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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

A Brasil Angola Magazine éuma publicação que surgiu devido anecessidade em haver um veículo decomunicação que realmente venhapotencializar o intercâmbio entre estasnações irmãs - Brasil e Angola - aprovei-tando os laços que as une como o idio-ma e a amizade.

A Brasil Angola Magazine se preocupaem primeiro lugar em levar informaçõesúteis aos nossos leitores, devido a isto fecha-mos parcerias com instituições que se preo-cupam em apresentar ao mercado soluções einformações de real interesse, por isto nos or-gulhamos em ter conosco a ANTAB - Associa-ção Nacional do Turismo Afro Brasileiro e aCBA/CE - Câmara Brasil Angola/CE.

Editorial

Expediente

A BELEZA NEGRA MOSTRA SUA CARA

Nesta edição não poderíamos deixar de desta-car a coroação de Leila Lopes, como a mulhermais bonita do Mundo, e esta vitória fez com queas empresas de cosméticos começassem a ver omercado afro e étnico com outros olhos.

Os investimentos em Angola são enor-mes, só na construção de novos hotéis estáse investindo cinco bilhões de dólares nospróximos anos. Também nesta ediçãomostraremos os Cinco Setores que valema pena investir em Angola, e muito mais.Esperamos a partir de agora contar coma colaboração de cada um de vocês lei-tores, dando sua opinião e sugestõespara futuras matérias.

Obrigado a todos , boa leitura e até apróxima. O Editor

Brasil Angola MagazineAno I, número 01, Outubro-Novembro-2011

Editor Chefe:José André dos Santos – MTB 13.152 – [email protected] Especial AfricaAntonio Lucio - AIRJ 9219/86 - MTb 35490- [email protected] de Marketing:Neemias B. Oliveira – [email protected] Comercial:Glécio Ortega – [email protected] administrativo:Ronaldo Carniello – administraçã[email protected]ção e Produção GráficaDiego Adel – [email protected]

Tiragem: 8.000 exemplaresPeriodicidade: BimestralCirculação – Brasil e Angolawww.brasilangola.com.br - [email protected]

DIRETORIA COMERCIAL EM ANGOLADiretor Comercial – Ubirajara HonórioTelefone (00 244) 933 53 6263 - (+55 11) 8415-8485

[email protected]

PARCERIAS EM DESENVOLVIMENTO DENOVOS PROJETOSANTAB - Associação Nacional do Turismo Étnico Afro [email protected] - www.antab.com.brCBA - Câmara Brasil [email protected]

BRASILA ANGOLA MAGAZINE é uma publicação da CarnielloPropaganda e Publicidade Ltda. - CNPJ – 01.354.870/0001-21Rua Santo Antonio, 446 – cj 104 – São Paulo/SP

Publicidade (+55 11) 3104-9461 / (+55 11) 2836-7807www.brasilangola.com.br - www.carniello.com.brBrasil Angola Magazine tem seu pedido de registro junto ao INPI sobnº0000231109449315 em 21/10/2011

Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião desta publicação e de seus editores.

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

PARCERIAS PARA UM SUCESSO MAIOR

Parcerias

No encerramento das atividades realizadasdurante o terceiro dia do Encontro de Negóci-os na Língua Portuguesa (ENLP), a Câmara Bra-sil Angola-CE, assinou Termo de Parceria coma Carniello Propaganda e Publicidade Ltda, deSão Paulo, que é detentora da publicação Brasil

Angola Magazine. O referido termo faz da

Câmara Brasil Angola-CE fecha parceria com a revista“Brasil Angola Magazine” durante a realização do ENLP

Empresa especializada em eventos de tu-rismo, negócios e qualificação profissional parao segmento de beleza, moda e estética afro.Fundada em 1999 a empresa já realizou diver-sos congressos, workshops, cursos e apre-sentações em feiras em todo o país, sempredestacando a importância dos profissionais debeleza afro no Brasil.

Como destaque a empresa apresenta osCongressos de Beleza Negra, Etnic HairBeauty, Cabeleireiros Afros e Étnicos doBrasil, além dos cursos sobre química, manu-tenção e produção em cabelos afros e trançasestilizadas.

Uma das atrações da empresa é a Hairs-tylle “ Eliana da Silva “que já realizou apre-sentações em diversas feiras em todo o país eque é especialista em cabelos afros e euro-peus. Contatos: [email protected] [email protected]

ETNIC HAIR BEAUTY

A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TURIS-MO ÉTNICO AFRO BRASILEIRO - ANTAB,fundada em 2005 durante a edição do SalãoNacional Roteiros do Brasil realizado emSão Paulo, o objetivo da entidade é o desen-volvimento do turismo cultural, de negócios epedagógico tendo atrativo principal os equipa-mentos e manifestações culturais da populaçãonegra, o afro negócio e a proposta de se fazervaler as Leis Federais 10.639 e 12.288 noBrasil.

Na edição do Salão Nacional do Turismo de2009, foi lançado o coletivo gestor para traba-lhar o turismo e negócios afro-brasileiro. A metaé que o grupo gestor organize os segmentos eas lideranças da cultura afro no País como gesto-res de seus empreendimentos. Entre as ações daANTAB esta á promoção do turismo étnico emfeiras de beleza, de turismo e de negócios nosegmento cultural e empresarial.

Além disso, uma das prioridades é buscarcom o Ministério do Turismo a introdução dacultura afro-brasileiras nos 65 destinos induto-

Associação Nacional doTurismo Étnico Afro Brasileiro

Brasil Angola Magazine o veículo oficial daCâmara Brasil Angola – CE, publicando textosde interesse da Câmara, artigos, notícias, in-formes e permitindo o anúncio de empresasque tenham interesse em Angola. Os informestambém serão inclusos no site da revistawww.brasilangola.com.br.

De acordo com Roberto Marinho, presi-dente da Câmara Brasil Angola – CE, tal Termode Parceria se traduz em importante ferramen-ta de divulgação das ações da Câmara BrasilAngola, pois a publicação, conta com uma tira-gem de 10.000 exemplares e tem sua distribui-ção no Brasil e em Angola.Com essa ação pre-tende-se uma interação maior entre a Câmarae a revista apresentando produtos para expor-tação com destino a Angola, discussão de as-suntos referentes ao relacionamento entre osdois países, comércio exterior, cultura, entre-tenimento e muito mais. “Acreditamos que estaparceria tornará a Câmara Brasil Angola maisvisível no Brasil e em Angola, resultando numnúmero maior de ações e de resultados paraos sócios e para as relações entre o Brasil eAngola.” Confirma Marinho.

O Termo de Parceria foi assinado na presençado Sr. Carlos Duarte, vice-presidente da CâmaraBrasil Angola – CE e do Sr. Eliseu Gaspar vice-presidente da Associação Industrial de Angola.

Contato - [email protected]

res e articular um diálogo com as 12 cidadessede na Copa de 2014 com o sentido de abrirespaços e oportunidades para que as manifesta-ções culturais e os roteiros afro étnicos venhama ser atrativos dentro das programações antes edurante do maior evento esportivo do mundoque acontecerá no Brasil em 2014. Uma das prin-cipais conquistas da ANTAB, foi a criação doPrograma Beleza Étnica Brasil 2014, e a introdu-ção da lei que Cria do Dia do Turismo ÉtnicoAfro Brasileiro em 27 cidades do estado de SãoPaulo, incluindo a capital.

A inclusão dos cabeleireiros afros dentroda Classificação Brasileira de Ocupação do Mi-nistério do Trabalho em 2009, é uma das maio-res vitórias da entidade, que também fez o pe-dido de inclusão das Feiras Beauty Fair, HairBrasil, Thebeauty (Porto Alegre), Hair Beauty(Rio de Janeiro) no calendário de eventos doMinistério do Turismo, assim como a Festa doCarmo de Araraquara e a Festa de São Benedi-to em Tietê. Contato:- www.antab.com.br oupelo e-mail [email protected]

A ANTAB E A Carniello Propaganda e Publicidade Ltda. Assinaram acordo de parceria

no ultimo mês de setembro, durante a realização da BEAUTY FAIR, em São Paulo.

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011 Entrevistas

A exemplo de muitos projetos que se reali-zam na República de Angola, desenvolvidos porempresas brasileiras ou brasileiros que se pro-põe trabalhar colaborando para que o desen-volvimento do país africano seja cada dia maispresente, Celso Salles, com amplo conhecimen-to na área de informática e marketing, desen-volveu o projeto ANGOLA CONECTADA.

Durante meu último périplo por países doContinente Africano, África do Sul e Repúblicado Zimbabwe, no último mês de outubro, tive aoportunidade de ter como companheiro de via-gem para participar da Sanganai Hlanganani rea-lizada em Harare, capital do Zimbabwe, a jorna-lista Karis Cozer e Celso Salles, aliás, nós trêsfomos os únicos brasileiros representantes damídia brasileira a participar do evento conside-rado um dos mais importantes realizados nocontinente e pude me aprofundar para conhe-cer um pouco mais sobre o projeto ANGOLACONECTADA, que tomei conhecimento atra-vés de personalidades angolanas com as quaismantenho contato permanente. Nos dias queestivemos em solo africano tiver a oportunida-de de saber de Celso Salles um pouco mais so-bre o projeto por ele idealizado para a Pátria doHerói Nacional Agostinho Neto, a República deAngola e fui às perguntas.

Antonio Lúcio - Como surgiu a idéia decriar o Angola Conectada ?

Celso Salles - ANGOLA CONECTADA éum Projeto Sem Fins Lucrativos, foi idealizadono ano de 2004, portanto 2 anos após o térmi-no da Guerra em Angola, fomos contactadospelo Sr. João Selésio, na época funcionário doescritório da ONU em Kuito - Bié. O Sr. Selé-sio pediu nossa ajuda, o que foi prontamenteoferecida em regime voluntário. Juntamente comas ONGs. do Bié na época, criamos um Projetode Marketing que denominamos: PLANO BIÉDESENVOLVIMENTO, que pode ser visto nowebsite www.biedesenvolvimento.org

O Plano Bié Desenvolvimento reunia ONGsdo Bié e procurava dar visibilidade aos seus tra-balhos sociais, para que pessoas em todo mun-do pudessem ajudar.

Em 2010, a jornalista Gabriela Forlin foi paraAngola fazer o seu Trabalho de Conclusão deCurso e, com a sua ida, vários outros projetospuderam nascer, tais como: OTCA - ON LINETEAM COLLABORATION ANGOLA, websi-te: www.otca.pbworks.com - OS MENINOSPINTORES DE ANGOLA, web-site: www.osmeninospintoresdeangola.com . Tambémcom a ida de Gabriela para Angola, o Educasat

BRASIL DESENVOLVEU IMPORTANTE PROJETO EM ANGOLApassou a ter acesso a pessoas e ONGs que an-teriormente não tinha.

