revista construir nordeste - edição 65

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arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços ano XIII | nº 65 | dezembro 2012 | www.construirnordeste.com.br R$ 12,90 | € 5,60 RCN Editores Associados ECONOMIA E NEGÓCIOS Cotas imobiliárias, facilidade para a compra de um segundo imóvel ENTREVISTA Steve Lewis: O Recife e o Brasil inteligente VIDASUSTENTÁVEL Projeto incentiva a coleta do lixo em edifícios CIDADES PLANEJADAS A INTELIGÊNCIA A SERVIÇO DOS GRANDES CENTROS URBANOS

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Revista Construir Nordeste - Edição 65

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Page 1: Revista Construir Nordeste - Edição 65

arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços

ano XIII | nº 65 | dezembro 2012 | www.construirnordeste.com.br

R$ 1

2,90

| €

5,60

RCN

Edito

res

Asso

ciad

os

ECoNomia E NEgóCiosCotas imobiliárias, facilidade para a compra de um segundo imóvel

ENtREvistaSteve Lewis: O Recife e o Brasil inteligente

vidaSuStEntávElProjeto incentiva a coleta do lixo em edifícios

CIDADES plAnEjADASA IntElIgênCIA A SErvIço DoS grAnDES CEntroS urbAnoS

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vidaSuStEntávEl | 69

A inteligência a serviço das cidades

Lugar de mulher também é na obra

O Movimento Vida Sustentável – MVS, vem colocando o tema Sustentabilidade da Construção

Civil de maneira contínua na ordem do dia, entre empresários, profissionais, professores,

estudantes e sociedade. Busca contribuir com o aperfeiçoamento e a modernização do

setor, divulgando os princípios da construção sustentável, com foco nas pesquisas e boas

práticas; na divulgação de projetos, produtos e iniciativas eficientes; na multiplicação

de conhecimento com a promoção de debates e capacitação, com ênfase na geração de

energia, no reúso da água e em drenagens e na gestão sustentável dos resíduos.

85 Sistema de cotas imobiliárias chega ao Nordeste

14 SHARE

48 MOVIMENTO EM JP – Ricardo Castro

52 CONSTRuIR DIREITO – Thiago A. Lima

74 VISTO DE PORTuGAL – Renato Leal

88 CONSTRuIR ECONOMIA – Mônica Mercês

92 INDICADORES IVV – Danyelle Monteiro

Capa | 40

dia a dia | 24

ColuNas

tECNologia

Como sE faz

iNfRaEstRutuRa

ECoNomia & NEgóCios

16 PALAVRA

18 ENTREVISTA

22 RESPoNSAbILIdAdE SocIAL

26 PAINEL coNSTRUIR

31 VITRINE

33 ESPAÇo AbERTo

90 cUSTo UNITÁRIo bÁSIco – cUb

94 INSUMoS

100 oNdE ENcoNTRAR

sEçõEs

54 Pré-fabricados aceleram obras no Nordeste

58 Manutenção predial

50 Corredores viários melhoram infraestrutura das cidades

sumÁRio

Page 7: Revista Construir Nordeste - Edição 65

14 SHARE

48 MOVIMENTO EM JP – Ricardo Castro

52 CONSTRuIR DIREITO – Thiago A. Lima

74 VISTO DE PORTuGAL – Renato Leal

88 CONSTRuIR ECONOMIA – Mônica Mercês

92 INDICADORES IVV – Danyelle Monteiro

Page 8: Revista Construir Nordeste - Edição 65

Caro Leitor,

O ano de 2012 foi bastante promissor para a construção civil no Nor-deste. A região recebeu importantes investimentos e, apesar dos altos e baixos do mercado financeiro, as obras não pararam. São diversos em-preendimentos que estão colocando os nossos nove estados no esteio do desenvolvimento.

O grande desafio do ano foi aliar os desenvolvimentos econômico e urbano. A julgar por toda essa aceleração, esse desafio continuará na pauta de 2013. Uma saída, talvez, seja o incentivo às cidades planeja-das, matéria de capa desta edição. Na reportagem, o jornalista Antônio Martins Neto apresenta New Sondgo, na Coreia do Sul, onde esteve. A metrópole é considerada a cidade do futuro e combina educação, ur-banismo, tecnologia de ponta, comunicação e qualidade de vida.

E, falando em desenvolvimento urbano, alternativa a ser considerada são as smart cities, cidades inteligentes, que usam poderosos softwares para o planejamento e a solução de demandas na gestão de uma comu-nidade. O assunto foi tema do Smart City Business, encontro promovido pela ADVB Pernambuco. O evento teve apoio da revista Construir Nor-deste e contou com a presença do britânico Steve Lewis e do arquiteto e urbanista Cláudio Leite, entrevistados desta edição.

A conversa com Lewis — fundador e executivo-chefe da LivingPlanIT, empresa de tecnologia que desenvolveu uma platafor-ma aberta de dados para levar inteligência às cidades — você confere nas páginas 18 a 21. Já Leite (págs. 76 a 78), autor do recém-lançado livro Cidades Inteligentes, Cidades Sustentáveis, traz novos conceitos sobre desenvolvimento urbano sustentável.

Para não faltar no amanhã, é preciso capital humano. Construtoras investem na mão de obra feminina, e empresas da construção civil, na formação profissional. Confira os exemplos da Conic e da Brennand Cimentos nas seções Dia a Dia na Obra e Responsabilidade Social.

O caderno Construir Vida Sustentável mostra, na capa, a experiência do urbanista e ambientalista Mark Burr com o projeto Edifício Ecológico. A iniciativa leva a coleta seletiva do lixo domiciliar a prédios comerciais e residenciais das regiões metropolitanas do Recife e de Maceió. Você também vai encontrar um resumo completo do que foi discutido no Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, ação do Movimento Vida Sustentável, nos meses de novembro e dezembro — e descobrir que o Fórum foi vencedor, na categoria Instituição, do XII Prêmio Crea--PE de Meio Ambiente.

Reafirmando nosso compromisso de valorizar a “personalidade” re-gional, realizamos mais uma edição do Espaço Construir e do Encontro Construir Nordeste, com o tema Acústica Urbana. As ações, promovi-das pela revista Construir Nordeste, aconteceram durante a Ficons. Você confere tudo aqui. A VIII Feira Internacional de Materiais, Equipamen-tos e Serviços de Construção se consolida como um dos maiores eventos do setor e comprova que as atenções estão voltadas para o Nordeste e que 2013 vem cheio de ótimas perspectivas. Tudo isso e muito mais você encontra nesta edição, a última de 2012. São matérias produzidas, com muito carinho, pela nossa equipe!

| DEZEMBRO 20128 |

CaRo lEitoR

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EXpEdiENtE

RCN Editores associadosDiretora | Elaine Lyra

Conselho EditorialAdriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Carlos Valle,

Celeste Leão, Clélio Morais, Daniela Albuquerque, Eduardo Moraes, Elka Porciúncula, Francisco Carlos da Silveira, Inez Luz Gomes, Joaquim Correia, José Antônio de Lucas Simon, José G. Larocerie, Kilvio Alessandro Ferraz, Luiz

Otavio Cavalcanti, Luiz Priori Junior, Mário Disnard, Mônica Mercês, Nélio Arcanjo, Otto Benar Farias, Ozéas Omena, Renato Leal, Risale Neves, Serapião Bispo,

Vera Brandão, Gustavo Farache, Janaina Waléria

Conselho técnicoProfessores:

Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana

Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas

publIShEr | Elaine Lyra

[email protected]

A diagramação é da agência noAr Comunicação

EDItorA DE ContEúDo | Renata [email protected]

rEportAgEmAntônio Martins Neto I Daniel Vilarouca | Gil Aciolly | Patrícia Felix |

Rafael Sabóia I Renata Farache I Yuri Assis

rEvISão DE tExto Consultexto

EDItor DE ArtE | Michael Oliveira

DIAgrAmAção E IluStrAçãoMichael Oliveira | Hiago Mota

FotogrAFIA Antônio Alves, Esdras Guimarães, Inês Campelo, Ivaldo Bezerra,

José Alves, Marcello Furtado, Michael Oliveira.

ColunIStASDanyelle Monteiro I Mônica Mercês I Renato Leal I Ricardo Castro

CorrESponDEntESGustavo Farache - Rio Grande do Norte

Janaina Waléria e Mário Disnard - Agreste de Pernambuco

publICIDADETatiana Feijó | [email protected]

Pollyanny Chateaubriand | [email protected]+55 81 3038-1045 | [email protected]

rEprESEntAntES pArA publICIDADE

CEArá nS&A – Aldamir Amaral+55 85 3264.0576 | [email protected]

SAntA CAtArInA | Media Opportunities - Lúcio Mascarenhas+55 48 3025-2930 | [email protected]

rIo DE jAnEIro | AG MAIS Aílton Guilherme+55 21 2233.8505 | +55 21 8293.6198 | [email protected]

São pAulo | Media Opportunities - Demetrius Sfakianakis+55 11 3255-2522 | [email protected]

rIo grAnDE Do Sul | Everton Luis+55 51 9986-0900 | [email protected]

portugAl - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal351 210329111 | [email protected]

AdministrAtivo-FinAnceiro | Ebénezer Rodrigues

[email protected]

ASSInAturAS E DIStrIbuIção | Tatiana Feijó[email protected]

núClEo on lInE | Daniel [email protected]

portal Construir nE | www.construirnordeste.com.brtwitter: @Construir_NE

Facebook: Construir Nordeste

EnDErEço E tElEFonESAv. Domingos Ferreira, 890, sl 704 – Boa Viagem. Recife/PE. 51011-050

+55 81 3038 1045 / 3038 1046

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Expo rEvEStIrdATA: 05 A 08/03LocAL: São PAULo/SPEXPoREVESTIR.coM.bR

FEICondATA: 12 A 16/03LocAL: São PAULo/SPFEIcoN.coM.bR

Expo roAD brASIldATA: 19 A 21/03LocAL: São PAULo/SPbRAzILRoAdEXPo.coM.bR

bAumAdATA: 15 A 21/04LocAL: ALEMANhAbAUMA.dE/EN

FÓrum ConStruIr CAruArudATA: 23/05LocAL: cARUARU/PEcoNSTRUIRNoRdESTE.coM.bR

KItChEn bAthdATA: 03 A 05/07LocAL: São PAULo/SPkITchENbAThEXPo.coM.bR

ConCrEtE ShoWdATA: 28 A 30/08LocAL: São PAULo/SPcoNcRETEShow.coM.bR

FIConSdATA: 05 A 08/08LocAL: oLINdA/PEFIcoNS.coM.bR

rEDAção/SugEStÕES DE pAutASAvenida Domingos Ferreira, 890/704 Empresarial Domingos FerreiraPina | Recife | PE | CEP: 51 001-050

AtEnDImEnto Ao [email protected]: + 55 81 3038-1045Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h

[email protected]

pergunta: Quais as fases de um projeto de fundação de um edifício? Quanto custa? Resposta: um projeto de fundações geralmente envolve três fases: (i) dimensionamento e interpretação da prospecção geotécnica, onde são especificadas e interpretadas as sondagens de reconhecimento do ter-reno, bem como eventuais ensaios de campo e de laboratório que sejam necessários ao perfeito entendimento geológico-geotécnico do subsolo; (ii) anteprojeto de fundação, onde é feito o pré-dimensionamento das possíveis soluções de fundação que sejam tecnicamente viáveis. Ao final dessa fase, é escolhida a solução mais apropriada ao contexto da obra, levando-se em consideração vários aspectos, tais como custos, prazos, interferências com vizinhos, entre outros; (iii) projeto executivo, onde é feito o detalhamento da solução de fundação escolhida, e os produtos do projeto são desenhos e especificações. O custo de um projeto de funda-ção corresponde a um valor entre 2 e 5% do provável custo da fundação (por exemplo, se a solução for fundação profunda, há que se considerar o custo do estaqueamento mais o custo dos blocos de coroamento).

*Prof. Alexandre Duarte Gusmão, D.Sc. PEC/POLI/uPE

Em que consiste o conceito de prevenção de acidentes através da ela-boração do projeto na construção de edificações? Resposta: O conceito de que o projeto afeta o custo, qualidade e dura-ção da construção é amplamente aceito por arquitetos e engenheiros em todo o mundo. Tendo como base esta perspectiva é que o conceito da prevenção através da etapa de projeto é fortalecido na década de 90 com a pesquisa de Gambatese e Hinze nos Estados unidos. Prevenção através da etapa de projeto conhecida em inglês como PtD (Prevention through Design) é uma tendência emergente nos projetos e na industria da cons-trução no qual os profissionais responsáveis pela elaboração de projeto consideram a segurança dos trabalhadores da construção durante a fase de projeto. Isto requer que o projetista tenha o conhecimento e utilize de instrumentos durante a elaboração do projeto que visem eliminar ou diminuir os riscos de acidentes para o trabalhador responsável pela cons-trução ou manutenção da edificação construída.

* Profa. Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani, Ph.D.Professora Associada da universidade de Pernamubuco (PEC/LSHT/POLI/uPE).

EStE CAnAl DE ComunICAção objEtIvA AuxIlIAr oS proFISSIonAIS DA ConStrução Em SEuS QuEStIonAmEntoS E DúvIDAS rElACIonADAS à gEStão E tECnologIA DA ConStrução DE EDIFíCIoS.

| DEZEMBRO 201212 |

CaRtas agENda

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ESpAço AbErtoNesta edição da Construir NE, você pôde conhecer um pouco sobre a tese de mestrado de Paula Maciel Silva. O trabalho tra-ta da conservação dos prédios em estilo moderno. O conteúdo completo desse material e detalhes sobre o valor histórico des-sas edificações podem ser conferidos no portal. Acesse e confira o trabalho completo!

mAIS InFormAçãoA partir deste mês de janeiro, nosso portal conta com um novo espaço para a publicação de artigos. O primeiro texto é de Gamal Asfura, engenheiro estrutural e diretor técnico da Engest. Ele destaca os mitos por trás do uso da alvenaria estrutural. Asfu-ra afirma que a tecnologia é segura, diferentemente da alvenaria portante muito utilizada entre os anos de 1960 e 1980 e que deu origem aos chamados prédios-caixão.

promoçãoQuer ganhar um exemplar do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes, de Carlos Leite, ou Gestão da Manutenção Predial – Uma Aplicação Prática, de Ana Karina Marques e Herbert Lopes de Souza? Curta a nossa página no Facebook, compartilhe os links e fique de olho nas promoções. Você pode levar um desses livros para casa!

ConCrEto CElulAr no CEntro DA DISCuSSãoA Construir NE, através do seu portal, abre um fórum para discutir o uso do concreto celular na construção civil. De acordo com especialistas, a tecnologia apresenta uma qualidade técnica superior e um maior conforto ao ambiente com relação ao concreto convencional. O Nordeste é classificado como Região 8; ou seja, apresenta altos índices de luminosidade e efeitos dos raios solares, o que é altamente prejudicial à cons-trução. O que você pensa sobre isso? Deixe sua opinião em nosso site.

AmbIEntES DA CASA Cor no portAl ConStruIr nEOs ambientes que compuseram a Casa Cor PE e Casa Cor RN podem ser conferidos também no por-tal da Construir NE. É que uma galeria com todas as imagens do evento está disponível em nosso site. As tecnologias usadas no revestimento e na automação dos ambientes foram destaque na Casa Cor dos dois estados. Nas fotos, o internauta pode perceber cada um desses detalhes e como aplicá-los ao lar.

| DEZEMBRO 201214 |

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Acesse: www.construirnordeste.com.brEscreva: [email protected] (Twitter): @Construir_NECompartilhe nossa fan page no Facebook

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luis Alberto Carvalho*

A AvAlIAção Do DESEmpEnho tÉrmICo nA nbr 15575 DEvE muDAr

Desde os primórdios da civilização, a habitação tem sido fundamental na

mitigação dos efeitos de fatores climáti-cos adversos na vida humana. Para nós, moradores das regiões Norte e Nordeste do País, as elevadas temperaturas cons-tituem, sem quaisquer dúvidas, um fator climático adverso.

A ABNT NBR 15575 Edificações Ha-bitacionais – Desempenho – Partes 1 a 6, em fase de análise da consulta nacional, estabelece que a habitação cuja tempera-tura interna máxima não exceda a tem-peratura externa máxima está aprovada quanto ao desempenho térmico. Para nós, nascidos e criados nas regiões Norte e Nordeste, esse critério é inadmissível.

Embora restrinjamos essa comunica-ção às regiões Norte e Nordeste, vale lem-brar que os verões, em outras regiões do País, Sul e Sudeste, por exemplo, atingem temperaturas superiores às máximas do Norte e Nordeste.

Ainda mais, a transmissão de calor é, por assim dizer, um fenômeno de mão dupla, isto é, se um dado elemento ha-bitacional não isola o calor, também não isolará o frio.

A NBR 15575 preconiza três métodos para avaliação do Desempenho Térmi-co, a saber, Simplificado (Normativo), Simulação Computacional (Normativo) e Medição em Protótipos ou Habitações Prontas (Informativo).

O processo Simplificado, resumida-mente, estabelece limites superiores para a transmitância térmica dos elementos. A Simulação Computacional, em resu-mo, emprega séries climáticas do Insti-tuto Nacional de Meteorologia – Inmet, e, com base em propriedades térmicas dos elementos constituintes da habitação, determina as temperaturas internas míni-mas e máximas.

Para ilustrar o nosso ponto de vista, vamos considerar o sistema construtivo

racionalizado, normalizado (NBR 16055), de paredes de concreto moldadas no local cujos principais atrativos são a elevada velocidade de execução e a alta qualida-de potencial do produto acabado, o que o torna, particularmente, vocacionado para empreendimentos de média e larga escalas.

O Desempenho Térmico desse sistema construtivo não atende ao processo Sim-plificado, restando, portanto, o processo da Simulação Computacional.

Consideremos, pois, duas Simulações do Conforto Térmico em casas térreas. (a) Furnas Centrais Elétricas S.A. – Sistemas construtivos de concreto moldado in loco e tilt-up, avaliação de desempenho, 2008, contratada pela Abesc: parede com espessura de 11 cm, laje de forro de concreto com 10 cm de espessura e subcobertura (EPS 4 cm) e telha cerâmica; (b) Roriz Engenharia Bioclimática – Níveis de desempenho térmico de edificações com paredes de concreto, 2010, contratada pela ABCP: parede com espessura de 10 cm, laje de forro de concreto com 10 cm de espessura, telha cerâmica, fibrocimento ou concreto. Gentileza consultar os respectivos relatórios para maiores detalhes.

Temperaturas máximas internas e ex-ternas no Norte e Nordeste do Brasil:

O que fazer diante de temperaturas in-ternas escaldantes (38,5 ºC), inaceitáveis sob o ponto de vista econômico, social, de engenharia e sustentabilidade? Engenha-ria, empregando soluções que o setor da construção civil já conhece, tais como re-duzir a densidade do concreto, aumentar

FurnAS rorIZ nbr 15575

Temperatura externa máxima verão - Teresina-PI (em ºC)

38,5 -----

Temperatura interna máxima verão - Teresina-PI (em ºC)

38,5 ----- Aprovado

Temperatura externa máxima verão - Petrolina-PE (em ºC)

----- 33,1

Temperatura externa máxima verão - Petrolina-PE (em ºC)

----- 30.5 Aprovado

a espessura das paredes, introduzir revesti-mentos antitérmicos, entre outras.

Com base nesse estudo, apresentamos voto à Consulta Nacional da NBR 15575, posteriormente apresentado e aprovado du-rante a segunda reunião plenária especial de análise da consulta nacional das seis partes da NBR 15575, em São Paulo, no dia 24 de outubro deste ano, consistindo na criação de limites absolutos mínimo (12 ºC) e máximo (27 ºC) para o Desempenho Térmico. A prin-cípio, esses limites estão abertos à discussão.

Como tópicos para futuras revisões da NBR 15575, gostaríamos de sugerir:

• Uma maior sistematização e uniformiza-ção dos procedimentos de Simulação Com-putacional do Desempenho Térmico.

• Uniformização dos critérios de avaliação do Desempenho Térmico das diversas regiões bioclimáticas, de vez que os critérios atuais passam, por exemplo, a impressão de um relaxamento dos critérios visando facilitar a aprovação do Desempenho Térmico na zona bioclimática Z8, aproximadamente 90% das regiões Norte e Nordeste e 54% de todo o território nacional.

Deve-se atentar, ainda, para o alto risco representado por relatórios de Simulação Computacional com o carimbo de “aprovado” segundo a Norma de Desempenho (NBR 15575) nas mãos de analistas sem o domínio do tema, mas com poder de decisão quanto, por exemplo, a financiar ou não um dado empreendimento.

*Luis Alberto Carvalho é engenheiro civil, Ph.D. e professor na universidade Federal do Ceará – uFC.

| DEZEMBRO 201216 |

PALAVRA

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FoTo: Living PlanIT

por Antônio Martins Neto

Steve Lewis

o britânico Steve Lewis já vinha com certa frequência ao sudeste do brasil. Nos últimos meses, incluiu o Recife nesse roteiro. E não é apenas pelo mar que banha a capital pernambucana. Lewis, fundador da Living PlanIT, empresa de tecnologia que leva inteligência às cidades, tem dado palestras no Estado e conversado com empresários, especialistas e políticos, como o governador Eduardo campos. com o Porto digital e o Porto de Suape, ele encontrou em Pernambuco um terreno fértil para ideias e produtos que colocam a tecnologia a serviço da eficiência e da qualidade de vida nas cidades. como em Paredes, em Portugal, onde sensores instalados pela cidade garantem a eficiência de edifícios e o monitoramento do trânsito, num projeto premiado em 2012 pelo Fórum Econômico Mundial. Em entrevista à Construir Nordeste, Lewis deixa claro que esse know-how está prestes a chegar por aqui. Mas esconde o jogo, como todo bom estrategista — o executivo foi jogador profissional de futebol até ser parado por um câncer. Lewis se recuperou em 1982, quando passou a trabalhar em empresas como Microsoft e IbM.

o rECIFE E o brASIl IntElIgEntE

| DEZEMBRO 201218 |

ENtREvista

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O que é uma cidade inteligente para o senhor?Há vários níveis [de cidades inte-ligentes]. O primeiro [nível] está relacionado a como os morado-res dessas cidades levam uma vida mais produtiva, seja no trabalho, na educação, na saúde ou em qualquer outra atividade social. E assim, fun-damentalmente, a razão para levar tecnologia às cidades seria aumen-tar tanto a produção econômica quanto a coesão social, o desenvol-vimento social. Ou seja, é sobre as pessoas. O segundo nível está re-lacionado à melhoria da utilização dos recursos naturais, uma vez que, quando as pessoas se unem em ci-dades, elas tendem a consumir mais recursos naturais do que o fariam se estivessem em ambientes rurais. O terceiro nível está ligado a uma certa cultura, a como uma cidade se projeta para competir num cenário mundial e sua luta para se tornar uma cidade inteligente a ponto de atrair pessoas para competir, pro-duzir e exportar. Em que país esse processo se en-contra mais avançado?Eu diria que cada país está em um estágio muito inicial para realmen-te entender as implicações disso. Eu dividiria em três os tipos de abor-dagem. Existem algumas nações que estão construindo novas cidades, fundamentalmente porque a popu-lação está se movendo em massa das zonas rurais para os ambientes urbanos e por isso elas têm de cons-truir cidades completamente novas. Isso é mais encontrado no mun-do em desenvolvimento e na Ásia, especif icamente no Paquistão, na China e na Índia. Mas você também vê a mesma mudança na África e em outras nações que fazem parte dos Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nos países desenvolvidos, temos cidades que estão passando por crescimento ur-bano. Assim, quando você olha para

as 20 maiores cidades do mundo, apenas uma talvez não existisse há 15 ou 20 anos. Todo o resto é de ci-dades preexistentes, que tiveram um grande crescimento da população. Então, o que você encontra nessas cidades são áreas existentes que não são mais utilizadas para sua ativida-de original ou estão caindo em de-suso ou são bolsões de pobreza. As cidades tendem a se concentrar na regeneração dessas áreas. Dessa for-ma, no mundo em desenvolvimento as pessoas tendem a construir novas cidades e, no mundo desenvolvido, elas tendem a regenerar e adaptar. Para responder sua pergunta origi-nal, eu diria que os países que estão

crescendo muito rapidamente levam uma vantagem muito grande ao de-senvolver novos lugares para viver e trabalhar. Onde eles constroem novas cidades, a oportunidade de utilizar novas tecnologias, conheci-mento, novos materiais e novas téc-nicas é muito mais simples do que tentar encaixar tudo isso em uma cidade já existente. E é por isso que vejo a China sendo muito agressiva nessa área, pois não se trata apenas da cidade, mas da oportunidade de exportar esse conhecimento e esses produtos para outros lugares. Eu acho que a Índia vai demorar um

pouco mais. Já o Brasil, de todos os lugares do mundo, vai ser uma das áreas mais interessantes para inovar em cidades inteligentes. Por quê?Em primeiro lugar, porque a cultu-ra se presta a isso. É um ambiente menos complicado culturalmente que a China, por exemplo. Em se-gundo lugar, porque o Brasil é mais pragmático. Eu acho que há um pouco mais de harmonia no País. É uma população mais jovem e que vai exigir melhores serviços de suas cidades. Tudo por causa da cultura, do crescimento e da necessidade de aproveitar o capital humano para continuar a crescer no ritmo que o Brasil precisa. E também para dimi-nuir a desigualdade que existe.

O senhor já visitou o Brasil algu-mas vezes, inclusive o Recife. Qual a sua impressão da cidade e como o senhor analisa esse processo para torná-la de fato inteligente?Há áreas da cidade que são real-mente muito bonitas. Há muito contexto histórico. A linha costeira e os recursos naturais também são incrivelmente úteis, além do Porto de Suape. Há uma diversidade de atividades econômicas e sociais na cidade, mais ampla do que em al-gumas outras cidades onde não há porto, como Londres. Então você tem o turismo, atividade de distri-buição econômica de exportação, mineração e materiais, você tem ati-vidades comerciais e você tem um novo cluster digital. A partir desse cenário, acredito que haja oportuni-dades para mais desenvolvimento e, uma vez agindo rapidamente, acho que haverá também uma imediata melhoria na qualidade de vida. Al-gumas áreas devem ser abordadas. Eu focaria inicialmente na melhora da segurança e do f luxo do trânsito. Acho que o rio que corta o Recife também deveria ser incluído nessa questão. Acho que ele abre uma sé-rie de oportunidades. Mas o mais

Já o Brasil, de todos os lugares do mundo, vai ser uma das áreas mais interessantes para inovar em cidades inteligentes

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ENtREvista

Page 20: Revista Construir Nordeste - Edição 65

importante para o desenvolvimento dessa infraestrutura é a possibili-dade de incorporar as novas tecno-logias nesses serviços e fazê-lo de forma rápida. Se nos próximos dez anos o desenvolvimento do Recife e dos municípios vizinhos for guiado por uma legislação inteligente e por uma política pública visionária, que conte com a colaboração da comuni-dade, eu acho que o Recife será uma dessas luzes brilhantes em relação à inovação capaz de mostrar ao mundo o caminho para se tornar inteligente.

O poder no Brasil costuma ser mui-to centralizado, seja nos níveis fe-deral, estadual ou municipal. O senhor acha que essa caracterís-tica pode ser uma barreira para tornar nossas comunidades mais inteligentes?Eu traçaria um paralelo com Portu-gal, onde nós trabalhamos há alguns anos. Como vocês, Portugal também tem um sistema centralizado. Mas uma das vantagens que encontramos no país foi justamente a sua nature-za centralizada, que permitiu que o governo se digitalizasse rapidamente e se tornasse um e-governo. Agora, eles são, provavelmente, o governo mais conectado do mundo em ter-mos de plataforma. Portanto, acho que a centralização pode ser útil. Há também o aspecto cultural. O que os cidadãos exigem hoje é dramatica-mente diferente do que exigiam há dez anos. A cultura do smartphone mudou para sempre as crianças que cresceram nos últimos 15 ou 20 anos e que têm uma expectativa completa-mente diferente em relação a onde e quando obter dados e que uso fazer deles. A combinação da sociedade civil, do investimento empresarial e da colaboração com o governo pode criar um excelente exemplo para o País.

