revista eletrônica 40ª edição - 16/03/2007 [0 kb - doc]

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:: Ano III – Número 40 :: 2 a QUINZENA DE MARÇO DE 2007 :: O acórdão, as ementas, a sentença, as decisões do STF e do STJ e as informações contidos na presente edição foram obtidos em páginas da “internet” ou enviados pelos seus prolatores para a Comissão da Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Por razões de ordem prática, alguns deles foram editados e não constam na íntegra, preservando-se, porém, na parte remanescente, o texto original. Denis Marcelo de Lima Molarinho Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Mario Chaves Maria Helena Mallmann Ricardo Carvalho Fraga Comissão da Revista AdrianaaPooli Diana Schmeling Messias Luís Fernando Matte Pasin Sidnei Gomes da Silva Tamira Kiszewski Pacheco Wilson da Silveira Jacques Junior Equipe Responsável Sugestões e informações: (51) 3255.2140 Contatos: [email protected] Utilize os links de navegação: volta ao índice volta ao sumário textos

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Revista Eletrnica de Jurisprudncia n20/2006 - Ano II

:: Ano III Nmero 40 :: 2a QUINZENA DE MARO DE 2007 ::

O acrdo, as ementas, a sentena, as decises do STF e do STJ e as informaes contidos na presente edio foram obtidos em pginas da internet ou enviados pelos seus prolatores para a Comisso da Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio. Por razes de ordem prtica, alguns deles foram editados e no constam na ntegra, preservando-se, porm, na parte remanescente, o texto original.

Denis Marcelo de Lima MolarinhoPresidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4 RegioMario ChavesMaria Helena MallmannRicardo Carvalho FragaComisso da Revista

AdrianaaPooli Diana Schmeling MessiasLus Fernando Matte Pasin Sidnei Gomes da Silva Tamira Kiszewski Pacheco Wilson da Silveira Jacques JuniorEquipe Responsvel

Sugestes e informaes: (51) 3255.2140

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:: Ano III Nmero 40 :: 2 QUINZENA DE MARO DE 2007 ::

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Administrao pblica. Consrcio administrativo. Instituio de direito privado dotada de estatuto, administrao e recursos prprios. Legitimidade passiva. Extino do processo sem resoluo do mrito afastada. Retorno dos autos ao juzo a quo para prosseguimento do feito. Leis ns 8.080/90, 8.142/90 e 11.107/05.(2 Turma. Relator o Exmo. Juiz Juraci Galvo Jnior. Processo n 00932-2004-701-04-00-6 RO. Publicao em 27.02.2007).

06( volta ao sumrio

2.1. Agravo de Petio. Contribuio previdenciria. Recolhimento aps a citao. Multa e juros moratrios. Incidncia indevida.- 2 Turma (Processo n 00604-1993-017-04-00-4 AP). Relatora a Exma. Juza Maria Beatriz Condessa Ferreira. Publ. DOE-RS: 26.02.2007.08

2.2. Agravo de Petio. Massa falida. Depsito judicial realizado antes da decretao da falncia. Devoluo indevida.

- 5 Turma (Processo n 01462-1996-024-04-00-3 AP). Relator o Exmo. Juiz Paulo Jos da Rocha. Publ. DOE-RS: 07.03.2007.08

2.3. Agravo de petio. Massa falida. Custas da execuo. No-iseno. Art. 789-A da CLT.- 2 Turma (Processo n 00296-2005-252-04-00-5 AP). Relator o Exmo. Juiz Hugo Carlos Scheuermann. Publ. DOE-RS: 09.03.2007.08

2.4. Prescrio. FGTS. Administrao Pblica. Municpio de Tupanciret. Nulidade de transposio de regime. Subsistncia do contrato de trabalho. Inaplicabilidade da prescrio bienal. Smula n 382 do Tribunal Superior do Trabalho.- 6 Turma (Processo n 00242-2006-611-04-00-8 REO/RO). Relatora a Exma. Juza Ana Rosa Pereira Zago Sagrilo. Publ. DOE-RS: 09.03.2007.08

2.5. Salrio. Exerccio de mltiplas tarefas no horrio de trabalho. Compatibilidade com a funo contratada. Plus salarial indevido.- 5 Turma (Processo n 00223-2005-451-04-00-3 RO). Relatora a Exma. Juza Berenice Messias Corra. Publ. DOE-RS: 07.03.2007.08

2.6. Salrio-utilidade. Habitao. Caracterizao. Prova da indispensabilidade prestao dos servios. Fato impeditivo do direito vindicado. nus do empregador. Art. 818 da CLT e inciso II do art. 333 do CPC.- 5 Turma (Processo n 00012-2006-781-04-00-8 RO). Relator o Exmo. Juiz Leonardo Meurer Brasil. Publ. DOE-RS: 07.03.2007.08( volta ao sumrio

Embargos de terceiro. Fraude de execuo. Adiantamento de legtima. Bem constrito transferido ao filho da embargante. Descabimento de defesa da meao. Litigncia de m-f caracterizada. Aplicao de multa e condenao indenizao por prejuzos causados ao embargado. Art. 17, incisos IV e VI, e art. 18, ambos do CPC.(Exmo. Juiz Leandro Krebs Gonalves. Processo n 00742-2006-802-04-00-5 - Embargos de Terceiro - 2 Vara do Trabalho de Uruguaiana. Publicao em 15.01.2007)10

( volta ao sumrio

Deciso do STF publicada em 16 de fevereiro de 2007, envolvendo matrias trabalhista e processual.12(Disponvel no "site" do Tribunal Superior do Trabalho, www.tst.gov.br Bases Jurdicas)

( volta ao sumrio

Decises do STJ publicadas de 23 de fevereiro a 02 de maro de 2007, envolvendo matrias trabalhista e processual.

13(Disponveis no "site" do Tribunal Superior do Trabalho, www.tst.gov.br Bases Jurdicas)

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( volta ao sumrio

6.1. Supremo Tribunal Federal - STF (www.stf.gov.br).

6.1.1. STF limita em 6% ao ano juros de mora pagos pela Unio.Veiculada em 28.02.2007.15

6.1.2. Ministro defere liminar e analisa constitucionalidade de lei em Reclamao.Veiculada em 07.03.2007.15

6.2. Superior Tribunal de Justia (www.stj.gov.br).

6.2.1. Justia especializada competente para julgar aes relativas representao sindical aps EC.Veiculada em 08.03.2007.16

6.2.2. Imposto de renda incide sobre gratificao por tempo de servio.Veiculada em 08.03.2007.17

6.3. Tribunal Superior do Trabalho (www.tst.gov.br).6.3.1. Agrupamento de parcelas salariais possvel mediante negociao (RR 1122/2001-002-13-00.4).Veiculada em 28.02.2007.18

6.3.2. Contrato de experincia no afasta direito estabilidade acidentria (RR-377/2003-008-03-00.4).Veiculada em 05.03.2007.18

6.3.3. Adeso a PDV no leva quitao plena de verbas trabalhistas (RR 857/2000-005-05-00.2).Veiculada em 06.03.2007.19

6.3.4. Apontadora de jogo do bicho perde ao na Justia do Trabalho (RR-1650/2003-011-12-00.1).Veiculada em 06.03.2007.20

6.3.5. CSJT, Sees e Comisses do TST tm novos integrantes. Veiculada em 07.03.2007.21

6.3.6. TST decide pela validade da contratao de menores pela ECT (RR-54300/2002-900-10-00.8).Veiculada em 06.03.2007.21

6.3.7. Mantida descaracterizao de contrato temporrio de carpinteiro (AIRR 26432/2005-006-11-40.6).Veiculada em 06.03.2007.23

6.3.8. Desapropriao de hospital preserva direito de empregada (RR-1282/2004-521-04-00.4).Veiculada em 09.03.2007.23

6.3.9. Unio arca com percia em favor de beneficirio de justia gratuita (RR 1585/2004-001-24-00.2).Veiculada em 12.03.2007.24

6.3.10. TST decide sobre validade de intimao do Banespa (RR-821/2001-060-15-00.7).Veiculada em 13.03.2007.24

6.4. Assessoria de Comunicao Social do TRT da 4 Regio (www.trt4.gov.br).

6.4.1. TRT-RS aprova Portaria referente execuo do e-Doc.Veiculada em 06.03.2007.25

6.4.2. rgo Especial aumenta prazo para Conciliao em segunda instncia.Veiculada em 06.03.2007.26

6.4.3. TRT-RS suspende por 60 dias tramitao de processos da RFFSA.Veiculada em 06.03.2007.26

6.5. Tribunal de Justia do Estado do Rio Grande do Sul (www.tj.rs.gov.br).

Atividades cartorrias sero padronizadas nos Foros da Capital.Veiculada em 28.02.2007.26

( volta ao sumrio

7.1. Revista Justia do Trabalho. HS Editora. N 278. Fevereiro de 2007.

7.1.1. "A Smula Vinculante e o Sistema Recursal".

CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. JORGE NETO, Francisco Ferreira.28

7.1.2. "Exceo de Suspeio e Impedimento em Primeiro Grau na Seara Trabalhista: Quem Julga?".TROTTE, Angelo Rodrigo Teixeira.28

7.1.3. "O Processo do Trabalho e as Alteraes do Processo Civil Promovidas pela Lei n 11.382/2006".

FIOREZE, Ricardo.28

7.2. Disponveis na Internet.

7.2.1. "A Execuo de Ttulos Extrajudiciais e o Direito do Devedor Confesso Parcelar o Dbito: Aplicao Execuo Trabalhista".LIMA FILHO, Francisco das C.28

7.2.2. "Greve e interdito proibitrio".

TOM, Levi Rosa.28

7.2.3. "O contrato de seguro na Justia do Trabalho".

SARRO, Lus Antnio Giampaulo. MALFATTI, Marcio Alexandre.28

7.2.4. "Pronunciamento "ex officio" da prescrio. Indeferimento 'in limine' da pea inicial e garantia do contraditrio e da ampla defesa". Maranho, Ney Stany Morais28( volta ao sumrio

Prof. Adalberto J. Kaspary

Pas de nullit sans grief29( volta ao sumrio(volta ao ndice( volta ao sumrio

Administrao pblica. Consrcio administrativo. Instituio de direito privado dotada de estatuto, administrao e recursos prprios. Legitimidade passiva. Extino do processo sem resoluo do mrito afastada. Retorno dos autos ao juzo a quo para prosseguimento do feito. Leis ns 8.080/90, 8.142/90 e 11.107/05.

(2 Turma. Relator o Exmo. Juiz Juraci Galvo Jnior. Processo n 00932-2004-701-04-00-6 RO. Publicao em 27.02.2007).

EMENTA: EXTINO DO PROCESSO. CONSRCIO ADMINISTRATIVO. A existncia de fato do consrcio constitudo com fulcro nas Leis n 8.080/90 e 8.142/90, na forma de associao de direito privado, com estatuto, administrao e recursos prprios, tendo inclusive contratado, assalariado e despedido empregados, legitima o primeiro reclamado a figurar no plo passivo da ao, ainda que formado em data anterior vigncia da Lei n 11.107/05, no se verificando, pois, o desatendimento de qualquer pressuposto processual. Extino do processo, sem resoluo de mrito, que se afasta, impondo-se o retorno dos autos instncia de origem para regular prosseguimento do feito. Recurso provido.

(...)