Ainda em 2010, mais precisamente no mêsde Novembro, o Educasat, juntamente com aABRASA e a ANANGOLA, duas associações emViena-Áustria, a primeira brasileira e a segundaangolana, ambas divulgando suas respectivas cul-turas em território austríaco, participaram doevento batizado pelo Educasat com o nome de“All The Dreams” que, contando com o traba-lho dedicado das senhoras da OTCA, levaramos Meninos Pintores de Angola para exporemseus quadros na cidade de Viena - Áustria. Comtodas estas ações, conhecimentos e relaciona-mentos, o Educasat criou enfim o projeto AN-GOLA CONECTADA, que foi realizado na ci-dade de Luanda, Angola, no período de 6 a 26 deOutubro de 2011. Durante estes 7 anos de tra-balho, o que ficou muito latente, foi a dificulda-de de comunicação entre Angola e o Resto doMundo, mesmo diante de tantas tecnologias jáexistentes. A idéia de seu criador, o publicitá-rio Celso Salles foi exatamente munir as ONGsde conhecimentos para que os seus projetostenham visibilidade internacional e possam re-ceber ajudas de várias partes do mundo, redu-zindo assim a grande distância de Angola com oResto do Mundo. Para dinamizar ainda mais, oANGOLA CONECTADA durante os 20 dias emque funcionou em Luanda, não só treinou ONGse Associações, como também formou 8 Moni-tores para darem continuidade ao trabalho.

Qual a receptividade alcançada com aimplantação Angola Conectada?

Celso Salles - A receptividade foi total, poisos meios de comunicação de Angola abriramsuas portas e possibilitaram que ONGs. de vá-rios províncias tivessem acesso às informaçõese formações, como pode ser visto no Websitewww.angolaconectada.blogspot.com

Os trabalhos iniciados pelo Educasat te-rão continuidade em Angola?

Celso Salles - Os trabalhos implantados peloEducasat através do Projeto ANGOLA CONEC-TADA terão duas vertentes de continuidade:1. Social: www.angolaconectada.blogspot.com2. Corporativa e Educacional:www.angolaconectada.com

Ambos os trabalhos já estão sendo desen-volvidos pelos Monitores do ANGOLA CO-NECTADA, sob a supervisão do professor, Sr.João Daniel da Costa.

Celso Salles, bacharel em Administração deEmpresas, com especialização em tecnologia deinternet e satelital, ficou em território Angola-no do dia 6 ao dia 26 de Setembro onde deutreinamento de tecnologias para ONGs e As-sociações. Destaque em especial para a FAPEDANGOLA – Federação Angolana das Associa-ções das Pessoas Com Deficiência, cujo websi-te já começou a ser estruturado e deverá serfinalizado com Celso Salles ainda em territórioAngolano: www.fapedangola.org. O principalobjetivo do Projeto ANGOLA CONECTADAfoi transmitir conhecimento às ONGs e Asso-ciações para que possam divulgar na internet evia satelital os seus projetos, aumentando con-

sideravelmentea captação derecursos finan-ceiros oriun-dos de váriaspartes do mun-do, tão neces-sários para amanutenção deseus variadosprojetos deajuda social.Softwares para elaboração de Projetos tambémfizeram parte do treinamento proposto peloANGOLA CONECTADA que nesse ano de 2011iniciou mais uma importante fase nas ações deapoio e ajuda social para o desenvolvimento deAngola.

Quais as perspectivas do Educasat emrelação ao intercâmbio do Brasil Angola naárea educacional?

Celso Salles - O grande projeto que o Edu-casat já está trabalhando desde que retornamosde Angola é o CONHECIMENTO VIA SATÉLI-TE, onde estarão configurando como parceirosa INFRASAT, empresa estatal angolana, o AN-GOLA CONECTADA Corporativa e Educacio-nal. Através de Projeto que o Educasat já estátrabalhando, Organizações como a Fundação BillGates e outras de grande porte, serão convida-das a apadrinharem este que promete ser umdos mais audaciosos programas de Educação viasatélite em todo o mundo.

Celso Salles, bacharel em Administração deEmpresas, com especialização em tecnologia deinternet e satelital, ficou em território Angola-no do dia 6 ao dia 26 de Setembro onde realizoutreinamento de tecnologias para ONGs e As-sociações. Destaque em especial para a FAPEDANGOLA - Federação Angolana das Associa-ções das Pessoas Com Deficiência, cujo websi-te foi estruturado e finalizado com Celso Sallesainda em território Angolano: www.fapedangola.org. O principal objetivo do Proje-to ANGOLA CONECTADA foi transmitir co-nhecimento às ONGs e Associações para quepossam divulgar na internet e via satelital osseus projetos, aumentando consideravelmentea captação de recursos financeiros oriundos devárias partes do mundo, tão necessários para amanutenção de seus variados projetos de ajudasocial. Softwares para elaboração de Projetostambém fizeram parte do treinamento propos-to pelo ANGOLA CONECTADA que nesse anode 2011 iniciou mais uma importante fase nasações de apoio e ajuda social para o desenvolvi-mento de Angola.

Jornalista Antonio LucioDiretor do BUREAU POLCOMUNE,ex-Articulista da revista ANGOLAHOJE, Articulista e Colunista doPORTAL ÁFRICAS, Colunista daAFROPRESS-Agência de InformaçãoMultiÉtnica, Diretor de RelaçõesInstitucionais e Imprensa do PortalZIMBA BRASIL.

Celso Salles e o Jornalista Antônio Lúcio

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011Economia

Angola terá, dentro de três anos, uma ofer-ta de 205 novos hotéis estatais com um investi-mento de 1,47 bilhões de dólares e outras141 unidades privadas, representando um in-vestimento de 3,4 bilhões de dólares.

Atualmente, Angola conta com cerca de umacentena de hotéis.

O governo de Luanda vai apresentar o Pla-no Diretor do Turismo em Julho do próximoano, que está sendo desenvolvido pela consul-tora Roland Berger.

No total, o reforço da capacidade hoteleiraangolana irá disponibilizar, no mercado, mais 30mil quartos e 60 mil leitos sendo 13,1 mil quar-tos na rede estatal de hotéis e 16,1 mil nas uni-dades privadas.

No ano passado, o setor do turismo geroureceitas de 500 milhões de dólares.

O governo de Luanda quer duplicar o nú-mero de turistas no país de 366 mil registradosem 2009 (onde 22,6% eram portugueses) para715 mil visitantes em 2014.

CINCO BILHÕES DE DÓLARESEM NOVOS HOTÉIS

Angola investirá cinco bilhões de dólares naconstrução de 345 novos hotéis nos próximos anos

A seguradora angolana AAA, do grupo dapetrolífera Sonangol, está desenvolvendo a“maior rede de hotéis” do país, já em constru-ção, com um total de 78 unidades, de médio ealto padrão, cujo prazo de conclusão das obras,no conjunto, poderá acontecer dentro de qua-tro anos.

A cadeia de hotéis, que vai abranger todoterritório nacional, deverá contribuir para apromoção do turismo interno, e serão admi-nistrados por uma empresa angolana.

As unidades em construção nas cidades deLuanda, Huíla, e Benguela já estão em faseavançada.

Esta rede hoteleira será constituída por doissegmentos. O primeiro será o IKA, com 21hotéis, que representará o padrão de hotéis deluxo da rede, que terão 145 quartos executivosamplos, cinco suítes executivas, e outros atrati-vos. A outra rede, denominada IU, é uma cadeiade hotéis mais simples, com 60 quartos, mascom um elevado padrão de conforto, que nototal irão garantir 3.500 postos de trabalho.

As cadeias de hotéis IKA e IU vão cobrirvários locais “turísticos raríssimas de Angola”,e muitas unidades serão erguidas nas capitaisdas províncias e zonas do interior.

Recentemente abriu na capital angolana oshotéis Skyna e Vila Alice, de 4 e 3 estrelasrespectivamente, e 2012 será o ano de aberturado primeiro hotel 5 estrelas de Angola, o EpicSana da cadeia portuguesa Sana. Para 2013 estáprevista a conclusão do VIP Grand Luanda, dacadeia portuguesa VIP, e de mais um hotel 5estrelas que se especula será administrado pelacadeia Intercontinental.

Outras rede Hoteleiras estão investindoforte em Angola, uma delas é a TD HOTELSque depois do Trópico e Alvalde, abre o seuterceiro hotel em Luanda, o HOTEL BAÌA.Localizado na nova marginal da Praia do Bis-po, com vista sobre a Baia de Luanda, permitedesfrutar de um ambiente tranquilo, onde afacilidade de acessos convida a conciliar umaestadia de negócios, com momentos de des-contração e lazer.

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

Com uma arquitetura de vanguarda que lheconfere um ambiente moderno e acolhedor, oHotel Baía dispõe de 138 quartos (seis suítes, dozequartos King size e 120 quartos standard) um res-taurante com cozinha internacional, dois bares,um Fitness Center e SPA e uma multiplicidade deserviços à sua disposição. Tudo, para que possatornar sua estadia ainda mais agradável.

No Restaurante é possível desfrutar doambiente mais acolhedor de África e saborearas melhores iguarias da cozinha internacional.O almoço e o jantar são servidos em forma deBuffet, para que possa eleger os seus saboresfavoritos com toda a liberdade.

No ultimo piso existe uma área de lazercom piscina exterior e um extraordinário Heal-thClub, onde o ambiente foi pensado para pro-porcionar momentos únicos de tranquilidade edescontração.

Com abertura prevista para início de 2012,as obras do novo Hotel Terminus Lobito,propriedade da empresa Imogestin SA, já seencontram em ritmo avançado. Implantado so-bre as areias da praia atlântica da Restinga, aolado do prestigiado Hotel Terminus, o novohotel terá 100 quartos, dos quais doze suítes,restaurante, salas de conferências, bares, pisci-na, spa e um jango de praia. Quase dentro dacidade do Lubango, secretamente dissimuladoentre a vegetação e as montanhas, nasceu um dosmais luxuosos empreendimentos de Angola, oPULULUKA LODGE, que em umbundo signifi-ca “descanso”.

Propriedade do grupo COSAL, este luxu-oso resort pensado ao mais ínfimo pormenor,é um projeto arrojado, implantado numa áreacom vários hectares, serpenteado por um rio, epontilhado com vários lagos, em casamento per-feito com a natureza.

Com um restaurante central, com amplosespaços exteriores e vistas deslumbrantes, aoferta de alojamento é composta por 60 luxuo-sos bangalôs, implantados em três “aldeias” comcaracterísticas diferentes, ligadas por longospassadiços, ora em madeira, ora em pedra.

O projeto prevê também uma quinta peda-gógica, povoamento animal, spa, etc.

A Abertura esta prevista para 2011. -Ao sul de Luanda, com excelente acessos aoaeroporto, surgiu o primeiro cinco estrelas deLuanda.

Excepcional, Chique e Emocionante, o Ho-tel de Convenções de Talatona e as suas lu-xuosas vilas, estão integrados num complexoque integra também o Centro de Convençõesde Talatona e o Centro Internacional de Fei-ras, este último ainda em fase de acabamento.

