revista conexão bahia 200

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edição 200 DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Cidades Criativas: Desenvolvimento e Renda

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Publicação oficial do Sebrae Bahia. Edição 200 - Cidades Criativas: Desenvolvimento e Renda

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edição 200

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

cORREIOs

Cidades Criativas: Desenvolvimento

e Renda

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Quem tem seu próprio negócio é um especialista. Mas para começar ou melhorar a sua empresa, até um especialista precisa de especialistas em pequenos negócios. Vai empreender? Vai ampliar? Vai inovar? Conte com o Sebrae.

Como vai? Somos o Sebrae.Especialistas em pequenos negócios.

> Baixe o aplicativo do Sebrae na App Storeou na Play Store.

Educação Empreendedora Consultoria Gestão Inovação Resultados

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Quem tem seu próprio negócio é um especialista. Mas para começar ou melhorar a sua empresa, até um especialista precisa de especialistas em pequenos negócios. Vai empreender? Vai ampliar? Vai inovar? Conte com o Sebrae.

Como vai? Somos o Sebrae.Especialistas em pequenos negócios.

> Baixe o aplicativo do Sebrae na App Storeou na Play Store.

Educação Empreendedora Consultoria Gestão Inovação Resultados

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De que maneira um espetáculo teatral se relaciona com a indústria do vestuário? Como uma apresentação musical está inserida na fabricação de instrumentos musicais e aparelhagem de sonorização? Na edição 200 da Revista Conexão, você vai entender como os setores econômicos estão relacionados, os aspectos que envolvem o tema Economia Criativa e de que maneira as cidades podem inovar e fomentar os negócios criativos para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas.De forma pioneira no Brasil, o Sebrae Bahia promoveu esta reflexão em 10 regiões do estado, onde aconteceram as Oficinas de Economia Criativa e Cidades Criativas. Os encontros foram realizados entre dezembro de 2012 e março de 2013, nas cidades de Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Ilhéus, Porto Seguro, Lençóis, Juazeiro, Salvador, Jacobina, Feira de Santana e Barreiras, reunindo cerca de 1,5 mil pessoas.

A Revista Conexão traz o depoimento de gestores públicos, empresários e produtores culturais que participaram das oficinas. Também destaca a entrevista especial com a consultora da Organização das Nações Unidas (ONU), Ana Carla Fonseca, única doutora em Urbanismo com tese em Cidades Criativas. Ela foi palestrante das dez oficinas e destacou a necessidade de se pensar um novo modelo de desenvolvimento, que identifique o potencial criativo da região e trabalhe estratégias inovadoras.A publicação de número 200 tem muito mais: o sucesso da Empreendedora Individual que venceu o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, os avanços das empresas que combatem o desperdício através do Programa 5 Menos que são Mais e as dicas de sustentabilidade do empresário José Loyola, que garantiram o sucesso de sua empresa.

Economia Criativa gera emprego e renda

Expediente

Publicação do Sebrae Bahia,nº 200, março de 2013 Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior

Diretor-superintendente Edival Passos Souza

DiretoresLauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto

UniDaDe De Marketing e CoMUniCação

CoordenaçãoCássia Montenegro (DRT 1052)

equipeAlice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel e Vanessa Câmera. Estagiários: Ceres Martins, Daniele Silva, Victor Lahiri e Daniela Santos.

revisãoGustavo Rozario

edição Carla Fonseca e Fátima Emediato

agência Sebrae de notícias

Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Fátima Emediato, Juliana Souza, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Nara Zaneli, Silvia Torres, Tamara Leal, Fernanda Barros e Maiane Matos.

FotografiaMateus Pereira

CapaIlustração de Rogério Rios

Projeto gráfico Solisluna Design Editora

editoraçãoObjectiva

impressãoQualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda

tiragem15.000 exemplares

Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio Cézar, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40060-350. [email protected]

telefones 71 3320.4558 / 4367 Fax 71 3320.4496

agência Sebrae de notíciaswww.ba.agenciasebrae.com.br

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Sumário

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24eConoMia CriatiVaNovo olhar para o artesanatoTempero equilibrado para bons negócios

35inDÚStriaCertificação inéditaSustentabilidade: uma marca de sucesso

35eMPreenDeDor inDiViDUaLCosturando o futuro

37eDUCação eMPreenDeDora

Ensinamentos do empreendedorismo

41eMPreenDeDoriSMoO desafio de empreender

42SeBrae Perto De VoCêSeBrae on-Line

6CoMérCio e SerViçoS

Sou feirante, sim senhor!Centenário Comercial,

10MerCaDoExportação competitivaSucesso compartilhado

14agronegóCioUnião contra a seca

16inoVação e teCnoLogiaDo tabuleiro ao forno

18entreViStaAna Carla Fonseca

21PoLÍtiCaS PÚBLiCaSCriatividade para desenvolver

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Sou feirante, sim senhor!

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“O Sebrae dá o anzol, mas o peixe somos nós que pescamos.”

Com pouco mais de 16 anos, o ado-lescente de Coração de Maria teve seu primeiro contato com a maior feira livre da cidade e uma das maiores do País. A folia de cores, sa-bores, sons, o vai e vem de pessoas, animais e a variedade de produtos ligados à cultura popular arrebata-ram o coração do rapaz que ganhou a estrada para trilhar um novo ca-minho na capital.

Antônio Moreira Rios juntou o suficiente para alugar um ponto na Feira de São Joaquim e, no início, com os trocados dos “bicos”, com-prou mercadoria e apostou em um público que respeita e preserva suas tradições. Mas nem só de mercado-ria vive um negócio. Seu Rios usou e abusou de sua intuição, ousadia, simpatia e criatividade. O comer-ciante cativou seus clientes e, com espírito nato de um empreendedor, atingiu as primeiras metas estipu-ladas: adquiriu o estabelecimento e formalizou o ponto comercial.

Com 25 anos de história, a Casa das Águas reúne um leque de pos-sibilidades para baianos e turistas. São louças, balaios, colares, imagens, panos, pimentas, caxixis, licores, água de flor, alfazema, artesanatos de barro, alguidares e cuscuzeiros. Artigos, folhas e ervas para todos os gostos e crenças. O empreende-dor buscou o apoio do Sebrae para

calcular cada passo. Com status de Micro e Pequena Empresa (MPE), o Box Casa das Águas passou a contar com sete funcionários, todos com carteira assinada, além de expandir o número de fornecedores.

“O crescimento foi planejado graças aos cursos oferecidos pelo Sebrae, a exemplo do ‘De Olho na Qualidade’. O tratamento que o turista recebe muitas vezes não é padrão em outros estabelecimen-tos daqui. Por isso, a necessidade de essa instituição atuar fortemente com a realização de capacitações

para mudar a mentalidade atrasa-da de alguns colegas. O Sebrae dá o anzol, mas o peixe somos nós que pescamos”, lembra Rios.

Tudo que precisa relacionado ao candomblé, a filha de santo Ângela Sousa de Miranda Brito, do Terreiro Viva Deus da Engomadeira, encon-tra na Casa das Águas. “Frequento desde pequena. Aprendi com mi-nha mãe a amar essa diversidade. Compramos de tudo. E, quando não encontro aqui, ele não se faz de ro-gado: indica o lugar com o melhor preço e qualidade”.

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Revitalização e qualificaçãoEm curso desde o início de 2012, a transfor-

mação dos 38 mil metros quadrados da Feira de São Joaquim, que funciona no Comércio, busca não só revitalizar a área, mas prevê um processo de qualificação do capital humano. A área doa-da pela prefeitura e pelo estado aos feirantes da extinta feira de Água de Meninos, devido ao fogo que a destruiu em 1964, vem passando por inter-venções na estrutura física e, com a parceria do Sebrae, os trabalhadores desse grande entreposto de mercadorias estão sendo qualificados.

“A intenção é capacitar, até o final do proje-to, uma média de 2,5 mil pessoas que possuem pontos fixos dentro da feira. Os conteúdos apre-sentados pelos consultores do Sebrae, através de oficinas e palestras, devem trabalhar noções de atendimento, venda e divulgação dos produtos”,

informa a gestora de projetos do Sebrae, Célia Lima.

Desenvolvido pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e o Sebrae Bahia, o seminário “Sou Feirante, Sim Senhor!” teve o objetivo de sensibilizar os donos de barracas para que eles entendam a importância do trei-namento e da preservação da reforma da feira.

