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2 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de janeiro 2014

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ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSIMário Mourão – SBN

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 64.830 exemplares(sendo 5.330 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

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SINDICAL l Conselho GeralConselho Geral debate estratégia para este ano 4Rescisões dominam sessão 5

CONTRATAÇÃO l BancaSindicatos e BCP chegam a acordo 6Reestruturação interna 6O que diz o Memorando 7

QUESTÕES l JurídicasRegime de reforma do ex-BNU 8

CONTRATAÇÃO l SegurosMediadores de seguros: revisão do CCT já começou 9

DOSSIÊ l AusteridadeMais um ano de sacrifícios 10A austeridade pode matar 11Um mundo de injustiças 11Criar uma almofada fiscal 12Austeridade: uma definição 13

FORMAÇÃO l AtualidadeUniversidade Sénior: Oficinas de Lazer começam este mês 14

TEMPOS LIVRES l NacionalVai uma caminhada? 15Golfe: Ponte de Lima consagra José Mendes e Vítor Madureira 18

l Bancários Sule Ilhas l Bancários Norte

l STAS ActividadeSeguradoral Bancários Centro

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l EDITORIAL

No início de cada ano, mandam as regras da civilida-de e da amizade desejar um Bom Ano a todos,familiares, amigos, colegas ou simples conhecidos.

Como não sou muito de quebrar regras, aproveito a oportu-nidade para o fazer, em particular aos trabalhadoresbancários e de seguros, bem como a todos os seusfamiliares. Mas já agora, se não se importam, desejoigualmente um Bom Ano a mim próprio, associandoneste ato todos os dirigentes sindicais da FEBASE.

É de facto de um Bom Ano que todos precisamos, deforma a afastarmos tudo aquilo que de mau 2013 repre-sentou, nos ataques iníquos a trabalhadores e pensionis-tas através de uma política cega de fazer sempre osmesmos pagar pelos dislates de uma classe política que,incapaz de se reformar ou simplesmente convergir nadefesa de políticas que permitam alicerçar a estabiliza-ção e crescimento do País, nos arrasta inexoravelmentepara becos sem saída ou para um túnel do qual não sevislumbra o fim.

Mas não começa bem 2014, com a insistência namesma receita que o passado já mostrou não servir, masque à "boleia" de indicadores "milagrosos" para gáudiodos economistas que de há uns tempos a esta parteenxameiam as televisões com os seus comentários esugestões, acabam por justificar a manutenção da recei-ta de mais e mais austeridade sobre as famílias.

TEXTO: CARLOS MARQUES

Não começa bem 2014,com a insistência na mesma receitaque o passado já mostrou não servir

2014

Até quando durarão estes "milagrosos" indicadores e oque acontecerá quando os mesmos voltarem a mostrarque as grandes transformações estruturais que o Paísprecisa continuam todas por fazer e por isso o efémeroefeito cairá por terra, é uma pergunta que bom seria nosajudassem a responder.

Já em anterior editorial defendi a necessidade de seobterem verdadeiros consensos partidários mas igual-mente da sociedade dita civil, sobre os grandes desígniosde um Portugal que se pretende moderno e acolhedor paratodos os seus cidadãos, evitando que a corrente da migra-ção tenha o tamanho que hoje tem e criando condiçõespara que os portugueses acreditem no seu País, ultrapas-sando o ciclo negativo de nascimentos em que estamosenvolvidos e que fará, se nada acontecer em contrário, quePortugal se exaure antes do fim do século XXI.

Não sei se 2014 vai ser um ano de revoltas sociais comoalguns sociólogos profetizam; não sei se a resiliência dasociedade portuguesa, em particular dos trabalhadores ereformados, permitirá que tudo aquilo que até agora tem sidoacumulado se esvaia de uma forma normal e por issoequilibrada. Mas sei, porque sinto isso nos contactos diários,que se aproxima um momento muito perigoso em que atampa da panela a ferver não espera pela mão salvadora quea retira. E se assim for, outros ventos soprarão.

A ver vamos.

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4 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de janeiro 2014

SINDICAL l Conselho Geral

Conselho Geral debate estratégia para este ano

Diálogo sim, mas luta tambémOs conselheiros aprovaram

o Plano de Atividadese o Orçamento para 2014

por uma esmagadora maioria.Reconhecendo que terá

pela frente um ano difícil,a Febase está pronta

a intensificar a lutapor melhores condições

para os trabalhadoresda banca e dos seguros

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Como é hábito no final de cada ano, oConselho Geral da Febase reuniu-separa votar o Plano de Atividades e o

Orçamento para 2014, tendo elegido acidade de Coimbra para a sessão, que serealizou a 17 de dezembro. Uma esmaga-dora maioria votou favoravelmente osdocumentos, sendo que apenas três con-selheiros votaram contra a proposta doSecretariado.

O futuro da negociação coletiva nossetores bancário e segurador também foiabordado neste Conselho Geral. O ano de2014 marcará de forma indelével a ativi-dade sindical em geral e a do setor finan-ceiro em particular.

O Orçamento do Estado continuará apenalizar fortemente os trabalhadores,com consequências nefastas ao nível daempregabilidade e do rendimento das

A responsável pelo pelouro administrativo da Febase, Helena Carvalheiro, apresentou aproposta de Orçamento para 2014, aprovada favoravelmente pelos conselheiros, com

apenas três votos contra.O documento fica marcado por uma redução de custos de 37.900 € em relação ao ano transato,

passando de 519.610 € para 481.710 €. O total dos gastos será suportado, em igual valor, pelas receitas.A comunicação continua a ser aposta da Federação, representando 307.650 € dos 481.710•€

totais e sofrendo uma redução na ordem dos 32.250 €. Em 2014, a "Revista Febase" manteráa edição de dez números, com as mesmas páginas. A redução de custos de comunicação,impressão e embalagem resultam do efeito conjugado do menor número de revistas e doaumento do envio por e-mail.

Está prevista uma diminuição de 5.650•€ no valor da quotização, fixando-se agora nos174.060•€. As proporções para cada sindicato mantêm-se para o próximo ano: SBSI, 60%; SBN,25%; SBC, 7,5%; STAS, 5,5%; SISEP, 2%.

car que a possibilidade de aumentossalariais no setor bancário não está pos-ta de parte. "É um aspeto que tem de serlevado em conta no processo de negocia-ções que continua a decorrer. Tem sidoabordado e não está, de maneira nenhu-ma, encerrado. Pelo contrário, está per-manentemente em cima da mesa".

Paulo Alexandre reforçou que os au-mentos salariais "foram uma tradiçãohistórica neste setor que se perdeu nosúltimos anos".

Em relação às negociações sobre arevisão global do ACT do setor bancário,Paulo Alexandre referiu que a Febaseencontra-se a analisar um conjunto dematérias determinantes como promo-ções, diuturnidades e prémios de anti-guidade, entre outras.

Seguros: melhorias no CCT

Já Carlos Marques apresentou as pers-petivas relativas à negociação coletivado setor segurador. "Estão a decorrercontactos com a Associação Portuguesade Seguradores com vista à obtenção dealgumas melhorias para 2014. Estamoscrentes que serão possíveis algumasalterações".

Além desta matéria, o presidente doSTAS deu conta de reuniões com as duasentidades que representam os media-dores de seguros, uma área que, segun-do Carlos Marques, "tem estado em gran-de crescimento no setor da atividadefinanceira".

"Admito que em 2014 possa haveralgumas alterações também nestas áreasde atividade", concluiu.

Redução de custos

famílias. Estas situações são transver-sais a todos os ramos de atividade e osetor bancário não será exceção. Postoisto, a Febase aumentará a intensa ativi-dade que tem vindo a desenvolver, no-meadamente ao nível da negociaçãocoletiva, cotando-se esta como a suaprincipal preocupação.

Os Sindicatos da Febase continuarão aprivilegiar o diálogo, mas não deixarãode lutar até ao limite para que nãorecaiam sacrifícios ainda mais violentossobre os trabalhadores dos seguros e dabanca, obrigados a pagar uma responsabi-lidade a que são completamente alheios.

Banca: aumentos salariais

O responsável pela negociação coleti-va do setor bancário começou por expli-

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Conselho Geral l SINDICAL

Um dos pontos constantes na or-dem de trabalhos do ConselhoGeral dizia respeito ao processo

negocial com o Millennium bcp. Mas,uma vez que à data da realização doConselho Geral as negociações aindadecorriam e não havia desenvolvimen-tos, o Secretariado, através de Mário

Rescisões dominam sessãoAs preocupações

dos conselheiros estiveramcentradas na situação

laboral no BCPe na Parvalorem

Mourão, propôs a retirada deste pontoda discussão, o que foi aceite.

No entanto, o responsável pela ne-gociação coletiva da Febase esclare-ceu como até então decorreu o pro-cesso, afirmando haver já na alturaalgum consenso entre os Sindicatos ea administração do banco. Paulo Ale-xandre referiu que a Febase só cele-braria um acordo caso este fosse subs-crito por todos os sindicatos repre-sentantes de trabalhadores do Mil-lennium bcp. Além disso, o númeroconsiderável de trabalhadores nãosindicalizados obriga à publicação deuma Portaria de Extensão. "Esta é umacondição sine qua non para que esteacordo, a existir, possa vir a ser im-

É intenção da Federação manter a publicação da revista Febase como veículoprimordial na divulgação de conteúdos sindicais e de tempos livres.

Iniciar a construção do sítio da Febase, bem como promover e incentivar osseus Sindicatos na divulgação da informação através da Internet é outra dasapostas para 2014.

Por fim, a Federação vai desenvolver o projeto Conferências Febase, essen-cial na análise das questões que mais preocupam os trabalhadores.

Forte aposta na informação

plementado dentro do banco", expli-cou.

A situação laboral no Millennium bcpcausou preocupação aos conselheiros.As dúvidas colocadas prenderam-seessencialmente com o número de efe-tivos a dispensar.

Mourão esclareceu que um acordoexigiria uma consulta prévia aos ór-gãos competentes dos Sindicatos, an-tes de qualquer assinatura.

Rescisões na Parvalorem

Os conselheiros manifestaram tam-bém a sua preocupação com a situaçãodos trabalhadores da Parvalorem.

Paulo Alexandre esclareceu que asnegociações para um Acordo de Empre-sa na Parvalorem seguem normalmen-te, prevendo que possa haver novida-des nos primeiros meses do ano.

O responsável pela negociação cole-tiva da Febase referiu ainda que umgrupo de trabalhadores interpôs umaação judicial contra a empresa à mar-gem dos Sindicatos e que a Febase nãopode ter intervenção nesse caso parti-cular. "Não temos conhecimento denenhum trabalhador fora deste lote queesteja envolvido no convite para a res-cisão de contrato".