Num ambiente seguro e tranquilo, com umserviço excepcional e eficiente, os hóspedes vãopoder desfrutar de luxuosos jardins, num jogoentre a diversidade e a variedade de cores queestimulam os sentidos.

Mais do que um Hotel, o HCTA é um espa-ço, refrescante, sensual e incomparável, pararecuperar os seus sentidos. A tradição foi per-feitamente capturada e transformada em elemen-tos sofisticados e modernos únicos, criandouma ligação emocional com os hóspedes.

Nas principais capitais de província, têm sur-gido várias unidades de pequeno porte, de duase três estrelas,onde com certeza o turista, tan-to a negócios como laser se sentira muito bemacolhido.

Economia

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

Turismo

BENGUELA

Benguela situa-se no litoral-central de An-gola e a província é constituída por nove Muni-cípios: Benguela (a capital), Baía-Farta, Balombo,Bocoio, Caimbambo, Chongoroi, Cubal, Ganda e Lobi-to, distribuídos por uma superfície de 37.802Km²

O clima é tropical árido, influenciado pelacorrente fria de Benguela e a temperatura mé-dia anual é de 24ºC.

Por volta de 1601, ocorreram os primeirosdesembarques de portugueses (na Baía das Va-cas), atraídos pela aparente riqueza pecuária epela potencial existência de minas de prata e

cobre. Em 17 de Maio de 1617 é fundada S. Fili-pe de Benguela. A sua posterior evolução foiprejudicada pelo mau clima, más condições eco-nômicas, assim como pelas doenças oriundasdos pântanos que cercavam a cidade.

A fauna desta província é rica em espéciescomo zebras, leões, elefantes, olongos, golun-gos, búfalos, onças, ongivas e a cabra de leque,principalmente na zona de Mamué.

A população de Benguela é na sua maioriada etnia Ovimbumdo e Nganguela e vive essen-cialmente da pesca, pecuária e agricultura. A lín-gua mais falada na província é o Umbundo.

A cidade das Acácias Rubras, pelo númerode acácias vermelhas que se encontramespalhadas por toda a cidade

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011 Turismo

COMO CHEGAR

Benguela possui dois Aeroportos: o Ae-roporto 17 de Setembro, na capital da Pro-víncia, que recebe vôos de pequeno e mé-dio porte e o aeroporto militar de Catum-bela.

É possível chegar por via marítima atra-vés do porto de Lobito de onde saem em-barcações de pequeno e grande porte, decarga, ou de passageiros.

Existem acessos rodoviários para a ca-pital Luanda assim como para as provínciasdo centro e sul do País.

O QUE VISITAR

Igreja da Nª Srª do Pópolo - Construídaem 1748, de estilo barroco, é consideradaMonumento Nacional.Ermida da Nª. Sª. dos Navegantes – cons-truída em 1957, na crista do morro, a arqui-tetura inclui um cruzeiro que se avista à gran-de distância, quando iluminado. Ermida da Nª Sª da Graça – situada na lo-calidade de Cavaco, a 3 km a norte de Ben-guela. Ainda hoje acontecem importantes fes-tividades em honra à Nª Sra. da Graça.Ponta do erca de 10 km a oeste da cidade,num alto com a forma de um sombreiro. Plataforma – com vista Panorâmica da Cao-tinhaPalácio do Governo – no Lobito, de arqui-tetura colonial antiga.Igreja de Nª Sª da Arrábida – no LobitoFarol do Quilve – no LobitoFarol de S. Pedro da Catumbela – na Ca-tumbelaTermas da Jomba – no LobitoMuseu ArqueoSombreiro – Farol locali-zado na parte ocidental da Baía de Benguela aclógico – na CatumbelaPlataforma – Com vista panorâmica da BelaVistaParque Regional da Chimalavera - É aprincipal reserva natural da província de Ben-guela. Tem uma superfície de 150 Km² e pos-sui uma fauna variada.Reserva Parcial do Búfalo - Deve o seunome ao búfalo preto e foi criada em 1974.Tem 400 Km² de superfície e possui faunavariada.

ONDE RELAXAR

Ao longo de toda a costa existemexcelentes praias como a Praia da Cao-ta, Praia da Baía Azul, Praia da Caotinha,Praia da Equimina, as Praias do Lobito(Restinga, Cabaia, Compão e Liro) e aconhecida Praia Morena, na parte baixada cidade de Benguela.

ITINERÁRIOS

Distingue-se pela variedade do relevo e da flora. A sul da cidade, entre 10 e 25 km, estão aspraias de águas límpidas e areia branca da Caota, Caotinha e Baía Azul (famosa pelo azulado dassuas águas). A praia Morena, localizada na Marginal é a preferida pelos casais de namorados. Anorte da cidade, localiza-se o Lobito, que já foi uma das cidades mais lindas da Costa Africana, daíser chamado, a Sala de Visitas de Angola. Do município, parte a maior ferrovia do país que cruzatodo o território angolano. O Lobito tem o porto mais importante da costa ocidental de África.No Lobito, poderá desfrutar das águas salgadas da Restinga, apreciar a culinária da região e osmariscos nos vários restaurantes à beira-mar. Existem lugares de onde se pode contemplar abeleza do Lobito e arredores, como os miradouros da Quileva da Bela Vista e do Forte daCatumbela, possui também, lugares com uma beleza tropical espetacular, como a Hanha, o Parquedos Bambus e as Palmeirinhas na Catumbela. Na estrada que liga Benguela ao Lobito, poderácontemplar a plantação do Vale do Cavaco, bem como, a Vila da Catumbela, situada na margemdo rio com o mesmo nome, vila essa, que se desenvolveu em apoio ao pólo industrial existente.Visite também a Baía Farta. Fotos – Felipe.Silva

PRINCIPAIS DATAS E EVENTOS

O Carnaval do Lobito é consideradoo segundo melhor depois do de Luanda.O dia de Benguela é comemorado em16 de Maio e o dia do Lobito em 2 deSetembro. As festividades mais impor-tantes são as religiosas como a festa deNossa Senhora dos Navegantes emMaio e a de Nossa Senhora da Graçaem Dezembro

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

LEILA LOPES, A NOVA MISS

No ultimo mês de setembro, em concursorealizado pela primeira vez no Brasil, na ci-dade de São Paulo, a angolana Leila Luli-ana da Costa Vieira Lopes, nascida em26 de fevereiro de 1.986, 25 anos, foi eleitaa mulher mais bonita do planeta.

A partir de agora, por uma questão con-tratual, a nova miss universo, fixará resi-dência em Nova York, sob a tutela do co-mitê organizador do concurso.

Demonstrando muita emoção logo apóso término do concurso em entrevista, a novaMiss Universo disse um pouco sobre o con-curso e os prêmios que arrebatou.

Sem falar em valores, só citou os váriosprêmios que recebeu entre eles um troféu,brincos de diamantes, um telefone móvelnúmero de Nova York, um apartamento na“grande maçã”, arrendado pelo período doseu reinado e alguns contratos de publici-dade.

“Dedico este prêmio ao povo angola-no, por conseguir demonstrar a sua capa-cidade e persistência”, Disse emocionadaLeila Lopes.

Sobre o concurso, a mulher mais boni-ta do mundo, disse que foi para o concursoconfiante e pedindo força, alegria e inteli-gência a Deus. “Foi isto que me fez con-vencer o público e os jurados”, disse.

Mesmo antes do concurso, a angolanajá havia recebido elogios por parte de algu-mas colegas, entre as quais as Miss Brasil,Priscila Machado, que ficou em terceiro lu-

gar no mesmo concurso,comquem partilhava o quarto e asMiss de Portugal e Bolívia, porfazerem parte do seu grupo detrabalho.

“Não só tinha o carinho dascolegas como também do pes-soal do hotel que faziam muitoselogios a meu respeito”, disse aAngolana.

Durante os vinte dias no Bra-sil, Leila Lopes procurou mos-trar Angola às colegas com asquais partilhava a casa. “Sem-pre que estava com as colegas,procurava falar sobre Angola,desde a cultura, à comida, mú-sica e dança”, acentuou. “Che-guei mesmo a interpretar algu-mas musicas e a explicar comoé a maneira dos angolanos seexpressaram”, explicou, acres-

centando que o termo “ya” E “aié”, este úl-timo uma interjeição que significa espan-to, ficaram no léxico de algumas candidatas.

Capa

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

UNIVERSO É ANGOLANA

Na família Lopes é só orgulhoA vitória de Leila Lopes é um orgulho

para todas as mulheres angolanas. A afir-mação é de sua mãe, que acompanhou acerimônia de perto, na casa de espetáculosem São Paulo.

Em declarações, explicou que foi emo-cionante ver a filha ser coroada Miss Uni-verso. “A minha fé começou a aumentar aovê-la entre as dez melhores”, DeclarouDulce Costa, para quem a escolha serve deestimulo para que a mulher angolana lutepela sua afirmação a nível internacional.

A infânciaNo Bairro Azul, onde a jovem miss vi-

veu parte da sua infância todos os familia-res estavam muitos felizes e excitados coma vitória de Leila, que nem conseguiramdormir, tanto pela felicidade como pelosmuitos telefonemas que receberam.

As tias sempre acreditaram na capacida-de da sobrinha, querendo inclusive que sejarealizado uma carreata em Luanda em ho-menagem a nova Miss Universo.

Leila Lopes é Convidada pela ONUpara ser Embaixadora da Boa Vontade

Leila Lopes, já fazia trabalhos sociais comcrianças, pessoas doentes e idosos.” Meupaís precisa da minha voz e como MissUniverso espero ver mais” , declarou.

A nova Miss Universo, manifestou dis-ponibilidade para ser Embaixadora da BoaVontade, durante uma reunião entre a Mis-são Permanente de Angola junto das Na-ções Unidas em Nova York , o secretárioexecutivo da convenção da ONU sobre oCombate à Desertificação (UNCCD) e a or-ganização Miss universo.

Durante a reunião, realizada na missãoAngolana e conduzida pelo representantepermanente de Angola junto das naçõesUnidas, embaixador Ismael Gaspar Martins,a Miss Leila Lopes e os membros da Orga-nização Miss Universo receberam informa-ções detalhadas do Secretariado Executivoda UNCCD acerca do papel e importânciade um embaixador da Boa Vontade daONU, especialmente nas questões atinen-tes ao combate à desertificação.

Capa

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011Espaço ANTAB

supera expectativas e MOVIMENTA mais de390 milhões de reais em volume de negócios

Em sua 7ª edição, o evento consolidou-se como a segundo maior do mundo no segmento de cosméticos, beleza e bem estar

Em 2011 a Beauty Fair – Feira Internaci-onal de Cosméticos e Beleza, mais impor-tante evento de cosméticos, beleza e bem estardas Américas, realizada de 10 a 13 de setembro,superou todas as expectativas de seus organiza-dores e ultrapassou a marca de 390 milhões dereais em volume de negócios gerados, 15% amais do que no ano anterior.