“A parceria com o Sebrae é muito importante para este curso, uma vez que estamos buscan-do melhorar as condições da feira, transfor-mando os seus comerciantes e trabalhadores em empreendedores de sucesso”, afirma a su-perintendente de Serviços Turísticos da Setur, Cássia Magalhães.

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Centenário Comercial

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Ron“Uma entidade que alcança os

100 anos, viva e atuante, merece o respeito da região”. As palavras são da coordenadora da Unidade Regional do Sebrae em Ilhéus, Clau-diana Figueiredo, para a Associação Comercial de Ilhéus (ACI) que aca-ba de completar o seu centenário. A coordenadora do Sebrae anuncia “uma forte parceria” entre as duas instituições para este ano, inician-do com um projeto de “Escutas Se-toriais” e de “Agenda Positiva” de ações que visam o fortalecimento das empresas associadas e da pró-pria entidade. O Sebrae ainda irá oferecer programas de Suporte de Gestão, de formação de novas lide-ranças locais e até de modernização da gestão administrativa da ACI.

O valor da Associação Comercial de Ilhéus transcende a defesa dos interesses do comércio da cidade. Fundada em 1º de novembro de 1912, a entidade teve uma partici-pação efetiva nas decisões políticas e administrativas da região. Docu-mentos históricos registram: a ACI contribuiu na luta pela construção dos dois portos, o antigo, de 1926, e o atual, da década de 70, como também pelo alfandegamento do primeiro; inaugurou, na Praça Rui Barbosa, um busto em homenagem ao ilustre jurista baiano; e foi res-ponsável, sob a inspiração do seu diretor Álvaro Melo Vieira, pela cria-ção da Escola Técnica de Comércio.

Complexo Intermodal

“Esse é um momento histórico para Ilhéus e região, porque neste primeiro centenário da ACI pode-mos presenciar o início de um novo ciclo e desenvolvimento para a ci-dade, com a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), o Porto Sul e o novo Aeropor-to de Ilhéus”, garante o presidente

da ACI, Nilton Cruz. Para o governador Jaques Wag-

ner, “o sul da Bahia tem o turismo, tem o cacau e agora terá o Porto Sul e a Fiol, que vão trazer desenvolvi-mento para uma das mais belas e importantes regiões da Bahia”.

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CoMérCioe SerViçoS

Associação Comercial de Ilhéus chega aos 100 anos e anuncia parcerias com o Sebrae

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Desde que abriu o seu negócio, o empresário maranhense José an-tônio Campos sempre perseguiu o sonho de tornar seu produto co-nhecido dentro e fora do País. Mas, conforme explica, não era exportar por exportar. “Acreditamos que, en-trando no mercado externo, estarí-amos mais preparados em termos de qualidade e gestão”. José Antônio produz a cachaça Azulzinha Mara-nhense, que está há três anos no mercado.

Para definir estratégias mais efi-cientes, ele buscou o apoio do Sebrae em seu estado. Participou de cursos, como o Empretec, e vem prospectan-do mercado para ultrapassar as fron-teiras brasileiras. José Antônio afirma que qualidade e inovação são essen-ciais para o ingresso no exterior. E, consequentemente, a adoção dessas medidas vai refletir na competitivi-dade da empresa. “Esse processo já deixa implícito um diferencial para o marketing interno”, acredita.

Em Feira de Santana, a empresá-ria Amália Santos também está mi-rando novos horizantes. Ela é uma das sócias da Vitacroc, voltada para a produção de alimentos saudáveis a partir da granola. “Estamos há 18 anos no mercado, mas vamos ingres-sando no processo de exportação com mais cautela”, diz.

Amália também buscou informa-ções junto ao Sebrae nessa prepara-ção, participando da primeira turma do Empretec na Bahia, em 1997, além de cursos sobre formação de preço, atendimento ao cliente e gestão fi-nanceira. Assim como José Antônio, a empresária baiana acredita que a preparação para entrar no mercado exterior traz um diferencial competi-tivo no mercado interno. “As exigên-cias mais rigorosas fazem com que implementemos mudanças nos pro-cessos de produção e gestão e isso nos diferencia em relação a outras empresas do mesmo segmento”.

Exportação competitiva

José Antônio Campos está entre os empresários nordestinos que investem em qualificação para disputar o mercado exterior

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Empresa de alimentos saudáveis fecha negócio com país africano

Tanto José Antônio quanto Amália participaram do XVi en-contro internacional de negócios (einne), realizado pelo Sebrae em outubro do ano passado, em Salvador. Para José Antônio, foi a primeira chance para prospectar clientes no exterior. “Jamais tería-mos a chance de estabelecer con-tato com um público tão variado e que está muito interessado em comprar nossos produtos”, afir-ma. Já Amália destacou que con-seguiu captar um cliente de Cabo Verde e já está comercializando no país africano.

“Atuar no mercado internacio-nal exige uma qualificação ainda maior. Isso se reflete localmente,

como um diferencial em relação a outras empresas”, explica a coor-denadora da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae Bahia, Suely de Paula.

Este ano, os empresários baia-nos têm um programa específico, desenvolvido pelo Sebrae Bahia e parceiros membros do Conselho Deliberativo da instituição, para se adequarem às exigências. O Programa de Competitividade e Internacionalização da Micro e Pequena Empresa traz capacita-ções e consultorias para que esses empreendimentos possam cons-truir planos de internacionaliza-ção, além de ações de qualifica-ção, tecnologia e inovação.

EINNE 2013 acontece em Fortaleza

O próximo EINNE já tem data mar-cada. Será entre os dias 2 e 4 de outubro, na cidade de Fortaleza. Durante o evento, micro e peque-nas empresas ofertantes terão a oportunidade de negociar direta-mente com compradores interna-cionais.

r$ 2 milhõesgerados em negócios diretos

r$ 35 milhões projetados em negócios futuros

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28 paísesimportadores participaram

238 empresasofertantes dos nove estados do Nordeste

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o desafio parecia impossível de ser vencido. Era uma espécie de luta de Davi contra Golias: tornar o preço de um quilo de feijão vendido em um pequeno supermercado da periferia de Itabuna tão competitivo quanto o comercializado pelas grandes redes varejistas instaladas na cidade. Mais que fazer frente à poderosa concor-rência, os pequenos supermerca-distas sabiam que esta era a única alternativa que teriam para garantir a sobrevivência do próprio negócio. “O conceito defendido era simples”, revela Giovani Fernandes de Olivei-ra, proprietário de um dos estabele-

cimentos envolvidos no projeto. “Se vários ‘fracos’ se unem, temos um forte para nos defender”, completa. Resultado: dez anos depois, a união se tornou um dos mais bem-sucedi-dos projetos de associativismo do sul da Bahia: a Redemec (Associação de Mercados e Supermercados de Bairro de Itabuna).

O projeto ganhou novos ingredien-tes e vida própria a partir de uma parceria firmada com o Sebrae. A organização, com planejamento e apoio técnico, fez o negócio evoluir. Para além da compra coletiva, o grupo investiu na padronização das

ações, como confecção de encartes, fardamento, fachadas, sacolas e em-balagens. Também criou um festival de prêmios, com distribuição de brin-des em datas especiais de promoção do comércio. Empresários e trabalha-dores passaram a participar de trei-namentos específicos para atender ao consumidor. Foram implementa-dos serviços diferenciados, a exemplo da entrega a domicílio.

“Identificamos que o consumidor considera três importantes fatores para comprar conosco: proximida-de, atendimento e preço”, assegura Giovani, que além, de empresário, é o

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A força dos pequenos

Com organização e planejamento, empresários de pequenos mercados de bairro de Itabuna venceram a crise e hoje tocam um grande negócio

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Samara comemora seu primeiro emprego

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atual presidente da rede, hoje com-posta por 16 associados que aten-dem a 40 bairros e a uma população estimada em 50 mil habitantes. Há ainda outros números que impres-sionam no resultado deste trabalho. Um levantamento feito pela própria Diretoria da Redemec aponta que o faturamento mensal do grupo che-ga, em média, a R$ 1,8 milhão. Até cartão de crédito personalizado foi disponibilizado para fidelizar mais clientes. Estes pequenos mercados garantem 158 empregos diretos. Na maioria dos casos, os trabalhadores moram no entorno do negócio.