O Secretariadoapresentou o Plano

de Atividades para 2014

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6 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de janeiro 2014

CONTRATAÇÃO l Banca

Sindicatos e BCP chegam a acordoFebase e administração

do BCP chegarama um acordo de princípio

que garante a salvaguardade cerca de 400 postos

de trabalho e a reposiçãodas atuais condiçõesremuneratórias após

o reembolso, pelo Millenniumbcp, do investimento realizado

pelo Estado. Ainda este mêsos trabalhadores do banco

serão consultados sobreo memorando

de entendimento assinadopelas partes

TEXTO: INÊS F. NETO

No último dia de 2013 houve acor-do. Após dois meses e meio deintensas negociações, na ma-

nhã de 31 de dezembro Sindicatos eadministração do BCP assinaram um"Memorando de entendimento", que for-maliza os princípios negociais acorda-dos para a revisão das convenções co-letivas do banco.

Entretanto, será enviada uma carta atodos os sócios, explicando detalhada-mente os termos do Memorando e aforma como poderão pronunciar-se.

Após estas diligências, o resultadodo "Memorando de entendimento -formalização dos princípios negociaisacordados com os sindicatos para re-visão dos ACT do Millennium bcp" daráorigem a uma cláusula de alteraçãotransitória ao ACT do BCP, que serádebatida no Conselho Geral da Febase,uma vez que tem de ser aprovada poreste órgão.

A aplicação do acordo está igual-mente dependente da publicação deuma Portaria de Extensão que esten-derá a alteração do ACT aos trabalha-dores não representados pelos sindi-catos signatários.

Evitar despedimento coletivo

O principal objetivo da Febase aoencetar negociações com a adminis-tração do BCP foi afastar o espectro dedespedimento coletivo que pairavasobre os trabalhadores do banco, figu-ra a que o BCP poderia recorrer paraatingir a redução do quadro de efetivos

Para recorrer ao plano de recapitalização com apoio estatal, o BCP assumiu umcompromisso com a DGComp e o Estado que exige o cumprimento de um programa de

reestruturação interna plasmado num conjunto de medidas com consequências diretas noquadro de pessoal.

Reestruturação interna entre 2014 e 2017:Em 2015, período em que será concentrado o maior esforço de redução, o banco não

poderá ultrapassar, a 31 de dezembro:– 396 milhões de euros de custos com pessoal (diminuição de 131 milhões).Em 2017, último ano do plano, o banco não poderá ultrapassar, a 31 de dezembro:– 7.500 trabalhadores e 392 milhões de euros de custos com pessoal.– Se no prazo estipulado, até dezembro de 2017, o BCP não atingir o duplo objetivo de

diminuição de efetivos (para 7.500) e de custos com pessoal (para 392 milhões de euros),terá de reduzir o quadro de efetivos para 7.100 trabalhadores, com recurso a umdespedimento coletivo nos termos da Lei.

Reestruturação interna

Os trabalhadores do banco sócios dosSindicatos da Febase vão agora ser con-sultados sobre o acordo alcançado, paraque possam exprimir a sua vontadeneste processo. As três Direções – doSBC, SBN e SBSI – reúnem-se proxima-mente para decidirem de que formaserá feita essa consulta, que terá lugarainda em janeiro.

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Banca l CONTRATAÇÃO

Ao longo das várias sessões negociais entre os Sindicatos da Febasee a administração do BCP para um acordo sobre ajustamentosalarial, foi possível a Federação garantir um conjunto de compro-

missos por parte do banco que servirão de base à alteração temporáriaque se impõe ao ACT. Eis os principais:

– Garantia da salvaguarda de cerca de 400 postos de trabalho;– Do ajustamento salarial nunca poderá resultar um valor inferior a:

remuneração base (valor do nível), acrescida de diuturnidades vencidase subsídio de almoço;

– A retribuição mensal efetiva (RME) até mil euros ilíquidos não seráalvo de qualquer ajustamento salarial;

– O ajustamento salarial começará acima dos mil euros de RME em 3%e progressivamente atingirá os 11% a partir dos sete mil euros;

– A Comissão Executiva e o Conselho de Administração do bancosubmeterão à Assembleia Geral de acionistas uma proposta de distribui-ção de resultados pelos trabalhadores, nos anos seguintes ao fim daintervenção estatal, consubstanciada na entrega de um valor pelo menosigual ao valor total acumulado da retenção salarial;

– Rescisões voluntárias de contrato com melhores condições sociais efinanceiras, nomeadamente a indemnização em função da data deadesão, a saber:

– Indeminização de 1,6 de remuneração mensal efetiva por cada anode trabalho nas primeiras 3 semanas; 1,5 de remuneração mensal efetivapor cada ano de trabalho, no período seguinte;

– Reforma antecipada para os trabalhadores com mais de 59 anos comuma compensação de montante não superior ao diferencial entre o valorlíquido da reforma e 75% da remuneração líquida no ativo, até à idadenormal de reforma (65 anos), desde que o seu custo seja inferior a umvalor máximo a definir;

– Reforma antecipada para trabalhadores entre 57 e 59 anos com umacompensação de montante não superior ao diferencial entre o valorlíquido da reforma e 70% da remuneração líquida no ativo, até à idadenormal de reforma (65 anos);

– A pedido do trabalhador e enquanto vigorar o acordo, a prestaçãomensal do crédito à habitação e outros créditos pode ser reduzida até aovalor do ajustamento salarial, com recurso a carência de capital duranteo período transitório, a restituir com a distribuição de resultados e/ouatravés do prolongamento do prazo de amortização até aos 75 anos;

– Revisão do ACT do BCP com introdução de uma cláusula de ajustesalarial com vigência temporária;

– Suspensão de promoções, progressões e diuturnidades vincendasenquanto vigorar o acordo (no máximo até 31/12/2017);

– Caducidade do acordo a 31 de dezembro de 2017 ou noutra dataanterior convencionada pelas partes;

– Em futuras admissões, direito de preferência aos trabalhadores querescindam o contrato por mútuo acordo, e em igualdade de circunstân-cias, com o devido reajustamento da indemnização recebida;

– Reposição das atuais condições remuneratórias e do ACT atualmenteem vigor após o reembolso do investimento público pelo banco, o queocorrerá em 31/12/2017 ou data anterior.

e de custos com pessoal a que estáobrigado por Bruxelas.

Impunha-se, assim, encontrar umaplataforma de acordo que permitissesalvaguardar pelo menos quatro cen-tenas de postos de trabalho em risco,podendo o banco, simultaneamente,cumprir as obrigações inerentes aoplano de recapitalização assinado coma Autoridade Europeia da Concorrência(DGComp).

Recorde-se que a falta de um acordocom os sindicatos colocava na mira dodespedimento coletivo cerca de 1.600trabalhadores, indemnizados com basenas condições estabelecidas no Códigodo Trabalho.

Desde o início, a grande preocupaçãoda Febase foi, por um lado, salvaguar-dar o maior número possível de postosde trabalho e, por outro, conseguir con-dições sociais e financeiras mais vanta-josas para os trabalhadores que volun-tariamente abandonem o banco atra-vés de rescisões de contrato por mútuoacordo e por reformas antecipadas.

Do mesmo modo, foi determinante agarantia de que os trabalhadores virãoa ser ressarcidos dos valores retidospor via do ajustamento salarial – quecomeçará acima dos mil euros de re-tribuição mensal efetiva em 3% e pro-gressivamente atingirá os 11% a par-tir dos sete mil euros.

Em comunicado emitido no própriodia da assinatura do Memorando, aFebase afirma que "tudo fez e fará paradefender, de forma inequívoca, o maiornúmero de postos de trabalho, bemcomo garantir melhores condições paratodos os trabalhadores".

Sair com melhores condições

Recorde-se que este processo come-çou por iniciativa do BCP, mas a pri-meira proposta do banco foi conside-rada inaceitável pelos Sindicatos daFebase, por demasiado gravosa.

Para base de negociação, os Sindica-tos exigiram um conjunto de documen-tos que lhes permitissem encontrar pro-postas alternativas e menos penaliza-doras para os trabalhadores.

Nessas propostas esteve sempre emcausa, além do afastamento do despe-dimento coletivo, que o processo desaída do banco fosse voluntário e aber-to a todos os trabalhadores – e não porseleção do BCP através do despedi-mento – e que as condições fossemsuperiores ao imposto pela lei.

Muitas das propostas dos Sindicatos aca-baram por ser aceites pela administraçãodo BCP e constam do acordo assinado.

O que diz o Memorando

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8 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de janeiro 2014

QUESTÕES l Jurídicas

Os trabalhadores reformados doex-BNU sofreram od "corted" dosubsídio de férias e de Natal no

ano de 2012, em consequência da apli-cação, pela CGD e pela CGA, do art.º 25.ºda Lei do Orçamento do Estado de 2012.

O referido art.º 25.º veio a ser decla-rado inconstitucional pelo Acórdão doTribunal Constitucional n.º 353/2012,de 05.07.12, que, no entanto, determi-nou que os efeitos da inconstitucionali-dade não se aplicassem à suspensão dopagamento dos subsídios de férias e deNatal, ou quaisquer prestações relati-vamente aos 13.º e 14.º meses, relati-vas ao ano de 2012.

Os sindicatos da Febase insurgiram-secontra tais cortes e corre em tribunaluma ação judicial, com vista a obter ospagamentos em falta (neste momentoencontra-se em fase de recurso juntodo Tribunal da Relação de Lisboa, de-pois de o tribunal de 1.ª instância terjulgado tais cortes válidos).

Dado que os sócios reformados doex-BNU nos têm pedido esclarecimen-tos sobre o seu regime de reforma,entendemos através deste meio pres-tar alguns esclarecimentos que permi-tam apreender o quadro legal e con-vencional de tal regime.

Cronologia

- Os Sindicatos dos Bancários cele-braram com o então Banco NacionalUltramarino, SA o Acordo Coletivo de

Regime de reforma do ex-BNU

A suspensão dos subsídiosde férias e de Natal em 2012

suscitou dúvidasaos trabalhadores reformados

do ex-BNU. Neste artigoesclarece-se o quadro legal

e convencional do seu regimede reforma, lembrando

que decorre em tribunal umaação judicial para obter

os pagamentos em falta,interposta pelos Sindicatos

da Febase

TEXTO: ALEXANDRA SIMÃO JOSÉ*

Trabalho Vertical (ACTV), publicado noBoletim de Trabalho e Emprego (BTE),1.ª série, n.º 31 de 22.08.90, com assubsequentes alterações publicadas na1.ª série do referido Boletim n.º 30 de15.08.91, n.º 31 de 22.08.92, n.º 32 de29.08.93, n.º 42 de 15.11.94, n.º 2 de15.01.96, n.º 15 de 22.04.97, n.º 21 de08.06.98, n.º 24 de 29.06.98, n.º 24 de29.06.99, n.º 25 de 08.07.00 e n.º 24 de29.07.2001.

- O Banco Nacional Ultramarino, SAfoi incorporado, por meio de fusão, naCaixa Geral de Depósitos, em 23 dejulho de 2001.

- Em conformidade com o disposto noart.º 112.º, alínea a) do Código dasSociedades Comerciais, com a inscriçãoda fusão no registo comercial, extin-guiu-se o BNU, mas os seus direitos eobrigações transmitiram-se para a so-ciedade incorporante, ou seja, para aCaixa Geral de Depósitos.