Durante os quatro dias de realização, a Fei-ra recebeu mais de 130 mil visitantes, entre pro-fissionais e empresários do setor, vindos detodos os estados do Brasil e de diversas partesdo mundo, como Estados Unidos, México, Ingla-terra, Itália, Espanha, Portugal, China, Dubai,Canadá, do continente africano e de toda a Amé-rica do Sul.

Com 82 mil m2 de área expositiva, quase 8%a mais do que em 2010, a Feira alcançou o postode segundo maior evento do setor de beleza nomundo, ficando atrás apenas da Cosmoprof Bolo-nha, da Itália.

O índice de participação de marcas estran-geiras em 2011 teve um crescimento de --34%em relação ao ano passado. Nesta edição eram--39, sendo 29 dos Estados Unidos, sete da Itá-lia, uma da Polônia, uma da Inglaterra e uma dosEmirados Árabes.

Assim como nas demais edições, a BeautyFair contou com a participação das mais impor-tantes empresas do segmento nacional comoNiely, Taiff, Embelleze, Amend, Vita A, Aroma doCampo, Bel Col, Bio Extratus, Gota Dourada,Colorama, Mundial-Impala, entre outras; além de

grandes marcas internacionais, reforçando aindamais a importância do evento para o cenáriomundial, como AlfaParf Group, Wella Professio-nals, Parlux, TIGI, Senciense, Unilever,Procter&Gamble e as estreantes MoroccanOil,L’Anza, Paul Mitchell, Clairol, e Farouk Systems.

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

A variedade da pele negra é enorme, mas omercado de beleza não tem oferecido produtosna mesma proporção. Em um levantamento en-tre as principais marcas, raras foram as que dis-punham de itens exclusivos para essas consumi-doras. A base, por exemplo, é essencial na ma-quiagem, mas é difícil encontrar uma tonalidadeideal entre a ampla gama vendida para mulheres

Mercado de cosméticos aindaestá em falta com a pele negra

Espaço ANTAB

ta que, no Sul, a venda se concentra em maqui-agens de tom rosa por causa da ascendênciaeuropéia, na qual predomina pele bem clari-nha. Já nas cidades do Rio, Vitória e Salvador,os campeões de vendas são os produtos dire-cionados para as muitas tonalidades que vão damorena à negra. Em São Paulo, contudo, a mis-tura é tão grande que fica impossível definirum perfil dominante.

Apesar da predominância morena e negrano País, Julia Petit reclama da postura das em-presas nacionais. “É como se aqui fosse um paísnórdico”, brada a produtora expert em make-up, autora do blog Petiscos e apresentadora doprograma “Base Aliada” (GNT) - ambos comconteúdo de beleza e moda.

Sua indignação é tão grande que ela não can-sa de fazer a mesma pergunta quando encontraalguém do ramo de cosméticos: “Você tem li-nha para pele negra?” Mas a resposta que maisescuta é: “Não há mercado para esse nicho”.Julia questiona: “Será que não tem mercado por-que não tem produto?” Para ela, o mercado bra-sileiro é muito atrasado nesse sentido.

de pele branca, observa Mirian Costa, maquiado-ra da marca de cosméticos Dailus. “Fizemos umapesquisa e percebemos essa carência”, diz a pro-fissional. “Para preencher essa lacuna, a empresacriou uma vasta linha para essas mulheres.”

Ao desenvolver maquiagem para pele ne-gra, a Dailus delineou um panorama do consu-mo de beleza feminino por região. Mirian con-

Em um levantamento entre as principais marcas, raras foram as que dispunham

de itens exclusivos para essas consumidoras

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

Profissional,dinâmica, especi-almente prepara-da para atender omercado dos sa-lões de beleza eclínicas de estéti-ca, a HAIR BRASILé a feira que lançanovos produtos,

sinaliza tendências e promove negócios na áreade beleza.

Empresas e profissionais de todos os seto-res já comprovaram: a HAIR BRASIL desenvol-veu um novo conceito em feiras especializadase se tornou o grande ponto de encontro dotrade da beleza no País. Um estilo de feira que

Os cabelos afros, são fios delicados queexigem cuidados extras para se manterem boni-tos e saudáveis. Isso porque, além de possuí-rem uma estrutura fina e porosa, por causa daondulação, eles são naturalmente secos.

É por isso que, normalmente, quem os pos-sui não gosta muito do que a natureza ofereceu.“Se não forem bem cuidados, os cabelos afrosficam com um aspecto muito ressecado e ar-mam demais, fazendo com que a maioria dasmulheres invista em tratamentos alisantes”, afir-ma a cabeleireira Eliana da Silva

Segundo Eliana, este é um dos grandes er-ros que cometem as mulheres de cabelos cres-pos. “Tudo bem alisar os fios, mas é preciso,antes disso, tratar os cabelos, para deixá-loshidratados, fortes, macios e saudáveis. Se todasas mulheres que alisam os cabelos fizessem hi-dratações periódicas, com certeza aceitariammelhor seus cabelos naturais”, garante.

O principal truque para manter os cabelosafros bonitos e saudáveis é mesmo a hidrata-ção. “Em casa, deve-se fazer hidratações sema-

CABELOS AFROS, COMO TRATA-LOS!Entrevista com Eliana da Silva - Hairstylle e Especialista em cabelos afros e europeus

nais, com produtos específicos para cabeloscrespos, e no salão, hidratações mensais volta-das a recuperar a estrutura e amaciar os fios”,afirma Fernando.

Em alguns casos, apenas hidratar não é sufi-ciente. É preciso investir em tratamentos dife-renciados, como a Permanente Afro.Eliana ex-plica que este tratamento é indicado principal-mente para as mulheres que gostam de ter oscabelos crespos, mas percebem que os cachosnão possuem definição. “A Permanente Afro éum processo químico feito para dar cachos emcabelos sem forma. Ela é feita em duas etapas:na primeira aplica-se um produto com amôniapara tirar o excesso de volume; na segunda, apli-ca-se um produto para cachear e dar forma aoscabelos”,esclarece.

Existem também outros dois tratamentospara quem tem cabelos crespos ou muito cres-pos: o relaxamento e o alisamento. SegundoFernando Fernandes, os dois utilizam a mesmafórmula química, com variação na quantidade eno tempo de atuação nos fios. “O relaxamentoé voltado para mulheres que possuem cabelosencaracolados e querem diminuir o volume, semperder os cachos. Já o alisamento, como diz onome, deixa os fios lisos”, diz.

Já as chamadas escovas progressivas, não sãoindicadas para cabelos crespos ou muito cres-pos. “Eu desaconselho totalmente estas esco-vas em cabelos afros porque, além de não funci-onar nestes fios como deveriam, estes trata-mentos utilizam formol na fórmula, substânciaproibida e que faz mal”, adverte. Segundo o es-

pecialista, o alisamento mais eficaz em cabelosafros é o mais simples, a base de guarnidina oude sódio.

É importante ressaltar também que, paraexecutar qualquer tipo de tratamento químico,deve-se ficar de cinco a seis meses, pelo menos,sem aplicar químicas. “Faz-se o teste da mecha,para ver se o cabelo pode receber uma química,que, em caso positivo, é aplicada somente naparte virgem dos fios”, ressalta a especialista.Cabelos com descoloração e tintura não po-dem receber alisamentos, sob o risco de cair equebrar. Além disso, quem alisa ou relaxa oscabelos deve evitar fazer alongamento com colaporque na hora que você tira o alongamento, ocabelo, que está fragilizado pelos processosquímicos, pode cair.

Março de 2012

une informação, gestão, moda e negócios, numformato único, sem igual em nenhum país domundo. E que rapidamente se transformou emreferência para todo o setor, no Brasil e naAmérica Latina.

Em 80.000 metros quadrados, a feira traznovidades de 800 marcas de produtos para ca-belos, estética, equipamentos e serviços queescolheram a Hair Brasil como o melhor cami-nho para chegar aos empresários de redes eprofissionais de todo o país.

Cabeleireiros, esteticistas, administradoresde salões e clínicas de beleza também elegerama HAIR BRASIL como seu grande momento deatualização. O HAIR BRASIL Fashion Show, oscongressos, seminários e workshops da HairBrasil tornam disponíveis no Brasil informações

antes só encontradas no exterior. Os profissi-onais podem conhecer nestes eventos o talen-to e o melhor da técnica mundial. Podem ver asnovidades da indústria e falar direto com seusfornecedores, trocando experiências e desen-volvendo idéias.

Atingindo todas as expectativas de visitaçãoe contatos, a HAIR BRASIL 2011 encerrou sua10ª edição, registrando 80.000 visitas de cabe-leireiros, esteticistas, manicures, maquiadorese demais profissionais da área de beleza, vindosde todo o país e do exterior.

A 11ª Edição da HAIR BRASIL - Feira Inter-nacional de Beleza, Cabelos e Estética será real-ziada de 24 á 27 de Março no Pavilhão de Even-tos do Expo Center Norte.

Eliana da Silva é diretora da Etnic HairBeauty, e ministra cursos e workshops em todoo país, Atualmente coordena o projeto BelezaÉtnica Brasil que foi lançado na cidade ePaulinia no Seminário de Empreendedorismo eTurismo Étnico Afro Brasileiro, que contoucom a participação do cantor/apresentador evereador Netinho de Paula.

Beleza

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011História

Educação

O Brasil desde a época da Independência edurante os últimos 36 anos, mantém com Ango-la uma relação muito importante em termos deapoio ao desenvolvimento e estabilidade políti-ca do africano país irmão.

As relações do Brasil com Angola, remon-tam ao dia 11 de Novembro de 1975, quando ogeneral Ernesto Geisel, presidente da Repúbli-ca, decidiu reconhecer a Independência do ter-ritório angolano, então sob o jugo colonial por-tuguês e a cada dia mais se reforçam os laços decooperação técnica e tecnológica nos mais vari-ados segmentos de atividades com a assinaturadurante estes anos de vários protocolos entreos dois países.

A República de Angola chegou no dia 4 deabril deste ano de 2011 ao seu 9º aniversário dePaz no solo angolano, de acordo com o docu-mento firmado entre o governo do PresidenteJosé Eduardo dos Santos e o então guerrilheirocomandante da UNITA Jonas Savimbi, que pos-sibilitou o fim de uma guerra que durou 27 anosde lutas. A partir daquele momento a populaçãodo país começou a pensar seriamente na tran-qüilidade e desenvolvimento, além de possibili-tar aos que vivem fora do solo pátrio, realizarseu sonho de empreender a viagem de volta,para ao lado dos familiares, amigos e a socieda-de civil angolana entrar no processo de reinser-ção social, indo de encontro ao que um dia,durante a luta fratricida, foi preconizado na po-esia daquele herói que lutou para que houvessea libertação nacional de Angola.

Angola avança em todos os segmentos dodesenvolvimento do país, como o petrolífero,onde o Brasil se faz presente na parceria daPetrobrás com a estatal angolana Sonangol e naconstrução civil, onde é marcante a presença dediversas empresas brasileiras, destacado-se en-tre outras o Grupo Odebrecht que realiza vári-as obras no país irmão na área de obras essen-ciais como redes de água, luz, esgoto habitação,pavimentação e principalmente na construçãode Capanda a maior usina hidrelétrica do Conti-nente Africano, já em funcionamento.

