revista da cidade - edição 16

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Revista da Cidade | Caraguatatuba

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Revista editada na cidade de Caraguatatuba, Litoral Norte, São Paulo, Brasil. Trata de política, turismo, variedades.

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Revista da Cidade | Caraguatatuba04

Índice EXPEDIENTE

Jornalista ResponsávelRoberto Espíndola

MTb 6308

ColaboradoresHugo Léo

Bruna CapasciuttiBertô Curare

João Vasconcelos

FotosEmilio Campi

Gianni D’AngeloGustavo Grunewald

Lú PalmeiraJ.C. Curtis

Plínio GuimarãesBento Costa

Maurílio AlvesLuiz Storino

Diagramação Paulo Ferraz

Departamento ComercialLuiza Garcez

Publicação e ImpressãoGráfica e Editora Mogiana Ltda.

CNPJ 04.967.598/0001-43Rua Mogiana 102 – São José dos Campos/SP

Escritório em CaraguatatubaRua Ostiano Sandeville 180 – Centro

Fone: (12) 3882-4596Cep 11.660-040

[email protected]/revista

Para receber uma assinatura online da Revista da Cidade - Caraguatatuba

mande uma mensagem para: [email protected]

Preto no Branco06 Ricardo Mazzei, o homem do esporte, explica por que perdemos a Copa

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O Estilo Antônio CarlosUm perfil do prefeito, sua visão administrativa e as obras que vem realizando

O novo estilo de viver dos moradores da cidade e a melhora da qualidade de vida

Transformação Urbana

Obrigado, doutor!Uma homenagem ao médico José Bourabeby

Onde Comer BemUm roteiro gastronômico do que existe de melhor em Caraguá

Brasileira, sim senhor!A pesca da tainha e o seu festival que atraiu políticos e candidatos às próximas eleições.

Árvore gigante na Mococa pode virar atração turísticaUma atração perdida na mata

Descubra o Azeite, um ingrediente essencial para dar sabor aos melhores pratosO Ouro vegetal

Nossa Palavra pág. 5Aconteceu pág. 10Um realizador de sonhos pág. 18Pizzas + pizzas pág. 39Opinião pág.46

A Terceira Idade - mais ativa do que nuncaViver só depende do querer

e mais:Caraguá a gosto

Os pratos que serão oferecidos pág. 41

revistadaCidade

Um roteiro para você encontrar o que procura pág. 47

ENCONTRE AQUI!

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JOVENS JORNALISTASVários jovens talentosos escolheram a

comunicação como profissão e, na atual fase de suas vidas, estão se especializando na área de jornalismo, alguns dos quais realizando estágios, com intensa vida acadêmica, produzindo trabalhos que revelam seu grau de conhecimentos. Estes trabalhos nem sempre têm a visibilidade desejada, restringindo-se ao grupo de alunos que freqüentam o curso. Para incentivar nossos futuros companheiros, colaborando em sua formação profissional, a partir de nossa próxima edição estamos lançando o Projeto Jovens Jornalistas, em que estaremos publicando trabalhos elaborados por estudantes de jornalismo de nossas universidades. O leitor poderá aquilatar o estilo de cada um e, temos a certeza, vai se surpreender com a qualidade dos trabalhos.

GENTEEm 1999, quando da publicação da

Edição Comemorativa dos 142 anos de Caraguatatuba, escrevíamos: “Ao longo dos anos, de acordo com as peculiaridades de cada época, um sem- número de empreendedores promoveram o desenvolvimento de Caraguatatuba. Os políticos, de uma forma ou outra, tiveram sua atuação registrada. Mas os heróis anônimos existiram, que, para abastecer os moradores, enfrentavam a trajetória da Serra do Mar, com pequenas tropas de burros, trazendo as mercadorias para a sobrevivência dos que aqui se encontravam, ou arriscavam a vida em pequenas embarcações, desde Santos,

com as encomendas que eram feitas para se construir algo de novo. Em épocas mais recentes, médicos, dentistas e outros prestadores de serviços, depois de uma cansativa viagem, chegavam à cidade para atender às necessidades da população. Muitos utilizavam o seu talento e recursos para, através de pequenos pontos comerciais, promoverem o armazenamento e distribuição de mercadorias entre os que aqui moravam, na maioria das vezes dando crédito ao consumidor para que todos pudessem sobreviver. Estes ficaram esquecidos. Ao registrarmos o trabalho daqueles que, no momento, promovem a nossa atividade comercial ou de prestação de serviços, cuidamos para que a injustiça não se repita”.

Este continua sendo o nosso pensamento. ESTA EDIÇÃO

Uma extensa pauta de matérias foi selecionada para compor esta edição. Destaque para “O estilo de Antonio Carlos”, mostrando e esclarecendo a visão administrativa do prefeito. Destaque também para a gastronomia local, com uma diversidade de restaurantes, que vem atraindo turistas para saborearem os mais variados pratos, culminando com o “Caraguá a Gosto”, que reúne o que de melhor temos a oferecer. E ainda a tristeza pelo falecimento do empresário Mauri Diniz. O reconhecimento ao trabalho do médico José Bourabeby. A descoberta na Mata Atlântica de uma arvore centenária. Matérias que compõem e retratam o perfil da vida da cidade.

Boa le i tu ra .

Um pouco

Roberto EspíndolaNossa Palavra

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Revista da Cidade | Caraguatatuba06 Revista da Cidade | Caraguatatuba

Revista da Cidade – O “estilo Dunga” atrapalhou a seleção?

Ricardo Mazzei – Bastante. O Dunga fechou muito a seleção e arrumou briga com quase toda imprensa brasileira. Os jogadores estavam acuados e, praticamente, ganhar a copa era obrigação da seleção. Os jogadores não tinham contato com familiares, as folgas eram raras, e muita coisa simples, que jogador curte, era proibido.

Já a Holanda e a Espanha, seleções que decidiram a copa, seus atletas viviam num clima bem mais leve que o nosso.A CBF tentou afastar o fantasma da preparação da copa de 2006 e exagerou na dose, pensando que seria a solução e não foi.

RC – A seleção convocada

para a copa foi a ideal?

RM – Com certeza que não. Dunga deixou de fora jogadores que estavam em grande fase em seus clubes e que seriam importantes nesse grupo. Quando Dunga precisou mexer na parte de criação e ataque, não tinha ninguém à altura do titular e ai teve que contar com a sorte senão a derrota seria quase certa, e todo mundo sabe o fim dessa história. O treinador de forma errada

P or que perdemos a copa? É a pergunta que todos se fizeram e para a qual cada um teve a sua própria resposta.

Esta foi talvez a seleção mais discutida da história de nossas participações na Copa do Mundo. O trabalho do técnico Dunga e sua escolha dos titulares foi questionada e criticada desde o

começo, apesar da trajetória vitoriosa na fase preparatória. Começamos vencendo, mas para muitos a equipe não convenceu. A vitória apertada sobre a fraca

Coréia do Norte, o empate contra Portugal, o jogo pouco agressivo, com muitos passes, era visto como falta de entusiasmo e empenho por parte dos jogadores de nossa seleção, todos grandes astros do futebol mundial. No primeiro jogo das quartas de final, contra uma seleção tecnicamente mais bem preparada, o Brasil se desarticulou. Não aproveitou as oportunidades e acabou sendo vencido pela Holanda.

Nesta entrevista o jornalista e narrador esportivo Ricardo Mazzei analisa a equipe brasileira, sua preparação e desempenho na Copa e a atuação do técnico Dunga.

Por que perdemosa Copa?

Quando o assunto é futebol, Ricardo Mazzei é a referência em nossa região. Repórter, comentarista, locutor e comunicador ao longo de sua carreira, é o titular do rádio esportivo em Caraguatatuba. Profundo conhecedor do assunto, tem opiniões firmes e sensatas e costuma dizer com independência o que pensa em seu Programa de Esportes, em duas edições, na Rádio Caraguá FM, líder absoluto de audiência. Há 25 anos na profissão, tem acompanhado as

mudanças e evolução do futebol, transmitindo jogos pelo Brasil e do exterior.

“NOSSA SELEÇÃO ERA EXPERIENTE

ATÉ DEMAIS”

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Revista da Cidade | Caraguatatuba 07Revista da Cidade | Caraguatatuba

fechou o grupo muito cedo e para uma seleção como a brasileira isso é descabido.

RC – O esquema tático com três volantes influenciou?

RM – É o estilo Dunga. Quando ele jogava era assim, e como treinador não mudou, enquanto seleções como as da Alemanha, Espanha, Holanda, Argentina, tinham jogadores no meio com muita habilidade nosso treinador apostou na marcação e mais nada. Para ganhar uma Copa do Mundo é preciso apostar no talento, entrosamento, bom preparo e espírito vencedor.

RC – Quanto os bons resultados de antes da Copa esconderam os erros do trabalho de Dunga?

RM – Acredito que esse fato pesou muito. Dunga ganhou quase tudo que disputou e isso acabou mascarando as falhas ofensivas da seleção. Só que na Copa, com o placar adverso e um adversário de boa qualidade, o Brasil teve sérias dificuldades mesmo jogando um primeiro tempo muito bom e que poderia, inclusive, ter matado o jogo.

RC – O Brasil sentiu falta de jogadores com perfil de Copa?

