revista abre-te cérebro! #1

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Abre-te cérebro! STOP-MOTION Dando vida ao inanimado GRAFFITI Arte para todos ENTREVISTAS Jornalista —Taana Cesso Ilustrador — Robledo Lira O NASCIMENTO DO CINEMA Fique por dentro desta história MONSTRENGOS Feios que nos atraem FOTONOVELA “Uma lição que causou confusão” E+ Assismos e Indicamos Curta o curta Dicas de leitura POEMAS ILUSTRADOS Arnaldo Antunes Paulo Leminski BATE PAPO Paula Pezzoni Schekiera Assessora de Imprensa Ilustrações — Robledo Lira Revista Eletrônica

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Abre-te Cérebro #1 Revista Eletrônica - Por Matéria Prima no Ar - Cultura Digital e Renata Melo

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Page 1: Revista Abre-te Cérebro! #1

Abre-te cérebro!

STOP-MOTION

Dando vida ao inanimado

GRAFFITI Arte para todos

ENTREVISTAS

Jornalista —Tatiana Cesso

Ilustrador — Robledo Lira

O NASCIMENTO DO CINEMA

Fique por dentro desta história

MONSTRENGOS

Feios que nos atraem

FOTONOVELA

“Uma lição que causou

confusão”

E+

Assistimos e Indicamos

Curta o curta

Dicas de leitura

POEMAS ILUSTRADOS

Arnaldo Antunes

Paulo Leminski

BATE PAPO

Paula Pezzoni Schekiera

Assessora de Imprensa

Ilu

stra

çõe

s —

Ro

ble

do

Lir

a

Revista Eletrônica

Page 2: Revista Abre-te Cérebro! #1

STOP-MOTION

Dando vida ao inanimado

GRAFFITI Arte para todos

O NASCIMENTO DO CINEMA

Fique por dentro desta história

DICAS DE LEITURA

ENTREVISTAS

Jornalista — Tatiana Cesso

Ilustrador — Robledo Lira

BATE PAPO

Paula Pezzoni Schekiera

Assessora de Imprensa

Page 3: Revista Abre-te Cérebro! #1

MONSTRENGOS

Feios que nos atraem

O NASCIMENTO DO CINEMA

Fique por dentro desta história

POEMAS ILUSTRADOS

Arnaldo Antunes e Paulo Leminski

ASSISTIMOS E INDICAMOS

Comentários sobre filmes

FOTONOVELA

“Uma lição que causou

confusão”

CURTA O CURTA

Curta-metragens

Page 4: Revista Abre-te Cérebro! #1

Abre-te cérebro! #1

Revista Eletrônica

Esta revista é o resultado do trabalho desenvolvido pelo

Ateliê Matéria Prima no Ar, no 1º semestre de 2012. Du-

rante este período assistimos a longas e curtas-metragens,

lemos livros, revistas, jornais, poemas e contos, discuti-

mos sobre diversos assuntos, entrevistamos pessoas, fo-

mos ao cinema assistir a um filme em 3D e conferir de

perto à tecnologia mais avançada da atualidade. Tudo isso

com o objetivo de melhorar cada vez mais a nossa leitura

e escrita.

Ufa! Foi um semestre agitado e cheio de novidades que

agora, temos a chance de compartilhar com os nossos lei-

tores.

Abre-te cérebro!

Esta frase, que está no poema de abertura do livro As Coi-

sas, de Arnaldo Antunes, traduz de uma forma bem humo-

rada tudo o que a nossa turma deseja com os nossos estu-

dos e descobertas, o tesouro do conhecimento.

O Ateliê Matéria Prima no Ar, pertence ao Projeto Matéria Prima Itapevi,

um projeto sócio-educativo do Instituto Eurofarma, que oferece atividades

complementares ao ensino escolar para crianças e adolescentes com idade entre 7 e 12 anos.

