revista dos delegados de polícia de mg - nº 14

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Ano 3 • Número 14 • janeiro/fevereiro/março • 2016 DELEGADOS DE POLÍCIA DE MINAS GERAIS REVISTA DOS

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Page 1: Revista dos Delegados de Polícia de MG - Nº 14

Ano 3 • Número 14 • janeiro/fevereiro/março • 2016

DELEGADOS DE POLÍCIA DE MINAS GERAIS

REVISTA DOS

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EXPEDIENTE

SINDEPOMINAS: Rua dos Guajajaras, 1.268

Centro – BH – MG(31) 3272-7268

www.sindepominas.com.br

Jornalista ResponsávelAílson Santos – JPMG 5239

(Start Comunicação e Marketing)

Estagiária de JornalismoCarla Neves de Oliveira

Projeto Gráfico e DiagramaçãoMaira Hess

Impressão

VBR Artes Gráficas Ltda.

Tiragem3 mil exemplares

Distribuição Gratuita Circulação Dirigida

Esta Edição foi fechada dia 15 de março de 2016.

Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais2

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SUMÁRIO

4 EDITORIAL5 ARTIGO14 CAPA23 NOTAS JURÍDICAS25 DEIXAM SAUDADE26 POR ONDE ANDA29 PRESTAÇÃO DE CONTAS31 CONVÊNIOS

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E A CONTA NÃO FECHOU.

O Governo do Estado de Minas Gerais anunciou que os vencimentos dos servi-dores públicos seriam parcelados de três vezes porque havia recebido uma “herança maldita” e não tinha dinheiro para honrar seus compromissos. Como somos investi-gadores, e dos bons, fomos averiguar:O serviço da dívida com a União foi pago em dia, assim como os repasses para os poderes Judiciário e Legislativo. Bem assim também foram os repasses para o Minis-tério Público e para a Defensoria Públi-ca. Juízes e Promotores ainda receberam sem sequer ajuizar o feito, os “atrasados” do “auxílio moradia”, ao passo que nossos precatórios de diferença salarial apurada a partir de uma ação direta de inconstitucio-nalidade ainda se arrasta na justiça mais cara e ineficiente do mundo. No Executivo, três quartos do pessoal recebe vencimen-tos de menos de três mil reais, pelo que receberam seus vencimentos integrais na primeira parcela.O resultado desta matemática ruim é que somente os servidores da segurança pú-blica estão pagando a conta. A herança maldita que os governantes referem pare-ce ser a obrigação de governar. Ninguém os advertiu que a consequência da vitória nas urnas seria fazer a gestão desta máquina complexa. Já diziam os antigos: quem não tem competência, que não se habilite!

Marco Antônio de Paula AssisPresidente do SINDEPOMINAS

DIRE

TORI

A DO

SIND

EPOM

INAS Presidente

Dr. Marco Antônio de Paula AssisVice-PresidenteDra. Miriam de Oliveira GaluppoSecretário-GeralDr. Enrique Rocha Solla2ª Secretária-GeralDra. Elaine Matozinhos Ribeiro GonçalvesTesoureiroDr. José Plínio Cardoso2º TesoureiroDr. Marco Antônio TeixeiraDiretora SocialDra. Margaret de Freitas Assis RochaDiretora JurídicaDra. Silvana Fiorillo Rocha de ResendeDiretor de MobilizaçãoDr. Orivelton Soares PachecoDiretor Regional SulDr. José Francisco ChinelatoDiretora Regional NorteDra. Iara de Fátima Luiz GomesDiretora Regional LesteDra. Dolores Maria Portugal TambascoDiretor Regional OesteDr. Samuel Barreto de SouzaConselho FiscalDr. Wellington Sprovieri CamposDra. Ana Glaura Soares e RuivoDra. Carla Granata Afonso da SilveiraSuplentesDra. Cláudia Maria Sadi CuryDr. Aurelino Lucas de OliveiraDr. Edson José Pereira

EDITORIAL

4 Revista dos Delegados da Polícia de Minas Gerais

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“Faz muito tempo que nem tudo aquilo que acompanha-mos com a consciência de nos-sa liberdade é realmente con-sequência de uma decisão livre. Fatores inconscientes, compul-sões e interesses não dirigem apenas nosso comportamen-to, mas também determinam nossa consciência.” (Hans-Ge-org Gadamer, Hermenêutica da Obra de Arte. Trad. Marco Antonio Casanova. São Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 49-50).A Comissão Permanente de Combate à Violência Domésti-ca e Familiar contra a Mulher, órgão integrante do Grupo Na-cional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Procu-radores Gerais de Justiça, tem editado alguns enunciados, entre os quais um chamou em

especial a nossa atenção: trata--se do Enunciado nº. 6, com o seguinte teor: “Nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, ado-lescente, idosa, enfermo ou pessoa com deficiência, é veda-da a concessão de fiança pela Autoridade Policial, conside-rando tratar-se de situação que autoriza a decretação da prisão preventiva nos termos do arti-go 313, III, Código de Processo Penal”.O equívoco do verbete é gri-tante, dada a sua clara ilega-lidade (porque contraria a Lei nº 12.403/11, que alterou o Código de Processo Penal) e também a sua inconstituciona-lidade formal (porque, e, sobre-tudo, viola a Constituição Fede-ral), senão vejamos:

Dispõe o art. 322 do Código de Processo Penal que o Delega-do de Polícia poderá (e se trata de um poder-dever) conceder fiança nos casos de infração penal cuja pena privativa de li-berdade máxima não seja supe-rior a quatro anos, sendo que, nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em quarenta e oito horas (re-dação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Pouco importa para a lei processual penal a condição pessoal da vítima ou as circuns-tâncias em que se deu o supos-to fato delituoso. A lei não fez nenhum tipo de distinção ou nenhuma outra exigência senão o requisito da pena máxima.Obviamente que um mero Enunciado do Conselho Na-cional de Procuradores Gerais

