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Apesar de já não ser a primeira vez que escrevo no Boletim já passaram alguns anos e algumas mudanças também. É uma época de recomeço e de mudança, mas com a mesma dedicação, carinho e respeito pelo Lar e por todos os que cá residem, e por quem deles cuida todos os dias. Sinto-me em casa e desejo que seja este o sentimento de todos nós. Obrigada a todos, mesmo, por tudo o que me têm proporcionado ao longo destes anos e que espero que continue por muitos mais. O calendário é implacável e não se compadece com as vicissitudes da vida humana. Todos os anos o dia vinte e sete de Maio nos relembra a INAUGURAÇÃO do Lar com a presença do então Presidente da República, Dr. Mário Soares em 1993. A Efeméride foi comemorada com uma Eucaristia celebrada na capela pelo reverendo Padre Luís Ferreira que na homilia se referiu ao evento, tecendo elogios à instituição que nos tutela, aos seus dirigentes, ao Lar e residentes a quem deixou palavras de regozijo pela data, de fé e de esperança num futuro bom para todos, dentro das limitações de cada um. Ao lanche cantaram-se os “parabéns”, apagaram-se as velinhas e Patrícia Santos pediu silêncio na sala e participou a todos os residentes a aceitação do cargo de coordenadora do lar, na sequência da comunicação da Dra. Palmira de 19 de Maio, que confirmava a decisão de Rui Fontes deixar as funções de coordenador. …”quero que me considerem sempre como até aqui me consideraram ...deixo à escolha de qualquer um, de me tratar como sempre me trataram... continuarei a ser a Patrícia, a Enfermeira, embora com outras funções dentro do lar…” Recebeu muitas palmas e era visível nos rostos presentes o alívio das incertezas que antes pairavam na comunidade de funcionários e residentes. Os “boatos” caíram por terra. A Verdadeira Festa de Aniversário será mais tarde e dia a designar. O primeiro de Maio, além de ser o dia do trabalhador, também foi o dia da mãe. Muitas mães receberam a visita de seus filhos, mas o insólito aconteceu com um filho que tendo esquecido a mãe há vários anos atrás, se dirigiu ao lar para a visitar e com ela se reconciliar... já a não viu pois entretanto falecera em 2014...e como havia mudado de casa, de esposa e de telefone, não pode ser notificado. Foram cumpridas as atividades já pro- gramadas: Gastronomia, Caminhada “Pé a Pé”, Sessões de Cinema e projeções várias na Sala Polivalente que serão tratadas nas páginas seguintes. José Mota (residente) Ano XIV ¢ N.º 160 ¢ MAIO 2016 http://olar160.blogspot.com Ficha técnica: Coordenadora: Patrícia Santos Editor: José Mota Redatores: José Mota José Romeiras Mª. Conceição Taurino Helena Pina Manique Fernando Gaspar Ricardo Feiteira Manuel Nunes Imagens de: Paula Gomes Editorial Patrícia Santos - coordenadora Maio de 2016 23º ANIVERSÁRIO EM 27 DE MAIO

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Page 1: N.º 160 MAIO 2016 Ficha técnica: Editorial - sbsi.pt _Lar... · A Efeméride foi comemorada com uma Eucaristia celebrada na capela pelo reverendo Padre Luís Ferreira que na homilia

Apesar de já nãoser a primeira vezque escrevo noBoletim já passaramalguns anos ealgumas mudançastambém.É uma época de

recomeço e demudança, mas coma mesma dedicação,carinho e respeitopelo Lar e por todosos que cá residem, e por quem deles cuida todos os dias.Sinto-me em casa e desejo que seja este o sentimento de todos nós.Obrigada a todos, mesmo, por tudo o que me têm proporcionado ao longo

destes anos e que espero que continue por muitos mais.

O calendário é implacável e não secompadece com as vicissitudes da vidahumana. Todos os anos o dia vinte e setede Maio nos relembra a INAUGURAÇÃOdo Lar com a presença do então Presidenteda República, Dr. Mário Soares em 1993.

A Efeméride foi comemorada com umaEucaristia celebrada na capela peloreverendo Padre Luís Ferreira que nahomilia se referiu ao evento, tecendoelogios à instituição que nos tutela, aosseus dirigentes, ao Lar e residentes a quemdeixou palavras de regozijo pela data, defé e de esperança num futuro bom paratodos, dentro das limitações de cada um.

