revista dos delegados de polícia de minas gerais - nº 3

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Page 1: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3
Page 2: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

EXPEDIENTE

ADEPOLC: Av. Contorno, 4.099 –

Funcionários – BH – MG(31) 3225-0529www.adepolc.com.br

SINDEPOMINAS: Rua dos Guajajaras, 1.268 –

Centro – BH – MG(31) 3272-7268

www.sindepominas.com.br

Jornalista ResponsávelAílson Santos – JPMG 5239

Estagiárias de JornalismoCaroline Pessoa (Sindepominas)

Juliana Silveira (Adepolc)Marina Gomes (Adepolc)

Projeto Gráfico e DiagramaçãoPedro Paulo Silva

Dennis Henrique Dias Peçanha

ImpressãoVBR Artes Gráficas

Tiragem4 mil exemplares

Distribuição Gratuita Circulação Dirigida

“Gosto muito da revista porque atende bem minhas expectativas. Eu só tenho elogios à primeira revista conjunta do Sindicato e Associação dos Delegados.”

Dr. Carlos Roberto Silveira Costa – Delegado São João Nepomuceno

“Achei ótima a última edição da Revista dos Dele-gados. Todo o conteúdo é muito bem direcionado. Parabéns!”

Dr. César Pereira dos Santos – Delegado Belo Horizonte

“Acho que a Revista deveria investir em um conteúdo mais aprofundado; gostaria de ver matérias mais direcionadas e menos operacionais.”

Dr. Aloísio Daniel Fagundes – Delegado aposentadoBelo Horizonte

“Acho a Revista dos Delegados muito bem feita. Avalio que o trabalho de classe do Sindicato e da Associação tem sido feito de forma positiva, firme, ética e, sobretudo, civilizada. São instituições com legitimidade e imunidade para cobrar das autorida-des competentes, aquilo que nós precisamos como avanço, não só para instituição Polícia Civil, como também para a própria sociedade.”

Dr. Jéferson Botelho – Delegado e Superintende de Investigação e Polícia Judiciária

Belo Horizonte

“O conteúdo de uma revista que pretenda formular e defender ideais e aspirações classistas tem de se caracterizar por textos que reflitam o equilíbrio, lucidez, clareza e firmeza de propósito de quem os tenha produzido. Com a Revista dos Delegados, afortunadamente, já tem sido assim. Para comprovar isso, basta que se percorra as páginas das duas últimas edições. Nada de culto à personalidades. Tudo pela instituição Polícia Civil. E tudo isso com um “quid” positivo a mais: o aspecto gráfico agradá-vel da Revista, bonita, atraente, papel de excelente qualidade e perfeita diagramação. Em síntese: verdadeiro convite à leitura. Até que, por fim, nossa classe passou a dispor de uma publicação da qual podemos nos orgulhar. Que venha o número 3!”

Dr. Manoel Jacinto Viana – Delegado aposentadoBelo Horizonte

CARTAS

Capa do número 2 da Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

Page 3: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

É com grande satisfação que chegamos à terceira edição da Revista dos Delegados de Polícia, edição conjunta do Sindicato e

Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais. Também é com grande alegria que comemoramos no dia 5 de março 22 anos de fundação do SINDEPOMINAS e, em especial, quatro anos de excepcionais progressos, quando foi iniciada uma nova era de avanços com inúmeros resultados positivos para a entidade e, principalmente, para a categoria.

Um dos reflexos deste trabalho já é sensível no interesse e aproximação demonstrados pelos parlamentares mineiros estaduais e federais em relação às duas entidades. A exemplo de outras tantas visitas ilustres recebidas durante o ano passado, acabamos de receber no mês de fevereiro a visita do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro. Além disso, já está sendo programada a recepção de outros Deputados Federais e Senadores na sede do SINDEPOMINAS e Associação.

Com destaque nesta edição, tratamos da formatura no mês de março dos 420 novos Delegados de Polícia. Uma boa notícia, após exaustiva campanha e mobilização sindical, mas que traz apenas alento para antigas reivindicações, já que ainda não resolve a carência de autoridades da Polícia Judiciária no interior de Minas. Aproveito para desejar sucesso aos nobres colegas Delegados.

Continuamos vigilantes pela aprovação da PEC 37 junto ao Congresso. Por isso, conclamamos os delegados a contatarem seus parlamentares locais a fim de reiterar a sua importância da proposta, ao contrário do que apregoa levianamente o Ministério Público.

Continuamos firmes no propósito de valorizar a PCMG

Marco Antônio Abreu ChedidPresidente do

SINDEPOMINAS

PresidenteDr. Marco Antônio Abreu ChedidVice-Presidente Dr. Edson José Pereira1º Tesoureiro Dr. Ronaldo Cardoso Alves2º Tesoureiro Dr. Nelson Henrique Queiroz Garofolo1º Secretário Geral Dr. Rodolfo Rabelo Alves2º Secretária Dra. Elisa Moreira CaetanoDiretora Social Dra. Miriam de Oliveira GaluppoDiretora Jurídica Dra. Danúbia Helena Soares QuadrosDiretora de MobilizaçãoDra. Maria Alice FariaDiretor Regional Sul Dr. Marcos de Souza PimentaDiretor Regional Norte Dra. Iara de Fátima Luiz GomesDiretor Regional Leste Dr. Fábio de Sousa HenriqueDiretor Regional Oeste Dr. Gilmar de Souza FreitasConselho FiscalDr. Wellington Sprovieri CamposDra. Carla Granata Afonso da SilveiraDra. Ana Glaura Soares e RuivoSuplentesDr. Aurelino Lucas de OliveiraDr. José Plínio Cardoso

DIRE

TORI

A DO

SIN

DEPO

MIN

ASEDITORIAIS

EXPEDIENTE

ADEPOLC: Av. Contorno, 4.099 –

Funcionários – BH – MG(31) 3225-0529www.adepolc.com.br

SINDEPOMINAS: Rua dos Guajajaras, 1.268 –

Centro – BH – MG(31) 3272-7268

www.sindepominas.com.br

Jornalista ResponsávelAílson Santos – JPMG 5239

Estagiárias de JornalismoCaroline Pessoa (Sindepominas)

Juliana Silveira (Adepolc)Marina Gomes (Adepolc)

Projeto Gráfico e DiagramaçãoPedro Paulo Silva

Dennis Henrique Dias Peçanha

ImpressãoVBR Artes Gráficas

Tiragem4 mil exemplares

Distribuição Gratuita Circulação Dirigida

“Gosto muito da revista porque atende bem minhas expectativas. Eu só tenho elogios à primeira revista conjunta do Sindicato e Associação dos Delegados.”

Dr. Carlos Roberto Silveira Costa – Delegado São João Nepomuceno

“Achei ótima a última edição da Revista dos Dele-gados. Todo o conteúdo é muito bem direcionado. Parabéns!”

Dr. César Pereira dos Santos – Delegado Belo Horizonte

“Acho que a Revista deveria investir em um conteúdo mais aprofundado; gostaria de ver matérias mais direcionadas e menos operacionais.”

Dr. Aloísio Daniel Fagundes – Delegado aposentadoBelo Horizonte

“Acho a Revista dos Delegados muito bem feita. Avalio que o trabalho de classe do Sindicato e da Associação tem sido feito de forma positiva, firme, ética e, sobretudo, civilizada. São instituições com legitimidade e imunidade para cobrar das autorida-des competentes, aquilo que nós precisamos como avanço, não só para instituição Polícia Civil, como também para a própria sociedade.”

Dr. Jéferson Botelho – Delegado e Superintende de Investigação e Polícia Judiciária

Belo Horizonte

“O conteúdo de uma revista que pretenda formular e defender ideais e aspirações classistas tem de se caracterizar por textos que reflitam o equilíbrio, lucidez, clareza e firmeza de propósito de quem os tenha produzido. Com a Revista dos Delegados, afortunadamente, já tem sido assim. Para comprovar isso, basta que se percorra as páginas das duas últimas edições. Nada de culto à personalidades. Tudo pela instituição Polícia Civil. E tudo isso com um “quid” positivo a mais: o aspecto gráfico agradá-vel da Revista, bonita, atraente, papel de excelente qualidade e perfeita diagramação. Em síntese: verdadeiro convite à leitura. Até que, por fim, nossa classe passou a dispor de uma publicação da qual podemos nos orgulhar. Que venha o número 3!”

Dr. Manoel Jacinto Viana – Delegado aposentadoBelo Horizonte

CARTAS

Capa do número 2 da Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

Page 4: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3
Page 5: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

SUMÁRIO 6 Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária Avanços e desafios

8 DIRETO DE BRASÍLIA

10 O Brasil diz SIM à PEC 37

12 “Tudo é segurança pública”

12 ENTREVISTA Dr. Edson Moreira

15 Congresso vai reunir Delegados de Polícia mineiros nos Estados Unidos

16 Missão possível: encontrar pessoas desaparecidas

19 ESPECIAL 420 novos Delegados de Polícia para Minas Gerais

23 RONDA

24 Presidente da ALMG visita SINDEPOMINAS e ADEPOLC

25 JURÍDICO

27 POR ONDE ANDA Dois Delegados A mesma paixão pela vida

29 ARTIGO Laudo pericial: documento eletrônico

29 ARTIGO Quo Vadis, Polícia Civil?

34 Poços de Caldas sedia Congresso Nacional de Delegados de Polícia

36 CONVÊNIOS

10

12

16

10 31

Page 6: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais6

Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária

Há quatro meses à frente da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária, o Delegado Dr. Jéferson Botelho, destaca os avanços relacionados aos investimentos em Recursos Humanos e em termos tecnológicos para a Polícia Civil de Minas Gerais.

Avanços e desafios

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 7

Segundo o superintendente, os resultados de 2012 foram muito positivos, já que todas

as metas do Estado foram supera-das. Para justificar a afirmativa, ele lembra que em 2012, foram entregues 223 mil TCO’s à Justiça, superando a meta estadual que era de 161 mil. O mesmo aconteceu com os inquéritos policiais conclu-ídos, onde a meta era de 141 mil e a Polícia Civil concluiu com êxito 158 mil inquéritos.

Apesar de todo esse êxito, Dr. Jéferson observa que ainda requer um esforço muito grande para que as metas definidas pelo IGESP de redução de inquéritos, em tramita-ção, instaurados até dezembro de 2008, sejam alcançadas. “Estamos trabalhando em mutirão nas De-legacias para seguir uma estratégia Nacional de Segurança Pública na conclusão desses inquéritos.”

Outra questão que aflige a Polícia Civil e, em especial, os Delegados é a que trata da res-ponsabilidade sobre as cadeias. “Atualmente, a Polícia Civil ainda mantém sob sua custódia 6 mil de-tentos. A meta é transferir todas as cadeias para a Superintendência de Administração Penitenciária – SUAPE, até 2015 ou, até mes-mo, antecipá-la para 2014.” Esse processo teria início com a transfe-rências dos presídios ocupados por menores e mulheres. Neste último caso, existe um agravante. O con-tingente de agentes mulheres na Polícia Civil é pequeno para aten-der e cumprir a Lei de Execução Penal, no que determina para a visitação de mulheres. Ainda esse

ano, a SUAPE irá assumir 43 no-vos presídios, enquanto outros 50 serão desativados.

Dr. Jéferson destaca que a Polí-cia Civil vem investindo muito na aquisição de inovações tecnológicas, mas também no aprimoramento e capacitação do policial. “O avanço em tecnologia precisa estar no com-passo dos investimentos em recursos humanos e, neste sentido, o respeito em relação à carga horária de traba-lho, o disciplinamento e a humani-zação foram grandes benefícios para a categoria conquistados nos últimos anos. No final do ano passado, duas turmas de 300 alunos se formaram na Academia de Polícia e a conti-nuidade na capacitação desses alu-nos faz parte dos projetos específicos para a Polícia Civil. Os investimen-tos para a melhoria da Instituição continuarão sendo feitos.” Para dar melhores condições de participação nas oportunidades de capacitação, está em estudo a criação de um au-ditório com capacidade para 500 pessoas e um hotel de trânsito.

Dentre os projetos futuros da Superintendência estão a criação da Delegacia de Investigação Mo-delo e a Delegacia Virtual. Para isso, foram contratadas duas con-sultorias especializadas.

Quanto à expectativa em tor-no da nova Lei Orgânica da Polícia Civil, Dr. Jéferson Botelho espera que “se crie uma lei moderna, atu-al e garantidora dos direitos”. Para ele, a Lei Orgânica não vem com a finalidade de resolver problemas salariais, mas sim garantir a inde-pendência da instituição, os deve-res e os direitos dos servidores.

Page 7: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 7

Segundo o superintendente, os resultados de 2012 foram muito positivos, já que todas

as metas do Estado foram supera-das. Para justificar a afirmativa, ele lembra que em 2012, foram entregues 223 mil TCO’s à Justiça, superando a meta estadual que era de 161 mil. O mesmo aconteceu com os inquéritos policiais conclu-ídos, onde a meta era de 141 mil e a Polícia Civil concluiu com êxito 158 mil inquéritos.

Apesar de todo esse êxito, Dr. Jéferson observa que ainda requer um esforço muito grande para que as metas definidas pelo IGESP de redução de inquéritos, em tramita-ção, instaurados até dezembro de 2008, sejam alcançadas. “Estamos trabalhando em mutirão nas De-legacias para seguir uma estratégia Nacional de Segurança Pública na conclusão desses inquéritos.”

Outra questão que aflige a Polícia Civil e, em especial, os Delegados é a que trata da res-ponsabilidade sobre as cadeias. “Atualmente, a Polícia Civil ainda mantém sob sua custódia 6 mil de-tentos. A meta é transferir todas as cadeias para a Superintendência de Administração Penitenciária – SUAPE, até 2015 ou, até mes-mo, antecipá-la para 2014.” Esse processo teria início com a transfe-rências dos presídios ocupados por menores e mulheres. Neste último caso, existe um agravante. O con-tingente de agentes mulheres na Polícia Civil é pequeno para aten-der e cumprir a Lei de Execução Penal, no que determina para a visitação de mulheres. Ainda esse

ano, a SUAPE irá assumir 43 no-vos presídios, enquanto outros 50 serão desativados.

Dr. Jéferson destaca que a Polí-cia Civil vem investindo muito na aquisição de inovações tecnológicas, mas também no aprimoramento e capacitação do policial. “O avanço em tecnologia precisa estar no com-passo dos investimentos em recursos humanos e, neste sentido, o respeito em relação à carga horária de traba-lho, o disciplinamento e a humani-zação foram grandes benefícios para a categoria conquistados nos últimos anos. No final do ano passado, duas turmas de 300 alunos se formaram na Academia de Polícia e a conti-nuidade na capacitação desses alu-nos faz parte dos projetos específicos para a Polícia Civil. Os investimen-tos para a melhoria da Instituição continuarão sendo feitos.” Para dar melhores condições de participação nas oportunidades de capacitação, está em estudo a criação de um au-ditório com capacidade para 500 pessoas e um hotel de trânsito.

Dentre os projetos futuros da Superintendência estão a criação da Delegacia de Investigação Mo-delo e a Delegacia Virtual. Para isso, foram contratadas duas con-sultorias especializadas.

Quanto à expectativa em tor-no da nova Lei Orgânica da Polícia Civil, Dr. Jéferson Botelho espera que “se crie uma lei moderna, atu-al e garantidora dos direitos”. Para ele, a Lei Orgânica não vem com a finalidade de resolver problemas salariais, mas sim garantir a inde-pendência da instituição, os deve-res e os direitos dos servidores.

