revista canto da iracema - edição junho 2013

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UMA PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO SOCIOCULTURAL CANTO DA IRACEMA | ANO 14 | Nº 91 | JUNHO 2013 a cultura cearense pertinho de você! a cultura cearense pertinho de você! a cultura cearense pertinho de você! CALÇADAO DA PRAIA DE IRACEMA | FOTO>CLAÚDIO LIMA

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Page 1: Revista Canto da Iracema - Edição Junho 2013

UMA PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO SOCIOCULTURALCANTO DA IRACEMA | ANO 14 | Nº 91 | JUNHO 2013

a cultura cearense pertinho de você!a cultura cearense pertinho de você!a cultura cearense pertinho de você!CALÇADAO DA PRAIA DE IRACEMA | FOTO>CLAÚDIO LIMA

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instituto de comunicação sociocultural canto da iracema zeno falcão sonara capaverdeMTB 6553 audifax rios | calé alencar | camile holanda queiroz | claúdio lima | cia. cearense de molecagem |klévisson viana | maristela crispim | nilze costa e silva audifax rios | erivaldo casimiro | kazane artzen

rua joaquim magalhães 331 | josé bonifácio | cep 60040-160 | fortaleza | ceará | brasil | fone (55 85) 3032.0941 |[email protected]

| AS MATÉRIAS PUBLICADAS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES | FOTO CAPA> CLAÚDIO LIMA

Q U E M S O M O S !

// EDIÇÃO ELETRÔNICA | WEB 2

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ÍND

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> FORTALEZA PRECISA DOPARQUE ECOLÓGICO DOCOCÓ E MUITO MAISmaristela crispim...

O DIA QUE MATEI MEU ANALISTAnilze costa e silva...

SÃO JOÃO DO CARNEIRINHO,TÃO BONZINHOaudifax rios...

I MOSTRA INTERNACIONALDE CINEMA BRASIL-ITALIA-MUNDO. camile queiroz...

> IMAGEM, PROSA, POESIAcalé alencar...

Neste mês de junho, como vimos através da grande mídia escrita, televisivae radiofônica, o país literalmente ferveu com manifestações por todos oslados. A inércia do povo brasileiro, diante da exploração de seus governantes,explodiu através (mais uma vez) pelas vozes da juventude que tomaram ainiciativa de gritar palavras de ordem pelas ruas das capitais e de diversosmunicípios, essencialmente contra gastos superfaturados da copa dasconfederações e copa do mundo, contra a corrupção, por transporte coletivocom qualidade, por mais educação, mais saúde, homofobia, contra a PEC37, e muito mais...

Claro que, nós que produzimos este veiculo de comunicação, totalmentealternativo, nos confraternizamos com essas vozes que querem acima de tudoexercer seu direito constitucional de cidadania. Por este motivo, a partir destaedição também iremos levantar bandeiras de uma política mais social e,voltada para todo o povo brasileiro, particularmente para nós cearenses. OCanto da Iracema inicia uma primeira campanha intitulada “MUITO BONITONÉ?”, na qual partilhamos com nossos leitores e leitoras a iniciativa demostrar a população uma educação mais cidadã no dia a dia de nossasvidas. Confira na página 14 maiores informações sobre este movimento.

Trazemos também, artigos e crônicas de nossos colaboradores fiéis, AudifaxRios, Nilze Costa e Silva e Klevisson Viana, além claro, de divulgação dacultura através de convidados, como a produtora cultural Camile Queiroz quenos convida para a “I Mostra Internacional de Cinema Brasil-Itália-Mundo”,e da peça teatral “A Pequena Sereia - O Musical”, do diretor Carri Costa e suaCompanhia Cearense de Molecagem.

Não poderíamos deixar de registrar também, que o mês de junho representapor todo planeta o mês internacional do meio ambiente, onde orgulhosamentelevamos a tod@s um artigo escrito exclusivamente para o Canto da Iracemada jornalista Maristela Crispim, que é Mestre em Desenvolvimento e Ambiental,que explana a necessidade da cidade de Fortaleza em preservar o ParqueEcológico do Cocó.

Por fim, brindamos com uma imagem clicada pelo fotografo Cláudio Limaem nossa capa, a festa de São João com suas bandeirolas expondo bandeirasdos times de futebol que participam da Copa das Confederações, exposta nocalçadão de nossa eterna e bucólica Praia de Iracema. Um forte abraço egrande beijo no coração de tod@s. Tenham uma ótima leitura!

Por uma

educação

que nos ajude

a pensar, e

nao que nos

ensine a

obedecer!

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[email protected]

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SÃO JOÃO DO CARNEIRINHO,TÃO BONZINHO.