E como melhorar esse processo num contexto de crise econômica?Alguns podem dizer que neste mo-mento o Brasil está se saindo melhor

do que outros países do mundo. Mas isso não significa que o governo te-nha um monte de dinheiro. O gover-no precisa investir em infraestrutu-ra, educação e saúde, o que significa que nem sempre há recursos para le-var adiante o desenvolvimento, com exceção talvez do investimento em superinfraestrutura. Portanto, te-mos que focar em algumas coisas. A construção civil, por exemplo, que é extremamente ineficiente. Na verda-de, de todas as indústrias é a menos eficiente. E é ineficaz por várias ra-zões: a forma como está organizada e também a completa falta de tecno-logias para planejamento dos produ-tos. Quando o setor de manufatura projeta uma aeronave, um navio ou um carro, ela usa tecnologias bas-tante sofisticadas de modelagem e simulação para descobrir como esses produtos vão funcionar antes de se-rem construídos. No final, ela reduz

o risco e o gasto de tempo, não só na entrega do produto, mas também no seu funcionamento. Portanto, uma das coisas que fazemos nos projetos que estamos envolvidos é a aplicação de tecnologias avançadas para pla-nejamento, desenho, modelagem, si-mulação e fabricação e, em seguida, operação desses lugares [cidades e

bairros inteligentes], e o resultado é a implantação de menos capital. Va-mos imaginar um edifício de 100 mi-lhões de dólares. É possível construir esse edifício com 70 milhões, e, às vezes, até menos, usando essas téc-nicas. Além disso, é possível investir 10 milhões do que foi economizado em materiais de construção mais sofisticados, numa eletrônica me-lhor, melhor software. Dessa forma, economiza-se 20 milhões na cons-trução e tem-se um edifício muito mais sofisticado, que respeita o meio ambiente, produz sua própria ener-gia, trata a própria água e também resíduos. E, ironicamente, um prédio cuja construção custou menos pro-duz mais receitas e vale mais porque houve eficiência. Portanto, no meu ponto de vista, os governos precisam se tornar mais rigorosos nos padrões de licenciamento. Não permitir que os prédios sejam feitos como há 200 anos, mas pensar nas necessidades de daqui a 30 ou 40 anos.

E o senhor se reuniu recentemente com o governador Eduardo Cam-pos. Isso significa que a sua empre-sa terá um projeto em Pernambuco?Estamos, sim, comprometidos com trabalhos aí no Recife, tanto em ní-vel municipal quanto em nível esta-dual. O que posso dizer no momen-to é que os projetos estão em duas áreas de grande interesse para nós. Um deles é sobre sensores e contro-les avançados. O outro é sobre pes-quisa e desenvolvimento urbano, que deverá ser desenvolvido no Recife desde que encontremos o ambiente adequado. Meus instintos dizem que sim. Tivemos reuniões no Centro de Estudos Avançados do Recife – C.E.S.A.R., e também com líderes da sociedade civil, políticos e empresá-rios, e há espaço para uma excitan-te colaboração. Portanto, para res-ponder brevemente a sua pergunta, eu suspeito que em um mês ou dois estarei fazendo alguns anúncios re-lacionados aos nossos compromissos com Pernambuco.

A combinação de sociedade civil, do investimento empresarial e da colaboração com o governo pode criar um excelente exemplo para o País

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ENtREvista

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Cuidar da criança com a leveza e a alegria que ela merece é o objetivo

do Projeto Casa da Criança. Com esse propósito, o grupo acaba de inaugurar a ala de internação pediátrica do Hospital Napoleão Laureano totalmente reforma-da. O trabalho contou com a ajuda de voluntários, que têm a sensação de dever cumprido. O espaço já traz resultados positivos, como a elevação da autoestima dos pequenos.

Localizado em João Pessoa, o Hospital Napoleão Laureano é uma instituição sem fins lucrativos, referência no tratamento do câncer, e recebe, diariamente, pacientes da Paraíba e dos estados vizinhos. As instalações da ala de internação pediátrica passaram por um processo de humanização que foi viabilizado graças a doações de produtos e serviços. Ao todo, foram R$ 800 mil em investimentos arquitetônicos e o trabalho voluntário de 35 profissionais, entre arquitetos, designers e artistas plásticos.

Cibelli Gomes, arquiteta do Projeto, explica que tentou deixar os ambientes da ala mais leves e acolhedores para receber as crianças em tratamento. “Ao arquitetar o quarto, pensei no que poderia fazer para deixar mais agradável a vida daquela criançada. O resultado foi um espaço suave e aconchegante, fugindo do clima tenso de um hospital”, diz. Franqueada social e também arquiteta, Sandra Moura destaca que a ação beneficiou não só as crianças, mas também os profissionais envolvidos na causa. “Como arquiteta, tenho a convicção da responsabilidade de inspirar outros profissionais”, ressalta. Numa área de 600 m², a ala de internação conta agora com 21 leitos, repouso

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médico, copa, espaço de manipulação, área de convívio para acompanhantes e sala de tevê infantil com brinquedoteca. “Os pacientes têm, hoje, mais privacidade no tratamento. Antes, a enfermaria era composta por três quartos, cinco leitos e apenas um quarto para o isolamento. Agora, as crianças contam com mais leitos e oito quartos individuais, onde são internados os pacientes mais graves com infecções e baixa imunidade”, explica a médica Andréa Gadelha.

Danielle Soares, enfermeira do ambulatório de oncologia pediátrica Q’Alegria, destaca a mudança positiva no comportamento dos, aproximadamente, 140 pacientes mensais que se submetem às sessões de quimioterapia no Hospital. “Logo após a inauguração, os resultados já foram perceptíveis. A alegria, o entusiasmo e a disposição de cada criança são nítidos. O medo e a ansiedade que antecediam o tratamento foram

transformados em expectativa em ser o próximo a ser atendido para ‘brincar’ no Q’Alegria”, afirma.

Patrícia Chalaça, presidente do Projeto Casa da Criança, comemora a inauguração e fala da gratificação que é ouvir o depoimento dos médicos e da equipe sobre o quanto a iniciativa contribui para a autoestima e a cura das crianças. “A cada etapa, sentimos uma satisfação que vem da alma”, diz.

O Projeto Casa da Criança é uma organização reconhecida pelo Governo Federal como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). O objetivo principal é defender os direitos de crianças e jovens por meio de ações que vão desde reformas e construções até as de interesse nacional que primam pela qualidade do atendimento. Atuando em todas as regiões do País, hoje o Projeto está presente em 15 estados mais o Distrito Federal.

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responsabilidade social

rEFormA Em AlA pEDIátrICA mElhorA AutoEStImA DE pACIEntESAtravés do Projeto Casa da Criança, a ala de internação pediátrica do hospital Napoleão Laureano agora é lugar de brincadeiras e motivação

Por Patrícia Felix

O quarto projetado pelas arquitetas Suellen Montenegro e Larissa Vinagre trouxe mais conforto para as crianças e passou a estimular a imaginação dos internos da ala pediátrica do Hospital

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Promovido pela Brennand Cimentos, o Projeto Mãos Dadas com o Futuro tem

como objetivo principal qualificar morado-res de Pitimbu, na Paraíba, para trabalhar na construção e operação da fábrica de ci-mentos, que será construída no Estado.

A capacitação, que pretende formar, ao todo, 896 profissionais até o final do ano de 2013, é uma parceria entre a Brennand Cimentos, o Governo da Paraíba, a Federação das Indústrias da Paraíba, o Senai-PB, a ONG Mais Consultoria e a Prefeitura Municipal de Pitimbu.

Francisco Carlos da Silveira, coordenador do Mãos Dadas com o Futuro, ressalta que a ação é essencial porque Pitimbu é um município voltado para a pesca e agricultura. “O Projeto é necessário para que os próprios munícipes sejam aproveitados”, explica.

Os moradores da cidade, que antes eram pescadores e agricultores, são transformados em profissionais da construção. O Projeto oferece 17 cursos nas áreas de construção civil, elétrica e metalmecânica. São eles: Armador de Estrutura de Concreto Armado, Carpinteiro de Obras, Pedreiro, Meio-oficial (Pedreiro), Servente, Caldeireiro, Ajustador Mecânico, Eletricista de Instalações Prediais, Instalador de Hidráulico, Encanador Industrial, Montador de Andaimes, Encarregado, Mecânico Montador, Soldador, Eletricista de Instalações Industriais, Instrumentista e Eletricista Montador.

Seis turmas já foram formadas — duas estão em andamento —, e, até outubro de 2013, serão concluídas 56 turmas no total.

Inscreveram-se, em média, 2 mil pes-soas. Todos os candidatos passaram por

um processo de seleção, que consiste em aplicação de testes de Língua Por-tuguesa e Matemática, de acordo com a escolaridade exigida no respectivo curso, e entrevista individual para le-vantamento do perfil socioeconômico do candidato.

Ademir de Souza, 27 anos, é um dos beneficiados pelo Projeto. Ele, que concluiu o curso de Carpinteiro em outubro deste ano, comemora o novo emprego no segmento da construção civil. “Sempre tive vontade de adquirir conhecimento nessa área, e aí surgiu a oportunidade. Estava desempregado e, antes de terminar o curso, já fui cha-mado para trabalhar. Mudei meu horá-rio, terminei a capacitação e hoje estou empregado. O Projeto me deu muitas oportunidades”, conclui.

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Além da capacitação de cada curso, os alunos recebem um módulo voltado para a cidadania, que engloba, entre outros assun-tos, ética, valores, direitos e deveres do cida-dão e postura no ambiente de trabalho.

Transporte gratuito e cestas básicas mensais também são alguns dos benefícios disponibilizados pelo Projeto. Francisco explica que essas ações servem para garantir a permanência dos alunos até o final do curso.

Erika Correia, diretora da ONG Mais Consultoria, ressalta que a construção de uma fábrica causa um grande impacto em seu entorno. Dessa forma, o Projeto entra com o papel de melhorar as condições da comunidade. “Ações como essas são importantes porque investem no município, mudam a rotina da comunidade e preparam a população para as modificações”, destaca.

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responsabilidade social

projEto FormA proFISSIonAIS pArA ConStruçãoEmpresa promove uma série de ações para transformar pescadores e agricultores em profissionais da construção civil

Por Patrícia Felix

Alunos do Curso de Carpinteiro têm aulas práticas através do Senai

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lugAr DE mulhEr tAmbÉm É nA obrAPresença de mulheres na construção civil mudou o perfil do canteiro de obras. Atenção redobrada e acabamento refinado são as principais características do seu trabalho

Num mercado dominado por ho-mens, elas foram chegando de

mansinho, como arquitetas e engenhei-ras. Agora, as mulheres colocam literal-mente a mão na massa e ajudam a cons-truir um Nordeste melhor. Para suprir as demandas nas frentes de trabalho, cons-trutoras têm recorrido, cada vez mais, à contratação de mão de obra feminina. Com isso, ofertam mais que um empre-go, oferecem uma nova oportunidade de vida.

Há quatro meses trabalhando como pedreira, Joselene Pina ainda comemo-ra o primeiro emprego com carteira as-sinada. Aos 30 anos, ela é uma das oito

Por daniel Vilarouca

mulheres que trabalham na construção de um edifício residencial na Rua da Au-rora, centro do Recife. “Aqui, eu trabalho com alvenaria, acabamento e rejunte. Só não sei ainda aplicar cerâmica, mas estou correndo atrás para aprender”, comenta satisfeita.

O serviço na construção civil não era novidade para ela que já realizava peque-nos trabalhos com a família, mas a jovem conta que precisou se especializar para concorrer à vaga de pedreira. “Somente quando fiz aulas no Senai é que me sen-ti capacitada e pronta para participar da seleção. Sei que o curso foi importante neste processo”, afirma a pedreira.

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Assim como para Joselene, o tra-balho na construção civil vem repre-sentando um novo rumo na vida de Viviane Pereira. Com 38 anos, casada e mãe de três filhos, a também pedrei-ra vê no emprego a oportunidade de melhorar de vida. “Com o salário que ganho aqui posso ajudar nas despesas da minha casa e na formação dos meus filhos”, argumenta.

Elas trabalham na mesma cons-trução e contam que, no serviço, não sofrem nenhuma discriminação. São tratadas de igual para igual com os homens. Viviane lembra que houve um estranhamento, no início, por

Com carteira assinada, as pedreiras Joselene Pina e Viviane Pereira têm uma nova perspectiva no mercado de trabalho

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Florence Olsen, gerente de recursos humanos da construtora Conic, afirma que a mulher no canteiro de obras é mais atenciosa, cuidadosa e tem facilidade para ler os projetos

parte dos trabalhadores da obra, mas que hoje já não há mais diferença en-tre os homens e as mulheres no can-teiro. “Acho que era novo para eles ter uma mulher fazendo o mesmo serviço, levantando parede, pintan-do. Agora, não. Eles até nos ajudam bastante”, diz Viviane.

O trabalho mudou a rotina delas. De segunda a sexta-feira, a partir das 7h, elas estão envolvidas na obra, mas não reclamam, pois sabem que têm uma nova profissão. “Antes, eu era dona de casa e tive de me acos-tumar com um ritmo de trabalho to-talmente diferente. Mas, aqui, eu me sinto uma profissional de verdade ao ver minha carteira de trabalho assi-nada e participar de todo este pro-cesso da construção”, fala Joselene Pina.

Cuidado e atenção no trabalho final

A construtora Conic, responsável pela obra em que Joselene e Viviane trabalham, é uma das empresas no Nordeste que contam com mulheres no seu quadro de profissionais. Atual-mente, ela está envolvida em 17 obras das quais duas tem a participação de mão de obra feminina. “Inserir a mu-lher no canteiro de obras foi um pro-jeto que a Conic abraçou, visto que a mão de obra masculina está escassa”, explica a gerente de Recursos Huma-nos da Conic, Florence Olsen. Segun-do ela, a empresa teve de adaptar os canteiros de obras para a chegada das operárias com vestiários e banhei-ros exclusivos. Ela acrescenta que as mulheres já ocupam quase 10% do quadro de trabalhadores da empresa. Para Florence, as mulheres ainda estão numa fase de aprendizado e, por isso, ainda não atingiram uma produtivida-de ideal, mas há um ganho na qualida-de do serviço prestado por elas.

“Elas trouxeram mais qualidade na realização da atividade, pois são aten-ciosas, cuidadosas, tem facilidade com a leitura dos projetos e estão sempre atentas a colocação dos equipamentos.

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As mulheres tem um cuidado maior na finalização dos serviços, com mais ca-pricho e cuidado”, conta Florence.

Cursos que capacitam para o mercado

Segundo dados da Câmara Bra-sileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2010, as mulheres já so-mavam mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada na construção civil, praticamente o dobro do núme-ro registrado em 2006. Atualmente,

elas já representam quase 10% dos profissionais envolvidos com o setor no país.

De olho neste mercado, escolas de ensino superior e técnico têm investi-do na capacitação das mulheres para a construção civil. O Senai de Pernam-buco é uma dessas instituições. Num levantamento realizado no mês de ou-tubro, foi constatado que dos 10.284 alunos matriculados em seus cursos, 3.193 são do sexo feminino. As áreas mais procuradas por elas são para tra-balhar como armadora, carpinteira de obra, pedreira, pintora e gesseira.

“As empresas de construção civil têm procurado o Senai para a contra-tação de mulheres porque sabem da capacidade e do preparo das nossas alunas”, comenta o diretor regional do Senai, Sérgio Galdêncio. Segun-do ele, na Olímpiada Brasileira do Conhecimento, a prova de concreto de alvenaria contou com a participa-ção de uma pernambucana. “Ela era a única mulher da prova e ficou entre os cinco melhores do Brasil”, finaliza Galdêncio.

De 2006 a 2012, o número de mulheres envolvidas na con-strução civil cres-ceu 65%, dados do Ministério do Tra-balho.

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SmArt CItyA ADVB-PE realizou o Encontro Café da Manhã – Empreendimentos e Bairros Planejados, paralelamente ao evento Smart City Business. O encontro teve como foco a apresentação dos 14 projetos de bairros planejados que serão construídos em Pernambuco nos próximos dez anos. Juntos, eles somam um investimento de quase R$ 10 bilhões. O objetivo é articular os principais dirigentes das incorporadoras responsáveis por esses projetos com os diretores e presidentes das principais empresas de tecnologia mundial, visando parcerias e futuros negócios.

CAmArá ShoppIng InICIA obrASComeça em janeiro, a construção do Camará Shopping, um empreendimento de 42 mil m² dentro da Reserva Camará Complexo Multiúso, no município de Camaragibe, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Com três pavimentos, o shopping contará com 290 lojas, cinco salas de cinema, playpark, brinquedoteca e 26 operações de alimentação mais um terraço panorâmico. Além de estacionamento para 1.200 veículos, sendo 900 vagas cobertas. O Camará Shopping atenderá à demanda da região onde está sendo construída a Arena Pernambuco, que sediará jogos da Copa do Mundo de 2014.

XXIV Congresso Pan-amerICano de ArquiTETosO Centro Cultural e de Exposições de Maceió recebeu o XXIV Congresso Pan-americano de Arquitetos, realizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB. O evento foi palco de diversos debates sobre campos de ação e reflexão crítica dos arquitetos e teve como tema Viver o território, imaginar a América. O assunto mais comentado foi o polêmico Plano Brasília 2060, contrato firmado entre o Governo do Distrito Federal e a empresa Jurong Consultoria, de Cingapura, para o planejamento de Brasília para os próximos 50 anos.

prêmIo DE mArKEtIngDoze empresas do setor de Marketing e Propaganda de Pernambuco foram condecoradas na 9ª edição do prêmio Top Marketing. Promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Pernambuco - ADBV-PE. o evento deu destaque para as propagandas direcionadas ao setor imobiliário. A Arcos Propaganda Ltda. (foto), com um projeto para o home resort Evolution, da Moura Dubeux, foi uma das vencedoras. Além dela, receberam o prêmio Alphaville Urbanismo, Arena Pernambuco, Banco Gerador, Bradesco Capitalização, Convida Cidades Planejadas, Empetur, Fiat Automóveis, Officina Design, Pamesa do Brasil, Tintas Iquine e Transpetro.

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CApItAl Do AgrEStE SEDIA 8º sAlão ImobIlIárIoA cidade de Caruaru promoveu o 8º Salão Imobiliário com um público de mais de 10 mil pessoas. O evento é um dos mais esperados por profissionais do setor da construção civil, imobiliárias, lojas de material de construção e consumidor final do Agreste pernambucano. Participou do encontro, um total de 19 imobiliárias e 11 construtoras, com o apoio das câmaras setoriais da construção civil e corretores de imóveis da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru – Acic.

EvEnto DE ComunIDADES plAnEjADAS rEúnE mAIS DE 200 EmprESárIoS Do SEtor nA bAhIADefinitivamente as comunidades planejadas são a bola da vez no mercado imobiliário brasileiro. Essa afirmação foi consenso entre os especialistas e empresários que marcaram presença no segundo Seminário Internacional de Comunidades Planejadas - Complan, que aconteceu em outubro em Costa do Sauípe, Bahia. Mais de 200 empresários de várias regiões do Brasil e especialistas internacionais do setor estiveram presentes no evento, que contou com 15 painéis, dois workshops, visita técnica e Speed Networking. O evento contou também com Inês Magalhães, Secretária Nacional de Habitação do Ministério do Turismo. Promovida pela Adit Brasil, a terceira edição do Complan ocorrerá em 2013 no mês de setembro. Informações: www.adit.com.br

KronA InAugurA FábrICA Em AlAgoASA Krona Tubos e Conexões inaugurou, no mês de outubro, sua primeira fábrica fora do eixo Sul. Localizada no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro/AL, a nova unidade da empresa busca atender ao crescente mercado da construção civil no Norte e Nordeste do País. A expectativa é de que, com a nova unidade, a Krona aumente em 50% a sua capacidade produtiva e a participação de 60% nos pontos de venda nessas regiões num prazo de dois anos. Além da fábrica em Alagoas, a empresa possui duas outras unidades em Joinville/SC e um portfólio composto de cerca de 600 itens.

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projEto DE lEI: mobIlIDADE urbAnAO plano de mobilidade urbana para Caruaru coloca em pauta o direito do cidadão de ir e vir, independentemente de qualquer circunstância de transporte. Os primeiros critérios a serem postos em prática são: readequação de calçadas, requalificação urbana do centro da cidade, garantia de acessibilidade, revitalização do Alto do Moura — Centro de Artes Figurativas das Américas — e redesenho da territorialidade do município.

rEConhECImEntoO Fórum Pernambucano de Construção Sustentável levou o XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente, na categoria Instituição. Representando o projeto, Serapião Bispo e Renildo Guedes receberam o prêmio das mãos do coordenador da Câmara de Meio Ambiente do Crea-PE, Nielsen Christianne. Promovido pelo Movimento Vida Sustentável, o Fórum realiza encontros mensais no Sinduscon-PE para discutir formas e ações que diminuam os impactos da construção civil no meio ambiente. Na ocasião, também foram entregues as premiações do X Prêmio Crea-PE de Fotografia.

novA FábrICAOs diretores executivo e técnico comercial da Argatop, Emerson Pinto e Eduardo Galvão, apresentaram a marca na Ficons 2012. O produto chega ao mercado e instala sua primeira fábrica no Recife. A Argatop é uma argamassa que não leva cimento nem água e vem pronta para usar. Ela é utilizada para assentamento de tijolo cerâmico e bloco de concreto e, por ser mais leve, pode reduzir o volume de ferro na construção, chegando a atingir uma economia de até 30% no final da obra.

CAruAru: ACIC ConFrAtErnIZA Com oS ASSoCIADoS E EmpoSSA novA DIrEtorIAA confraternização da Acic foi palco de muitas homenagens e contou com a participação de autoridades locais. O governador Eduardo Campos e o vice João Lyra Neto, o deputado federal Wolney Queiroz, as secretárias estaduais Laura Gomes e Raquel Lyra e o vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes, representando o prefeito José Queiroz, marcaram presença. Na ocasião, tomou posse a nova diretoria da Associação. Eduardo Campos salientou que está à disposição e que será um facilitador na realização dos projetos. Atualmente, a Diretoria é composta por 21 empresários atuantes, além de 13 integrantes no Conselho Deliberativo.

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SEgurAnçA E rESIStênCIAA placa cimentícia impermeabilizada da Brasilit é indicada para edificar paredes, tanto internas quanto externas, conferindo um acabamento perfeito, rapidez e limpeza na execução da obra. Impermeabilizada de fábrica, a solução para a construção industrializada da Brasilit utiliza a exclusiva tecnologia de Cimento Reforçado com Fios Sintéticos – CRFS, e é 100% livre de amianto crisotila em sua composição. Com elevada durabilidade, as placas são resistentes à umidade, ao ataque de cupins (devido à base alcalina) e altamente resistentes a impactos e vibrações; podem receber revestimento de vários tipos, bem como pintura e textura, ou ficar aparentes.

A InSpIrAção QuE FAltAvA2013 vai ser violeta. A cor do ano foi definida através de um estudo internacional realizado anualmente pela Coral, o Colour Futures, e chama-se violeta inspirado. A pesquisa envolve diversos especialistas em cores e tendências que, por meio de constantes pesquisas e estudos de campo, chegam a um consenso dos tons que serão os símbolos de cada ano, levando em consideração áreas como moda, arquitetura, decoração e comportamento. O violeta inspirado é um tom de índigo que possui influência do violeta nobre, sábio e profundo, e também está associado à honestidade, tornando-se uma cor versátil.

moDErno E SoFIStICADoA Toto inicia o ano com novidades notáveis. A Torre de Chuveiro Neorest é uma delas e se destaca no box dos banheiros mais exigentes do mundo. Esse chuveiro de parede possui três jatos para o corpo e uma ducha de mão. A peça está disponível na cor cromo polido e ainda inclui: botões que acionam o chuveiro com bicos de borracha e três jatos direcionais; manopla de controle da temperatura; chave de controle de volume; mangueira de chuveiro manual e rain shower, e válvula misturadora termostática – SMA.

ECologICAmEntE EFICIEntEA Vedacit/Otto Baumgart lançou o Vedapren Fast. A manta líquida reúne, em um só produto, secagem rápida — 2 horas a 25 ºC —, número de demãos reduzido — necessárias duas demãos apenas — e embalagem quadrada, única no segmento. Disponível nas cores concreto, terracota, verde e branco, o produto tem fácil aplicação, boa cobertura, alto rendimento, grande elasticidade, resiste a altas pressões de água sobre a laje, protege contra raios solares e é ecologicamente correto, com ação fungicida e isento de amoníaco.

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o brasil já ocupou um lugar de destaque no cenário da arquitetura moderna. hoje, este patrimônio, que teve em oscar Niemeyer um de seus expoentes, é pouco valorizado e carece de atenção para não desaparecer

rESumoApresentado como tese de conclusão de curso, no Mestrado em Desenvolvimento Urbano, da Universidade Fe-deral de Pernambuco (UFPE), em março de 2012, sob a orientação do profº Silvio Zancheti, o texto a seguir trata da preservação e do valor histórico das construções em arquitetura moderna no Brasil. Escrito pela arquiteta e urbanista Paula Maciel Silva, o material especifica o espaço/tempo característico dessas edificações, sua funcio-nalidade e atual estado de conservação. Os edifícios em estilo moderno têm uma plasticidade muito própria; por isso, não agrada a todos. Dessa forma, essas construções vêm perdendo espaço em meio a imensos arranha-céus. Tais espaços não podem esperar por um processo natural de seleção, pois estão ligados diretamente a momentos na história do país. Professora no curso de Arquitetura, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Paula Maciel é ainda consultora em conservação de edifícios e eficiência energética.

pAlAvrAs-chAve

Arquitetura moderna. Conservação. Valor histórico.

ConSErvAr: umA QuEStão DE DECISão. A ArQuItEturA moDErnA Como objEto DE prESErvAção

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espaço aberto

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Paula Maciel Silva1

O termo conservação abrange todos os cuidados, de preservação ou de restauração, dispensados a um bem para manter suas carac-terísticas que apresentem significação cultural (Carta de Burra, Icomos, 1980). É a soma de atividades que incluem os atos de preservar — manter o estado atual do objeto, consolidar — e restaurar — alterar o aspecto físico do objeto (MUÑOZ-VIÑAS, 2005).

A forma de intervir nos bens históricos passou por mudanças graduais no decorrer dos séculos até chegar ao pensamento atual, que é o da preservação como um ato de cultura, no qual se dá importância relevante aos aspectos estéticos, históricos, memoriais e simbóli-cos dos bens também com fins educativos. E ainda “as questões de ordem prática deixaram de ser únicas e prevalentes [...] e passaram a ser concomitantes, a ter caráter indicativo, mas não determinante” (KUHL, 2009, p. 60). A conservação integrada acrescenta outra ação, que é a de adaptação. É o agenciamento de um bem a uma nova destinação sem destruição de sua significação cultural. As modificações necessárias devem ser reversíveis ou requerer um impacto mínimo (p. 2). A mudança de uso é vista como uma das possíveis alterna-tivas que contribuem para a conservação do bem. Conservar edifícios do passado é uma atitude aceita e valorizada por grande parte da população. A questão adquire novos desafios quando o objeto da conservação é o patrimônio recente. Estamos aqui nos referindo especificamente à arquitetura moderna. Por arquitetura moderna, entende-se uma arquitetura que é consciente de sua modernidade e esforça-se por mudança (COLQUHOUN, 2002). O termo refere-se à produção arquitetônica que aconteceu entre os anos 1920 e 1980 “baseada em novas técnicas construtivas e na nova estética das vanguardas artísticas que geraram novas formas de ver e conceber o espaço arquitetônico” (MOREIRA & NASLAVSKY, 2010, p. 2). Já se passou quase um século do início da arquitetura moderna, que trouxe consigo um modo inovador de conceber o edifício. O domínio de tecnologias e materiais na época desconhecidos ou pouco utilizados viabilizou a construção de edifícios e cidades e respondeu à necessidade decorrente do crescimento acelerado da população.