Por Rômulo de Andrade Moreira

ARTIGO

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de Justiça, por mais autorizado que esteja, não tem, na Repú-blica, ainda, o condão de alterar um texto de lei formal e legiti-mamente aprovada pelo Con-gresso Nacional e promulgada pela Presidente da República, ambos legitimados pela sobe-rania popular, o que falta aos Procuradores Gerais de Justi-ça, ao menos de forma direta.Outra disposição olvidada pe-los senhores Procuradores Ge-rais, lamentavelmente, foi o art. 22 da Constituição Federal, se-gundo o qual compete privati-vamente à União legislar sobre, dentre outras matérias, Direito Penal e Processual (incluindo Processo Penal, obviamente). Ora, o Enunciado claramente viola esta cláusula constitucio-nal que reserva à União a inicia-tiva legislativa em matéria pro-cessual penal, como é o caso de uma disposição que trata de fiança, uma medida de na-tureza cautelar (ou de contra-cautela, como querem alguns).Ademais, a Constituição Fe-deral, ao estabelecer no art. 144, que “a segurança pública é um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos e será exercida para a preserva-ção da ordem pública e da in-columidade das pessoas e do patrimônio”, dá às Polícias fe-deral e civil legitimidade cons-titucional para exercer as suas atribuições na República, ca-bendo à primeira exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União e à

audiência, quando notificado, lavrar-se-á o auto de prisão em flagrante, pois assim autorizou o representante legal do su-posto ofendido, oferecendo a representação nos termos do art. 38 do Código de ProcessoPenal. Então, poderia o Delega-do de Polícia arbitrar a fiança? Conforme o art. 322 do Código de Processo Penal sim, pois a pena máxima do crime de ame-aça não é maior do que quatro anos, mas segundo o enun-ciado acima transcrito, não! Relembremos, para não haver dú-vidas, a redação do artigo da lei especial: “Art. 69. A autoridade po-licial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circuns-tanciado e o encaminhará imedia-tamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providencian-do-se as requisições dos exames periciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imedia-tamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá pri-são em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência do-méstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afas-tamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.”Portanto, caso o “autor do fato” não possa ser encaminhado ime-diatamente ao Juizado Especial Criminal (como nunca poderá, salvo nos estádios de futebol), nem afirme que comparecerá para qualquer tipo de acordo (pois não lhe é conveniente fazê-lo, por exemplo), o Delegado de Polícia não poderá arbitrar a fiança, nada obstante o art. 322 do Código de

segunda as funções de polícia judiciária e a apuração de infra-ções penais, exceto as militares.Logo, é inconcebível que o Conselho Nacional de Procura-dores Gerais de Justiça queira se imiscuir em atividade legisla-tiva especialmente reservada à União, tolhendo, ademais, a au-tonomia constitucional da Polí-cia. Neste sentido, conferir no Supremo Tribunal Federal a de-cisão proferida no julgamento do Habeas Corpus nº. 125.768, relator Ministro Dias Toffoli.E mais. Vejamos o absurdo do Enunciado em casos práticos.Suponhamos que um homem em uma sexta-feira, em uma praça pública, discuta com um adolescente e o ameace (art. 147 do Código Penal. Pena máxima: seis meses. Crime de menor potencial ofensivo, cuja ação penal depende de repre-sentação). Levado à presença de um Delegado de Polícia, lavra-se o Termo Circunstan-ciado, na forma do art. 69 da Lei nº. 9.099/95, recusando--se o “autor do fato” (como equivocadamente denomina a Lei dos Juizados Especiais Criminais, como se o sujei-to já tivesse sido condenado por sentença transitada em julgado) a assinar o termo de compromisso de comparecer à audiência preliminar de con-ciliação (composição civil dos danos e transação penal). O que diz o referido art. 69 da lei de regência? Como ele não se comprometeu a comparecer à

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AUTOR

RÔMULO DE ANDRADE MOREIRA é Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia. Professor de Direito Processual Penal da UNIFACS, na graduação e na pós-graduação (Especialização em Direito Processual Penal e Penal e Direito Público). Pós-graduado, lato sensu, pela Universidade de Sala-manca/Espanha (Direito Processual Penal). Especia-lista em Processo pela UNIFACS.

Processo Penal autorizá-lo. Ele fi-cará preso aguardando que se faça um requerimento formal a um Juiz de Direito, nada obstan-te se tratar de um crime de me-nor potencial ofensivo (art. 98, I da Constituição Federal). Como é uma sexta-feira, caso o fato te-nha ocorrido em uma cidade do interior do Brasil, certamente ele aguardará até segunda-feira para ter o seu pedido analisado (pois-não haverá plantão judiciário), salvo se o Magistrado não teve nenhum compromisso parti-cular na Capital, caso em que ele só chegará na Comarca na terça-feira. Se ele for um ho-mem desventurado e na Co-marca não houver Juiz titular, ele deverá escrever uma carta aos senhores Procuradores Ge-rais pedindo uma ajuda, uma orientação para o seu caso. Refere-se o Enunciado, outrossim, como se fosse algo que pudesse impedir o arbitramento da fiança pelo Delegado de Polícia, à possibilidade de decretação da prisão preventiva, se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, nos termos do art. 313, III, do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº. 12.403, de 2011).Aqui confundiu-se (?) alhos com bugalhos! O fato de, em tese, ser possível a decretação da prisão preventiva não

da condição pessoal da vítima ou das circunstâncias em que foi praticado o crime. Se não o fizer, estará sujeito a responder pelo crime de abuso de autoridade previsto no art. 4º., letra “e” da Lei nº. 4.898/65.Que me perdoem os meus colegas Procuradores de Justiça, ora Procuradores Gerais. Não é assim que se faz um Enunciado. É preciso atenção no momento de elaborar estas normas. Estudar, conversar detidamente com os assessores, sem açodamento, com calma, discutindo com os diversos atores processuais e não processuais e, sobretudo, ter sempre às mãos a Constituição Federal. é fundamental.