ISTO POSTO:

EXTINO DO PROCESSO SEM RESOLUO DE MRITO. CONSRCIO ADMINISTRATIVO.

O Juzo de origem extinguiu o processo, sem julgamento do mrito, com esteio nos artigos 267, inciso IV, 3, e 301, 4, ambos do CPC, em face do desatendimento de pressuposto subjetivo, qual seja, capacidade do primeiro reclamado (CONSRCIO INTERMUNICIPAL DE SADE - CIS) de ser parte, a qual decorre da personificao jurdica, no seu entender inexistente, circunstncia que inviabiliza o exame do mrito das pretenses endereadas aos demais litisconsortes passivos, em nvel subsidirio, com fundamento no item IV da Smula n 331 do TST. Fundamenta, em suma, que o consrcio-ru no tinha status de pessoa jurdica poca do contrato, pois anterior Lei n 11.107, de 06 de abril de 2005, lei esta que alterou o Cdigo Civil Brasileiro, reconhecendo, a partir de ento, a personalidade jurdica dos consrcios pblicos, acrescendo, ainda, ao inciso IV do art. 41 do Cdigo Civil, ao lado das autarquias, as associaes pblicas. Destacou o Julgador a quo, tambm, que mesmo os consrcios pblicos que vierem a se constituir sob a forma de associaes de direito privado tero de se sujeitar s normas de direito pblico que regulam a admisso de empregados pela administrao pblica, isto , a necessidade de concurso pblico, em ateno ao inciso II do art. 37 da Constituio Federal. Assim, concluiu que o consrcio administrativo - primeiro ru -, a exemplo dos convnios administrativos, no passa de um negcio jurdico de direito administrativo celebrado entre vrios Municpios, para a execuo conjunta das aes e a prestao dos servios de sade que lhes competem, com base nas autorizaes legislativas contidas no art. 10 da Lei n 8.080/90 e no 3 do art. 3 da Lei n 8.142/90.

A reclamante, inconformada com o julgado, refere que ingressou com a presente ao contra o primeiro reclamado, buscando a responsabilidade subsidiria dos demais, com fulcro na Smula n 331 do TST, requerendo, ainda, o pagamento de horas extras, multa salarial, multa do art. 477 da CLT, domingos e feriados trabalhados, em dobro, aviso prvio, conforme conveno coletiva, diferenas salariais, diferenas de FGTS e salrio-famlia. Invoca as Leis n 8.080/90 e 8.142/90 que autorizam a criao de consrcios. Ressalta a existncia de direito adquirido, incorporado ao patrimnio jurdico do titular, segundo as leis vigentes ao tempo em que ocorreu a efetiva aquisio do direito, aduzindo que o inciso XXXVI do art. 5 da Constituio da Repblica estabelece a irretroatividade das leis, visando a segurana jurdica. Por essas razes, requer a reforma da sentena para afastar o decreto de extino do processo, sem julgamento do mrito, com o conseqente retorno dos autos instncia de origem, para julgamento dos pedidos da inicial.

O Ministrio Pblico do Trabalho, no parecer das fls. 474/475, opina pelo desprovimento do recurso ordinrio da reclamante, pois, conforme o Julgador a quo, entende que o consrcio reclamado no possui personalidade jurdica, porquanto se trata meramente de um convnio para a persecuo de interesse comum, institudo antes do advento da Lei n 11.107, de 06 de abril de 2005, de modo que a demanda ajuizada contra o consrcio deve ser extinta, como corretamente decidido.

Assiste razo autora.

Registra-se, de plano, que a reclamante foi contratada pelo Consrcio Intermunicipal de Sade, em 19.05.2000, como Auxiliar de Enfermagem, tendo exercido suas funes no Hospital Universitrio de Santa Maria (fls. 87, 92 e 101).

De acordo com o Estatuto trazido aos autos nas fls. 236/252, em seu art. 1, o Consrcio Intermunicipal de Sade da Regio Centro do Estado RS - CIS constitui-se sob a forma jurdica de Associao Civil de Direito Privado, sem fins lucrativos, devendo reger-se pelas normas da legislao pertinente,... (fl. 241), com a finalidade de Representar o conjunto dos municpios que o integram, em assuntos de interesse comum,..., bem como para Atuar na defesa do Sistema nico de Sade - SUS, entre outras (art. 7, fl. 242). A formao do aludido consrcio, consoante se v do prembulo da fl. 241, est esteada no art. 30 da Carta Magna e no art. 10 da Lei n 8.080/90. Resta evidenciado, no mencionado Estatuto, que o consrcio reclamado, tido como empregador, composto por Municpios, na forma de associao civil de direito privado, com a finalidade de implementar o Sistema nico de Sade.

inegvel que a redao original do art. 41 do Novo Cdigo Civil atribua personalidade jurdica de direito pblico interno aos seguintes entes: Unio, Estados, Distrito Federal, Territrios, Municpios, autarquias e demais entidades de carter pblico criadas por lei. Logo, os consrcios administrativos no eram considerados pessoas jurdicas, situao que foi alterada pelo 1 do art. 1 da Lei n 11.107/05, segundo o qual O consrcio pblico constituir associao pblica ou pessoa jurdica de direito privado, lei essa que, ainda, acresceu ao inciso IV do art. 41 do Cdigo Civil, ao lado das autarquias, as associaes pblicas.

(volta ao ndiceDe outra parte, embora sem personalidade jurdica formal, no h dvidas da existncia de previso legal anterior, dispondo acerca da constituio de consrcios, a teor da norma inserta no art. 10 da Lei n 8.080/90, que assim estabelece: Art. 10. Os municpios podero constituir consrcios para desenvolver em conjunto as aes e os servios de sade que lhes correspondam. 1 Aplica-se aos consrcios administrativos intermunicipais o princpio da direo nica, e os respectivos atos constitutivos disporo sobre sua observncia. Na mesma esteira, prev o 3 do art. 3 da Lei n 8.142/90 que: Os Municpios podero estabelecer consrcio para execuo de aes e servios de sade, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do artigo 2 desta Lei.

Nesses termos, sendo certa a inexistncia de previso anterior Lei n 11.107/05, estabelecendo expressamente personalidade jurdica aos consrcios, mais certo, ainda, que essa norma veio justamente regulamentar situao ftica j existente, geradora de direitos e obrigaes. Na situao sub examine, o primeiro reclamado equipara-se chamada sociedade de fato, denominada pelo Novo Cdigo Civil (artigos 986 e seguintes) como no personificada.

Evidente, pois, a existncia de fato do consrcio reclamado, na condio de associao civil de direito privado, sem fins lucrativos, com direitos e obrigaes, patrimnio e fonte de recursos financeiros prprios (artigos 32 e 33 do seu Estatuto, fls. 248/249), e a seguinte estrutura bsica: Conselho de Prefeitos, como rgo deliberativo, Conselho de Administrao, Conselho Tcnico, Sistema de Controle Interno e Secretaria Executiva (art. 8 do Estatuto, fl. 242). Acrescenta-se, ainda, que o consrcio (CIS) firmou convnio de cooperao com a Universidade Federal de Santa Maria (fls. 233/235), com a finalidade de viabilizar o atendimento pelo SUS, nos termos da alnea b do pargrafo nico do art. 7 do Estatuto do CIS (fl. 242). Alm disso, dispe o art. 53 do j mencionado Estatuto que Os municpios associados respondem solidariamente pelas obrigaes assumidas pela associao (fl. 251).

Ora, tendo sido a reclamante contratada (fls. 87 e 101), assalariada (fls. 73/85) e despedida (fl. 99) pelo primeiro reclamado, uma associao que de fato existe, a relao material encontra-se plenamente evidenciada. Logo, o primeiro reclamado, de fato, empregador da reclamante, parte legtima para figurar no plo passivo da presente demanda, no se cogitando, pois, de desatendimento de pressuposto subjetivo de validade da relao jurdica processual.

Salienta-se que a matria em questo tem sido objeto de vrios julgamentos neste Tribunal, citando-se, a propsito, algumas ementas de acrdos:

CONSRCIO ADMINISTRATIVO. LEGITIMIDADE DE PARTE. EXTINO DO PROCESSO. Sendo o primeiro reclamado uma associao de direito civil, sem fins lucrativos, com estatuto, administrao e recursos prprios, tendo inclusive contratado, assalariado e despedido empregados, o mesmo parte legtima para figurar no plo passivo da presente demanda, ainda que tenha sido constitudo em momento anterior edio da Lei n 11.107/05. Recurso provido para cassar o comando da sentena que extinguiu o feito sem julgamento do mrito, determinando-se o retorno dos autos origem para a apreciao dos pedidos da inicial (processo n 01159-2003-702-04-00-0 RO, 1 Turma, Juza Ione Salin Gonalves, publicado em 14.11.2006).

CONSRCIO INTERMUNICIPAL DE SADE. REGULARIDADE FORMAL. CAPACIDADE DE PARTE. O fato de a Lei 11.107/05 ter passado a regrar especificamente a situao dos consrcios pblicos no leva declarao de inexistncia no mundo jurdico daqueles at ento existentes, que foram constitudos, registrados e formalizados segundo a legislao vigente poca. Da personalidade jurdica que detinha poca, decorre a capacidade de ser parte. Recurso provido para afastar o comando sentencial de extino do processo sem julgamento do mrito, determinando o retorno dos autos origem para apreciao dos pedidos com relao a todos os demandados, restando prejudicada a anlise do item relativo aos honorrios periciais (processo n 00515-2004-702-04-00-0 RO, 8 Turma, Juza Ana Luiza Heineck Kruse, publicado em 07.08.2006).

EXTINO DO PROCESSO. CONSRCIO ADMINISTRATIVO. Hiptese em que se d provimento ao recurso ordinrio da autora para considerar o primeiro reclamado Consrcio Intermunicipal de Sade - CIS parte legtima e, preenchidos os pressupostos de validade da relao processual, determinar o retorno dos autos ao Juzo de origem para o regular prosseguimento do feito (processo n 00516-2004-702-04-00-4 RO, 7 Turma, Juza Dionia Amaral Silveira, publicado em 12.07.2006).

Por esses fundamentos, d-se provimento ao recurso ordinrio da reclamante para declarar o primeiro reclamado, Consrcio Intermunicipal de Sade - CIS, parte legtima para figurar no plo passivo da presente demanda, restando atendido o pressuposto subjetivo de validade da relao jurdica processual e, por conseqncia, afastar o decreto de extino do processo, sem resoluo de mrito, determinando-se o retorno dos autos instncia de origem para regular prosseguimento do feito.

(...)

(volta ao ndice( volta ao sumrio(volta ao ndice( volta ao sumrio

2.1. EMENTA: CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS. MULTA E JUROS MORATRIOS. As penalidades previstas na legislao previdenciria somente so aplicveis quando definido o valor lquido das contribuies previdencirias e devidamente citado o devedor para proceder ao respectivo recolhimento. No caso, tendo sido citado o primeiro executado para pagamento das contribuies previdencirias, e tendo efetuado o recolhimento, cumpre o mandado de citao, no se justificando, nestas condies, a imputao de multa e juros moratrios. Agravo de petio provido em parte. - 2 Turma (Processo n 00604-1993-017-04-00-4 AP). Relatora a Exma. Juza Maria Beatriz Condessa Ferreira. Publ. DOE-RS: 26.02.2007.