Sentimentos de aceitação e rejeição se alternam diante de exemplares da arquitetura moderna. Alguns, pela sua ousadia na plas-ticidade, encantam; outros decepcionam pela rapidez com que se deterioram; outros ainda passam despercebidos no meio da malha urbana ou são esquecidos na periferia das cidades. Na verdade, a arquitetura moderna continua sendo um patrimônio considerado vulnerável porque possui uma proteção legal frágil e pouca apreciação por parte do público em geral (OERS, 2003). Destaca-se o papel relevante do especialista como sendo aquele que “entende” a linguagem do objeto, como o protagonista do processo de identificação da significância que depois envolve as partes interessadas, como demais profissionais, Estado-membro, usuários, cidadãos comuns.

O início do século XXI depara-se com o questionamento do que deve ser preservado do passado recente para as futuras gerações e, mais ainda, de como isso deve ser preservado. O valor da arquitetura moderna pode ser reconhecido pelo público em geral?

Dentre os aspectos que representam um desafio para o reconhecimento da significância da arquitetura moderna, existe o fato de que grande parte do estoque construído das cidades foi edificada no século XX2. Os exemplares de maior significância da arquitetura moderna estão imersos no conjunto de edificações e não são facilmente diferenciados. A raridade é um aspecto que evidencia o valor e concorre para que este se torne senso comum. É um aspecto relativo a “número” e retira o caráter da unicidade que identifica muitos dos bens históricos protegidos. Porém, a qualidade de “ser comum” na arquitetura moderna não vai durar para sempre. É verdade que a grande maioria não pode ser considerada obra de arte. Por outro lado, não se pode deixar a arquitetura moderna entregue a um processo de seleção natural (SAINT, 1996). Existem algumas obras-primas que, pela sua monumentalidade e notoriedade, se destacam na paisagem e possuem significado facilmente reconhecido pelas pessoas em geral. O Museu Guggenheim, 1943–1959, de Wright, em Nova York; a Capela de Notre-Dame-du-Haut, 1950–1954, de Le Corbusier, em Ronchamp (França); o Complexo das Nações Unidas, 1947–1950, de Wallace Harrison e Max Abramovitz, em Nova York (EUA); a Catedral Metropolitana de Brasília, 1958, de Niemeyer, no Plano-piloto de Brasília (Brasil); o Congresso Nacional, 1962–1975, de Louis Kahn, em Daca (Bangladesh); a Ópera de Sidney, 1957–1973, de Jorn Utzon, em Sidney (Austrália), são alguns exemplos. Essas, entre outras, são, sem dúvida, obras relevantes e já estão sob proteção patrimonial, algumas em nível mundial, outras em nível nacional ou regional. Entretanto, reduzir a arquitetura moderna a obras de escala monumental representaria uma perda do impacto que a novidade da arquitetura moderna trouxe ao dia a dia da população. É o significado contido no cotidiano. Um dos valores que conferem significância à arquitetura moderna é a inovação, que abrange aspectos estéticos, sociais ou técnicos (PRUDON, 2008). De fato, a maior parte da produção da arquitetura moderna a ser reco-nhecida é feita de obras relevantes pelo caráter inovador quando do período da construção, mas são obras que nem sempre se destacam na paisagem das cidades contemporâneas. Seria necessário compreendê-la a partir do entendimento histórico. O reconhecimento do

1. Doutora em Desenvolvimento Urbano pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Per-nambuco. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco. Membro da Rede Conservação_BR do Centro de Estudos e Conservação Integrada.2. Nos Estados Unidos, mais de 75% das edificações existentes foram construídas após a 2ª Guerra Mundial. No Reino Unido, esse valor sobe para 80% (PRUDON, 2008, p. 158). Na evolução da rede urbana brasileira, observa-se a predominância de 12 centros que reforçam sua atuação e se mantêm como as principais cabeças de rede do sistema urbano brasileiro entre 1966 e 2007 (IBGE, 2010).

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valor olha para o objeto a partir de duas direções: quando o tempo-referência é o presente, o objeto é um elemento passado; quando é o passado, o objeto é um elemento futuro. As questões anteriormente apresentadas referem-se, todas, à primeira situação. Imaginar o contexto histórico que viu o surgimento da arquitetura moderna é exercício que contribui para o reconhecimento do seu valor e do caráter inovador que ela representou no modo de construir e conceber edifícios. O cenário característico das cidades era composto por fachadas adornadas com molduras, frisos e elementos decorativos; vãos de portas e janelas que definem limites entre interior e exterior; espaços internos segregados. Homens, paletós, chapéus. Mulheres, vestidos, sombrinhas. Nas fábricas, a máquina, a produção. Na rua, o carro. Gente, gente, muita gente para morar. Guerra3, destruição. Reconstruir; há pressa. Moléstias, salubridade. O sol, o vento. Abrir, vazar. Liberar o espaço, o intelecto. Reformular padrões sociais, formais. Transição, mudança, abertura para o novo.

O modelo existente das edificações privadas e públicas pré-modernas já não se adequava ao perfil da crescente população dos espa-ços urbanos. As indústrias direcionavam-se, cada vez mais, para uma produção em série e com menor custo. A repercussão social seria o acesso de um maior número de pessoas aos bens produzidos industrialmente. As edificações ainda continuavam com seu formato tradicional. Novos materiais e tecnologias, como o aço e os elevadores, permitem a modificação na forma de se ocupar o espaço urbano. As cidades crescem verticalmente como consequência da valorização de suas áreas centrais. Entretanto, a tecnologia, por si só, não é capaz de suscitar uma nova estética. As primeiras construções com o uso do concreto armado, por exemplo, são do final do século XIX, mas ainda revestidas por uma envoltória eclética ou art déco, e seguiram o mesmo conceito da estrutura de madeira. Vigas iam de pare-de a parede e de coluna a coluna, e a coberta, estendendo-se sobre elas, adquiria a forma de uma laje plana (GIEDION, 2004). A arqui-tetura moderna precisou da nova estética das vanguardas artísticas do início do século XX para encontrar o novo modo de conceber o espaço das edificações. Significativa foi a contribuição dos pintores cubistas, a qual ajudou a introduzir a ideia de favorecer as visadas e a superposição de imagens durante o percurso. A técnica permitiu, por exemplo, que as paredes deixassem de ser elementos portantes, e, na nova concepção espacial, elas tornaram-se planos flutuantes no espaço. Voltando à questão da conservação da arquitetura moderna, o início do século XXI depara-se com o questionamento do que deve ser preservado do passado recente para as futuras gerações e, mais ainda, de como isso deve ser preservado. Decide-se conservar um edifício porque se entende que ele tem um valor que o diferencia dos demais. O valor existe no objeto. São os atributos que carregam o valor, mas é o sujeito quem o reconhece (MUÑOZ-VIÑAS, 2005).

No âmbito global, a Unesco é a instituição que reconhece o valor dos bens culturais e os protege para que permaneçam como patri-mônio para as gerações futuras. Os bens listados pela Unesco possuem Valor Universal Excepcional (Outstanding Universal Value). Seu valor “transcende as fronteiras nacionais e se reveste de caráter inestimável para as gerações atuais e futuras” (UNESCO, 2008, § 49). A Convenção do Patrimônio Mundial enquadra esses bens na categoria de Patrimônio Cultural4.

Listar objetos para o Patrimônio Mundial é um processo complexo. “Para um patrimônio ser registrado, não apenas determinados critérios têm de ser cumpridos, mas também uma objetiva, verdadeiramente global, visão tem de ser apresentada no seu significado e importância” (OERS, 2003, p. 10). A avaliação da significância em geral requer um distanciamento temporal, e essa é uma das di-ficuldades do reconhecimento do valor da arquitetura moderna. O Brasil foi o primeiro país no mundo a implementar ações legais visando à salvaguarda da arquitetura moderna. Em 1947, foi feita a inscrição, no Livro de Tombo das Belas Artes do Iphan, da Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha, em Belo Horizonte, de Oscar Niemeyer, após quatro anos de sua inauguração. Não tardou para que outros exemplares fossem também registrados: o edifício do Ministério de Educação e Saúde, atual Palácio Capanema, no Rio de Janeiro; a Estação de Hidroaviões e o Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro; e o Catetinho e a Catedral Metropolitana de Brasília (ANDRADE et al., 2009). O objeto de um projeto de conservação é um bem cujo diagnóstico aponta, em geral, a obsolescência funcional e física. Partes do edifício permanecem, partes são retiradas (subtração) e outras adicionadas de modo que o edifício pós--conservação traga marcas do passado e novas adições que o projetem no futuro. O projeto deve responder às novas expectativas para o edifício: mudança na função, alteração nas formas de uso decorrentes de novos padrões de ocupação, legislações, requisitos tecnoló-gicos, exigência de melhoria no desempenho térmico, etc. A intervenção ocorre para resgatar, consolidar ou adicionar valores material, estético, social, de uso, etc., valores que nem sempre podem continuar existindo simultaneamente. As exigências de uso, forma e estética orientam a ação da conservação em direção à integridade, mas, em geral, ocorre uma redução da autenticidade do material (ALLAN, 2007). Conceitualmente, a ação da preservação visa retardar ao máximo o processo de decadência de uma edificação ou elemento ar-quitetônico. Entretanto, até certo ponto, os materiais demandarão uma substituição. No caso da arquitetura moderna, essa necessidade acontece em um tempo bem menor do que na arquitetura tradicional, em função do tipo de material utilizado (PRUDON, 2008).

Uma característica do século XX foi a rapidez com que as mudanças ocorreram, e isso repercutiu no uso das edificações. Uma vez que mudam as necessidades, tornam-se necessárias adequações: adequar para continuar a desempenhar a mesma função ou adequar

3. O início do século foi marcado pela 1ª Grande Guerra Mundial.4. A Convenção do Patrimônio Mundial (Artigo 1) considera Patrimônio Cultural os monumentos, os conjuntos, os locais de interesse.

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para abrigar uma nova função. O uso é um valor no Patrimônio Cultural (valor de utilização: Declaração de Amsterdã, ICOMOS, 1975). Brandi (1963), entretanto, alerta que, no projeto de conservação, ele é um meio, e não um fim. A preservação da arquitetura moderna, portanto, requer uma mudança de foco para expressões menos tangíveis. Enquanto significância, historicamente, fundamentou-se na realidade física do edifício. A significância da arquitetura moderna gravita em torno de um conceito: a intenção do projeto do arquiteto (PRUDON, 2008). A preservação de edifícios, estruturas ou sítios do período recente é muito mais do que, simplesmente, a preservação do material existente. Há, também, importância fundamental às ideias e à filosofia dos arquitetos, dos seus clientes e seus ocupantes (PRUDON, 2008, p. 4. Tradução da autora). Isso não significa que as decisões são arbitrárias. O rigor metodológico é uma condição para que se respeite o bem e este seja condutor de um processo criativo. Há referenciais teóricos e metodológicos, mas que não implicam em regras fixas. O esforço interpretativo acontece caso a caso, de modo que a intervenção não pode ser enquadrada a priori numa determinada categoria fixa (KÜHL, 2006). A decisão da conservação é resultado de um julgamento. O julgamento é uma decisão, resultado de uma avaliação (CAPLE, 2006). Avaliação é a aquisição sistemática de informações que fornecem feedback sobre um determinado objeto (TROCHIM, 2006). O procedimento se dá a partir de uma comparação, e, para tanto, faz-se necessária uma referência. Uma crítica que a autora faz ao modo como vem sendo abordada a conservação da arquitetura moderna é que se dá grande importância às características estéticas do projeto, tendo como referência o projeto na forma como foi concebido pelo arquiteto e executado. Priorizam-se a integridade dos atributos e a autenticidade da concepção projetual, com o objetivo de evidenciar os atributos mais relacionados com a imagem histórica do objeto como sendo o fator que influencia mais diretamente na sua significância. Ou seja, depende do quanto é possível se compreender e visualizar o edifício pela forma, e não tanto suas reminiscências físicas. A proposta é que o referencial para avaliação e julgamento das decisões da conservação seja um Documento de Referência, que não é apenas o projeto arquitetônico, nem apenas o que está documentado em imagens, nem somente o modo como os usuários o definem como sendo original. É resultado da interpretação da trajetória do edifício. A ação para conservação deve restabelecer a unidade potencial da obra de arte o máximo possível, sem cometer um fake e sem destruir traços da história. A reintegração deve ser reconhecida, identificada a distâncias próximas. Um questionamento no modo como intervir na arquitetura moderna é como podem distinguir-se como intervenções contemporâneas do edifício existente se muitos dos materiais ainda são os mesmos? O nível de integridade existente influenciará as ações a serem realizadas de modo a se perder o mínimo possível de autenticidade. Essa é uma recomendação geral. Por outro lado, a ação deve manter a significância, e esse pode ser o preço da autenticidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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InFluênCIA Do tIpo DE CImEnto nA CorroSão DAS ArmADurAS Em ArgAmASSAS Sob A Ação DE ClorEtoS

Figura 1 – Evoluções dos potenciais de corrosão para os três tipos de cimento utilizados.

*victor Correia de oliveira pereira e *profa. Eliana Cristina barreto monteiro

O concreto armado apresenta-se como uma das principais soluções para a construção

de estruturas. Não obstante, diversas manifesta-ções patológicas podem incidir sobre esse tipo de estrutura, ocasionando danos significativos e fre-quentes. Entre as manifestações patológicas que atuam sobre as estruturas de concreto armado, a corrosão de armaduras iniciada por íons cloretos representa o ataque mais severo e a principal cau-sa de corrosão prematura. Devido à formação de produtos expansivos no interior do concreto, a corrosão de armaduras provoca a perda da seção das barras de aço, fissuração, lascamento e desta-camento do cobrimento.

Os aspectos tecnológicos (relação água-ci-mento, distribuição granulométrica, composição química do cimento) envolvidos na produção dos concretos e das argamassas influenciam na iniciação e propagação do processo corrosivo. Entretanto, na maioria das vezes, pouca atenção é dada ao momento da especificação dos materiais a serem utilizados, sobretudo no que diz respeito à composição química do cimento. A atual nor-ma brasileira ABNT NBR 6.118:2007 (Projeto de Estruturas de Concreto) não leva em considera-ção a influência do tipo de cimento na durabilida-de das estruturas. Nesse sentido, procurou-se rea-lizar um estudo comparando o desempenho dos principais tipos de cimento existentes no merca-do da Região Nordeste (CPII-Z-32, CPIII-40 e CPIV-32) diante da corrosão ocasionada por íons cloretos. Para isso, utilizou-se o ensaio acelerado de corrosão com a aplicação da técnica eletroquí-mica de potencial de corrosão. Para a execução do ensaio, foram moldados corpos de prova pris-máticos de argamassa para cada tipo de cimento estudado, com relação água-cimento igual a 0,4 e submetidos ao período de 28 dias de cura em câmara úmida.

O ensaio de corrosão acelerada é caracteriza-do por semiciclos de secagem e umectação, con-forme Tabela 1 a seguir. A avaliação do potencial

de corrosão foi realizada ao final de cada semici-clo, conforme as zonas de probabilidade de corro-são apresentadas no gráfico.

Através da Figura 1, observa-se para as três séries, além das diferentes amplitudes de varia-ção de potencial, valores nitidamente superiores de potencial de corrosão na etapa de secagem a 50 ºC, devido à perda de água e à consequente diminuição de volume de eletrólito nos poros.

*Victor Correia de Oliveira Pereira é engenheiro civil, Mestre em Engenharia Civil pela universidade de Pernambuco, área de concentração em Construção Civil.

Nota-se também a tendência dos valores medidos na etapa de umectação de se apresen-tarem mais negativos, indicando uma maior probabilidade de corrosão. Verifica-se que a série do CPII-Z-32 adentrou na região de valores mais negativos que -350 mV após 42

SEmICíClo ConDIção DurAção

Secagem Estufa 5 diasUmectação Parcialmente submerso 2 dias

Tabela 1 – Etapas do ensaio cíclico.

*Profa. Eliana Cristina Barreto Monteiro éengenheira civil, Mestre em Estruturas pela universidade de Brasília e Doutora em Engenharia Civil pela universidade de São Paulo – uSP.

dias de ensaio (ao final do 6º ciclo). Já a série do CPIII-40 foi a que apresentou os melhores resultados, já que só passou a apresentar pro-babilidade de corrosão acima de 90% ao final do 8º ciclo (56 dias de ensaio), dois ciclos após a série do CPII-Z-32. A série do CPIV-32 foi a que ofereceu menor resistência à corrosão, uma vez que apresentou valores menores que -350 mV a partir do 4º ciclo.

De acordo com a técnica eletroquímica de potencial de corrosão aplicada no ensaio de corrosão acelerada, foi possível classificar os três cimentos utilizados em ordem crescente de desempenho, conforme segue: CPIV-32, CPII-Z-32 e CPIII-40. Conclui-se que, para aumentar a durabilidade das estruturas, deve--se especificar o cimento a ser utilizado de acordo com as condições ambientais poten-cialmente agressivas a que as mesmas estarão expostas.

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CIDADES IntElIgEntES

por Antônio Martins

por Antônio Martins Neto

A IntElIgênCIA A SErvIço DAS CIDADESPlanejamento, tecnologia e soluções ambientais melhoram a vida nas cidades e transformam o conceito de eficiência urbana, da Ásia ao Nordeste do brasil

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FoTo: SoNGdo Ibd

Ásia: a 65 quilômetros de Seul, capital da Coreia do Sul, New Songdo ocupada uma área aterrada de 53,4 quilômetros quadrados, tem 7.500 moradores e 40% do espaço destinado a parques e lagos

Uma bela casa sem muros, cercada por ruas bem pavimentadas, de

traçado funcional, calçadas perfeitas e ciclovias de primeiro mundo. Esse ce-nário ainda pode ser para poucos, mas já é realidade do litoral ao sertão do Nordeste, onde centenas de cidades e bairros planejados começam a sair do papel. Quase todos usam a tecnologia para garantir eficiência tanto no fluxo de pessoas e de automóveis quanto na utilização dos recursos naturais, como água e energia.

Só em Pernambuco, são 14 projetos de grande porte, que somam investi-mentos de 20 bilhões de reais. Destes, a Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, é o que se encontra em está-gio mais avançado. O bairro, na verdade uma série de condomínios de luxo, com hotéis, edifícios empresariais e até um shopping, já está na sua terceira etapa. Trata-se de um conjunto de 66 mansões, com preços a partir de 4 milhões de re-ais. É, por enquanto, o que há de mais concreto em Pernambuco dessa que é

uma tendência mundial: cidades e bair-ros que já nascem planejados, inteligen-tes e sustentáveis.

“Se a gente planeja uma cidade do iní-cio, a gente tem mais chances de torná--la inteligente ou de empregar soluções inteligentes”, diz Kiev Gama, engenheiro de sistemas e membro de um grupo de pesquisa criado pelo Centro de Estudos Avançados do Recife, o C.E.S.A.R., para estudar o conceito de cidade inteligente.

Foi o que fez a Coreia do Sul, que em 2005 deu início ao projeto que ficou co-nhecido como Cidade do Futuro. New Songdo, a 65 quilômetros da capital, Seul, é inteligente, conectada e susten-tável. A cidade, totalmente coberta por rede sem fio, tem avenidas, parques e edifícios monitorados em tempo inte-gral e já entrou para a história como a primeira cidade do mundo — e única até agora — a receber um certificado de sustentabilidade.

O selo Leadership in Energy and En-vironmental Design (Leed) atesta, por exemplo, que a madeira usada em toda e

qualquer construção é reciclada, que os edifícios públicos, comerciais e residen-ciais têm sistema de eficiência energéti-ca e que boa parte da água consumida em escritórios, lojas, escolas e residên-cias é reaproveitada.

New Songdo já tem 7.500 morado-res, mas ainda está em construção. Em 2005, seus 53,4 quilômetros quadrados sequer existiam no mapa territorial da Coreia do Sul. A área é um grande ater-ro — foi tomada do mar — e desde 2007 vem sendo pavimentada e urbanizada de forma a garantir que 40% dos espaços sejam abertos.

O principal deles é o Central Park, cujos canais usam água do mar, o que economiza milhares de litros de água potável por dia, e os jardins são irriga-dos com água da chuva. As precipitações são monitoradas para que o armazena-mento e o uso racional da água garan-tam a irrigação do parque mesmo em tempos secos. Além disso, foram planta-das apenas espécies que não demandam muita água.

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FoTo: dIVULGAÇão

Quarta etapa da Reserva do Paiva ocupa uma área de 41.900 m² e prevê um parque púplico integrdo à praia

Mas o principal compromisso em New Songdo é garantir conforto, quali-dade de vida e acesso à tecnologia a uma população estimada em 253 mil pessoas — e isso emitindo apenas um terço do gás carbônico lançado hoje na atmos-fera por uma cidade com o mesmo nú-mero de habitantes. Para que a meta seja cumprida, foi construída uma ciclovia de 25 quilômetros de extensão que co-necta blocos residenciais, parques, co-mércio, edifícios empresariais e prédios públicos.

Nos estacionamentos, foram insta-lados pontos de recarga para veículos elétricos e há ainda vagas especiais para os carros que poluírem menos. “O que a gente percebe é que a intenção do gover-no é trabalhar com o design enraizado nessa nova filosofia,” analisa a professo-ra Ana Paula Perfetto Demarchi, do De-partamento de Design da Universidade Estadual de Londrina.

A pesquisadora visitou New Songdo no final do ano 2009, depois de parti-cipar de uma conferência de design

na Coreia do Sul, e saiu impressio-nada com a rapidez com que a cida-de vinha sendo levantada. “Eles têm uma meta e vão construindo colabo-rativamente para cumpri-la”, observa.

Negócios

A pressa dos coreanos é proporcional às divisas que a nova cidade pode tra-zer ao país. New Songdo está inserida num projeto maior, que envolve outros dois distritos econômicos localizados no município de Incheon, na Grande Seul: o centro de logística de Yeongjong e o centro cultural e de entretenimento de Cheongna. As três zonas formam um hub de negócios com foco no mercado asiático e não por acaso estão a 15 minu-tos de distância do Aeroporto Interna-cional de Incheon — um dos principais da Ásia e considerado um dos melhores do mundo.

“O projeto tem como objetivo trazer investimento estrangeiro direto para Songdo, uma cidade que foi construída

para atrair especialistas e companhias para a Coreia”, diz o professor Jorge Nel-son, diretor-geral da Chadwick Inter-national School. A unidade vai abrir as portas no mês que vem para os primei-ros 2.080 alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Setenta por cento são estrangeiros; e o restante, coreanos. “Eu penso que eles começaram com essa es-cola porque a melhor maneira de trazer especialistas de outras partes do mundo é oferecer uma escola internacional que possa atender às necessidades de suas famílias.”

Combinar educação, tecnologia de ponta e comunicação com o mundo é a missão de New Songdo, que terá três universidades e um parque tecnológico. Na escola do professor Jorge Nelson, por exemplo, equipamentos de teleconfe-rência foram instalados em quase todas as salas, até nas de Educação Infantil. “A Cisco também está instalando uma ver-são menor nos apartamentos de Songdo City, de forma que as famílias possam acompanhar os benefícios desse tipo

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FoTo

: SoN

Gd

o Ibd

Centro de Convenções de New Songdo. A construção da cidade deve ser concluída em 2015 e consumir cerca de 35 bilhões de investimentos.

de tecnologia não só numa instituição, num nível educacional, mas também num nível familiar, pois este pode ser o telefone da nova geração”, diz Andrius Valadka, um dos diretores da Chadwi-ck International School.

A ideia é que os pais possam fa-lar com professores e também com médicos e outros serviços públicos

oferecidos na cidade sem precisar sair de casa. Também nos apartamentos, monitores com telas sensíveis ao toque vão permitir que o morador controle a temperatura e a luminosidade dos apartamentos. As portas poderão ser trancadas e destrancadas por um co-mando no celular ou com um cartão de crédito, que vai substituir ainda a

carteira de identidade. A construção de New Songdo deve ser concluída em 2015 e consumir investimentos da or-dem de 35 bilhões de dólares, tendo à frente a Gale International, do em-presário norte-americano Stan Gale.

antigas

O surgimento das cidades ecoin-teligentes tem tornado ainda mais evidente a precariedade das cidades comuns, que cresceram de forma or-gânica, e não a partir de um plano. Mas até estas podem se beneficiar dos avanços da tecnologia e da informáti-ca, desafio sobre o qual se debruçam os pesquisadores do C.E.S.A.R. “No caso de cidades que já foram criadas e foram crescendo sem planejamento, a gente pode melhorar a qualidade de vida delas usando a tecnologia”, diz Kiev Gama. “A tecnologia seria só um meio para atingir esses objetivos, mas isso envolve uma mudança cultural das pessoas para tornar as cidades mais inteligentes.”

E essa cultura já começa a mudar em cidades seculares, como o Rio de Janeiro, onde a prefeitura liberou o acesso do cidadão comum aos dados sobre trânsito, saúde e educação e lançou um concurso para estimular a criação de aplicativos para celulares e tablets que trouxessem soluções para os problemas da cidade.

Mais de 50 propostas foram clas-sificadas, desde alertas de chuvas e inundações até serviços para informar onde encontrar vagas em unidades da rede pública de saúde de acordo com localização e especialidade. O aplicati-vo Buus, que informa sobre lotação e atraso dos ônibus, ganhou o primeiro lugar. “Eu sempre fui usuário e sempre desejei ter mais informações acerca dos ônibus, principalmente nos horá-rios mais escassos, à noite e de madru-gada”, diz André Ikeda, criador do apli-cativo, numa prova de que a verdadeira inteligência das cidades está na capaci-dade dos moradores de transformar os problemas em soluções.

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interiores

por daniel Vilarouca

Em plena Conde da Boa Vista, uma das avenidas mais movimentadas do Re-

cife, está um casario do século XIX que já foi residência, maternidade e hospital psi-quiátrico. Foi nessa construção ímpar que a Casa Cor Pernambuco realizou sua 16º edi-ção. Com 34 espaços planejados, o evento surpreendeu, mais uma vez, por apresentar ambientes que adéquam o moderno design à arquitetura clássica.

Um conjunto de renomados arquitetos pernambucanos foi convidado para projetar os ambientes que compuseram a 16ª edição da Casa Cor Pernambuco. Para produzir o efeito desejado por esses profissionais, a diretoria do evento promoveu importantes parcerias com empresas de revestimento.

O resultado pôde ser visto, por exem-plo, no espaço-café da Casa Cor, localiza-do na terceira casa da exposição. Proje-tado pelos arquitetos Fred Mota, Renata Berenguer e Roberta Gama, em parceria com a Studio Revest, o espaço contou com revestimento ciszer stone na textu-ra croco, que tem um efeito de couro e é mais resistente que o mármore, chão de porcelanato cimentício, painel usinado de MDF, fibras vegetais e papelão para compor o teto sustentável, com tecnolo-gia para absorção de som. Para compor e trazer glamour ao ambiente, manequim de pastilha de vidro italiana. Tendências antenadas com a sustentabilidade, uma preocupação dos projetos arquitetônicos atuais.

