revista grana - tcc

41
GRANA.COM.BR EDIÇÃO 1_NOVEMBRO 2013_R$ 9.90 free- lance especial copa sexo de safio SEMPRE HÁ UM SOB MEDIDA PARA VOCÊ VANTAGENS E DESVANTAGENS DE SER SEU PRÓPRIO CHEFE PREPARE O BOLSO PARA O MUNDIAL O QUE ELAS PENSAM SOBRE Ménage à Trois NOSSO REPÓRTER FICA UM MÊS SEM CARTÃO DE CRÉDITO EDIÇÃO 1_NOVEMBRO 2013_R$ 9.90 perfil RICARDO PIOLOGO, DO MUNDO CANIBAL - “NOSSO HUMOR É NOSSO PIOR INIMIGO” táxi, carro ou metrô SAIBA QUAL É A MELHOR FORMA DE IR PARA A BALADA? SÃO PAULO NÃO PRECISA DE MAIS UM BAR facundo guerra investi mento

Upload: fellipe-bonilha

Post on 13-Aug-2015

70 views

Category:

Documents


38 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Grana - TCC

grana.com.brEDIÇão 1_novEmbro 2013_r$ 9.90

free-lance

especial copa

sexodesafio

sempre há um sob medida para você

vantagens e desvantagens

de ser seu próprio chefe

prepare o bolso para o mundial

o que elas pensam sobre

Ménage à Trois 

nosso repórter fica um mês sem cartão de crédito

EDIÇã

o 1_n

ovEm

bro 2

013_

r$ 9.

90

perfil ricardo piologo, do mundo canibal - “nosso humor é nosso pior inimigo”

táxi,carro ou

metrôsaiba qual é a

melhor forma de ir para a

balada?

São Paulo não PreciSa de

maiS um bar

facundo guerra

investimento

Page 2: Revista Grana - TCC
Page 3: Revista Grana - TCC

Foto Divulgação

Guerra, 39 anos e sete

casas noturnas no currículo

se existe uma profissão que todo homem já pensou em ter, essa é dono de bar. Grana bateu um papo com

facundo guerra, sócio de algumas das principais casas noturnas de são paulo. afinal, essa vida de empresário de

entretenimento noturno é tão diferente da sua?

TEXTO • Igor dos Santos

entrevista facundo Guerra

A noiteé DeLe

entrevista

acundo Guerra é daqueles sujeitos de quem você quer ser amigo. Apesar de viver numa atmosfera de badala-ção, o empresário chamado pelo The New York Times como “representante da boemia paulistana” leva uma vida bem pé no chão. Aos 39 anos, argenti-no, casado e pai de Pina, ele sabe mui-to bem o que quer de sua vida. Nossa conversa aconteceu numa tarde de segunda-feira, durante as obras do Riviera, seu novo empreendimento. Apenas com café no estômago e um ci-garro na boca, Guerra falou sobre car-reira, família, drogas, download ilegal, aposentadoria e muito mais.

•••

Grana_ De engenheiro a em-presário destaque no entreteni-mento noturno. Como você foi parar na noite?Facundo Guerra_ Sempre fui exe-cutivo de carreira. Com 25 anos já era gerente e ganhava um salário muito superior ao que merecia. Mas aconte-ce que, no final das contas, fui demi-tido, o que fez com que eu perdesse completamente o chão. Tinha tra-balhado em muitas áreas ao mesmo tempo. Era um generalista. Achava que não ia conseguir encontrar um emprego tão bom quanto aquele que

eu tinha. Eu nunca tinha escrito um currículo. Quando o America Onli-ne (AOL) me demitiu, peguei toda a grana que tinha e tentei a sorte como empresário. Entrei na companhia de roupas de uma amiga. Fiquei dois anos. Como moda e noite são muito próximas, comecei a frequentar esse território e uma coisa levou a outra. Nunca tive muita intimidade com a vida noturna. Para mim, naquela época, era até um pouco inóspito.

G_ Você é abstêmio? FG_ Eu não bebo. Não sou moral-mente contra nenhum tipo de entor-pecente, mas também não consumo drogas. Sou muito favorável a elas, só não gosto de perder o controle.

G_ Você nasceu em uma família privilegiada?FG_ Pobre no Brasil é pobre de verda-de. Mas eu fui de classe média bem bai-xa. Quando vim da Argentina fui para a Barra Funda, que na década de 80 era um bairro mais violento. Então a mi-nha origem é de uma família bem bata-lhadora. Só fui conhecer a gringa mui-to tempo depois de formado. A única coisa de elite que tive foi a educação. Não tive acesso ao que as crianças do colégio tinham: apartamento no Gua-rujá, viagens para Disney e Europa.

F5novEmbro _20134 agosto_2013

Page 4: Revista Grana - TCC

G_ Vegas, Z Carneceria, Volts, Lions, Cine Joia, Yatch e agora o Riviera, que já nasce um suces-so. Sete projetos em dez anos. Qual é a chave para todos terem dado certo?FG_ Não acho que tenha uma chave. Uma coisa comum em todos esses lu-gares que eu e meus sócios abrimos é que eles têm uma personalidade mui-to forte. A gente se preocupa em con-tar a história. Eles têm uma narrativa forte por trás, lidam com algum tipo de fetiche. Todos são expressões da nossa personalidade. Eu nunca faria alguma coisa que teria vergonha de frequentar, um boteco genérico. São Paulo não precisa de mais um bar ou casa de show. Não quero abrir uma coisa que já exista na capital pau-lista ou no mundo. Nunca ninguém foi para um lugar meu e disse “olha, eu já vi isso em Nova York”. No final das contas acho que é acreditar mui-to naquilo que você faz. Não fazer por dinheiro. Pelo contrário, abri tantos lugares em tão pouco tempo que só fiquei mais pobre. Tenho uma vida de classe média como qualquer outra pessoa que frequenta os meus lugares. Não sou um playboy que está abrindo um lugar que perdeu a conexão com o público médio. Eu pertenço ao públi-co. Eu vou aos lugares, pego fila.

G_ O seu nome sempre vem com o título de responsável pela revitalização da Augusta. Isso te incomoda? Quando o Vegas foi aberto, essa era a intenção? FG_ Não tive a menor intenção. Im-putar a responsabilidade de eu ter sido culpado por transformar a Au-gusta no que se converteu hoje é no-bre, mas ao mesmo tempo errôneo. Uma pessoa só não consegue revitali-zar uma região. Foram vários fatores: timing certo, sorte, bom gosto. Fui muito rabudo, mas também compe-tente. Senão tinha parado no Vegas. E ele só foi o começo da minha his-tória. Eu nem gosto do termo revita-lização. A Augusta foi ocupada agora

entrevista

Tenho uma vida de classe

média como qualquer outra

pessoa que frequenta os

meus lugares. Não sou um playboy que

tá abrindo um lugar

que perdeu a conexão com o público médio

por uma elite, mas nunca deixou de ter outras pessoas.

G_ Em que tipo de público você pensa enquanto está criando um novo espaço?FG_ Eu e meus sócios. Não tento agradar mais ninguém. Se a gente encontrar mais gente que tenha o nosso gosto, vai dar certo. Caso con-trário, vai naufragar. Mas não perco o pulso do meu público, porque sou o meu público.

G_ “Servimos melhor para servir sempre” é o mote de suas casas. Para um público cada vez mais exigente, o que não pode faltar em um empreendimento para noite?FG_ Infraestrutura. O drink tem que estar gelado, o soundsystem perfeito, a luz certa. Não tem espaço para ama-dorismo em São Paulo. Estamos sem-pre refinando. O Joia, por exemplo, já passou por vinte reformulações desde que foi aberto. O ideal da casa é inatin-gível, mas a gente o aspira.

G_ O dinheiro que você levanta é investido no próximo empre-endimento?FG_ Conta particular não tenho um puto. Só acumulei dívida ao longo dos anos.

G_ Os bancos não devem gostar muito de você.FG_ Na verdade, eles me amam. Pago minhas dívidas em dia. Meu di-nheiro está todo nos negócios e sou feliz desse jeito. Não preciso de mui-ta matéria para ser feliz. Tenho mi-nha moto, uma CG 81 que custa R$ 2.500. É com ela que vou para todos os lugares; gosto de livro, que é bara-to; gosto de cinema e dá para puxar filmes pela internet.

G_ Você faz download ilegal?FG_ [em tom de confissão] Eu faço muito download ilegal. Mas os livros eu pago. E música tenho por assina-

facundo Guerra

tura. Esses são meus prazeres, fora a minha filha. Eu vivo como qualquer gerente de baixo escalão de multina-cional. Cinco mil reais já me cobre em um mês. Eu não bebo, isso economiza uma grana dos infernos. Como fora uma vez por semana, quando muito, em lugares mais baratos porque não gosto de pagar muito por comida. Gosto de comer no centro, em lugares bem pé no chão.

G_ Você gosta de comida barata, mas ao mesmo tempo o seu sócio mais recente é o chef Alex Atala. A proposta do Riviera é trazer uma cozinha de baixo custo?FG_ Comida barata e muito mais acessível, senão ele [Alex Atala] ia con-correr com o seu próprio restaurante.

G_ Quanto foi o investimen-to inicial do Vegas e agora do Riviera?FG_ A gente abriu o Vegas sem nada em 2005 ao custo de duzentos mil reais. Já o investimento do Riviera é 2.000% maior. É o projeto mais caro até hoje. G_ E não é o maior. O que dei-xou ele caro?

FG_ A cozinha do Atala e a acústica do lugar que é toda feita de vidro.

G_ Jazz. É um gosto seu? Até agora você só tinha casas que tocavam músicas alternativas.FG_ O jazz é mais underground que a música eletrônica e o rock. Ele vi-rou música de tiozão. Não me preo-cupo com o que o público acha. Vou tentar me agradar e, se tiver sorte, vou encontrar gente que curta a mesma coisa.

G_ Como filho e neto de mili-tantes, como você se sente ao ressuscitar o Riviera, que é um símbolo da esquerda contra a ditadura? FG_ Foi um tempo que não volta mais. E trazer a importância histórica que o Riviera teve na década de 1960 seria um erro anacrônico do meu lado. O que estou fazendo é olhar para o que o bar tinha de fundamental e tentar reproduzir no presente, mas que seja um lugar contemporâneo que não cheire a mofo. Tenho ódio ao vintage. Porém tenho muito respeito à história do Riviera. Todas as vezes que entro lá, faço esse exercício quase de subli-mação de ego: esse bar não é meu e

Não tenho um puto em conta particular. Só

acumulei dívida ao longo dos anos

Não tem espaço para amadorismo em São Paulo

De argentino só o documento, Guerra fala e

gesticula como paulistano

nem do Atala. Ele é mais importante, forte e histórico do que a soma de seus sócios. Eu não quero que ele seja meu. Minha função é ser um condutor para o Riviera voltar a existir.

G_ Isso acontece em todos os seus projetos? Você faz um espa-ço para a cidade de São Paulo?FG_ Não vou pagar de bonzinho: eu faço por interesse financeiro. Sou um empresário antes de qualquer coisa. São negócios. Mas eu amo a cidade.

Foto Divulgação

6 7novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 5: Revista Grana - TCC

entrevistaE isso acaba ficando expresso quando você entra num lugar e fala “pô, esse lugar só poderia existir aqui, mêo”. São poemas de amor a São Paulo.

G_ Todos estão na mesma re-gião. Qual é a sua conexão com o Centro?FG_ Cresci lá. Conheço de frente e de costas. Ele é o meu território. Não conseguiria abrir um bar em Moema, no Itaim ou Vila Madalena [bairros boêmios de classe alta]. Eles não são a minha São Paulo. Sou territorialista.

G_ Hoje o centro da capital é frequentado pela classe média, que antes o ignorava. O que cha-mou atenção desse pessoal?FG_ Já existiam algumas expres-sões, como o Executivo Bar, Aloca e o Madame Satã. Mas eles estavam no underground. O que a gente fez foi potencializar essa ideia. Fizemos um underground com infraestrutura. Não fui o bandeirante. Só evidenciei um movimento que já estava fermentan-do por muito tempo.

G_ Você foi pai recentemente. Como é conciliar a paternidade e trabalho?FG_ Eu não quero ser workaholic. Minha filha tem um ano. Tive que es-colher entre o Riviera e minha filha. Por isso ele demorou tanto para ficar pronto. Eu não abro mão de passar tempo com ela, de levar à escola. Não quero me arrepender depois de não tê-la visto crescer porque estava tra-balhando demais. Fiz a escolha certa para ter mais tempo com a Pina. Cons-truí o Joia e o Yatch simultaneamente em nove meses. Mas foi uma época que não tinha família. Era só aquilo.

G_ Como é a sua rotina?FG_ Trabalho muito do computa-dor de casa, cerca de quatro horas. Fico lendo meus e-mails e tudo mais. Fora de casa mais umas sete. Eu lido com gente muito competente. Estou com a mesma equipe desde a época

A minha profissão é

meio jogador de futebol. Não

posso ficar fazendo boate com 40 anos. Seria ridículo

Todo mundo sabe que uma

lata de cerveja no mercado

custa centavos e lá dentro oito

reais. Tenho que fazer valer essa diferença

do Vegas. Desde bartenders, luz, até o pessoal de criação são mais de tre-zentas. Todo mundo registrado preto no branco. Não faço nada fora da lei, infelizmente.

G_ Você gostaria fazer algumas coisas fora da lei?FG_ Queria ser esperto como gran-de parte dos empresários do Brasil. Mas não topo, porque já estou mui-to em evidência e dinheiro não é a minha prioridade na vida. Então eu pago todos os impostos, sem proble-ma nenhum.

G_ Depois do episódio em Santa Maria, aumentou a preocupa-ção com segurança?FG_ Esse é meu business. Não posso me divertir. Tenho que ser o cara mais chato do mundo. Por isso mesmo não gosto de frequentar, não consigo tirar prazer disso. As pessoas que vão às minhas casas pagam caro e tenho que respeitar cada centavo, porque é um dinheiro suado, na maior parte das vezes. Todo mundo sabe que uma lata de cerveja no mercado custa centavos e lá dentro oito reais. Tenho que fazer valer essa driferança. Não pode ter ar condicionado pifado, caixa de som queimada, cerveja quente e tenho que ter uma equipe de seguranças bem treinada. A noite foi ficando cada vez mais jovem. E jovem naturalmente traz mais problemas.

G_ Você fala em se agradar, mas ao mesmo tempo diz que não pode ficar parado para cur-tir o espaço que você fez pra si. Isso é um paradoxo. Você cria um espaço, curte o momento de explosão e já o coloca de lado.FG_ Quando eu falo em me agradar, me refiro ao projeto, não necessaria-mente em me entreter como consu-midor. Ele estando pronto, não quero mais ir para o lugar. Se eu quiser ir a um restaurante, não vou ao Riviera. Lá vou ter que servir drink e vai ter gente me solicitando a todo momento

facundo Guerra

e eu não quero passar por isso.

G_ Então você prefere a parte de criação ao dia a dia do negócio?FG_ Milhões de vezes. Uma vez que o espaço está pronto, o filho está entre-gue ao mundo. Vou para o próximo.

G_ Você mora com o seu avô materno até hoje. Fala-me mais sobre ele.FG_ Ele tem 95 anos e é um vende-dor de bala de coco. É um personagem adorável. Tenho muita sorte de tê-lo por perto. Uma coisa que acho legal é que ele não tem medo do ridículo. E aí eu percebi que a velhice, de uma de-terminada maneira, te dá licença para ser ridículo. O que é bem libertador.

G_ Se o Facundo fosse um cara do escritório, ele frequentaria as casas do Facundo da noite?FG_ Com certeza. A minha vida não é muito diferente de qualquer burocrata.

G_ Você diz que cada projeto seu conta uma história. E que muitas dessas histórias se mes-clam com a sua vida. Qual vai ser a próxima história que você quer contar?

FG_ Não sei. Ainda vou descobrir. Eu sempre estou pensando em alguma coisa, mas agora não tenho nada fe-chado para começar.

G_ Vai dar um tempo para curtir o Riviera?FG_ Eu sempre falo isso e nunca consigo. Preciso saber a hora de parar. A minha profissão é meio jogador de futebol. Não posso ficar fazendo boate com 40 anos. Se-ria ridículo. Até porque não tenho mais a boate dentro de mim. Se eu tentasse fazer uma agora, não se-ria verdade. Poderia construir para ganhar dinheiro, mas não seria um club tão importante quanto o Yatch, Lions e Vegas são. Já fiz uma casa de show e um espaço de jazz, que eram coisas que sentia falta em São Paulo. Fiz sete lugares em dez anos. Acho que já está bom. Vou deixar para outras pessoas.

G_ O jogador de futebol depois que se aposenta vai fazer algu-ma outra coisa.FG_ Eu posso administrar os meus lugares. Posso voltar a dar aula de re-dação pré-vestibular. Ou quem sabe eu monte um baile de terceira idade daqui uns dez anos [risos].

Com decoração inspirada nos clubes de cavalheiros ingleses, o Lions conta com animais empalhados e uma grande varanda com vista para o centro antigo de Sampa

Decoração do Riviera conta com objetos

pessoais de Guerra

Fotos Divulgação

8 9novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 6: Revista Grana - TCC
Page 7: Revista Grana - TCC

edição de novembro de 2013

15 18

20

CAPA

deu o que

falar, e aí?