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais8

Projeto prevê equipe multidisciplinar em delegacias antidrogas

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4604/12, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que torna obrigatória a existência de equipe multidiscipli-nar nas delegacias especializadas no combate às drogas. De acordo com a proposta, a equipe será formada, pelo menos, por um psicólogo e um as-sistente social. Os profissionais deverão atender aos usuários na hora de preencher o boletim de ocorrência na delegacia. O autor do texto argu-menta que, atualmente, muitos usuários chegam a delegacias apenas para registrar a ocorrência. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Projeto previne práticas abusivas em abordagens policiais

Projeto prevê que policiais só coloquem os de-dos no gatilho em último caso. Tramita na Câmara projeto que normatiza a abordagem policial com o objetivo de prevenir práticas abusivas contra a

população durante as chamadas batidas policiais. Pela proposta (PL 4608/12), do deputado Edson Pimenta (PSD-BA), na abordagem de mera fisca-lização, “os agentes manterão as armas travadas no coldre, agindo de forma cortês; na abordagem por suspeita fundamentada, as armas permane-cerão apontadas para o solo; e na abordagem de infrator da lei, as armas serão apontadas na sua direção, sem mirá-lo diretamente, com os dedos do policial fora do gatilho”.Ainda de acordo com o projeto, a condução de pessoa presa será feita sem o uso de algemas, salvo em caso de resistência, tentativa de fuga ou de risco à própria segurança, à de seus condutores, à de terceiros ou ao patrimônio. No caso de barreiras de trânsito, também será exi-gido o documento de identificação dos passageiros. O projeto já tramita em caráter conclusivo e será examinado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Integração de dados sobre ocorrências criminais

Uma das matérias aprovadas pela Câmara e transformada em lei (12.681/12) cria o Sistema Na-cional de Informações de Segurança Pública, Pri-sionais e sobre Drogas (Sinesp) para integrar dados

Dir

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Page 9: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 9

de ocorrências criminais e ajudar na formulação de políticas para o setor.

Sistema para acompanhar execução de penas

A Câmara aprovou o Projeto de Lei 2786/11, do Executivo, que cria um sis-tema informatizado para registrar dados de acompanhamento da execução de penas. O texto já foi convertido na Lei 12.714/12. O objetivo do sistema é evi-tar a perda de direitos dos presos, como a progressão de regime ou a liberdade por cumprimento da pena. Segundo a proposta, todos os dados serão acompa-nhados pelo juiz, pelo representante do Ministério Público e pelo defensor.

Aumento de pena para o tráfico de crack

Para o combate ao crack, os depu-tados aprovaram o aumento das penas para o tráfico da droga em 2/3 até o dobro. Atualmente, a pena é reclusão é de 5 a 15 anos. O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Segurança

Pública e Combate ao Crime Organi-zado para o PL 5444/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Segundo o texto, também estará sujeito ao mesmo aumento de pena quem importa, ex-porta, remete, produz, fabrica, adqui-re, expõe à venda, oferece ou fornece matéria-prima, insumo ou produto quí-mico destinado à preparação de crack. O projeto aguarda análise no Senado.

Tipificação do crime de formação de milícia ou grupos de extermínio

O crime de formação de milícia ou grupos de extermínio foi tipificado por meio da Lei 12.720/12, originária do Projeto de Lei 370/07, do deputa-do Luiz Couto (PT-PB). De acordo com o texto aprovado pela Câmara, o homicídio praticado por milícias está condicionado ao pretexto de presta-ção de serviço de segurança. Com o agravante, a pena pelo homicídio pra-ticado nessa condição poderá ser de 9 a 30 anos de reclusão. A lei também prevê pena de reclusão de 4 a 8 anos para aqueles que constituírem, orga-nizarem, integrarem, mantiverem ou custearem organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no Código Penal.

Banco de DNA para auxiliar investigações criminais

A criação de um banco de DNA para auxiliar nas investigações de cri-

mes violentos está prevista na Lei 12.654/12, cujo texto foi aprovado pela Câmara por meio do Projeto de Lei 2458/11, do Senado. A lei per-mite a coleta de DNA para identifi-cação criminal e obriga a realização do exame nos condenados por crimes hediondos ou naqueles praticados com violência grave. Os dados co-letados formarão um banco de perfis genéticos, que permitirá a compara-ção com o DNA encontrado em ou-tras cenas de crime, facilitando a pro-va de que a pessoa esteve no local. A polícia poderá pedir ao juiz o acesso a esses dados.

Rastreamento por celular para localizar desaparecidos

A Câmara aprovou o Projeto de Lei 3797/08, do deputado Valdir Co-latto (PMDB-SC), que permite às prestadoras de serviço de telefonia móvel alugarem suas redes para a lo-calização dos aparelhos celulares ope-rados por ela. A matéria foi aprovada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania (CCJ) e está em análise no Se-nado. O serviço de localização poderá ser oferecido por outras empresas es-pecializadas com o uso do GPS (Sis-tema de Posicionamento Global). O objetivo, segundo o autor da proposta, é ajudar a encontrar pessoas desapare-cidas e a rastrear idosos, pessoas com deficiência e adolescentes que preci-sem de acompanhamento.

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de ocorrências criminais e ajudar na formulação de políticas para o setor.

Sistema para acompanhar execução de penas

A Câmara aprovou o Projeto de Lei 2786/11, do Executivo, que cria um sis-tema informatizado para registrar dados de acompanhamento da execução de penas. O texto já foi convertido na Lei 12.714/12. O objetivo do sistema é evi-tar a perda de direitos dos presos, como a progressão de regime ou a liberdade por cumprimento da pena. Segundo a proposta, todos os dados serão acompa-nhados pelo juiz, pelo representante do Ministério Público e pelo defensor.

Aumento de pena para o tráfico de crack

Para o combate ao crack, os depu-tados aprovaram o aumento das penas para o tráfico da droga em 2/3 até o dobro. Atualmente, a pena é reclusão é de 5 a 15 anos. O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Segurança

Pública e Combate ao Crime Organi-zado para o PL 5444/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Segundo o texto, também estará sujeito ao mesmo aumento de pena quem importa, ex-porta, remete, produz, fabrica, adqui-re, expõe à venda, oferece ou fornece matéria-prima, insumo ou produto quí-mico destinado à preparação de crack. O projeto aguarda análise no Senado.

Tipificação do crime de formação de milícia ou grupos de extermínio

O crime de formação de milícia ou grupos de extermínio foi tipificado por meio da Lei 12.720/12, originária do Projeto de Lei 370/07, do deputa-do Luiz Couto (PT-PB). De acordo com o texto aprovado pela Câmara, o homicídio praticado por milícias está condicionado ao pretexto de presta-ção de serviço de segurança. Com o agravante, a pena pelo homicídio pra-ticado nessa condição poderá ser de 9 a 30 anos de reclusão. A lei também prevê pena de reclusão de 4 a 8 anos para aqueles que constituírem, orga-nizarem, integrarem, mantiverem ou custearem organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no Código Penal.

Banco de DNA para auxiliar investigações criminais

A criação de um banco de DNA para auxiliar nas investigações de cri-

mes violentos está prevista na Lei 12.654/12, cujo texto foi aprovado pela Câmara por meio do Projeto de Lei 2458/11, do Senado. A lei per-mite a coleta de DNA para identifi-cação criminal e obriga a realização do exame nos condenados por crimes hediondos ou naqueles praticados com violência grave. Os dados co-letados formarão um banco de perfis genéticos, que permitirá a compara-ção com o DNA encontrado em ou-tras cenas de crime, facilitando a pro-va de que a pessoa esteve no local. A polícia poderá pedir ao juiz o acesso a esses dados.

Rastreamento por celular para localizar desaparecidos

A Câmara aprovou o Projeto de Lei 3797/08, do deputado Valdir Co-latto (PMDB-SC), que permite às prestadoras de serviço de telefonia móvel alugarem suas redes para a lo-calização dos aparelhos celulares ope-rados por ela. A matéria foi aprovada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania (CCJ) e está em análise no Se-nado. O serviço de localização poderá ser oferecido por outras empresas es-pecializadas com o uso do GPS (Sis-tema de Posicionamento Global). O objetivo, segundo o autor da proposta, é ajudar a encontrar pessoas desapare-cidas e a rastrear idosos, pessoas com deficiência e adolescentes que preci-sem de acompanhamento.

Page 10: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais10

prio MP, sem filtros externos e sucessivos de legalidade;

5) Diz SIM à PEC 37 para que a investigação seja feita com controle, regras claras e objetivas, sem casuísmo ou seletividade midiática;

6) Diz SIM à PEC 37 para que a investigação seja técnica e sejam investigados fatos e não pessoas;

7) Diz SIM à PEC 37 para que o direito constitu-cional do investigado, que não é necessariamente um criminoso, seja respeitado e para que não haja investiga-ções secretas.

8) Diz SIM à PEC 37 porque não retira nenhuma atribuição do MP e não ali-ja a apuração pelo Órgãos de Controle Interno (v.g,. Receita Federal, TCU, TCE, CGU, CGE, COAF, Correge-dorias, etc,…), que permane-

1) Diz SIM à PEC 37 por-que inexiste previsão consti-tucional ou infraconstitu-cional autorizativa para que o MP proceda diretamente investigação criminal, ha-vendo razões de toda ordem (jurídica,filosófica, pragmáti-ca) contra a hipótese de vir a ter ou fazê-lo concorrente-mente às Polícias Judiciárias

2) Diz SIM à PEC 37 para que o MP trabalhe em coope-ração com a Polícia Judiciária, sem sobreposição, deixando de investigar autonomamen-te, em evidente ilegalidade e usurpação de função;

3) Diz SIM à PEC 37 para que o MP não faça concorrên-cia, mas trabalhe em coopera-ção com a Polícia Judiciária;

4) Diz SIM à PEC 37 para que a investigação seja feita na forma da lei e não com base em resoluções do pró-

O Brasil diz SIM à PEC 37

Page 11: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais10

prio MP, sem filtros externos e sucessivos de legalidade;

5) Diz SIM à PEC 37 para que a investigação seja feita com controle, regras claras e objetivas, sem casuísmo ou seletividade midiática;

6) Diz SIM à PEC 37 para que a investigação seja técnica e sejam investigados fatos e não pessoas;

7) Diz SIM à PEC 37 para que o direito constitu-cional do investigado, que não é necessariamente um criminoso, seja respeitado e para que não haja investiga-ções secretas.

8) Diz SIM à PEC 37 porque não retira nenhuma atribuição do MP e não ali-ja a apuração pelo Órgãos de Controle Interno (v.g,. Receita Federal, TCU, TCE, CGU, CGE, COAF, Correge-dorias, etc,…), que permane-

1) Diz SIM à PEC 37 por-que inexiste previsão consti-tucional ou infraconstitu-cional autorizativa para que o MP proceda diretamente investigação criminal, ha-vendo razões de toda ordem (jurídica,filosófica, pragmáti-ca) contra a hipótese de vir a ter ou fazê-lo concorrente-mente às Polícias Judiciárias

2) Diz SIM à PEC 37 para que o MP trabalhe em coope-ração com a Polícia Judiciária, sem sobreposição, deixando de investigar autonomamen-te, em evidente ilegalidade e usurpação de função;

3) Diz SIM à PEC 37 para que o MP não faça concorrên-cia, mas trabalhe em coopera-ção com a Polícia Judiciária;

4) Diz SIM à PEC 37 para que a investigação seja feita na forma da lei e não com base em resoluções do pró-

O Brasil diz SIM à PEC 37

cerão atuando normalmente por também haver expressa previsão constitucional e/ou legal, cujo re-sultado continuará podendo servir de base para ação penal.

9) Diz SIM à PEC 37 porque ela apenas EXPLICITA o que já consta na Constituição.

10) Diz SIM à PEC 37 porque não de trata de retaliação dos Par-lamentares ao MP, já que a recusa se dá desde a constituinte de 1988, com várias tentativas posteriores, além de que o chamado caso “men-salão” foi investigado pela Polícia Federal e não pelo MP, como che-gou a afirmar o Procurador-Geral da República;

11) Diz SIM à PEC 37 porque o MP tem outras importantes atri-buições sem paralelo com nenhum país do mundo, que precisa exer-cê-la e conhecendo seus limites. “Quem faz um pouco de tudo, faz muito de nada”.

12) Diz SIM a PEC 37 porque é sabido que nenhuma instituição, nem mesmo o Ministério Público, está imune a desvios de conduta e práticas ilícitas, sendo que estes detém, dentre as prerrogativas, o foro privilegiado, só podendo ser preso em flagrante por prática de crime inafiançável e não ser indiciado em Inquérito Policial, devendo a Autoridade Policial re-meter imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respectivos autos ao Procurador-Geral (MP), o que inviabiliza a defesa do cida-dão humilde que venha a ser viti-ma do MP , que não poderá arcar com as despesas de contratação de advogado para defesa junto ao TJ.

13) Diz SIM à PEC 37 porque evita a competição, resultados conflitantes e possibilita o trabalho integrado entre a Polícia Judiciária (Polícia Civil e Federal), o Minis-tério Público e todos os órgãos de controle interno, cada um cum-prindo sua missão constitucional, com vista a identificar, investigar, processar e buscar a responsabili-zação de criminosos; que na verda-de é o desejo da sociedade, sem a suposição de que a Polícia Judiciá-ria não cumpre, por infindáveis e presumidos motivos, o seu papel e sobreposição do Ministério Públi-co, que assim deseja fazê-lo porque se imagina capaz.

(Fonte site da Adepol do Brasil)

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 11

Page 12: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais12

Dr. Edson MoreiraO Delegado de Polícia Dr. Edson Moreira ocu-

pa uma das 41 cadeiras da Câmara de Vere-adores de Belo Horizonte. Com 23 anos de

dedicação à Polícia Civil e conhecido por declarações firmes e, eventualmente, polêmicas, Moreira simplifica sua principal bandeira de atuação parlamentar dizen-

do que “tudo é segurança pública”.Como Delegado, trabalhou em

Carmo da Cachoeira, foi coorde-nador de cursos na Acadepol,

delegado em Natércia, Poços de Caldas, Campanha, São João Evangelista e Belo Ho-rizonte. Atuou na Homi-cídios, COPE, Detran,

Divisão Anti-Seques-tros, DEOESP, DI e

chefe do DHPP.

“Tudo é segurança pública”

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 13

Entr

evi

staRevista dos Delegados:

A que o Senhor atribui ter sido eleito vereador, na pri-meira tentativa, com mais de 10 mil votos?

Edson Moreira: Ao tra-balho realizado durante os 23 anos como Delegado de Polícia, porque sempre fui um profissional dedicado, sempre busquei a integrida-de e a honestidade no meu trabalho. Não é fácil a pessoa sair de um estado (São Paulo, onde nasceu) e ir para outro (Minas Gerais), sem nenhum familiar e che-gar aonde eu cheguei. Tenho que agradecer a Deus por tudo isso e a confian-ça que o povo me deu, com uma votação tão expressiva. Isso é fruto de um bom traba-lho realizado.

RD: Como o Senhor es-pera atuar como vereador neste primeiro mandato?

EM: A função do Dele-gado de Polícia ajuda mui-to, pois vê tudo, atua em todas as áreas. O delegado de polícia é psicólogo, dá conselhos, vai aos locais onde os crimes acontecem, vê a pobreza, anda em aglo-merado, entra em mansão e acompanha o crime em qualquer lugar, em todas as

castas sociais. Agora, como vereador, vou atuar na mé-dia. Tenho que tentar le-var para as camadas mais necessitadas o Estado. As pessoas têm que sentir que o Estado existe.

RD: Isso quer dizer que o seu mandato terá um foco voltado unicamente para a população carente?