A Construtora Norberto Odebrecht temuma responsabilidade social com a populaçãodos países onde atua e com Angola não é dife-rente, pois segundo seu presidente MarceloOdebrecht, trabalha incansavelmente para a in-

ANGOLA36 anos de Independência

tegração dos jovens nas empresas dogrupo através de ações executadas embenefício dos mesmos. Na área de en-genharia e construção, empregam maisde 10 mil pessoas, 52% dos trabalhado-res com menos de 30 anos.

A empresa desenvolveu um progra-ma denominado “Havemos de Voltar”, ba-seado nas poéticas palavras de Agosti-nho Neto, em parceria com o Senai (Ser-viço Nacional de Aprendizado Industri-al), onde atua há mais de 20 anos, desti-nado à formação profissional de jovens

angolanos residentes no Rio de Janeiro, queapós a conclusão do curso recebem passagemde volta a Angola, com emprego garantido pelaOdebrecht, tanto na Capital Luanda como nasprovíncias de Malange e Benguela.

O empresário Emilio Odebrecht destacouno seu escrito na revista ANGOLA HOJE (ano05 nº 22), a relação secular bilateral e a Indepen-dência de Angola: > “O relacionamento de Angolacom o Brasil transcende séculos. Com a Bahia, espe-cialmente a relação é histórica, devido a marcantepresença desde os tempos coloniais da cultura ango-lana e da miscigenação com a conseqüente absor-ção de manifestações originárias da Costa Atlânticada África e, particularmente, de Angola. (...). Jamaisdeixei de acompanhar atentamente o esforço desen-volvido para a consolidação da sua Independência,buscando compreender sua complexidade e suascontradições, sofrendo com a conjuntura marcadapor conflitos internos e testemunhando a mobiliza-ção dos angolanos no rumo da tão sonhada unifica-ção nacional. Testemunhei também a sinceridade depropósitos do governo de Angola quando enfrentouciladas e obstáculos originários do exterior, com con-seqüências e incidentes internos e vice-versa, ou seja,incidentes internos com conseqüências externas. Omundo assistiu os diversos acordos de paz para amesma guerra, além das dificuldades de provimentode alimentos e medicamentos, bem como as emer-gências oriundas das necessidades decorrentes doconflito, da mesma maneira como acompanhou acompetência do governo, sob a liderança do Presi-dente José Eduardo dos Santos.(...) Nos últimos anos,os angolanos puderam dispor de paz e segurançapara pensar o seu país e delinear soluções para osproblemas que se colocam na reconstrução de infra-estruturas básicas. Nesse período, o crescimento eco-nômico voltou a se fazer presente e o panorama deestabilidade tem se consolidado com a queda dosíndices de inflação.(...) Com 76 milhões de afro-des-centes, somos a maior nação do mundo fora da Áfri-ca e o país está empenhado em refletir esta circuns-tância em sua atuação externa. Este claro compro-misso do Brasil com uma renovada agenda política,econômica, social, comercial e cultural com a África.”

O governo do Presidente José Eduardo dosSantos está programando a realização de maisuma jornada de eleições livres e diretas quepoderão ser realizadas ou não em 2012, ondemais da metade da população angolana deverávotar, consolidando o processo democrático

vigente na Pátria de Agostinho Neto, pregandoa continuidade da Paz e Desenvolvimento parti-cipando o país ativamente dos grandes forosinternacionais como a ONU, a CPLP, a OMS emais recentemente, em outubro deste ano, oComitê Mundial de Segurança Alimentar.

É importante ressaltar que foram positivospara o país, os acordos, conversas e protoco-los firmados desde a data histórica de 11 deNovembro de 1975, que desembocaram no en-tendimento e na conquista do constante pro-gresso porque hoje atravessa a Pátria Nação deAgostinho Neto. Para nós particularmente, queacompanhamos a luta pela Independência e otrabalho do povo angolano desde 1960 e que láestivemos em oportunidades que pudemos des-frutar do convívio pacífico com os irmãos ango-lanos é gratificante poder observar que depoisda PAZ conquistada em 2002.

O nível de desenvolvimento permanentedo país é surpreendentemente com a realizaçãode ações voltadas para a melhoria da qualidadede vida da população e o crescimento da Repú-blica de Angola que é um dos berços da ances-tralidade da maioria do povo brasileiro, conso-lidando os investimentos para que a economiaangolana através do trabalho da sua populaçãoalcance uma alta taxa de crescimento, como fi-cou demonstrado no último ano.

Agostinho Neto, na Sagrada Família.HAVEMOS DE VOLTAR

1 – Às casas, às nossas lavras, às praias, aos nossoscampos havemos de voltar

2 – Às nossas terras, vermelhas de café, brancas dealgodão e verde das molheiras havemos de voltar3 – Às nossas minas de diamantes, ouro, cobre,

petróleo havemos de voltar4 – Aos nossos rios, nossos lagos, às montanhas, às

florestas havemos de voltar5 – À frescura da mulemba, às nossas tradições,

aos ritmos e as fogueiras havemos de voltar6 – À marimba e ao guisangue, ao nosso carnaval

havemos de voltar7 – À bela angolana, às nossas terras, nossa mãe

havemos de voltar8 – Havemos de voltar a Angola libertada

Angola independenteCadeia de Ajube- outubro/1960)

UM SONHO ANGOLANO

Antonio Lucio Diretor doBUREAU POLCOMUNE

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011Informe Publicitario

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

Segundo a Embratur, os turistas negros ame-ricanos visitam a Bahia em busca do resgate desuas raízes, onde encontram traços da culturaafricana manifestadas em tradições e festas po-pulares como o Festival da Nossa Senhora da BoaMorte, que acontece todos os anos em Cachoei-ra, a 100 Km de Salvador.

Além de Salvador, também podem ser ex-ploradas pelo turismo étnico no Brasil as cida-des do Rio de Janeiro e São Luiz, no Maranhão.Em Alagoas, a recente inauguração do ParqueMemorial Quilombo dos Palmares, inaugurado emnovembro de 2007, na Serra da Barriga, pode setornar um pólo do turismo étnico na regiãoNordeste.

Já em Salvador, o Dique do Tororó, construídopor escravos, abriga estátuas de Orixás, as di-vindades do Candomblé, importante referênciada cultura negra brasileira. O Elevador Lacerda, aIgreja Nosso Senhor do Bonfim e alguns terreirosde candomblé, como o Gantois, também são for-tes referências da cultura negra na cidade.

No Maranhão, as cidades de São Luiz e Al-cântara são as principais representantes da cul-tura afro-descendente no Brasil. O centro dacidade abriga inúmeros casarios construídospelos escravos. E na cidade de Alcântara, locali-zada numa ilha em frente à capital maranhense, eonde vivem aproximadamente 12 mil pessoas,há mais de 150 comunidades remanescentes dequilombos. Fonte:- Jornal O Globo

Turismo Étnico, um nicho bilionário

“Podemos dizer que, devido,paradoxalmente, ao processo

de globalização, a medidareacenderá no Brasil a

criação de novas tendênciasmercadológicas, como o

turismo étnico, que se tornourealidade em outras nações. “

O turismo um produto de exportação, comvárias áreas de diversificação tem no segmentoétnico um dos seus maiores atrativos.

Podemos dizer que, devido, paradoxalmen-te, ao processo de globalização, a medida rea-cenderá no Brasil a criação de novas tendênciasmercadológicas, como o turismo étnico, que setornou realidade em outras nações. Por ser-mos uma nação multirracial, essa segmentaçãoturística - devido aos incontáveis benefícios quepode gerar para as políticas sociais de todo oPaís -, tem tudo para aumentar a receita do Riode Janeiro e de outros estados. Resultante docontato direto entre grupos étnicos de paísesdiferentes com o mesmo perfil antropológico,e gerador de fortes vínculos de amizade e soli-dariedade entre o grupo receptivo e o visitante,e o melhor, o turismo étnico não implica gran-des investimentos.

Em geral, o turista pode ficar em hotéis -sem perder contato direto com a cultura local -ou mesmo hospedar-se na casa de cidadãos coma mesma cultura que ele. Existem cerca de 75milhões de afrodescendentes no Brasil (depoisda Nigéria, o país com a maior população afro),e, no Rio de Janeiro, são aproximadamente cin-co milhões de negros e pardos, produzindo pro-dutos originais, que fascinam os visitantes detodas as etnias.

No caso afro-brasileiro, por exemplo, ondeeste tipo de turismo já vem sendo praticado hábastante tempo - mas de forma ainda pouco con-vencional, como na Bahia e no Rio de Janeiro,através de redes montadas por negros brasilei-ros e afro-americanos - ele pode gerar a conso-lidação de um nicho de mercado superpotenci-

al, pois, mexe em quase todos os setores domercado turístico. Ou seja, ele pode gerar no-vos empregos, maximizar receitas públicas eprivadas, melhorar a capacitação da mão-de-obra, potencializar o patrimônio histórico-cul-tural, redistribuir renda e desenvolver áreasnegras decadentes, como aconteceu com o Pe-lourinho, em Salvador, e o Bairro do Recife, emPernambuco.

Segundo a Organização Mundial de Turis-mo, o turismo étnico já é uma realidade emmuitos lugares e é um segmento que têm tidorápido crescimento. O potencial mais notáveldeste tipo de turismo está relacionado ao mer-cado afro-americano. Os “blacks” dos EUA, quetêm visitado muito o Rio de Janeiro e Salvadornos últimos anos, estão famintos por contatodireto com as culturas negras brasileiras.

Nos EUA, várias agências de viagens vêmoferecendo pacotes para festas afro, como odesfile das Escolas de samba e a festa religio-sa de Nossa Senhora da Boa Morte, uma ir-mandade de mulheres negras iniciadas no can-domblé, em Cachoeira, na Bahia. Segundo a Tra-vell Industry of America (TIA), cerca de 65% dos35 milhões de negros dos EUA gastaram muitodinheiro com turismo, principalmente na Amé-rica do Sul, Caribe e África.

A National Tour Association in Kentucky (EUA)diz que, em 1998, os afro-americanos dispunhamde US$ 34 bilhões para gastar em viagens delazer. Em 2002, este número saltou para maisUS$ 54 bilhões. Segundo a Câmara de Comér-cio Afro-Americana, os negócios envolvendonegros nos EUA já movimentam US$ 600 bi-lhões, um dos dez maiores PIB do mundo.

Em 2005, de acordo com as projeções docenso norte-americano, os EUA terão um mi-lhão de negros novos ricos, com renda anualde quase US$ 200 mil, querendo gastar emserviços politicamente corretos. Com este fa-buloso nicho de mercado à vista, é necessárioque as agências estatais de turismo e o tradeatentem para investirem e capacitarem os em-preendedores afro-brasileiros, pois são eles os

Cultura

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

detentores dos principais insumos que o afro-americano quer ter acesso e desfrutar: a culturanegra.