RM – Nossa seleção era experiente até demais. O problema foi que o craque do time e grande esperança não estava com seqüência de jogos e isso pesa demais numa copa. Hoje as seleções se equivalem e com raras exceções não

existem mais bobos no futebol, principalmente numa Copa do Mundo.

RC – Kaká estava bem ou não para a disputa do mundial?

RM – Agora está provado que não. Kaká operou o joelho após a copa e quase comprometeu sua carreira. Ele jogou no sacrifício e mesmo assim não decepcionou, mas não resta dúvida que Kaká joga muito mais que jogou durante a copa.

RC – O Departamento Médico da seleção errou no caso de Elano?

RM – Se responder a esta pergunta vão me processar por exercício ilegal da profissão...rsss...mas pela entrada violenta que sofreu e com todos os recursos que o Departamento Médico da CBF dispõe, não poderia “dar sopa para o azar”, nem o próprio Departamento Médico da seleção foi unânime na forma como a contusão do Elano foi tratada.

RC – Felipe Melo foi o vilão da partida contra a Holanda?

RM – Era uma tragédia anunciada. Infelizmente esse jogador, além de ser nota 5,

tem uma série de lances e expulsões bobas na carreira.Mello abusava de faltas violentas até em amistosos que não valiam nada e quando não batia demais procurava um motivo para brigar com o adversário, só Dunga não sabia que isso iria acontecer quando o Brasil mais precisasse.

RC – Qual a responsabilidade da CBF no fracasso em terras africanas?

RM – Total. O presidente Ricardo Teixeira tem a seleção como um grande balcão de negócios e com isso não mede esforços para alcançar seus objetivos, como a presidência da Fifa e ser o grande nome da organização da copa de 2014, sem passar a bola pra ninguém. Ele escolheu Dunga, um técnico sem carisma, experiência e conhecimento profundo do futebol atual, e agora que o barco afundou Teixeira jogou toda a culpa no técnico que ele escolheu e não teve peito para mudar.

RC – O Brasil jogou poucos amistosos no período pré-copa?

RM – O problema não é jogar pouco e sim a qualidade dos adversários. É comum nossa seleção jogar com equipes fracas que pagam um bom

“DUNGA FECHOU MUITO A SELEÇÃO

E ARRUMOU BRIGA COM TODA

A IMPRENSA BRASILEIRA”

“SÓ DUNGA NÃO SABIA QUE ISSO IA ACONTECER

QUANDO O BRASIL MAIS PRECISASSE”

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cachê para a CBF e aí tudo certo, ou outros jogos para agradar os patrocinadores da seleção e pouco importa para a CBF se o teste será válido ou não. Ganhar da Zâmbia de 8 ou de 2x 0 não muda muito coisa.

RC – O Brasil tinha a maior média de idade da Copa. Experiência ou falta de renovação?

R M – Ta l v e z a f a l t a d e oportunidades para os jovens talentos que apareceram nos últimos meses antes da copa, com a teimosia do técnico em manter um grupo que começou um trabalho após o fracasso de 2006 e o estilo de jogo defensivo demais, impediu que nossa seleção tivesse jogadores com mais qualidade técnica.

RC – O primeiro tempo contra a Holanda deixou a seleção acomodada?

RM – Não acredito. O Brasil jogou bem na etapa inicial e poderia ter definido o jogo. O futebol não aceita desaforo e num jogo eliminatório não se pode perder tantas chances. O time voltou mal para o segundo tempo e com o gol que tomou o nervosismo tomou conta da equipe.

Quando a Holanda virou a partida, nossa seleção já não tinha condições até psicológicas de reagir, quanto mais técnica.

RC – O Brasil viveu um mundo paralelo pelo esquema de segurança na África do Sul?

RM – Claro que o fator segurança preocupa, mas é para todo mundo e não só o Brasi l . Perdemos a Copa por falhas técnicas e tát icas. A tão falada bagunça de 2006 acabou cr iando um fantasma para a turma do Dunga que resolveu fazer na seleção um esquema de ditadura e isso só prejudicou o ambiente do grupo. Eu costumo sempre dizer que jogador de futebol é pior que p... , e aí se prender demais é furo na água com cer teza.

RC – Tínhamos realmente o melhor time do mundial?

RM – Um dos melhores e sempre será ass im, desde que nosso fu tebo l vo l te a se r jogado com a a legr ia que nos consagrou como o pa ís do fu tebo l . Com a renovação fe i ta pe lo novo técn ico Mano Menezes , apostando no ta lento e no a taque , nossa se leção poderá vo l ta r a encantar o mundo e t razer de vo l ta o nosso p razer de ve r a se leção jogar.

RC – O que nos faltou nestes oito anos depois do Penta para a conquista do Hexa?

RM – Organização, trabalho, r e s p e i t o a o s n o s s o s torcedores, principalmente nas entrevistas de nossos t r e i n a d o r e s e j o g a d o r e s que se acham acima de tudo e de todos. A imprensa também tem sua parcela de culpa, já que no Brasil qualquer jogador vira ídolo da noite pro dia. A CBF é a maior culpada dos últimos fracassos e nosso futebol só voltará a ser forte quando os clubes se reestruturarem e p r e s s i o n a r e m a Confederação em defesa de um calendário adequado p a r a n o s s a r e a l i d a d e , possibilitando que nossos craques, que hoje saem muito c e d o d o p a í s , possam ficar por aqui e melhorar o nível de nossas competições. A S e l e ç ã o Brasi le i ra é tão impor tante que m u i t o s d e f e n d e m que nosso técnico deveria ser escolhido pelo voto p o p u l a r e n ã o p o r u m s e n h o r q u e j a m a i s c h u t o u u m a b o l a n a v i d a , c h a m a d o R i c a r d o T e i x e i r a . Q u e v e n h a o H e x a e m 2 0 1 4 e to m a r a q u e a C B F t e n h a a p r e n d i d o a l i ç ã o p a r a q u e n ã o a c o n t e ç a n a p r ó x i m a c o p a o u t r o “ M a r a c a n a z o ” . •

Revista da Cidade | Caraguatatuba

“O PRESIDENTE RICARDO TEIXEIRA

TEM A CBF COMO UM GRANDE BALCÃO DE

NEGÓCIOS”

“A CBF É A MAIOR CULPADA

DOS ÚLTIMOS FRACASSOS”

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Os fatos que marcaram a vida da cidade

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CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES700 professores da rede municipal

de Educação participaram, no Centro Universitário Módulo, de um encontro de capacitação com dinâmica e métodos para serem aplicados em sala de aula.

O encontro reuniu professores desde a fase 2 da Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental.

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NOITE CIGANAFo i u m a n o i t a d a m e m o r á v e l ,

vivida por associados e convidados do CCTI – Estrela do Mar em atmosfera plena de energias positivas. A grande maioria dos presentes exibia trajes típicos, dando um toque original à festa e, fazendo parte da decoração, havia uma tenda cigana, onde uma cartomante realizava leitura de mãos, cartas e tarô.

ROTEIRO CULTURALO Teatro Mário Covas tornou-se roteiro de

apresentações para atores, humoristas, bailarinos, músicos, cantores e artistas de múltiplas habilidades que revelam seu talento a um público cada vez mais interessado em arte, que lota, durante as apresentações, as dependências do teatro.

Recentemente o ator Sérgio Rabello retornou a Caraguá para apresentar o espetáculo “Recital de Humor”. Também a Cia. Popatapataio, de Caraguá, esteve se apresentando no Mário Covas com o espetáculo “Por pior que vá, eu te amo”. Vários grupos locais tem tido oportunidade de se apresentar no Teatro, surpreendendo pela qualidade do que encenam.

Isto sem falar nas recentes apresentações da Cia. de Dança da Suíça, com o espetáculo “Hic Saita”, da Cia. Lúdica com “Deolindo e Genoveva” e “Carmem – Ópera” que reuniu bailarinos atores e músicos, tornando cada vez mais atrativa a programação de fim de semana em Caraguá.

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SEMINÁRIO DOS APOSENTADOSRealizou-se no Ilha Morena o Seminário da Fapesp – Federação dos

Aposentados e Idosos do Estado de São Paulo, no decorrer do qual foram debatidos assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas. Na oportunidade, durante um animado baile de confraternização foram escolhidos a Miss e o Mister Fapesp de 2010, que irão representar o Estado de São Paulo no concurso da Confederação Brasileira de Aposentados, que será realizada em setembro na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

conteceu

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Revista da Cidade | Caraguatatuba 11Revista da Cidade | Caraguatatuba 11

NOVA DIRETORIATomou posse a nova diretoria do

Lions Clube de Caraguatatuba para o biênio 2010/2011, assumindo a presidência a profª Dulcinea Arouca Lopes Nunes, que em seu período à frente do Lions Clube dará prioridade ao projeto de construção da sede própria do clube.

ESTUDANTE PREMIADA A estudante Tatiane Rodrigues Gomes, do 8º ano do Ensino

Fundamental da Emef Antônia Antunes Arouca, que participou do concurso “As 50 melhores crônicas do Ler é Bom, Experimente” teve seu trabalho “O Bullying (Maluco Beleza)” premiado e terá sua crônica publicada numa coletânea que terá obras de Léo de Souza e Luiz Fernando Veríssimo.

