revista agrorevenda nº59
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gestão da revenda agropecuária
mai/jun 2015 • nº 59 • ano XI
MESMO COM OPESO DA CRISE,O AGRONEGÓCIOSAI DO CHÃOGestão eficiente é o desafio das agrorrevendas para superar as turbulências do percurso
CrIatIvIdade& InovaCão
Presidente da agross recebe medalha Fernando Costa
PrateleIraHistória de sucessoe o Case air Safety
entrevISta: Paulo Sergio Gonçalves e a Gestão de estoques em tempo de Crise
Circulaçãoauditada pelo
U m a e m p r e s a d o
Vamos além com inovação para você colher grandes resultados.
As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2015 DuPont.
Quem vive do agronegócio sabe que um único problema pode gerar grandes prejuízos. O Programa Sojada DuPont, através de produtos diferenciados, controla doenças, plantas daninhas e pragas em todasas etapas da sua lavoura, do pré-plantio à colheita. É a DuPont protegendo seu investimento com muito mais inovação, para você produzir mais e melhor, hoje e sempre.
Para ir além mais uma vez, descubra DuPont Programa Soja.
ATENÇÃO. Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte as embalagens e os restos do produto.
DuPont Programa Soja
DERMACOR é UM PRODUTO REGISTRADO EMERGENCIALMENTE PARA O CONTROLE DA Helicoverpa spp PARA AS CULTURAS DE SOjA E ALGODÃO. PARA AS DEMAIS CULTURAS E ALVOS, O PRODUTO ENCONTRA-SE EM FASE DE REGISTRO.PARA O ESTADO DO PARANÁ, O PRODUTO AVATAR ENCONTRA-SE CADASTRADO PARA AS CULTURAS DE SOjA E ALGODÃO NO CONTROLE DA Helicoverpa. PARA DEMAIS ALVOS E CULTURAS, O PRODUTO ENCONTRA-SE EM FASE DE CADASTRO.
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6 AgroRevenda mai/jun 2015
palavra do presidente
Cintos devidamente afivelados
Chegamos a meados do ano e o agronegócio continua puxando
a economia brasileira, apesar das turbulências. Plano de Safra
2015/2016 anunciado, nos últimos dias o setor agrícola destravou
e voltar a andar; afinal, todos têm de produzir ainda que com mais
cautela e atenção aos custos. Dólar volátil em patamares altos acaba
por remunerar as commodities em reais e garantir um fôlego ao
setor. Melhor para as praças onde a pecuária bovina de corte é mais
estruturada. Nelas, os negócios seguem mais firmes.
Em “Reportagem de Capa”, formadores de opinião avaliam o
momento econômico, basicamente, voltados para o campo. Para
a maioria deles, a crise nem é tão grande e o agronegócio deve
crescer, ainda que com taxa menor, em 2015. De olho neste potencial
de expansão, em “Mercado” informe-se sobre as principais fusões
e aquisições de empresas importantes do setor rural. As estratégias
sempre estão voltadas para ampliação de portfólio de produtos e
aumento de competitividade.
Para aquelas empresas que estão preocupadas com todos os
números, a gestão dos estoques passa a ser uma ocupação a mais.
Em “Entrevista”, o professor e engenheiro Paulo Sergio Gonçalves
trata do tema “estoques em tempos de crise”. Autor de obras sobre
este departamento, ele aponta uma série de variantes que devem ser
observadas na hora de lançar um olhar mais atento. “Estoque é fator
de risco, até porque pode representar dinheiro em caixa ou dinheiro
parado. Essa diferença é sutil e merece o melhor da administração”,
afirma o especialista.
Não deixe de conferir as nossas várias seções de notícias e notas,
nesta edição com nova disposição. Por elas, tudo sobre as entidades
do agronegócio, cooperativas,
ações e levantamentos do
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(MAPA), além de novidades
d o s f o r n e c e d o r e s d e
insumos. Aprecie também
o novo Caderno Prateleira
AgroRevenda, que traz os
lançamentos de produtos nos
últimos meses.
Boa leitura!
Carlos Alberto da SilvaPrESiDENtE Do GruPo PuBliquE E PuBliShEr DA PuBliquE EDitorA
PUBLISHER: Carlos Alberto da Silva | Mtb 20.330
PRESIDENTE E FUNDADOR: Carlos Alberto da Silva
EDITOR:
REPORTAgENS:
COMERCIAL:
DIAgRAMAÇÃO E ARTE:
PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO:
ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E RH:
CAPA:
IMPRESSÃO:
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ADMINISTRAÇÃO:
Ivaris Júnior | Mtb 20.465
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(11) 9.9105.1278 | Skype: ivaris Júnior
Carlos Alberto da [email protected]
(11) 9.9105.2030 | Skype: carlaodapublique
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5 mil exemplares
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mai/jun 2015 AgroRevenda 7
42
nesta edição
índice de anunciantes
11 e 77 A Castellano 44 e 45 AgRoss 09 Bayer CropScience 84 e 85 Beef Expo 04, 05 Datacoper 41 Canal Rural 81 Circuito ExpoCorte 15 Dinagro2ª Capa e 03 DuPont 4ª Capa Mosaic 3ª Capa Seleon Biotecnologia
22
38
12
associativismo08 Notas sobre as associações
do setor
entrevista12 Paulo Sérgio Gonçalves
“O correr da vida embrulha tudo”
artigo stracta14 O comportamento do
consumidor e a crise
notícias16 As principais informações
do agronegócio
fornecedores18 Ações de destaque das indústrias
e prestadores de serviços
suplementação20 Eficiência biológica e custo operacional
no confinamento
capa22 Mesmo com o peso da crise,
o agronegócio sai do chão
markestrat30 Sobrevivendo ao arrocho do crédito
mprado32 Crescendo com a crise
icp rural34 34º Levantamento do Índice de
Confiança do Produtor Rural
esfera gestão36 Seu Plano Estratégico está alinhado ao
seu Plano Financeiro e ao Desafio Atual?
vitrine38 Proteção à vida, mercado emergente
criatividade & inovação42 Reconhecimento à AgRoss
na Agrishow 2015
espaço empresarial DuPont46 DuPont e o seu negócio
gestão Datacoper48 O segredo para vencer a concorrência:
Relacionamento
eventos50 Acontecimentos que agitaram o setor
feiras52 Agrishow e Expozebu
mercado59 Estrategismo nas fusões e aquisições
stracta64 Tempo de fusões e aquisições
lançamento66 Andanças do Carlão da Publique
são reunidas em livro
genética & tecnologia68 Quarenta anos de ASBIA
markestrat70 Aproveitando lançamentos
para melhorar as vendas
cerutti72 Desafio é continuar crescendo em 2015,
apesar do arrocho
caderno prateleira agrorevenda73 Lançamento de produtos
82 por onde andamos...
86 fotolegenda
8 AgroRevenda mai/jun 2015
Com mais de 100 milhões de hectares, Fox não dá chance para as principais doenças entrarem na lavoura, como a ferrugem, a antracnose, o oídio e a mancha-alvo. É por essas e outras que somos o fungicida que mais cresce em uso no Brasil: é a proteção que barra as doenças e libera seu potencial produtivo.
Com Fox, você deixa a ferrugem e as doenças do lado de fora da soja.
Fox - De primeira, sem dúvida.
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associativismo
o gerente financeiro da Foco Agronegó-
cios, ronaldo Esteves, participou do cur-
so e conta que pode compreender como
funciona a captação de recursos de forma
mais prática. “É um assunto novo e des-
conhecido para muitas pessoas, então,
acredito que seja importante participar de
uma aula e entender como funciona essa
operação de crédito e como ela auxilia os
agricultores a realizar um financiamento
em um prazo maior”, declara.
tre estado e indústria em seu discurso.
“Sou portador da saudação do gover-
nador Geraldo Alckmin. Ele reconhece
a importância importância do setor de
defensivos agrícolas e as empresas
que o Sindiveg representa. quero con-
vidar o sindicato para selarmos uma
parceria com objetivo de acelerarmos
as pesquisas, com foco no desenvolvi-
mento e, principalmente, para a trans-
ferência dessas tecnologias, uma vez
que o trabalho envolve diretamente o
setor produtivo”, disse o secretário.
Na ocasião, o atual vice-presidente
executivo do Sindiveg, Amaury Pas-
choal Sartori, que ocupou o cargo
por 15 anos, sucedeu Silvia de toledo
Fagnani, atual diretora de Assuntos
regulatórios e internacionais.
A Associação Nacional dos Distribuidores
de insumos Agrícolas e Veterinários (An-
dav) ofereceu, no dia 23 de abril, o curso
Financiamento do Agronegócio – CrA
uma Fonte de recursos. A iniciativa faz
parte do Agroação, treinamentos criados
pela Andav com o objetivo de comparti-
lhar informações técnicas e ser uma im-
portante ferramenta de preparação dos
distribuidores agrícolas e veterinários.
o conteúdo ministrado pelo engenheiro
Posse da nova diretoria que conduzirá a entidade no biênio 2015/2017 foi prestigiada pela presença do secretário do Estado, deputado Arnaldo Jardim
A nova diretoria do Sindicato Nacional
da indústria de Produtos para Defe-
sa Vegetal (Sindiveg) foi empossada
na noite de 28 de maio. o executivo
Welles Clovis Pascoal, presidente da
Dow AgroSciences industrial, assumiu
a presidência da entidade, sucedendo
Valdemar luis Fischer, da Nufarm in-
dústria química. outros 20 membros,
eleitos por unanimidade em chapa
única para o biênio 2015-2017, tam-
bém tomaram posse.
o Sindiveg, formado por 50 empre-
sas fabricantes de defensivos agrí-
colas, foi fundado em 1941 para
representar suas empresas associa-
das junto aos órgãos de governo e
comércio exterior, poderes públicos,
entidades de classe, associações ru-
rais e à sociedade civil. Atualmente,
o Sindicato é membro-líder da cam-
panha nacional contra o comércio
ilegal de defensivos agrícolas.
“A nova diretoria tem o objetivo de unir
esforços para alinhar os discursos da
agrônomo Flávio Palagi Siqueira compre-
endeu em como o Certificado de rece-
bíveis do Agronegócio pode ser um ins-
trumento de captação de recursos para
financiamento de capital de giro e para
investimentos. Esse item é necessário
nos processos operacionais dos negó-
cios por meio do mercado financeiro e de
capitais, com prazos e valores compatí-
veis na gestão da carteira de recebíveis
das empresas.
indústria de defensivos agrícolas. Para
isso, definiremos uma agenda comum
para discutir assuntos de cunho fiscal,
a questão do marco regulatório e o
combate à ilegalidade de produtos,
que hoje já representa 10% do mer-
cado nacional. Manteremos a união
entre as empresas associadas e da-
remos continuidade aos esforços pela
valorização do setor, que é vital para o
agronegócio e a economia brasileira”,
comentou Pascoal.
A presença do Secretário de Agricul-
tura e Desenvolvimento do Estado de
São Paulo, Deputado Arnaldo Jardim,
abrilhantou ainda mais a noite. Após
cumprimentar os convidados, ele re-
forçou a importância do setor de agro-
químicos para o País e a parceria en-
Divu
lgaç
ão
SINDIvEG EStá DE NOvA DIREtORIA
ANDAv PROMOvE CuRSO SObRE CRA
Diretoria eleita por unanimidade, em chapa única, para o biênio 2015-2017.
Com mais de 100 milhões de hectares, Fox não dá chance para as principais doenças entrarem na lavoura, como a ferrugem, a antracnose, o oídio e a mancha-alvo. É por essas e outras que somos o fungicida que mais cresce em uso no Brasil: é a proteção que barra as doenças e libera seu potencial produtivo.
Com Fox, você deixa a ferrugem e as doenças do lado de fora da soja.
Fox - De primeira, sem dúvida.
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10 AgroRevenda mai/jun 2015
da suplente MSD. Na nova categoria Varejo
e restaurantes, ficaram Walmart, Carrefour,
Pão de Açúcar (titulares) e McDonald´s
(suplente). Por fim, nas organizações da
Sociedade Civil, the Nature Conservancy
(tNC), Aliança da terra, instituto Centro de
Vida (iCV), como titulares, e Fundação So-
lidaridade, como suplente. Já no Conselho
Fiscal ficou o instituto internacional para
Sustentabilidade (iiS), pela Agrotools e As-
sociação dos Criadores de Gado do oeste
da Bahia (Acrioeste).
-se desconfiar de rótulos embalagens
com inscrição em espanhol ou chinês,
ausência deles ou preço abaixo do pra-
ticado no mercado”, alerta.
A CitrusBr, associação que representa as
processadoras e exportadoras de suco
de laranja, esteve na Agrishow 2015, em
abril. A entidade foi a primeira associação
setorial a ter um estande próprio na
tradicional feira. Se por um lado o espaço
não recebeu máquinas e equipamentos,
por outro disponibilizou um item de
primeira necessidade: informação.
Nos cinco dias de evento, a CitrusBr
apresentou uma série de dados e estudos
produzidos ao longo dos anos que traçam
um verdadeiro raio-X da citricultura, do
mercado mundial e do suco de laranja.
De acordo com seu diretor-executivo,
ibiapaba Netto, a ideia foi se aproximar
o Grupo de trabalho de Pecuária Sustentá-
vel (GtPS) realizou em 29 de abril Assem-
bleia Geral ordinária. um dos assuntos da
pauta foi a eleição das instituições que vão
compor os novos Conselhos Diretor e Fis-
cal para a gestão que vai de julho de 2015
a junho de 2018. Além das eleições, uma
das aprovações mais relevantes foi a cria-
ção de uma nova categoria de associados
do GtPS, formada pela separação da extin-
ta “Comércio e Serviços”.
As instituições eleitas para o novo conselho
A Associação Nacional dos Distribui-
dores de insumos Agrícolas e Veteri-
nários (Andav) e o Sindicato Nacional
da indústria de Produtos para Defesa
Vegetal (Sindiveg) intensificam a cam-
panha contra defensivos agrícolas
e medicamentos animais ilegais. A
conscientização é importante uma vez
que os riscos de se adquirir produtos
contrabandeados trazem malefícios à
plantação, ao patrimônio do agricultor,
seu negócio, sua família, saúde da po-
pulação e meio ambiente. os canais
utilizados para divulgação são cursos
online visando o combate desta práti-
mais do setor produtivo. “temos projetos
que, acreditamos, possam dar nova
dinâmica à atividade, mas é preciso
que toda a cadeia produtiva participe.
Nesse sentido, estar na Agrishow foi
fundamental”.
Além de conhecer os mais recentes
estudos, acessar dados e saber mais
dos projetos da entidade, que visam a
promoção do suco de laranja e a geração
de demanda pelo produto, os visitantes
puderam saborear a bebida 100%
natural. “Foi mais uma oportunidade de
promover o consumo desse alimento
tão saudável e importante para a nossa
economia”, conclui.
foram: na categoria produtores titulares, Fede-
ração da Agricultura e Pecuária do MS (Fama-
sul), Federação da Agricultura e Pecuária de
MG (Faemg), Associação Nacional dos Con-
finadores (Assocon), e suplente a Associação
dos Criadores do Mt (Acrimat); na indústrias
titulares, Associação Brasileira das indústrias
Exportadoras de Carne (Abiec), JBS, Minerva,
e suplente, Marfrig; na instituições financeiras
titulares, membros do Conselho Diretor, ra-
bobank, Banco do Brasil e Santander; inte-
gram o corpo ainda Stoller, Dow, Elanco, além
ca, painéis colocados em estradas e
vias públicas, cartazes e folders em
revendas e spots em rádios.
o coordenador executivo da Andav Goi-
ás, Ademir Pereira da Silva, entende
que “ao comprar defensivos agrícolas e
medicamentos animais, os agricultores
devem se certificar de que o produto
possua registro nos órgãos oficiais e foi
adquirido de fontes idôneas que pres-
tam assistência técnica com qualidade
e confiabilidade”. Já para o gerente do
Sindiveg, Fernando henrique Marini, os
produtores devem atender três quesi-
tos: embalagem, rótulo e preço. “Deve-
CItRuSbR CHEGA à AGRISHOw
GtPS tAMbéM ElEGE NOvA DIREtORIA
ANDAv E SINDIvEG CONtRA DEfENSIvOS IlEGAIS
associativismo
Divu
lgaç
ãoDi
vulg
ação
Andav e Sindiveg intensificam a campanha contra defensivos agrícolas e medicamentos animais ilegais.
CitrusBR trabalha na promoção do suco de laranja e na geração de demanda pelo seu consumo.
mai/jun 2015 AgroRevenda 11
12 AgroRevenda mai/jun 2015
entrevista | paulo sérgio gonçalves
estabelecimento comercial com saúde econômica e ou financeira? que novos conceitos o professor poderia introduzir aos nossos leitores?
Paulo Sérgio Gonçalves - Primeiramente, vale lembrar que mantemos estoques por três motivos básicos: precaução, comercialização e especulação. A precaução é motivada pela possibilidade de o produto vir a faltar e causar problemas. A comercialização, pelo fato da sua existência ter por finalidade primordial a obtenção de ganhos com a venda do produto. E especulação, quando a existência do estoque, atualmente, é motivada pela perspectiva de que o preço do produto estocado sofrerá acréscimos significativos que garantam um ganho futuro bastante razoável! o estoque é uma necessidade indispensável, em um estabelecimento comercial, para manter sem interrupções o atendimento às solicitações dos clientes. Mas é preciso ter cuidado, visto que a manutenção de um estoque gera custos, muito especialmente, nas atuais circunstâncias de juros altos e escassez de crédito.
AgroRevenda - Estoque é dinheiro em caixa ou dinheiro parado? quando ele pode pender para um ou outro lado?
Paulo Sérgio Gonçalves - Como eu disse anteriormente, o estoque gera custos para mantê-lo. Dentre eles, os principais são o da armazenagem, que incide em face do produto encontrar-se estocado (espaço, segurança patrimonial, custos administrativos, entre outros) e o custo do capital investido. Então é claro que para manter um estoque dispende-se certo valor monetário. Esses recursos investidos também têm um custo, normalmente calculado com base na taxa de juros de captação de recursos financeiros pela empresa. Em razão disso, quanto maior o giro do estoque – mensurado pelo número de vezes em que é renovado – menor será o capital necessário para mantê-lo (valor investido no estoque) e, por consequência, menor será o custo do capital imobilizado. Estoque é um ativo que poderá se tornar líquido (transformar-se em dinheiro) quando alcançar o objetivo final de sua existência, que é ser comercializado. Excetuando-se os casos especulativos quando há um jogo
Para as grandes agrorrevendas, muitas vezes a composição de estoques é um detalhe,
possivelmente não tão discreto como para as médias e pequenas. Certo é que sua boa gestão pode trazer ganhos percentualmente importantes no negócio; em determinadas situações, diferenciais entre lucro ou prejuízo. Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção, pela universidade Federal do rio de Janeiro (uFrJ), consultor, professor do instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (ibmec/rJ) e autor das obras didáticas: Administração de Estoques – teoria e
Prática, em coautoria de E. Schwember, pela Editora interciência; Administração de Materiais, pela Editora Campus/Elsevier; e logística e Cadeia de Suprimentos – o Essencial, pela Editora Manole. trata-se de uma das poucas autoridades no assunto “Estoques”, reconhecidas academicamente. Na sua análise, exceto quem não quer “jogar”; ou seja, brincar com a sorte, compor estoques é uma ação que requer todo o zelo de um bom gestor.
AgroRevenda - qual a visão moderna, administrativamente falando, que devemos ter do estoque de produtos dentro de um
Causador de inúmeros problemas no dia a dia da agrorrevenda, principalmente em tempos de caixa mais apertado, os estoques podem e devem ser bem administrados para deixarem de ser um fator de perdas e gerar ganhos de produtividade.
“O CORRER DA vIDAEMbRulHA tuDO”
Ivaris Júnior
Divu
lgaç
ão
mai/jun 2015 AgroRevenda 13
estoques é uma iniciativa conservadora em excesso ou uma ação necessária? Como fica o fator risco aqui?
Paulo Sérgio Gonçalves - independente da política econômica, o ideal para um gestor é possuir o mínimo de estoque, apenas o necessário para manter seu negócio. quanto melhor essa calibragem, maiores serão os ganhos. os riscos são elevados principalmente diante do panorama com o qual nos deparamos hoje.
AgroRevenda - Por falar em riscos, em tempos de crise, muitos gestores entendem que estes são bons momentos para dar saltos, conquistar, progredir. Como a visão de negócio pode interferir positivamente na questão composição de estoques?
Paulo Sérgio Gonçalves - lembrando o ideograma chinês para a palavra “crise”, o seu desenho representa um perigo e uma oportunidade. Nesse sentido, o gestor deverá estar muito atento para o desenvolvimento de seus negócios, quando poderá observar se a hora é de “perigo” (reduzir investimentos e enxugar custos) ou de oportunidade, sendo esta, uma vez detectada, trabalhada com a devida cautela para se realizar a contento.
AgroRevenda - quais considerações poderia deixar aos nossos leitores sobre o tema de nossa entrevista?
Paulo Sérgio Gonçalves - Na vida empresarial ou mesmo profissional não encontramos respostas prontas nem soluções mirabolantes que podem ser extraídas de palestras maravilhosas, livros e artigos publicados por especialistas. Eles nos permitem apenas buscar subsídios para solucionar os nossos problemas. A vida é um processo contínuo de eterna aprendizagem. Neste sentido é importante manter-se atualizado para as novas técnicas e tecnologias oferecidas. Estar “antenado” com o mercado e a economia e nunca se esquecer das palavras do nosso grande escritor Guimarães rosa: “o correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. o que ela quer da gente é coragem”.
em curso – manter o produto em estoque para vendê-lo no futuro com perspectivas de altos ganhos – a manutenção de um estoque deverá ser analisada sob a ótica da estrita necessidade para atender ao consumo e permitir a sua renovação sem causar interrupção do fornecimento.
AgroRevenda - há muitos gestores que defendem um porte para os estoques em função de características do próprio negócio, como rotatividade de determinados itens, acesso a crédito e até dificuldades logísticas para reposição. qual o peso deste e de outros fatores inerentes?
Paulo Sérgio Gonçalves - Sem sombra de dúvida, o estoque deverá ser dimensionado para atender as necessidades e características do próprio negócio! Nesse sentido, as previsões de vendas, por mais simples que sejam, auxiliam o gestor a dimensionar o volume adequado. Além desse destinado ao consumo regular é importante a manutenção de um calço (estoque de segurança, reserva ou ainda denominado estoque “pulmão”), suficiente para atender a eventuais aumentos de consumo ou atrasos na entrega por parte do fornecedor, durante o período que decorre entre a compra de um determinado lote do produto, junto ao fornecedor habitual, e o seu efetivo recebimento no estabelecimento comercial. o mesmo raciocínio deverá acontecer levando-se em conta a existência de dificuldades logísticas para a reposição. É claro que, quanto maior for o prazo de entrega de um produto, maior deverá ser o estoque do mesmo para permitir um suprimento adequado.
AgroRevenda - Poderia nos dar um exemplo?
Paulo Sérgio Gonçalves - Para melhor elucidar o caso, vamos imaginar que um determinado comerciante tenha um produto com consumo de 200 unidades por dia. Consideremos que o fornecedor indique que o prazo de entrega, motivado por razões diversas e mesmo problemas logísticos, seja de 15 dias. Percebemos então que, no mínimo, deveremos ter um estoque de 3 mil unidades, no dia em que o pedido for efetuado, junto a esse fornecedor. isso porque, considerando o consumo de 200 unidades/dia, em 15 dias, deverão ser consumidos as 3 mil unidades estocadas. É obvio, como
mencionado anteriormente, que será preciso manter um estoque adicional, além das 3 mil unidades citadas, necessárias para a supressão de eventuais atrasos na entrega e mesmo um imprevisto aumento do consumo durante esse prazo de entrega.
AgroRevenda - o Brasil de 2015 sofre com problemas velhos agravados por uma crise institucional (política): real sob forte desvalorização frente ao Dólar; inflação sem demonstrar o devido controle; contas públicas estouradas; queda de investimentos; arrocho do crédito e pessimismo – possivelmente o maior entrave. Como devemos pensar a composição dos estoques?
Paulo Sérgio Gonçalves - Diante de um quadro tão adverso é importante que o gestor mantenha uma atenção especial na composição dos seus estoques. Percebemos que a economia está sofrendo abalos consideráveis em função de políticas desastrosas, implementadas pelo Governo, cujo resultado vem refletindo uma queda nas atividades empresariais, redução dos postos de trabalho e, evidentemente, retração do consumo. Nesse sentido, toda a atenção deverá ser dada à gestão dos estoques. Ações deverão ser agilizadas para melhorar as previsões de vendas, negociar melhor os contratos de fornecimento e reduzir o volume das aquisições, mantendo-as em um nível suficiente para atender as necessidades mais imediatas; no entanto, sempre atento às oscilações do consumo.
AgroRevenda - investir no aumento dos estoques em função de expectativas de alta dos preços é uma estratégia ou uma aposta?
Paulo Sérgio Gonçalves - Excetuando-se os casos aéticos, por assim dizer, nos quais o gestor possua informações privilegiadas que indiquem claramente que ocorrerão elevações significativas nos preços, aumentar os estoques recai na mera especulação e, nessa circunstância, passa a ser um jogo onde se perde ou se ganha, como explicado na resposta da primeira pergunta.
AgroRevenda - Comprometer o menos possível o caixa, mantendo o mínimo de Ar
14 AgroRevenda mai/jun 201514 AgroRevenda mai/jun 2015
artigo
o ano começou turbulento! Dúvi-
das na economia; insegurança
no mercado; dólar instável e sem
perspectiva de um comportamento de es-
tabilidade, em curto prazo que permita
um planejamento de ações mais acurado;
empresas que apostaram nos preços de
commodities sem travar a negociação e
acabaram se expondo; agricultores pres-
sionados por custos mais altos e sem
uma clara diretriz em relação à disponibi-
lidade de crédito oferecida pelas institui-
ções financeiras! ou seja, cenário típico
para os especialistas em mercadologia
classificarem como crise!
uma das perguntas principais em um
cenário como este é sobre a origem des-
ta crise. Em outras palavras, o que está
causando tudo isto? Seria muito mais fácil
se a resposta pudesse vir de uma única
origem. As denominadas “instabilidades”
que os setores da economia estão so-
frendo no momento possuem várias ori-
gens. Podemos citar, entre tantas, a má
gestão pública, o planejamento tributário
do País (para redução) que nunca saiu do
papel, a corrupção na política, os custos
exorbitantes do governo, e as estratégias
erradas dos líderes da gestão econômica
nacional, entre diversas outras.
A verdade é que uma realidade como esta
desestabiliza a economia, gerando maiores
riscos e menores retornos para quem in-
veste em negócios no Brasil. Basicamente,
gera retornos piores para os investimentos
nos mais diferentes negócios. E os seg-
mentos do agronegócio não ficam atrás.
Porém, um dos temas que gostaria de
destacar aqui é a correlação entre esta
realidade e algumas estratégias que, já
há alguns anos, vêm sendo implementa-
das nas revendas agropecuárias: as de
“foco no cliente”. tais estratégias, conhe-
cidas como marketing de relacionamen-
to, ações de CrM (Customer relatioship
Management), programas de fidelização,
entre outros, são tipicamente investimen-
tos de longo prazo que, dessa maneira,
devem suportar momentos de crise como
este.
Contudo é importante destacar que o
gestor que implementa estratégias orien-
tadas para a satisfação do cliente como
forma de se destacar, diferenciar-se no
mercado da guerra de preços, antes de
mais nada, deve ser um especialista no
que se entende por “comportamento do
consumidor”; ou seja, deve entender o
que gera a demanda de seus clientes
atuais e clientes em prospecção (futuros);
deve entender o que causa aumentos ou
reduções desta demanda, assim como
suas preferências e costumes.
Dentre estas especializações, os ges-
tores, por serem estrategistas de seus
negócios, devem entender que as re-
vendas agrícolas são fornecedores de
um outro negócio: vendem produtos
que são matérias primas e, exatamente
por isso, recebem muito menos influên-
cia de percepções, como por exemplo,
o “desejo”, na hora da compra, que os
produtos que atendem aos consumido-
res finais dispõem.
Mas que diferença isto causa nos ne-
gócios? As mais claras e comuns para
qualquer homem de gestão que planeja
suas funções básicas (orçamento, gestão
financeira, suprimentos, produção e ven-
das), ou seja, a orientação para o custo!
Em situações mercadológicas menos
problemáticas, a mesma orientação para
o custo pode se transformar no que cha-
mamos de “orientação para o valor”,
isto é, as preocupações com os custos
obviamente se mantêm, porém, o gestor
da propriedade rural passa a buscar um
conjunto de benefícios (serviços, atendi-
mento, marcas de produtos) maior, por
um preço considerado justo.
o caso aqui é que as condições ambien-
tais desfavoráveis alteram esta percepção
sobre consumo dos produtos, o que cha-
mamos de aumento de sensibilidade a
preços. E isso faz com que eles retornem
à sua essência de se preocupar com os
custos como forma de proteger a susten-
tabilidade financeira de seus negócios ru-
rais. No que não estão errados!
A questão é que essas alterações de
comportamento dos clientes muitas vezes
são vistas pelos gestores de revendas
que vêm investindo nessas estratégias,
nos últimos anos, como um prejuízo, ou
um retorno ineficiente dos investimentos
em fidelização. Porém, esta é uma visão
equivocada!
Como disse anteriormente, estratégias
orientadas para os clientes são de longo
O COMPORtAMENtO DO CONSuMIDORE A CRISE
Tiago Fischer Ferreira é Sócio Gestor da Stracta Consultoria, doutor em Estratégia e Marketing pela USP com foco em estudos no agronegócio. Pesquisa e desenvolve consultorias juntos ao mercado de revendas agropecuárias há mais de 10 anos.
mai/jun 2015 AgroRevenda 15 abr/mai 2015
prazo e devem sobreviver a momentos
como estes. Porém, isto não quer dizer
que, se sua empresa fez investimentos em
fidelização de seus principais clientes, esta
base se manterá inalterada e o indicador
de manutenção dos clientes ou mesmo de
participação nos negócios se manterá. isso
quer dizer que, após a crise, o cliente tende
sim a voltar a comprar o que lhe gerava va-
lor antes da crise.
