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A revista Direcional Escolas tem 7 anos e é dirigida a diretores e compradores de instituições de ensino particulares e públicas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. É a única publicação que tem selo de auditoria de tiragem, comprovando os 20.000 exemplares mensais. Apenas as edições de junho/julho e dezembro/janeiro são bimestrais.

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SUMÁRIO

emef presideNte campos sallesEscola da rede municipal de São Paulo, locali-zada no coração da comunidade de Heliópo-lis, na região Sudeste da cidade, empreende, pelo 5º ano consecutivo, um modelo ousado de ensino, baseado e adaptado da Escola da Ponte, de Portugal.

obesidade iNfaNtilOs ministérios da Saúde e Educação reali-zaram no mês de março ações de alerta e combate ao grave problema da obesidade infantil, buscando a parceria das es-colas. Especialis-tas indicam o que essas instituições podem fazer em apoio às crian-ças e familiares.

eNsiNo profissioNaliZaNteO programa de estímulo ao ensino técnico de nível médio (o Pronatec), lançado no ano passado como uma das grandes bandeiras do governo de Dilma Rousseff, pouco avançou e deixa em com-passo de espe-ra a rede de en-sino, especialmente a privada.

dicas: psicomotricidade 17parcerias: idiomas 18preveNção coNtra iNcêNdios 24

extra:COACHING pedagógico e educacioNal 19fique de olHo: playgrouNds (briNquedos e pisos) 28

14 PERFIL DA ESCOLA08 ESPECIAL

CONFIRA AINDA

26 GESTÃO

infantil, buscando do governo de

sino, especialmente

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26 GESTÃOIniciamos novamente um editorial apresentando indicadores que medem os resultados propiciados pelo ensino em nossas escolas. Ou, na verdade, dados que reiteram a grave ine� ciência do sistema educacional brasileiro, especialmente o público. A bola da vez é a rede estadual de São Paulo, que praticamente não saiu do lugar nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática realizadas em 2010 e 2011 pelo Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar). O quadro mais alarmante vem do Ensino Médio, que registrou piora. O percentual de alunos do 3º ano com conhecimento insu� ciente em Matemática subiu para 58,4% (contra 57,7% de 2008/2009). Em Português, � cou quase igual: 37,5% dos concluintes no Ensino Médio não dominam o básico da disciplina (eram 37,9%).A superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel, tem corrido o Brasil para alertar contra o que ela de� ne como “a bomba relógio” do País. Pior que o conhecimento insu� ciente, é a quantidade de jovens que abandonam o Ensino Médio ou estão fora da escola (pelo menos a metade da população entre 15 e 17 anos). Ambos os problemas têm origem no fato de que nossas escolas não estimulam o jovem. Falta, por exemplo, nexo entre educação e trabalho, analisa Wanda, sugerindo que a ampliação da rede de ensino pro� ssionalizante é uma das estratégias que governo e escolas devem adotar para reverter o quadro.O tema está presente em nossa reportagem de gestão nesta edição de abril. O texto mostra que o Pronatec (programa do Governo Federal de estímulo ao ensino técnico de nível médio) pouco andou desde seu lançamento, em princípios de 2011. E para a rede privada de ensino, seus re� exos irão demorar pelo menos mais dois anos (pelo menos no caso de São Paulo), prazo estimado pelo Conselho Estadual da Educação para cadastrar novamente todos os cursos em andamento, além dos novos, condição mínima para que as escolas venham a fazer parte do futuro Fies Técnico.Retornando à questão da ine� ciência do sistema educacional, destacamos em reportagem do per� l da escola uma saída possível: a experiência em andamento em uma escola pública de São Paulo, que há pelo menos cinco anos vem procurando, a despeito de todas suas limitações institucionais e legais, implantar uma prática de ensino que coloque o aluno como protagonista e autor do processo de ensino-aprendizagem. É a EMEF Presidente Campos Salles, que adaptou o modelo da Escola da Ponte à sua realidade e merece entrar no debate sobre a inovação das práticas pedagógicas no Brasil.Por � m, nossa reportagem especial, sobre obesidade infantil, mostra como a parceria família, escola, governo e comunidade representa condição sine qua non para o enfrentamento dos desa� os e/ou avanços em direção a uma sociedade educadora, ideal que defendemos, seja nas páginas de nossas publicações ou em eventos como o que estamos promovendo neste mês - o 2º direção educação (cujo tema é “Escola, Família e Você – Parceiros na construção do futuro”). Em função deste grande encontro, que recebeu mais de 900 inscritos, preparamos uma edição especial para você, enriquecida por um conteúdo editorial que visa a lhes fornecer ainda subsídios para a melhoria dos seus processos administrativos e pedagógicos.

Uma boa leitura a todos,rosali figueiredoeditoracoNtate-Nos via tWitter e facebooK ou deixe seus comeNtários No eNdereço de email [email protected]

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

A revista Direcional Escolas não se res ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun ciantes.

Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73CEP 04102-000 - São Paulo-SPTel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807faleconosco@direcionalescolas.com.brwww.direcionalescolas.com.br

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

Filiada à

Tiragem auditada por

EDITORIALDIRETORESSônia InakakeAlmir C. Almeida

EDITORARosali Figueiredo

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDODiretores e Compradores

PERIODICIDADE MENSALexceto Junho / JulhoDezembro / Janeiro cujaperiodicidade é bimestral

TIRAGEM20.000 exemplares

JORNALISTA RESPONSÁVELRosali FigueiredoMTB 17722/[email protected]

REPORTAGEMLuiza OlivaMTB 16.935Tainá DamacenoMTB 55465/SP

CIRCULAÇÃOEstado de São Paulo, Rio de Janeiro,Paraná, Minas Gerais

DIREÇÃO DE ARTEJonas Coronado

ASSISTENTE DE ARTEFabian RamosSergio Willian

ASSISTENTE DE VENDASEmilly Tabuço

GERENTE COMERCIALAlex [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALAlexandre MendesFrancisco GrionPaula De PierroSônia Candido

ATENDIMENTO AO CLIENTECatia GomesClaudiney FernandesJoão MarconiJuliana Jordão Grillo

IMPRESSÃOProl Gráfi ca

Caro leitor,

Conheça também a Direcional Condomíniose Direcional Educador

www.direcionalcondominios.com.brwww.direcionaleducador.com.br

Para anunciar, ligue:(11) 5573-8110

Filiada à

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WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR

No site da direcioNal escolas, você eNcoNtra graNde acervo de iNformações e serviços que o auxiliam Na

gestão admiNistrativa, pedagógica e da sua equipe de colaboradores. acesse e coNfira.

violêNcia No ambieNte escolar

uma leitura sob a coNtribuição da psicaNáliseA psicopedagoga Jane Patrícia Haddad apresenta dois artigos publi-

cados com exclusividade pelo site da direcional escolas, que abordam a violência no ambiente escolar sob a perspectiva da Psicanálise. Jane é autora dos livros “Educação e Psicanálise: Vazio existencial” e “O Que Quer a Escola: Novos Olhares resultam em Outras Práticas”, ambos publicados pela editora Wak, do Rio de Janeiro. Segundo Jane Haddad, esse arco re-ferencial permite compreender “a importância da família na estruturação psíquica de um sujeito” e de que forma isso se reflete no convívio social, especialmente sobre a escola.

Confira os textos nos links:http://www.direcionalescolas.com.br/jane-patricia-haddad/violencia-no-ambiente-escolar-mas-onde-ela-comeca ehttp://www.direcionalescolas.com.br/jane-patricia-haddad/violencia-no-ambiente-escolar-do-ato-a-palavra-da-estrutura-ao-desenvolvimento

eNtrevista repercute o feNômeNo do bullyiNg A psicóloga Luciene Regina Paulino Tognetta aborda a questão do bullying juntamente com sua colega Thais Leite Bozza, ambas do

Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral pela Universida-de de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). Acesse http://www.direcionalescolas.com.br/versao-online-edicao-mai/11/especialistas-defendem-escola-enquanto-espaco-de-apren-dizagem-do-convivio-da-alegria-e-da-generosidade.

maNual aNtibullyiNgTexto originalmente publicado pela revista direcional

educador e desenvolvido pelo médico psiquiatra infantil, Gustavo Teixeira, está disponível no link http://www.direcio-nalescolas.com.br/bullying/manual-antibullying. Teixeira é autor do “Manual Antibullying” (Editora Best Seller) e profes-sor visitante da Bridgewater State University, entre outros.

leia aiNda:edmodo: rede social dos educadoresArtigos desenvolvidos pelo professor Rodrigo Abrantes

Silva ensinam a comunidade escolar a utilizar sua nova rede social, o Edmodo. Acesse http://www.direcionalescolas.com.br/rodrigo-abrantes.

Educação Financeira é assunto para as escolas!

www.dsop.com.br

Sua escola já possui Educação Financeira? Se não, o Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas é a melhor oportunidade de adaptação à essa nova demanda da sociedade, formando alunos--cidadãos, autônomos, com visão crítica, capazes de idealizarem e realizarem projetos individuais e coletivos.

O Programa utiliza como ferramenta a Coleção DSOP de Educação Financeira, que é formada por 15 livros didáticos, contemplando todos os ciclos: Infantil, Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio. Além da coleção didática, a DSOP possui também, uma coleção de obras paradidáticas, cursos e palestras que possibilitam que toda a comunidade escolar participe deste processo.

Conheça nossos materiais no 2o Direcional Educação, que acontece no dia 13 de abril, no Memorial da América Latina, em São Paulo – SP. A DSOP Educação Financeira participará do evento com uma equipe de pro� ssionais à disposição dos participantes para explicar como a educação � nanceira transforma vidas.

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Educação Financeira é assunto para as escolas!

www.dsop.com.br

Sua escola já possui Educação Financeira? Se não, o Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas é a melhor oportunidade de adaptação à essa nova demanda da sociedade, formando alunos--cidadãos, autônomos, com visão crítica, capazes de idealizarem e realizarem projetos individuais e coletivos.

O Programa utiliza como ferramenta a Coleção DSOP de Educação Financeira, que é formada por 15 livros didáticos, contemplando todos os ciclos: Infantil, Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio. Além da coleção didática, a DSOP possui também, uma coleção de obras paradidáticas, cursos e palestras que possibilitam que toda a comunidade escolar participe deste processo.