Na sala de almoço da segunda casa, foi utilizado o revestimento 3-D da Refinare, com efeito de isopor prensado, que dá um ar futurista ao ambiente, além de ser prá-tico, leve e fácil de aplicar. O espaço foi pensado pela arquiteta Gabriela Alencar.

ExpoSIção AntECIpA tEnDênCIAS Em rEvEStImEnto

Já na champanheria, de Danielle Gue-des, Raissa Jucene, Francisco Lira, Daniella Luna e Carina Berardo, há uma mistura do rústico com o moderno; do tijolo aparen-te que recepciona os visitantes às surpresas das pastilhas que produzem um efeito 3-D na parede e à pista de dança, que faz alu-são à moda através das pastilhas de vidro douradas.

“As pessoas que visitam a Casa Cor saem encantadas com tantas possibilidades de tex-tura, cor e forma. Esta é sem dúvida a oportu-nidade ideal para quem pensa em construir ou reformar com os melhores produtos, que dão o efeito desejado e garantem sofisticação aos espaços”, comenta Danielle Guedes.

O casario histórico — formado por um conjunto de três chalés, o casario do século XIX — que abrigou a Casa Cor Pernambuco

2012 foi projetado para ser a residência do primeiro médico oftalmologista de Pernam-buco. Em seguida, foi uma das primeiras ma-ternidades do Estado e, por fim, o Instituto de Psiquiatria Luiz Inácio, que funcionou até meados de 2010. Desde então, pertencem à construtora Conic, empresa pernambucana dona do terreno e parceira da mostra nesta edição.

A construção acaba de ser incluída na lista do Imóveis Especiais de Preservação do Reci-fe e, segundo a Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Cidade, há registros fotográficos do local que datam de 1904. As edificações são consideradas um marco da arquitetura eclética pela influência de vários estilos e por seus suntuosos jardins, que dei-xaram de existir com a expansão da Avenida Conde da Boa Vista.

A sala de almoço, projetada por Gabriela Alencar, utilizou revestimento com efeito de isopor prensado para dar um estilo futurista ao ambiente. O material é prático, leve e fácil de usar

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com o tema Moda, Estilo e Tecnologia, a 16ª edição da Casa Cor Pernambuco sugere o uso de materiais resistentes no revestimento de ambientes planejados

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interiores

por daniel Vilarouca

Funcionalidade foi a palavra de ordem nos 44 ambientes projetados para a

Casa Cor Rio Grande do Norte este ano. Unir tecnologia ao conforto do lar ditou a elaboração dos espaços pensados pelos 76 arquitetos convidados para participar da mostra. Com isso, a implantação dos sistemas de automação foi destaque na exposição, levando dois dos cinco prê-mios oferecidos pelo evento.

Sistemas de automação podem ser aplicados a qualquer ambiente do lar. Com ele, a casa ganha mais espaço e fun-cionalidade, uma vez que a maioria dos equipamentos eletrônicos fica invisível e controlável por um único aparelho, que pode ser um tablet ou um smartphone. Nesse sentido, uma das novidades apre-sentadas pela Casa Cor RN foi a TV-es-pelho, uma tecnologia em que a televisão ultrafina ganha o reflexo de um espelho enquanto está desligada.

A tecnologia, que varia entre 22 e 55 polegadas, foi apresentada pela THS Automação, que aplicou projetos de in-tegração de sistemas eletrônicos em cin-co ambientes da exposição. Dois desses espaços conquistaram os prêmios de Melhor Ambiente Público e Melhor Am-biente da Casa Cor. O primeiro para um banheiro público feminino e o segundo para o Hall Casa Cor.

O banheiro público feminino trouxe, além da TV-espelho, um sistema de som ambiente que, através de um pequeno painel de 4 x 4 cm, pode receber arquivos de pen drive, cartão de memória e apa-relho celular. No Hall Casa Cor, foi fei-ta toda a automação do sistema de som para que ele ficasse invisível e unificado por todo o ambiente.

AutomAção DE AmbIEntES É DEStAQuE nA CASA Cor rnTecnologia integra sistemas eletrônicos do lar e permite comandá-los, mesmo a distância, a partir de um tablet ou um smartphone

“Além desses, ainda apresentamos ou-tros três ambientes em que aplicamos a automação em toda a parte de ilumina-ção, controle do ar-condicionado e corti-nas, por exemplo”, comenta o proprietário da THS, Fábio Rodrigues. Segundo ele, a grande vantagem em escolher o sistema de automação é poder controlá-lo a partir de um único aparelho e a distância.

“Todo o controle da automação pode ser feita de maneira interna ou externa. No segundo caso, o cliente pode acompa-nhar todo o movimento da casa pela in-ternet, programar uma música ambiente no horário do despertar, ligar e desligar os aparelhos à distância ou mesmo abrir e fechar”, afirma Fábio Rodrigues.

A sustentabilidade também esteve pre-sente nos ambientes da Casa Cor RN.

O desafio de utilizar produtos reciclá-veis ou ecologicamente corretos foi pro-posto para os arquitetos envolvidos no evento. “Espaços ecologicamente corretos, com redução de consumo de água e resí-duos, jardins verticais, além de móveis e revestimentos com madeira de demolição, têm se tornado itens de desejo de quem aprecia arquitetura e decoração”, ressaltou César Revorêdo, um dos franqueados da Casa Cor no Rio Grande do Norte.

Em 47 dias de funcionamento, o evento ofereceu oportunidades e visibilidade para profissionais e fornecedores, além da geração de 1.500 empregos diretos e indiretos. “Durante toda a mostra, a CasaCor RN recebeu mais de 30.000 visitantes”, comemorou a franqueada Nereide Figueiredo.

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O banheiro feminino ganhou mais conforto e luxo com a TV-espelho e som ambiente que pode receber arquivos externos de pen drive, celular e cartão de memória. Tudo controlado por um sistema de automação

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ricardo Castro

nAtuZZI group Grupo de arquitetos e lojistas paraibanos visitam a Natuzzi Group na Bahia

A poderosíssima Natuzzi Group, através da loja Espaço A, de João Pessoa, convidou o grupo do Circuito AD, que estava em Salvador (BA), para visitar uma de suas unidades no Brasil. A fábrica baiana é líder em mobiliário e sua unidade abastece pontos de venda no Brasil e outros países da América do Sul. Atualmente, a Natuzzi está presente em 293 lojas e 366 galerias no mundo, e sua fábrica na Itália é a maior produtora de sofás de couro, com um padrão de qualidade ímpar. Na ocasião, aconteceu também o 2º Congresso de Vendas da Natuzzi Group, evento que reuniu empresas parceiras de todo o Brasil, além de arquitetos de renome nacional, e que inclui o lançamento no mercado brasileiro da principal marca do Grupo, a Natuzzi Italia.

turQuoISE CollECtIon As arquitetas Débora Julinda, Zorilda Roque e Marta Lins no lançamento da Turquoise A noite da quarta-feira 10 de outubro foi marcada por um luxuoso lançamento na loja Adroaldo Tapetes e Carpetes do Mundo, em João Pessoa. O gerente, Roberto Lopes, e Adroaldo Henrique Carneiro reuniram um seleto grupo de arquitetos e decoradores de João Pessoa para lançar a linha de tapetes cinco-estrelas Turquoise Collection. Os tapetes, apresentados na ocasião, são feitos com fios de seda e lã extrafina trazidos da Nova Zelândia. São verdadeiras preciosidades, pois a coleção é exclusiva no Brasil.

b&m IlumInAção Christiane Vitalino, Alain Moszkowicz, Vivianne Sanguinetti e Juliana Dantas

A loja B&M Iluminação, em João Pessoa, promoveu um coquetel balada para apresentação de suas novas luminárias, que estão expostas no amplo showroom da loja. A B&M Iluminação, administrada pelo jovem casal Leonardo e Juliana Dantas, é uma das excelentes referências no mercado de iluminação da Paraíba. O evento teve coordenação de Rafaela Trindade, do Galpão Club — associação de incentivo a lojas e profissionais de decoração e arquitetura de João Pessoa.

CASA Cor bAhIA 2012 Arquitetos, decoradores e lojistas paraibanos na Casa Cor Bahia 2012

Considerada uma das melhores mostras de decoração do Brasil, a 18ª edição da Casa Cor Bahia, que aconteceu no Salvador Praia Hotel, no bairro de Ondina, continua firme, forte e fazendo jus à sua fama reunindo os trabalhos dos melhores arquitetos e decoradores do Estado. Os arquitetos que viajaram com o Circuito AD — grupo de lojistas e arquitetos da Paraíba — puderam conferir de perto todas as novidades da mostra, que este ano teve como tema Moda, estilo e tecnologia. Foram 45 ambientes com trabalhos de 68 profissionais, entre arquitetos, designers de interiores, paisagistas e decoradores.

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movimento em João Pessoa

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CorrEDorES vIárIoS mElhorAm InFrAEStruturA DAS CIDADESconstrução dos corredores Norte-Sul e Leste-oeste em Pernambuco diminuem tempo de deslocamento e contribuem para a qualidade de vida

por daniel Vilarouca

Pernambuco é o estado que mais cresce no Brasil atualmente. Esse

boom de desenvolvimento faz com que o Governo do Estado invista na infraes-trutura das cidades para receber novos empreendimentos.

A construção dos corredores viários Norte-Sul e Leste-Oeste é um exemplo dessas iniciativas. Juntos, eles prometem mudar a vida de quem precisa se deslocar entre os municípios da Região Metropo-litana. O projeto, encabeçado pela Se-cretaria das Cidades de Pernambuco em

parceria com o Governo Federal, investe R$ 196 milhões na construção de 45,7 km de corredor viário. A infraestrutura é a mesma empregada em lugares como Bo-gotá (Colômbia), Johannesburgo (África do Sul) e Curitiba (Brasil). Cria corredo-res exclusivos para ônibus e promove me-lhorias nas faixas de trânsito.

As obras já estão em curso e podem ser observadas na Avenida Caxangá, zona oeste do Recife, com a substituição das velhas paradas de ônibus por 22 estações elevadas, que abrigarão os passageiros

enquanto aguardam por seu coletivo. A construção do Corredor Leste-Oeste está a cargo das empresas consorciadas Mendes Júnior-Servix, com o orçamento de R$ 145 milhões.

Já os serviços no Corredor Norte-Sul estão sob responsabilidade do consórcio Emsa-Aterpa, ao custo de R$ 151 milhões. Nele, serão instaladas 33 estações eleva-das, estruturas de concreto e metal cons-truídas no mesmo nível dos ônibus para que não haja acidentes nem transtornos na hora de entrar no veículo.

Projeto do Corredor Norte-Sul irá beneficiar cinco cidades.

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infraestrutura

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agilidade e tempo de locomoção

Ao entrar numa dessas 55 estações, o passageiro pagará a tarifa referente ao coletivo que irá tomar. Dessa forma, ele aguarda apenas pelo embarque. O Corre-dor Leste-Oeste ligará a Praça do Derby, no centro do Recife, ao Terminal Integra-do de Camaragibe, município vizinho.

O Norte-Sul atenderá às cidades de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e do Recife. O objetivo é ligar o Termi-nal Integrado de Igarassu ao Terminal da Joana Bezerra, no Recife. Ao passar pelo Complexo de Salgadinho, em Olinda, um ramal do Corredor seguirá pela Avenida Cruz Cabugá até a Estação Central do Metrô.

“Para percorrer, por exemplo, os 33km de extensão do Corredor Norte-Sul, os usuários terão um ganho de 15 minutos em cada viagem, o que significa que o trabalhador terá economizado meio dia (12h) de seu tempo ao final de cada mês. Já os usuários do Corredor Leste-Oeste, terão um ganho ainda maior: cerca de 30 minutos em cada viagem, o que significa que o trabalhador terá economizado um dia de seu tempo ao final de cada mês”, ar-gumenta o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

Economia e qualidade de vida

O professor da Universidade Federal de Pernambuco e Doutor Engenheiro em Mo-bilidade Urbana Oswaldo Lima Neto aponta a construção de corredores viários como a solução para o trânsito nas grandes cidades. “A quantidade de carros na Região Metro-politana do Recife cresce, em média, 9% ao ano. Em oito anos, teremos uma frota de, aproximadamente, 1 milhão de veículos cir-culando pelas ruas. Se não fizéssemos uma obra como esta, é certo que o nosso trânsito pararia”, afirma.

De acordo com ele, isso mexe também com a economia do Estado. Oswaldo Lima Neto cita o exemplo de empresas situadas no município de Jaboatão dos Guararapes que, com transporte próprio, buscam e levam seus

funcionários em casa para diferentes turnos de trabalho. “Já aconteceu, várias vezes, de esses funcionários não conseguirem chegar a tempo para o seu turno normal de trabalho, mesmo no ônibus da empresa, por conta dos engarrafamentos. Qual a companhia que vai querer se instalar num estado que não apre-senta melhoras para essa situação?”, alerta. O especialista lembra ainda que investir na

infraestrutura das cidades e promover a mo-bilidade urbana aumenta a qualidade de vida de seus habitantes. Para o professor, as pesso-as ficam muito mais estressadas no trânsito e até deixam de sair de casa quando pensam nas dificuldades que irão enfrentar nas ruas. “Mas isso envolve não só o trânsito. É preci-so fazer mais ciclovias, melhorar as calçadas, entre outras ações”, finaliza.

Acima, viadutos marcam percurso do Corredor Norte-Sul. Abaixo, as velhas paradas de ônibus já começam a ser substituídas por estações elevadas no Corredor Leste-Oeste

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infraestrutura

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construir direito

tiago Andrade lima*

A ImportânCIA Do EvA noS EmprEEnDImEntoS ImobIlIárIoS

Comumente, o empreendedor, ao ini-ciar o processo de aquisição de uma

gleba, restringe sua análise jurídica, em sín-tese, à situação de regularidade do imóvel e dos seus débitos vinculados, bem como de seu proprietário, e, posteriormente, ana-lisa as questões urbanísticas. As restrições previstas nas normas ambientais, nesse momento, não são consideradas. Ou seja, a segurança jurídica e a viabilidade empre-sarial do processo de compra de uma por-ção de terra se sustentam na análise docu-mental a respeito da propriedade do bem somada à análise de débitos civis e tributá-rios, culminando numa análise das leis de uso e ocupação do solo, do plano diretor e dos demais instrumentos de planejamento territorial.

Em regra, somente após a anuência do projeto pelo município, quando se encon-tra apto a requerer o licenciamento am-biental, o empreendimento passa a sofrer adequações decorrentes das restrições le-gais de caráter ambiental, retardando, por consequência, o conhecimento prévio so-bre o real potencial construtivo da porção de terra adquirida. Desse modo, somente após a aquisição do imóvel, a aprovação do projeto junto ao município e o pedido de licenciamento ambiental, o empreendedor toma ciência dos gravames ambientais im-postos ao empreendimento.

Trata-se de um risco desmedido a que se encontra submetido o adquirente, na medida em que o potencial construtivo do empreendimento, que já sofre restrições de ordem urbanística, poderá ser submetido a novas limitações ambientais.

Para tanto, os grandes empreendedores, no intuito de realizar um planejamento adequado do empreendimento, vêm se uti-lizando do Estudo de Viabilidade Ambien-tal – EVA, no afã de previamente conhe-cer as limitações normativas ambientais

impostas à propriedade e ao seu entorno, buscar uma alternativa locacional mais adequada e ainda adquirir subsídios para a análise do Valor Geral de Venda – VGV, do negócio.

Nesse ínterim, vários são os impactos decorrentes das normas ambientais sobre um empreendimento, sendo estes, por-tanto, o objeto de análise do EVA. O novo Código Florestal brasileiro – Lei Federal nº 12.727/2012, por exemplo, considerou como critério de reflorestamento nas mar-gens dos cursos de água, o tamanho da pro-priedade, ficando, dessa forma, as grandes propriedades com uma maior responsabili-dade ambiental. Em se tratando de proprie-dade rural, o artigo 12 da Lei supracitada,

manteve a obrigação de manutenção da área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal.

Ademais, a legislação brasileira instituiu ainda o Sistema Nacional de Unidades de Conservação — Lei Federal nº 9.985/2000 — que regulamenta os usos em áreas locali-zadas em Unidades de Conservação ou no

seu entorno, criando restrições que afetam sobremaneira o adquirente de uma gleba localizada na região.

Importante ressaltar, também, que a competência concorrente para legislar em matéria ambiental atribuída pela Consti-tuição da República concedeu a prerroga-tiva a estados e municípios para editarem suas normas ambientais, sempre de forma mais restritiva e favorável ao meio ambien-te, outorgando, dessa forma, ainda mais obrigações ambientais ao empreendedor, reforçando cada vez mais a necessidade do EVA.

Assim, antes de realizar o negócio jurí-dico, é de suma importância que o pretenso comprador observe se, na alternativa loca-cional proposta para o empreendimento e o seu entorno, existem restrições legais de ordem ambiental a exemplo de fauna ame-açada de extinção, passivos ambientais e cursos de água.

Tais análises são primordiais para a constatação do potencial construtivo do terreno, uma vez que criam restrições que podem inclusive inviabilizar o projeto pro-posto para a localidade.

Dessa forma, a incorporação do EVA à fase de planejamento de um processo de aquisição de grandes áreas e de viabilização de empreendimentos poderá representar um diferencial significativo para minimi-zar os riscos de insucesso do negócio, do-tando o empreendedor dos conhecimentos necessários à tomada de decisão.

*Tiago Andrade Lima é especialista em Di-reito Ambiental, Mestre em Tecnologia Am-biental e titular da área de Direito Ambien-tal da Queiroz Cavalcanti Advocacia.

Vários são os impactos decorrentes das normas ambientais sobre um empreendimento

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TECNOLOGIA

Por daniel Vilarouca

Vitor Almeida, diretor da T&A, comemora o crescimento das vendas nos últimos anos

Sinônimos de rapidez e economia na execução de uma obra, os pré-fabrica-

dos de concreto vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado da construção civil. O que era uma alternativa passou a ser uma opção de destaque quando em-presas de grande porte se especializaram na fabricação desses produtos. Hoje, o Nordeste apresenta projetos arrojados na área da construção civil em que os pré-fabricados estão presentes na qua-se totalidade dos serviços. Atualmente, ao desenvolver um projeto e optar pela utilização de pré-fabricados, o arquite-to escolhe não só otimizar o tempo de trabalho na obra, mas também dimi-nuir o risco de acidentes, a produção de

resíduos, o espaço do canteiro de obras e, claro, os custos com o serviço. “É possível ainda programar cada etapa da constru-ção, uma vez que as vigas e demais peças chegam prontas para montagem”, afirma Bruno Veloso, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Pernambuco – Sinprocim-PE. Todas as estruturas pré-fabricadas são produzidas fora do canteiro de obras. Isso elimina o uso de escoramentos e os gastos com possíveis excessos ou o desperdício de material na construção. Sem contar que os pré-fabricados passam por um processo de rastreabilidade. Ou seja, ao sair da fábrica, a peça é nomeada. Logo, se o cliente encontrar algum problema na

pré-FAbricAdos AcelerAm obrAS no norDEStEEscassez de mão de obra especializada fez com que empresas investissem na fabricação de estruturas pré-fabricadas de cimento, que chegam aos canteiros prontas para montagem

estrutura, é possível identificar o seu his-tórico técnico.

Segundo Bruno Veloso, a falta de mão de obra qualificada para a construção ci-vil foi um dos fatores que impulsionaram o uso da tecnologia no Nordeste. Pensan-do nisso, duas empresas investiram forte na produção dessas estruturas, suprindo as necessidades da Região e alavancando o mercado. Bruno Veloso aponta a T&A Pré-fabricados e a Pernambuco Industrial como responsáveis por essa mudança.

“Antigamente, via-se muito o pré-mol-dado na construção de viadutos e edifí-cios-garagem. Mas a chegada da T&A e da Pernambuco Industrial fez com que esses projetos se expandissem para shoppings e estádios de futebol”, comenta o presidente do Sinprocim-PE.

ajudando a construir um mercado

Há 16 anos trabalhando na produção de pré-fabricados, a T&A está presente em cerca de 23 obras por todo o Nor-deste e no Estado de São Paulo. Com quatro unidades industriais (Ceará, Per-nambuco, Bahia e São Paulo), a empresa tem uma capacidade de produção média de 22 mil m³ de concreto por mês e seu percentual de vendas teve um crescimen-to de 30% nos últimos anos. “A T&A tem investido bastante no controle de qualida-de do concreto através de estudos quanto ao insumo, e feito constantes ampliações em suas linhas de produção para aumen-tar a sua capacidade e atender a novas obras de grande porte”, comenta o diretor da empresa, Vitor Almeida. Ele cita, por

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TECNOLOGIA

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Com a utilização de pré-fabricados, o Shopping RioMar (em Pernambuco) teve seu tempo de construção reduzido em pelo menos 30%

exemplo, que aumentou a capacidade produtiva da indústria da Bahia quan-do produziu a estrutura da Arena Fonte Nova, em Salvador, e do parque fabril de Pernambuco, para a construção do Shopping RioMar, no Recife. Este último teve o seu tempo de construção reduzido em, pelo menos, 30% graças ao uso dos pré-fabricados de concreto.

“Também temos investido na capa-citação de nossa equipe, com cursos de Gestão, Liderança e até mesmo de Alfa-betização para funcionários do setor de Produção. Investir em capacitação, aliás, é uma grande característica da nossa em-presa”, destaca. Mais nova no mercado de pré-fabricados, a Pernambuco Industrial já chega com larga capacidade de pro-dução. Inaugurada em julho deste ano e ancorada em Suape, a empresa faz parte do grupo Pernambuco Construtora e vem recebendo a demanda de Pernambuco e estados vizinhos. Com isso, já opera com 40% da sua capacidade total e produz, sozinha, 4 mil m³ de concreto por mês.

Para o diretor da Pernambuco Industrial, Alexandre Wanderley, essa capacidade de produção deve duplicar no primeiro se-mestre do próximo ano para atender esta-dos como Alagoas, Sergipe e Paraíba. “O pré-fabricado industrializa o processo da

construção civil e elimina uma série de fa-tores que comprometem o andamento da obra. Sem contar que torna a construção sustentável, pois todas as estruturas de concreto são produzidas fora do canteiro de obras”, conclui.

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Peças de até 12m, são transportadas em carretas menores

O uso de pré-fabricados de con-creto tem se consolidado nos can-teiros de obras de todo o Brasil. Es-pecialmente, na Região Nordeste, onde o mercado da construção civil se encontra em franca expansão. Essa tecnologia tem ajudado a ace-lerar serviços, como a edif icação de estádios de futebol e shopping centers. Mas todo o processo que assegura a ef iciência e a economia características dessas estruturas começa ainda na fábrica.

Durante o processo de produ-ção dos pré-fabricados, cada peça é numerada e nomeada com uma eti-queta, o que identif ica os detalhes da sua fabricação. Ou seja, todos os elementos empregados no seu preparo, como o cimento e o tipo de ferro que compõem a estrutura,

são facilmente identif icados atra-vés dessa etiqueta. É uma forma de rastrear cada peça e, caso alguma delas apresente defeito, será pos-sível corrigir a falha na linha de produção.

“A principal falha que temos per-cebido é no acabamento do concre-to. A indústria tem investido cada vez mais para melhorar a tecnolo-gia do concreto para ter um acaba-mento melhor com menos mão de obra e menos custo”, comenta o di-retor da T&A Pré-fabricados, Vitor Almeida.

Ao sair da indústria, as estru-turas pré-fabricadas são transpor-tadas até o canteiro de obras por caminhões de grande porte, pois as peças apresentam diferentes ta-manhos — de 12 a 40 metros. Cada

estrutura é projetada levando em conta a maneira de se transportar. As peças de até 12 m são levadas até o canteiro de obras em carretas; até 24 m, uma carreta extensiva carre-ga o material ao seu destino; a par-tir daí até 40 m é utilizado um ca-minhão do tipo dolly. O transporte de pré-fabricados com um peso superior a 40 toneladas é feito com veículos que usam a linha de eixo.

Uma vez no canteiro de obras, a montagem das peças é feita por um profissional qualif icado e treinado para o serviço, geralmente da em-presa fabricante das estruturas. “É necessário ter experiência, cuidado no trabalho em alturas e ser muito atento para não montar o pré-fabri-cado no lugar errado”, f inaliza Vi-tor Almeida.

Rígido controle de qualidade

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por Patrícia Felix

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mAnutEnção prEDIAlPara deixar o prédio em ordem, condôminos, síndico, empresas de manutenção e construtora precisam estar de braços dados

Manutenção predial é um tema que vem sendo bastante discutido não

só entre os que lidam diretamente com a construção civil, mas também entre sín-dicos e condôminos. A conscientização em relação à sua importância é essencial, principalmente quando o assunto é segu-rança. Partindo do princípio de que man-ter significa, principalmente, garantir a funcionalidade do condomínio, o que fazer quando não se sabe como realizar as di-versas demandas de conservação que um prédio exige?

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, expõe, na NBR 5.674, de uma forma geral, a necessidade de se realizar a constante manutenção de qual-quer construção, de forma a prolongar sua vida útil e evitar custos com reparações ou construções de novas edificações.

Mas onde encontrar informações para gerenciar os nossos prédios? Foi através

A engenheira civil Ana Karina Lessa, que já trabalhou com manutenção predial, escreveu um livro sobre o tema

desse questionamento que Ana Karina Lessa, engenheira civil e especialista em gestão empresarial na construção civil, re-solveu escrever o livro Gestão da Manuten-ção Predial em parceria com o engenheiro mecânico Hebert Souza.

De acordo com Karina, uma questão importante é a atenção à contratação de profissionais para realizar o serviço de manutenção. É preciso analisar e buscar empresas qualificadas. A engenheira des-taca que é primordial conhecer o prédio de forma geral e os equipamentos instalados nele. “A partir do momento em que se pas-sa a observar as estruturas do prédio, en-tende-se as suas necessidades para projetar um plano de manutenção anual eficiente”, diz. Esse ponto é importante para que as despesas com conservação estejam previs-tas nos custos gerais do condomínio.

Inicialmente, é necessário entender o conceito de manutenção em dois tipos:

preventiva — realizada com planejamen-to — e corretiva — executada apenas quando o aparelho apresenta defeito. Verena Pinheiro, diretora da empresa de manutenção predial BN Service, explica que a manutenção preventiva é necessá-ria para que a corretiva seja evitada. “A maioria dos condomínios prefere fazer a manutenção apenas quando algo deixa de funcionar, achando que, assim, estará economizando. É a chamada economia falha. Você acaba gastando muito mais quando o aparelho precisa ser trocado”, diz.

É importante ressaltar a responsabi-lidade do síndico em relação ao tema. Caso a carência de manutenção dê ori-gem à aparição de vícios ou defeitos na edificação, ele pode ser responsabilizado por negligência e falta de cuidado. “Isso não quer dizer que o morador deva ser omisso em relação ao dever de conserva-ção das áreas comuns da edificação. Na verdade, o próprio Código Civil estabe-lece, em seu art. 1.336, II, que é vedado ao condômino, por exemplo, realizar obras que comprometam a segurança da edificação”, explica o advogado Rafael Accioly.

Carlos Paixão, síndico há três anos, diz que a fiscalização é essencial para que os problemas sejam evitados. Ele conta que o condomínio possui contrato com três empresas que fazem a prevenção pla-nejada da manutenção. “É como um car-ro: as revisões são feitas periodicamente. Percebendo algo diferente, o profissional responsável pelo serviço é acionado. Es-tou sempre checando para que não haja problemas. É importante que os condô-minos recebam retorno e o imóvel conti-nue valorizado”, explica.