Em momentos como o atual, temos com-
portamentos muito frequentes de clien-
tes, mesmo os melhores das carteiras,
optando por desinvestir (fazer um menor
número de aplicações, por exemplo), uti-
lizar excedentes de fertilização de solo de
safras ou safrinhas anteriores ou mesmo
buscando portfólios de produtos menos
diferenciados e menos tecnológicos para
pagar menos em seus custos de produ-
ção. Mesmo que, em muitos casos, os
estrategistas de vendas tenham críticas
em relação a estas ações dos clientes, é
importante entender que eles as priorizam
como forma de proteger seus negócios. E
isto deve ser respeitado.
o ponto fundamental nesse momento é
procurar manter a atenção nos clientes,
mesmo que estes retornem, pelo menos
nesta safra, valores de vendas menores.
Para isso, a revenda também deve con-
trolar de maneira precisa seus custos,
principalmente os variáveis atrelados às
visitas de vendas. Porém, de maneira
alguma, deve “demitir” o cliente por sua
redução de volumes. Afinal, são esses
os momentos nos quais os gestores re-
almente identificam quais fornecedores
estavam ao seu lado, mesmo nos mo-
mentos que eles mais precisavam.
Boas vendas a todos! Ar
AgroRevenda 15
A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. Buscando participar dos seus desafios diários, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a médio e longo prazos para a empresa.
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16 AgroRevenda mai/jun 2015
notícias
uma aliança estratégica sem fins
lucrativos, formada por empresas
comprometidas com uma geração
e compartilhamento de ações e
conteúdos estratégicos nas diver-
sas áreas do agronegócio. Seu ob-
jetivo é estimular a produção sus-
tentável de alimentos no Brasil, por
meio do desenvolvimento de clien-
tes e empresas.
A redeAgro, formada Pelas Em-
presas Prodap, Dow AgroSciences,
John Deere, Vale, totvs e tru teste,
ofereceu jantar a alguns clientes e
parceiros no restaurante Coco Bam-
bu, em ribeirão Preto (SP), cidade
que recebia a realização da Agrishow
2015, no mês de abril.
o jantar foi uma importante oportuni-
dade de relacionamento com os con-
Em 16 de maio, foi inaugurada a am-
pliação da Escola Senai Shunji Nishi-
mura, em Pompeia (SP). A solenidade
contou com a presença de autoridades
da região e com o presidente da Fe-
deração e do Centro das indústrias do
Estado de São Paulo, Paulo Skaf, que
também preside o Serviço Nacional de
Aprendizagem industrial (Senai/SP).
Fruto da parceria iniciada em 2009 entre a
Fundação Shunji Nishimura e o Senai/SP,
que assumiu a administração e operação
da escola, o Senai Pompeia passa a ter
cerca de 7 mil m², onde estão instalados
11 laboratórios, 13 salas de aula, 8 ofici-
nas e ginásio coberto com 2,1 mil m².
De acordo com o Senai, as novas ins-
vidados, entre os quais estavam repre-
sentantes de fazendas e empresas de
diferentes segmentos do agronegócio,
como pecuaristas de corte e agricul-
tores de cana-de-açúcar, milho e soja.
A redeAgro é hoje um dos princi-
pais fóruns para discussão, relacio-
namento e troca de conhecimento
dos principais empresários e ges-
tores do agronegócio. trata-se de
talações consumiram investimentos r$
8,8 milhões e contam com equipamen-
tos de alta tecnologia, projetados para
oferecer capacitação profissional para
jovens que buscam qualificação para o
primeiro emprego. A unidade é voltada
ainda para adultos interessados em obter
qualificação básica, especialização téc-
nica e atualização tecnológica nas áreas
de mecânica, soldagem, polímeros, ele-
troeletrônica, metalmecânica, metalurgia,
automação, gestão, logística e saúde e
segurança no trabalho. A escola estima
um total de 1,7 mil matrículas este ano. o
índice de empregabilidade dos estudan-
tes que se formam nos cursos de apren-
dizagem industrial é próximo de 100%.
REDEAGRO REAlIzA jANtAR COM PARCEIROS DuRANtE AGRISHOw
ESCOlA SENAI SHuNjI NISHIMuRA é AMPlIADA
Divu
lgaç
ão
Takashi Nishimura, filho Shunji Nishimura, e Paulo Skaf, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.
cabeças de gado e o Mato Grosso do
Sul, com 21 milhões de animais, imu-
nizou 99,26%.
o esforço de erradicação da doença é
importante para a manutenção e aber-
tura de novos mercados internacionais,
que impõem barreiras sanitárias aos pa-
íses onde a doença ocorre. Projeções do
MAPA apontam que o Brasil será respon-
sável por cerca de 45% do mercado mun-
dial de carnes até 2020.
o Brasil conseguiu imunizar 97,8% do reba-
nho bovino e bubalino contra febre aftosa.
É o que mostra o balanço da segunda fase
da campanha de vacinação realizada no
segundo semestre de 2014. os resultados
foram alcançados graças ao esforço con-
junto do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA), governos estadu-
ais e iniciativa privada.
o Mato Grosso, com mais de 28,4 mi-
lhões de cabeças de gado, vacinou
99,61% dos animais contra a doença. o
estado possui status de zona livre de fe-
bre aftosa com vacinação, reconhecido
pela organização Mundial de Saúde Ani-
mal (oiE). o último caso da febre no Mato
Grosso ocorreu há mais de 19 anos.
o segundo estado com maior plantel
de bovinos é Minas Gerais, com mais
de 23,5 milhões de animais. Ele alcan-
çou cobertura de 97,22%. Goiás vaci-
nou 99,6% dos com 21,3 milhões de
PAíS vACINA MAIS DE 97% DO REbANHO
mai/jun 2015 AgroRevenda 17
anteriormente alocados em operadores
logísticos terceirizados.
Fundada em 1976, a unipac conta com
cerca de 900 funcionários e parques in-
dustriais instalados no Estado de São
Paulo: Pompeia (matriz), limeira (filial),
regente Feijó e Paulínia (unidades na
sede de seus clientes).
A unipac, indústria de transformação
de polímeros, inaugurou sua nova fábri-
ca em limeira (SP). A necessidade de
ampliar a capacidade de produção de
embalagens plásticas – utilizadas nos
segmentos agrícola, químico, alimentí-
cio, entre outros – e de modernizar suas
atividades, motivou a empresa a migrar
todas suas operações, até então reali-
zadas na filial de Santa Bárbara D’oeste
(SP), que encerrou seu ciclo.
De acordo com o presidente Marcos ri-
beiro esta iniciativa se mostrou acertada
para assegurar a expansão da empresa,
abrindo claras perspectivas. “o merca-
do nacional tem um amplo e diversifica-
do potencial para embalagens, incluindo
embalagens plásticas rígidas para o seg-
mento de agroquímicos, que vem cres-
cendo em torno de 4% ano”, analisa. os
investimentos efetuados pela empresa
permitirão manter o incremento na casa
dos 20% ao ano.
A nova planta da unipac, com 23 mil m²
de área construída e terreno de 57 mil m²,
comporta toda a área fabril (embalagens
plásticas de 250 ml a 20 litros e de tam-
pas), além dos estoques de embalagem,
uNIPAC INAuGuRA fábRICA EM lIMEIRA (SP)
Divu
lgaç
ão
A Unipac, indústria de transformação de polímeros, inaugurou sua nova fábrica em Limeira (SP).
A ministra Kátia Abreu (da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento - MAPA) afirmou,
no último dia 13, que um eventual aumen-
to das taxas de juros do Plano Agrícola
e Pecuário 2015/2016 não inviabilizará a
agricultura do País.
“Não devemos nos preocupar porque
nada será feito se houver aumento que
inviabilize a agricultura. Sabemos da ra-
pidez com que a agricultura responde à
economia, ao emprego, às exportações.
Estou totalmente tranquila no que diz res-
peito aos volumes e aos juros que prati-
caremos na próxima safra”, disse a minis-
tra durante entrevista a jornalistas, após
participar de encontro entre ministros da
Agricultura e do Desenvolvimento Agrá-
rio dos BriCS (bloco formado por Brasil,
rússia, Índia, China e África do Sul), no
Palácio itamaraty.
“Divulgaremos o Plano Safra no momen-
to adequado, quando terminarmos todos
os estudos. São muitos produtos, muitas
áreas, e queremos avaliar detalhadamen-
te cada um desses setores. Não com o
objetivo de tirar, muito pelo contrário, com
o objetivo de ampliar o apoio”, afirmou.
PlANO SAfRA tEM ObjEtIvO DE AMPlIAR APOIO AO PRODutOR
VBP de várias culturas, como toma-
te (-23,7%), cacau (-21,1%) e maçã
(-13,7%) entre outras. Na pecuária,
os ovos (2,3%), as carnes de frango
(0,1%), bovina (12,3%) e suína (3,4%),
vêm apresentando bom desempenho.
Já o leite tem previsão de menor valor
que o de 2014. o Sul tem a maior pro-
jeção de faturamento entre as regiões,
com r$ 137,6 bilhões. Em seguida
está o Sudeste, com estimativa de r$
128,3 bilhões e o Centro-oeste, com
r$ 123,3 bilhões. No Nordeste e Nor-
te, os valores são de r$ 48,4 bilhões e
r$ 25,9 bilhões, respectivamente.
Calculado com base nas informações
de fevereiro, o Valor Bruto da Produ-
ção da Agropecuária (VBP) de 2015
está estimado em r$ 479 bilhões,
0,6% a mais que em 2014, quando
registrou r$ 476,2 bilhões. Do valor
total, 61% correspondem às lavouras,
com r$ 293,3 bilhões, e 39% à pecuá-
ria, com r$ 185,7 bilhões.
Entre os produtos das lavouras com
melhor desempenho este ano está a
mamona, com aumento de 113,8% no
VBP. “A mamona tem tido um aumento
grande de produção. Do ano passado
até hoje o aumento foi 138%, passan-
do de 36,3 mil toneladas para 86,4 mil”,
afirmou o coordenador geral de Planeja-
mento Estratégico, José Garcia Gasques.
Em seguida está a pimenta do rei-
no (17,4%), soja (5,2%), café (4,3%),
amendoim (2,7%) e fumo (2,3%). “os
maiores destaques entre esses produ-
tos são a soja, cuja produção prevista
é de 93,3 milhões de toneladas e o
café, com resultado favorável graças
aos bons preços praticados no produ-
to”, comentou Gasques.
Por outro lado, a combinação de pre-
ços mais baixos com produção menor
resultou em fraco desempenho do
vAlOR DA PRODuçÃO AGROPECuáRIA AlCANçA R$ 479 bIlHõES EM 2015
18 AgroRevenda mai/jun 2015
fornecedores
Nos dias 26 e 27 de março, os
representantes e distribuidores da real
h estiveram reunidos no hotel Jandaia
em Campo Grande (MS) participando
do CoNArEN – Congresso Nacional
de representantes da Nutrição. Novas
embalagens e produtos foram lançados
durantes o evento. representantes e
funcionários foram homenageados.
Foco na ampliação do portfólio de
produtos. Para 2015, este é o principal
direcionamento da JactoClean, referência
em equipamentos para serviços de
limpeza. Mesmo atenta à crise hídrica
e ao risco de racionamento de energia
elétrica, a empresa dará andamento ao
planejado, investindo na expansão e
diversificação de sua linha.
“Continuaremos investindo como fazemos
todos os anos, desde a criação da marca
JactoClean. Acreditamos que o aumento
do portfólio nos dará oportunidades de
abrir novos canais e irá nos aproximar dos
usuários de nossos produtos.”, aposta
Antonio luis Francisco (PJ), diretor geral
da indústria.
As estratégias para atingir os objetivos
já estão traçadas, a começar pelos
investimentos em ferramental para
fabricação de novos componentes e novas
linhas de montagens. Já as novidades
em produtos estão engatilhadas e devem
chegar ao mercado brevemente. Com
isso, a JactoClean estima ampliar suas
vendas em 7% sobre 2014.
A empresa conta com moderno parque
fabril, localizado em Pompeia (SP),
emprega 120 colaboradores, está
presente em mais de 3,8 mil pontos de
venda e possui mais de 600 postos de
assistências técnicas autorizadas em
todo o País.
CONAREN DA REAl H tERMINA COM vISItA A fábRICA E CONfRAtERNIzAçÃO
jACtOClEAN fOCA ExPANSÃO DA lINHA EM 2015
A Salus colocou em operação sua nova
fábrica de premixes, núcleos e aditivos
nutricionais, localizada na cidade de
Santo Antônio de Posse (SP). A planta tem
posição logística privilegiada, capacidade
produtiva de 130 toneladas/turno e
completa automação dos controles. “São
356 pontos de controle ao longo de todo
o processo de produção, que fornece
dados precisos, onde tudo é pesado,
registrado e auditável. As chances de erro
e contaminação cruzada são minimizadas
e a rastreabilidade é total”, explica ronnie
Dari, gerente de desenvolvimento.
o meio ambiente também é
destacadamente observado nos
processos. todos os pontos que
envolvem abertura de embalagens,
pesagem, envase e descargas
contam com sistemas de captação e
disposição de pó.
Com aporte aproximado de r$ 20
milhões, esta é a primeira fábrica da
Salus, que iniciou em 2011 no mercado
como trader de aditivos para nutrição
animal e agora inaugura uma fábrica
própria. “Em pouco mais de três anos, a
empresa alcançou uma posição entre as
cinco maiores. Agora, como fabricante,
a projeção é atingirmos um market
share de 5% em cinco anos”, projeta
Abílio tardin, um dos fundadores.
SAluS NutRIçÃO ANIMAl INAuGuRA fábRICA
Nova fábrica de premixes, núcleos e aditivos nutricionais, está localizada na cidade de Santo Antônio de Posse (SP).
mai/jun 2015 AgroRevenda 19
instalação, aproveitando, de modo
eficiente e prático, desde dejetos
de bovinos, suínos, aves e outros;
passando por resíduos de frigoríficos
e outras indústrias processadoras;
até dejetos urbanos, como sobras
de refeições e esgotos domésticos.
Além do estande de expositor, a
Sansuy também participou da Granja
Modelo de Aves e Suínos, iniciativa
da organização da feira que reuniu
equipamentos de última geração.
América latina e tecno Food Brazil,
para criar um evento completo com
todos os elos desta cadeia.
Entre bebedouros, isolantes térmicos
e climatizadores, os visitantes
puderam conhecer o vinibiodigestor
Sansuy – equipamento que promove
o processo de biodigestão dos
resíduos animais. o equipamento
oferece solução ambiental adequada,
com excelente custo-benefício e fácil
de silvicultura e abertura de áreas.
A titan contou com a colaboração na
Expodireto Cotrijal 2015 das revendas:
Bellenzier Pneus, Verdes Vales,
DPaschoal e Cotripal.
Em 2011, a empresa adquiriu a fábrica
da Goodyear, na cidade de São Paulo,
e a marca Goodyear Farm tires,
tornando-se responsável pela produção
e comercialização de pneus florestais e
convencionais de caminhões e ônibus
da marca Goodyear. Sob a marca titan,
a empresa desenvolve soluções para os
mercados fora de estrada (otr) e industrial.
vINIbIODIGEStOR, DEStAquE DA SANSuy NA fIPPPA
tItAN PNEuS AMPlIA vENDAS NA lINHA AGRíCOlADi
vulg
ação
o vinibiodigestor foi o destaque
da Sansuy, tradicional fabricante
de laminados flexíveis e produtos
manufaturados de PVC, na primeira
edição da Feira internacional de
Produção e Processamento de
Proteína Animal (Fipppa), que
aconteceu de 28 a 30 de abril, no
Expotrade Convention Center, em
Curitiba (Pr). A Fipppa é o resultado
da união de dois importantes eventos
ligados à proteína animal, AveSui
Entre as muitas novidades apresentadas
pela empresa na Cotrijal 2015, destaque
para os pneus de aplicação em tratores,
colhedoras e plantadeiras que trabalham
em áreas alagadas (rizicultura), medidas
14.9-24 e 23.1-26 Super Arrozeiro e
18.4-26, 18.4-30 e 20.8-38 do Super
Arrozeiro ii - iF320/90r42 e iF380/90r46
- ultra Sprayer – para pulverizadores
autopropelidos - 7.00-16 All implement
– lançamento recente que oferece maior
uniformidade da distribuição dos grãos
e o pneu 18.4-26 logger lug ii, para o
trabalho de preparo de solo e em projetos Estande da Tintan na Expodireto Cotrijal.
A FMC Agricultural Solutions aproveitou
a 14ª edição da tecnoshow Comigo para
divulgar a tecnologia helicovex. Conforme
o gerente comercial, ricardo Canedo, “a
companhia tem investido no combate da
helicoverpa armigera desde quando a
praga se instalou no País, tendo causado
perdas bilionárias da safra brasileira”, diz.
Atualmente, a empresa oferece ao
produtor um manejo mais equilibrado
e eficaz no campo, por intermédio do
helicovex, que entra no portfólio da FMC
combinado com os outros inseticidas já
reconhecidos no mercado.
Conhecido como NPV (vírus da
Poliedrose Nuclear), o Baculovirus
é eficiente e seletivo no controle da
helicoverpa armigera.
Mais concentrado, ele age por ingestão,
reagindo com o Ph alcalino do sistema
digestivo da praga que, quando
infectado, é levado à morte. Após a
colonização das células da lagarta, ocorre
o rompimento do tegumento que libera
o líquido contendo vírus pelas folhas,
contaminando as outras lagartas que se
alimentam delas.
fMC DEStACA INSEtICIDA bIOlÓGICO HElICOvEx NA tECNOSHOw
20 AgroRevenda mai/jun 2015
As margens econômicas da
pecuária de corte, mesmo
com os bons preços de venda
nos últimos meses, são estreitas,
tornando o desenvolvimento técnico
da operação imprescindível para
equalizar sua rentabilidade. Esta
premissa é fundamental quando
o foco é o confinamento. o atual
cenário econômico vem exigindo do
produtor uma visão profissional e
criteriosa da administração de seu
negócio, fundamentalmente nos
controles de custo operacional
e avanços na melhoraria da
eficiência produtiva.
No confinamento, a eficiência
produtiva pode ser mensurada por
intermédio de métricas, tais como:
ganho de peso, conversão alimentar,
Bruno Marson e Marcio de Nadai Bonin
EfICIêNCIA bIOlÓGICAE CuStO OPERACIONAl NO CONfINAMENtO
suplementação
agro
reve
nDa
mai/jun 2015 AgroRevenda 21
peso da carcaça, entre outras. Dentre
os vários indicadores produtivos do
confinamento, a eficiência biológica,
por sua relação com o consumo,
ganho em carcaça e manejo alimentar,
desponta como mais importante.
A eficiência biológica avalia o custo
da carcaça produzida. É obtida
pela divisão da quantidade, em
matéria seca, da dieta consumida
pelo número de arrobas de carcaça
produzidas. Constantemente, a
eficiência biológica é confundida
com a conversão alimentar, que é a
quantidade de dieta necessária para
ganho de peso vivo. Para facilitar o
entendimento segue um exemplo de
dois lotes que entraram na engorda
com o mesmo peso, permaneceram no
cocho o mesmo período e consumiram
a mesma quantidade de dieta.
o lote B obteve maior ganho de
carcaça, convertendo melhor o
alimento em carne, apresentando
assim melhor Eficiência Biológica
em relação à quantidade de alimento
consumido. Considerando um custo
de r$ 0,50 por quilo de matéria
seca (MS), o custo da arroba do
lote A foi r$ 78,50, enquanto o
custo da produzida do lote B foi
r$ 73,50, ou seja, ganho de 6,8%.
Portanto, animais biologicamente
mais eficientes consomem menos
quilos de dieta para depositar
uma arroba, melhorando o retorno
financeiro da atividade.
Concomitante à eficiência biológica,
o controle do custo operacional
é determinante na lucratividade.
Estudar os custos de produção do
confinamento é tarefa indispensável
a uma boa administração, pois pelo
estudo sistemático dos custos o
produtor estabelece metas produtivas
e corrige possíveis falhas do
processo.
um dos fatores que mais pesam
sobre o custo no confinamento
é sua ociosidade. uma estrutura
de engorda sendo subutilizada
gera despesas e o pecuarista
fica distante dos benefícios
proporcionados pela economia
de escala. um ponto fundamental
para gestão do custo operacional e
também para avaliação da eficiência
biológica é o controle da oferta de
alimento e distribuição dos tratos
no confinamento, para que consiga
dimensionar adequadamente as
máquinas, estrutura de cochos e
funcionários. o somatório desses
elementos impacta diretamente
o custo operacional, influencia a
eficiência biológica e determina
o custo da arroba engordada.
Dessa forma, o produtor deve
ter claro o ponto de equilíbrio
entre as despesas de estrutura,
investimentos e número de animais
engordados.
Em tempos de custos de produção
elevados, otimizar o uso das instalações,
máquinas e mão de obra são uma
boa saída para redução do custo
operacional. Do mesmo modo a busca
incansável pela melhoria da eficiência
biológica por meio do uso de núcleos
minerais aditivados confiáveis, e
boa orientação técnica são soluções
indispensáveis para o confinador
melhorar o custo da arroba produzida.
lembre-se que Núcleos Minerais
aditivados precisam ser de confiança
e empresas confiáveis são aquelas
associadas à Asbram.
lotes
A
B
dias de
100 dias
100 dias
GMC
1,050
1,125
Peso Inicial
13 @
13 @
Consumo
11 kg
11 kg
Peso da
20,0 @
20,5 @
eF
157
147
InvISta CoM SeGUranÇa: CoMPre SUPleMentoS MIneraIS de aSSoCIadoS aSBraM.
Rua Augusta, 2676 | 13º andar | Conj. 132 | CEP 01412-100São Paulo - SP | Tel/Fax: (11) 3254-7495 (11) 3061.9075 / 9077
[email protected] | www.asbram.org.br
tabela 1. Simulação de cálculo de Eficiência Biológica (EF) no confinamento.
Cocho (kg MS/dia) (kg/dia) (kg MS/@)Carcaça
Bruno Marson, zootecnista.
Divu
lgaç
ão
Ar
22 AgroRevenda mai/jun 2015
MESMO COM OPESO DA CRISE,O AGRONEGÓCIOSAI DO CHÃOGestão eficiente é o desafio das agrorrevendas para superar as turbulências do percurso
Ivaris Júnior
capaO agronegócio sai do chão
Para os profissionais
que trabalham direta ou
indiretamente na aviação civil,
principalmente especialistas, um avião
não cai por um único motivo. Sempre
há uma combinação de fatores para
explicar tamanha tragédia. Sejam
meteorológicos, técnicos ou humanos
– embora um ou outro possa ser mais
determinante –, a explicação decorre
da análise de muitos aspectos.
Assim as agrorrevendas devem
compreender sua viagem na safra
2015/2016. Elas estão decolando e
encontrando mau tempo. resta saber
como está o equipamento nas mãos
e a capacidade dos pilotos em lidar
com o plano de voo.
Em caso de nevasca, produtos líquidos
devem ser pulverizados nas asas, para
evitar seu congelamento (condutos
hidráulicos); assim como a pista,
outros que evitem o acúmulo de neve,
mantendo-a apenas molhada. Para
tanto, pilotos e engenheiros devem
estar aptos a lidar com as condições
apresentadas. Estamos falando de
alçar voo, da arrancada para a viagem.
Para os primeiros procedimentos
é preciso avaliar da melhor forma
possível o cenário apresentado. Aí vale
o conhecimento e a capacidade de
interpretação das informações.
Desde o fechamento das urnas nas
eleições presidenciais de 2014, o
22 AgroRevenda mai/jun 2015
mai/jun 2015 AgroRevenda 23
um ano difícil, quando os “as coisas”
deverão retornar a certa normalidade
se a lição de casa for feita. uma
grande dificuldade, no entanto e
possivelmente a maior, é a crise
institucional do Governo Federal.
“Nunca se viu um governo desabar
tanto, em popularidade, tão próximo
do pleito que o elegeu. Foram poucos
dias de harmonia”, diz Barros.
Basicamente, continua ele, “em
função das sucessivas denúncias
de corrupção; um sistema de
saúde agonizante; contas públicas
estouradas, que só fecham em meio a
pirotecnias contábeis que iludiram os
eleitores; um déficit enorme de conta
corrente (mais de r$ 90 bilhões em
março); e uma administração que não
caminha, não move algodão, muito
menos as montanhas necessárias,
pelo menos no momento, devido à
grandes dificuldades de barganhar
com a própria base de governo e o
Congresso Nacional”.
Brasil vem mergulhando em uma
crise, cujos ingredientes são de
prateleiras distintas. Para o executivo
da MB Consultoria, Alexandre lahóz
Mendonça de Barros, pensando
nas intempéries da macroeconomia
brasileira, as coisas não são
animadoras nem simples. Não pairam
dúvidas sobre seu desarranjo e, na
opinião do consultor, 2016 ainda será
mai/jun 2015 AgroRevenda 23
24 AgroRevenda mai/jun 2015
capaO agronegócio sai do chão
está um problema. o Plano de Safra
2015/2016 anunciou até aumento de
recursos para o financiamento, mas os
bancos estão com as mãos fechadas
e restringindo a saída de dinheiro.
o temor da inadimplência é grande
frente a tantas inseguranças. É mais
ou menos como levar a esposa para
jantar e anunciar que possui r$ 1 mil
para pagar a conta; no entanto, você
a leva para comer um hambúrguer em
algum fast food.
Vale deixar claro que Barros não vê um
Brasil quebrado como alguns vizinhos
de continente. Para ele há uma crise
dura instalada, mas nada tão dramática
que o País não possa reverter, até sem
maiores traumas. “Não é nada parecido
com Argentina e Venezuela”, salienta.
Para ele, o Planalto sinaliza vontade
de fazer sua parte e devolver o País ao
crescimento. A chegada de Joaquim
levy ao Ministério da Economia,
homem de escola econômica mais
ortodoxa e com forte credibilidade no
mercado, é prova disso. Mas claro!
resta saber quanto tempo ele se
segura no cargo.
Contudo para a forte nevasca, a
aeronave brasileira possui bases
bastante sólidas. o “celeiro do mundo”
é autossuficiente e exportador, quando
a pauta é alimentos. o agronegócio
está forte e puxando o PiB do País. Não
está imune ad aeternum, mas possui
fôlego tanto no setor agrícola como no
pecuário. Bem verdade que a produção
de commodities está condicionada
ao mercado globalizado, aos preços
praticados internacionalmente. os
Estados unidos tiveram grande safra
e, por exemplo, os preços de soja e
milho caíram. Porém, com o Dólar em
alta, a remuneração em reais acaba
compensando, nestes momentos
iniciais. Ainda não há prejuízo e a
aeronave pode voar.
Por sua avaliação fica difícil saber quem
parou primeiro: a economia ou o Brasil.
Decorrente de tudo isso e mais alguma
coisa, como crises hídrica e energética,
a inflação supera os 8% e o Produto
interno Bruto (PiB) deve encolher 1,5%
em 2015. A percepção de país está
prejudicada; os investimentos estão
perto de desaparecer, principalmente os
externos; e o empresariado brasileiro,
precisando trabalhar, está inseguro e
perdendo a onda da competitividade no
mercado mundial, substancialmente, o
que atua na indústria. Claro que com
todo este cenário, o Dólar disparou e
ainda não deu sinal de estabilidade. A
oscilação é diária.
Paralelamente, o Governo vem
aumentando as taxas de juros, desta
vez para tentar conter uma inflação
em dígito há muito saudoso. Barros
também fala de preços represados,
como os de energia elétrica e
combustíveis, ainda em déficit, mesmo
com os aumentos recentes. Mas triste
mesmo está enfrentar o desânimo do
brasileiro, queda no emprego e, mais
recentemente, no consumo. As diversas
promoções do setor automobilístico
não negam o vertiginoso tombo nas
vendas. “Desemprego e redução de
consumo geram uma espiral para baixo
na economia que exige mais do que
discurso para reverter”, reforça Barros.
E dessa vez o Governo não pode
gastar para salvar a pátria, como
em outros anos desde 2008. Não há
dinheiro e a única pedida é apertar
o cinto. Daí decorre o arrocho do
crédito de modo geral. o dinheiro
Alexandre Lahóz Mendonça de Barros, da MB Consultoria.
Divu
lgaç
ão
24 AgroRevenda mai/jun 2015
mai/jun 2015 AgroRevenda 25
ao segmento frota e ao Finame PSi
rural. De qualquer forma, os agentes
estão mais tranquilos, pois há um
programa de crédito definido para os
próximos 12 meses”, relata o executivo.
Nota divulgada pela Associação
Nacional de Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea) aponta uma
queda de 22,9% nas vendas de
máquinas e equipamentos (de janeiro
a abril de 2015). o número está dentro
das estimativas dos especialistas do
Bradesco, algo em torno de 20%.
Pereira avalia, no entanto, que apesar
da redução em relação à última
safra, o movimento ainda é positivo,
pois o setor vinha de vários anos de
bonanças; ou seja, de negócios muito
aquecidos, em função de as taxas de
juros praticadas nos financiamentos
estarem altamente favoráveis aos
produtores. “As oscilações de mercado
Querosene nas asaso financiamento público ainda é
combustível fundamental na produção
agropecuária brasileira. o Plano de Safra
2015/2016 vai disponibilizar r$ 187,7
bilhões em recursos, sendo r$ 149,5
bilhões para financiamento de custeio e
comercialização, e r$ 38,2 bilhões para
os programas de investimento. o valor
é 20% maior que o da safra anterior, de
r$ 156,1 bilhões. o novo Plano Agrícola
e Pecuário foi anunciado em 2 de junho
pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu,
em cerimônia realizado no Palácio do
Planalto, em Brasília (DF).
Dos recursos para custeio, r$ 94,5
bilhões poderão ser financiados com
juros controlados. No crédito para
investimento, r$ 33,3 bilhões estão
nessa modalidade. As taxas de juros
anuais para a safra 2015/2016 serão de
8,75% para os empréstimos de custeio.