ACALENTO FESTA BENEFICENTE

A Associação de Apoio ao Desenvo lv imento Humano Acalento, de Caraguá, realizou sua 5ª. Festa Beneficente, num clima de muita alegria para o encontro de amigos e simpatizantes. Tinha barracas com deliciosos quitutes, muita música, e também diversão na barraca da pescaria, barriga do urso e jogo de argolas. Já a barraca das Mães oferecia bolos, doces e tortas.

A Festa Beneficente do Acalento é o tipo de evento para se matar a saudade.

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Foto: Divulgação PMC

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Revista da Cidade | Caraguatatuba12 Revista da Cidade | Caraguatatuba12

QUADRILHA DE PALMITEIROS

T r ê s h o m e n s e u m adolescente de 14 anos foram detidos em flagrante pela guarda do Parque Estadual da Serra do Mar, por extração ilegal de palmito. Com eles foram apreendidas cerca de 500 unidades de palmito juçara in natura.

Eles vinham agindo no Parque e foram surpreendidos pelos guardas da reserva, que faziam o acompanhamento diário do reflorestamento de algumas áreas desmatadas, sendo levados para a delegacia de Natividade da Serra.

JOGOS REGIONAISCaraguá foi escolhida como

uma das sedes da 56ª. edição dos Jogos Regionais do Interior, a serem realizados em 2012. A cidade concorreu com Guarulhos e, segundo o critério da comissão julgadora, venceu por 30 votos a 6.

ANIVERSÁRIO DO SILVA INDAIÁ

O Supermercado Si lva Indaiá comemorou seu oitavo aniversário com uma grande festa onde foram distribuídos mais de 20 prêmios para seus fregueses presentes, além dos 8 TVs LCD de 40” sorteados para os participantes da promoção “Mês de Aniversário”.

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P or vocação, cada brasileiro é um técnico de futebol. Não importa que o time esteja ganhando e até

mesmo seja campeão, existem sempre críticas e reparos a fazer e, se perder ou então empatar o jogo, o mínimo que o titular do cargo recebe é o “elogio” de burro. Brasileiro é assim.

Da mesma forma, cada munícipe se julga um Chefe do Executivo Municipal, tem sempre uma visão

diferente do que é prioritário como programa de governo, diverge, questiona e desconfia da conduta do prefeito, sem conhecer as limitações e dificuldades da administração. Salvo raras exceções, dificilmente está de acordo com a conduta da administração municipal. Isso, quando não por ter os seus interesses contrariados, ou pretenda exercer uma função pública, vira adversário político. Brasileiro é assim.

Mas, qual é a visão do prefeito legitimamente eleito pela maioria dos votos destes mesmos munícipes? Qual a filosofia adotada na condução dos problemas da cidade? Mostrando o trabalho e analisando os quase 10 anos que Antonio Carlos se encontra à frente do Poder Executivo em seus três mandatos, vamos procurar traçar este perfil, deixando claro que são observações profissionais, sem qualquer interferência da administração.

O ESTILO DE

ANTÔNIO CARLOSCom visão específica do que seja desenvolvimento social, o prefeito Antônio

Carlos imprime um ritmo diferenciado a sua administração

Capa

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Revista da Cidade | Caraguatatuba

Uma das críticas que se ouve é que Antonio Carlos é um “tocador” de obras, que cuida apenas do centro da

cidade sem se importar com o turismo e o social.

Que o prefeito é um realizador de obras não há como contestar. Ele mudou completamente a paisagem urbana da cidade. Construiu prédios, pavimentou ruas e avenidas, revitalizou praias, urbanizou bairros distantes e continua no mesmo trabalho num volume de obras jamais realizado em qualquer administração na história de Caraguá. As outras afirmações carecem de exatidão. A fama de “cuidar do centro da cidade” é provável que tenha surgido por conta da Avenida da Praia, obra de maior visibilidade de sua primeira administração, cartão-postal da cidade, que agora, 10 anos depois, foi revitalizada com várias melhorias,

mas uma visita aos bairros vai revelar que a realidade é outra. A área urbana de Caraguá é grande e a cidade cresce em ritmo acelerado, com a população ocupando novas áreas que exigem toda uma infra-estrutura inexistente até então, que só agora vem sendo realizada.

Quanto ao turismo e ao social, de acordo com vários pronunciamentos do prefeito, verifica-se que é uma questão de visão do problema. A administração entende que promover o turismo não é apenas realizar eventos. Urbanização, saneamento básico, qualidade de vida, são fatores mais importantes para atrair o turista que simples festivais, grandes shows e programações especiais. Elas são o complemento para um trabalho maior que

proporcionar conforto aos que vêm visitar a cidade.

O mesmo acontece com o social. Não há como confundir o trabalho social com assistencialismo distribuidor de cestas básicas. Saúde, educação, capacitação profissional, oportunidades de trabalho, devem ser a meta de uma política social sustentável. É possível que algumas pessoas não concordem, mas temos que respeitar a visão e o planejamento dos que foram eleitos para administrar Caraguatatuba.

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UM TOCADOR DE OBRASCapa

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CARAGUÁ EMPLACOUA cidade virou um canteiro de

obras com um volume tal que em todos os bairros chamam à atenção as placas que indicam o que está sendo construído ou reformado.

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Revista da Cidade | Caraguatatuba16

O plano de desenvolvimento de Caraguatatuba é ambicioso e já começou a ser executado.

A obra de revitalização da Avenida da Praia, com repavimentação e introdução de melhorias,

já foi concluída. Da mesma forma que a instalação da Escola Técnica de Caraguatatuba – ETEC, da Escola e Creche do Gaivotas, a piscina e quadra de esportes do Jetuba, as pontes do Massaguaçu e da Ponte Seca, a pavimentação de 31 ruas com blocos sextavados, e a reforma do Centro Comunitário do Perequê-Mirim.

A perenização de 61 ruas em vários bairros e na região central, assim como a construção de guias e sarjetas, vai permitir o seu asfaltamento futuro. A troca do solo por camadas de pedra britada não só impede a formação de lama como deixa pronta a “caixa” para receber tratamento asfáltico.

Em andamento estão as obras de perenização de 330 ruas, implantação de guias e sarjetas em 340 ruas. E mais pontes, galerias de águas, 3 Centros Integrados de Desenvolvimento Educacional, os Centro de Especialidades Médicas e Centro de Especialidades Odontológicas, a nova Secretaria da Saúde, reformas de Escolas e Unidades Básicas de Saúde e Creche no Porto Novo, conforme depoimento do prefeito em sua prestação de contas à Câmara Municipal.

O que estáACONTECENDO

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Revista da Cidade | Caraguatatuba 17

Como pensa

Em entrevista concedida, o prefeito Antonio Carlos teve a oportunidade de expor sua visão

administrativa e modo de pensar com referência a alguns problemas do município.

Quanto ao investimento no social

“ E s t a m o s i n v e s t i n d o em obras que vão melhorar significativamente a vida dos moradores d e Caraguata tuba.N o s Centros I n t e g r a d o s d e Desenvolvimento Educac iona l , que estão sendo construídos nas regiões Sul, Central e Norte, os jovens e as comunidades t e r ão e spaços pa r a a s atividades e s p o r t i v a s , c u l t u r a i s e de entretenimento, que promoverão a integração social. O mesmo ocorre com as obras de perenização, realizadas em vários bairros da cidade. Assim que o serviço é concluído, muitos moradores se sentem estimulados a arrumar suas casas também. São investimentos que melhoram a qualidade de vida e ajudam a elevar a auto-estima da comunidade.

Quanto à geração de renda“Os festivais gastronômicos,

assim como os shows e espetáculos culturais atraem turistas e geram renda, mas também possibilitam o crescimento de pescadores, artesãos, prestadores de serviço, comerciantes e lojistas. E isto pode

ser comprovado, por exemplo, nos festivais da Tainha, do Camarão e do Mexilhão. Isto é social!”

Quanto à capacitação profissional

“A capacitação da mão-de-obra local tem sido uma preocupação constante, por isso recebemos o Instituto Federal, cujo embrião foi o Ceprolin, e a ETEC. Quando formamos e capacitamos nossos jovens também estamos garantindo a empregabilidade e um futuro melhor para várias gerações.

Pensar no social é proporcionar

escola séria e comprometida com a educação. E isto pode ser comprovado com os últimos resultados do Índice de Desenvolvimento Educacional, que colocou Caraguá na liderança entre as cidades do Litoral Norte/SP e entre os primeiros do Estado e do País.”

Quanto à Saúde

“Caraguá investe na Saúde mais de 25% do seu orçamento. Estamos construindo o Centro de Especialidades Médicas, o Centro de Especialidades Odontológicas e a nova Secretaria da Saúde que terá, inclusive, um Centro de Reabilitação com piscina aquecida. Tudo isso para oferecer aos cidadãos um atendimento digno. É assim que investimos no social, com políticas públicas comprometidas com os que mais precisam.” •

Foto: Divulgação PMC

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o Prefeito

“QUANDO FORMAMOS E CAPACITAMOS NOSSOS J O V E N S T A M B É M ESTAMOS GARANTINDO A EMPREGABILIDADE E UM FUTURO MELHOR PARA

VÁRIAS GERAÇÕES”

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O Tempo é o Senhor da História. Mauri Diniz bateu asas, foi embora, desapareceu. Deixou o

Planeta Terra. Sua obra permanece para fazer justiça à sua memória.