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como se faz

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o que diz a legislação:

• O prazo para o adquirente solicitar da construtora a reparação de eventuais vícios do empreendimento varia de acor-do com a classificação destes: a) vício que compromete a segurança, solidez e habi-tabilidade: cinco anos de garantia a partir da entrega da obra (art. 618 do Código Civil); b) vício redibitório, que torna a coisa imprópria para o fim desejado ou diminui o seu valor: um ano para plei-tear rescisão do contrato ou indenização pela desvalorização do imóvel (art. 445 do Código Civil); e c) vício decorren-te da falta de qualidade dos produtos

ChECKlISt DE mAnutEnção prEvEntIvA

EstruturaÉ importante fazer vistorias anuais no prédio. Qualquer reforma que implique em derrubada de paredes, alterações estruturais ou aumento de carga deve ser acompanhada por especialista. Atenção para evitar infiltrações.

Instalações elétricas

A cada seis meses, verificar as condições do sistema de aterramento. O quadro de força deve ser mantido lacrado. Disjuntores devem estar identificados. Verificar nos disjuntores se há aquecimento nos fios ou mau contato e controlar para evitar cabos descascados, pó e umidade. Uma empresa especializada deve verificar se o sistema elétrico do prédio está bem dimensionado para evitar sobrecarga elétrica.

Instalações hidráulicas

BOMBAS – Atenção à existência de duas bombas para revezamento, mantendo as duas em funcionamento. É importante manter um contrato de manutenção com empresa idônea, que garanta pronto-atendimento, e ficar atento a qualquer ruído anormal no funcionamento da bomba.TUBULAÇÕES – Verificação constante e reparos de vazamentos devido a ruptura ou corrosão.

Monitoramento de água potável Realizar limpeza dos reservatórios (caixas-d’água a cada seis meses), sendo obrigatória a limpeza anual.

Sistema de gás Acompanhar o consumo, pois mudanças bruscas podem representar sinal de vazamento. Anualmente, um técnico ou uma empresa habilitada deve verificar todo o sistema.

Elevadores

O condomínio é obrigado a ter uma empresa responsável pelos elevadores, geralmente com contrato mensal de manutenção. É necessária a emissão do Relatório de Inspeção Anual – RIA, dos elevadores, com anotação de responsabilidade técnica do engenheiro responsável. Deve ter, em mãos, o livro de ocorrência para elevadores, onde são registradas as informações referentes ao funcionamento do equipamento.

Equipamentos de combate a incêndioInspeção dos para-raios e da luz-piloto. Hidrantes e extintores devem ser carregados e revisados anualmente. Verificar o fechamento, a regulagem e a existência do selo do fabricante das portas corta-fogo. Verificação de iluminação de emergência.

Equipamentos de esporte e lazer

PISCINA – Atenção ao controle de qualidade da água e à manutenção dos equipamentos (filtros, bomba). PARQUES INFANTIS – Verificar constantemente se há farpas, ferrugem ou peças soltas nos brinquedos. Antes e após as férias escolares, recomenda-se uma inspeção mais detalhada e serviços de recuperação e manutenção. EQUIPAMENTOS DE LAZER – Lubrificação, ajustes, apertos de conexões e constante verificação dos equipamentos dos salões de jogos, ginástica, festas, quadra, campinhos, entre outros.

empregados na obra: prazo de 90 dias para pleitear a reparação, a contar do aparecimento do defeito ou da entrega do imóvel (art. 26, II, do Código de Defesa do Consumidor).

• Se não forem observadas as regras básicas de manutenção, o proprietário pode perder seu direito de garantia/re-paração dos vícios, sobretudo se ficar evidente que o risco decorre da não re-alização das medidas necessárias para a conservação da construção.

• Nos condomínios, a manutenção da parte comum cabe ao síndico (art. 1.348,

V, do Código Civil). Caso a carência de manutenção dê origem à aparição de vícios ou defeitos na edificação, poderá, ele, vir a ser responsabilizado por sua ne-gligência e falta de cuidado.

• O condômino, contudo, não deve ser omisso em relação ao dever de con-servação das áreas comuns do prédio. O próprio Código Civil estabelece, em seu art. 1.336, II, que é vedado ao condômino realizar obras que comprometam a segu-rança da edificação.

Fonte: Queiroz Cavalcanti Advocacia

Fonte: Ana Karina Lessa, especialista em Gestão Empresarial na Construção Civil

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como se faz

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especial ficons

por Gil Aciolly

oS novoS pErnAmbuCAnoSA Ficons se consagra como maior evento do setor no Norte e Nordeste. Além de apresentar novidades da área e possibilitar novos negócios, o evento mostrou que o mundo está de olho no Nordeste

Todas as novidades em equipamentos, tecnologia e serviços da construção

civil juntas num espaço de 28 mil m², no Centro de Convenções de Pernambuco. O local recebeu a VIII Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção – Ficons, que cresceu 8 mil m² em relação à edição anterior, em 2010. A ampliação é constante. Os pré-agendamen-tos para 2014 se esgotaram ainda durante a realização do evento, de 2 a 6 de outubro. O sucesso é fruto do aquecimento do setor. Mais do que novidades, a Feira mostrou que todos estão de olho no Nordeste, especial-mente em Pernambuco. O Estado, que virou um canteiro de obras, atrai empresas do Brasil e do mundo. Muitas participaram da Ficons pela primeira vez. Para elas, o evento representa um espaço para expor, fechar ne-gócios e mostrar que vieram para ficar.

É o caso da Argatop, um entre os 200 expositores nacionais e internacionais pre-sentes na Feira. A empresa acaba de abrir sua primeira fábrica no Nordeste, precisa-mente no Recife. “O projeto de expansão era para daqui a dois anos, mas foi preci-so adiantar. Com a construção civil em alta em Pernambuco, não dava para ficar de fora. O Recife tá bombando. É o maior polo da construção civil do Brasil atual-mente.” Entusiasma-se o diretor-executivo da Argatop, Emerson de Oliveira Pinto. A capital pernambucana foi escolhida como porta de entrada para o Nordeste. A intenção é abrir 50 novas unidades na Re-gião já no próximo ano.

Emerson comemora o pequeno espaço que conseguiu nesta edição da Feira e já faz planos para a próxima. “No segundo dia, 500 pessoas pararam aqui querendo

saber sobre o produto. Recebemos ligações de pessoas interessadas na distribuição da nossa argamassa. Na próxima edição, que-remos construir uma casa”, adianta. Tanto interesse é por conta do diferencial do pro-duto, bem diferente do convencional. A Argatop dispensa o uso de cimento, areia, cal, água e até do processo de mecanização. Com secagem rápida e promessa de alto rendimento, impermeabilidade e três ve-zes mais resistência, ela já vem pronta para o uso. De quebra, é ecológica, pois evita o desperdício, reduzindo os custos pela metade.

Outra empresa que acaba de inaugurar uma filial em Pernambuco e também parti-cipa pela primeira vez da Feira é a Hard. Em seu estande, foram apresentados produtos para sistema de fixação e vedação para construção civil e metálica. Mas a intenção

Feira reúne mais de 200 expositores e público de 30 mil pessoas. Números da oitava Ficons revelam bom momento do setor da construção

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depoimentos

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Silvia Almeida – Diretora-administrativa – T&A Pré-fabricados

Sempre participamos da Ficons por ser um evento muito importante para o meio. É uma oportunidade de encontrar nossos clientes e for-necedores, além de pessoas interessadas em visualizar nossos produ-tos. Também representa uma ação de visibilidade institucional. Mos-tramos o que estamos fazendo em Pernambuco e nos outros estados do Nordeste. São grandes obras como a construção do estádio Fonte Nova, em Salvador, que sediará a Copa; do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco; além de grandes shoppings, em Fortaleza, como North Shopping e RioMar. O mercado está muito aquecido.

Crisanto Holanda – Coordenador Comercial – Romazi

Para a Romazi, a feira é uma oportunidade de ser-mos mais conhecidos em Pernambuco e nos outros estados do Nordeste. Há um fortalecimento da nossa relação com os clientes, que vêm ao nosso estande. Não podemos ficar restritos aos atacadistas. Temos que nos expor para o consumidor final, engenheiros e arquitetos. A pergunta que mais ouvimos na Feira foi “Onde encontrar os produtos de vocês em Per-nambuco?”. Já estamos colhendo os frutos. Fechamos muitos agendamentos de visitas que serão realizadas após o evento. Foi nossa primeira participação na Fi-cons e já pré-agendamos nossa participação na pró-xima edição.

mesmo era estabelecer um contato com seus principais clientes. Desde março des-te ano, a empresa, que surgiu em 1985, em Porto Alegre, abriu uma filial em Pernam-buco. “Nossa marca já é conhecida. Já tí-nhamos representantes por aqui. Viemos à Feira mostrar que estamos mais perto dos nossos clientes. Antes, levávamos dez dias para entregar nossos produtos. Essa logística mudou com a nossa chegada”, es-clarece a coordenadora de comunicação e marketing, Josiane de Oliveira Izche.

As empresas que já estavam em Per-nambuco há mais tempo tiveram que se expandir. Um exemplo é a Isoeste, que há dois anos chegou ao Estado, embora esteja no mercado há 27 anos, no ramo de cons-trutivos isotérmicos. Voltou à Ficons, pela segunda vez, para mostrar que cresceu de 2010 para 2012. A área da fábrica, localiza-da em Vitória de Santo Antão, por exemplo, subiu de 7 para 10 mil m² e, atualmente, emprega 100 pessoas. A filial pernambuca-na foi aberta estrategicamente, aproveitan-do o aquecimento do mercado, para lançar

uma nova linha de blocos em poliestireno expandido – EPS, que proporciona isola-mento térmico e acústico. “Daqui, aten-demos da Bahia ao Ceará”, justifica o res-ponsável pelas vendas técnicas da empresa, Aristides Carvalho Filho. A aposta deu certo. Uma das grandes obras da Isoeste no Estado é o Shopping RioMar, que teve toda a sua cobertura realizada com isotelhas. O revestimento da área externa do cinema e do teatro foram executados com wall pur fabricado em Vitória.

O olhar diferenciado para Pernam-buco é reflexo de números já conhecidos do setor. O Produto Interno Bruto – PIB, do Estado cresceu 2,8% só no primeiro semestre de 2012, bem acima da média nacional, de 2,4%. Esses índices foram alavancados pela indústria, com taxa de crescimento de 3,4%, mais uma vez ancorada na construção civil. Com um cenário favorável ao desenvolvimento, a Ficons reuniu num só lugar um mix de produtos que vai desde equipamentos pe-sados, passando pelos usados no canteiro

de obras, até os usados no acabamento de interiores. Tudo para um ávido públi-co de construtoras, armazéns, além de engenheiros, arquitetos e consumidores finais, que comemoram a realização de grandes obras públicas e privadas. Os potenciais afloram na efervescência de Suape, em hidroelétricas, viadutos, bar-ragens, indústria petroquímica e em pro-gramas como Minha Casa Minha Vida.

“Através da Ficons, Pernambuco se consolida como maior polo de eventos de negócios do Nordeste. Os resultados foram bem acima do esperado na vés-pera da Feira, quando a perspectiva de geração de negócios a partir de um pri-meiro contato efetuado na Ficons era de R$ 260 milhões. Diante disso, estamos confiantes no potencial da Susteincon, feira de negócios que o Sinduscon-PE promoverá no segundo semestre de 2013, voltada para produtos e serviços com características sustentáveis”, diz o presidente do Sinduscon-PE, Gustavo de Miranda.

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Nelson Benevides – Diretor – ABTelhas

O evento é um sucesso. Uma ótima oportunidade de fechar ne-gócios. Quem quer que sua empresa cresça não pode ficar de fora dele. Queremos mostrar nossos produtos e a qualidade que sempre buscamos. Ele marca 15 anos de atuação da ABTelhas no mercado.

Luciano Borges – Gerente de Marketing – HERC

Esta é a terceira edição da Ficons de que par-ticipamos. É uma feira muito importante para a HERC, pois movimenta todo o setor de constru-ção no Nordeste, uma região estratégica para a nossa empresa. Durante o evento, percebemos claramente o tamanho

do desempenho do Nordeste na economia brasileira. Nossa empresa cresceu, o mercado mudou e aqui temos ótimas oportunidades de negócio. Nesta edição, apre-sentamos nossa cantoneira para banheiros, um produ-to com muitos diferenciais que será lançado a partir de novembro.

Eduardo Moraes – Gerente Regional N/NE da ABCP

Participamos da Ficons desde a primeira edição. É uma feira com crescimento impressionante. O diferencial dela é ser bianual, um intervalo primordial para as empresas que também participam de grandes eventos em outras regiões. É uma oportunidade de mos-trar a engenheiros, arquitetos e ao público em geral o nosso traba-lho. Temos inovações focadas nos aspectos da racionalização e da produtividade. Tudo fruto de uma relação da ABCP com as uni-versidades, onde são desenvolvidos projetos, laboratórios de estu-dos e apresentadas novidades em teses de mestrado e doutorado.

Elaine Rodrigues – Gerente de Vendas – Ancora

Gostei muito da Feira. É uma das melhores das quais já participei. Todos têm focos bem definidos e são real-mente envolvidos com a construção civil. O movimento é ótimo e a divulgação do evento é muito boa. Já fizemos uma pré-reserva para

2014, quando viremos como expositores. Será mais um espaço para mostrar a qualidade da Ancora, que faz 20 anos. Queremos vir para o Nordeste e nos consolidar por aqui. Nossa sede é em São Paulo e vamos abrir ainda neste segundo semestre um Centro de Distribuição, em Lages, Santa Catarina.

Josiane Izche – Coordenadora de Comunicação e Marketing – Hard

É a primeira vez que par-ticipamos da Ficons. Nos-so objetivo é fortalecer a imagem da Hard no Nor-deste e, especialmente, em Pernambuco. Acabamos de inaugurar nossa filial no Estado embora nossa marca já seja bastante co-nhecida. Estamos tendo contatos com os princi-pais clientes. Isso vai gerar

bons frutos, como agendamento de visitas, demonstração de produtos, prospects e palestras.

Aristides Carvalho e Roberto Pimentel – Isoeste – Vendedores

É a segunda Ficons da qual participamos. É bem diferente da pri-meira participação. Nesses dois anos, crescemos, ganhamos ainda mais reconhecimento do mercado. Temos 27 anos e abrimos uma fábrica há dois anos em Pernambuco. Neste evento, o foco são os blocos em EPS, um produto que proporciona excelente isolamento térmico e acústico.

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ACúStICA É DESAFIo pArA SEtor DA ConStrução CIvIlNovas alternativas para combater ruídos foram apresentadas no segundo Encontro Construir Nordeste, realizado na Ficons

Quando falamos em problemas acústicos e poluição sonora, lem-

bramos logo a perda de audição. Mas a lista é bem mais abrangente. Inclui danos à saúde física e mental e tam-bém ao sono. Os ruídos ainda causam problemas gastrointestinais, cardio-vasculares e respiratórios, além dos mais comuns e perceptíveis, como dor de cabeça e irritabilidade. Apesar de todos esses malefícios, as discussões sobre as formas de combate aos pro-blemas relacionados à acústica são recentes. Começaram somente há al-gumas décadas. Entre as saídas apon-tadas, algumas passam pela constru-ção civil. Preocupada com a situação,

a Construir Nordeste trouxe a discus-são sobre acústica à tona na segunda edição do Encontro Construir Nordes-te, realizado durante a Ficons 2012. O tema foi Comportamento dos sons nas grandes cidades.

Mais do que simplesmente debate, o encontro apontou caminhos a serem seguidos no enfrentamento da ques-tão, além de produtos sustentáveis que minimizam o efeito dos ruídos em nossas vidas. “É uma área nova, que muita gente desconhece. Por isso, a conscientização é nossa grande aliada, mas ela não existe por causa da falta de conhecimento”, alerta o arquite-to urbanista Francisco Buarque, que

coordenou a mesa do evento. Pós-gra-duado em Acústica, ele revela que, por o assunto ser novo, todos estão apren-dendo ao mesmo tempo.

O enfrentamento do problema es-barra na legislação. Em cada local, há um nível de tolerância estabeleci-do. Pegando o Estado de Pernambuco como exemplo, só no Recife, há três leis em vigor. Uma de edificações ge-radoras de ruídos, outra de salões de festas, além de uma nova, de 2012, que regula templos e igrejas. Sem falar nas leis municipais de cidades como Caru-aru e Petrolina, cada uma com limites específicos. De acordo com a Organi-zação Mundial da Saúde – OMS, todo

por Gil Aciolly

O português Hugo Borrego apresentou a cortiça, produto sustentável e popular na Europa como isolante acústico

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e qualquer som acima de 55 decibéis já pode ser considerado nocivo à saúde. No Brasil, há leis que aceitam ruídos acima desse valor.

Por causa de tanto conflito, Buar-que é categórico. “Temos que trabalhar com conforto, e não com legislação”, diz. Para ele, é necessária a conscien-tização de quem projeta e executa. “Os profissionais precisam ter mais respei-to quando projetam e constroem. Eles precisam buscar informações. Tudo isso vem para mudar a forma da enge-nharia, mas, sobretudo, para melhorar nossas vidas”, argumenta.

O presidente do Sindicato dos Ar-quitetos de Pernambuco, Henrique Lins, aposta na conscientização do consumidor, que deveria exigir das construções níveis de ruídos ideais para o ser humano. “Não adianta le-gislar sem fiscalizar. Tem que verificar o cumprimento das leis durante a obra, ver que tipo de materiais é empregado”, afirma. Ele ainda acrescenta o proble-ma da concorrência desleal à discus-são. “Sem fiscalização, o mau empre-endedor vai passar por cima do bom empreendedor”, alerta.

Os parâmetros para construção vão ganhar uma nova norma. Trata-se da NBR 15.575, que entra em vigor em março de 2013. A norma de desempe-nho, que permite avaliar a performan-ce de edifícios habitacionais, impõe critérios acústicos de qualidade à cons-trução. Há requisitos de desempenho para a acústica de pisos, paredes (ve-dações externas e internas), coberturas e até para instalações hidrossanitárias. Os profissionais correm contra o tem-po para se qualificar e estar preparados para o novo mercado.

A atualidade do assunto foi um dos responsáveis pelo sucesso do encontro, que atraiu profissionais e estudantes. “A norma é importante e útil. Temos que conhecer o assunto, saber que produtos poderemos em-pregar nos projetos. O evento é uma oportunidade de se atualizar”, enfati-zou a estudante de Arquitetura Ad-jane Prado. Foi para buscar conheci-mento que a engenheira de segurança

e arquiteta Daniele Gouveia marcou presença no encontro. “A constru-ção tem que dar conforto ao usuário. Quero projetar e construir correta-mente”, ressaltou.

Novas tecnologias aliadas à acústica

A questão da acústica não é só pre-ocupação de quem constrói e proje-ta. Quem fabrica materiais aposta na redução de ruídos para ganhar mer-cado. Tubulações, pisos antivibráti-cos, madeiras, poliestireno expandi-do, portas, vidros e até a cola usada

já é usado em Portugal há 30 anos. O material conhecido por todos, atra-vés das rolhas que vedam garrafas, ganhou forma de mantas, que pro-porcionam ótimo isolamento térmico e acústico. “Aplicada entre a laje e o contrapiso e entre o contrapiso e o piso, a manta de cortiça proporciona o isolamento de ruídos de impactos no edifício. A redução fica entre 6 e 33 decibéis”, garante o engenheiro de materiais Hugo Borrego.

Segundo ele, o Nordeste foi esco-lhido por causa da sustentabilidade, tão disseminada na região. “Já esta-mos com parceiros que vão distribuir

como isolante são aprimorados. Há soluções acústicas correspondentes a cada tipo de material. E elas são cada vez mais eficazes. Pensando no con-forto do usuário, o isolamento acús-tico já é projetado conjuntamente ao térmico e aliado ao design. Sem dei-xar de falar nas propostas que con-templam a sustentabilidade, como foi o caso das ideias apresentadas no En-contro Construir Nordeste.

Um dos produtos apresentados vem da Europa, do grupo português Amorim, que chega ao Nordeste de olho nas novas regras de desempenho acústico. Sua novidade é a cortiça. Pelo menos por aqui, pois o produto

nossas mantas, lançadas aqui na Fi-cons”, revela. O produto é fabricado num processo totalmente sustentável. O grupo Amorim mantém plantações de sobreiro, árvore da qual a corti-ça é extraída e que contribue para redução de CO2 e combate a deserti-ficação. Com essa proposta ecológi-ca, ele já detém 30% da distribuição mundial. Seus maiores mercados são Europa e Estados Unidos.

Outra proposta, também de iso-lamento térmico e acústico, garante beleza aos ambientes e muito con-forto. São os jardins verticais, cons-truídos a partir de blocos de cerâ-mica, pela GreenWall. Estudos têm

No Espaço Construir, o público pôde conferir os cases da Amorim, no uso da cortiça, e da Green Wall, com os jardins verticais

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demonstrado que as folhas das plantas podem atenuar os sons por meio de reflexão e absorção da energia acústica. Já a diminui-ção da temperatura nos ambientes onde eles são instalados pode che-gar a três graus, dispensando o uso do ar-condicionado e tornando-os uma opção sustentável.

“A cerâmica funciona melhor como isolante acústico do que o concreto. O design da peça con-tribui ainda mais para esse isola-mento”, explica a arquiteta Fer-nanda Durães. O bloco cerâmico usado nos jardins, autoportante, já é usado em residências, escri-tórios e restaurantes do Nordeste. A tendência também é uma aposta na redução de CO2. Embora não densa, a folhagem “sequestra” esse tipo de gás, responsável pelo efeito estufa. Os jardins ainda propor-cionam o contato das pessoas que vivem nas cidades com o verde. É

uma alternativa aos espaços verticais, que são livres. “Temos produtos ex-celentes, que podem ser usados como alternativas ao isolamento acústico. É preciso pensar nas várias possi-bilidades de cada um deles. Saber o que oferecem, verificar se absorvem o som”, destaca o arquiteto Francis-co Elihimas, um dos debatedores do Encontro, elogiando o desempenho dos jardins verticais e das mantas. Se depender dos futuros profissionais que assistiram à discussão, o conse-lho será seguido. “Conhecer novas tecnologias é fundamental. Eu, por exemplo, não sabia que a cortiça era usada como isolante acústico”, reve-lou a estudante de Arquitetura Isabel Sobral, da plateia. Depois do evento, a sensação é de que o conhecimento sobre o comportamento acústico nas cidades precisa crescer. “Nossa re-gião é carente de eventos como este”, constatou Elihimas, parabenizando a Construir Nordeste pela iniciativa.

O arquiteto Francisco Elihimas defende o isolamento térmico e acústico com o uso de cortiças

FoTo

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Entrevistao ambientalista carlos Leite traz

novas ideias para a reinvenção dos grandes centros urbanos

ano III | nº 14 | novembro/dezembro 2012

visto de portugal renato Leal fala dos desafios para conciliar os desenvolvimentos Econômico e Urbano

EDIFíCIo EColÓgICoIdealizado por Mark burr, projeto incentiva a coleta seletiva de lixo em prédios comerciais e residenciais nas regiões metropolitanas do Recife e de Maceió

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agENda 2013movimENto vida sustENtÁvEl

80 CApAEdifício Ecológico leva coleta seletiva a prédios comerciais e residenciais

79 BOAS pRátICASISO 14001 e a sustentabilidade planejada

72 COlunA Eu DIGOPrédios inteligentes: filosofia dos edifícios e sustentabilidade

74 COlunA vIStO DE pORtuGAl Um pouco mais sobre o Recife que queremos

75 pREMIAÇÃO MOvIMEntO vIDA SuStEntávElFórum Pernambucano de Construção Sustentável recebe prêmio do Crea-PE

76 EntREvIStACarlos Leite fala sobre sustentabilidade na construção civil e no desenvolvimento imobiliário urbano

82 FÓRuMA bióloga Olga Marinho trouxe a experiência da coleta seletiva do lixo em repartições públicas do Governo de Pernambuco

cursos:

- Eficiência energética: conforto termoacústico 08 a 10 de maio

- Reúso da água: tratamento de esgotos para o reúso controlado da água | 06 e 07 de junho

Fórum Pernambucano de Construção Sustentável:

- Eficiência energética: Entendendo LEDS | 08 de maio

- Reúso da água | 05 de junho

- Retrofit: avaliação de sustentabilidade do ambiente construído | 03 de julho

- Paisagismo e gestão do verde | 04 de setembro

- Arquitetura sustentável. Cases | 02 de outubro

- Gestão jurídica | 06 de novembro

- Gerenciamento de risco | 04 de dezembro

Seminário PE construção Sustentável:

- NBR 15 575. Conceito na visão da engenharia e do direito | 03 de abril

- Gerenciamento de resíduos da construção | 06 e 07 de agosto

SustenconsData: 05 a 08 de agosto de 2013Local: Olinda/PEwww.ficons.com.br

SIAcSwww.siacs.com.br

SalvadorData: 30 de outubro de 2013Local: Salvador/BA

RecifeData: 03 de setembro de 2013Local: Recife/PE

FortalezaData: 05 de setembro de 2013Local: Fortaleza/CE

sumário

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prÉDIoS IntElIgEntES: FISIologIA DoS EDIFíCIoS E SuStEntAbIlIDADE

A alta taxa de crescimento popula-cional no Brasil mostra-se preocu-

pante. Muitas cidades brasileiras estão crescendo mais rápido que sua infraes-trutura, e a prova disso é o fato de mais de 80% da população já viver em áreas urbanas. Esse avanço é acompanhado de desafios que se tornam críticos a cada dia, como cidades densamente po-voadas, necessidade crescente de ener-gia, congestionamentos que afetam o deslocamento e a qualidade de vida da população. E a pergunta é: isso tem so-lução? Sim, desde que as cidades, para sustentarem seu crescimento, cresçam de forma inteligente. O uso eficiente da tecnologia em construções pode reduzir o uso da água em 30%, de energia em 40% e os custos com manutenção pre-dial em mais de 30%.

Muito se tem falado em sustentabi-lidade aliada à tecnologia. Realmente, a tecnologia é agente essencial para que possamos, com mais inteligência, gerir cidades e diminuir o impacto ambiental e sociológico que alguns fatores podem causar aos cidadãos. Segundo o Conse-lho Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA, prédios comerciais e residen-ciais consomem 1/3 da energia mundial. Hoje em dia, uma cidade mais inteligen-te através da informatização não é mais ficção.

Coletar, gerenciar e analisar dados fornece inteligência e discernimento para as decisões de gestão de espaço, energia e instalações. Sendo assim, as construções podem interagir com os seus ocupantes, bem como com o am-biente que as rodeiam, através do fluxo de informação, tornando as operações mais eficientes e sustentáveis. Resumin-do: um prédio inteligente economiza di-nheiro e protege o meio ambiente.

Já existem iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para, em um futuro não muito distante, os edifícios serem como organismos vivos, capazes de monitorar automaticamente a infra-estrutura que os faz funcionar, como acondicionamento climático, redes de água, esgoto e eletricidade. A tecnologia vai ainda mais longe, permitindo que essas construções implementem mu-danças para conservar recursos e cortar emissões de carbono. Os prédios podem contar com sistemas que possibilitam aos consumidores acompanhar o consu-mo de energia e a poluição gerada para, assim, poderem tomar medidas correti-vas em tempo real.

Nesse cenário, surge a “fisiologia dos edifícios”, que trata a construção como o corpo humano: o sistema de aqueci-mento e resfriamento é semelhante ao sistema respiratório; elevadores e cor-redores são o sistema circulatório; e os sensores inteligentes são o sistema nervoso. A construção de infraestrutu-ra inteligente será primordial para que, no futuro, a população tenha qualida-de de vida, mesmo com o crescimento acelerado das cidades. Construtoras, companhias de saneamento, distribui-doras de energia, empresas, proprietá-rios de imóveis e governos devem ficar atentos para que consigamos unir sus-tentabilidade e qualidade de vida com inteligência.

ulisses mello*

*ulisses Mello é diretor de Recursos Naturais e Descobertas do Centro de Pesquisas da IBM Brasil.