Para os programas de investimentos,
elas vão variar de 7% a 10,5% ao ano.
Na safra 2014/2015, a taxa média de
juros para o setor foi 6,5%.
Para os produtores beneficiados pelo
Programa de Apoio ao Médio Produtor
(Pronamp), os juros serão de 7,75% ao
ano para custeio e 7,5% ao ano para
investimentos. os demais recursos
do plano safra serão disponibilizados
para financiamento a taxas de juros
livres do mercado. Para a próxima
safra, o limite de financiamento de
custeio, por produtor, foi ampliado
de r$ 1,1 milhão para r$ 1,2 milhão,
enquanto o destinado à modalidade
de comercialização passou de r$ 2,2
milhões para r$ 2,4 milhões. o limite
de r$ 385 mil por produtor nos créditos
de investimento ficou mantido.
Para o superintendente executivo da
área de financiamentos do Bradesco,
rui Pereira rosa, existe um cenário
bastante positivo para o agronegócio
brasileiro, principalmente agora, depois
de divulgadas as linhas de crédito, pelo
Plano de Safra 2015/2016. “o mercado
estava ansioso diante do anúncio
das novas linhas de financiamento
e o montante disponível, não só do
Plano como também do BNDES
(financiamento de máquinas). Deste
último, as condições anunciadas pelo
menos dão continuidade ao que já
existia”, avalia Pereira.
“Estive na Feira de luiz Eduardo
Magalhães e conversei com uma
série de parceiros das indústrias de
máquinas. Eles se mostraram bastante
satisfeitos com a manutenção das atuais
condições de concessão de crédito,
por parte do BNDES, principalmente
pelo montante disponibilizado, apesar
de ainda estarmos aguardando o
quanto dos r$ 10 bilhões se destinam
Rui Pereira Rosa, superintendente executivo da área de financiamentos do Bradesco.
mai/jun 2015 AgroRevenda 25
Divu
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26 AgroRevenda mai/jun 2015
capaO agronegócio sai do chão
20 lojas no Mato Grosso, não se trata
apenas de alta do Dólar, mas também
de sua inconsistência (altas e baixas
fortes em um curto espaço de tempo),
mais conhecida como volatilidade. Este
quadro gera insegurança e atrasou
a tomada de decisões por parte dos
produtores, tanto é que as vendas estão
bem retardadas. “Nesta época do ano,
aqui no Mato Grosso, eu já tinha uma
porcentagem muito grande de negócios
fechados e as coisas já esfriando. Agora,
o que encontramos é aquecimento, em
função do atraso”, comprova.
Para Motta, a alta e a volatilidade da
moeda norte-americana, uma inflação
crescente, crise institucional política
gerada pelas trapalhadas do Governo,
hoje bastante criticado e cercado por
inúmeras denuncias de corrupção,
geram insegurança. também os bancos
não estão liberando dinheiro, como
acontecia anteriormente, apesar dos
recentes anúncios de disponibilização
de crédito, inclusive com incremento
na ordem de 20%. “Não vemos isso
chegar ao campo. os bancos estão
restringindo acentuadamente as
liberações de financiamentos”, afirma.
Além disso, há uma situação de muito
estoque de produtos, por exemplo, de
defensivos agrícolas. “Finalizamos a
safra 2014/2015 com um estoque de 25
a 30%, principalmente os destinados
às lavouras de soja, em relação à safra
anterior. Esses produtos sobraram
nos fabricantes, nas revendas e nos
produtores de grande porte. isso se
deve ao plantio da variedade de soja
intacta, muito menos exigente dos
defensivos (25% do plantio foram desta
variedade); mas também da entrada de
defensivos ilegais, contrabandeados,
principalmente o benzoato de
emamectina, que foi muito utilizado
em todo o País para o controle de
lagartas. há uma estimativa de que 9
são normais. De vez em quando,
nem tudo são flores, mas a vida deve
seguir”, explica. De qualquer forma,
mesmo com a queda ainda há bom
espaço para renovação de maquinário,
o que garante a roda girar na
indústria. Então, diante de um quadro
de crise econômica, o mercado do
agronegócio, em especial de máquinas
e equipamentos, está mais confortável
com os anúncios, ou mesmo mais
conformado, frente ao cenário.
o último levantamento mensal da
Associação Nacional de Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea) aponta
que a produção de máquinas agrícolas
sofreu queda de 4,2% – foram 5,7
mil, em abril, e 5,9 mil em março.
Comparado com abril de 2014, quando
foram fabricados 7,1 mil máquinas, o
decréscimo é de 19,8%. Até o quarto
mês deste ano, a redução é de 21,9%,
ou seja, 21 mil unidades em 2015 e 27
mil, no ano passado.
As vendas em abril também foram
menores, com um total de 4,3 mil
unidades, 11,5% a menos que o
registrado em março. No acumulado
do ano, as 16,1 mil máquinas vendidas
no atacado resultaram em queda de
22,9%. No acumulado até abril, a
venda de colheitadeiras foi de 1.375
unidades, volume 41,5% menor se
comparado com igual período de 2014.
os tratores de rodas repassados à
rede totalizaram 13,5 mil unidades,
resultando em redução de 18%.
CheCagem dos sistemasPara roberto Motta, vice-presidente
da Agro Amazônia, rede com mais de
Roberto Motta, vice-presidente da Agro Amazônia.
26 AgroRevenda mai/jun 2015
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mai/jun 2015 AgroRevenda 27 mai/jun 2015 AgroRevenda 27
por exemplo, fertilizantes, é cotada na
moeda norte-americana. também há
uma instabilidade sobre o que seria o
ano/safra, já que poderá envolver o
uso de reservas para a compra de
insumos. Assim, o produtor teve de
retardar ao máximo suas decisões.
De qualquer forma, no início de junho
os prazos para elas se esgotavam,
agora com um cenário mais definido.
Então é hora de trabalhar, decolar. Esse
contexto de não conhecer o que teria
de recursos financiados e extraídos das
reservas também afetaram o mercado
de máquinas, já que sempre é preciso
dar parte do valor de entrada na hora
de realizar a compra. “Esta entrada sai
das reservas sempre. No entanto, é
claro que o agricultor prioriza o plantio;
ou seja, a aquisição de insumos para
erguer a lavoura, até porque nos últimos
milhões de hectares tenha recebido
este produto, o que representa uma
aplicação em 100% da área plantada
no Estado. o mesmo aconteceu na
Bahia, no Mato Grosso do Sul, em
Goiás e tocantins. isso atrapalhou
muito os negócios neste segmento de
produtos, contribuindo bastante para
os excedentes de estoques.
“todo este cenário, aliado à queda
dos preços das commodities no
mercado internacional, em especial
da soja e do milho, explicam o atraso
dos produtores na saída para suas
compras. As vendas de fertilizantes,
sementes e defensivos estão com
passos de tartaruga. Começaram
agora, porém com os produtores
bastante cautelosos, tentando reduzir
seus custos com insumos. Em alguns
casos, até com redução do uso
de tecnologias. Eles visam, neste
momento, um caminho mais seguro
para alcançarem resultado positivo
no final da próxima safra”, reforça
Motta. Vale lembrar que commodity
é Dólar, portanto haverá alguma
compensação, já que parte dos
custos se dá em reais. De qualquer
forma, eles precisam comprar na
melhor condição possível, seja à
vista, em dólar ou reais por prazo safra
ou na troca de produto por grãos. É o
possível no momento para se viabilizar
o negócio e se manter competitivo.
A Agro Amazônia tem 21 filiais e 4
escritórios voltados para agropecuária.
Pista limPa evoo atrasado
“observamos uma postergação dos
negócios. As coisas meio que ficaram
para a última hora, gerando atraso”,
ressalta rui Pereira. Este compasso
de espera se deve a alguns motivos.
Falando agora não só de máquinas e
também de grãos, o agricultor teve de
esperar em função da volatilidade do
Dólar, já que uma série de insumos,
Divu
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28 AgroRevenda mai/jun 2015
capaO agronegócio sai do chão
Mas ainda traz um cenário favorável,
pedindo apenas um pouco mais
de cautela. É positivo, também e
principalmente, comparando-o com
outras atividades econômicas.
“Não valorizo tanto os efeitos do Plano
de Safra recém-anunciado, pois ele
saiu bem dentro do que era esperado.
Na verdade, todo ano é assim.
todos ficam nessa apreensão, mas o
Governo sabe que o setor precisa de
investimento e crédito para funcionar. E
não pode ficar renegado ao segundo
plano, pois é o agronegócio que
neste momento alavanca a economia
brasileira. Foi a única área que cresceu
no primeiro trimestre”, analisa.
Ele também percebe que, neste ano,
os negócios foram retardados, “já que
não há a fartura de recursos de safras
passadas. Mas é normal e esperado.
Além disso, há algumas indefinições,
com o Dólar se comportando de forma
muito oscilatória, o que atrapalha a
composição de preços dos insumos
e também sua compra no balcão.
Fica difícil, por exemplo, fazer uma
previsão de quanto valerá a soja na
hora de comercializá-la. Este quadro
gera insegurança importante para
fechar vendas”.
Para Soubhia não há muita diferença de
cenário quando ele pensa no porte da
agrorrevenda. “Entendo que ele é mais
ou menos o mesmo para pequenas,
médias e grandes lojas. Penso
ainda que todas estão precisando
de gestão mais eficiente, antes de
choradeira. Cadernetinhas para anotar
retiradas estão em extinção. No meu
entendimento, a diferença não está
no porte da agrorrevenda e sim na
praça onde ela trabalha. Em regiões
onde a pecuária bovina é mais forte, o
cenário é melhor, em função do quanto
está se remunerando a arroba do boi
anos, na média, os maquinários estão
em boas condições”, explica Pereira.
indagado sobre como o banco age
em um momento de incertezas como
este, o executivo reforça que a leitura
do Bradesco é altamente positiva
para o agronegócio brasileiro, pois é
o segmento mais promissor dentro da
economia brasileira. o crescimento de
participação no PiB de 4,7% e o aumento
de produtividade para 200 milhões de
toneladas de grãos sinalizam esse vigor,
apesar da queda do valor em Dólar
das commodities e da volatilidade da
moeda. De qualquer forma, na relação
de troca a compensação em reais, no
momento, é importante para garantir
fôlego à produção.
Então, “o Bradesco está muito tranquilo
quanto às suas operações neste segmento.
A inadimplência está sob controle e não
há nenhuma previsão de quebra de safra
significativa que possa comprometer a
carteira; assim, com o anúncio do Plano
Safra 2015/2016 e a abertura de espaço
para maior emissão de letras de Crédito
do Agronegócio (lCAs), poderemos
manter o mesmo nível de aplicação neste
segmento”, conclui.
eQuiPe de solofazendo sua ParteAs agrorrevendas podem ser vistas
como a equipe de solo: manutenção
e demais serviços para o agronegócio
decolar. Para Feres Soubhia Filho,
diretor da Soubhia & Cia., com 17
estabelecimentos no Centro-oeste, o
cenário para o comércio de insumos é
bom, apesar de não ser a “maravilha
dos últimos anos” em relação ao
segmento agrícola, especialmente.
Feres Soubhia Filho, diretor da Soubhia & Cia.
28 AgroRevenda mai/jun 2015
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mai/jun 2015 AgroRevenda 29
10% não é melhor do que vender
outra por r$ 20 e ganhar 7,5%, ainda
mais se o produto promover ganhos
bastante compensatórios no negócio
do produtor. A venda é a mesma,
apesar de mais técnica. Penso que
produtos desse perfil podem ser um
grande diferencial e, assim como os
suplementos minerais, há uma série de
outros e específicos para cada fase da
vida animal”, conclui.
Para Motta, “é hora de qualidade.
temos um ano para passar, sem muitos
riscos e com extrema cautela. Nada de
crescer se não for possível, para passar
por este período ileso. E não falo em
redução de equipe ou fechamento de
lojas, mas é preciso trabalhar bem
com processos e ter uma gestão mais
eficiente junto aos seus clientes e
fornecedores, com redução de custos.
o momento é de aprimorar a gestão”.
gordo, atualmente. Naquelas regiões
estritamente agrícolas, até pelo atraso
dos negócios, se não tomar cuidado, a
agrorrevenda pode quebrar. Por isso a
necessidade de boa gestão”, conclui.
A opinião é partilhada por Motta. Para
ele, o mercado da pecuária está bem
melhor que o agrícola. “A arroba está
remunerando bem, apesar do preço
do bezerro – matéria prima da engorda
– estar bastante alto e prejudicando
a relação de troca, o que aperta
invernistas e confinadores. Então, as
lojas em praças onde a pecuária é mais
forte, os resultados estão melhores”.
PeríCia ao longo do vooA opinião é unânime: a redução de
atividades no setor não se compara à
das safras de 1994/1995 e 2004/2005,
que registraram crises bem mais
pesadas. Porém, o momento é para
analisar bem custos, a eficiência da
equipe, do negócio como um todo e
procurar trabalhar com fornecedores
e insumos mais rentáveis. A boa
focalização de clientes para realizar
boas análises de crédito é muito
importante, tendo cuidados com a
inadimplência e consciência de que é
preciso faturar, mas que talvez não seja
momento de crescer.
Visão de mercado também é muito
importante. Na tarefa de encontrar
produtos e fornecedores, o presidente
da Associação Brasileira das indústrias
de Suplementos Minerais (Asbram),
lauriston Bertelli Fernandes, ressalta
que as agrorrevendas devem estar
de olho nas oportunidades que a
pecuária, das galinhas aos bois, está
oferecendo. o suplemento mineral
provavelmente é o insumo que mais
movimenta recursos e gera negócios
no comércio, principalmente na
bovinocultura de corte, atividade
pecuária de maior riqueza e patrimônio
no País. Em função disso, tornou-se
um item importante nas prateleiras,
ainda mais daquelas que trabalham
nas praças mais produtivas.
Para estas lojas, a suplementação
mineral é uma das boas oportunidades
de melhorar faturamento e agregar
mais valor aos negócios que
fecham. Fernandes explica que
estudos mostraram um potencial
para crescimento do consumo de
suplementos minerais de 100%, já que
no máximo 50% do rebanho bovino é
assistido pelo nutriente. Mais ainda,
ele destaca a grande tecnologia
que está embutida atualmente nos
produtos, verdadeiros diferenciais de
produtividade para os pecuaristas.
os incrementos são tão favoráveis que
preço deixa de ser problema. “Vender
alguma coisa por r$ 10 e ganhar Ar
mai/jun 2015 AgroRevenda 29
Lauriston Bertelli Fernandes, presidente da Asbram.
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30 AgroRevenda mai/jun 2015
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SObREvIvENDO AO ARROCHO DO CRéDItORodrigo Alvim Afonso *
markestrat
30 AgroRevenda mai/jun 2015
centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia
É notório que a economia brasi-
leira vem passando por um mo-
mento de dificuldade e as deci-
sões relativas ao ajuste fiscal começam
a afetar até mesmo o agronegócio, até
aqui um dos principais pilares de sus-
tentação do Brasil, enquanto outros se-
tores da economia já caminhavam com
dificuldades. um dos principais pontos
que os distribuidores de insumos preci-
sarão entender e identificar uma alter-
nativa para trabalhar será com a restri-
ção ao crédito.
Vamos a uma ilustração prática:No início da safra de soja 2014/2015,
praticamente todos do nosso setor esta-
vam trabalhando com expectativas bas-
tante pessimistas para o resultado final;
ou seja, havia uma expectativa de preços
baixos para a soja, no momento que o
produto estivesse colhendo e decidindo
sua comercialização, e também havia
uma expectativa de atraso no plantio em
função da seca, que poderia comprome-
ter inclusive a safrinha, além disso, em
algumas regiões foi possível perceber a
ocorrência de secas e altíssimas tempe-
raturas durante o mês de janeiro.
todas estas perspectivas indicavam,
para as revendas, que os produtores
deveriam passar por uma safra com
rentabilidade reduzida; ou seja, do
ponto de vista de segurança de crédito
por parte das revendas, talvez a melhor
estratégia fosse a de limitar um pouco
mais o crédito e conceder limites me-
nores ou até mesmo restringir para de-
terminados produtores.
No fim, o que estamos vivenciando é
que a rentabilidade geral do produtor
não foi tão ruim como se esperava. Em
algumas regiões as secas não casti-
garam tanto e os preços de soja tive-
ram um reposicionamento; no Brasil,
principalmente, pelo efeito do câmbio,
permitindo aos produtores comerciali-
zar sua soja em patamares de preços
interessantes.
mai/jun 2015 AgroRevenda 31
Ar
Porém, em algumas regiões, as secas
comprometeram sim a rentabilidade do
produtor, mas não de maneira exagera-
da. Nestas regiões mais afetadas, em
outros anos, o problema provavelmen-
te não seria suficiente para incomodar
as revendas, porém, em 2015, com o
arrocho do crédito, os produtores não
estão conseguindo liberações de re-
cursos para custeio, nos mesmos pa-
tamares de volumes vivenciados em
anos anteriores. Este dinheiro que em
muitos casos “salvavam” a conta do
produtor junto às revendas, não foi
repassado aos canais em 2015; com
isso o recebimento das contas está
mais preocupante e a inadimplência
tendendo a aumentar, causando mui-
ta preocupação aos canais.
Neste momento (maio de 2015) existem
várias revendas bastante preocupadas
e direcionando todos seus esforços
para cobrança e recebimento de con-
tas, já que chegamos à época do ano
em que os maiores pagamentos aos
fornecedores (indústrias) devem ser fei-
tos. Economicamente falando, as pers-
pectivas para 2016 são um pouco me-
lhores do que para 2015; ao menos é o
que indica o relatório Focus do Banco
Central. No entanto não sabemos ain-
da o quanto de recursos teremos para
crédito rural e qual será seu custo.
Neste cenário, os canais de distri-
buição precisarão se adaptar e ficar
cada vez mais atento quanto à quali-
dade e a estrutura de sua análise de
crédito, bem como a forma como es-
tão gerindo seu fluxo de caixa. Dentro
da estrutura e processo de análise de
crédito três critérios ganham impor-
tância neste cenário:
1. Análise de rentabilidade esperada:
verificar qual a perspectiva de rentabili-
dade para o produtor, considerando as
premissas existentes no momento da
análise de crédito. Esta análise ajuda
a identificar se as oscilações de pre-
ços da commodity, câmbio, custos de
produção e expectativa de quebra de
safra irão impactar a rentabilidade e,
consequentemente, a capacidade de
pagamento do produtor.
2. Análise histórica do produtor: esta
análise deve ser feita no intuito de
compreender as rentabilidades passa-
das do produtor e situação de capita-
lização, bem como identificar os inves-
timentos e compromissos assumidos
pelo produtor nos anos anteriores. Em
um cenário de anos anteriores muito
bons é comum encontrar no mercado
produtores que assumiram grandes
compromissos financeiros com inves-
timentos em compras de terras e má-
quinas, entre outras coisas. quando
a perspectiva de rentabilidade muda
é preciso entender se o produtor terá
capacidade de pagamento depois de
todos estes investimentos e do custo
de produção da safra seguinte.
3. Estrutura de garantias e arrenda-
tários: em um cenário de menor dis-
ponibilidade de crédito e menor ren-
tabilidade por parte do produtor, os
clientes que não são os donos da ter-
ra, tendem a oferecer ainda mais ris-
co para os canais. Analisar bem antes
de conceder crédito a este perfil de
cliente é fundamental.
Se adequar a este ambiente – de me-
nor rentabilidade do produtor e menor
disponibilidade de linhas de crédito –
faz-se necessário. Estas são premissas
que devem ser levadas em considera-
ção nas análises de crédito futuras que
deverão também ser mais restritivas e
acompanhar a tendência da economia
brasileira, lembrando que as premissas
de nossa política de crédito devem ser
sempre revistas para cada nova safra.
isto posto vamos nos preparar para
momentos de maior arrocho econômi-
co, porém trabalhando e torcendo para
que essa fase difícil passe rapidamen-
te. Bom trabalho e sucesso a todos.
* Rodrigo Alvim Afonso - Mestre em Admi-
nistração de Organizações pela FEARP/USP,
Especialista em Gestão Financeira Controla-
doria e Auditoria pela FGV e administração
de Empresas pela UNISEB/COC. Sócio da
Markestrat atuando em projetos de consulto-
ria em estratégia e finanças. Email: ralvim@
markestrat.org
mai/jun 2015
A Markestrat é uma organizaçãoque desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geraçãoe a difusão de conhecimentosobre o agronegócio brasileiro.
Site: www.markestrat.orgTel.: (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316
AgroRevenda 31
32 AgroRevenda mai/jun 2015
gestão financeira
32 AgroRevenda mai/jun 2015
mprado
O assunto do momento é a crise global e a brasileira
CRESCENDOCOM A CRISE Di
vulg
ação
Marcelo Prado *
mai/jun 2015 AgroRevenda 33 mai/jun 2015
Fala-se muito nos problemas
políticos, econômicos, na cor-
rupção e nas questões éticas.
Claro que isso afeta diretamente os
nossos negócios, mas não podemos
ficar depressivos e só lamentando.
temos de acreditar que as institui-
ções exercerão o seu papel para
melhorar este cenário e nós em-
presários precisamos fazer a nossa
parte, que é olhar para o nosso mer-
cado e enxergar as oportunidades lá
existentes, e para dentro de nossa
empresa e verificarmos como está
a produtividade de nossos colabo-
radores: estes são os profissionais
certos nos lugares certos?
Sabemos que, para os resultados
acontecerem, temos de tirar de cada
profissional aquilo de melhor que ele
pode nos oferecer. Desta forma va-
mos rever a escalação do nosso time.
Existem alguns segmentos profissio-
nais no Brasil, em que o índice de
produtividade equivale à apenas 20%
da obtida nos EuA. Pergunto a você:
quais ações podemos desenvolver
dentro do distribuidor para potencia-
lizar a produtividade das pessoas? E
a nossa estratégia de acesso ao mer-
cado contempla a oferta de soluções
e serviços? Nossos fornecedores pla-
nejam crescer; nossa estratégia de
expansão está alinhada com eles?
tenho visto muita desarmonia nesse
assunto entre indústria e distribuidor.
É necessário investir tempo nessa
questão. As empresas que fazem
isso bem tornam a parceria sólida,
leve e toda cadeia produtiva ganha
com isso. os agricultores estão satis-
feitos com a nossa empresa? Nós já
perguntamos para eles o que poderí-
amos fazer de diferente para agradá-
-los ainda mais? E a gestão de risco,
damos crédito dentro de padrões
profissionais? Estamos exigindo as
garantias necessárias para diminuir a
vulnerabilidade do negócio?
A gestão do risco na distribuição de
insumos agrícolas é muito importante,
porque hoje as margens estão reduzi-
das e quando ocorre uma inadimplên-
cia de r$ 100 mil, precisamos vender
r$ 2 milhões, no mínimo, além, para
neutralizar o dano causado. Cada
vez mais o negócio de distribuição
de insumos agrícolas ficará integra-
do à originação e comercialização de
grãos. Você está trabalhando nesse
sentido? As operações de Barter são
realizadas pela empresa?
No momento em que vivemos, preci-
samos ter uma atenção muito gran-
de com custos e despesas. Você já
parou para avaliar o retorno de cada
visita aos clientes pelos nossos pro-
fissionais de vendas? Elas têm sido
efetivas? Eles gerenciam bem a co-
bertura de área? tecnicamente e co-
mercialmente, os seus profissionais
de vendas estão preparados na pleni-
tude, em sintonia com as exigências
do mercado? Se não, invista em ca-
pacitação. Profissionais bem prepara-
dos oferecem altos índices de retorno
para suas organizações. Você já ava-
liou sistemas alternativos de comu-
nicação, tais como whatsapp, viber
ou skype para reduzir despesas com
telecomunicações? A tecnologia da
informação está aí para nos ajudar;
para fazer com que nossa vida fique
melhor e também possamos raciona-
lizar despesas.
Por esses exemplos que se têm aci-
ma, vocês podem ver que há muito
a ser feito para melhorarmos o de-
sempenho de nosso negócio. Em
situações de crise, é possível gerar
prosperidade. quando o vento sopra
contra, apenas os bons e ótimos se-
guirão em frente. E eu espero mui-
to que você esteja nesse pelotão.
Esses momentos trazem sofrimen-
to, mas ao mesmo tempo, temos
grandes oportunidades de melhoria
de gestão e, quando a crise passa,
nossas organizações ficam mui-
to mais sólidas e preparadas para
aproveitarem melhor os novos tem-
pos. Acredite nisso! Faça sua par-
te que você verá que não existem
monstros de sete cabeças, desde
que façamos o dever de casa.
* Marcelo Prado - Engenheiro agrônomo
com Mestrado em Gestão Empresarial e
Especialização em Estratégia e Gestão
de Negócios na Universidade de Har-
vard. Fundador e sócio da M.Prado Con-
sultoria Empresarial.
Ar
AgroRevenda 33
A MPrado é uma organização que contribui com o desenvolvimento de soluções sob medida que possam resultar em aumento dos níveis de competitividade de seus clientes.
Site: www.mprado.com.brE-mail: [email protected].: (34) 3228-3340 / 9149-3340
34 AgroRevenda mai/jun 2015
índice de confiança do produtorICP
Após um longo período de quedas
significativas, iCP rural revela que
o produtor está recuperando a
confiança na safra.
A expectativa dos produtores rurais na sa-
fra vem sendo pessimista há 4 semestres,
sendo esta coleta atual a primeira com
melhora mais expressiva. o iCP rural é
mensurado por uma escala que vai de 0
a 200 pontos, e, portanto, a partir de 100
pontos considera-se que a expectativa
dos produtores começa a ser razoavel-
mente otimista. Assim sendo, o atual ín-
dice de 86,15 ainda continua apontando
o pessimismo do produtor. Entretanto,
devemos considerar o crescimento do
iCP rural em 26% comparado ao trimes-
tre passado, que marcou 68,43 pontos.
todos os indicadores analisados tiveram
uma elevação após um longo período de
pessimismo que, apesar de continuar, já
apresenta perspectiva de melhoria, reve-
lando que os produtores estão se mos-
trando menos inseguros com a safra e o
seu negócio.
análise dosindiCadoresseParadamente
Como podemos observar no quadro
acima, o iCP rural trata-se de um Ín-
dice composto por 4 indicadores dife-
rentes que, ao serem coletados, pro-
cessados, analisados e compilados,
dão origem ao iCP rural. Confira a
análise de cada indicador.
o indicador Preço mede a expectativa
dos produtores com relação ao valor de
venda da colheita. Este indicador cresceu
29% e atingiu 98,99 pontos, chegando
muito próximo ao resultado otimista. isso
é resultado das exportações e das ven-
das negociadas quando o dólar estava
bastante valorizado, já que o câmbio fa-
voreceu os agricultores brasileiros em um
momento de preços em dólar menores.
o indicador de expectativa de investimen-
to em Equipamentos, muito importante
neste momento de Agrishow, recuperou-
-se em relação a janeiro (17%), mas é o
mais baixo para o mesmo período des-
de 2013. trata-se do indicador de maior
pessimismo entre os produtores, o que
foi conformado na prática na Agrishow,
maior evento do Agronegócio na América
latina, que teve 30% de queda nas ven-
das em 2015 comparado a 2014. A pre-
visão de boa produtividade em diversas
regiões deve ainda levar um tempo para
se refletir na retomada de investimentos
em máquinas e equipamentos.
o indicador de expectativa de investimen-
tos em insumos foi o que menos cresceu
em relação a rodada anterior, fechando
em 82,15 pontos. Apesar da constante
preocupação com o alto custo de pro-
dução entre os entrevistados, é nítida a
redução da expectativa de aumento do
investimento com insumos se comparado
com o período de 2013/14.
E por fim o indicador Condições Atuais
foi o que mais contribuiu para elevar o fonte: agrofea ribeirão Preto/usP.
34º lEvANtAMENtO DO íNDICE DE CONfIANçA DO PRODutOR RuRAl
34 AgroRevenda mai/jun 2015
Pessimismo começa a dar trégua e indicadores de confiança do produtor rural apresentam retomada no primeiro trimestre de 2015. Contudo, esses indicadores ainda estão abaixo da linha otimista.
mai/jun 2015 AgroRevenda 35
índice Geral. o aumento foi de 48% com
relação ao resultado passado, atingindo
96,62 pontos. os resultados das colhei-
tas realizadas nesses três primeiros me-
ses e a mudança no câmbio contribuíram
para deixar os agricultores esperançosos
para que a safra permaneça com saldo
positivo nos próximos períodos do ano.
Assim, como vimos o iCP rural de Abril
fecha com um resultado de retomada
de expectativas positivas. isso represen-
ta um grande avanço se comparado às
três últimas rodadas da pesquisa que
mostravam a baixa confiança do produ-
tor. Alguns fatores responsáveis pelo ín-
dice não ter ultrapassado os 100 pontos
foram as geadas no Paraná que causa-
ram grandes perdas no estado e o futuro
impacto da variação cambial nos custos
dos insumos.
sojiCultoresdemonstramPreoCuPação
Em termos de produtividade os re-
sultados da safra de soja foram mais
satisfatórios, porém o produtor ainda
se demonstra preocupado com o fu-
turo do negócio segundo o Índice de
Confiança do Produtor de Soja (iCP
Soja) elaborado pelo AgroFEA. o ín-
dice geral recuperou-se alcançando
85,3 pontos, ou seja, 18% a mais com
relação à rodada anterior. Porém, é o
pior índice dos últimos 3 anos. Dois
dos quatro indicadores que compõe o
índice tiveram um crescimento bastan-
te significativo (a expectativa de pre-
ço e as condições atuais) e os outros
dois apresentaram novamente uma
pequena queda, demonstrando uma
expectativa de redução do investimen-
to para a próxima safra.
A avaliação representada pelo indicador
Preço foi a mais favorável. Com 82% de
crescimento, alcançou 96,72 pontos
sendo consequência das boas nego-
ciações no começo de março. há mais
de 10 anos a taxa cambial não chegava
aos r$3,00/uS$,
fazendo com que
muitos produtores
fechassem contra-
tos de venda nes-
se período.
o indicador Equi-
pamentos foi um
dos que apresen-
tou queda. regre-
diu 9% em relação
à rodada anterior e
atinge sua menor
marca histórica.