Saiba mais sobre o Instituto Eurofarma:

http://www.eurofarma.com.br/versao/pt/resposabilidade/index.asp

Envie sugestões para os próximos volumes:

E-mail: [email protected]

Page 5: Revista Abre-te Cérebro! #1

Idealização: Ateliê Matéria Prima no Ar

Educadora responsável: Renata Melo

Participantes do Ateliê Matéria Prima no Ar

Beatriz Mariane Santana

Emanoel Pereira de Oliveira

Evelyn Vitória Freitas Silva

Gabriel Calixto Nunes

Igor Mateus de Oliveira

Karoline Vitoria Pereira

Kevin Pedro Silva

Samuel Calixto Nunes

Alessandro Alves Quatrini

Amanda Letícia Daniel

Caio Augusto Camargo

Carlos Augusto Soares

Ester de Araújo Souza

Guilherme Santos Moreira

Inara Priscila Santos

Larissa Rocha Menezes

Layanne Araújo da Silva

Lyncon Gabriel Gouvea

Maiara Aparecida Mendes

Maria Eduarda Conceição

Robert da Silva Arruda

Weverton Souza Ferreira

Capa: Robledo Lira

Diagramação: Bianca Colussi e Renata Melo

Realização: Instituto Eurofarma

Gestão pedagógica: La Fabbrica do Brasil

Page 6: Revista Abre-te Cérebro! #1

O graffiti é uma arte feita para todos, pois está nas ruas, o lugar por onde todas as pes-

soas passam. Existem vários artistas que estão, cada vez mais, inovando este tipo de

arte. Conheça agora algumas obras muito originais:

É uma série de fotografias de graffiti e pes-

soas. Primeiro Alexandre Orion faz um graffiti

numa parede, depois pega sua máquina

fotográfica e fica um pouco distante da

pintura. Ele espera alguém passar e estar

exatamente numa posição que faça uma

composição com o graffiti, assim, a obra se

completa. Esta espera pode demorar dias,

mas o resultado é incrível e muito original.

Para fazer esta obra, Alexandre Orion utilizou

uma técnica chamada “Graffiti Reverso”,

que, ao contrário do grafite tradicional, não

aplica, mas retira o material e faz surgir uma

imagem na parede.

Com apenas lenços e água ele retirou a fuli-

gem de um túnel e fez surgir imagens de mui-

tas caveiras. A intenção do artista foi fazer as

pessoas refletirem sobre a prejudicial poluição

da cidade de São Paulo.

Ele é designer, artista plástico e fotógrafo

autodidata. Suas obras já foram expostas

na Pinacoteca do Estado de São Paulo,

em Paris, em Nova York, além de outras

exposições em várias partes do mundo.

Page 7: Revista Abre-te Cérebro! #1

Trabalho desenvolvido pelos

artistas de rua: Leonardo De-

lafuente e Anderson Augusto,

mais conhecido como SÃO.

É um tipo de grafite muito cri-

ativo, feito em locais que ge-

ralmente nem notamos quan-

do passamos nas ruas, por

exemplo: bueiros, tampas de

esgoto, faixa de pedestre,

parte de baixo de postes e

caixas de eletricidade. A

transformação na paisagem

feita pelos grafiteiros, deixa a

cidade mais bonita, alegre e

simpática e todo mundo fica

muito mais feliz por ver um

trabalho tão colorido.

O nome do projeto “6 e Meia” também é mui-

to legal, pois quando os ponteiros do relógio

marcam este horário, eles estão voltados para

baixo... É como se esses artistas nos dissessem:

olhem para baixo e veja a arte que está aos

seus pés.

Eles e seus trabalhos estão ficando cada vez

mais conhecidos no Brasil e no exterior. Já de-

ram workshop no Centro Cultural Banco do

Brasil, fizeram intervenções urbanas na Alema-

nha, na Polônia e em casas noturnas de São

Paulo, entre outros trabalhos.