As últimas da

economia

Carreira

Vida de

freela

economês

Spread

bancário

modaPasseio no parque

Carta ao leitor

O primeiro passoexpediente

21

51

54

58

6872 76

78

16 39

Lifesty

le

Um mês

sem

cartã

o de cré

dito

esporteKart

notíciasCotaçõesQuer um

sabre de luz?

PerfilRicardo Piologo, do Mundo Canibal

CAPAinvestimento Qual o melhor para você?

33

30

36es

critó

rioVo

ntad

e de

sum

ir

Pseudônimo

Dicas do

Sr. Gastão

você sabia?Curiosidades

sobre... sexo!

Tira-teimaIndo para a balada: táxi, carro ou metrô?

mesa redonda

Ménage à trois

ListaO que fa

zer

antes de ca

sar

Agenda

Os destq

ues

de novembro

64

sumário

Grana na Copa 201424

23CrônicaSó mais 5 minutos

66

74

TecnologiaGames: os lançamentos

entre amigosComo preparar um churras

Page 8: Revista Grana - TCC

o primeiropassoD

epois de nove meses de trabalho duro, Gra-na vem ao mundo para reunir duas questões essenciais na vida de qualquer ser humano: dinheiro e comportamento. A escolha se deu por não termos encontrado uma revista para

jovens adultos que falasse do dinheiro inserido no dia a dia e no estilo de vida dessas pessoas.

A partir de um projeto do sexto semestre da faculda-de, simples e pouco elaborado, três de nós criaram um protótipo: Igor dos Santos, leitor assíduo de revistas de comportamento, Fellipe Bonilha, que nós chamamos de “nosso público-alvo”, uma vez que ele tem exatamente o perfil de nossos leitores e sabe escrever para essa galera, e eu, que já tinha experiência em publicações mensais. A experiência foi tão bacana, que decidimos reformular o antigo projeto para ser nosso TCC. A ele se juntaram Tha-ís Pepe, uma apaixonada por economia, e Jéssica Maia, mais ligada na questão comportamental.

Na primeira metade de 2013, o foco foi a pesquisa e a definição do projeto. No segundo semestre, juntaram-se

Os editores: Jéssica Maia, Fellipe Bolinha, Igor dos Santos, Bárbara Trevisan e Thaís Pepe

ainda o orientador Jorge Tarquini e o diretor de arte Filipe Rocha.

Como em toda revista que se preze, criamos e recriamos projeto gráfico, escrevemos e derrubamos reportagens, escrevemos e reescre-vemos textos. A revista que você tem em mãos não está finalizada: só não mudamos mais porque, como toda revista, teve a hora do fechamento. O resultado, porém, ficou bem próximo do que esperávamos e estamos muito orgulhosos. Esperamos que você cur-ta e aproveite a Grana conosco.

Foto Arquivo Pessoal

Bárbara [email protected]

carta aoleitor

15novEmbro _2013

Page 9: Revista Grana - TCC

expe

reitor Marcio de MoraesPró-reitora de graduação Vera Lúcia G. Stivaletti

Pró-reitor de pós graduação e pesquisa Fabio Josgrilberg

FACuLdAde de ComuniCAção

diretor Paulo Rogério TarsitanoCoordenador do curso de jornalismo Rodolfo Carlos Martino

orientador Jorge Tarquinieditores Bárbara Trevisan, Fellipe Bonilha, Igor dos Santos, Jéssica Maia e Thaís Pepe

diretor de arte Filipe RochaColaboraram nesta edição Bruno Trevisan (modelo), Gui-

lherme Marques (modelo), Ivanir dos Santos Junior (fotogra-fia) e Tiago Silveira Dias (fotografia)

esta publicação é parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos do

8º período de Jornalismo de 2013.

diente

16 novEmbro_2013

Page 10: Revista Grana - TCC

e aí?deu o que

falar

Analistas afirmam que inflação vai crescer ainda mais em 2014

Tarifa de celular no Brasil é a mais cara do mundo

SeGundo A PeSquiSA FoCuS do bAnCo CenTrAL, o ÍndiCe nACionAL de PreçoS Ao ConSumidor AmPLo (iPCA) vAi Subir PArA 5,97% A inflação basicamente nasce do aumento de preço de algum produto ou serviço e acontece, geralmen-te, por causa da Lei da Oferta e da Procura, que é quando mais pessoas querem comprar do que a quantida-de disponível para ser vendida.  No Brasil, os preços estão subindo também devido ao grande incenti-vo que o governo deu ao consumo para sair da crise de 2008. Com a economia superaquecida, as pes-soas, inclusive você, começaram a comprar mais.  Por outro lado, a indústria não estava preparada para boom do consumo e o país não investiu o suficiente. Some esses fatores à elevação dos preços internacionais e você terá a explicação do atual cenário econô-mico brasileiro.  A dica é não comprar sem necessi-dade e pesquisar. Além disso, fuja de produtos que estão muito caros ou em entressafra, como foi o caso do tomate no meio desse ano.

inForme AnuAL dA união inTernA-CionAL de TeLeComuniCAçõeS (uiT) ConSTATou que o CuSTo de umA LiGAção Aqui é TrêS vezeS mAior ComPArAdo Ao doS euA

O Comunicado da UIT só verificou algo que todos nós já sabemos: tudo no Brasil custa muito. Com a telefonia não é diferente.

Para se ter uma ideia, um minuto no celular em horário de pico aqui custa R$ 1,62. Já em Hong Kong o mesmo serviço sai por menos de três centa-vos. É claro, esses são dados extre-mos. Porém, eles deixam o fato ainda mais visível.

O motivo de sua conta de celular ser tão alta é o tão falado “custo Brasil”. É uma série de particularidades do nos-

so território que faz o total da soma ser tão gordo. Questões políticas, econô-micas e trabalhistas são as principais causadoras desse fator.

A maior vilã dessa história é a carga tributária. Cerca de 40% do valor de um minuto é composto de tributos. O Imposto sobre Circulação de Mercado-rias e Serviço, o ICMS, que tem alíquo-tas diferentes de estado para estado, é quem mais eleva esse número.

Outro fator é a infraestrutura brasilei-ra. Como foi dito na notícia da inflação, o país cresceu, mas com pouco investi-mento. Ainda falta estrutura de energia elétrica, logística e um melhor sistema de telecomunicação. Logo, empresas têm mais gastos com manutenção e assistência. E o custo é repassado para o consumidor.

FMI reduz previsão de crescimento do país para o ano que vem

em 2014, Pib brASiLeiro vAi AumenTAr APenAS 2,5%

Nosso país cresce a passos de formiga. Vis-to antes como aposta, o Brasil está sendo ultrapassado pelas outras nações emer-gentes. Todas elas têm avanços superiores. A Índia, por exemplo, deve elevar seu Pro-duto Interno Bruto, o PIB, em 5,1%.

O PIB é a soma de todos os bens e ser-viços produzidos em um país durante certo período. O poder de compra da população influencia diretamente nesse valor. Investimentos da indústria, agri-cultura, serviços e do governo também impulsionam o índice.

Quanto mais se gasta, mais o PIB cres-ce. Uma nação consumista impulsiona o avanço. O consumo depende dos salá-rios e dos juros. Juro alto e salário baixo inibem a compra e consequentemente leva a estagnação ou recessão.

O ruim do PIB é que ele não representa o quadro total de uma população. Dados como a distribuição de renda e o bem estar do povo não são levados em con-sideração. Portanto é errado analisar a saúde financeira de um país apenas por esse elemento.

Pib 2014Previsão do Fundo Monetário Internacional do crescimento do Produto Interno Bruto para países emergentes

Índia

China

Rússia

África do Sul

brasil

5,1 %

7,3 %

3 %

2,9 %

2,5 %

Ilust

raçã

o Pe

nsei

18 novEmbro_2013

Page 11: Revista Grana - TCC

pseudônimo

Fui promovido e agora meu salário dobrou. Como melhor investir essa 'gordura'?

meu CAro mArTão, todo macho que se preze sabe que a gordura é responsável por dar sabor à carne. Já que está sobran-do pra você, não fique no frango grelha-do. Vá logo para a picanha. Gaste esse dinheiro aos modos de um bon vivant. Compre um carro melhor, roupas de grife e relógios maiores que os do Faustão. As mulheres vão cair em cima.

Agora, se seus hábitos dizem para não exagerar, o que eu acho a maior besteira, o caminho é outro. Essa edição da Grana traz a reportagem “Dinheiro parado não dá lucro”, na página 39, sobre diversos tipos de investimentos. Os caras falam que, se está sobrando, a melhor solução é aplicar. Pobres coitados.

É aquela velha história: deixar de tomar a cerveja do happy hour durante cinco anos fará, no final, você ter uns trocados

SPreAd bAnCÁrio substantivo masculino 1. É a diferença entre a taxa de juros paga por institui-ções financeiras para remunerar o dinhei-ro aplicado por pessoas ou empresas e a que ele cobra para emprestar. 2. Se você

aplica uma quantia na poupança, é como se estivesse emprestando  dinheiro ao banco a juros de 0,5%, por exemplo. 3. Porém, ao emprestar esse mesmo valor a outro cliente, os juros cobrados serão bem mais altos do que os 0,5%. 4. Essa

diferença é o spread bancário, o lucro do banco em operações financeiras. No Bra-sil, o spread bancário é um dos mais altos do mundo. Em março de 2013, por exem-plo, ele chegou a 17,7 pontos percentu-ais, de acordo com dados oficiais.

Gustavo martão22 anosSão Paulo, SP

Envie sua pergunta para o Sr. Gastã[email protected]

a mais sem o prazer da descontração etí-lica com os amigos...

Um salve aos apreciadores da gordura! E não se esqueça de mim na hora de gas-tar. Essa é minha especialidade.

Sr. GASTão_FAçA Tudo que eLe FALA, Só que não

spread bancárioexplica:

Cliente empresta ao banco banco empresta ao cliente

valor emprestado

valor emprestado

valor com juros

valor com juros SPreAd

cotaçõesnotícias

ALTA Brincadeira de jediTodo GAroTo já desejou ter o sabre de luz do Darth Vader ou do mestre Yoda. Por enquanto, o jeito é se conformar com as peças de plástico, mas a ciência está cada vez mais perto de descobrir como criar um sabre de verdade.

Pesquisadores da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachu-setts (MIT), nos Estados Unidos, conse-guiram unir fótons, partículas essenciais da luz, para formar moléculas, o que, até então, era apenas uma teoria. O resultado foi uma luminosidade que pode ser com-parada às espadas da trilogia Star Wars.

Os fótons sempre foram considerados partículas sem massa e que não intera-giam entre si. Ou seja, se dois raios laser se cruzassem, eles apenas atravessariam um ao outro. Com essa experiência, os cientistas colocaram esses átomos em condições extremas, fazendo com que se chocassem até formarem um filete de energia estável.

É claro que, pelo menos em curto prazo, não teremos os sabres de luz da vida real, mas essa nova descoberta poderá ser usada para desenvolver computadores super rápidos, por exemplo

bAiXA O show do Metallica que deveria acontecer dia 15 de novembro no estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi cancelado pela produtora da banda, mas ninguém sabe o motivo. O jeito é torcer para remarcarem...

bAiXA Quinze garotas fica-ram acampadas por um mês e meio em frente ao sambó-dromo do Anhembi, em São Paulo, para o show de Justin Bieber no dia 2 de novem-bro. No Rio de Janeiro, as barracas foram proibidas e a galera voltou pra casa.

ALTA Uma família de Maringá, PR, cria sete tigres em casa. Os dois primeiros foram salvos em 2005 de um circo, onde eram maltratados. Hoje, todos os animais são bem cuidados e acompanhados por veterinários.

ALTA No dia 29 de novembro rola a Black Friday Brasil e muitas lojas devem vender seus pro-dutos com grandes descontos. Ao me-nos é o esperado, já que no ano passado as promoções foram um fracasso.

Ilust

raçã

o Pe

nsei

Fotos Divulgação

20 21novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 12: Revista Grana - TCC

O despertador toca pela terceira vez. Pedro sabe que pode esperar até o quarto alarme para, en-tão, criar coragem e co-

meçar o dia. Quarta vez. Pronto, vai ter que levantar.

Durante o banho, sente a falta do condicionador. Hoje – assim como on-tem e no dia anterior – vai ser só com o xampu. Enquanto se veste, procura o relógio. O tempo parece estar constan-temente escapando de suas mãos.

Ao pisar no escritório, a “sombra” já o segue. “Pedro, o projeto tá pronto?” Pânico! Maldito trabalho que não foi terminado. O engenheiro júnior não conseguia entender: se a apresentação era daqui a dois dias, por que diabos tanta pressão? Ainda tinha tempo sufi-ciente para assistir um monte de episó-dios de Game of Thrones.

Apesar do chefe, o trabalho o agra-dava. A empresa é sólida, o Facebook é aberto –“man, dá até para ver vídeos do Porta dos Fundos”. A parte ruim era a cobrança, que dava vontade até de procurar outro emprego. Mas rola-va uma preguiça de colocar o currículo no mercado.

Não é conformismo. O problema é Pedro sempre dar a cartada final uma rodada antes de o jogo acabar. Procras-tinação circula em suas veias, a tem-po o bastante para nem lembrar mais

não deixe para amanhã o que

você pode fazer na semana que vem

maisSó

quando começou a “adiar as coisas”. O relacionamento de dois anos com

Márcia também sofre dessa malemo-lência com os prazos. Entre os amigos, a chama de “a mina que eu pego”; para a família, diz “estou saindo com uma menina”. Para si, em devaneios, confes-sa um sentimento maior – que logo re-chaça: “por que namorar agora se posso fazer isso daqui a uns... três anos?”.

Por diAS meLHoreSO auge do movimento “slow

motion” rolou quando Pedro adiou uma visita ao médico. O que antes era “só uma dor chata, vai passar” se tornou crise de apendicite e ci-

rurgia de emergência. Nesse momento, percebeu que a

vida passa e para acompanhá-la pre-cisava ser “frenético”. Num domingo preguiçoso, a determinação foi mais forte: deixou a lista de coisas a fazer menor e a pilha de “trampos feitos”, mais cheia. Viu como era fácil deixar as obrigações em dia. Bastava fazê-las.

Foi até o shopping: estava decidi-do a dar um upgrade. Seguiu até a vi-trine da joalheria. Alianças por toda a parte. “Tô indo rápido demais com essas paradas”, pensou ao ver o pre-ço das argolas. “Ainda tenho muito tempo para isso.” Era a ressurreição do procrastinador.

TEXTO • Igor dos Santos

nutos

mi5

Foto

Sxc

.hu

23novEmbro _2013

Page 13: Revista Grana - TCC

nacopa

TEXTO • Fellipe Bonilha e Igor dos Santos

pegue o bandeirão e acompanhe o verde e amarelo pelo brasil em 2014

SigAm-me oSPeGue emPreSTAdo

Fazer um empréstimo pode ser ruim se não for planejado. Os ju-ros são altos e a dívida pode sair do controle. Para isso não aconte-cer, comprometa até 20% do seu salário com as prestações. Além disso, corte gastos. No box preto, você encontra uma simulação que fizemos. O segredo é pesquisar e ver a melhor opção.

PreSenTe de nATALGuarde o 13° salário para saldar os gastos. Se sua empresa tiver esse benefício, utilize também a PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

A Perder de viSTAUse o cartão de crédito. Claro, com muita consciência. Ele é ideal para pagar o hotel e passagens aéreas. São itens com valores maiores que podem ser comprados agora. Isso tudo parcelado e sem juros. Porém não perca o controle. A fatura chega todo mês com as compras que você já tinha feito. Não deixe virar uma bola de neve. Os juros do cartão são os mais altos, algo entre 13% e 15% ao mês.

quebre o PorCo

Utilize o cofrinho. É economica-mente mais saudável gastar o di-nheiro que está sobrando do que realizar dívidas. Pague o máximo que conseguir à vista. Quer ver os jogos da Copa? Então faça sacrifí-cios. Em vez de jantar naquele res-taurante badalado toda semana, peça uma pizza em casa.

Ano que vem não tem para ninguém. A Copa do Mundo é dos brasileiros. Vamos cantar o nosso hino antes de cada parti-

da, apoiar os jogadores e torcer pela seleção, além de viajar por todo o país. Antes de cada espetáculo, tem a preparação. O Felipão está fazendo a parte dele. E você, amigão, já dei-

Bons

xou tudo organizado? Siga os passos desse guia e curta os jogos com pla-nejamento e sem dívidas.

A proposta é simples: assistir a todos os jogos do Brasil, da abertura em São Paulo ao Maracanã, contan-do que nossa seleção vá fazer bonito e siga até o último jogo. Para ajudá-lo nessa odisseia futebolística, a FIFA criou um pacote chamado Carnê de Ingressos para Seleção Específica (CISEL), onde você pode adquirir ingressos por seleção ou por estádio. O CISEL-BR7 permite assistir a to-dos as partidas do Brasil, da fase de grupos até a final. É ele que você tem que comprar.

Os ingressos para o mundial estão à venda desde agosto, em es-

quema de inscrição e sorteio. Caso você não tenha sido contemplado no sorteio, não se desespere, ainda há muito o que fazer. De acordo com a FIFA, nem todos os ingressos foram colocados à disposição na primei-ra fase de vendas. Você ainda terá chances de comprar seu pacote. Nos dias 5 a 28 de novembro serão ven-didos os ingressos remanescentes do primeiro lote. Aí não tem nada de sorteio. É no bom e velho quem che-ga primeiro.