Fechou a rodada
com 59,12 pontos.
o segundo indica-
dor a apresentar
declínio foi o de
insumos. Saiu da
casa dos 100 pon-
tos e voltou a ficar
abaixo do índice de
confiança. Fechou
com um resultado
de 90,37, o que
significa 13% de
redução. o câmbio
elevado encareceu o custo dos insumos.
Principalmente do potássio. Muito utiliza-
do na produção de soja.
o indicador Condições Atuais aumentou
44% e terminou com 95,18 pontos. É um
resultado superior ao obtido no mesmo
período no ano passado e demonstra
uma avaliação de recuperação após um
ano de muita incerteza.
Ainda que o pessimismo do produtor
persista, os índices têm mostrado uma
evolução e melhoria nas expectativas.
A impressão que fica é de que a crise
no setor está se amenizando e boas
perspectivas dando lugar a ela. A
tendência é que o iCP rural continue
a subir e atinja a linha do otimismo em
pouco tempo, o que terá reflexo direto
no aquecimento e retomada do ritmo do
agronegócio brasileiro.
Equipe:roberto Fava Scare, luciano thomé e Cas-
tro, Matheus Kfouri Marino, leonardo An-
tolini, Pedro rosolen tavares, Giulia Pires,
Beatriz Paro Barison e Matheus Carreira.
A Markestrat é uma organização
que desenvolve consultoria, pesquisa
e treinamento em estratégia e busca a
geração e a difusão de conhecimento
sobre o agronegócio brasileiro.
Site: www.markestrat.org
Tel.: (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural
Ar
AgroRevenda 35mai/jun 2015
fonte: agrofea ribeirão Preto/usP.
fonte: agrofea ribeirão Preto/usP.
36 AgroRevenda mai/jun 2015
temos o prazer de iniciar nossa co-
luna na revista Agrorevenda. Para
nós da Esfera Gestão, trata-se de
uma oportunidade ímpar para trocar co-
nhecimento com um dos principais elos do
agronegócio, que a cada dia que consolida
como o motor da economia brasileira.
o mercado de atuação das Agrorreven-
das possui diversas oportunidades de
negócio, e os desafios são proporcionais.
E na cabeça dos Sócios e Diretores que
construíram estas empresas com muito
esforço e dedicação surgem as dúvidas
sobre como avançar, quais oportunidades
devem ser capturadas? quais riscos de-
vem ser mitigados? E obviamente, qual
retorno financeiro deve-se esperar?
o Planejamento Estratégico é a principal
ferramenta para ajudar a responder estas
e outras perguntas. Mas afinal o que é
Planejamento Estratégico?
De acordo com Mintzberg, henry, planeja-
mento estratégico é o processo organiza-
cional que define estratégia, ou direção,
e toma decisões alocando recursos para
alcançar os objetivos.
A estratégia, segundo Porter, trata do
posicionamento competitivo de uma or-
ganização, sobre como diferencia-la aos
olhos do cliente, agregando valor através
de diversas ações, diferentes daquelas
que os concorrentes utlizam.
É um processo de negócio que compreende:
• Análise;
• Definição do posicionamento do negócio;
• Formulação de objetivos e metas;
• Geração de estratégias para alcance
dos objetivos e metas;
• Cronograma de ações para execução
da estratégia.
A etapa de análise compreende uma vi-
são abrangente do mercado de atuação
da Agro revenda. Este é o momento de
analisar toda a cadeia do Agronegócio.
No artigo desta edição iremos nos con-
centrar nesta etapa.
uma das ferramentas mais utilizadas
nesta etapa é conhecida como PEStEl,
do inglês, Politics, Economics, Social, technology, Environmental and legal, em tradução livre Política, Econômica,
Social, tecnológica, Ambiental e legal.
o objetivo desta ferramenta de análise
é apoiar na compreensão das projeções
ou tendências que irão representar algum
tipo de impacto positivo ou negativo para
os negócios, dentro do período analisado
e/ou projetado.
Abaixo compartilhamos um dos formatos
utilizados para o PEStEl com o exemplo
de preenchimento de uma tendência do
cenário tecnológico.
Note que na tabela ao lado, temos ape-
nas 1 componente preenchido por com-
pleto. o objetivo dos outros possuírem
apenas a tendência é permitir que você,
possa colocar na prática sua própria
análise e conclusão sobre as tendên-
cias. Esta é a melhor forma de iniciar
um plano estratégico, dando o primeiro
passo, por mais simples que seja.
É importante frisar que não podemos al-
terar o macro ambiente, apenas analisar
e capturar as oportunidades que as ten-
dências poderão propiciar, ou se preparar
esfera gestão
36 AgroRevenda mai/jun 2015
gestão empresarial & investimentos
Competidores
Substitutos
Novos Entrantes
Clientes
Adaptado: Michael Porter
Cinco Forças de Porter
quais são as Ações Estratégicas de nosso competidor?
quais são as marcas que podem passar a atuar neste segmento?
quais são os produtos e serviços que poderão nos substituir?
qual o poder de barganha dos clientes? Como tem sido o
comportamento dos clientes?
qual poder de fornecedores?o quanto podem nos “obrigar”?
Fornecedores
SEu PlANO EStRAtéGICO EStá AlINHADO AO SEu PlANO fINANCEIRO E AO DESAfIO AtuAl?Adriano Amui e Wilton Oliveira *
mai/jun 2015 AgroRevenda 37
da melhor forma possível para possíveis
impactos negativos.
outra ferramenta utilizada é a Análise
das 5 Forças de Porter, criada pelo maior
nome acadêmico do campo de conheci-
mento da estratégia competitiva, o ame-
ricano Michael Porter. Esta ferramenta
suporta a análise do cenário competitivo
onde está inserida a Agro revenda, e no-
vamente a ideia é analisar o mercado de
forma mais abrangente possível.
No campo Clientes, devemos analisar
qual o poder de barganha que os clientes
possuem com relação a Agro revenda.
Exemplo: A Agro revenda possui uma
venda excessivamente concentrada em
clientes de grande porte?
Em Fornecedores, devemos inserir qual
o poder de barganha dos fornecedores
e como ele se materializa no negócio da
Agro revenda. qual a força relativa dos
fornecedores vis a vis a Agro revenda?
Já no campo de Substitutos, devemos
imaginar quais são os modelos de ne-
gócio que poderão ou não, substituir
o modelo atual das agrorrevendas.
Ao longo do tempo surgiram diver-
sos exemplos de empresas que não
se adaptaram a modelos substitutos e
acabaram por enfrentar grandes dificul-
dades, como por exemplo a Kodak, que
sucumbiu diante das fotos digitais.
A análise de Novos Entrantes, deverá conter
informações de empresas que poderão entrar
no negócio das Agrorrevendas no futuro.
Por fim, em Competidores, analisamos
como os competidores diretos tem se com-
portado e quais são os sinais de mudança
de rota no futuro de horizonte do plano.
Convém citar que este horizonte de aná-
lise e planejamento pode variar entre 3,
5 e 10 anos.
Importante:1) As ferramentas nos apoiam a organiza-
ção das ideias sem comprometer nossa
habilidade de desenvolver soluções cria-
tivas que efetivamente farão a diferença
nos negócios.
2) Sugerimos que analise com calma as
ferramentas acima, as preencha com
base na realidade do seu negócio, pois
nas próximas edições desta coluna ire-
mos dar continuidade com as próximas
etapas do Planejamento Estratégico.
Se você por ventura, ficou com uma dúvi-
da a respeito deste capítulo e suas ferra-
mentas, nos escreva para:
Muito obrigado por sua
leitura e até logo.
mai/jun 2015 AgroRevenda 37
Adriano Amui é presidente da Esfera
Gestão, presidente e
facilitador no INVENT®
e Professor da ESPM.
adrianoamui@
esferagestao.com.br
Wilton Oliveira é consultor da Esfera
Gestão, graduado em
Marketing e pós graduado
em Empreendedorismo.
wiltonoliveira@
esferagestao.com.br
Ar
Tendência
PolíticoMaior representatividade
do Agronegócio no cenário político nacional
SocialAumento do tamanho dos Grupos Consumidores de
Orgânicos
Ambiental Crise hídrica
EconômicoAumento da importância
do Agronegócio na Economia Brasileira
Tecnológico Digital Farming Positivo
-
-
-
-
-
Novos produtos e serviços digitais que poderão revolucionar
o formato atual de oferta e relacionamento com os produtores.
-
-
-
-
-LegalMudança na
regulamentação do rótulo de produtos transgênicos
Tipo de Impacto Impacto
A Esfera Gestão é uma
empresa que oferece
suporte inteligente
ao negócio de seus
clientes (BiS - Business
intelligent Support). tem a competência
de agregar os conceitos de eficiência
operacional e flexibilidade estratégica.
Site: www.esferagestao.com.br
Tel./Fax: 55 (11) 3722.1972
38 AgroRevenda mai/jun 2015
vitrine
e se especializando para melhor atender
e superar as expectativas do mercado.
Na empresa são produzidos, com máxi-
ma qualidade e tecnologia, equipamentos
de proteção respiratória e desenvolvidos
cursos de segurança no trabalho deste
segmento. Vale saber que por ocasião de
sua abertura, no mesmo ano de entrada
em vigor da Portaria citada acima, o Bra-
sil importava 85% dos produtos especia-
lizados na área de proteção respiratória,
percentual reduzido para 18%, nos dias
atuais, pois o País possui empresas cada
vez mais capacitadas tecnicamente para
a produção e desenvolvimento destes ti-
pos de produtos.
Além de gerar empregos, ela contribui
para o desenvolvimento econômico bra-
sileiro, sendo proprietária de 48 marcas
registradas e 18 patentes, trabalhando na
produção de 3.915 peças que compõe
a montagem de 325 produtos comer-
cializados. o resultado da qualidade de
seus produtos e serviços reflete a média
de 12,8 mil clientes instalados em vários
estados da federação e no exterior. José
Antônio Puppio, seu diretor-presidente,
orgulha-se da “Air Safety ser uma empre-
sa genuinamente brasileira, que aposta
na eficiência e qualidade de suas ope-
rações para tornar o País uma referência
em termos de segurança respiratória”.
A Air Safety comercializa 1,8 milhão de
De acordo com a Portaria número
1 de 11 de abril de 1994, emitida
pelo Ministério do trabalho, cujo
conteúdo estabelece um regulamento
técnico sobre uso de equipamentos de
proteção respiratória, todo empregador
deverá adotar um conjunto de medidas
com a finalidade de adequar a utilização
de Equipamentos de Proteção respi-
ratória (EPrs), quando necessário para
complementar as medidas de proteção
eletivas implementadas ou com a finali-
dade de garantir uma completa proteção
ao trabalhador contra os riscos existentes
nos ambientes de trabalho. E esses tais
EPrs nada mais são do que dispositivos
que asseguram a qualidade do ar inspira-
do pelas pessoas, mais comumente co-
nhecidos como máscaras.
Em outras palavras, é de responsabilida-
de do empregador garantir que seus co-
laboradores respirem com o máximo de
qualidade no exercício de suas funções.
A princípio a imagem imediata que sur-
ge é a de pessoas aplicando defensivos
agrícolas, trabalhando em fábricas de ci-
mento, em metalúrgicas ou em laborató-
rios diversos de alta complexidade. Mas a
necessidade dos EPrs é muito mais am-
pla, às vezes, só compreendida depois
da visita de um fiscal do trabalho. Para
evitar tal transtorno e outros decorrentes
de remediação e não somente da pre-
venção, é totalmente recomendável que o
empresário ou gestor se antecipe e peça
uma consultoria. Para as agrorrevendas,
pelo mercado em rápida expansão, é um
item gerador de negócios.
A lei existe e seu cumprimento é cada vez
mais exigido, até porque as demandas se
enfileiram no judiciário brasileiro e os males
na saúde decorrentes do exercício profis-
sional são de grande monta nas pilhas de
processos que se acumulam. É hora de
atender as normas e, no caso da agrorre-
venda, engrossar o coro e também traba-
lhar na conscientização dos produtores.
Produto para respaldar o atendimento des-
sas exigências não falta. há importados e,
acima de tudo, nacionais, totalmente encai-
xados no que cobram as leis e as normas
técnicas do País. um dos mais tradicionais
fornecedores deste setor é a Air Safety, em-
presa 100% nacional, com mais de 20 anos
de estrada na fabricação de EPrs (alguns
modelos 300% mais baratos que os im-
portados, com a mesma qualidade), entre
outros equipamentos de proteção à vida,
como piteiras para fumantes, que reduzem
em 25% a aspiração de partículas que che-
gam aos pulmões, ou filtros de ar condicio-
nado de alguns modelos de tratores.
trata-se de uma empresa caracterizada
como indústria, que possui uma equipe
de mais de 200 profissionais trabalhando
Na medida em que a educação do País avança, mais aumenta a consciência das pessoas sobre a necessidade de proteger a saúde no exercício de certas atividades profissionais. Em função disso, é crescente a demanda por equipamentos
Ivaris Júnior
PROtEçÃO à vIDA, MERCADO EMERGENtE
mai/jun 2015 AgroRevenda 39
empresa. um exemplo que ele cita diz
respeito à qualidade da membrana de lá-
tex que trabalha nas válvulas de alguns
modelos de máscaras. “No Brasil há um
fabricante que produz similar, mas não
confeccionada a partir de látex puro,
deixando a desejar por falta de homoge-
neidade na espessura e na presença de
ondulações. trata-se de um material sin-
tético. Nós vamos buscar nossa matéria
prima na indonésia, um artigo excepcio-
nal, que faz toda a diferença de funciona-
mento das válvulas”, explica.
o dinamismo não para na qualificação
dos componentes. também a legislação
aperta de tempos em tempos. há alguns
anos, nas máscaras que protegem os
bombeiros, por exemplo, essas válvulas
EPrs descartáveis, mensalmente, para um
mercado que consome 200 milhões, e que
comparativamente ao dos Estados unidos,
que consome 5 bilhões, tem um potencial
imenso de crescimento. Para alcançar nú-
meros melhores, o País ainda precisa aper-
feiçoar muito a educação de seus cidadãos,
pois a consciência da necessidade de pro-
teção está além do que os olhos veem.
Exemplo, mais uma vez vem das piteiras:
enquanto o Brasil consome 1 milhão delas
produzidas pela Air Safety, os EuA impor-
tam 15 milhões mostrando maior conscien-
tização. Até não se alcançar excelência na
educação brasileira, a lei, pelo menos, tenta
cumprir seu papel educativo, oferecer maior
qualidade de vida e reduzir os gastos com
saúde em uma época da vida das pessoas
em que elas deveriam descansar e aprovei-
tar as décadas de trabalho.
uma Coisa Puxa a outra
Air Safety é fruto da jornada profissional
de seu diretor presidente, Puppio, um
engenheiro mecânico, especialista na
transformação do alumínio, que trabalhou
por 10 anos na Alcoa, empresa norte-
-americana produtora de alumínio; depois
mais oito na Embraer, empresa fabricante
de aviões que requer muito conhecimen-
to na manipulação do alumínio – mais de
90% de uma aeronave é feita de ligas do
elemento. Com um bom tempo de ex-
periência e conhecimento de mercado e
manufatura, foi contratado para trabalhar
na Mercedes Benz, no Brasil montadora
de caminhões, como gerente de mate-
riais, função que ocupou por quase oito
anos, até se transferir para uma empresa
alemã, a Dräger, indústria que dominava
o mercado brasileiro de proteção respira-
tória, mas que deixou o País por ocasião
do Plano Collor. Por isso, fechou suas
portas, época em que todos os funcio-
nários foram despedidos. o confisco da
poupança e depósitos deixou a empresa
sem ter como pagar folha salarial, “nem
hitler com a guerra perdida fez algo des-
se tipo”. Foram mais sete anos de empre-
sa e Pupio estava desempregado.
Percebeu que o fechamento da Dräger
deixava uma lacuna de mercado muito
interessante, em função de assistência
técnica e reposição de peças. todos fica-
ram na mão e tolhidos de adquirir novos
produtos. Assim nasceu a Air Safety. Pu-
ppio colocou sua visão empresarial neste
vácuo, passando a produzir componen-
tes de reposição, em pouco mais de dois
meses da empresa alemã deixar o País.
No início, a nova e pequena indústria
operava com 12 colaboradores, de forma
modesta e com faturamento pequeno.
Era o ano de 1994.
A Air Safety cresceu lentamente, no ritmo
em que o mercado foi se desenvolvendo.
os produtos foram sendo atualizados,
em função da rápida obsolescência que
lhe são característica. Puppio compara
aos celulares e computadores que, em
poucos meses, estão ultrapassados. o
aprimoramento e inclusão de novos be-
nefícios é uma constante, uma rotina de
inovação que faz prateleiras mudarem
diariamente em todo o mundo. Para
acompanhar esse dinamismo de merca-
do, Puppio é taxativo quanto à necessida-
de frequente de investimentos.
Além de atualizar o tempo todo seus pro-
dutos, desde as primeiras
semanas de trabalho, a Air
Safety vem ampliando seu
portfólio, o que lhe permite
conquistar e liderar este mer-
cado. Sua fonte de pesquisa
é a participação nas princi-
pais feiras de artigos de pro-
teção à saúde, na Alemanha,
inglaterra, rússia, Japão e
Estados unidos, por exem-
plo. Dessa forma, Puppio
sempre se manteve atuali-
zado com o novo e com os
diferenciais de mercado.
ideias foram trazidas, testa-
das e incorporadas ou não,
dependendo de melhorarem
o que já era fabricado pela José Antônio Puppio, diretor-presidente da Air Safety.
Divu
lgaç
ão
40 AgroRevenda mai/jun 2015
vitrine
perguntando se ele possuía máscara respi-
ratória descartável. Em caso afirmativo, pe-
dia a informação da marca do equipamen-
to. Se não fosse Air Safety, o anúncio de
que havia perdido um forno micro-ondas,
por exemplo, era feito. Existia todo um pro-
grama fazendo a premiação. De r$ 300 mil
de faturamento, Puppio saltou para r$ 800
mil. Era o ano de 2003.
Como os produtos da Air Safety requerem
um venda técnica, Puppio se lembrou de
uma estratégia da Dräger, que realizava cur-
sos para seus clientes, revendedores e distri-
buidores, capacitando-os no sentido de por
que e como utilizar os produtos de proteção.
também era uma oportunidade de esses
parceiros conhecerem a fábrica e as pesso-
as que a operavam. os cursos aconteciam
semestralmente. Puppio não pestanejou mais
e passou a realizá-los mensalmente e de
forma gratuita, pois a demanda mostrou-se
crescente. os interessados pagam apenas
a locomoção até o centro de treinamento, na
fábrica, em Barueri (SP). Nesses anos de de-
zenas de cursos, mais de 50 mil pessoas, de
centenas de empresas e cooperativas, foram
capacitadas, muitas delas engenheiros e ge-
rentes de segurança e médicos do trabalho.
o curso de oito horas de duração fornece
certificado. os ministradores possuem forma-
ção dirigida, algumas obtidas no exterior.
A Air Safety possui uma subsidiária nos
Estados unidos, atuante no mercado de
máscaras descartáveis. Ela fornece para
uma mineradora canadense e para as
forças armadas norte-americanas. “lá,
os pagamentos são semanais. É outra
cultura”, destaca Puppio. No entanto, as
exportações da empresa não são signi-
ficativas no seu faturamento. raramente
exporta seus produtos em função dos
altos impostos brasileiros para realizar a
operação. Mas tem negócios com a Aus-
trália em função de volume e custos, por
contingências de relações mercadológi-
cas. “Neste momento, não compensa para
os australianos importar EPrs dos EuA.
Não é bom nem ruim, mas é um outro ne-
gócio para a Air Safety”, conclui.
precisavam liberar 120 litros de oxigênio
por minuto. Em 2005, ela mudou e pas-
sou a exigir 180 litros. E, mais recente-
mente, passou para 200 litros por minuto.
“Não preciso nem dizer que quase tudo
foi jogado fora para que um novo produ-
to substituísse os anteriores. A concep-
ção passou a ser completamente outra”,
justifica o empresário. Foi necessário o
desenvolvimento de outros moldes para
fazer cada novo componente; ou seja,
novos investimentos que não foram pe-
quenos. Dessa forma, a Air Safety vem
mantendo ao longo dos anos seus produ-
tos totalmente certificados pela lei e pelas
normas técnicas existentes.
Para tanto, o engenheiro Puppio conta com
uma equipe multidisciplinar, profissionais
voltados totalmente à pesquisa e desenvol-
vimento. “Desde o começo procurei formar
um time de grandes técnicos. Esse foi um
aprendizado que trouxe dos 35 anos que
trabalhei em outras empresas. há muito en-
tendo que uma coisa só dá certo se bons
homens estiverem na sustentação dela”, re-
força Puppio. “Conhecimento e qualificação
respaldam o encontro de respostas merca-
dológicas e técnicas para toda e qualquer
rotina”, completa.
E aí começa outro diferencial da Air Safe-
ty: sua gestão. Além de bons produtos,
cuja confecção requer um bom padrão de
industrialização – algo extrema-
mente dependente de uma ges-
tão eficiente – também a parte
comercial exige um “saber fazer”.
Puppio é um empresário humilde
que sempre parte do princípio
de que não sabe nada e precisa
mais ver e ouvir do que mostrar
e falar. Em uma viagem aos Esta-
dos unidos conheceu um profes-
sor universitário, um empresário
do setor de tintas que não dele-
gou, mas entregou seu negócio a
terceiros. A vertiginosa queda nas
vendas em pouco tempo nocau-
teou sua empresa.
Puppio ouviu uma história de como o
professor reverteu o cenário negativo de
vendas. Por meio de uma promoção, a
“Visita Surpresa”, o quadro mudou de
rota. Ele treinou 30 vendedores. Cada
um deles chegava a um ponto de ven-
da e se apresentava como um consu-
midor comum e não como vendedor.
Então, perguntava ao balconista qual
era a tinta que ele indicava para pintar
duas casas que possuía. Normalmente
a resposta era de uma marca que não
a em questão. o vendedor, então, se
identificava e lamentava a perda de uma
promoção, onde o balconista ganharia
uma tV 50” apenas se tivesse falado o
nome da marca representada, aquela
do professor. A promoção foi corren-
do pelos diversos pontos de vendas e
logo os negócios voltaram ao normal.
Em seis meses, o faturamento saltou
de uS$ 150 mil para uS$ 1,5 milhão.
todo balconista ficava esperando a
tal “Visita Surpresa”. A campanha foi
cercada de propagandas e outros ma-
teriais promocionais necessários para
atingir as revendas.
Em uma estratégia similar, Puppio alavan-
cou suas vendas no Brasil. Contratou 15
vendedores e abriu um telemarketing com
mais dez profissionais. todos foram muito
bem treinados, previamente. Em síntese,
um colaborador ligava no ponto de venda
A Air Safety mantêm seus produtostotalmente certificados pela lei e pelasnormas técnicas existentes.
CAN006-15 Anuncio Leiloes Agrorevenda 21x28.pdf 1 2/26/15 7:08 PM
Ar
mai/jun 2015 AgroRevenda 41
CAN006-15 Anuncio Leiloes Agrorevenda 21x28.pdf 1 2/26/15 7:08 PM
42 AgroRevenda mai/jun 2015
criatividade & inovação
tudo começou em Campinas (SP)
quando o engenheiro agrônomo
luiz rossi Neto, fundador e dire-
tor presidente da Agross, apostou num
marketing forte e numa rede de logística
eficaz para alcançar os pequenos produ-
tores rurais de quase todos os cantos do
país. Com campanhas criativas e eficien-
tes de fidelização, comunicação cons-
tante e muita inovação, a Agross lidera
há quase duas décadas o segmento de
distribuição de defensivos agrícolas para
o atacado, com 70% do mercado. São os
constantes investimentos no canal de dis-
tribuição e o pioneirismo nas suas ações
que mantêm a Agross na liderança e a
diferenciam em um mercado em franca
expansão e altamente pulverizado, como
é o agronegócio.
“Criamos ações inovadoras como a im-
plantação de totens touchscreen nos pon-
tos de venda para informações técnicas
de produtos; o Agross Já, um caminhão
Empresa é líder há quase 20 anos na distribuiçãode defensivos agrícolas para o atacado no Brasil
Divu
lgaç
ão
CRIAtIvIDADE E INOvAçÃO GARANtEM A PRESIDENtE DA AGROSS PRêMIO NA AGRISHOw 2015
Luiz Rossi Neto, engenheiro
agrônomo fundador e diretor
presidente da AgRoss e o
Secretário de Agricultura e
Desenvolvimento do Estado
de São Paulo, Deputado
Arnaldo Jardim.
Marcelo Francisco de Oliveira e Carla Bravo
mai/jun 2015 AgroRevenda 43
que levava às revendas novos produtos
com entrega imediata; os programas de
fidelização Confraria da lealdade e o tro-
que e Ganhe; as raspadinhas, que distri-
buíam prêmios na hora e tantas outras. E
vem aí a tV Agross, mais uma inovação
que vai levar semanalmente e em tempo
real, tudo o que mercado de redistribui-
ção precisa e quer saber sobre o mundo
do agronegócio”, diz rossi Neto. “Nos-
so objetivo sempre foi levar tecnologia e
os melhores produtos ao pequeno pro-
dutor rural. Embora a Agross não faça
atendimento direto a esses produtores,
inauguramos centros de distribuições
em estados estratégicos do país para
que todos tenham acesso ao que há de
mais moderno e inovador no mercado”,
completa o empresário.
toda esta preocupação e atenção da
companhia com atendimento e logística
acabam de ser reconhecidas pela As-
sociação dos Engenheiros Agrônomos
do Estado de São Paulo (AEASP), que
concedeu à pessoa de luiz rossi Neto,
a Medalha Fernando Costa - categoria ini-
ciativa Privada. A premiação ocorreu nes-
te dia 29 de abril, durante a edição 2015
da Agrishow, na cidade de ribeirão Pre-
to, durante a cerimônia da Deusa Ceres,
cultuada pelos romanos e gregos como a
deusa da agricultura, também conhecida
como deusa do trigo e de outros cereais.
o prêmio concedido anualmente pela AE-
ASP presta homenagens aos engenhei-
ros agrônomos que, por suas atividades
e exercício profissional, fizeram grandes
contribuições ao setor agrícola. No caso
do diretor presidente da Agross, a pre-
miação é justificada pelos organizado-
res pela profissionalização do mercado
atacadista de agroquímicos, no qual a
empresa criou um modelo exclusivo e
especializado para este segmento, com
conceito de agregar valores ao produto
físico e que possam ser percebidos pela
cadeia do agronegócio.
“Dessa maneira, a Agross leva tecno-
logia aos mais distantes recantos do
Brasil, através de um modelo inovador
de logística física, técnica e ambiental,
disponibilizando o que existe de melhor
em tecnologia de agroquímicos, para
que pequenas revendas atendam aos
minifúndios e os inclua no mundo mo-
derno da agricultura sustentável”, justifi-
ca a comissão julgadora do prêmio.
a agross
Fundada em agosto de 1997, a Agross é
fruto do espírito inovador do engenheiro
agrônomo luiz rossi Neto. Empenhado
em consolidar um novo conceito de distri-
buição no segmento agroquímico, inves-
tiu em pesquisa e fez uso de sua voca-
ção agrícola para lançar no mercado um
canal atacadista para redistribuição de
produtos para o campo.
A Agross é pioneira no Brasil na profis-
sionalização do mercado atacadista de
agroquímicos e na criação de um modelo
exclusivo e especializado para este seg-
mento, com o conceito de agregar valo-
res intangíveis ao produto físico, percebi-
do e efetivado na cadeia de agronegócio.
o grande valor somado pela Agross ao
segmento agronômico foi o de conse-
guir levar tecnologia aos mais distantes
e enfronhados cantos do Brasil, através
de um modelo inovador de logística físi-
ca, técnica e ambiental, com seis centros
de distribuição que disponibilizam em 14
estados do Brasil o que há de melhor em
tecnologia de agroquímicos para peque-
nas revendas e consequentemente aos
pequenos produtores, ou seja, disponibili-
zando acesso tecnológico ao minifúndio e
incluindo os mesmo no mundo moderno
da agricultura sustentável.
Este modelo pioneiro criou uma capi-
laridade eficiente que fez arrebanhar
mais de 3.000 revendas agropecuárias,
sendo uma extensão importante de co-
municação para o agronegócio brasilei-
ro, mais especificamente ao pequeno
produtor, substituindo moléculas ultra-
passadas de agroquímicos por outras
mais eficientes e menos agressivas ao
homem e ao meio ambiente.
Saiba mais sobre a Agross no site:
www.agross.com.br
Luiz Rossi Neto recebe o prêmio “Deusa Ceres” de colega de profissão,
Ângelo Petto Neto, presidente da AEASP.
Divu
lgaç
ão
Ar
46 AgroRevenda mai/jun 2015
espaço empresarial DuPont
viduais de proteção (EPis) nas aplicações, etc... Para manter o gerenciamento seguro dos produtos e sem risco ao meio ambiente, a área de Stewardship da DuPont também desenvolve programas e atividades que au-xiliam os clientes explorarem o máximo do potencial dos produtos desenvolvidos pela empresa, buscando cada vez mais produti-vidades superiores, preservando a natureza e sem prejuízo para a gerações futuras.
AgroRevenda - o que representa para a Du-Pont as dezenas de pontos de venda que trabalham com seus produtos?
Guido Visintin - Cada ponto de venda cre-denciado pela DuPont representa a possi-bilidade de levar aos agricultores produtos e soluções com tecnologia de ponta, para que eles possam obter ganhos expressivos de produtividade em suas lavouras, reduzin-do seus custos e maximizando seus lucros. Mais do que quantidade de Distribuidores espalhados em todo o território nacional, te-mos uma rede preparada para suportar nos-sos clientes na logística de entrega de nos-sos produtos, assistência técnica adequada e serviços de qualidade.