2.2. EMENTA: Massa falida. Depsitos judiciais. Devoluo. No voltam para a massa falida os valores que, na data da falncia, j tenham sado do patrimnio da sociedade comercial em benefcio da execuo de ao individual, motivo pelo qual incabvel a devoluo de saldos de depsitos, destinados a garantir o juzo antes da decretao da falncia. Agravo provido. - 5 Turma (Processo n 01462-1996-024-04-00-3 AP). Relator o Exmo. Juiz Paulo Jos da Rocha. Publ. DOE-RS: 07.03.2007.

2.3. EMENTA: AGRAVO DE PETIO. MASSA FALIDA. CUSTAS DA EXECUO. Condio de massa falida que no isenta a agravante do pagamento das custas processuais previstas no art. 789-A da CLT. Agravo de petio que no merece provimento. - 2 Turma (Processo n 00296-2005-252-04-00-5 AP). Relator o Exmo. Juiz Hugo Carlos Scheuermann. Publ. DOE-RS: 09.03.2007.

2.4. EMENTA: FGTS. PRESCRIO DO DIREITO DE AO. TRANSPOSIO DE REGIME DECLARADA NULA. MUNICPIO DE TUPANCIRET. Hiptese em que a transposio de regime havida no Municpio de Tupanciret, conforme Lei Municipal 969/90, foi declarada nula pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Anulada a transposio do regime, tem-se que o contrato de trabalho celetista permaneceu sem soluo de continuidade, no sendo aplicvel a prescrio bienal do direito de ao, nos termos da Smula 382 do TST. Provimento negado. - 6 Turma (Processo n 00242-2006-611-04-00-8 REO/RO). Relatora a Exma. Juza Ana Rosa Pereira Zago Sagrilo. Publ. DOE-RS: 09.03.2007.

2.5. EMENTA: RECURSO ORDINRIO INTERPOSTO PELO PRIMEIRO RECLAMADO. PLUS SALARIAL. O fato de o empregado exercer mltiplas tarefas dentro do horrio de trabalho, desde que compatveis com a funo contratada, no gera direito a plus salarial, salvo se a tarefa exigida tiver previso legal de salrio diferenciado. Eventual acmulo de tarefas, capaz de estender a jornada, seria dirimido no pagamento de horas extras. Recurso provido. - 5 Turma (Processo n 00223-2005-451-04-00-3 RO). Relatora a Exma. Juza Berenice Messias Corra. Publ. DOE-RS: 07.03.2007.

2.6. EMENTA: FORNECIMENTO DE HABITAO. SALRIO-UTILIDADE. Para que o fornecimento de habitao no caracterize salrio-utilidade necessria a prova de ser indispensvel prestao dos servios, nus que incumbe ao empregador-reclamado, nos termos dos artigos 818 da Consolidao das Leis do Trabalho e 333, II, do Cdigo de Processo Civil, pois se trata de fato impeditivo do direito vindicado pelo empregado. Recurso ordinrio da reclamada a que se nega provimento. - 5 Turma (Processo n 00012-2006-781-04-00-8 RO). Relator o Exmo. Juiz Leonardo Meurer Brasil. Publ. DOE-RS: 07.03.2007.

(volta ao ndice

( volta ao sumrio(volta ao ndice( volta ao sumrio

Embargos de terceiro. Fraude de execuo. Adiantamento de legtima. Bem constrito transferido ao filho da embargante. Descabimento de defesa da meao. Litigncia de m-f caracterizada. Aplicao de multa e condenao indenizao por prejuzos causados ao embargado. Art. 17, incisos IV e VI, e art. 18, ambos do CPC.

(Exmo. Juiz Leandro Krebs Gonalves. Processo n 00742-2006-802-04-00-5 (Embargos de Terceiro) - 2 Vara do Trabalho de Uruguaiana. Publicao em 15.01.2007)

(...)

DO DIREITO MEAO DA EMBARGANTE DA FRAUDE EXECUO:

So juntados, aos autos, os seguintes documentos: termo de audincia, em processo de separao judicial litigiosa, que foi transformado em divrcio consensual, com a averbao no cartrio competente, datada de 05/08/2004 (fl. 06); termo de quitao de acordo extrajudicial, outorgado pela embargante ao Sr. J. dos S. R., em funo da aquisio em favor do filho comum do casal, Sr. J. F. R., do veculo constrito (fl. 07), datado de 30/07/2004; termo de acordo extrajudicial firmado entre o casal em questo, em que realizam a constituio de patrimnio do filho noticiado, na ordem de R$ 200.000,00, como adiantamento de legtima (fl. 08), datado de 20/04/2004; cpia do certificado de registro do veculo constrito, em nome de J. F. R., datado de 18/05/2004 (fl. 09); auto de penhora e avaliao do veculo, datado de 04/08/2005 (fl. 10); cpia do contrato social da empresa executada, nos autos do processo principal, em que consta a embargante como scia detentora de 45% das quotas sociais (fls. 28/29); cpia de sentena proferida nos autos do processo n 01139-2005-802-04-0-0, ajuizado por J. F. R. contra L. L. A., em que foram julgados improcedentes os embargos de terceiros, face ocorrncia de fraude execuo na transferncia do veculo em questo, a ttulo de adiantamento da legtima (fls. 34/38), a qual inclusive foi confirmada no E. TRT da 4 Regio (fls. 39/42).

Inicialmente, ressalta-se que a prpria embargante firmou o acordo que determinou a transferncia do bem constrito ao filho do casal, o que equivale a ter participado da prpria fraude execuo antes noticiada. No h falar, portanto, em defesa da meao, sendo este motivo suficiente para a rejeio dos presentes embargos de terceiro. A respeito do tema, destacam-se alguns acrdos, em que foi reconhecida a existncia de fraude a execuo, na doao em adiantamento de legtima noticiada nos autos:

FRAUDE DOAO EM ADIANTAMENTO DE LEGTIMA. Diversas decises proferidas neste Tribunal revelam que o scio J. dos S. R., pai do agravante, vem buscando se esquivar do pagamento de dvidas trabalhistas, mediante o artifcio de transferir seus bens para o nome de seus filhos. Agravo que se nega provimento, mantendo-se a penhora sobre o veculo Mercedes bens. (...) (Processo n00161-2006-802-04-00-3 (AP)- Data de Publicao: 31/10/2006 - Fonte: Dirio Oficial do Estado do RGS - Justia - Juiz Relator: RICARDO HOFMEISTER DE ALMEIDA MARTINS COSTA)

AGRAVO DE PETIO DO TERCEIRO-EMBARGANTE FRAUDE DE EXECUO. Incorre em fraude de execuo o scio do executado, contra o qual foi redirecionada a execuo na reclamatria trabalhista, que pratica ato de onerao do seu patrimnio em favor de seu filho, ora terceiro-embargante, depois de j iniciada demanda capaz de reduzi-lo insolvncia, devendo ser declarada a ineficcia da transferncia dos bens. Agravo de petio desprovido. (...) (Processo n01139-2005-802-04-00-0 (AP) - Data de Publicao: 28/08/2006 - Fonte: Dirio Oficial do Estado do RGS - Justia - Juiz Relator: CLEUSA REGINA HALFEN)

AGRAVO DE PETIO. PENHORA. FRAUDE EXECUO. Subsiste a penhora efetivada sobre o patrimnio do scio da empresa executada, porquanto a alienao foi procedida em fraude execuo. (...) (Processo n00987-2005-801-04-00-5 (AP) - Data de Publicao: 20/06/2006 - Fonte: Dirio Oficial do Estado do RGS - Justia - Juiz Relator: JOS FELIPE LEDUR)AGRAVO DE PETIO. PENHORA. Mantida a constrio judicial efetivada sobre bem de propriedade do terceiro-embargante, porque evidenciada fraude execuo. Agravo no provido. (...) (Processo n01279-2004-801-04-00-0 (AP) - Data de Publicao: 26/05/2006 - Fonte: Dirio Oficial do Estado do RGS - Justia - Juiz Relator: JURACI GALVO JNIOR)

Alm disso, inequvoco que a embargante se beneficiou do trabalho do embargado, como scia da empregadora e como esposa do scio da executada contra o qual foi direcionada a execuo, face inexistncia de bens penhorveis em nome da pessoa jurdica. Desta forma, como a embargante auferia os lucros do empreendimento, necessrios sua subsistncia pessoal e familiar, tambm responde com a sua meao pelas dvidas contradas pelo marido e que reverteram em proveito da famlia. A respeito do tema, destaca-se a jurisprudncia do E. TRT da 4 Regio:

AGRAVO DE PETIO. EMBARGOS DE TERCEIRO. Hiptese em que a prova revela que o terceiro-embargante membro do ncleo familiar que trabalha em regime de economia familiar e que os bens penhorados so utilizados no negcio mantido pela famlia, a qual foi beneficiada com o trabalho da exeqente. Mantm-se a sentena que reconheceu a existncia de conluio familiar com intuito de livrar os bens da penhora e que declarou o terceiro-embargante e a executada como litigantes de m-f. Todavia, a multa de 1% prevista no caput do art. 18 do CPC incide sobre o valor da causa. O valor da dvida poder ser utilizado, entretanto, como base de clculo da indenizao, conforme faculta o 2. Recurso parcialmente provido para limitar a condenao no que tange a multa por litigncia de m-f a 1% sobre o valor da causa devidamente atualizado. (...) (Processo n01176-2005-002-04-00-2 (AP) - Data de Publicao: 20/10/2006 - Fonte: Dirio Oficial do Estado do RGS - Justia - Juiz Relator: HUGO CARLOS SCHEUERMANN)

AGRAVO DE PETIO DA TERCEIRA EMBARGANTE. RESERVA DE MEAO. SCIA. Elementos carreados aos autos que autorizam a desconsiderao da personalidade jurdica com o direcionamento da execuo contra os bens particulares dos scios. Sendo a agravante scia da empresa, sequer se discute a possibilidade de reserva da meao, nos termos pretendidos. Agravo a que nego provimento. (...) (Processo n00253-2005-871-04-00-7 (AP) - Data de Publicao: 17/04/2006 - Fonte: Dirio Oficial do Estado do RGS - Justia - Juiz Relator: CARLOS ALBERTO ROBINSON)

Ademais, como o divrcio consensual ocorreu em 05/08/2004 e a penhora foi realizada em 04/08/2005, ao que tudo indica, no mais havia patrimnio comum e, por conseguinte, meao a ser defendida. A par disso, questionvel, inclusive, a legitimidade ativa da embargante, visto que o bem constrito no mais lhe pertence, face aos termos do acordo firmado pelo casal, em que prevista a doao do bem constrito ao filho em comum.

No merece prosperar, portanto, as insurgncias da embargante.

Por fim, analisando-se os autos, fica patente que os ex-integrantes da entidade familiar, a exemplo da ora embargante, relutam em adimplir as dvidas reconhecidas em Juzo, o que vem se repetindo em outras reclamatrias trabalhistas, utilizando incidentes manifestamente infundados e protelatrios, nos termos dos incisos IV e VI do Cdigo de Processo Civil.

Diante disso, reputo a embargante litigante de m-f. Condeno a embargante ao pagamento de: a) multa de 1% (um por cento) incidente sobre o valor da causa atualizado, a qual reverter em favor do embargado (CPC, art. 18, caput); b) indenizao dos prejuzos sofridos pelo embargado, no valor de 10% (dez por cento) do valor da causa atualizado (CPC, art. 18, caput e 2); c) honorrios advocatcios ao procurador do embargado, no percentual de 15% incidente sobre o valor da causa atualizado (CPC, art. 18, caput).