Neste caso, seria o encontro de dois gigan-tes para gerar o terceiro, ou seja, o gigantismodos produtos afro-brasileiros e o gigantismode consumo afro-americano.

O terceiro gigante seria a grande perspecti-va de investimentos que os negros dos EUApodem fazer no estado do Rio de Janeiro e noBrasil, como várias câmaras de comércio negrasdos EUA vêm sinalizando desde 1999, quando150 empresários “black” estiveram na Firjan,fazendo negócios e mantendo contato interét-nico com empresários brancos e negros.

Em síntese, além de seu potencial de turis-mo receptivo-cultural, este mercado pode atra-ir capitais para a indústria brasileira, pois, comodissera, em 1999, no Rio, Harry Alford, presi-dente da Câmara de Comércio Afro-America-no, “A globalização fez a gente correr para opor-tunidades de negócios em todo o mundo, prin-cipalmente na África e na América do Sul”. Mes-mo sem estar ainda organizado, o mercado ét-nico já funciona informalmente no Rio de Janei-ro, com alguns bares da orla sendo freqüenta-dos pelos turistas negros em alta e baixa tem-porada. Muitos são levados para se deliciar com

os pratos afro-cariocas em botecos especializa-dos ou visitarem quilombos do litoral norte doestado.

Alguns deles chegam a fazer, segundo con-versas reservadas de donos de casas de jóias deCopacabana (Rio de Janeiro) - reduto dos turis-tas negros -, compras de pedras brasileiras emtorno de US$ 40 mil. Para este de turismofuncionar corretamente, é necessário, em pri-meiro lugar, a capacitação de guias e empreen-dedores afro na língua inglesa.

No mesmo tom, devemos reformar e me-lhorar o acesso aos monumentos negros doestado, organizar as comunidades de quilombo-las para esta nova realidade. Sem também umshopping de produtos afro, pouco vai fazer efei-to. Enfim, propostas existem, é necessário queeste tipo turismo seja levado a sério.

A atividade pode abrir caminho para novose diversificados tipos de mercados étnicos. Pordo Mercosul ou a realização no Rio de Janeiro,

de dois em dois anos, de congressos de investi-dores afro das Américas, Caribe e da África,como é o desejo da própria Conferência dasNações Unidas para o Comércio e Desenvolvi-mento (Unctad), e do Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID), que têm programas dedesenvolvimento de comunidades de baixa ren-da, através de geração de negócios para peque-nos empreendedores.

Por Paulo Cesar - ANTAB

Cultura

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011Saúde

Poucas pessoas sabem a real importân-cia e os benefícios de uma perfeita saúde eharmonia bucal. A partir de uma mastiga-ção deficiente, podem surgir inúmeros pro-blemas de saúde, como dores de cabeça,dores de ouvido, desgaste na articulação damastigação (ATM), gastrite, problemas pos-turais, sinusite e até mesmo problemas car-diológicos. Nesta matéria sobre saúde bu-cal, vamos esclarecer algumas dúvidas como Dr. Thiago Correia, cirurgião dentista res-ponsável pela Clínica Vega, clínica especi-alizada em reabilitação bucal e maxilo-facialestabelecida no Brasil na cidade de São Pau-lo.

- Dr. Thiago, como a mordida erradapode causar tantos problemas de saúdenas pessoas?

O encaixe dos nossos dentes, que cha-mamos de oclusão dentária, em associaçãocom a articulação têmporo-mandibular(ATM), que é a articulação da mastigação eos músculos mastigatórios formam um con-junto que, coordenados, são os elementosresponsáveis pela nossa mastigação. Quan-do algum destes elementos não estão funci-onando em harmonia, isto causa um dese-quilíbrio que prejudica toda a mastigação,levando a uma dificuldade mastigatória, oque desgasta a articulação têmporo-mandi-bular (ATM), estômago, causa problemasposturais e podem afetar até mesmo a cor-reta dicção de algumas palavras.

- Então podemos afirmar que amordida errada está diretamente li-gada a perda da qualidade de vida deuma pessoa?

Sim, com certeza, como foi dito na per-gunta anterior, a mordida errada causa umdesgaste na ATM (articulação da mastiga-ção) e este desgaste pode apresentar comosintomas iniciais dores de cabeça, dores deouvido, estalos ao abrir e fechar a boca,dores no ato da mastigação, dores na colu-na cervical e com a evolução deste desgas-te os sintomas podem chegar a enxaque-cas, dores fortes de ouvido que podem cau-sar zumbidos ou em alguns casos perda par-cial da audição e nos casos mais severos,pode haver um travamento da articulaçãocom a boca fechada ou até mesmo com aboca aberta. A oclusão dentária (encaixedos dentes) errada não desgasta somente aATM, o estômago também está entre asprincipais vítimas que sofrem este desgaste,pois a mal oclusão dos dentes leva a umadificuldade para triturar os alimentos, o quefaz com que o paciente faça a ingestão departículas de alimentos maiores, desta for-

A SAÚDE BUCAL E O BEM ESTAR FÍSICO E SOCIALma sobrecarregando o estômago e levandoa uma gastrite que pode evoluir para umaúlcera. Então estes, dentre outros fatores,causam dores, dificuldades para alimentar-se, falar e prejudicam o convívio social, aca-bando com a qualidade de vida das pesso-as.

- Quais seriam os tratamentos paraas pessoas que já apresentam algunsdestes sintomas?

Dependendo do grau de evolução dodesgaste da articulação existem vários tiposde tratamento, desde tratamentos clínicoscomo fisioterapias, acupuntura e fonotera-pia; até tratamentos cirúrgicos que variandocom o grau de gravidade da artropatia podeser uma cirurgia minimamente invasiva pormeio de artroscopia, cirurgia realizada pormeio pequenos orifícios na pele com o auxí-lio de uma câmera com 1mm de diâmetro,até cirurgias de porte maior como cirurgiasreconstrutivas com próteses articulares. Narealidade, o desgaste da articulação, quandojá presente, é irreversível, portanto o me-lhor é que seja feita uma avaliação preventi-va ou quando o paciente já notar o apareci-mento de algum dos primeiros sintomas, estejá procure o especialista, para que sejam di-agnosticados os possíveis fatores causado-res da lesão e estes sejam eliminados, destaforma, geralmente tratamentos clínicos odon-tológicos, como restaurações de dentes ca-riados, a reabilitação de dentes perdidos e oequilíbrio do posicionamento dos dentes comum tratamento ortodôntico, geralmente jásão suficientes para restabelecer o equilíbriomastigatório, eliminando assim um dos fato-res causadores do desgaste na articulação.

- É verdade que a falta de saúdebucal pode prejudicar o coração?

Sim, isso tem correlação com a doençaperiodontal ou periodontite. Esta patologiaé causada inicialmente pelo acúmulo de pla-ca bacteriana (resíduo alimentar) que seadere aos dentes e com a ação de sais decálcio presentes na saliva, esta é minerali-zada, formando assim o tártaro, que é ricoem bactérias e fica em íntimo contato comos dentes entre a gengiva e o osso, o quecausa sucessivos processos inflamatórios einfecciosos na região, levando a perda ós-sea com a respectiva mobilidade dos den-tes que pode evoluir para a perda deste.Na região que este tártaro está presente,pode existir a presença de bolsas periodon-tais que são espaços criados pela infecçãoentre a gengiva, o osso e o dente, este es-paço é altamente contaminado com a pre-sença de vários tipos de bactérias, que por

intermédio dos vasos sanguíneos que exis-tem nesta região levam estas bactérias à cir-culação sanguínea, podendo parar no co-ração ou em qualquer outro órgão. Sendoassim uma infecção na boca pode ser a ori-gem de infecções em vários órgãos de nos-so organismo.

- Esta doença periodontal é a cau-sadora do mau hálito?

A halitose (mau hálito), pode ser ocasi-onado por vários fatores, mas com certeza,um dos principais fatores é a doença perio-dontal ou até mesmo a gengivite, que é oestágio inicial da periodontite. O produtodo metabolismo das bactérias que ficampresentes na placa bacteriana, no tártaro enas bolsas periodontais tem um odor forteque sem dúvidas causam a halitose. O mauhálito além de ser sinal de algum problemade saúde também afeta a vida social daspessoas, pois provoca mudanças no padrãocomportamental do indivíduo, o que acabapor afetar suas relações inter-pessoais, suasegurança, espontaneidade e auto estima,o que termina por comprometer a sua saú-de emocional. Sabe-se que a saúde emoci-onal é de fundamental importância paratodos os aspectos da vida profissional, emo-tiva e social de cada indivíduo, portantojulgo a saúde bucal, intimamente ligada àauto-estima, de suma importância e muitasvezes, apenas com a visita regular ao cirur-gião dentista, o paciente pode se prevenirde forma mais simples e menos mórbida devárias doenças, não só na boca como emtodo o organismo.

- A equipe da Brasil Angola Maga-zine agradece sua atenção e gostaría-mos de saber se o doutor gostaria defazer mais alguma consideração?

Eu que agradeço a participação nestaedição da Revista e gostaria de dizer aosleitores que por trás de um belo sorrisoexiste saúde, bem estar, bons hábitos ali-mentares e um bom cirurgião dentista.

Dr. Thiago Correia- Responsável técnico pela VegaClínica de Reabilitação Oral e Ma-xilo-Facial; - Cirurgião especia-lista em Cirurgia e TraumatologiaBuco-Maxilo-Facial; - Implanto-dontista; - Aperfeiçoamento emCirurgia de ATM pela Universityof Pennsylvania no Hospital of theUniversity of Pennsylvania - Phi-ladelphia – USA; - Aperfeiçoamen-to em Cirurgia Ortognática e Pla-nejamento Cirúrgico no Arnett Fa-cial Reconstruction Course - San-ta Barbara - Califórnia – USA; -Aperfeiçoamento em Piezocirurgiana Mectron - Sestri Levante - Itália

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011

O NUCONO – Núcleo da ComunidadeNegras de Osasco- foi uma entidade do movi-mento negro que muito lutou pela causa negrada região, inclusive está retornando a militânciapara dar continuidade aos seus trabalhos.

Uma das reivindicações do Nucono era queem Osasco houvesse um espaço de referênciade cultura negra e que os laços entre Brasil eAngola fossem fortalecidos e valorizados.

Houve um grande empenho entre o gover-no e movimento negro e em 09 de junho de2004 foi assinado o Decreto Lei 3868 que crioua Casa de Cultura Afro Brasileira – Casa de

VariedadesCasa de Cultura Afro Brasileira - Casa de Angola

Angola, com a proposta de estimular a culturaafro brasileira e a inclusão social dos afro-des-cendentes. A inauguração teve a presença depersonalidades importantes como a ComitivaOficial da cidade de Viana (Angola) lideradapelo seu prefeito Sr. Julio Sebastião Fernan-des de Carvalho, o Prefeito de Osasco(SP)Celso Giglio, o Vereador Mario Luiz, a Can-tora Leci Brandão, membros da comunidadenegra de Osasco e cidadãos da cidade em geral.