FOGUEIRA, BALÃO, PAMONHA, NAMORO, ADIVINHAÇÃO. SÃO JOÃO, SÃO PEDRO, SANTOANTONIO. PEDRO NA SOLEIRA DO PARAÍSO COM SUA MISSÃO CARCEREIRA, AQUI EMBAIXO,REVEREBCIADO EM PROCISSÕES MARÍTIMAS, PESCADOR QUE FOI NA GALILEIA, E COMFOGUEIRA NA PORTA DE CADA XARAPIM. ANTONIO, ENCONTRADOR DE COISAS EXTRAVIADAS,CASAMENTEIRO JURAMENTADO, LÁ EM BARBALHA INCENTIVA A DERRUBADA DE ÁRVORESALTÍSSIMAS PARA QUE AS DONZELAS CASADOIRAS LHE TIREM UMA CASQUINHA. JOÃO,FESTEIRO, CONGREGA AS MAIORES ATENÇÕES NESTE MÊS DE JUNHO. QUADRILHAS ECASAMENTOS MATUTOS FAZEM PARTE DO INTENSO RITUAL ONDE AINDA CABEM SIMPATIASPARA ARRANJAR MULHER E MARIDO; ORAÇÕES AGRADECENDO A BOA COLHEITA E MUITAFESTANÇA NO ARRAIÁ. A TEMÁTICA DEU GRANDE CONTRIBUIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DAMÚSICA NORDESTINA, LEMBRANDO AQUI O GRANDE LUIZ GONZAGA. E, A BENÇÃO, PATATIVADO ASSARÉ.

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MARCAS DE GADO ENTRE ESTRELAS - Patrasmente fogueiras imensas ardiam nosterreiros para cuiltuar a fertilidade da terra e do homem. Agradecer a boa safra e fazer pedidosaos céus por um futuro promissor para agricultura e a família penhorada. Em volta, ocompadrio e a proeza de “sartar” o fogaréu como pagamento das promessas acordadas. Emuitos casamentos saíram dali, entre o estampido de coloridos fogos. Como simbologia, ocasamento matuto com direito a padre, juiz e delegado. Os noivos, a rigor, acompanhados degrande séquito em trajes típicos bailando numa afrancesada quadrilha. Ao pé da fogueira,batatas e nacos de carneiro ou cabrito assados na brasa. Nas barracas, aluá com tapioca,pamonha, canjica, broa e, de quebra, uma cachacinha, que ninguém é de ferro. Às vezescamuflada em quentão, mais reconfortante que o calor emitido palas labaredas da fogueirade São João do Carneirinho.

DESAFIOS NA NOITE CONSTELADA - As quadrilhas tomam toda a atenção mas haviaterreiros onde o momento maior ainda era uma boa dupla de violeiros. Se possível homem emulher para sacramentar o tradicional casamento de araque. Os assistentes davam o moteque, geralmente, girava em torno da safra, dos sonhos, do amor, da fartura. Na falta devioleiro um bom sanfoneiro comandava o espetáculo. Acompanhado de triângulo, pandeiroe zabumba. O maioral interpretando xotes e baiões da lavra de Zé Dantas, Humberto Teixeira,José Marcolino, Rosil Cavalcante, Luiz Ramalho e outros mais, imortalizados pelo genial LuizGonzaga, o Rei do Baião. A maioria rememorando os santos milagreiros dessa quadra como:São João na roça, Noites brasileiras, Fogueira de São João, Festa do milho, Dança da modae o clássico Olha pro céu de Gonzagão e Zé Fernandes (1951), que diz: “Foi numa noite iguala esta / Que tu me deste o coração / O céu estava, assim em festa / Pois era noite de São João/ Havia balões no ar / Xote, baião no salão / E no terreiro, o teu olhar / Que incendiou meucoração”.

BONECA DE CABELO LOURO - Quando as espigas de milho começam a embonecar oinverno já está pendendo para o final. O feijão já enramado, maxixe e jerimum nascendo aoléu. Há fartura no sertão desde o mês de maio, o mês das noivas, o mês de Maria. Promessasforam feitas, o pagamento dar-se-ia em junho, entre as festas aos santos queridos: Pedro,João e Antonio. Milho cozidpo, assado, bolos de todos os feitios; pamonha, cuscuz, canjica; Atéa casca da espiga serve para preparar o aluá. Como também fazer petecas para o jogo dameninada. A bola de rabicho de mão em mão ao cair da tarde entre nuvens de tanajuras.Sabugo e palha seca triturados são boa ração para o gado. Nada se perde. O milho serve atépara o enchimento de bonecos de judas na Aleluia e espantalhos esculturados nas cercas dosroçados para afugentar passarinhos pedradores. “Peça pro meu mio dá / Vinte espiga emcada pé”.(São João do Carneirinho, Luiz Gonzaga e Guio de Morais, 1958).