AgroRevenda - que filosofias existem dan-do sustentabilidade ao relacionamento com as revendas?Guido Visintin - Para ter uma relação comer-
Para empresas centenárias, de atuação global e com diversas frentes de tra-balho, as crises econômicas são uma
rotina. São tempos de ficar mais atento às contas, aproveitar a redução de atividade para incrementar a gestão interna e prepa-rar-se para dias melhores. Na história da DuPont foram inúmeras delas, sobrevividas graças à competência de inúmeras pessoas integradas às sua missão e filosofia. Guido Visintin, gerente de Acesso ao Mercado da DuPont Produtos Agrícolas, é mais um des-ses colaboradores. Nesta exclusiva, ele ana-lisa o momento do agronegócio brasileiro, reforça pontos positivos sem negar os riscos e valoriza a força que os relacionamentos, dentro das várias cadeias produtivas da agropecuária, podem ter e garantir novo sucesso frente ao momento adverso da economia brasileira.
AgroRevenda - A alta do Dólar está mexendo com os preços praticados nas commodities, inclusive na soja, além dos insumos da la-voura. Como a DuPont está trabalhando este cenário junto às revendas?
Guido Visintin - A alta da inflação, forte os-cilação do dólar e o recuo na oferta de re-cursos financeiros por parte dos bancos públicos e privados geram um cenário de redução dos investimentos em toda a cadeia produtiva para a próxima safra 2015/2016 de
grãos, em nosso País. A DuPont vem cons-cientizando nossos distribuidores/parceiros a buscarem compensar suas margens, rea-lizando troca entre insumos e grãos, gerar ganhos de produtividade dos agricultores atendidos por meio do uso de tecnologia, e manter o foco na capacitação técnica de seus colaboradores, pois só assim teremos capacidade de passar por este período de dificuldade aproveitando as oportunidades que serão apresentadas.
AgroRevenda - A Dupont se preocupa mui-to com o uso correto de seus produtos, de modo que eles possam ter desempenho to-tal. Como a empresa trabalha esta questão junto aos seus clientes?
Guido Visintin - A gestão dos produtos agrícolas na DuPont começa em pesquisa e desenvolvimento e continua ao longo de todo seu ciclo de vida. obviamente que para estabelecer a longevidade desses produtos é fundamental investir em práticas consagra-das de uso correto e seguro, capacitando nossa equipe, distribuidores e clientes. Em nossos treinamentos utilizamos uma comu-nicação clara com o mercado exaltando a importância de adquirir os produtos em dis-tribuidores credenciados pela DuPont, para seguir as recomendações técnicas em bula, armazenar e manusear os produtos ade-quadamente, utilizar os equipamentos indi-
DuPONtE O SEu NEGÓCIO
Ivaris Júnior
Divu
lgaç
ão
A DuPont trabalha com seus clientes e parceiros na conscientização e necessidade de fazer boas leituras das conjunturas do setor e do próprio negócio para superar os atuais solavancos
Guido Visintin, gerente de Acesso ao Mercadoda DuPont Produtos Agrícolas.
mai/jun 2015 AgroRevenda 47
de vendas, não importando se ele é peque-no ou grande? o que representa de investi-mento na empresa o aprimoramento deste vínculo?
Guido Visintin - Estamos vivendo uma época de transformação em todas as áreas, inclusive no agronegócio. A informação está muito mais acessível e viaja de um extremo ao outro do mundo na velocidade de um click. Não podemos achar que continuaremos fazendo negócios como há 20 anos. A palavra chave é inovação. A indústria e o distrbuidor que não buscar a inovação em processos, na forma de negociação e na prestação de serviços, em produtos mais modernos, ficará obsoleta e será absorvida pela mais eficiente do mercado. A DuPont criou um forte vínculo com seus parceiros em função do investimento em inovação. Alguns bons exemplos disso são: inovação em produtos pelos investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento; inovação em estratégias de mercado, por intermédio de ações de marketing diferenciadas e sustentáveis; inovação em acesso ao mercado com análises do ambiente competitivo, proporcionando uma visão clara de cobertura geografica e oportunidades; e inovação no apoio comercial, pela flexibilidade e agilidade da equipe de representantes comerciais no campo.
AgroRevenda - que outras considera-ções gostaria de fazer sobre o tema de nossa entrevista?
Guido Visintin - A DuPont possui como sua estratégia inovaçao em produtos. Por isso é uma empresa de pesquisa e desenvolvimen-to de produtos de ponta, modernos e que atendem aos requisitos do mercado e dos clientes. Para levar essa estratégia até os agricultores, nossa principal rota é o siste-ma de distribuição. Valorizamos muito essa forma de acesso para maximizar nossa co-bertura geográfica nas regiões de vendas. Faz parte do nosso DNA! ter um sistema de distribuição estruturado e fidelizado passa por investimentos contínuos e valorização da parceria. Valorizar nossos distribuidores em troca de participação no mercado é mais do que justo, é necessário para perpetuar a relação. A DuPont trabalha forte nessa dire-ção. Com isso iremos, a DuPont e seus dis-tribuidores, ajudar os agricultores a produzir cada vez mais e gerar um ciclo virtuoso. isso é uma parceria sustentável.
É assim que a DuPont pensa e age.
cial sustentável com nossos distribuidores é necessário ter um equilíbrio entre os se-guintes pilares: Participação do mercado compatível com os objetivos comuns de curto e longo prazo (Gestão de Clientes), re-torno financeiro compatível e em condições de continuar investindo no negócio (Gestão Financeira), estrutura adequada de atendi-mento para auxiliar os agricultores a produ-zirem cada vez mais (Gestão de Pessoas).
AgroRevenda - Se a DuPont percebe o pon-to de venda como uma extensão de suas ações no mercado, o que a empresa reserva para este elo importante do negócio envol-vendo seus produtos?
Guido Visintin - A DuPont trabalha com o conceito do nosso distribuidor ser a exten-são da empresa no mercado, com isso au-menta muito a nossa responsabilidade na seleção e capacitação desse distribuidor. Por outro lado, a relação de parceria preci-sa ser estabelecida de fato, e não como um “clichê” de mercado. Se não atendermos aos anseios de crescimento e rentabilidade dos distribuidores e ao mesmo tempo aos objetivos de disseminação da tecnologia e penetração de mercado por parte da Du-Pont, essa relação se romperá com o pas-sar dos anos. A DuPont para manter essa relação atrativa e duradoura, investe consis-tentemente no desenvolvimento de produtos inovadores e diferenciados, por meio da sua equipe de pesquisa e desenvolvimento, sendo reconhecida no mercado nos dois úl-timos anos como a empresa com o melhor “pipeline” do mercado.
AgroRevenda - No ponto de venda há o empresário comercial, sub gestores e os homens de balcão ou estrada. Como a DuPont pensa esses relacionamentos e o que ela oferece?
Guido Visintin - temos na DuPont progra-mas de relacionamentos que contemplam todos os envolvidos. Em especial destaca-mos o “Programa Colaboradores”, que são as equipes de vendas dos distribuidores. investimos em diversos tipos de treinamen-tos e também no reconhecimento de sua performance técnico comercial. trata-se de um programa muito estruturado, reconheci-damente consistente e de grande aderência desse público. Estamos constantemente nos atualizando para cada vez mais levarmos novidades que agreguem para a DuPont e nossos parceiros. De forma geral, os pro-gramas de relacionamento são oferecidos
pelos grandes players desse mercado, cada um com o DNA da sua empresa. No entanto acreditamos que a DuPont tem na imple-mentação o seu principal diferencial, sempre comunicando e executando de forma sim-ples e compatível com as necessidades do nosso público.
AgroRevenda - Como lidar com resultados diferentes de pontos de vendas em regiões semelhantes, estrategicamente?
Guido Visintin - A estratégia de acesso ao mercado da DuPont é definida para cada área de vendas onde o objetivo é explo-rar o máximo da cobertura geográfica da área de forma sustentável para a empresa e seus parceiros, por intermédio de uma rede de distribuidores estruturados e com o perfil de negócio compatível. Buscamos monitorar de perto o seu desempenho, com o intuito de demonstrar os melhores caminhos para uma participação mais ati-va nas áreas de vendas, e que explorem todo o potencial do portfolio oferecido pela DuPont. É natural que em algumas regi-ões, distribuidores gerem resultados dife-rentes uns dos outros, mas sempre ana-lisamos a rede de distribuidores em uma mesma área como um time, onde tem que ter harmonia e sinergia ao mesmo tempo.
AgroRevenda - quais os canais de comuni-cação estabelecidos das “indústrias” DuPont até o homem de balcão, intermediador mui-tas vezes do produto com o agrônomo ou produtor? Como levar suporte técnico via tantos profissionais no meio do caminho até a propriedade rural?
Guido Visintin - São vários os meios utiliza-dos de comunicação entre a DuPont e seus parceiros de negócio. A internet é uma fer-ramenta muito importante e poderosa para a divulgação de informação para todos os elos dentro do distribuidor. um bom exem-plo disso é um site de acesso exclusivo aos colaboradores das revendas parceiras Du-Pont, com conteúdo técnico de produtos, de gestão e demandas específicas. Além da internet investimos em mídias locais e, revistas relacionadas ao setor agrícola. Mas a comunicação mais efetiva é feita no dia a dia, (face to face), com os colaboradores do nosso sistema de distribuição, por meio de nossa equipe de vendas e marketing pre-sente no campo.
AgroRevenda - quais inovações a DuPont traz para o relacionamento com os pontos Ar
48 AgroRevenda mai/jun 2015
gestão Datacoper
é exatamente isso que faz com que as
empresas cresçam e se desenvolvam
de maneira sustentável neste setor.
Neste sentido, a forma como captura-
mos, armazenamos e trabalhamos as
informa-ções dos clientes faz toda a
É notório que a concorrência no
mercado de distribuição de in-
sumos vem crescendo e se in-
tensificando a cada ano, este fato foi
impulsionado há algum tempo atrás
pelo aumento do número de canais
de distribuição, e mais recentemente
pelo desenvolvimento e profissio-nali-
zação dos canais.
A disputa concorrencial entre os canais
é basicamente uma guerra para aces-
so ao mercado e construção de rela-
cionamento com os produtores, pois,
O SEGREDO PARA vENCERA CONCORRêNCIA:RElACIONAMENtO
Thiago Bernardon e Rodrigo Alvim Afonso *
Não basta entregar apenas insumos aos seus clientes. É necessário também entregar informação, planejamento e adicionar valor para agregar resultados. Atuar como um GESTOr DE CLIENTES, e não como um vendedor, garantirá sua diferenciação em relação a concorrência.
mai/jun 2015 AgroRevenda 49
plano de safra específico e condizente
com sua realidade.
É anseio dos produtores rurais não
serem tão reféns do acaso (condições
climáticas, pragas, entre outros), como
acontece em países como os Estados
unidos, aonde grandes que-bras sig-
nificam 20 a 30% da produção, e não
quase sua totalidade. E as distribuido-
ras de insu-mos possuem um impor-
tante papel na resolução deste anseio,
colocando profissionais capaci-tados a
campo e criando condições para que
estes profissionais façam um trabalho
cada vez mais próximo ao produtor ru-
ral. Essa proximidade permitirá a cria-
ção de um vínculo de confi-ança entre
produtor e agro distribuidora, sendo
possível assim realizar ações perti-
nentes à necessidade de cada cliente,
traçar estratégias comerciais e logísti-
cas mais coerentes e asserti-vas, bem
como realizar uma gestão de alto nível
da equipe comercial.
Estamos vivendo um momento de mu-
danças no setor, e neste cenário é im-
portante que se busque apoio em no-
vas tecnologias que poderão contribuir
para a gestão e desenvol-vimento dos
canais de distribuição.
Boas Vendas!
* Thiago Bernardon - Coordenador de
Marketing da Datacoper Software.
* Rodrigo Alvim Afonso - Mestre em
Administração de Organizações pela FEARP/
USP, Especialista em Gestão Financeira
Controladoria e Auditoria pela FGV e
administração de Empresas pela UNISEB/
COC. Sócio da Markestrat atuando em
projetos de consultoria em estratégia e
finanças. Email: [email protected]
diferença. Para isso, os distribuidores
precisam estruturar seus processos,
capacitar equipe e determinar estrutu-
ra de suporte como Banco de Dados,
ferra-mentas e softwares que ajudem a
cruzar dados e transformá-los em infor-
mações sobre os clientes.
Em muitos casos os distribuidores de
insumos começam a vivenciar pro-
blemas de crescimento no mercado
com perda de market share e tendem
a colocar a culpa por tal situa-ção no
portfólio dos fornecedores, ou dizendo
que os concorrentes estão “bagun-
çando” o mercado praticando preços
muito agressivos, porém, esquecem
de analisar criticamente o desempe-
nho que estão desenvolvendo junto a
seus clientes em busca de construção
de rela-cionamento com os produtores
de sua região. Nestes casos é comum
que a revenda entre em uma guerra de
preços nas regiões em que atua, con-
tribuindo para impulsionar as margens
para baixo dificultando a evolução dos
canais da região, inclusive dela própria.
A Marasca, cerealista com 32 filiais es-
palhadas pelo rio Grande do Sul, per-
cebeu que não era viável brigar com
sua concorrência no quesito preço.
“Pensando em economizar para buscar
uma maior lucratividade, muitas vezes
o produtor rural prefere pagar menos,
mesmo tratando-se de um produto de
qualidade inferior”, afirma Vitor Bento
Marasca, diretor da ce-realista. “Para
reverter essa situação, apostamos na
estratégia de CrM. Capacitamos nos-
sa equipe comercial para fazer um ver-
dadeiro trabalho de consultoria com os
produtores rurais e contratamos o sof-
tware Cooperate CrM, da Datacoper.
A estratégia adotada pela Marasca vem
ao encontro dos apontamentos feitos
por um estudo da Marketing Metrics,
que diz que existem 5% de chances de
efetuar uma venda para um novo possí-
vel cliente, e 60% de chances de venda
para um cliente já existente. Segundo o
sr. Marasca, a estratégia de CrM pos-
sibilitou que sua empresa passasse a
acompanhar cada um dos produtores
rurais de suas áreas de atuação, desde
a preparação para o plantio até a co-
lheita, entregando ao produtor rural um
Ar
50 AgroRevenda mai/jun 2015
eventos
Dando continuidade ao projeto “Cana
Conviver” firmado em 2013 entre a união
da indústria de Cana-de-Açúcar (unica) e
o instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (iCMbio), do Ministério
do Meio Ambiente, e patrocinado pela
FMC, o instituto Butantan, por meio da
Secretaria de Estado da Saúde, realizou,
no dia 29 de abril, no Museu Bilógico, em
São Paulo (SP), o curso gratuito “reco-
A procura por alimentos com proprieda-
des naturais para animais de estimação
tem sido uma tendência no mercado bra-
sileiro de pet food, conforme pôde ser
observado durante a 14ª edição do Con-
gresso CBNA Pet 2015, onde também
ocorreu a 4ª edição da Expo Pet Food
2015. os encontros também ressaltaram
a necessidade de o segmento nacional
buscar maior aproximação com o merca-
do da América latina.
“trouxemos palestrantes internacionais e,
neste ano, contamos também com a tradu-
nhecimento de Animais Peçonhentos”.
As boas práticas agrícolas nos canaviais,
com a redução do fogo e a manutenção
e recomposição de matas, torna o apa-
recimento de animais cada vez mais re-
corrente nas lavouras. Diante disso, os
idealizadores do projeto realizam treina-
mento sobre os animais peçonhentos,
com o objetivo de capacitar os técnicos
das usinas para o devido reconhecimen-
ção simultânea para o espanhol. tudo isso
para buscarmos um diálogo cada vez mais
forte com nossos parceiros hispânicos”,
analisou Aulus Carciofi, professor de Ci-
ências Agrárias da Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinária da universidade do
Estado de São Paulo (unesp), campus Ja-
boticabal, membro da diretoria do Congres-
so Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), e
um dos organizadores do evento.
A feira técnica englobou muitas outras
áreas que compõe a produção de alimen-
tos para cães e gatos, atraindo pesquisa-
to, prevenção e segurança quando atuam
no campo.
o projeto Cana Conviver já viabilizou três
eixos de atuação: a capacitação de téc-
nicos das empresas associadas à unica
por meio de workshops, a elaboração de
um manual de procedimentos e o apoio
à construção de um centro para reabilita-
ção de animais, inaugurado em julho de
2014, em itapira (SP).
dores, profissionais de nutrição, marke-
ting, fornecedores de insumos, máquinas,
embalagens, entre outros.
Entre as 11 palestras que foram proferi-
das durante o evento, destacaram-se as
que trataram de tendências mundiais de
produtos no mercado pet, “o uso de fi-
bras para cães e gatos”, por Dr. George
C. Fahey, professor da universidade de
illinois; e “A nutrição pode alterar o com-
portamento de cães e gatos?”, por Dr.
Greg Aldrich, professor da universidade
do Kansas.
além da apresentação de cases de
empresas do setor.
De acordo com Sylvia, a produção
orgânica no Brasil vive sua fase ini-
cial, mas já é possível identificar al-
guns avanços e desafios. “A cadeia
de fornecimento ainda é fraca por
falta de diversos produtos com de-
manda, como por exemplo, frutas e
leite. Já a logística para entrega de
pequenos volumes tem melhorado,
mas os custos ainda são bastante
elevados”, observa. Segundo ela,
o setor precisa avançar – e muito
– em relação a pesquisas, estatís-
ticas, registros e cadastramento
de produtores.
CNAGRO fAz wORkSHOP DE AGROPECuáRIA ORGâNICA
DEStAquE A ANIMAIS PEçONHENtOS NOS CANAvIAIS
ADItIvOS NAtuRAIS SÃO tENDêNCIADi
vulg
açãoos alimentos orgânicos ganharam
destaque na programação do 2º Con-
gresso Nacional de inovações técni-
co-Científicas, inclusão Social e Valor
Agregado do Agronegócio (CNAGro),
realizado entre os dias 11 e 13 de
maio em Dourados (MS).
o evento englobou o i Workshop de
Agricultura e Pecuária orgânica, cuja
organização ficou a cargo de Sylvia
Wachsner, coordenadora do Centro de
inteligência em orgânicos (Ci orgâni-
cos) da Sociedade Nacional de Agri-
cultura. No espaço foram abordados
aspectos relativos à certificação, opor-
tunidades de mercado, agregação
de valor, rastreabilidade, entre outros,
Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) da
Sociedade Nacional de Agricultura.
mai/jun 2015 AgroRevenda 51
A Merial, fabricante de produtos para
a saúde animal e líder na avicultura
comercial, patrocinou o Xiii Congres-
so de Comercialização de ovos APA,
realizado de 17 a 19 de março, em ri-
beirão Preto (SP).
um dos principais destaques da Me-
rial no Congresso foi a campanha Eu
que Vacino 2015, que desde maio de
2014 passou a abranger o público de
postura comercial, foco do evento.
Neste ano, a empresa potencializou
a interação com os participantes por
meio de plataforma online.
tendo em vista a dimensão do congres-
so, que hoje atinge produtores de todos
os estados brasileiros, além de países
do Mercosul, e é considerado o princi-
pal evento do setor, a meta da Merial foi
estreitar ainda mais o canal de relaciona-
mento com seus clientes.
“Nosso objetivo em levar a EqV ao Con-
gresso é nos aproximar cada vez mais
do nosso público, oferecendo conteúdo
e informação, além de renovar a forma
como interagimos na avicultura”, ressalta
Eva hunka, representante da Merial na
comissão organizadora do evento e res-
ponsável pela campanha Eu que Vacino.
A empresa também reforçou sua identida-
de visual do evento, patrocinando as mo-
chilas fornecidas ao longo do Congresso.
Gestão de Propriedades leiteiras e Su-
cessão Familiar. Ao abordar a questão
financeira, o principal assunto foi o custo
fixo. “A eficiência só pode ser garantida
de uma forma: é preciso gastar menos
para produzir mais e melhor”.
No Brasil, a ronda latino-Americana
reuniu quase 400 produtores nas etapas
de Francisco Beltrão (PEr) e Chapecó.
Ao todo, cerca de 1,5 mil pessoas acom-
panharam a realização da 25ª edição do
evento nas cidades de Ciudad de Guate-
mala (GuA), Puerto Varas (Chi), San José
(CoS), Pilar (ArG), Ciudad obregón, Mé-
xico (MEX), Guadalajara (MEX), Guayaquil
(Equ), lima (PEr) e Cali (Col).
AMéRICA lAtINA DEvE INOvAR
MERIAl PAtROCINA CONGRESSO DE OvOS APADi
vulg
ação
Divu
lgaç
ãoSustentar o título de “celeiro do mundo”
vai exigir uma mudança na postura da
indústria agropecuária local, segundo
os debates da 25ª edição da ronda la-
tino-americana da Alltech, que encerrou,
no mês passado, em Chapecó (SC), a
série de palestras com a temática “o
Futuro da Alimentação”.
o diretor da Alltech do Brasil, Clodys
Menacho, lembrou que apesar do
desafio econômico do momento, as
oportunidades sempre se apresentam.
“os riscos são sempre oportunidades
para novos negócios”, afirmou.
henrique Gastmann Brand, gerente téc-
nico-comercial de suínos da companhia
reforçou junto aos produtores a preocu-
pação em garantir a qualidade dos reba-
nhos. “Não há mais desculpas para não
conseguir monitorar o desempenho dos
animais. Já existem recursos para isso
no mercado e somente assim será possí-
vel obter ganho e desenvolver o negócio
no campo”, explica.
o zootecnista e consultor do Servi-
ço Nacional de Aprendizagem rural
(Senar), Christiano Nascif, falou sobre
25ª edição da Ronda Latino-americana da Alltech.
52 AgroRevenda mai/jun 2015
feiras | agrishow
um público altamente qualificado, forma-
do, em sua maioria, por produtores rurais
de todo o território nacional e do exterior.
Entre as autoridades que marcaram pre-
sença no evento, estiveram: o vice-pre-
sidente Michel temer, o governador do
Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, os
ministros Katia Abreu (Agricultura, Pecuá-
ria e Abastecimento), Aldo rebelo (Ciên-
uma das três maiores feiras de
agronegócio do mundo tem con-
tribuído a mais de 20 anos para
o aprimoramento de técnicas de manejo
no campo, para adoção de novas tecno-
logias e, consequentemente, para a evo-
lução do setor.
De 27 de abril a 1º de maio, a Agrishow
2015 – 22ª Feira internacional de tecnolo-
gia Agrícola em Ação foi palco central do
agronegócio brasileiro. A feira se posicio-
nou, mais uma vez, como referência do
segmento e como o principal termômetro
do comportamento do mercado. As mais
importantes lideranças empresariais e se-
toriais bem como os fabricantes e empre-
sas e toda a cadeia produtiva estiveram
presentes. No total, passaram pela área
de 440 mil m², cerca de 160 mil visitantes,
bAlANçO 2015Agrishow destacou lançamentos de tecnologia para aumento da produtividade e reafirmou papel de agente de estímulo ao agronegócio
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Ivaris Júnior e Mecânica Comunicação
mai/jun 2015 AgroRevenda 53
Campo deram ao visitante uma oportu-
nidade de conhecer, na prática, as mais
inovadoras experiências tecnológicas
direcionadas à Agricultura de Precisão,
que têm como principal objetivo a utili-
zação correta e adequada dos recursos
e trazem uma série de benefícios como
produtividade, economia, entre outros. As
demonstrações, organizadas pela Coo-
percitrus, exibiram novidades como um
sistema de precisão voltado ao plantio de
sementes que, utilizando as coordenadas
programadas previamente, impede a so-
breposição de sementes. outra tecnolo-
gia que chamou a atenção é um sistema
de monitoramento de solo com GPS, que
possibilita uma análise completa de todas
as suas necessidades, indicando os pon-
tos nas lavouras que estão deficientes em
determinados nutrientes.
Durante a solenidade de abertura, foi en-
tregue o Prêmio Brasil Agrociência, criado
para estimular a pesquisa em diversas
áreas do agronegócio. o homenageado
foi Alfredo Scheid lopes, professor emé-
rito da universidade Federal de lavras,
por sua contribuição para a construção
e o desenvolvimento do agronegócio. o
prêmio foi entregue pelo vice-presidente
Michel temer e pelo governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin. A premiação
visa incentivar cientistas e pesquisado-
cia e tecnologia), Edinho Araújo (Portos),
Gilberto Kassab (Cidades), o secretário
da Agricultura do Estado de São Paulo
Arnaldo Jardim, o secretário de logística
e transporte Duarte Nogueira, além de
deputados e senadores. também foram
recebidos milhares de visitantes especial-
mente convidados para a tradicional ca-
ravana de produtores rurais promovidas
por importantes entidades do segmento,
como a Federação da Agricultura e da
Pecuária do Estado de São Paulo (Fa-
esp), que este ano envolveu um grupo de
mais de 15 mil agricultores.
Considerada uma das três principais fei-
ras de tecnologia agrícola do mundo e
a maior e mais importante na América
latina, a Agrishow 2015 foi vitrine das
mais avançadas tendências e inovações
tecnológicas para o agronegócio, com
a participação de 800 marcas, que le-
varam inúmeras novidades em termos
de máquinas, implementos agrícolas,
sistemas de irrigação, acessórios, pe-
ças, entre outros produtos necessários
ao aumento da produtividade no cultivo
dos produtores rurais, necessário à re-
dução dos custos e aumento da renta-
bilidade do agronegócio brasileiro.
Além da contribuição para adoção de
inovações e novas tecnologias e para o
aprimoramento de técnicas de manejo do
campo, a Agrishow também tem desem-
penhado uma função importante para o
desenvolvimento do setor, ao propiciar
um ambiente favorável para negócios e,
principalmente, ao estimular a divulgação
de ações e reinvindicações que impul-
sionem a evolução do agronegócio no
País. o segmento é, hoje, um dos mais
importantes na composição do PiB bra-
sileiro, respondendo por 22,8%, segundo
dados do Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada (Cepea).
Nesta edição, apesar dos inúmeros de-
safios pelos quais vem passando a eco-
nomia nacional, a Agrishow 2015 obteve
um volume de negócios expressivos, na
ordem de r$ 1,9 bilhão. As entidades re-
alizadoras da Agrishow, Associação Bra-
sileira do Agronegócio (ABAG), Associa-
ção Brasileira da indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), Associação Na-
cional para Difusão de Adubos (ANDA),
Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado de São Paulo (Faesp) e Socieda-
de rural Brasileira (SrB), reafirmaram a
importância do agronegócio para o Brasil
e sua confiança no Plano Safra 2015/2016
como alento para o setor, na ocasião ain-
da não anunciado pelo Governo.
Esse posicionamento mostra que a
Agrishow está sempre ao lado do produ-
tor rural, trabalhando de maneira cons-
tante para que a agricultura e a pecuá-
ria possam evoluir incessantemente. Em
seus mais de 20 anos de realização, a
feira acompanhou os produtores nos mo-
mentos de crescimento da economia bra-
sileira bem como nas situações mais de-
safiadoras, como nesta edição. Mas, por
sua importância, ela sempre propiciou um
ambiente favorável para demonstrar a pu-
jança do setor.
eventos Paralelos
organizada pela BtS informa, a Agrishow
2015 foi um show de tecnologia. o Nú-
cleo de tecnologia e Demonstração de
Presença ilustre do governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin.
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54 AgroRevenda mai/jun 2015
do Brasil foi para a New holland. o
prêmio contou com 10 empresas par-
ticipantes, somando 31 modelos de
tratores inscritos, que foram avaliados
por seis professores da área de me-
canização agrícola, que percorreram
mais de 24 mil quilômetros pelo Brasil
de Norte a Sul, de leste a oeste.
sustentabilidadee infraestrutura
Atenta às questões de sustentabilida-
de, a Agrishow 2015 foi marcada pela
classificação do site oficial da feira,
http://www.agrishow.com.br/, com o
selo de Site Sustentável, organiza-
ção pioneira na neutralização do Co2
emitido por websites, que tem o objetivo
de levar a sustentabilidade para todos
os portais e consumidores brasileiros. A
página foi neutralizada, ao compensar a
emissão de aproximadamente 50kg de
Co2, por meio da plantação de árvores
nativas da Mata Atlântica.
uma novidade que fez sucesso foi o APP
para dispositivos móveis com sistema An-
droid e ioS nas lojas Apple Store e Goo-
gle Play, que tinha uma série de funciona-
lidades para facilitar e otimizar a visitação,
incluindo a seleção dos estandes, traçan-
res, profissionais que já demonstraram
competência para a construção de uma
inovadora base científica e tecnológica de
produção agropecuária no mundo tropi-
cal e subtropical.
o Programa Brazil Machinery Solutions
(BMS), parceria entre a Associação Bra-
sileira da indústria de Máquinas e Equi-
pamentos (Abimaq) e a Agência Bra-
sileira de Promoção de Exportações e
investimentos (Apex-Brasil), promoveu a
16ª rodada internacional de Negócios,
cujos resultados confirmaram a vocação
exportadora dos fabricantes brasileiros de
máquinas, implementos agrícolas e equi-
pamentos de irrigação. Foram uS$ 17,2
milhões entre negócios fechados e futu-
ros, o que representa 43% a mais do que
na edição passada do evento. No total,
foram realizadas cerca de 300 reuniões
entre empresários brasileiros e estrangei-
ros, vindos da Argélia, Bélgica, Canadá,
Egito, EuA, Filipinas e tailândia.
outra atração que chamou bastante a
atenção de quem foi à Agrishow 2015
foi o Caminho do Boi, iniciativa presente
pela primeira vez na feira que convidou
o público a se colocar no lugar do ani-
mal e percorrer as diversas etapas da
fazenda até o frigorífico para produ-
zir uma carne de qualidade. o projeto
mostrou a importância da integração da
cadeia produtiva da carne, levando em
conta o respeito ao bem-estar animal e
a aplicação de tecnologia para fortale-
cer ainda mais a posição do Brasil de
líder na produção de carne bovina.
A Agrishow 2015 também foi palco da so-
lenidade de entrega do Prêmio trator do
Ano, cujo vencedor foi o Massey Fergu-
son 6711r Dyna-4. Na Categoria tratores
Especiais, o prêmio ficou com o trator
r60 da lS tractor. o Design do Ano foi
para a Valtra com o Challenger Mt775E
e a Marca Mais Votada pelos agricultores
Alta tecnologia marcou os lançamentos na Agrishow 2015.
