revista eoptimismo - 4ª edição (abril, 2013)

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Pronto para voltar a ser criança e celebrar a vida?

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Page 1: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)
Page 2: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Só é possível ensinar uma criança a amar,

amando-a. Johann Goethe

Page 3: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Johann Goethe

Page 4: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Coordenação

Vanessa Dias

Redacção

Isabel Almeida, Muriel

Mendes, Rafael Leandro,

Ricardo Fonseca, Vanessa Dias

Foto de capa

Muriel Mendes

Design

Vanessa Dias

Contacto

[email protected]

Escreva para a Revista eOPTIMISMO!

Envie-nos os seus textos,

opiniões ou comentários para

[email protected]

Faça parte da nossa

equipa e partilhe

conhecimento!

Page 5: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

MENSAGEM EDITORIAL

Há um ano que nos dedicamos a partilhar optimismo e

conhecimento, por forma a contribuirmos para um

desenvolvimento positivo, não só das pessoas,

mas também das comunidades e das organizações.

Em 2012, lançámos três edições, as quais transcenderam

todos os objectivos inicialmente pensados para a nossa

humilde publicação. Foi óptimo ver uma ideia a ganhar

vida, a transformar-se num ponto de encontro e a conquistar corações.

No fundo, tem sido um enorme prazer ver este projecto crescer!

Foram muitas as aprendizagens e trocas, muitas as noites e dias

a pensar em formas de ir mais além. Pois bem – chegou o

momento da nossa revista ganhar novos contornos e, para tal,

é com muita alegria e confiança que confio o meu lugar de

coordenação deste projecto a Ricardo Fonseca,

que agarrou desde sempre este embrião e ajudou-o a dar os

primeiros passos, e a André Vicente, cujas ideias, criatividade e

sugestões muito trarão às nossas futuras edições!

Quero aproveitar também a oportunidade para agradecer a

cada um de vós, todo o vosso apoio e entusiasmo ao longo

deste primeiro ano da Revista eOPTIMISMO – tem sido, e

continuará a ser, uma aventura fantástica! Espero continuar

a ver e a sentir a vossa presença, por muito tempo!

Quanto a nós, cá nos encontraremos, na próxima edição,

certamente com muitas novidades e com a nossa melhor

característica: OPTIMISMO! Até lá, desfrutemos de um grande

regresso à infância, pois a nossa edição de Abril é toda ela dedicada

às crianças e à nossa criança interior!

Boa leituras,

Até sempre,

Vanessa Dias

Page 6: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

A eOPTIMISMO é um magazine digital, de acesso gratuito.

A eOPTIMISMO tem na base dos seus princípios uma orientação filosófica humanista, isto

é, dá primazia à dignidade, aspirações e potencialidades do ser humano.

A eOPTIMISMO tem como objectivos (1) valorizar as experiências subjectivas dos leitores

e dos seus colaboradores; (2) promover traços de personalidade e de carácter; e (3)

fomentar virtudes que permitam mudar e tornar a nossa sociedade melhor, mais activa e

eficiente.

A eOPTIMISMO tem como máxima preocupação ajudar as pessoas a identificar e a

desenvolver as suas melhores qualidades e talentos em diversas áreas, bem como divulgar

iniciativas e promover ambientes onde estas qualidades e talentos possam prosperar.

A eOPTIMISMO aposta sobretudo nas áreas de desenvolvimento humano, ao nível

pessoal, social, relacional e organizacional.

A eOPTIMISMO conta com publicações e informações assentes no rigor, isenção e

honestidade, e reserva-se no direito de não publicar qualquer tipo de informação que não

respeite os princípios e objectivos da mesma.

princípios

Page 7: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Criança Interior

A Vida na Menor Probabilidade

Crianças: pequenos heróis!

Regressar à Infância

RUBRICA OS

LIVROS NOSSOS

Pág. 22

CAIXINHA DE

SUGESTÕES

Pág. 26

10

14

18

24

Page 8: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Quero tornar-me aquilo que sou: uma

criança cheia de LUZ. Katherine Mansfield

Page 9: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Sobre

Blogue literário criado em 02 de Março de 2012 por Isabel Alexandra Almeida,

contando com colaboradores e parcerias editoriais. O nosso intuito é divulgar os

livros e a leitura, promover as actividades editoriais, servir de ponte entre leitores e

livreiros, divulgar os valores da cultura, arte e amizade. Temos também como

propósito motivar as gerações mais jovens para a leitura e divulgar tanto as novas

edições, como recuperar perante o público a lembrança de obras mais antigas que

se encontrem mais esquecidas, mas que integram por direito próprio a memória

literária colectiva.

