Melhor equipe de escola pública;

- Premio de Equipe mais Dedicada;

- 4º e 5º lugar na categoria Resgate Nível 2.

- Torneio Juvenil de Robótica Etapa São Paulo – São Paulo – SP

- Ouro na categoria Labirinto Nível 3;

- Prata na categoria Cabo de Guerra Nível 3;

- Prata na categoria Resgate de Alto Risco Nível 3;

- Prata na categoria Resgate no Plano Nível 3;

- Prata na categoria Dança Nível 3.

O robô Pafúncio é opé de valsa da equipe

Arquivo pessoal

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campus nilópolis

Thaissa Azevedo Saraiva Vas-concellos, 31, formada como produtora cultural pelo cam-pus Nilópolis, é um exemplo

de que “craque o IFRJ faz em casa”. En-tre as conquistas da aluna, está a ideali-zação do primeiro teatro do município de Mesquita no atual Centro Cultural Oscar Romero; o projeto Inclusão pela Língua Brasileira de Sinais (Libras), que formou mais de 30 turmas de professo-res capacitados na língua; e a apresen-tação do espetáculo “Romeu e Julieta – Amor em Silêncio”, com alunos do curso de teatro para surdos.

Atual sócia e diretora da K Produ-tora, Thaíssa sempre esteve envolvida com as artes cênicas. Desde 2002, ela e um grupo de teatro, o Cochicho na Coxia, procuravam um lugar para en-saiar e viram na antiga Biblioteca Oscar Romero, no município de Mesquita, na Baixada Fluminense, a possibilidade de um local fixo. “Nós ensaiamos lá du-rante quase 4 anos e ainda não tínha-mos o próprio espaço. A princípio o único lugar disponível era um terraço em cima da biblioteca, cheio de entu-lho”, relembra.

O grupo se empenhou em restaurar o local e fazer algumas apresentações que tiveram bom retorno. “Mesmo sem o formato de teatro, o público gostou e começou a fazer doações de cadeiras e equipamentos”, diz. Neste meio tempo de reestruturação do espaço, Thaissa inscreveu e ganhou um projeto para criação do teatro no edital do Ponto de Cultura, do governo do estado. “Com a verba da Secretaria da Cultura, con-seguimos comprar mesa de luz, mesa de som, cortinas e móveis”, conta a ex--aluna sobre o atual teatro do Centro Cultural Oscar Romero, que tem apro-ximadamente 100 lugares.

Já a ideia do Inclusão pela Libras

O bardo em silêncio

surgiu quando Thaissa percebeu, atra-vés de uma matéria do Canal Brasil, a dificuldade que os deficientes audi-tivos tinham em assistir a filmes le-gendados. “Pensei: imagina no teatro! Nunca tinha ouvido falar que existiam intérpretes de libras para surdos em espetáculos e fiquei com aquilo na ca-beça”, conta. Foi quando em 2010 sur-giu uma oportunidade, através do edi-tal “Atitude Cidadã”, desta vez da Casa da Moeda.

Após muito pesquisar sobre a cul-tura surda, Thaissa inscreveu o pro-jeto e venceu. “Abrimos as primeiras turmas de Libras, dando prioridade aos professores da rede pública. Fora isso, o projeto também continha oito apresentações teatrais com intérprete de Libras, todas voltadas ao público in-fantil”, explica. Ela conta que as turmas dos cursos, lotadas, foram um sucesso. “Muitos pais vinham falar comigo e agradecer, pois tinham dificuldades de se comunicar com seus filhos surdos”, fala.

O programa de Inclusão pela Libras não parou por aí: em 2012, nasceu a proposta do Inclusão pela Libras 2. Aprovado nos editais da Brazil Founda-tion e, novamente, da Casa da Moeda, o projeto conseguiu subsídios para, além da formação de turmas capacita-das em Libras, promover uma caravana de inclusão aos surdos nas escolas da região e realizar três curtas metragens voltados para o público surdo de todas as idades e com temática surda. “O pro-jeto se tornou também inclusão pelas artes”, relembra, entusiasmada.