EM: Meu mandato será voltado para a melhoria ge-ral, meu foco principal será a segurança pública. Guar-

da Municipal, trânsito, vias terrestres, transporte, mobi-lidade urbana, construções, tudo isso é segurança públi-ca, e esse será meu foco. É ló-gico que terão outras coisas, como moradia, por exemplo. O povo está muito acostu-mado com uma política de assistencialismo, e isso não é certo. A assistência deve existir sim, mas não o tempo todo. A sociedade tem que aprender a caminhar com as próprias pernas.

RD: Como o Senhor es-pera auxiliar a categoria dos Delegados em todo o estado.

EM: O Delegado é um funcionário que tem suas de-mandas. Essas demandas são feitas em áreas federais, esta-duais e municipais e eu vou ajudar no municipal. Vou pleitear e levarei essa deman-da para as pessoas que podem resolver esses problemas. Se não fosse a Polícia, o povo não iria me conhecer, a clas-se me ajudou, e eu não posso esquecer isso nunca. A ingra-

tidão é a pior coisa que o ser humano pode ter. Serei sempre grato a Polícia e a classe na qual atuei, e a todos os policiais que nestes 23 anos caminharam ao meu lado.

RD: O se-nhor acha que a Guarda Municipal, atuando como está hoje, é uma força des-perdiçada?

EM: Está subutilizada. Precisamos esquecer certos corporativismos e pensarmos na população. Ninguém vai perder espaço. O poder pú-blico tem que ser feito para o bem comum, não para o bem de uma corporação. A Guar-da Municipal tem que atuar preventivamente no policia-mento ostensivo e hoje faz

“O meu maior desafio será os diversos interesses envolvidos na criação de uma lei, O problema está na formulação das leis, eu quero fazer o que for do interesse da população.”

Page 13: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais12

Dr. Edson MoreiraO Delegado de Polícia Dr. Edson Moreira ocu-

pa uma das 41 cadeiras da Câmara de Vere-adores de Belo Horizonte. Com 23 anos de

dedicação à Polícia Civil e conhecido por declarações firmes e, eventualmente, polêmicas, Moreira simplifica sua principal bandeira de atuação parlamentar dizen-

do que “tudo é segurança pública”.Como Delegado, trabalhou em

Carmo da Cachoeira, foi coorde-nador de cursos na Acadepol,

delegado em Natércia, Poços de Caldas, Campanha, São João Evangelista e Belo Ho-rizonte. Atuou na Homi-cídios, COPE, Detran,

Divisão Anti-Seques-tros, DEOESP, DI e

chefe do DHPP.

“Tudo é segurança pública”

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 13

Entr

evi

staRevista dos Delegados:

A que o Senhor atribui ter sido eleito vereador, na pri-meira tentativa, com mais de 10 mil votos?

Edson Moreira: Ao tra-balho realizado durante os 23 anos como Delegado de Polícia, porque sempre fui um profissional dedicado, sempre busquei a integrida-de e a honestidade no meu trabalho. Não é fácil a pessoa sair de um estado (São Paulo, onde nasceu) e ir para outro (Minas Gerais), sem nenhum familiar e che-gar aonde eu cheguei. Tenho que agradecer a Deus por tudo isso e a confian-ça que o povo me deu, com uma votação tão expressiva. Isso é fruto de um bom traba-lho realizado.

RD: Como o Senhor es-pera atuar como vereador neste primeiro mandato?

EM: A função do Dele-gado de Polícia ajuda mui-to, pois vê tudo, atua em todas as áreas. O delegado de polícia é psicólogo, dá conselhos, vai aos locais onde os crimes acontecem, vê a pobreza, anda em aglo-merado, entra em mansão e acompanha o crime em qualquer lugar, em todas as

castas sociais. Agora, como vereador, vou atuar na mé-dia. Tenho que tentar le-var para as camadas mais necessitadas o Estado. As pessoas têm que sentir que o Estado existe.

RD: Isso quer dizer que o seu mandato terá um foco voltado unicamente para a população carente?

EM: Meu mandato será voltado para a melhoria ge-ral, meu foco principal será a segurança pública. Guar-

da Municipal, trânsito, vias terrestres, transporte, mobi-lidade urbana, construções, tudo isso é segurança públi-ca, e esse será meu foco. É ló-gico que terão outras coisas, como moradia, por exemplo. O povo está muito acostu-mado com uma política de assistencialismo, e isso não é certo. A assistência deve existir sim, mas não o tempo todo. A sociedade tem que aprender a caminhar com as próprias pernas.

RD: Como o Senhor es-pera auxiliar a categoria dos Delegados em todo o estado.

EM: O Delegado é um funcionário que tem suas de-mandas. Essas demandas são feitas em áreas federais, esta-duais e municipais e eu vou ajudar no municipal. Vou pleitear e levarei essa deman-da para as pessoas que podem resolver esses problemas. Se não fosse a Polícia, o povo não iria me conhecer, a clas-se me ajudou, e eu não posso esquecer isso nunca. A ingra-

tidão é a pior coisa que o ser humano pode ter. Serei sempre grato a Polícia e a classe na qual atuei, e a todos os policiais que nestes 23 anos caminharam ao meu lado.

RD: O se-nhor acha que a Guarda Municipal, atuando como está hoje, é uma força des-perdiçada?

EM: Está subutilizada. Precisamos esquecer certos corporativismos e pensarmos na população. Ninguém vai perder espaço. O poder pú-blico tem que ser feito para o bem comum, não para o bem de uma corporação. A Guar-da Municipal tem que atuar preventivamente no policia-mento ostensivo e hoje faz

“O meu maior desafio será os diversos interesses envolvidos na criação de uma lei, O problema está na formulação das leis, eu quero fazer o que for do interesse da população.”

Page 14: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais14

Consultoria | Projetos | Marketing 3.0 | Perícia em Administração +553192012876 | [email protected]

isso acanhadamente. Tem poten-cial e está mais próxima da popu-lação, podendo auxiliar muito a PM na prevenção de crimes. Hoje existem armamentos e munições já comprados para a Guarda Mu-nicipal e este material está sendo desperdiçado em algum quartel. A Prefeitura tem que intervir junto a Polícia Federal para que haja o treinamento, e tudo isso possa ser utilizado, já que existe uma auto-rização do Ministério Público para isso. É necessário, é claro, que os Guardas Municipais sejam treina-dos e preparados a utilizar o arma-mento com segurança.

RD: A integração entre as po-lícias Militar e Civil está fadada ao fracasso ou ao sucesso?

EM: Eu vou mais além, pois sou a favor da unificação. Sempre lutei pela unificação das polícias, porque se houver a unidade com plane-jamento, vai ser muito melhor. A polícia investigativa vai dar direção para a polícia ostensiva, para plane-jar melhor os acontecimentos. Não pode ficar cada uma para um lado, pleiteando verba de cada lado.

RD: O Senhor concorda que a Polícia Civil foi esquecida nos últi-mos anos, sem ter recebido investi-mentos significativos para a classe?

EM: Os últimos governos não se importaram com a segurança pública e hoje eles querem dar respostas, mostrando para a po-pulação que estão fazendo algu-ma coisa em termos de segurança pública. O mau investimento está nas polícias, na polícia ostensiva.

A Polícia Civil não é pra ser notada; ela é pra ser sentida, e o que eles fa-zem? A Polícia Civil requer um alto investimento, porque a investigação é cara; o sistema legal brasileiro é caro e é na investigação policial que 95% da verdade é apurada. A parte

cientifica é muito cara, porque de-pende de laboratório, depende de especialistas para analisar os locais do crime e demanda determinadas especialidades. Os políticos abando-naram a Polícia Civil. A Polícia Civil precisa melhorar muito; precisa de progressos. O Chefe de Polícia teria que ser escolhido da mesma forma que é escolhido o Procurador Geral ou o Presidente do Tribunal. O Che-fe de Polícia tem que ser eleito por seus pares. Se houver a unificação, toda a população será beneficiada. Tudo tem que melhorar. Os progres-sos chegarão timidamente, porém enquanto a Polícia estiver subordi-nada ao Poder Executivo, ela per-manecerá estagnada. A Polícia Civil deveria estar ligada ao Poder Judici-ário, como Polícia Judiciária que é. Ela pode se unificar e ficar ligada ao Fiscal da Lei, ou ao Poder Judiciário, mas estando ligado ao Poder Execu-tivo a Polícia Civil permanecerá en-gessada, politicamente dizendo, pois existem certos interesses por traz disso, hoje a polícia está ligada à po-lítica e a polícia existe para defender o cidadão. Sou a favor da indepen-dência da Polícia Civil.

“Quero elaborar, dentro das leis, boas propostas para atender a população com qualidade.”

Congresso vai reunir Delegados de Polícia mineiros

nos Estados Unidos

A Associação dos Delegados de Polícia de Minas Gerais está organizando a comitiva mineira para participar do Congresso Mun-

dial de Chefes de Polícia - IACP 2013 - que será re-alizado de 19 a 29 de outubro de 2013, na cidade de Filadelfia, nos Estados Unidos. O pacote proposto pela ADEPOLC sugere cinco dias na cidade sede do evento e mais quatro em Nova Iorque, distante uma hora e meia de ônibus ou trem.

Desde a sua formação em 1893, a Associação In-ternacional de Chefes de Polícia se reúne anualmente para compartilhar conhecimentos. Todos os anos mi-lhares de executivos policiais participam de sessões de formação, networking com seus pares e exploraram o Salão de Exposições Estado-da-Arte.

Alem de dezenas de palestras, a IACP reúne os mais recentes produtos e as últimas tecnologias na maior exposição projetada especificamente para a aplicação da lei. Mais de 750 empresas mostram

seus produtos e serviços voltados para a segu-rança pública. Seis pavilhões vão exibir todas as novidades nas áreas de: Co-

municação/TI; Veículos/Acessórios; armas e equipamento tático/proteção; administração e Formação Forense/In-

vestigação e equipamento pessoal.

15Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

Haverá meios e facilidades para quem não domina o inglês. Os preços serão atrativos e justos.Foi firmada parceria com a empresa DESPACHATUR para que os interessados

possam requisitar seus vistos de entrada nos Estados Unidos. Mais informações pelo tel (31)3225-0529 ou pelo e-mail: [email protected]

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais14

Consultoria | Projetos | Marketing 3.0 | Perícia em Administração +553192012876 | [email protected]

isso acanhadamente. Tem poten-cial e está mais próxima da popu-lação, podendo auxiliar muito a PM na prevenção de crimes. Hoje existem armamentos e munições já comprados para a Guarda Mu-nicipal e este material está sendo desperdiçado em algum quartel. A Prefeitura tem que intervir junto a Polícia Federal para que haja o treinamento, e tudo isso possa ser utilizado, já que existe uma auto-rização do Ministério Público para isso. É necessário, é claro, que os Guardas Municipais sejam treina-dos e preparados a utilizar o arma-mento com segurança.

RD: A integração entre as po-lícias Militar e Civil está fadada ao fracasso ou ao sucesso?

EM: Eu vou mais além, pois sou a favor da unificação. Sempre lutei pela unificação das polícias, porque se houver a unidade com plane-jamento, vai ser muito melhor. A polícia investigativa vai dar direção para a polícia ostensiva, para plane-jar melhor os acontecimentos. Não pode ficar cada uma para um lado, pleiteando verba de cada lado.

RD: O Senhor concorda que a Polícia Civil foi esquecida nos últi-mos anos, sem ter recebido investi-mentos significativos para a classe?

EM: Os últimos governos não se importaram com a segurança pública e hoje eles querem dar respostas, mostrando para a po-pulação que estão fazendo algu-ma coisa em termos de segurança pública. O mau investimento está nas polícias, na polícia ostensiva.

A Polícia Civil não é pra ser notada; ela é pra ser sentida, e o que eles fa-zem? A Polícia Civil requer um alto investimento, porque a investigação é cara; o sistema legal brasileiro é caro e é na investigação policial que 95% da verdade é apurada. A parte

cientifica é muito cara, porque de-pende de laboratório, depende de especialistas para analisar os locais do crime e demanda determinadas especialidades. Os políticos abando-naram a Polícia Civil. A Polícia Civil precisa melhorar muito; precisa de progressos. O Chefe de Polícia teria que ser escolhido da mesma forma que é escolhido o Procurador Geral ou o Presidente do Tribunal. O Che-fe de Polícia tem que ser eleito por seus pares. Se houver a unificação, toda a população será beneficiada. Tudo tem que melhorar. Os progres-sos chegarão timidamente, porém enquanto a Polícia estiver subordi-nada ao Poder Executivo, ela per-manecerá estagnada. A Polícia Civil deveria estar ligada ao Poder Judici-ário, como Polícia Judiciária que é. Ela pode se unificar e ficar ligada ao Fiscal da Lei, ou ao Poder Judiciário, mas estando ligado ao Poder Execu-tivo a Polícia Civil permanecerá en-gessada, politicamente dizendo, pois existem certos interesses por traz disso, hoje a polícia está ligada à po-lítica e a polícia existe para defender o cidadão. Sou a favor da indepen-dência da Polícia Civil.

“Quero elaborar, dentro das leis, boas propostas para atender a população com qualidade.”

Congresso vai reunir Delegados de Polícia mineiros

nos Estados Unidos

A Associação dos Delegados de Polícia de Minas Gerais está organizando a comitiva mineira para participar do Congresso Mun-

dial de Chefes de Polícia - IACP 2013 - que será re-alizado de 19 a 29 de outubro de 2013, na cidade de Filadelfia, nos Estados Unidos. O pacote proposto pela ADEPOLC sugere cinco dias na cidade sede do evento e mais quatro em Nova Iorque, distante uma hora e meia de ônibus ou trem.

Desde a sua formação em 1893, a Associação In-ternacional de Chefes de Polícia se reúne anualmente para compartilhar conhecimentos. Todos os anos mi-lhares de executivos policiais participam de sessões de formação, networking com seus pares e exploraram o Salão de Exposições Estado-da-Arte.

Alem de dezenas de palestras, a IACP reúne os mais recentes produtos e as últimas tecnologias na maior exposição projetada especificamente para a aplicação da lei. Mais de 750 empresas mostram

seus produtos e serviços voltados para a segu-rança pública. Seis pavilhões vão exibir todas as novidades nas áreas de: Co-

municação/TI; Veículos/Acessórios; armas e equipamento tático/proteção; administração e Formação Forense/In-

vestigação e equipamento pessoal.

15Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

Haverá meios e facilidades para quem não domina o inglês. Os preços serão atrativos e justos.Foi firmada parceria com a empresa DESPACHATUR para que os interessados

possam requisitar seus vistos de entrada nos Estados Unidos. Mais informações pelo tel (31)3225-0529 ou pelo e-mail: [email protected]

Page 16: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais1616 Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

“Nessa Divisão, conseguimos tra-balhar com o crime na sua es-sência desde o seu nascedouro,

quando é possível realizar o diagnósti-co e apontar soluções para o futuro, a partir de esforços e de uma abordagem interdisciplinar”, afirma Dra. Coelli, há 12 anos na Chefia da Divisão. Para ilustrar, ela lembra que, de acordo com relatórios internos, a maioria dos adolescentes que fogem de casa não freqüenta regularmente a escola.

A maioria dos desaparecimentos de adolescentes é do sexo feminino e estão em busca de uma vida com mais liberdade ou mais aventureira. Ainda

Missão possível: encontrar pessoas desaparecidas

A investigação de pessoa desaparecida é como um lago: “para conhecer o seu interior, é preciso mergulhar nele”. É com esta metáfora que a Delegada Dra. Cristina Coelli Cicarelli Masson, descreve o trabalho da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, que integra o Departamento de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais.

sobre este último perfil, continua prevalecendo como causa inicial conflito intrafamiliar motivado por prática criminosa (maus tratos, tor-tura e abuso sexual). Nos casos de desaparecimento de adulto de 18 a 45 anos, a motivação da saída de casa é por vontade própria ou por conflitos no ambiente familiar.