Samara Ramos trabalha há dois

anos em uma das empresas da rede. Não pensa em sair. “Aqui es-tou trabalhando e perto de casa”, afirma. Desde que se organizaram, os pequenos empresários consegui-ram aumentar em 60% o número de trabalhadores com carteira as-sinada. Em parceria com o Sebrae, a Redemec é presença permanente em grandes feiras e rodadas de ne-gócio realizadas por todo o Brasil. O crédito, que antes era escasso, agora

A rede conta com 16 associados

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é ilimitado. “A presença do Sebrae ao nosso lado dava uma espécie de aval ao grupo”, lembra o presiden-te da Redemec. A conquista da rede também tem forte influência no nú-mero de indústrias que passaram a oferecer crédito ao grupo: quadru-plicou a quantidade de parceiros. “O mais importante de tudo é que eles não se acomodam”, elogia Karla Pei-xoto, gestora do Projeto Comércio e Serviço do Sebrae em Itabuna.

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Mais do que uma fruta de qualida-de, o abacaxi produzido em itabe-raba, na região do Vale do Paragua-çu, considerada Portal da Chapada Diamantina, é uma grife. O produ-to é uma das principais referências da economia do município, que so-fre constantemente com os efeitos da estiagem. Conviver com a seca e garantir a continuidade da agricul-tura familiar têm sido um desafio para ideias inovadoras.Para enfrentar o problema, produ-tores de abacaxi reuniram-se na Cooperativa dos Agricultores de Itaberaba (Coopaita), inicialmente para trabalhar a venda do produ-to e conseguir melhores preços no mercado. Já se vão dez anos desde

agronegóCio

a união, mas um passo considerado bastante importante pelo presiden-te Valdomiro Vicente Vítor foi a par-ceria com o Sebrae, que realizou, em 2006, a primeira capacitação dos agricultores com o objetivo de buscar alternativas para a depen-dência da fruta.A solução foi encontrada em 2008, quando foi pensada a agroindús-tria para processamento da fruta na forma desidratada, que há dois anos vem gerando renda para os produtores, principalmente nos momentos de estiagem, em que o abacaxi tem o tamanho reduzido, perdendo o padrão e o valor no mercado. “Nosso trabalho de divul-gação é para tornar o produto co-

nhecido como referência de quali-dade”, afirma Valdomiro. Na forma industrializada, é agregado valor e o quilo da fruta, que é vendida em períodos de seca por R$ 0,12, chega a R$ 0,45. “A fruta processada ainda representa 15% do rendimento da cooperativa, mas permite salvar a renda do trabalhador em momen-tos difíceis”, conta o presidente da Coopaita.Segundo o consultor do Sebrae, Pedro Meloni, as soluções são en-contradas ao longo do trabalho realizado com as comunidades. A Coopaita conta hoje com 78 produ-tores associados, já possuindo DAP – Declaração de Aptidão do Pronaf, enquandrando-se na situação de

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União contra a secaApós consultoria do Sebrae, cooperativa apostou na agroindústria e no reaproveitamento dos resíduos da fruta

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agricultura familiar, o que traz mui-tos benefícios e isenções. “A região tem 22% da sua população ativa na agricultura e enfrenta problemas crônicos. O que se busca é encon-trar alternativas que deem mais sustentabilidade aos produtores”, afirma Meloni.No caso do abacaxi desidratado, Meloni conta que este é vendido para embaladores, que vão indus-trializar e colocar nos mercados. “Estamos também trabalhando com a perspectiva de agregar novos clientes, como a indústria de sorve-tes, panificação, chocolates”, plane-ja o consultor.Além da agroindústria, o Sebrae está orientando os produtores a buscarem outros métodos para di-versificar a produção. Um deles que vem ganhando corpo é a produção

de leite, com a criação de gado bovi-no. “Nós produzimos mais de uma tonelada de resíduos do processa-mento da fruta, que são utilizados para alimentar os animais. Além disso, plantamos palma adensada. São ações para convivência com o semiárido que estão nos ajudando na sustentabilidade dos produto-res”, completa Meloni.Esse mesmo resíduo está sendo analisado pelo Sebraetec para ga-nhar novas utilidades, por exem-plo, na produção de doces, licores e outros produtos. Outras ideias também já estão surtindo efeito, como a reserva hídrica com bar-ragens subterrâneas, aproveitando os riachos que correm durante o período de chuvas, mas que secam completamente no período da es-tiagem.

A Coopaita foi uma das cooperativas parti-cipantes da 25ª Feira Nacional da Agropecu-ária (Fenagro), evento que contou com a par-ceria do Sebrae e foi realizado em novembro e dezembro de 2012. Para o presidente Valdo-miro Vítor, a participação na principal feira de agropecuária do Norte-Nordeste rendeu bons resultados. “A interconexão entre as coope-rativas presentes faz com que a gente evolua e adote ações positivas observadas em outro modelos”, afirmou.

Segundo o presidente, a cooperativa pro-grediu nas vendas do varejo e atacado. “A co-mercialização das unidades nos ajudou com os custos de cinco representantes da coopera-tiva presentes ao evento. Nas rodadas de ne-gócio, fechamos parceria com três empresas que passaram a comprar, juntas, 250 quilos do abacaxi desidratado por mês na Coopaita”, comemora.

Integrantes da Coopaita e autoridadescomemoram resultados da 25ª Fenagro

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Antes e depois: processamento da fruta na forma desidratada

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inoVação eteCnoLogia

Do tabuleiro ao forno

No kit, o acarajé acompanha vatapá, camarão e pimenta.

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Negócio inovador cria acarajé congelado assado

Diante da dificuldade de levar o acarajé feito em Salvador para os amigos que moravam em outros estados, o baiano Ubiratan Sales desenvolveu uma alternativa para transportar o quitute preservan-do suas características. Com sua experiência no ramo e o apoio de uma nutricionista e um engenhei-ro de alimentos, depois de oito meses de trabalho, ele conseguiu produzir a iguaria congelada e as-sada em forno convencional, com o mesmo sabor, aroma e crocância dos bolinhos vendidos pelas baia-nas. “A proposta era lançar um pro-duto original, de qualidade, e que pudesse ser consumido a qualquer hora e em qualquer lugar”, disse.

O kit de acarajé congelado é vendi-do em uma caixa com três saqui-nhos: o primeiro com nove unida-des (25 a 30 gramas, cada); outro com 100 gramas de vatapá conge-lado; e uma terceira embalagem com 20 gramas de camarão seco e

defumado temperado com dendê, cebola, alho e tempero verde, além da porção de pimenta. Essa primei-ra opção custa R$ 20, enquanto que a outra, com 35 acarajés, 500 gra-mas de vatapá, 150 gramas de ca-marão e pimenta sai por R$ 70.

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EIRAO produto da pequena empresa

H20 Alimentos e Bebidas Ltda, que atende pelo nome fantasia Acarajé da Bahia, já foi uma das atrações no estande “Faça Diferente – Ino-var é um ótimo negócio”, da Feira do Empreendedor. “Após a partici-pação, começamos a expandir, a ser conhecidos, tendo visibilidade em mídia espontânea local e na-cional”, lembra o empresário. O negócio tem sede no município de Lauro de Freitas. Com o produto já consolidado no mercado, incluindo o público fiel de compradores estrangeiros, que levam o produto para fora do País, Ubiratan procurou o Sebrae para reforçar a estrutura e auxiliar na ampliação. Com a assessoria téc-nica da Instituição, ele aprendeu práticas de manejo e produção, que resultaram em mudanças efe-tivadas no processo, na facilidade de logística e de armazenamento, além de redução de custos e maior lucratividade.