(...)(volta ao ndice( volta ao sumrio(volta ao ndice( volta ao sumrio

Deciso do STF publicada em 16 de fevereiro de 2007, envolvendo matrias trabalhista e processual.

(Disponvel no "site" do Tribunal Superior do Trabalho, www.tst.gov.br Bases Jurdicas)

AGRRE 197029 Min. Ricardo LewandowskiPrimeira TurmaDJ 16-02-2007Os sindicatos tm legitimidade processual para atuar na defesa de todos e quaisquer direitos subjetivos individuais e coletivos dos integrantes da categoria por ele representada. Com esse entendimento, a Primeira Turma negou provimento a agravo regimental em recurso extraordinrio interposto pelo Banco do Brasil.

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Decises do STJ publicadas de 23 de fevereiro a 02 de maro de 2007, envolvendo matrias trabalhista e processual.

(Disponveis no "site" do Tribunal Superior do Trabalho, www.tst.gov.br Bases Jurdicas)

Com o intuito de agilizar pesquisas, sugerimos ao usurio que clique no menu Editar/Localizar ou utilize as teclas de atalho Ctrl+L e digite a palavra-chave ou expresso na caixa de dilogo que ser aberta.AgRg noREsp 878124Min. Eliana CalmonSegunda TurmaDJ 02-03-2007

O comando do art. 29-C da Lei n. 8.036/90, acrescido pela MP 2.164-40/2001, que afastou a condenao em honorrios advocatcios nas aes entre o FGTS e os titulares das contas vinculadas ou seus substitutos processuais, atinge as aes ajuizadas posteriormente alterao legislativa, no estando restrito s demandas trabalhistas.

CC 67847Min. Hamilton Carvalhidodeciso monocrticaDJ 01-03-2007Asseverando que a relao jurdica entre os impetrantes e o municpio impetrado era regida pela CLT e que, espcie, aplica-se a regra geral de fixao da competncia em razo da funo ou do cargo da autoridade apontada como coatora, o Min. Hamilton Carvalhido entendeu que Tribunal Regional do Trabalho competente para processar e julgar mandado de segurana contra ato de juiz do trabalho que, nos autos de ao civil pblica, homologou acordo que rescindiu contratos de trabalho em razo de anulao de concurso pblico.

REsp 886989 Min. Castro MeiraSegunda TurmaDJ 01-03-2007 imperativa a intimao pessoal do Procurador da Fazenda Nacional nas aes em que o Fisco Federal seja interessado, autor, ru, assistente, oponente, recorrente ou recorrido, no sendo suficiente a comunicao autoridade impetrada. Com esse entendimento, a Segunda Turma, por unanimidade, deu provimento a recurso especial interposto pela Fazenda Nacional.

CC 79987 Min. Massami Uyedadeciso monocrticaDJ 28-02-2007

No existe conflito de competncia se o imvel penhorado na execuo individual, que tramita no juzo trabalhista contra scio de empresa falida, no foi arrecadado no juzo falimentar.

AgRg no CC 57615 Min. Castro FilhoSegunda SeoDJ 26-02-2007Prejudicado o arrendatrio do imvel arrematado em execuo trabalhista, em razo da determinao judicial de sua entrega ao arrematante, deve a discusso possessria permanecer no mbito do juzo exeqente, a fim de que decises conflitantes sejam evitadas. Com esse entendimento, a Segunda Seo negou provimento a agravo regimental em conflito de competncia para manter a competncia da Justia do Trabalho para processar e julgar todas as questes decorrentes da execuo trabalhista.

CC 68230 Min. Nancy Andrighideciso monocrticaDJ 23-02-2007Compete Justia do Trabalho, independentemente das alteraes promovidas pela EC n. 45/04, processar e julgar ao de indenizao por danos materiais e morais causados por empregador a empregada, em decorrncia da resciso por justa causa de contrato de trabalho, quando, na verdade, no existiu o motivo da demisso. Com esse entendimento, a Min. Nancy Andrighi conheceu de conflito negativo de competncia suscitado entre o Juzo da 7 Vara do Trabalho de So Paulo e o Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, para determinar a anulao de sentena j proferida pela Justia estadual, com o aproveitamento dos atos de instruo processual.

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6.1. Supremo Tribunal Federal - STF (www.stf.gov.br).

6.1.1. STF limita em 6% ao ano juros de mora pagos pela Unio.

Veiculada em 28.02.2007.

Por 7 votos a 4, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que as dvidas judiciais decorrentes de verbas remuneratrias devidas a servidores ou empregados pblicos pela Unio sero corrigidas em, no mximo, 6% ao ano. A deciso ocorreu no julgamento do Recurso Extraordinrio (RE) 453740 que foi provido, por maioria. No recurso, a Fazenda Nacional contesta o acrdo da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio de Janeiro, que a condenou a pagar para servidor pblico aposentado, de uma s vez, as diferenas de vencimentos devidas a ele, acrescidas de juros de mora de 1% ao ms a partir da citao.

Em sua deciso, a Turma Recursal declarou inconstitucional a fixao diferenciada de percentual de juros de mora previstos no artigo 1-F da Lei 9.494/97 (que disciplina a aplicao da tutela antecipada contra a Fazenda Pblica), por ferir o princpio constitucional da isonomia (artigo 5, caput, Constituio Federal).

Para a Unio, esse dispositivo constitucional, pois os juros de mora, nas condenaes impostas Fazenda Pblica para pagamento de verbas remuneratrias devidas a servidores e empregados pblicos, no podero ultrapassar o percentual de 6% ao ano.

Julgamento

Antes do pedido de vista do ministro Joaquim Barbosa, no dia 16 de agosto de 2006, o relator, ministro Gilmar Mendes, votou pelo provimento do RE. Para o ministro-relator, no h razo para a Turma Recursal assim como ocorreu na Justia de primeira instncia questionar as normas federais. Os dbitos da Fazenda Pblica, como regra, so fixados em 6% ao ano, a exemplo do que se d na desapropriao, nos ttulos da dvida pblica e na composio dos precatrios, exemplificou o relator. Portanto, no h discriminao, muito menos discriminao arbitrria entre credores da Fazenda Pblica, afirmou.

O ministro ressaltou que, como o referido dispositivo trata igualmente todos servidores pblicos que tm direito a correo nas verbas indenizatrias, no h falar em inconstitucionalidade dela. No h qualquer tratamento discriminatrio. Todos os crditos, em face da Fazenda Pblica, so pagos, nos casos de juros de mora, com taxa de 6%, ressaltou, em seu voto, ao dar provimento ao recurso, declarando a constitucionalidade do artigo 1-F da Lei n 9.494/97.

De modo contrrio votou a ministra Crmen Lcia Antunes Rocha. Ela entendeu que o dispositivo em questo inconstitucional, por no vislumbrar, no caso, elementos que pudessem dotar de razo legtima de ser a norma nele contida.

A ministra lembrou que, embora a jurisprudncia do Supremo tenha considerado legtimo, em alguns casos, o tratamento diferenciado relativamente aos entes estatais, na espcie, a norma prev desigualao que fere o princpio da razoabilidade, alm de ser injusta. Ressaltou que a Fazenda Nacional reconhece a dvida do resduo de valor que deveria ter pago aos servidores, mas define, na norma, modo de pagar que os prejudica e que no caso em anlise no existem elementos que poderiam dotar de razo legtima de ser a norma descrita no artigo 1F, da Lei 9.494, tal como prev a Medida Provisria 2.225/2001.

Voto-vista

Hoje, a matria foi trazida para anlise do Plenrio pelo ministro Joaquim Barbosa, que pediu vista em agosto do ano passado. Ele acompanhou o relator e deu provimento ao recurso.

Nada h na Constituio Federal que impea o legislador de exercer o seu poder de conformao normativa estabelecendo disciplina diversa para situaes diferenciadas, desde que justificadas as diferenciaes luz do princpio da proporcionalidade e preservado o direito fundamental propriedade, disse Barbosa, ao ressaltar que o litgio, em qualquer de suas formas, no deve ser considerado como opo de financiamento.

Ele tambm concluiu que as circunstncias que caracterizam a mora tributria no so anlogas quelas que caracterizam a mora de pagamento de verbas remuneratrias aos servidores pblicos.

Resultado

No julgamento de hoje, os ministros Joaquim Barbosa (voto-vista), Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Cezar Peluso, Celso de Mello e Ellen Gracie acompanharam o relator, Gilmar Mendes, pelo provimento do recurso. J os ministros Carlos Ayres Britto, Marco Aurlio e Seplveda Pertence votaram com a divergncia aberta pela ministra Crmen Lcia, pelo no provimento do RE. Assim, por maioria, os ministros julgaram constitucional o artigo 1-F da Lei 9.494/97.

6.1.2. Ministro defere liminar e analisa constitucionalidade de lei em Reclamao.

Veiculada em 07.03.2007.

O ministro Gilmar Mendes deferiu medida liminar requerida na Reclamao (RCL) 4987 pelo municpio de Petrolina-PE. O pedido objetivava a suspenso da deciso proferida pelo juzo da 1 Vara do Trabalho da comarca de Petrolina-PE. Esta deciso considerou como pequeno valor, para pagamento de dbitos do municpio, a quantia de R$ 4.217,69, determinando o imediato pagamento.

O municpio alega que a Lei municipal 1.899/06 determina como pequeno valor a quantia de R$ 900 para pagamento de dbitos, independente de precatrio. Entretanto, esta lei foi afastada pelo juzo trabalhista, que considerou a matria de atribuio privativa de lei federal, sendo regulada pelo artigo 87 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT, que estipulou como pequeno valor a quantia referente a 30 salrios mnimos.

Para o municpio, esta deciso afronta o entendimento do STF na ADI 2868, que possibilitou aos Estados membros fixar valor referencial inferior ao do artigo 87 do ADCT (30 salrios mnimos). Na Reclamao, o municpio alega, ainda, urgncia na medida liminar, uma vez que seria iminente o bloqueio de verbas pblicas para a satisfao do crdito considerado pelo juzo reclamado, a seu ver erroneamente, como de pequeno valor.

(volta ao ndiceAo analisar a questo, o ministro Gilmar Mendes concluiu tratar-se da possibilidade de se analisar, em sede de reclamao, a constitucionalidade de lei de teor idntico ou semelhante lei que j foi objeto da fiscalizao abstrata de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

Para o ministro, em relao lei de teor idntico quela que j foi objeto do controle de constitucionalidade no STF, poder-se-, por meio da reclamao, impugnar a sua aplicao ou rejeio por parte da Administrao ou do Judicirio, requerendo-se a declarao incidental de sua inconstitucionalidade, ou de sua constitucionalidade, conforme o caso. Ou seja, caso o STF tenha julgado a constitucionalidade de uma lei, por meio de Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ou Ao Declaratria (ADC), no pode deixar de analisar a constitucionalidade de outra lei, com teor idntico, quando provocado por Reclamao.

Conforme a deciso, esta anlise da Reclamao, reflete um poder implcito conferido ao STF para preservar a sua competncia ou garantir a autoridade de suas decises, fiscalizando incidentalmente a constitucionalidade das leis e dos atos normativos.