Foi o maior empreendedor da história recente de Caraguatatuba. Deu um novo impulso ao município. Mudou o seu visual urbano, com obras que se destacaram vindo a atender às necessidades da cidade que iniciava o seu grande salto rumo ao desenvolvimento. Fez parcerias, atraiu investidores, deixou Caraguá mais bonita.

É possível que algumas pessoas não concordem. No mundo empresarial, a visão de desenvolvimento é diferenciada de acordo com os interesses de cada um e com a época em que os fatos acontecem. O que é festejado hoje pode ser criticado amanhã. Hoje, novas regras, valores, nova realidade, até mesmo nova visão de mundo, fazem com que se questione o que

foi realizado, mas a grande verdade é que ninguém fez nada melhor, e Mauri Diniz, sem favor nenhum, ocupa um lugar de destaque na história desta nossa Santo Antonio de Caraguatatuba.

Seu trabalho adquire um significado especial quando se constata sua origem. Menino

pob re na s c i do no i n t e r i o r de Minas Gerais, lavrador e filho de lavradores, veio para Caraguatatuba em 1972 sem um centavo, só com sua força de vontade e disposição para o trabalho. Foi vendedor ambulante de frutas e verduras, trabalhou como braçal na antiga Cerealista Silva (origem do Supermercado S i l v a I nda i á ) , do rm iu em cima de sacos de batata, foi carreteiro, entre outros meios que encontrou para ganhar a vida com honestidade. Economizou tudo o que pôde para montar o seu próprio comércio no ramo de gêneros alimentícios. Era o início de uma trajetória de sucessos.

Sonhador, entusiasta e otimista, gostava de falar de seus projetos e soube fazer parcerias em empreendimentos cada vez mais arrojados.

Deixa, como fruto de sua iniciativa, marcos urbanos como o Caraguá Praia Shopping, os condomínios Maria da

Fé, San Diego, Plaza del Mar, Pérola, Varandas do Atlântico, Profissional Center, e muitos outros.

Com múltiplas atividades, constituiu empresas pioneiras como a Marfiauto, primeira concessionária Fiat da cidade. A Caraguá FM e o Center Trevo.

Na política, elegeu-se vereador exercendo o mandato de 1997/2000 e foi presidente da Câmara Municipal.

Há alguns anos iniciou suas atividades no ramo de hotelaria, construindo e administrando o Hotel Intervale Oton, em São José dos Campos.

Casado com a dra. Leonor Diniz dos Santos Ferreira, sua grande companheira de todas as horas, deixa três filhas: Michele, Luciana e Fabiana.

Maior que seus empreendimentos foi o bem que proporcionou a muitas famílias, gerando empregos, tratando a todos com atenção e carinho, dando “uma força” àqueles que, como ele, lutavam pela vida.

A Mauri Diniz nossa homenagem de gratidão. •

Um Realizador de

Tributo a Mauri Diniz

Sonhos “A GRANDE VERDADE É QUE NINGUÉM FEZ NADA MELHOR,

E MAURI DINIZ, SEM FAVOR NENHUM, OCUPA UM LUGAR DE DESTAQUE NA HISTÓRIA DESTA

NOSSA SANTO ANTONIODE CARAGUATATUBA’’

“Caraguatatuba é composta de uma gente brava. A sazonalidade do turismo não impede que nossos comerciantes levantem suas portas todos os dias, com o sem movimento, dando o melhor de si pelo desenvolvimento da cidade. É uma luta permanente em busca de um futuro melhor”. Mauri Diniz - 2002

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Em todos os bairros o padrão das residências vai se modificando para melhor

A TRANSFORMAÇÃO URBANAQualidade de Vida

A pa i s agem u r b a n a d e C a r a g u a t a t u b a vai se modificando rapidamente. Longe vai

o tempo em que casas de aspecto simples dominavam o cenário, destacando-se um ou outro prédio mais requintado, e mesmo assim, de gosto duvidoso. Hoje existe uma preocupação especial com as novas construções, que devem reunir beleza, conforto e funcionalidade, não apenas nos bairros mais nobres com residências principalmente de veranistas, mas por toda a cidade. O

morar bem passou a ser um objetivo de sua população.

Os condomínios seguem a mesma tendência e até prédios mais antigos vêm sendo revitalizados, apresentando novo visual e mais conforto para seus moradores.

Inúmeros arquitetos têm escritório em Caraguá e assinam projetos dignos de destaque, da mesma forma que profissionais renomados de outras cidades elaboram trabalhos comparáveis ao que existe de melhor, atendendo às necessidades e orçamento de seus clientes.

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Desnecessário falar de Oscar Niemeyer, o gênio brasileiro da arquitetura. Suas obras espalhadas pelo

mundo atestam a grandeza de seu trabalho e sua genialidade.

O que poucos sabem é que existe em Caraguatatuba um projeto com a assinatura de Niemeyer, a Colônia de Férias da AOJESP – Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo , c o n s t r u í d a

n o J a r d i m d o s Sindicatos, no bairro do Porto Novo, inaugurada em 2000. Trata-se de um verdadeiro marco arquitetônico da cidade.

O p r é d i o p o s s u i 3 6 apa r t amen to s , com j a rd im suspenso e solário com vista para o mar. Com in f ra- estrutura superior a de muitos hotéis e pousadas da região, além de alojar os associados da AOJESP, a colônia também pode

ser utilizada pelos turistas. Os apartamentos possuem móveis em marfim, cama estilo americano, frigobar e ar condicionado. Nas sacadas, com vista para o mar, mesas e cadeiras espanholas. A colônia oferece ainda p i s c i n a , p l a y g r o u n d , sauna, re fe i tór io e menu internacional.

UMA OBRA DE NIEMEYER Qualidade de Vida

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A cidade que escolhi para viver está em um momento bem interessante: vive um desenvolvimento por conta

própria. Diferente daquele que vi aqui quando cheguei, trazido pela rodovia dos Tamoios, em 1/1/95.

Na época encontrei aqui munícipes, pessoas do povo e turistas, cuidando de seus imóveis apenas; muito pouco pude vislumbrar de feitos do poder público municipal em benefício destas pessoas tão interessadas em ter seus bens e suas vidas bem cuidadas.

Logo em seguida a coisa mudou, e vimos o poder público agindo e o povo aplaudindo.

Hoje temos um outro momento, talvez menos vistoso, mas a coisa está andando para a luz; temos investimento do governo federal e o estado está à nossa porta, com a perspectiva de uma Rodovia dos Tamoios duplicada e um porto pela vizinhança.

E nós aqui em Caraguá, num momento único de discussão de um plano diretor - mas que diabos é isso, afinal? Isso é simplificando e no dialeto (mineirês): O “dionde nóis vem, pra onde nóis vai”!

Então, vamos destrinchar isso aí, uai, sô!

Nos viemos de uma sociedade de pescadores, admirada por turistas que resolveram morar ou ter sua segunda residência aqui para desfrutar do clima das belezas naturais e do convívio com o povo alegre e hospitaleiro; com isso a cidade se estabeleceu e cresceu e estamos cá onde estamos. Pois bem, este e o de onde nós viemos.

Onde estamos já sabemos.E pra onde nós vamos, ora, esta é a

grande discussão: o que queremos ser quando crescer? Salsicha da “Frigoreder” ou continuarmos a ter qualidade de vida, lazer e segurança?

E quem vai discutir o que queremos ser daqui a 20, 40 ou 80 anos, tempo que leva um pé de cedro para se torvar árvore de lenho?

“Nós”, mas nós, quem? A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA.

E como se organiza uma sociedade

civil? Com muito trabalho e dedicação! De pessoas abnegadas que se congregam em prol do bem comum. Onde? Nas associações de bairro, nas igrejas de todas as denominações, nos colégios, nas associações de classe, nos clubes de serviços. Com o objetivo de definir parâmetros e tabular os anseios da sociedade para suas metas futuras de crescimento.

Bem, mas esta fase j á f o i q u e i m a d a ; q u e m o p i n o u , o p i n o u . E s t amos a g o r a e m u m passo seguinte do nosso plano diretor e neste passo estamos por definir o “g a b a r i t o da verticalização”.

Cáspita! De novo com estes termos tecnocráticos que

ninguém entende nada.Isso é simples. Quer dizer

apenas qual a altura dos prédios que queremos ter na nossa cidade praiana, mais nada.

Mas precisamos ainda falar um pouco mais sobre a nossa cidade praiana pra termos noção de onde estamos.

“Nossa Caraguá Bonita”, como diz o hino. Só é bonita porque nossos antepassados souberam respeitar o que a natureza nos deu. Que foi uma terra úmida ao sopé da montanha de granito, revestida de uma fina camada de vegetação. Então, leia-se: uma terra alagadiça ao sopé de uma encosta passível de desmoronamento. Nosso lençol freático na maioria da cidade está a 50 centímetros de profundidade. Isto quer dizer que se cavarmos o chão, a meio metro teremos água, e água salina. E se cavarmos mais, teremos lama marinha por mais de 40m -- eu disse mais de 40 metros!