Além disso, entre as ações de ex-tensão do projeto estava um curso de teatro para surdos e a apresentação de um espetáculo com os alunos. A peça apresentada foi “Romeu e Julieta – Amor em Silêncio”. “A experiência foi ótima. Vi tudo aquilo que idealizei se concretizar”, conta.

Thaissa diz que as vitórias conquis-tadas agregaram valor à sua vida como

Produtora cultural formada pelo campus Nilópolis produz espetáculos de teatro para surdos

pessoa e profissional. Além disso, ela enfatiza a importân-cia do estudante de Produção Cultural do IFRJ e diz que busca, sempre que possível, estagiários do curso para atuar em sua produtora. “Cultivar as amizades e valorizar as pessoas do IFRJ é uma forma de levantar o nome da instituição na qual você se formou. Se você valoriza um aluno que estudou na mesma escola que você, você está se valorizando”, finaliza, contando ainda que sonha em um dia se tornar professora do curso no Instituto.

Arquivo pessoal

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campus arraial do cabo

Antony Santiago de Jesus tem 21 anos e é aluno do cur-so Técnico em Meio Ambiente no campus Arraial do Cabo. Mais conhecido como Tony nos corredores da escola, ele foi um dos selecionados para participar do

7º Curso de Cinema Ambiental (Cuca), realizado entre os dias 13 e 17 de janeiro deste ano no Núcleo em Ecologia e Desenvolvi-mento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM), no campus da UFRJ.

O Cuca é um projeto desenvolvido pelo Núcleo de Arte, Mídia e Educação (AME) da UFRJ e tem como objetivo aliar o cinema ao olhar do biólogo. O curso consiste na realização de uma série de filmes documentários, tendo como pano de fundo as questões ambientais locais.

Tony conta que decidiu se inscrever no curso com as informa-ções e o incentivo do professor de Biologia do campus Murilo Minelo. “Interessei-me pelo Cuca, pois está dentro do campo das práticas audiovisuais, com as quais me identifico”, diz o aluno, que já havia feito alguns trabalhos como cinegrafista.

A seleção para participação do curso, segundo Antony, foi feita através do envio de currículo, trabalhos realizados e justi-ficativas do porquê ele deveria ser escolhido. “Após ter sido se-lecionado via internet, realizei uma entrevista presencial na qual fui escolhido e honrado com a participação no 7º Cuca”, disse, entusiasmado.

Durante o curso, os trabalhos realizados consistiram na mon-tagem de um roteiro e na procura de personagens, tudo isso

Natureza fotogênica

discutido entre os integrantes que compuseram a equipe. “Con-tribuí também fazendo algumas imagens que pudessem ser in-teressantes para a produção”, conta.

De acordo com o aluno, a importância do curso é grande, apesar de ser relativamente novo, pois contribui aos apaixona-dos por produções de cinema e meio ambiente. “Os principais aprendizados foram saber como manusear uma câmera e os métodos de edição dos materiais produzidos”, enfatizou. Além disso, Tony conta que sempre gostou do mundo cinematográ-fico: “Não importa o quanto você seja bom, sempre terá algo a aprender”.

Tony acha que a questão ambiental é um assunto indispen-sável a ser discutido. “A questão vincula-se ao meu interesse em produzir materiais que possam contribuir com a educação am-biental, a fim de que o assunto possa se tornar mais convidativo às pessoas”, comenta o aluno, que diz também que, por meio do cinema, a conscientização pode se tornar mais eficaz.

Antony quer investir na área de equipamentos específicos para a realização de trabalhos cinematográficos ligados ao meio ambiente. “Ter participado do Cuca, além de fazer com que me sinta honrado, tornou possível a absorção de experiências, técni-cas, e o amadurecimento das minhas ideias a respeito do cinema ambiental”, finaliza.

Aluno do campus Arraial do Cabo é selecionado para curso de cinema ambiental

Arquivo pessoal

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campus são gonçalo

As alunas do curso Técnico em Química do campus São Gonçalo Hemilly Fernandes, Ana Carolina Azevedo, La-rissa Reis, Isabel Sant’ Ana, Isabella Garcia, Nathália As-sumpção, Flaviana Origuela, Juliana Sciammarella e Fer-

nanda Souza conquistaram o primeiro lugar no futebol feminino dos I Jogos Intercampi do IFRJ. O evento aconteceu em novembro de 2013, no campus Pinheiral.