Page 8: Revista Abre-te Cérebro! #1

Curiosidade:

Georges Méliès , era um mágico ilusionista francês, que já

em 1902 misturava truques de mágica com a técnica do

stop-motion. Ele filmava uma imagem e parava a câmera, fazia alguma alteração, filma-

va de novo e parava novamente, fazia isso repetidas vezes e, assim, conseguia resulta-

dos que davam a ideia de transformação e desaparecimento nas cenas de seus filmes.

Como o próprio nome diz, stop-motion, movimento parado, é uma sequencia de fotogra-

fias de um mesmo objeto inanimado, ou seja, para dar a ilusão de movimento, são feitas

pequenas alterações na posição do objeto e a cada alteração, uma fotografia é tirada. A

sequência dessas fotografias, vistas rapidamente, nos dá a impressão que o objeto está

se movimentando.

Podemos fazer um filme em stop-motion de diversas formas: com bonecos de massinhas,

miniaturas, legos, desenhos e até mesmo com pessoas.

Durante muito tempo, este era o recurso mais utilizado pelos cineastas, quando ainda

não existia tanta tecnologia e computação gráfica. A solução para criar efeitos especiais,

robôs e monstros se movimentando era fazer tudo quadro a quadro.

Mas, apesar de tanta tecnologia que temos nos dias de hoje, alguns diretores gostam

muito de stop-motion e fazem questão de produzir um filme inteirinho utilizando esta

técnica, por exemplo, os filmes: A Noiva Cadáver, A Fuga das Galinhas, e o mais atual

Piratas Pirados, foram todos feitos em stop-motion.

Page 9: Revista Abre-te Cérebro! #1

Siga alguns passos e faça um vídeo em stop-motion:

1 - Escreva um roteiro;

2 - Prepare o equipamento que será utilizado. Você pode usar câmeras fotográficas, Ipads, ce-

lulares ou até mesmo o computador (uma sequência de desenhos feitos no programa Paint por

exemplo);

3 - Prepare um cenário para a movimentação. Pode ser feito de forma simples, até mesmo

com cartolina;

4 - Instale o equipamento num local onde ele possa ficar parado. No caso de máquina fotográ-

fica ou câmera filmadora, você pode usar um tripé, mas se não tiver, use a criatividade e posi-

cione o equipamento escolhido num local de sua escolha. O importante é que as fotos sejam

clicadas sempre no mesmo ângulo;

5 - Faça um teste com os equipamentos antes de começar a fotografar pra valer;

6 - Comece a fotografar. Não esqueça: para dar a ideia de movimento é preciso fazer leves

alterações na posição do objeto que será fotografado;

7- Coloque a sequencia de fotografias num programa de edição de vídeo, o mais comum é o

Windows Movie Maker, bem simples de utilizar;

8 - Pronto você já pode mostrar seu filme para os seus amigos!

Assista a vídeos muito legais feitos em stop-motion:

http://www.stopmotionbrasil.art.br/

Saiba mais sobre diretores do cinema que utilizaram em seus filmes a técnica do stop

-motion:

http://www.eba.ufmg.br/midiaarte/quadroaquadro/stop/princip1.htm#intro

Por Layanne Araújo e Maria Eduarda

Page 10: Revista Abre-te Cérebro! #1

Filme: Vermelho como o céu

Diretor: Cristiano Bortone

Roteiro: Cristiano Bortone, Pao-

lo Sassanelli, Monica Zapelli

Gênero: Drama

País: Itália

Ano: 2006

Filme: Piratas Pirados

Diretor: Peter Lord, Jeff Newitt

Roteiro: Gideon Defoe

Gênero: Animação

País: Estados Unidos e Reino

Unido

Ano: 2012

Este filme, baseado em fatos reais, conta a história de Mirco (Luca

Capriotti), que aos 10 anos sofre um acidente e, por conta disso, fica

cego. O filme se passa na década de 70 e, naquela época, defici-

entes visuais estudavam em escolas comuns. Por causa disso, ele é

encaminhado para uma escola especial, longe de sua cidade. Com

essa mudança radical, Mirco tem que aprender a conviver com sua

deficiência, além de sofrer com a ignorância do diretor da escola, o

que não é nada fácil pra ele. Mas, ao mesmo tempo, o menino é

recompensado pela paciência e dedicação de seu ótimo professor.