Caso o Brasil seja eliminado an-tes, quem adquiriu o CISEL-BR7 não vai perder os ingressos. O combo permite que você acompanhe o time vencedor para a próxima rodada da competição até chegar ao último jogo.

e AGorA, quem PoderÁ noS AJudAr?Os preços dos ingressos não

estão nada amigáveis. Para reali-zar o sonho de qualquer torcedor, você gastará, dependendo da cate-goria, entre R$ 3.058 a R$ 6.700 pelo CISEL-BR7. Outra opção tão salgada quanto é adquirir o CI-SEL-BR6 mais o jogo 64, que é a final, por R$2.420 a R$6.502. Os dois pacotes dão acessos às mes-mas partidas. Isso sem contar as passagens aéreas, hospedagem e transporte. E também rola o fator turismo. Afinal, essa é a graça de viajar pelo país.

Bom planejador que você é, te-mos certeza que toda a grana ne-

cessária para essa empreitada já está separada, não é mesmo? Bem, se isso for verdade, vá direto para a próxima página e veja o nosso mapa da Copa, com informações de todos os estádios e o trajeto que a seleção brasileira vai fazer.

O mundial começa no dia 12 de junho, no estádio do Corinthians, re-cém batizado como Emirates Arena, em São Paulo. Você tem até lá para estar com tudo organizado. Não marque bobeira e garanta o seu lu-gar para o primeiro jogo do Brasil.

Caso você não tenha economiza-do nada, ou ainda falta uma parte do dinheiro, para pagar as despesas da viagem, veja algumas opções no quadro ao lado.

bAnCo PrivAdo• 7% de juros ao mês

em 48 parcelas, total de r$ 15 milem 27 parcelas, total de r$ 9 mil

bAnCo PúbLiCo• 2,51% de juros ao mês

em 12 parcelas, total de r$ 4.680em 24 parcelas, total de r$ 5.376

emPréSTimo CrédiTo PeSSoAL AuTomÁTiCo• 3,87% de juros ao mês

em 12 parcelas, total de r$ 5076

FinAnCiAdorA• 10,34% de juros ao mês

em 12 parcelas de r$ 597, total de r$ 7.164

Foto Portal da Copa

emPreSTAndoveja qual opção vale mais a pena para o seu bolsa. Todos os empréstimos são calculados no valor de r$ 4 mil

a seGunda fase de vendas começa dia 8 de dezembro, logo após o sorteio dos grupos. o sistema de compras funcionará da mesma forma. até 30 de janeiro é possível solicitar os ingressos e aguardar ser sorteado. pedidos por ordem de chegada acontecem a partir de 26 de fevereiro e vão até 1º de abril. a última fase de vendas, a chamada last call, começa em 15 de abril e vai até o começo do campeonato

Projeção artística do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre

24 25novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 14: Revista Grana - TCC

depois de saber como financiar essa empreitada, nada melhor do que conhecer

as cidades por onde você irá passar e as arenas das partidas. esse mapa mostra

onde estão cada um dos 12 estádios e por quais deles o brasil vai passar

copAmApA DAArenA AmAzôniA

mAnAuSCapacidade 42.374 espectadoresCusto R$ 605 milhões  Ano de construção 2013 número de jogos 4diferencial Estrutura metálica na parte externa

eSTÁdio dAS dunAS nATALCapacidade 42.086 espectadores Custo R$ 350 milhões Ano de construção 2013  número de jogos 4diferencial Construção ondulada que imita a paisagem de Natal

ArenA PernAmbuCoreCiFeCapacidade 42.849 espectadores Custo R$ 529,5 milhões Ano de construção 2014número de jogos 5diferencial Fachada feita de plástico EFTE, permite variação de cores

ArenA FonTe novA SALvAdorCapacidade 52.048 espectadores Custo R$ 591,7 milhões Ano de construção 1951Número de jogos 6Diferencial Cobertura grandiosa e restaurante panorâmico

eSTÁdio nACionAL brASÍLiACapacidade 68.009 espectadores Custo R$ 1,43 bilhão Ano de construção 2012número de jogos7diferencial Arquitetura imponente inspirada nos traços de Niemeyer

ArenA PAnTAnAL CuiAbÁCapacidade 42.968 espectadores Custo R$ 519,4 milhões  Ano de construção 2014número de jogos 4diferencial O estádio é totalmente sustentável

eSTÁdio mineirão beLo HorizonTeCapacidade 57.483 espectadores Custo R$ 695 milhões Ano de construção 1965número de jogos 6diferencial Preservação da fachada anterior

ArenA de São PAuLo São PAuLoCapacidade 65.807 espectadores (dos quais 20 mil temporários) Custo R$ 855 milhões Ano de construção 2014número de jogos 6diferencial Estrutura retangular e painel de LED em uma lateral externa

eSTÁdio do mArACAnã rio de JAneiroCapacidade 73.531 espectadores Custo R$ 1,19 bilhão Ano de construção 1950número de jogos 7diferencial Maior e mais tradicional palco do futebol do Brasil

ArenA dA bAiXAdA CuriTibACapacidade 41.456 espectadores Custo R$ 265 milhões Ano de construção 1914número de jogos 4diferencial Depois de perder o teto retrátil, o atrativo fica por conta da iluminação externa.

eSTÁdio Beira-rio PorTo ALeGreCapacidade 48.849 es-pectadores Custo R$ 330 milhões Ano de construção 1969número de jogos 5diferencial Estrutura me-tálica em formato de garras

eSTÁdio CASTeLão ForTALezACapacidade 58.704 espectadores Custo R$ 623 milhões Ano de construção 1973 número de jogos 6diferencial Fácil acesso e cobertura total das arquibancadas

mT

AC

Am

rrAP

PAmA

Pi

To

bA

Go

dF

mG

SPrJ

eSmS

Pr

SC

rS

SeAL

Pb

rn

Pe

Ce

Foto

s Po

rtal

da

Copa

Foto

EBC

Foto

Div

ulga

ção

26 27novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 15: Revista Grana - TCC

um mês, cinco capitais, sete jogos. para essa empreitada dar certo é preciso uma boa logística. de locomoção a turismo, veja as dicas para você não ficar perdido durante o mundial

Antes de sair pelo Brasil na cola dos jogadores, uma palavra tem que guiar você: planejamento. Os dois itens que precisam

ser resolvidos para ontem são as passagens aéreas e hospedagem.

Tenha em mente que serão per-didas horas e horas de pesquisa e co-tações. Os preços e benefícios de um serviço para o outro muda muito. Para ter uma ideia, o valor total gas-to com passagens vai de R$1.480 até R$16.337. Já com hotéis, esse mon-tante gira em torno de R$ 1.500, po-dendo chegar a números que a sua conta bancária sangraria de dor.

Uma dica é ficar atento às promo-ções que as companhias aéreas reali-zam. E para não comprometer o seu orçamento, a maioria das empresas parcelam em seis vezes (a Azul par-cela em 12 vezes sem juros). Se você tiver programa de milhas, agora é hora de usar. Não enrole, garanta suas passagens agora. A tendência é que os valores subam ainda mais.

Procure viajar sempre um dia an-tes da partida. É mais barato e não tem correria para sair do aeroporto e ir direto para o estádio. Se as passa-gens já tiverem acabado, tente voos partindo de cidades do interior ou com conexão em outros estados.

Já com os hotéis, a maior preo-

roTeiro São três jogos na fase de grupos. Para continuar na competição, o Brasil precisa se classificar em primeiro ou em segundo colocado. Esse roteiro leva em consideração esses dois cenários.

1º JoGo 12/06Abertura São PauloPassagens BH – SP • R$ 105 a R$ 1.959RJ – SP • R$ 167 a R$ 1.759Natal – SP • R$ 656 a R$ 2.156

HospedagemHotel em SP • R$ 381 a R$ 1.677Albergue em SP • R$ 26 a R$ 400

TurismoPara o dia Avenida Paulista, Parque do IbirapueraPara a noite D-edge. Com design sofisticado, o club dos LEDs já entrou em várias listas internacio-nais de melhor baladaPara comer Bairro do Bixiga e Liberdade

2º JoGo 17/06FortalezaPassagensSP – Fortaleza • R$ 295 a R$ 2.217

HospedagemHotel em Fortaleza • R$ 93 a R$ 477Albergue em Fortaleza • R$ 50 a R$ 300

TurismoPara o dia Beach Park. Melhor parque aquático do país. Vá no Insano, um toboá-gua de 45m com uma queda de 105m/h.Para a noite Pirata BarPara comer Santa Grelha

3º JoGo 23/06brasíliaPassagensFortaleza – Brasília • R$ 321 a R$ 2.895

HospedagemHotel em Brasília • R$ 128 a R$ 2.580Albergue em Brasília • R$ 200

TurismoPara o dia Palácio do Planalto

Para a noite O’Rilley Pub. Esse é o lugar das cervejas irlandesas, sinuca e música ao vivo.Para comer Comercial 404/405 Sul, a rua dos restaurantes.

4º JoGo oitavas de final Passagens1º cenário 28/06 • Brasília – BH • R$ 311 a R$ 1.8362º cenário 29/06 • Brasília – Fortaleza • R$ 285 a R$ 2.170

HospedagemHotel em BH • R$ 140 a R$ 800Albergue em BH • R$ 100 a R$ 120

Turismo em bHPara o dia Ouro Preto. A cidade histórica está a 98KM de BH.Para a noite Swingers Lounge. Mineiras, música e comida japonesa.

Para comer Restaurante Xapuri

5º JoGoQuartas de finalPassagens1º cenário 04/07 • BH – Fortaleza • R$ 576 a R$ 2.2402º cenário 05/07• Fortaleza – Salvador • R$ 149 a R$ 2.438

HospedagemHotel em Salvador • R$ 60 a R$

2.113Albergue em Salvador • R$

25 a R$ 40

Turismo em SalvadorPara o dia Farol da Barra e o Peilourinho.Para a noite Club Ego. Balada para o público AA dentro do Hotel Pestana. Conta com elevadores exclusivos

que levam do quarto ao camarote.

Para comer Acarajé

6º JoGoSemifinal

Passagens1º cenário 08/07 • Fortaleza – BH •

R$ 576 a R$ 2.6242º cenário 09/07 • Salvador – SP • R$ 159 a R$ 1.999

7º JoGo Final 13/07Passagens1º cenário • SP –RJ •R$ 225 a R$ 1.7592º cenário • BH - RJ • R$ 166 a R$ 1.837

HospedagemHotel em RJ •R$ 285 a R$ 1.530Albergue em RJ • R$ 35 a R$ 400

Turismo no rioPara o dia Cristo Redentor e Praias.Para a noite LapaPara comer Galeto & Cia. A rede de restaurantes tem pratos bons com preços honestos.

cupação é com a lotação máxima. A maioria das cidades não tem rede hoteleira suficiente para um evento como a Copa do Mundo. Caso já te-nha acabado os quartos disponíveis, procure vagas em albergues. Eles são uma ótima opção se você esti-ver viajando sozinho (ótima oportu-nidade para conhecer estrangeiras gostosas) ou vá em busca de hotéis em cidades vizinhas.

Leve sempre em consideração a localização, assim você economiza

com o transporte. Dê preferência aqueles próximos a terminais de ônibus ou estação do metrô. Uma saída é alugar um carro durante a sua estadia.

É tendência os moradores das cidades alugarem quartos, assim como motéis abrirem quartos para turismo. Esses dois podem ser uma boa saída para economizar. Muitos hotéis aceitam o cancelamento sem nenhuma taxa extra. E a maioria de-les parcela em mais de 4 vezes.

turíSticoguiA Acima, Salvador;

abaixo, praia no Rio de Janeiro

Vista de cima do Viaduto do Chá,

em São Paulo

Fotos Embratur

28 29novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 16: Revista Grana - TCC

TEXTO • Bárbara Trevisan

Muita gente abandona o emprego fixo e passa a ser um profissional autô-nomo em busca de atuar em uma carreira com

mais liberdade. Na teoria, esse tipo de trabalho, no qual não há vínculo em-pregatício, é um sonho de consumo, mas na prática há muito mais fatores a se pensar do que parece.

Para quem não sabe o que é ser

não ter chefe, horário, e rotina... ou não ter férias

pagas, benefícios e 13º? o dilema hoje é

ser clt ou trabalhar por conta própria. o mais importante

é pesar bem os prós e contras e estar preparado

para assumir a responsabilidade

dessa escolha

um freelancer, ou frila, a explicação é simples: ele é um prestador de servi-ços. Empresas o contratam de vez em quando para fazer trabalhos específi-cos, mas não o incluem no quadro de empregados da companhia.

As carreiras com mais freelan-cers são as dos profissionais liberais - aqueles cuja profissão permite tan-to atuar num escritório quanto como autônomo. São jornalistas, fotógra-

fos, advogados, designers, progra-madores, contabilistas, entre outros.

o que o emPreGAdor GAnHA Com iSSo?Para a corporação, o frila é van-

tajoso, uma vez que, sem registro em carteira, ela não paga benefícios como férias remuneradas, 13º salá-rio ou qualquer imposto, o que di-minui seu custo fixo mensal. “Assim,

VoAR oU não?A gAIolA esTá ABeRTA

Foto

Tia

go S

ilvei

ra

evita-se que a companhia corra o risco de ter de pagar um profissional sem que ele tenha demanda por tra-balho suficiente”, explica o consultor de recursos humanos Cleber Castro, da Andriotti & Castro Consultoria.

Além disso, é fácil substituir um trabalhador temporário. Como não há vínculo empregatício, a empresa pode dispensá-lo sem justa causa e sem pagar indenização. Por outro

lado, essa economia faz com que o empregador pague mais pela hora trabalhada do freelancer do que pela de seus empregados. “Em empresas de grande porte, ele chega a ganhar 30% mais que um funcionário fixo”, calcula Cleber Castro.

Ganhar 30% a mais do que um CLT parece interessante, mas o pro-fissional não pode esquecer que ele próprio deverá arcar com os custos

de telefonia, alimentação, transpor-te, saúde, impostos.

o que voCê GAnHA Com iSSo?O fotógrafo Carlos Piratininga

tem seu próprio estúdio em São Pau-lo e trabalha como autônomo há 20 anos. Ele já entrou no ramo da foto-grafia sabendo que dificilmente te-ria um emprego fixo. “Trabalhei um tempinho em uma empresa, mas só o suficiente para conseguir a grana e abrir meu próprio estúdio”, conta.

Para ele, o melhor da vida de frila é exercer sua paixão a todo momento – ele fotografa mesmo sem ninguém tê-lo contratado. Na sequência vem a falta de um chefe. Por mais que o cliente seja um tipo de patrão, não há alguém fixo que faça cobranças ou mande em você.

E mais, já imaginou acordar de

- a odisseia -FériAS

Vida de frila não é fácil, princi-palmente quando diz respeito a tirar uma folguinha. Supo-nhamos que você queira viajar em agosto. Para começar, você não pode pegar nenhum trabalho para fazer nessa época, então cerca de um mês antes você para de fechar contratos. Durante a viagem, não há tempo para contatar os clientes e marcar novos tra-balhos para outubro, por isso você terá um mês fraco. E pior: quando volta, precisa correr atrás dos clientes para marcar novos jobs, muitas vezes só para novembro. Ou seja, você não trabalhou em setembro e outubro, gastou mais do que o normal e seus próximos paga-mentos só cairão em dezem-bro. Sentiu o drama?

carreira

30 31novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 17: Revista Grana - TCC

Se você analisou todas as questões que permeiam a vida de um profissional autônomo e decidiu que é isso que você quer, a Grana fez um checklist do que é preciso para se dar bem:

manhã e não precisar colocar terno e gravata? E evitar o trânsito da cida-de em horário de pico? Ou melhor: ser dono do seu próprio tempo. “Às vezes eu acordo de saco cheio, sem vontade de fazer nada. Sabe o que eu faço nesses dias? Nada!”, brinca Pi-ratininga. “Mas, nesse caso, preciso lembrar que no dia seguinte terei de trabalhar dobrado.”

nem Tudo é ALeGriAHá, porém, um lado bastante

desvantajoso em trabalhar por conta própria. A principal questão é a ins-tabilidade financeira. Diferentemen-te do emprego com carteira assina-da, o autônomo não tem benefícios e muito menos seus impostos reco-lhidos direto na folha de pagamento. Tudo isso fica por sua conta!

Se os clientes não te dão serviço, você corre o risco de ficar sem traba-lho e, por consequência, sem dinhei-ro para pagar as contas. “É difícil se planejar direito”, atesta Piratininga. “Já passei muito perrengue por ficar sem trampo”. Por isso, é preciso estar preparado tanto para eventualidades, quanto para o fim do ano – afinal, no Brasil o ano termina em novembro e

quero Ser FreeLAnCer... #ComoFAz?

SeJA orGAnizAdo: se você não consegue adminis-trar bem suas finanças ou seu tempo, é melhor desistir já.

SeJA reSPonSÁveL: lembre-se que cada trabalho tem um prazo para ser concluído. Procrastinar não é uma opção.

TenHA um CnPJ: Há opções de abrir uma empresa de grande porte, que paga mais impostos, ou ser um microempreendedor individual, o MEI, e gastar menos com essas taxas. Antes de tomar essa decisão, confira a legislação vigente para a sua profissão - jornalistas, por exemplo, não podem ser MEI. E cuidado, não caia na rou-

bada de comprar notas fiscais, isso é muito arriscado!

ConquiSTe e mAnTenHA SeuS CLienTeS: dispare seu currículo com portfólio para as empresas, peça indi-cações a amigos, crie uma agenda de contatos. No come-ço é difícil, mas com tempo e esforço, tudo se acerta.

não dePendA de um Só CLienTe: imagine se ele te dá um pé na bunda!