APAGARAM O CANDEEIRO - Um homem, uma mulher; um par dançando no terreiro ouno salão. Arrastado na base da chinela. Os dois, agarradinhos, grudados, não passa nempensamento. No fundo, o fole de um sanfoneiro tirando mais um sucesso gonzagueano.Numa sala de reboco, Carolina, Desessete légua e meia, Danado de bom, No Ceará temdisso... e por aí. A sanfona hoje em dia é de grande porte, de muitos baixos, como negroempareado. Outrora, um pequeno fole de oito baixos como o do Luizinho Calixto que arrastaseu som maravilhoso entre as paredes de taipa do Kukukaya. Na penumbra do salão brilha,acanhado, o clarão do lampião de querosene. Ou a moderna Petromax com camisinha decinza. Ou o lampião Primus à gás butano. Mas o toque insiste em repetir “Eu nesse coco nãovadeio mái / Apagaro o candeeiro, derramaro o gái”. (Zé Dantas e Luiz Gonzaga / 1956).

PERIGOSOS BALÕES - O céu, é certo, ficava lindo com a corrida dos coloridos balões depapel de seda. Tirados do ar por força de lei, a fim de evitar incêndios nas plantaçõesressequidas ou mesmo nas cidades. Ficaram as arraias (pipas e papagaios) nas tardesensolaradas. No escuro noturno dos céus só a pirotecnia. O colorido ficou mesmo nas tradicionaise resistentes bandeirinhas, hoje de plástico. E na chita das saias e camisas dos foliões roceiros.Mas a cor verdadeira está presente no olhar dos sertanejos, na contagiante alegria. O cenárioreflete este contentamento, mesmo, como agora, em tempos de inverno escasso. Porque ficouo verde da esperança olhando para o ano vindouro. “Hoje longe muitas légua / Numa tristesolidão / Espero a chuva cair de novo / Pra mim vortar pro meu sertão”. Asa Branca,composição de Gonzaga e Humberto Teixeira, desde 1947 é oração da volta.

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TOSDIVULGAÇÃO

Ele ri das minhas dores de cabeça e do meudesânimo. Ri, depois fica sério, circunspecto. Acabeça faz viagem. Sei que não existo ali perto,apenas falo. Ele não se mexe, num silênciodevastador. Finalmente se resolve e as palavrasresvalam num vazio sem paredes e tetos.

Entro na sala silenciosamente e observo ascortinas dançando ao vento. Deponho um bilhetena mesa. Pouco me expresso falando e pensoque isso o irrita. Óculos na ponta do nariz, elequer parecer mais velho. Olha-me enviesado efinalmente se resolve a ler: “Para o diabo comessa verdade mais verdadeira. Fique com ela. Elaé sua. Não precisa me devolvê-la, tenho defesasoutras”.

O olhar é longo e me alfineta. O olhar éum estilete de lâminas quase microscópicasque só me penetra e não me resolve. O silênciodo olhar me endoidece. Dou porradas na mesacomo dou nesses diabinhos que meperseguem. Um olho me absolve e o outrome ordena que eu tome o meu devido lugar.

Deito-me no divã e sinto-me lúcida, quasefeliz. Divago. À noite ligo e pergunto se aindaé válido o convite para o jantar. Do outrolado uma voz se alegra e confirma. Sinto evejo o gesto da boca falando em câmara lenta.A morenidade é do rosto do analista, os cabelosdispersos, o rosto imberbe. Dele é aquele olhar

O DIA EM QUE MATEI MEU ANALISTA!> Por: NILZE COSTA E SILVA

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NILZE COSTA E SILVA > é escritora, integrante da AJEB (Associação de Jornalistas e Escritores Brasileiros), fundadora e coordenadorado grupo Poemas Violados. Autora de vários livros de contos, crônicas e romances, entre eles A Mulher sem Túmulo, biografia romanceada dabeata Maria de Araújo, protagonista dos milagres de Juazeiro em 1889. Integra o dicionário de Mulheres Brasileiras de Nelly Novais Coelho.

omisso que me anula e me hipnotiza asesperanças. Meu analista é assim: essa coisainalcançável, que eu necessito domar para mesanar de corpo e mente. Um ser estranho queapenas me olha e me ouve. Só lhe vejo omovimento dos lábios e não sei lê-los.

Disserta sobre as coisas mais impossíveis einoperantes, como realidade, princípios certos,coisas exatas, autenticidades, representação fielde uma coisa qualquer que ele julga existir.Verbalismos sem nexo que se perdem no tempoe no espaço. Meu psicanalista é assimdesalmado, distrai-se ao falar, tergiversa. Querme rebuscar, me revolver. Quer-me presa. Umverdugo de mentes, um carrasco, o que ele é.

Pois confesso ter aceito desta vez o convitepara jantar. Nem jantamos. O carro deslizoupelo asfalto uma fita do Caetano, “Você medeixa a rua deserta, quando atravessa e não olhapra trás...”