- Os trabalhadores do BNU, então noativo, à data daquela fusão, passaram,nos termos da lei, a ser trabalhadoresda Caixa Geral de Depósitos e passou aaplicar-se-lhes o Acordo de Empresa daCaixa Geral de Depósitos, que veio a serpublicado no BTE, 1.ª Série n.º 29 de15.08.2003.

- Os trabalhadores do BNU que, antesda referida fusão, tinham passado à situa-ção de reforma, quando se encontravamao serviço daquele Banco, continuaramabrangidos pelo ACTV acima referido, quedispõe de um regime de segurança social

substitutivo, não integrado no regimegeral da Segurança Social.

- Parte daqueles trabalhadores refor-mados encontra-se abrangido pelo D.L.227/96, de 29.11.96 (os pensionistas ereformados até 31.12.95), ou seja, pas-sou a ser da Caixa Geral de Aposentaçõeso encargo e pagamento das respetivasprestações que são reguladas, quantoaos valores e beneficiários, pelo regimeestabelecido no ACT em vigor para o setorbancário (art.º 3.º, n.º 1 do D.L. 227/96).

- Os trabalhadores que se reforma-ram depois de 01.01.96, mas antes dafusão do ex-BNU com a CGD, não sãoabrangidos por aquele diploma, caben-do à CGD o encargo das respetivasprestações, o que esta satisfaz atravésdo seu Fundo de Pensões. Estas pensõestambém são reguladas, quanto aosvalores e beneficiários, pelo regimeestabelecido no mesmo ACT.

- A aplicação dos cortes decorrentesda Lei do Orçamento do Estado de 2012,não obstante a aplicação do regime doACT, decorre da circunstância de a refe-rida Lei conter uma norma que refereque prevalece sobre a contratação co-letiva e sobre os contratos de trabalho,afastando, assim, o regime do ACT.Aliás é precisamente esta norma que ossindicatos consideram inconstitucional,por violar o direito à contratação cole-tiva que está salvaguardado na Consti-tuição da República Portuguesa.

*Advogada do SBSI

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 14 de janeiro 2014 ––––– 9

Seguros l CONTRATAÇÃO

O objetivo da Febase de, por inter-médio do STAS, encetar a negocia-ção de várias convenções (con-

tratos coletivos e acordos de empresa)está já em curso.

O processo negocial começou já coma ANACS - Associação Nacional de Agen-tes e Corretores de Seguros, que repre-senta pessoas singulares ou coletivasque exercem a atividade de mediado-res de seguros.

Ao cabo de cinco sessões de negocia-ção, é possível fazer um balanço, ne-cessariamente provisório e sumário,dos primeiros contactos negociais, demodo a manter adequadamente infor-mados os trabalhadores que prestam asua atividade em empresas filiadas naANACS.

Em síntese, pode dizer-se que, sepor um lado não se firmou nenhumacordo, por outro lado começa a com-preender-se melhor a posição daque-la associação.

Do mesmo modo, a Febase - SetorSegurador pôde explicar e fundamen-tar as posições que defende e queconstam da proposta, entretanto járeformulada.

Ou seja, foram abordadas e discuti-das em profundidade as questões rela-cionadas com a vigência, eficácia, de-núncia e revisão do CCT e os capítulos dacarreira profissional e definições defunções; da prestação de trabalho; e daretribuição do trabalho e abonos.

Mediadores de seguros:revisão do CCT já começou

Decorridas cinco sessõesnegociais com a Associação

Nacional de Agentese Corretores de Seguros,

a Febase - Setor Seguradorespera que a proposta

entretanto reformuladatenha em conta os seus

pressupostos

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS

Salvaguardar direitos

Até ao momento não foi tomada qual-quer decisão, mas registou-se umavasta e profunda troca de opiniões en-tre as duas partes, que permitirá àANACS ter em conta os pressupostos daFederação na preparação da propostareformulada que ficará para análise napróxima reunião, a decorrer em mea-dos de janeiro.

Assim, parece de salientar que, emrigor, a produtividade de próximas reu-niões ficará dependente da utilizaçãoque a associação resolva dar ao que foidiscutido e ao que está para análise.

A Febase - Setor Segurador aguarda paraver como se desenvolve a negociação, nacerteza de que tudo fará para otimizar asrelações negociais, mantendo um diálogofirme mas franco e aberto na salvaguardados direitos dos trabalhadores do setor demediação de seguros.

Refira-se, a propósito, que existe outraassociação representativa deste setor

– APROSE – com quem a Febase tambémpretende rever o CCT existente.

Acordos de Empresa

A Federação quer igualmente iniciarbrevemente negociações com o Hospi-tal Cuf Infante Santo e com a MondialAssistance Portugal. Com estas entida-des pugnar-se-á pela celebração deAcordos de Empresa que contemplemas melhores soluções para os trabalha-dores e para as respetivas empresas.

CCT da atividade seguradora

Quanto ao atual CCT para a atividadeseguradora, negociado com a APS –Associação Portuguesa de Seguradorese em vigor desde 2012, pretende-seretomar contactos com a outra parte.

Sendo o ótimo inimigo do bom, a Febase-Setor Segurador está imbuída de espíritoconstrutivo, com o empenho e a convicçãode que poderá melhorar ainda mais o CCT.

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10 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de janeiro 2014

SINDICAL l Atualidadedossiê

10 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de janeiro 2014

Mais um ano, mais sacrifícios: 2014não promete boas notícias aosportugueses. A lembrar o velho

ditado popular em que o agricultor vaicortando a ração ao seu animal decarga e regozija-se por ele comer cadavez menos e continuar a trabalhar;mas, surpreendentemente, quandoestá quase a habituar-se a não seralimentado… morre.

O Governo e a troika parece estarem afazer a mesma experiência com os portu-gueses. Ano após ano há mais austerida-de, é sempre possível impor ainda maisum sacrifício, na convicção inabalável deque, como verbalizou um banqueiro na-cional, o povo "aguenta, aguenta".

Depois de o desemprego disparar paraníveis incomportáveis e o respetivo sub-sídio sofrer cortes sucessivos, do despe-dimento ser mais fácil e mais barato edo enorme aumento de impostos, che-gou a vez de cortar fortemente na des-pesa social.

O Orçamento do Estado aí está a pro-vá-lo, sem que o Presidente da Repúbli-ca tenha solicitado a sua fiscalizaçãopreventiva ou sucessiva ao Constitucio-nal. Em vigor desde dia 1, contemplareduções na saúde, na educação, nosapoios sociais. Para os funcionários pú-blicos e do setor empresarial do Estadoos cortes salariais começam nos 675

euros, há um novo programa de resci-sões e uma nova lei do trabalho.

Para os reformados e pensionistas,mantém-se a cada vez mais definitivaContribuição Extraordinária de Solidarie-dade (CES) que se estende agora para os900 ou mil euros, atingindo cerca de 400mil pessoas, a forma encontrada peloGoverno para substituir a redução naspensões da CGA chumbada por unani-midade pelos juízes do Tribunal Consti-tucional.

Desemprego e baixos salários

Aos trabalhadores do setor privadoespera-os nova alteração do Código doTrabalho, um dossiê que será reabertopelo Governo para encontrar uma novafórmula para o despedimento indivi-dual, já que as anteriores normas nãopassaram o crivo do Constitucional.

Com a expectativa de um cresci-mento económico anémico, o desem-prego continuará a ser uma espada deDâmocles sobre os trabalhadores, sejaatravés de despedimentos coletivos,individuais ou rescisões por "mútuoacordo". Manter o salário de 2013 é amelhor expectativa para quem temtrabalho.

Quanto ao desemprego de longa dura-ção, os especialistas são unânimes: veio

para ficar. A quem está fora do mercadode trabalho resta-lhe, face às alteraçõesda lei, um subsídio menor, por menostempo e sujeito a uma taxa de 5%.

Para os jovens e desempregados queconsigam emprego, independentementedas qualificações e experiência, 2014 nãodeverá ser diferente do ano anterior:precariedade e baixos salários.

Preços sobem

Em contrapartida, o preço de bens eserviços aumenta. Entre os já anuncia-dos, refira-se a eletricidade e o gás na-tural em 2,8%, os transportes públicosem 1%, as taxas moderadoras da saúdeem 0,6% e as telecomunicações em2,5%.

A inflação média prevista no OE 2014é de 0,6%.

Adeus troika?Resta ainda a incerteza do que será a

vida dos portugueses a partir de junho. Atroika termina realmente o seu proteto-rado e Portugal recupera a soberania, ouo País ficará sujeito a um programa cau-telar?

Certo é que a austeridade continuará.De que forma e com que intensidade sãoincógnitas a empenhar a vida dos portu-gueses.

Mais um ano de sacrifíciosOs portugueses têm

uma certeza: os preçosde bens e serviços aumentam

e a proteção social diminui.Quanto ao rendimento

disponível, a insegurançaé a norma: desemprego, cortes

salariais, redução nas pensões…

TEXTOS: ELSA ANDRADE E PEDRO GABRIEL

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Atualidade l SINDICAL Austeridade

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Mark Blyth é um defensoracérrimo do Estado sociale sabe do que fala. O hoje

reputado professorde Economia Política nasceupobre mas não passou fomenem lhe faltou casa graças

às refeições gratuitasda escola e à habitação

social. Autor de "Austeridade– A história de Uma Ideia

Perigosa", esteve em Lisboapara explicar por que esta

política não funciona

"A Austeridade Cura? A AusteridadeMata?" foi o tema de uma conferênciaorganizada pelo Centro de Investigaçãode Direito Europeu, Económico, Finan-ceiro e Fiscal (IDEFF), que decorreu nofinal de novembro na Faculdade de Di-reito de Lisboa.

Dividida em duas partes, na primeiraesteve em debate a Economia de Auste-ridade, com um painel composto porTeodora Cardoso, João Ferreira do Ama-ral, João César das Neves, Francisco Lou-çã e Ricardo Paes Mamede. A segunda,cujo tema foi Austeridade e Saúde, con-tou com o contributo de Jorge Simões,Constantino Sakellarides, Aranda da Sil-va, Rita Marques e Martins Nunes.

O presidente do IDEFF, Eduardo PazFerreira considerou que uma discussãoà volta da austeridade e de possíveisalternativas a esta política torna-seimprescindível. "Vivemos há décadasesmagados por um pensamento econó-mico único que varreu todas as alterna-tivas que 'cheirassem', ainda que delonge, a 'keynesianismo' e instalou-seuma economia de análise fria e pura-mente numérica que esquece os aspe-tos económicos e sociais que não po-diam ser esquecidos".

Eduardo Paz Ferreira referiu que "existeuma tendência para pensar que a austeri-dade é o resultado de uma crise de dívidasoberana, esquecendo-se que se trata deuma crise do setor financeiro privado quese transmitiu às finanças públicas".

Um auditório cheio teve ainda opor-tunidade de ouvir o britânico Mark Blyth,professor de Economia Política no De-partamento de Ciência Política da Uni-

versidade de Brown, Estados Unidos eautor do livro "Austeridade – A Históriade Uma Ideia Perigosa". Durante umahora dissecou a tese que vem expressano livro, citando o seu percurso comouma das principais razões para ter es-crito este livro, que é já uma referênciado panorama económico internacional."Sou um produto do Estado Social, crescina pobreza. Hoje sou professor univer-sitário graças àquilo que hoje se culpapela crise: o Estado social".