TenHA PACiênCiA: Nada acontece da noite para o dia. É preciso insistir, trabalhar muito e segurar a onda por um tempo, antes de ter o mínimo de estabilidade.

só começa depois do carnaval, assim como seus contratos.

Planejar as férias também não é tarefa simples. Além da fase de jun-tar toda a grana possível, é preciso se organizar com bastante antecedência (confira no box “Férias: a odisseia”).

Há ainda o problema com as em-presas que, ilegalmente, contratam os chamados “frilas-fixos”. São pes-

soas convocadas, a princípio, para trabalhos esporádicos dentro do es-critório, mas têm seus contratos es-tendidos por meses e horários fixos, a ponto de serem vistos como um empregado comum. “Não é recomen-dado que um autônomo trabalhe se-guidamente por mais de 3 meses con-secutivos ou por três ou mais dias por semana em período integral”, afirma o consultor de recursos humanos Cle-ber Castro. “Isso caracteriza vínculo empregatício e pode ocasionar pro-cessos trabalhistas”.

A designer gráfica Maura Mello passou por isso. Ela foi contratada como temporária, mas passou mais de um ano na mesma empresa, com o mesmo cargo e horários fi-xos. “Depois de 6 meses, conversei com a chefia, que me deu esperan-ças de contratação, mas quase um ano se passou e nada de carteira assinada”, desabafa.

A moça já estava em busca de um novo trabalho quando a boa notícia chegou: a empresa, após receber uma série de processos, decidiu aca-bar com os “frilas-fixos”. Maura con-seguiu o emprego, mas muita gente foi dispensada sem dó.

DIFEREnTEMEnTE DO EMPREGO COM CARTEIRA ASSInADA, O AUTônOMO nãO TEM BEnEFíCIOS E MUITO MEnOS SEUS IMPOSTOS RECOLhIDOS nA FOLhA DE PAGAMEnTO

TEXTO • Fellipe Bonilha

stylelife

Foto Igor dos Santos

hoje em dia, a tecnologia está a favor dos consumistas. é possível pagar tudo pelo cartão de crédito. imagine deixar toda essa

comodidade para trás e ficar um mês inteiro utilizando somente dinheiro. ou não poder pagar uma continha sequer no internet banking e ter de ir pessoalmente com todas as suas contas no

banco. Grana resolveu levar a experiência a cabo: nosso repórter fez uma viagem de volta ao bom e velho dinheiro no bolso.

32 33novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 18: Revista Grana - TCC

Pagamento da faculdade

Saldo na conta: zeroSTATuS: Sem grana

R$ 40 - Paintball

Pedi R$30 para minha avó para colocar gasolina

STATuS: vergonha, pedi dinheiro até pra ela

Me tranquei em casa para não gastar

STATuS: desesperado

Primerio saque + transferência para um amigo, pagamento de dívidas, cartão de crédito, formatura. Sobra-ram R$ 50

STATuS: ufa, uma graninha no bolso

Empréstimo de R$ 2.200

STATuS: droga, me endividei de novo

R$ 40 para churrasco e festinha na casa de um amigo

Ressaca: gasto zero

Transferência R$ 1.680 para tia + saque de R$ 500

STATuS: gastei com o que não devia, eu sei

14 de setembro a 30 de setembro Super controle para não gastar os últimos R$ 500

16 de setembro a 27 de setembro R$ 10 por dia de café da manhã

1 de setembro a 10 de setembro Empréstimo de R$ 6 por dia com mãe para transporte em todo dia útil

STATuS: vergonha, pedindo dinheiro para a própria mãe

30 2 4

6 8

1 3 5

10 11

12 13 14 15 16 17

18

24

19

25

20

26

21

27

22 23

28 29 30

7 9

SeTembroAGoSTo

abe aquele cara que, ao ver uma pro-moção de “leve três e pague duas”, não resiste e compra tudo, mesmo sabendo que não precisa da segunda peça, muito menos da terceira. Isso sem falar nos momentos de louco em que sai pegando tudo o que vê em uma vitrine. Pois é, esse cara sou eu... Quem me conhece bem não consegue me imaginar participando do desafio de ficar o mês todo sem cartão. Exatamente por isso, fui es-colhido pela Grana para passar por essa experiência e mostrar como é ficar 30 dias sem usar o tal dinheiro magnético.

Minha aventura começou no dia 1° de setembro, mas antes disso já deixei agendado alguns pagamen-tos. A essa altura do campeonato, a preguiça de ficar uma hora na fila do banco para pagar uma conta e o re-ceio de sair com muito dinheiro do caixa eletrônico já estavam me pre-ocupando. Uma das regras era que eu só poderia sacar duas vezes nes-se mês. Portanto, planejamento era primordial.

Nos primeiros dias realmente foi bastante complicado. Antes mesmo de a brincadeira começar eu já es-tava me enrolando. O salário do dia trinta de agosto acabou destinado para pagar a faculdade, o que me deixou sem grana para pegar a con-dução dos dias seguintes, até fazer o

assim pedi. Foi quando tive a ideia de fazer um empréstimo consignado pela empresa onde trabalho. Por lá as taxas de juros são menores e pude parcelar tudo. Pedi R$2.200 de em-préstimo, dos quais R$1.680 foram para minha tia e R$500 guardei na carteira para tentar sobreviver ao resto do mês.

Não foi tranquilo sair com a sava-na africana na carteira e com medo de ser assaltado. A melhor saída foi fazer cara de “sou pobre e não tenho quinhentos reais no bolso”.

Contando essa história, até pa-rece que consegui passar esse mês numa boa, mas percebi quantos e--mails recebo com promoções de todos os tipos. Minhas séries prefe-ridas em, camisas de time de fute-bol – tenho uma pequena coleção delas – pela metade do valor, jogos de videogame por R$50 . Fora as tais das “compre 2 e leve 3”. Tive que desligar as TV e parar de ouvir as tentações. Dane-se que era ani-versário do Carrefour, não podia comprar nada mesmo.

Isso sem falar no Igor, colega da Grana, que, mesmo sabendo que não poderia usar cartões, brigou comigo e perguntou porque ele teria que comprar ingressos do cinema antes e não eu.

No final do mês, percebi que não foi tão complicado quanto eu imagi-nava. O problema é que, usando só notas, o dinheiro vai embora muito mais rápido. Por esse motivo, pen-sei duas vezes antes de gastar com alguma coisa, para não ficar sem nada no futuro.

Poderia ter contado muitas histó-rias desesperadoras, dizendo que fui assaltado, que não tinha como vol-tar pra casa e como fiquei devendo e não pude pagar uma conta. Ainda bem que nada disso me aconteceu. Nunca mais ficarei um mês usando somente dinheiro, mas com certeza diminuirei o uso do cartão e come-çarei a andar com o necessário na carteira, para casos de urgência.

primeiro saque. Então, pedi dinhei-ro para minha mãe. Sim, com vinte e um anos nas costas tive que pedir seis reais diários para não ir traba-lhar a pé e ainda ser recebido com um “você vai me pagar isso depois, certo?!” como resposta. Ela ainda teve a cara de pau de dizer que esta-va gostando da ideia de me ver sem cartão para eu aprender a ser mais controlado e também para ela poder dar boas risadas.

E como um bom gordinho, já tive problemas logo no começo. Tinha que escolher entre comprar meu café da manhã ou voltar pra casa de ônibus. Diante dessa situação, me vi entre duas opções: começar a cobrar quem me devia, só aceitando pagamento em dinheiro, claro, ou convidar cordialmente algum colega do trabalho para me acompanhar no cafezinho e pedir para ele pagar com o cartão dele. Sim, sou cara de pau.

Realmente detesto ter de cobrar os outros, principalmente pessoas próximas, mas nesse mês foi neces-sário. Dois dias antes de receber, re-solvi ir na casa de um amigo. Depois

de ter ficado todo feliz por meu pai ter me emprestado o carro, a felici-dade acabou quando vi que o tanque estava vazio. Mesmo odiando fazer isso, tive de ir até a casa de minha avó – que por sorte fica na mesma rua e não me fez correr o risco de fi-car sem combustível no caminho – pedir dinheiro emprestado para ela.

Depois que o dia dez chegou, tudo ficou mais fácil, pois saquei uma quantia gorda em dinheiro. A alegria durou pouco, pois aquele belo montante de notas logo desapa-receu quando paguei minhas contas no caixa do banco e depositei uma quantia que devia para um amigo. Resultado, me sobraram cinquenta reais no bolso, para utilizar até o fi-nal do mês.

Para ter uma ideia de como eu sou consumista, minha tia foi para os Es-tados Unidos, e não perdi a chance de esgotar a cota de eletrônicos que ela podia trazer. Já fui pedindo um Ipod, um fone da Beats, um perfume One Million e um monitor de 23 po-legadas - e eu nem pensei em como ela traria esse monitor, mas mesmo

Foto Igor dos Santos

34 35novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 19: Revista Grana - TCC

TEXTO • Thaís Pepe Paes

SumirvontADe De

para aquelas ocasiões

embaraçosas em ambiente

corporativo, ter auto controle e

um bom plano de emergência são

essenciais para tirar o constrangimento

de letra

Por mais atento e bem com-portado no trabalho, nin-guém está livre de cometer aquela gafe em público. Mes-mo em ambientes descon-

traídos, gases inoportunos ou cochilos são comuns e nos deixam na maior saia justa. Para piorar, costumam acontecer quando estamos em grupo ou a menina gata do segundo andar está por perto. Mas há como sair dessa com o mínimo de improviso.

O fato é que nem sempre a situ-ação é tão grave, mas nossa vergo-nha se torna maior que a relevância do ocorrido. Nesses casos, ter jogo de cintura nos livra do carão. Mas o mais importante é pensar em uma saída inteligente para tirar de letra o constrangimento.

deSviAr o FoCoQuanto mais importância você

der ao acontecimento, maior será a proporção que ele vai tomar. Mude

escritório

Foto

Sxc

.hu

quem Pediu A PizzA de ALHo?

Seu parceiro de trabalho é gente fina. Você não teria problemas com ele se não fosse um detalhe: quando ele abre a boca para falar o cheiro desagradável que exala faz você querer pe-dir transferência de setor.

e AGorA?A primeira opção é expor o problema à chefia e sugerir uma conversa com o colega, ajudando-o sem causar uma situação chata.Se preferir falar direta-mente do que expor o pro-blema a terceiros, a dica é criar identificação entre os dois. Dizer “eu já passei por isso” ou “conheço uma pessoa que enfrentou esse problema” causam em-patia e fazem com que as pessoas se sintam mais a vontade uma com a outra.Uma alternativa discreta também é enviar um email com delicadeza explican-do o problema. No site da ABHA (Associação Brasi-leira de Halitose) existe um espaço chamado “SOS Mau hálito” em que você pode enviar um email anô-nimo com texto padrão.

TrAÍdo PeLA memóriA

Você já conversou com aquela pessoa 300 vezes e sempre pergunta o nome dela, mas se esqueceu pela 301ª vez.

e AÍ?Trocar cartões ao conhe-cer a pessoa pode ajudar a gravar o nome, pelo menos durante aquele dia. Se a falta de memória ocorrer em uma conversa a dois, a melhor saída é fingir não ter esquecido e evitar a construção de frases que chamem a pessoa. Jamais utilize palavras como “flor”, “querido”. Pedir descul-pas e perguntar o nome novamente também não é o fim do mundo, parecerá mais sincero do que mal educado.No caso de ter de chamar pela pessoa em meio a vá-rias outras, como em uma palestra, por exemplo, a melhor forma de contornar é chamá-la pelo cargo e pedir para que ela mesma se apresente. Por exemplo: “e agora quem vai assumir é meu colega locutor e parceiro de profissão. Por favor, se apresente”.

CoCHiLo PeriGoSo

Então você ficou até às 3h da manhã jogando FIFA e acordou às 5h30 para trabalhar. Só o que não te passou pela cabeça é que no dia você tinha aquela longa reunião de plane-jamento do semestre. A luz apagada, o data show rodando e a doce voz da sua chefe tagarelando de-pois do almoço. Ambiente muito propício para um cochilo de leve, não é?

o que FAzer?Mascar chiclete, beber água gelada e, se possí-vel, dar uma volta pelo ambiente, são as dicas mais certeiras. Mas, se for impossível evitar aquela pescada, disfarce e tente passar despercebido. Se alguém vir e comentar, peça desculpas imediata-mente e vá até o banhei-ro. Depois da reunião, converse com seu chefe e garanta que isso jamais vai acontecer. Uma menti-ra social pode parecer convincente. Alegue estar tomando antialérgico para a rinite e, por isso, está tendo de lidar com um sono fora do normal, por exemplo.

Foi A FeiJoAdA

Nada mais constrange-dor do que na hora mais inoportuna deixar escapar aquele pum indiscreto. Pior ainda porque você pensou que ele seria quase inaudível, mas aconteceu bem quando o escritório inteiro estava em silêncio e a menina nova do marketing estava passando. Além de espa-lhar um odor avassalador por todo o ambiente.

Como LidAr?Essa situação pode ser facilmente prevenida, já que nosso corpo costuma se pronunciar antes de desencadear uma série de explosões mal cheirosas. Se for impossível ir ao banheiro no momento, levantar e andar um pouco pode amenizar a vontade. Caso escape, se mexer e fingir que foi o barulho da cadeira é a saída mais usada. Se perceberem, negue. Levantar a ban-deira é impensável.

* Fontes: Maria Aparecida Araújo, consultora de Etiqueta Empresarial; Renato Ladeia, professor da FEI especialista no impacto de mudanças culturais nas orga-nizações; e Silmara Ribeiro, consultora em etiqueta social e corporativa.

de assunto e logo as pessoas vão vol-tar a atenção para algo mais impor-tante. A tal da “conduta social” aliada a uma reação cautelosa fazem com que as pessoas nem reajam ao ocorri-do e você passe batido pelo mico.

AGir Com nATurALidAdeCara de pânico é a pior coisa que

se pode fazer em um momento emba-raçoso. Aja como se aquilo fosse uma coisa comum porque, afinal, todos que assistiram sua gafe já passaram ou vão passar por algo parecido.

uTiLizAr bom HumorPara quem tem o dom de fazer

rir, tirar um barato de si mesmo pode ser uma boa saída. Fazer uma piada com o que houve dissolve o climão e te faz passar por engraça-do, em vez de deselegante. Mas isso é só para pessoas que realmente o saibam fazer. Parecer um idiota só vai fazer com que a situação fique muito pior.

Três especialistas em compor-tamento deram dicas de como sair com dignidade dessas situações.

36 37novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 20: Revista Grana - TCC

capainveSTimenTo

LucroDinheiro

pArADo não Dá

TEXTO • Bárbara Trevisan, Igor dos Santos, Jéssica Maia e Thaís Pepe

há muito, guardar dinheiro embaixo do colchão já não faz o menor sentido. o melhor é aplicar as verdinhas em algo que renda.

se você não tem ideia de onde colocar sua grana, faça o teste e descubra que tipo de investimento mais combina com seu perfil

nAcionALteSouro

cApitALiZAÇãopoupAnÇA

previDênciAprivADApreviDênciAprivADAIMBIlIáRIo

FunDo DeinveStimento

De vALoreSBolsA

Ilust

raçõ

es P

ense

i

39novEmbro _2013

Page 21: Revista Grana - TCC

nAcionALteSouro

Governo

Você confia mais na estabilidades do governo ou dos bancos?

IMBIlIáRIo

FunDo DeinveStimento

Você quer investir em ações, mas não sabe por onde começar?

De vALoreSBolsA

Você acompanha o mercado de ações?

Está disposto a aprender?

Você manja de economia?

Você tem medo de arriscar?

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NãO

NãO

NãO

SIM

Existem tantos tipos de investimen-to que é fácil fazer confusão. No Bra-sil, aplicações conservadoras, como a poupança, fazem sucesso principal-mente pelo medo do brasileiro em arriscar e pela falta de conhecimento. Mas, antes de mais nada, para ter o retorno esperado é vital saber onde se está amarrando o burro, pois cada um deles tem sua rentabilidade e especi-ficidade e, por isso, é adequado para diferentes perfis de pessoa.

O fluxograma ao lado vai te ajudar a perceber que determinadas carac-terísticas pessoais definem o destino ideal para seu dinheiro. Por exem-plo, apostar na bolsa de valores ou em fundos imobiliários é apropriado para quem é mais atrevido, enquanto aplicar na previdência privada é mais adequado para os conservadores.

Para fazer a escolha, o principal ponto a ser analisado é a finalidade do investimento. Você quer casar? Com-prar uma casa? Um carro? Ter uma ve-lhice mais confortável? Quando souber o seu objetivo, decidir entre as tantas opções vai ser muito mais fácil. A gran-de vantagem é que, mesmo com pouca idade, pouco dinheiro e sem grande conhecimento em macroeconomia, já é possível aumentar o capital.

Para te ajudar a entender mais sobre o assunto, Grana entrevistou quatro especialistas e elaborou um guia com as características, prós e contras dos investimentos financei-ros mais comuns.

capainveSTimenTo

cApitALiZAÇãopoupAnÇA

Você consegue guardar dinheiro?

SIM NãO

Até 5 anos

previDênciAprivADApreviDênciAprivADA

Em quanto tempo você quer retirar seu dinheiro?

Peça dinheiro ao seu pai

Bancos

Mais de 5 anos

Você tem PAItrocínio que invista para você?

SIM

NãO

NãO

NãO

Você tem bastante dinheiro para investir?