Olho de soslaio o meu psicanalista. Depois,sem medo, resolvo olhá-lo de frente. Ele nãose toca, não se deixa penetrar. Irritam-me aarrogância e o despotismo dos gestos. Umcínico...

Não há muito o que contar sobre o queacontece depois. Um freio brusco, uma luagrande falando de manchas antigas e de umageometria perturbadoramente exata a olho nu.De um lado, colunas de areia. Rodeia-nos aindaum nigérrimo e imenso mar e mais doissegmentos opostos de estradas mal iluminadas.Entre gestos que se avizinham, um beijoexcessivamente molhado. Duas mãos ávidasacariciam as costas largas e bem torneadas dopsicanalista. Entre os dedos, a lua se faz refletirno canivete afiado.

Não há como descrever esse momentosublime. Eu tinha ali, nos meus braços, osangue e o corpo do meu analista, agorarendido, repousando em meus ombros. Tinhaas dunas, a lua e o barulho do mar. O ventovarrendo os nossos cabelos e nos acariciandoo rosto.

Sei que abri os olhos e sorri de felicidade.Levantei do divã e olhei em direção à janela.Sentia-me flutuar. Novamente o vento.Novamente fazia com que dançassem ascortinas. O analista me olhou espantado e eulhe fechei os lábios com os dedos, para quenada mais acrescentasse àquele momento divino.Despedi-me dele para sempre, sem cansaço, semagonia.

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O Rio Cocó seestende poraproximadamente 50quilômetros, desde a suanascente, na Serra daAratanha, em Pacatuba;passando também pelomunicípio de Maracanaú;até a sua foz, entre aspraias do Caça e Pesca eSabiaguaba, em Fortaleza.Mas sua baciahidrográfica tem uma áreaaproximada de 485quilômetros quadrados,com grande influência emtoda a região.

Historicamente, apreservação do ambientenatural da sua área deinfluência, na Capital doCeará sempre foi oobjet ivo dos gruposambientalistas cearenses radicados em Fortaleza,já que foi praticamente única área verde naturalpreservada nesta metrópole de aproximadamente2,5 milhões de habitantes.

Após intenso movimento, iniciado no fim dosanos 70 e marcado pela criação do MovimentoSOS Cocó, em 1985, de oficial, tivemos o DecretoNº 20.253, de 05 de Setembro de 1989, quedeclarou de interesse social para fins dedesapropriação as áreas de terra compreendidasno contorno do Projeto do Parque Ecológico doCocó e o Decreto N° 22.587, 08 de Junho de1993, que declarou de interesse social, para finsde desapropriação, as áreas destinadas à ampliaçãodo Parque Ecológico do Cocó.

A área do Parque Ecológico do Cocó abrangidapelos decretos compreende o trecho da BR-116 àfoz do Rio Cocó, o que soma 1.155,2 hectares.Ele ainda está em processo de adequação aoSistema Nacional de Unidades de Conservação(Snuc), com proposta de denominação de ParqueEstadual do Cocó.

FORTALEZA PRECISA DO PARQUE ECOLÓGICO DO COCÓ E MUITO MAIS

Seu objet ivo é“proteger e conservaros recursos naturaisexistentes, de forma arecuperar e manter oequilíbrio ecológiconecessário àpreservação da biotaterrestre e aquática epropiciar condiçõespara at ividades deeducação, recreação,turismo ecológico epesquisa científica”,segundo aSu p e r i n t e n d ên c i aEstadual do MeioAmbiente (Semace).

Ainda de acordocom a Semace, acriação do parquetambém objet ivaproporcionar o contato

direto da população com o ambiente natural,envolvendo-a nas suas ações de preservação econtrole, despertando o espírito conservacionistana população da Cidade.

| CARACTERÍSTICAS

O Parque está inserido apenas no municípiode Fortaleza e inclui as áreas de maior fragilidadedo ponto de vista ambiental. Nele, podemosidentificar várias unidades geoambientais, comoplanície litorânea, planície flúvio-marinha esuperfície dos tabuleiros litorâneos. A planícielitorânea está caracterizada por duas feiçõesgeomorfológicas distintas, mas intrinsecamenterelacionadas: as praias e as dunas fixas e móveis.

A planície flúvio-marinha, ocupa desde ostrechos do rio localizados na BR-116 até a suafoz, onde forma um estuário. Nessas áreas, pelascondições adversas, com alta salinidade da águae do solo, níveis muito baixos de oxigênio nosolo, frequentes inundações pela maré alta, as

RIO COCÓ

FORTALEZA | CEARÁ//

FOT

OSDIVULG

AÇÃO

> Por: MARISTELA CRISPIM

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O Rio Cocó tem sua nascente na vertente oriental da Serra da Aratanha,no município de Pacatuba.