O que significa isso? Em fundações significa o seguinte: não devemos

PLANTANDO CEDROS

“NOSSA ‘CARAGUÁ BONITA’, COMO DIZ O HINO.

SÓ É BONITA PORQUE NOSSOS ANTEPASSADOS SOUBERAM RESPEITAR O

QUE A NATUREZA NOS DEU”

João Vasconcelos

artigo

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concentrar cargas em um só lugar e sim espalhá-las (mas, hein?)

Tá, é assim: se tivermos dois prédios altos um do lado do outro, o “bulbo tenser”, a camada de terra que ele ocupa para dissipar seu peso no chão, influi no do outro; com o agravante da qualidade do nosso solo, estaremos contraindo um bom problema no futuro para os habitantes de nossa cidade.

Conjeturando, como “a raposa no galinheiro”. Bem, mas... os prédios altos não são construídos todos de uma só vez, não é? E até isto vir a dar problema, nem estarei mais sobre a terra; enquanto isso vou trazendo meus amigos investidores lá de “Sumpalo”, que acreditam no que eu disser e vamos que vamos a fazer sombra na Ilhabela.

A QUEM INTERESSA A VERTICALIZAÇÃO?

Hoje temos aprovado pela lei 200 de 1992, edifícios de 10 pavimentos, constituídos de térreo sobre pilotis mais 9 andares.

Com uma TO = Taxa de ocupação de 0,30 ( 30 % da área do terreno), sendo que

o andar térreo é ao nível do solo.Com um CO = Coeficiente de

aproveitamento total de 2,3 ( ou seja, podem se construir 2,3 vezes a área do terreno) para terrenos com frente mínima de 20,00m e área de 1.000 a 2.000

m2, respeitando recuos mínimos de lateral e fundos de 5,00m.

O que se coloca como um avanço maravilhoso para A Caraguá Bonita é: 21 andares. Sendo: térreo 1º sobre-solo, 2º sobre-solo mais 18 andares de progresso e especulação imobiliária em detrimento da vizinhança, que terá um paredão de 5,00m na divisa do muro mais os pilares de um pergolado. Os recuos seriam de 8,5m para terrenos de 2.000 m2 e frente de 40m.

Obs. Recuos estes acima dos dois andares de “sobre-solo”.

A TO = taxa de ocupação de 0,30 (30% da área do terreno)

Sendo que o andar térreo está a 2 (dois) andares de solo.

Com um CO= Coeficiente de aproveitamento total de 5,2 (mais que o dobro que temos hoje, que é de 2,3 vezes a área do solo).

E a Caraguá bonita deixaria de ser bonita para ser uma cidade inviável, com trânsito caótico (o que nem precisa de incentivo), saneamento público impraticável, saúde doente e segurança pública incontrolável. Passaríamos de bonita a bruxa feia do litoral.

A quem pode interessar isso? A oportunistas do momento, visando a uma especulação imobiliária explosiva, com lucro fácil à custa de uma sociedade c iv i l desorgan izada; a entidades com seus vetores de atuação desordenado e sem foco, e a uma população apática, sem o devido esclarecimento dos fatos e das conseqüências da falta de atitude.

Vai deixar assim? Tire suas próprias conclusões, participe e opine. O plano diretor está em elaboração. Esta é minha modesta opinião, qual é a sua?

As reuniões são divulgadas sua presença é fundamental. •

“ENQUANTO ISSO VOU TRAZENDO MEUS AMIGOS

INVESTIDORES LÁ DE ‘SUMPALO’ ,QUE

ACREDITAM NO QUE EU DISSER E VAMOS QUE

VAMOS A FAZER SOMBRA NA ILHABELA “

artigo

João Vasconcelos é arquiteto e diretor da Vascon – arquitetura e construções, atuando profissionalmente em Caraguatatuba há 16 anos.

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Obrigado,DoutorS obre o político José

Bourabeby muito já se falou e há muito ainda por se falar para fazer

justiça ao seu trabalho de homem público, que construiu o alicerce

político e

administrativo que permitiu a atual fase de desenvolvimento que o município atravessa. De suas obras, de seu trabalho, de seu carisma e também de seu temperamento forte e pulso firme na administração municipal, muito já se escreveu e necessário seria um livro de muitas páginas para esgotar o assunto.

Mas o político, durante muitos anos, obscureceu o médico, um dos mais queridos e competentes que a cidade já conheceu, e também aqui é impossível detalhar todas as suas ações. Em homenagem aos seus 51 anos de profissão, comemorados sem muito alarde, vamos, em rápidas pinceladas, revelar um pouco de sua carreira e começaremos dizendo que

o dr. Bourabeby c a u s a a d m i r a ç ã o p o r s u a

e x p e r i ê n c i a ,

amplo conhecimento e capacidade com múlt iplas facetas cl ínicas, dando plantões como Clínico Geral, a tendendo e encaminhando p a c i e n t e s que apresentam prob lemas de s a ú d e e m d i v e r s a s especialidades. É capaz de diagnosticar os problemas de saúde de seus pacientes em alguns minutos, o que às vezes causa “desconfiança”.

Aos 80 anos comemorados neste dia 9 de setembro, o dr. José Bourabeby é natural de Aparecida/SP e formou-se em 1959 pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, indo direto para São Bento de Sapucaí assumir o Posto de Saúde da cidade. Em 1965 veio para Caraguatatuba assumir o Posto de Saúde como médico-chefe. Seu trabalho ganhou especial relevância quando durante a Catástrofe de 67 a t uou como Coo rdenado r médico de Assistência aos F l a g e l a d o s , v i v e n c i a n d o m o m e n t o s d r a m á t i c o s , desdobrando-se para atender gente sofrida e desorientada pelos acontecimentos.

Em 1968 voltou para São Bento de Sapucaí, iniciando sua carreira política ao se eleger prefeito da cidade, permanecendo no cargo até janeiro de 1973.

Em 1973 retornou a Caraguá como chefe do Centro de Saúde e médico da Santa Casa. Como não podia deixar de ser, foi envolvido pela política local para se opor à liderança populista de Geraldo

Gente

[

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Nogueira da Silva, o Boneca. Passou então a ser o grande líder político da cidade. Elegeu-se prefeito em 1977, elegeu seu sucessor Jair Nunes e retornou à prefeitura como chefe do Executivo em 1989, função que exerceu até março de 1992, quando foi cassado por desentendimentos com a Câmara Municipal.

A partir daí, o dr. José Bourabeby, embora sem deixar de exercer sua liderança política, passou a dedicar-se à medicina no Centro de Saúde e na Casa de Saúde Stella Maris. Aposentou-

se como médico do Estado de São Paulo, é Membro Honorário do Corpo Clínico da Santa Casa, trabalhou como médico do município no Programa de Saúde da Família e atualmente dá plantões na Unimed.

Com o seu modo característico, sabe cativar os pac ientes , t r a n s m i t i n d o s e g u r a n ç a e m s e u s diagnósticos. Seus números são impressionantes. Já chegou a atender até 70 pacientes em um só plantão, não se rendendo à fadiga de seu trabalho estafante. Quando médico da Santa Casa, em 25 anos de atuação,

realizou mais de 20 mil partos. Sempre pronto a atender e orientar os que o procuram, vai se transformando numa verdadeira lenda para a cidade.

Apesar das inúmeras honrarias que já recebeu como o título de Cidadão Caraguatatubense, Cidadão Sapucaiense, Membro Honorário do Corpo Clínico da Casa de Saúde Stella Maris, comendador pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Medalhística e da Ordem da Fraternidade Universal, é impossível traduzir em palavras todo o seu trabalho. Por isso só nos resta dizer:

Obrigado, doutor!

Em 1997, José Bourabeby recebeu, do corpo clínico da Casa de Saúde Stella Maris, o Título de Membro Honorário do Corpo Clínico da instituição, onde prestou serviços de 1965 a 1988.

Gente

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Lunamar – vale a pena ir até láQuem gosta de saborear uma boa pizza em ambiente agradável e atendimento primoroso, tem que ir até a Pizzaria Lunamar, que fica na Avenida da Praia, esquina com a Avenida Miramar, no Porto Novo. São mais de 30 sabores especiais para atender ao mais exigente paladar.

Tapera Branca - a variedade faz a diferençaO Tapera Branca, com dois endereços na Praça Cândido Mota, atrai aqueles que gostam de comida caseira, tipicamente mineira, servida pelo sistema self-service. A variedade permite que se elaborem pratos sofisticados, selecionando porções que atendam ao nosso desejo gastronômico, pois além das saladas, massas, assados, peixes, pernil e aves, as carnes grelhadas na churrasqueira completam a possibilidade de uma ampla escolha. Sem falar nos doces e frutas, que são uma tentação à parte.

Akebono – o endereço da cozinha orientalCom um delicioso cardápio da cozinha oriental, onde se destaca o yakisoba, o frango xadrez e os bolinhos primavera, o Restaurante Akebono atrai os apreciadores da boa comida pelos requintados pratos de frutos do mar, preparados com receitas especiais que lhe conferem sabor exclusivo. O Akebono é uma das atrações gastronômicas da Avenida da Praia.

Teca Barone – a mais tradicional da cidadeFuncionando a partir das 18 horas, a Teca Barone Pizzas é especializada embalagens para viagem, fazendo também entregas em domicilio. O atendimento é rápido e na Teca Barone a qualidade faz a diferença.