NãO DÁ, CARA!

OK

NãO

COMECE por AQui

40 41novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 22: Revista Grana - TCC

capainveSTimenTo

Poupança programada a longo prazo que permite concorrer a prêmios toda semana, mês e ano. Caso esteja sem sorte e não ga-

nhe nada, você ainda pode reaver todo o valor investido. Tentador, não? Calma. É preciso tomar al-guns cuidados para usufruir des-ses benefícios.

Estamos falando dos Títulos de Capitalização, nos quais cada participante possui um número de registro para concorrer a prêmios em dinheiro pela loteria federal. Nos planos mais simples é possível começar a investir com apenas R$ 40. Quanto maior o valor, maiores serão os prêmios que o cliente irá concorrer. A quantidade de pre-miações depende de cada banco, mas em alguns casos é possível concorrer a mais de 240 sorteios por mês.

Os valores são fixos e variam

A conta-poupança é a op-ção mais segura e que oferece maior liberdade para o investidor. Isso porque pode ser movi-

mentada a qualquer momento sem cobrança de taxas ou custo adi-cional. O investimento é isento de imposto de renda e o rendimento é seguro e garantido, uma vez que

não há tarifas de manutenção. Por outro lado, a poupança possui um lucro relativamente baixo.

As novas regras do Banco Cen-tral estabeleceram que, sempre que a Selic - taxa básica de juros - es-tiver em 8,5% ou menos ao ano, a poupança rende 70% da Selic, mais a TR (Taxa Referencial, utilizada para calcular o rendimento de vá-

cApitALiZAÇão

poupAnÇA

baixo risco

baixo risco

concorrendo a prêmios

curto prazo

médio prazo

dinheiro na mão a qualquer hora

rios investimentos e divulgada dia-riamente pelo Banco Central). Para os depósitos feitos antes de 3 de maio de 2012, o rendimento conti-nua sendo o antigo - aquele aplicado quando a Selic está acima de 8,5%, que é de 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano), mais a variação da TR.

As únicas tarifas existentes são cobradas quando as transferências para contas de outras titularidades ou os saques ultrapassam a dois por mês. A Caixa Econômica Federal é o único banco que garante 100% de segurança na poupança. Ou seja, em caso de falência, será devolvido ao cliente todo o valor aplicado, in-cluindo os juros. Nos demais bancos, é garantido apenas o valor de até R$ 60.000. Nessa situação, pessoas que tiverem, por exemplo, R$ 50.000 irão recuperar tudo e as que tiverem R$ 80.000, perderão R$ 20.000.

conforme o plano escolhido. Com depósitos mensais ou anuais, os títulos são ideais para quem não consegue assumir o compromisso de reservar parte do salário, já que os débitos são feitos automatica-mente da conta do cliente. Contu-do, as desvantagens desse tipo de investimento estão em seu rendi-mento e no prazo de resgate.

Ao adquirir seu Título de Capi-talização , fique ciente de que não poderá resgatar esse valor por pelo

menos um ano. Ainda que o faça, o dinheiro só será devolvido à sua conta após esse período de carência e será proporcional ao tempo apli-cado. Para aqueles que esperam até o final do plano, toda a grana inves-tida é devolvida, com a correção da TR (Taxa Referencial).

A capitalização, embora popu-lar, não é uma alternativa muito recomendada, devido ao investi-mento bastante baixo, com a única vantagem de concorrer a prêmios.

42 43novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 23: Revista Grana - TCC

capainveSTimenTo

Preferida entre os que desejam ter certeza de quanto será e quando terão o retorno do

dinheiro aplicado, a previdência privada é um investimento considerado segu-ro, de longo prazo e com rentabili-dade interessan-te. Sua proposta é funcionar como um complemento à previdência so-cial, que muitas ve-zes não é suficiente.

Se você rejeita a ideia de trabalhar até o fim da vida ou ter de se virar para se sustentar com o dinheiro do INSS, investir agora em previdência privada vai te pro-porcionar uma velhice financeira-mente mais confortável.

Para jovens, esse tipo de investi-mento pode parecer muito atraente já que, na maioria dos planos, não há exigência de aporte inicial, idade mínima ou comprovação de renda. Outra vantagem é que o participante pode definir o valor da contribuição, sua periodicidade e a data do resgate, que pode ser feito de uma única vez ou em parcelas.

Vamos então aos cálculos.

CAneTA nA mãoA primeira coisa que deve ser ana-

lisada é a instituição escolhida e o tipo de previdência mais adequado. Não esqueça que você está deixando seu futuro nas mãos de um banco. Os dois tipos mais comuns são os planos de previdência aberta, o Plano Gera-dor de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A principal diferença entre eles é a tributação. O VGBL costuma ser o

previDênciA privADApensando no futuro

baixo riscolongo prazo

mais adequado para jovens por dois motivos: é destinado para consumi-dores que não têm renda tributável ou apresentam declaração de imposto de renda pelo método simplificado. Tam-bém porque no momento do resgate, o imposto incide apenas sobre o valor da rentabilidade, não do dinheiro acu-mulado total.

Depois dessa etapa, é importante avaliar o rendimento do plano e as taxas, que variam conforme a insti-tuição financeira e impactam direta-mente no valor final acumulado. São exemplos: a taxa de carregamento, aplicada sobre cada contribuição, e taxa de gestão, cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro e considerada

a grande vilã por abocanhar boa par-te do rendimento.

Colocando tudo isso na pon-ta do lápis, aí sim, é possível

fazer a escolha certa. Para todos esses cálculos

ficarem mais claros, veja uma simulação em um banco bastante popular para um jovem de 21 anos que contribua mensal-mente com R$ 100 por 44 anos em um plano VGBL. O resultado é uma rentabi-

lidade de 3% ao ano. Ao final do plano, com 65 anos, o in-

vestidor teria um capital acu-mulado de R$ 103.000, já des-

contando a taxa de carregamento, que varia de 0,75% a 5%, dependendo do fundo acumulado.

Coordenadora da Superinten-dência de Seguros Privados, Susep, Adriana Hennig de Andrade acon-selha também a análise do quanto o jovem pode aplicar sem prejudicar o planejamento financeiro. “Não exis-te uma porcentagem específica, mas como nessa fase da vida, geralmente, há um menor comprometimento do salário, acredito que pelo menos 12% poderia ser alocado em um plano, sem comprometer muito a renda mas garantindo um bom montante no fu-turo”, calcula.

$

Investir em imóveis é considerado uma aplicação bastante segura e rentável, mas é necessário muito dinheiro pra construir uma casa e depois vender ou comprar um

apê e alugá-lo. Além do fato de que não dá para contar com o capital na hora que precisar. Que tal, então, ser dono de parte de um shopping ou edi-fício e ainda receber sua parcela nos lucros do aluguel e da venda? É assim que funcionam os Fundos de Investi-mento Imobiliário (FII).

O fundo é como um grupo fecha-

FunDo De inveStimento IMoBIlIáRIouma casa com muitos donos

médio riscomédio prazo

do, em que cada pessoa é dona de par-tes de um imóvel, as chamadas cotas. Uma vez comprada, ela não pode mais ser devolvida à corretora, então se você quiser seu dinheiro de volta, terá que vendê-la para terceiros no merca-do de ações. As construtoras vendem partes de seus empreendimentos por meio dos FII, a fim de levantar a grana necessária para mantê-los.

As parcelas podem ser adquiri-das de duas formas: diretamente com a corretora que administra o fundo ou por negociação na Bolsa.

No primeiro caso, o risco de pre-juízo é menor, mas o investimento mínimo é de R$ 1.000 e você ad-quire várias cotas de uma só vez. Se optar pelo investimento por meio do mercado financeiro, é neces-sário analisar o histórico daquele empreendimento, para não sair no prejuízo. Em compensação, dá pra comprar cotas unitárias por, em média, R$ 100. O custo de uma única parcela é baixo, mas o valor investido tem que justificar os cus-tos envolvidos.

44 45novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 24: Revista Grana - TCC

capainveSTimenTo

Lucrativo e seguro, o Tesouro Nacional é um ótimo inves-timento para quem não tem pressa de ter de volta a grana aplicada. Aqui, o dinheiro é

emprestado ao governo que o empre-ga em atividades como saúde e trans-porte, por isso o baixo risco.

A vantagem é que, quando se compra um título, já é definido seu

prazo de vencimento, então é possí-vel saber quando terá o dinheiro de volta. Com apenas R$ 30 se pode fa-zer a aquisição.

Existem dois tipos de investimen-to no Tesouro: pré-fixados e pós-fixa-dos. No primeiro, sabe-se exatamente o valor do rendimento no momento da aplicação. Já o pós-fixado é base-ado em índices variáveis, o que pode

teSouro nAcionALaos desapressados

baixo riscolongo prazo

ser positivo, uma vez que favorecem em determinados períodos.

Para ambos os casos, a dica é dei-xar o dinheiro investido até seu ven-cimento para que ele lucre bastante. Se o resgate antes do prazo for ne-cessário, a rentabilidade não será a mesma do que a prevista na hora da compra.

Como todo bom investimento, existem taxas a serem pagas para aplicar e manter a grana no Tesouro. Esses valores variam conforme a cor-retora escolhida, por isso, é necessá-rio estudar e calcular antes de apos-tar nesse investimento.

A rentabilidade também varia conforme o título escolhido e seu ven-cimento, mas, para ter uma ideia, em uma simulação de compra de título pré-fixado no valor de R$ 15.000, com vencimento para daqui a 10 anos, a rentabilidade fica em 5,24% anual , gerando total de R$ 22,5 mil já com taxas descontadas.

Como ASSim?O rendimento dos fundos imobili-

ários varia bastante por conta da ins-tabilidade da Bolsa, mas a média gira em torno de 0,75% ao mês. Imagine, então, que você investiu R$ 1.000. Nesse caso, receberá R$ 7,50 mensais. Pouco, não? E há ainda uma taxa paga à corretora que administra o fundo, que custa em torno de R$ 15 todos os meses. Ou seja, você ficou no prejuízo.

Se quiser sair lucrando, o mínimo a ser investido é R$ 2.100. Agora, se a ideia é ganhar mais de R$ 100 todo mês, pode começar a juntar: o valor necessário é de, pelo menos, R$ 15.000. Não esqueça, porém, que só precisará investir essa grana uma vez e os ganhos são isentos de im-posto de renda.

meLHor que ALuGueLOs Fundos de Investimento Imo-

biliário têm vantagens em compara-

ção com as aplicações tradicionais, como possuir um apê para alugar. Para começar, não é preciso se preo-cupar com manutenção e o IPTU - há um administrador que cuida disso pe-los cotistas. Além do mais, você tem a certeza de que possui parte de um imóvel de alto nível, como grandes shopping centers, por exemplo.

Se você precisar de apenas uma parte do dinheiro investido de volta, pode vender algumas cotas na Bolsa e continuar lucrando com as que resta-ram, o que é impossível em uma casa de aluguel – em que você terá que ven-der o imóvel todo e receber mais que o necessário de uma vez, além de parar de lucrar.

e Se o Prédio deSAbAr?Como em qualquer investimento,

o FII tem riscos. Por ser negociado no mercado financeiro, é necessário ficar atento às mudanças na economia bra-

sileira e mundial, como alteração nas taxas de juros, depreciação da moeda e mudanças legislativas relevantes.

Existem também os perigos que são comuns em qualquer investimen-to imobiliário: inquilinos inadim-plentes, enchentes, incêndios e o risco do local ficar vago - se ninguém aluga sua propriedade, ninguém paga por ela. O maior risco, no entan-to é o da desvalorização. Nos últimos cinco anos, o preço das propriedades dobraram e, após uma alta assim, a tendência é de queda. Tudo isso pode afetar negativamente o seu bolso, já que os cotistas serão obrigados a ar-car com os prejuízos.

Se, após pesar todos os prós e con-tras, você decidir colocar seu dinhei-ro em um Fundo de Investimento Imobiliário, procure uma corretora de valores e converse com um pro-fissional, desse modo você fará o me-lhor negócio possível.

Investir em ações não é para ama-dores. É preciso ter conhecimen-to prévio, acompanhar o merca-do e aguentar possíveis perdas. Na Bolsa de Valores, não existe

café com leite. Entenda o porquê de ela atrair tanta gente e prepare-se para suar. Aqui, o jogo começa antes do aquecimento.

Antes de entrar nesse ramo, é preciso saber mais sobre o campo. Quem controla o mercado de ações no Brasil é a BM&FBOVESPA. Ela é uma das cinco maiores bolsas do mundo e conduz 80% das ações de toda América Latina. Sua função dela é fornecer o meio e o ambiente para as negociações, além de fiscalizar o

BolsA de vALoreSnão conhece as regras, não desce pro play

alto riscomédio prazo

veSTiÁrioComo inveSTir em AçõeS?O primeiro passo para comprome-

ter o seu precioso dinheiro é ter uma meta. Pode ser um carro, casa ou até mesmo uma aposentadoria banhada a

whisky e passeios ao redor do mundo. Feito isso, é hora de ter três fatores em mente: conhecimento, disciplina e estratégia. Você vai precisar saber onde está se metendo, sem que fatores emocionais e os achismos comprome-

tam a sua tática.Para comprar ou vender ações é

necessário que uma corretora realize essa ponte entre você e o mercado. Elas oferecem diversos serviços de acordo com o seu perfil de investidor.

boLSA F.C.b b

mercado. Isso tudo tem um custo: a BM&FBOVESPA lucra com o movi-mento financeiro das transações.

As empresas abrem capital para obter dinheiro dos acionistas, com a finalidade de financiar futuros pro-jetos ou de fortalecer o patrimônio. As ações são pequenas partes dessas companhias. Ao adquirir esses peda-ços, você se torna sócio do negócio. O ganho vem de duas formas: com a alta de uma ação após a compra e quando o lucro da empresa é distri-buído a todos os donos.

O valor de uma ação oscila de acordo com a perspectiva do desem-penho de uma companhia. A previsão de crescimento leva em consideração os dados financeiros, balanços co-merciais e os planos futuros da em-presa. Outro fator que impacta na cotação é o fluxo de oferta e procura. Quanto mais gente estiver atrás de uma ação, maior será o preço.

46 47novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 25: Revista Grana - TCC

capainveSTimenTo

A melhor forma de encontrar uma é pelo site da BM&FBOVESPA. Basi-camente todas as corretoras vão te cobrar por três valores: a custódia, uma taxa de manutenção para ter uma conta na bolsa, que gira em torno de R$ 10 ao mês; a corretagem, que é a taxa cobrada por cada transação, cerca de R$ 20 o lote padrão; e a por-centagem administrativa da bolsa, o chamado emolumento, que tem va-lor fixo de 0,0325% do montante total.

As transações são feitas por meio do Home Broker, um sistema pare-cido com o Internet Banking. Cada corretora tem um programa diferente, mas todos têm como destino a central da bolsa de valores. Outro serviço mui-to importante é o de análise de merca-do. Diversas empresas já contam com esse mecanismo. Existem duas escolas de análise: fundamentalista e gra-fista. A primeira é responsável por orientar quais são as melhores ações para comprar a longo prazo. Isto é fei-to através de avaliações das empresas e do contexto geral do mercado. Já a grafista analisa por meio de gráficos as tendências das ações. É a melhor op-ção para especuladores, os chamados traders, já que ela dá o timing certo para girar o dinheiro em curto prazo.

1º TemPoCArTeirA de inveSTimenToJá dizia a sua avó: não coloque to-

dos os ovos na mesma cesta. A me-lhor forma de ganhar é equilibrar os investimentos. Para isso, você pode fazer uma carteira de ações. Uma boa é composta com pelo menos seis setores. Na prática funciona assim: a cada mês você compra ações de uma empresa de um ramo distinto. Agora elege algo do setor de alimentos, em dezembro um banco e em janeiro uma companhia aérea. Desta forma, se um avião cair ou um banco quebrar, o seu prejuízo será menor.

O segredo de ter sucesso com uma carteira é operar no sistema buy and hold, no português comprar e espe-

rar, com o stop. Essa ferramenta colo-ca à venda uma ação que está perden-do valor, limitando o prejuízo. Nunca se sabe onde é o fundo e o topo de uma ação. Portanto o investidor deve ter cautela e um capital maior para apli-car. Segundo o analista gráfico da cor-retora Alpes, Igor Graminhami o valor do investimento mensal deve ser de pelo menos R$ 500. Já a corretagem não deve consumir mais de 2% do va-lor aplicado.

Se você ainda está nos juniores e não tem R$ 500 livres todo mês, os Fundos de Índices (ETFs) são a so-lução. Eles funcionam como um pa-cote de empresas de capital aberto. Por exemplo, ao adquirir o BOVA11, é como se você comprasse ações de 60 empresas. A vantagem dos ETFs é a diversificação de ramos e o baixo cus-to de investimento.

Outro modo de empregar na bolsa é por meio de um clube de investimen-to. Composto de três a 50 pessoas, ele não é uma boa para quem está come-çando. Isso porque 67% do capital tem que estar em locações, o que limita as aplicações. Além disso, uma pessoa deve ser responsável pelo grupo e o capital inicial é muito grande.

2º TemPo ACerTAndo oS deTALHeSUm investimento tem três carac-

terísticas: liquidez (o volume de compra e venda), segurança e ren-tabilidade. Você sempre vai ter que abrir mão de uma delas. Para isso, é fundamental analisar os riscos de cada operação. “Bolsa não é cassino. Não dá para ter sorte a vida inteira. É preciso ter conhecimento e disciplina, senão um dia você vai perder”, teoriza Graminhami.