É esse Estado que Mark Blyth defen-de, acrescentando que nunca teve fomegraças às refeições gratuitas da escolae que nunca lhe faltou abrigo devido àhabitação social.

Para este professor, com as políticasque vêm sendo seguidas por toda aEuropa a sociedade torna-se profunda-mente desigual e são os que obtêmmenores rendimentos e se encontramno fundo da tabela os primeiros – eúnicos – a pagar a crise. "A austeridade

enquanto política é uma injustiça", de-fende.

Os porquês de uma ideia perigosa

Segundo Mark Blyth três grandes ra-zões explicam por que a austeridade setorna uma ideia tão perigosa. A primeiraé porque "pura e simplesmente, não fun-ciona". Países como Portugal, Irlanda,Itália, Grécia e Espanha lançaram paco-tes de austeridade desde que a crise osatingiu, em 2008, acreditando que seriaesta a resposta aos seus problemas: cor-tar no orçamento, reduzir a dívida e ocrescimento regressaria quando voltas-se a chamada 'confiança'. Usando gráfi-cos para cada país, Blyth mostrou quedesde o início dos cortes a dívida aumen-tou em vez de diminuir, logo os juros apagar também dispararam.

Para que se tenha uma ideia maisdefinida, o PIB português passou de62% em 2006 para 108% em 2012, ao

A austeridade pode matar

Para Francisco Louçã, a verdadeira causa desta 'doença' (crise) foi aquebra do sistema financeiro e de como o mundo financeiro reformulou

a economia de maneira a obter rendimentos dela à custa dos mais desfavo-recidos.

O economista entende que as políticas de austeridade não podem ser vistascomo solução para o problema da crise. "O problema da austeridade é que nãopara. Se fosse a solução, iria parar mais cedo ou mais tarde. Não é umasolução, é um programa", refere Francisco Louçã, que considera ainda que estadistribuição desigual de rendimentos cria um mundo de injustiça e pode levar,inclusive, a uma sociedade mais violenta.

Um mundo de injustiças

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SINDICAL l Atualidadedossiê

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passo que os juros das obrigações a dezanos subiram em flecha, de 4,5% emmaio de 2009 para 14,7% em janeiro de2012. "Esta é a prova de que a austerida-de não funciona", referiu Blyth.

A segunda razão invocada por MarkBlyth é que este tipo de políticas faz comque os mais pobres da sociedade paguempelos erros dos mais ricos e é uma forma

de dar maior poder e riqueza a estesúltimos. No início de 2010, o G20 apelou àchamada 'consolidação fiscal amiga docrescimento'. Mark Blyth considera estateoria uma enorme ficção, precisamenteporque essa 'consolidação' não atinge todosda mesma maneira. "Quem são os bene-ficiários dos serviços públicos? São os maispobres da sociedade, os que estão no nívelmais baixo da obtenção de rendimento.Não são os do topo. Esses criaram a crise.E agora que salvámos os que criaram acrise, vamos obrigar os que não têm culpaa pagar? É tremendamente injusto".

Blyth afirma que esta política é muitoperigosa porque os que podem pagar não

o fazem e os que não podem pagar sãoobrigados a fazê-lo.

O problema torna-se mais grave quan-do todos os Estados aplicam medidas deausteridade ao mesmo tempo. "Se toda agente poupar, isso significa que ninguémvai gastar, logo não entra dinheiro. Querseja uma pessoa, uma empresa ou umEstado a poupar, se o fizer ao mesmotempo que todos os outros isso só vaiencolher a economia. Teremos no topo adívida e no fundo o PIB. Se o PIB fordiminuindo, a diferença para a dívida vaiaumentando". Este é o terceiro problemaidentificado por Blyth para justificar aausteridade como ideia perigosa.Apresidente do Conselho de Finanças Públicas

foi a primeira a intervir após a dissertação deMark Blyth. Teodora Cardoso concorda com ateoria do professor universitário quando diz quea austeridade deve ser aplicada em alturas deexpansão e não de recessão.

"Precisamos daquilo a que hoje em dia se cha-ma 'almofada fiscal', uma margem de manobrapara políticas fiscais de crescimento em temposde crise. Se não conseguirmos, entramos emdéfice e temos de encontrar outras formas decontrolá-lo".

No caso português, Teodora Cardoso reforçouainda que o uso desta 'almofada fiscal' é importantepara a criação de políticas sociais. "Pessoalmentesou a favor de uma política social forte, mas preci-samos de uma margem de manobra em termosfiscais que a sustente", disse, explicando que agrande diferença entre os EUA e os países europeusreside no facto de os norte-americanos produzirema moeda que serve de referência a todo o cenárioeconómico internacional.

Criar uma almofada fiscal

O desemprego tem sido uma das graves consequências da política de austeridade

Um painel de especialistas debateu a economia de austeridade

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Atualidade l SINDICAL Austeridade

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Título: Austeridade - A Históriade Uma Ideia Perigosa

Autor: Mark BlythEdição: 2013Editor: QuetzalPáginas: 348Preço: 18,80€

Do "demasiado grande para falir"…

No entendimento de Mark Blyth, aorigem desta crise é proveniente do sis-tema bancário dos EUA, considerado pelogoverno norte-americano 'demasiadogrande para falir' que, por isso, não opermitiu. O preço a pagar por este resga-te foi "transformar a Reserva Federal num'banco tóxico' (a abarrotar de ativos tó-xicos que foram trocados por dinheiropara manter os empréstimos) enquantoo governo abria um fosso nas suas finan-ças ao tapar os buracos causados pelasreceitas perdidas devido ao crash comdespesa deficitária e emissão de dívida".

… ao "demasiado grande para resgatar"

A segunda parte desta crise passa-sena Europa. Blyth explica que, na décadada introdução do euro, os maiores bancosdos países nucleares europeus compra-ram grandes quantidades de dívida sobe-rana periférica e alavancaram-se (redu-ziram capital e aumentaram a dívidapara ganhar mais lucro).

"Isto significa que uma viragem depoucos pontos percentuais contra os seusativos pode deixá-los insolventes. Comoconsequência, os bancos europeus tor-nam-se 'demasiado grandes para resga-tar'", explicou.

A falácia da crise da dívida soberana

Uma das maiores críticas que Mark Blythfaz no seu livro é a maneira como aausteridade está a ser vendida por políti-cos e comunicação social: como o retornode uma crise da dívida soberana suposta-mente criada pelos Estados que, aparen-temente, gastaram demais. "É uma repre-sentação fundamentalmente errada dosfactos", defende Blyth.

Os bancos, ao acumularem dívidasastronómicas, forçaram os respetivospaíses a acorrerem em seu auxílio "porserem demasiado grandes para falir". Oresgate efetuado fomentou a dívida, quepor sua vez levou à austeridade.

"Estes problemas, incluindo a crisedos mercados de obrigações, começa-ram com os bancos. A confusão atual nãoé uma crise da 'dívida soberana' geradapor gastos excessivos seja de quem for,à exceção dos gregos", explica.

"A austeridade não é apenas o preço dasalvação dos bancos. É o preço que osbancos querem que alguém pague".

Que soluções?

Mas se a austeridade é uma ideia pe-rigosa, quais os caminhos a seguir? Mark

Mark Blyth: "Quem sãoos beneficiários dos serviçospúblicos? São os mais pobresda sociedade, os que estão

no nível mais baixo da obtenção derendimento. Não são

os do topo. Esses criaram a crise"

Blyth acredita que grande parte da solu-ção passa pelo investimento. "A ideia quenos estão a vender é que não podemosgastar dinheiro agora porque isso signi-fica comprometer o futuro das nossascrianças. Mas se não gastarmos agoranão haverá investimento no futuro e ire-mos deixá-las numa economia pequena",explica.

Para sustentar a sua ideia, Blyth citouo caso da Letónia, que começou a crescerem 2010, quando parou com as medidasde austeridade. "Simplesmente paremde aplicar austeridade, é capaz de seruma boa ideia".

Além disso, o professor universitárioinsta os Estados a fazerem um esforçopara receberem impostos sobre os maisganhadores a nível mundial, bem comoprocurarem a riqueza que se encontraescondida em paraísos offshore. "Um novoestudo da Tax Justice Network calcula quehaja 32 mil biliões de dólares – que é maisde duas vezes o total da dívida nacionaldos Estados Unidos – escondidos emoffshores, sem pagar impostos", refere.

Na conferência de Lisboa, Mark Blyth explicou o que é, afinal, esse termo que entrou nas nossasvidas e tem resistido a ir-se embora. Para o professor universitário, austeridade "é uma forma

de deflação voluntária, em que a economia se ajusta através da redução de salários, preços edespesa pública para 'restabelecer' a competitividade, que (supostamente) se consegue melhorcortando o Orçamento do Estado, promovendo as dívidas e os défices".

No entanto, Blyth discorda da forma como tem sido usada. "A austeridade não é cortar quandose está a crescer. Concordo que devemos pagar as nossas dívidas desde que tenhamos rendimentos.Mas se pagarmos as dívidas não tendo rendimentos, aquilo que estamos a fazer é liquidar os nossosativos. Ao fazer isto, não só estamos a acumular mais dívida como ficamos com uma reserva deativos muito reduzida. Isto é válido nas nossas casas, nas empresas ou nos Estados", concluiu.

Austeridade: uma definição

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FORMAÇÃO l Atualidade

Universidade Sénior Pedro Santarém

Oficinas de Lazer começam este mêsRespondendo às expectativas

dos alunos, a UniversidadeSénior criou novos polos

de interesse, que arrancamem janeiro. Mais uma razãopara a frequência, a juntar

às que justificarama satisfação unânime

revelada num inquérito

No final do primeiro período leti-vo, os responsáveis pela Univer-sidade Sénior Pedro Santarém

quiseram conhecer a opinião dos alu-nos sobre o funcionamento do estabe-lecimento de ensino, em todos os seusaspetos.

Assim, foi realizado um pequeno in-quérito confidencial, que revelou umaunanimidade de opiniões quanto à ge-neralidade dos pontos apresentados.

No aspeto organizativo não houvequalquer contrariedade e no que res-peita a itens como a forma como decor-rem as aulas, materiais, instalações ehorários, entre outros, todos foram unâ-nimes em afirmar que estavam satis-feitos e o corpo administrativo podiacontinuar o caminho de desenvolvi-mento da Universidade.

Trabalhos manuais

Além das aulas ministradas, os alu-nos referiram que gostariam de teroutros temas para abordar. Assim, eindo ao encontro das preferências trans-mitidas, foi decidido iniciar já este mêsas aulas de Oficinas de Lazer.

A opção por esta designação abran-gente foi a forma encontrada para po-

quer aprender, ensinar ou trocar ideiaseste é o espaço ideal para isso.

Os alunos terão ainda oportunidadede visitar outros espaços onde pode-rão aprender novos temas ou conhe-cer outros trabalhos e materiais.

As Oficinas de Lazer terão temas deinteresse para todos, independente-mente do género ou idade.