Desde então a Casa de Angola tem sidoum espaço de articulação das discussões étni-cos raciais, capoeira, maracatu, oficina de bone-

cas, eventos como Encontro de Trancistas, En-contro de Cabelos Black Power, Roda de Sambade raiz, atividades de Matriz Africana.

O espaço está aberto para visitas monitora-das para professores e alunos e todas as pesso-as que tiverem interesse em conhecer o Museuda Casa de Angola, que contem peças que foramdoadas pelo prefeito de Viana para a cidade deOsasco e outras peças doadas por diversas ins-tituições e sociedade civil para compor o acer-vo além de uma biblioteca para pesquisa.

A Casa de Cultura Afro Brasileira estáaberta de segunda a sexta feira das 10h as 16h.

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Existem atualmente varias fontes para gera-ção de energia elétrica, porém a ENERGIAEOLICA é comprovadamente a mais interes-sante por ser altamente eficiente na geração deenergia, oferece preço acessível ao usuário fi-nal, gera pequeno impacto ambiental na instala-ção, possibilita grande rapidez na montagem dosequipamentos, é uma energia limpa e não polu-ente (gerada pelo vento), oferece garantia por20 anos para todo o equipamento e funciona-mento, adequação do projeto conforme a ne-cessidade de energia elétrica da região, áreaonde as torres eólicas são montadas pode con-tinuar sendo usada para lavoura, pecuária ououtros fins, matéria prima com custo zero (grá-tis) uma vez que a energia elétrica é gerada pelovento, garantia de fornecimento da energia elé-trica por contrato, grande numero de residên-cias atendidas por uma única torre, como exem-plo, um parque Eólico com 40 torres pode ge-rar energia elétrica para atender até 160 milresidências.

Apesar de ser relativamente nova no Brasil,a energia eólica tem demonstrado forte cresci-mento nos últimos anos e registrou crescimen-to superior a 1.700% (Um mil e setecentos porcento) na quantidade de torres instaladas ou eminstalação, na região nordeste e sul do Brasil.Um dos motivos para que esteja ocorrendo ta-manho crescimento e ampliação desta fonteenergética é o preço cobrado pela energia elé-trica gerada pelos parques eólicos, os quais sãoextremamente mais baixos do que os custoscom geração de energia elétrica de maneira con-vencional, ou seja, gerada por Usinas hidrelétri-cas, térmicas, nucleares ou a carvão, alem doque estas fontes de energia são poluentes (tér-micas, nucleares e carvão) e a hidrelétrica causagrande impacto ambiental para instalação.

ENERGIA EOLICASolução para o futuro disponível no presente

A INTERCARRIER e BRASIL ANGOLA MAGAZINE através de empresas técnicas coligadasirão realizar evento para investidores, empresários e entidades governamentais para tratar dotema. Apenas como referencia, se as condições físicas e técnicas da região forem boas, amontagem de um parque eólico com 40 torres eólicas leva em media 06 (seis) meses desde apreparação do terreno até o inicio da operação (start-up). As empresas, INTERCARRIER e aANGOLA BRASIL MAGAZINE estão procurando identificar potenciais clientes, ou mesmosócios locais, no mercado Angolano para desenvolver projetos no Pais, beneficiando á popula-ção, Governo e setor privado com a geração de energia elétrica limpa e com preços acessíveis. Contatos podem ser feitos através do e-mail – [email protected]

No Brasil, muitos empresários, fundos deinvestimentos e o próprio Governo Federal,estão de olho neste potencial de geração de ener-gia elétrica limpa e com custos baixos, e estãoinvestindo pesadamente na criação e ampliaçãode parques eólicos no Brasil e nos Países vizi-nhos, tais como Argentina, Chile, Uruguai e Pa-raguai. A própria Petrobras Petróleos do BrasilS.A., quarta maior empresa petrolífera do mun-do, está investindo fortemente na montagem deparques eólicos no Brasil aproveitando as opor-tunidades existentes e o imenso potencial futu-ro. A Petrobras esta adotando uma estratégiamuito inteligente e interessante, pois esta mon-tando seus parques eólicos bem ao lado das suasrefinarias de petróleo, com isto ela consegueatender sua própria demanda por energia elétri-ca com custo baixo, não corre o risco de sofrercom a falta ou corte de energia elétrica na refina-ria, e ainda consegue vender toda produção ex-cedente de energia elétrica gerada para o Gover-no brasileiro, o qual repassa esta energia à popu-lação da região. No inicio de Setembro/2011, con-cluímos nossa participação no projeto para mon-tagem de 52 torres eólicas na cidade de Guamaré(Rio Grande do Norte), sendo que este parqueeólico foi adquirido pela Petrobras e montadobem ao lado da refinaria de Petróleo chamada

Refinaria PotiguarClara Camarão(RPCC). O GovernoBrasileiro, a fim deincentivar a criaçãode novos parqueseólicos e promovera redução no preçoda energia elétrica oferecida à população, temdisponibilizado aos investidores linhas de credi-to com juros baixos, agilidade na liberação daslicenças de instalação e garantia de COMPRA detoda energia elétrica gerada nestes parques eóli-cos pelo prazo de 20 (vinte) anos com preçospré-determinados em contrato, procedimentoque garante ao empresário retorno do investi-mento realizado, uma vez que a energia gerada éadquirida pelo Governo e repassada á populaçãoque se beneficia de preços mais baixos e garantiade fornecimento ininterrupto. O foco desseevento será apresentar os serviços de Estatísti-cas e Estudos de viabilidade econômica para im-plantação de Parques Eólicos, Medição e Dire-cionamento dos ventos, Projeto de EngenhariaTécnica e detalhamento físico da região, Ge-renciamento da Implantação, Montagem, trei-namento e Operação Assistida, para o contra-tante/cliente.

Tecnologia

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Brasil Angola Magazine | Outubro/Novembro de 2011 Educação

Nos dias atuais, muito se discute a respeitoda aplicabilidade e sobre o real benefício dasiniciativas de “Educação e Colaboração a Dis-tância”, nos meios sociais e corporativos. Dis-cussão essa, vista como fundamental no mo-mento que vivemos, para desenhar os novosrumos da educação e difusão do conhecimento,em uma realidade que se apresenta cada vezmais interconectada.

A Internet trouxe a absurda democratizaçãode informação, rompeu obstáculos inimagináveishá alguns anos atrás, brindou-nos com a culturada alta disponibilidade e a eliminação completadas fronteiras físicas e temporais, tudo ao esfor-ço de um simples clique, através dos mais diver-sos dispositivos tecnológicos existentes. Clara-mente, essa expectativa se converte agora, so-bre a forma que trabalharemos com o conheci-mento estruturado, os quais ocorrem, há anos,fundamentados, em processos tradicionais, pre-senciais e poucos inventivos.

O advento e interesse de propiciar novosformatos de interação e aprendizado são oriun-dos da necessidade de atender a este novo per-fil de consumidores vorazes, por informação econhecimento, no meio acadêmico, assim comono meio corporativo. O perfil de consumo deinformação tem se modificado fortemente nasúltimas décadas, as novas gerações de alunos eprofissionais buscam quebras de paradigmas epossuem expectativas bastante diferenciadaspara receber essa quantidade massiva de infor-mação. Os processos tradicionais não estãopreparados para suprir essa necessidade dinâ-mica, seja por restrições de modelo inflexívelde custos e estrutural.

Muitas organizações, profissionais e alunosnão podem freqüentar aulas ou reuniões pre-senciais, em virtude da escassez de tempo, com-plexidades logísticas, altos custos, dispersão

Educação e Colaboração a Distância Limites e Possibilidades

geográfica, baixa adesão de inscritos a determi-nados eventos; ademais as adversidades de trans-porte e trânsito, intrínsecos a grandes centrosurbanos; esta nova possibilidade torna-se sim,uma alternativa real e eficaz.

Atualmente, em todos os segmentos demercado já encontramos iniciativas bem sucedi-das, amplas e maduras de Ensino e Colaboraçãoa Distância, em: Universidades, Corporações eGoverno. Permitindo via tecnologia que usuári-os tenham acesso emtempo real ou sob de-manda a: conteúdos deconhecimento interati-vos, salas de aulas virtu-ais, recursos de vídeos,áudio, chat, visualizaçãode apresentações, com-partilhamento de telas,quadros brancos, ques-tionários e pesquisasavançadas; todos inte-grados em uma únicaplataforma, com totalconvergência da infor-mação, propiciando ex-periências positivas eimpressionantes aosparticipantes, indepen-dente por qual meiotecnológico estejam co-nectados – tablets, smartphones, celulares, note-books, outros.

Um grande equívo-co, em pleno o séculoXXI, é crer que o uni-verso do conhecimen-to está ainda moldado,delimitado e restrito a

Rodrigo QuinalhaGerente Negócios - EmpresaHB [email protected]

um espaço físico, número de materiais de for-mação impressos e um palestrante. Tendoem vista, o advento desta nova realidade deanseio por conhecimento por esta nova ge-ração, não temos mais dúvidas que necessita-mos repensar modelos, potencializados e su-portados pelo aparato tecnológico disponí-vel – software ou hardware. Agora, a discussãocentral é quando as organizações, alunos eprofissionais estarão dispostos a vivenciar eapostar nesse novo mundo de possibilidadese aceitar que a difusão do conhecimento nãose faz somente eficaz, por meios arcaicos etradicionais.

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Cinco setores para se investir em AngolaEconomia

Tradicionalmente, os investimentos, prin-cipalmente, portugueses em Angola concen-tram-se nas áreas financeiras e da construçãocivil. Nos últimos anos, tem-se assistido a umadiversificação para setores como as TI, a logís-tica, a distribuição, a consultoria, a forma-ção de recursos humanos, entre outros.

Conheça os novos setores em ascen-são em Angola.

A transversalidade do investimento nacio-nal está “no conhecimento, na tecnologia e naqualidade das empresas portuguesas” o que lhespermite, segundo o presidente da CCIPA, atuar“em qualquer setor de atividade e em qualquerprovíncia de Angola”. Do ponto de vista do go-verno angolano, que quer diminuir a dependên-cia do setor petrolífero, agropecuária, indús-tria transformadora, telecomunicações e TI,energia e águas, habitação social, saúde e educa-ção, hotelaria e turismo, são já setores chave.

1 - Turismo

Agora que alcançou a paz, as autoridadesangolanas esperam que o setor do turismoatinja nos próximos dez anos 5,5 bilhões dedólares de faturamento. O governo apostanesta atividade que, por enquanto, corres-ponde a modestos 0,5% da riqueza gerada erepresenta 550 milhões de dólares por ano.O objetivo é que passe a representar 10%do PIB.