Para o jogo ser pé no chão, lembre--se do plano tático: conhecimento, disciplina e estratégia. Se tudo der certo, é só curtir os dividendos da

* Fontes:  Igor Graminhami, analista gráfico da corretora Alpes; Renato Silva, palestrante da BM&FBOVESPA; Fátima Russo, corretora da Coinvalores; Adriana Hennig de Andrade, coordenadora da Susep.

Ainda tem algumas dúvidas? Veja o quadro de dicas da Grana e faça bons negócios.

• Siga a carteira recomendada pelos analistas.

• DiverSifiQue a sua carteira. Quando mais setores, menos risco.

• Comprar muitos lotes da mesma ação numa só cartada é um erro.

• Tudo que traz um lucro exorbitan-te traz um riSCo mAior.

• Uma ação deSCe de eLevAdor e Sobe de eSCAdA. Se ela des-valoriza 50% e depois ascende 50%, ainda há prejuízo. É preciso aumentar 100% para voltar ao mesmo lugar.

• Bolsa de valores é igual a cultivar uma HorTA. Não compre ações e deixe-as de lado.

• A ordem SToP não é garantia de venda. O mercado pode abrir com o valor menor que a sua ordem, o chamado GAP, e PuLAr o seu comando.

• Ninguém começa TrAder. Para se tornar especulador é preciso know--how, além de um capital maior (mais de R$ 20.000). Uma boa estratégia: alimentar as movimentações de lon-go prazo com as de curto prazo.

PóS JoGo

ação, que são os 25% do lucro da em-presa distribuído aos acionistas, mais a valorização do mercado. Entretanto, não se esqueça do Imposto de Renda. Para cada venda mensal maior que R$ 20.000, o IR recolhe 15% do lucro líquido. Se você comprar e vender a ação no mesmo dia, conhecido como day trade, o imposto é de 20%.

PLAno TÁTiCo • Conhecimento • Disciplina • Estratégia

JAneLAS de TrAnSFerênCiA • Custódia• Corretagem• Emolumento

equiPe TéCniCA • Análise grafista• Análise fundamentalista

reGrAS • Buy and hold

eSCALAção • Carteira de ação

CArACTerÍSTiCAS do Time • Liquidez• Segurança• Rentabilidade

Fique ATenTo

48 49novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 26: Revista Grana - TCC

Por profissão, esporte, ou hobby, o kart é um dos queridinhos dos amantes de velocidade. Criado no ano de 1956 em Los Ange-

les (EUA), com motores de cortado-res de grama, só chegou ao Brasil ao final da década de 1950. Impressio-nado com o que viu no exterior, o

comerciante de automóveis Claudio Daniel Rodrigues, foi o responsável por produzir os primeiros chassis de kart no país. Com uma tecnolo-gia precária no Brasil, Claudio im-provisou os primeiros modelos com pneus de carrinho de mão e motores d´água. Naquela época os pilotos ficavam praticamente deitados nos

carrinhos e as corridas ocorriam nas ruas. Nomes como Wilson Fitti-paldi Jr, Carol Figueiredo e Maneco Cambacau se destacaram durante este período.

Para quem tem interesse em pi-lotar, o kart é a melhor maneira de começar, pois dá experiência de pi-lotagem e precisão das provas, auxi-

o kartismo não é um esporte barato, mas para quem gosta de automobilismo ele é o início de tudo e a opção mais em conta diante das demais modalidades.

TEXTO • Jéssica Maia

grande

Foto Jackson de Souza

motorbrincadeira demenino

51novEmbro _2013

Page 27: Revista Grana - TCC

lia a coordenação motora, reflexos, além de ajudar a manter-se concen-trado, algo muito importante duran-te a corrida. Mui-tos nomes conhe-cidos na fórmula 1 como Rubens Barrichello, Felipe Massa, e Fernan-do Alonso inicia-ram suas carreiras no kart.

Para praticar o esporte, é neces-sário dedicação e um bom investi-mento financeiro. O piloto Gabriel Maia sempre se interessou por au-tomobilismo e aos 15 anos deixou de apenas observar o esporte e passou a competir. Ao in-vés de optar pela tradicional viagem de formatura do colégio, Maia esco-lheu ganhar um curso de pilotagem para que pudesse entender como as coisas funcionavam realmente. Ele alugou um kart no Kartódromo Internacional da Granja Viana e apostou com um tio: caso chegasse ao podium este deveria lhe dar a se-gunda corrida de presente. “De dé-cimo terceiro colocado, cheguei em terceiro lugar na minha primeira corrida debaixo de chuva. Ganhei de presente a segunda, porém, fiquei uns quatro anos sem praticar depois disso, pois minha familia não tinha dinhei-ro” relembra. Quando teve melhores condições, o piloto passou a competir em campeonatos para amadores com intuito de treinar mais e conhecer pes-soas que o ajudassem a se inserir de vez no esporte.

Durante esse período ele conhe-ceu diversos preparadores, mecâ-nicos, empresários, organizadores, e pilotos, ao mesmo tempo em que

cursava a faculdade de Propagan-da e Marketing. Ao término de sua graduação, Maia começou a fazer eventos automobilísticos, chamando assim a atenção de empresários que o ajudaram com patrocínio, “De lá pra cá comecei a dar instrução em cursos de pilotagem, em eventos au-tomobilísticos, e voltei para o kart. Atualmente, sou piloto de uma fá-brica de chassis, e espero logo voltar para os carros, mas nunca abando-nar o kart”.

Ele conta como é a sensação de vencer uma corrida: “É como superar seus limites, superar o próximo, ven-cer seus medos. Fora o filme que pas-sa na sua cabeça de todo trabalho que teve para obter tal resultado, todos os momentos difíceis que passou”.

O estudante de 19 anos Gabriel Pedreschi também se interessou pelo esporte ainda criança, mas ao contrário do seu colega, corre ape-nas por lazer cerca de duas vezes ao mês. E foi justamente por meio de amizades que fez durante alguns

simuladores de corrida, que ele co-meçou no kart “Sou piloto de uma equipe de simuladores e corro em campeonatos online, que tem pre-sença de pilotos de Formula 1, Stock Car e outras categorias. Tudo isso foi juntando e acabei crescendo no meio e buscando objetivos maiores”.

Como todo esporte, o kartismo vem enfrentando suas dificuldades.

• As baterias duram em média entre

15 e 30 MInUTOS

• Ao alugar o seu carro estão incluídos também os principais equipamentos como:

• luva• gorrO (ou balaclava)

• macaCãO• sapatoS• protetores cervicaIS

• Em MéDIA os preços ficam entre

R$60 e R$80

• Os valores podem variar dependendo do kartódromo. Alguns cobram um preço único para o kart e equipamentos de seguran-ça enquanto outros costumam cobrar separadamente cada item.

motor

Foi dAdA A LArGAdAAgora que você conhece um pouco mais sobre o esporte, está com tudo preparado para a grande corrida. Saiba quais são os lugares que você pode se aventurar pelo país.

Kartódromo Granja vianaonde R. Dr. Tomás Sepe, 443 - Jardim da Glória – Cotia SPTel 4702-5055 ingresso R$ 65 e R$ 75 (aluguel de pista), R$ 110 (aluguel kart p/ 25 min.)Horários De segunda a sexta, 17h às 23h30; sábado, 15h às 21h30; domingo, 8h às 21h30.

Ferrari KartEste kartódromo oferece karts adap-tados para cadeirantes também.onde Via Srpn Autódromo Inter-nacional Nelson Piquet Asa Norte, Brasilia – DF Tel (61) 3273-9620ingresso Segunda e quarta, R$ 55; quinta a domingo, R$ 60Horários Segunda a sexta, das 18h às 0h; sábado, 14h às 00h;  domingo e feriados, 15h às 00h 

riokart indoor onde Estrada do Gabinal, 313 Freguesia - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - RJ Tel (21) 2443-3965 / 3178-3965  ingresso R$ 50Horários Terça a sexta, 14h às 23h; sá-bado, domingo e feriados, 10h às 23h

raceland internacionalonde Rua Bom Jesus, 710 - Pinhais - PR Tel (41) 3667-5439 / (41) 3667-3636 ingresso R$ 70; R$ 50 (meio perío-do somente de terça à sexta)HoráriosTerça a sexta e domingo, 8h30 às 15h; sábado, 8h30 às 15h

Aerokart Shopping Paralelaonde Avenida Luiz Viana Filho, 8544 - Salvador - BahiaTel (71) 41730-101Horários Segunda a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 10h às 15h; agendar horário por telefone; consulta de promoções vigentes no dia

Para Pedreschi, que atuou neste ano em diversos campeonatos, a situação no país não está muito boa. “O au-tomobilismo não atrai mais as pes-soas, não tem divulgação, não tem apoio, não tem categorias menores para os pilotos que estão saindo do kart e não é por falta de piloto e von-tade, mas por questões de organiza-dores”. Mesmo assim, tanto para os

profissionais quanto para os que o fazem por diversão, esta modalidade não deixou de atrair curiosos e ainda é uma boa pedida para pilotar nas pistas, superar os adversários e ven-cer seus limites.

ACeLerAndo nAS PiSTASKarts são carros que pesam entre

70 e 150 quilos, podendo chegar até a 85 km/h com motores de dois ou quatro tempos, dependendo do peso do piloto e tipo de pista utilizada. O indoor é o mais adequado para os iniciantes, que procuram apenas um momento de diversão. Esse tipo de pista é fechado e atrai muitos fãs, principalmente pelo seu baixo custo e segurança oferecida.

Aqui o vencedor se destaca não apenas pelo melhor tempo de pro-va, mas também pela melhor cons-tância durante o trajeto. Por isso, manter a concentração na corrida é muito importante.

Se você gostar da brincadeira e quiser levar um pouco mais a sério, pode participar também de alguns campeonatos. A principal disputa da área é o Campeonato Brasileiro de Kart Indoor, realizada desde 2005. Para participar é necessário possuir a carteira de piloto de kart expedida pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e CBA (Confede-ração Brasileira de Automobilismo), essa carteira pode ser obtida por meio de qualquer curso de pilotagem devidamente credenciado pela CBA. Além de arcar com taxas de inscri-ção, que incluem também doação de alimentos e brinquedos mostrando a responsabilidade social do evento.

Além disso, é preciso ter o seu próprio kart, esse investimento pode custar cerca de R$ 6 mil. As moda-lidades são divididas conforme a idade e experiência do piloto, a par-tir dos 8 anos de idade as crianças já podem se inscrever nas categorias mirins até chegar a sênior a partir dos 25 anos de idade.

Foto Gabriel Pedreschi

o piloto Gabriel maia fazendo reparos em seu carro

52 53novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 28: Revista Grana - TCC

TEXTO • Fellipe Bonilha

Foto nerdzZ

perfil

Em 2004, me lembro de quando era criança e ficava alguns minutos na internet dial-up, esperando, tentati-va por tentativa, me conec-

tar para ver o vídeo de um bando de crianças, apanhando com um chinelo feito de madeira. Era a Avaiana de Pau. Para quem não sabe, trata-se de um dos famosos vídeos produzidos pelo Mundo Canibal, site de humor e animações em Flash criado em 1999.

Ricardo Piologo – junto com seu irmão caçula Rodrigo Piologo, e o sócio, Rogério Vilela - foi o criador e idealizador do Mundo Canibal, que estourou em 2004 com a Avaiana de Pau. A animação marcou a geração que nasceu no fim da década de 80 e no início da de 90.

Ricardo trabalhava na área publi-citária quando começou a criar web-sites e desenvolver suas habilidades com desenhos no computador. Como na época muita gente utilizava a in-ternet discada, os curtas em Flash fo-ram importantes porque carregavam mais rápido, o que ajudou a divulgar a animação. O homem da computa-ção com sonho de ser animador usou

seu instrumento de trabalho e sua paixão, para uma finalidade ainda desconhecida.

Os irmãos Piologo participam de eventos, palestras, têm um ca-nal no YouTube e um programa no Multishow com quadros inéditos. O grande segredo dessa dupla sempre foi inovar e nunca ficar parado em um mesmo personagem.

Em entrevista por Skype, o irmão mais velho explica sua história e a do caçula da família.

do AnonimATo Ao SuCeSSoLogo percebi que ele falava da

mesma forma que nos vídeos. Desde o princípio, já começou me pedindo desculpas por ter mudado os horá-rios, se mostrando muito agradável.

“Temos 3 irmãs mais velhas. So-mos os caçulas, por isso sempre fo-mos muito unidos”. Isso de fato é notado. Trabalhar com um familiar às vezes pode ser difícil. Me pareceu que para ele é muito mais fácil. “Não tem frescura, talvez se fosse em uma empresa, precisaria ser todo políti-co para falar com alguém. Com meu irmão, se precisar falar que alguma

coisa está uma bosta, eu vou falar”.Desde a infância era um cara mais

sério. E quem assiste aos vídeos sabe que é muito mais quieto do que o ca-çula. “Na verdade, por ser o mais ve-lho, peguei o Rodrigo para cuidar, e acabei ficando muito mais centrado”. Ele ainda disse que até hoje cuida de algumas coisas pessoais do irmão. Que protetor!

O humor veio quando era o cara do fundão, o que fazia a graça da sala, mas nunca tentou competir com o irmão, porque realmente o Rodrigo é muito mais incisivo do que ele. Durante a entrevista, sem-pre que podia, Ricardo fazia uma piada ou outra entre as respostas. A conversa foi bem divertida.

Já a ideia do site veio quando Ro-drigo foi fazer um curso de desenho na produtora e também escola de desenho Fábrica de Quadrinhos, e conheceu Rogério Vilela, um colega de sala que queria fazer uma animação. Juntaram as ideias e aproveitaram a criação do site da Fábrica para lançar também o Mundo Canibal. Até hoje, Vilela é só-cio dos irmãos Piologo e atua na área administrativa do projeto.

Gostamos de ver a

desgraça do próximo

fundador do Mundo canibal conta seu caminho para o sucesso

os irmãos Piologo

54 55novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 29: Revista Grana - TCC

O Mundo Canibal é uma mistura de personagens marcantes como o Carlinhos, um menino que comia as próprias fezes, o Chuck Nóia, criado por conta da idolatria ao Chuck Nor-ris. E o Tomilirola é um gordinho que só pensa em sexo e sai “encoxando” todo mundo que vê pela frente.

o Primeiro PASSo Foi de AvAiAnAS de PAuConversamos sobre outro sucesso,

a Bonequicha, a boneca bicha, mas o enfoque mesmo foi na tal Avaiana de Pau. Estava muito curioso para saber se a ideia veio do pai dele. “Vixe, meu pai você não conhece, mas não foi por causa dele”, depois tive certeza que ele apanhou algumas boas vezes, mas ne-nhuma com nenhum chinelo de pau. Depois explicou que a ideia era ser cha-mado de Pedaço de Pau, mas quiseram relacionar com a marca do chinelo por causa da criançada. Me lembro que na época até meu pai gostou do vídeo, ao ver um monte de crianças apanhando com a tal “Havaianas de Pau”.

O segredo realmente é não ficar parado com uma ideia só. Cada vez que os fãs pediam mais um episódio da Avaiana que destruía as crianças, os irmãos tinham certeza que deve-riam parar e pensar em outra ideia. “Se repetidas muitas vezes, as piadas perdem a graça”. Então criaram a Vassourada de Aço, “porque os bixi-nho também precisavam ser educa-dos (risos)”, comentou dando risada.

Por conta desse humor pesado, quiseram tirar o site do ar. Por isso, precisaram de advogados. Para sair dessa, Ricardo usou um ótimo argu-mento: “Desde sempre o Pernalonga batia no Coyote (acho que ele não viu muito Looney Tunes), atiravam na cabeça do Pica-Pau desde sempre, e o Mickey atirava no Pato Donald”. Só acho que ele não assistia muitos de-senhos da Disney, porque nunca vi o Mickey atirar no Pato Donald.

Perguntei o porquê do Partoba, o quadro de maior sucesso hoje em dia, ter várias edições, já que quan-

do a piada é repetitiva ela perde a graça. Ele respondeu: “Com o víde-os reais é diferente. Ver o outro se ferrar é coisa do ser humano, e aí fi-zemos uma narração em cima, uma edição engraçada e sempre dá certo. Na verdade, todos gostamos de ver a desgraça do próximo”.

Quis saber também de onde vêm todos os quadros e personagens. Eles são muito organizados, colocam todas as ideias do dia a dia em um mural e depois sentam para discutir cada uma antes de começar a pro-duzir. “As coisas aqui parecem ser bagunçadas, mas nosso trabalho é muito sério”.

Comentou que as pessoas deram ideias para eles fazerem Stand-Up ou Vlog (vídeo blog), e isso só vez com que eles fizessem algo diferente, pois não queriam fazer exatamente por-que todos já estavam fazendo. “Cria-mos o Mundo Canibal Games, sem nem ao menos ter visto um canal de games antes”. Acho que se tivessem visto um antes, o Mundo Canibal Ga-mes não existiria, pois eles não repe-tem nada que já foi feito.

dA inTerneT à TeLeviSãoVou confessar algo que me inco-

modou. Ele começou a digitar en-quanto falava comigo, era como se ele estivesse respondendo alguém por Skype.

Quis fazer algumas perguntas que prendessem a atenção dele. Tentei com quantas pessoas trabalhavam no Mundo Canibal, porque ele sempre dizia “nós”, como se fossem muitas pessoas. Para me deixar mais confu-so, ele respondeu: três... Mas espera, são três contando ele, o Rodrigo e o Vilela?! Ele me esclareceu, existem mais pessoas trabalhando com eles, que ficam em SP junto com o sócio, que hoje em dia cuida mais da parte administrativa.