O mais bacana dessa história é quando, de uma maneira muito inte-

ressante, Mirco descobre sua paixão pelo áudio, o que levou Mirco

Mencacci na vida real a se tornar um dos melhores editores de áu-

dio do cinema italiano da atualidade.

Apesar de ser um drama, o filme tem partes muito divertidas. É um

filme bonito e sensível, que trata do assunto “deficiência visual” sem

nos levar a ficar com pena de pessoas que tem esta deficiência,

mas sim, perceber que elas são tão capazes como qualquer pessoa.

Esta é uma animação feita com a técnica do stop-motion.

Nesta história, o personagem principal, Capitão Pirata, quer vencer o

concurso de “Pirata do Ano”, o mais temido dos mares. Acontece

que ele não é tão temido assim e sua tripulação atrapalhada é me-

nos temida ainda, aliás, é uma verdadeira piada.

Os cenários deste filme são perfeitos, os personagens engraçados e

as cenas envolventes. Além dos personagens fictícios, podemos co-

nhecer personagens que viveram na vida real, a Rainha Vitória e

Charles Darwin.

Depois de uma grande aventura e muita confusão, o Capitão Pirata

percebe o que realmente interessa: o valor de seu grupo e a amiza-

de que tem por eles.

Estudo especial

Para assistirmos a este filme, fomos ao cinema. Foi um dia muito espe-

cial, por ter sido a primeira vez da nossa turma numa projeção em 3D,

além de conferirmos de perto esta tecnologia, vimos uma animação

feita com a técnica do stop-motion, assunto estudado neste semestre.

Page 11: Revista Abre-te Cérebro! #1

Filme: A invenção de Hugo Cabret

Diretor: Martin Scorsese

Roteiro: John Logan

Gênero: Aventura

País: Estados Unidos

Ano: 2011

Este filme é demais!!! Baseado no livro que tem o mesmo nome, do

autor Brian Selznick, mistura personagens que existiram de verdade,

como Georges Méliès (Ben Kingsley), com personagens criados na

ficção, como Hugo Cabret (Asa Butterfield).

Hugo é um menino órfão que aprendeu a consertar máquinas com

seu pai, antes deste falecer. Ele é esperto, inteligente e muito curio-

so, por isso, resolve desvendar um enigma para descobrir sua pró-

pria história.

Para descobrir o que quer, Hugo enfrenta muitos desafios e conhe-

ce várias pessoas, entre elas, Georges Méliès , o grande diretor ilusi-

onista, que deu início aos efeitos especiais do cinema.

O filme tem cenários lindos, a estação de trem e o grande relógio

onde Hugo mora escondido são alguns deles. Tem também muitos

efeitos especiais e personagens interessantes.

Este é um filme que nos mostra como o cinema era feito no come-

ço. Podemos conhecer cenas de filmes antigos, como por exemplo

'A chegada do trem na estação' e “viagem à lua”, vimos o primeiro

estúdio de cinema, feito de vidro para que a luz fosse bem aprovei-

tada, além de efeitos especiais feitos com truque de mágica e ou-

tros recursos interessantes, como o aquário que ficava na frente da

câmera, dando a impressão que os personagens estava no fundo

do mar.

Uma cena muito importante é quando Hugo e Isabele (Chloë Mo-

retz) conversam sobre encontrar a nossa função e vocação nesta

vida, pois o mundo é como uma grande máquina e somos parte

dela, somos suas peças que se encaixam, cada um tem uma fun-

ção, não existe peça extra, que sobra.