“A proposta era lançar um produto original, de qualidade, e que pudesse ser consumido a qualquer hora e em qualquer lugar”, disse o empresário Ubiratan

Hoje, a empresa conta com sete funcionários na fabricação de cer-ca de seis mil acarajés por dia e

está em fase de ampliação para tri-plicar a produção. “Muitos baianos ainda acham que comidas conge-ladas não são originais, mas o nos-so produto é o verdadeiro acarajé da Bahia, crocante e saboroso”. Outras conquistas recentes foram a instalação de uma loja no Aero-porto Internacional de Salvador e

Já estão abertas as inscrições para empresas interessadas em expor na Feira do Empreendedor, que acontece de 22 a 26 de outubro, das 13h30 às 22h, no Centro de Convenções, em Salvador. Para efetivá-la, o interessado deve apresentar a proposta pelo site da Feira do Empreendedor (www.feiradoempreendedor.ba.sebrae.com.br) e procurar a opção “Quero Participar/Expositor”. Outras in-formações estão no site da Feira ou através do e-mail feiradoem-

Feira do Empreendedor 2013

[email protected] esta edição, são esperados cer-ca de 150 expositores, em estandes distribuídos pelos setores de Má-quinas e Equipamentos, Franquias, Oportunidades de Representação Comercial, Serviços para o Empre-endedor, Negócios Verdes e Susten-táveis e Soluções Digitais. O evento foi considerado o melhor do Brasil por três anos consecutivos, com base nos critérios da Fundação Na-cional da Qualidade (FNQ).De acordo com a gestora da Fei-ra, Ana Paula Almeida, a novidade deste ano é o espaço Serviços para

o Empreendedor, no qual estarão disponíveis fornecedores de pro-dutos para salão de beleza, loja de vestuário e acessórios, lanchonete e mercearia (restrito a móveis e estruturas de apoio). “Ele foi cria-do para atender demandas regis-tradas em uma pesquisa de opi-nião feita com visitantes da Feira de 2011”.

da formatação de um sistema com microfranquias. Após a participação no xVI Encon-tro Internacional de Negócios do Nordeste (EINNE), em outubro de 2012, Ubiratan adequou as embala-gens ao formato padrão tipo expor-tação e está formatando o preço de vendas para o exterior.

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Especialista abre as cortinas da Economia Criativa

“Quando vivemos num ambiente que estimula e atiça a criatividade, você passa a ser uma pessoa que se permite pensar diferente.”

Autoridade internacional com nove livros pu-blicados e única doutora em Urbanismo com tese em Cidades Criativas, a consultora da Organização das Nações Unidas (ONU), Ana Carla Fonseca, abriu as cortinas da Economia Criativa para gestores públicos, empresariado e sociedade civil, em dez regiões baianas. A pro-fessora esteve em todas as Oficinas de Econo-

mia Criativa e Cidades Criativas para falar como a criatividade vem se tornando protagonista da economia mundial, do seu papel no desenvolvi-mento local e da importância da convergência de olhares. Nessa entrevista à Revista Conexão, a administradora pública e economista destacou a necessidade de se pensar em um novo modelo de desenvolvimento.

Entrevista Ana Carla Fonseca

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Qual o diferencial de mercado da Economia Criativa?

Ela se baseia em setores da economia que possuem maior carga de criatividade (indústrias criativas). E esse já é um diferencial de mercado, porque, quando se trabalha com questões criativas, significa dizer que você não está brigando em cima de preço, mas buscando uma diferenciação. Quando falamos em criatividade, a proposta e a percepção de valor são determinantes. Esse conceito envolve também seus impactos no resto da economia. Ou seja, como a moda dinamiza o setor têxtil, como a arquitetura dinamiza a construção civil. Você permite que não só quem trabalha diretamente com a criação seja remunerado por ela, mas faz com que setores vistos como tradicionais tenham um novo dinamismo e novas propostas.

Por que atividades ligadas à Economia Criativa ainda não atingiram um grau considerável de desenvolvimento?

A partir dos dados divulgados pelo Relatório Mundial de Competitividade Viagem e Turismo, publicado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, o nos-so País figura em 52° lugar. Sai ano, entra ano, a infra-estrutura rodoportuária, os marcos regulatórios e a competitividade de preços são os vilões que puxam o Brasil pra baixo nesse ranking. Já as nossas riquezas naturais e ambientais são responsáveis por uma me-lhor classificação. O que acaba por perpetuar uma lógica e um modelo econômico que é do século 18. Existem duas coisas menos detonadas do que nossos recursos naturais e ambientais? Esquecemos de nos valer dessa criatividade, desses recursos que temos aos borbotões como um grande bônus, e tratamos como se fosse ônus. Quando percebermos o cus-to dessas singularidades, vamos associar que valor também tem preço: manter a floresta de pé passa a ser investimento.

Como o conceito de Economia Criativa e Cidades Criativas pode promover qualidade de vida e gerar riqueza?

Tem uma relação muito simbiótica entre Economia Criativa e Cidades Criativas. Quando vivemos em um ambiente que estimula e atiça a criatividade, você passa a ser uma pessoa que se permite a pensar dife-rente. E quais cidades se encaixam nesse imaginário? As pessoas vão apontar Nova York, Londres, Barcelo-na. E o que essas cidades oferecem? Um ambiente no qual o indivíduo se sente à vontade, estimulado, onde a cada esquina ele espera uma surpresa, além de acesso a tudo que rola no mundo. Invariavelmen-te, esses cidadãos têm uma chance maior de fazer inovações, lançar diferenciais de mercado que vão beneficiar a cidade com uma economia mais pujan-te. Com mais recursos, a cidade terá capacidade de investir em ciclovias, espaços públicos, em centros culturais e em ciência e tecnologia. É um círculo vir-tuoso, no qual as pessoas que vivem nessas cidades são estimuladas a criar.

Como o conteúdo dessas oficinas pode fomentar o desenvolvimento local?

O que a gente tem percebido nessas edições é que, ao juntar representantes de governo, empresariado – do EI ao grande – e sociedade civil, o que muitas vezes a gente sente e ouve é que essa é uma iniciativa pio-neira. A ideia desse encontro é fazer com que as pes-soas apresentem as potencialidades de suas cidades, que resgatem o que tem de singular nelas, formando um sentimento de comunidade e de transformação. A oficina é um catalisador desses encontros e aspi-rações. É como se existissem olhares convergentes para uma transformação de contexto municipal. As oficinas trazem um conteúdo de conscientização, fa-zendo com que as pessoas se sintam empoderadas para fazer com que essas mudanças ocorram.

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E quais os desafios que se apresentam?

Existem algumas questões que precisam ser resolvidas. Sabemos que o brasileiro é criativo, mas o Brasil é pouco inovador. O índice de inovação é baixo. Então, como é que concretizamos criatividade e inovação? Acho que tem duas questões que são fundamentais: a primeira delas é a educação. Porque estamos em um mundo que é cada vez mais competitivo e, se as pessoas não tiverem informação, elas não conseguem decodificar as informações e elaborar esses ingredientes para fazer coisas novas. Então, a educação e o conhecimento são fundamentais para que a Economia Criativa dê certo. A outra questão é ciência e tecnologia. Se eu quiser enxergar mais longe, irei em busca de acesso a novos ingredientes para realizar minha receita.

Qual a participação das micro e pequenas empresas?

O percentual de participação dos micro e pequenos nos setores criativos é maior, quando comparado ao resto da economia. Isso porque você consegue da sua casa, com colegas ou sentado num café criar um modelo de negócios, propor um novo design, com-

por uma música. Os empreendedores criativos têm liberdade para criar onde quer que estejam. Eles conseguem injetar nova velocidade a economia.A concorrência serve como uma espada. Ou você briga em cima de preço ou diferencial. E se a con-corrência é muita acirrada ou tem regras das quais não compactuamos, como é o caso da pseudoliber-dade de mercado da China, você percebe que não consegue brigar em cima de preço. A saída é valori-zar a criatividade. Ou você inova ou, inevitavelmen-te, está fadado a quebrar.

E como fazer a roda da economia girar na Bahia?

A Bahia tem uma diversidade cultural incrível, tem recursos ambientais muito fortes, universidades de primeira linha, polos de tecnologia, e, sobretudo, a convergência de olhares entre governo, empresa-riado e sociedade civil. Se juntarmos todos esses ingredientes, basta ter uma política pública articu-lada. Os ingredientes estão aí. As oficinas têm sido cruciais, pois as pessoas se permitem tirar um dia inteiro para dialogar com as esferas de poder. O pú-blico e o privado precisam jogar juntos e, a partir daí, olhar de dentro para fora, para mudarem sua própria economia.