Analisando a possvel afronta da deciso do juzo trabalhista perante o julgado na ADI 2868, Gilmar Mendes entendeu ser possvel reconhecer a constitucionalidade da lei municipal que limitou o pequeno valor em 900 reais, pois o entendimento do STF assegurou a autonomia das entidades federativas, de forma que Estados e Municpios possam adequar o sistema de pagamento de seus dbitos s peculiaridades financeiras locais.

Ao deferir o pedido liminar do municpio, suspendendo os efeitos da deciso do juiz da 1 Vara do Trabalho de Petrolina, Gilmar ressaltou que o referencial de pequeno valor R$ 900 (novecentos reais) fixado pela lei municipal 1.899/06 deve ser respeitado pelo juzo reclamado.

6.2. Superior Tribunal de Justia (www.stj.gov.br).

6.2.1. Justia especializada competente para julgar aes relativas representao sindical aps EC.

Veiculada em 08.03.2007.

Com a promulgao da Emenda Constitucional n 45/2004, as aes de cobrana de contribuio sindical rural reclamadas por confederao devem ser processadas e julgadas pela Justia especializada. Com esse entendimento, o ministro Humberto Martins, da Primeira Seo do Superior Tribunal de Justia (STJ), declarou competente o juzo da 1 Vara do Trabalho de Lages (SC) para julgar a ao proposta pela Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA) contra Terezinha Aparecida de Souza e outros.

Proposta a ao de cobrana pela CNA, a sentena foi proferida pelo juzo de Direito de Campo Belo do Sul (SC), em 5/7/2005, com resoluo do mrito e, na fase de execuo, o juzo cvel declinou da competncia para a Justia do Trabalho ao fundamento de que a EC n 45/2004 alterou o artigo 114, III, da Constituio Federal, passando a ser feito da competncia da Justia especializada.

O juzo da 1 Vara do Trabalho de Lages, citando precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do STJ, entendeu que o caso deveria permanecer na Justia comum, uma vez que j existe sentena proferida nos autos.

O ministro Humberto Martins destacou que, aps o advento da EC n 45/2004, passou a Justia especializada a ser competente para julgar e processar os feitos que envolvam a cobrana de contribuio sindical prevista no artigo 578 da Consolidao das Leis Trabalhistas (CLT), em aes propostas por sindicatos, federaes ou confederaes. O relator ressaltou que a nica exceo referente aos casos em que existiam sentenas proferidas anteriormente ao advento da EC n 45/2004.

No presente caso, o feito foi sentenciado em 5/7/2005, portanto posteriormente ao advento da EC n 45/2004. Dessa forma, quando proferida a sentena, no detinha o juiz de Direito competncia material para julgar estes autos, afirmou.

Assim, o ministro declarou a nulidade dos atos decisrios realizados nos autos no mbito da Justia comum, aps o advento da emenda constitucional, e determinou a sua remessa ao juzo especializado para proferir nova sentena.

(volta ao ndice6.2.2. Imposto de renda incide sobre gratificao por tempo de servio.

Veiculada em 08.03.2007.

O imposto de renda (IR) incide sobre os valores recebidos a ttulo de indenizao especial, ou seja, as gratificaes, gratificaes por liberalidade e por tempo de servio. Com esse entendimento, o ministro Jos Delgado, do Superior Tribunal de Justia, negou o pedido de Daniel Cordeiro contra a Fazenda Nacional. O ministro destacou deciso da Primeira Turma do STJ pela incidncia do IR sobre esses tipos de gratificao.

Daniel Cordeiro acionou o Poder Judicirio para contestar a incidncia do imposto de renda sobre verbas de gratificao por liberalidade ou tempo de servio. Os valores foram recebidos por ele quando da efetivao de acordo de demisso voluntria. Para o autor da ao, ilegal a incidncia do IR nesse caso porque os valores recebidos no representam acrscimo patrimonial.

Ao analisar o pedido, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3 Regio (So Paulo) manteve a cobrana do IR sobre o montante referente gratificao por liberalidade. A advogada de Daniel Cordeiro entrou com um recurso especial, que no foi admitido, no chegando ao STJ para julgamento. Diante da deciso, a defensora recorreu diretamente ao STJ com um agravo (tipo de recurso).

O agravo foi rejeitado em deciso individual do ministro Jos Delgado. O relator confirmou o julgado do TRF 3 Regio pela incidncia de imposto de renda sobre a gratificao por liberalidade. O ministro destacou o teor das smulas 125 e 136 do STJ, segundo as quais so isentas do IR as quantias recebidas a ttulo de frias no gozadas por necessidade de servio e o pagamento de licena-prmio tambm no gozada por necessidade de trabalho.

Por outro lado, segundo o ministro Jos Delgado, o mesmo no ocorre com relao aos valores recebidos a ttulo de gratificao por liberalidade ou por tempo de servio, pois essas quantias representam acrscimo patrimonial, portanto so sujeitas ao IR.

O ministro Jos Delgado citou precedente da relatoria do ministro Teori Albino Zavascki, tambm integrante da Primeira Turma. De acordo com a deciso, o pagamento feito pelo empregador a seu empregado, a ttulo de gratificao, em reconhecimento por relevantes servios prestados empresa, no tem natureza indenizatria. E, mesmo que tivesse, estaria sujeito tributao do imposto de renda, j que importou acrscimo patrimonial e no est beneficiado por iseno.

6.3. Tribunal Superior do Trabalho (www.tst.gov.br).6.3.1. Agrupamento de parcelas salariais possvel mediante negociao (RR 1122/2001-002-13-00.4).

Veiculada em 28.02.2007.

Embora a legislao trabalhista e a jurisprudncia do Tribunal Superior do Trabalho no permitam o chamado salrio complessivo o agrupamento numa nica parcela de valores referentes a diversos direitos legais e contratuais do trabalhador, sem discriminao -, a Primeira Turma do TST admitiu essa modalidade de pagamento num caso em que o agrupamento foi definido por norma coletiva, mediante livre negociao entre as partes. Com isso, a Turma deu provimento a recurso de revista do rgo Gestor de Mo-de-Obra do Porto de Cabedelo (PB), isentando-o do pagamento de adicional de risco porturio a um trabalhador, em processo relatado pela juza convocada Maria de Assis Calsing.

A parcela relativa ao adicional foi deferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 13 Regio (Paraba), tendo em vista que era paga juntamente com outras verbas, de forma agrupada, sob uma nica rubrica, conforme previsto na conveno coletiva da categoria. O TRT/PB, considerando tratar-se de salrio complessivo, entendeu que a clusula era abusiva, pois impediria a verificao do acerto quanto a seu pagamento.

No julgamento do recurso do OGMO, a juza Maria Calsing observou que, de fato, a Smula n 91 do TST uniformiza o entendimento do Tribunal no sentido de no admitir o salrio complessivo. Cumpre salientar, no entanto, que se refere aos casos em que a modalidade adotada por clusula contratual, ressaltou a juza. Apesar disso, a relatora destacou que o TST tem se mostrado atento ao fato de que devem prevalecer os termos do que tem sido acordado mediante negociao coletiva, privilegiando os termos alcanados que atendam mutuamente aos interesses das categorias envolvidas, em respeito ao que prev o artigo 7, inciso XXVI, da Constituio Federal.

(volta ao ndice6.3.2. Contrato de experincia no afasta direito estabilidade acidentria (RR-377/2003-008-03-00.4).

Veiculada em 05.03.2007.

Empregada que sofre acidente de trabalho durante o contrato de experincia faz jus estabilidade provisria prevista no artigo 118 da Lei n 8.213/91. Esta foi a deciso que prevaleceu na Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho. O tema mereceu amplo debate e o voto vencedor foi o emitido pelo ministro Lelio Bentes Corra. A empregada, de 45 anos de idade, foi admitida em agosto de 2002 para exercer a funo de cuidadora na Associao Grupo Esprita O Consolador, com salrio de R$ 300,00. Sua funo era tomar conta de pacientes com transtornos psicolgicos.

Em outubro de 2002, a empregada foi dispensada do emprego sem justa causa e, em maro de 2003, ajuizou reclamao trabalhista. Na petio inicial contou que, em setembro de 2002, foi agarrada abruptamente pelo brao por uma das pacientes que apertou-lhe os pulsos durante cerca de 15 minutos. Ao mesmo tempo, teve que socorrer uma outra paciente ao lado, que estava caindo. As duas pacientes caram em cima da empregada, vindo a lesionar-lhe o brao e a coluna vertebral. Segundo o relato, uma das pacientes tinha 95 quilos e a outra, 75.

Ainda segundo a inicial, apesar de ter contado seu infortnio representante da instituio, nenhuma providncia foi tomada e esta ainda se recusou a emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). A percia mdica do INSS indicou que a paciente sofria de cervicolombalgia e artralgia no pulso direito, concedendo-lhe licena mdica por quatro meses. Findo o prazo, a licena foi prorrogada por mais trs meses. Portanto, a demisso ocorreu quando a empregada estava de licena. Na ao judicial, pediu reintegrao ao emprego e pagamento dos salrios relativos a todo o perodo de estabilidade acidentria.

A associao esprita, em contestao, negou a ocorrncia de acidente de trabalho e disse que sequer sabia que a reclamante estivera afastada por licena mdica. Imputou empregada a litigncia de m-f, pedindo sua condenao em multa. Afirmou, ainda, que a associao uma instituio filantrpica, sem fins lucrativos, e que a empregada estava agindo em conluio com o sindicato de classe. Por fim, argumentou que a empregada encontrava-se em contrato de experincia, no fazendo jus garantia estabilitria. Pediu a improcedncia da ao.

A sentena foi desfavorvel empregada. O juiz da 8a Vara do Trabalho de Belo Horizonte (MG) julgou a ao improcedente por dois motivos: a incompatibilidade do contrato de experincia com a estabilidade pretendida e a concluso do laudo pericial, que no apontou nexo de causalidade entre o fato narrado e a doena apresentada pela empregada.

Interposto recurso ordinrio no Tribunal Regional do Trabalho da 3a Regio (Minas Gerais), novamente a autora da ao no obteve sucesso. Segundo entendimento relatado no acrdo, a estabilidade do acidentado no se aplica ao empregado em contrato de experincia. A trabalhadora recorreu ao TST.

O processo chegou Primeira Turma do TST, provocando amplos debates e a tese vencedora, que deu ganho de causa empregada, foi defendida pelo ministro Lelio Bentes Corra. Segundo o ministro, se o acidente de trabalho tivesse ocorrido no curso de contrato a prazo determinado tpico, sua extino coincidiria com o trmino do perodo de afastamento para gozo do benefcio previdencirio. Mas em se tratando do contrato de experincia contrato a termo atpico, considerado o nimo de permanncia da relao jurdica que o distingue dos demais afigura-se inafastvel a concluso de que a intercorrncia do acidente atrai a incidncia do disposto no artigo 118 da Lei n 8.213/91 e d azo ao reconhecimento do direito estabilidade ali prevista, explicou.

Lelio Bentes justificou seu voto, ainda, no argumento de que a vocao natural do contrato de experincia converter-se em contrato a prazo indeterminado, tanto que a converso se dar naturalmente, desde que as partes no se manifestem em sentido contrrio, justificando-se plenamente a incidncia da proteo legal em favor do empregado acidentado, principalmente em se considerando a responsabilidade objetiva do empregador, a quem incumbia zelar pela segurana e higiene do meio ambiente do trabalho.