pode e não deve inviabilizar o arbitramento de uma fiança. A lei não disse isso. Logo, um Enunciado do Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça não poderá dizê-lo. Nunca! Isso é primário. É o Juiz que deve decidir ser o caso de prisão preventiva e, fundamentadamente, decretá-la, não de ofício, porque está vedado por lei, mas a requerimento do Ministério Público ou por representação do Delegado de Polícia.É bem verdade que o art. 324 do Código estabelece não ser cabível a fiança quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva, nos termos do art. 312. Ora, mas não é o Delegado de Polícia, no momento de uma prisão em flagrante, quando da lavratura do respectivo auto de prisão, que poderá afirmar ser o caso ou não de uma prisão provisória. Ele não tem, constitucionalmente, tal atribuição, nem o Ministério Público, aliás. O Juiz é que o dirá, posteriormente, quando lhe for enviada a cópia do auto de prisão em flagrante com a representação ou o requerimento da medida cautelar. Assim dispõe o art. 310 do Código de Processo Penal. Agora cabe ao Delegado de Polícia, tão-somente, à vista da pena abstratamente cominada ao delito arbitrar a fiança, independentemente, repita-se,

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SOU SEUS DIREITOS. SOU DELEGADA DE POLÍCIA.

oquefazumdelegado.com.br

SINDEPOMINAS. PELA DEFESA DE QUEM DEFENDE VOCÊ.

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“Para prestar o melhor atendimento à mulher, vítima de violência doméstica, é necessário muito profissionalismo e, ao mesmo tempo, muita sensibilidade. Apesar de trabalhosa, nossa missão é muito satisfatória, inclusive por-que exercemos uma função social que vai muito além do dever policial. Gosto muito de atuar nesta área. Tive a oportunidade de trazer para a DEAM toda a experiência que acumulei, por exemplo, no período em fui Delegada na Comarca de Araçuai, no Norte de Minas, onde ainda persistem ocorrências complexas de violência doméstica. Aqui em Belo Horizonte, todo esse sucesso da Delegacia é resultado do comprometimento da equipe formada por Delegadas, investigadores, peritos, escrivães e servidores administrativos que estão sempre empenhados na maior celeridade possível dos encaminhamentos e solução dos casos.”

Dra. Ana Paula Lamego Balbino

“O contato imediato com a vítima logo após o fato costuma ser muito impactante para todos nós que fazemos aquele atendimento. Participar de certa forma daquela realidade às vezes tão cruel também é difícil. Também é bastante frequente vermos que muitas mulheres usam a Lei Maria da Penha como retaliação ao seu companheiro, o que exige de nós sensibilidade e investigação para distinguirmos o que é verdade e o que é mentira. Pessoal-mente acho muito gratificante trabalhar com minorias sociais em situação de risco. O mais estimulante na nossa profissão é exatamente essa vivência diversificada. Tem dias que eu não durmo pensando em como buscar uma solução para um determinado caso e diminuir o sofrimento das pessoas, mas, sem dúvida, eu amo o que faço.”

Dra. Helena Terumi Viana Hata

“Nosso trabalho está evoluindo de forma muito positiva, principalmente a partir do advento da Lei Maria da Pe-nha. Um dos efeitos mais importantes é que as mulheres se encorajaram e estão cada vez mais dispostas a denun-ciar o que sofrem dentro e fora de casa. Isso implica uma prestação de serviço mais rápida envolvendo todos os órgãos de justiça de modo que hoje possamos encaminhar em até 48 horas as medidas protetivas para o Poder Ju-diciário. Além disso, a vítima conta também com uma rede de órgãos públicos que lhe oferecem apoio, orientação e proteção. Do ponto de vista pessoal, como delegada, digo que é triste constatar que, em pleno século 21, ainda exista violência contra a mulher. Apesar disso, é muito gratificante a oportunidade de ouvir e acolher a mulher em situação de risco, dando-lhe uma nova chance de vida. Tudo isso não é fácil, mas temos que buscar forças para su-perar o desafio diário de conviver com histórias tristes e seguir com equilíbrio na vida pessoal e profissional. Ainda no campo pessoal, acredito que toda essa vivência acaba por interferir na forma com que educamos nossos filhos e filhas, de modo a ressaltar a eles a importância de mantermos a dignidade nas relações pessoais.”

Dra. Elisabeth Terezinha de Oliveira Dinardo Abreu, Chefe do Departamento de Investigação, Orien-tação e Proteção à Família

“Trabalhar numa Delegacia que tem como temática a violência contra a mulher, apesar das dificuldades, nos traz um retorno muito positivo já que os atendimentos e os procedimentos têm o objetivo de fazer diferença na vida e na família daquela pessoa. Com as medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha é possível dar um re-torno célere para a vítima de violência doméstica. O mais importante nesta Delegacia Especializada é desenvolver um trabalho social que vá além da Polícia Judiciária e isso é muito gratificante. Pessoalmente, consigo separar o trabalho da vida pessoal e devo isso, talvez à experiência, sensibilidade e equilíbrio acumulados ao longo dos anos, tornando nossa missão um pouco mais leve”.