Muitas novidades em máquinas agrícolas.
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feiras | agrishow
mai/jun 2015 AgroRevenda 55
Silk-Screen e Sign - quatro maiores
e mais importantes publicações téc-
nicas dos seus segmentos.
Para mais informações, visite:
www.btsinforma.com.br
sobre oinforma grouPMaior provedor mundial de informa-
ção especializada e serviços para as
comunidades acadêmica e científica,
profissional e empresarial, o grupo
está sediado em londres e conta
com cerca de 100 escritórios, em
mais de 20 países. As ações do in-
forma Group estão listadas na Bolsa
de Valores de londres, compondo o
índice das 250 maiores companhias.
Anualmente, realiza mais de 10 mil even-
tos, 150 feiras de negócios, publica cerca
de 70 mil livros e produz mais de 1500
revistas e publicações acadêmicas.
É o maior organizador de exposições,
eventos e treinamentos em todo o mun-
do, fornecendo oportunidades inspirado-
ras de mercados e de conhecimento para
serem compartilhados.
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Assessoria de imprensa da Agrishow 2015
Mecânica de Comunicação ltda.
tels.: (11) 3259-6688/1719
E-mail.: [email protected]
do rotas, a visualização dos expositores
em destaque, a marcação dos exposito-
res como favoritos e/ou visitados, a nave-
gação na relação completa de empresas
participantes e a busca por expositor via
categoria de produtos, e a marcação de
sua vaga no estacionamento, tirando uma
foto da localização exata, facilitando sua
entrada e sua saída da feira.
Para atender ao elevado número de visi-
tantes, a Agrishow 2015 investe constan-
temente em melhorias em sua infraestru-
tura, a fim de levar mais conforto para o
produtor rural. Nesta edição, foram inten-
sificadas as melhorias de infraestrutura
iniciadas na edição de 2014, ampliação
e mudança do layout do estacionamen-
to, bem como calçamento, colocação
de bancos e ampliação das áreas de
descanso na feira. também, foram im-
plantadas praças de alimentação mais
modernas. Para a próxima edição, novas
melhorias serão implantadas.
A Agrishow 2016 será promovida em ri-
beirão Preto, de 25 a 29 de abril de 2016.
sobre a bts informaParte do informa Group, a BtS informa
ocupa a segunda posição no ranking das
maiores promotoras de feiras de negó-
cios no Brasil, e é a principal promotora
de eventos para a cadeia produtiva de
alimentos e bebidas da América latina.
Detentora de um portfólio diversificado,
composto por 21 feiras, atua nos mais va-
riados setores da economia, com marcas
que são referência em seus mercados
de atuação. Entre seus eventos estão:
Fispal tecnologia, Fispal Food Service,
Agrishow, ABF Franchising Expo, Expo
revestir, tecnoCarne, MercoAgro, For-
Móbile, SiAl Brazil, ExpoVinis Brasil, Se-
rigrafia SiGN FuturetEXtil, Cards Pay-
ment & identification e Vitafoods South
America. Na área editorial, é responsá-
vel pela publicação das revistas leite &
Derivados, revista Nacional da Carne,
Ar
Prêmio Trator do Ano: solenidade durante da Agrishow 2015.
Grande presença de público durante todos os dias da feira.
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56 AgroRevenda mai/jun 2015
feiras | expozebu
do material genético e animais de diver-
sas raças, além de produtos do setor.
A ExpoZebu também foi visitada por auto-
ridades políticas. A feira sediou o debate
promovido pela Frente Parlamentar Agro-
pecuária, que contou com a presença de
diversos deputados, incluindo o presidente
da Câmara Eduardo Cunha. Muitas auto-
ridades marcaram presença em todos os
dias de evento, dentre embaixadores, se-
nadores, deputados federais e estaduais,
prefeitos, vereadores. o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, assinou o protoco-
lo de intenções com a ABCZ para a amplia-
ção das pesquisas sobre o zebu dentro do
Estado de São Paulo. Já o ministro de Ci-
ência, tecnologia e inovação, Aldo rebelo,
A 81ª edição da ExpoZebu apagou
suas luzes com um faturamento de
r$ 46,4 milhões, praticamente o
mesmo de 2014, quando a feira movimentou
r$ 46,8 milhões; porém com a realização de
dois leilões de animais a menos. os negócios
deste ano referem-se a 34 remates. A maior
feira de zebuínos, promovida entre os dias 3 a
10 de maio, em uberaba (MG), encerrou com
uma média por animal 3% maior que a re-
gistrada em 2014, atingindo r$ 31,35 mil. Ao
todo foram comercializados 1.481 animais. o
exemplar mais valorizado foi a fêmea da raça
Nelore, Predileta da Santarém, negociados
50% de sua posse por r$ 1,104 milhão. Além
dos leilões ocorreram vendas de animais em
quatro shoppings, porém os números da co-
mercialização ainda não foram divulgados.
Para um público estimado em quase
200 mil visitantes – 15% menor que
em 2014 –, as mais de 120 empresas
expostas na ExpoZebu e na ExpoZebu
Dinâmica puderam apresentar e comer-
cializar seus produtos, entre eles máqui-
nas e implementos agrícolas, veículos,
troncos e balanças, sêmen, animais,
embriões, roupas e acessórios, móveis
e outros relacionados ao agronegócio.
A feira teve transmissão ao vivo pelo
site da ABCZ. As visitas mostraram a
importância da feira para o mercado
nacional e internacional. Passaram pelo
Parque Fernando Costa 362 estrangei-
ros de 23 países. Muitos deles firmaram
negócios nos leilões e empresas do se-
tor com unidade em uberaba, adquirin-
ExPOzEbu 2015 REflEtE SAúDE DO SEtOR81ª Exposição Internacional das Raças Zebuínas termina com faturamento de R$ 46,4 milhões. Números comprovam o bom momento da bovinocultura de corte do País, apesar da crise
Ivaris Júnior
mai/jun 2015 AgroRevenda 57
conheceu o projeto sobre a “Aplicação da
genômica na seleção das raças zebuínas”,
feito em parceria com a universidade Fede-
ral de Viçosa (uFV).
Produção de Carne é imPortante Para o País
o ministro de Ciência, tecnologia e inova-
ção, Aldo rebelo esteve presente na 81ª
ExpoZebu. A visita fez parte da sua agen-
da pela cidade em 8 de maio. Durante a
sua passagem, o presidente da ABCZ,
luiz Claudio Paranhos, e o superinten-
dente técnico, luiz Antônio Josahkian
apresentaram ao chefe de pasta o projeto
sobre a “Aplicação da genômica na sele-
ção das raças zebuínas”.
Paranhos deu inicio a apresentação do
estudo feito em parceria com a univer-
sidade Federal de Viçosa (uFV), desta-
cando que o rebanho brasileiro é consi-
derado o mais importante do mundo e
por isso merece uma atenção especial. “A
ABCZ conta com um corpo técnico que
ultrapassa cem profissionais que visitam
anualmente mais de 13 mil propriedades.
A ABCZ é um agente de melhoramen-
to genético do rebanho brasileiro e por
isso, temos o imenso potencial para
avançar, mas para tanto, é necessário
explorar a ciência e a tecnologia para
ampliação dessa genética”. A apresen-
tação foi assistida por diretores, polí-
ticos, representantes de associações
ligadas à ABCZ e alguns convidados.
Aldo rebelo demostrou grande interesse
pelo projeto, que segue em fase de fecha-
mento. Ele declarou que reconhece o im-
portante papel da ABCZ e do Zebu dentro
da pecuária. “Eu qualifico o Zebu e ubera-
ba como uma dádiva para o Brasil. Antes
éramos importadores de alimentos e hoje,
conseguimos exportar carne, que até então
era muito restrita. isso é resultado da am-
pliação do rebanho que vem passando por
uma democratização”, comentou.
Em suas palavras finais, o ministro dis-
se ter boas perspectivas em relação ao
Brasil e que esse fator positivo deve ala-
vancar o País como base na produção de
carne e alimentos como um todo. “temos
uma nação produtora de alimentos e por
isso alcançamos status de geopolítico. o
Brasil irá continuar com esse status que
contribuirá não só para a população inter-
na, mas para todo o mundo”.
o ministro teve a oportunidade ainda de
conhecer a estrutura administrativa da
ABCZ, como o banco de dados de ze-
buínos, considerado o mais moderno e
maior do mundo. Antes da sua ida, Aldo
rebelo, ao lado do prefeito de uberaba,
Paulo Piau e de alguns lideres políticos
e da pecuária nacional percorreram o
parque durante as atividades da 81ª
Expozebu.
novidades de 2015
A Vitrine da Carne foi a grande novidade
deste ano. o público pode conferir como
são feitos os cortes e a limpeza da carne,
além do preparo de receitas com cada
apresentação. também foram realizadas
durante a ExpoZebu a “oficina de Culi-
nária Zebu” e a “Vitrine do leite”, com
chefes de cozinha ensinando a preparar
receitas à base de leite e de carne.
outra novidade foi o lançamento do
Centro de referência da Pecuária Bra-
sileira – Zebu (CrPB-Z). o portal con-
centra um acervo completo (vídeos,
depoimentos, fotos, reportagens, livros,
pesquisas e outros documentos) de in-
formações ligadas aos mais diferentes
segmentos da atividade (pesquisa, ge-
nética, economia, produção, sustentabi-
lidade, meio ambiente etc.).
julgamentos eConCursos leiteirosA ExpoZebu contou com 1.824 animais
inscritos de dez raças zebuínas. os gran-
des campeões dos julgamentos foram
premiados no dia 9 de maio. A lista com-
pleta está no site da feira (www.abcz.org.br/
expozebu). Já o concurso leiteiro registrou
três novos recordes. A competição teve a
participação de 34 fêmeas da raça Gir, 20
Guzerá e 10 da raça Sindi, totalizando 64
animais. A grande campeã da raça Gir lei-
teiro e nova recordista Mundial foi Alma
Viva FCD, da fazenda lumiar Agropecuária
ltDA (Brasília/DF), pertencente ao criador
Pedro Passos. Alma produziu 71,130 kg de
leite quebrando o recorde que era da Fê-
mea Ampola FiV com 70,593 kg.
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, esteve presente na 81ª ExpoZebu e foi recepcionado pelo presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos.
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58 AgroRevenda mai/jun 2015
fazendinha
Graças ao esforço conjunto de colabo-
radores, alunos e professores a partici-
pação da FAZu, por meio da fazendi-
nha, foi considerada um sucesso. No
estande da faculdade, a mini fazenda
apresentou aos visitantes alguns ani-
mais domésticos, bem como informa-
ções sobre pecuária sustentável, além
de uma área representativa do sistema
de ilPF (integração lavoura Pecuá-
ria Floresta), com mudas doadas pelo
iEF (instituto Estadual de Florestas) de
sorgo, milho, café arábica e seringuei-
ra. Entre os animais expostos na mini
fazenda da FAZu estiveram: coelhos,
mini pôneis, mini bovinos, pintinhos,
cordeiros e cabritos. os animais fica-
ram em currais, com madeiras doadas
pela Agronelli, e vários alunos do curso
de Zootecnia da FAZu foram responsá-
veis pela condução do projeto.
os visitantes que passaram pelo estan-
de da FAZu também puderam fazer no
local, a inscrição para o Vestibular Ju-
nho 2015. As inscrições seguiriam até o
dia 15 de junho e a prova aconteceria
dia 21 do mesmo mês. Foram oferta-
das vagas para Zootecnia, Sistemas
de informação, Sistemas para internet,
Agronegócios e Secretariado Execu-
tivo. Além da FAZu estar presente na
ExpoZebu com seu estande, os alunos
do curso de Agronomia e Zootecnia
participaram de vários projetos durante
a ExpoZebu, entre eles, recepção dos
animais participantes da feira e ExpoZe-
bu Dinâmica. os alunos da FAZu parti-
ciparam também do Encontro da rural
Jovem, no dia 8 de maio, organizado
pela Sociedade rural Brasileira. A dis-
cussão teve como foco “As tendências
da Pecuária Sustentável no Século XXi
e Pioneirismo no Agronegócio” e o de-
bate sobre as dinâmicas de campo que
contribuem aos jovens a permanência
junto ao Agronegócio, as inovações e
transformações futuras.
Entre as vacas Sindi, o recorde ficou com a
fêmea do criador Adaldio Castilho, da reu-
nidas Castilho, de Novo horizonte, interior
de São Paulo. Belga produziu 36,980 kg. o
recorde anterior era de 32,602 kg. Na raça
Guzerá quem levou o prêmio foi a Socieda-
de Educacional de uberaba (uniube), com
a Fêmea Jovem Malina, que atingiu 36 kg
de leite. o recorde anterior era de 31,510 kg.
exPozebu dinâmiCaParalela à ExpoZebu, aconteceu a Expo-
Zebu Dinâmica na Estância orestes Prata
tibery Jr., localizada em uberaba. Ao todo
mais de 12 mil pessoas estiveram presen-
tes nos três dias de evento. Com a propos-
ta de disseminar as últimas tecnologias em
pecuária de corte e de leite para produtores
de pequeno, médio e grande porte, a feira
foi considerada, pelos seus parceiros, um
verdadeiro sucesso. A ExpoZebu Dinâmica
foi realizada pela ABCZ e Araiby, com o pa-
trocínio da Caixa, Coca-Cola, Dow AgroS-
ciences, lS tractor e Sebrae.
ações Culturaiso projeto Zebu na Escola e Zebu na uni-
versidade marcou a presença de crianças
e universitários durante a feira. A equipe
do Museu do Zebu lançou este ano a 2ª
Edição da revista “turma do Zebuzinho”,
que esse ano teve como tema: “Zebu
Produtivo e Sustentável”. Ao todo, mais
de 2 mil estudantes participaram de todas
as atividades desenvolvidas pela equipe.
Entre a programação estava o Museu ao
Céu Aberto e a 32ª Mostra do Museu com
o tema “A Produtividade do Zebu: Das ori-
gens à Era Virtual” e o espaço de grafi-
tagem, feito por artistas que retrataram a
história do Zebu no Brasil.
fazu Comemora 40 anosA ExpoZebu 2015 mais uma vez foi gran-
de oportunidade para a Faculdades Asso-
ciadas de uberaba (FAZu) divulgar seus
cursos de graduação e pós-graduação,
os trabalhos científicos e acadêmicos de
seus alunos e professores, bem como
promover o encontro de ex-alunos da
instituição. Na oportunidade, também fo-
ram divulgadas as ações comemorativas
dos 40 anos, com destaque para a Festa
FAZu 40 anos, que acontece no dia 25 de
julho, no tatersal rubico Carvalho, a partir
das 12h, em uberaba/MG.
o estande da FAZu, que neste ano teve
a fazendinha como grande atração, foi in-
tensamente visitado por um público diver-
sificado entre os dias 3 e 10 de maio. A
faculdade contabilizou mais de 8 mil visitas
no estande durante os sete dias do evento.
FAZU comemora 40 anos de existência e já tem um exército de bons profissionais lutando no campo. Duas vezes ao ano, vestibular.
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feiras | expozebu
mai/jun 2015 AgroRevenda 59
mercado
clientes na Índia, Austrália e na América
latina, trazendo um maior equilíbrio à
nossa divisão agrícola. Sua tecnologia
nos possibilitará expandir a posição da
FMC em cultivos já existentes; agilizar
o acesso a outros cultivos, tal como
cereais; e fortalecer nossas ofertas
ao cliente, especialmente de cana de
açúcar, soja e algodão. Esperamos
aperfeiçoar ainda mais nosso canal de
inovações e gerar novas e significativas
oportunidades de faturamento para as
empresas combinadas”.
Nos últimos anos, a FMC vem realinhando
seus negócios para ampliar a posição no
mercado de defensivos agrícolas. Com
a aquisição da Cheminova e a venda
da unidade Alkali Chemicals concluída
no dia 1º de abril de 2015, a previsão
é que a FMC Agricultural Solutions
represente aproximadamente três
quartos da receita total da empresa,
um acréscimo aos menos de 40%
registrados em 2009.
A empresa fornecerá atualizações da
integração durante os avisos informando
sobre as receitas trimestrais, na
Conferencia de investidores no dia 11 de
maio de 2015.
um passo adiante na consolidação do
mercado de distribuição de insumos
em Mato Grosso, Estado que lidera a
produção brasileira de grãos. o valor
da transação não foi revelado.
A FMC Corporation anunciou
recentemente a conclusão
do acordo para a aquisição
da Cheminova, uma multinacional de
defensivos agrícolas com sede na
Dinamarca e subsidiária da Auriga
industries. As companhias anunciaram
a assinatura de um acordo definitivo de
compra no dia 8 de setembro de 2014,
tendo satisfeito todas as condições e
aprovações regulatórias necessárias. A
FMC concluiu a aquisição da Cheminova
por um valor de compra aproximado de
uS$ 1,8 bilhão, incluindo a assunção da
dívida. A FMC prevê que a transação
seja acrescida aos ganhos ajustados no
primeiro ano completo após a aquisição.
“A compra da Cheminova está totalmente
A united Phosphorus limited
(uPl), considerada maior
companhia de agroquímicos
da Índia, fechou a compra de 40%
do capital da revenda e trading mato-
alinhada com nossa estratégia
corporativa de focar o portfólio da FMC
nos mercados de agricultura, saúde
e nutrição”, disse Pierre Brondeau,
presidente, CEo e chairman da FMC. “A
Cheminova complementa nosso portfólio
de produtos e presença geográfica, além
de seguir uma abordagem estratégica
similar à da FMC quanto à aplicação
da tecnologia para o fornecimento de
soluções aos clientes. Essa transação
expandirá nosso portfólio de soluções
agrícolas e fortalecerá significativamente
nosso acesso ao mercado.”
Brondeau acrescentou: “A Cheminova
nos proporciona o acesso direto ao
mercado de países importantes na
Europa e expande o nosso alcance a
grossense SinAgro, conforme noticiou
o Valor Econômico no mês de março.
A operação marca uma nova tacada
da companhia indiana para diversificar
seus negócios no Brasil, além de ser
fMC fECHA ACORDO PARA A AquISIçÃO DA CHEMINOvA
INDIANA uPl ADquIRE fAtIA DA SINAGRO
Ar
Ar
60 AgroRevenda mai/jun 2015
mercado
preservação do meio ambiente, ajudan-
do a aumentar a produção agrícola e
pecuária nas regiões onde a empresa
atua, por meio de serviços exclusivos e
um portfólio completo de produtos para
agricultores e pecuaristas que muito
contribuem para uma oferta estável de
alimentos no mundo “.
Nos últimos anos, a Agro Amazônia tem
expandido sua presença e aumentado
seus negócios em estados vizinhos. Por
meio desta parceria com a Sumitomo
Corporation, a Agro Amazônia avançará
no fortalecimento e solidificação de sua
A Sumitomo Corporation (“Su-
mitomo”) e a Agro Amazônia
Produtos Agropecuários (“Agro
Amazônia”) anunciaram um acordo para
a aquisição, pela Sumitomo, de 65% de
participação na Agro Amazônia, uma
distribuidora de insumos agropecuários
(defensivos agrícolas, fertilizantes, se-
mentes, produtos veterinários, arames
entre outros), localizada no Estado de
Mato Grosso, o maior celeiro e produtor
de soja, algodão, milho, girassol e gado
de corte do Brasil. Este investimento
representa para a Sumitomo a porta de
entrada para a distribuição de diversifi-
cados produtos e serviços a serem ofe-
recidos aos agricultores e pecuaristas
no agronegócio Brasileiro. Este acordo
representa também o primeiro inves-
timento em larga escala deste tipo no
Estado de Mato Grosso, por uma em-
presa japonesa.
“Estamos satisfeitos pela parceria com
uma empresa líder como a Agro Ama-
zônia”, diz Shoichiro oka, presidente
da Sumitomo Corporation do Brasil.
“Juntos, pretendemos construir um mo-
delo de negócio sustentável que visa
mutuamente a geração de lucros e a
Temporada de fusões e aquisições se mantém firme como estratégia de investimento, aumento de competitividade e fatia de mercado
SuMItOMO ADquIRE PARtICIPAçÃO NAAGRO AMAzôNIA
Divu
lgaç
ão
mai/jun 2015 AgroRevenda 61
produtores rurais, como, por exemplo,
comercialização de grãos.”
sumitomo CorPoration
A Sumitomo Corporation é uma tra-
ding Company, estabelecida em 115
localidades em 66 países e outras 24
no Japão. Ao todo, o Grupo Sumitomo
Corporation (“Grupo”) é constituído por
mais de 850 empresas e mais de 70 mil
funcionários. os negócios da Sumitomo
Corporation estão em contínua expan-
são, em uma variada gama de produ-
tos e serviços. Suas principais unidades
de negócios são Produtos de Metal;
Sistemas de transporte e Construção;
Meio Ambiente e infraestrutura; Mídia,
telecomunicações, Produtos e Serviços
relacionados ao Cotidiano; e recursos
Minerais, Energia, química e Eletrôni-
ca. Para obter mais informações, visite
www.sumitomocorp.co.jp/english/
agro amazônia
Fundada em 1983, a Agro Amazônia é
uma empresa pioneira no setor do agro-
negócio no Estado de Mato Grosso. É
um dos maiores e mais bem sucedidos
distribuidores de insumos agropecuá-
rios, oferecendo um portfólio completo
de produtos de fabricantes nacionais
e internacionais, prestando também
assistência técnica aos agricultores. A
Agro Amazônia é a única empresa do
gênero a operar em todo o Estado de
Mato Grosso e que também está pre-
sente nos estados de Goiás, tocantins
e Pará. Com 25 filiais e cerca de 300
funcionários, a empresa atende a mais
de 2,5 mil clientes da área agrícola e 14
mil na pecuária. A parceria consolidada
com os fornecedores permite oferecer
aos clientes o melhor e mais completo
portfólio de produtos e serviços. A Agro
Amazônia possui uma equipe treinada e
qualificada, com o objetivo de levar para
o campo produtos e serviços que agre-
guem valor ao negócio do cliente.
base de negócios e contribuirá ainda
mais com sua missão no Brasil de pro-
mover o “Desenvolvimento Sustentável
do Agronegócio”. utilizando a capaci-
dade financeira, de marketing, de aces-
so a novos produtos e de logística da
Sumitomo, combinada ao crescimento
do mercado, esta aliança permitirá à
Agro Amazônia aproximar-se de seu
objetivo de alcançar os uS$ 500 mi-
lhões em vendas até 2019, dobrando
os níveis atuais.
luiz Piccinin, presidente da Agro Ama-
zônia, diz que “desde o inicio das
nossas atividades conduzimos nossos
negócios pautados pela integridade e
transparência, consolidando na Agro
Amazônia um modelo de gestão fo-
cado na sustentabilidade. o mercado
cresceu, e continuará crescendo. Para
acompanharmos essa locomotiva cha-
mada agronegócio e continuarmos
atendendo os nossos clientes e forne-
cedores, entregando sempre a melhor
experiência, sentimos que precisáva-
mos dar um novo salto. Encontramos
na Sumitomo um sócio ideal, pois, além
de sua capacidade financeira, a sua filo-
sofia é muito similar à nossa. Seus pla-
nos para o futuro vêm ao encontro dos
nossos objetivos estratégicos de longo
prazo e comunga da mesma crença que
temos na força que nosso agronegócio
tem para alimentar o mundo.”
o Brasil é uma grande potência agrí-
cola como o segundo maior produtor
mundial de soja e o terceiro em pro-
dução de milho. o Estado de Mato
Grosso, que encontra-se na região
Centro-oeste do Brasil, abrange uma
vasta área, duas vezes e meia maior
que o Japão, e é abençoada com um
clima estável. o estado é o maior pro-
dutor de grãos do País. As áreas onde
a soja e o milho são cultivados au-
mentaram drasticamente nos últimos
dez anos e um no aumento de 4 a 5%
ao ano é projetado para a próxima
década. Com base nisto, projeta-se
que o mercado de insumos agrícolas,
incluindo defensivos agrícolas, semen-
tes e fertilizantes, crescerá de 5 a 8%
ao ano.
A Sumitomo Corporation iniciou suas
atividades na área de Defensivos Agrí-
colas há mais de 30 anos, exportando
globalmente produtos desenvolvidos e
produzidos por fabricantes japoneses. A
empresa tem expandido suas atividades
na cadeia de negócios, transformando-
-se em uma exportadora e distribuido-
ra, operando em 30 países em todo o
mundo. Em 2011, a Sumitomo adqui-
riu a Alcedo S.r.l., a maior empresa
de distribuição de insumos agrícolas
da romenia, e transformou-a em uma
empresa de multissuporte à produção
agrícola, através da melhoria de suas
funções periféricas, como a venda de
insumos para a produção agrícola, bem
como o recebimento e exportação de
grãos. A Alcedo tem impulsionado com
sucesso suas vendas e lucros em qua-
se o dobro ao longo dos últimos dois
anos, aproveitando a capacidade da
Sumitomo de captação financeira e
acesso a novos produtos, mantendo a
Alcedo fortalecida.
o investimento na Agro Amazônia é um
exemplo de que a Sumitomo está ex-
pandindo este modelo de negócios em
outros países e prestando serviços es-
pecíficos, adaptados às necessidades
de cada país ou região.
De acordo com roberto Motta, vice-
-presidente da Agro Amazônia, “Neste
modelo, a Sumitomo, por meio de sua
capacidade de aportar recursos e linhas
de financiamentos, pretende expandir
seus negocios por intermédio da cria-
ção de sinergias. Este modelo de negó-
cio também oferece oportunidades para
aumentar a sua participação na cadeia
de negócios dos clientes, oferecendo
além de insumos agropecuários, outros
produtos e serviços que possam con-
truibuir para o sucesso do negócio dos Ar
62 AgroRevenda mai/jun 2015
mercado
em todo o mundo”, analisa o fundador e
presidente da Alltech, Pearse lyons.
o presidente acredita, ainda, que a
aquisição contribuirá para atender o
mercado de forma mais eficiente em
razão do conhecimento técnico das
duas empresas. “Com os principais
suplementos para nutrição animal da
ridley e sua extensa atuação no campo
junto aos produtores, nós seremos
capazes de somar a nossa tecnologia
e, com isso, atender o mercado de
A Alltech e a ridley inc. anunciaram
nos Estados unidos, que
firmaram um acordo de fusão
no qual a Alltech irá adquirir 100% das
ações em circulação da ridley, uma das
principais empresas de nutrição animal
da América do Norte. o valor total da
aquisição é de aproximadamente uS$
(CAD) 521 milhões, sendo uS$ (CAD)
40,75 por ação.
A negociação representa uma valorização
de aproximadamente 23% em relação
ao preço médio das ações ordinárias da
ridley nos últimos 20 dias na maior bolsa
de valores do Canadá, a toronto Stock
Exchange (tSX). o preço de fechamento
das ações da empresa na tSX, no
fechamento do negócio, foi de u$$ (CAD)
33,94. os conselhos de administração
das duas empresas aprovaram por
unanimidade a fusão. “Essa transação
transformadora, que combina duas
líderes da indústria, permitirá a Alltech
oferecer melhor desempenho e valor
para os produtores de gado e de aves
Fusão deve representar uma receita anual superior a U$$ 1,6 bilhão de dólares. Empresa ampliará atuação no setor e pretende atender o mercado de forma mais rápida e eficiente
AlltECH ADquIRERIDlEy INC.
Divu
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ão
mai/jun 2015 AgroRevenda 63
funcionários que têm produzido alguns
dos best-sellers da indústria. A partir de
agora, trabalhando com Alltech, está
somada uma equipe de aproximadamente
150 funcionários com doutorado. Esse
acordo irá aumentar ainda mais o
conhecimento científico da empresa e,
em um primeiro momento, e permitirá o
alcance de mais produtores de gado e
aves nos EuA, além do desenvolvimento
de soluções mais avançadas para países
em todo o mundo.
A melhoria da alimentação animal é
uma necessidade constante para a
produtividade da pecuária e para a
cadeia alimentar global. os custos
com alimentação representam a
maior parte dos investimentos em
produção pecuária. Ao melhorar a
nutrição, os produtores de gado e de
aves são capazes de perceber maior
rentabilidade da propriedade. A Alltech
possui um compromisso continuado
para a criação de animais saudáveis,
por meio de programas nutricionais e
de saúde com foco em ingredientes
naturais e livres de antibióticos.
A fusão representará a presença em
mais de 128 países e 4,2 mil funcionários
no mundo todo. A Alltech mais do que
duplicou as suas vendas nos últimos três
anos e pretende atingir u$$ 4 bilhões em
vendas nos próximos anos.
A transação está sujeita à aprovação
dos acionistas ridley, revisão regulatória
e outras condições habituais de
fechamento. A negociação deverá
ser concluída até o final do segundo
trimestre. A Alltech possui um histórico
de aquisições bem sucedidas, tendo
completado sete desde 2011.
forma mais rápida e eficiente. Essa
combinação cria um novo modelo no
segmento, apoiada por robustas análises
de pesquisa e dados científicos, a fim de
oferecer produtos de qualidade superior.
Esse acordo reforça o impulso contínuo
da Alltech no crescimento do negócio,
por meio de aquisições estratégicas de
empresas de renome no desenvolvimento
de tecnologia e reconhecidas pelo
mercado”, explica.
“A união da ridley com Alltech é a
oportunidade de oferecer as melhores
soluções de nutrição para os produtores
de carne, leite e ovos de todo o mundo”,
disse o presidente e CEo de ridley,
Steven J. Vanroekel. Ele reforça ainda
a representatividade global da fusão.
“A Alltech é líder em tecnologia com
uma ampla presença global. unindo
forças vamos criar uma plataforma para
crescer e desenvolver soluções visando
ampliar a performance dos produtores.
Estamos também nos juntando a
uma empresa financeiramente sólida
que está empenhada em investir em
pesquisas para que possamos entregar
as mais avançadas soluções de nutrição
animal”, complementa.
A ridley é uma das maiores empresas
de nutrição animal na América do Norte,
fabrica e comercializa uma gama que
inclui rações formuladas, suplementos
para ração, suplementos em bloco,
produtos para saúde animal e outros
ingredientes para nutrição zootécnica.
os clientes são produtores de gado,
bem como, criadores de equinos e
animais de estimação. os produtos da
indústria são vendidos diretamente para
produtores ou por meio de canais de
distribuidores e revendedores.