Ao lanche cantaram-se os “parabéns”,apagaram-se as velinhas e Patrícia Santospediu silêncio na sala e participou a todosos residentes a aceitação do cargo decoordenadora do lar, na sequência dacomunicação da Dra. Palmira de 19 de

Maio, que confirmava a decisão de RuiFontes deixar as funções de coordenador.

…”quero que me considerem semprecomo até aqui me consideraram ...deixo àescolha de qualquer um, de me tratarcomo sempre me trataram... continuarei aser a Patrícia, a Enfermeira, embora comoutras funções dentro do lar…”

Recebeu muitas palmas e era visívelnos rostos presentes o alívio das incertezasque antes pairavam na comunidade defuncionários e residentes. Os “boatos”caíram por terra. A Verdadeira Festa deAniversário será mais tarde e dia adesignar.

O primeiro de Maio, além de ser o diado trabalhador, também foi o dia da mãe.

Muitas mães receberam a visita de seusfilhos, mas o insólito aconteceu com umfilho que tendo esquecido a mãe há váriosanos atrás, se dirigiu ao lar para a visitar e

com ela se reconciliar... já a não viu poisentretanto falecera em 2014...e comohavia mudado de casa, de esposa e detelefone, não pode ser notificado.

Foram cumpridas as atividades já pro-gramadas: Gastronomia, Caminhada “Péa Pé”, Sessões de Cinema e projeçõesvárias na Sala Polivalente que serãotratadas nas páginas seguintes.

José Mota (residente)

Ano X I V ¢ N. º 1 6 0 ¢ MA IO 2 0 1 6http://olar160.blogspot.com

Ficha técnica:Coordenadora: Patrícia SantosEditor: José MotaRedatores:José MotaJosé RomeirasMª. Conceição TaurinoHelena Pina ManiqueFernando GasparRicardo FeiteiraManuel Nunes

Imagens de:Paula Gomes

Editorial Patrícia Santos - coordenadora

Maio de 201623º ANIVERSÁRIOEM 27 DE MAIO

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Nós e os outros

Meditando

Ao percorrer determinadas ruas fuiapreciando a beleza de muitas moradias, atéque fiquei desagradavelmente surpreendidacom um montão de destroços, depreen -dendo que deveriam ter sido em tempos,pertença duma outra, às outras similar.

Então, um pouco fantasista talvez,pus-me a imaginar no que originaraaquela destruição: vi uma casa linda nasua arquitetura e cor, onde a Felicidadeera protagonista: muito amor refletido noriso de crianças, no olhar amoroso de umamãe, na feliz harmonia de um casal…

Depois caminhando sempre, nãoesquecendo o que tinha ficado impressona minha mente, quanto à fealdade do jámencionado montão de destroços, antevia sua origem:

Talvez lágrimas de desgostos desilusões,mortes, traições, crises financeiras, numapalavra, no desabar do que então foralindo, sonhador, feliz.

Era o resultado de uma amálgamade tantos sofrimentos acumulados!

Esta minha meditação, talvezfantasiosa, levou-me a pensar maisainda nos que sofrem, pedindo a Deusque continue a sentir-me feliz com o quevou tendo, mas que materializo no quede BOM me circunda e preenche aminha felicidade.

Pensem nisto!Maria da Conceição Taurino

(residente)

Efemérides e CinemaEm Maio registamos a

ocorrência dos seguintesaniversários: Maria da Luz, MariaAlice, Abel Antunes e o funcionárioJoão Leite que foi homenageado naSala Polivalente, numa iniciativa dosresidentes Fernando Gaspar, quelhe dedicou a projeção de um vídeode sua autoria e Margarida Santosque lhe confecionou o bolo deaniversário.

Na sala de Cinema Foram projetados os filmes:Ella EncantadaJogos de PoderQuem Tramou Ned Devine.Videoclips de nossa produção,

referentes às atividadesdesenvolvidas no lar e diversosvídeos, que anteriormente seprojetavam em “Viagens no Sofá”,passaram a ser integrados umasvezes no início, outras no fim dasessão de cinema, dependendo dassolicitações dos assistentes e do tamanhodos filmes selecionados. José Romeiras (residente)

Foi mesmo em cima da hora quetomamos conhecimento via internet darealização do Concurso de Aventais queteria lugar no decorrer da festa aqui aolado.

O prazo para entrega dos trabalhosfindava na tarde do dia seguinte.Contatada a Junta de Freguesia, foi-nosconcedido mais um dia de tolerância,mas a entrega teria que ser feita noutrolocal.