Venha partilhar os seus conheci-mentos e/ou aprender uma técnicaque não conhece e gostaria de domi-nar.

Entretanto confirme a sua presen-ça. Os contactos são: e-mail:

[email protected]; telefo-ne: 218 802 160.

der permitir a todos os interessadostrabalhar as diversas áreas relaciona-das com trabalhos manuais e lazer,estando em aberto a abordagem aosvários temas, bem como a utilização demateriais diversos.

A Universidade irá propor a todos quedeem ideias e colaborem na organiza-ção das aulas com as suas sugestões econhecimentos, permitindo desta for-ma uma salutar troca de experiênciasentre participantes.

O repto está lançado: se sabe tricôou tem conhecimentos de tapeçaria;se gostava de aprender crochet ounecessita de decorar uma caixinha demadeira que tem em casa… enfim, se

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"Por mais longa que seja a caminhada omais importante é dar o primeiro passo",assim escreveu, um dia, Vinícius de Mo-raes. A frase pode ser usada não só comometáfora para situações de vida comotambém no sentido literal. Depois do su-cesso alcançado nas edições anteriores,as Caminhadas Febase voltam em força nonovo ano para continuarem a fomentar obem-estar físico e emocional bem como aamizade, o convívio e a camaradagem.Além disso, são um importante veículo dedescoberta dos locais mais belos que onosso País tem para oferecer.

Vai umacaminhada?

É um projeto com uma adesãocada vez maior e o objetivopara o novo ano mantém-se

intacto: a Febase querque as suas caminhadas

continuem a crescer. A primeiraacontece já em fevereiro

Sendo maioritariamente praticada naNatureza, a caminhada permite umaobservação mais atenta a tudo o que nosrodeia, o que leva a um conhecimentomaior da fauna, da flora e da geologia.

Na última edição, os caminheiros tive-ram oportunidade de ficar a conhecermonumentos históricos como o Aquedu-to das Águas Livres, que foi mesmo umdos percursos com maior adesão. O Trilhodas Pontes, na Serra de Sintra, é outro dosexemplos do sucesso desta iniciativa,que também se explica pelo facto de seruma modalidade de baixo custo em que

os sócios podem participar juntamentecom os seus familiares e amigos.

E como em equipa que ganha não semexe, as Caminhadas Febase estão deregresso para mais um ano… a caminhar.

Magoito inaugura calendário

Para 2014, a Federação preparou umconjunto de iniciativas diversificadas, nosentido de agradar ao maior número pos-sível de caminheiros. Uma das prioridadespassa igualmente por realizar os percur-sos que não foram feitos no ano transato.

E para queimar os excessos que o Natale o Ano Novo sempre trazem, nada comocomeçar a caminhar para voltar à boaforma física.

O primeiro percurso está marcado parafevereiro, no Magoito/Samarra, num tra-jeto de 14 quilómetros. Nesta caminhadainicial, os participantes terão a oportuni-dade de percorrer uma parte da costaportuguesa, num caminho marcado pe-las bonitas falésias, sempre com umavista excecional para o mar.

O Magoito é, portanto, um excelenteponto de partida para um ano que conta-rá, entre outras, com caminhadas noFormosinho (Serra da Arrábida), pelasserras de Al-ruta (Arruda dos Vinhos),pelos miradouros de Lisboa à noite oupela Rota do Vinho de Palmela. Em no-vembro, a visita à Aldeia das Broas atrai-rá, certamente, muitos caminheiros. Estaaldeia, situada no concelho de Mafra,conheceu o último habitante em 1969.Hoje em dia, a mistura de estruturas queainda resistem e as ruínas que o temponão perdoa tornam a Aldeia das Broas umexcelente lugar para visitar.

Não fique em casa, traga familiares eamigos e inscreva-se nas Caminhadas Feba-se. Para mais informações consulte o blogue:http:caminhadasfebase2013.blogspot.pt/

Boas caminhadas!

TEMPOS LIVRES l Nacional

Mês Caminhada

Fevereiro Magoito/Samarra, 14 km

Março Formosinho - Serra da Arrábida, 17 km

Abril Cheleiros, 13 km

Maio Miradouros de Lisboa à noite

Junho Por serras de Al-ruta (Arruda dos Vinhos), 14 km

Setembro Caminhada da Água, 22 km

Outubro Rota do Vinho de Palmela

Novembro Aldeia das Broas, 13 km

A abandonada Aldeia das Broas promete uma interessante caminhada

Um percurso noturno pelos miradouros lisboetas é uma das propostas

Fique a par das caminhadas já agendadas para este ano:

Para apontar na agenda

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TEMPOS LIVRES l Nacional

Golfe

Ponte de Lima consagraJosé Mendes e Vítor Madureira

Os dois concorrentesdo SBSI foram os mais fortes

nas respetivas categorias,numa final marcadapelo equilíbrio entre

os participantes

TEXTO: PEDRO GABRIEL

A vila minhota de Ponte de Lima foio palco escolhido para a final do10.º Torneio Nacional de Golfe,

no dia 11 de novembro, que contou coma participação de 15 golfistas.

Os concorrentes reuniram-se ao final dodia para um animado jantar-convívio numaunidade hoteleira local, ocasião que serviuigualmente de pretexto para a cerimóniade entrega de prémios aos vencedores.

Foram ainda galardoados Miguel LealSilva, com o troféu Longest Drive (parao drive mais longo), alcançado no bura-co 17, e João Castro Sá, com o troféuNearest the Pin (para a bola mais pró-xima da bandeira), conseguido no 18.ºburaco.

Fizeram parte da Comissão Organiza-dora Henrique Rego, Alfredo Correia eFrancisco Mateus (SBN), Manuel Cama-cho e António Ramos (SBSI), FranciscoCarapinha e António Pimentel (SBC).

Na categoria Gross, o mais forte acabou por ser José Rocha Mendes(BES Açores/SBSI), que terminou com 25 pontos, mais quatro que

Vítor Madureira (BES/SBSI), o segundo classificado. Na terceira posiçãoficou Juvenal Candeias (BBVA/SBSI), com 18. João Castro Sá (BdP/SBSI)e Miguel Leal Silva (Santander Totta/SBN) terminaram nas quarta e quintaposições, respetivamente, ambos com 16 pontos.

NetJá na categoria Net, a vitória sorriu a Vítor Madureira, com um total

de 36 pontos, ele que por pouco não fazia a "dobradinha", já queterminou no segundo posto em Gross.

Hugo Faria Couto (BES/SBN) foi segundo, com 32 pontos, os mesmosque Miguel Leal Silva, que assim alcançou o terceiro lugar. JuvenalCandeias foi quarto, com 31 pontos, mais um que José Lourenço Tomás,quinto classificado.

Tabela classificativa

Vítor Madureira

O dia da prova começou cedo, porvolta das 10h00, com a realização docheck-in habitual. O dia amanheceu frio,mas por altura das primeiras tacadas jáo sol marcava presença, tornando amanhã perfeita para a prática da moda-lidade.

O convívio e espírito de camarada-gem foram uma constante ao longo detodo o torneio, o que já vem sendohábito neste tipo de iniciativas. Paraalém disso, a final foi bastante equili-brada, como atesta a proximidade en-tre os concorrentes na tabela classifica-tiva final, dominada por José RochaMendes e Vítor Madureira, respetiva-mente em Gross e Net.

José Mendes

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Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

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Depois do êxito da primeira visita

Convívio com Arte prossegue em 2014A iniciativa vai continuar em

2014 e o programa para todoo ano está já disponível.

O primeiro evento é uma visitaorientada à exposição

temporária do Museu Nacionalde Arte Antiga, em Lisboa

TEXTO: INÊS F. NETO

"Convívio com Arte" nasceu com o ob-jetivo de proporcionar uma oportunidadede conhecer alguns dos tesouros artísti-cos nacionais, em visitas orientadas pro-movidas pelo SBSI, proporcionando, si-multaneamente, uma ocasião de os par-ticipantes conviverem sob o excelentepretexto de uma atividade cultural – e emvez da solidão de uma visita individualpoderem trocar impressões entre si. Aprimeira atividade organizada teve comolocal de eleição a Casa-Museu Dr. Anastá-cio Gonçalves, ao Saldanha, em Lisboa.

A visita à casa do médico e coleciona-dor de arte que fez do ateliê do pintor JoséMalhoa a sua residência e repositório dasobras adquiridas foi dividida por duasdatas e horários diferentes, de forma aabranger bancários no ativo e reforma-dos. A primeira realizou-se dia 20 denovembro, à hora do almoço, e a segundatrês dias depois, na tarde de sábado.

Em qualquer delas a participação dossócios excedeu as expectativas, tendoquase atingido o número limite de inscri-ções: sete na primeira e cerca de trêsdezenas na segunda, alguns vindos defora de Lisboa. Ambas as visitas foramguiadas por técnicos responsáveis daCasa-Museu, que proporcionaram infor-

mações detalhadas sobre o Dr. AnastácioGonçalves, explicações sobre as princi-pais obras das suas três coleções – pintu-ra, mobiliário e porcelana, todos comobras de assinalável importância artísti-ca – e o desvendar de pormenores poucoconhecidos sobre o homem e as peças.

O interesse dos sócios foi unânime, elo-giando a iniciativa do Sindicato e revelandovontade em participar em novas visitas.

Programa diversificado

Depois deste sucesso, o Pelouro dos Tem-pos Livres do SBSI decidiu elaborar umprograma e respetivo calendário para o anointeiro, de forma a que seja possível aosinteressados planear atempadamente asvisitas e efetuar as respetivas inscrições.

As visitas orientadas são mensais e rea-lizam-se no último sábado de cada mês. Asinscrições podem ser feitas logo no início doano para qualquer das visitas programa-

Janeiro – Exposição temporária do Museu Nacional deArte Antiga, em Lisboa (inscrições abertas até dia 20);

Fevereiro – Panteão Nacional, em Lisboa;

Março – Museu da Fundação Oriente, em Lisboa;

Abril – Palácio da Ajuda, em Lisboa;

Maio – Fragata Fernando e Glória, em Cacilhas (comalmoço no Beirão);

Junho – Percurso em Alfama e Museu do Fado, comalmoço;

Julho – Quinta da Regaleira, em Sintra (com almoço);

Agosto – Palácio de Queluz;

Setembro – Casa das Histórias "A Arquitetura", emCascais;

Outubro – Roteiro "Almada Negreiros e o Modernismo";

Novembro – Museu do Azulejo, em Lisboa;

Dezembro – Museu de Arte Moderna (Chiado); e Museudas Marionetas (programa infantil), ambos em Lisboa.

das, sendo o prazo limite para cada uma os15 dias anteriores à data de realização. Aexceção é a de janeiro, cujas inscriçõesestão abertas até dia 20 deste mês.

As visitas estão abertas aos sócios doSindicato, que podem fazer-se acompa-nhar por familiares e amigos.

Cada passeio exige um mínimo de 20participantes, sendo o limite máximo as30 pessoas. O custo é de 6•€, mas sãográtis para crianças até aos dez anos. Nospasseios que incluem almoço a refeiçãonão está incluída no preço.