Conheça nossos materiais no 2o Direcional Educação, que acontece no dia 13 de abril, no Memorial da América Latina, em São Paulo – SP. A DSOP Educação Financeira participará do evento com uma equipe de pro� ssionais à disposição dos participantes para explicar como a educação � nanceira transforma vidas.

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Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre 2008/2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças brasileiras de cinco a nove anos de idade estão com peso acima do reco-mendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Entre os jovens de 10 a 19 anos, um em cada cinco apresenta excesso de peso. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta que é preciso intervir o mais rápido possível para mudar essa realidade. “Que-remos discutir como a escola pode ajudar na construção de hábitos mais saudáveis. Acreditamos que uma criança e um ado-lescente bem orientados infl uenciam os pais, dentro de casa. Temos que agir ago-ra”, enfatizou.

Através da Semana de Mobilização Saúde na Escola, os ministérios da Saúde e o da Educação atenderam a mais de 2.200 municípios brasileiros como parte do Pro-grama Saúde na Escola, no período de 5 a 9 de março passado. Neste ano, o tema prioritário da Semana foi a prevenção da obesidade na infância e na adolescência. Entre as ações realizadas, as equipes do Programa Saúde da Família pesaram e mediram os alunos, calcularam o Índice de Massa Corpórea (IMC) e fi zeram ava-liação nutricional de cada um. Além de orientações nutricionais, os profi ssionais encaminharam os estudantes com exces-so de peso para as Unidades Básicas de Saúde. “Sabemos que é mais fácil tratar a obesidade nas crianças e adolescentes, por isso a intervenção nessa fase é ex-tremamente importante para que essas crianças se tornem adultos saudáveis”, afi rmou o secretário de atenção à saúde, Helvécio Magalhães.

abordagem preveNtivaA psicóloga Patrícia Vieira Spada con-

corda com a prevenção estimulada pela ação governamental. Mestre em Nutrição e Pós-Doutoranda em Ciências da Saúde pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Patrícia vai mais longe: “Sempre que possível, a obesidade e outros distúrbios alimentares devem ser prevenidos desde antes da gesta-ção. Quando o casal pretende engravidar deve realizar todos os exames exigidos pelo médico, bem como cuidar para que o peso da grávida permaneça estável para iniciar a gravidez com saúde, uma vez que o peso da mãe interfere no peso do feto e, futuramente, no do bebê.”

Se na família os cuidados devem co-meçar cedo, na escola não pode ser dife-rente. A escola, assim como a família, também é responsável por prestar orientação alimentar a seus alunos, avalia Patrícia. A profi ssional defen-de palestras de orientação, programas de educação alimentar com a pre-sença de psicólogos especialistas no tema, e de nutricionistas para avaliar a condição dos alunos. “Também re-comendo elaborar cardápios com as famílias (individualmente e não ‘em massa’), além de um intenso e bem elaborado programa de exercícios preparado e dirigido o mais indi-vidualmente possível aos alunos. Essas são algumas dicas que costumam funcionar não só para a saúde das crianças e adolescentes, mas da família, propiciando na escola um am-biente de maior proximidade entre eles e deles com toda a equipe pedagógica, que deve participar assiduamente das programações.”

Cláudia Cezar, graduada em Educação Física, Mestre em Nutrição e Metabolis-mo, Especialista em Fisiologia do Exercício (ambos pela Unifesp) e Doutora pela Uni-versidade de São Paulo em Nutrição Hu-mana Aplicada, também acredita na força da escola para prevenir transtornos alimen-tares. A especialista focou seus estudos na efi ciência do tratamento não-medicamen-toso da obesidade, ou seja, realizado por meio de alterações no comportamento ali-mentar e de um estilo de vida ativo.

A perspectiva está em consonância com

Se na família os cuidados devem co-meçar cedo, na escola não pode ser dife-rente. A escola, assim como a família, também é responsável por prestar orientação alimentar a seus alunos, avalia Patrícia. A profi ssional defen-de palestras de orientação, programas de educação alimentar com a pre-sença de psicólogos especialistas no tema, e de nutricionistas para avaliar a condição dos alunos. “Também re-comendo elaborar cardápios com as famílias (individualmente e não ‘em massa’), além de um intenso e bem elaborado programa de exercícios preparado e dirigido o mais indi-

ESCOLA TAMBÉM É LUGAR DE SAÚDE ALIMENTAR

conhecer o estado nutricional dos alunos e investir na prevenção são as estratégias recomendadas por especialistas para combater os distúrbios alimentares.

ESPECIAL: OBESIDADE INFANTIL

por luiza oliva

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por informação e desenvolvimento”. “O pro-cesso de consciência alimentar e nutricional deve ser apresentado para a criança de forma lúdica, pois desta forma ela construirá seu co-nhecimento sobre seu corpo e o que é concer-nente a ele de modo saudável”, complementa.

Na verdade, ao investiram na educação alimentar as escolas apenas estão seguindo a Portaria Interministerial 1.010/2006, que ins-titui as diretrizes da “Promoção da Alimenta-ção Saudável nas Escolas de Educação Infantil, Fundamental e nível Médio das redes pública e privada, em âmbito nacional, favorecendo o

desenvolvimento de ações que promovam e garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar”. A psicó-loga Patrícia Spada acredita que cabe ao dire-tor de cada escola planejar as estratégias que serão adotadas pela instituição. Patrícia, que é autora dos livros “Obesidade Infantil: Aspectos emocionais e vínculo Mãe/Filho” (REVINTER, 2004) e “Obesidade e sofrimento psíquico: realidade, conscientização e prevenção” (FAP, 2010), defende a proibição de certos alimen-tos nas cantinas escolares. “Alimentos açu-carados e/ou fritos, entre outros, têm baixo custo, fácil manuseio e são de fácil acesso. Por comodidade e facilidades, a escola não inves-tia antes em uma educação alimentar. Hoje

as determinações da OMS e da Abeso (Asso-ciação Brasileira para o Estudo da Obesidade). “Os professores conhecem muito bem seus alunos e são multiplicadores. Eles são exce-lentes agentes de mudança”, aponta. Cláudia alerta, no entanto, que o tratamento da obe-sidade é lento (por ser baseado em mudanças de comportamento) e envolve dois desafi os: “O primeiro é a importância de as pessoas aprenderem a conhecer seu estado de nu-trição (se está adequado ou com algum grau de obesidade). O segundo é fazer escolhas preventivas ao aumento excessivo de tecido adiposo, o que é mais efi ciente do que mudar o comportamento para emagrecer. Isso vale também para crianças e jovens.”

Para Cláudia, se as escolas conseguirem conhecer o estado nutricional dos estudantes, muito poderá ser feito pela prevenção à obe-sidade. “Temos mais de 95% de nossas crian-ças matriculadas na escola. Podemos mapear o Brasil. Para diminuir a obesidade, a desnu-trição e o sedentarismo infantil é importante pesquisarmos como está o grau de obesidade

dos nossos alunos. Através do Proje-to AENE (Avaliação do Estado de Nutrição de Escolares), oferece-

mos essa possibilidade aos professores”, diz. O projeto foi criado em

2002 na Universidade de São Paulo, justamente visando ofere-cer subsídios para que os professores se tornem profi cientes em avaliar, en-

caminhar e acompanhar a evolução dos alunos. No site do Projeto (www.aene-brasil.com.br), os docentes encontram gratuitamente planilhas que ajudam a calcular o grau de obesidade dos indi-víduos.

defiNiNdo estratÉgias“Uma escola competente cuida de

seus conteúdos, sejam informações ou alimentos.” A afi rmação é da educadora,

psicopedagoga e neuropsicóloga Adriana Fóz. Ela completa que a obesidade deve ser prevenida desde cedo, porque “é na primei-

ra e segunda infância que diversas janelas de aprendizado do cérebro estão abertas, ávidas

dos nossos alunos. Através do Proje-

2002 na Universidade de São Paulo, justamente visando ofere-cer subsídios para que os professores se tornem profi cientes em avaliar, en-

caminhar e acompanhar a evolução dos alunos. No site do Projeto (www.aene-brasil.com.br), os docentes encontram gratuitamente planilhas que ajudam a calcular o grau de obesidade dos indi-víduos.

defiNiNdo estratÉgias“Uma escola competente cuida de

seus conteúdos, sejam informações ou alimentos.” A afi rmação é da educadora,

psicopedagoga e neuropsicóloga Adriana Fóz. Ela completa que a obesidade deve ser prevenida desde cedo, porque “é na primei-

ra e segunda infância que diversas janelas de aprendizado do cérebro estão abertas, ávidas

já percebemos maior preocupação da es-cola e autoridades em implantar projetos voltados à área da saúde e da educação alimentar”, sustenta Patrícia, completan-do que alimentos nocivos à saúde, além de elevar o peso de crianças e jovens, os predispõe a desenvolver doenças antes só vistas em adultos. “Carboidratos, como açúcar ou outros, na verdade retiram a energia do indivíduo que os consome no lugar de alimentá-lo”, afi rma.

Patrícia Spada pondera, entretanto, que faltam projetos direcionados ao autoconhe-cimento dos alunos. “Se desde pequenas as crianças conseguissem ter mais consciência acerca de suas emoções, que tanto interfe-rem na escolha alimentar, seria mais fácil e mais barato cuidar de sua saúde a curto, médio e longo prazo.”

A psicopedagoga Adriana Fóz com-plementa que a obesidade não implica apenas na saúde física, mas também na mental, uma vez que a criança obesa pas-sa a desenvolver problemas de baixa-esti-ma, ansiedade, compulsões, entre outros. “Às vezes a obesidade é causa, em outras é efeito, do ponto de vista cognitivo. Não existe um único determinante no padrão cognitivo de uma criança obesa, mas se entende também que é preciso modifi car padrões de aprendizagem, de conduta e hábitos.” Ela recomenda ainda que a es-cola conte com um acervo literário sobre o assunto, além de jogos e dinâmicas, e que prepare palestras para os pais com profi ssionais da área.