Já existem iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para, em um futuro não muito distante, os edifícios serem como organismos vivos, capazes de monitorar automaticamente a infraestrutura que os faz funcionar

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eu digo

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Os críticos vão logo dizer que sou contra o progresso. Não é isso. Sou contra a perseguição deste com a dilapidação da história da cidade

Renato Leal

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visto de portugal

1. As águas – a Praia de Boa Viagem, uma das mais belas praias urbanas do País; os rios Capibaribe e Beberibe; e os manguezais.2. O verde – novamente os manguezais, as sobras da Mata Atlântica, os nossos coqueirais; o modelo de arborização que ainda teima em continuar vivo em alguns bairros do Recife e suas espécies; e as nos-sas maltratadas praças e calçadas.

3. Traça urbana – as grandes avenidas que estruturam a nossa cidade e que estão desfiguradas e degradadas e sem função: José Estelita, Conde da Boa Vista, Gua-rarapes, Avenida Rosa e Silva, Estrada do Arraial, Dantas Barreto, Boa Viagem, Domingos Ferreira, Conselheiro Aguiar, Caxangá e as avenidas Norte e Sul.4. Arquitetura histórica – representada pelos diversos estilos arquitetônicos em que a cidade foi se montando e que vão sendo amputados indiscriminadamente para a construção de novos prédios de ar-quitetura alheia à nossa cidade. Nas ruas do centro da cidade, na Rua da Aurora, nas igrejas e nos monumentos históricos.

um pouCo mAIS SobrE o rECIFE QuE QuErEmoS

A falta de investimento em infraes-trutura ao longo de décadas, além

da incapacidade de gestão dos últimos prefeitos e de suas equipes e da falta de importância dada ao planejamento urba-no foram, ao meu ver, as grandes causas do colapso da cidade do Recife e de suas naturais consequências na qualidade de vida dos munícipes e na impressão de vi-vermos em uma cidade sem dono e res-peito pelos seus cidadãos. O crescimento econômico do Estado de Pernambuco apenas acelerou e antecipou a ocorrência desse colapso, fazendo da nossa capital – e de sua zona metropolitana – um entrave ao seu desenvolvimento. São muitos os estudos, as denúncias e as críticas a esta situação que vivemos feitos por técnicos, personalidades, empresários e cidadãos que se utilizam da mídia convencional e das redes socias para esse fim. O Recife que precisamos, que gostaríamos que fosse são expressões de movimentos já consoli-dados que vêm gerando ideias, documen-tação, fotografias, críticas e propostas que esperamos sejam exaustivamente anali-sadas e implementadas para a melhoria geral da nossa cidade.

O foco está nos aspectos práticos do dia a dia e que nos incomodam de forma permanente: 1. Mobilidade – trânsito, sistema de trans-porte público, calçadas e estacionamento.2. Segurança – nas empresas, nas ruas e em nossa própria casa.3. Comodidade – ruídos, buzinas, o des-calabro do visual e de serviços públicos.

Aproveitando esse embalo, enfatizo aqui uma questão que não está alinhada acima, mas que, se não cuidada, não mais poderá ser recuperada: a perda da identi-dade do nosso burgo. E o que quero dizer com isso? Cada cidade tem as suas marcas para quem vive nela e para quem a visita. Elementos que definem as suas caracterís-ticas centrais. E, no Recife, quais são?

Nas casas onde viveram os grandes perso-nagens da nossa história e na arquitetura básica dos bairros da Boa Vista, do Espi-nheiro, da Torre, do Derby, entre outros.

Urge inventariar tudo isso e proteger da explosão imobiliária. Os críticos vão logo dizer que sou contra o progresso. Não é isso. Sou contra a perseguição deste com a dilapidação da história da cidade. E quem achar que isso não é possível que percorra a Europa inteira e veja os inúme-ros exemplos do que ando aqui a escrever. Além de construir novos prédios, vamos reabilitar o que já está construído, fazen-do disso uma forma de manutenção e valorização da história da cidade. Há que se pensar e priorizar estímulos públicos à reabilitação urbana.

Tudo isso tem que estar no centro do novo projeto urbano do Recife, sendo premissas sobre as quais os urbanistas e engenheiros de tráfego, entre outros, têm que trabalhar e respeitar. A cidade tem que ser pensada não apesar disso, mas, sim, em função disso, como é feito em todas as cidades do mundo desenvolvido — como um dia queremos ser. Pensem no que recordamos das cidades que visi-tamos como turista ao longo do mundo. Lembrem-se de que nós, cidadãos, temos que nos rever na cidade em que vivemos.

Não vamos dar as costas para essas questões. Não podemos cair no erro de construir uma nova cidade e nos sentir-mos intrusos dentro dela.- Isso é para os árabes, que andam a construir cidades nos desertos.

Vamos desde já preservar cada um desses símbolos, destacá-los na cidade e fazer deles parte da nossa vida. Caso con-trário, teremos que espalhar placas pela nossa cidade lembrando: “Não se preocu-pe, você está no Recife”.

Esta cidade — o Recife — nos perten-ce. Vamos desenvolvê-la e preservá-la, antes de tudo, para os seus cidadãos.

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por daniel Vilarouca

prêmiação movimento vida sustentável

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FÓrum pErnAmbuCAno DE ConStrução sustentável recebe prêmio do creA-pedestaque na categoria Instituição, do XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente, Fórum promove debates mensais sobre ações sustentáveis dentro da construção civil

Selva urbana, de Luiz Priori Jr., foi uma das vencedoras do X Prêmio Crea-PE de Fotografia

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco – Crea-PE

entregou, no início de dezembro, as pre-miações do seu XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente e X Prêmio Crea-PE de Fotografia. Foram condecorados notáveis projetos de sustentabilidade e fotógrafos que tiveram um olhar especial sobre a construção civil este ano. Luiz Priori Jr., conselheiro da re-vista Construir NE, também foi premiado com a foto Selva Urbana.

Dividido em duas categorias, Instituição e Personalidade, o XII Prêmio Crea-PE de Meio Ambiente premiou o Fórum Pernam-bucano de Construção Sustentável e o proje-to Adote uma Árvore, respectivamente. Pro-movido pelo Movimento Vida Sustentável, o Fórum realiza encontros mensais, no au-ditório do Sinduscon-PE, para discutir for-mas e ações que diminuam os impactos da

construção civil no meio ambiente, como a produção de resíduos e o consumo de água.

Serapião Bispo e Renildo Guedes repre-sentaram o Fórum e receberam das mãos do presidente do Crea-PE, o engenheiro José Mário Cavalcanti, a estatueta e o certi-ficado que simbolizam o Prêmio. Para Bis-po, a condecoração é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Movimento Vida Sustentável e contribui para dar visi-bilidade e divulgar a iniciativa. Além deles, estiveram presentes à solenidade os coor-denadores do MVS, Renato Leal e Elaine Lyra.

Já o X Prêmio Crea-PE de Fotografia premiou profissionais ligados ao Conselho e à imprensa pernambucana, entre eles Gil Vicente, Hélia Cheppa e Luiz Priori Jr. Este último, com a fotografia Selva Urbana, em que destaca o trabalho de grafiteiros em

meio às grandes construções. Os primeiros lugares, além de certificado, receberam ain-da uma premiação em dinheiro.

Durante a solenidade de premiação, es-tudantes dos ensinos Técnico e Superior do IFPE, da UFPE, UPE e Unicap receberam diploma de mérito por se destacarem nos estudos da Engenharia e Agronomia.

Pela primeira vez na história do Crea--PE, foram entregues aos conselheiros que compuseram a diretoria durante o triênio 2009-2011, certificados de Serviços Re-levantes Prestados à Nação e de Função. Também foram concedidas homenagens a Joseph Mesel (in memoriam), com a Me-dalha Lauro Borba, por seus importantes ensinamentos, e a Adalberto Cavalcanti, com a Medalha Pelópidas da Silveira, por seu projeto do medidor individual do con-sumo de água.

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por Renata Farache

O que são cidades sustentáveis?Existem atualmente no mundo diver-sos exemplos de cidades autoprocla-madas ou indicadas por especialistas como sustentáveis. As ações que de-fendem esses exemplos variam muito de acordo com as características das metrópoles e com o foco dos respon-sáveis pelos projetos. Com relação ao direcionamento dos executores das iniciativas, dois grupos se desta-cam. No primeiro, o foco são aspec-tos sociais para promoção da susten-tabilidade urbana, como governança local, mudanças de comportamento e atitudes, revisão dos objetivos do

A IDEIA É rEInvEntArcarlos Leite

há 15 anos estudando desenvolvimento sustentável urbano e percorrendo o mundo conhecendo personagens e cidades que se reinventaram, o arquiteto e urbanista carlos Leite é um apaixonado pelo que faz. Mestre e doutor pela Universidade de São Paulo – USP, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do recém-lançado livro Cidades Inteligentes, Cidades Sustentáveis, Leite diz à revista Construir Nordeste que, na perspectiva de um planeta com população cada vez mais urbana, dando origem às megacidades, é preciso criar novos modelos de sustentabilidade urbana e afirma que as cidades, no século 21, são o elemento-chave para o desenvolvimento sustentável global.

planejamento do uso do solo, entre outros. Uma vez que muitas tecnolo-gias que visam ao grande desempe-nho em aspectos da sustentabilidade ainda têm altos custos, impedindo sua utilização, a alternativa passa a ser a realização de ações visando eficiência por redução de consumo e desperdício, apoio a serviços com baixas emissões de carbono e revi-talização urbana, promovendo a va-lorização do espaço público. A outra opção, investe em tecnologia de pon-ta alinhada com o conceito de smart sustainable city . São usados equipa-mentos e sistemas modernos para

que a cidade, especialmente nos se-tores de energia, mobilidade e gestão de resíduos, possam alcançar altos índices de desempenho em aspectos como emissões de gases de efeito es-tufa e destinação de resíduos.

O senhor pode citar exemplos?Copenhague é considerada uma das cidades mais sustentáveis do mun-do basicamente por conta da ativa participação de toda a sociedade, incluindo-se o fato de 37% da popu-lação locomover-se por bicicleta e o transporte público utilizar bateria, e não combustível; 51% da comida

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entrevista

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consumida nos órgãos públicos mu-nicipais é orgânica. Portland, Curi-tiba e Bogotá são frequentemente colocadas entre as cidades mais sus-tentáveis em termos de mudanças significativas que a sociedade vem alavancando. Já Masdar, nos Emi-rados Árabes Unidos, está sendo planejada no meio do deserto para abrigar 45 mil moradores e 45 mil trabalhadores. O objetivo é a emis-são nula de gases de efeito estufa e o reaproveitamento total dos resíduos gerados. A base para o alcance dessas metas é o uso massivo de tecnologia de ponta no planejamento da região, na geração de energia, na mobilida-de e nas construções. O alto desem-penho da cidade é contrabalançado pela dificuldade de replicação do modelo, pelos seus custos e pela di-ficuldade de encontro das condições necessárias para sua realização. A China também está desenvolvendo a sua cidade eco-friendly-high-tech , Dongtan.

Então, uma cidade sustentável não é necessariamente uma cidade inteligente?Não necessariamente. Considero que uma cidade sustentável completa contempla oito grandes temas: Pla-nejamento e Ordenamento Territo-rial; Questões Ambientais; Seguran-ça e Inclusão; Habitação, Serviços e Equipamentos; Mobilidade; Cons-truções e Infraestruturas Sustentá-veis; Governança e Oportunidades. No tema Governança, inclui-se a questão cada vez mais importan-te das cidades inteligentes (smart cities) . E um pacote de gestão com parâmetros de smart cities é muito desejável, mas isso por si só não faz uma cidade sustentável.

O senhor afirma que o desenvolvi-mento urbano sustentável impõe o desafio de refazer as metrópoles contemporâneas, e não ocupar áreas distantes. Por quê?Refazer a cidade ao invés de substi-tuí-la é um fundamental parâmetro

no desenvolvimento sustentável ur-bano. Nesse sentido, fazê-la se rein-ventar, fazê-la mais compacta, de modo qualificado junto das infra-estruturas existentes é muito mais desejável do que expandir. Novas territorialidades são alternativas válidas como exceção, e não como a regra. É preciso buscar novos mo-delos de funcionamento, gestão e crescimento diferentes daqueles pra-ticados principalmente no século 20, de “expansão com esgotamento”. A opção pelos parâmetros de cida-des com grande densidade tem sido consenso internacional: o modelo de desenvolvimento urbano que otimi-za o uso das infraestruturas urba-nas — eficiência energética, melhor

uso das águas e redução da poluição — promove relativamente altas den-sidades de modo qualificado, com adequado e planejado uso misto do solo, misturando as funções urbanas (habitação, comércio e serviços). Esse modelo é baseado num siste-ma de mobilidade urbana que co-necte os núcleos adensados em rede, promovendo maior eficiência nos transportes públicos e gerando um desenho urbano que encoraje a ca-minhada e o ciclismo, além de novos formatos de carros (compactos, ur-banos e de uso como serviço avança-do). A população residente tem mais oportunidades para interação social, bem como uma melhor sensação de segurança pública, uma vez que se estabelece melhor o senso de comu-nidade — proximidade, usos mistos, calçadas e espaços de uso coletivo

vivos — que induz à sociodiversida-de territorial — uso democrático do espaço por diversos grupos de cida-dãos. Metrópoles com bons sistemas de transporte público e que têm evi-tado o seu crescimento desmedido apresentam menores níveis de emis-sões de gases estufa por pessoa do que cidades que não têm. Cingapu-ra, por exemplo, tem um quinto da população de carros per capita em comparação com cidades de outros países de elevado rendimento, mas também uma maior renda per capita . A maior parte das cidades europeias que têm altas densidades possui cen-tros onde andar a pé e de bicicleta são meios de locomoção preferidos por grande parte da população. Um olhar mais atento para os fatores es-pecíficos que contribuem para a efi-ciência de carbono revela a dinâmica de como um determinado território compacto pode apresentar melho-res indicadores ambientais, seja no meio rural, seja no modelo dos su-búrbios. Dois fatores decisivos são a otimização dos recursos consumi-dos na cidade, incluindo a redução do consumo de energia associado a edifícios — aproveita-se a infraes-trutura geral quando se tem concen-trações edificadas — e transportes: territórios compactos geram maiores níveis de acessibilidade e permitem a redução da intensidade de viagens. Se nesse modelo de cidade compac-ta promovem-se densidades quali-ficadas — com uso misto do solo e multicentralidade ligadas por uma eficiente rede de mobilidade (trans-portes públicos eficientes, ciclovias e áreas adequadas ao pedestre) —, têm-se os ingredientes básicos para uma cidade sustentável. Finalmente, lembre-se de que qualquer cidade sustentável se desenvolve a partir de uma adequada, amigável e pondera-da ligação entre o ambiente constru-ído e a geografia natural. É funda-mental respeitar as características geográficas do território e promover uma boa relação com as águas e as áreas verdes.

A capacidade de inovação se traduz na competitividade e prosperidade

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entrevista

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Por que as megacidades — densas, vi-vas e diversificadas nas áreas centrais — propiciam novas oportunidades de crescimento, gerando inovação e conhecimento?As metrópoles são o locus da diver-sidade — da economia à ideologia, passando pela religião e cultura. E diversidade gera inovação. As maio-res cidades do Hemisfério Norte descobriram isso há alguns anos e têm se beneficiado enormemente desse diferencial — inclusive com atração de investimentos — e pro-movido seus projetos de regenera-ção através de políticas de inovação. Centros urbanos diversificados, em termos de população e usos, com empresas ligadas à nova economia, têm se configurado nas novas opor-tunidades de inovação urbana em áreas anteriormente abandonadas. É o caso dos projetos Barcelona 22@ e San Francisco Mission Bay e de di-versas áreas em Nova York, Boston e Londres. A capacidade de inova-ção se traduz em competitividade e prosperidade. Alguns parâmetros são fundamentais: presença da nova economia, sistema de mobilidade in-teligente, ambientes criativos, recur-sos humanos de talento, habitação acessível e e-governance.

Qual é a importância do Poder Pú-blico e da sociedade para a regene-ração urbana sustentável?É preciso serviços de governo mais inteligentes, ágeis, transparentes e eficientes, através de compartilha-mento de informações (transporte, energia, saúde, segurança pública e educação). Mas cada vez mais se busca ir além dos governos e cons-truir novas instâncias de governança junto à sociedade civil organizada. Como exemplo temos o movimen-to Bogotá Cómo Vamos , que ajudou muito na reinvenção da capital. Aqui no País se replica atualmente com os movimentos da Rede Social Brasileira Cidades Justas e Sustentáveis , com-posta por organizações apartidárias e inter-religiosas. Na essência, uma

cidade sustentável e inteligente pres-supõe sempre cidadãos partícipes. É a chamada cidade para as pessoas — e não para os carros, não para os condomínios fechados e distantes, não para a exclusão, etc. Nesse senti-do, cidadãos em cidades mais conec-tadas, onde a TIC seja low tech e low cost é o ideal. É preciso observar que a gestão local dos prefeitos nunca foi tão importante — e a crescente im-portância das cidades sustentáveis só vem corroborar a cobrança sobre maior competência e menos corrup-ção de nossos políticos, que devem, no ideal, ser grandes Gestores de Ci-dades, como em Bogotá, Barcelona, Copenhague e Nova York. Uma boa iniciativa foi a de ACM Neto, que acaba de anunciar a Secretaria da Cidade Sustentável em Salvador.

E o papel dos setores da construção civil e imobiliário?Dois setores extremamente relevan-tes para o desenvolvimento urbano sustentável são o da construção civil e o do mercado imobiliário. É fun-damental que eles busquem se rein-ventar para caminhar para modelos mais sustentáveis. Essa busca englo-ba a construção e adoção de sistemas de indicadores de sustentabilidade em toda a cadeia produtiva: incor-poração, desenvolvimento imobili-ário, projeto, construção e uso/ma-nutenção das edificações na cidade. E passa, sobretudo, pelo enorme de-safio de verdadeiramente se reinven-tar o modelo. A construção civil no País urge adotar, não como exceção, mas como regra, sistemas indus-trializados de construção, transfor-mando obras em montagens, mais limpas, rápidas e eficientes. Vale para as obras edificadas em geral e é fundamental para a promoção de habitação coletiva em larga escala. É notório que o Brasil atual pode em poucos anos vencer seu ainda enor-me déficit habitacional (algo em torno de 7 milhões de unidades em 2010), desde que adote sistemas inte-ligentes de construção habitacional

industrializada, pré-moldada, com tecnologias recentes e mão de obra qualificada. Ou seja, é possível e desejável que se busque parâmetros de um design massivo para resol-ver rapidamente e com soluções de design e arquitetura de qualidade. Quanto ao mercado imobiliário, está evidente que o setor precisa aprovei-tar a oportunidade do boom atual e alavancar uma reinvenção de seus modelos de incorporação. A socie-dade anseia pelo resgate de modelos imobiliários — seja residencial, seja comercial e de serviços — que cons-truam cidades de verdade, menos es-tanques, com a desejável sociodiver-sidade territorial. Se a classe média brasileira viaja para o exterior para apreciar a qualidade da vida urbana de cidades que possuem ampla socio-diversidade territorial, como Barce-lona, Paris, Londres, Nova York, São Francisco ou Vancouver, é dever do setor imobiliário promover o mes-mo por aqui: menos condomínios residenciais fechados e distantes entremeados por imensos shopping centers fechados e mais vida urba-na, como se tem em bairros valori-zados e queridos, como Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro, e Hi-gienópolis ou Vila Madalena, em São Paulo. Um agente fundamental para a promoção da sustentabilidade nas cidades é o indivíduo presente no setor da construção, por seu papel como planejador, construtor e, por vezes, gestor de espaços urbanos. Daí a necessidade de suas empresas se alinharem com os princípios da sustentabilidade.

O senhor acredita que o futuro será de cidades inteligentes, cidades sustentáveis?Totalmente. Vivemos o Século das Cidades. É nelas que o planeta tão populoso está cada vez mais esco-lhendo viver, é nelas que se gera ino-vação e vida inteligente. As cidades, no século 21, são o elemento-chave para o desenvolvimento sustentável global.

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entrevista

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ISo 14001 E A SuStEntAbIlIDADE plAnEjADAconstrutora apresenta projetos ambientais, sociais, de segurança e saúde e conquista o ISo 14001

por Patrícia Felix

Sustentabilidade é a nova ordem nos canteiros de obras de todo o mun-

do. Reduzir a produção de resíduos e os impactos ambientais na construção civil significa economia e credibilidade numa sociedade que amplia e fortalece seus conceitos sobre o cuidado com o meio ambiente.

Pensando nisso, a Pernambuco Cons-trutora aplicou uma série de novas ações nas suas frentes de trabalho e acaba de conquistar mais um certificado de exce-lência, o ISO 14001.

Para receber esse certificado, a Per-nambuco Construtora precisou mapear todos os aspectos ambientais inerentes às suas atividades e padronizar ações e rotinas de controle, minimizando, assim, os impactos ambientais. “Foram mais de 50 serviços, envolvendo a parte de obras, área técnica e escritório”, explica a geren-te de Qualidade, Meio Ambiente, Segu-rança e Saúde Ocupacional da empresa, Maria Carolina Valente. De acordo com ela, muitas ações ambientais já eram rea-lizadas antes do processo de certificação, mas foram necessárias três ações para que tudo ficasse de acordo com as normas do ISO. Agora, com o 14001 e já tendo ob-tido o ISO 9001 (qualidade) e o OHSAS 18001 (segurança e saúde ocupacional), a Pernambuco Construtora passa a intro-duzir em suas ações o Sistema de Gestão Integrada (SGI). Reduzindo os impactos das obras nas comunidades, o atestado traz melhorias no uso consciente dos re-cursos naturais, diminuindo o consumo de água e energia; a destinação correta dos resíduos produzidos nas obras e no

escritório, reaproveitando materiais; e o cumprimento da legislação ambiental vigente.

Além de ações ambientais, a Pernam-buco Construtora adotou iniciativas so-ciais, de segurança e saúde para os seus funcionários. São atividades como gi-nástica laboral, campanha de vacinação antitetânica e antigripal e convênio com academias de ginástica. Associados a isso estão os programas de inclusão e capa-citação com o incentivo aos estudos, a

biblioteca na obra, a contratação de por-tadores de deficiência e jovens aprendizes e o contato prévio com a vizinhança para a instalação do canteiro de obras. Caroli-na Valente destaca a importância do con-tato com a comunidade localizada nos arredores da obra. Ela diz que essa pre-ocupação veio com o processo.“O nosso olhar para fora do canteiro mudou. Hoje, nós nos preocupamos com o entorno da obra, com a vizinhança, que mudará sua rotina a partir dela”, ressalta.

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Maria Carolina Valente, gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional da Pernambuco Construtora, foi uma das responsáveis pelas ações que resultaram na conquista do certificado

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boas práticas

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EDIFíCIo EColÓgICo lEvA ColEtA SElEtIvA A prÉDIoS ComErCIAIS E rESIDEnCIAISProjeto auxilia na preservação do meio ambiente ao destinar para reciclagem o lixo produzido por famílias e trabalhadores nos edifícios das grandes cidades

por daniel Vilarouca

NoNoNoNoNoNoNoN

Mark Burr, urbanista e ambientalista, é coordenador da ONG Ambiental 21 responsável por sensibilizar empresários e síndicos para a importância da coleta seletiva e implantação do projeto Edifício Ecológico

Você já parou para pensar na quan-tidade de lixo que uma única famí-

lia pode produzir em um ano e o desti-no que é dado a esses resíduos? Ao se fazer essa mesma pergunta, o urbanista e antropólogo Mark burr iniciou um es-tudo que deu origem ao projeto Edifí-cio Ecológico, que leva a coleta seletiva a prédios da Região Metropolitana do Recife e de Maceió. o objetivo é melho-rar as condições de vida de catadores e reduzir impactos ambientais.

”Em um ano, uma família produz uma quantidade de lixo equivalente ao peso de um elefante. Multiplique isso pelas várias famílias que moram em um edifício e, depois, pela quantidade de prédios comerciais e residenciais que existem nas grandes cidades. É um número preocupante. Principalmente quando a maioria das pessoas não sabe

que mais da metade desse lixo pode ser reciclado e, com isso, acaba jogando seus resíduos em qualquer lugar e de forma desordenada“, afirma Mark burr, coordenador da oNG Ambiental 21.

A organização é responsável por sensibilizar síndicos e empresários para a importância da coleta seletiva e implantar o projeto Edifício Ecológi-co nos prédios. o sistema é simples e barato. consiste, basicamente, na cons-cientização de moradores e pessoas que utilizam aquele espaço para que destinem corretamente os resíduos produzidos por eles.

Mark explica que todo o projeto pode ser implantado em uma semana e o único custo é com a aquisição de recipientes para a separação correta do lixo e a sinalização dos ambientes. ”Nós vamos até o edifício para uma

conversa com os moradores sobre co-leta seletiva e a destinação dos resí-duos. depois, vamos de porta em porta ratificando o que foi conversado cole-tivamente. Fazemos a instalação dos recipientes coletores, a sinalização e um acompanhamento por três meses”, explica o urbanista.

Por fim, a Ambiental 21 ainda es-tabelece contato entre um catador ou associação de recicladores para que fi-que responsável pela coleta do lixo na-quele edifício que acabou de receber o projeto. com isso, o catador pode in-crementar a sua renda mensal a partir da venda dos resíduos recicláveis.

Segundo Mark burr, a oNG procura um catador ou associação de recicla-dores que já atua com a coleta seletiva no bairro. A ideia é estreitar as relações entre esses profissionais e os condômi-nos para que a seleção do lixo se tor-ne mais ágil e eficaz. ”Em nosso site (www.edificioecologico.org.br), temos o depoimento de catadores que se sen-tem mais valorizados a partir do traba-lho com o Edifício Ecológico“, comenta.

Ainda há muito trabalho pela frente.com 76 apartamentos, divididos em

seis torres, o condomínio Residencial Quinta dos Portos, no Poço da Panela, bairro nobre do Recife, acaba de im-plantar o projeto Edifício Ecológico. há pouco mais de dois meses, seus mo-radores vêm separando o lixo de for-ma correta e já pensam em ampliar o sistema.

”A ideia foi apresentada por uma moradora durante a assembleia do con-domínio, foi aprovada e o Mark burr nos trouxe o projeto. Instalamos dois gru-pos de coletores por andar e a partici-pação dos condôminos e funcionários

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CAPA – CAderno VIdA SUSTenTÁVeL

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tem sido muito boa. Estamos pensando, inclusive, em levar esse sistema para a nossa caixa de lixo, pois o que sobra ainda é dispensado de forma muito de-sordenada“, diz Gustavo Mota, síndico do Quinta dos Portos.

Além deste, pouco mais de 500 edi-fícios comerciais e residenciais aderi-ram ao projeto Edifício Ecológico nas cidades do Recife, de Jaboatão dos Guararapes, Gravatá, camaragibe e Ma-ceió, esta última em Alagoas e as de-mais em Pernambuco. Parece um bom número, mas só na Região Metropoli-tana do Recife existem mais de 10 mil edifícios.

Por ano, a Ambiental 21 consegue implantar o sistema de coleta seletiva em 30 prédios. Uma lista com outros 200 edifícios espera para receber o projeto, mas eles carecem de recursos para a compra de coletores e instala-ção da sinalização. ”É um custo muito baixo, mas todos esses edifícios estão com suas contas comprometidas com a

manutenção predial. o que não deixa reservas para um projeto como este“, argumenta Mark burr.

de acordo com ele, a oNG está em busca de parceiros para financiar o projeto. A organização se compromete a colocar a marca dos patrocinadores nas peças gráficas e nos materiais pro-duzidos para o Edifício Ecológico. ”Ima-gine um supermercado patrocinando

o projeto. Seria muito interessante, até para o próprio supermercado, pois grande parte do lixo que produzimos vem de produtos que compramos nes-ses estabelecimentos. A empresa po-deria ser pioneira no ramo ao promover a sustentabilidade e incentivar a reci-clagem dos resíduos que são gerados a partir do que consumimos“, conclui o ambientalista.