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Criatividadepara desenvolverOficinas Cidades Criativas despertam um universo de oportunidades inovadoras

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imagine uma cidade. agora pense em como você se relaciona com esse ambiente urbano. A verdade é que você, como ser atuante de qualquer contexto geográfico, in-terage com ele a cada momento. Em resumo: habitantes e cidades são organismos vivos e indisso-ciáveis. Com base nessa ideia, o Sebrae Bahia promoveu, entre de-zembro de 2012 e março de 2013,

as Oficinas de Economia Criativa e Cidades Criativas em Salvador, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Ilhéus, Porto Seguro, Lençóis, Jacobina, Feira de Santa-na, Juazeiro e Barreiras.

Promovida pelo Sebrae Bahia, a ação é voltada especialmente para gestores públicos munici-pais que serão instigados a pen-sar um novo modelo de desen-

volvimento, que identifique o potencial criativo da região e tra-balhe estratégias inovadoras de economia. Essa nova economia, que ultrapassa as linguagens ar-tísticas e as culturas populares, passa a dominar novos segmen-tos (novas mídias, games, softwa-res) e a agregar novos valores às indústrias tradicionais (design, arquitetura, moda).

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iniciativas de empreendedoris-mo criativo, a maior especialista brasileira em Cidades Criativas e única doutora em Urbanismo com tese no assunto, Ana Carla Fonseca destacou a importância de se pensar a criatividade como

Durante a oficina Cidades, rea-lizada em Salvador, no Palácio Rio Branco, na Praça Tomé de Sousa (Centro Histórico), a diretora exe-cutiva do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, Cybele Ama-do, apresentou o case da rede co-laborativa que trabalha com 76 mil crianças da região e, em 14 anos de atuação, comemora números expressivos. “A evasão escolar, que era 70%, em 1997, reduziu para apenas 2%. Alfabetizamos 85% das crianças com até 8 anos e 55% dos nossos alunos possuem autonomia na produção de textos”, comemora.

O superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, confirma, em números, o sucesso das oficinas: “Contabilizando todas as cidades, a Oficina Economia Criativa che-gou a mais de mil participantes, dentre eles, mais de 100 prefeitos de 150 municípios e cerca de 800 empreendedores e empresários”. Para ele, o setor se caracteriza pela sustentabilidade social, in-clusão produtiva e criatividade, valores humanos possíveis de se trabalhar em qualquer realidade social.

Responsável por promover o debate sobre a importância da valorização das culturas locais e despertar o interesse do gover-no e demais instituições para

Cybele Amado coordena projeto que atende a 76 mil crianças

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grande ativo da economia. “A necessidade de criação está no DNA do ser humano. Por isso, podemos observar a sa-tisfação de uma pessoa ao criar determinado objeto ou ter uma ideia diferenciada”.

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“A Oficina Economia Criativa chegou a mais de mil participantes, dentre eles, mais de 100 prefeitos de 150 municípios e cerca de 800 empreendedores e empresários.”

Diálogo aberto: Empreendedores criativos e sistema financeiro

A Economia Criativa representa

uma grande oportunidade para o

sistema financeiro. É o que acredita

o diretor técnico do Sebrae Bahia,

Lauro Ramos. Ele defende a aproxi-

mação e o diálogo entre os empreen-

dedores criativos e os agentes finan-

ceiros. “As instituições financeiras

têm atuado de maneira importante

na área, mas, apesar dos esforços,

inclusive por parte dos bancos ofi-

ciais, faz-se necessária a realização

de uma série de ações para que essa

troca seja ainda mais intensa”, disse.

Lauro destacou ainda que a Econo-

mia Criativa é norteada por quatro

eixos: inclusão social, inovação, diver-

sidade cultural e sustentabilidade. Se-

gundo o diretor, estimativas mostram

que as atividades incluídas nos seto-

res da Economia Criativa contribuem

com 2,8% do Produto Interno Bruto

(PIB) brasileiro. “As evidências indi-

cam que estamos falando de um setor

promissor e o diálogo para encontrar

os caminhos de alavancar ainda mais

essas atividades deve ser aprofunda-

do”, finalizou.

Filho de São Sebastião do Passé, o artista plástico Ed Ribeiro concorda que a Bahia é um celeiro de inven-tividade e requer mais atenção do poder público. “O mundo das artes é um espaço em permanente es-tado de ebulição, onde imperam a criatividade, a inquietude, a trans-formação. O que falta é organiza-ção e apoio para nos tornarmos uma vitrine para o mundo. Essa iniciativa do Sebrae é um passo evolutivo enorme”, argumenta.

O prefeito eleito do município de Ubaíra, Fábio Cristiano Rocha, dis-se que, a partir do conteúdo minis-trado, pretende abrir debates com a intenção de nortear ações para uma gestão criativa e inovadora, movimentando tanto o meio ur-bano quanto rural. “Vamos estrei-tar relações com diversos setores produtivos, a fim de confirmar e identificar nossas vocações econô-micas”, explica. Já para a prefeita eleita de Chorrochó, Rita de Cássia

Edival PassosSuperintendente do Sebrae Bahia

Artesãos apresentam suas criações no Sarau du Brown

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Campos, a oficina foi uma opor-tunidade de aprender sobre como colocar os elementos da indústria cultural no plano de governo.

Em Feira de Santana, a pales-trante Ana Carla Fonseca, destacou a importância do trabalho em con-junto, para desenvolver cada vez mais uma cidade com criatividade: “Governo, empresariado e socieda-de civil têm que trabalhar juntos. Acabou essa coisa de individuali-dade. Se uma cidade quer ser cria-tiva, ela tem que começar a pensar no trabalho coletivo para que isso aconteça”, afirma.

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Novo olhar para o artesanato

Meire Cabral trabalha com tecela-gem há 18 anos, sempre utilizando fibras naturais, como palha de ou-ricuri e de piaçava. A profissional percebeu que apenas o encanto e a paixão pelo tear não seriam su-ficientes para o despertar de todo seu talento, porque faltava o apri-moramento. Há cerca de dois anos, ela decidiu participar dos cursos, palestras e ações desenvolvidas pelo Sebrae. “Vi que precisava me

capacitar, renovar e mostrar o meu trabalho para as pessoas”, afirma.

Depois de participar do Painel Brasilidade, Economia Criativa e Baianidade, que aconteceu na 18ª edição da Casa Cor Bahia 2012, pro-movido pelo Sebrae, Meire se en-cantou ainda mais com as perspec-tivas de valorização de artesanato, com a percepção de novos olhares sobre o seu próprio trabalho.

Quem também despertou para

o potencial que há no trabalho, depois de participar do painel, foi o artista César Veloso. “Com a pa-lestra do designer Marcelo Rosen-baum, percebi que o artesanato pode fazer parte da composição de qualquer ambiente. A atividade não pode ser mais o irmão pobre da arte, precisa conquistar o seu espaço, compondo ambientes”.

Ele acredita que o papel do Se-brae é fundamental para dar digni-

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Com a participação em eventos promovidos pelo Sebrae, artesãos, como Meire Cabral, enxergam maior potencial de mercado

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Após a participação na 18ª Casa Cor, César percebeu novas possibilidades para o artesanato

No final de 2012, o Sebrae, em parceria com o Insti-tuto Mauá e a Secretaria Estadual de Cultura, levou o artesanato para a 18ª edição da mostra, no estande assinado pelo arquiteto Mário Figueiredo.No encontro, o Sebrae realizou o Painel Brasilidade, Economia Criativa e Baianidade, com a presença do designer Marcelo Rosenbaum, falando sobre como trabalhar elementos brasileiros e locais na concep-ção de ambientes comerciais (bares, restaurantes, hotéis e pousadas) e residenciais. A chef de cozinha, Tereza Paim, também foi uma das convidadas e abor-dou o desenvolvimento do Festival Gastronômico da

Casa Cor 2012 Praia do Forte e a integração de produtores locais para consolidar o evento como case de sucesso. Já a chef Ana Trajano destacou o uso de ingredientes regionais na construção de uma gastronomia contemporânea.Para discutir como eventos culturais podem alterar o perfil das cidades e do turismo, o Sebrae convidou Pe-dro Vieira, organizador do SP Arte, para o Painel Cultu-ra e Entretenimento. Com o tema “Criação e Concep-ção do evento SP Arte e os resultados para a cultura, as artes e para o turismo na cidade de São Paulo”, o arquiteto ressaltou como um evento cultural de arte contemporânea dinamiza o turismo da cidade.

dade a essa profissão, colocando os artesãos em contato com pes-soas capazes de lançar um olhar diferenciado para os projetos e também com potenciais compra-dores. Desta maneira, aconteceu no estande da Casa Cor, assinado pelo arquiteto Mário Figueiredo, o Café da Praça. No espaço, o pú-blico pôde conferir e até comprar peças de cerâmica, esculturas de madeira, oratórios em miniatura, entre outros artigos.