Links

https://www.facebook.com/livrosnossos

http://www.oslivrosnossos.blogspot.com/

Page 10: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Cada ser humano possui uma criança interior que

intenciona manifestar-se, vir de lá do fundo do

inconsciente e fazer-se presente.

Vivenciar a sua criança interior é permitir-se a uma nova

vida, livre de um passado traumático que o condiciona,

é readquirir a capacidade de Ser o que na realidade já É.

A criança interior não é apenas uma parte do Homem, é

também uma forma codificada da vivência colectiva que

a própria humanidade tem em relação ao conceito de

infância.

Quando o individuo permite-se à interacção com a sua

criança interior, liberta as memórias das experiências de

infância que o transformaram naquilo que ele é hoje.

Esta capacidade de ligação interna traz à consciência a

reflexão, a integração e a possibilidade de transmutação

de receios, medos ou padrões de comportamento que

condicionam a livre acção do Ser.

Em cada ser humano, existe uma possibilidade infinita

de superação através da relação com o Eu superior, com

a sua verdadeira essência. Na realidade, aceder a este

nível de existência só é possível quando nos

predispomos à experiência de lidarmos com a dor das

vivências que nos marcaram desde a infância.

É um processo de trabalho interior que não só modifica-

nos, como também ilumina o lado sombrio que reside

nas profundezas do nosso Ser. A capacidade de

assumirmos a nossa criança interior, permite-nos

interagir com os registos que marcaram e/ou marcam a

nossa vida, mesmo os mais inconscientes que se

manifestam através do que ela representa e do que

esteve sempre no nosso interior, nas nossas origens e

até mesmo nos nossos anseios.

A materialização divina da nossa criança interior pode

oferecer-nos ferramentas tão importantes como o

processo de autocura. A criança interior é divinamente

inspirada, porque ela conecta com o nosso Eu Superior

e irradia luz para todo aquele que a procura,

clarificando tudo aquilo que o homem não aceita ou

não entende ou que, por vezes, nem gostaria de ter

percepção. Independentemente dos registos vivenciais

de cada um, é importante compreender que o processo

de consciencialização promove, desde logo, o

autoconhecimento e a verdadeira procura do nosso Eu.

Criança Interior

Page 11: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Desta forma, podemos resolver o nosso passado de

memórias destrutivas ou desarmoniosas e que nos

impediram de sermos seres equilibrados e felizes. Ao

tratar as feridas que estiveram tanto tempo por cuidar,

libertamo-nos e assumimos integralmente quem somos;

damos a possibilidade a nós mesmos da nossa criança

interior manifestar-se livremente e sem qualquer tipo

de máscaras ou complexos.

O poder de resgatar esta autenticidade promove o

nosso reencontro com a capacidade de sonhar e a

possibilidade de uma vida mais feliz e ausente de

apegos e necessidades exteriores.

A criança interior quando curada, e devidamente

integrada, ajuda-nos a ver as situações e os desafios de

vida de forma mais leve e confiante. Qualquer um de

nós é um Ser de Luz único e com imenso potencial para

deixar a sua marca no seu meio e influenciar a vida dos

seus, dando o devido exemplo transformador. Em suma,

no dia-a-dia, devemos ser capazes de enfrentar os

desafios da vida com mais autoconfiança e

determinação, crendo essencialmente que parte da

solução traduz-se num passado integrado e resolvido e

no pensamento positivo de que o futuro pode ser

sempre melhor.

Celebration of the Inner Child (2009), de Danielle Helen Ray Dickson Rafael Leandro

Page 12: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Blue Sea, de numpueng

Page 13: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

O que se faz agora com as crianças é o

que elas farão depois com a SOCIEDADE. Karl Mannheim

Page 14: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Esta edição é dedicada às Crianças! As crianças são

para mim uma fonte de alegria, de motivação, sonhos,

sorrisos, ternura, crença e esperança! As crianças são,

usando uma frase cliché, o nosso futuro!

Neste meu artigo decidi escrever sobre as crianças com

quem me relaciono no dia-a-dia no âmbito profissional

como enfermeiro de pediatria, sendo na sua maioria

crianças com doença crónica.