Dra. Danúbia Quadros , Chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência

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“Como mulher, o que sinto é um misto de dever cumprido e enorme satisfação pessoal. Meu sentimento é de soli-dariedade na medida em que presto um atendimento humanizado, qualificado e especializado à situação peculiar de violência em que a vítima se encontra. É uma grande satisfação poder aplicar a lei em detrimento do agressor (a) violador (a) dos direitos das mulheres e das normas penais. Todo essa tarefa é árdua porque não basta aplicar pura e simplesmente a lei e as técnicas de investigação pertinentes. Ela exige muito mais do profissional. Requer amor e extremo zelo frente a esta delicada e específica forma de violência”

Dra. Luciana Libório, Delegada do GAE Grupo Anti-estupro

“Ingressei nos quadros da PCMG no ano de 2013. O plantão da Delegacia de Mulheres foi minha primeira lota-ção, onde estou até hoje. A Lei Maria da Penha era pra mim, até então, objeto de estudo, porém muito distante da minha realidade. Minha designação me aproximou de uma problemática, infelizmente, vivenciada por uma infinidade de mulheres no nosso país.Com a divulgação da lei e dos trabalhos desenvolvidos nas Delegacias de Proteção à Mulher, as vítimas de violên-cia doméstica e familiar passaram a reconhecer, entender e denunciar a situação que enfrentavam no interior de seus lares.A sensação de fazer parte desse empoderamento e, de alguma forma, poder ajudar essas mulheres a denunciar seus agressores me traz a sentimento de dever cumprido e de gratidão por participar da construção de uma socie-dade que respeite a mulher seja como mãe, filha, esposa, namorada, irmã. Que respeite a mulher como mulher e por ser mulher!!!”

Dra. Marcelle Bacellar

“Sou solidaria a dor, violência verbal e física, ameaças que elas passam. Lamento que ainda na atualidade exis-tam esses tipos de tratamento contra a mulher. É muito triste saber que existem mulheres que estão sofrendo enquanto estou em casa com minha família. Meu trabalho junto à DEAM é de um período de 06 anos. Amo o que faço. Amo ser Delegada de Polícia. Estou no lugar certo, na hora certa!”.

Dra. Tatiana Rodrigues Sales Boueri

É muito bom poder estender a mão as mulheres em situações de vulnerabilidade, principalmente considerando que sou mulher. É importante passarmos uma posição de segurança para elas, mostrar que a PCMG está à dispo-sição para ajudar. Infelizmente o machismo existe e este cenário de violência doméstica deve ser reprimido. Para muitas mulheres ainda é difícil reagir, mas é preciso ter coragem. O que falta para o índice de violência diminuir é investimento na educação e na segurança pública. Não basta apenas os servidores quererem fazer um bom trabalho sem o apoio do governo. Sou delegada de policia há 3 anos, e desde janeiro de 2016 trabalho na Delegacia de Mulheres, notadamente no Projeto Remodelagem Organizacional. Sempre sonhei em exercer algum cargo da área jurídica que me permitisse ajudar a construir uma sociedade melhor. Hoje me sinto realizada profissionalmente como Delegada de Polícia.”

Dra. Luisa de Oliveira Drumond

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Presidente da Casa, Deputado Adalclever Lopes, ofício contendo as reivindicações da Categoria Policial Civil, com a solicitação de que ele possa encaminhá-lo diretamente ao Governador. Na Praça da Liberdade, os manifestantes também prestaram uma homenagem ao Cabo Valério, morto durante a manifestação por aumento de salário das Forças de Segurança de Minas Gerais. A ele foi feito um minuto de silêncio e houve o abraço simbólico do edifício onde funciona o Quartel do Comando Geral.

A diretoria do SINDEPOMINAS, da Adepol-MG e os Delegados de Polícia participaram dia 2 de fevereiro da primeira grande mobilização das forças de Segurança Pública de Minas Gerais, que reuniu quase 4 mil pessoas para protestar contra o parcelamento dos salários no Governo Fernando Pimentel.A manifestação iniciou às 13 horas na Praça da Assembleia Legislativa em Belo Horizonte e seguiu em passeata até a Praça da Liberdade. Durante a permanência na ALMG, o presidente do SINDEPOMINAS, Marco Antônio de Paula Assis, entregou ao

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O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais realizou dia 11 de janeiro de 2016 Assembleia Geral Extraordinária da categoria para propor, ouvir e deliberar junto aos Delegados de Polícia de Minas Gerais acerca das estratégias da classe em relação ao atraso de pagamento do mês de janeiro e a perspectiva de parcelamento dos vencimentos a partir do mês de março, as mudanças da Lei Orgânica da Polícia Civil que serão propostas pelo Governo no início deste ano, sem a preocupação inicial de regulamentar a Lei Complementar 129/2013, restabelecendo o princípio da hierarquia salarial, bem como o pagamento das indenizações e gratificações instituídas,

além da pauta de sugestões encaminhadas pelos filiados por meio das mídias sociais. As decisões tomadas nesta Assembleia prevalecerão para todos os efeitos legais. Ao todo, 103 Delegados de Polícia assinaram a lista de presença na AGE.Foi proposto pela Dra. Miriam de Oliveira Galuppo, Secretária “ad hoc” da AGE, e aceito pela AGE, que a Assembleia seja permanecida aberta, considerando manter também aberto o canal de negociação com o Governo Estadual. Confira abaixo a síntese das deliberações da categoria. A íntegra da ata se encontra disponível no site do SINDEPOMINAS.