“Entender e signifi car o lugar do afeto e do alimento são estratégias competen-tes. Recorrer aos conhecimentos neuro-científi cos é indicado, uma vez que são interessantíssimos e tudo que é relativo ao cérebro é fascinante e envolvente”, justifi ca. Mas independente das ações da escola, as especialistas defendem um tra-tamento multiprofi ssional para crianças com problema de peso, como nutricio-nista, médico pediatra e endocrinologis-ta, psicólogo especialista em obesidade e educador físico. “Obesidade é uma ques-tão de saúde, prioridade e que exige cui-dados competentes”, fi naliza Adriana.

ESCOLA TAMBÉM É LUGAR DE SAÚDE ALIMENTAR

ESPECIAL: OBESIDADE INFANTIL

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Os familiares que matriculam suas crianças no Colégio Ápice, Berçário e esco-la de Educação Infantil localizada no bairro do Morumbi, zona Sul de São Paulo, sabem que terão que se acostumar a um hábito diferente da maioria das instituições. No Ápice, a criança não traz lanche de casa. E nas festas de aniversário que os pais promo-vem no colégio, o refrigerante está vetado. “A escola precisa dar alternativa e criar há-bitos de consumo mais saudáveis”, defende a diretora pedagógica Maria Rocha. Ela jus-tifi ca que esta é a fase ideal para trabalhar uma alimentação mais adequada, “porque as crianças ainda estão em formação e costu-mam dar respostas rápidas e positivas”.

Mas não é fácil. No cardápio diário do Ápice, constam quatro refeições: dois lanches, almoço e jantar. A fruta e o suco de frutas estão sempre presentes. Não há guloseimas, e no jantar são servidas sopas de legumes engrossadas com diferentes tipos de cereais, como aveia, grão de bico e ervilha. “Às vezes encontramos difi culdades para a criança se adaptar, porque querem guloseimas, convi-vem com outro hábito alimentar”, comenta a diretora, destacando que é feita uma intro-dução gradual do cardápio junto aos novatos.

“Tem que incentivar a criança aos pou-cos, no começo oferecer frutas que ela esteja mais acostumada a comer (a banana no lugar do melão, por exemplo).” Com o tempo, ao observar as demais, ela se sente estimulada a experimentar todo o cardápio, acrescenta Maria Rocha. Por fi m, alguns familiares aca-bam incorporando os novos hábitos em seus fi nais de semana, motivados pelos fi lhos, que aprendem a substituir gulo-seimas por minicenoura ou tomate cereja. Outro estí-mulo adotado pelo colégio é o consumo de água, “pois as crianças estão perdendo

esse hábito impor-tantíssimo”. Cada aluno traz de casa seu copo ou squeeze, que fi ca disponível em sala de aula, para que possa to-mar água a qualquer momento. O trabalho de educação alimentar do Ápice é complemen-tado pela área pedagógica, através de ativida-des como a “roda da água” e a “roda do almo-ço” (antes do almoço, a professora trabalha o cardápio com as crianças, o qual é afi xado em painel na sala de aula).

No Centro Educacional Pioneiro, institui-ção localizada na Vila Clementino, zona Sul de São Paulo, foi implantado neste ano o Progra-ma Lanche Saudável, voltado às crianças da Educação Infantil e do 1º ano do Fundamen-tal. “Estamos dando continuidade ao trabalho gradativo do Pioneiro de promover uma ali-mentação equilibrada para os alunos da Edu-cação Infantil e do 1º ano do Fundamental”, diz Cristiane Mayumi Sumida, nutricionista da escola. O cardápio diário do lanche, ofere-cido durante os recreios, é composto por um alimento energético (em geral pão integral; evita-se, por exemplo, biscoitos recheados), construtor (que é a proteína, presente no leite, requeijão, peito de peru defumado ou queijo branco) e regulador (frutas).

Faz um ano que o Pioneiro lançou outro programa, o da Cantina Saudável, com a ex-clusão de itens como refrigerantes, salgados industrializados e fritos, entre outros. “É um trabalho de formiguinha”, observa Cristia-ne, ressalvando que a adesão ou aceitação de pais e alunos é gradativa. A nutricionista

ressalta que “o cuidado com a alimentação saudável deve vir desde a gestação” e que

a criação do hábito se inicia com os bebês, aos quais devem ser evitados refrigerantes e o exces-so de sal e açúcar.

MUDANÇA DO HÁBITO, “UM TRABALHO DE FORMIGUINHA”

por rosali figueiredo

aluno traz de casa seu

MUDANÇA DO HÁBITO,“UM TRABALHO DE FORMIGUINHA”“UM TRABALHO DE FORMIGUINHA”

que aprendem a substituir gulo- saudável deve vir desde a gestação” e que

SAIBA MAIS

ADRIANA FÓZwww.adrianafoz.com.br

CLÁUDIA CEZARwww.per� lesportivo.com.br

CRISTIANE MAYUMI SUMIDA [email protected]

MARIA [email protected]

PATRICIA VIEIRA SPADA www.patriciaspada.com.br

ESPECIAL: OBESIDADE INFANTIL

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CRISTIANE MAYUMI SUMIDA [email protected]

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A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA PRÁTICA PEDAGÓGICAem uma proposta ousada, a escola da rede mu-nicipal de são paulo derrubou as paredes que separavam as turmas de uma mesma série e mudou a dinâmica da aula: os alunos passaram a atuar prioritariamente em grupo e a escolher a atividade do dia, dentro de um roteiro pre-viamente organizado e mediado pelo profes-sor. tudo com o suporte de aulas expositivas, monitoria e reforços, complementos de uma experiência que deixa grande contribuição ao debate sobre as mudanças na forma de ensinar.

por rosali figueiredo(textos e fotos)

A inspiração e o parâmetro bási-co de uma nova metodologia de ensino implantada há cinco anos pela Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Presidente Campos Salles vieram da Esco-la da Ponte, de Portugal. Mas a motivação resultou de um envolvimento gradativo com a comunidade de Heliópolis, gran-de bairro da região Sudeste de São Paulo surgido como favela em princípios dos anos 70, que depois da luta pela moradia empunhou a bandeira da não violência e da educação de qualidade. E nesta parce-ria articulou-se uma concepção de “bairro educador”, que se envolve com a escola, e que faz a escola seguir caminho recí-proco: abraçar a comunidade. Também resultaram insatisfações, buscas e sustos, como o assombro que tomou conta da Diretoria Regional de Educação Ipiranga, quando soube, em princípios de 2008, que o diretor Braz Rodrigues Nogueira havia simplesmente mandado derrubar as paredes de algumas salas de aula.

“Depois que tirei as paredes, precisava de um monte de coisa para que o proje-to desse certo, como mesas com quatro cadeiras no lugar das carteiras individua-lizadas. E fui à diretora de ensino com uma listinha na mão, comunicando-a que havia

tirado as paredes. Tomei a decisão e sustentei, pois se tivesse pedido autorização antes, ela te-ria sido negada”, relata Braz Rodrigues, diretor da EMEF desde novembro de 1995. Ele havia agrupado as turmas de cada série em quatro grandes salões, acolhendo cerca de 100 es-tudantes por turno. Assim foi “oficializado” e implantado o novo projeto pedagógico da EMEF, a qual vinha mantendo diálogo com a comunidade, mas não conseguira até então melhorar a qualidade do ensino. Pois a escola enfrentava dois principais “gargalos”: quatro turnos de aulas, com cerca de 1.800 estudan-tes; e “práticas inadequadas” dos professores, “herdeiras daquela visão do aluno como tábula rasa, assentada na filosofia de John Locke, que vê a criança com ‘um vazio na cabeça’”.

como fuNcioNaO gérmen da mudança surgiu em 2004,

quando três professores propuseram a Braz Rodrigues adotar o modelo da Escola da Pon-te. “Ainda tínhamos 1.800 alunos, como tirar as paredes? E se o caos se instalasse, onde iria arrumar dinheiro para mandar reconstruí-las?”, perguntava-se Braz, que resolveu, no entanto, investigar a ideia e conhecer a EMEF Desem-bargador Amorim Lima, localizada no Bairro do Butantã, que implantara projeto semelhante. Ao longo de 2005, a proposta foi debatida com

a comunidade, e em setembro do mesmo ano, colocada em votação junto ao conselho esco-lar, evento que reuniu 61 pessoas, incluindo representantes dos movimentos populares.

Decidiu-se que nos anos de 2006 e 2007 haveria uma transição, experimentando uma nova didática nas salas convencionais, mas já capacitando alunos e professores para o trabalho em equipe. “Percebi, porém, no fi-nal de 2007, que a história de trabalhar com grupos de alunos não mudara nada”, afirma Braz Rodrigues, destacando que não rendera melhora no aprendizado. Seria preciso radica-lizar o processo. “Chamei um grupo de pro-fessores mais engajados para buscar apoio e tirar as paredes. No lugar de 12 salas de aulas, teríamos quatro salões.” E as carteiras indivi-dualizadas seriam definitivamente substituí-das pelas mesas com quatro lugares.

Três estratégias dariam sustentação ao modelo: nos salões, alunos trabalhariam em grupo de quatro, sob a mediação e orientação de três professores, que deveriam estar aptos a esclarecer a dúvidas de qualquer disciplina; eles seguiriam o planejamento de um rotei-ro quinzenal de atividades, preparado pelos docentes para cada salão; e teriam aulas ex-plicativas em salas convencionais, em grupos menores, além de monitoria e reforço. “Che-gamos então à base do projeto, que é o tra-

PERFIL DA ESCOLA: EMEF PRESIDENTE CAMPOS SALLES

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balho em equipe. Estamos tentando descons-truir o individualismo, muita coisa mudou e está mudando dentro desta reorganização do espaço”, diz. Segundo Braz Rodrigues, “depois que tiramos as paredes, todos os professores tiveram que aprender a trabalhar em equipe, a atuar com roteiro e a publicá-lo no Google Docs, para compartilhar com os demais o que será levado para o salão.”