Contextualizando um pouco o meu artigo, a doença

crónica é definida como uma doença que persiste no

tempo num período superior a 3 meses, sendo

incurável, alterando a qualidade de vida do doente,

porém não é considerada uma emergência médica, pois

não coloca a vida em risco num curto prazo. As doenças

crónicas abrangem todos os contextos do ser humano

aos níveis físico, psicológico, social, familiar, económico,

espiritual acarretando grandes transformações na sua

vida e na de todos aqueles que com ele se relacionam.

Existe atualmente um grande número de crianças com

doença crónica prolongada que necessitam de

internamentos hospitalares prolongados e

posteriormente da continuidade de cuidados no seu

domicílio. São crianças que apresentam alterações no

seu desenvolvimento psicomotor e social

comparativamente com as crianças saudáveis, porém é

necessário reforçar que continuam a ser Crianças!

Como tal, estes pequenos seres além dos cuidados de

saúde inerentes à sua condição continuam a necessitar

de amor, ternura, educação e família para que cresçam

num ambiente favorável e propiciador de qualidade de

vida.

No título deste artigo classifiquei as crianças como

pequenos heróis e espero que estas palavras que

escrevo se transformem na minha simples homenagem

a todas aquelas crianças que cuidei, cuido e a todas as

Crianças: pequenos heróis!

Inner Child Healing (n.d.)

Page 15: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

outras cuja vida foi assolada por uma doença crónica,

porque é também necessário realçar os grandes feitos

da humanidade, agradecer as aprendizagens

constantes, enaltecer os

sentimentos partilhados e

fortalecer os elos das relações

humanas que estabelecemos

e que vão muito além das

ligações profissionais.

Todos os dias convivo com

heróis, seres com poderes

especiais e que desvalorizam

todas aquelas convenções que

guardamos da nossa infância

de quando assistíamos às

séries infantis e sonhávamos

alcançar grandes feitos. Estes

lutadores não usam capas,

nem fatos especiais, nem

possuem quaisquer poderes

fantásticos e não querem ser

vangloriados, apesar de sem

se aperceberam serem

merecedores de grandes

prémios nesta batalha que é a

Vida.

As Crianças, com o seu jeito especial de ser, provam

todos os dias que a Vida é um bem que deve ser

preservado e motivo de agradecimento constante. É na

partilha da dor, do sofrimento marcado por lágrimas e

angústia, no reconhecimento das pequenas vitórias

diárias que residem os verdadeiros poderes destes

pequenos seres muito especiais.

Recordo com emoção algumas crianças com que me

relacionei e, permitam-me, num modo intimista,

partilhar convosco, caros leitores, os simples

pormenores que marcaram

grandiosamente a minha Vida

e contribuíram para o meu

crescimento e

desenvolvimento como Ser

Humano.

Um dos superpoderes que vi

num destes pequenos heróis,

foi a capacidade de Sorrir no

meio de momentos da dor

física, da incapacidade de se

movimentar, de interagir com

quem o rodeava. Foi um

sorriso que iluminou uma

sala e criou uma onda de

amor em todos aqueles que

rodeavam aquele pequeno

ser.

Foi mágico assistir à

estabilização dos sinais vitais

de uma criança ao ser

envolvida num colo, ao

aninhar-se num regaço

protetor. Esta magia prolongou-se durante algum

tempo em cada prova de que a doença não carateriza

um ser, é apenas uma condicionante da sua vida.

Assisti ao desgaste das energias vitais e num impulso

mágico ao revitalizar de todo um organismo que parecia

querer desistir. Nestes momentos de tudo ou nada creio

que foi a força do amor que fez com que tudo o resto

Angel Whisperer - Angel Heart, de Dr. Kelli

Page 16: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

fosse ínfimo perante esse poder universal contido numa

pequena criança tão frágil e tão suprema.

Houve também heroísmo quando a Vida atingiu o seu

fim, quando na despedida envolta em sofrimento

criaram-se aprendizagens que jamais se apagarão ao

longo de toda uma Vida. Este momento criou gratidão!

Agradeceu-se a Vida do pequeno Ser e tudo aquilo que

nos ensinou por mais curta que fosse a sua existência.

As crianças, podem não ser condecoradas, mas são os

Heróis do nosso Tempo! Podem vir batalhas,

adversidades sem fim, que lutarão com toda a força que

os apela ao melhor que há nesta Vida: Sorrir e viver com

e por Amor!