Um dos grupos do SBSI na sala que foi o ateliê do pintor José Malhoa

O técnico da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves mostra a reprodução parainvisuais de uma das obras da coleção

Plano anual

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Pesca de Alto Mar

Apurados finalistas do ContinenteSete concorrentes

do Continente, a quese juntarão os primeirosclassificados dos Açores

e da Madeira, vão tentarobter a maior pescariana final do Sul e Ilhas,

marcada para 14 de março

TEXTO: PEDRO GABRIEL

A28.ª edição do Campeonato In-terbancário de Pesca de Alto Marconheceu as duas últimas provas

da segunda fase da zona do Continente,a 16 e 23 de novembro de 2013, tendoem vista o apuramento para a final doSul e Ilhas.

Recorde-se que cada concorrente dis-putou duas eliminatórias e a soma des-tas determinou a classificação final.Assim sendo, no primeiro lugar finali-zou Bruno Santos Ferreira (Banco Popu-lar), fruto de vitórias conseguidas nasduas provas.

Na segunda posição ficou Luís FernandoPatas (Santander Totta), na terceira CamiloLopes Santos (Montepio Geral) e AntónioReis Valério (Millennium bcp) foi quarto.

Os três últimos lugares de apura-mento foram ocupados por pescadoresdo Santander Totta: Luís Manuel Fer-reira, João Nogueira Nunes e Camilo

Augusto Baía, que conseguiu o últimobilhete para a final.

Na classificação por equipas, o SSRSterminou com 12 pontos, seguido doGDST, com 18. A completar o pódio ficoua Unicre, com 42 pontos.

A final do Sul e Ilhas está agendadapara 14 de março, em Setúbal.

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Os quartos e meias-finais do 14.ºTorneio Interbancário de Futsaltiveram lugar nos dias 7 e 14 de

dezembro, respetivamente. Algumassurpresas e muita emoção marcaramas várias partidas.

O primeiro jogo dos quartos de finalopôs a Portugais (BdP) à Fapoc Vet (Mil-lennium bcp) e terminou com a vitóriados segundos por 4-2. Paulo Lima foi ogoleador de serviço, ao apontar 3 golos.

Futsal

Final-four definida

Uniteam, Fapoc Vet,Agriteam e CGD Funchal:

uma destas quatro equipasirá levantar o troféu

de campeão do Sul e Ilhasde futsal para veteranos

A Uniteam, de Setúbal, enfrentou oClube GBES (BES) e não teve dificulda-des em triunfar por 8-2. Com quatrogolos em cada parte, a campeã emtítulo começava a mostrar ser uma dasfavoritas à vitória. Grande exibição deJorge Santos, que apontou um hat-trick.Nuno Ferreira e Fernando Filipe fizeramos tentos de honra para o Clube GBES.

Num dos jogos mais empolgantesdesta fase, os Leopardos caíram aospés do BCP Foot Vet (Millennium bcp),por 3-2. Os dois golos que os Leopardosmarcaram na primeira parte adivinha-vam mais um triunfo para esta equipa,mas na etapa complementar tudo mu-dou. O BCP Foot Vet não desistiu eigualou a contenda, forçando o prolon-gamento. E foi precisamente nesta fasedo encontro que Armando Lima se tor-nou herói ao apontar o golo da vitória,estavam decorridos 4 minutos. Comona competição vigora a regra do golo deprata, o jogo terminou automaticamen-te ao intervalo. Os Leopardos, até aquiinvictos e apontados como um dos fa-voritos, ficavam pelo caminho.

Krakes do Kintal (Millennium bcp) eDOC, de Évora, também precisaram doprolongamento para resolverem o seujogo. Começou melhor a equipa ebo-rense, com António Baltazar a inaugu-rar o marcador, aos 6 minutos. Já naetapa complementar, Paulo Gomesempatou para os Krakes do Kintal, aos13. E quando já se aguardava a decisão

por grandes penalidades, António Bal-tazar bisou e colocou a equipa DOC nasmeias-finais da prova.

Uniteam demolidora

No entanto, a equipa DOC foi da eufo-ria à desilusão em apenas uma semana.Depois da vitória arrancada a ferros nosquartos, a equipa de Évora defrontou aUniteam e saiu vergada por uma copiosaderrota, por 18-0. Um jogo que JorgeSantos dificilmente irá esquecer, umavez que terminou com 8 golos aponta-dos. Os setubalenses deram nova de-monstração de força e disseram presen-te na intenção de revalidarem o títuloalcançado na temporada passada.

Na outra semi-final, um derby entreequipas do Millennium bcp. Graças àvitória sobre os Leopardos, o BCP FootVet partia moralizado para este jogo,mas a Fapoc Vet não se deixou impres-sionar e venceu por 2-0. Paulo Lima eAmadeu Correia marcaram os golos ecarimbaram o passaporte para a final--four da competição.

O campeão do Sul e Ilhas será encon-trado nos próximos dias 18 e 19, noPavilhão do Colégio da Quinta do Mar,em Penafirme. O sorteio, a realizar naaltura, contará com a presença dasequipas Uniteam, Fapoc Vet, Agriteam(Açores) e CGD Funchal (Madeira). Da-remos conta dos resultados em futuraspublicações.

A Fapoc Vet em ação, no jogocontra a GBES

Fapoc Vet é uma das equipas a disputara final

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Conselho Geral aprovaPrograma de Ação e Orçamento

Reestruturações nos bancose processo de revisão global

do ACT do setor bancáriomarcarão 2014

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

OConselho Geral do SBN aprovou,no passado dia 27 de dezembro,o Programa de Ação e o Orça-

mento para 2014, apenas com dozevotos contra e quatro abstenções.

Aquele órgão aprovou também, porunanimidade e aclamação, um voto dereconhecimento a Nelson Mandela"pelo rico e vasto legado na defesa dosdireitos humanos, que servirá de inspi-ração para um mundo onde imperem aigualdade, a justiça e a liberdade doshomens". O documento será enviado àembaixada da África do Sul.

O Programa de Ação sublinha que, anível da negociação coletiva, continua-rá a decorrer o processo com as institui-ções de crédito, que em meados de2012 procederam à denúncia do acordode trabalho do setor bancário: "As ne-gociações que têm vindo a decorrerencontram-se numa fase crucial, com adiscussão das cláusulas referentes às

promoções por antiguidade e mérito,diuturnidades e prémio de antiguidade,categorias e carreiras profissionais,mobilidade geográfica e exercício daatividade sindical, bem como a própriacláusula do SAMS".

O documento acentua a urgência dedar prosseguimento ao processo, impe-dindo desta forma a caducidade da an-terior convenção coletiva, com as res-petivas consequências: "Continuaremosas negociações, certos de que teremosde encontrar caminhos que nos permi-tam alcançar, rapidamente, um acordoque satisfaça os bancários, tendo igual-mente presente as consequências queum não acordo acarreta, nomeadamen-te quanto ao perigo inerente à caducida-de do ACT do setor bancário".

Acompanhar trabalhadores

Por outro lado, continuarão também aser acompanhadas, com todo o cuidadoe atenção, as reestruturações que al-guns bancos pretendem realizar ou queforam obrigados a fazer, dado o recursoà linha de crédito estatal para reforço decapitais próprios.

Entretanto, encontra-se neste mo-mento a desenrolar-se o processo doMillennium bcp, que decorrerá até 2017:"Sabemos já as consequências, para o

banco, do acordo a que chegou com asautoridades europeias, bem como doque assinou com a DGComp, que obrigaesta instituição a proceder a um cortesignificativo nos gastos com o pessoal,número de trabalhadores e agências".

A posição que a Febase tem assumi-do, em representação dos seus Sindi-catos, é de disponibilidade para nego-ciar um eventual acordo que permita

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Bancários Norte

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salvaguardar o maior número possívelde postos de trabalho, não havendopossibilidade de qualquer entendimen-to antes que esteja devidamente esta-belecido que, após a assinatura, o ban-co não recorrerá ao mecanismo do des-pedimento coletivo.

No que se refere à Parvalorem, insti-tuição igualmente em processo de re-estruturação, continuam as negocia-ções para ser obtido um Acordo deEmpresa (AE), dada a especificidade dotrabalho que desenvolve: "O processoencontra-se em fase final de negocia-ção e será, logo após a conclusão, sufra-gado pelos órgãos próprios da Febase.Nesta empresa foi recentemente abertoum processo de rescisões voluntárias decontrato, o que originou um acompa-nhamento muito próximo por parte daFederação".

Ao mesmo tempo e dado que ostrabalhadores bancários têm vindo aperder poder de compra, quer por viada inflação existente, quer pelo factode desde há alguns anos a esta partenão terem tido qualquer alteração sa-larial, a Febase continuará nas dife-rentes mesas negociais a defender anecessidade de as tabelas serem devi-damente atualizadas.

Saúde: novas realidades

O SAMS, em matéria de financiamento,tornou-se, pelas suas caraterísticas pró-prias, vítima indefesa das regras impos-tas pelo mercado, impossibilitado deacompanhar os preços dos serviços e dosprodutos adquiridos, pela dificuldade emajustar posteriormente os valores a co-

recida melhoria nas condições de acessoà saúde: "De realçar a grande e genera-lizada compreensão dos beneficiários e oenorme sentido de responsabilidade de-monstrado pelos colegas coordenadoresdo SAMS nesses postos, que souberamobservar e encontrar sempre a bissetrizque refletisse o interesse institucional eo dos beneficiários".

Situação financeira

Foram prosseguidos os esforços de serregularizada a dívida pendente, já comgrande maturidade, do Ministério da Saú-de/ACSS ao SAMS, de 46 milhões de eu-ros, sem qualquer sucesso, tendo sidoentregue à entidade devedora uma noti-ficação judicial avulsa, sem nenhum re-sultado prático.

Em janeiro, não existindo entretantoqualquer desenvolvimento, entrará emdefinitivo o processo na via judicial.

Contudo, e pese embora a magnitudedesta dívida, o SAMS vem honrando todosos compromissos para com os mais varia-dos parceiros, constituindo, sem qualquerdúvida, uma instituição apetecível paracolaboração por parte de todas as entida-des a operar no mercado da saúde.

brar aos beneficiários, correspondentesaos serviços prestados.

O aparecimento de novas doenças,aliado ao evidente envelhecimento dapopulação, tratando-se embora de situa-ções muito diferentes, têm em comum oaumento de despesa efetuado: "De facto,o grande aumento da esperança de vidaverificado na sociedade portuguesa, sebem que constituindo um fator muitopositivo que a todos satisfaz, tem umaexpressão muito significativa nos custosglobais, sabendo-se que existe uma rela-ção direta entre a elevação do nível etá-rio e os custos despendidos na saúde".

O SAMS tudo fará para atrair os benefi-ciários aos postos clínicos cuja dimensãovenha a justificar a sua manutenção:"Algumas medidas interessantes serãotomadas já no início do ano de 2014 eoutras se seguirão num futuro mais oumenos próximo".

Entretanto, foi concluída a primeirafase da reestruturação dos postos clíni-cos.