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- Paralisações pontuais- Vídeos das condições precárias das unidades policiais, coletes e munições vencidos, pneus carecas, viaturas quebradas, etc;- Luta pela independência administrativa, orçamentária e financeira, por meio de minuta de projeto de lei;- Lista tríplice para indicação de Chefia da Polícia;- Luta por salários e concursos, exigindo do governo aumento de salário compatível com a complexidade da função ou, no mínimo, a reposição das perdas inflacionárias no período desde a última política salarial;- Ações judiciais solicitando interdição de delegacias, dadas as condições precárias e insalubres;- Judicializar tudo o que for possível: TCO, cadeia, horas extras, adicional noturno, periculosidade, diárias, etc e ingressar com mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, para que não haja atraso para o pagamento de fevereiro/2016;- Convocação de coletiva de imprensa pelo SINDEPOMINAS para demonstrar sucateamento da Polícia Civil;- Apresentar reclamação constitucional sobre o TCO realizado pela PM e PRF ao STF;- Formalizar ofícios à Defensoria Pública e a OAB, solicitando que levem aos Tribunais Internacionais as questões de TCO e solicitações e cumprimento de mandado de busca e apreensão elaborados pela PMMG, com base na violação de Direitos Humanos;

- O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais elaborar ofício à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, por violação de Direitos Humanos pela formalização de TCO e solicitação e cumprimento de mandado de busca e apreensão pela PMMG;- Reduzir proporcionalmente as liberações e veículos, bem como a emissão de documentos de trânsito conforme o governo atrasar o pagamento dos servidores;- o Sindicato ajuizar ação para recebimento da produtividade não paga;- Oficiar à Chefia da Polícia Civil informando que o Sindicato está orientando os filiados a não cumprirem as metas enquanto o Estado não pagar a produtividade trabalhada;- Suscitar ao TCE sobre a legalidade do empréstimo de servidores municipais da Prefeitura a algumas Delegacias de Polícia para execução atividade estritamente policial;- Elaboração de parecer técnico pelo Sindicato para alertar filiados sobre nomeações de funcionários “ad hoc” para realizarem funções próprias de Polícia Judiciária.- O Sindicato oficiar à Chefia da Polícia Civil esclarecendo que orienta os colegas a não se deslocarem de suas lotações sem o devido pagamento prévio de diárias, nos casos cabíveis e legais, incluindo nestes deslocamentos a ordem de comparecimento à Corregedoria-Geral de Polícia Civil;

Propostas aprovadas pela categoria:

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05 de fevereiro de 2016

“Caríssimos Pares,

Estamos em andamento com nosso movi-mento contra o atraso e parcelamento de salários imposto pelo Governo de Minas aos servidores do Executivo. É um momento que se reveste de grande gravidade porque sen-timos que estão se abalando os pilares mo-rais da república. Foi amplamente divulgado pela imprensa nos últimos dias que o Gover-nador propôs aos poderes Legislativo e Judi-ciário o parcelamento dos repasses financei-ros devidos. A resposta dos chefes dos dois poderes foi uma seca e sonora negativa. A Defensoria Pública, através de sua represen-tação federal, impetrou mandado de segu-rança contra o governador mineiro e con-seguiu obter seu repasse também no prazo correto. As empresas públicas, autarquias e fundações estaduais sequer se manifestaram publicamente porque seus vencimentos es-tão sendo pagos até antecipadamente, no primeiro dia útil do mês. Os repasses para a União estão em dia, não havendo sequer tentativa de negociar com o governo federal o pagamento da dívida pública.Desta forma, persiste uma crise seletiva di-rigida somente para os servidores do Poder Executivo, de maneira mal explicada e mal entendida, violando frontalmente o manda-mento constitucional que determina trata-mento isonômico. Estamos diante de uma

ditadura branca que se antecipa aos pleitos salariais das diversas categorias de servido-res públicos como forma de criar uma jus-tificativa prévia para a negativa de avanços salariais e de prerrogativas.Se permitirmos que o governo nos trate como quer, amargaremos mais três anos de penúria porque ele certamente vai continu-ar atropelando os servidores do Executivo e mantendo a subserviência em relação ao poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Governo Federal e outros. Governo que não defende os fra-cos não é digno de ser governo.Conclamo todos os colegas a aderirem sem reservas ao movimento deliberado em As-sembleia Geral, regularmente convocada e de cujos resultados todos os gestores foram devidamente comunicados. Se houver ilega-lidade no movimento será apenas depois de uma decisão judicial caso o governo resolva ajuizar o dissídio. Não há motivo para temer qualquer represália ou mesmo retaliações por parte das chefias. Unidos somos inque-bráveis.SE NÃO LUTARMOS POR NÓS, QUEM LUTA-RÁ?

Marco Antônio de Paula AssisPresidente do SINDEPOMINAS”

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O SINDEPOMINAS orientou a categoria a re-alizar paralisações pontuais em número de horas correspondentes aos percentuais dos valores recebidos, conforme deliberação da AGE realizada no dia 11/01/2016. Essa foi a primeira medida, dentre outras ações, que visam pressionar o Governo a pagar em dia os salários dos policiais civis. O cronograma foi elaborado com base no salário inicial da carreira, tendo em vista que o primeiro dia

de pagamento corresponde a aproximada-mente 25% da remuneração do Delegado Substituto. Assim sendo, até que o Governo pagasse integralmente o salário do mês, o período de trabalho continua a ser propor-cional ao percentual recebido. Assim, até a normalização dos salários, foi orientado que a escala de trabalho, no mês de fevereiro, deveria seguir o seguinte cro-nograma:

O SINDEPOMINAS esclareceu aos Delega-dos que eles deveriam permanecer em suas unidades de lotação nos horários normais, porém prestando serviços nos horários aci-ma referendados. A escala de trabalho foi orientada da seguinte forma: despacho e flagrantes somente nos horários menciona-dos, EXCETO casos de urgência, em especial aquelas em que a maior prejudicada for a

vitima: Lei Maria da Penha, crimes sexuais, vítimas menores (e não autores menores), etc. que deverão ser devidamente analisados pelo delegado.O Sindicato enviou ofício (próximas páginas) à Chefia da Polícia Civil com as deliberações da AGE e informações sobre as paralisações pontuais, solicitando a devida compreensão e a não retaliação ao movimento.