Com base nessas estratégias, os alunos recebem o roteiro quinzenal das atividades relacionadas a todas as disciplinas, combinam com seus colegas de mesa o que farão no dia e chamam pela orientação do professor so-mente quando um não puder ajudar o outro. Além do suporte das aulas expositivas, eles contam também com atividades separadas em Informática e Educação Física, na sala lei-tura, na monitoria e no reforço. A monitoria é dada pelo professor junto a um pequeno grupo de estudantes. “Discute-se tudo, é o momento de o professor extrapolar as pare-des da escola e de o aluno colocar ‘o que está pegando’, dentro e fora dali, inclusive dificul-dades para trabalhar em grupo.” O “objetivo é dar sustentabilidade para o trabalho do salão”.

resistêNcias eNtre aluNos e professoresA nova metodologia de ensino enfren-

ta dificuldades entre alguns professores e

alunos, comenta Braz Rodrigues. Conforme justifica, é uma prática pedagógica que pres-supõe um papel protagonista e autoral pelas crianças e adolescentes, obrigando-as a des-colar da tradição da “reprodução, da cópia”, a qual permanece, no entanto, fortemen-te instaurada na cultura escolar. Por outro lado, ao demandar participação expressiva dos estudantes, escancara as dúvidas e as deficiências de ambos os lados. Em termos de estrutura oficial, há pouca margem para a direção agir, já que esta não pode pleitear horário integral para o professor nem auto-nomia para formar uma equipe afinada aos seus objetivos.

Até o ano passado, a EMEF contava com apoio da Fundação Tide Setúbal na capaci-tação dos professores, em trabalho desen-volvido pelo Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Co-munitária). Falta agora propiciar atividades de formação aos próprios estudantes para lidarem com a metodologia, aponta o dire-tor. O papel dos alunos, segundo Braz, é peça fundamental do processo. Eles têm uma comissão própria em cada salão, composta por dez estudantes eleitos pelo grupo, que negocia com os professores os conflitos que surgem diariamente no espaço. À comissão é dado ainda o poder de convocar reunião de

pais, e em breve ela poderá compor uma espécie de “prefeitura” – com prefeito, vice-prefeito e “secretários” -, com vistas a deliberar sobre questões como o uso da quadra e o acesso à cantina de uma escola vizinha (ETEC), entre outros. “São práticas pedagógicas que vê a criança como ser integral e com condições de decidir”, resume Braz Rodrigues.

Nos cinco anos de aplicação da nova metodologia, o desempenho dos estudan-tes no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) tem se mantido em curva ascendente. Nenhum grande salto foi observado, mas também não houve queda, analisa Braz Rodrigues, o que já demonstraria, segundo ele, que o projeto é viável. Tanto nos anos iniciais quanto finais do Fundamental, os estudantes da EMEF Campos Salles apresentaram índi-ces próximos dos 5 pontos conforme o IDEB de 2009 (o de 2011 ainda não foi di-vulgado). A meta do IDEB para 2022 é que as crianças e os adolescentes brasileiros cheguem aos 6 pontos nos anos iniciais do Fundamental e a 5,5 pontos nos finais. A direção da EMEF quer muito além disso, ela busca um modelo que os transforme em cidadãos e sujeitos capazes de cons-truir sua própria história.

PERFIL DA ESCOLA: EMEF PRESIDENTE CAMPOS SALLES

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a escola

a emef presidente campos salles está localizada em uma grande praça pública, a qual abriga ainda três centros de educação infantil, uma escola municipal de educação infantil, uma escola técnica estadual e um centro cultural, espaço que totaliza 47 mil metros quadrados. É um verdadeiro complexo educacional, gerido atualmente pelo centro de convivência educativa e cultural de Heliópolis, cuja titular é a diretora de escola municipal e professora arlete persoli. entre seus parceiros mais afi nados está a uNas - união de Núcleos e sociedades dos moradores de Heliópolis e são João clímaco. a própria entidade é conveniada da prefeitura e responde pela gestão de duas das três ceis instaladas na praça.localização: estrada das lágrimas, na altura do cruzamento com a estrada são João clímaco ciclos escolares: ensino fundamental i e ii; eJa/educação de Jovens e adultosregime de aula: três turnos (manhã, tarde e noite)No de alunos: 1.120equipe de educadores: 62 (há dois orientadores para a sala de leitura e dois para a informática) equipe gestora: diretor, dois assistentes de direção, duas orientadoras pedagógicasequipe de apoio: cerca de 30 profi ssionaispopulação local: o núcleo original de Heliópolis, área que pertenceu ao iapas (antigo instituto de previdência e assistência social do governo federal) possui cerca de 1 milhão de metros quadrados. sua população é estimada em quase 200 mil pessoas, mas o censo do ibge de 2010 considerou parte dessa popu-lação pertencente aos bairros do sacomã e são João clímaco. para efeitos do censo, o núcleo de Heliópolis possui hoje 44 mil moradores.

Três princípios norteiam a metodologia da Escola da Ponte e foram adotados pela EMEF Pre-

sidente Campos Salles: autonomia, responsabilidade e solidariedade. “Nosso objetivo é dar todas as

condições para que esses princípios sejam vivenciados pelos estudantes. Para que aprendam a ter

liberdade, assumindo responsabilidades e olhando para o outro”, defende Braz Rodrigues.

Na foto, Braz Rodrigues (2º da esq. para a dir.), está acompanhado de seus principais parceiros

no projeto: Arlete Persoli, gestora do Centro de Convivência Educativa e Cultural de Heliópolis

(no canto direito); Antônia Cleide Alves, presidente da UNAS (União de Núcleos e Sociedades dos

Moradores de Heliópolis e São João Clímaco); e João Miranda Neto, vice-presidente da entidade.

AUTONOMIA, RESPONSABILIDADE E SOLIDARIEDADE

SAIBA MAIS

ANTÔNIA CLEIDE [email protected]

ARLETE PERSOLI [email protected]

BRAZ RODRIGUES [email protected]

PERFIL DA ESCOLA: EMEF PRESIDENTE CAMPOS SALLES

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SAIBA MAIS

BEATRIZ PINHEIRO [email protected]

FERNANDA [email protected]

PATRÍCIA [email protected]

PERFIL DA ESCOLA: EMEF PRESIDENTE CAMPOS SALLES

A Psicomotricidade é área que chama cada vez mais a atenção das escolas, como processo fundamental ao desenvolvimento das crianças. Com uma trajetória de 24 anos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, a Edu-que Nova Escola, situada na zona Sul de São Paulo, aposta em um trabalho permanente e multidisciplinar na área. Partindo dessa premissa, a escola busca aproveitar todos os espaços possíveis para aplicar atividades psicomotoras. “Os exercícios acontecem tanto em sala de aula quanto no ateliê de arte, estú-dio de dança, berçário, brinquedoteca e quadras poliesportivas”, afi rma a direto-ra pedagógica Patrícia Cintra.

O importante, acrescenta, é o am-biente propiciar o desenvolvimento da coordenação motora global da crian-ça, permitindo-lhe fazer movimentos complexos, como correr, saltar, andar, rastejar e também manipular objetos. Para isso, a escola disponibiliza recursos como “túneis, caixas de madeira, móbi-les, instrumentos musicais, cordas, sacos de diversos tamanhos, espelhos, bastões, papéis de texturas e formatos variados, elásticos, giz, massa para modelar e tijo-los como suporte para desenhos”.

Já a Escola Capítulo I, na Vila Maria-na, tem, por sua vez, espaço exclusivo no Berçário para estimular o movimento. “Ele está estruturado com piso de vinil e materiais de espuma (rampas, rolos, de-graus e bolas)”, detalha Fernanda Teixei-ra, coordenadora pedagógica. E a partir da Educação Infantil, “os alunos fazem exercícios no pátio ou na quadra, com circuitos de madeira, bambolês e bolas”.

Psicóloga com especialização em Psi-comotricidade, Beatriz Pinheiro Mazzolini sugere às escolas pesquisar as necessi-dades de seus alunos, para que possam equipar o seus espaços de acordo com o dia a dia deles. Outra sugestão é “explorar a educação psicomotora em ambientes naturais, que promovam a socialização com o ser e o meio, aproveitando, por exemplo, escadas, muretas, árvores e tan-que de areia”. Quanto aos profi ssionais que atuam na educação do movimento, Beatriz recomenda que sejam “espontâ-neos, criativos, alegres e tenham deleite em trabalhar com pessoas”. “É recomen-dável que tenham formação teórica e técnica, que pode ser alcançada em cur-sos de especialização”, enfatiza.

Na Eduque Nova Escola, todos os professores, segundo explica Patrícia, recebem um alicerce para as suas ati-vidades com o trabalho psicomotor. “Os docentes polivalentes e especí-fi cos são convocados mensalmente para reuniões pedagógicas. Além dis-so, a instituição recorre a assessorias e consultorias para aulas em parceria e produção de material”.

Na Escola Capítulo I, há um especia-lista que aplica as atividades psicomo-toras diárias no Berçário, três vezes por semana na Educação Infantil e duas no Ensino Fundamental. Para a psicóloga Beatriz Pinheiro, o essencial é ter um pro-fi ssional que domine os conceitos multi-disciplinares da Psicomotricidade, “caso contrário ela perderá sua funcionalida-de”. Qual seja, a de “desenvolver a relação do ser humano com o mundo que o cer-ca por meio do movimento”. (td)

A EDUCAÇÃO DO MOVIMENTO

A EDUCAÇÃO DOMOVIMENTO

DICA: PSICOMOTRICIDADE

Na Próxima Edição: Formaturas

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SAIBA MAIS

ADRIANA [email protected]

ANTONIO FRANCISCO DOS [email protected]

CRISTIANA [email protected]

SANDRA [email protected]

TÂNIA [email protected]

Um cenário muito comum nas escolas da rede privada de São Paulo envolve a presença de grifes de insti-tutos de idiomas em seu espaço físico, através de parcerias que buscam dar mais efi ciência ao ensino de línguas estrangeiras e constituir um diferencial de mercado. O propósito é ir além do preparo ao vestibular e apostar tanto na fl uência quanto no aprendizado de as-pectos culturais, políticos e econômicos do País relacionado ao idioma.

Atualmente, há dois formatos de parcerias mais recorrentes no mercado: a intracurricular e a extracurricular. No primeiro, o instituto fornece seus pro-fi ssionais para lecionarem aulas dentro da matriz regular de ensino, juntamente com todo um aparato técnico e mate-rial. No segundo modelo, “as aulas são ministradas fora do horário regular, em um espaço dentro da escola ou no lo-cal de propriedade do parceiro”, explica Antonio Francisco dos Santos, diretor do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), Re-gional de Campinas. Uma das vantagens do extracurricular, “além de ser opcional e pago separadamente da mensalida-de, é a comodidade que traz para pais e alunos”, acrescenta Adriana Albertal, diretora de Soluções para Colégios em um tradicional instituto de idiomas.