A instituio foi condenada a pagar empregada o valor correspondente aos salrios e consectrios devidos no perodo de 12 meses contados da cessao do auxlio-doena acidentrio.

(volta ao ndice6.3.3. Adeso a PDV no leva quitao plena de verbas trabalhistas (RR 857/2000-005-05-00.2).

Veiculada em 06.03.2007.

A adeso do trabalhador a um plano de desligamento voluntrio (PDV) acarreta apenas a quitao das parcelas que foram expressamente discriminadas no recibo da resciso contratual. A adoo desse entendimento levou a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho a deferir, conforme voto do ministro Aloysio Corra da Veiga (relator), recurso de revista a uma bancria que aderiu a um PDV promovido pelo Banco Baneb S/A. A deciso do TST garantiu trabalhadora o exame do seu pedido de pagamento e integrao de horas extras na primeira instncia trabalhista.

O recurso foi interposto no TST contra deciso do Tribunal Regional do Trabalho da 5 Regio (Bahia), que afirmou a quitao ampla dos dbitos trabalhistas - fruto da adeso da trabalhadora proposta de desligamento incentivado formulada pela instituio financeira. O TRT baiano manteve sentena contrria trabalhadora e frisou, ainda, a validade da transao entre as partes, por entender que no ocorreu qualquer vcio de consentimento na adeso da bancria ao PDV.

Quando as partes negociam a extino do contrato de trabalho atravs da adeso do empregado ao programa de demisso voluntria (PDV) e o empregador, no termo rescisrio, efetua o pagamento de horas extras requeridas, sem que haja ressalva especfica do valor efetivamente devido, pressupe quitao plena, dado o aspecto que envolve o trmino contratual, considerou o acrdo regional.

Uma vez submetida a questo ao TST, a Sexta Turma adotou entendimento oposto. "Com efeito, o termo de adeso, genericamente tratado, por desatender aos requisitos do artigo 1.025 do Cdigo Civil de 1916, atualmente correspondendo ao artigo 840 do Cdigo Civil de 2002, no implica transao, ou pelo menos, no alcana o efeito pretendido, qual seja, a quitao geral das obrigaes trabalhistas, com a conseqente extino do processo, sem julgamento do mrito, afirmou Aloysio Veiga.

O relator do recurso prosseguiu em sua anlise para ressaltar que, no mbito do Direito do Trabalho, a transao no gera os mesmos efeitos da legislao civil, pois no Brasil adota-se o princpio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, considerando-se nulo, luz do artigo 9 da CLT, todo ato destinado a fraudar ou impedir a aplicao da legislao trabalhista.

Mesmo no plano da legislao civil, destacou Aloysio Veiga, no h abrangncia ampla para a transao inscrita no artigo 840. Segundo ele, jamais e em tempo algum se pode pretender que a transao ultrapasse os limites do objeto estipulado no negcio. Inexiste quitao genrica de toda uma relao jurdica, explicou.

A deciso regional tambm mostrou-se contrria ao artigo 477, pargrafo 2, da CLT, que restringe a validade do instrumento de resciso, ou recibo de quitao, especificao da natureza de cada parcela paga ao trabalhador, acompanhada da indicao do seu respectivo valor. Somente sobre essas parcelas ser considerada vlida a resciso do contrato de trabalho, prev a norma.

Aloysio Veiga ressaltou, por fim, que os limites da transao e da quitao tambm esto expressos na Orientao Jurisprudencial n 270 da Seo Especializada em Dissdios Individuais 1 (SDI-1) do TST. De acordo com esse entendimento, a transao extrajudicial que importa na resciso do contrato de trabalho ante a adeso do empregado ao plano de demisso voluntria implica quitao exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo".

(volta ao ndice6.3.4. Apontadora de jogo do bicho perde ao na Justia do Trabalho (RR-1650/2003-011-12-00.1).

Veiculada em 06.03.2007.

No h como reconhecer a validade do contrato de trabalho de apontadora de jogo do bicho, por envolver pedido baseado em atividade ilcita. Esta a deciso unnime da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho que, acompanhando o voto do ministro relator, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, deu provimento ao recurso do dono da banca.

A ao trabalhista foi proposta em dezembro de 2003. Na petio inicial a trabalhadora, de 44 anos, alegou que foi contratada pela Banca da Sorte Ltda ME, como vendedora, em abril de 2003, com salrio de R$ 250,00. Disse que foi demitida sem justa causa em novembro do mesmo ano, sem ter recebido as verbas rescisrias. Pediu que a empresa fosse compelida a fazer as anotaes em sua carteira de trabalho, a entregar as guias para recebimento de seguro desemprego e a pagar FGTS e demais verbas trabalhistas.

O empregador, Marcos Zommer, compareceu em juzo para contestar a ao. Disse que era dono de uma banca de jogo do bicho localizada na Avenida Oscar Barcelos, em frente a Ivo Motos, bairro centro, em Rio do Sul (SC), e que a empregada foi contratada por ele como coletora de apostas.

O bicheiro alegou em sua defesa que, tendo em vista a ilicitude do jogo do bicho, a Banca da Sorte nunca existiu como pessoa jurdica e que portanto no seria parte legtima para constar no plo passivo da ao. Alegou, ainda, a impossibilidade jurdica do pedido porque o objeto do contrato era ilcito. Disse que a cambista tinha total conhecimento da ilicitude de seu trabalho. A causa da relao jurdica ilcita e imoral. No se pode reconhecer qualquer direito. Do contrrio, estar-se-ia legalizando um ajuste contra a ordem, enfatizou o bicheiro na inusitada defesa.

A sentena foi favorvel cambista. O dono da banca de bicho foi condenado a anotar a carteira de trabalho da empregada, na qualidade de vendedora, alm de pagar os meses relativos ao seguro-desemprego, frias, 13 salrio, FGTS e multa por atraso no pagamento das verbas rescisrias.

Insatisfeito com a deciso, o bicheiro recorreu. O Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regio (Santa Catarina) manteve a condenao. Segundo o acrdo, em que pese a ilicitude do jogo do bicho, considerar nulo o contrato de trabalho celebrado com o trabalhador que exerce suas atividades na coleta de apostas significaria premiar o contraventor, desobrigando este de cumprir as leis trabalhistas em prejuzo daquele.

Novo recurso foi interposto, dessa vez ao TST. O dono da banca de jogo do bicho conseguiu reverter a deciso. Segundo entendimento prevalecente no TST, consubstanciado na Orientao Jurisprudencial n 199 da Seo de Dissdios Individuais 1 (SDI-1), no h contrato de trabalho em face da prestao de servios em jogo do bicho, ante a ilicitude do objeto.

Pelo entendimento da Corte, quem presta servios em banca de jogo de bicho exerce atividade ilcita, definida por lei como contraveno penal. Por tal motivo, no h como reconhecer a validade do contrato de trabalho, pois o Judicirio Trabalhista estaria convalidando uma prtica contratual que se encontra em total desarmonia com os princpios legais que regem os contratos.

6.3.5. CSJT, Sees e Comisses do TST tm novos integrantes.

Veiculada em 07.03.2007.

Em sesso extraordinria do Pleno hoje (07), o Tribunal Superior do Trabalho definiu a composio de suas Comisses Permanentes, alm dos ministros que passam a integrar os rgos colegiados em razo das aposentadorias dos ministros Ronaldo Lopes Leal e Luciano de Castilho Pereira. Os ministros Carlos Alberto Reis de Paula e Antonio Jos Barros Levenhagen passaro a integrar a Seo Administrativa do TST e tambm o Conselho Superior do Justia do Trabalho (CSJT). Os ministros Ives Gandra Martins Filho e Joo Batista Brito Pereira so os novos integrantes da Seo de Dissdios Coletivos (SDC) do TST. Veja a seguir como ficou a composio das Comisses Permanentes do TST:

Comisso de Jurisprudncia e Precedentes Normativos:

Ministro Vantuil Abdala presidente

Ministro Gelson de Azevedo membro titular

Ministro Ives Gandra Martins Filho membro titular

Ministro Aloysio Veiga membro suplente

Comisso de Regimento Interno:

Ministro Joo Batista Brito Pereira presidente

Ministro Simpliciano Fernandes membro titular

Ministro Emmanoel Pereira membro titular

Ministro Horcio Pires membro suplente

Comisso de Documentao:

Ministra Maria Cristina Peduzzi presidente

Ministro Renato de Lacerda Paiva membro titular

Ministro Lelio Bentes Corra membro titular

Ministra Rosa Maria Weber membro suplente

(volta ao ndice6.3.6. TST decide pela validade da contratao de menores pela ECT (RR-54300/2002-900-10-00.8).

Veiculada em 06.03.2007.

O trabalho prestado por menores Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT), por meio de convnio firmado com entidades assistenciais, legal, tendo em vista a natureza scio-educativa das atividades exercidas pelos adolescentes, cujos programas sociais encontram amparo na Lei n 8.069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente). A deciso foi tomada pela unanimidade dos integrantes da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho que, acompanhando o voto do ministro Renato de Lacerda Paiva, no conheceu de recurso do Ministrio Pblico do Trabalho da 10 Regio (Distrito Federal e Tocantins).

A deciso diz respeito a uma ao civil pblica ajuizada pelo MPT em abril de 1999, questionando a legalidade da contratao de menores pela ECT. A ao baseou-se na denncia feita por um promotor de justia da cidade de Miracema (TO), que acusou a ECT de utilizao irregular de mo-de-obra de adolescentes na qualidade de menores aprendizes. A partir da promulgao da Emenda Constitucional n 20/98, a idade mnima para o trabalho passou a ser de 16 anos, permitido o trabalho de maiores de 14 anos apenas na qualidade de aprendiz.

Instaurado procedimento investigatrio, a ECT defendeu a legalidade do programa apontando seu cunho social em benefcio de menores carentes. Justificou o pagamento de meio salrio mnimo alegando que a durao do trabalho a metade da estabelecida para clculo do salrio mnimo legal. Segundo o Ministrio Pblico, ficou comprovado que no se tratam de menores aprendizes, no havendo justificativa legal para o pagamento de meio salrio mnimo, ainda que a jornada seja reduzida.

Com a justificativa de promover um programa voltado para o menor carente, a ECT tem se beneficiado de mo-de-obra barata e sem concurso pblico, destacou o MPT. Qual a justificativa legal para se utilizar de mo-de-obra barata de adolescentes, quando pais de famlia sofrem com o desemprego?, indagou o Ministrio Pblico do Trabalho. Ainda segundo a denncia do MPT, que defende a extino do programa, a ECT mantm em seus quadros cerca de sete mil trabalhadores mirins, o que significa 10% da fora total de trabalho da empresa, que recebem salrio nfimo e com a qual a empresa s tem dois anos de responsabilidade.

De acordo com a pea judicial, ainda que a ECT ajustasse sua conduta pagando aos adolescentes salrio igual ao dos empregados adultos, persistiria uma ilegalidade de natureza constitucional: a ausncia de concurso pblico. Em contestao, a ECT afirmou que o programa de contratao de menores destinado a adolescentes oriundos de famlias de baixa renda com objetivo de retirar da ociosidade das ruas os menores carentes, encaminhando-os a uma atividade benfica.