Tem a Foz na região do Caça e Pesca, no Litoral Leste de Fortaleza. Tem29 afluentes na margem direita e 16 na esquerda, além de 15 açudese 36 lagoas. Área total em 443,96 km².

Área em Fortaleza (km): 215,9 km² sendo a maior bacia do Municípiode Fortaleza, drenando os setores Leste, Sul e Centro. Extensão do seutraçado 45km dos quais 25km em Fortaleza.

A Bacia Hidrográfica do Rio Cocó é a mais extensa e de maior áreafísica na Região Metropolitana de Fortaleza com cerca de 19.100,85ha(correspondendo a 60,28%da área municipal).

A área total de vegetação ocupa 1.877,48ha da bacia, correspondendoa 9,83. Possui vegetação de mangue (2,97%da bacia), de dunas(1,17 da bacia) e de cerrado (0,13%da bacia).

A fauna na Bacia Hidrográfica do Rio Cocó aloja-se sobretudo na áreacentral da mesma, contemplando principalmente os ambientes domanguezal e da vegetação do tabuleiro pré-litorâneo. Há faunaestuarina, fauna florestal e fauna urbana. No estuário e manguezaldo rio Cocó guarda uma excelente área verde imprescindível para asobrevivência da fauna regional, onde se pode observar: guaxininsalimentando-se de crustáceos e anfíbios; maçaricos e gaivotas aolongo de sua rota migratória, sericoias e carões vocalizando aoentardecer; garças, socós e demais aves lacustres alimentando-se;martins-pescadores capturando sua alimentação.

MARISTELA CRISPIM

Jornalista e mestre emDesenvolvimento e Meio Ambiente (UFC)

espécies vegetais mais dominantes são osmangues.

O manguezal do Rio Cocó, em seus trechospreservados, formam uma mata de mangues derara beleza, situada no coração de Fortaleza, ondevárias espécies de moluscos, crustáceos, peixes,répteis, aves e mamíferos compõem cadeiasalimentares com ambientes propícios parareprodução, desova, crescimento e abrigo natural.

| AMEAÇAS

Por estarem localizadas nas áreas mais nobresde Fortaleza, uma das principais ameças sofridaspor esses ecossistemas é o crescimento urbanoem sua direção. Além da convivência, comum agrandes centros urbanos, incapaz de evitar queesgotos e lixo contaminem a área, a cobiça poruma moradia “com vista permanente para o Cocó”ameaça a sua existência de forma permanente.

Daí a pressão dos movimentos ambientalistase do Ministério Publico Estadual (MPE) para queessa Unidade de Conservação (UC) sejaconsolidada e a natureza continue prestando oimportante serviço de manter essa Cidadehabitável.

| IMPORTÂNCIA

A arborização urbana é de vital importância,principalmente nos grandes centros urbanos.Quanto maior a maior área verde na cidade, menoré a temperatura. Essa é uma prevenção às ilhasde calor, formadas rapidamente em grandemetrópoles com urbanização intensa. Se essesambientes são naturais, melhor ainda, já que oequilíbrio dos ecossistemas fornece uma outra sériede serviços ambientais, como a oferta de de peixese a preservação dos recursos hídricos da cidade ea balneabilidade do rio e das praias da Capital.Fortaleza precisa deste verde e de muito mais.Garantir o Parque do Cocó em sua integridade éuma necessidade de todos os habitantes destaCidade, sem exceção.

PARQUE ECOLÓGICO DO COCÓAv. Pontes Vieira, SN | Dionísio TôrresFones: 85 3101-5550 | 3271-6589

| Passeios de Barco aos domingosDuração de 20 minutos | Adultos: R$ 4,00 | Crianças: R$ 2,00

(imperdível)

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I MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMABRASIL – ITÁLIA – MUNDO22 a 28 de Julho – 2013 | Caixa Cultural Fortaleza

Fortaleza – Ceará - Brasil

Alessandro Battisti nasceu em Roma,Itália. Formado em Direito, exerceucargos políticos, sendo inclusive eleitopara o Senado em Roma. Porém,direcionou sua carreira para ocinema, e foi presidente da CinecittàHolding, presidente da MediaportSpA (gestão pública dos cinemas),membro do Conselho deAdministração da Cinecittà Studios(gestão público-privada de estúdiosde cinema), membro do Conselho deAdministração da Cineci ttàEntertainment (incorporado naprodução e promoção de eventosaudiovisuais) e presidente do ComitêMinisterial para a promoção docinema italiano no exterior. Suatrajetória profissional lhe possibilitoua formação de uma grande redeinternacional de contatos, o quedesde já garante a visibilidade doevento no meio cinematográficomundial.