Na Sala Polivalente, ao fim de váriashoras de intenso labor e criatividade,surgiram os aventais que acimareproduzimos e que o júri não premioupor ter havido quem fizesse mais emelhor.

Quanto à festa, diz quem lá foi, queesteve linda e animada para gente maisnova. Aqui ouvimos os foguetes e os“decibéis” da aparelhagem sonora, impró-prios para o nosso sistema auditivo.

Ainda estivemos na fila das “farturas”,

mas o tempo inconstante que se fazia sentirlevou-nos a desistir da guloseima e aprocurar abrigo no sítio mais acolhedor dalocalidade, que continua a ser o Lar deIdosos SAMS-SBSI de Brejos de Azeitão.

José Mota (residente)

A Festa doMorango

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Os nossos colaboradores

Passeio a Caldas da Rainha(Terapia Ocupacional do Lar)

Acarrinha do Lar saiu na dataaprazada com a lotação completa

pelas 10,30 horas. Lá íamos a caminho daponte, mas um dos ocupantes que se viuapertado para ir à casa de banho, levantou-se do lugar e o motorista Rui Serafim saiu darota até encontrar umas bombas de gasolinapara o homem se desenrascar.

Voltamos à A 2, atravessamos a ponte25 de abril em direção a Telheiras, Camarate,Loures, Montachique e começamos logo asaborear outra paisagem: vinhas, pomares,muitos eucaliptos pinhais e campos deculturas diversas. Passamos ao lado de TorresVedras, A-da-Gorda e de Óbidos.

Por volta do meio dia chegamos àsCaldas e depois de darmos uma voltinhapelo jardim, fomos à Praça e em seguida

tivemos um almoço requintado num bomrestaurante com self-service onde cadaum escolheu o que quis comer.Cavaqueamos um pouco até cerca das 15horas e depois fomos até à Foz do Arelhoonde permanecemos cerca de uma hora.

Alguns passearam pela praia enquantooutros dormiam na carrinha Pelas 16horas iniciamos a viagem de regresso aolar (via ponte Vasco da Gama) ondechegamos à hora do Jantar satisfeitos como dia diferente que tínhamos passado.

Manuel Nunes (residente)

Antes deiniciar a

história quep r e t e n d ocontar, per-mitam-me umasíntese biográfica desse grande realizadorcinematográfico português que foiPerdigão Queiroga, ele foi o realizador dofilme paisagístico a que me irei referir. Asua vida decorreu entre os anos de 1916e 1980 e desde muito cedo despertou paratudo o que se relacionava com o cinema.Entre 1943 e 1946 estudou nos EstadosUnidos Arte cinematográfica, depoisregressou ao continente onde escreveuargumentos e realizou vários filmes, eisalgumas das suas produções.

Entre outros, realizou em 1947 o filme“Fado-História de uma Cantadeira”,protagonizado por Amália Rodrigues. Estasua primeira produção de longa

A minha casinha

Para mim um pequeno ninhoalcandorado numa bela encostaprivilegiada e bem protegida de onde se vêuma linda serra que recorta o céu azulponteado de nimbos, que mais parecemuns pequenos carneirinhos fofos e brancosque se vão desvanecendo pelo horizonte.Estou observando com mais detalhe o sítiolindo, posso dizer até idílico onde compreiesta casa rústica mas bem agradável edelineada. O telhado de telha portuguesaestá muito bem colocado e cobre doiscorpos deste ninho. Um pequeno desnívelentre eles dá-lhe graça e quebra comleveza aquele tom vermelho da cobertura.As paredes exteriores são rugosas pintadasde branco, as janelas parecem canteiros detão floridas. Esguios pés de buganvíliassobem pela parede, agarram-se e trepampor elas num tom lindo e acerejado. Ascortinas também as embelezam, são apa-nhadas de lado com pequenos laços. Aporta é baixa com um pequeno degrau, etem um telheiro para resguardo. De voltaum adro empedrado de onde estoucontemplando esta maravilhosa paisagem.Há árvores de porte majestoso de copasfrondosas e outras produtivas, mas lá maispara baixo junto ao rio que desce pelaencosta do lado oposto. Tudo tem umabeleza surreal, etérea e interpretativa.Como a Natureza nos dá tanto de bom ebelo que muitos desconhecem e jamaisverão. Campos verdes e coloridos cobertosde flores campestres alegram a vista e aalma mostrando-se como relevo de umímpar bordado. Terrenos agrícolas numagrande extensão, até onde a vista alcança.Retalhos dispostos com arte e trabalho deoutras culturas por tantas mãos calejadas,que o tempo contemplou sem compaixão.Os homens lá vão andando no seu “ama-nho” como me costumam dizer. O sol jávai desmaiando para se esconder edescansar de um dia ardoroso mas queserá mais tarde frescura, recompensadocom a enluarada amiga…Estão tocandoos sinos da igreja as Ave-marias, uma boaaltura para agradecer este bem que usu-fruo e a Graça de ter encontrado esteparaíso terrestre. O Céu será assim?....