A Divisão de Referência da Pes-soa Desaparecida atende cerca de 20 ocorrências por dia e o maior desafio é “a complexidade do tipo de investi-gação, sem diagnóstico prévio e a es-cassez de tempo para sua apuração”. Atualmente, Dra. Coelli conta com

2006 a 2013

Total de pessoas desaparecidas e localizadas por ano em Minas Gerais

Desaparecidas

16.286Localizadas

13.557

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013

4.689

861

4.970

800

1.079

Desaparecidos:LEGENDA

localizados:

7.323

748

9.325

0 a 11 anos

12 a17 anos

18 a59 anos

60 eacima

2.729

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013 2.333

ESTATÍSTICA REFERENTE AOS CASOS CADASTRADOS NA DRPD

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 17

equipe de quase 40 pessoas. A Divi-são funciona na Avenida Presiden-te Antônio Carlos, 901 no Bairro São Cristóvão em Belo Horizonte.

No trabalho investigativo, le-galmente tem prioridade na apura-ção do desaparecimento as crianças e os adolescentes e, em seguida, os idosos e as pessoas com deficiên-cia, por ordem de vulnerabilidade. “Para a criança e o idoso, é literal-mente uma corrida contra o tem-po”, ressalta Dra. Cristina Coelli.

Ela relata que está havendo um aumento no número de pessoas mantidas em cárcere, sobretudo nas situações em que usuários de droga são retidos no ponto de venda até que sejam quitadas suas dívidas an-teriores com o traficante. Para isso, eles são mantidos trabalhando em sistema de cárcere vigiado.

Outro ponto sensível desta-cado pela Dra. Coelli é a relação direta entre o crescimento do nú-mero absoluto de moradores de rua e o aumento do número de desaparecidos. No caso particu-lar de Belo Horizonte, ela infor-ma que há maior dificuldade em se obter informações consistentes sobre o morador de rua adulto, o que não ocorre quando se trata de crianças e adolescentes.

Para o trabalho investigativo, a Divisão utiliza de sistema sigiloso de Informações integradas com ór-gãos do governo estadual e federal, especificamente envolvendo arqui-

2006 a 2013

Total de pessoas desaparecidas e localizadas por ano em Minas Gerais

Desaparecidas

16.286Localizadas

13.557

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013

4.689

861

4.970

800

1.079

Desaparecidos:LEGENDA

localizados:

7.323

748

9.325

0 a 11 anos

12 a17 anos

18 a59 anos

60 eacima

2.729

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013 2.333

ESTATÍSTICA REFERENTE AOS CASOS CADASTRADOS NA DRPD

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais1616 Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

“Nessa Divisão, conseguimos tra-balhar com o crime na sua es-sência desde o seu nascedouro,

quando é possível realizar o diagnósti-co e apontar soluções para o futuro, a partir de esforços e de uma abordagem interdisciplinar”, afirma Dra. Coelli, há 12 anos na Chefia da Divisão. Para ilustrar, ela lembra que, de acordo com relatórios internos, a maioria dos adolescentes que fogem de casa não freqüenta regularmente a escola.

A maioria dos desaparecimentos de adolescentes é do sexo feminino e estão em busca de uma vida com mais liberdade ou mais aventureira. Ainda

Missão possível: encontrar pessoas desaparecidas

A investigação de pessoa desaparecida é como um lago: “para conhecer o seu interior, é preciso mergulhar nele”. É com esta metáfora que a Delegada Dra. Cristina Coelli Cicarelli Masson, descreve o trabalho da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, que integra o Departamento de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais.

sobre este último perfil, continua prevalecendo como causa inicial conflito intrafamiliar motivado por prática criminosa (maus tratos, tor-tura e abuso sexual). Nos casos de desaparecimento de adulto de 18 a 45 anos, a motivação da saída de casa é por vontade própria ou por conflitos no ambiente familiar.

A Divisão de Referência da Pes-soa Desaparecida atende cerca de 20 ocorrências por dia e o maior desafio é “a complexidade do tipo de investi-gação, sem diagnóstico prévio e a es-cassez de tempo para sua apuração”. Atualmente, Dra. Coelli conta com

2006 a 2013

Total de pessoas desaparecidas e localizadas por ano em Minas Gerais

Desaparecidas

16.286Localizadas

13.557

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013

4.689

861

4.970

800

1.079

Desaparecidos:LEGENDA

localizados:

7.323

748

9.325

0 a 11 anos

12 a17 anos

18 a59 anos

60 eacima

2.729

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013 2.333

ESTATÍSTICA REFERENTE AOS CASOS CADASTRADOS NA DRPD

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 17

equipe de quase 40 pessoas. A Divi-são funciona na Avenida Presiden-te Antônio Carlos, 901 no Bairro São Cristóvão em Belo Horizonte.

No trabalho investigativo, le-galmente tem prioridade na apura-ção do desaparecimento as crianças e os adolescentes e, em seguida, os idosos e as pessoas com deficiên-cia, por ordem de vulnerabilidade. “Para a criança e o idoso, é literal-mente uma corrida contra o tem-po”, ressalta Dra. Cristina Coelli.

Ela relata que está havendo um aumento no número de pessoas mantidas em cárcere, sobretudo nas situações em que usuários de droga são retidos no ponto de venda até que sejam quitadas suas dívidas an-teriores com o traficante. Para isso, eles são mantidos trabalhando em sistema de cárcere vigiado.

Outro ponto sensível desta-cado pela Dra. Coelli é a relação direta entre o crescimento do nú-mero absoluto de moradores de rua e o aumento do número de desaparecidos. No caso particu-lar de Belo Horizonte, ela infor-ma que há maior dificuldade em se obter informações consistentes sobre o morador de rua adulto, o que não ocorre quando se trata de crianças e adolescentes.

Para o trabalho investigativo, a Divisão utiliza de sistema sigiloso de Informações integradas com ór-gãos do governo estadual e federal, especificamente envolvendo arqui-

2006 a 2013

Total de pessoas desaparecidas e localizadas por ano em Minas Gerais

Desaparecidas

16.286Localizadas

13.557

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013

4.689

861

4.970

800

1.079

Desaparecidos:LEGENDA

localizados:

7.323

748

9.325

0 a 11 anos

12 a17 anos

18 a59 anos

60 eacima

2.729

Casos em Investigação:MG até janeiro de 2013 2.333

ESTATÍSTICA REFERENTE AOS CASOS CADASTRADOS NA DRPD

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais18

vos do INSS, Sistema Nacio-nal de Óbitos, TRE, Central Nacional de Seguradoras, Secretaria Estadual de Educa-ção e Saúde e as redes sociais, Facebook, Linkedin, Orkut, Twiter, entre outras. Além de tudo isso, a pesquisa também conta com a participação efe-tiva dos órgãos de imprensa e da sociedade civil.

“Há casos específicos, sob circunstâncias criminosas, em que orientamos a família no sentido de não fazer a di-vulgação, mas, de um modo geral, a exposição da foto do desaparecido ainda é o me-lhor recurso de localização da pessoa desaparecida, sobre-tudo de perfis vulneráveis, já que a TV, Rádio e a Internet podem alcançar o desapare-cido em tempo real”.

Quando o desaparecido reaparece

Em média, a cada mês, uma pessoa desaparecida se apresenta à Divisão. Em grande parte, o objetivo des-sas pessoas não é retornar para o convívio de seus fami-liares. Elas se apresentam em uma Delegacia por quererem regularizar documentos, mas solicitam que seja mantido em sigilo o paradeiro. “Na-turalmente, nós oferece-mos todo o trabalho para o

reencontro com a família, informando-a sobre sua rea-presentação e tentando con-vencê-lo a voltar para o lar. Mas, persistindo a resistên-cia, o “desaparecido”, assina um termo e, caso a família queira conhecer o seu ende-reço, a localização é informa-da sob recurso judicial.”

Para a Delegada Cristina Coelli, todo o trabalho preza o atendimento à família, pois já chega à Delegacia ou à Di-visão completamente pena-lizada pelo desaparecimento de seu parente. “E é por isso que nós recebemos e acolhe-mos essas pessoas da melhor forma possível. Só quem está envolvido no trabalho policial pode avaliar a satis-fação profissional e pessoal por investigar e promover o encontro de uma pessoa de-saparecida com a sua família. Sabemos exatamente que a dor da família, motivada pelo desaparecimento de alguém querido, é muito maior que a notícia de sua morte. Uma pessoa não localizada tem o significado da esperança, da expectativa do reencontro e isso é muito doloroso. Para que isso não ocorra a Polícia Civil de Minas Gerais traba-lha de forma exemplar”, con-clui a Delegada.

PROJETO ALERTA MINAS

Criado com o intuito de se fazer cum-prir a Lei 11.259/2005 que garante a busca imediata da criança e adolescente, a Polí-cia Civil criou o programa “Alerta Minas” para atuar de forma integrada aos vários setores públicos e privados da sociedade. Com ações compartilhadas, organizadas e coordenadas, a Polícia conseguirá loca-lizar a pessoa desaparecida antes mesmo que ela seja retirada do município, do es-tado ou do país. O programa reduzirá a taxa de tráfico de pessoas, trabalhando a repressão, prevenção e a busca imediata da pessoa desaparecida.

Locais para os quais é dis-parado o alerta sobre pessoa desaparecida

•CEMIG•COPASA• BH BUS• Jornal do ônibus• Polícias (todas)•Mídia em geral•Rádio-amadores•Aeroportos• Portos•Redes sociais• Instituto de Medicina

Legal•Cadastro dos Progra-

mas sociais de Gover-no estadual e federal

Page 19: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais18

vos do INSS, Sistema Nacio-nal de Óbitos, TRE, Central Nacional de Seguradoras, Secretaria Estadual de Educa-ção e Saúde e as redes sociais, Facebook, Linkedin, Orkut, Twiter, entre outras. Além de tudo isso, a pesquisa também conta com a participação efe-tiva dos órgãos de imprensa e da sociedade civil.

“Há casos específicos, sob circunstâncias criminosas, em que orientamos a família no sentido de não fazer a di-vulgação, mas, de um modo geral, a exposição da foto do desaparecido ainda é o me-lhor recurso de localização da pessoa desaparecida, sobre-tudo de perfis vulneráveis, já que a TV, Rádio e a Internet podem alcançar o desapare-cido em tempo real”.

Quando o desaparecido reaparece

Em média, a cada mês, uma pessoa desaparecida se apresenta à Divisão. Em grande parte, o objetivo des-sas pessoas não é retornar para o convívio de seus fami-liares. Elas se apresentam em uma Delegacia por quererem regularizar documentos, mas solicitam que seja mantido em sigilo o paradeiro. “Na-turalmente, nós oferece-mos todo o trabalho para o

reencontro com a família, informando-a sobre sua rea-presentação e tentando con-vencê-lo a voltar para o lar. Mas, persistindo a resistên-cia, o “desaparecido”, assina um termo e, caso a família queira conhecer o seu ende-reço, a localização é informa-da sob recurso judicial.”

Para a Delegada Cristina Coelli, todo o trabalho preza o atendimento à família, pois já chega à Delegacia ou à Di-visão completamente pena-lizada pelo desaparecimento de seu parente. “E é por isso que nós recebemos e acolhe-mos essas pessoas da melhor forma possível. Só quem está envolvido no trabalho policial pode avaliar a satis-fação profissional e pessoal por investigar e promover o encontro de uma pessoa de-saparecida com a sua família. Sabemos exatamente que a dor da família, motivada pelo desaparecimento de alguém querido, é muito maior que a notícia de sua morte. Uma pessoa não localizada tem o significado da esperança, da expectativa do reencontro e isso é muito doloroso. Para que isso não ocorra a Polícia Civil de Minas Gerais traba-lha de forma exemplar”, con-clui a Delegada.

PROJETO ALERTA MINAS

Criado com o intuito de se fazer cum-prir a Lei 11.259/2005 que garante a busca imediata da criança e adolescente, a Polí-cia Civil criou o programa “Alerta Minas” para atuar de forma integrada aos vários setores públicos e privados da sociedade. Com ações compartilhadas, organizadas e coordenadas, a Polícia conseguirá loca-lizar a pessoa desaparecida antes mesmo que ela seja retirada do município, do es-tado ou do país. O programa reduzirá a taxa de tráfico de pessoas, trabalhando a repressão, prevenção e a busca imediata da pessoa desaparecida.

Locais para os quais é dis-parado o alerta sobre pessoa desaparecida

•CEMIG•COPASA• BH BUS• Jornal do ônibus• Polícias (todas)•Mídia em geral•Rádio-amadores•Aeroportos• Portos•Redes sociais• Instituto de Medicina

Legal•Cadastro dos Progra-

mas sociais de Gover-no estadual e federal

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Especi

al

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

novos Delegados de Polícia para Minas Gerais

420

Page 20: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais20

Minas Gerais passa a contar, a partir de março, com a pre-sença de novos delegados da Polícia Civil em todas as 289 comarcas do Estado, conforme anunciado pelo go-

vernador Antonio Anastasia, dia 1º de março, em Belo Horizon-te, na solenidade de formatura de 420 novos Delegados, a maior turma a se formar na história da Polícia Civil. A notícia fecha positivamente um ciclo de reivindicações denunciando a falta de Delegados de Polícia no Estado, iniciado pelo SINDEPOMINAS, em 2009, quando procurou o programa Fantástico, da Rede Globo, e o Jornal Folha de São Paulo. Estas denúncias que podem ser con-sultadas no site do Sindicato.

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais20

Minas Gerais passa a contar, a partir de março, com a pre-sença de novos delegados da Polícia Civil em todas as 289 comarcas do Estado, conforme anunciado pelo go-

vernador Antonio Anastasia, dia 1º de março, em Belo Horizon-te, na solenidade de formatura de 420 novos Delegados, a maior turma a se formar na história da Polícia Civil. A notícia fecha positivamente um ciclo de reivindicações denunciando a falta de Delegados de Polícia no Estado, iniciado pelo SINDEPOMINAS, em 2009, quando procurou o programa Fantástico, da Rede Globo, e o Jornal Folha de São Paulo. Estas denúncias que podem ser con-sultadas no site do Sindicato.

21Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais22

Fotos de Ailson Santos (Sindepominas) e Wellington Pedro(Imprensa MG)

Os novos policiais irão ampliar a ca-pacidade de apuração dos crimes pelas delegacias, tanto na capital quanto no interior, reforçando as unidades especia-lizadas. O concurso público que selecio-nou os novos delegados foi realizado em 2012 e disputado por 18.516 candidatos. Dos 420 formandos, 303 são homens e 117 mulheres, sendo que 13 possuem mestrado e 142 possuem pelo menos uma especia-lização. Mais da metade deles (262) são mineiros, mas a turma tem representantes de outros 20 estados. Para os dirigentes do Sindepominas e Adepolc, o novo contin-gente é um alento, entretanto ainda não será suficiente para suprir a crônica falta de Delegados, sobretudo no interior do Esta-do. O chefe da Polícia Civil, Dr. Cylton Brandão, agradeceu ao governador por atender ao pleito do aumento do quadro de delegados e destacou a importância do trabalho dos policiais civis. “A prioridade do momento é fortalecer ainda mais o pa-pel da Polícia Civil no Estado, como pro-tagonista da promoção de direitos huma-nos, sendo, portanto, órgão essencial na construção de políticas públicas, atuando na redução da criminalidade e na mediação de conflitos”, enfatizou.