As crianças, pequenos heróis, são mestres de vida, elos

unificadores e transformadores de relações humanas,

são um exemplo para que cada um de nós reflita sobre

a sua existência e agradeça a dádiva de viver.

As crianças são o espelho do nosso Ser. São a

recordação constante de quem um dia fomos e são o

incentivo para o voltarmos a Ser! As crianças clamam

pelo reconhecimento do seu similar que existe no nosso

interior!

Ricardo Fonseca

Page 17: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)
Page 18: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Já alguma vez tentaram perceber a teoria da

criação do Universo? Pois... Isso mesmo. Confesso que

sou amante das explicações científicas, mas parece-me

que o facto de a vida existir, o planeta terra, indo até ao

universo, é em termos estatísticos, aquilo que muitos

determinam de milagre (retirando o divino da equação)

e ponto final!

Relembrando o dilema do ovo e da galinha, a verdade é

que nem sempre a ciência consegue explicar os

acontecimentos. Baseando-se a formação do universo

em dois pressupostos, temos aqui uma janela de

oportunidade, para chamar a vida, disso mesmo: um

milagre. Mesmo que teoricamente faça sentido, todas

as variáveis que deram origem à vida estarem alinhadas

no tempo, espaço, temperatura, entre outros factores...

são, sem dúvida, uma circunstâncias do acaso ou da

menor probabilidade

calculada para que tal

sucedesse.

E ontem, ao ver o meu

filho dar os seus

primeiros passos, foi isso

mesmo que realizei. Pela

ciência da física e pela

influência da força da

gravidade, aquele

pequeno ser teria mais

probabilidade de cair do

que manter-se de pé e

caminhar. Mas ele lá quis saber da ciência e das suas

probabilidades. Lá quis saber se iria com certeza cair ou

se o acaso, o vento, a iluminação, o atrito ou o peso das

suas pernas rechonchudas o iriam ajudar a mover-se.

Milagre ou não, ele andou e apenas isso lhe interessou.

As crianças são assim mesmo, simplesmente

perseveram. Caem e voltam a erguer-se. Sonham.

Imaginam sem limites e têm uma determinação

inabalável. Têm uma genuinidade de sentimentos

extraordinária. Uma inocência inspiradora. Insistem em

quebrar barreiras por onde passam. Vivem no limbo

como quem tem os pés assentes na terra. As crianças

fazem-nos, de uma forma magnífica, voltar a ver a

beleza na simplicidade. E como tal, crescer e manter

essa capacidade é o milagre que dá sentido a nossa

existência.

As crianças representam assim, a esperança num

amanhã melhor. Mas por vezes, demasiadas vezes, elas

crescem e tornam-se

adultos sem

expectativas, sem

alegria e sem vida.

Perdem a pureza com

que vêem a vida e a

sua liberdade em ser

autênticos. Elas

crescem e, num

determinado

momento, tornam-se

conscientes da sua

realidade, aquela que

se identifica pela

A Vida na Menor Probabilidade

Page 19: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

estatística, que insistem em ensinar-lhes de tenrinhos. É

aí que tudo parece demasiado perigoso e o esforço

parece não valer mais a pena.

Por isso é preciso ter sorte.

Ter sorte de ser criança e

cruzarem-se, no seu

caminho, adultos

sonhadores. Adultos que

mantêm a sua capacidade

de se maravilhar, quer

sejam pais, educadores ou

intervenientes na sua vida,

mesmo que por meros

momentos, que não

tenham perdido a sua

paixão. Adultos que,

quando tomaram

consciência da sua

existência, transformaram

o medo em gratidão.

Adultos que depositam, dia

após dia, a sua fé nos 99%

de probabilidade de falhar

e apostam no restante 1% a sua decisão de seguir em

frente.

É preciso ter sorte de ser criança e cruzar com adultos

que tenham o propósito de educar para a esperança ou

até mesmo de se cruzar com crianças que se tornaram

adultos que não tenham perdido a sua grandiosa

capacidade de simplesmente saber amar. Adultos que

acreditam que o impossível está a um passo de se

tornar alcançável.

Adultos que sabem

transmitir confiança e

convicção, pois

apesar da incerteza

que a liberdade nos

traz, este é o único

caminho que nos

permite levar a

felicidade ao nosso

lado.