Foram garantidas e reforçadas todasas valências que se encontravam dispo-níveis nos postos intervencionados, demodo a que a alteração havida represen-te, inequivocamente, uma efetiva e me-

O SAMS propõe-se:• Reforçar as ações na medicina preventiva, com prevalência em áreas como a

diabetes e o foro oncológico;• Renovar o quadro clínico interno e promover o reforço em algumas especialidades

que evidenciem maior desequilíbrio entre a oferta e a procura;• Prosseguir, com rigor e critério seletivo, a política de convenções, continuando

a efetuar alguns ajustamentos pontuais, em complemento da vasta rede de entida-des convencionadas;

• Continuar o processo de renovação de equipamento de apoio à consulta deoftalmologia, que está hoje já ao nível das mais conceituadas clínicas da especia-lidade;

• Prosseguir a política de integração, nas tabelas do SAMS, dos meios auxiliares dediagnóstico que se revelem, inequivocamente, inovadores e com comprovadointeresse clínico;

• Promover a atualização da tabela de comparticipações, com critério e rigor, semcomprometer a necessária e desejável estabilidade financeira da instituição;

• Continuar a adoção de medidas de controlo sobre diversos consumos, com especialincidência da faturação hospitalar, para cujo sucesso é fundamental a colaboração dosbeneficiários, não se coibindo o Conselho de Gerência de proceder às rescisões comentidades cujo comportamento se revele eticamente reprovável.

Algumas destas medidas visavam e conseguiram racionalizar os custos defuncionamento, na perspetiva de manter e, em alguns casos, de elevar os níveis dosserviços prestados, a caminho de um serviço competente e de excelência, com asegurança que permite encarar o futuro com tranquilidade, com a consciência de umtrabalho para a consolidação e para a garantia da sustentabilidade do SAMS.

SAMS: o futuro

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Comportamentos aditivosagravam-se em contexto laboral

A incapacidadede encarar a deterioraçãodas condições financeirasdos agregados familiarese o sobreendividamento

estão na origem do aumentode comportamentos aditivos

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Os comportamentos aditivos emcontexto laboral estão a agravar--se, concluíram os participantes

num seminário organizado pela UGT-Por-to a 7 de dezembro.

Na sessão de abertura, Pereira Go-mes, presidente daquela estrutura, su-blinhou a relevância da iniciativa, umavez que as dificuldades sociais e econó-micas são suscetíveis de induzir tal agra-vamento, a cujo combate os sindicatosestão particularmente sensíveis, desig-nadamente no que se refere ao apoioque concedem aos trabalhadores.

A seguir, Adelino Vale Ferreira, da ARSNorte e coordenador da Divisão para aIntervenção nos Comportamentos Aditi-vos e nas Dependências, apresentou umaimportante conferência, fornecendo teo-rias científicas explicativas sobre o con-sumo de drogas, ao mesmo tempo quetraçou as caraterísticas de funcionamen-to dos toxicodependentes.

Coube a Firmino Marques, presidenteda Mesa do Conselho Geral da UGT-Porto,na sessão de encerramento e em jeito desíntese, sublinhar que, conste ou não dasestatísticas oficiais, a verdade é que temvindo a aumentar o número de compor-tamentos aditivos em contexto laboral,quantas e quantas vezes de forma incon-

fessada, sub-reptícia, à revelia do conhe-cimento dos membros dos respetivosagregados familiares.

Acrescentou que, quando abordadospor camaradas amigos em quem deposi-tam confiança extrema e após muitoinstados, acabam por desabafar que taiscomportamentos foram adotados recen-temente, como forma de refúgio pelaincapacidade de encarar de frente a de-terioração das condições financeiras quevivem os seus agregados, alguns deles jáem situação – ou para lá a caminharemrapidamente – de sobreendividamento,de incapacidade para solver os seus com-promissos, de quebra de laços familiarese de perigosa aproximação para a ténuefronteira que os separa da exclusão.

Inversão da austeridade

Assim, no entendimento de FirminoMarques, esta problemática do insofis-mável aumento dos comportamentosaditivos em contexto laboral, muitomais do que uma questão de saúdepública, tem de ser entendida e resol-

vida – ou, quando menos, minimizada -no contexto do dossiê social.

Por outras palavras: "Enquanto semantiverem as políticas que atiram ostrabalhadores e as famílias para umacrescente e imparável austeridade,retirando-lhes recursos para fazeremface a uma vida condigna, como recla-ma o conjunto do movimento sindicalinternacional de todos os quadrantespolítico-sindicais, vai agravar-se, ine-xoravelmente, o número de comporta-mentos aditivos, também em contextolaboral".

Aquele sindicalista terminou, acen-tuando: "A realidade não se compade-ce com palavras, com recomendações,com estudos. A solução começa preci-samente – e volto a citar o movimentosindical internacional – com a inversãodas políticas de austeridade e com aadoção de políticas que suscetibilizemo desenvolvimento da economia e osníveis da empregabilidade. Caso con-trário, terá mais uma vez razão o sábioaforismo popular português, segundoo qual 'palavras leva-as o vento'."

"Água" é tema de exposição fotográfica

ONúcleo de Fotografia do SBN continua a realizar o ciclo de exposições subordinado aotema genérico "Treze Meses - Treze Temas".

Enquadrada nesse ciclo de mostras mensais sob matérias previamente definidas, foi inaugu-rada, no dia 8, a exposição "Água", da autoria de José Godinho.

A mostra permanece aberta ao público até 5 de fevereiro na galeria do SBN, na Rua Condede Vizela,145, e pode ser visitada às quartas e quintas-feiras, das 15h00 às 17h30.

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Ação Sindical e SAMS

Conselheiros unânimes no apoio à DireçãoOrçamentos para esteano e um retificativo

relativo a 2013foram aprovadospor unanimidade

pelo Conselho Geral

TEXTO: SEQUEIRA MENDES

Foi no passado dia 12 de dezembroque o Conselho Geral do SBC sereuniu para apreciar, discutir e votar

a proposta da Direção que contempla-va um Orçamento Retificativo de AçãoSindical de 2013, bem como os Orça-mentos Ordinários para 2014, a saber,Orçamento da Ação Sindical e Orça-mento do SAMS, nas vertentes do Re-gime Geral e do Regime Especial.

A tesoureira Helena Carvalheiroapresentou as justificações que leva-

pareceres favoráveis aos documentosvotados.

Boa saúde financeira

A gestão financeira do SBC, nas suascomponentes SAMS e setor sindical,consubstancia uma boa saúde financei-ra e prenuncia uma boa sustentabilida-de para os próximos anos – muito em-bora a crise económica e financeira queassolou Portugal nos últimos anos eque nos sindicatos se tem refletido naredução dos seus associados e conse-quentemente menor cotização, tenhatido efeitos negativos, principalmenteno ano de 2012.

Apesar disso, é patente – e as contasassim o demonstram –, que existemcondições financeiras para prosseguiros desafios que estão lançados aos sin-dicatos e que se adivinham sejam maisduros nos próximos anos.

Apesar de este evento já ter sidoorganizado por quatro vezes des-de outubro, o Sindicato continuou

a receber solicitações para repeti-lo.Assim, logo no início da atual sessãolegislativa foram agendadas mais duasdatas para o início de dezembro, cor-respondendo os associados com umaadesão plena.

Mais de uma centena de reformadospôde participar durante uma manhãnuma visita guiada ao antigo conventode São Bento da Saúde (ou dos Negros),

Sócios visitam Assembleia da Repúblicamonitorizada por técnico das relaçõespúblicas da Assembleia da República.

Depois de um almoço ligeiro numdos muitos restaurantes típicos dazona, os sócios reformados do SBCpuderam assistir, calma e comoda-mente instalados nas respetivas gale-rias, a uma sessão plenária do Parla-mento português.

Depois foi o regresso, com passa-gem obrigatória pelas Caldas da Rai-nha para retemperar forças do longodia passado nestas lides.

TEXTO: SILVINO MADALENO

ram a Direção a propor para o ano de2013 um Orçamento Retificativo. Apósalgumas dúvidas e muitas questõesapresentadas pelos conselheiros, esteOrçamento foi aprovado por unanimi-dade.

A tesoureira apresentou por fim osOrçamentos da Ação Sindical e do SAMS,que depois de algumas questões apre-sentadas foram também aprovadospor unanimidade. Registe-se que oConselho Fiscalizador de Contas deu

Direção apresentou a sua proposta ao Conselho Geral

Carlos Silva intervém na sua qualidadede presidente da Direção do SBC

Conselheiros votaram favoravelmenteos documentos

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A festa de Natal ainda é o que era!

A Direção juntou-seaos trabalhadores do SBC

nas celebrações da quadranatalícia

TEXTO: SEQUEIRA MENDES

Muito embora o Natal seja umafesta que os cristãos celebrampor tradição, ele é amplamen-

te comemorado por toda a gente, mes-mo pelos não cristãos, podendo mesmoafirmar-se que o seu espírito envolve agrande generalidade das pessoas.

Em pleno mês de dezembro por toda aparte cheira a Natal. É tempo de celebrar

a união e a solidariedade de todos, tãonecessária quanto desejável no momen-to conturbado por que os portuguesesestão a passar. Foi neste contexto que,mais uma vez, a festa de Natal do SBC seconcretizou, no dia 15 de dezembro.

Manda pois a tradição que os traba-lhadores do Sindicato dos Bancários do

Convívio animado na GuardaASecção Regional da Guarda do

SBC levou a efeito mais uma vez,no dia 13 de dezembro, o seu

tradicional jantar convívio da popula-ção bancária do distrito. O evento tevelugar no hotel Vanguarda desta cidadee nele participaram muitos colegas eseus familiares.

Durante e depois de um deliciosojantar, o convívio foi abrilhantado porum duo musical, com muita músicapara ouvir, dançar e cantar, pois o duointeragiu muito bem com todos os pre-sentes e houve mesmo quem pusesseà prova os seus dotes musicais.

O secretário-coordenador GabrielRodrigues agradeceu a presença de

Centro promovam a sua tradicional fes-ta de Natal. Mais uma vez assim aconte-ceu. Porém, este ano, com a particulari-dade de a Direção se juntar às festivida-des e realizar, também, o seu almoçonatalício.

Novamente Montemor-o-Velho foi olocal escolhido para o evento, bem comoa Quinta dos Patinhos, outra vez anfitriã,que com o seu espaço agradável, comamplos salões e jardins, muita simpatiae profissionalismo a todos acolheu.

Já a manhã ia alta quando os traba-lhadores e camaradas da Direção e seusfamiliares começaram a chegar. Logoali foram recebidos por palhaços, queconstituíram a alegria dos pimpolhos efizeram rir os mais velhos, encontran-do-se ao dispor uma mesa posta – e quemesa senhores! – com acepipes vários,que constituíram mesmo o prenúncio deum dia que viria a ser muito bem passa-do e jamais esquecido pelas crianças eadultos.

Já a tarde ia longa quando os maispequeninos se começaram a agitar pois,mal enxergaram o pai Natal, nunca maispararam de alegria e excitação até que,já com as prendas na mão, abrandaramo frenesim.