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A manifestação ganhou enorme repercussão nos órgãos de imprensa e agências de notícias. Confira alguns links:

Site da Globo:http://g1.globo.com/minas-gerais/noti-cia/2016/02/militares-protestam-em-bh-con-tra-parcelamento-de-salario-de-servidores.html

Site do Jornal Hoje em Dia:http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politi-ca/profissionais-da-area-da-seguranca-publi-ca-fazem-manifestac-o-contra-parcelamento--dos-salarios-em-mg-1.376622

Blog de Notícias:ht tp : / /we l l ingtonf lagg .b logspot . com.br/2016/02/militares-protestam-em-bh-con-tra.html

Portal Caparaó de Notícias:http://www.portalcaparao.com.br/noti-cia/19723/militares-fazem-ato-em-belo--horizonte-contra-o-pagamento-parcelado--pelo-governo-de-mg

Jornal Super:http://www.otempo.com.br/super-noti-cia/agentes-de-seguran%C3%A7a-pro-testam-em-bh-contra-parcelamento-de--sal%C3%A1rios-1.1225010

Blog de Notícias:http://www.bloginbr.com/2016/02/policiais--fazem-manifestacao-contra.html

Tv Record:http://noticias.r7.com/minas-gerais/mg-re-cord/videos/servidores-protestam-contra--parcelamento-de-salarios-02022016

Portal Jornal Estado de Minas:http://www.em.com.br/app/noticia/ge-rais/2016/02/02/interna_gerais,730783/agen-tes-de-seguranca-de-mg-fazem-protesto--contra-escalonamento-de-sala.shtml

Jornal o Tempo:http://www.otempo.com.br/c idades/agentes-de-seguran%C3%A7a-protes-tam-em-bh-contra-parcelamento-de--sal%C3%A1rios-1.1225010

Jornal Aconteceu No Vale:h t t p : / / a c o n t e c e u n o v a l e . c o m . b r /portal/?p=78291

Blog de Notícias do PCO:http://blogdopco.com.br/policiais-vao-para--as-ruas-reclamar-de-parcelamento-de-sala-rio/

Blog de Notícias:h t t p : / / d e s t a k n e w s . b l o g s p o t . c o m .br/2016/02/profissionais-da-area-da-segu-ranca.html

22 Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais

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Nos autos da Ação Ordinária ajuizada pelo Jurídico do Sindepominas em favor do Delegado de Polícia L.F.C, na qual foi julgada procedente o pedido inicial pela 1ª Instância, determinando a averbação do tempo de aprendizado profissional junto ao CEFET/MG, para fins de aposentadoria. O Estado recorreu da decisão, ressaltando a impossibilidade de averbação do tempo de serviço para de aposentadoria, o Sindicato ofereceu as contrarrazões, pela manutenção da sentença.A 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais decidiu pela

manutenção da sentença, julgando prejudicado o recurso do Estado. Concluindo que “a legislação assegura ao servidor o cômputo do tempo de serviço prestado na qualidade de aluno aprendiz em escola pública profissionalizante, na contagem do tempo de serviço para efeitos de adicionais e de aposentadoria” destacado pelo voto da Relatora Sandra Fonseca e acompanhada pelos Desembargadores, Ronaldo Claret de Moraes (JD CONVOCADO) (REVISOR) e a Desembargadora Yeda Athias.

Processo 1.000.15.093936-1/001.

Mais uma vitória do Departamento Jurídico do Sindepominas

Secretaria de Planejamento e Gestão (SE-PLAG) descumpre Decisão Judicial, em sede liminar, e decota vencimentos de um delega-do professor a pretexto de teto remunerató-rio. O delegado acionou o Departamento Ju-rídico do Sindepominas que despachou com o juiz da 6ª Vara de Fazenda Pública, que imediatamente intimou o Estado Impetrado

para que efetue a retirada do decote do pa-gamento do servidor em 48 horas sob pena de multa de R$500,00 por dia de descumpri-mento. A liminar da Decisão da 1ª Instância favorável ao delegado foi obtida também a partir do trabalho do Departamento Jurídico do Sindepominas e pode ser consultada pelo Processo nº 6040168-08.2015.8.13.0024.

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Departamento Jurídico do SINDEPOMINAS conseguiu na Justiça que o Estado devolva ao Delegado M.C.S. os valores retroativos ao desconto efetuado pelo mesmo de forma extemporânea e arbitrária.Em Sindicância Administrativa, o Delegado foi punido pela Corregedoria a pena disciplinar de 17 dias de suspensão, convertida em multa à base de 50% por dia de vencimento. Inobstante ao recurso aviado pelo mesmo ao Conselho a decisão, prolatada em 23 de maio de 2013, produziu os efeitos no mês subsequente quando foi descontada dos vencimentos do Delegado a quantia de R$ 2.288,54.No entendimento do Departamento Jurídico do SINDEPOMINAS, houve desrespeito

ao princípio da presunção de inocência referendado pelo artigo 5º da CF. O juiz da 1ª Instância julgou a ação improcedente, mas em recurso aviado pelo Departamento Jurídico do SINDEPOMINAS e, ao mesmo, foi dado provimento pela 8ª Câmara Cível , que assim decidiu: “ por todo o exposto, dou provimento ao recurso para julgar procedente o pedido inicial e determinar ao requerido que restitua ao autor o valor de R$ 2.288,54 com correção monetária pelos índices da corregedoria geral de Justiça desde a data do desconto até a citação, e daí em diante.”