Entretanto, uma nova tendência está se formando em prol do formato intracurricular, principalmente para a Língua Inglesa. Para Cristiana Freitas, di-retora franqueada de uma bandeira que oferece esta modalidade às escolas, “a parceria no intracurricular agrega um diferencial para a instituição e propicia

facilidade e economia para pais e alunos”. A Escola da Vila, situada na zona Oes-

te de São Paulo, aposta na modalidade intracurricular há 12 anos, e além das duas aulas regulares de inglês por sema-na, os alunos têm uma terceira, na qual são estudados temas transversais ao cur-rículo escolar no idioma. A parceria, expli-ca Sandra Durazzo, coordenadora de Lín-guas Estrangeiras, permitiu “a introdução dos cursos transversais, a realização de avaliações internas seguindo os padrões de testes internacionais e promoção de acampamentos em Inglês”.

Para aderir a uma parceria no intra-curricular, o Colégio FECAP, localizado no centro de São Paulo, sofreu mudanças na composição das turmas. “Quinze salas foram divididas em 29 turmas por nível de conhecimento no idioma, e houve ne-cessidade de adequar a matriz curricular para reservar horário em laboratórios”, afi rma a diretora Tânia Aguiar.

Quanto ao formato ideal, a diretora franqueada Cristiana Freitas afi rma que depende da proposta pedagógica da escola, ou seja, “da valorização do ser-viço prestado, do perfi l de seus clien-tes, do tempo e espaço físico que ela dispõe”. Já o parceiro deve apresentar “metodologia fl exível às necessidades da escola, experiência comprovada e qualidade no programa de treinamento dos professores”. (td)

A BUSCA PELA EFICIÊNCIA

Na Próxima Edição: Parceria – Férias e Entretenimento

m cenário muito comum nas escolas da rede privada de São Paulo envolve a presença de grifes de insti-tutos de idiomas em seu espaço físico, através de parcerias que buscam dar mais efi ciência ao ensino de línguas estrangeiras e constituir um diferencial

A BUSCA PELA EFICIÊNCIA

DICA: PARCERIAS - IDIOMAS

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para um iNício de coNversaandragogia – confiança e motivação

A aquisição de novos hábitos, co-nhecimentos e atitudes ocorre em adultos por meio de um processo mais complexo do que em crianças. Para que os colaboradores se movam em busca de um aumento de desempenho e qua-lidade de vida, vários aspectos precisam ser levados em consideração. Para mu-dar alguns hábitos dentro do processo comportamental, o adulto precisa estar seguro e motivado.

Quando monitorado, o adulto sente-se confiante em sua capacidade de expe-rimentar ou adquirir um novo hábito, pois não está sozinho nesta empreitada. Ao seu lado existe uma pessoa com conhecimento e liderança para acompanhá-lo, ensiná-lo e

POR UMA EQUIPE DE ALTA PERFORMANCE

por christian rocha coelho

EXTRA: COACHING PEDAGÓGICO E EDUCACIONAL

apoiá-lo ao longo dessa nova experiência.A decisão da equipe em se envolver

seriamente em um determinado projeto e aceitar promover mudanças internas também está relacionada ao valor que atribui para alcançar essas mudanças e os benefícios propostos. Neste caso, as estratégias de meritocracia extrínsecas e intrínsecas têm um papel primordial na motivação de adultos.

Para a equipe “se mover”, cumprir me-tas e alcançar seus objetivos, todos pre-cisam estar confiantes (monitoramento) e motivados (meritocracia). Trataremos aqui, neste momento, da primeira par-te deste trabalho, qual seja, a de aplicar ferramentas que tornem o corpo docente uma equipe de alto desempenho.

do programa de coachingO coaching pedagógico e educacional

é uma ferramenta desenvolvida pela con-sultoria Rabbit Partnership há cinco anos e implantada com sucesso em mais de 850 instituições de ensino por todo o País.

O programa é fundamental para quem busca a evolução dos colaboradores e, por consequência, o aperfeiçoamento da prestação de serviços educacionais, por meio da correção de deficiências, gestão organizacional, liderança e motivação da equipe. O programa segue uma sequência de etapas que visam gerar o posiciona-mento estratégico e a melhora do desem-penho da equipe em busca do crescimen-to sustentável da instituição. Essas etapas são apresentadas no fluxograma a seguir:

fluxograma do programa de COACHING pedagógico e educacioNal

etapas de implaNtação do programai gestão orgaNiZacioNal

A primeira etapa do coaching tem a finalidade de gerar as bases organizacionais para que todos os colaboradores saibam e assumam a autoria de seus atos, tenham uma visão holística da instituição e comecem a desenvolver a gestão compartilhada ou em rede.

O corpo docente, por ser mais complexo, exigirá maior empenho da coordenação na elaboração do organograma de responsabilidades. A utili-zação da ferramenta de descrições de funções* auxilia na distribuição mais equilibrada das tarefas e evita que algumas atividades sejam esquecidas.

DICA: PARCERIAS - IDIOMAS

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EXTRA: COACHING PEDAGÓGICO E EDUCACIONAL

No momento de distribuir as fun-ções, é importante que a maioria das atividades operacionais seja delegada aos subordinados, com exceção de ativi-dades que envolvam algum tipo de risco, como o atendimento aos pais insatisfei-tos. Operacionais são as atividades que dependem somente da própria pessoa e que necessitam mais de uma hora diária para serem executadas.

*descrição de funções: Durante uma semana, o colaborador anotará todas as atividades que faz no dia. Ao fi nal, apon-tará quais são as mais importantes, as que levam mais tempo, as mais prazerosas e quais são as mais difíceis e mais fáceis de desempenhar. Desta forma, a escola terá uma descrição das funções, noções de quais competências a função exige e quais as competências o colaborador possui. De uma forma simplista, o cruzamento das informações apuradas ajudará na escolha das pessoas que participarão do grupo e a função de cada uma.

1 - montagem do organograma de responsabilidades

O organograma tem o papel de criar uma organização visual (imagem mental) de todos os membros e as funções da equipe, fazendo com que seus integrantes assumam a autoria de seus atos, sem per-der a visão global do processo. Para isso, os organogramas devem estar fi xados em locais visíveis para todos os colaboradores.

2 - periodicidade e tipo de função** Como dito anteriormente, no mo-

mento de distribuir as funções, é impor-tante que a maioria das atividades ope-racionais seja delegada aos subordinados, com exceção de atividades que envolvam algum tipo de risco (como o atendimento aos pais insatisfeitos). É importante que fi que clara a diferença entre as atividades operacionais e as gerenciais. Estas estão ligadas ao desenvolvimento de planeja-mentos, à análise e ao trabalho em equipe que necessitem de gerenciamento e lide-rança dos colaboradores.

As funções de coordenação, por exemplo, raramente são diárias. Se o

quadro de distribuição de fuNções para os coordeNadores

**função é o conjunto de atribuições (afazeres) e responsabilidades de cada pessoa, dentro de uma organização

3 - atribuições constantes e orgâni-cas

Em uma instituição de ensino exis-tem atribuições constantes e orgânicas. As atribuições constantes são as prin-cipais tarefas que o indivíduo deve de-sempenhar durante todo o tempo em que estiver trabalhando. Geralmente são fixas, predeterminadas e relacionadas diretamente ao cargo.

As atribuições orgânicas são ativida-des pontuais com começo, meio e fim, que podem mudar de responsável con-forme a necessidade ou o desempenho. As atividades orgânicas tendem a evoluir e, em alguns momentos, mudar durante a sua aplicação.

coordenador tiver muitas atribuições cons-tantes, sobrará pouco tempo para gerir e liderar sua equipe.

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quadro de fuNções coNstaNtes e orgÂNicas dos professores

4 – pontos importantes de apoio ao programa COACHee apoiador

Às vezes, pessoas da equipe com características de liderança podem ser confundidas com pes-soas difíceis, reclamonas ou com comportamentos negativos. Segundo os estudos etológicos, o homem, como todo mamífero social, vive em grupos ou clãs subdivididos em castas. No topo da pirâmide encontramos o líder Alfa, que atingiu este posto devido a algumas características de li-derança desenvolvidas. Para que a equipe continue a se desenvolver, sempre existirão jovens com características de liderança prontos para substituir o líder Alfa, caso este não tenha mais condições de cumprir o seu papel.

Dentro das equipes, no mundo moderno, o coordenador ou gestor, quando identificar um líder beta (mais voltado à ação), não deve tolher suas características e, sim, utilizá-las em benefício do grupo por meio das técnicas de envolvimento, como delegar uma função que exija liderança res-trita. Ex: Shadow management, coleta de determinado relatório, seleção de peças para análise etc.

É importante salientar que, para a instituição não correr nenhum risco de problemas trabalhis-tas, as atividades de apoio deverão ser pontuais e de curta duração (até três meses).

Shadow management (sombra) - Colaboradores de boa conduta e alta performance que acompanham e treinam os novos contratados, auxiliando os coordenadores e gestores. Em troca são capacitados na arte de liderança, reconhecidos como modelos positivos e mais próximos de promoções que os demais.

checklist - Utilizar o organograma de responsabilidades como lista de verificação nas reu-niões de monitoramento é uma poderosa ferramenta de gestão de todas as ações e estratégias desenvolvidas pela equipe naquele momento.5 - gestão em rede

A sobrecarga de trabalho é comum nas equipes que são geridas de forma tradicional, nas quais o cargo superior comanda e fiscaliza os demais subalternos.

A implantação do organograma, monitoramento e checklist de funções favorece o desenvolvi-mento de uma gestão em rede entre os colaboradores.

A gestão em rede deixa claro para todos os integrantes da equipe se alguém cometeu alguma falha ou comportamento negativo, pois cada um tem ciência das atribuições e responsabilidades do outro. Por este motivo, a própria equipe faz o papel do coordenador, enquanto que este passa a atuar como mediador de conflitos.

ii reuNião de iNstruçãoAs reuniões de instrução acontecem

no início de cada semestre e no lançamen-to do programa de coaching, com o objeti-vo de capacitar os colaboradores.