Guaruçá – qualidade que se tornou referênciaEspecializado em frutos do mar, o Guaruçá, na Avenida da Praia, continua sendo uma referência para a cidade pela qualidade de sua comida, farta e saborosa, preparada sempre com ingredientes da melhor qualidade. Sua freqüência reúne fregueses de várias cidades do Brasil e do Exterior, que permanecem fiéis ao sabor de seu tempero e ao atendimento personalizado que recebem.

Onde co mer bem

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No Asa Delta - o corte capitão é a sensação A nova atração gastronômica da cidade é o Restaurante e Pizzaria Asa Delta, que fica na rodovia Caraguá – São Sebastião, na altura do Pontal Santa Marina, junto ao Posto Asa Delta.Com pratos da cozinha luso-brasileira, e grande variedade de pizzas, que podem ser entregues em domicílio, o Restaurante Asa Delta tem como grande atração de sua cozinha o corte capitão, um generoso corte de carne, que dá para servir até quatro pessoas, grelhado com temperos especiais que lhe conferem um sabor inigualável. É preciso experimentar para entender a razão do sucesso deste prato exclusivo do Asa Delta.

Kampai – 6 tipos de mistura diferentes Para as refeições do dia-a-dia de quem necessita almoçar fora, o Restaurante Kampai oferece de segunda a sábado, 6 tipos de mistura diferentes a escolher: bife, bisteca, filé de frango, frango ensopado e yakisoba. O Kampai faz entregas em domicílio pelo disk 3887-2862. Cantina Bela Vista - O Sabor da Itália em CaraguáQuem procura a autêntica massa italiana precisa conhecer a Cantina Bela Vista. Com vista para o mar, e ambiente aconchegante, você vai se deliciar com uma variedade de massas, entre elas a exclusiva Pizza Frita, que tem um sabor inconfundível. A Cantina Bela Vista fica na Avenida da Praia, próxima ao Clube Nix.

Bar do Julinho - O Rei Frequentado por gente famosa, Julinho é considerado o Rei da Chuleta e do Caldinho. O ambiente é agradável e descontraído e a seleção de carnes não tem igual. Fica na Rua Aparecida do Norte, no Ipiranga, próximo à Avenida da Praia.

Onde co mer bem

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Sabor e qualidade ao alcance de todos!

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Um peixe abundante em nossa região, a Tainha vem se firmando como uma opção, não só pelo seu

sabor, como também pela escassez do pescado de outras espécies, consideradas “nobres” e mais conhecidas do grande público. Várias cidades vêm promovendo “Festivais da Tainha”, durante o inverno, época de maior ocorrência de sua pesca, aí se incluindo Caraguatatuba, cuja Festa da Tainha se transformou num evento de sucesso que atrai turistas apreciadores da boa gastronomia.

Este é um peixe genuinamente brasileiro, que habita a costa do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, importante alimento para índios da região desde tempos imemoriais.

Hans Staden, em seu primeiro livro de viagens ao Brasil, datado de 1557, já fazia menção à Tainha: “Neste tempo (agosto) procuram uma espécie de peixes que emigram do mar para as correntes de água

doce, para aí desovar. Estes peixes se chamam em sua língua paratis e em espanhol “lisas” (tainhas)”. O que chama a atenção é a quantidade deste pescado em nossas águas. Até poucos anos atrás a sua captura era uma atração turística, com os pescadores estendendo imensas redes de arrastão, para cercar os cardumes que se aproximavam das praias. Existem registros de um pescador que, com seus camaradas, pescou em um só dia mais de mil quilos de tainhas na foz do Rio Juqueriquerê. Hoje, infelizmente isto já não acontece. Embora a pesca da tainha ainda ocorra de forma artesanal, grandes pesqueiros cercam os cardumes em alto mar, impedindo sua aproximação.

Muito apreciadas também são as ovas das tainhas, e a preferência gastronômica é pela tainha assada recheada com farofa de milho ou feita na brasa. Para quem estiver no litoral durante o outono/inverno, vale a pena saborear o prato. •

Parati não é tainhaPela semelhança das espécies,

muitos leigos confundem o Parati como sendo um “filhote” de Tainha por ser menor em tamanho e peso. Ambos são da família Mugilidae, mas o Parati é o Mugil curema e a Tainha o Mugil platanus.

Uma Tainha pode chegar a um metro de comprimento, pesando até seis quilos, sendo comuns, exemplares com 50 centímetros. Já o Parati atinge no máximo 45 centímetros, sendo mais comum exemplares com 30 centímetros.

Quanto ao sabor, cada um deve fazer sua avaliação.

B R A S I L E I R A , SIM SENHOR!

Gastronomia

“E S T E É U M P E I X E G E N U I N A M E N T E BRASILEIRO, QUE HABITA A COSTA DO RIO DE JANEIRO AO RIO GRANDE DO SUL, IMPORTANTE ALIMENTO PARA ÍNDIOS DA REGIÃO”

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No passado, toneladas de tainhas eram capturadas não só em Caraguatatuba como em todo o Litoral Norte/SP.

Imensos cardumes chegavam próximo às nossas praias, principalmente na época da desova, e a pesca de arrastão chegou a se constituir numa atração turística para a cidade, com a participação não só de pescadores como de populares.

Lembranças de um passado recente. Ficou o Festival da Tainha, que é

realizado no mês de julho no entreposto de pesca do Porto Novo, às margens do rio Juqueriquerê, e que este ano, em sua 7ª. edição, atraiu mais de 20 mil pessoas, consumindo toneladas de peixe.

O festival, além de ser uma atração gastronômica que vem ganhando maior destaque a cada ano, apresenta shows, danças características e artesanato, resgatando a cultura caiçara.

O Festival deste ano contou com a presença de autoridades e políticos que em visita a Caraguá foram conhecer e saborear os pratos típicos genuinamente caiçaras... e gostaram. •

Gastronomia

FESTIVAL DA TAINHA

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Com o aumento do Colégio Eleitoral e do prestígio dos administradores municipais, que desenvolveram um trabalho de

aproximação com autoridades federais e estaduais, Caraguatatuba passou a receber com freqüência a visita do Governador do Estado, ministros e ex-ministros, secretários e ex-secretários de Estado, senadores, deputados federais e estaduais, além de figuras de prestígio da vida pública. Por um tempo estas visitas se tornaram menos freqüentes, mas voltam a acontecer em função do papel de liderança que a cidade está exercendo na região, além de seu acelerado desenvolvimento. O Governador já esteve por duas vezes

fazendo inaugurações e mantendo encontros políticos, assim como secretários estaduais. Notícias ainda não confirmadas oficialmente dão conta que o presidente Lula deverá visitar Caraguatatuba no mês de setembro.

Com a campanha eleitoral, estas visitas se diversificaram, e neste ciclo bons amigos da cidade têm vindo nos visitar. Recentemente aqui estiveram o ex-governador e candidato Geraldo Alckmin, os candidatos ao senado Aloísio Nunes e Orestes Quércia, o deputado federal Emanuel Fernandes e os deputados estaduais Samuel Moreira e Felipe Augusto. •

ELES ESTÃOVOLTANDO

ALCKMIM VAI DUPLICAR A TAMOIOS

Em sua visita a Caraguatatuba, Geraldo Alckmin garantiu que a duplicação da Rodovia dos Tamoios será obra prioritária de seu governo: – “Vou duplicar a Tamoios porque há uma demanda cada vez maior devido ao turismo, ao desenvolvimento e ao pré-sal”, disse.

Alckmin também reforçou o compromisso de construir o contorno viário de Caraguatatuba e São Sebastião, construir o Hospital Regional do Litoral Norte e ampliar o Porto de São Sebastião. “... são obras necessárias. Vamos construir o hospital regional para atendimento público de qualidade pelo SUS”, complementou. Ele também se manifestou contrário às alterações aprovadas pelo Congresso quanto ao sistema de pagamentos dos royalties do petróleo, lutando para que se mantenha o sistema atual.

Política

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Um p a u d ’ a l h o centenário, medindo cerca de 25 metros de altura, 8 de diâmetro e

20 metros de circunferência pode ser visto na mata atlântica, em área pertencente à antiga fazenda Mococa. Uma caminhada de duas horas separa o visitante do gigantesco espécime.

Não é difícil chegar até o local nem a trilha apresenta pontos perigosos; não há subidas íngremes ou descidas acentuadas. Mas é preciso obter autorização para chegar até ele. Também é preciso estar acompanhado de pessoa que conheça a floresta. Elza, uma das filhas de José Gonçalves, que toma conta do remanescente da Fazenda Mococa, ou o mateiro Jurandir podem suprir essa necessidade mediante o pagamento de pequena gorjeta.

Apesar de exigir um pouco do visitante, principalmente daqueles que não estão acostumados a andar na mata, o passeio vale a pena. Pernilongos, borrachudos, urtigas e formigas são esquecidos quando se vê frente a frente com a árvore gigante da Mococa.

O s eu c au l e de senha um círculo irregular, meio achatado, medindo oito metros ao seu longo e vinte metros de circunferência. Obser vando-a

de um ângulo, parece se tratar de várias árvores reunidas para formar o espécime arbóreo. Todavia, tomando-a de frente, a impressão é de que seja mesmo única árvore, único tronco, creditando-se os vãos apresentados à degeneração da sua estrutura externa.