Alegou que o ingresso dos adolescentes no programa ocorre por meio de instituies filantrpicas legalmente constitudas e conveniadas com a ECT, obedecendo os seguintes requisitos: renda familiar de at trs salrios mnimos, idade mnima de 16 anos e comprovao de freqncia no ensino regular, a partir da 5 srie. Disse, tambm, que a jornada de quatro horas diria de trabalho compatvel com o horrio escolar.

Quanto forma de remunerao, alegou que os adolescentes ganham 50% do salrio mnimo em espcie, mais vale transporte, vale-cesta alimentao, uniforme, assistncia mdica e odontolgica nos ambulatrios internos da ECT e atendimento de sade na rede credenciada da empresa, em caso de acidente de trabalho. Afirmou que as instituies conveniadas recebem uma taxa de administrao e o repasse de todos os encargos sociais devidos aos adolescentes.

Por fim, ressaltou que o programa de contratao de menores foi premiado pela Fundao Abrinq, na categoria Direitos da Criana e do Adolescente, como uma Empresa Amiga da Criana, premiao que conta com o apoio da Unicef. A 15 Vara do Trabalho de Braslia julgou a ao improcedente. O programa de apoio ao menor carente, ao inseri-lo na aprendizagem do mercado de trabalho, possui grande relevncia social, mesmo porque o Estado, em seu sentido estrito, no vem cumprindo seu dever constitucional de garantir o direito social educao, destacou a sentena.

(volta ao ndiceO MPT recorreu da deciso, insistindo que o programa desenvolvido pela ECT no atende aos requisitos legais da aprendizagem e que os adolescentes exercem atividades tpicas de adultos, suprindo a falta de pessoal de apoio. Combateu, ainda, a contratao de mo-de-obra sem a realizao de concurso pblico. O Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regio manteve a deciso. Segundo o acrdo, dentre os objetivos fundamentais da Repblica est a erradicao da pobreza e da marginalizao, com a reduo das desigualdades sociais e regionais.

A valorizao do trabalho e da livre iniciativa insere-se como um dos fundamentos do Estado democrtico de direito. Nesse compasso, sendo dever do Estado, da sociedade e da famlia assegurar criana e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito profissionalizao, dentre outros, ostentam validade convnios celebrados por empresa pblica e entidades assistenciais destinados a conceder a adolescentes carentes frentes de trabalho, registrou o acrdo do TRT.

A discusso chegou ao TST por meio de recurso de revista. De acordo com o voto do ministro Renato Paiva, a contratao feita pela ECT ocorreu dentro dos parmetros legais. O TRT reconheceu a celebrao vlida de convnios destinados a fomentar a profissionalizao de adolescentes carentes, a qual encontra amparo na Lei n 8.069/90. Por esta razo, concluiu no ser a hiptese de provimento de emprego pblico, sem a realizao de concurso, afirmou o relator.

Segundo o ministro Renato Paiva, o TRT considerou que, embora a ECT se beneficie dos servios, no h como reconhecer que se trata de vnculo empregatcio, at porque os adolescentes foram contratados pelas entidades assistenciais responsveis, que pagam a remunerao e demais vantagens, assumindo os encargos trabalhistas e previdencirios.

O TRT, de acordo com o relator, considerou comprovado o cunho scio-educativo do programa, levando em conta, dentre outros, o documento, constante nos autos, de reconhecimento, pela Fundao Abrinq, de que o programa atendeu s garantias do Estatuto da Criana e do Adolescente e ainda, o fato de as atividades externas terem sido autorizadas pela Vara de Infncia e Juventude.

6.3.7. Mantida descaracterizao de contrato temporrio de carpinteiro (AIRR 26432/2005-006-11-40.6).

Veiculada em 06.03.2007.

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a deciso que declarou nulo o contrato de trabalho por prazo determinado e condenou uma empresa de construo civil do Amazonas a pagar as verbas rescisrias tpicas do contrato comum a um carpinteiro. Ao negar o agravo de instrumento da empresa RD Engenharia e Comrcio Ltda., o ministro relator Carlos Alberto Reis de Paula afirmou que o TRT da 11 Regio (Amazonas e Roraima) concluiu, com base em fatos e provas, que a empresa utilizou-se de autorizao prevista em norma coletiva para eliminar o pagamento de direitos ao trabalhador.

De acordo com a deciso regional, o carpinteiro foi contratado para desempenhar funo intrinsecamente ligada atividade especfica da empresa de construo. O artigo 443 da CLT permite a contratao por prazo determinado em trs situaes: para execuo de servio cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminao do prazo, em caso de atividades empresariais de carter transitrio e em caso de contrato de experincia. Segundo o TRT/11, o trabalho do carpinteiro no se enquadra em nenhuma dessas hipteses, j que ele exercia funo essencial na construo civil, construindo formas e caixotes de madeiras.

No recurso ao TST, a defesa da RD Engenharia afirmou que contratou o carpinteiro por prazo determinado (com vigncia entre 08/03/2005 e 08/04/2005), em carter transitrio e com base na clusula 38 da Conveno Coletiva da categoria. Contestou a condenao ao pagamento de aviso prvio, 13 salrio, frias com o tero constitucional, FGTS mais a multa de 40%, entre outras parcelas, alegando que no poderia ser penalizada apenas por ter cumprido a Conveno.

(volta ao ndiceEm seu voto, o ministro Carlos Alberto rejeitou o argumento da empresa. A previso da contratao a termo em norma coletiva no socorre a reclamada, pois, muito embora a Constituio Federal consagre o reconhecimento da negociao coletiva de trabalho, tal pactuao deve ser fruto de discusso entre sindicatos e empresas participantes, visando sejam estipuladas condies de trabalho, de um lado, com concesso de alguns benefcios pela empresa, e de outro lado, renncia de direitos pelo empregado, enfatizou.

Segundo o relator, no caso em questo, ficou claro que no houve concesses recprocas, mas somente eliminao de direitos do trabalhador. A durao indeterminada dos contratos regra geral, ordinria, enquanto os contratos com fixao de prazo constituem a exceo, tm carter extraordinrio e como tal somente podem ser celebrados nas estritas hipteses legais que, consoante quadro ftico traado pelo Regional, no se verificaram no caso concreto, acrescentou. Carlos Alberto acrescentou que as normas de proteo do trabalhador no podem ser suplantadas pelas vontade das partes, nem mesmo por acordo ou conveno coletiva.

6.3.8. Desapropriao de hospital preserva direito de empregada (RR-1282/2004-521-04-00.4).

Veiculada em 09.03.2007.

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou (no conheceu) recursos do Municpio de Erechin (RS) e da Fundao Hospitalar Santa Terezinha de Erechin contra deciso do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio (RS) que garantiu direitos trabalhistas a uma auxiliar de enfermagem de um hospital privado transformado em fundao pblica. O municpio e a fundao alegaram que o contrato deveria ser tido como nulo por falta de aprovao em concurso pblico. O relator do recurso foi o ministro Aloysio Corra da Veiga.

Em 1994, por fora de lei municipal, houve a desapropriao amigvel das cotas sociais do hospital e, conseqentemente, sua transformao em empresa pblica, passando a sujeitar-se s normas constitucionais que restrigem o ingresso por meio de concurso pblico. Em que pese o prazo de 12 meses para que a instituio regularizasse o quadro de empregos e salrios, no houve qualquer providncia quanto realizao de concurso pblico. Nada foi feito tambm em relao alterao da natureza da pessoa jurdica.

O TRT/RS reconheceu a validade do contrato de trabalho da auxiliar de enfermagem, que trabalhou sob as normas da CLT de 19/10/1998 a 31/12/2002, apontando a solidariedade do municpio e da fundao pelos dbitos trabalhistas, como FGTS mais multa de 40% e pagamento de indenizao correspondente ao vale-refeio, a partir da transformao da natureza jurdica do hospital em fundao pblica.

Segundo o TRT/RS, a trabalhadora no poderia ser responsabilizada pela inrcia do Poder Pblico Municipal em regular, na forma da lei, a natureza jurdica do hospital aps a desapropriao das cotas da empresa privada. No recurso ao TST, municpio e fundao insistiram na tese de nulidade do contrato por falta de concurso pblico, situao que afasta direitos decorrentes do contrato de trabalho, a no ser o salrio em sentido estrito.

O relator do recurso, ministro Aloysio Corra da Veiga, explicou que no h como acolher o pedido, pois a nulidade do contrato de trabalho, ante a ausncia do requisito do concurso pblico, decorrente da contratao realizada por ente pblico, o que no o caso. O fato de o hospital, como empresa privada, ter sido desapropriado pelo Municpio e, passado o perodo de desapropriao, se transformado em empresa pblica, denota a inexistncia de contratao com ente pblico ao arrepio da norma inscrita no artigo 37, inciso II, da Constituio Federal, afirmou.

(volta ao ndice6.3.9. Unio arca com percia em favor de beneficirio de justia gratuita (RR 1585/2004-001-24-00.2).

Veiculada em 12.03.2007.

Ainda que no figure como parte, a Unio deve arcar com o pagamento de honorrios periciais em processo trabalhista em que a parte vencida (ou sucumbente) beneficirio da justia gratuita. A deciso foi adotada pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em processo oriundo do Tribunal Regional do Trabalho da 24 Regio (Mato Grosso do Sul). O relator foi o ministro Alberto Bresciani. Na ao trabalhista ajuizada por um ex-empregado contra a empresa Friboi, a Justia do Trabalho negou o pagamento de adicional de insalubridade ao reclamante.

Ocorre que, durante a tramitao do processo, foi realizada percia tcnica para dirimir o litgio e, sendo a parte perdedora beneficiria da justia gratuita, o TRT/MS atribuiu Unio a responsabilidade pelo pagamento dos honorrios periciais. Aps questionar a condenao, sem xito, mediante embargos de declarao perante o Regional, a Unio ingressou com recurso de revista junto ao TST, visando eximir-se da obrigao do pagamento dos honorrios, sob a alegao de no constar como parte da ao trabalhista.

O relator do processo no TST, ministro Alberto Bresciani, negou provimento ao recurso e manteve a deciso regional. Em seu voto, Bresciani referiu-se o artigo 5 da Constituio Federal, que preceitua que o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos, assegurando-se ao necessitado a realizao da prova tcnica indispensvel averiguao do direito controvertido.

Para o ministro, no mbito da Justia do Trabalho, sucumbente o beneficirio da assistncia judiciria gratuita quanto pretenso do objeto da percia, incumbe ao Estado, por meio da Unio, o pagamento dos honorrios periciais. Referindo-se a precedentes, o relator citou decises da Seo Especializada em Dissdios Individuais (SDI-1) do TST, que, por sua vez, seguiu orientao do Supremo Tribunal Federal, sobre o mesmo tema. O voto do ministro Alberto Bresciani foi seguido, por unanimidade, pelos demais integrantes da Terceira Turma do TST.6.3.10. TST decide sobre validade de intimao do Banespa (RR-821/2001-060-15-00.7).

Veiculada em 13.03.2007.

Se a parte que veio a juzo estiver representada por diversos advogados, qualquer um deles poder receber intimao, independentemente de ter sido formulado requerimento designando um ou outro advogado para este fim. Esta foi a deciso proferida pelos ministros da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, ao negar provimento a recurso de revista proposto pelo Banco do Estado de So Paulo S/A Banespa.