Helena Pina Manique (residente)

1-Divertimentos da Juventude Introduçãometragem teve um impacto extraordinárionão apenas no nosso Portugal, tambémem alguns países estrangeiros onde a suatécnica muito avançada para a época foitambém muito apreciada. Em 1951realizou, também com grande êxito, osfilmes “Madragoa” e “Sonhar é Fácil”.

Dedicou-se especialmente ao filmedocumentário paisagístico, percorrendoPortugal inteiro, filmando em locais epovoações tradicionalmente históricas. Osfilmes foram dotados de textos que muitovalorizaram as suas produções. A herançaartística que nos deixou continua a tergrande impacto na época atual, agoraque o Fado é património mundial,Perdigão Queiroga adorava-o. Trata-se deuma pequena história dos tempos daminha juventude – eu gostava imenso defazer pequenas partidas aos meus colegasestudantes e Amigos, será publicada nopróximo número deste nosso Boletim mensal.

Fernando Gaspar (residente)

VI EDIÇÃO JOGOS FLORAIS LAR IDOSOS 2016

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A fechar

A v ida es tá agora a começar

A “Palcobrigatório” e a Freguesia deSanto António, em parceria com o casino

Estoril e a Freguesia deCascais/Estoril, convidam para aantestreia da peça “Juro, quemmais jura mais mente”, da autoriae encenação de Luís Lourenço…… ...

No dia 4 de maio, no SalãoPreto e Prata, no Casino Estoril, compa re -ceram alguns residentes do Lar que utilizaramas duas viaturas que o Sams disponibilizoupara assistir ao evento acima descrito.

Foi pretexto para exibir fatos e “toilettes”que poucas vezes saem do roupeiro.

Muita autoestima. Parabéns. José Mota (residente)

Teatro no Casino Estoril

Respigo do Semanário “OJE”“Hospital Central da MadeiraDireção demite-se em Bloco“

Radar Facebook 1 de Maio de 2016 Dia da MãeO amor de uma mãe pelo seu filho édiferente de outro qualquer, não há leis oupiedade ele acaba com tudo o que se meteentre este amor.Uma mãe é capaz de dar tudo sem recebernada, de amar com todo o coração semesperar nada em troca.A melhor maneira de descrever uma mãe é

através de tudo de bom que existe na vidacom o melhor que podemos oferecer.Obrigada por seres a mãe que és.Obrigada por me deixarem ser a mãe quesou. AMO-VOS.

(Textos recolhidos da página de Paula CarvalhoAuxiliar de A. Médica do Lar)

Estamos muito felizes por partilhar estemomento da tua vida felizes por te ver feliz,felizes por vermos que conseguistes aquilo

por que tanto batalhastes, felizes porvermos que não desististes de nada. És o nosso orgulho! continua sempreassim, pois os obstáculos serão muitos eacontecem para vermos como somosgrandes e o melhor de tudo, é a felicidadeque sentimos quando os ultrapassamos.Filha vive este momento e continua a bata-lhar pois na vida não podemos parar.Amamos-te muito e queremos estar semprepresentes em todos os momentos da tua vida.

Juntamente com a Direção Clínica,demitiram-se todos os diretores de serviço

Os Médicos do Hospital Central daMadeira garantem que não há condições

para garantir o normalfuncionamento da infra-estrutura, onde faltam médicos,enfermeiros, medicamentos e material”.

Fim de citação.Esta notícia vem na página 2 do semanário

“O Jornal Económico” de 3 de junho.Antecipamos a sua publicação para este

nosso boletim de Maio, que é redigido eeditado em junho, para que a atualidade senão perca.

Não gostamos de partilharacontecimentos deprimentes, apenas ofazemos desta vez porque felizmente, nanossa instituição a situação é inversa,graças à competência e dinâmica de quemestá à frente dos diversos pelouros do SBSIe SAMS. Bem Hajam!

José Mota (residente)