Após a apresentação dos objetivos gerais, o gestor tem o papel de esclare-cer as tarefas (funções) individuais, por meio da apresentação do organograma linear de responsabilidades e estabele-cer normas de condutas.

iii moNitorameNto As reuniões de monitoramento são o

principal momento em que os coordena-dores e gestores de atendimento têm para desenvolver suas equipes de trabalho.

Para que surtam o efeito desejado, isto é, que ocorram as devidas mudanças de atitudes dentro do processo compor-tamental das pessoas e que se crie uma visão global. É importante que as reuniões tenham constância e curta periodicidade com encontros semanais, quinzenais ou, no máximo, mensais. quanto menor for o intervalo entre os encontros de monito-ramento, melhores serão os resultados.

Quando monitoradas, isto é, acompa-nhadas de perto, as pessoas sentem-se se-guras para experimentar e mudar atitudes ou conceitos.

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A instituição tem o papel de estimular e criar condições para o nascimento da cultura de reuniões de monitoramento, incorporando o conceito de investimento e não de custo no pagamento de horas/aulas.

Estas análises devem acontecer sempre de forma objetiva nas reuniões periódicas e, quan-do necessário, individualmente.

iv aNálise de desempeNHoAlgumas pessoas dão a impressão de que estão trabalhando muito quando, na verdade,

fazem pouca coisa que contribua realmente para a realização dos objetivos da instituição. O desempenho é melhor avaliado quando verifi cado em relação a critérios concretos preestabe-lecidos e padrões comparativos.

A seguir um exemplo de sistema de avaliação de desempenho de professores em sala de aula.

relatório de observação dirigida de aula O que difere esta estratégia de análise de desempenho das demais existentes, é que o

relatório é preenchido em duas vias por meio de uma cópia em carbono. Uma cópia fi ca com o coordenador para futura avaliação e a outra é entregue ao professor, junto com algum co-mentário logo após o término da aula.

A avaliação reduz a burocracia e propicia a mudança ou correção imediata de alguma fa-lha do professor. O feedback mais completo é feito nas reuniões de monitoramento e, quando necessário, em encontros particulares.

Outro aspecto relevante é a utilização de pictogramas (carinhas) em todos os itens avalia-dos. Quando avaliamos algo, a natureza humana é inclinada a buscar primeiro os aspectos ne-gativos. Para contrabalancear essa tendência, a coordenadora obriga-se a sempre que apontar uma falha (carinha séria), buscar um aspecto positivo (carinha sorridente), pois se a professora faz parte de sua equipe signifi ca que é uma pessoa competente e detentora de muitas qualida-des. Desta forma, as reuniões sempre são equilibradas e os demais integrantes também fi cam cientes das qualidades que são valorizadas e não somente dos erros e das falhas.

v comuNicação e marKetiNg pedagógicoA valorização da marca e a geração do institucional da escola se iniciam dentro da sala de aula, por ser o professor o grande formador de opinião.Não adianta criar campanhas de propaganda e ações de endomarketing se o próprio corpo docente e a equipe de atendimento não sabem expres-

sar de forma coloquial o produto principal da instituição: a proposta pedagógica.

christian rocha coelho é paulistano nascido e crescido na mooca, fi lho de ex-mantenedora de uma escola de educação infantil e ensino fundamental, que existiu durante 15 anos em seu bairro. graduado em comunicação pela universidade presbiteriana mackenzie, com ênfase em publicidade, e em psicologia pela pontifícia universidade católica de são paulo, christian cursou pós-graduação em marketing pela espm (escola superior de propaganda e marketing).atuou em agências de propaganda e há 15 anos comanda a rabbit partnership, consul-toria em comunicação e marketing, gestão de processos e coaching para a rede de ensino, com mais de 800 clientes no brasil.

SAIBA MAIS

[email protected]

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SAIBA MAIS

NELSON REPLE NETOservices@no� re.com.br

SARGENTO JOSÉ TADEU DE [email protected] .br

As principais causas de incêndios no País decorrem de instalações elétri-cas irregulares e de negligências na co-zinha, como vazamentos de gás e ma-nuseio incorreto do fogão. Para Nelson Reple Neto, engenheiro que atua com sistemas de segurança, a prevenção é uma questão fundamental e também cultural, que deve ser abordada desde a Educação Infantil. Ou seja, cabem às escolas dois papéis primordiais quando o assunto é prevenção contra incên-dios: o trabalho pedagógico, além de adotar todos os procedimentos e es-trutura necessários à segurança. “Com grande frequência vejo escolas se de-dicarem apenas à parte estética e não investirem na segurança. O circuito elétrico quase nunca é inspecionado e regularizado”, aponta.

Em contrapartida, o Colégio Dante Alighieri, situado no bairro Cerqueira César, região central de São Paulo, pro-cura manter em ordem sua estrutura de combate a incêndio e segue à risca a Cartilha de Orientações elaborada pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Estas envolvem desde medidas de prevenção, noções técnicas e pro-cedimentos a serem adotados numa ocorrência, até os sistemas de proteção e suas manutenções.

Além de cumprir com as determi-nações legais (que estão previstas no Decreto Estadual 56.819/2011 e nas Instruções Técnicas (IT) do Corpo de Bombeiros), o Dante Alighieri implan-tou recentemente um equipamento de monitoramento do sistema. Ele permi-te identifi car “com precisão o local dos

focos de incêndios e vazamentos e os tipos de substâncias que estão se pro-pagando”, afi rma o Sargento do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, José Tadeu de Souza, também responsável pelo Departamento de Se-gurança do Trabalho no colégio.

Quanto à manutenção, Souza expli-ca que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é renovado perio-dicamente; a recarga dos extintores é anual; os equipamentos eletroeletrôni-cos são checados mensalmente, e; caso haja alguma irregularidade, é acionada a equipe técnica do colégio. Para garantir segurança constante, 24 horas por dia, quatro bombeiros se revezam na escola, possibilitando dar pronto atendimento mediante quatro situações emergen-ciais: “combate a incêndios, primeiros socorros, abandono da edifi cação e orientação aos brigadistas”.

Já o treinamento de brigada de in-cêndios do Dante Alighieri ocorre uma vez por ano, selecionando-se profi ssio-nais de todas as áreas do colégio. “A equipe conta com aproximadamente 120 brigadistas, que passam por curso teórico e prático, e ainda conhecem o edifício em sua totalidade para facilitar a atuação em casos de emergência”, ob-serva o Sargento.

As orientações para prevenção e combate são também direcionados aos alunos e professores da escola. “A cons-cientização dos professores é um traba-lho constante. E pelo menos uma vez por ano, os bombeiros visitam as salas de aula para passar instruções básicas de segurança às crianças”. (td)

FAÇA A “LIÇÃO DE CASA”

Na Próxima Edição: Manutenção predial – Pintura e revestimentos

DICA: PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

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SÃO PAULO TEM NOVA LEGISLAÇÃO DICA: PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

O Estado de São Paulo atualizou sua legislação de prevenção e segurança contra incêndio nas edifi cações e áreas de risco, com novo decreto e normas baixadas no ano passado. É o Decreto Estadual 56.819/2011, que substitui o decreto 46.076/2001 e está acompanhado de novas instruções técnicas, entre elas a regulamentação da inspeção visual nas instalações de baixa tensão por meio da IT 41, atendendo às especifi cações da NBR 5410/04, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Os dispositivos lançados em 2011 forne-cem parâmetros para o trabalho de inspeção visual realizado pelo Corpo de Bombeiros nas edifi cações. Determinam ainda que o responsável pela edifi cação contrate profi s-sional habilitado para realizar o mesmo ser-viço, com expedição fi nal de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Devem ser observadas adequações à NBR 5410/04 em equipamentos como condutores, cabos, cir-

cuitos elétricos, DR (dispositivo diferencial residual, contra choques) e sistema de pro-teção contra descargas atmosféricas (SPDA).

Logo após a publicação do novo De-creto, o Corpo de Bombeiros de São Paulo lançou uma Cartilha de Orientações Básicas (Noções de prevenção contra incêndio e dicas de segurança), que pode ser acessada e baixada através do endereço eletrônico http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/normas_tecnicas/Cartilha_de_Orienta-cao_5_versao.pdf.

O material contém noções de preven-ção contra incêndio, normas de regulariza-ção das edifi cações junto ao Corpo de Bom-beiros, medidas de segurança mais usuais nas edifi cações, noções de combate a fo-cos, além de métodos de extinção do fogo (como retirada de material, abafamento, resfriamento e reação em cadeia), uso dos extintores, recomendações preventivas, en-tre outros. Aborda também como proceder

em casos de emergências, e desenvolver um plano de abandono da edifi cação.

O Corpo de Bombei-ros de São Paulo tam-bém disponibiliza todas as Instruções Técnicas que embasam e com-plementam a legislação. Em destaque, a IT de número 1, que descreve os procedimentos a serem observados pela corporação na vistoria técnica das edifi ca-ções (e indispensáveis à obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombei-ros, o AVCB). No endereço eletrônico http://www.ccb.polmil.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=28&Itemid=42) é possível acessar o novo Decreto e as Instruções Técni-cas já adequadas a ele. (rf)

NOVA LEGISLAÇÃO em casos de emergências, e desenvolver um plano de

O Corpo de Bombei-

número 1, que descreve os procedimentos a serem observados pela corporação na vistoria técnica das edifi ca-

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GESTÃO: ENSINO PROFISSIONALIZANTE

O Programa Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego (Pronatec), uma das primeiras políticas lançadas pela presidente Dilma Rousseff, em princípios de 2011, somen-te está disponível para instituições federais e os serviços nacionais de aprendizagem. Um de seus principais instrumentos, a criação de um FIES Técnico, Programa de Financiamen-to Estudantil nos moldes do existente para o ensino superior, permanece sem regulamen-tação. E quando for lançado, atingirá apenas a estudantes matriculados em escolas públicas e privadas que tenham passado pelo processo de credenciamento e reconhecimento junto às secretarias estaduais da educação e, pos-teriormente, tenham feito sua inscrição no Sistema Nacional de Informações da Educação Profi ssional e Tecnológica (Sistec).