A coleta do lixo nos prédios e condomínios é feita sempre por uma pessoa ou associação de catadores que já realiza a coleta seletiva no bairro. É uma maneira de valorizar o trabalho desse profissional

CAPA – CAderno VIdA SUSTenTÁVeL

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ColEtA SElEtIvA É FoCo DE FÓrum DE ConStrução SuStEntávEldurante o encontro, o Movimento Vida Sustentável lançou o seu site, um espaço para diálogo e troca de experiências

por daniel Vilarouca

O Movimento Vida Sustentável realizou, no auditório do Sinduscon-PE, o 10º Fó-

rum Pernambucano de Construção Sustentável. A iniciativa é uma parceria do Sindicato da In-dústria da Construção Civil em Pernambuco, da revista Construir Nordeste e do Governo do Estado, que, mensalmente, promovem o en-contro para debater projetos que trabalham a sustentabilidade. Na ocasião, também foi lan-çado o site do Movimento, um novo espaço onde o internauta encontrará detalhes sobre vida sustentável.

Estiveram presentes ao Fórum especialistas e gestores de projetos que aplicam a sustenta-bilidade no dia a dia de empresas, condomí-nios e na construção civil, como o professor Romildo Morant, que apresentou o trabalho Propostas de Regulamento Técnico para a Re-dução do Desperdício na Construção Civil. Já a bióloga Olga Marinho trouxe a experiência vi-vida dentro da Secretaria de Administração do Estado e nas unidades do Expresso Cidadão.

Ela e sua equipe vêm implantando a co-leta seletiva em órgãos públicos e detalham os ganhos com a iniciativa. “Já conseguimos implantar o projeto em cinco unidades do Expresso Cidadão em Pernambuco e na Se-cretaria de Administração. Só no nono andar da Secretaria, conseguimos ter uma redução de 75% nos gastos com copos descartáveis. Em valores, isso equivale a R$ 829,44”, desta-cou Olga Marinho.

Em meio à verticalização dos grandes centros urbanos, Mark Burr apresentou o projeto Edifício Ecológico, que promove a coleta seletiva em condomínios. O trabalho promove parcerias entre moradores de edifí-cios e associações de catadores. Os primeiros tratam de separar o lixo reciclável para que os catadores deem a destinação correta a esses resíduos.

“Devemos praticar a coleta seletiva e reci-clar o nosso lixo. Do contrário, não teremos mais onde colocar tantos dejetos. Só para se

ter ideia, uma família pequena pode produzir, em um ano, uma quantidade de lixo equiva-lente ao peso de um elefante”, comentou Burr.

Durante o encerramento do Fórum, Re-nato Leal, da revista Construir Nordeste, apre-sentou o site do Movimento Vida Sustentável. “Eu fico feliz em dizer que as duas palavras que mais ouvimos aqui foram educação e in-formação, que são a chave para uma vida sus-tentável. Por isso, colocamos no ar, hoje, o site do nosso movimento”, disse.

Segundo ele, o site é um espaço onde os internautas podem encontrar artigos, estu-dos, legislação, entre outros documentos que contribuirão para pesquisas e projetos de sustentabilidade. A proposta é articular uma rede de pessoas interessadas no tema. “É um site com a cara do Nordeste, mas que preten-de dialogar com o Brasil e o mundo. Inclusive trazendo técnicos e especialistas de outros es-tados para a troca de experiências”, finalizou Renato Leal.

Renato Leal apresentou o site do Movimento Vida Sustentável. um espaço onde pessoas interessadas em sustentabilidade vão encontrar estudos e publicações sobre o tema

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SIStEmAS DE monItorAmEnto E plAnEjAmEnto vIAbIlIZAm SMArT CITIESSistemas informatizados ajudam a prever e diagnosticar problemas em bairros planejadospor Yuri Assis

O planejamento urbano sustentável requer o uso de sistemas inteligen-

tes que captem e analisem dados. É dessa forma que se viabiliza a existência de uma smart city, isto é, uma cidade informati-zada, cujo desenvolvimento parte de uma definição estratégica. O monitoramento dos dados ajuda a traçar um perfil urbano, indicando quais as principais ações a serem tomadas com o fim de aperfeiçoar a gestão de recursos.

Esta foi a temática da palestra Uso da Tecnologia e de Processos na Construção de Cidades Mais Inteligentes, apresentada pela Business Development Executive para Smarter Cities da IBM Brasil, Débora Li-nhares Barros. A conferência fez parte da 11ª edição do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, que ocorreu no

Sindicato da Indústria de Construção Civil de Pernambuco – Sinduscon-PE.

“Montar um banco de dados auxilia na tomada de decisões, permitindo antecipar problemas e resolvê-los de forma proativa”, explica Débora Barros. “A finalidade dessas ferramentas é melhorar a coordenação de recursos, com maior gestão de controle”, destaca. A executiva ainda ressalta que o conceito smart passa pela instrumentação e pela interconexão para chegar à fase da inteligência. “É necessário prover os instru-mentos que vão captar os dados e integrá--los para compor esse painel”, detalha.

Dessa forma, por exemplo, pode-se di-minuir o desperdício de água, localizando o fator responsável pelo mau uso. Outros itens também podem ser monitorados des-sa maneira, como o tráfego e a distribuição

de energia. A implantação de um bairro inteligente incluiria a previsão de todos os fatores envolvidos em diversas situações re-ferentes à sua estrutura. “O sistema calcula-ria as condições necessárias para construir o bairro de forma sustentável e com plane-jamento de recursos”, completa Débora.

As metrópoles brasileiras devem ficar mais afeitas ao conceito smart até 2016. “Estamos recebendo uma série de eventos e empreendimentos que demandam um enquadramento nessa proposta, como, por exemplo, a expansão portuária do Recife”, pontua a executiva. “Os gestores precisam identificar quais projetos necessitam re-ceber investimento para aproximá-los do contexto smart. Só a visão de conjunto ad-vinda da captação de dados possibilitaria essa escolha”, finaliza.

FoToS: AGÊNcIA ANTôNIo RodRIGo

Para Débora Linhares, o uso de sistemas inteligentes diminui os gastos com a manutenção urbana e o desperdício de produtos essenciais como a água

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fórum

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SIStEmA DE CotAS ImobIlIárIAS ChEgA Ao norDEStEFormato de vendas começa a se consolidar no brasil, mas ainda esbarra na falta de planejamento do brasileiro

Muito utilizado fora do Brasil e já conhecido nas regiões Sul e

Centro-oeste do país, o sistema de co-tas imobiliárias representa um ótimo investimento para famílias que pro-gramam suas férias. Com estrutura de resort, o comprador pode usar o imó-vel em períodos específicos do ano e, quando não estiver ocupando-o, dis-ponibilizar para locação. O primeiro empreendimento a utilizar o sistema no Nordeste fica pronto em 2015.

O modelo já existe nas américas do Norte e Central, Caribe e Europa onde é conhecido como “fractional”.

por Rafael Sabóia

O sistema de cotas imobiliárias é con-siderado inteligente, pois possibilita a compra, a baixo custo, de um imóvel num empreendimento de luxo com a estrutura e comodidades de um resort. Isso porque o valor do apartamento será fracionado entre os diferentes cotistas que irão utilizar o espaço em momentos distintos do ano.

Ou seja, no sistema “fractional”, o mesmo imóvel será vendido a mais de uma pessoa. Com isso, o custo para ad-quirir o apartamento cai, uma vez que o valor total do espaço será dividido e proporcionalizado à quantidade de

vezes que o novo proprietário utilizar o imóvel. É daí que deriva a expressão “cotistas” usada no Brasil para definir o sistema, pois cada pessoa assume uma cota na compra do apartamento.

Cada cota compreende o período mínimo de cinco semanas que podem ser distribuídas, ao longo do ano, da maneira que o comprador desejar. Cada comprador pode adquirir uma ou mais cotas. Desta forma, um casal pode comprar as cotas dos meses de janeiro e julho, por exemplo, e apro-veitar, em família, as férias escolares dos filhos.

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Economia E nEgócios

Construído em Pitimbú, litoral paraibano, o resort Collina Del Mare fica pronto em 2015 e será inteiramente comercializado no sistema de cotas imobiliárias

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As semanas não precisam ser seguidas, como no caso citado. Elas podem ser distri-buídas aleatoriamente durante o ano, desde que não se choquem com as datas escolhidas por outra pessoa que já tenha adquirida estas cotas.

A ideia é oferecer momentos de conforto e lazer aos compradores de forma perpétua, uma vez que quitada a cota, o comprador recebe uma escritura pública autônoma do imóvel. Logo, fica registrado, no cartório da cidade onde o empreendimento está instala-do, que o apartamento é do seu comprador pelo resto da vida. Especificamente, naquele período do ano que escolheu.

paraíba recebe o primeiro sistema de cotas do NE

O primeiro empreendimento a usar o sis-tema de cotas imobiliárias no Nordeste será construído em Pitimbú, no litoral paraiba-no. A iniciativa é da incorporadora CCTM (Consultoria, Comercialização, Treinamen-to, Marketing em Hotelaria, Turismo e Imo-biliária) que entregará o resort Collina Del Mare em 2015.

“A venda dos imóveis já inicia no pri-meiro semestre de 2013”, adianta o geren-te comercial da empresa, Guilherme Pes-soa. Segundo ele, investir num sistema de cotas é mais vantajoso ao comprar uma segunda residência porque não envolve altos valores na negociação, nem com-promete o orçamento familiar.

“Dependendo do empreendimento e do tamanho do imóvel, o valor de um apartamento no sistema de cotas varia entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. Diferente-mente, de um que não seja vendido a par-tir deste modelo, que pode custar quatro vezes mais”, explica o gerente. “Sem con-tar que, no sistema de cotas, o comprador ainda dispõe de todo o conforto e como-didade de um resort”, completa.

Guilherme Pessoa se refere aos ser-viços de hotelaria prestados dentro do resort. São camareiras, arrumadeiras, manobristas, recepcionistas, entre outros profissionais que ajudam na manutenção do local. Estas equipes são mantidas a partir de uma espécie de “taxa de con-domínio” que também é fracionada com base na quantidade de cotas adquiridas

pelo comprador. “Você paga uma taxa re-ferente apenas ao tempo em que ocupa o imóvel”, diz.

Segundo ele, com o empreendimento pronto, todos os serviços de manuten-ção passam a ser administrados por uma empresa que terceiriza os funcionários e cuida para dar ao local o luxo e o con-forto de um resort. Com isso, a “taxa de manutenção” pode variar entre R$ 120 e R$ 150, a depender também do tamanho do imóvel.

De acordo com Guilherme Pessoa, a CCTM escolheu o Nordeste para insta-lar seu mais novo empreendimento por ser uma região em franca expansão e que atrai investimentos nas áreas turísticas e imobiliárias, especialmente no tocan-te a lazer e férias. Ele conta que muitos clientes de outras regiões do país já têm demonstrado interesse no Collina Del Mare.

“O nosso público alvo é composto por famílias com filhos cujos pais estejam na idade compreendida entre os 28 e 55 anos, que procuram oferecer aos seus amigos e familiares um resort de luxo, com serviços hoteleiros completos e que atenda os desejos de lazer de todas as ida-des do grupo familiar”, exemplifica.

o brasileiro ainda não planeja suas férias

A funcionária pública do Rio de Ja-neiro, Deise Pacheco, comprou uma cota imobiliária no resort Le Jardim Suítes, localizado em Caldas Novas, no estado de Goiás. Este é mais um dos empreendi-mentos da CCTM que possui ainda o Ma-rina Flat & Náutica, o Mirante da Serra e o Atrium Thermas Residence.

“Descobri que existia esse tipo de sistema quando visitava Caldas Novas. Então, conheci o Le Jardim e achei um ótimo negócio a se fazer, pois há a pos-sibilidade de retorno financeiro. Minha última estada lá foi em outubro e tenho direito a voltar em março, mas como não poderei ir, vou deixar para locação”, lem-bra Deise Pacheco.

Para Eduardo Moura, presiden-te da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco

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Economia E nEgócios

FoTo

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LINS

Guilherme Pessoa, gerente comercial da CCTM, garante que aderir ao sistema de cotas é mais econômico e vantajoso ao comprar uma segunda residência

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(ADEMI-PE), o sistema de cotas amplia o mercado imobiliário e é um formato que deu certo na Europa e agora se con-solida no Brasil. “O sistema beneficia a quem não pretende ter um empreendi-mento que custe caro, sem usá-lo cons-tantemente. Com as cotas, o consumidor poderá comprar uma residência, com um preço bem mais acessível a ele, na qual irá escolher quando pretende desfrutar”, afirma.

Moura aponta a barreira cultural como uma das razões para que o sistema de co-tas ainda não seja tão conhecido entre os brasileiros. “O grande problema do brasi-leiro é a falta de planejamento. Nós ainda não sabemos programar nossas férias ou quando teremos momentos de ócio. Isso não ocorre com os Europeus que já sabem sua programação pré-estabelecida. Talvez, essa ainda seja uma barreira cultural que nós, latino-americanos, temos. Um siste-ma tão positivo, como é o de cotas, não pode ficar desconhecido”, conclui.

As vantagens de investir num empreendimento através do sistema de cotas imobiliárias:

Baixo valor de investimento

Ao término da obra, uma administradora cuidará do imóvel

Baixo custo de manutenção, pois o valor é dividido entre os proprietários/cotistas

A cota pode ser adquirida diante da necessidade de lazer e férias da família

Gerenciamento hoteleiro com padrão de serviço e qualidade

Apartamento entregue totalmente mobiliado, equipado e decorado. Incluindo enxoval de cama, mesa e banho

Possibilidade de intercâmbio com outras cidades e países que adotam o sistema de cotas imobiliárias

Patrimônio familiar

Escritura autônoma de propriedade registrada em cartório

Perpetuidade

Herdável

Retorno financeiro, pois quando não estiver ocupando o imóvel, o proprietário pode disponibilizá-lo para locação

Garantia de férias confortáveis para o resto da vida

Economia E nEgócios

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Construir eConomia

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EuA, brASIl E ChInA: A QuAIS rEFlExÕES noS lEvA o AtuAl momEnto DESSES mErCADoS ImobIlIárIoS?

Eclodiu, há apenas quatro anos, a crise imobiliária nos EUA, assom-

brando o mundo e revelando as fragi-lidades da economia americana, dada a propagação pelo seu mercado financei-ro. De lá para cá, muita coisa mudou. E mudou principalmente no Brasil, que, diferentemente dos EUA, vivenciou os efeitos de um mercado imobiliário aquecido depois de décadas de total contração.

Estatísticas recentes (até setem-bro/12) mostram que o movimento de recuperação da indústria imobiliá-ria americana sinaliza dias melhores à frente. A aposta dos analistas é que tal trajetória de crescimento seja consis-tente, muito embora eles estimem que seu impacto no conjunto da econo-mia da era Obama não será percebido tão cedo. Os números do Escritório do Censo dos EUA/Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urba-no apontam uma expansão de 35% do número de unidades de construções iniciadas, no comparativo setembro/12 com setembro/11, e de 15% no mensal (setembro/12 com agosto/12), sendo este o melhor resultado dos últimos quatro anos, surpreendendo os obser-vadores de plantão. Quando se observa o ritmo dos últimos seis meses desse indicador com o dos seis meses imedia-tamente anteriores, a expansão atinge 9%. Mas o que mostra a volta do “ape-tite” do mercado imobiliário americano é a análise conjunta desses números de construções iniciadas com os de auto-rizações para construir. Estes últimos, de setembro/11 para setembro/12, au-mentaram 45% e, no comparativo dos últimos seis meses com os seis meses imediatamente anteriores, cresceram

12%. Na última observação mensal di-vulgada (setembro/12 – agosto/12), a expansão acompanha essa mesma mé-dia (12%). Sabe-se que um mercado saudável vive do presente, mas princi-palmente de suas expectativas futuras, e ao que parece estas são positivas por lá. Também é interessante ressaltar a queda nos estoques de unidades que estavam no mercado americano, sendo grande parte fruto de distratos dos clientes que não conseguiram honrar seus financia-mentos. Isso oxigena o novo mercado, além de já se verificar que os bancos re-tornaram à concessão dos financiamen-tos à produção.

Essas notícias chegam num mo-mento em que uma parte das gran-des empresas do mercado imobiliário brasileiro de capital aberto anunciou desempenhos negativos no acumula-do do ano, no período de janeiro a se-tembro/12, contra igual intervalo em 2011, nos indicadores de lançamentos e vendas contratadas. Mas vale ressaltar que algumas outras seguem crescen-do de forma estruturada e consistente,

demonstrando que esse mercado, como outros, é soberano, mas, indiscutivel-mente, caprichoso. Então, atenção a ele!

Como num jogo de xadrez, é impor-tante refletir muito e planejar antes de dar os próximos passos. As várias in-formações e/ou evidências do momento atual, quer seja do mercado imobiliário nacional, quer do internacional, devem ser correlacionadas com variáveis ou-tras que interferem nos exercícios de projeção futura.

Se hoje trago as estatísticas imobi-liárias americanas positivas, chamo a atenção para o nosso momento, para a economia brasileira numa fase de juros mais baixos. Recomendo observar a di-nâmica recente de outros mercados, Eu-ropa e China. Este último enfrenta um problema que se traduz em 64 milhões de imóveis vazios, em seus mais varia-dos segmentos (casas, apartamentos, escritórios, shoppings), resultado da grande expansão do crédito no país e do enorme investimento na atividade. Se-gundo especialistas no mercado chinês, o estouro da temida bolha imobiliária se avizinha. Como já assistimos a esse filme há quatro anos e não gostamos, certamente, não há o mínimo desejo em assisti-lo novamente.

mônica mercês*

*Mônica Mercês é economista e assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da Diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvi-mento Imobiliário – QGDI.

Como num jogo de xadrez, é importante refletir muito e planejar antes de dar os próximos passos

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Os valores ao abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção – CUB/

m², calculados de acordo com a Lei Federal nº 4.591, de 16/12/64, e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Esses custos unitários foram calculados con-forme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a ante-rior, com a designação de CUB/2006.

Na formação desses custos unitários bá-sicos, não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na de-terminação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramen-tos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores,

bombas de recalque, incineração, ar-condicio-nado, calefação, ventilação e exaustão, entre outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços com-plementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; outros ser-viços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais; projetos arquitetônicos, estrutural, de instalação, especiais; remuneração do constru-tor; remuneração do incorporador.

Os preços unitários dos insumos cons-tantes do lote básico foram cotados no perí-odo de: 1 a 23 de setembro de 2012. A partir de fevereiro de 2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721:2006, adotamos o projeto--padrão R-16-N como o novo CUB Padrão do Sinduscon/PE e passamos a divulgar os valores referentes a materiais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam esse CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses.

projEtoSpADrão DE

ACAbAmEntoprojetos- -pAdrões

r$/ m²

vArIAção pErCEntuAl

mEnSAlACumulADo

no AnoACum. Em 12 mESES

RESIDENCIAIS

R-1 (Residência Unifamiliar)

Baixo 1.089,70 0,26% 10,13% 10,14%

Normal 1.322,72 0,20% 10,34% 10,37%

Alto 1.680,97 0,20% 9,47% 9,49%

PP-4 (Prédio Popular)Baixo 997,38 0,36% 7,98% 8,13%

Normal 1.246,45 0,28% 10,52% 10,71%

R-8 (Residência Multifamiliar)

Baixo 943,12 0,39% 7,95% 8,16%

Normal 1.064,61 0,28% 9,38% 9,60%

Alto 1.351,61 0,32% 9,61% 9,81%

R-16 (Residência Multifamiliar)

Normal 1.038,34 0,31% 9,21% 9,45%

Alto 1.337,67 0,31% 9,06% 9,39%

PIS (Projeto de Interesse Social)

716,10 0,36% 9,04% 8,91%

RP1Q (Residência Popular)

1.029,09 0,22% 8,31% 8,31%

COMERCIAIS

CAL-8 (Comercial Andares Livres)

Normal 1.204,78 0,35% 9,51% 9,80%

Alto 1.323,07 0,37% 9,95% 10,15%

CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)

Normal 1.023,35 0,30% 9,37% 9,67%

Alto 1.153,55 0,30% 10,07% 10,20%

CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)

Normal 1.362,83 0,32% 9,15% 9,46%

Alto 1.535,91 0,32% 9,87% 10,01%

GI (Galpão Industrial) 575,94 0,35% 7,61% 7,75%

novEmbro DE 2012

Custo uNitÁRio BÁsiCo – CuB

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Danyelle monteiro*

vEnDAS DE ImÓvEIS ComErCIAIS AQuECIDAS nA rEgIão mEtropolItAnA Do rECIFE

Com a crescente instalação de novas empresas em Pernambuco — além das

que estão ampliando sua capacidade pro-dutiva (cerca de 472 projetos apresentados à Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – Ad Diper, entre 2007 e 2011), gerando mais emprego e renda —, o efeito multiplicador na economia não tardou a aparecer, e o setor imobiliário, mais espe-cificamente as empresas que trabalham com imóveis comerciais, já vem contribuindo com um índice de velocidade de vendas mais robusto nos últimos anos. Para se ter uma ideia, enquanto o ano de 2008 registrou 318 vendas na Região Metropolitana do Recife – RMR, em 2011 o resultado mais que tripli-cou, registrando 1.184 vendas de imóveis co-merciais na região. No acumulado de 2012, de janeiro a outubro, já foram comercializa-das 874 unidades, espalhadas entre os bairros de Casa Amarela, da Boa Vista, do Paiva, do Espinheiro, de Boa Viagem, da Ilha do Leite, do Pina e do Cabo.

Ao realizarmos o cruzamento entre os bairros de localização desses imóveis e a área em metro quadrado, as estatísticas apontam que, nos anos de 2008, 2009 e 2010, a maior parte dos imóveis comerciais possuíam área entre 35 e 50 m², enquanto nos anos de 2011 e 2012 (de janeiro a outubro) o destaque fo-ram aqueles com área entre 20 e 35 m². No tocante à localização desses imóveis comer-ciais vendidos anualmente, os bairros de Boa Viagem, do Pina e de Casa Amarela sobres-saíram no intervalo de 2008 a outubro de 2012, conforme nos mostra a Tabela I.

Quando analisamos o total das vendas de imóveis comerciais na RMR no período em questão por todas as faixas de metro quadra-do, predominaram as vendas de imóveis com área entre 35 e 50 m² (39,2% das vendas) e aqueles com área entre 20 e 35 m² (31,3% do total). Outro número que se destacou foi o do percentual de vendas de imóveis comerciais

maiores, com área de 80 m² ou mais (18,1%), seguidos pelos imóveis com área entre 50 e 65 m² (7,5% das vendas). Pela continuidade do crescimento da economia pernambuca-na e pelos investimentos que diariamente chegam ao Estado, só nos resta aguardar as

*Economista, conselheira do Conselho Regional de Economia de Pernambuco – Corecon-PE, atua na unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.

GRÁFICO I - TOTAL DAS VENDAS EM VALORES ABSOLUTOS – DE 2008 A 2012*

próximas estatísticas apresentadas pela Pes-quisa do Índice de Velocidade de Vendas – IVV, da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, para acompanharmos o rebatimento desses investimentos no setor imobiliário da região.

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INDICADORES IVV

Fonte: UPTEC / Fiepe (Pesquisa do IVV) *De janeiro a outubro de 2012

Fonte: UPTEC / Fiepe (Pesquisa do IVV) *De janeiro a outubro de 2012

Fonte: UPTEC / Fiepe (Pesquisa do IVV) *De janeiro a outubro de 2012

TABELA I – PERCENTUAL DE VENDAS DOS BAIRROS DESTAQUES – DE 2008 A 2012*

TABELA II - TOTAL DAS VENDAS DE IMÓVEIS COMERCIAIS POR FAIXAS DE M² - DE 2008 A 2012*

2008 2009 2010 2011 2012

BAIRRO-DESTAQUE Boa Viagem Boa Viagem Pina Boa Viagem Casa Amarela

PARTICIPAÇÃO (%) NO TOTAL 71,4 43,4 55,9 51,3 26,3

Faixas em m² 2008 2009 2010 2011 2012 total% de vendas

por faixas

Até 20 m² 0 0 0 89 0 89 2,7

20-35 m² 33 29 62 443 459 1.026 31,3

35-50 m² 267 157 302 218 341 1.285 39,2

50-65 m² 6 32 146 30 32 246 7,5

65-80 m² 0 0 11 17 7 35 1,1

80 m² ou + 12 61 98 387 35 593 18,1

Total 318 279 619 1.184 874 3.274 100,0

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insumos

novEmbro-2012 - Cotação no período de 01 a 23-08-2012.Esta seção contém a listagem de preços unitários de insumos para construção civil. Responsabilidade técnica do engenheiro clelio Fonseca de Morais (cREA nº 041752. Titular da cM-Assessoria de obras Ltda.) Fone: (81) 3236.2354 - 9108.1206 | [email protected] | www.cleliomorais.com.br Assinantes da Revista construir Nordeste têm desconto de 50% sobre o preço da assinatura anual da lista de preços de serviços, contendo a listagem resumida de preços unitários (com preços unitários de materiais e mão de obra separados); um quadro com diversos indicadores econômicos e setoriais dos últimos 13 meses, e mais outras informações interessantes para o setor.