E apesar da felicidade

residir na menor

probabilidade, viver

também reside em

escolher o lado da

menor probabilidade.

Vencer será

igualmente a menor

das probabilidades. O que as crianças estrondosamente

nos relembram é que todos nascemos na menor

probabilidade e que para andar foi preciso levantar-se,

mesmo que inicialmente, cair tenha sido a maior das

probabilidades.

Muriel Mendes

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Rubrica de OS LIVROS NOSSOS

Sinopse:

“Branca de Neve” é o primeiro livro do talentoso ilustrador francês Benjamin

Lacombe a ser publicado em Portugal. Tem a chancela da editora Paleta de Letras

e chega às livrarias como uma forte aposta de natal para o público infanto-juvenil.

Bem ao seu estilo, Lacombe apresenta-nos uma Branca de Nece envolta em

mistério e nostalgia, com imagens a transportarem-nos para o reconto surrealista

da obra. O ilustrador recria os personagens tradicionais da versão do conto dos

irmãos Grimm.

Page 23: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Ao pegarmos nesta obra é, desde logo, impossível

ficarmos indiferentes ao seu grafismo irrepreensível, em

capa dura, numa edição de luxo, as ilustrações parecem

saltar do livro até junto de nós e mostram-se impressas

num papel rugoso e brilhante, de elevadíssima

qualidade.

A Editora Paleta de Letras apostou numa obra de

excelência, direccionada para o público infanto-juvenil,

dando uma nova cara ao clássico conto dos Irmãos

Grimm, mas dando também a oportunidade aos

coleccionadores de adquirir um livro que é, também,

um objecto de culto e de elevado rigor estético.

Aliás o livro é uma verdadeira obra de arte, e esta

edição acaba por fazer transparecer o cunho pessoal

que o Ilustrador Francês Benjamin Lecombe adora

conferir aos seus trabalhos. Maravilhosamente

ilustrado, o livro transmite aos leitores uma dupla

mensagem, combinando sabiamente os códigos visuais

e os linguísticos.

A história surge narrada em termos bastante clássicos,

assumindo a Madrasta o papel de Vilã, Branca de

Neve como uma jovem beleza em perigo devido à inveja

causada à pérfida Madrasta [que encomenda a morte

da menina a um caçador, porém sem sucesso, uma vez

que o mesmo poupa a vida da princesa]. Perdida na

Floresta encontra abrigo em casa dos

trabalhadores sete anões. Até encontrar o esperado

final feliz nos braços de um belo príncipe, Branca de

Neve terá ainda de superar algumas adversidades

colocadas no seu caminho pela rainha má que casara

com o seu pai.

O texto surge-nos apresentando em tom bastante

elaborado e de elevada qualidade literária, sem que tal

impeça o claro entendimento da obra pelos jovens

leitores, que aliás podem ir questionando os adultos

que lhe dêem o livro a conhecer [estimulando-se assim

ainda mais a natural curiosidade das crianças por novas

descobertas, e incentivando a leitura desde tenra

idade].

As ilustrações transmitem claramente as emoções das

personagens [inveja, beleza, medo, ternura, tristeza e

felicidade] e permitem levar os jovens leitores a

visualizar a dinâmica da história narrada, associando as

personagens a uma clara imagem mental das mesmas,

levando-as até ao mundo mágico dos contos de fadas.

E nós adultos, apreciadores de livros, não ficamos

também indiferentes a este livro, aliás, somos levados

de volta à infância, revivendo com nostalgia este

clássico revisitado, numa edição que bem merece ir

passando de geração em geração, pela sua extrema

qualidade a todos os níveis.

Uma boa sugestão para oferecer neste Natal, um claro

convite para ler um livro ao deitar na noite de

consoada.

Em suma, Branca de Neve é pura magia em forma de

livro!

Isabel Almeida

Page 24: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

“Quando era puto, ficava todo contente assim que

via o mar!”, partilhou ele, enquanto chegávamos à

Ericeira. Automaticamente, ressoou na minha cabeça

mais um momento “eureka” – era isso mesmo!