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RondaPolícia Civil faz a maior apreensão de

maconha de 2012

No dia 21 de dezem-bro de 2012 foram apreen-didas cerca de três toneladas de maconha na MG-184, entre Conceição da Aparecida e Carmo do Rio Claro, e foi a maior apreensão do ano de 2012. Foram 50 policiais en-volvidos na ação. O Delegado responsável pela ação foi Dr. Tiago Ribeiro.

Polícia Civil realiza apreensão de quase 100 quilos de maconha em Divinópolis

Depois de dois meses de investigações a Po-lícia Civil de Divinópolis conseguiu desmanchar um esquema interestadual de tráfico de drogas. Foram apreendidos 96 quilos e 100 gramas de maconha. A Polícia Civil vinha investigando o es-quema que promovia o tráfico entre Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O Delegado Dr. Wanderson Gomes da Silva esteve à frente das investigações.

Operação prende 17 em Teófilo Otoni

No dia 21 de dezembro de 2012, a Polícia Civil prendeu 17 pessoas e dois adolescentes em Teófilo Otoni. A operação foi coordenada pelo Delegado Dr. Antônio Carlos de Alvarenga, chefe

do 15° DPC, pelo Delegado Regional de Teófilo Otoni, Dr. Alberto Oliveira, pela Delegada Regio-nal de Almenara, Dra. Iara Gomes, pelo responsá-vel da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes, Dr. João Augusto Ferraz e contou com o apoio de um perito e 77 investigadores da polícia.

Quadrilha suspeita de vários crimes é desarticulada em Juiz de Fora

A Polícia Civil de Juiz de Fora, com o apoio da Agência de Inteligência do Centro de Remaneja-mento Prisional, prenderam no dia 17 de dezembro de 2012 cinco pessoas e identificaram outros seis detentos da mesma unidade envolvidos com o trá-fico e outros crimes. O Delegado responsável foi o Dr. Carlos Eduardo Santos Rodrigues.

PC MG desmantela quadrilha de falsários responsáveis por golpes milionários em MG, RJ e ES

Investigações da Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada de Operações Especiais desmantelaram uma quadrilha responsável por golpes milionários que atuavam em Minas Ge-rais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Foram reu-nidas provas materiais de vários documentos falsificados, como procurações, documentos pú-blicos judiciais até Títulos do Tesouro Nacional no valor de um bilhão de reais. As investigações forma comandadas pelo Delegado Geral da Polí-cia Dr. Marcio Simões Nabak.

Com muito pesar, comunicamos o falecimento dos seguintes colegas Delegados:Dra. Maria de Lourdes Bernadete Silva e Silva - dia 18/10/2012Dr. Nísio Ribeiro de Carvalho - dia 30/10/2012.Dr. Paulo Cezar Lopes - dia 13/02/2013Dr. Geraldo Alves Vieira - dia 18/02/2013.

Também com muita tristeza que informamos o falecimento dia 19/02/2013 da senhora Terezi-nha de Jesus de Abreu Chedid, mãe do Dr. Marco Antônio Abreu Chedid, Vice-Presidente Financeiro da Adepolc- MG e Presidente do Sindepominas.

Deixam Saudades

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Fotos de Ailson Santos (Sindepominas) e Wellington Pedro(Imprensa MG)

Os novos policiais irão ampliar a ca-pacidade de apuração dos crimes pelas delegacias, tanto na capital quanto no interior, reforçando as unidades especia-lizadas. O concurso público que selecio-nou os novos delegados foi realizado em 2012 e disputado por 18.516 candidatos. Dos 420 formandos, 303 são homens e 117 mulheres, sendo que 13 possuem mestrado e 142 possuem pelo menos uma especia-lização. Mais da metade deles (262) são mineiros, mas a turma tem representantes de outros 20 estados. Para os dirigentes do Sindepominas e Adepolc, o novo contin-gente é um alento, entretanto ainda não será suficiente para suprir a crônica falta de Delegados, sobretudo no interior do Esta-do. O chefe da Polícia Civil, Dr. Cylton Brandão, agradeceu ao governador por atender ao pleito do aumento do quadro de delegados e destacou a importância do trabalho dos policiais civis. “A prioridade do momento é fortalecer ainda mais o pa-pel da Polícia Civil no Estado, como pro-tagonista da promoção de direitos huma-nos, sendo, portanto, órgão essencial na construção de políticas públicas, atuando na redução da criminalidade e na mediação de conflitos”, enfatizou.

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O Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – ALMG, Deputado Dinis Pinheiro fez visita de cortesia, no

dia 27 de fevereiro, aos presidentes do SINDE--POMINAS e ADEPOLC, Drs. Marco Antô-nio Abreu Chedid e Ronaldo Cardoso Alves, respectivamente. É a primeira vez que um pre-sidente do Poder Legislativo Estadual se reúne com os representantes da categoria na sede das entidades. Dinis Pinheiro esteve acompanhado da Chefe de Gabinete, Margarete Gelmini e do Assessor Parlamentar da Polícia Civil, o Delega-do Dr. Hudson Ferreira Sales, além do Delegado Dr. Jorge Wagner Ribeiro Barbosa.

Durante o encontro, o deputado conver-sou com os Delegados sobre o trabalho da Polícia Civil, os desafios enfrentados pelos policiais no dia a dia e de toda a expectativa em torno das matérias a serem votadas pela ALMG de interesse da Corporação, especial-mente a nova Lei Orgânica da PCMG. Dinis Pinheiro destacou a importância estratégica da aproximação do SINDEPOMINAS e da ADEPOLC com a Casa Legislativa nos últi-mos anos, bem como a conduta respeitosa da categoria no processo de luta e de avan-ços que resultaram em conquistas inéditas para a PCMG.

Presidente da ALMG visita SINDEPOMINAS e ADEPOLC

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Jurí

dic

o

SINDEPOMINAS repudia redução do ADE e toma medidas emergenciais junto ao governo

Indignado com a redução no valor do Adi-cional de Desempenho dos Delegados de Polícia do Estado referente ao período de 2011/2012, O SINDEPOMINAS requisitou nota de esclareci-mento ao Diretoria de Administração e Paga-mento de Pessoal da Polícia Civil. Em resposta, aquela Diretoria divulgou nota de Esclareci-mento, mas sequer indicou qual foi a variável que causou a diminuição do valor da Avaliação de Desempenho dos Delegados da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

Em face da falta de esclarecimentos por parte do Estado sobre a questão, o SINDE-POMINAS notificou a SEPLAG-MG para que forneça cópia de todo o processo de ava-liação de Desempenho Global Institucional a fim de que sejam averiguados os critérios uti-lizados na referida avaliação por uma consul-toria especializada.

Enquanto isso, o Departamento Jurídico do SINDEPOMINAS já iniciou a análise da legalidade da lei que instituiu o ADE, bem como de todos os decretos que regulamenta-ram o referido Adicional. Após detida análise, se necessário, o SINDEPOMINAS ajuizará ação judicial. Salienta-se ainda que medidas políticas também estão sendo objeto de delibe-ração pelos Diretores.

Indenização Férias PrêmioEm duas ações inéditas ajuizadas pelo SIN-

DEPOMINAS em que se pleiteava indenização de férias prêmio não convertidas em espécie, o Juiz da Sétima Vara da Fazenda julgou proce-dente a ação condenando o Estado a indeni-zar um Delegado de Polícia ao pagamento de três meses de férias prêmio não gozadas.

Salienta-se que ainda cabe recurso por parte do Estado. “Para se ter este direito, o De-legado deverá reunir, junta-mente com seus documentos pessoais, ofício com a negativa do gozo das férias prêmio”. Se você, Delegado, se enquadra dentro destas condições, pro-cure imediatamente o Depar-tamento Jurídico do SINDE-POMINAS. Entre em contato com o Departamento Jurídico pelo telefone: (31) 3272-7268

Estado recebe nova intimação para desobrigar Delegados da função de Diretor de Cadeias

Resultante do trabalho do Corpo Jurídico do SINDEPO-MINAS, a Justiça intimou no-vamente o Estado a desobrigar definitivamente os Delegados de Polícia da função de diretor de cadeia pública, em até dez dias, contados a partir da jun-tada da citação. A novidade, porém, é que desta vez foi im-posta uma multa de R$ 200,00 para cada dia de atraso ao cumprimento dessa determi-nação. Paralelamente, o SIN-DEPOMINAS vem obtendo vitórias sucessivas em ações individuais desobrigando os Delegados mineiros filiados de se responsabilizarem por ca-deias públicas no Estado.

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O Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – ALMG, Deputado Dinis Pinheiro fez visita de cortesia, no

dia 27 de fevereiro, aos presidentes do SINDE--POMINAS e ADEPOLC, Drs. Marco Antô-nio Abreu Chedid e Ronaldo Cardoso Alves, respectivamente. É a primeira vez que um pre-sidente do Poder Legislativo Estadual se reúne com os representantes da categoria na sede das entidades. Dinis Pinheiro esteve acompanhado da Chefe de Gabinete, Margarete Gelmini e do Assessor Parlamentar da Polícia Civil, o Delega-do Dr. Hudson Ferreira Sales, além do Delegado Dr. Jorge Wagner Ribeiro Barbosa.

Durante o encontro, o deputado conver-sou com os Delegados sobre o trabalho da Polícia Civil, os desafios enfrentados pelos policiais no dia a dia e de toda a expectativa em torno das matérias a serem votadas pela ALMG de interesse da Corporação, especial-mente a nova Lei Orgânica da PCMG. Dinis Pinheiro destacou a importância estratégica da aproximação do SINDEPOMINAS e da ADEPOLC com a Casa Legislativa nos últi-mos anos, bem como a conduta respeitosa da categoria no processo de luta e de avan-ços que resultaram em conquistas inéditas para a PCMG.

Presidente da ALMG visita SINDEPOMINAS e ADEPOLC

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Segunda turma do Mandado de Segurança

Após novo recurso impetrado pelo Estado na ação de execução da 2° turma do Mandado de Se-gurança, que concedeu isonomia entre os Delegados de Polícia e os Procuradores do Estado. O Tribu-nal de Justiça confirmou o acórdão, dando procedência à execução im-petrada pelos Delegados, ressalta-mos que a ação refere-se apenas a forma de execução de sentença, já que o mérito da ação foi julgada procedente, se não houver novo recurso, por parte do Estado acre-ditamos que o precatório será for-mado ainda este ano.

Delegados têm direito a receber contribuições para o IPSEMG

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça determinou que sejam ressarcidos todos os servido-res públicos estaduais de Minas Ge-rais que compulsoriamente contri-buíram mensalmente com mais de 3% sobre o valor da remuneração para custear serviço de assistência à saúde junto ao IPSEMG - Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais.

Baseados nessa determinação, o Departamento Jurídico do SINDE-POMINAS vem tendo sucessivas vitórias em ações de ressarcimento aos Delegados de Polícia que tive-ram descontados de sua remunera-ção os valores relativos ao IPSEMG, desde abril de 2006. Até agora, todas

as ações do Sindicato neste sentido foram vitoriosas em Primeira Instância e, recentemente, foram sobresta-dos os recursos por parte do Estado, pendentes para julgamento, para que o STJ apreciasse a matéria. Por-tanto, com a confirmação da decisão pela Corte, espe-ramos que muito breve a justiça seja feita e contemple todos os nossos filiados que entraram com ação.

É importante lembrar que a prescrição alcança cada vez mais o seu direito, e nos dias de hoje o ressar-cimento abrange apenas os anos de 2008 até abril de 2010, e, portanto, a cada mês é uma parcela a menos a receber. Logo, é imprescindível que você, Delegado filiado, que ainda não tenha proposto a ação, procu-re o Departamento Jurídico do SINDEPOMINAS o quanto antes.

Em síntese, entre no site do Sindicato na área do seu contracheque, imprima todas as telas do período de junho de 2008 a abril de 2010 e leve ao Sindepo-minas. Saiba mais ligando para (31) 3272-7268.

Para conhecimento de todos, reproduzimos matéria veiculada no site www.stj.gov.br:

“STJ DETERMINA DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PARA ASSIS-TÊNCIA À SAÚDE EM MINAS.

Os servidores públicos estaduais de Minas Gerais que foram obriga-dos a contribuir mensalmente com mais de 3% sobre o valor da remune-ração para custear serviço de assistência à saúde devem ser ressarcidos. A determinação é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça.

No caso, uma lei de 2002 determinou que os servidores mineiros pagassem o valor para custeio da assistência à saúde. Uma servidora acionou a Justiça com a intenção de conseguir a devolução dos valo-res já pagos.

O relator ministro Arnaldo Esteves Lima destacou que a jurispru-dência do STJ afirma não ser necessário comprovar se o contribuinte usufruiu do serviço de saúde prestado pelo estado, já que isso não afasta a natureza indevida da cobrança. O estado de Minas Gerais também recorreu, sustentando que o serviço estava à disposição dos servidores e por isso, a restituição seria inviável.

Mas o ministro Arnaldo Esteves Lima considerou ainda que o Supremo Tribunal Federal já declarou a inconstitucionalidade da cobrança compul-sória, destacando que o beneficio deve ser pago à medida que for utili-zado. O Código Tributário Nacional também aponta que o recolhimento indevido de tributo é motivo para o contribuinte ser ressarcido”.

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 27

Ele é Delegado de Po-lícia. E ela, também. Ela tem 69 anos. E

ele, também. Os dois já es-tão aposentados. Agora, ela toca piano e ele, bandolim.

Casados há 31 anos, Dr. Antônio Orfeu Braú-na e Ivete Melo Braúna dividem um aparta-mento em Belo Horizonte e ainda conservam a gentileza, os bons hábitos e o prazer de re-ceber velhos amigos. Além disso, ele também mantém o sotaque cearense de Limoeiro do Norte, onde nasceu. Ela, mineira de Beagá,

só sente falta dos colegas e nunca vol-tou aos locais por onde passou. Já o Dr. Braúna precisou de um

lenço para as lágrimas ao se lembrar dos tempos da ativa. Ele começou como perito em

Uberaba. Depois, como Dele-gado, trabalhou

Dois Delegados A mesma paixão

pela vida

Por

Onde A

nda

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais26

Segunda turma do Mandado de Segurança

Após novo recurso impetrado pelo Estado na ação de execução da 2° turma do Mandado de Se-gurança, que concedeu isonomia entre os Delegados de Polícia e os Procuradores do Estado. O Tribu-nal de Justiça confirmou o acórdão, dando procedência à execução im-petrada pelos Delegados, ressalta-mos que a ação refere-se apenas a forma de execução de sentença, já que o mérito da ação foi julgada procedente, se não houver novo recurso, por parte do Estado acre-ditamos que o precatório será for-mado ainda este ano.

Delegados têm direito a receber contribuições para o IPSEMG

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça determinou que sejam ressarcidos todos os servido-res públicos estaduais de Minas Ge-rais que compulsoriamente contri-buíram mensalmente com mais de 3% sobre o valor da remuneração para custear serviço de assistência à saúde junto ao IPSEMG - Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais.

Baseados nessa determinação, o Departamento Jurídico do SINDE-POMINAS vem tendo sucessivas vitórias em ações de ressarcimento aos Delegados de Polícia que tive-ram descontados de sua remunera-ção os valores relativos ao IPSEMG, desde abril de 2006. Até agora, todas

as ações do Sindicato neste sentido foram vitoriosas em Primeira Instância e, recentemente, foram sobresta-dos os recursos por parte do Estado, pendentes para julgamento, para que o STJ apreciasse a matéria. Por-tanto, com a confirmação da decisão pela Corte, espe-ramos que muito breve a justiça seja feita e contemple todos os nossos filiados que entraram com ação.