Número do processo: 1.0024.13.282402-0/002

O Juiz de Direito da 7ª Vara da Fazenda Pública Estadual julgou procedente o pedido inicial formulado pelo Jurídico do SINDEPOMINAS para o Delegado de Polícia W.J.P.J, que pleiteava o direito de receber as diárias de viagem referentes aos deslocamento/

plantões realizados. O Estado foi condenado a pagar as referidas diárias realizadas, bem como as que vierem a ser realizadas, para trabalhar em plantões junto a Delegacia Regional ou em outras comarcas.

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Comumente Delegados de Polícia têm, du-rante o exercício de sua atividade policial, sofrido ações civis públicas respondendo como réus no processo. O volume dessas ações geraram, inclusive, alterações do cor-po jurídico do SINDEPOMINAS para atender estas demandas criando duas coordenado-rias, uma para as ações contenciosas onde o Delegado sindicalizado é autor do processo e uma segunda para as ações que o Dele-gado Sindicalizado é Réu, sendo elas sindi-câncias administrativas, inquéritos policiais, processos penais, processos civis na qual são pleiteados pedidos indenizatórios, ações ci-vis públicas, procedimentos administrativos, dentre outras no exercício da profissão de Policial Civil.No dia 25 de janeiro de 2016, foi prolata-da pelo judiciário mais um êxito do nos-so Departamento. O Delegado que la-borava em uma das Delegacias da cida-de de Uberlândia respondia processo nº 0628445.48.2015.8.13.0702 pelo crime de improbidade administrativa por não ter rati-ficado a prisão em flagrante delito de bole-tim de ocorrência de lavra da Polícia Militar.

O Departamento Jurídico se manifestou nos termos do art. 17, §7 da Lei nº 8.492/92, ba-seado na argumentação do poder discricio-nário da Autoridade de Polícia, do seu livre convencimento motivado em ratificar ou não a prisão em flagrante.Os argumentos foram acatados pelo Poder Judiciário que decidiu pelo não recebimento da inicial do Ministério Público, pois estaria convencido da inexistência de ato de impro-bidade administrativa, tanto é que, naquele processo onde não se ratificou a prisão em flagrante, o próprio Ministério Público pediu o arquivamento do feito por entender que o delito de tráfico de drogas não restou carac-terizado.Fica clara, portanto, a faculdade de o Dele-gado de Polícia, nas hipóteses de flagrante delito, levar a efeito, conforme o seu perti-nente juízo de valor, aquela melhor decisão que lhe surgir à consciência, vertendo-se para a lavratura do auto ou não, consoante a sua apreciação daquilo que for o mais con-veniente e o mais oportuno diante do caso em concreto.

Dr. Dalmy Guarany Moreira - 11/01Dr. Ariovaldo da Hora Silva - 13/03

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Ele nasceu em Belo Horizonte, em 1937 e o seu nome foi uma homenagem ao chanceler Alemão, ainda amado nos anos 30 por retirar da miséria aquela importante nação europeia. Mas, já na infância, Dr. Hitler Fouad Curi começou a ser estigmatizado por causa do seu primeiro nome. “Meu pai e nem ninguém poderia imaginar que poucos anos depois do meu nascimento iria haver uma Guerra Mundial e que o famoso Hitler se transformaria em um cruel e louco ditador. Foi triste para mim, mas aguentei firme e optei por nunca trocar meu nome.”Assim, desde o início, a história de vida do Dr. Hitler é marcada por grandes desafios e muitas vitórias. Ele foi carregador de mala na Praça da Estação, Segurança de Loja, Representante farmacêutico, faxineiro de academia, soldado do exército, lutador, atleta de circo, Investigador (1964), Perito Criminal (1970), até que se tornou Delegado de Polícia (1977), tendo sido

aprovado em concurso público nas três últimas ocupações. Como Delegado, sua primeira designação foi para Caratinga e, depois, já trabalhando na Capital, passou pela Delegacia de Acidente de Veículos e de Sequestro. Foi também Coordenador de esportes da Acadepol, Chefe do DETRAN-MG e Chefe da Criminalística. “Dentre tantos casos de investigação policial dos quais participei destaco a resolução com sucesso do sequestro de um ex-vice Presidente da Volkswagem na década de 80 e contou com o empenho e a inteligência de uma equipe espetacular.” Aliás, Dr. Hitler faz questão de enaltecer e lembrar com saudades dos inúmeros colegas que o acompanharam nesta jornada pela Polícia Civil de Minas Gerais.Outro importante aspecto da vida do Delegado foi a sua estreita ligação com a prática esportiva, que ele também levou muito a sério e continua sendo uma referência dentro e fora da PCMG.

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Ele foi campeão mineiro de Box em 1958 e, em 1960, campeão mineiro ab-soluto (por categoria e peso) de Luta Livre. Neste período, ele ganhou fama como um dos principais lutadores do País. Centenas de troféus, medalhas, artigos de revistas e jornais, diplomas e condecorações estão guardadas numa espécie de galeria que ocupa intei-ramente um cômodo de sua casa no bairro Anchieta em Belo Horizonte.Após um período na academia da len-dária Família Grace no Rio de Janeiro, Dr. Hitler ainda brilhou no tatame, sen-do campeão de Judô (faixa vermelha e 4º DAN) e de Jiu Jitsu (faixa vermelha). Além disso, ele foi campeão de peteca pela Federação Mineira de Peteca nos anos de 1983, 84, 85, 86 e 87 e, ainda, faturou a Copa Itau de Peteca na mes-ma década. Nas horas de folga, e es-banjando vitalidade e bom humor aos 79 anos, Dr. Hitler ainda joga futebol de salão e nada. Outra paixão é a música. Ele toca gaita e canta músicas do can-cioneiro popular brasileiro.Com a vinda dos netos, o vovô Hitler passou a contar histórias para crianças e isso ainda resultou numa última con-quista: em 2013 ele escreveu o livro: “Histórias que o vovô Bolão cantava”, uma coletânea de casos fictícios, dedi-cada ao público infantil. Os livros só po-dem ser doados e, quando comprados, têm a renda destinada às instituições de pacientes com câncer. Essa é a vida do admirável Dr. Hitler, que continua a vencer as adversidades do tempo com muita honestidade, graça e sabedoria.