O quê, pergunta o leitor? Pois na minha cabeça surgiu-

me o óbvio e algo que tantas vezes nos escapa nos

meandros do quotidiano atarefado e submerso em

correrias, quase de alta competição (ou, pelo menos, o

gasto energético parece ser semelhante a tal!). Veio-me

então à mente parte de uma explicação do facto de em

adultos nos deixarmos de deslumbrar, de ter

curiosidade pela mais mínima existência de vida e de

dinamismo ao nosso redor. Tomamos por garantido o

mar, a areia, o sol, as pessoas, as refeições, os banhos…

e, por norma, só nos voltamos a aperceber da sua

verdadeira importância e significado quando os

perdemos por algum motivo.

E se tal condição não for a única forma de voltarmos a

apreciar as “pequenas coisas” da vida? E se for possível

voltar a deslumbrarmo-nos com aquilo que na infância

fazia cócegas aos nossos sentidos e nos deixava

entusiasmados? E se…?

Não precisamos de perder algo para reaprender a dar

valor àquilo que temos. Podemos simplesmente

enfrentar a nossa tendência natural para o hábito e de

Regressar à Infância

Foto de rua na Ericeira - um motivo e momento de deslumbramento pessoal, através da concentração no momento

Presente e uso dos sentidos.

Page 25: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

só nos darmos conta das excepções às regras – porque

basicamente o ser humano tem essa tendência, a de

acomodar-se aos padrões mais ou menos constantes, o

que também não é negativo de todo, tendo as suas

vantagens e utilidade de sobrevivência.

No entanto, a nossa vida também ganha significado

graças a uma necessidade igualmente humana e natural

– a curiosidade e a sede de conhecimento, duas

motivações que nos permitem desenvolver e progredir.

O equilíbrio ideal será portanto conviver com regras,

aprendendo sobre as nossas tendências naturais,

admitindo-as e aceitando-as, e ao mesmo tempo

desafiando-as, através da nossa curiosidade aguçada,

tal como fazíamos quando éramos crianças!

É, portanto, possível voltarmos a olhar para o mar, para

a areia, para as flores e para tudo com os mesmos olhos

curiosos de antes – como? Deixo-lhe algumas

propostas:

1. Aprenda a utilizar mais do que um sentido: não

olhe só para o que o rodeia – sinta, cheire,

saboreie, ouça!

2. Concentre-se no momento Presente: a única

forma de viver plenamente e desfrutar de um

Futuro risonho é manter-se “aqui e agora”,

aproveitando cada situação e oportunidade

para viver!

3. Conecte-se: quando estiver em contacto com

pessoas, faça-o genuinamente – dê-lhes toda a

sua atenção e procure ficar absorvido no

momento!

4. Tenha tempo para sentir: quantas vezes “as

coisas nos passam ao lado”? Quantas vezes nos

sentimos culpados por não ter sabido

aproveitar melhor o momento? Dê a si mesmo

permissão para ter tempo de sentir e estar em

contacto com as suas próprias emoções,

momento a momento!

Pronto para regressar à infância?

Vanessa Dias

Page 26: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Caixinha de Sugestões

Michael Newman (Adam Sandler) é casado com Donna (Kate Beckinsale), com que tem

Ben (Joseph Castanon) e Samantha (Tatum McCann) como filhos. Michael tem tido

dificuldades em ver os filhos, já que tem feito serão no escritório de arquitetura em

que trabalha no intuito de chamar a atenção de seu chefe (David Hasselhoff). Um dia,

exausto devido ao trabalho, Michael tem dificuldades em encontrar qual dos controles

remotos de sua casa liga a televisão. Decidido a acabar com o problema, ele resolve

comprar um controle remoto que seja universal, ou seja, que funcione para todos os

aparelhos eletrônicos que sua casa possui. Ao chegar à loja Cama, Banho & Além ele

encontra um funcionário excêntrico chamado Morty (Christopher Walken), que lhe dá

um controle remoto experimental o qual garante que irá mudar suaa vida. Michael

aceita a oferta e logo descobre que ela realmente é bastante prática, já que coordena

todos os aparelhos. Porém Michael logo descobre que o controle tem ainda outras

funções, como abafar o som dos latidos de seu cachorro e também adiantar os fatos

de sua própria vida.

Sinopse de adorocinema.com

vídeo livro

filme

Page 27: Revista eOPTIMISMO - 4ª Edição (Abril, 2013)

Um pai é mais do que um amigo, um herói, ele

é nosso mentor, metaforicamente falando, é o

piloto de nossa vida, o comandante que nos

coloca no caminho e nos dá a oportunidade de

seguirmos adiante, passo a passo, mas sempre

debaixo de sua asa protetora.

Luis Alves