É importante lembrar que a prescrição alcança cada vez mais o seu direito, e nos dias de hoje o ressar-cimento abrange apenas os anos de 2008 até abril de 2010, e, portanto, a cada mês é uma parcela a menos a receber. Logo, é imprescindível que você, Delegado filiado, que ainda não tenha proposto a ação, procu-re o Departamento Jurídico do SINDEPOMINAS o quanto antes.

Em síntese, entre no site do Sindicato na área do seu contracheque, imprima todas as telas do período de junho de 2008 a abril de 2010 e leve ao Sindepo-minas. Saiba mais ligando para (31) 3272-7268.

Para conhecimento de todos, reproduzimos matéria veiculada no site www.stj.gov.br:

“STJ DETERMINA DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PARA ASSIS-TÊNCIA À SAÚDE EM MINAS.

Os servidores públicos estaduais de Minas Gerais que foram obriga-dos a contribuir mensalmente com mais de 3% sobre o valor da remune-ração para custear serviço de assistência à saúde devem ser ressarcidos. A determinação é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça.

No caso, uma lei de 2002 determinou que os servidores mineiros pagassem o valor para custeio da assistência à saúde. Uma servidora acionou a Justiça com a intenção de conseguir a devolução dos valo-res já pagos.

O relator ministro Arnaldo Esteves Lima destacou que a jurispru-dência do STJ afirma não ser necessário comprovar se o contribuinte usufruiu do serviço de saúde prestado pelo estado, já que isso não afasta a natureza indevida da cobrança. O estado de Minas Gerais também recorreu, sustentando que o serviço estava à disposição dos servidores e por isso, a restituição seria inviável.

Mas o ministro Arnaldo Esteves Lima considerou ainda que o Supremo Tribunal Federal já declarou a inconstitucionalidade da cobrança compul-sória, destacando que o beneficio deve ser pago à medida que for utili-zado. O Código Tributário Nacional também aponta que o recolhimento indevido de tributo é motivo para o contribuinte ser ressarcido”.

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28

em Aimorés e, mais tarde, no De-partamento de Investigações, De-legacia de Furtos e Roubos, Espe-cializada de Homicídios, Delegacia de Vigilância Geral, Vadiagem, Crimes contra a Fazenda Pública, Divisão de Homicídios, DETEL, Superintendência de Organização Penitenciária (Secretaria Estadual de Justiça) e Corregedoria Geral da Polícia Civil. “Tenho orgulho de ser policial. Não preciso de carteira po-licial. Eu tenho cheiro de polícia. O verdadeiro policial é vaidoso por ser policial e eu sou assim.”

Dra. Ivete foi uma das primeiras mulheres Delegadas concursadas da PCMG. Sua primeira delegacia foi em Carmo do Cajuru, depois, Falsificações e Defraudações, 11º Distrito, CEPOLC, Delegacia de Acidentes de Veículos, Superinten-dência Administrativa e, por fim, Diretora do Instituto de Identifica-ção. Para Dra. Ivete, o fato de ser casada com um delegado traz segu-rança, mas também trouxe preocu-pações. “Como conhecia o ofício, ficava muito preocupada com as missões mais longas do Braúna e eu tinha que me virar, grávida, dos meus filhos.” Mas ele se defende: “eu ligava vinte vezes durante o dia para dizer que estava vivo.”

A filha é casada e mora no exterior. O filho casa em breve. E, para o futuro, quais os planos? “Estamos aguardando os netos para cuidar deles”, respondem em coro. Enquanto isso, ele toca ban-dolim e ela, piano. Ele aprendeu o instrumento com um presidiário, nos anos 80, no Depósito de Pre-sos. Virou músico. Montou grupo

e tudo. Cinco delegados e um ex-presidiário. Banda boa. “Algemas de Ouro” era o nome. Centenas de apresentações em restaurantes e casas noturnas da Capital. Os músicos eram os delegados José Dionê de Oliveira Fernan-des, Gumercindo Lage, Jane Maluf, Braúna, Sandoval e o... Valtinho Sete cordas. De vez em quando, o casal toca junto, em casa, mas só para os privilegiados. Dr. Braúna continua firme no bandolim e toca em três clubes de chorinho. Nas horas de folga, ele advoga, es-creve artigos para os jornais e faz poesia. Ela se exercita no Pilates e está cada dia mais “craque na internet”. Assim, vão levando a vida. Ela sorrindo. E ele também.

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 29

Art

igo

Analisa-se a possibilidade e a validade da tramitação de documentos, inclu-sive de cópias de laudos periciais, pela

via eletrônica, com ou sem certificação digital.Resumo: Discute a possibilidade e a vali-

dade da tramitação de documentos, inclusive de cópias de laudos periciais, pela via eletrô-nica, com ou sem certificação digital.

O Instituto de Criminalística de Minas Gerais solicitou estudo da possibilidade de que as cópias de laudos periciais sejam emi-tidas através de documentos eletrônicos, evi-tando-se retrabalho na montagem e edição de cópias físicas, bem como pela considerável economia de tempo, de materiais e de utiliza-ção de mão de obra especializada.

Indagou se esses documentos poderão ser expedidos por via eletrônica, sem prejuízo de sua validade legal, posto que instruirão proces-sos cíveis e criminais diversos. Ponderou que há um exagerado gasto decorrente dessa tare-fa, porque as segundas vias ou edições subse-

quentes são montadas a partir de material físico, com papel, cópias de fotografias, encader-nação, assinaturas, cartuchos de impressão, além do tempo disponibilizado de vários ser-vidores para esse fim.

É de expressiva significa-ção o número de 1500 cópias de laudos expedidas pelo IC num período de apenas qua-tro meses do ano fluente. É sabida também a sua intensa comunicação com as Uni-dades Policiais da Capital e do Interior, com as Secções Técnicas Regionais de Cri-minalística, Postos de Perícia Integrada e com as várias ins-tâncias do Judiciário.

Preliminarmente há que se admitir a grande, premen-

por João Lopes

Laudo pericial: documento eletrônico

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em Aimorés e, mais tarde, no De-partamento de Investigações, De-legacia de Furtos e Roubos, Espe-cializada de Homicídios, Delegacia de Vigilância Geral, Vadiagem, Crimes contra a Fazenda Pública, Divisão de Homicídios, DETEL, Superintendência de Organização Penitenciária (Secretaria Estadual de Justiça) e Corregedoria Geral da Polícia Civil. “Tenho orgulho de ser policial. Não preciso de carteira po-licial. Eu tenho cheiro de polícia. O verdadeiro policial é vaidoso por ser policial e eu sou assim.”

Dra. Ivete foi uma das primeiras mulheres Delegadas concursadas da PCMG. Sua primeira delegacia foi em Carmo do Cajuru, depois, Falsificações e Defraudações, 11º Distrito, CEPOLC, Delegacia de Acidentes de Veículos, Superinten-dência Administrativa e, por fim, Diretora do Instituto de Identifica-ção. Para Dra. Ivete, o fato de ser casada com um delegado traz segu-rança, mas também trouxe preocu-pações. “Como conhecia o ofício, ficava muito preocupada com as missões mais longas do Braúna e eu tinha que me virar, grávida, dos meus filhos.” Mas ele se defende: “eu ligava vinte vezes durante o dia para dizer que estava vivo.”

A filha é casada e mora no exterior. O filho casa em breve. E, para o futuro, quais os planos? “Estamos aguardando os netos para cuidar deles”, respondem em coro. Enquanto isso, ele toca ban-dolim e ela, piano. Ele aprendeu o instrumento com um presidiário, nos anos 80, no Depósito de Pre-sos. Virou músico. Montou grupo

e tudo. Cinco delegados e um ex-presidiário. Banda boa. “Algemas de Ouro” era o nome. Centenas de apresentações em restaurantes e casas noturnas da Capital. Os músicos eram os delegados José Dionê de Oliveira Fernan-des, Gumercindo Lage, Jane Maluf, Braúna, Sandoval e o... Valtinho Sete cordas. De vez em quando, o casal toca junto, em casa, mas só para os privilegiados. Dr. Braúna continua firme no bandolim e toca em três clubes de chorinho. Nas horas de folga, ele advoga, es-creve artigos para os jornais e faz poesia. Ela se exercita no Pilates e está cada dia mais “craque na internet”. Assim, vão levando a vida. Ela sorrindo. E ele também.

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Art

igo

Analisa-se a possibilidade e a validade da tramitação de documentos, inclu-sive de cópias de laudos periciais, pela

via eletrônica, com ou sem certificação digital.Resumo: Discute a possibilidade e a vali-

dade da tramitação de documentos, inclusive de cópias de laudos periciais, pela via eletrô-nica, com ou sem certificação digital.

O Instituto de Criminalística de Minas Gerais solicitou estudo da possibilidade de que as cópias de laudos periciais sejam emi-tidas através de documentos eletrônicos, evi-tando-se retrabalho na montagem e edição de cópias físicas, bem como pela considerável economia de tempo, de materiais e de utiliza-ção de mão de obra especializada.

Indagou se esses documentos poderão ser expedidos por via eletrônica, sem prejuízo de sua validade legal, posto que instruirão proces-sos cíveis e criminais diversos. Ponderou que há um exagerado gasto decorrente dessa tare-fa, porque as segundas vias ou edições subse-

quentes são montadas a partir de material físico, com papel, cópias de fotografias, encader-nação, assinaturas, cartuchos de impressão, além do tempo disponibilizado de vários ser-vidores para esse fim.

É de expressiva significa-ção o número de 1500 cópias de laudos expedidas pelo IC num período de apenas qua-tro meses do ano fluente. É sabida também a sua intensa comunicação com as Uni-dades Policiais da Capital e do Interior, com as Secções Técnicas Regionais de Cri-minalística, Postos de Perícia Integrada e com as várias ins-tâncias do Judiciário.

Preliminarmente há que se admitir a grande, premen-

por João Lopes

Laudo pericial: documento eletrônico

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais30

te e irreversível necessidade da Ad-ministração Pública se adequar às novas realidades, com a utilização de recursos eletrônicos para a pro-dução de documentos, considera-dos válidos nas relações jurídicas de toda espécie, cíveis, fiscais ou crimi-nais. Não há como negar que todos os setores da vida social e econômi-ca dependem dessas mídias, bem como que a comunicação escrita tem sido praticada por meio des-sas tecnologias, em decorrência do processo inevitável de globalização.

Sobre o assunto, há instrumen-to normativo recém-editado, a Lei nº 12.682, de 09 Jul 2012, que dis-põe sobre a elaboração, reprodução e o arquivamento de documentos públicos ou privados em meios eletromagnéticos, ópticos ou equi-valentes. Trata, básica e resumida-mente, da possibilidade de digitali-zá-los, fazendo conversão de sua fiel imagem para código digital.

Essa prática, entretanto, já está de alguma forma consolidada no mundo da comunicação, incluin-do-se as relações mantidas na esfe-ra do judiciário, do executivo e do legislativo, em todos os seus níveis, além de indivíduos e empresas, no mundo econômico, com a troca de arquivos gravados em PDF (Por-table Document Format), recurso tecnológico predominante, que captura foto de peças do acervo do-

formato “pesado”, a distribuição de arquivos em PDF pela Inter-net já se tornou comum. Empre-sas que necessitam disponibilizar suas demonstrações financeiras, por exemplo, costumam fazer isso usando o formato PDF”[1].

Entretanto, apesar da prática recorrente da utilização dos arqui-vos em PDF para todos os fins e em todas as relações jurídicas, sem qualquer questionamento sobre sua validade e sua fidelidade, a lei acima referida assevera que:

“Art. 3º O processo de digi-talização deverá ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o emprego de certifi-cado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil.”

A exigência do certificado ou assinatura digital do emitente do documento já se consolidou em várias áreas e níveis da Adminis-tração. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação [2](ITI) é a Autoridade Certificadora Raiz da Infraestrutura de Chaves Públi-cas Brasileira. Além de credenciar todas as entidades, fiscaliza e, prin-cipalmente, cuida para que sejam observadas as determinações do Comitê Gestor, órgão máximo do sistema. O ITI disponibiliza no seu

cumental e as apresenta em forma-to de visualização eletrônica.

A preferência pela extensão de arquivo PDF, universalmente, se prende à garantia da autentici-dade e da integridade, dentro das seguintes bases:

“Quando um arquivo é con-vertido em PDF, todo seu conteú-do é disponibilizado como se fosse uma imagem. Assim, o formato não permite que os textos sejam alterados, figuras sejam tiradas ou até mesmo que o arquivo seja impresso (este último requer a ha-bilitação deste recurso no progra-ma gerador). É até possível fazer edição de arquivos em PDF com ajuda dos programas geradores de PDF, mas de maneira muito limita-da (desde que o arquivo não tenha recursos de proteção). É essa uma das razões da popularidade deste formato: é possível distribuir do-cumentos mantendo a integridade dos arquivos, incluindo formata-ção, padrão de fontes, etc. Devido a isso, o formato PDF também é muito usado para a distribuição de livros eletrônicos.

O formato PDF é tão seguro que até mesmo é difícil corrompê--lo. Além disso, no ato da conver-são de um arquivo em PDF, este é compactado. Assim, arquivos com 1 MB de tamanho podem ter 100 ou 200 KB. Por não se tratar de um

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais30

te e irreversível necessidade da Ad-ministração Pública se adequar às novas realidades, com a utilização de recursos eletrônicos para a pro-dução de documentos, considera-dos válidos nas relações jurídicas de toda espécie, cíveis, fiscais ou crimi-nais. Não há como negar que todos os setores da vida social e econômi-ca dependem dessas mídias, bem como que a comunicação escrita tem sido praticada por meio des-sas tecnologias, em decorrência do processo inevitável de globalização.

Sobre o assunto, há instrumen-to normativo recém-editado, a Lei nº 12.682, de 09 Jul 2012, que dis-põe sobre a elaboração, reprodução e o arquivamento de documentos públicos ou privados em meios eletromagnéticos, ópticos ou equi-valentes. Trata, básica e resumida-mente, da possibilidade de digitali-zá-los, fazendo conversão de sua fiel imagem para código digital.

Essa prática, entretanto, já está de alguma forma consolidada no mundo da comunicação, incluin-do-se as relações mantidas na esfe-ra do judiciário, do executivo e do legislativo, em todos os seus níveis, além de indivíduos e empresas, no mundo econômico, com a troca de arquivos gravados em PDF (Por-table Document Format), recurso tecnológico predominante, que captura foto de peças do acervo do-

formato “pesado”, a distribuição de arquivos em PDF pela Inter-net já se tornou comum. Empre-sas que necessitam disponibilizar suas demonstrações financeiras, por exemplo, costumam fazer isso usando o formato PDF”[1].

Entretanto, apesar da prática recorrente da utilização dos arqui-vos em PDF para todos os fins e em todas as relações jurídicas, sem qualquer questionamento sobre sua validade e sua fidelidade, a lei acima referida assevera que:

“Art. 3º O processo de digi-talização deverá ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o emprego de certifi-cado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil.”

A exigência do certificado ou assinatura digital do emitente do documento já se consolidou em várias áreas e níveis da Adminis-tração. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação [2](ITI) é a Autoridade Certificadora Raiz da Infraestrutura de Chaves Públi-cas Brasileira. Além de credenciar todas as entidades, fiscaliza e, prin-cipalmente, cuida para que sejam observadas as determinações do Comitê Gestor, órgão máximo do sistema. O ITI disponibiliza no seu

cumental e as apresenta em forma-to de visualização eletrônica.