O evento reunirá em uma mostra competitiva 15 filmes provenientes de diferentes países,apresentando o melhor da produção cinematográfica contemporânea mundial.

| SemináriosDurante o evento, ocorrerão debates sobre as várias problemáticas da indústria cinematográfica.Serão convidados profissionais da área representando diversos nichos e elos da cadeia doaudiovisual, justamente para ir de encontro com a individualização dos problemas e discutir aspossíveis soluções.

| Confira a programação:23.07 (terça) - Economia do Cinema24.07 (quarta) - Co-Produção e Relações Internacionais25.07 (quinta) - Distribuição e Difusão26.07 (sexta) - As Novas Fronteiras do Audiovisual27.07 (sábado) - Formação e Intercâmbio28.07 (domingo) Políticas Públicas do Audiovisual

Acompanhem todas as novidades da Mostra na nossa página do Facebook. Estão todos convidados!

O Diretor da Mostra: Alessandro Battisti

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NICOLA BORRELLI é atualmente responsável pela Direção Geral de Cinema do Ministério de Bens e AtividadesCulturais (MiBAC) da Itália. É formado em Economia, com mestrado em Gestão da Inovação Tecnológicana Administração Pública.

FRANCESCO GESUALDI nasceu em Roma, Itália. Possui bacharelado em Gestão da Comunicação. Atua comojornalista free lancer desde 1980. Desde 2006, é Membro da Comissão de Cinema para o reconhecimento defilmes de interesse cultural nacional, do Ministério do Patrimônio e Atividades Culturais. Entre alguns doscargos que já exerceu, foi Diretor de Relações Institucionais da Cinecittà Luce SpA, Presidente da FundaçãoRoberto Rossellini para o Audiovisual, Membro do Conselho de Administração da Fondazione Cinema perRoma, Presidente do RomaFictionFest, Presidente da Cinecittà Cinema SpA, Secretário Geral da CinecittàHolding SpA (empresa atuante na produção, distribuição, exibição e promoção de filmes na Itália e noexterior), Diretor da CineRomaCittà Filmcommission (estrutura de serviços para cinema e audiovisual),Membro do Conselho da Cinema Italiano Ltd. (sociedade para a promoção do cinema italiano no exterior),Membro do Conselho do Instituto Luce Spa (empresa de produção, distribuição, exibição e arquivo defilmes), entre outros.

FRANCESCO RANIERI MARTINOTTI nasceu em Roma, Itália. É roteirista, produtor e diretor premiado. Em2009, ele fundou em Florença o FRANCE ODEON, o principal festival de cinema francês na Itália, eatualmente é o diretor artístico. Escreveu junto com Steve Della Casa o livro-entrevista sobre o diretoritaliano Mario Monicelli, “O Ofício de Fazer Cinema”. De 2008 a 2010, foi membro do conselho deadministração da Academia de Cinema Europeu, presidida por Wim Wenders.

Nascido em São Paulo, REMIO XIMENES cresceu em Fortaleza - onde aprendeu a amar o cinema. Formadoem Ciências Sociais pela UECE e Turismo pela UNIFOR, encontrou na volta à sua cidade natal aoportunidade de trabalhar com o que sempre sonhou. Foi editor do site CineNET por cinco anos, Assessorde Imprensa e Assistente de Marketing da Paris Filmes por um ano, e há dois anos é Coordenador deProgramação de Filmes e Séries da Turner Broadcasting Inc. para o canal Space.

HALDER GOMES é cearense, formado em Administração de Empresas e Pós-Graduado em Marketing.Iniciou sua carreira cinematográfica como dublê em Los Angeles, Califórnia, nos anos 90. Em 2004, fezsua estréia como diretor e produtor no longa-metragem “Sunland Heat” (Casablanca Filmes), co-produçãoBrasil/EUA. Escreveu, produziu e dirigiu o curta “Cine Holliúdy – O Astista Contra o Caba do Mal”(Ocean Pictures do Brasil), vencedor de 42 prêmios e exibido em mais de 80 festivais de 20 países. Em2007, realizou o documentário “Loucos de Futebol” (Ocean Pictures do Brasil), outro grande sucesso emfestivais, exibido em 25 países nos 5 continentes. Fez sua estréia como diretor em Hollywood no longa “TheMorgue” (Lionsgate Filmes). Em 2008, foi co-produtor do longa “Bezerra de Menezes – O Diário de umEspírito” (Fox Filmes), sucesso de bilheteria nos cinemas que iniciou a produção audiovisual nacional nogênero. Em 2009, foi produto executivo, co-produtor e co-autor do argumento de “Área Q” (Fox Filmes),co-produção EUA/Brasil. Em 2010, dirigiu (em parceria com Glauber Filho) o longa “As Mães de ChicoXavier” (Paris Filmes), que levou mais de meio milhão de espectadores aos cinemas. Escreveu, produziu edirigiu o longa “Cine Holliúdy”, a ser lançado nos cinemas em breve.