A criação de empregos é consequênciadesejada resultante do crescimento do se-tor. Segundo Carlos Borges, consultor doMinistério da Hotelaria e Turismo, os pró-ximos dez anos serão fundamentais para al-terar este quadro negativo. O Plano Diretordo Turismo em Angola estabelece comometas, receber cerca de 4,7 milhões de tu-ristas até 2020 (um crescimento de mais demil por cento em relação aos números atu-ais) e colocar o país, já em 2015, entre asprincipais rotas do turismo internacional. OPlano indica que Portugal é o país que maisalavancou o setor do turismo no país.

2 - Energia e Água

Em Luanda há milhares de geradores quecompensam, atualmente, a insuficiência dosfornecimentos de energia das barragens deCambambe e Capanda, inclusivamentepara alimentar a iluminação pública. Daí queo processo de reabilitação das infra-estrutu-ras básicas, de energia, água e a construçãode barragens hidroelétricas, com vista aoaumento da produção/distribuição de ener-gia e água ao país, seja uma das prioridadesdo executivo.

Este esforço financeiro ascenderá a 20bilhões de dólares até 2017, a ser suportadopor um fundo alimentado com receitas dopetróleo. Outro setor com grande potenci-al de crescimento, com necessidades que vãodesde o desenvolvimento de projetos até àsua implementação, é o setor de água e sane-amento. Grande parte da população não temacesso a água potável e, até 2012, o governotraçou a meta de uma taxa de cobertura de100% nas zonas urbanas e 80% nas rurais. Aaposta nos serviços de abastecimento de águae no tratamento seguro de águas residuais éencarada como uma prioridade já que põeem causa um valor essencial que é o da saúdepública.

3 - Produção Industrial

Canalizações, cimentos, resinas, a lista éinfindável e Angola importa quase tudo de quenecessita para a sua reconstrução. Ora as au-toridades angolanas querem alterar esta rea-lidade, criando indústria no país, geradora denovos postos de trabalho e de modernizaçãona economia angolana. Nesse sentido, foramcriadas as Zonas Econômicas Especiais (ZEE)a primeira das quais Luanda-Bengue comvista a receber estas indústrias. Os empresá-rios angolanos têm prioridade, mas as em-presas estrangeiras podem abrir portas nes-tas ZEE desde que os seus setores de ativida-des sejam: comércio e serviços, indústriatransformadora e agropecuária. Criar postosde trabalho e dar formação aos seus colabo-radores é condição essencial.

5 - Formação e Qualificação de Mão-de-Obra

4 - Telecomunicações e TI

A falta de qualificaçãoda mão-de-obra é muitosignificativa em Angola,sendo, dentro de uma po-lítica de médio e longo pra-zo, muito importante umaaposta plena na formaçãode quadros locais, em con-trapartida de expatriadosque, pelos seus elevadíssi-mos custos e estadias mui-tas vezes no curto ou mé-dio prazo, não garantem,por si sós, a sustentabili-dade dos projetos, deven-do ser utilizados só quan-

do não existe alternativa da mesma qualidade e especialização, defende o presidenteda CCIPA. É outra área prioritária para as autoridades angolanas.

O mercado das telecomu-nicações e TI em Angola apre-senta um grande potencial decrescimento para os operado-res angolanos e estrangeiros.O setor das telecomunicaçõesestá em mudança com vista adesenvolver a sociedade da in-formação e do conhecimentoentre 2010 e 2015. O LivroBranco das TIC dá um enqua-

dramento legal que visa garantir concorrên-cia no setor e com ela qualidade a preçoscompetitivos. A aposta na criação de infra-estruturas e na abertura do setor aos opera-dores privados é, hoje, evidente em Angola.

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O Relacionamento comercial Brasil Áfricaremonta o descobrimento e vem atravessandodiversas fases desde então. Recentemente, comum reforço de imagem dado pelo Ex-PresidenteLula, estamos cada vez mais próximos. Diversasempresas brasileiras se estabeleceram em vári-os países do continente africano, algumas hábastante tempo e outras aproveitando as opor-tunidades que se abriram com esta proximidadepatrocinada pelo Governo Brasileiro.

Esta conjuntura se torna mais atraente quan-do percebemos que a grande maioria dos paísesafricanos possui um parque fabril deficiente,quer por guerras que o destruíram, quer pornunca terem existido. É visível que este fatoimpulsiona um fluxo de importações maiores,mas também gera uma necessidade prementede industrialização e geração de empregos, ren-da, diminuição da dependência externa e diver-sificação da economia, baseada hoje quase queexclusivamente em recursos naturais.

O Brasil é um grande fornecedor de matéri-as primas e produtos industrializados em con-dições de atender amplamente as demandas domercado africano, desde que se utilize a inteli-gência comercial, estratégias de acesso e manu-tenção de mercados e adequação de produtos,diferenciando assim da concorrência.

O Nordeste brasileiro atualmente é umaregião em efervescência, retomando seu lugarde destaque no país e com isto, novas vantagenscompetitivas se criam em diversos setores,como: industrial, comercial, turismo e serviços.É nesse contexto que defendemos uma partici-

Espaço CBA

Relações Comerciais Entre

Nordeste Brasileiro e África

pação efetiva nas exportações brasilei-ras e apostamos que o destino “África” éuma alternativa extremamente viável,operacionalmente possível e estrategi-camente acertada.

Entendemos que há um “gargalo” nestarelação que é a logística, mas estudosestão sendo desenvolvidos para mitigarestas questões e encontrar saídas viáveis.Um destes estudos está sendo concluídopor nossa empresa Ceará Trade Brasilpara a ABASE (Associação Brasileiras dosSEBRAE Estaduais) através do SEBRAE-CE e mostra os pontos positivos e osdesafios propostos para se atingir o re-sultado satisfatório.

Na África, historicamente por umaquestão estratégica e geográfica, Las Pal-mas nas Ilhas Canárias, Cabo Verde e Áfri-ca do Sul foram protagonistas das rotasmarítimas estabelecidas pelos navegado-res das expedições comerciais, que setransformaram em conquistas de terri-tórios, hoje comparados às conquistasde mercados mundiais. Com o passar dotempo outros países foram entrando noradar comercial e hoje é factível termosfluxo comercial com vários deles a exemplo dogrande mercado de Angola, Moçambique, Sene-gal, Egito, Namíbia, Tanzânia, entre tantos ou-tros. Há que se entender que cada um dos paí-ses que formam o continente africano têm ca-racterísticas próprias, línguas diversas, culturase colonizações distintas, o que torna absoluta-

mente necessário um perfeito entendimentodestas disparidades e transformação em gran-des oportunidades de diversificação de merca-dos, baseados em cooperação e transferênciade tecnologia.

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Atualmente existe um intenso fluxo comer-cial entre Brasil e África, gerando um montanteaproximado de US$28 bi em mercadorias ex-portadas pelo Brasil entre os anos de 2008/10,uma média de US$9,3 bi ao ano, com participa-ção aproximada de 5,1% no total das exporta-ções brasileiras. Apesar do decréscimo nas ex-portações de 2008/09, por conta da crise finan-ceira internacional, o país se recuperou bematingindo um crescimento de 7% em 2009/10.

Fazendo um comparativo do primeiro tri-mestre de 2011/10 das exportações brasileiraspara o continente africano, acreditamos que 2011será de grande crescimento para o Brasil, poisforam exportados US$2,5 mi contra US$1,8 miem 2010.

O Brasil possui uma vasta pauta de exporta-ções para a África, mas vale destacar os trêsprincipais grupos de produtos: açúcares e pro-dutos de confeitaria, carnes e veículos automó-veis e suas partes, representando 48% de todasas exportações brasileiras, com aproximada-mente US$13,5 bi no período de 2008/10.

Os Estados nordestinos exportaram juntos,durante o mesmo período, US$1,48 bi, comparticipação aproximada de 5,3% de todas asexportações para o continente africano. O Es-tado do Ceará, entre os anos de 2008/10, ex-portou para o mundo US$3,6 bi, dos quaisUS$122 mi tiveram como destino o continenteafricano. Já Pernambuco, exportou US$2,8 bipara o mundo e US$388 mi tiveram como desti-no a África.

Devido a esse grande volume de exporta-ções dos dois estados, desenvolvemos a idéiade se estabelecer em ambos, pontos de con-centração de cargas originadas nestes e nos de-mais Estados nordestinos e, eventualmente ou-tras regiões brasileiras, com destino a África,gerando assim um maior volume de cargas econtribuindo para a solução da questão logísti-ca. Uma série de fatores dificulta a aceleraçãodos processos de exportação, dentre os princi-pais se destacam a falta de rotas comerciais ma-

rítimas e aéreas que liguem di-retamente os portos nordes-tinos ao continente africano,a defasagem tecnológica dosequipamentos dos portos eaeroportos nordestinos, bai-xa intensidade de integraçãointermodal, entre outras cita-das no estudo encomendadopela ABASE e SEBRAE/CE a serdivulgado em breve.

Boa parte dos países afri-canos se utiliza do recurso dare-exportação, comprandomercadorias para consumopróprio e se utilizando da van-tagem geográfica, se transfor-mam em entreposto para ex-portações com destino a paí-ses vizinhos. É com este pro-pósito que também destaca-mos o esforço de se criar emCabo Verde, Angola e Moçam-bique, entrepostos aduanei-ros ou não, com o propósitode armazenarem cargas brasi-leiras que terão como desti-no final os inúmeros países doContinente Africano.

Dentre as principais im-portações da África, o Brasilmerece destaque especial nosprodutos: açúcar e produtosde confeitaria, carnes e miudezas, comestíveis,petróleo e seus derivados, cereais, móveis, col-chões, assentos, aparelhos p/ iluminação, Auto-móveis de passageiros e transporte de merca-dorias, e suas partes, aparelhos telefônicos, fiose cabos p/ linha telefônica, entre outros.

Na análise Nordeste-África também duran-te os anos de 2008/10, podemos destacar al-guns produtos que possuem força para aden-trar e aumentar sua participação, como: Móveise mobiliário, Ceará ocupou a primeira posição

nas exportações nordestinas paraa África com US$1,9 mi, Bahia foio segundo com US$820 mil e Per-nambuco o terceiro com US$425mil. Calçados, o Ceará também sedestacou em primeiro maior ex-portador nordestino com US$24,1mi, Paraíba com US$11,8 mi, Bahiae Pernambuco com US$3,6 mi eUS$2,9 mi respectivamente. Con-fecções e moda, Pernambuco ocu-pou a melhor posição no nordes-te com US$5,3 mi, Bahia em se-gundo com US$690 mil e logoatrás Alagoas e Ceará, com US$325mil e US$308 mil.

Para alcançarmos este objetivo, Empresas,Governos, Federação de Indústrias, SEBRAE,APEX, Câmaras de Comércio, Comerciais Ex-portadoras e sociedade em geral, devem cami-nhar juntos na importante e necessária melho-ria da cultura exportadora, estratégia internaci-onal e diversificação de mercados. Os númerose o cardápio estão postos, quem se habilita?

Roberto MarinhoDir. Ceará Trade BrasilPres. Câmara Brasil Angola CEVice Pres. Câmara de Comércio BrasilPortugal CEGer. Reg. Câmara de Comércio BrasilMoçambique CE

Espaço CBA

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