A equipe contou com a ajuda do professor e técnico Edson Farret, que ajudou o time, apesar dos poucos treinos que fizeram na quadra do campus. Algumas jogadoras já haviam praticado o esporte em escolinha de futebol. A capitã da equipe feminina, He-milly Fernandes, conta que a experiência foi muito interessante. “Além do espírito de competitividade dos jogos, interagimos com a comunidade discente dos outros campi. A interação e o respeito entre os participantes foi de bastante valor para todos nós”, conta.

O time enfrentou algumas dificuldades durante a preparação para os jogos, como o pouco tempo para treinar e as obras na qua-dra do campus, mas os contratempos não impediram os treinos.

Para Hemilly, o diferencial da equipe feminina do campus São Gonçalo foi o espírito esportivo e o respeito: “Independentemen-te do resultado, o mais importante foi a nossa dedicação, nossa

De chuteiras tamanho 36

participação e o comprometimento com o objetivo”. Segundo a capitã, ganhar o primeiro lugar foi contagiante para a equipe. “Os jogos foram bastante disputados, conquistamos a vitória nos dois jogos por 2 x 1. Felizmente nosso esforço e foco nos levaram à conquista do 1° lugar”, enfatiza.

Perguntadas sobre um jogador profissional que fosse um ídolo para a equipe, elas não chegaram a um consenso. “É difícil citar apenas um nome como ídolo no futebol. Cada profissional nos encanta de alguma forma, seja com um gol de letra ou uma defe-sa incrível”, fala a capitã do time.

Sobre a controvérsia a respeito da Copa do Mundo, que co-meça dia 12 de junho, a capitã opinou: “Sabemos os gastos foram altos com as obras da Copa, e esse dinheiro seria melhor investido em outras prioridades”, conclui Hemilly.

Atualmente, acontece no campus São Gonçalo o IF Champions League, campeonato de futebol de salão masculino e feminino, com a participação de algumas jogadoras da equipe.

Alunas do campus São Gonçalo formaram time campeão nas quatro linhas

Equipe de São Gonçalo foi campeã dos I Jogos Intercampi do IFRJ, em 2013.

Arquivo pessoal

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O estudante do 6º período do curso de Agro-pecuária do campus Nilo Peçanha – Pi-nheiral Alberto Carlos Bittencourt Junquei-ra, 17, ganhou o certificado de menção

honrosa na 9ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas em 2013 (OBMEP). A OBMEP é uma realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área.

Alberto conta que decidiu se inscrever após ser in-centivado pelo professor de matemática Mario Antônio Mariotini e pelos pais. “Sempre me interessei por mate-mática e ao longo do tempo vi que não é esse bicho de sete cabeças, a partir do momento em que nos dedica-mos ao seu estudo dentro e fora das salas de aula”, diz.

O aluno recebeu o certificado de menção hon-rosa, que é a distinção conferida a uma obra não premiada, porém merecedora de citação. “Fiquei surpreso, pois não imaginava ganhar esse reconhe-cimento. Além de ter ficado feliz em representar o IFRJ num evento reconhecido nacionalmente”, conta.

Em 2013, cerca de 19 milhões de alunos espalha-dos por quase todos os municípios brasileiros (99,3%, segundo dados da Olimpíada) participaram da com-petição. Este ano, a OBMEP completa 10 anos de exis-tência e conta com a participação de estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Honras da casa

Alberto, que deseja seguir na carreira de agrôno-mo, não descarta a possibilidade de participar de outras edições do evento. “O certificado de menção honrosa me incentivou a buscar outras premiações”, comenta.

Segundo ele, o principal aprendizado da participação na 9ª OBMEP é de que apenas através dos estudos é pos-sível alcançar os objetivos na vida profissional: “A olimpí-ada nos permite observar a importância da matemática no nosso dia a dia e sua aplicação no cotidiano”, observa.

campus nilo peçanha - pinheiral

Aluno do campus Nilo Peçanha – Pinheiral recebe menção honrosa na 9ª OBMEP 2013

Arquivo pessoal

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