FABIO PORTA nasceu na Sicília, Itália. É Deputado eleito na América do Sul pelos italianos queresidem no continente. Formado em Sociologia Econômica, se especializou em Educaçãode Adultos. É autor de numerosas publicações e artigos parajornais italianos e estrangeiros. Foi professor de Sociologiada Comunicação da Universidade Popular de Roma(UPTER). É membro da Comissão Permanente de“Relações Exteriores e Comunitárias” e Vice-Presidente do Comitê Permanente para osItalianos no Exterior.

Abaixo as primeiras participações já confirmadas nos seminários. Vem mais gente por aí...

| Direção de ProduçãoCamile Holanda Queiroz | (85) 9981 [email protected]

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O espetáculo musical infantil “A Pequena Sereia”, é amais nova montagem da Cia. Cearense de Molecagem, comtexto e direção de Carri Costa, uma livre adaptação do contohomônimo de Hans Christian Andersen, que serviu de basepara a criação do desenho animado da Disney.

A sereia Ariel, filha do Rei dos Oceanos, se apaixona por umpríncipe que acidentalmente cai no mar. Para conquistar seuamor, a pequena princesa contrariando seu pai, que não confianos humanos, se arrisca ao cruzar os limites entre as águas e aterra graças a um pacto com sua tia, uma terrível bruxa dasprofundezas do reino marinho. Com ajuda de seu amigo opeixinho Linguado e do Caranguejo Sebastião, ela viveráaventuras entre a terra e o mar.

Emoção e aventura são os principais ingredientes damontagem, que também traz cenas cômicas. A peça fala dorompimento de limites na busca da felicidade. Ariel corre todosos riscos para chegar à terra e ficar ao lado do príncipe. Amontagem é pontuada por belas músicas com a intenção detransportar as crianças para os ambientes da peça. Os cenárioscriados pela “Oficina de Arte” situam a peça em três ambientes:a superfície do mar, o fundo do mar e a terra. O fundo do mar,onde grande parte da história acontece, é destacado com recursosde luz negra que cria um efeito misterioso e destaca algunselementos do cenário.

| FICHA TÉCNICADIREÇÃO: Carri CostaFIGURINO, CENÁRIOS E ADEREÇOS: Oficna de ArteCOREOGRAFIA: Rayan MonteiroCONTRARREGRA: Niw Teixeira, Ana Beatriz e Adriano PessoaPRODUÇÃO: Socorro Amarante, Derllanio Heulle e Carri CostaELENCO: Luca Ravache, Webster Macedo, Rachel Oliveira,Frances Morim, Igor Reis, Ytalo Tomaz, Priscila Cavalcante,Clara Reis, Karol Reis, Cristiano Marques, Rayan Monteiro,Lydia Aquino, Lidya dos Anjos, Carri Costa e Henrique Araújo

| CONTATOS85 - 3219.9493 | [email protected]

//FOTOSDIVULGAÇÃO

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| FULÔDOLÁCIO...

> Por: CALÉ ALENCAR

Ponte velha é a ponte metálica, porto deonde o Acioly saiu voado. Ponte dos In-gleses é a outra, erguida para substituir oporto da Praia dos Amores e estancadapor conta da construção do Porto doMucuripe. Praia do Peixe d’água doce dosal estrela do mar Matias go back. Cami-nho das índias moinhos de HolandaMarajaitiba a mina de prata a curimatã.Caraya, Algodão, o âmbar-gris, o chão.Forte curumim Iracema FortalezaMarajaig.

Quantas ondas beijaram a areia da praia até queo mar furioso avançasse sobre o casario. Agorasão 86 anos no papel passado e lei aprovada pracriar o bairro Praia de Iracema, onde moraramVerônica e Zairton, o jovem Portugal e sua con-versa de horas a fio pela janelinha da Gruta daPraia. Iracema, estação fronteira, santuário domundo, a noite é de cristal na esquina do Brasil.

Eu dou um doce pra quem achar a cabeça decimento do Luiz Assunção e ainda ajudo a botarde volta no Largo com o nome do maranhensemais cabeça-chata, torcedor do mais querido,morador do Jardim América, sendo ele o queestremeceu o assoalho dos cabarés de Fortalezacom talento de pianeiro, espelhinho e penteFlamengo no bolso porque malandro mesmo nãodá bobeira e São Benedito é crioulo e é um santode fé. Ó, meu São Benedito, olhai para este pretona cor, olhai para este preto filho do rei nagô.

Ponte velha ponte nova ponte para o céu, Tacacá,Estoril. Gamelas de cabaça cuias de coité arrozcom ervilhas em prato de papelão. Sitônio, Ba-leia, Zé Pequeno, o trio de ouro e o Jeep 54poleiro de galos, noites e quintais, o pé decastanhola testemunha de poemas mijadas dis-cursos peidos canções e múltiplos orgasmos. Ain-da hoje soa a canção no meio da noite, além docansaço, a que faz sumirem polícias e cães nomeio da noite no meio do galope da meia-noitequando a rua a casa e a porta não mais falem deir ou chegar. No meio da noite ainda se ouve acanção canto pra subir pra sumir com a milíciadali na marra na força da música. Faz escuro maseu canto eles cortam um verso eu escrevo outrosmontado num cavalo ferro com a se escreve amor

e arma a vida quer um jeito de resistir é o amorque move a Terra all we need is love yo tengotantos hermanos que no los puedo contar.