Ainda não consegui fazer ele pa-rar digitar. Até que perguntei: Al-guma coisa deu errado? Ele parou (yes!!!) e foi aí que me surpreendi com a resposta. “Nosso humor é nos-so maior inimigo”. Fazia muito senti-do. Imagino quanto preconceito eles receberam por conta do humor pesa-do que fazem.

Mas e a revista do Mundo Canibal, que teve poucos exemplares?! Para minha óbvia tristeza, ele respondeu que não achava que revista dava certo, porque ele não lia revista, nem mes-mo as coisas que eles faziam.

perfil

Foto

Mar

cio

Iudi

ce A

ttie

As coisas parecem ser bagunçadas, mas nosso trabalho é muito sério

56 novEmbro_2013

Page 30: Revista Grana - TCC

moda

É tempo de finais de semana com parque, praia e muito sol. Coloque o chinelo no pé e deixe de vez as malhas e casacos no guarda-roupa. Mas isso não signifi-ca liberdade para pegar a primeira ca-

miseta que achar na gaveta e vestir. Para você não ficar igual a um mendigo com

aquela bermuda de quando tinha 17 anos ou to-talmente fora de moda, selecionamos algumas tendências para o verão.

fique bem arrumado nos momentos de lazer com as apostas para a temporada de calor

PRODUçãO e texto • Igor dos SantosFOTOS • Bárbara TrevisanMODELO • Guilherme MarquesACERVO • Lojas Renner e Star Assim

nopASSeio

FLoreS, PALmeirAS e muito verde. As estam-pas tropicais voltaram com tudo. Elas podem ser usadas tanto nas peças de cima como nas bermudas. Só tome cui-dado para não ficar igual a um turista no Havaí.

Camiseta Renner (R$ 29,90), bermuda d’agua Ausländer (R$ 199), Ha-vaianas Pacman (R$ 32), ôculos Ray Ban Clubmas-ter (R$ 600).

AS CALçAS CoLoridAS chegaram no inverno e vão continuar nessa tem-porada. As versões slim e de corte reto deixam a composição mais natural. Combine sempre com camisetas mais sóbrias e desenhos discretos.

Camiseta Ausländer (R$ 198), calça Renner (R$ 99,90), tênis Renner (R$ 99,90), chapéu Star Assim (R$ 63), pulseira acervo.

58 59novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 31: Revista Grana - TCC

moda

Uma forma de deixar o LooK deSConTrAÍdo é dobrar a barra da bermuda, que agora chega com modelos acima do joelho.

Camiseta Ausländer (R$ 219), bermuda Renner (R$ 79,90), tê-nis Renner (R$ 89,90).

Nessa temporada, oS LiSTrAdoS marcam presença mais uma vez. Fique atento às direções: listras verticais deixam mais esguio, enquanto as horizontais mais forte. Para aqueles que tem uns quilos a mais, a dica é fugir das linhas deitadas.

Camiseta Renner (R$ 49,90), bermuda Renner (R$ 89,90), tênis botinha Renner (R$ 99,90), colar e pulseiras acervo

Passa e chega verão e as inFLuênCiAS nAvy conti-nuam nas passarelas. Des-sa vez, o estilo veio para as ruas com as caveiras. Na hora de se vestir, tome cuidado para não exagerar e ficar caricato.

Camiseta Renner (R$ 29,90), Jeans manchado Renner (R$ 99,90), óculos Ray Ban Clubmaster (R$ 600), sapatênis Democrata (R$ 178), pulseira acervo.

60 61novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 32: Revista Grana - TCC

moda

CAmiSA PoLo com bermuda de algodão é uma excelente escolha para a estação. O com-bo é confortável, versá-til e de bom gosto. Para finalizar o look, use um calçado de solado reto. Deixe os tênis com amortecedores apenas para academia.

Polo 1st Level (R$ 153), bermuda listrada Ren-ner (R$ 79,90), tênis Renner (R$ 89,90), óculos acervo.

Ao usar eSTAmPAS GrAndeS, dê preferên-cia para calças e ber-mudas mais clássicas e de tons únicos.

Camiseta Renner (R$ 29,90), bermuda Zapälla (R$ 339), tênis Renner (R$ 89,90), cin-to Renner (R$ 35,90).

A PeçA mAiS TrAdiCionAL do escritório mudou bastan-te. A camisa agora está mais moderna. Invista naquelas com estampas minimalistas. Na parte de baixo, use jeans escuro. Já o mocassim dá um toque de personalidade, ain-da mais os de cores fortes.

Camisa Renner (R$ 89,90), jeans Renner (R$ 79), mocas-sim Renner (R$ 99,90), bolsa carteiro Renner (R$ 129).

62 63novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 33: Revista Grana - TCC

soBResexo 10

curiosidades

que transar é bom e faz bem para a saúde, todo mundo sabe. mas existem coisas por aí que você nem

imaginava sobre a relação a dois, a três ou até 919

Quem descobriu isso foram os pesquisadores da Anglia Ruskin University, no Reino Unido. Das 7.500 pessoas entrevistadas, quem transava quatro vezes ou mais por se-mana tinham salário 5% mais alto do que os demais. O gru-po com vida sexual totalmente inativa apresentou salário 3% menor que o de quem fazia sexo esporadicamente. Conse-guir um aumento ficou fácil.

é o meLHor diA PArA FAzer AmorSeXo

dinHeiro

mAiS

mAiS

quinTAFeirA

vocêsabia?

Ao menos é o que dizem os cientis-tas da London School of Economics and Political Science. A explicação é: às quintas há mais cortisol no sangue, o hormônio que estimula a energia sexual. Está aí uma boa dica!

A desculpa que sua namora-da usa quando não está a fim já não vale mais. Cientistas da Universidade de Münster, na Alemanha, entrevistaram 400 pessoas que sofrem de enxaqueca e mais da metade afirmou que a dor sempre melhora depois da relação. Duvida? É só fazer o teste.

Quem detém esse recorde mun-dial é a atriz pornô Lisa Sparks. A moça conseguiu esse feito em 2004, durante o Terceiro Cam-peonato Mundial de Gangbang e Eroticon, em Varsóvia, na Polônia.

Aposto que essa você não imaginava. Na hora do or-gasmo, as paredes da vagina soltam uma pequena descarga elétrica. Nesse exato momen-to, cinco moças poderiam acender juntas uma lâmpada de 1 volt, de acordo com “O guia dos curiosos – Sexo”.

Parece loucura, mas o argentino Aníbal Litvin diz no livro “369 Curiosidades sobre sexo” que fumantes podem ter o pênis encurtado em quase um centímetro. Isso ocorre, porque os efeitos do cigarro atingem as artérias, cau-sando obstruções na circulação, entupindo os vasos sanguíneos e atrapalhando a capacida-de erétil do pênis.

CASAiS eSTão no rALA e roLA neSSe minuTo

Casais sem televisão no quarto transam duas vezes mais do que aqueles com o aparelho. A cons-tatação foi feita por um estudo realizado em 2006 pela sexóloga italiana Serenella Salomoni. É por isso que nossos avós têm tantos irmãos!

Uma curiosa pesquisa realizada pela universidade de Boise State, nos Estados Unidos, revelou que em 76% dos casos em que amigos têm relações sexuais, a amizade cresce. O que você está esperando para ligar pra sua amiga gostosa?

9%dAS PeSSoAS uSAm o CeLuLAr durAnTe A TrAnSA

muLHereSGozAndo

579 miL

TrAnSAr

De acordo com o livro “O guia dos curiosos – Sexo”, escrito pelo jornalista Marcelo Duarte e o psiquiatra Jairo Bouer, todos os dias acontecem 114 milhões de relações sexuais pelo mundo. Isso quer dizer que, por hora, há 4,75 milhões de casais transando.

Com AmiGoS ForTALeCe

A AmizAde919

O Instituto Jumio, nos Estados Unidos, conversou com 1.100 americanos e percebeu que o pessoal está tão viciado em seus smartphones que nem na hora H eles abandonam o aparelho. Vai entender.

menoS Tv, mAiS SeXo

TrAnSAr ACAbA Com A dor de CAbeçA

Podem ACender umA LâmPAdA

Ilust

raçõ

es P

ense

i

64 65novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 34: Revista Grana - TCC

TEXTO • Fellipe Bonilha

Foto Call of Duty - GhostsFOLEGOTIRAR O

oitava geração de videogames vem com gráficos realistas e melhorias na jogabilidade e interatividadeN

o final desse mês, acontece o lançamento da oitava ge-ração de videogames, e nós ajudamos a escolher a me-lhor opção para você, com-

parando os dois aparelhos e apontan-do as vantagens de cada console.

Na versão passada de videogames, a Sony venceu a disputa contra o Xbox 360, por conta dos jogos exclusivos, como Last of Us e God of War. Mas dessa vez, a Microsoft veio pra luta com novos títulos exclusivos e aperfei-çoando alguns aspectos.

DE

PLAySTATion 4

O design do aparelho e do controle são melhores melhor, se compara-dos à versão anterior, assim como a performance, que se assemelha a um computador. Houve uma grande melhoria na PS Camera, a concorrente do Kinect, do Xbox. Ela tem melhor resolução, com uma câmera para gerar a imagem de ví-deo e outra para rastrear movimen-tos, a fim de ter maior precisão na imagem. A PS Camera será vendida separadamente do console.

Sem eSPerArUma das novidades é a função PlayGo, na qual os jogos são pré-carregados no HD do videogame, fazendo com que o tempo de loading seja menor. Outra novidade é o botão Share no controle, que permite gravar partes de um jogo e compartilhar no YouTube, além de fazer streaming com o apli-cativo Ustream, para as pessoas poderem assistir você jogar, e a integração com o PS Vita, que poderá ser utilizado como console extra. O Plays-tation 4 será lançado no dia 29 de novembro no Brasil, e terá um preço bem salgado de R$3.999.*

XboX one

Agora o Xbox One usa Blu-ray, o que aumenta a qualidade gráfica. Seu antecessor não tinha essa tecnologia, diferente do PS3. Sua performance é um pouco inferior à do PS4, mas grande parte dos jogos não irá utilizar toda a capacidade de ambos os apa-relhos, pois eles têm um desempenho gigantesco.

Live O serviço online do Xbox tem aplicativos do Windows 8 e integração com redes sociais. A missão da Live é a multifun-cionalidade. Ela terá novos aplicativos, como o Internet Ex-plorer, o Skype, Netflix, além do uso de TV ao vivo. É possível também fazer a gravação e compartilhar o vídeo das partidas.

Como Se FoSSe um eSPeLHoO novo Kinect grava em HD, reconhece melhor os movimentos, aperfeiçoou a tecnologia para novos jogos, e funciona como webcam. O acessório terá reconhecimento de até duas vozes simultanea-mente. O lançamento do console está marcado para o dia 22 de novembro e o preço no Brasil é de R$2.199. O Xbox One já vem com o Kinect.

• one representa a integração de mais de um aparelho dentro do Xbox. Também serve como aparelho de blu-ray e computador. • Kinect está ainda melhor, pois aperfeiçoou os movimentos, e agora serve como webcam, filman-do até em hD.• a Microsoft saiu na frente e fechou contrato com mais jogos exclusivos. • uso do internet Explorer, Skype e outros aplica-tivos, tornará qualquer televisão uma Smart TV.E o preço bem inferior do concorrente.

FiCHA TéCniCACPu: Processador X86-4 AMD “Jaguar” com 8 núcleosGPu:1.84 TFLOPS, mecanismo gráfico de próxima geração AMD Radeon ™ GraphicsrAm: GDDR5 8 GBHd: 500 GBmÍdiA uTiLizAdA: Blu Ray i/o: Super-Speed USB (USB 3.0) AUXSAÍdAS: HDMI de AV analógica; saída digital IBM Power@based multicorePLACA de vÍdeo: AMD Radeon de Alta Definição

FiCHA TéCniCACPu: Processador 8 núcleos (X86)Hd: 500 GBrAm: GDDR5 8GBmÍdiA uTiLizAdA: Blu-rayi/o: Super-Speed USB (USB 3.0) AUXSAÍdA: HDMI

JoGoS eXCLuSivoS PS4• Killzone Shadow Fall • Infamous Second Son

JoGoS PArA oS 2 ConSoLeS• Assassins Creed 4: Black Flags • Call of Duty: Ghosts• Battlefield 4• Watch Dogs • Fifa 14

JoGoS eXCLuSivoS XboX one• Forza 5• Halo• Dead Rising 3

XBOX ONEINDICA

*preços e datas confirmados em 17 de outubro de 2013 sujeitos a alteração

66 67novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 35: Revista Grana - TCC

teimatira-

táxi,carro

Sair à noite é bom. maS não há um único final de Semana que chegar ao deStino não Seja um Problema. Se for dirigindo, não Pode beber. táxi é caro e o tranSPorte Público eStá longe de Ser doS melhoreS. Para tentar reSolver de vez eSSe dilema, exPerimentei ir Para uma caSa noturna de trêS formaS diferenteS e com um objetivo na cabeça: achar a melhor maneira de chegar na balada

TEXTO • Igor dos Santos

ou metrô?QuAL É A MELhOr

PArA A bALADA?MANEIrA DE Ir

Ilust

raçõ

es :p

ense

i

68 69novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 36: Revista Grana - TCC

CArroTenho carro próprio, mas não cur-

to muito ir com ele porque gosto de beber. Normalmente, faço um rodízio de “motorista da rodada” com meus amigos. Porém, no dia em questão, não tive escolha. Ninguém poderia quebrar meu galho. Cheguei no Beco depois de dirigir por 25 minutos. O trânsito da Avenida Paulista estava grande. São tantos carros, semáforos e motos que tive a impressão de estar voltando do trabalho e não a caminho da diversão.

O maior desafio foi achar um es-tacionamento com um preço cama-rada. Depois de rodar duas vezes o quarteirão, avistei um que cobrava R$ 20. Perguntei para a atendente o horário de fechamento. “Seis horas”,

foi a resposta. Indaguei se tinha gente que se atrasava e o que acontecia com eles. “Sempre fica uma pessoa aqui”, começou a me explicar já um pouco irritada com as perguntas, “aí a gente cobra mais uma diária”. Prometi a ela que iria embora mais cedo que isso e fui para a fila de entrada.

Enquanto esperava, os vendedores ambulantes me ofereciam cervejas ge-ladas conservadas em caixas de isopor. Minha boca salivou, mas não podia comprar já que era o motorista. Ain-da na fila, conheci um grupo de amigos que achou uma solução para todos be-berem, mesmo indo e vindo de carro. “Viemos de carona, eu e meus amigos”, explicou Nicolas Conde.

Perguntei a ele quem era a pes-soa que o trazia e buscava. Não sei o porquê, mas a resposta não me surpreendeu: o chofer do garoto era a mãe dele. Se isso não a in-comoda, quem sou eu para dizer algo. Na verdade, tive um pouco de inveja dele e dos amigos. Eles po-deriam aproveitar a festa e depois capotar no carro sem ter a menor preocupação com a estrada.

Na volta, o cansaço tomou con-ta de mim. O caminho ficou bem mais longo, mesmo sem congestio-namento. Redobrei a minha aten-ção na direção e cheguei em casa tranquilamente.

meTrôSegundo dia de farra e minha

animação a mil. Desta vez fui acom-panhado com uma amiga. Após an-dar por cinco minutos, pegamos o metrô. Durante o percurso de oito estações, percebi que o transporte público parecia bem normal. Não tinha uma atmosfera de pré balada.

Ao sair da estação, tivemos que an-dar mais quinze minutos para chegar ao Beco, mas foi tranquilo. Fizemos o esquenta enquanto descíamos. Quan-do cheguei na fila, já estava no grau.

Enquanto esperava para entrar, conversei com a Daniela Li, que es-tava com o namorado Pedro Duarte e a amiga Laís Tomori. Eles também foram para a festa de ônibus e metrô. Questionei se não rola um incômodo de ir de transporte público. “A pessoa tem que ser meio frescurenta para achar ruim”, opinou Duarte.

Mas nem todos pensam assim. Para uma menina que estava comemo-rando o aniversário – o nível de álcool não me permitiu anotar o nome dela – o ônibus é rápido, mas não é convi-dativo. “Acontece que na volta tem um povo muito estranho”, confessou.

A caminhada que antes foi sussa, no retorno se tornou uma via crucis. Estava exausto e ainda levemente bê-bado. Tudo o que eu queria era mi-

O local escolhido foi o Beco 203, na Rua Augusta, tradicional reduto da noite paulistana. O espaço toca rock e, como tudo daquela rua, tem um público bem variado. A distância entre minha casa e

o lugar é de aproximadamente 10km. Moro perto de uma estação do metrô, no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista.

Foto

Igor

dos

San

tos

nicolas Conde (de

vermelho) e amigos no Beco 203

nha cama, não o vagão do metrô. Já passava das cinco horas da manhã, porque o transporte público não fica aberto 24 horas. Em São Paulo, as li-nhas começam a funcionar às 4h30.

Ao chegar na estação lembrei da-quela menina. Pessoas estranhas. Eu as via por todo canto e banco. Algu-mas delas pareciam viciadas em be-bidas, outras já estavam no décimo sono. “Estação Alto do Ipiranga”, disse a mensagem que me despertou do cochilo e me fez correr antes que a porta do trem se fechasse.