De acordo com o voto do ministro Renato de Lacerda Paiva, relator, a intimao vlida se constar da publicao os nomes das partes e de seus advogados. Segundo ele, a deciso est amparada no pargrafo 1 do artigo 236 do Cdigo de Processo Civil.

Trata-se de uma ao trabalhista proposta por uma ex-empregada do Banespa que aderiu ao Plano de Demisso Voluntria (PDV) do banco. A Vara do Trabalho negou seu pedido de horas extras e reflexos mas, em fase de recurso ordinrio, o Tribunal Regional do Trabalho da 15 Regio (Campinas/SP) deu provimento parcial ao recurso da empregada, condenando o banco a indeniz-la pelas horas extraordinrias no pagas.

O Banespa interps embargos declaratrios ao TRT. Alegou que requereu, em sua pea de defesa, que as publicaes e notificaes fossem encaminhadas em nome do subscritor da contestao Dr. Ivan Carlos de Almeida - e, posteriormente, em nome do Dr. Arnor Serafim Junior. Segundo o banco, o Tribunal Regional desconsiderou tal pedido, ao enderear as publicaes em nome de outro advogado que no atuava nos autos.

O TRT no acolheu os embargos. Segundo a deciso, no foi constatada qualquer irregularidade, pois o banco foi intimado dos termos da sentena e demais atos subseqentes, atravs da imprensa oficial, em nome do primeiro dos advogados constantes do instrumento de mandato existente nos autos.

O Banespa interps recurso de revista pedindo a nulidade dos atos processuais a partir da publicao da sentena. Segundo o voto do ministro Renato Paiva, o TRT constatou que o banco foi intimado por meio da imprensa oficial, em nome de um dos seus patronos, regularmente constitudo. Nesse passo, no h que se falar em nulidade dos atos processuais a partir da publicao da sentena, concluiu.

(volta ao ndice6.4. Assessoria de Comunicao Social do TRT da 4 Regio (www.trt4.gov.br).

6.4.1. TRT-RS aprova Portaria referente execuo do e-Doc.

Veiculada em 06.03.2007.

O Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio (TRT-RS), Juiz Denis Marcelo de Lima Molarinho, assinou ontem (05) Portaria que esclarece o alcance da expresso As peties, acompanhadas ou no de anexos, cogitada no caput do art. 2 da Instruo Normativa n 28/2005, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para os fins previstos no art. 3 da mesma normatizao, que se refere execuo do Sistema Integrado de Protocolizao e Fluxo de Documentos (e-Doc).

No documento, o Presidente do Tribunal, no uso de suas atribuies, esclarece que a dispensa de apresentao posterior de originais e fotocpias autenticadas a que alude o art. 3 da Instruo Normativa n 28, de 02 de junho de 2005, baixada pelo Tribunal Superior do Trabalho, alcana todas as peties, bem como seus anexos, assim entendidos quaisquer documentos que as acompanhem, includas guias de custas e de depsito recursal.

A Portaria foi editada considerando: a existncia de Instruo Normativa (nmero 28/2005) do TST que estabelece ser da competncia dos Presidentes dos Tribunais a resoluo dos casos omissos relativamente execuo do Sistema Integrado de Protocolizao e Fluxo de Documentos Eletrnicos, denominado de e-Doc; que o e-Doc permite o envio eletrnico de peties, dispensada a apresentao posterior dos originais ou de fotocpias autenticadas (art. 3); que, no mbito do TRT-RS, algumas decises tm adotado interpretao restritiva para a expresso As peties, acompanhadas ou no de anexos, constante do caput do art. 2 da mencionada Instruo Normativa, a ensejar o no-conhecimento do recurso, por deserto.

A medida considera, ainda, que a confiabilidade e a segurana do sistema se assentam na plena aceitao e no livre curso das peties e documentos protocolizados na forma prevista na citada norma; no ser lgico que a parte, podendo utilizar de meio eletrnico para interposio do recurso, seja obrigada a comparecer pessoalmente Unidade Judiciria para entregar as guias de depsito recursal e de custas e outros documentos que entenda relevantes; e, por fim, que tal entendimento est consagrado no 1 do art. 11 da Lei n 11.419, de 19 de dezembro de 2006, na medida em que assegura aos documentos digitalizados a mesma fora probante dos originais, ressalvada a alegao de adulterao.

6.4.2. rgo Especial aumenta prazo para Conciliao em segunda instncia.

Veiculada em 06.03.2007.

O rgo Especial do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio (TRT-RS) aprovou ontem (05), em sesso ordinria, Resoluo Administrativa (nmero 01/2007) que eleva para 15 dias o prazo para que as partes manifestem interesse quanto realizao de audincia de conciliao do feito em segunda instncia antes do despacho para o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A medida vlida para os processos em que forem interpostos recursos de revista protocolados a partir de 07 de dezembro de 2006, excludos aqueles em que figurem como parte pessoa jurdica de direito pblico.

As audincias de conciliao em segunda instncia foram adotadas pelo TRT-RS como forma de incrementar a prtica da conciliao e, com isso, reduzir o nmero de processos encaminhados instncia superior, no caso o TST, em Braslia. A ao adotada pelo Tribunal gacho leva em conta, tambm, a importncia da conciliao como mtodo alternativo e eficaz na resoluo dos conflitos e tradicionalmente usado pela Justia do Trabalho.

6.4.3. TRT-RS suspende por 60 dias tramitao de processos da RFFSA.

Veiculada em 06.03.2007.

A tramitao dos processos em que a Rede Ferroviria Federal S.A (RFFSA) figure como parte ou interessada no mbito da Justia do Trabalho da 4 Regio est suspensa pelo prazo de 60 dias a partir da publicao da Resoluo Administrativa nmero 02/2007. A medida foi aprovada ontem (05) tarde pelo rgo Especial do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio (TRT-RS).

A deciso foi tomada considerando que: a Medida Provisria nmero 353, de 22 de janeiro de 2007, transferiu para a Unio ou para a VALEC Engenharia, Construes e Ferrovias S.A., conforme o caso, as aes judiciais em que figura como parte ou interessada a Rede Ferroviria Federal RFFSA; a Advocacia-Geral da Unio, por meio do Ofcio n 01.038/2007/PRU4/RS-AGU, assinado pelo Exmo. Procurador Regional da Unio na 4 Regio, requereu expressamente a suspenso, por sessenta dias, da tramitao dos processos em que a RFFSA figure como parte ou interessada; e os termos da Resoluo Administrativa nmero 1207/2007, aprovada pelo Colendo Tribunal Superior do Trabalho, em 15 de fevereiro de 2007, que determinou a suspenso, por sessenta dias, da tramitao dos processos em que a RFFSA figure como parte ou interessada.

(volta ao ndice6.5. Tribunal de Justia do Estado do Rio Grande do Sul (www.tj.rs.gov.br).

Atividades cartorrias sero padronizadas nos Foros da Capital.

Veiculada em 28.02.2007.

A partir de amanh (1/3), sero padronizadas as rotinas nas unidades judicirias Cveis do Foro Central e dos seis Foros Regionais de Porto Alegre (confira abaixo). A medida objetiva otimizar as atividades cartorrias, agilizando o atendimento das demandas processuais.

A uniformizao abranger os procedimentos para retirada de processos, solicitao de informaes, fornecimento de certides, recebimento de peties, entre outros.

O regramento estabelecido pela Ordem de Servio n 4/2007, do Diretor do Foro da Capital, Juiz Giovanni Conti. Substituir a Ordem de Servio n 02/2007, que entraria em vigor na mesma data. A normatizao ser publicada no Dirio da Justia nos prximos dias.

A iniciativa considerou as concluses apresentadas pela Comisso de Escrives, criada para analisar os problemas e as carncias na prestao de servios aos advogados, partes e pblico em geral. O levantamento priorizou os pontos crticos apontados em pesquisa de satisfao realizada junto aos usurios da Justia.

A Ordem de Servio n 04/2007-DF, determina que:

Artigo 1 - A retirada de processos para fotocpia junto aos Cartrios Judiciais, somente poder ser autorizada mediante a reteno da carteira da OAB do procurador habilitado ou estagirio regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

Artigo 2 - Para solicitao de vista de processo em Cartrio dever ser apresentada a informao processual atualizada no dia do pedido, que poder ser extrada nos Terminais de Auto Atendimento, Central de Informaes ou via internet.

Pargrafo nico - A vista do processo depender de apresentao e entrega de identidade do interessado, cujo documento ser restitudo imediatamente aps a consulta e devoluo dos autos no balco de atendimento.

Artigo 3 - As informaes processuais solicitadas por telefone somente sero fornecidas no horrio compreendido das 17h30min s 18h30min, restringindo-se ao que consta no sistema informatizado, sem manuseio do processo.

Pargrafo nico - O atendimento telefnico antes do horrio estabelecido no caput somente ser admitido quando no houver parte ou advogado aguardando atendimento no balco.

Artigo 4 - Os Escrives tero o prazo de 48 horas, contados do pedido, para o fornecimento de certides, mediante prvio pagamento do valor respectivo, salvo na hiptese de comprovada urgncia.

Pargrafo nico - As certides requeridas pela parte beneficiria de assistncia judiciria gratuita somente sero isentas de pagamento quanto indispensveis ao andamento do processo, salvo determinao judicial em contrrio.

Artigo 5 - As peties desacompanhadas de processos sero recebidas exclusivamente no PROTOCOLO JUDICIAL E SEUS ANEXOS, exceto quando devam ser obrigatoriamente entregues em dependncias administrativas.

Artigo 6 - vedada a carga de processos com audincias, leiles ou praas designadas, salvo determinao judicial em contrrio.

Artigo 7 - O atendimento de balco para partes e advogados ser atravs do sistema de distribuio de senhas, salvo nas hipteses de preferncia (idosos, gestantes, deficientes, etc.) previstas pela legislao vigente.

Artigo 8 - Revogam-se as disposies em contrrio, especialmente a Ordem de Servio n 02/2007-DF, o 2, do art. 3, da Portaria n 37/2005-DF e Ofcio-Circular n 09/93-GB-DF.

Artigo 9 - A presente Ordem de Servio entrar em vigor a partir do dia 01.03.2007.(volta ao ndice( volta ao sumrio(volta ao ndice( volta ao sumrio

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(volta ao ndice( volta ao sumrio(volta ao ndice( volta ao sumrio

Prof. Adalberto J. KasparyPas de nullit sans grief

Aps carregar pedras, durante dois meses, em outros canteiros de obras (de modo especial, no litoral catarinense...), estou de volta ao posto habitual.

Notaram a pequena alterao no ttulo da seo: a dica de portugus jurdico-forense passou para dica de linguagem jurdico-forense. O caso que o erro no conhece fronteiras idiomticas. No contentes em errar apenas em portugus, as pessoas aventuram-se por outros idiomas, passando (ou continuando, alguns) a errar em alemo, espanhol, francs, ingls e italiano; e, claro, em latim, mas este territrio j vem sendo estropiado h muito tempo. Da a razo da troca do termo portugus por linguagem, mais abrangente, no ttulo da costumeira seo.

Explicada a mudana, vamos dica de hoje, que diz respeito ao adgio francs que encima o texto Pas de nullit sans grief , freqente na doutrina e na jurisprudncia, s mais das vezes dizendo respeito a vcio do ato processual. O adgio traduz-se, em port