Foi então tempo de preparar a despe-dida, não sem que um lanche ajantaradoproporcionasse a todos os presentes umbom regalo para o regresso a casa, poisaté o velho conhecido Tavares, anima-dor musical, não dava mostras de can-saço e a todos animava com as suasmelodias.

todos, tendo-lhes desejado um Natalfeliz e um bom Ano Novo. Aníbal Ribei-ro, Vice-Presidente da Direção, na suaintervenção fez o ponto da situação do

momento sindical e político, ao mesmotempo que endereçou a todos votos deboas festas, quer natalícias, quer donovo ano.

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Ligação a universidade e politécnicos

UGT-Coimbra vai criar centro de estudosO Plano de Atividades

aprovado pelosconselheiros prevê

uma relação primordialao mundo académico.A abertura de um polo

de formação do CEFOSAPé outra aposta

TEXTO: RICARDO POCINHO

OConselho Geral da UGT-Coimbraaprovou por unanimidade e acla-mação o Orçamento e o Plano de

Atividades para 2014. Na mesma ses-são tomaram posse os 50 novos conse-lheiros para o mandato 2013/2017.

O documento de política sindical con-tem, na sua orientação, um conjunto depressupostos que preveem a atuação daUGT-Coimbra a vários níveis, designada-mente na sua relação com o mundoacadémico, que se pretende primordial.

O objetivo desta desejada parceria éenriquecer os conhecimentos dos diri-gentes e filiados e dar mais visibilidadepública e notória à Central Sindical,designadamente com quem já se esta-beleceram protocolos, como sejam oInstituto de Psicologia Cognitiva, De-senvolvimento Vocacional e Social da

Universidade de Coimbra, a Faculdadede Psicologia e Ciências da Educação daUniversidade de Coimbra, o Instituto deContabilidade e Administração do Poli-técnico de Coimbra e, no domínio daeconomia social, a Fundação ADFP e oContrato Local de Desenvolvimento

Social (através do Projeto Trilhos deFuturo) de Miranda do Corvo e a IPSSFigueira Viva, da Figueira da Foz.

Publicação de estudos

No Conselho Geral, realizado dia 20 dedezembro, foi ainda anunciada a criaçãode um Centro de Estudos, em articulaçãocom várias instituições já protocoladasou a protocolar, aprovada pelo Secreta-riado na reunião do mesmo dia e queantecedeu a do Conselho Geral.

Os resultados dos estudos desenvol-vidos pelo novo Centro serão publica-dos em revista.

Oferta formativa

Em articulação com o CEFOSAP, a UGT--Coimbra disporá em 2014 de um Polode Formação deste centro protocolar, oque lhe confere capacidade para umaoferta formativa mais vasta e em maiornúmero de horas. A par deste novofacto, a União continuará a desenvolvero Projeto Operação Desempregados.

Além das novidades introduzidas, otrabalho será continuado com a partici-pação em todos os órgãos onde a Uniãoestá representada, nos eventos para osquais for convidada e se enquadrem nasua ampla missão.

Exercerá ainda com o mesmo zeloas atividades que são do domínio doPolo de Atendimento, fomentando afiliação sindical, quer nos sindicatos,quer diretamente na UGT-Coimbra,mediante as regras aprovadas no Con-gresso e que abre agora portas à filia-ção individual.

Mesa do Conselho Geral

O Secretariado aprovou a criação de um centro de estudos

Alguns dos conselheiros empossados

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STAS – Açores comemora 35 anos

Encontro histórico com homenagemaos sócios há 50 e 25 anos no STAS

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

ADireção Regional do STAS - Aço-res comemorou 35 anos a 14 dedezembro, através de um mo-

mento histórico simbolizado na pre-sença de uma parte significativa dosdirigentes que ao longo dos anos assu-miram a defesa dos trabalhadores deseguros açorianos.

Na sessão solene estiveram presen-tes representantes da UGT Açores, daCâmara Municipal de Ponta Delgada e,em representação da Direção Nacionaldo STAS, o Presidente Carlos Marques.

A cerimónia decorreu num ambienteverdadeiramente agradável, com mui-to boa disposição à mistura, sem es-quecer o cunho sindical de que a mesmase revestia.

Em nome dos trabalhadores de segu-ros açorianos, o coordenador da Dire-ção do STAS - Açores, José Maria BotelhoBarbosa, pronunciou um discurso que,pela sua importância, transcrevemosna íntegra.

Unidos pela mesma causa*

"Alguém disse que, em momentos deprosperidade, todos os nossos amigosnos conhecem, mas, na adversidade,nós é que conhecemos os nossos ami-gos. Por isso mesmo, o momento que

vivemos a comemoração dos 35 anos deatividade sindical do STAS - Açores, as-sociada às festividades natalícias 2013,significa para todos nós um momentohistórico singular, sobretudo porque nossentimos unidos pela mesma causa,embora afrontados pelas profundas

José Maria Botelho Barbosa, ladeadopelos restantes membros efetivosda atual Direção do STAS – Açores

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transformações políticas, económicas,culturais e sociais, resultantes da gra-víssima crise mundial que afeta o mun-do do trabalho, que acarreta para todosuma enorme instabilidade emocional,traduzida na angústia e incerteza dofuturo que nos espera, pelo aumento daprecariedade laboral e o claro retroces-so das conquistas alcançadas pela lutasindical dos últimos anos, pondo emcausa a defesa dos direitos das classestrabalhadoras e a essência da luta sin-dical.

Sentimo-nos pois muito honradoscom a vossa presença, cientes comoestamos de que ela marcará um marcosignificativo na vida da Direção Regio-nal do Sindicato dos Trabalhadores daAtividade Seguradora, já com 35 anos euma existência tão repleta de aconte-cimentos marcantes.

É justo manifestar a nossa sentidagratidão aos associados do STAS queconstituíram a Direção Regional, e tam-bém àqueles que a mantiveram, commuito esforço e dedicação.

Com certeza que todos eles foraminvadidos por tamanha alegria e poruma tranquilidade de consciência porterem dado tudo por tudo, sem nadaesperarem em troca.

Foram eles que permitiram que che-gássemos até aqui e por isso podemos, edevemos, estar orgulhosos, pela existên-cia da Direção Regional do STAS - Açores.

Recordar todos

Nomes há, que para sempre serãolembrados, porque sobressaíram emdeterminados momentos e épocas,contribuindo de forma decisiva paravencer dificuldades, ultrapassar obstá-culos e dinamizar a ação sindical deacordo com as exigências dos temposque viveram. Não podemos deixar derecordar todos quantos, com a sua en-trega humilde, contribuíram de formaigualmente decisiva para a consolida-ção do nosso Sindicato nesta região.

Carlos Marques, Presidente da Direção Nacional do STAS

Uns já partiram, outros felizmenteestão entre nós.

Senhoras e Senhores, é também his-tórico no movimento sindical, o ano de1978, quando foi criada uma ComissãoInstaladora em Ponta Delgada do Sindi-cato dos Trabalhadores do Sul e Ilhas,hoje designada por Sindicato dos Traba-lhadores da Atividade Seguradora, e foicomposta por José Manuel Torres Cou-to, o grande impulsionador desta cau-sa, que na altura coordenava a Comis-são Administrativa do Sindicato, e quehoje por motivos pessoais não pode

Carlos Marques, atual Presidenteda Direção Nacional do STAS, e ManuelJoaquim de Medeiros, primeiro Presidenteda estrutura regional do Sindicato deSeguros nos Açores, em 1978

Comissão Instaladora e primeira Comissão Regional, em 1978

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me acompanham na missão de coorde-nar a Direção dos Açores.

Apelo à juventude

Senhoras e Senhores convidados, ca-ros colegas,

Queremos continuar, sem rodeiosnem desfalecimentos, na dignificaçãode quem trabalha, o que deverá sercada vez mais uma realidade.

Um apelo, agora à juventude, para quecontribua ativamente para a renovação doSindicato e aos menos jovens para que nãodesistam nem vacilem, pois a sua contri-buição continua a ser imprescindível.

A hora é de crise, de sobressaltos, deangústias. Este Sindicato sente e temconsciência dos graves problemas comque todos nos debatemos atualmente.Se todos quisermos, e temos de querer,a nossa força e a nossa solidariedadeserão suficientes para que o amanhãseja mais risonho.

Dignidade dos trabalhadores

Não tenhamos dúvidas: a hora é,apesar da crise, e para além da crise,hora de esperança! A hora é de conse-guir mais e melhor! Assim todos saiba-mos ser dignos da época em que vive-mos. É nesta época que o Sindicato temque se inserir, ao serviço da sociedade,e dos homens e mulheres trabalhado-res, assumindo o risco, única forma de

transformar os potenciais perigos e osinevitáveis temores e pesadelos, emfatores de progresso, de bem-estar.

Assim havemos de ser fiéis ao Sindi-cato que fomos, merecer o Sindicatoque somos, e construir o Sindicato quequeremos ser.

Tarefa sem dúvida difícil, mas possí-vel. Tarefa enorme mas à dimensão danossa capacidade e dignidade de tra-balhadores.

A Direção Regional do STAS - Açores vaihomenagear duma forma singela, masrepleta de significado, os sócios que com-pletaram 50 e 25 anos de sindicalização,para o efeito iremos entregar os respeti-vos emblemas de ouro e prata.

Senhoras e Senhores, aproveitamospara lhes testemunhar, mais uma vez,o nosso agradecimento em terem acei-tado o nosso convite e apresentamosas nossas cordiais saudações.

A quadra Natalícia que festejamostambém não poderia deixar de ter umsignificado particular para todos nós,pelo que, em nome da Direção Regionaldo STAS - Açores, desejamos a todos osassociados e familiares, assim comopara todos os nossos convidados, umSanto Natal e um Ano Novo cheio deesperança num futuro melhor".

*Subtítulos da responsabilidadeda Redação

estar aqui connosco. Com ele estive-ram os nossos colegas: Carlos HomemFigueiredo Cardoso e José Manuel VelhoArruda Medeiros.

Tempos depois foi empossada a pri-meira Direção Regional, que ficou cons-tituída pelos seguintes elementos: Ma-nuel Joaquim de Medeiros, João ManuelMedeiros Lalanda Gonçalves, Luís FilipeBorges Miranda e Armando DomingosSampaio Freitas, que infelizmente já nãose encontra entre nós, e que em suarepresentação está a sua esposa D. Eu-lália Maria Âmbar Freitas, que muitoagradecemos a sua presença. Tambémmuito justamente não queria deixar demencionar todos os outros que já parti-ram, que muito trabalharam para esteSindicato, em especial o nosso amigoCarlos Eugénio Martins da Silva.

Com este grupo de homens e de mui-tos outros mais, onde se incluem tam-bém mulheres, que integraram as diver-sas Direções, conseguiu-se, ao longo de35 anos, passo a passo, desenvolveruma atividade sindical que melhor ser-visse os trabalhadores de seguros destaregião. E forçoso é reconhecer que asdireções mais recentes foram semprelucrando com o trabalho das anteriores.

Também sempre a Direção Nacionaldo nosso Sindicato disse presente nosmomentos mais complicados. Essa pre-sença tem sido notada, quer por mim,quer pelos colegas que me acompanha-ram anteriormente e pelos que agora

O coordenador do STAS – Açores durante a sua intervenção

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