Iracema ponte pela praia pedra canto de primeirasol entardecer. Praia dos amores dos pinhõesmercado feira sexta-feira cinzas baixa-pau. Ê poçoda draga ê dragão do mar ê negro da noite bên-ção saravá. Canto para a praia de Iracema cantopara Fortaleza canto até viver canto a vida cantoaqui praia Formosa canto o peixe a ponte a paz aluz o ser.

Praia do peixe ponte velha poesia. Areia pedraonda mar anil do céu. Tabajarinos guanacéicoscariús.

Tremembelenses potiguatas janduís. Groairadostupináceos cariris. Arariúnicos, tigipiônicos tapebas.Pacajus tapuias, guaranis tupis. Os meninos naponte gotas de amor na ponte beijos na face ocultada lua. A lua oculta na face dos beijos na ponte oamor em gotas na ponte dos meninos.

| Ponte Velha da Praia de iracema

Page 14: Revista Canto da Iracema - Edição Junho 2013

Com o título MUITO BONITO NÉ?... o Instituto deComunicação Sóciocultural Canto da Iracema inicia estacampanha de educação cidadã em nossa capital, com aesperança de levar para todo o estado do Ceará e, quemsabe para o país, esta inicativa que nos levará a umaconvivência mais digna e respeitosa para com o próximo.Abrace essa idéia, participe, divulgue, compartilhe e façaa diferença. Contamos sinceramente com o apoio detod@s, para que nossas cidades fique realmente - MAISBONITO NÉ!

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Page 15: Revista Canto da Iracema - Edição Junho 2013

FEITOarte

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Fronteira é como o limiteDe Nação para Nação

E pode ser o encontro —Ou ponto de união —,

Onde um mundo mais fraternoBata, num só coração.

Trate o próximo como irmão:Seja brando, humilde e terno!

Vire a página da discórdiaComo a folha de um caderno,

Dê espaço à tolerânciaNum mundo livre e fraterno.

Só peço que seja eternoO respeito pela vida —

A defesa do PlanetaSeja o ponto de partida —

Fazendo, assim, o futuroTem aurora garantida.

Que a mente mais instruídaPropague o saber profundo,

Respeite a diversidadeNum diálogo mais fecundo:

Ensine o bem, faça o bemPara melhorar o mundo.

De onde o mal é oriundo,O bom-senso é aviltado:

O homem segue o caminhoTal um barco naufragado,

Como quem põe um remendoNum lençol que está rasgado...

> Por: KLÉVISSON VIANA

FronteirasO destino está traçado!Numa verdade mais pura,Nossa terra se equilibra:Segue com desenvoltura,Se houver respeito mútuoA toda e qualquer cultura.

O mundo não mais aturaO ódio, a ira e o rancorDe quem detém o poderE se vê superior:Pra esse, a face da PazNão mostrará sua cor!

A Fronteira é o fatorQue separa e une os povos:Aqui, a pomba da PazEstá chocando seus ovos,Para que a Paz floresçaTrazendo filhotes novos.

Lutemos por tempos novos,Onde reine a liberdadeE das lutas popularesVem o exemplo da igualdade,Para que o mundo inteiroPropague a fraternidade!

Page 16: Revista Canto da Iracema - Edição Junho 2013

SALVE O RIO COCÓAINDA HÁ TEMPO!

Há quase trinta anos o povo de Fortaleza luta pela garantia de preservação dosecossistemas (Rio, Mangue, Dunas etc.) do Cocó, que constitui a maior área verde da cidade.De lá para cá, o processo de criação do Parque do Cocó nunca foi concluído, e, no ano de2008, um estudo coordenado pelo CONPAM (órgão responsável pela Política Ambiental doEstado do Ceará) definiu que a área ideal para a criação do Parque do Cocó é de 1.312,30hectares.

Essa área é defendida pelo Movimento Ambientalista, e também pelo Ministério PúblicoFederal – MPF, o qual recentemente ajuizou uma Ação Civil Pública pedindo que sejagarantida a preservação dessa área.

Manifestamos apoio irrestrito à iniciativa do MPF acima mencionada e exigimos que oGoverno do Estado cumpra seu papel de garantidor da preservação ambiental, protegendoem definitivo a mais importante área verde de Fortaleza.

Senhor Governador, garanta a criação legal do Parque do Cocó Já!

Page 17: Revista Canto da Iracema - Edição Junho 2013

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