A preferência pela extensão de arquivo PDF, universalmente, se prende à garantia da autentici-dade e da integridade, dentro das seguintes bases:

“Quando um arquivo é con-vertido em PDF, todo seu conteú-do é disponibilizado como se fosse uma imagem. Assim, o formato não permite que os textos sejam alterados, figuras sejam tiradas ou até mesmo que o arquivo seja impresso (este último requer a ha-bilitação deste recurso no progra-ma gerador). É até possível fazer edição de arquivos em PDF com ajuda dos programas geradores de PDF, mas de maneira muito limita-da (desde que o arquivo não tenha recursos de proteção). É essa uma das razões da popularidade deste formato: é possível distribuir do-cumentos mantendo a integridade dos arquivos, incluindo formata-ção, padrão de fontes, etc. Devido a isso, o formato PDF também é muito usado para a distribuição de livros eletrônicos.

O formato PDF é tão seguro que até mesmo é difícil corrompê--lo. Além disso, no ato da conver-são de um arquivo em PDF, este é compactado. Assim, arquivos com 1 MB de tamanho podem ter 100 ou 200 KB. Por não se tratar de um

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endereço eletrônico um Manual de Perguntas e Respostas que tem servido como eficiente orientação sobre o assunto.

Em âmbito nacional, o Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) incentiva a implementação do Processo Judicial eletrônico (PJe), parcialmente adotado pelos Tribu-nais Superiores, bastante utilizado na Justiça do Trabalho (e-Doc), na Justiça Federal (e-Proc) e dissemi-nado nos Juizados Especiais de Mi-nas Gerais (Projudi) com base em softwares desenvolvidos a partir da experiência e com a colaboração de diversas representações judi-ciais brasileiras.

A Polícia Civil Mineira, há mais de uma década, caminha no aperfeiçoamento dos atributos dos seu inquérito policial eletrônico (PCnet), instalado na plataforma do Sistema de Informações Poli-ciais, onde uma de suas ferramen-tas permite o trâmite do laudo pericial no itinerário virtual Crimi-nalística/Unidade Policial e outras demandas recíprocas.

A gestão pública do executivo estadual de Minas, também de lon-ga data, se utiliza do trânsito virtual de documentos, pregões eletrônicos e ordenação de despesas através de chaves e assinaturas digitais.

É de se indagar, então e final-mente, se o documento digitalizado

sem a certificação digital – o que paralelamente acontece no uni-verso da administração pública e nas intrincadas relações privadas, atendendo ao apelo da celeridade das demandas e de suas respostas possui valor legal e se os processos desenvolvidos dessa maneira po-dem ter continuidade. A resposta, a nosso sentir, é positiva, baseada nas seguintes normas do Código de Processo Civil, atinentes à forma dos atos jurídicos e validade das provas:

“Art. 244. Quando a lei prescre-ver determinada forma, sem comi-nação de nulidade, o juiz considera-rá válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”

Art. 332. Todos os meios le-gais, bem como os moralmente le-gítimos, ainda que não especifica-dos neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa.”

Art. 383. Qualquer reprodu-ção mecânica, como a fotográfica, cinematográfica, fonográfica ou de outra espécie, faz prova dos fatos ou das coisas representadas, se aquele contra quem foi produzida lhe admitir a conformidade.”

Com efeito, integra a legislação pátria a tradição da liberdade de for-ma dos atos jurídicos, quando admi-te inclusive o contrato verbal ou a manifestação tácita de vontade.

Com base em todo o exposto, é

imperioso concluir que a expedição de documentos, cópias ou originais, pela via eletrônica, deve obedecer, preferencialmente, às exigências da certificação digital, cujo acesso não requer providências complexas nem gastos significativos, conforme explanado anteriormente. Entre-mentes, pode-se admitir, também, que o trâmite, principalmente aquele processado interna-corporis, se inexequível através de ferra-mentas do próprio PCnet, pode-se efetivar com a mera digitalização dos documentos em arquivos com extensão que permitam segurança e imutabilidade do seu objeto, após a cautelar checagem do solicitante/destinatário, fundado nos permis-sivos da legislação processual civil acima explicitada.

João LopesDelegado de Polícia aposentado. Mestre em Administração Pública/FJP. Especialista em Criminologia, Direito Penal e Processual Penal. Professor do Centro Universitário Metodista de Minas. Assessor Jurídico da Polícia Civil/MG. Dr. João Lopes é Conselheiro da ADEPOLC-MG

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Art

igo

tenho colhido aqui e acolá em relação a algumas argumenta-ções, todas elas com bons su-portes fáticos e lógicos. Toda-via, temo que a profundidade das argumentações só permita buscar ecos em lugares pouco recomendáveis, notadamente no espelhamento de outras instituições que em nada se parecem com essa.

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, uma razoável dose de inquietação tem perpassado essa instituição tão grande quanto desajustada a que servi e que ainda pretendo servir como conselheiro, crí-tico ou simplesmente como mais um desconfiado de seus maneirismos e invectivas. Tenho visto e ouvido mui-tas espécies de comparações e muito poucas proposições

que tenham por supedâneo o verdadeiro negócio da polícia civil. Por desconhecimento de seu negócio a polícia civil não constrói nem estrutura métodos próprios, limitando--se a repetir obsessivamente o que parece fazer sentido para um ou outro dos gesto-res de ponta que esteja em condições de ditar a moda. Assim, de arremedo em arre-medo, tudo o que se vê é um mosaico de atitudes que às vezes se parece com o poder judiciário, outras vezes com a polícia militar e outras ain-da com o serviço público em geral. A identidade da polícia civil está ainda longe de co-meçar a ser construída. Al-guns pensadores de notável envergadura não se cansam de chamar à luz os que se encontram na escuridão da

por Marco Antônio Lobo-Guará

Quo Vadis, Polícia Civil?

A Polícia Civil conse-guiu ampliar o qua-dro de vagas que ini-

cialmente seria de 144 novos delegados para expressivos 443. O sindicato dos delega-dos não comemora, não re-clama a paternidade e nem, tampouco, pretende colher qualquer louro relativo ao fato. Mesmo porque, não fos-sem a vontade governamental e o empenho pessoal da chefia, nem um sequer dos exceden-tes seria contratado, embalde todos os esforços dos repre-sentantes classistas. Há quem comemore o incremento do quadro, ainda que discreto, e há os que abominam sob os mais variados argumentos de parte a parte. A propósito, teço alguns comentários que me parecem oportunos tendo em vista os sentimentos que

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 33

caverna, discutindo e ponderando sobre concepções virtuais. A ins-tituição já passou por um enxuga-mento de carreiras, uma reestrutu-ração de cargos, e vem aplicando novas tecnologias com que se pre-tendem realinhar o processo pro-dutivo, colocando-o em fase com a modernidade, mas ainda há os que desejam e lutam pela manu-tenção dos modelos tradicionais, fundamentalistas que a tornam parecida com tudo, menos com o que deveria parecer.

Muitos dos críticos desconhe-cem ou ignoram o delicado e nervo-so sistema de forças que atuam so-bre uma instituição tão complexa. O resultado que temos hoje não foi construído pela vontade dos antigos dirigentes, nem dos antigos gover-nantes, nem, muito menos, das po-pulações de tempos passados. Den-tro e fora da instituição, grupos de pressão tensionam constantemente seus tecidos, tentando movê-la em direção propícia ao atendimento de suas mais legítimas ou mais canhes-tras aspirações. Não é por acaso que a polícia civil está com um déficit notável de capital simbólico. Esse patamar é resultante de um esforço concorrente de vetores com módu-los, direções e sentidos os mais va-riados possíveis que acabaram por leva-la a uma posição que provavel-mente não representa a verdadeira vontade de nenhum dos setores envolvidos no processo. Não de-fendo o comportamento ritualista e sequer, tampouco, desmereço qual-quer crítica que se lhe faça. Criticar,

ainda que rasamente, é uma forma de experimentar o conhecimento, mas pretendo – e a senilidade me socorre a pretensão – oferecer uma nova perspectiva de apreciação que talvez potencialize a crítica e a res-gate da condição de choro em que hoje se encontra.

Certo é, todos o sabemos, que muitos dos mais apaixonados po-liciais civis lutaram pela institui-ção contra tudo e contra todos, com prejuízos irreparáveis para a própria carreira e para a vida. Os mecanismos sancionadores, bem como o sistema de méritos, não possuem balizas fixas, exatas, nem mesmo critérios democráticos de apreciação das condutas. Desta forma, o corpo funcional parece adotar um comportamento de re-banho que, sem um conhecimen-to exato dos critérios de escolha do predador, deixa-se ficar lasci-vamente próximo ao bebedouro, expondo-se sem muita convicção, ao mesmo tempo em que se guar-da, ou acredita se guardar, também sem muita convicção do que fazer para evitar o destino fatalista. Esse modelo pautado principalmente pelo voluntarismo de uns poucos e pelo ritualismo de muitos é que acaba por não agradar a ninguém. Modelos racionais já deixaram de ser um luxo dos que investem no conhecimento e passaram a ser uma imposição da pós-modernida-de administrativa. Confundir po-lícia com justiça penal, segurança pública, defesa social, serviço públi-co ou qualquer outro macro-siste-

ma é negar-lhe identidade. Igualar, equiparar, assemelhar ou moldar o delegado de polícia a um protótipo qualquer de herói, técnico ou di-vindade é negar-lhe a essência que só assiste ao que tem fundamento.

Com essa breve digressão, ouso sugerir um comportamento de estu-do das mudanças que ora se proces-sam. Contratar mais ou menos dele-gados de uma só vez não representa a salvação ou a perdição da polícia, mas uma mudança. O resultado da mudança só a história dirá. Ter paci-ência com os acertos e erros das che-fias e dos governantes é, no mínimo, uma atitude prudente. A integrida-de da tessitura interna da instituição passa por um mínimo de conver-gência e tolerância, o que pode ser o caminho para distensioná-la in-ternamente. Orientados num mes-mo sentido, talvez, nos tornemos, os delegados de polícia, o vetor de maior módulo, aquele que efetiva-mente dará o direcionamento defi-nitivo da Polícia Civil.

Marco Antônio Lobo-GuaráDelegado Geral de Polícia aposentado, especialista em Criminologia (PUC-MG), professor da Acadepol e do CET/PMMG; Diretor do SINDEPOMINAS e Conselheiro da ADEPOLC

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tenho colhido aqui e acolá em relação a algumas argumenta-ções, todas elas com bons su-portes fáticos e lógicos. Toda-via, temo que a profundidade das argumentações só permita buscar ecos em lugares pouco recomendáveis, notadamente no espelhamento de outras instituições que em nada se parecem com essa.

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, uma razoável dose de inquietação tem perpassado essa instituição tão grande quanto desajustada a que servi e que ainda pretendo servir como conselheiro, crí-tico ou simplesmente como mais um desconfiado de seus maneirismos e invectivas. Tenho visto e ouvido mui-tas espécies de comparações e muito poucas proposições

que tenham por supedâneo o verdadeiro negócio da polícia civil. Por desconhecimento de seu negócio a polícia civil não constrói nem estrutura métodos próprios, limitando--se a repetir obsessivamente o que parece fazer sentido para um ou outro dos gesto-res de ponta que esteja em condições de ditar a moda. Assim, de arremedo em arre-medo, tudo o que se vê é um mosaico de atitudes que às vezes se parece com o poder judiciário, outras vezes com a polícia militar e outras ain-da com o serviço público em geral. A identidade da polícia civil está ainda longe de co-meçar a ser construída. Al-guns pensadores de notável envergadura não se cansam de chamar à luz os que se encontram na escuridão da

por Marco Antônio Lobo-Guará

Quo Vadis, Polícia Civil?

A Polícia Civil conse-guiu ampliar o qua-dro de vagas que ini-

cialmente seria de 144 novos delegados para expressivos 443. O sindicato dos delega-dos não comemora, não re-clama a paternidade e nem, tampouco, pretende colher qualquer louro relativo ao fato. Mesmo porque, não fos-sem a vontade governamental e o empenho pessoal da chefia, nem um sequer dos exceden-tes seria contratado, embalde todos os esforços dos repre-sentantes classistas. Há quem comemore o incremento do quadro, ainda que discreto, e há os que abominam sob os mais variados argumentos de parte a parte. A propósito, teço alguns comentários que me parecem oportunos tendo em vista os sentimentos que

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 33

caverna, discutindo e ponderando sobre concepções virtuais. A ins-tituição já passou por um enxuga-mento de carreiras, uma reestrutu-ração de cargos, e vem aplicando novas tecnologias com que se pre-tendem realinhar o processo pro-dutivo, colocando-o em fase com a modernidade, mas ainda há os que desejam e lutam pela manu-tenção dos modelos tradicionais, fundamentalistas que a tornam parecida com tudo, menos com o que deveria parecer.

Muitos dos críticos desconhe-cem ou ignoram o delicado e nervo-so sistema de forças que atuam so-bre uma instituição tão complexa. O resultado que temos hoje não foi construído pela vontade dos antigos dirigentes, nem dos antigos gover-nantes, nem, muito menos, das po-pulações de tempos passados. Den-tro e fora da instituição, grupos de pressão tensionam constantemente seus tecidos, tentando movê-la em direção propícia ao atendimento de suas mais legítimas ou mais canhes-tras aspirações. Não é por acaso que a polícia civil está com um déficit notável de capital simbólico. Esse patamar é resultante de um esforço concorrente de vetores com módu-los, direções e sentidos os mais va-riados possíveis que acabaram por leva-la a uma posição que provavel-mente não representa a verdadeira vontade de nenhum dos setores envolvidos no processo. Não de-fendo o comportamento ritualista e sequer, tampouco, desmereço qual-quer crítica que se lhe faça. Criticar,

ainda que rasamente, é uma forma de experimentar o conhecimento, mas pretendo – e a senilidade me socorre a pretensão – oferecer uma nova perspectiva de apreciação que talvez potencialize a crítica e a res-gate da condição de choro em que hoje se encontra.

Certo é, todos o sabemos, que muitos dos mais apaixonados po-liciais civis lutaram pela institui-ção contra tudo e contra todos, com prejuízos irreparáveis para a própria carreira e para a vida. Os mecanismos sancionadores, bem como o sistema de méritos, não possuem balizas fixas, exatas, nem mesmo critérios democráticos de apreciação das condutas. Desta forma, o corpo funcional parece adotar um comportamento de re-banho que, sem um conhecimen-to exato dos critérios de escolha do predador, deixa-se ficar lasci-vamente próximo ao bebedouro, expondo-se sem muita convicção, ao mesmo tempo em que se guar-da, ou acredita se guardar, também sem muita convicção do que fazer para evitar o destino fatalista. Esse modelo pautado principalmente pelo voluntarismo de uns poucos e pelo ritualismo de muitos é que acaba por não agradar a ninguém. Modelos racionais já deixaram de ser um luxo dos que investem no conhecimento e passaram a ser uma imposição da pós-modernida-de administrativa. Confundir po-lícia com justiça penal, segurança pública, defesa social, serviço públi-co ou qualquer outro macro-siste-

ma é negar-lhe identidade. Igualar, equiparar, assemelhar ou moldar o delegado de polícia a um protótipo qualquer de herói, técnico ou di-vindade é negar-lhe a essência que só assiste ao que tem fundamento.

Com essa breve digressão, ouso sugerir um comportamento de estu-do das mudanças que ora se proces-sam. Contratar mais ou menos dele-gados de uma só vez não representa a salvação ou a perdição da polícia, mas uma mudança. O resultado da mudança só a história dirá. Ter paci-ência com os acertos e erros das che-fias e dos governantes é, no mínimo, uma atitude prudente. A integrida-de da tessitura interna da instituição passa por um mínimo de conver-gência e tolerância, o que pode ser o caminho para distensioná-la in-ternamente. Orientados num mes-mo sentido, talvez, nos tornemos, os delegados de polícia, o vetor de maior módulo, aquele que efetiva-mente dará o direcionamento defi-nitivo da Polícia Civil.