César trabalha com cerâmi-ca há 12 anos, produzindo itens como biojoias (sementes com su-porte em cerâmica) e divinos (pe-ças desenvolvidas no conceito de reaproveitamento de materiais). Nas mãos do artista, os restos de madeiras históricas ganham no-vas roupagens e, através das pes-quisas, ele trabalha criando obras ímpares.

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ao pé do fogão, o pequeno Jomar garcia observava sua mãe mexer o doce de banana com cravo até que a sobremesa atingisse a consis-tência ideal. A memória gustativa do hoje chef Jô da Bahia é acionada ao lembrar a cheirosa moqueca de jabá servida pela bisavó, os quitutes da mãe que derretiam na boca e ou-tras iguarias tipicamente baianas. Desde os 15 anos, ele já sabia qual o caminho a ser trilhado. A paixão pelos sabores da terra e os aprendi-zados em família inspiraram expe-rimentações que fisgaram o paladar

de muita gente.Com o convite da apresentado-

ra Ana Maria Braga para participar de seu programa de culinária, o al-quimista dos sabores arregaçou as mangas e decidiu abrir o Jô da Bahia Boteco e Bistrô, em São Caetano, es-tabelecimento que conta com um cardápio diferenciado e valoriza o que há de melhor e original na gas-tronomia regional.

A partir do sucesso de pratos inu-sitados em concursos nacionais, o chef de cozinha procurou a aju-da do Sebrae para profissionalizar

o seu negócio. Relação que vem sendo azeitada desde 2012. “Venho participando de vários seminários, palestras e cursos que só fizeram enriquecer meu empreendimento. Pretendo buscar apoio na área ge-rencial, com a intenção de abrir um estabelecimento maior”, revela.

Para Jomar Carlos dos Santos Garcia (Jô da Bahia), as capacitações oferecidas pelo Sebrae são tradu-zidas em injeção de ânimo e um banho de aprendizagem. “Utilizo a matéria-prima baiana para prepa-rar pratos que valorizam nossas ra-

Tempero equilibrado para bons negócios

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Comandado por Carlinhos Brown, o Sarau du Brown agitou o verão baiano. Parceiro do evento há três anos, o Sebrae promoveu ações na área de gastronomia, com espaço de degustação na área VIP, artesanato, com ro-dízio de artesãos a cada edição, além de oferecer gratui-tamente consultorias para cerca de 30 ambulantes que trabalharam no entorno da festa. Para o superinten-dente do Sebrae Bahia, Edival Passos, o Sarau é palco da mistura bem-sucedida. “Tem sido uma experiência positiva. Aproveitamos a idealização desse porta-voz da cultura, que é Carlinhos Brown, para alavancarmos setores criativos com grande potencial no nosso Estado.

Com o envolvimento de mais de 400 atividades profis-sionais formalizadas, a cadeia produtiva da economia criativa teve no espaço um terreno fértil para amplia-ção da garantia de mercado, inovação, gestão, qualifica-ção profissional e geração de negócios. De acordo com a gestora do Projeto Expoarte Bahia, Cida Fernandes, a estimativa é que tenham sido gerados R$ 6,5 mil em

Sarau du Brown fomenta economia criativa vendas nas quatro edições.

Em parceria com o Instituto Mauá, o Sebrae mante-ve um espaço reservado para os artesãos comerciali-zarem seus produtos. Além de curtirem ótima música com Carlinhos Brown e seus convidados, os foliões con-taram também com uma área de degustação da gas-tronomia baiana, organizada pelo Sebrae e Associação Brasileira de Bares e Restaurante na Bahia (Abrasel). A cada dia um bar ou restaurante foi convidado a apre-sentar um prato.

No total, 30 ambulantes que atuaram no entorno da festa receberam consultoria individualizada sobre como vender, comprar, boas práticas de manipulação de alimentos e gestão empresarial, além de kits com colete, isopor e boné para uma melhor identificação vi-sual. No dia 20 de fevereiro, o Sebrae realizou cerimônia de premiação dos vendedores que se destacaram em itens como boas práticas de manipulação de alimentos, apresentação pessoal e atendimento.

ízes e tradições. Os debates são es-clarecedores e suscitam uma gama de possibilidades e novas alternati-vas para expandir o negócio”.

O comprometimento em melho-rar cada vez mais a gestão e o talen-to renderam ao vencedor de todas as categorias do Comida di Buteco 2012 o convite para participar do es-paço de degustação da última edi-ção do Sarau du Brown, realizada no dia 16 de fevereiro. Jô apresen-tou sua Paella Nordestina, que leva carne de fumeiro, queijo coalho, brócolis, ovo de codorna, pimentões coloridos e gengibre. Criado há três anos, o prato foi inspirado em Carli-nhos Brown.

“Criei esse prato esperando que ele (Carlinhos Brown) viesse no meu boteco e agora tenho a oportunidade de mostrar o meu trabalho para um público maior. O Sebrae e a Associação Brasileira de Bares e Restaurante na Bahia (Abrasel) acabaram me presenteando com a participação nesse espaço de degustação.”

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Jomar GarciaChefe de cozinha do Jô da Bahia Boteco e Bistrô

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Certificação inédita

Com uma mulher à frente, a LEDquadros Elétricos ganha destaque e respeito no cenário local

exatamente 23 anos separam o sonho da administradora Soraia Carvalho de ter o próprio negócio e a maturação da LeDquadros elé-tricos, uma das mais respeitadas empresas de montagem de painéis elétricos de baixa e média tensão e de serviços especializados da Bahia. Hoje, ela comanda a peque-na empresa de Lauro de Freitas, com o apoio e o comprometimento da equipe de 20 colaboradores. “É fundamental ter bons colabora-dores e não apenas bons técnicos. Gente engajada, se relacionando bem com todos, e é isso que temos aqui”.

A relação da LEDquadros com o Sebrae começou com a participa-ção em cursos e projetos voltados para o gerenciamento da empre-sa. Na Rede Petro, convênio entre Sebrae e Petrobras que apoia o de-senvolvimento de Micro e Peque-

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Projeto Adensamento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia

No final de 2012, foi lançada, em Salvador, a terceira fase do projeto na Bahia. A iniciativa, realizada pelo Sebrae e Petrobras, continua com a proposta de atuação direta sobre a gestão das empresas filiadas, no intuito de criar um ambiente favorável para as pequenas empresas que compõem a cadeia produtiva. O encontro aconteceu durante a Feira Brasil Petróleo, Gás e Biocombustível (Feippetro 2012). Além de cursos e palestras, os participantes da feira conferiram a Rodada de Negócios, com empresas ofertantes e demandantes buscando negociações.

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nas Empresas (MPE) do setor de petróleo e gás, a empreendedora deu um importante passo para a ampliação da competitividade. “O Sebrae sempre disponibilizou os consultores para treinamen-to específico e para as certifica-ções”.

A conquista mais recente da LEDquadros Elétricos aconteceu em dezembro de 2012, com a vi-tória na etapa estadual do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas - MPE Brasil, na categoria Indústria. Foi a pri-meira vez que a empresa partici-pou da premiação.

Com a produção voltada essen-cialmente para o setor industrial, fornecendo para grandes empre-sas como a Petrobras e outras do Polo Petroquímico de Camaçari, a LEDquadros precisou elevar ao máximo o padrão de qualidade. A empresa foi uma das primei-ras participantes do Programa de Qualificação de Fornecedo-res (PQF) na Bahia, desenvolvido para auxiliar empresários na im-plantação de práticas de excelên-cia em qualidade, envolvendo as fases de sensibilização, diagnós-tico, desenvolvimento e certifica-ção. “O PQF representou um divi-

sor de águas na nossa empresa. Com ele, aprendemos a pensar e trabalhar como uma empresa grande, mesmo sendo pequena”.