O FIES Técnico é o úni-co instrumento que poderá contemplar a rede privada de ensino, por meio de uma linha de crédito a ser con-cedida aos estudantes que tenham concluído o Ensino Médio ou trabalhadores empregados. Outra linha será oferecida às empresas que resolvam investir em programas de capacitação profi ssional. Segundo a diretora do Colégio Joana D’Arc, Ana Cristina Pomarico, a perspec-tiva de surgir nova fonte de fi nanciamento vai resolver um problema de renda do estudante. O colégio de Ana oferece cursos de Mecatrôni-ca, Química, Enfermagem e Moda. No entanto, o de Mecatrônica, com turmas no diurno e no-turno, é o mais procurado, justamente porque as empresas subsidiam os alunos, já que a fun-ção exige formação técnica e credenciamento junto ao Crea (Conselho Regional de Enge-nharia). Com mensalidades médias em torno de R$ 350,00, o subsídio ao curso benefi cia principalmente a população de baixa renda,

proveniente da periferia e Grande São Paulo.Ana Pomarico ressalta, entretanto, que a

própria mantenedora não depende do progra-ma para expandir sua grade de cursos e teme alguns efeitos colaterais. “Meu pai (o diretor geral e fundador do Joana D’Arc, José Carlos Pomarico) está empolgado com o FIES, mas já tivemos ensino superior e vimos que depois de concluído o curso, o estudante do FIES tem pouco tempo para pagar a dívida. Se não hou-ver seguro ou carência para que o jovem tenha tempo de arrumar emprego, se estruturar e começar a pagar, estaremos criando um novo problema”, alerta.

Para a superintendente-executiva do Ins-tituto Unibanco, Wanda Engel, a profi ssionali-zação em nível médio é uma das saídas que o País dispõe para resolver o que ela costuma classifi car como “bomba relógio”. “O Ensino Médio está vivendo uma verdadeira sangria, os meninos estão saindo aos borbotões, o que para o jovem representa quase uma condenação ao limbo do desemprego ou subem-prego, e para o Brasil um desperdício.” Wanda Engel

se refere ao fato de que metade dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos não está matri-culada em cursos regulares do Ensino Médio, conforme revelam estudos promovidos pelo Instituto Unibanco.

Segundo pesquisas realizadas com escolas, o Instituto apurou que “27% abandonam por necessidades econômicas e 40% por falta de interesse. Uma pequena parcela abandona por falta de acesso.” É um público, alerta Wanda, que se tornará cliente das políticas de assistên-cia social ou segurança pública do País, sempre muito dispendiosas. Outra organização, o mo-vimento Todos Pela Educação, apontou que

À ESPERA DO FIES TÉCNICOprograma do governo federal que pretende estimular o acesso de jo-vens ao ensino profi ssionalizante ainda não tem data para ser lan-çado. mas em são paulo o con-selho estadual da educação (cee) lançou medidas que preveem nova aprovação dos planos dos cursos técnicos, processo que se estende-rá até junho de 2014 e será indis-pensável para os estudantes plei-tearem o benefício.

por rosali figueiredo

SAIBA MAIS

ANA CRISTINA [email protected]

BENJAMIN RIBEIRO DA [email protected]

WANDA [email protected]

FORMULÁRIO PARA HABILITAÇÃO NO PRONATEC OU “FIES” DA REDE PRIVADAhttp://sitesistec.mec.gov.br/images/arqui-

vos/pdf/formulario� eshabilitacao.pdf

de concluído o curso, o estudante do FIES tem pouco tempo para pagar a dívida. Se não hou-ver seguro ou carência para que o jovem tenha tempo de arrumar emprego, se estruturar e começar a pagar, estaremos criando um novo

Para a superintendente-executiva do Ins-tituto Unibanco, Wanda Engel, a profi ssionali-zação em nível médio é uma das saídas que

como “bomba relógio”. “O Ensino Médio está vivendo uma verdadeira sangria, os meninos estão saindo aos borbotões, o que para o jovem representa quase uma condenação ao limbo do desemprego ou subem-prego, e para o Brasil um desperdício.” Wanda Engel

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GESTÃO: ENSINO PROFISSIONALIZANTE

em 2009 (números mais recentes), somente 50% dos jovens até 19 anos haviam concluído o Ensino Médio no Brasil (dados do Relatório De olho nas Metas 2011).

A origem deste quadro está na “falta de nexo entre educação e trabalho”, ana-lisa a superintendente do Instituto. No Ensino Médio regular seria preciso criar bolsas-monitoria e estágios, indica. De ou-tro modo, ela acredita que a disseminação da Lei do Aprendiz (10.097/2000) e a redu-ção da carga de trabalho do estudante para quatro horas diárias também atuarão como grande estímulo ao jovem.

Quanto ao ensino sequencial profissiona-lizante, Wanda Engel observa que ele oferece apenas 10% das vagas em relação ao curso regular de nível médio, patamar que deveria ser de no mínimo 30%, diz. Outra dificuldade é que a legislação não permite que ele subs-titua o regular, levando à ampliação de uma carga horária já bastante extensa. De qualquer maneira, segundo ela, torna-se bem-vinda uma ampliação da rede por meio de políticas

governamentais de fomento. São estratégias que poderão ajudar a reverter o quadro de desestímulo e interesse do jovem pela escola, defende Wanda.

Novas Normas em são paulo Antes que a rede privada de São Paulo

regularize sua situação junto ao Sistec e pos-sa usufruir do futuro FIES Técnico, as escolas terão que buscar nova aprovação dos planos de curso de cada modalidade oferecida, con-forme determinou a Deliberação 105/2011, do Conselho Estadual da Educação (CEE). E isso somente poderá ser feito cumprindo-se a um cronograma de protocolo do pedido na res-pectiva Diretoria de Ensino (baixado pela Por-taria 450/2011, de outubro passado) e aguar-dando por uma vistoria técnica a ser realizada somente por três instituições credenciadas pelo Conselho: A Fundap, o Centro Paula Sou-za ou o Sistema SESC/Senai.

Os prazos variam de acordo com a área dos cursos. Em Química, por exemplo, os pro-tocolos deveriam ter sido apresentados até 20

de janeiro passado, conforme tabela anexa da Portaria 450/2011. Já os pedidos para análise dos cursos de Radiologia, Seguran-ça do Trabalho, Mecatrônica e Adminis-tração terão que ser protocolados entre 1º e 29 de junho deste ano. As instituições credenciadas para realizar a vistoria têm prazo de pelo menos seis meses para emi-tirem um parecer a partir do protocolo fei-to pelas escolas. O último deles expira em junho de 2014.

O presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, afirma que a entidade ainda desconhece alguma associada que tenha conseguido receber a visita do especialista. “Está de-morando muito”, diz. Questionada sobre o assunto, a Secretaria Estadual da Educa-ção não se manifestou, mas um membro da Comissão Especial de Educação Profis-sional (vinculada ao CEE) comentou que a prioridade para emissão desses pareceres será dada aos novos cursos.

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FIQUE DE OLHO: PLAYGROUNDS - BRINQUEDOS E PISOS

A lém dos cuidados com a estética do ambiente e a necessária supervisão de profissionais especializados, as escolas devem ficar atentas à instalação de ma-teriais, fiscalização periódica, segurança e manutenção preventiva do playground.Segundo as normas de segurança em brinquedos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o playground deve ser instalado em áreas separadas conforme a faixa etária; o espaço de cir-culação ao redor precisa ter, no mínimo, 1,5 metro; e ainda, para maior proteção, é necessário colocar barreiras em torno dos brinquedos. Confira neste Fique de Olho empresas conceituadas no ramo, com portfólios diversificados de brin-quedos, acessórios e pisos, e os últimos lançamentos para playgrounds.

a sul pisosHá 10 anos no mercado, a a sul

pisos está sempre atenta às tendências da área de revestimentos, e trabalha com produtos que portam certificações de sustentabilidade e reciclagem. Para playgrounds externos, o diretor Ernes-to Xavier Rodrigues destaca as gramas sintéticas coloridas, com 12 milímetros de espessura, fáceis de limpar, de grande durabilidade e garantia de cinco anos. Para os espaços internos de recreação, a empresa apresenta os pisos da linha Paviflex, em padrões que possibilitam ao gestor optar por diferentes paginações ou desenhos, dentro de uma gama di-versificada de cores.

fale com a a sul pisos:(11) [email protected]

a terra decoraçõesFundada em 2002, a terra decorações possui uma carteira diversificada em pisos e

gramas sintéticas. O empresário Marcos Souza destaca os pisos vinílicos e os de borracha como os ideais para os espaços de recreação. “Existem vários tipos de vinílicos, como placas (de tamanhos preestabelecidos), manta (em cores lisas, desenhados e padrões amadeirados, pedras e mármores) e réguas (reproduzem a superfície da madeira)”. Já os de borracha, “de alta resistência contra fatores climáticos, antiderrapantes e ideais para áreas de grande circu-lação, estão disponíveis no modelo liso e pastilhado”. A A Terra Decorações também investe na tecnologia de fabricação de gramas sintéticas e as apresenta em diversas cores.

fale com a a terra decorações:(11) 2305-6019www.aterradecoracoes.com.braterra@aterradecoracoes.com.br

americaN pisosHá mais de 20 anos a american pisos é reconhecida tanto pela mão de obra própria,

especializada e artística (para confecção de desenhos e paginações nos pisos), quanto pelos serviços certificados e garantidos pela fabricante Tarkett Fademac, com atendimento rápido e ágil. O carro-chefe dos revestimentos oferecidos pela empresa é a linha de pisos vinílicos, a qual possui uma grande variedade de modelos e cores e é a ideal para reformas que de-mandam prazos curtos. Entre os produtos dessa série, a American Pisos oferece uma linha específica para playgrounds, com peças coloridas que se encaixam e formam desenhos e demarcações de acordo com as características do ambiente.