O fato é que uma grande extensão da sua casca já não existe mais, permitindo que se a trespasse de lado a outro sem qualquer dificuldade. Olhando do seu interior para o alto, constata-se a existência de vários buracos no que sobra da sua carcaça exterior, formando vãos parecidos com “janelas ovaladas”, com as bordas já cicatrizadas.

Quantos anos ela teria somente especialistas podem aferir. Para o engenheiro florestal Ivan Suarez da Mota, 58, que por 26 anos comandou o núcleo em Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra do Mar e atualmente é pesquisador científico do Instituto Florestal do Estado de São Paulo, ela tem seguramente mais de cem anos. Todavia, uma datação precisa somente seria possível através de análise mais aprofundada, como a contagem dos anéis que se formam no cerne do vegetal, acrescentou.

O pesquisador acredita que o espécime já esteja na fase final do seu

ciclo vital. “Nesta altura, a árvore pode durar ainda 10 ou 20 anos, como pode tombar com um vendaval qualquer. Ela não tem muita estrutura para resistir, já cumpriu o seu tempo de vida”, disse.

O avançado processo de ruína põe em risco a existência da árvore, mas não se pode dizer que tudo esteja acabado. “A deterioração no corpo lenhoso se deve a ataques de cupins, brocas, insetos e até bactérias. Mas é possível recuperar parte do que ela perdeu com a aplicação

A atração perdida na

mataDe proporções singulares, a árvore gigante da

Mococa pode virar ponto turístico em Caraguá

Curiosidade

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Revista da Cidade | Caraguatatuba

DÚVIDA – O engenheiro ambiental Ivan Suarez tem dúvida quanto à identificação do espécime existente na Mococa. Isto porque há duas espécies de árvores que apresentam cheiro de alho: o pau d’alho e a árvore-de-alho. Ambas são da família phytolaccaceae. O “pau d’alho verdadeiro”, ou Gallesia integrifólia, conhecido ainda por “guararema” e “Ibirama”, apresenta tronco único e fruto branco. Já o “pau d’alho falso”, ou Seguieria langsdorffii, conhecido também por “agulheiro”, “espinho-de-fuvu”, “árvore-de-alho” e “limão-bravo”, tem o fruto preto e seu tronco é composto por uma reunião de troncos menores fundidos entre si. Pelas fotos apresentadas, o engenheiro acredita que o espécime da Mococa seja o pau d’alho falso ante o aglomerado de troncos.

OUTROS GIGANTES - Na fazenda Mococa existe ainda outro pau d’alho, também gigante, distante do espécime aqui mostrado cerca de hora e meia de caminhada na mata. Quem garante é o mateiro Jurandir, que se propõe a mostrá-lo. Ivan Suarez da Mota informou que existem outras duas grandes árvores em Caraguá, uma na Trilha dos Tropeiros, na Serra do Mar, pertencente ao núcleo do Parque Estadual da Serra do Mar, e outra no Poço das Antas, na zona sul. Ambas são Jequitibás e a maior delas tem cerca de doze metros de circunferência.

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de fungicidas, inseticidas e execução de reparos com a utilização de cimento especial para vegetais. De qualquer forma, como o cerne do vegetal está comprometido, a árvore pode sucumbir a qualquer momento”, completou.

A beleza desse pau d’alho e seu

tamanho incomum podem levar a uma utilidade turística adequada, servindo de opção principalmente aos adeptos do chamado turismo ecológico, que adoram trilhas em busca de emoções e de atrações que encerram desafios.

A cidade ganharia em oferecer

esse “algo a mais” em termos de turismo. A nova atividade também geraria empregos e renda aos guias que conduziriam as pessoas com segurança por trilhas preservadas e fiscalizadas pela polícia ambiental. •

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Azeite de Oliva

O OURO VEGETALDesde a antiguidade o óleo

de oliva é considerado, até pela aparência dourada, uma preciosidade como o

ouro, sendo o único que pode ser consumido ao natural, sem passar por processos de purificação ou refinamento.

Comprovadamente benéfico à saúde, o azeite de oliva reduz o mau colesterol e eleva o bom, retarda o envelhecimento das células, ajuda a regular a pressão arterial e favorece a digestão.

Mas o azeite é também um ingrediente essencial para dar um toque especial e diferenciado aos alimentos, razão pela qual vem ganhando apreciadores que sabem distinguir pelo paladar a qualidade do produto, sua região de origem e variedade da oliveira do qual foram extraídas as azeitonas, além de suas características de fabricação e utilização gastronômica.

Assim como o vinho, o azeite possui profissionais especializados, denominados de “catadores”, que fazem análises visuais, de aroma e textura para a classificação do produto.

Para apurar seu paladar, saiba um pouco mais sobre o azeite de oliva, que vem aumentando significativamente o seu consumo

no Brasil com a oferta de uma grande variedade de marcas e origens.

QUAL O MELHOR AZEITE?O óleo de oliva é como vinho,

um produto vivo que pode variar em termos de cor, sabor e aroma, dependendo da região onde foi produzido, do processo de extração e do tipo das azeitonas, entre outros fatores.

Para se obter o azeite, as azeitonas são amassadas e depois pensadas. Do seu suco prepara-se o azeite propriamente dito. Há vários tipos de azeite, dependendo de quantas vezes foi prensada a fruta que o originou. Os melhores são os extraídos a frio, sem a adição de nenhum produto químico ou alteração de temperatura e na primeira prensagem. São os denominados extravirgem. Após a

primeira extração é efetuada uma segunda prensagem para liberar mais óleo, denominado de azeite de oliva virgem, que já não possui o aroma e o sabor do anterior. A partir daí são produzidos os azeites de oliva, multi-uso, normalmente extraídos pelo método de aquecimento. Finalmente vem o óleo obtido com a ajuda de solventes químicos, (denominado sansa ou arujo), consequentemente o de pior qualidade. Portanto, ao adquirir o azeite de oliva não se deixe levar pelo preço, que pode ser vantajoso. Verifique suas especificações de produção. Uma dica: ao contrário do vinho, o azeite, quanto mais novo, melhor. Fique atento para a data de fabricação. O prazo de validade é de dois anos, a partir daí o produto perde sensivelmente sua qualidade.

DE ONDE VEM O MELHOR AZEITE?

Em 2008, o Brasil processou pela primeira vez o azeite extravirgem, num projeto conduzido pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias, nas cidade de Maria da Fé, no sul de Minas Gerais. Mas todo o azeite que consumimos ainda é importado.

Quase 90% da produção mundial de azeite ocorre nos países

COMPROVADAMENTE BENÉFICO À SAÚDE, O AZEITE DE OLIVA REDUZ O MAU COLESTEROL E ELEVA O BOM, RETARDA O E N V E L H E C I M E N T O DAS CÉLULAS, AJUDA A REGULAR A PRESSÃO ARTERIAL E FAVORECE

A DIGESTÃO

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banhados pelo mar Mediterrâneo: Grécia, Espanha, Itália, França, Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. Os espanhóis são os que mais produzem azeite, mas no Brasil o azeite português, até pela tradição, é tido por muitos como o melhor. Aqui, destaca-se também a presença do azeite produzido na Argentina e vale destacar que em 2006 o principal concurso de qualidade de azeites foi vencido pelo Chile. Neste ano, os supermercados tem oferecido uma grande variedade de azeites italianos e só para evidenciar a qualidade e prestígio dos itálicos, um litro de óleo produzido pela Biondi e Santi custa cerca de 50 dólares.

Na verdade não existe um melhor do que o outro. Assim como os vinhos, cada um terá características diferentes, o que importa é o processo de fabricação. O melhor é ir experimentando até àquele que melhor agrade ao paladar. A cor também não tem significado especial, pois dependendo do tipo de azeitona podem se obter diferentes colorações, do amarelo claro ao verde escuro. O sabor pode variar também. Existem azeites mais frutados, mais secos, mais amadeirados e assim por diante.

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Azeite X Pratos A harmonização do azeite com os

alimentos que compõem os diferentes pratos das culinárias regionais é algo novo na gastronomia. Diferente do vinho, o azeite, por ser parte integrante do prato, exige afinidade, concordância com o alimento. A única exceção é para os pratos compostos com tomates, laticínios e avinagrados. Neste caso, prevalece a discordância. O sabor desses produtos deve ser balanceado com azeite doce.

Doces a pratos gordurososPara pratos adocicados, como

massas, sobremesas e alimentos gordurosos, como queijos, chocolates e carnes, a harmonização deve ser feita com um azeite maduro, suave e com notas doces.

Pratos salgados e com aroma forteAlimentos com especiarias ou

marcados pelo sal, pratos com aromas fortes, como peixes, queijos, churrascos ou cogumelos, devem ser preparados e finalizados com um azeite frutado. Esse frutado deve ser proporcional à intensidade do alimento. Quanto mais curado, aromático ou cheio de especiarias for o alimento, mais frutado deve ser o azeite.

Alimentos amargos Os alimentos com sabor amargo, como fígado, alcachofra, berinjela, costeleta de porco grelhada e chocolates amargos pedem azeites verdes, ou seja, jovens, frescos e frutados. Normalmente eles conferem característ icas picantes, que provocam sensação de apimentado e amargor na garganta.