TÁXiO último dia da minha experiên-

cia foi de ostentação. Se com o me-trô eu gastei R$ 3 por trecho, com táxi o percurso do rolê saiu pela ba-gatela de R$ 70.

Vaguei pela rua por quatro mi-nutos até avistar um carro. O moto-rista da ida já tinha uma certa ida-de e atendia por Sérgio. Depois de 25 minutos confortáveis, cheguei a porta da casa noturna.

Na primeira visita ao Beco 203, por estar dirigindo, achei os mes-mos 25 minutos uma eternidade.

Desta vez fui com uns amigos. A gente ficou conversando do lado de fora por um tempo e depois entra-mos na festa. Lá encontrei um gru-po de meninas que me contaram a preferência das “garotas com bons costumes” – o que seria uma garo-ta com bons costumes? – pelo táxi. “Só largo o táxi pelo carro dos ou-tros, já que eu odeio dirigir”, expli-cou Tatiana Reis. Para a espanhola Alicia Reichardt, o preço alto é um mal necessário. “Já estou com meus R$ 50 separados para a volta”, disse ao mostrar uma onça na carteira.

Quando saí da boate, foi muito fácil achar um táxi. Na verdade, os motoristas disputam os clientes. En-trei no veículo que estava mais perto. Não dei muita sorte. Diferentemente da ida, o motorista tinha desligado o taxímetro. Combinamos o preço an-tes. O som estava bem mais alto. O taxista Marcos até arriscava cantar

uma música da Taylor Swift.O ponto ruim foi a alta velocida-

de que o carro cortava as ruas de São Paulo. Em uma avenida com limite de 60 km/h, o ponteiro estava colado no 100 km/h. Em uma determinada hora, cheguei até a bater a cabeça no teto do carro, mas sobrevivi para con-tar essa história.

verediToSe você for abonado ou tiver com

quem dividir a despesa, a melhor maneira de sair à noite é de táxi. Se a falta de álcool no seu sangue não faz a mínima diferença e o conforto é essencial, o seu transporte é o carro. Agora se a vida é uma festa, e o resto não tem a mesma importância, o ôni-bus e o metrô te aguardam.

Uma alternativa é alterar de trans-porte de acordo com o local da festa. Se for muito distante, compensa fa-zer o “motorista da rodada”. Já para uma casa bem localizada, o metrô é a melhor opção. O importante mesmo é não deixar de se divertir.

ComPAre

Carro Custo R$8 gasolina + R$20 estacionamento = R$28

bom• Escolher o som• Comporta cinco pessoas• Ir embora quando quiser

ruim• Dirigir no trânsito• Procurar estacionamento• Não consumir bebidas alcoólicas

metrô Custo R$6 passagem

bom• É barato• Pode ficar bêbado• Serve como ponto de encontro

ruim• É desconfortável• Fecha durante à noite• Sofre com as adversidades técnicas

Táxi Custo R$35 ida + R$35 volta = R$70

bom• É confortável• Leva até quatro pessoas• Anda nas faixas exclusivas

ruim• É muito caro• Conta com a boz vontade do taxista• Depende de achar um táxi na hora certa

70 71novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 37: Revista Grana - TCC

Colocar uma terceira pessoa na cama pode ser uma boa maneira de testar diferentes formas de sentir prazer, mas todo mundo tem que estar à

vontade e aberto a novas experiências. Para os rapazes, é comum querer

transar com duas garotas. Já entre as mulheres, algumas têm curiosi-

dade de fazer sexo com mais uma moça, outras com dois caras e mui-tas jamais topariam um mènage.

Independentemente da situação, vale a pena ter uma boa conversa com sua parceira e pesar os prós e con-tras. Para começar, imagine se você aceitaria mais um homem na cama, afinal, se quer outra, ela pode muito

bem querer outro. Além disso, con-versem sobre ciúmes, timidez, medos e a pessoa certa para participar.

Sabemos que há muito a se pen-sar e a mente feminina é um enigma. Por isso reunimos garotas para con-versar e desvendar o que se passa na cabeça delas quando o assunto é sexo a três.

todo homem já sonhou em fazer sexo com duas parceiras, mas será que elas também têm essa fantasia? Grana reuniu três garotas para

bater um papo e descobrir o que pensam sobre esse tema

Ilust

raçã

o Pe

nsei

MÉNAGEÀ troiS

Foto

Bár

bara

Tre

visa

n

TrêS muLHereS_TrêS viSõeS

Só eu e mAiS ninGuém

Eu nunca tive vontade de fazer um ménage, acho o sexo algo íntimo demais e a três seria invasão de privacidade, além de uma bagunça. Eu também sou muito ciumenta, jamais aprovaria alguém perto do meu namorado. De modo geral, não acho que um homem vai aceitar outro com a mulher dele, e a menina também não aceitaria outra na cama. Entendo que isso pode apimentar a relação, mas existem inúmeras fantasias mais interessantes - eu mesma tenho várias e acrescentar alguém na transa não é uma delas. Mesmo que o meu parceiro quisesse muito, eu não beijaria uma mulher para agradar ninguém, nem sóbria, nem bêbada. Meu companheiro também não sentiria vontade de ter outra, afinal, eu sou boa de cama, dou conta e gosto de inovar. Nunca recebi reclamações. Não acredito que o fato de o cara querer duas na cama seja necessa-riamente por ele estar insatisfeito, mas esse pode ser um dos fatores. Um bom sexo oral, por exemplo, já deixa qualquer cara louco e sem pensar em mais ninguém.

nA HorA H vALe Tudo

Eu já fiz com dois rapazes, amigos meus. Foi uma experiência bem diferente do sexo básico. É preciso ter muita confiança e saber com quem está se relacionando. O convite surgiu muito sem querer. Estávamos em uma festa, rolou o assunto e eles me fizeram a proposta. Eu aceitei sem pensar. Como já havia me relacionado com um deles, sabia que a pegada e o sexo eram bons. O outro também é bonito e sempre quisemos nos beijar. Tudo isso, somado a uma pequena quantidade de álcool, me deram co-ragem. A bebida facilita as coisas. Foi uma experiência boa, eles foram su-per respeitosos comigo, me pergun-tavam se a posição estava legal, se eu estava curtindo. Eles focaram em mim e foi ótimo! Meu namorado atual sabe que eu fiz, mas não sabe com quem. Há algum tempo propus a ele uma noite com mais uma mulher e, óbvio, ele topou. Eu gostaria de transar com mais uma garota, mas não desconhe-cida, preferiria uma amiga. Confesso que teria um leve ciúmes, ainda mais se ela fosse mais gostosa que eu. Ficaria insegura se meu namorado curtisse mais o sexo da outra, mas a curiosidade é maior.

Com reGrAS, Sem ProbLemAS

Para casais mais liberais, acho ménage bem bacana, uma forma de mostrar segurança no relacionamento. Não que isso seja necessário, mas ajuda a enxergar novos horizontes, sair do padrão. Eu faria, mas ainda preciso tomar um pouco de co-ragem. A ideia de ter dois caras na cama comigo é interessante, mas não sei se faria com duas mulheres. Se fosse rolar seria uma desconhecida, para eu ter certeza de que o cara não teria contato com ela depois, ou então uma amigona que eu tivesse certeza que não rouba-ria meu namorado. Em geral não sou ciumenta, mas no sexo é diferente. Se for um rapaz e eu tiver muito apego, rola ciúmes sim. Com certeza colocaria algu-mas regras na brincadeira. Evi-taria beijos na boca e proibiria a gatinha de fazer oral em mim. Até beijaria a menina para dar tesão para o cara, mas jamais deixaria ela beijá-lo. E adoraria ter a experiência da Alana, de transar com dois amigos. Rolaria numa boa.

TAmireS, 22

ALAnA, 21

ÁGATHA, 22

72 73novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 38: Revista Grana - TCC

• como preparar um bom •

• para a galera •

entre amigos

desde a quantidade de convidados até a refrigeração dosalimentos, tudo precisa ser muito bem planejado. se quiser fazer o evento ideal, é hora de abrir uma nota no seusmartphone e escrever as dicas que reunimos para você

o dinHeiroo LoCALSe você pretende fazer um evento mais elaborado e qui-ser sair do tradicional, churras no apê ou na sua casa, pode optar por pesquisar cháca-ras em regiões próximas. Algumas garantem opções de lazer com mesa de jogos, campo de futebol e piscina, tornando assim a festa ainda mais agradável.

A coisa mais comum na hora de pro-duzir um evento é escutar o famoso “Posso te pagar depois?”. Se é uma festa para amigos mais chegados, tudo bem, mas em outros casos é preciso ter muita atenção para não levar calote. Obviamente, a melhor forma de arrecadar a grana é ante-cipadamente para ter controle de quem realmente vai comparecer. Mas se seus amigos são do tipo enrolados

ou que resolvem tudo de última hora, isso pode comprometer a reunião. qual é a solução, então? Nome na lista. Se não pode pagar antes, tudo bem, mas exija a confirmação da presença e coloque uma pessoa para verificar os nomes na porta e cobrar os devedores. De preferência alguém que não seja tão próximo dessa gale-ra para não rolar aquele desconforto na hora de cobrar.

ACendendo o CArvãoLembre-se: o fogo demora a pegar, por isso, enquanto seus convidados não chegam utilize 5 kg de carvão com álcool gel até obter um braseiro vermelho. Escolha uma lateral da churrasqueira e acrescente carvão a cada 40 minutos. Isso abafa as chamas e mantém o espaço apenas aquecido, per-feito para deixar as carnes prontas sempre quentes.

evite retirar toda a gordura da carne na hora do preparo. Isso deixa o alimento duro e sem gosto.

Para que a costela de boi asse igualmente e de forma mais rápida, dê um pré-cozi-mento rápido no fogão, antes de levá-la à churrasqueira.

Para as peças com osso, prefira as mais gordas, caso

contrário elas tendem a ressecar. Após pronta retire o excesso de gordura e sirva.

nunca tempere as carnes. Asse-as sem nada até que os dois lados fiquem levemente cozidos e depois salgue-as. Isso evita o ressecamento.

ConvidAdoS eXTrASToda festa tem aquele amigo do amigo que aparece de surpresa e você nem pode dizer para ir embora. São os famosos bicões. Um bicão, ok, mas se vierem 10, isso vai comprometer o anda-mento da festa. Por isso, a dica número um é sempre comprar uma quantidade extra de produtos. A outra é deixar bem claro no convite do evento que pessoas que surgirem do nada devem trazer bebida ou comida.

ComPrAndo A CArneUm churrasco completo para mais ou menos 20 pessoas precisa de 500g de carne para cada um, sendo 50% carne bovina e o restante dividido entre linguiça, frango, costela, pão de alho e queijo. Entre as mais pedidas estão picanha, fraldinha, bife ancho, lin-guiças, coração de galinha e costelinha suína. Cuidado com a origem das carnes que você compra. Confira se a embala-gem vem com o selo do SIF, o Serviço de Inspeção Federal e evite carnes amareladas ou com camadas muito grossas, isso pode ser sinal de que ela está ruim.

oS veGAnoSNão se esqueça dos amigos vegetarianos. Pense neles e asse cebolas, brócolis e be-rinjela na brasa. Temperados com azeite, sal e pimenta, esses itens ficam ótimos. Uma boa dica é embrulhar uma batata grande em papel alumínio e colocá-la no meio da brasa. Depois de duas horas, tire-a e recheie com requeijão. Faz sucesso.

A CHurrASqueirAPreste atenção em quem você vai eleger como churrasquei-ro. Nomeie-o (ou nomeie-os) como responsável pelo pre-paro e acompanhamento das carnes, assim, ele vai sentir a responsa. Pode ser tanto um profissional quanto um amigo que tenha mais experiên-cia, mas cuidado para não colocar o cara que vai beber e esquecer a carne torrando. Ninguém merece aquele gos-tinho de queimado.

bebidAS Lembre-se dos que não

bebem e compre sucos e re-frigerantes, incluindo sem açúcar para os diabéticos. Drinks como caipirinhas e batidas também combinam muito com churrascos.

O cálculo médio de cerveja por pessoa é de 5 a 6 latinhas. Verifique qual é a preferência entre os seus convidados e se irá aumentar a quantidade de fermentados ou destilados.

Para gelar bebidas mais rápido, coloque as latas dentro do isopor, com uma camada grossa de gelo e em seguida jogue sal. Isso conservará as pedras por mais tempo

Ilust

raçõ

es P

ense

i

TEXTO • Jéssica Maia

* Fontes: Estevão Ricci Medeiros, churrasqueiro profissional; Bruno Gatolim, estudante; Vitor Alves, estudante e portal O Churrasqueiro.

74 75novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 39: Revista Grana - TCC

agenda

THor, o mundo SombrioDessa vez, a trama se passa nos Nove Mundos da Mitologia Nórdica. Thor (Chris Hemsworth) e Jane Foster (Natalie Port-man) terão que se adaptar à nova dinâmica intergalática, causada pela ausência de Odin (Anthony Hopkins).

Lançado em 1º de novembrodireção Alan Taylorelenco Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston Gênero Ação, Fantasianacionalidade EUA

JoGoS vorAzeS – em CHAmASApós vencer a última edição dos jogos, Katniss (Jennifer Lawrence) deverá enfrentar a forte represália do governo local, lutando não apenas por sua vida, mas por toda a população de Panem.

Lançado em 15 de novembrodireção Francis Lawrenceelenco Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth maisGênero Ação, Drama, Ficção científicanacionalidade EUA

ouTrAS eSTreiAS

dia 1º• Amor sem Pecado• Bons de Bico• Night Train to Lisbon• O Exército do Caos• Planeta Solitário• Sobral – O Homem que Não Tinha Preço• Uma Noite de Crime

dia 8• Blind Detective• Confia em Mim• Como Não Perder Essa Mulher?• O Estudante• Tatuagem

dia 22• A Batalha do Ano• Echo Planet 3D• Os Filhos da Meia-noite

dia 29• Carrie, a Estranha• Crô• Os Últimos Cangaceiros• Um Time Show de Bola

cinemA

GrAnA indiCA PArA voCê reLAXAr_novembro

Foto

s D

ivul

gaçã

o

LivroS

ShowS

no ConForTo do SoFÁ

Lançamentos em blu-ray• Trilogia O Poderoso Chefão - Especial de 40 Anos• A Lagoa Azul• Psicose• O Fugitivo• Capote• Soldado Universal

blu-ray e dvd• O Homem de Aço• Wolverine – Imortal• Meu Malvado Favorito 2• Red 2 – Aposentados e Ainda Mais Perigosos

Séries em dvd • Dexter• 30 Rock• The Big Bang Theory• Bates Motel• Arrow• Two and a Half Man• Bones• Modern Family• Person of Interest • American Horror Story

J. K. rowLinG de voLTA à ATivAO romance policial o chamado do cuco chega às livra-rias de todo o Brasil em novembro, pela editora Rocco. O livro é escrito por Robert Galbraith, pseudônimo de J. K. Rowling, autora da série Harry Potter. A obra é a primeira de uma sequência de mistérios que tem como personagem principal Cormoran Strike, um veterano de guerra ferido física e psicologicamente, que se envolve em investigações pelas ruas de Londres.

Preço sugeridobrochura R$ 39,50Capa dura R$ 49,50

PLAneTA TerrAEm São Paulo, o FestivalPlaneta Terra ocorre dia 9 de novembro e terá atrações como as bandas britâ-nicas blur, Travis e Palma violets; os americanos The roots, beck e Lana del rey e a brasileiríssima Clarisse Falcão.

ingressos Tickets For Fun

yuSuF iSLAmO inglês Cat Stevens, agora conhecido como Yusuf Islam, faz shows em São Paulo dias 16 e 17, no Credicard Hall e no Rio de Janeiro, dia 20, no Citibank Hall.

ingressos Tickets For Fun

red HoT CHiLLi PePPerS Os californianos têm três apresentações em no-vembro: durante o festival itinerante Circuito Banco do Brasil, a banda se apresenta em Belo Horizonte, no dia 2 e no Rio de Janeiro, dia 9. Em São Paulo, o show rola no dia 7 e não faz parte do festival.

ingressos Ingresso.com

76 77novEmbro_2013 novEmbro _2013

Page 40: Revista Grana - TCC

lista

não deiXe de FAzer!

aproveitandoavidao casamento é o game

over da vida social masculina. depois dele, as prioridades são outras. então não dê bobeira e veja a nossa lista do mês: 25 coisas para fazer antes de casar

AbuSAr das madrugadas e horários flexíveis

Transar com alguém e achá-la HorroroSA no dia seguinte

Ir a um SwinG

Ir de PeneTrA em uma festa

Estourar o limite do cartão de crédito com FuTiLidAdeS

Dar umA SemAnA de festa na sua casa

Ir em um Strip Club de LuXo

TrAnSAr com alguém e não lembrar do nome no dia seguinte

FiLmAr uma transa sua

Acordar de ressaca no dia do CASAmenTo

Ir para o SPrinG breAK

Gastar metade do salário bebendo

Pegar uma menina que você conheceu virTuALmenTe

XinGAr um chefe e ser demitido

Passar o carnaval em SALvAdor

Ir trabalhar bêbAdo

Transar em um banheiro PúbLiCo

Ficar bêbado em uma festa de FAmÍLiA

Ser eXPuLSo de uma balada

Se isolar do mundo por uma semana em alguma fazenda, ou lugar Sem inTerneT

Conhecer TodoS os motéis de sua cidade

Fazer um moCHiLão pela Europa

Ilustração Pensei78 novEmbro_2013

Page 41: Revista Grana - TCC