fale com a american pisos:(11) 5581-0545 / [email protected]

briNqiA brinqi oferece uma linha extensa, com mais de 200 opções, para recreação infantil e

juvenil. Além dos brinquedos certificados pelo Inmetro, a empresa comercializa gramas sin-téticas e pisos emborrachados. Com uma trajetória de 15 anos, a BrinQi aposta também em produtos de espumas, ideal para atividades que estimulam o corpo e a mente, e instalações personalizadas, com produção customizada conforme a área e verba dos clientes. Para as escolas, há uma série exclusiva de brinquedos, de fabricação própria e confeccionada em polietileno rotomoldado, material resistente indicado para a área externa.

fale com a brinqi:(11) 2204-3101 / [email protected]

TODO CUIDADO É POUCO NAINSTALAÇÃO E REFORMA

por tainá damaceno

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FIQUE DE OLHO: PLAYGROUNDS - BRINQUEDOS E PISOS

briNquemaisEm atividade desde 1985, a brinquemais apresenta dezenas

de itens em carteira e também se dedica à fabricação própria de produtos, todos confeccionados com materiais de primeira linha: madeira de lei, ferro (tubos industriais) e fibra, sem pontas ou ares-tas, com pintura de esmalte sintético, que propicia maior durabili-dade e brilho dos brinquedos. Entre os produtos diferenciados para escolas, estão os conjugados de madeira de lei, oferecidos em três tamanhos de acordo com a faixa etária, que possibilita várias ati-vidades em um só brinquedo. A Brinquemais atua também com manutenção e oferece suporte técnico aos clientes.

fale com a brinquemais:(11) [email protected]

fábrica de educaçãoEspecializada em berçários, a fá-

brica de educação está no mercado há seis anos, sempre apresentando no-vidades em produtos confeccionados em espumas, todos com ma-teriais impermeáveis, atóxicos e antialérgicos. As mais de 20 versões de playgrounds disponíveis no catálogo “são instaladas sob medida, de acordo com a disponibilidade e necessidade de cada cliente, e também visam à inteira proteção, segurança e higiene das crianças”, comenta o diretor Angelo Potenza Neto. “A Fábrica de Educação pre-za tanto pelo atendimento personalizado quanto pela excelência de produtos, orçamentos precisos, instalação e manutenção”, completa o diretor.

fale com a fábrica de educação:(11) 2043-1827www.fabricadeeducacao.com.brvendas@fabricadeeducacao.com.br

gramasiNtÉticasA gramasintéticas atua com pisos de fabricação pró-

pria e também como representante de produtos nacionais e importados de alta qualidade. Estabelecida há oito anos no mercado, a empresa dispõe de um catálogo com dezenas de opções de pisos, entre elas a grama sintética, seu carro-chefe, comercializada nas séries decorativa e esportiva. Segundo o diretor David Alvisi, o que determina a qua-lidade da grama sintética é a quantidade de polietileno empregada. “A Gramasintéticas utiliza polietileno de 6.000 até 12.000 detex, que é a capacidade de resistência do material”. A empresa, que trabalha ainda com brinquedos e móveis para playgrounds, “oferece o melhor custo benefício e cobre qualquer oferta para o mesmo tipo de produto”, anuncia o diretor.

fale com a gramasintéticas:(11) 3711-4448 / (19) [email protected]

dedo briNquedoA dedo brinquedo possui expertise no mercado infantil há

mais de 20 anos e comercializa cerca de 600 itens de playgrounds e brinquedos coloridos e altamente seguros: casinhas, escorregadores, gangorras, entre outros. “A empresa trabalha com a linha de produ-tos de plástico, os quais são muito utilizados devido a sua praticidade na montagem e também por não exigirem manutenção constante mesmo se ficarem expostos à chuva e sol”, afirma a empresária Deni-se Carareto de Oliveira Silva. Pioneira no e-commerce do segmento, a Dedo Brinquedo oferece uma série especial para berçários, com mais de 40 produtos em espumas de alta densidade e revestidos de curvim de alto brilho, que deixam o ambiente colorido e atraente.

fale com a dedo brinquedo:(11) [email protected]

faNtasy playO catálogo da fantasy play in-

clui mais de mil itens para a área de recreação, como piso de borracha em diversos formatos, EVA, grama sintética colorida, brinquedoteca portátil móvel e jogos de blocos. O diretor Ricardo Alvite ressalta entre os produtos mais requisitados pelas escolas está a casinha Pit Stop - Little Tikes, importada dos Estados Unidos, com túnel e aces-sórios interessantes para todas as idades e sexo. Prestes a completar oito anos de sucesso, a empresa dispõe de 80% dos produtos em estoque. “O cliente se interessa pelo brinquedo e entregamos em prazo muito curto, pois não temos a necessidade de esperar pelo fabricante”, afirma o diretor.

fale com a fantasy play:(11) [email protected]

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FIQUE DE OLHO: PLAYGROUNDS - BRINQUEDOS E PISOS

gramasoNliNe / ploft KidsAtendimento personalizado com layouts em 3D e a grande diver-

sidade de playgrounds, brinquedos e pisos conferem à gramasonline e ploft Kids seis anos de estabilidade no mercado. Entre os mais de 2.500 produtos nacionais e internacionais à venda, o diretor comer-cial Fábio Tineui destaca “os playgrounds de plásticos com polietileno de média densidade (material não tóxico e reciclável), com aditivo UV, que garante a coloração original mesmo se exposto ao tempo”. Já em termos de pisos, as empresas oferecem “gramas sintéticas produzidas com 100% polietileno virgem, além de tatames em EVA, Piso Ossinho com cinco anos de garantia e revestimentos ecologicamente corretos (fabricados à base de resina e borracha reciclada)”.

fale com a gramasonline / ploft Kids:(11) 4111-1058www.gramasonline.com.br / [email protected]

reNove brasilA responsabilidade, ética e o comprometimento com a qualidade

dos produtos são os preceitos que determinam o serviço prestado pela renove brasil. A empresa, que oferece soluções inteligentes para play-grounds de acordo com as necessidades dos clientes, atua há mais de uma década como representante de brinquedos e utilitários modernos, nacionais e importados. No catálogo da Renove Brasil se encontra cer-ca de 80 modelos de playgrounds, além de piscina de bolinhas, trampo-lim, casinhas, balanços, gangorras, escorregadores e bancos de madeira. Além disso, brinquedos educativos, dezenas de opções de mobiliário e pisos diversos também são comercializados pela empresa.

fale com a renove brasil:(21) 2437-0772/[email protected]

ÚNica lamiNadosCom tradição em produtos sustentáveis, duráveis e que requerem

pouca manutenção, a Única laminados é referência no segmento de pisos há cinco anos. Um dos últimos lançamentos apresentados pela empresa é o revestimento vinílico colado Decorpiso KCC, o qual tem aparência de grama sintética, mas é confeccionado com material emborrachado, ideal para áreas onde crianças estão sujeitas a quedas. A Única Laminados também comercializa minicercas em pinus, pro-duzidas com madeira de reflorestamento e tratadas para resistir a in-tempéries, as quais, além de darem um toque especial à estética do playground, garantem maior segurança no momento do brincar.

fale com a Única laminados:(11) [email protected]

World toysNa World toys se encontra uma ampla variedade de brinquedos

pedagógicos inspecionados por especialista da área da educação (peda-gogos, fonaudiálogos) e boas opções de playgrounds de plásticos e ma-deiras. “O modelo Clubinho é um dos mais procurados, pois é o único do mercado que possui corrimão na escada, orifícios de segurança na parte superior dos escorregadores, com design diferenciado”, explica a diretora Helen Martimiano. A empresa, criada em 1997, também oferece pisos de segurança, grama sintética, EVA e areia colorida. “Na World Toys, a escola pode comprar tudo o que precisa num único lugar e as entregas são rápidas e gratuitas para São Paulo Capital e ABC”, conclui a diretora.

fale com a World toys:(11) 3858-6452 / [email protected]

greeNlaNd playFabricante especializada em brinquedos, playgrounds e pisos

de proteção, decoração e esportivo, a greenland play apresenta desde 1998 o que há de mais moderno no mercado. Entre a gama de opções de gramas sintéticas, tatames, pisos vinílicos, laminados e flexíveis, a que faz sucesso entre as escolas é a linha internacional ecologicamente correta Courflex. Com pisos versáteis, de fácil apli-cação e higienização, antibactericida e antifungicida, a série impor-tada é indicada para salas de aula, pátios e áreas de tráfego intenso. Segundo a Greenland Play, um de seus diferenciais é o preço baixo e acessível, aliado à qualidade e tecnologias empregadas na fabri-cação de seus produtos.

fale com a greenland play:(11) 2093-9505 / 2093-7075www.greenlandplay.com.brfaleconosco@greenlandplay.com.br

speed KidsFabricante de playgrounds há 10 anos, a speed Kids comercializa

produtos modulares e exclusivos, certificados pelo INNAC, órgão refe-rendado pela ABNT. A empresa trabalha com cinco linhas diferentes de playgrounds, como as séries Popplay e Miniplay, as mais procuradas pelas escolas. “A primeira é fabricada com estrutura metálica e escorre-gadores rotomoldados coloridos, recomendada para crianças de dois a 14 anos. A segunda é ideal para escolas de educação infantil”, diz a di-retora e arquiteta Susy Rodrigues Abissamra. Entre os lançamentos es-tão os painéis interativos e os pisos de segurança BrinQFloor, autodre-nantes e fabricados com borracha anti-impacto em diversos formatos.

fale com a speed Kids:(16) 3729-8000 / [email protected]

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FIQUE DE OLHO: PLAYGROUNDS - BRINQUEDOS E PISOS BRINDES

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ACESSÓRIOS, INFORMÁTICA, LABORATÓRIO, LOUSAS, PINTURAS ESPECIAIS

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ACESSÓRIOS, INFORMÁTICA, LABORATÓRIO, LOUSAS, PINTURAS ESPECIAIS

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MÁQUINAS MULTIFUNCIONAIS, MÓVEIS, QUADRAS

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MÁQUINAS MULTIFUNCIONAIS, MÓVEIS, QUADRAS PISOS, PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, RECORDAÇÃO ESCOLAR, RADIOCOMUNICAÇÃO

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PLAYGROUNDS, RECORDAÇÃO ESCOLAR, RADIOCOMUNICAÇÃO PLAYGROUNDS, TOLDOS

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TAPETES, TERCEIRIZAÇÃO, TOLDOS

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TAPETES, TERCEIRIZAÇÃO, TOLDOS

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