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2015 2014ATIVOCIRCULANTEDISPONIVELCAIXA GERAL 3.362,56 7.986,67BANCOS CONTA MOVIMENTO 452,80 977,34APLICACAO DE CURTO PRAZO 2.662.772,32 2.738.465,64

2.666.587,38 2.747.429,65REALIZAVEL A CURTO PRAZOADIANTAMENTO A FORNECEDORES 16.820,92 1.940,00CREDITOS COM PESSOAL 13.013,81 5.755,17DESPESAS DO EXERCICIO SEGUINTE 232,87 0,00

30.067,60 7.695,172.696.654,98 D 2.755.124,82 D

NAO CIRCULANTEREALIZAVEL A LONGO PRAZODEPOSITOS JUDICIAIS 49.264,73 38.254,44OUTROS CREDITOS 30.000,00 30.000,00

79.264,73 68.254,44IMOBILIZADO LIQUIDOIMOBILIZADO 348.237,54 347.859,79(-) DEPREC.E AMORT. -104.751,76 -74.169,30

243.485,78 273.690,49INTANGIVEL LIQUIDOINTANGIVEL 6.203,80 1.900,74( - ) AMORTIZACAO DO INTANGIVEL -690,96 -119,33

5.512,84 1.781,41328.263,35 D 343.726,34 D

Total Geral do Ativo 3.024.918,33 D 3.098.851,16 D

PASSIVOCIRCULANTEOBRIGACOES DE CURTO PRAZOFORNECEDORES 18.887,84 39.746,00OBRIGACOES COM PESSOAL 25.716,00 16.074,00PROVISOES 31.308,36 22.990,56IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIB A RECOLHER 16.281,24 11.059,76

92.193,44 89.870,3292.193,44 C 89.870,32 C

PATRIMONIO SOCIAL LIQUIDOPATRIMONIO SOCIALFUNDO PATRIMONIAL 3.008.980,84 2.312.683,23

3.008.980,84 2.312.683,23SUPERAVIT/DEFICIT ACUMULADOSAJUSTE DE EXERCICIOS ANTERIORES 31.868,11 0,00RESULTADO DO EXERCÍCIO -108.124,06 696.297,61

-76.255,95 696.297,612.932.724,89 C 3.008.980,84 C

Total Geral do Passivo 3.024.918,33 C 3.098.851,16 C

CRC MG - 009109/0ANDRÉ F. PEREIIRA

Contador - CRC 078583/O-3 - MG

SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DE M.G.

Balanço PatrimonialEncerrado em 31 de Dezembro 2015 e 2014

CNPJ: 01.083.501/0001-41

DR. MARCO ANTONIO DE PAULA ASSISPRESIDENTE

CONTROLLER CONTABILIDADE E CONSULTORIA LTDA

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Page 30: Revista dos Delegados de Polícia de MG - Nº 14

2015 2014INGRESSOS DE ASSOCIADOS

INGRESSOS DE ASSOCIADOS 2.092.061,13 C 1.658.922,06 CTOTAL DOS INGRESSOS 2.092.061,13 C 1.658.922,06 C

DISPENDIOS DOS BENS E SERVICOS PRESTADOSDISPENDIOS PESSOAL APLICADO NA PREST. SERVICOS 407.357,76 D 280.821,80 DENCARGOS SOCIAIS 127.220,60 D 90.429,00 DCONSTITUICAO DE PROVISOES 73.715,00 D 45.971,69 DSERVICOS PRESTADOS POR PESSOA JURIDICA 203.618,23 D 198.625,32 D

811.911,59 D 615.847,81 DOUTROS INGRESSOS

OUTROS INGRESSOS OPERACIONAIS 248.460,29 C 154.674,86 C248.460,29 C 157.674,86 C

DISPENDIOS OPERACIONAISDISPENDIOS GERAIS 238.153,61 D 307.978,14 DENCARGOS DE DEPRECIACAO E AMORTIZACAO 31.154,09 D 28.500,25 DDISPENDIOS COM VIAGENS 63.832,04 D 47.096,61 DDISPENDIOS TRIBUTARIOS 80.311,09 D 68.394,10 DDISPENDIOS COM VEICULOS 27.773,92 D 18.348,10 DDISPENDIOS PROPAGANDA E PUBLICIDADE 1.192.999,32 D 31.040,00 DDISPENDIOS FINANCEIROS 2.509,82 D 3.094,30 D

1.636.733,89 D 504.451,50 D

RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 108.124,06 D 696.297,61 C

ANDRÉ F. PEREIRAContador - CRC 078583/O-3 - MG

DR. MARCO ANTONIO DE PAULA ASSISPRESIDENTE

SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DE M.G.

CNPJ: 01.083.501/0001-41Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício

Encerrado em 31 de dezembro de 2015 e 2014

CONTROLLER CONTABILIDADE E CONSUL. LTDACRC MG - 009109/0

Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais30

Page 31: Revista dos Delegados de Polícia de MG - Nº 14

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Revista dos Delegados de Polícia de Minas Gerais 31

Page 32: Revista dos Delegados de Polícia de MG - Nº 14

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