Após o período de maturação, Soraia e equipe trabalharam em outras certificações, até torná-la a única empresa baiana certifi-cada no ISO 9001:2008, pelo Bu-reau Veritas Certification (BVC). Na LEDquadros, a capacitação também alcança o capital huma-no da empresa, que investe na participação de cursos, palestras e todas as soluções que possam contribuir para o crescimento dos colaboradores.

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“O Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) representou um divisor de águas na nossa empresa. Com ele, aprendemos a pensar e trabalhar como uma empresa grande, mesmo sendo pequena.”Soraia Carvalho

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Sustentabilidade: uma marca de sucesso

Há quem diga que o trabalho é a mais humana das atividades e, por-tanto, fonte de prazer e satisfação. O emprego do esforço humano vi-sando resultados, entretanto, não é apenas sinônimo de satisfação. Tem a ver com tino, talento e muito estudo. Prova disso é o empresário José Loyola (37), que, antes mesmo de completar a maioridade, já mos-trava intimidade com conceitos de planejamento, empreendedorismo, inovação e tecnologia.

Frequentador assíduo da bibliote-ca do Sebrae, com apenas 20 anos o jovem talento aproveitou o acervo da Instituição e, desde cedo, trilhou o caminho certo para quem quer abrir um negócio e não sabe por onde começar. Devorador de con-teúdos, ele participou de todas as oficinas, cursos e aproveitou muitas

das consultorias oferecidas. Em 1995, Loyola vestiu a camisa

e estampou uma marca de suces-so no segmento de eventos. Hoje, a Loygus for Export produz camisetas promocionais, abadás, fardamen-tos, brindes e camisetas de moda, fazendo trabalhos em serigrafia (processo de impressão no qual a tinta vaza pela pressão de um rodo através de uma tela preparada) e em transfer sublimático (processo através de uma prensa térmica em que a tinta reage com o calor).

A evolução do negócio está im-pregnada de ousadia e responsa-bilidade ao assumir riscos. Com a participação em consultorias, foi possível a Loygus atingir o merca-do corporativo e construir clientes sólidos, como a Petrobras, o Coc, a Central do Carnaval e a Braskem.

Em parceria com o Sebrae, a em-presa conseguiu traduzir a cons-ciência ambiental e a responsa-bilidade social do seu gestor. Para reaproveitar a água utilizada no tra-balho, foi montada uma estrutura que capta a água da chuva e arma-zena em reservatórios para uso dos processos da tinta, num projeto ou-sado que utiliza energia solar para economizar a convencional.

“A limpeza das tintas no proces-so de serigrafia deixa a água que é utilizada com muitos resíduos. Para poupar este recurso e evitar despejar sujeira nos esgotos convencionais, a Loygus for Export desenvolveu um processo que separa a água dos re-síduos das tintas, reutilizando-a. O resíduo gerado é coletado por uma empresa especializada”, explica o empresário.

Empresário adota ações que traduzem consciência ambiental e responsabilidade social

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Segundo a analista do Sebrae Bahia, Christiane Rabelo, o empre-endedor entendeu que a mudança do comportamento empresarial de-veria ser acompanhada pelos seus funcionários. “Os resultados são fruto da satisfação e energia empre-gada no negócio e de seus colabora-dores. A nova postura permitiu que melhorasse sua produção, design, tecnologia e contratasse mais pesso-al”, avalia. Para a gestora do Sebrae, os louros colhidos refletem a con-fiança depositada na instituição e a entrega às consultorias, a exemplo do 5 Menos que são Mais, eficiência energética, gestão de resíduos Lí-quidos, Programa de alavancagem da indústria, entre outros.

“O Sebrae, em relação à

Loygus, é como um adulto

que oferece a mão à criança

para ajudar a atravessar

a rua. Um orientador que

indica o momento mais

seguro para avançar. É

só você segurar firme,

aproveitar o apoio e junto

com sua equipe crescer

ainda mais.”

Características das consultorias que a empresa participou

Gestão de Resíduos LíquidosFornecer consultorias para a redução, tratamento e destinação de resíduos líquidos, visando reduzir o impacto ambiental e atender às exigências legais. O trabalho inclui plano de gerenciamento ambiental, projeto de tratamento de efluentes industriais e sanitários, escoamento pluvial, assessoria ambiental, orientação para automonitoramento de efluentes e projeto de sistemas de controle de poluição ambiental.

Eficiência Energética

Fornecer consultorias para o aumento da eficiência energética no uso da energia, visando redução dos custos e do impacto ambiental, que incluem luminotécnica, mapeamento energético e levantamento de cargas elétricas, análise tarifária, de circuitos elétricos, avaliação de alternativas para a redução no consumo de energia, adequação de isolamento térmico para redução de perdas de calor em equipamentos e tubulações. Carga de 16 a 32 horas

Programa de Alavancagem e Inovação

Capacitar o empresário para a necessidade de este se organizar melhor para sobreviver e competir no mercado, criar mudança e diferencial através de ferramentas que permitam alavancar tecnologicamente a produção; reforçar nos artesãos a ideia de que a busca dos resultados e as mudanças devem ser contínuas.

Funcionários apostaram na ideia empreendedora

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EmpresárioJosé Loyola

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eMPreenDeDor inDiViDUaL

Costurando o futuro tornar-se uma costureira era o sonho de annete Santana desde criança, quando observava a mãe costurar as roupas que ela e os ir-mãos vestiam. Só que, diferente da mãe, Annete queria se profissionali-zar e gerar renda através da costura. “Minha mãe tinha resistência. Não queria que nem eu, nem minhas ir-mãs vivêssemos de costura. Então, fui aprendendo sozinha”, lembra.

Entre retalhos que sobravam da

costura da mãe e tecidos perdidos pela falta de experiência, Annete foi costurando a sua trajetória de su-cesso. Não desistiu em nenhum mo-mento, nem quando se dedicava a outras profissões para se sustentar.

Todo esse esforço foi reconheci-do na entrega do Prêmio Sebrae Mulher de negócios, etapa baiana. Cadastrada como Empreendedo-ra Individual há mais de dois anos, Annete foi contemplada na nova

categoria do prêmio, na cerimônia realizada em 2012, em Salvador. A premiação foi uma surpresa para a costureira. “Realmente, não esta-va esperando, mas fiquei feliz com o reconhecimento, que vai me abrir muitas portas”, aponta Annete.

A costureira vem de uma famí-lia grande. São 15 irmãos. “Meu pai era taxista e minha mãe fazia rou-pas para meus irmãos. Minha irmã mais velha também costurava e foi

A Empreendedora Individual Annete Santana foi uma dasvencedoras do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios

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Prêmio

A entrega do Prêmio Sebrae Mulher de

Negócios foi realizada em novembro de

2012, em Salvador. Além de Annete San-

tana, que venceu a categoria Empreen-

dedor Individual, foi premiada também a

empresária de Ilhéus, Janete Lainha Coe-

lho, na categoria Pequenos Negócios.

A Bahia contou com 475 mulheres ins-

critas na edição de 2012. Desse total, 24

foram selecionadas para a final da eta-

pa estadual. O prêmio teve sua primeira

edição em 2004 e vem relatando histórias

de superação ao longo de tantos ciclos.

O principal objetivo é fomentar o em-

preendedorismo feminino, fazendo com

que outras mulheres, ao ouvirem esses

relatos, se motivem a investir no merca-

do. Além de contribuírem para o desen-

volvimento do negócio, as mulheres que

participam do prêmio poderão ter suas

gestões avaliadas por meio do questioná-

rio de perfil empreendedor.

Podem concorrer mulheres com mais

de 18 anos, donas de empresas de micro

e pequeno porte, membro de negócio co-

letivo ou Empreendedor Individual. A pre-

visão é que as inscrições para o Prêmio

2013 sejam abertas a partir de agosto,

através do site:

www.mulherdenegocios.sebrae.com.br

ela que me deu a minha primeira máquina de costura. Eu tinha que achar um jeito de contribuir com a renda da casa”, revela.

Quando os filhos nasceram, An-nete continuou investindo na cos-tura como fonte de renda principal. “Fui técnica de enfermagem. Passei a usar o salário para sustentar o meu ateliê e com a costura administrava a casa. Trabalhava no ateliê das 7h às 15h e como técnica de enfermagem, das 16h às 22h”, conta.