AZEITES AROMATIZADOSPodemos aromatizar o azeite

de oliva com diversas ervas e especiarias. Uma das aromatizações mais conhecidas é chamada na Itália de “Olio Santo”, que é o azeite de oliva aromatizado com folhas de louro, pimenta vermelha e alho. Ou dependendo da região, com manjericão, alho e pimenta do reino.

Azeite aromatizado com alecrim é ótimo condimento para peixes e carnes. Basta colocar alguns ramos de alecrim em uma garrafa de azeite e deixar repousar por uma semana. O mesmo pode-se fazer com alho e com pimenta dedo de moça. Como se pode verificar, poucos produtos possuem as virtudes de um bom azeite de oliva. •

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Azeite de Oliva

DICAS GASTRONÔMICASSAIBA MAIS

• Todas as azeitonas sãonegrasseasdeixaremamadureceratéofim• Para extrair um litro deazeitesãonecessários,emmédia,5a6quilosdeazeitonas.• A cor do azeite não estáligadadiretamenteaoseusaborouaroma. Um azeite verde provémde azeitonas verdes, enquantoum azeite dourado provém deazeitonasmaduras.Masoazeiteégeralmenteobtidoapartirdeumamisturadevariedadesdeazeitonas,comdiferentesgrausdematuração.• Ograudeacidezpoucoounada tem a ver como cheiro e osabordoazeite.Aacideztemavercomaquantidadedeácidosgraxoslivresqueoazeitepossuietambémcom a variedade e o estado dematuração da azeitona quando écolhida.• Oazeitedeveserguardadoem recipientes de vidro, depreferênciaescuro,emrecipientesdefolhadeflandresoudeaçoinox.Deve manter-se em local fresco,sem luze longedeprodutos comcheirosintensosparaevitarqueosabsorva.• Quando sujeitos atemperaturas muito baixas oazeite pode solidificar. Contudo,ele retomará o seu aspecto inicialquando voltar à temperaturaambiente,nãoperdendonenhumadesuascaracterísticas.• Oazeitepodeseraquecidoaté 210 graus sem perder as suaspropriedades e assim utilizadoem todas as preparações quenecessitamdegordura.

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A história da pizza começa na Roma de César, antes da Era Cristã. Conta-se que os nobres desta época comiam

o pão de Abraão, uma massa de farinha, água e sal que vai ao forno bem forte. A ele eram acrescidos ervas e alho. Essa mistura era chamada de Piscea.

A variação das coberturas foi se amadurecendo com o passar dos anos, até que o tomate chegou à Europa trazido por Cristóvão Colombo e daí para frente o pomodoro foi incorporado totalmente à receita. Houve época em que essa iguaria era comida no café da manhã e vendida

por ambulantes.À medida que se tornou mais

popular, erguiam-se barracas onde era vendida a massa em formatos diferenciados, de acordo com o pedido do cliente. O primeiro pizzaiolo da história foi Don Rafaelle Espósito, proprietário de uma famosa pizzaria de Nápole, a Pietro il Pizzaiolo.

Don Rafaelle ficou famoso a partir do verão de 1889, quando foi cozinhar no palácio Capodimonte para os soberanos rei Humberto I e sua rainha Margherita de Sabóia, que estavam em visita à cidade. O pizzaiolo, para prestar uma homenagem à rainha,

resolver fazer a pizza com as cores da bandeira italiana - branco, vermelho e verde.

A rainha gostou tanto da pizza que Don rafaelle a batizou com o seu nome. Embora a origem da pizza, como hoje é conhecida, seja italiana, os grandes devoradores desse produto ficam do outro lado do oceano. Os dois países que mais consomem pizza no mundo são, respectivamente, EUA e Brasil, com destaque para as cidades de Nova Iorque e São Paulo.

No Brasil, o Dia da Pizza é comemorado todo dia 10 de julho.

Fonte: Guia dos Curiosos

PIZZAS + PIZZAS

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A Melhor Idade

Ai que saudades da minha juventude. Quem já não ouviu esta frase dita por alguém com o avançar dos

anos?Esta nostalgia, fruto talvez da

discriminação que os idosos sofriam num passado recente, já que na antiguidade as sociedades valorizavam a velhice, representa por certo um equívoco. A vida é um processo natural do Planeta Terra e cada fase tem os seus encantos. Se na juventude prevalece a impetuosidade e o vigor físico, na

maturidade a sabedoria e o desfrutar os acontecimentos extensamente e não apenas intensamente, compensam o que ficou para trás. Não existem duas histórias de vida que sejam iguais. O viver bem e feliz é apenas uma questão de como encarar os fatos do aqui e do agora, já que nenhum ser, por mais privilegiado que seja, tem o dom de prever o minuto que se aproxima.

Com as conquistas sociais e os avanços da ciência, caminhamos na direção de que, ao alcançar a maturidade, estaremos vivendo a melhor idade.

Frases soltas que encontramos perdidas

“Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz

enrugar a alma.”

“Não existe idade. A gente é que cria. Se você não acredita na idade, não envelhece até o

dia da morte.”

“A idade não depende dos anos, mas sim do

temperamento; existem pessoas que já nascem velhas,

outras jamais envelhecem.”

“Quarenta anos é a velhice dos jovens; cinqüenta anos é a

juventude dos velhos.”

“A idade não nos protege do amor. Mas o amor, até certo

ponto, nos protege da idade.”

“Não paramos de nos divertir por ficarmos velhos.

Envelhecemos porque paramos de nos divertir.”

“Na juventude aprendemos, com a idade compreendemos.”

“Para o ignorante, a velhice é o inverno da vida; para o sábio, é

a época da colheita.”

VIVER SÓ DEPENDE DO QUERER

“Eu não tenho idade. Tenho vida.”

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Opinião Omar KazonVereador e Presidente da

Câmara Municipal de Caraguatatuba

Os desafios são muitos:

É PRECISO AGIR

Caraguatatuba está em pleno desenvolvimento. E os desafios da administração pública ultrapassam os

limites da simples urbanização e embelezamento da cidade. Ruas asfaltadas, arborizadas, reformas e construção de prédios atraentes e funcionais chamam a atenção e são, por assim dizer, um atestado de que estamos vivendo um tempo de progresso. Mas existem outros aspectos que estão a exigir o mesmo dinamismo, com destaque para o campo social.

É preciso pensar seriamente em um programa de geração de renda para diminuir as desigualdades sociais que se aprofundam em nossa região, trazendo em seu bojo problemas até então desconhecidos em Caraguatatuba como a prostituição, a mendicância, o subemprego e a maior incidência de pequenos furtos.

O incentivo ao turismo é uma opção.

Fonte geradora de renda que tem promovido o desenvolvimento de muitos municípios, o turismo bem planejado, com ações executadas por profissionais especializados, não só gera renda como proporciona o desenvolvimento educacional e cultural da população, que para obter melhores condições no mercado de trabalho aperfeiçoa e desenvolve seus conhecimentos. É de se notar também que o turismo é um acelerador do comércio local, com benefícios para todos.

Como exemplo do muito que há por fazer, podemos citar o Jardim dos Sindicatos. Com dezenas de Colônias de Férias, o local precisa ser revitalizado com a urbanização, não só do bairro como também da orla marítima naquele trecho, de forma a atrair o turista trabalhador. Uma ação conjunta das partes interessadas com certeza iria atrair um fluxo de turistas bem maior que o existente.

Temos acompanhado eficientes programas de geração de renda em municípios de diversos Estados, com a formação de cooperativas de artesanato. Existem pessoas talentosas em nossa cidade, e não são poucas, que precisam de um pequeno apoio para se desenvolver profissionalmente. Mas, não basta “ensinar a fazer renda”: é preciso, paralelamente, criar uma estrutura administrativa de apoio para a comercialização da produção, sempre direcionada para as necessidades do mercado. Os resultados têm sido animadores.

Outra ação para um desenvolvimento sustentável é o apoio à agricultura. A fruticultura, no ciclo da banana, a olericultura (cultivo de hortaliças), quando a produção do município era responsável por 40% do que era comercializado no Ceagesp, e a cultura do gengibre, voltada para a exportação, foram fontes importantes para o desenvolvimento da economia de Caraguá. Agora, surge uma nova perspectiva para a produção de plantas ornamentais, atividade que

pode ser desenvolvida em pequenas propriedades, com absorção de mão-de-obra familiar, principalmente feminina.

Da mesma forma, a maricultura, embrionária no momento, pode ser desenvolvida a níveis de transformar Caraguatatuba no maior produtor da modalidade no Estado de São Paulo.

Temos inúmeras possibilidades de desenvolver programas que promovam o equilíbrio social, permitindo à nossa população uma vida digna e confortável. Está faltando apenas vontade política para se agir.

Entre os desafios que se apresentam, teríamos que falar ainda da educação, da saúde, das habitações populares, da preservação ambiental, entre outros pontos, mas o espaço não nos permite. São assuntos que poderão ser abordados no futuro, para que possamos expor nossa opinião. •

“É PRECISO PENSAR SERIAMENTE EM UM PROGRAMA

DE GERAÇÃO DE RENDA PARA

DIMINUIR AS DESIGUALDADES

SOCIAIS QUE SE APROFUNDAM EM

NOSSA REGIÃO”

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