Ambas companhias são líderes da
indústria e se comprometeram a investir
em soluções de nutrição com programas
de alimentação avançados que otimizam
o desempenho físico e financeiro nas
propriedades, levando eficiência e
rentabilidade. A Alltech investe cerca de
10% de sua receita bruta em pesquisas,
valor superior ao gasto por outras
empresas do setor. Já a ridley tem uma
forte equipe técnica com mais de 40 Ar
Fábrica da Alltech Crop Scienceem São Pedro do Ivaí, PR.
64 AgroRevenda mai/jun 2015
gestão
64 AgroRevenda mai/jun 2015
stracta
Alexandre Mauricio Kuronuma, Uriel Rotta e Wellington Souza *
Vivemos um período de recessão
com estagnação da produção
e alta da inflação, fatores que
refletem nos números projetados pelos
especialistas de contração de 1% do
Produto interno Bruto (PiB) em 2015.
Neste novo cenário macroeconômico,
empresas, antes geradoras de caixa, têm
de se adaptar rapidamente a um novo
ambiente de negócios, mais competitivo
e, consequentemente, com margens
menores e riscos maiores.
É a busca por uma empresa mais
eficiente e eficaz, com consequente
aumento dos lucros aliado à redução
dos custos. E a otimização dos recursos
pode trazer o tema Fusões e Aquisições
para o seu cotidiano.
Avaliar a Fusão ou a Aquisição de uma
empresa pode ser uma estratégia mais
rápida a ser adotada por outra com uma
escala de produção maior e consequente
redução dos custos fixos e de vendas,
resultando em uma empresa mais
tEMPO DE fuSõESE AquISIçõES
Divu
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ão
mai/jun 2015 AgroRevenda 65
A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. Buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a médio e longo prazo para a empresa.Tel: (11) 2339-4616 Site: www.stractaconsultoria.com.br E-mail: [email protected]
mai/jun 2015
lucrativa e geradora de caixa, sem contar
a troca de experiência entre as empresas
e o acesso a novas tecnologias que
impactam em um crescimento mais
acelerado da nova empresa combinada.
Para o novo ambiente de negócios, o
ganho de escala é essencial. Alguns
exemplos mostram como a empresa
combinada pode crescer de forma mais
sustentável e ganhar escala internacional.
um exemplo clássico é a AB-imbev, hoje
a maior cervejaria do mundo. o processo
se iniciou com a aquisição da Antarctica
pela Brahma, seguida da aquisição
de diversas empresas de bebidas na
América latina, até a sua fusão com a
interbrew e, por fim, com a Anheuser-
Busch se transformando na AB-inbev.
Podemos citar outros casos clássicos
como a Aquisição/Fusão Perdigão-
Sadia (Brasilfoods), Bovespa e BM&F
e itaú-unibanco, que resultaram em
instituições maiores promovendo a
internacionalização de seus negócios
de forma mais sustentável, à medida
que passaram a ter escala para
competir de igual para igual com os
maiores players mundiais.
No setor de agrorrevenda podemos
destacar dois casos recentes:
• Em junho de 2014, o fundo de
investimento americano Amerra Capital
Management, focado em agronegócios,
adquiriu uma fatia de 25% na trading
de grãos Fiagril, instalada em lucas do
rio Verde (Mt). Especula-se que esta
parcela foi negociada por cerca de uS$
100 milhões.
• Em fevereiro de 2015, o Sumitomo
Corporation adquiriu 65% de
participação na Agro Amazônia Produtos
Agropecuários no Estado de Mato
Grosso. Especula-se que esta parcela foi
negociada por cerca de uS$ 50 milhões.
Atualmente, processos de Fusões e
Aquisições são cada vez mais comuns
nas empresas, independente de seu
porte. o atual ambiente cada vez
mais competitivo com concorrentes
internacionais e a introdução rápida de
novas tecnologias tem o poder de minar
os concorrentes locais. Assim, inúmeras
vezes, a união com outra empresa se
mostra como a única alternativa para
a sobrevivência e para o crescimento
sustentável. Essa união não deve ser
avaliada apenas com empresas locais,
mas também com empresas globais que
dominam seus mercados e que podem
trazer inovação ao negócio.
Por outro lado, vivemos hoje um
ambiente de recessão técnica, onde os
mercados de capitais estão praticamente
fechados para novas emissões de
ações, o que faz a presença de fundos
de participação, os Private Equities,
tornarem-se uma fonte de recursos para
a venda de participação. Em 2013, os
Private Equities responderam por r$
38,6 bilhões das operações de Fusões
e Aquisições. Foram 50 operações, das
181 realizadas no mercado.
Embora estimativas do Centro de
Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea) da Esalq/uSP aponte
o agronegócio como um dos únicos
setores que podem registrar crescimento
este ano (em torno de 2,8%), uma Fusão
ou Aquisição deve ser vista dentro da
organização como uma estratégia para
a obtenção de vantagem competitiva
frente aos seus concorrentes. o
empresário do agronegócio brasileiro
deve ver a sua empresa com olhos
voltados para o futuro, mas ciente
da realidade atual, em acelerada e
constante transformação guiada pela
tecnologia. Casos como os vistos
acima servem de exemplos de como a
capacidade de inovação e a resposta
rápida às adversidades transformaram
empresas brasileiras em grandes players
mundiais. o desafio está posto.
* Alexandre Mauricio Kuronuma
- Consultor Associado da Stracta
Consultoria. Engenheiro, administrador de
Empresas e mestre em Finanças. Atua em
projetos de startups e M&As, elaborando
Valuation, plano de negócios e análise
viabilidade econômica financeira.
* Uriel Rotta - Sócio Gestor da Stracta
Consultoria. Engenheiro agrônomo pela
Esalq, MBA e mestre em Finanças.
Atua em projetos de reestruturação
empresarial, responsável pela área
de Finanças Corporativas e fusões/
aquisições da Stracta.
* Wellington Souza - Sócio Consultor
da Stracta Consultoria. Economista
pela Unicamp, MBA e mestrando em
Finanças. Atua em projetos estratégicos
e de otimização da estrutura de capital
das empresas.
Ar
AgroRevenda 65
66 AgroRevenda mai/jun 2015
lançamento
profissional para trazer aos leitores um
cenário de lembranças e emoções vividas
pelo autor desde 2006, agora comparti-
lhadas e expostas em sua obra. “É uma
leitura que, sem dúvida, vai emocionar a
todos”, diz Carlão. “Meu sonho de crian-
ça se transformou no meu jeito de levar a
vida: trabalhar muito para viajar e conhe-
cer o mundo. Este sonho inspirou estas
crônicas, que me motivaram a reuni-las
neste livro”, revela.
o prefácio do livro é do jornalista e diretor
de redação da revista DBo rural, Demé-
trio Costa, um dos mais respeitados pro-
fissionais da imprensa brasileira, que foi
editor da tV Cultura e da rádio Bandei-
rantes, antes de ingressar no nosso uni-
verso rural, há mais de 30 anos. Demétrio
é o “homem do Ano da Mídia”, prêmio
que recebeu no final de 2014, outorgado
pela Associação Brasileira dos Criadores,
a centenária ABC. Aliás, Carlão também
recebeu este Prêmio, no ano de 2012. Por
tudo isso, este lançamento literário se tra-
duz em um evento importante do agrone-
gócio neste ano.
“o Marketing rural, do qual é craque, fica
nas entrelinhas. Afinal, é ele que justifica
tantas andanças. Ao fazer um balanço de
seu 2007, Carlão confessa que só passou
quatro finais de semana em casa, foi 21
vezes à uberaba, rodou mais de 80 mil
Em evento muito prestigiado durante
a Expozebu 2015, Carlão da Publi-
que mostrou seu lado escritor e
apresentou a amigos e convidados o livro
Andanças, uma coletânea de crônicas es-
critas ao longo de aproximadamente oito
anos, entre 2006 e 2014. Muito conhecido
pela atuação no marketing do agrone-
gócio – é presidente do Grupo Publique
-, Carlão “pede licença” da agitada vida
ANDANçASDO CARlÃO DA PublIquESÃO REuNIDAS EM lIvROJosé Amaury da Rocha
ZZn
Pere
s
mai/jun 2015 AgroRevenda 67
serra), presidente da Associação Paulista
dos Criadores de Gir leiteiro (APCGil),
membro do Conselho Superior do Agro-
negócio (Consag) da Federação das in-
dústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
voluntário no hospital das Clínicas, jurado
SiFE Brasil e SiFE New York (2007) e de-
legado no Cannes lions (2004).
Carlão é publisher do AgroGuia Folha
de São Paulo desde 2012, publisher da
revista Agrorevenda desde 2011, foi
editor da revista Gir leiteiro entre 2009
e 2014, colunista e membro do Con-
selho Editorial da revista Bureau entre
2009 e 2012, escreveu a coluna Andan-
ças na revista AG entre 2008 e 2012,
escreveu a coluna Andanças na Folha
da Cidade de Porangaba entre 2006 e
2011, editor do site www.turistaprofissio-
nal.com.br desde 2003 e presidente do
Grupo Publique desde 1998.
sobre a editoraA Publique Editora publica revistas cus-
tomizadas como o Noticiário feito para
a DSM; AgroGuia, um suplemento men-
sal encartado no jornal Folha de S.Paulo,
desde o ano de 2012, com 300 mil exem-
plares, a maior tiragem do agronegócio
no Brasil. Publica a revista Agrorevenda,
dirigida aos donos e gerentes de reven-
das agropecuárias e cooperativas. tam-
bém edita livros voltados para a cultura
do campo, como “o Milagre do Boi Brasilei-
ro” e “Nelore, retratos de uma raça”.
quilômetros e viajou 120 horas de avião;
sim, uma pequena parte dessas horas e
dessa quilometragem em férias, hábito
que preza e luta para preservar ao lado
da companheira Vera. há uma fartura de
relatos desses períodos de relaxamento e
enriquecimento cultural”, relata Demetrio.
o livro Andanças será vendido unica-
mente por remessa postal para qual-
quer parte do Brasil pelo valor de r$
65. os contatos e aquisições devem ser
feitos pelo fone: 11.3042.6312.
trajetória Em 1986, Carlão tinha apenas 20 anos
de idade e ainda era um estudante de
jornalismo na Pontifícia universidade Ca-
tólica de São Paulo (PuC-SP), onde se
graduaria no ano de 1988, quando já te-
ria fundado o que se conhece hoje como
Grupo Publique. “lembro-me como se
fosse hoje quando, em 1986, ainda como
funcionário do Departamento de Marke-
ting da Pecplan Bradesco, participei pela
primeira vez da Expozebu. Fui entrevistar
um criador chamado orestes Prata tibery
Júnior, com quem mantive longa amiza-
de até seu desaparecimento trágico, em
2013. Naquele ano, vendia muito sêmen
na Pecplan, um touro de sua criação, o
Pakar Poi ot. E por isso fui entrevistá-lo.
Ele sempre foi um zebuzeiro da prateleira
de cima e não foi por acaso que chegou
a ser presidente da ABCZ, muitos anos
depois”, conta o autor do livro Andanças.
Nesse ano, acrescenta Carlão, “o Grande
Campeão Nacional foi o touro Vasuveda
Poi, do querido amigo Claudio Fernan-
do Garcia de Souza, conhecido como
Claudio totó, outro pecuarista com quem
mantenho longa amizade. também me
lembro que na batida do martelo do lei-
lão Noite dos Campeões estavam os lei-
loeiros Antonio Carlos Pinheiro Machado
e Daniel Bilk Costa.”
E vai adiante: “o orestinho realizava o
seu leilão Nacional ot, precursor do hoje
conhecido leilão Elo de raça”. As pala-
vras relacionamento, amizade e conexão
são os pontos fortes do trabalho de mais
de 30 anos dentro do agronegócio, prota-
gonizado pelo autor.
sobre o autorNascido em Porangaba (SP) no ano de
1965, Carlos Alberto iniciou a lida muito
cedo. Aos 14 anos trabalhou como en-
tregador de compras no supermercado
Miori, em rio das Pedras (SP) e dos 16
aos 17 foi boia-fria em Porangaba. Ain-
da com 17 anos, Carlos Alberto se tor-
nou técnico agrícola em rio das Pedras,
para depois, já com 18 anos, se tornar
bancário do Bradesco, trabalhando na
sede do banco em osasco (SP).
Foi a partir dos 20 anos, em osasco,
que o jovem de Porangaba começou a
dar os primeiros passos pelos caminhos
do agronegócio, apesar de já carregar
uma profissão técnica na área. Na época
atuava como assistente de marketing da
Bradesco/Pecplan. Foi quando participou
pela primeira vez da Expozebu. o gosto
pelo segmento levou Carlos Alberto da
Silva a trabalhar, com apenas 21 anos de
idade, como redator e contato publicitário
da revista dos Criadores.
o grande salto na carreira profissional
aconteceu no ano seguinte. o jovem
de 22 anos cheio de ambição se tornou
sócio fundador do Grupo Publique, em
São Paulo (SP). Dos 23 aos 30 anos
Carlão investiu na formação profissio-
nal. Formou-se em jornalismo pela PuC-
-SP e fez especialização em marketing e
intensivo de Agronegócios, ambos pela
Escola Superior de Propaganda e Ma-
rketing de São Paulo (ESPM-SP).
Nos anos seguintes, Carlão se estabele-
ceu em outros setores, mas sempre liga-
dos ao agronegócio. Virou criador de gir
leiteiro em Porangaba e passou a integrar
e apoiar importantes iniciativas, sendo
presidente da Associação dos Produtores
rurais dos Bairros Serrinha, rio da Serra,
Mirandas e ribeirão das Conchas (As-
Divu
lgaç
ão
Ar
68 AgroRevenda mai/jun 2015
genética & tecnologia
quARENtA ANOS DE ASbIA
autoridades e outras áreas afins. um
dos destaques foi a presença interna-
cional do senador pela Flórida (EuA),
Javier Souto.
um dos convidados, o senador da re-
pública Aécio Neves enviou, inclusive,
mensagem ao presidente da Asbia.
“Caro Presidente Carlos Vivacqua Car-
neiro da luz, agradeço o convite em
razão das comemorações dos 40 anos
da Associação Brasileira de insemina-
luis Carlos da Veiga Soares, momen-
to marcado por muita emoção.
A comemoração reuniu convidados de
todas as associações de raças, incluin-
do a Associação Brasileira de Criado-
res de Zebu (ABCZ), empresas asso-
ciadas à instituição, organizações que
trabalham na área de seleção genética,
tais como companhias de produção
de embriões, Fertilização in Vitro (FiV),
empresas de nutrição e saúde animal,
tributo Asbia, evento promovido
para comemorar os 40 anos de
história da Associação Brasilei-
ra de inseminação Artificial (Asbia),
aconteceu no final da tarde de 7 de
maio, durante a ExpoZebu 2015, fei-
ra realizada de 3 a 10 de maio, em
uberaba (MG), com descerramento
da placa comemorativa, inauguração
da Sala oficial dos Ex-Presidentes e
entrega do Prêmio Asbia de Patrono
da inseminação Artificial no Brasil a
Data histórica reúne principais dirigentes e autoridades da pecuária nacional. Compromissos com a melhoria do rebanho nacional são reforçados
O homenageado Luis Carlos da Veiga Soares recebe o título de Patrono da Insenimação Artificial no Brasil pelas mãos de Carlos
Vivacqua, presidente da Asbia. Ao fundo, os diretores da entidade Nelson Eduardo Ziehlsdorff, Marcio Nery e Sergio Saud.
José Amaury da Rocha
mai/jun 2015 AgroRevenda 69
responsável pelos postos de insemina-
ção artificial do Ministério da Agricultura
nos idos anos de 1960, quando ainda
se trabalhava com sêmen resfriado.
Foi fundador da Pecplan, diretor técni-
co da lagoa da Serra, sócio fundador
da AG Brasil e também presidente da
Asbia. Foi Veiga Soares quem assinou
a primeira página do livro de abertura
da entidade, quando se estruturava a
associação, somente dois anos an-
tes de sua fundação. teve uma longa
vida profissional orientada em apoiar
e desenvolver o setor de inseminação
artificial no Brasil. “Desta forma, é uma
grande honra poder retribuir, de manei-
ra singela, tudo o que este homem fez
para que o setor alcançasse a posição
atual”, disse Vivacqua.
Vale lembrar que a Asbia é uma enti-
dade sem fins lucrativos, fundada em
novembro de 1974 para congregar as
empresas que se dedicam ao fomen-
to da pecuária no setor da produção
e distribuição de sêmen, materiais e
equipamentos de uso na inseminação
artificial, além de outros produtos liga-
dos à reprodução animal. A entidade
tem como objetivos principais difundir
e fomentar o uso da inseminação ar-
tificial pela promoção e divulgação da
técnica e de implementar campanhas
promocionais para a evolução tecnoló-
gica da inseminação artificial.
de sêmen congelado e dos botijões
criogênicos. Vivacqua comenta que
isto permitiu o melhoramento animal
em larga escala e possibilitou o desen-
volvimento dos testes de progênie nas
diversas raças, por meio da multiplica-
ção de indivíduos superiores e da ava-
liação de seus descendentes.
“Mais recentemente, viabilizou o aces-
so e a multiplicação de indivíduos
superiores geneticamente, pela utiliza-
ção das tecnologias de transferência
de Embriões (tE), Fertilização in Vitro
(FiV) e a facilitação das práticas repro-
dutivas, valendo-se da tecnologia de
inseminação Artificial em tempo Fixo
(iAtF). Nas últimas décadas, desen-
volveu pesquisas para os marcadores
genéticos dos bovinos, o que evoluiu
para as avaliações genômicas. tam-
bém, disponibilizou a tecnologia do sê-
men sexado, permitindo ao pecuarista
a escolha antecipada do sexo para a
progênie do touro”, menciona o man-
datário da Asbia.
homenagemo Prêmio Asbia de Patrono da insemi-
nação Artificial no Brasil foi entregue
a luis Carlos da Veiga Soares, eleito
unanimemente pela diretoria da enti-
dade, face à sua participação histórica
em prol do setor. o homenageado foi
ção Artificial, a realizar-se no dia 7 de
maio, na cidade de uberaba. impos-
sibilitado de comparecer, em virtude
dos trabalhos no Congresso Nacional,
congratulo-me com a Asbia pela impor-
tante data, com registros de reconhe-
cimento ao trabalho dessa associação.
Espero poder participar de futuras ini-
ciativas. Com os meus cumprimentos,
Aécio Neves, senador da república”,
dizia a íntegra da nota.
“A Associação Brasileira de insemi-
nação Artificial completou 40 anos de
existência e estamos homenageando
todos os que contribuíram para a his-
tória da inseminação artificial no Brasil,
com a inauguração da sala dos ex-pre-
sidentes, na sede da Asbia, e também
com a homenagem ao Patrono da inse-
minação Artificial no Brasil, prêmio tri-
buto Asbia”, declara Carlos Vivacqua,
presidente da entidade. “Assim como
valorizamos os benefícios da indústria
de inseminação Artificial (iA), estamos
também valorizando as pessoas que
contribuíram para que todos estes
benefícios estivessem disponíveis aos
produtores brasileiros”, disse Vivacqua.
o presidente da Asbia lembra que a
história da indústria de inseminação
artificial trouxe expressiva contribuição
para a evolução da pecuária global
com a tecnologia de sêmen resfriado,
Ao centro o homenageado, Luis Carlos da Veiga Soares.
Ar
70 AgroRevenda mai/jun 2015
markestrat
Matheus Alberto Cônsoli *
APROvEItANDOlANçAMENtOS PARAMElHORAR AS vENDAS
Os lançamentos de produtos são uma ótima oportunidade de marketing e negócios, e profissionais de vendas devem estar atentos a esse processo e explorar seus benefícios
Divu
lgaç
ão
mai/jun 2015 AgroRevenda 71
Fabricantes dos mais diversos
segmentos procuram melho-
rar sua atuação no mercado
por meio de lançamentos de novos
produtos, sejam eles novas formu-
lações, novas apresentações e em-
balagens, inovações e/ou variantes/
modelos de produtos existentes. Mas
como os vendedores de revendas po-
dem aproveitar esses lançamentos?
Listamos aqui algumas dicas:
1. Pegue carona nas ações de
marketing dos fabricantes. Dado que
os fabricantes geralmente promovem
os lançamentos com campanhas,
propaganda, eventos e materiais, é
importante que os vendedores não
deixem de divulgar e oferecer esses
produtos para seus clientes. tente se
beneficiar do fato de que o produto está
sendo visto em campanhas e utilizar
clientes que já foram sensibilizados
pelas ações de marketing do fabricante
para aumentar suas vendas.
2. Desenvolva ações conjuntas com
fabricantes. Explore o período de lan-
çamento com seus parceiros. Procure
aumentar espaço nas prateleiras, es-
paços extras, promoções e comunica-
ções de lançamentos em parceria com
seus fornecedores. Ações comerciais
nos pontos de vendas da revenda e no
campo, se bem organizadas e planeja-
das, tendem a trazer mais resultados.
3. Novos produtos reforçam a imagem
de inovação e vanguarda da revenda
e dos fabricantes. Vendedores devem
usar sua rede de clientes para divul-
gar e explorar o aspecto “novidade”
dos lançamentos. isso é ainda mais
relevante quando a revenda tem ex-
clusividade de um fabricante. Pesqui-
sas mostram que quando se alinham
ações de marketing e vendas dos lan-
çamentos logo no início do seu ciclo
de vida, suas chances de sucesso
aumentam. Com isso, melhora-se o
portfolio da revenda, mixe de produ-
tos, rentabilidade para empresa e re-
muneração para o vendedor.
4. use novos produtos para alavancar
vendas dos produtos atuais. quando
os lançamentos são complementos
ou acessórios, os vendedores devem
se esforçar para apresentar esses pro-
dutos como novidades e explorar sua
argumentação de atributos, vantagens
e benefícios. Com isso, aumenta a
chance de conseguir vendas incremen-
tais, enquanto vende os produtos tra-
dicionais que os clientes geralmente já
compram e demandam frequentemen-
te. Eventualmente, pode-se oferecer
um benefício/desconto nos produtos
atuais, quando o cliente leva na mesma
compra algum lançamento (assumindo
que são produtos com boas margens).
5. Foque nos clientes inovadores.
uma parcela dos clientes tem um
perfil mais inovador. Assim, estão
mais propensos a testar novos pro-
dutos do que outros clientes. Procure
identificar e segmentar sua base de
clientes com esse perfil. quando hou-
ver novos produtos com atratividade
técnica e comercial, faça um esforço
concentrado inicial nesses clientes e
procure desenvolver as ações acima,
destacando o aspecto de “novidade”
e “exclusividade” da oferta inicial para
esses clientes.
Assim, não deixe de aproveitar os
lançamentos para explorar oportuni-
dades de vendas e imagem da sua
revenda. Alavancagem de vendas,
melhoria de mixe, rentabilidade e re-
muneração do vendedor podem ser
alcançadas com boas ações que
aproveitem os lançamentos. Bom
trabalho e ótimos resultados para
seu negócio!
* Matheus Alberto Cônsoli - Especialis-
ta em Estratégias de Negócios, Gestão
de Cadeias de Suprimentos, Distribui-
ção e Marketing, Vendas e Avaliação de
Investimentos. Administrador e mestre
pela FEA/USP. Doutor pela EESC/USP.
Professor de MBA’s na FGV, FUNDACE,
FIA, PECEGE/ESALQ, entre outros.
Email: [email protected]
A Markestrat é uma organização que
desenvolve consultoria, pesquisa e
treinamento em estratégia e busca a
geração e a difusão de conhecimento
sobre o agronegócio brasileiro.
Site: www.markestrat.org
Tel.: (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316
Ar
72 AgroRevenda mai/jun 2015
o ano de 2015 está longe de
acabar, mas com certeza, não
deixará saudades para o Agro-
negócio. A disparada do dólar e suas
consequências para o agronegócio não
poderiam ser diferentes: aumento no
custo de produção, travamento da co-
mercialização de insumos, incertezas
no fechamento do pacote agrícola e em
especial o arrocho no limite de crédito
para o setor produtivo.
Diante deste cenário, vemos as agror-
revendas com um desafio forte pela
frente: manter seu crescimento comer-
cial, continuar alavancando vendas,
ampliar sua participação no mercado
e conquistar mais clientes.
A pergunta que desejamos ajudar a res-
ponder: É possível vender mais e continu-
ar crescendo em 2015?
Sim é possível. Nos trabalhos de con-
sultoria empresarial tenho enfatizado o
quanto é importante as empresas esta-
rem sólidas em seu fluxo de caixa e se
diferenciarem por serviços especializado
e com profissionais capacitados que co-
nheça o negócio do cliente.
o crédito limitante para compra de insu-
mos tem feito o produtor brasileiro optar
por um pacote de insumos mais “bara-
to” e uma diluição no custo de produção
com opções de produtos com “melhor”
preço e muitas vezes com menor quali-
dade. É de responsabilidade de todos
os profissionais técnicos do agronegócio
alertar o impacto dessa decisão para os
resultados da lavoura e da produção pe-
cuária do nosso cliente.
Em um mercado extremamente competi-
tivo, onde a grande maioria das empre-
sas buscam apresentar um diferencial de
benefícios e qualidade de seus produtos
com inovação tecnológica, fica evidente
que a política do menor preço não privi-
legia a melhor qualidade.
Compras sem planejamento, estoque
desvinculados da venda casada, ausên-
cia de indicadores de crédito (limites de
compras/cadastro) e equipes mal qualifi-
cadas serão a dor de cabeça, para um fu-
turo de altos estoques, baixo giro, inadim-
plência e desmotivação dos vendedores.
Vendedores que conhecem o resulta-
do de seus produtos devem enfatizar o
quanto é importante o produtor não abrir
mão dos seus princípios de produção.
Somada a essa postura de vender produ-
tos com ênfase no beneficio, a agro re-
venda deve disponibilizar uma política de
negociação que ofereça um preço justo,
um prazo sustentável e encargos finan-
ceiros adequados ao mercado. onde o
principal objetivo é manter bons clientes
e não perder mercado para a concorrên-
cia. Contudo, a agro revenda só chega a
essa “fórmula mágica” utilizando-se de
uma boa negociação de preço, prazo e
volume com seus fornecedores.
reafirmo novamente que é possível con-
tinuar vendendo mais e melhor em 2015.
tenho feito isso com as empresas as
quais estou trabalhando nesse ano. Até
mesmo o trabalho de consultoria em ges-
tão comercial passou a ser mais valoriza-
do pelas empresas que desconheciam a
aplicação das ferramentas comercias e
dos indicadores de desempenho. redo-
brar os cuidados é necessário, afinal, se
dobrarmos os joelhos que seja para ga-
nhar impulso e saltar mais alto.
treinamentocerutti
DESAfIO é CONtINuAR CRESCENDO EM 2015,APESAR DO ARROCHOMarcelo Cerutti *
Marcelo CeruttiDiretor da empresa CERUTTI Consultoria e Treinamento, especializada em gestão de vendas para o Agronegócio.
Site: www.treinamentovendasagro.com.brE-mail: [email protected].: (67) 8124.6558
72 AgroRevenda mai/jun 2015
mai/jun 2015 AgroRevenda 73
lanÇaMento de ProdUtoSConfIra aS novIdadeS do MerCado
PrateleiraCaderno
74 AgroRevenda mai/jun 2015
notícias
prateleira
Empresa da Platform Specialty Products,
a Arysta lifeScience obteve receita de uS
$ 2,2 bilhões em 2014 e mantém presen-
ça em mais de 125 países. No Brasil, atua
há mais de 45 anos, conta com mais de
uma centena de representantes técnicos
nas principais regiões agrícolas do país
e atua fortemente nos mercados de Soja,
Milho, Algodão, Cana-de-Açúcar, hortali-
ças, Frutas e Pastagem.
Durante a 14ª edição do herbishow, em
ribeirão Preto (SP), a Arysta lifeScience
lançou o “Poderoso”, herbicida desenvol-
vido para ser uma ferramenta de auxílio
ao produtor de cana-de-açúcar: “uma
das principais características do Podero-
so é o controle de um amplo espectro de
plantas daninhas, dispensando a adição
de outros herbicidas”, explica Antônio
Gonçalves, consultor de desenvolvimento
Com 15 anos de experiência em gera-
dores a biogás e visando um setor em
franca expansão, a Fockink indústrias
Elétricas lançou a família Grupos Gerado-
res a Diesel, cuja fabricação demandou a
montagem de uma nova linha de produ-
ção e aumentou sua capacidade em oito
vezes. o objetivo é duplicar este volume
até o final de 2016. Para amparar o pro-
jeto, a empresa formou uma nova equipe
de pesquisa e desenvolvimento (P&D),
agregando sua experiência em automa-
ção de processos, montagem de painéis
de controle e instalações eletromecâni-
cas. o resultado são grupos de gerado-
agronegócio reforça o compromisso
da AGDAtA de contínuo aprimora-
mento de nossas soluções para aten-
der aos clientes globalmente”, afirma
o CEo richard Bettison.
A empresa abriu um escritório em
Alphaville (SP), com a finalidade
de supervisionar as operações na
América do Sul. Até o final do ano,
a expectativa é ter 20 profissionais
atuando na filial brasileira.
A suíte de soluções da AGDAtA
Com investimentos iniciais de uS$ 10
milhões e de olho no potencial do se-
tor agrícola brasileiro, a AGDAtA aca-
ba de adquirir a PrG Brasil AG - divi-
são agrícola da PrG Brasil.