Há cerca de 10 anos, Annete se tornou uma empresária de sucesso

e trabalha exclusivamente com cos-tura. “Fui me organizando e sempre planejando para crescer”, diz. Com a possibilidade de se cadastrar como Empreendedora Individual, novas oportunidades surgiram. “Além de possuir um CNPJ, posso emitir nota fiscal, o que é muito válido para a compra de tecidos”, destaca a cos-tureira.

Hoje, Annete conta que seu pa-drão de vida melhorou e tem mui-tos planos. “Consegui formar meus filhos através do meu trabalho como costureira. Agora, sou eu

que estou terminando a faculdade de Design de Moda. Acredito que o conhecimento é fundamental para sermos respeitados no mercado”, aponta. Ela pretende lançar uma coleção própria e fornecer para lo-jas em Salvador. “Montei um plano de negócios para poder atuar dessa maneira”, afirmou.

Para contribuir com a formação de mão de obra, Annete desenvol-ve ações em parceria para ensi-nar o ofício da costura para outras mulheres. “É um projeto ainda pe-queno, mas espero encontrar mais parceiros para potencializar essa iniciativa”.

Janete foi a vencedora da etapa estadual do prêmio, na categoria Pequenos Negócios

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Com a proposta de dar ênfase ao ensino de competências, indo além do tradicional modelo de conteúdos acadêmicos, há dois anos Josenice Mascarenhas, pro-fessora da Faculdade Social da Bahia (FSBa), apostou no empre-endedorismo como disciplina nos cursos de graduação. “Mostramos que eles podem ter outras verten-tes, pensando em todas as variá-veis. Eles aprendem a olhar para outras oportunidades, sem fica-

rem limitados”, afirma.Desmistificando a ideia de que

todo o empreendedorismo é nato, a professora desenvolve em sala as habilidades pessoais através de atividades práticas e de ferra-mentas de estratégias de marke-ting e análises financeiras, ofereci-das pelo Sebrae Bahia. “Com essa parceria, o Sebrae funciona no processo como uma água capaz de irrigar a semente do empreen-dedorismo, plantada nos alunos.

Além do apoio técnico e opera-cional, a entidade traz para eles a força da credibilidade que possui”.

Dentre as ações desenvolvidas em parceria com o Sebrae, no sentido de fomentar a ação em-preendedora, ela destaca a Feira da Cidadania, a Exposocial, a As-sistência ao Microempreendedor Individual e o 1º Torneio Campus Empreendedor, no qual os alunos puderam treinar suas habilidades em um mundo virtual de negócios.

eDUCação eMPreenDeDora

Ensinamentos do empreendedorismo

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Professora Josenice Mascarenhas é uma das profissionais que transforma a educação empreendedora em realidade nas salas de aula

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“O jogo faz com que você lide com as situações do mercado e tome decisões com direcionamen-to preciso, sem levar em conta apenas o sonho de empreender”, afirmou a estudante do curso de Administração da FSBA, Betânia Mascarenhas, após participar do torneio. Para ela, esses projetos ligados à educação empreende-dora permitem a sintonia entre boas ideias, técnicas e conheci-mentos, sempre alinhando teoria e prática.

Ao despertar nos alunos a ten-dência para serem formadores de suas carreiras, com atitudes proativas, Josenice tem um re-torno positivo de discentes in-teressados em buscar mais co-nhecimento e muitos deles se formalizando como Empreende-dores Individuais (EI), iniciando uma atividade em paralelo com a graduação.

Com o objetivo de incluir o tema empreendedorismo nos conteúdos programáticos dos ensinos fun-damental, médio e superior, o Se-brae Bahia atua em parceria com a Secretaria de Educação e com centros educacionais através do Projeto Fomento ao Empreendedo-rismo no Ensino Formal. De acor-do com a coordenadora da Unida-de de Educação Empreendedora, Silvana Nunes, trata-se de uma abordagem pedagógica com base na formação, “para promover a cultura empreendedora por meio de iniciativas que estimulem a sua disseminação junto à sociedade”.

As ações avançam em 2013, nos

Fomento ao empreendedorismo no ensino formal

Realizado em novembro de 2012, no Centro de Con-venções da Bahia, em Salvador, o evento teve como tema “Educação para Empreender um novo Brasil”, discutindo a educação e o empreendedorismo como soluções para o País.

Além dos workshops, palestras, casos de sucesso, gru-pos de discussões, painéis e reuniões com participação de todas as entidades jovens, o público teve acesso ao I Se-minário Baiano de Educação Empreendedora. Esse encon-tro contou com a palestra de Gabriel Perissé, pós-doutor em Filosofia e História da Educação, com o tema “Educa-ção e Empreendedorismo”.

Confederação de jovens empresários

três níveis de ensino, através da educação e da cultura empreende-doras, alinhadas com uma tendên-cia nacional de formar os jovens para além do currículo tradicional.

Já tramita no legislativo federal o Projeto de Lei 4.184/12, para esta-belecer o empreendedorismo como um dos objetivos da educação na-cional. A educadora Josenice Mas-carenhas avalia a tendência como um sinal positivo de que os estu-dantes podem se transformar em protagonistas da própria realidade. “Se for aprovada, a lei vai beneficiar os alunos e também o País, porque o empreendedorismo transforma”, avalia.

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O Desafio de empreender

Manter o sangue frio para enten-der melhor o mercado e recuperar posições de liderança. Com essa estratégia, a equipe Amazon Fruits, formada pelos estudantes de Agro-nomia da Universidade Federal Ru-ral da Amazônia, Djavan Paixão e Renata de Holanda, conquistou o troféu de campeã no Desafio Sebrae Internacional 2012, sexto título bra-sileiro no jogo empresarial. A dis-puta contou com equipes de outros seis países da América Latina e Cen-tral – Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Panamá.

Antes disso, em novembro de 2012, eles venceram a etapa nacio-nal do Desafio Sebrae, que aconte-ceu pela primeira vez em Salvador.

“A nossa graduação não é direta-mente ligada à administração, mas é possível também em nosso mun-do investir tudo aquilo que conse-guimos aprender nesse desafio”, diz Renata.

Considerado o maior jogo de em-preendedorismo juvenil do mundo, o desafio representa a principal con-tribuição do Sebrae para a difusão da cultura empreendedora no meio universitário. Com mais de 154 mil alunos inscritos na edição 2012, os universitários geriram uma fábrica de polpas e sucos de frutas tropi-cais. A equipe baiana Irecê Frutas e Derivados foi vencedora da etapa estadual e uma das oito finalistas do jogo.

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“O empreendedorismo é um processo vital e faz parte do nosso dia a dia. Empreender é acreditar e nós acreditamos.”

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BarreirasAv. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo – Centro. CEP 47804-000. Tel.: 77 3611.3013/4574.

BrumadoR. Dr. Mário Meira, 79 – Centro. CEP 46100-000. Tel.: 77 3441.3543.

Camaçari R. do Migrante, s/nº – Centro, CEDAP – Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: 71 3622.7332.

Euclides da CunhaR. Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: 75 3271.2010.

EunápolisR. 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro. CEP 45820-041. Tel.: 73 3281.1782

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Ilhéus Av. Dois de Julho, 1039, Térreo – Centro. CEP 45653-040. Tel.: 73 3634.4068.

Ipiaú Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro CEP 45570-000. Tel.: 73 3531.6849/5696.

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JuazeiroPraça Dr. José Inácio da Silva, 15 – Centro. CEP 48903-430. Tel.: 74 3612.0827.

Lauro de Freitas Lot. Varandas Tropicais, nº 279, Q. 3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: 71 3378.9836.

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Porto SeguroPraça ACM, 55 – Centro. CEP 45810-000. Tel.: 73 3288.1564.

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Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26, Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: 71 3241.8126.

Salvador / Pelourinho. QualiculturaR. das Laranjeiras, 02, Terreiro de Jesus, Pelourinho. CEP 40026-230. Tel.: 71 3321.9509.

Santo Antônio de JesusR. Ruy Barbosa, 22/26, Ed. Saene, Loja 3, Sala 104 – Centro. CEP 44572-000. Tel.: 75 3631.3949.

Seabra R. Horácio de Matos, 25, Salas 01 / 02 – Centro. CEP 46900-000. Tel.: 75 3331.2368.

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Sede do Sebrae BahiaR. Horácio César, 64, Dois de Julho, Salvador, Bahia. CEP 40060-350. Tel.: 71 3320.4301.

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