AglomErAntES

Cal hidratado Calforte Narduk kg 0,59 Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg)

sc 5,85

Cimento Portland kg 0,410

Cimento Portland (saco c/ 50 kg) sc 20,71

Cimento branco específico Narduk kg 1,02 Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg)

sc 40,99

Gesso em pó de fundição (rápido) kg 0,39 Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg)

sc 15,71

Gesso em pó para revestimento (lento) kg 0,31 Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg)

sc 12,50

Gesso Cola kg 1,27

Gesso Cola (saco com 5kg) sc 6,33

ArtEFAtoS DE CImEnto

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa)

un 1,55

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa)

un 1,75

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa)

un 2,07

Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa)

un 2,40

Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa)

un 3,05

Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's aberta 60x40x40cm

un 56,33

Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's fechada 60x40x50cm

un 71,97

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x50x40cm

un 74,83

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x45x60cm

un 86,33

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's fechada 70x45x60cm

un 73,00

Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm

un 2,80

Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm

un 4,20

Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm

un 4,90

Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm

un 4,20

Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm

m2 15,13

Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm

m2 16,10

Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm

un 15,50

Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2

m 8,17

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 28,00

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 30,50

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 32,67

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 35,50

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2)

m2 33,67

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2)

m2 37,33

Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma)

m2 31,83

Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1

m 12,60

Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1

m 19,12

Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1

m 27,92

Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1

m 35,68

Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1

m 55,25

Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1

m 105,30

Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1

m 154,60

Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1

m 230,00

Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2

m 45,00

Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2

m 56,15

Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2

m 73,00

Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2

m 106,00

Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2

m 187,25

Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2

m 249,50

Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2

m 469,00

Verga de concreto armado de 10x10cm m 12,45 Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m

m 8,13

Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m

m 8,72

Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m

m 7,32

Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m

m 7,91

Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m

m 7,38

Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m

m 12,97

Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m

m 7,62

Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m

m 14,53

Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m 8,12

Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m 8,91

ArtEFAtoS DE FIbroCImEnto

Caixa d'água cônica CRFS de 250 litros c/tampa Brasilit

un 79,02

Caixa d'água cônica CRFS de 500 litros c/tampa Brasilit

un 142,95

Caixa d'água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit

un 257,17

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit

un 4,62

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit

un 4,62

Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit

un 49,90

Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit

un 49,90

Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit

un 34,07

Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit

un 34,07

Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit

un 34,07

Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit un 126,18

Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit un 163,72

Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit un 220,99

Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit un 239,94

Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit un 254,74

Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit un 203,93

Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit un 456,09

Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit un 504,33

Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit un 557,78

Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit un 626,55 Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit

un 7,01

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit

un 12,48

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit

un 12,86

Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit

un 115,55

Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit

un 162,96

Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit

un 186,39

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit

un 28,06

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit

un 32,63

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit

un 38,80

Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit

un 46,08

Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit

un 52,23

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit

un 33,63

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit

un 39,13

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit

un 46,90

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit

un 54,42

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit

un 62,87

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit

un 39,50

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit

un 49,70

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit

un 59,50

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit

un 69,70

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit

un 79,90

AgrEgADoS

Areia fina m3 42,50

Areia grossa m3 45,00

Saibro m3 36,67

Barro para aterro m3 23,33

Barro para jardim m3 32,50

Pó de pedra m3 43,33

Brita 12 m3 75,00

Brita 19 m3 75,00

Brita 25 m3 73,33

Brita 38 m3 66,67

Brita 50 m3 63,33

Brita 75 m3 64,00

Pedra rachão m3 49,33

Paralelepípedo un 0,38

Meio fio de pedra granítica m 8,50

ArgAmASSA prontA

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg)

sc 5,47

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno

kg 0,27

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg)

sc 10,08

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo

kg 0,51

Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg)

sc 21,93

Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg)

sc 23,21

Massa para alvenaria (saco 40kg) sc 12,22 Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg)

sc 4,59

Reboco externo pronto (saco 20kg) sc 6,02

Rejunte aditivado interno (saco 40kg) sc 47,06

Rejunte aditivado interno Narduk kg 1,18 Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg)

sc 57,14

Page 95: Revista Construir Nordeste - Edição 65

| DEZEMBRO 201294 | DEZEMBRO 2012 | | 95

insumos

Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 400m

un 187,78

Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm - rolo com 250m

un 99,75

Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm - rolo com 500m

un 185,34

bombAS CEntríFugAS

Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider

un 511,67

Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider

un 546,00

Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider

un 578,67

Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider

un 773,33

Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider

un 832,00

Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider

un 668,73

Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider

un 1.344,53

Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider

un 1.659,50

Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider

un 444,00

Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider

un 518,00

Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider

un 563,33

Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG

un 162,67

Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG

un 166,00

Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG

un 205,00

Bóia para bomba com 10 amperes un 42,67

Bóia para bomba com 20 amperes un 42,73

CArpEtES

Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm

m2 11,23

Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm

m2 12,15

ConCrEto uSInADo

Concreto usinado FCK=10MPa m3 236,50

Concreto usinado FCK=15MPa m3 240,50

Concreto usinado FCK=15MPa bombeável m3 261,00

Concreto usinado FCK=20 MPa m3 256,50

Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável m3 277,50

Concreto usinado FCK=25 MPa m3 281,33

Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável m3 295,00

Concreto usinado FCK=30 MPa m3 293,00

Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável m3 315,00

Concreto usinado FCK=35 MPa m3 310,00

Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável m3 332,50

Taxa de bombeamento m3 32,50

ESQuADrIAS DE AlumínIo

Janela de alumínio com bandeira m2 313,33

Janela de alumínio sem bandeira m2 280,00 Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m

m2 306,67

Porta de alumínio com saia e bandeira m2 440,00

ESQuADrIAS DE FErro

Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4"

m2 283,33

Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) m2 326,67 Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12

m2 510,00

Tubo de ferro preto de 2" m 18,37

Tubo de ferro preto de 4" m 38,76

Tubo de ferro preto de 6" m 90,87

Tubo de ferro galvanizado de 2" m 31,12

Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2" m 38,98

Tubo de ferro galvanizado de 4" m 86,13

EQuIpAmEntoS ContrA-InCênDIo

Adaptador de 2.1/2"x1.1/2" un 56,07

Adaptador de 2.1/2"x2.1/2" un 68,37 Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial

un 245,33

Chave Storz un 17,67

Esguicho Jato sólido de 1.1/2" un 54,33

Extintor de água pressurizada 10 litros un 120,00

Extintor de CO2 de 6kg un 461,00

Extintor de pó quimico 4kg un 96,60

Extintor de pó quimico 6kg un 112,27

Extintor de pó quimico 8kg un 147,33

Extintor de pó quimico 12kg un 179,33 Mangueira predial de 1.1/2" x 15m com união

un 215,00

Mangueira predial de 1.1/2" x 30m com união

un 403,33

Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m un 957,50

Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m un 977,50

Registro Globo 45° de 2.1/2" un 136,50 Tampa de ferro fundido de 60x40cm "incêndio"

un 225,67

Tampão cego de 1.1/2" T.70 articulado un 60,12

ESQuADrIAS DE mADEIrA

Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m

un 60,85

Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m

un 55,25

Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m

un 55,75

Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m

un 64,67

Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI

un 68,30

Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI

un 66,55

Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI

un 74,02

Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI

un 84,44

Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

un 167,30

Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

un 198,07

Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

un 242,67

Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m

un 241,77

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

un 182,00

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

un 203,00

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

un 219,25

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

un 154,26

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

un 160,26

Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

un 185,67

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m

un 216,00

Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 45,33

Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 106,33

Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera

un 55,00

EQuIpAmEntoS

Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador)

h 75,83

Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m)

mês 12,00

Betoneira elétrica de 400L sem carregador mês 344,55

Compactador CM/13 elétrico mês 363,33

Compactador CM/20 elétrico mês 688,08

Cortadora de piso elétrica mês 411,10

Furadeira industrial Bosch ref. 1174 mês 201,67

Guincho de coluna (foguete) mês 302,33

Mangote vibratório de 35mm mês 78,00

Mangote vibratório de 45mm mês 78,00

Motor elétrico para vibrador mês 87,00

Pistola finca pinos mês 170,00

Pontalete metálico regulável (1 peça) mês 6,33

Serra elétrica circular de bancada mês 190,22

FErroS

Ferro CA-25 de 12,5mm kg 2,95

Ferro CA-25 de 20mm kg 3,26

Ferro CA-25 de 25mm kg 3,21

Ferro CA-50 de 6,3mm kg 3,68

Ferro CA-50 de 8mm kg 3,70

Ferro CA-50 de 10mm kg 3,42

Ferro CA-50 de 12,5mm kg 3,25

Ferro CA-50 de 16mm kg 3,23

Ferro CA-50 de 20mm kg 3,31

Ferro CA-50 de 25mm kg 3,09

Ferro CA-50 de 32mm kg 3,05

Ferro CA-60 de 4,2mm kg 3,40

Ferro CA-60 de 5mm kg 3,43

Ferro CA-60 de 6mm kg 3,33

Ferro CA-60 de 7mm kg 3,30

Ferro CA-60 de 8mm kg 2,61 Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

kg 5,59

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

m2 5,56

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

kg 5,55

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

m2 8,49

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

kg 5,50

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

m2 9,89

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

kg 5,64

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

m2 12,40

ForroS, DIvISÓrIAS E SErvIçoS DE gESSo

Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória

un 7,50

Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm

un 3,25

Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado

m 15,00

Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado

m 18,00

Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado

m 22,50

Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2cm aplicada

m 15,00

Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3cm aplicada

m 19,00

FErrAgEnS DE portA

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte

un 4,31

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte

un 4,55

Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte

un 8,74

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte

un 81,22

Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte

un 61,11

Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte

un 60,25

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte

un 56,31

Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte

un 46,41

Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte

un 46,41

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte

un 73,87

Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte

un 49,67

Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte

un 54,59

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte

un 127,63

Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte

un 101,49

Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte

un 101,49

grAnItoS

Granilha nº 02 (saco com 40kg) sc 10,40

Rejunte aditivado flexível externo Narduk kg 1,43

ArAmES

Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm kg 5,70 Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm kg 5,79

Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm kg 6,47

Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm kg 6,83

Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm kg 8,19

Arame recozido 18 BWG preto kg 6,67 Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 250m

un 117,42

Page 96: Revista Construir Nordeste - Edição 65

| DEZEMBRO 201296 |

insumos

Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm

m2 132,75

Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm

ml 174,34

Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm

ml 23,43

Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm

ml 29,17

Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm

ml 19,67

ImpErmEAbIlIZAntES

Acquella (galão de 3,6 litros) gl 66,41

Acquella (lata de 18 litros) lata 295,11

Bianco (galão de 3,6 litros) gl 32,11

Bianco (balde de 18 litros) bd 140,05

Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) kg 38,83 Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6 litros)

gl 32,52

Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18 litros)

bd 132,22

Frioasfalto (galão de 3,9 kg) gl 23,60

Frioasfalto (balde de 20kg) bd 117,17

Neutrol (galão de 3,6 litros) gl 55,71

Neutrol (lata de 18 litros) lata 221,08

Vedacit (galão de 3,6 litros) bd 16,35

Vedacit (balde de 18 litros) bd 64,78

Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg) gl 39,26

Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg) bd 143,38

Vedaflex (cartucho com 310ml) cart 25,70

Vedapren preto (galão de 3,6 litros) gl 37,34

Vedapren preto (balde de 18kg) bd 142,75

Vedapren branco (galão de 4,5 kg) gl 68,93

Vedapren branco (balde de 18kg) bd 213,08

Sika nº 1 (balde de 18 litros) bd 57,66

Igol 2 (balde de 18kg) bd 136,43

Igol A (balde de 18kg) bd 201,48

Silicone (balde de 18 litros) bd 170,01

mADEIrAS

Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm m2 71,74

Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm m2 78,05

Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm m 8,93 Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm

m2 29,50

Folha de "fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25m

un 47,97

Folha de "fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25m

un 43,47

Estronca roliça tipo litro m 1,80

Barrote de madeira mista de 6x6cm m 5,82

Sarrafo de madeira mista de 10cm (1"x4") m 2,87

Tábua de madeira mista de 15cm (1"x6") m 4,25

Tábua de madeira mista de 22,5cm (1"x9") m 5,61

Tábua de madeira mista de 30cm (1"x12") m 8,09 Madeira serrada para coberta (Massaranduba)

m3 2.379,00

Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm

m 26,93

Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm

m 18,39

Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm

m 9,53

Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm

m 4,74

Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm

m 14,88

Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm

m 28,53

Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m

un 41,18

Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m

un 46,61

Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m

un 55,93

Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m

un 71,45

Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m

un 81,88

Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m

un 17,72

Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m

un 25,98

Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m

un 30,12

Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m

un 36,26

Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m

un 41,99

mAtErIAIS ElÉtrICoS E tElEFÔnICoS

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2"

m 1,12

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4"

m 1,53

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3m)

vara 4,00

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3m)

vara 5,35

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m)

vara 7,85

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3m)

vara 10,83

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3m)

vara 13,53

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3m)

vara 17,30

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3m)

vara 36,58

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3m)

vara 44,20

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2"

un 1,05

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4"

un 1,18

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1"

un 1,78

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4"

un 2,65

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2"

un 3,08

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2"

un 5,10

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2"

un 12,40

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3"

un 14,33

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2"

un 0,43

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4"

un 0,67

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1"

un 0,89

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4"

un 1,40

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2"

un 1,78

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2"

un 2,80

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2"

un 8,00

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3"

un 9,68

Bucha de alumínio de 1/2" un 0,30

Bucha de alumínio de 3/4" un 0,43

Bucha de alumínio de 1" un 0,62

Bucha de alumínio de 1.1/4" un 0,84

Bucha de alumínio de 1.1/2" un 1,01

Bucha de alumínio de 2" un 1,89 Bucha de alumínio de 2.1/2" un 2,40 Bucha de alumínio de 3" un 2,93 Arruela de alumínio de 1/2" un 0,19 Arruela de alumínio de 3/4" un 0,28

Arruela de alumínio de 1" un 0,48

Arruela de alumínio de 1.1/4" un 0,64

Arruela de alumínio de 1.1/2" un 0,80

Arruela de alumínio de 2" un 1,02

Arruela de alumínio de 2.1/2" un 1,24

Arruela de alumínio de 3" un 2,36

Caixa de passagem em PVC de 4"x4" un 3,06

Caixa de passagem em PVC de 4"x2" un 1,79 Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3"

un 2,82

Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4"

un 3,00

Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho un 1,60

Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho un 1,79

Cabo de cobre nú de 10mm2 m 4,07

Cabo de cobre nú de 16mm2 m 5,63

Cabo de cobre nú de 25mm2 m 7,84

Cabo de cobre nú de 35mm2 m 11,24 Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico

m 0,50

Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico

m 0,77

Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico

m 1,44

Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico

m 1,94

Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico

m 3,60

Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico

m 6,63

Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico

m 11,44

Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico

m 13,65

Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico

m 0,54

Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

m 0,83

Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico

m 1,42

Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico

m 2,17

Fita isolante de 19mm (rolo com 20m) un 9,95

Disjuntor monopolar de 10A Pial un 8,63

Disjuntor monopolar de 15A Pial un 6,92

Disjuntor monopolar de 20A Pial un 7,60

Disjuntor monopolar de 25A Pial un 8,63

Disjuntor monopolar de 30A Pial un 7,25

Disjuntor tripolar de 10A Pial un 47,45

Disjuntor tripolar de 25A Pial un 46,68

Disjuntor tripolar de 50A Pial un 49,14

Disjuntor tripolar de 70A Pial un 67,32

Disjuntor tripolar de 90A Pial un 68,53

Disjuntor tripolar de 100A Pial un 68,26

Disjuntor monopolar de 10A GE un 5,38

Disjuntor monopolar de 15A GE un 5,25

Disjuntor monopolar de 20A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 25A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 30A GE un 5,50

Disjuntor tripolar de 10A GE un 45,00

Disjuntor tripolar de 25A GE un 41,25

Disjuntor tripolar de 50A GE un 42,00

Disjuntor tripolar de 70A GE un 69,35

Disjuntor tripolar de 90A GE un 60,00

Disjuntor tripolar de 100A GE un 60,00 Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores

un 12,43

Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores

un 39,83

Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores

un 70,85

Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores

un 119,99

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores

un 37,73

Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores

un 123,50

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores

un 46,33

Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores

un 181,95

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores

un 66,10

Granilha nº 02 kg 0,17 Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp.

m 163,30

Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm

m 19,93

Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm

m 24,95

Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm

m 16,70

Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm

m2 103,08

Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm

m2 118,30

Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm

m2 124,33

Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm m 215,77 Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm

m 30,37

Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm m 37,00

Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm m 25,33 Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm

m2 115,17

Page 97: Revista Construir Nordeste - Edição 65

| DEZEMBRO 201296 | DEZEMBRO 2012 | | 97

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis

cj 6,10

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis

cj 12,20

Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis un 0,61

Suporte padrão 4"x4" Pial un 1,23

Placa cega 4"x2" Pial Pratis un 2,05

Placa cega 4"x4" Pial Pratis un 5,04 Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus

cj 8,75

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus

cj 15,16

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus

cj 21,40

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus

cj 11,38

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus

cj 21,45

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus

cj 18,90

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 16,26

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 18,75

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus

cj 7,24

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus

cj 16,13

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus

cj 13,68

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus

cj 11,03

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus

cj 10,50

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus

cj 8,23

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus

cj 8,46

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus

cj 13,59

Suporte padrão 4"x2" Pial Plus un 1,00

Placa cega 4"x2" Pial Plus un 2,20

Placa cega 4"x4" Pial Plus un 5,43 Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores

un 22,35

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis

cj 10,40

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis

cj 16,80

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus

cj 14,65

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus

cj 22,38

Cabo telefônico CCI 50 - 1 par m 0,33

Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares m 0,47

Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares m 0,78

Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares m 1,12

Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares m 1,31

Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares m 1,69 Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm

un 51,30

Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm

un 81,56

Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm

un 119,85

Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm

un 144,44

Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm

un 212,33

Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm

un 356,38

Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm

un 895,48

mAtErIAIS hIDráulICoS

Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda

un 7,46

Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda

un 10,55

Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda

un 17,38

Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda

un 17,83

Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha

un 4,64

Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório

un 1,31

Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm

un 1,25

Curva de PVC soldável para água de 20mm un 1,08

Curva de PVC soldável para água de 25mm un 1,34

Curva de PVC soldável para água de 32mm un 3,07

Curva de PVC soldável para água de 40mm un 6,00 Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4"

un 1,80

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2"

un 0,87

Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4"

un 1,55

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1"

un 2,33

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4"

un 5,90

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2"

un 6,93

Joelho 90° de PVC roscável para água de 2"

un 13,70

Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm

un 0,29

Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm

un 0,43

Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm

un 1,25

Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm

un 2,85

Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm

un 3,02

Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm

un 13,74

Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm

un 46,08

Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm

un 56,33

Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm

un 8,78

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm

un 0,98

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm

un 1,57

Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm

un 2,00

Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm

un 9,68

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca

un 61,20

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca

un 96,18

Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca

un 43,12

Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar

un 48,33

Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca

un 64,65

Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 1,23

Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de embutir

un 28,90

Conjunto Arstop completo (tomada + disjuntor) de sobrepor

un 29,35

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis

cj 5,65

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis

cj 9,97

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis

cj 13,41

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis

cj 7,37

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis

cj 13,40

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis

cj 12,38

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 11,30

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 14,55

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 5,97

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 12,55

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis

cj 7,85

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis

cj 8,90

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis

cj 10,55

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis

cj 5,68

Page 98: Revista Construir Nordeste - Edição 65

| DEZEMBRO 201298 |

insumos

Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 40,00

Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 48,45

Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 78,73

Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 118,33

Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 132,29

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 21,15

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 33,92

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 41,78

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6m)

vara 54,75

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 127,01

Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2" Docol

un 145,50

Vedação para saída de vaso sanitário un 5,21 Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro)

litro 25,83

Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)

litro 24,46

mAtErIAIS DE Inox

Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 144,25

Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 185,15

Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 266,75

Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 454,30

mAtErIAIS DE pInturA

Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão)

gl 70,67

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão)

gl 23,87

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros)

lata 110,35

Selador acrílico para parede externa (galão) gl 23,27 Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros)

lata 98,83

Massa corrida PVA (galão) gl 10,53

Massa corrida PVA (lata c/18 litros) lata 32,57

Massa acrílica (galão) gl 22,90

Massa acrílica (lata c/18 litros) lata 93,03

Massa à óleo (galão) gl 41,33

Solvente Aguarrás (galão c/5 litros) gl 57,56

Tinta latex fosca para interior (galão) gl 23,57

Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros)

lata 101,93

Tinta latex para exterior (galão) gl 40,10

Tinta latex para exterior (lata c/18 litros) lata 175,93

Líquido para brilho regulador (galão) gl 45,07 Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros)

lata 223,47

Tinta acrílica fosca (galão) gl 43,13

Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros) lata 181,90

Textura acrílica (galão) gl 22,27

Textura acrílica (lata c/18 litros) lata 96,73

Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão)

gl 57,46

Verniz marítimo à base de poliuretano (galão)

gl 49,60

Tinta antiferruginosa Zarcão (galão) gl 64,10

Esmalte sintético acetinado (galão) gl 60,73

Esmalte sintético brilhante (galão) gl 50,77

Tinta à óleo (galão) gl 41,64

Tinta à óleo para cerâmica (galão) gl 66,67

Tinta acrílica especial para piso (galão) gl 30,63 Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros)

lata 144,30

Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão) gl 135,97

Diluente epoxi (litro) l 16,30

Lixa para parede un 0,42

Lixa para madeira un 0,38

Lixa d'água un 0,90

Lixa para ferro un 1,75

Estopa para limpeza kg 6,35

Ácido muriático (litro) l 3,56

Cal para pintura kg 0,68

Tinta Hidracor (saco com 2kg) sc 3,26 Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)

lata 4,95

mAtErIAIS pArA InStAlAção DE águA QuEntE

Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m)

un 60,40

Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m)

un 96,31

Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m)

un 113,68

Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m)

un 202,30

Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m)

un 374,96

mAtErIAIS SAnItárIoS

Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca

un 75,95

Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra

un 42,86

Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra

un 15,20

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite

un 244,57

Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite

un 163,90

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca

un 280,83

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca

un 277,45

Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite

un 120,53

Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca

un 236,83

Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca

un 67,68

Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca

un 123,95

Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca

un 125,95

Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca

un 169,30

Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca

un 173,83

Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca

un 47,78

Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca

un 46,93

Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca

un 76,00

Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca

un 71,90

Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca

un 58,70

Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca

un 140,92

Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 1,72

Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 4,31

Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 9,13

Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 11,50

Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 18,80

Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 0,63

Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 17,00

Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 31,80

Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre

un 50,10

Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra

un 4,52

Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 18,57

Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 24,36

Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 51,80

Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 65,46

Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 78,92

Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 121,13

Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 8,03

Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 11,56

Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 25,06

Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 290,83

Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 473,65

Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat

un 122,95

Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat

un 402,90

Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat

un 619,25

Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x1 1/2", Franke Douat

un 12,68

mármorESBancada de mármore branco rajado de 60x2cm

m 130,20

Bancada de mármore branco extra de 60x2cm

m 416,53

Bancada de mármore travertino de 60x2cm

m 197,47

Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm

m2 116,40

Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm

m2 62,67

Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm

m2 58,33

Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm

m2 101,67

Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm

m2 96,67

Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm

m 14,00

Rodapé em mármore travertino de 7x2cm m 21,33 Soleira em mármore branco extra de 15x2cm

m 48,33

Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm

m 21,33

Soleira em mármore travertino de 15x2cm

m 31,00

Page 99: Revista Construir Nordeste - Edição 65

| DEZEMBRO 201298 | DEZEMBRO 2012 | | 99

insumos

Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca

un 130,16

Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca

un 25,47

Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca

un 32,86

Válvula de PVC para lavatório un 2,93 Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha

un 2,93

outroS

Corda de nylon de 3/8" kg 15,68 Tela de nylon para proteção de fachada m2 3,38 Bucha para fixação de arame no forro de gesso

kg 4,00

Pino metálico para fixação à pistola com cartucho

un 0,59

Cola Norcola (galão com 2,85kg) gl 31,71 Cola branca (pote de 1 kg) kg 6,92

Bloco de EPS para laje treliçada m3 208,75

proDutoS CErâmICoS

Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm mil 393,33

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm mil 186,50

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm mil 326,67

Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm mil 421,39

Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm mil 474,39 Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm

mil 605,00

Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm

mil 400,00

Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm mil 417,50 Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2

mil 420,00

Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2

mil 770,00

Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2

mil 950,00

Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2

mil 2.250,00

Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2

mil 1.640,00

Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm

mil 1.285,80

Massa refratária seca kg 0,72 Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro)

mil 50,00

Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada

mil 720,00

prEgoS E pArAFuSoS

Prego com cabeça de 1.1/4"x14 kg 5,96

Prego com cabeça de 2.1/2"x10 kg 5,98 Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas

un 1,28

Arruela de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,16 Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16"

un 0,17

Porca de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,15 Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,31

Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,52

Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,71

Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas

un 0,92

Arruela de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,17 Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4"

un 0,12

Porca de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,10

rEvEStImEntoS CErâmICoS

Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A"

m2 17,52

Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4

m2 14,45

Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm

m2 36,24

Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm

m2 31,66

Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722

m2 23,65

Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041

m2 30,73

Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073

m2 21,65

Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm

m2 17,17

Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A"

m2 16,41

rEvEStImEntoS DE pEDrAS nAturAIS

Pedra Ardósia cinza de 20x20cm m2 12,33 Pedra Ardósia cinza de 20x40cm m2 13,33 Pedra Ardósia cinza de 40x40cm m2 14,67 Pedra Ardósia verde de 20x20cm m2 20,03 Pedra Ardósia verde de 20x40cm m2 26,00 Pedra Ardósia verde de 40x40cm m2 26,42 Pedra Itacolomy do Norte irregular m2 20,67 Pedra Itacolomy do Norte serrada m2 27,34 Pedra São Thomé Cavaco m2 33,00 Pedra Cariri serrada de 30x30cm m2 17,34 Pedra Cariri serrada de 40x40cm m2 17,67 Pedra Cariri serrada de 50x50cm m2 18,00 Pedra sinwalita de corte manual m2 21,00 Pedra Sinwalita serrada m2 27,67 Pedra portuguesa (2 latas/m2) m2 15,33 Pedra Itamotinga Cavaco m2 15,67 Pedra Itamotinga almofada m2 18,33 Pedra Itamotinga Corte Manual m2 20,67 Pedra Itamotinga Serrada m2 26,67 Pedra granítica tipo Canjicão Almofada m2 32,00 Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm

m2 27,00

Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol

un 69,56

Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol

un 80,53

Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca

un 240,10

Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca

un 372,30

Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca

un 359,60

Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca

un 56,50

Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca

un 52,12

Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca

un 86,85

Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca

un 55,50

Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca

un 180,75

Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca

un 179,30

Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca

un 94,52

Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca

un 153,10

Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros)

lata 33,00

Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)

gl 38,80

rEvEStImEntoS vInílICoS E DE borrAChA

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash

m2 33,65

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash

m2 38,83

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash

m2 43,32

Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar

m2 20,50

tElhAS mEtálICAS

Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm m2 29,27 Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm

un 111,07

Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm m2 24,29 Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm

un 92,18

vIDroS

Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado)

m2 28,33

Vidro Canelado incolor (cortado) m2 28,59 Vidro aramado incolor de 7mm (cortado) m2 100,01 Vidro anti-reflexo (cortado) m2 31,26 Vidro liso incolor de 3mm (cortado) m2 24,52 Vidro liso incolor de 4mm (cortado) m2 30,91 Vidro liso incolor de 5mm (cortado) m2 39,21 Vidro liso incolor de 6mm (cortado) m2 45,23 Vidro liso incolor de 8mm (cortado) m2 73,55 Vidro liso incolor de 10mm (cortado) m2 90,10 Vidro laminado incolor 3+3 (cortado) m2 126,27 Vidro laminado incolor 4+4 (cortado) m2 149,61 Vidro laminado incolor 5+5 (cortado) m2 186,17 Vidro bronze de 4mm (cortado) m2 44,73 Vidro bronze de 6mm (cortado) m2 68,50 Vidro bronze de 8mm (cortado) m2 113,72

Vidro bronze de 10mm (cortado) m2 145,69 Vidro cinza de 4mm (cortado) m2 38,11 Vidro cinza de 6mm (cortado) m2 61,41 Vidro cinza de 8mm (cortado) m2 95,35 Vidro cinza de 10mm (cortado) m2 119,37 Espelho prata cristal de 3mm (cortado) m2 52,69 Espelho prata cristal de 4mm (cortado) m2 77,97 Espelho prata cristal de 6mm (cortado) m2 117,46 Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado)

m2 128,73

Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado)

m2 147,54

Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado)

m2 165,81

Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado un 10,01 Junta de vidro para piso m 0,40 Massa para vidro kg 1,18

mão DE obrA

Armador h 5,06 Azulejista h 5,06 Calceteiro h 5,06 Carpinteiro h 5,06 Eletricista h 5,06 Encanador h 5,06 Gesseiro h 5,06 Graniteiro h 5,06 Ladrilheiro h 5,06 Marceneiro h 5,06 Marmorista h 5,06 Pastilheiro h 5,06 Pintor h 5,06 Serralheiro h 5,06 Telhadista h 5,06 Vidraceiro h 5,06 Pedreiro h 4,11 Servente h 3,09

Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca

un 73,73

Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite

un 49,45

Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra

un 2,30

Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre

un 18,45

Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi

un 2,88

Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi

un 3,63

Chuveiro de PVC de 1/2" com braço un 5,66 Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca

un 203,30

Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par)

par 7,27

Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par)

par 12,13

Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par)

par 10,76

Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" un 46,95 Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves

un 71,50

Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" un 7,38 Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)

un 3,02

Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca

un 260,33

Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca

un 70,60

Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca

un 185,35

Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca

un 68,63

Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite

un 163,45

Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam

un 47,10

Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol

un 50,55

Page 100: Revista Construir Nordeste - Edição 65

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| DEZEMBRO 2012100 |

Page 101: Revista Construir Nordeste - Edição 65

ColAborADorES DEStA EDIção

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| DEZEMBRO 2012100 | DEZEMBRO 2012 | | 101

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