Norte-americana do setor de coleta,
gestão e análise de informações para
o setor agrícola, a empresa passa a
oferecer suas soluções em português,
desenvolvidas sob medida para cada
cliente. “Estender nossa presença em
um mercado tão importante para o
de mercado para a cultura da cana-de-
-açúcar da empresa. Além do lançamen-
to, a Arysta lifeScience apresentou pales-
tra sobre Sustentabilidade no Controle de
Plantas Daninhas em Cana-de-Açúcar. “A
nossa proposta de trabalho não é só ven-
das, não é só oferecer produtos, é ofere-
cer serviços e soluções de forma susten-
tável”, enfatiza lucas rona, responsável
pelo Marketing de Cana da companhia.
res de 40 a 700KVA singelos e opções de
paralelismos até 4 mil KVA, com versões
de comando manual e automático. “Com
a recente crise hídrica e o aumento do
custo da energia elétrica torna-se indis-
pensável dispor de recursos energéticos
próprios. E viemos atender a esta de-
manda”, explica Siegfried Kwast, diretor
superintendente da Fockink. Criada em
1947, em Panambi (rS), como oficina de
conserto de motores elétricos, a Fockink
se transformou em importante player na
área de fabricação de sistemas elétricos
para o setor agroindustrial, com presença
no Brasil e exterior.
abrange quatro pilares: Estratégia
de Marketing; Planejamento da Ca-
deia de Suprimentos; Execução de
Marketing e Vendas; e Governança,
regulamentação e Compliance.
Fundada em 1985, a AGDAtA ope-
ra nos EuA e Canadá. Já a PrG
Brasil tem 15 anos de experiência
no Brasil e em mais 13 países da
América latina, com foco em ven-
das de insumos agrícolas e geren-
ciamento de distribuição.
Divu
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fOCkINk lANçA GERADORES DE ENERGIA A DIESEl
AGDAtA INICIA OPERAçÃO NO bRASIl
PODEROSO, NOvO HERbICIDA DA ARyStA lIfESCIENCE
Siegfried Kwast, diretor superintendenteda Fockink.
74 AgroRevenda mai/jun 2015
mai/jun 2015 AgroRevenda 75
Segundo ele, o novo produto se confi-
gura numa importante ferramenta para
promover maior lucratividade na pecuária.
“Chega de o pecuarista ter que dividir o
lucro da sua fazenda com os carrapatos”,
ressalta hespanha.
A Biogénesis Bagó tem capacidade anual
de 200 milhões de doses de vacinas con-
tra febre aftosa, 30 milhões de doses de
vacina antirrábica e 100 milhões de do-
ses de vacinas combinadas. Conta com
portfólio de mais de 30 produtos e 600
registros em nível global. No Brasil, tem
uma planta fabril na cidade de Araçoiaba
da Serra (SP).
com sede em Bebedouro (SP), é a maior
cooperativa do estado de São Paulo na
comercialização de insumos e teve fatura-
mento de r$ 1,8 bilhão em 2014.
A Coopercitrus, em parceria com a trouw
Nutrition, uma das líderes globais em nu-
trição animal e rações para peixe, lançou
uma linha de 16 produtos com marca pró-
pria, entre suplementos minerais, concen-
trados e rações para bovinos e equinos.
De acordo com o gerente do departa-
mento de saúde e nutrição animal da
Coopercitrus, Ícaro Antonio Garcia Filho,
o projeto da marca própria é antigo e foi
intensificado há dois anos. “A trouw Nutri-
tion se encaixou no perfil que procuráva-
um novo conceito operacional com
aumento do desempenho e da pro-
dutividade é a proposta para a nova
CFA 2000 versão S3, lançada pela ipa-
col Máquinas Agrícolas no Agrishow
2015. trata-se de uma evolução da
CFA 2000, lançada há cinco anos e
que revolucionou a forma de fazer si-
lagem no Brasil.
Conforme o diretor de desenvolvimen-
to de produtos, Carlos A. Antoniolli,
a nova versão do equipamento traz
A Biogénesis Bagó lança o Forbox, produto
à base de Fluazuron 2,5%, que elimina o
carrapato de forma mais eficiente, pois age
como inibidor de crescimento, tornando o
controle mais eficiente e seguro tanto para
o animal como para quem aplica.
o produto tem tempo de ação prolonga-
do, agindo continuamente por mais de
três semanas. Contribui, ainda, para des-
contaminar as pastagens, já que as fême-
as de carrapatos atingidas pelo produto
ovipõem menos. “Esse tipo de aplicação
facilita o manejo e promove maior bem-
-estar animal”, explica o zootecnista e ge-
rente de produto Pedro hespanha.
mos, pois preza pelos pontos que busca-
mos, além de ter capacidade de transferir
know-how da indústria para a Cooperati-
va”, explica. Segundo ele, a expectativa
é atender dentro do universo de 22 mil
cooperados todos aqueles ligados à pro-
dução animal, sejam de pequeno, médio
ou grande porte.
No Brasil, a trouw iniciou suas ativida-
des ao adquirir duas empresas holande-
sas com operações no país. Atualmente
conta com dez fábricas. A Coopercitrus,
como novidade sistemas hidrostáticos
e eletrônicos de última geração, plata-
forma com tecnologia de ponta, Motor
Mercedes Bens com maior potência,
326 cvs, resultando em mais econo-
mia de combustível, e facilidade de
acesso aos componentes, auxiliando
no processo da manutenção, quan-
do necessário. “Melhoramos também
a plataforma com dois tambores de
grande potência, rotor com 12 fa-
cas em tungstênio-carboneto cen-
trais ajustáveis e esmagador ativo de
grãos, de alta eficiência”, ressalta.
Dentro da cabine foram instalados
sistemas eletrônicos de última ge-
ração, permitindo ao operador con-
trolar todo o funcionamento da má-
quina e realizar suas operações a
partir do joystick, além de poder ser
conectada a qualquer programa de
agricultura de precisão. o novo pro-
duto demandou dois anos e investi-
mento de u$S 1,5 milhão.
MAIS PRODutIvIDADE NO lANçAMENtO DA IPACOl
EfICIENtE NO CONtROlE DOS CARRAPAtOS
COOPERCItRuS E tROuw NutRItION lANçAM MARCA PRÓPRIA
Forbox, produto à base de Fluazuron 2,5%,elimina o carrapato de forma mais eficiente.
Divu
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mai/jun 2015 AgroRevenda 75
76 AgroRevenda mai/jun 2015
prateleira
A Jacto lançou oficialmente na Agrishow
2015 a K 3500, máquina de múltiplo uso
desenvolvida para trabalhar durante todo
o ano realizando operações de colheita,
pulverização e poda. “A K 3500 foi desen-
volvida para plantios tradicionais e também
plantios adensados, com até 2,50m entre
linhas”, explica o diretor comercial Valdir
Martins. A empresa coloca à disposição
dos clientes um site com conteúdo exclu-
A Case ih apresentou na Agrishow 2015
o mais novo trator de alta potência da
marca, o Magnum 380 CVt. Conside-
rado o mais potente trator de chassi
rígido do mundo, traz como principal
destaque o premiado sistema CVt de
transmissão inteligente.
as peças manipuladas nas aplicações
fabris”, explica Júlio Dallan, consultor
de vendas da Festo.
A máquina funciona com alimenta-
ção de uma bandeja contendo deze-
nas de mudas repartidas em peque-
nas células de cerca de 5 cm cada.
Após ser suspendida por um sistema
de garras e transportada por meio
de um eixo elétrico, uma fileira inteira
da bandeja de entrada passa a ser
analisada por uma câmera, que faz o
Em parceria com a Agricef, compa-
nhia de projetos com foco na área
de soluções para o segmento agrí-
cola, a Festo, multinacional alemã
que fornece soluções em automação
industrial, desenvolveu um equipa-
mento capaz de selecionar e qualifi-
car mudas de cana-de-açúcar.
“o grande desafio para uma empresa
de automação industrial trabalhar no
agrobusiness é que as espécies da
natureza não são padronizadas, como
sivo (www.jacto.com.br/dicadoespecialista),
que traz informações sobre pulverizações
mais precisas, calibração e bicos adequa-
dos, monitoramento das atividades etc. A
Jacto tem sede em Pompeia, no oeste de
São Paulo, e foi fundada há 65 anos pelo
imigrante japonês Shunji Nishimura. A Divi-
são Agrícola produz pulverizadores, colhei-
tadeiras de café, adubadoras e produtos
voltados à agricultura de precisão.
Desenvolvido
seguindo o
conceito Effi-
cient Power
Case ih, a
nova trans-
missão CVt,
sigla que vem
do termo em
inglês para “transmissão continuamente
variável” (Continuously Variable transmis-
sion), tem como principal característica a
simplificação dos acionamentos, substi-
tuindo uma série de engrenagens dos co-
mandos de marchas tradicionais. A tec-
nologia oferece alimentação ininterrupta
de potência na aceleração, sem a quebra
de tração com as mudanças de marcha,
tornando-se ideal para as mais variadas
aplicações, como preparo de solo, plan-
tio e atividades transporte.
Com potência nominal de 380 cv, o
novo Magnum conta com motores FPt
Case ih, Cursor 9 de 8,7 litros, turbo-
diesel intercooler, equipados com o
sistema Common rail, que proporciona
queima eficiente do combustível, mes-
mo produzindo uma potência superior.
o diretor de marketing Christian Gonzalez
informa que o modelo será testado nas
mais diversas condições de trabalho e
clima no Brasil.
papel do olho humano ao distinguir,
dentro da infinidade de variáveis bio-
lógicas, o que está dentro e fora dos
padrões comerciais. o equipamento
seleciona as mudas dentro do pa-
drão comercial e as rearranja para
uma segunda bandeja, descartando
eventuais brotos mal formados.
A parte mecânica do projeto ficou
a cargo da Agricef e a automação
e programação com a multinacio-
nal alemã.
Divu
lgaç
ão
MAGNuM 380 Cvt, O MAIS POtENtE DO MuNDO
fEStO fORNECE SOluçÃO INOvADORA PARA SEtOR AGRíCOlA
jACtO APOStA EM MECANIzAçÃO
Divu
lgaç
ão
Magnum 380 CVT.
A K 3500 foi desenvolvida para plantios tradicionais e também plantios adensados, com até 2,50m entre linhas.
76 AgroRevenda mai/jun 2015
mai/jun 2015 AgroRevenda 77
A Agristar, fornecedora de sementes
de alta tecnologia para hortaliças e
frutas, lançará durante a 22º hortitec,
que ocorre de 17 a 19 de junho, em
holambra (SP), um mix de produtos
para a hortifruticultura que agregam
características como resistência às
doenças e pragas, precocidade, uni-
formidade e um sabor diferenciado.
o tomate caqui híbrido tyson F1, por
exemplo, é um dos mais completos
da linha, pois foram associados atri-
butos de rusticidade e resistência com
qualidade, aspectos difíceis de serem
sincronizados. Já o tomate itaipava se
destaca pelo excelente pegamento de
frutos nas primeiras pencas. A melan-
terísticas do varejo especializado. “Por
ser uma linha que se estende ao uso
de empresas especializadas, o design
é mais simples, técnico e profissional”,
explica o gerente de marketing, Noel
Junior. A Dexter latina atua no merca-
do de inseticidas desde 1996, quando
lançou a isca atrativa Mosca Killer, por
meio da primeira fábrica, no sudoeste
do Paraná. No ano passado, a empresa
de São José dos Pinhais foi responsável
por 1,4% do mercado de inseticidas –
dominado por multinacionais –, com um
faturamento de r$ 26 milhões. A expec-
tativa é dobrar esse valor até 2018.
A marca termifin cresceu e, agora, é uma
família de produtos. Além do tradicional
termifin Fipronil Multi-insetos – inseticida
polivalente de efeito prolongado da Dexter
latina –, o nome passa a identificar uma
linha de controle de pragas destinada ao
varejo especializado. As novidades são:
termifin Gel Mata-formigas, termifin Gel
Mata-baratas, termifin Mata-lesmas, ter-
mifin Glifosato herbicida, termifin isca
Mata-ratos, termifin imazapir herbicida
e termifin imidacloprido.
Para valorizar a identidade da marca, a
empresa investiu na criação de emba-
lagens modernas, com foco nas carac-
cia ranger tem elevada precocidade
e frutos graúdos, com média de 13
kg de peso. Possui ainda sementes
grandes para o plantio e com elevado
vigor, o que garante rápido estabele-
cimento das plantas de melancia na
área. A alface americana Astra é típica
de verão com uma grande adaptação
a variações climáticas.
os resultados desses lançamentos e
de outros produtos poderão ser con-
feridos no novo campo experimental
da Agristar, durante o tradicional open
Field Day (Dia de Campo), que a em-
presa promove nos mesmos dias da
feira, das 7h às 16h.
AGRIStAR APRESENtA MIxPARA HORtIfRutICultuRA
DExtER lAtINA fOCA vAREjO ESPECIAlIzADO
A Dexter Latina atua no mercado de inseticidas desde 1996.
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78 AgroRevenda mai/jun 2015
prateleira
Para atender à demanda por produtos dife-
renciados, a Agristar desenvolveu uma linha
de produtos que inova nos quesitos forma-
to, praticidade e facilidade de consumo.
Voltada para o mercado gourmet, a linha,
denominada Especialidades, apresenta os
mini tomates Mascote, Dellycia, tomato-
berry e Piccolo, a mini berinjela Milan, mini
alface Folha do Bebê e mini abobrinhas
Bola Squash e Eight Ball. Segundo Carlos
Formoso, coordenador técnico de vendas,
houve um crescimento acima de 50% no
consumo anual desses itens nos últimos
A Cargill Divisão de Nutrição Animal lança o
programa nutricional Neopigg, cujo objetivo
é dar mais viabilidade aos leitões, garantin-
do que o produtor tenha maior rentabilidade
por meio do controle da sua produção, ven-
dendo mais quilo de leitão produzido.
o Programa Neopigg se encaixa para os
leitões na fase de maternidade e na tran-
sição para creche. É composto por quatro
produtos combinados que podem formar
Fabricante de tratores e cultivadores moto-
rizados, a Agritech passa a atuar no merca-
dois anos. “os produtos já estão consolida-
dos na mesa de muitos brasileiros e estão
deixando de ser tendência para se torna-
rem realidade. Seu cultivo já é encontrado
em quase todas as regiões e devem fazer
continuar a crescer nos próximos anos, em
quantidade de plantas e diversidade de
materiais”, explica.
quando comparadas às variedades con-
vencionais, as mini hortaliças garantem
mais vantagens ao produtor, pois são co-
mercializadas com maior valor agregado.
“Nesse mercado, o produtor tem uma opor-
três soluções diferentes, dependendo da
necessidade do produtor.
o Neopigg resgate é indicado para pro-
dutores com alta produtividade, alta mor-
talidade na granja e com problema de
leitões com baixo peso ao nascer. Seus
principais benefícios são: recuperação
leitões de baixo peso, redução da mor-
talidade e desuniformidade da leitegada.
o Neopigg totalCare também é para pro-
tunidade de agregar valor ao seu produto
e obter maior lucratividade em seu negócio
em uma menor área de produção”, acres-
centa Formoso.
dutores com alta produtividade, mas granja
com dificuldades em fazer mães de leite.
Essa solução é fundamental para dar mais
cuidado aos leitões excedentes, reduzir as
mães de leite e aumentar a produtividade.
Por último, o Neopigg Suporte foi desen-
volvido para produtores com problemas
de baixo peso e alta mortalidade, com as
vantagens de aumentar o peso dos lei-
tões ao desmame e reduzir a mortalidade.
do de tratores com
potência acima de
80 cv, por meio
do lançamento do
modelo 1185 S tur-
bo, ocorrido na 22ª
Agrishow.
“Este lançamento
não traz apenas
diferenciais tecno-
lógicos, mas no-
vas culturas para
o leque de atuação
da Agritech. isso
nos permite explorar novos horizontes e
ampliar nossas possibilidades”, explica
o gerente da Divisão de Vendas, Nelson
Watanabe. o modelo 1185 S turbo conta
com motor turbo de 85 cv, o que propor-
ciona mais torque e operações silenciosas
e econômicas. traz câmbio sincronizado;
sistema de direção hidrostática com gran-
de precisão; eixo dianteiro mais robusto e
com maior eficiência de tração; sistema de
refrigeração de água e óleo integrado; e le-
vantador hidráulico com Sistema Autolift. A
Agritech lavrale – Divisão Agritech faz par-
te do Grupo Stedile e surgiu com a cisão
da Yanmar do Brasil. Fabrica os tratores
e microtratores Yanmar Agritech, além de
implementos agrícolas. No final de 2014
a empresa atingiu a marca de 100 mil
tratores produzidos pela sua fábrica, em
indaiatuba (SP).
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ãotRAtOR DE 85 Cv é DEStAquE DA AGRItECH
lEGuMES EM NOvOS fORMAtOS E SAbORES
SOluçÃO INtElIGENtE PARA AMPlIAR PRODutIvIDADE DOS SuíNOS
1185 S Turbo da Agritech foi lançado na Agrishow 2015.
78 AgroRevenda mai/jun 2015
Divu
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ão
Legumes em novos formatos e sabores.
mai/jun 2015 AgroRevenda 79
A ZF aproveitou a Agrishow 2015 para apre-
sentar três novidades voltadas ao segmen-
to fora de estrada. o Eixo tSA 09 traz vários
diferenciais em relação a seu antecessor, o
AS 3035, como sua vedação, que o qua-
lifica para aplicações mais severas. Sua
capacidade de carga foi elevada em 25%.
Já o Eixo Dianteiro AS 3065 3 M, fabricado
em Sorocaba (SP) com bitola larga para
tratores foi desenvolvido especificamente
forjadas e cárter de magnésio, o que
permite a utilização até mesmo em
aplicações mais pesadas.
o Grupo husqvarna é o maior fabri-
cante global de equipamentos para
manejo de áreas verdes, incluindo
motosserras, roçadeiras, cortadores
de grama robóticos e tratores de
jardim. o grupo também é líder no
mercado europeu de produtos para
irrigação doméstica e um dos líderes
mundiais em equipamentos e ferra-
mentas de corte e diamantadas para
as indústrias de construção e pedra.
Presente em 40 países e com média
de 14 mil funcionários, suas vendas
líquidas totalizaram cerca de r$ 10
bilhões no ano passado.
Multinacional sueca líder em equipa-
mentos para o manejo de áreas ver-
des, a husqvarna relança a Motosser-
ra 281 XP, que apresenta o exclusivo
sistema anti-vibração e a empunhadu-
ra dianteira angulada, permitindo ao
profissional manusear o equipamento
durante longas jornadas de trabalho
de forma segura e confortável.
Garantido a durabilidade do produto,
a husqvarna investe também se pre-
ocupou com a qualidade das peças
que compõem o produto, como o vi-
rabrequim produzido em três peças
para a aplicação canavieira. o equipamen-
to possui 3m comprimento, o que permite
ao trator não passar com suas rodas sobre
os brotos de canaviais, aumentando sua
vida de quatro para oito cortes e a área útil
plantada em 16%. A transaxle t 537 é um
produto que incorpora transmissão e eixo
traseiro em um único pacote. Foi projetado
para tratores com potência de até 100 cv.
Possui menos componentes e proporcio-
na maior facilidade na manutenção. Sua
transmissão totaliza 16 marchas à frente e 8
marchas a ré. Em terrenos difíceis, oferece
acionamento via engate seco (sendo acio-
nado hidraulicamente).
Com 113 unidades produtivas em 26 paí-
ses, a ZF é uma das líderes mundiais em
tecnologia de sistemas de transmissão
para a indústria automobilística. Em 2014,
registou vendas de €18,4 bilhões.
o Grupo Matsuda está lançando duas
cultivares: de Panicum maximum, MG12
Paredão, e de Brachiaria brizantha, MG13
Braúna. Ambas já se encontram registradas
e protegidas junto ao Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A cultivar MG12 Paredão tem como prin-
cipal característica a alta produção de
forragem, com folhas compridas e largas,
quando comparada à Mombaça. Apresen-
ta rebrota vigorosa, rápida e uniforme, além
de boa tolerância à seca. outra característi-
ca importante é a alta palatabilidade, resul-
tando em altas produções de carne e leite.
É recomendada para pastejo direto, corte
e para silagem. A cultivar MG13 Braúna é
uma cultivar de Brachiaria brizantha de rá-
pida rebrota, com boa produção de forra-
gem, bem distribuída e de boa qualidade
nutricional. Apresenta ainda melhor adapta-
ção à seca e ao veranico quando compara-
da à brachiária MG-4. recomenda-se seu
uso para as fases de cria, recria e engorda.
Não é recomendada para equídeos.
As sementes dessas cultivares serão co-
mercializadas através da tecnologia de re-
vestimento “Série GolD MAtSuDA”, que
utiliza no tratamento polímero e fungicida,
facilitando o plantio.
HuSqvARNA RElANçA MOtOSSERRA
zf ExPõE lINHA DE fORA DE EStRADA
NOvAS CultIvARES DE bRACHIARIA E PANICuM DA MAtSuDA
Novo cultivar MG13 Braúna.
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Motosserra 281 XP apresenta o exclusivo sistema anti-vibração.
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prateleira
Conforme o diretor executivo, rafael
Klein, o novo terminal virtual portátil
permite integrar, em um único produto,
as necessidades de controle de má-
quinas embarcado em cabines, com a
flexibilidade do uso do mesmo equipa-
mento fora dela, como um assistente
pessoal para uso agrícola, que pode
complementar a função do computa-
dor no escritório da fazenda.
Pioneira no segmento, a Agres, dona
de uma linha de produtos com tecno-
logia própria e
inovadora para
automação de
máquinas agrí-
colas, figurou
em 4º lugar
entre as peque-
nas e médias
empresas que
mais cresceram
no Brasil em 2014, segundo estudo
feito pela consultoria Deloitte em par-
ceria com a revista Exame PME.
há mais de uma década no mercado,
a Agres lançou, durante a Agrishow, re-
alizada no mês passado, em ribeirão
Preto (SP), o isoPad, produto com tec-
nologia nacional e resultado de mais de
três anos de pesquisa e desenvolvimen-
to. “Ao lançarmos o primeiro terminal
virtual portátil do mercado, procuramos
enfatizar nossa proposta de valor, que é
ajudar nosso cliente a buscar a melhor
forma de automatizar sua máquina”, ex-
plica o presidente e fundador da empre-
sa, Jorge leal.
A New holland reforça sua aposta no
desenvolvimento da agricultura familiar.
Desde o começo de março, os pequenos
agricultores podem adquirir pelo progra-
ma Mais Alimentos, exclusivamente pela
marca, itens de agricultura de precisão,
como GPS e piloto automático, junto ao
trator tl 75 cabinado.
Segundo rudimar rigo, gerente de vendas
especiais, “os filhos dos produtores, que
estão começando a cuidar dos negócios
da família, têm plena consciência da impor-
tância da utilização da tecnologia, até então
utilizada apenas em grandes propriedades,
para o aumento da produtividade e redu-
ção de custos”, relata.
o trator tl 75 cabinado, com GPS e piloto
automático, pode ser financiado pelo Mais
Alimentos com prazo de até 10 anos para
pagamento, juros de 2% e até três anos de
carência, se houver necessidade.
De acordo com o gerente da New holland,
“a aceitação do público é grande e de-
monstra a necessidade de evoluirmos junto
com o pequeno agricultor”.
Além de buscar tecnologia que aumente a
eficiência e reduza custos no campo, esses
produtores estão focados em inovações
versáteis e de fácil acesso, em linha com o
conceito mundial smart da marca.
AGRES APRESENtA CONCEItO INéDItO DE tAblEt PARA AGRICultuRA
AGRICultuRA DE PRECISÃO CHEGA A tRAtORES DO MAIS AlIMENtOS
GPS e piloto automático, junto ao trator TL 75 cabinado, na agricultura de precisão.
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A Komatsu Forest lançou um sistema
exclusivo de bombas hidráulicas - 3PS,
que aumenta a produtividade e a eco-
nomia de combustível. A eficiência
energética do novo sistema triplo de
bombas resulta em economia de com-
bustível para o proprietário da máquina,
uma vez que o consumo por m³ proces-
sado é consideravelmente menor, em
comparação com um harvester sem um
sistema de bombas triplo.
o novo sistema 3PS é baseado em três
bombas, onde a bomba de transmissão
é separada das outras duas, que são
usadas apenas para o sistema hidráu-
lico da máquina. os sistemas hidráuli-
cos de trabalho são divididos em dois
circuitos, de alta e baixa pressão. Para
o processamento de tarefas que exigem
uma grande quantidade de óleo - ou
energia hidráulica - os dois circuitos são
combinados para o máximo de potên-
cia e desempenho. o circuito de baixa
pressão é utilizado para as funções com
necessidades menores, de modo que
não há produção de energia hidráulica
desnecessária. A demanda de potência
hidráulica também é coordenada com
o rendimento do motor diesel e o siste-
ma de força é regulado pelo sistema de
controle MaxiXplorer.
A Komatsu Forest tem sede em Pi-
nhais (Pr) e filiais no Espírito Santo,
São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul
e Amapá. É responsável pela comer-
cialização de máquinas, equipamento
e peças de reposição Komatsu no Bra-
sil, uruguai e Argentina.
MAIS PRODutIvIDADE COM MENOS COMbuStívEl
80 AgroRevenda
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82 AgroRevenda mai/jun 2015
por onde andamos
Na Agrishow: Carlão da Publique entre José Alcides Munhoz, vice-presidente do Conselho de Administração do Bradesco e João Aguiar Alvarez.
Na Agrishow: Angélica, da Stara.
Na Agrishow: no estande da Lumagi.
Na Agrishow: Carlão entre Alessandro Pires e Márcio Prado, da Agel.
Na Agrishow: Bruno Maqnelson, Rodrigo e Marcos Gaio.
Na Agrishow: com Francisco Vila, diretor da SRB, e Carla Tuccilono estande Caminho do Boi.
Na Agrishow: no estande da Nortox.
Na Agrishow: no estande da Beckhauser.
Na Agrishow: no estande da Embraer.
Na Agrishow: Carlão da Publique entre os profissionais da TV Globo.
Na Agrishow: Carlão da Publique e Fernando da Trapp.
Na Agrishow: Carlão da Publique e Julio Muller, da Hennings.
Na Agrishow: Carlão da Publique com a equipe da DSM.Na Agrishow: Carlão com Matheus Menta, diretor presidente da Menta.
Na Agrishow: Carlão com Paula Leardini, da Braskem e Natalia Mielczareck da Abiplast.
Em São Paulo com João Aguiar Alvarez,do Bradesco e da Fazenda Valônia.
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Na Agrishow: Carlão entre Rodrigo e Marcos Gaio.
Na Agrishow: Carlão com Paulo César Oliveira, diretor de Novos Negócios da FMC.
Na Agrishow: Carlão entre PJ, diretor geral da Jacto Clean e Tonon, gerente de comunicação da Jacto.
Na Agrishow: Carlão com equipe da Balanças Açores.
Na Agrishow: Carlão com Ronia Carvalho, do marketing da Coopercitrus.
Matheus Menta, diretor presidente da Mentae Francisco Maturro, diretor da ABAG.
Na Agrishow: Carlão com Daniel de Gois, da ZM Bombas.
Na Agrishow: Carlão entre Leandro de Faria Braga, gerente Regional de Vendas Pecuária, unidade de negócios Ruminantes da MSD e Rafael Massoli, consultor em vendas da MSD.
Na Agrishow: Na TV Globo, com o diretor de Agronegócios Jacques Paciullo e Rodrigo Carrara.
No CONAREM 2015 - Marcelo Renk Real, diretor Comercial da Real H.
Em Campinas, SP: Carlão com Luiz Rossi, presidente da AgRoss.
Na Agrishow: no estande Caminho do Boi, com diretores da SRB.
No CONAREM 2015 - Congresso Nacional dos Representantes da Nutrição da REAL H: Carlão entre Marcelo Renk Real e Claudio Martins Real.
No CONAREM 2015 - Devvy Howard, gerente de Marketing da REAL H.
Na Expodireto Cotrijal: Omar Alfredo Zilch, executivo Técnico da Unimassey, Neuci Cicheroli Dias, Grupo Publique e Carlito Eckert, diretor Nacional de Vendas da Unimassey.Em Campinas, SP: Carlão e Sergio Takano, da Vencofarma.
Na Agrishow: Carlão com o Fernando Degobbi, diretor de Marketing da Coopercitrus.
84 AgroRevenda mai/jun 2015
Agência OOcial de Turismo(Passagens e Reservas de Hotel)
FronturE-mail: [email protected]
Fones: 0300 210 11 22 (custo de ligação local)+55 45 3574-7800
wwwww.frontureventos.com.br
Informações e Secretaria do EventoE-mail: [email protected]
Fone: +55 19 3305-2295
www.beefexpo.com.br facebook.com/beefexpo
O Beef Management é um painel de discussão sobre gestão, economia, marketing e administração, que reunirá palestras dos especialistas ao lado na Beef Expo 2015. Mas eles não serão os únicos presentes: o Beef 360º acontecerá simulta-neamente no evento, uma sala com apresentações técnicas, cujo foco é o uso da tecnologia nas diferentes áreas que envolvem a Pecuária. Já estão connrmados 65 palestrantes papara o evento. Garanta a sua inscrição!
Patrocinador Diamante Patrocinador Platina
|Realização
Coorganização
O maior evento latino-americanoda Pecuária de Corte
Foz do Iguaçu | PR | Brasil21 e 22 de outubro de 2015
Quer conhecer todos os 65 palestrantes?
Acesse: www.beefexpo.com.br/palestrantes
Gustavo Junqueira
Lygia Pimentel
Rubens Catenacci
Francisco Vila José Pedro CrespoAntônio Chaker Rodrigo Albuquerque Fabiano Tito Rosa
Pietro Baruselli Gustavo Rezende Enrico Ortolani Mateus Paranhos
Flavio Rezende Alexandre Parise Carlos Viacava Pedro Merola
Osler Desouzart Rodrigo Troncoso Ricardo Reilly Sérgio de Zen
A BeefExpo 2015 apresenta:
mai/jun 2015 AgroRevenda 85
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86 AgroRevenda mai/jun 2015
Divu
lgaç
ão
fotolegenda
Para toda crise existe um caminhoe uma luz”
Itatinga, SP | Esc. Central: (14) 3014.9144 | Departamento Comercial: (14) 9.9784.5293 - Beto | www.seleon.com.br
mai/jun 2015 AgroRevenda 87
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para você.
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Itatinga, SP | Esc. Central: (14) 3014.9144 | Departamento Comercial: (14) 9.9784.5293 - Beto | www.seleon.com.br
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