Marco Antônio Lobo-GuaráDelegado Geral de Polícia aposentado, especialista em Criminologia (PUC-MG), professor da Acadepol e do CET/PMMG; Diretor do SINDEPOMINAS e Conselheiro da ADEPOLC

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais34

C O N F I R M A D O ! Poços de Caldas vai sediar Congresso Nacional de Delegados de Polícia, de 7 a 10 de agosto de 2013. O evento será realizado no Hotel Palace (no detalhe) com o apoio e par-ticipação do Governo de Minas SEDS/PCMG, Prefeitura de Poços de Caldas, do INDS, da em-presa Advento, entre outros parceiros. Esta será mais uma oportunidade inesquecível para pro-mover ainda mais a integração dos Delegados de Polícia de Minas e do Brasil. A confirmação ocorreu dia 26/03, em após reunião da Diretoria da Adepolc na Prefeitura de Poços de Caldas. Prepare-se e participe. Aguarde as orientações para a sua inscrição.

Poços de Caldas sedia Congresso Nacional de Delegados de Polícia

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais34

C O N F I R M A D O ! Poços de Caldas vai sediar Congresso Nacional de Delegados de Polícia, de 7 a 10 de agosto de 2013. O evento será realizado no Hotel Palace (no detalhe) com o apoio e par-ticipação do Governo de Minas SEDS/PCMG, Prefeitura de Poços de Caldas, do INDS, da em-presa Advento, entre outros parceiros. Esta será mais uma oportunidade inesquecível para pro-mover ainda mais a integração dos Delegados de Polícia de Minas e do Brasil. A confirmação ocorreu dia 26/03, em após reunião da Diretoria da Adepolc na Prefeitura de Poços de Caldas. Prepare-se e participe. Aguarde as orientações para a sua inscrição.

Poços de Caldas sedia Congresso Nacional de Delegados de Polícia

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 35

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SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DE M.G.

Balanço Patrimonial Analítico Encerrado em 31 de Dezembro de 2012

Demonstração do Superávit ou Déficit do ExercícioEncerrado em 31 de Dezembro de 2012

ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL CAIXA GERAL R$ 1.243,22 D BANCOS CONTA MOVIMENTO R$ 1.438.564,29 D R$ 1.439.807,51 D

REALIZÁVEL A CURTO PRAZO ADIANTAMENTO A FORNECEDORES R$ 70.033,61 D CRÉDITOS COM PESSOAL R$ 3.446,73 D R$ 73.480,34 D R$ 1.513.287,85 D

NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO DEPÓSITOS JUDICIAIS R$ 38.254,44 D APLICAÇÕES FINANCEIRAS R$ 162,00 D OUTROS CRÉDITOS R$ 30.000,00 D R$ 68.416,44 D INVESTIMENTOS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS R$ 4.712,56 D R$ 4.712,56 D

IMOBILIZADO LÍQUIDO IMOBILIZADO R$ 312.446,96 D R$ 312.446,96 D R$ 385.575,96 D

TOTAL GERAL DO ATIVO R$ 1.898.863,81 D

PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES DE CURTO PRAZO FORNECEDORES R$ 2.423,73 C OBRIGAÇÕES COM PESSOAL R$ 9.558,00 C PROVISÕES R$ 14.824,10 C IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER R$ 9.494,45 C R$ 36.300,28 C R$ 36.300,28 CPATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL CAPITAL DOMICILIADOS E RESIDENTES NO PAÍS R$ 72.433,31 C R$ 72.433,31 C SUPERÁVIT/DÉFICIT ACUMULADOS SUPERÁVIT ACUMULADO R$ 1.790.130,22 C R$ 1.790.130,22 C R$ 1.862.563,53 C

TOTAL GERAL DO PASSIVO R$ 1.898.863,81 C

INSUMOS DE ASSOCIADOS INSUMOS DE ASSOCIADOS R$ 920.311,50 C

R$ 920.311,50 C TOTAL DOS INSUMOS R$ 920.311,50 C

DISPÊNDIOS DISPENDIOS PESSOAL APLICADO NA PRESTAÇÃO SERVIÇOS R$ 165.464,12 D ENCARGOS SOCIAIS R$ 56.916,45 D CONSTITUIÇÃO DE PROVISÕES R$ 41.434,56 D SERVIÇOS PRESTADOS POR PESSOA JURÍDICA R$ 144.976,62 D

R$ 408.791,75 D OUTROS INSUMOS OUTROS INSUMOS R$ 743.695,61 C R$ 743.695,61 C

OUTROS DISPÊNDIOS DISPÊNDIOS GERAIS R$ 278.116,28 D DISPÊNDIOS TRIBUTÁRIOS R$ 43.583,69 D DISPÊNDIOS COM VEICULOS R$ 15.054,69 D DISPÊNDIOS PROPAGANDA E PUBLICIDADE R$ 6.660,00 D DISPÊNDIOS FINANCEIROS R$ 973,87 D VALOR CONTABIL DOS BENS E DIREITOS ALIENADOS R$ 23.600,26 D R$ 367.988,79 D

SUPERÁVIT OPERACIONAL LÍQUIDO R$ 887.226,57 C

CONTROLLER CONTABILIDADE E CONSULTORIA LTDAContador

CRC 034165/O - MG

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Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais36

Novos Convênios para filiados e associados

Belo Horizonte

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Renault Minas France e Honda: Veículos com descontos especiais para Associados da Adepolc - MG

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Page 37: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais 37

Clínica Odontológica Érika GusmãoTratamento odontológico, inclui também clareamento e outros procedimen-tos. Condições super especiais para Delegados Associados. Rua Machado, 22 B - Bairro Floresta - Belo Horizonte. Tel (31) 3446-0526Saiba mais pelo telefone: (31) 3225-0529

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Faculdade Padre Arnaldo JanssenA Faculdade oferece 10% de desconto na mensalidade de todos os cursos de Graduação.Praça João Pessoa, 200 – Bairro Funcionários – Belo Horizonte – Telefone: 0800-606-3535

Sociedade Ensino Superior Estácio de SáFaculdade oferece 10% de desconto na mensalidade dos cursos de Gra-duação Presencial, exceto curso de Gastronomia. Também oferece 10% na mensalidade dos cursos de Pós-Graduação “Latu Sensu” presencial e 20% na mensalidade dos cursos de Graduação Tradicional, Graduação Profissional e Pós-Graduação na modalidade de Ensino a Distância.Av. Francisco Sales, 23 – Bairro Floresta – Belo Horizonte – Telefone: (31) 3270-1500Rua Erê, 207 – Bairro Prado – Belo Horizonte – Telefone: (31) 3298-5200

Convê

nio

s

A partir de agora, todos os convênios firmados pela Associação e Sindicado dos Delegados vão contemplar tanto filiados quanto associados.

Page 38: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais38

Convê

nio

s AutomaxCondições exclusivas para os sindicalizados, em veículos FIAT 0 km. Ta-xas especiais de financiamento de acordo com o produto e demais con-dições ofertadas pela AUTOMAX no mês da compra. Saiba mais pelo telefone 3272-7268

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Page 39: Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais - Nº 3

Revista dos Delegados de Polícia Civil de Minas Gerais38

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Linha D

ireta

DPCS E DRPCS DELEGADOS REGIONAIS TELEFONES1º DPC / BH Anderson Alcantara Silva Melo (31) 3271-8102

1ª DRPC - CENTRO Rita de Cássia Jannuzzi (31) 3214-2404/2409/19312ª DRPC - BARREIRO Roberto Soares de Souza (31) 3384-3008/11263ª DRPC - VENDA NOVA Hugo e Silva (31) 3495-3299/33584ª DRPC - LESTE Dilemar Rodrigues de Assis (31) 3421-3080/1279/2061/15815ª DRPC - SUL Elizabeth Martins de Morais (31) 3293-1961/19576ª DRPC - NOROESTE Flávio Rodrigues de Almeida Vargas (31) 3474-5716/5753

2ª DPC / CONTAGEM Marcos Silva Luciano (31) 3912-09271ª DRPC - CONTAGEM Ana Maria dos Santos Paes da Costa (31) 3333-0505 2ª DRPC - BETIM Wagner da Silva Sales (31) 3594-62703ª DRPC - RIBEIRÃO DAS NEVES Hamilton Antônio Figueiredo (31) 3627-1519/6990/69934ª DRPC - IBIRITÉ Elias Oscar de Oliveira (31) 3533-69815ª DRPC - JUATUBA Robson Aparecido de Oliveira (31)3535-8288/8181

3ª DPC / VESPASIANO Fernando José de Morais (31) 3621-30771ª DRPC - SANTA LUZIA Christian Nunes de Andrade (31) 3637-95192ª DRPC - NOVA LIMA Glória Maria Ferreira Duarte (31) 3541-20693ª DRPC - VESPASIANO Ana Glaura Soares e Ruivo (31) 3621-12754ª DRPC - SABARÁ Wagner Silva da Conceição (31) 3674-40995ª DRPC - OURO PRETO Valfredo de Sá Filho (31) 3552-3822

4º DPC / JUIZ DE FORA Rogério de Melo Franco Assis Araújo (32) 3223-1749 / (32) 3692-5656 1ª DRPC - JUIZ DE FORA Paulo Sérgio Xavier Virtuoso (32) 3229-58882ª DRPC - UBÁ Carlos Alves Francisco (32) 3531-57313ª DRPC - LEOPOLDINA Paulo Henrique Marinho Goldstein (32) 3441-2742 / 32424ª DRPC - MURIAÉ Luiz Carlos dos Santos (32) 3722-4518 / 2777

5º DPC / UBERABA Ramon Tadeu Carvalho Bucci (34) 3336-64701ª DRPC - UBERABA Francisco Eduardo Gouvea Motta (34) 3336-46822ª DRPC - ARAXÁ Heli Geraldo de Andrade 3ª DRPC - FRUTAL Osório Tertius Silva Oliveira (34) 3421-84774ª DRPC - ITURAMA Carlito Inácio Pires (34)3411-0650

6º DPC / LAVRAS Hafez Tadeu Sadi (35) 3821-61281ª DRPC - LAVRAS Carlos Augusto Camargos da Silva (35) 3821-62112ª DRPC - VARGINHA Eduardo da Silva (35) 3214-55123ª DRPC - TRÊS CORAÇÕES Marcondes da Costa (35) 3232-23504ª DRPC - CAMPO BELO Edson de Senna (35) 3832-7260

7º DPC / DIVINÓPOLIS Alexandre Andrade de Castro (37) 3216-52551ª DRPC - DIVINÓPOLIS Aparecida Dutra de Barros Quadros (37) 3221-75762ª DRPC - BOM DESPACHO Ivan José Lopes (37) 3522-37773ª DRPC - PARÁ DE MINAS Eliete Maria de Carvalho (37) 3231-49854ª DRPC - FORMIGA Edilberto Tadeu Rodrigues (37) 3322-2913

8º DPC / GOVERNADOR VALADARES Ailton Aparecido de Lacerda (33) 3278-60001ª DRPC - GOVERNADOR VALADARES Ailton Aparecido de Lacerda (33) 3277-63642ª DRPC - GUANHÃES Ana Paula Pasfagli da Cruz (33) 3421-2837

9º DPC / UBERLÂNDIA Samuel Barreto de Souza (34) 3228-1713 / (34) 3228-17101ª DRPC - UBERLÂNDIA Márcia Regina Pussoli (34) 3228-43002ª DRPC - UBERLÂNDIA Márcia Regina Pussoli (34) 3228-43003ª DRPC - ITUIUTABA Divino Alberto Nogueira (34) 3268-24864ª DRPC - ARAGUARI César Augusto Monteiro Alves Júnior (34) 3690-3045

10º DPC / PATOS DE MINAS Élber Barra Cordeiro (34) 3822-97841ª DRPC - PATOS DE MINAS Élber Barra Cordeiro (34) 3814-30722ª DRPC - PATROCÍNIO Hamilton Tadeu de Lima (34) 3831-9599

11º DPC / MONTES CLAROS Rogério da Silva Evangelista (38) 3212-35361ª DRPC - MONTES CLAROS José Messias Sales Alves (38) 3222-54412ª DRPC - JANUÁRIA Raimundo Nonato Gonçalves (38) 3621-14443ª DRPC - JANAUBA Gessiane Soares Cangussu (38) 3821-1018

12º DPC / IPATINGA José Walter da Motta Matos (31) 3824-70671ª DRPC - IPATINGA Gilberto Simão de Melo (31) 3822-44492ª DRPC - CARATINGA Silvio Henrique Pagy Correa (33) 3321-25913ª DRPC - ITABIRA Paulo Tavares Neto (31) 3834-72844ª DRPC - JOÃO MONLEVADE Joyce Carlos da Motta Figueira (31) 3851-24505ª DRPC - PONTE NOVA João Octacílio Silva Neto (31) 3817-14436ª DRPC - MANHUAÇU Welington Moreira de Oliveira (33) 3331-3333

13º DPC / BARBACENA Pedro Antônio Mendes Loureiro (32) 3331-49671ª DRPC - BARBACENA Carlos Capristrano (32) 3331-92462ª DRPC - CONSELHEIRO LAFAIETE Patrícia Teresinha Bianchete Leite (31) 3769-12163ª DRPC - SÃO JOÃO DEL REI Marcos Cardoso Atalla (32) 3371-7033

14º DPC / CURVELO Oswaldo Wiermann Júnior (Respondendo) (38) 3721-40121ª DRPC - CURVELO André Pelli (38) 3729-61002ª DRPC - CAPELINHA Rômulo Quintino da Silva (33) 3516-11873ª DRPC - DIAMANTINA Vinícius Sampaio da Costa (38) 3531-84424ª DRPC - SETE LAGOAS Oswaldo Wiermann Júnior (31) 3773-15995ª DRPC - PIRAPORA Egmar Geraldo da Silva (38) 3741-2449

15º DPC / TEÓFILO OTONI Antonio Carlos de Alvarenga Freitas (33) 3522-12001ª DRPC - TEÓFILO OTONI Alberto Tadeu Cardoso de Oliveira (33) 3522-27002ª DRPC - PEDRA AZUL Juarez Ferreira da Luz (33) 3751-14003ª DRPC - ALMENARA Iara de Fátima Luiz Gomes (33) 3721-13704ª DRPC - NANUQUE Alfredo Ferreira de Menezes (33) 3621-4525

16º DPC / UNAÍ Marcos Tadeu de Brito Brandão (38) 3676-46181ª DRPC - UNAÍ Marcos Tadeu de Brito Brandão (38) 3676-64492ª DRPC - PARACATU Hamilton Fernandes Cravo (38) 3672-2371

17º DPC / POUSO ALEGRE João Eusébio Cruz (35) 3422-22441ª DRPC - POUSO ALEGRE Flávio Tadeu Destro (35) 3623-19612ª DRPC - ITAJUBÁ Pedro Henrique Rabelo Bezerra (35) 3623-5522 / 55113ª DRPC - SÃO LOURENÇO Luciano Belfort de Andrade Santos (35) 3332-6522

18º DPC / POÇOS DE CALDAS Bráulio Stivanin Júnior (35) 3721-12221ª DRPC - POÇOS DE CALDAS Gustavo Henrique Magalhaes Manzoli (35) 3721-12222ª DRPC - ALFENAS Celso Ávila Prado (35) 3291-25793º DRPC - PASSOS Paulo Queiroz Ferreira (35) 3521-83004ª DRPC - SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO Marcus Roberto Piedade (35) 3531-86215ª DRPC - GUAXUPÉ Sérgio Elias Dias (35) 3551-5399

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