A turma no cinema

Page 12: Revista Abre-te Cérebro! #1

Dicas

de

Leitura

Livro: A Flauta Mágica

Autor: Wolfgang Amadeus

Mozart e Emanoel Schikane-

der

Adaptação: Rosana Rios

Coleção: Reencontro Infantil

Editora: Scipione

Esta história é de aventura, amor e de muita coragem. Em

sua maior parte passa-se numa floresta cheia de pe-rigos e mistérios. É neste lugar que começa a histó-ria dos personagens Tamino e Papagueno. Papagueno é um homem que caça aves e que se pa-rece muito com elas por causas de suas penugens. Já Tamino, é um príncipe esperto de uma terra bem distante. Certo dia, Tamino é atacado por uma enor-me serpente e, na fuga, cai numa ribanceira. Quan-do acorda ouve o som de uma flauta e então, co-nhece Papagueno, os dois tornam-se grandes ami-gos e vivem juntos uma grande aventura, enfrentan-do maldades, traições e feitiçarias. A história é envolvente e cheia de personagens inte-ressantes. Ela nos mostra que o amor vence barrei-ras, que devemos enfrentar os perigos com muita coragem e que a amizade e a fidelidade são coisas importantes que devemos preservar em nossas vi-das.

Dica de Evelyn Vitória

Livro: Drácula

Autor: Bram Stoker

Adaptação: Luc Lefort

Coleção: O Tesouro dos Clás-

sicos

Editora: Ática

O livro conta a história de um vampiro muito te-

mido e conhecido pelo mundo todo, o grande

Drácula! Mistérios, suspense, morcegos, cemité-

rio, sangue, seres que vagam pela noite e muito

terror, assombram essa história clássica que vai

fazer você entender porque este vampiro ultra-

passa o tempo e continua deixando muita gente

sem dormir.

Dica de Alan Macedo

Page 13: Revista Abre-te Cérebro! #1

Livro: Ali Babá e os Quaren-

ta Ladrões

Adaptação: Luc Lefort

Coleção: O Tesouro dos

Clássicos

Editora: Ática

Este livro conta uma histó-

ria do personagem Ali Ba-

bá, um lenhador muito po-

bre. Certo dia quando estava andando por uma es-

trada, ele viu muitos homens se aproximarem de

uma pedra. Quando estavam bem perto, disseram a

frase mágica: Abre-te Sésamo! Essas palavras abri-

ram uma caverna onde dentro existia um grande

tesouro. Quando os homens saíram, Ali Babá repetiu

as palavras mágicas e a caverna se abriu. Ele pegou

dois sacos de dinheiro e achou que ninguém daria

falta, mas o que Ali Babá não sabia é que os homens

eram terríveis ladrões. Ficou curioso para saber o

que acontece depois? Então não deixe de ler e co-

nheça a aventura vivida por Ali Babá.

Esta é uma história muito antiga e conhecida, exis-

tem muitas adaptações sobre ela, mas a diferença

desta coleção é que em suas páginas finais existem

muitas informações sobre a época e o lugar onde se

passa a história. Vale conhecer.

Dica de Beatriz Mariane

Livro: Ela Disse, Ele Disse

Autora: Thalita Rebouças

Editora: Rocco

Este é um livro sensacional,

pois fala sobre uma realida-

de vivida pela maioria dos

adolescentes: a mudança.

Mudar é sempre difícil e

quando os pais da personagem Rosa se separam,

ela sofre muito, pois tem que deixar todos os seus

amigos e seguir rumo ao desconhecido. Então, ela

vai estudar numa escola onde não conhece nin-

guém e acaba sofrendo por causa disso. Só que o

que Rosa não sabe, é que é nesta mesma escola ela

irá viver muitas experiências importantes para a

sua vida, inclusive, conhecer pessoas superinteres-

santes, como o Léo.

O mais legal deste livro, é que a gente vê (ou lê) os

dois lados da história. Como a menina e como o

menino se sentem em situações semelhantes.

Eu adorei ler “Ela disse Ele disse", por isso, este, já

entrou para meu top 5 de melhores livros que já li.

Dica de Layanne Araújo

Page 14: Revista Abre-te Cérebro! #1

Curta o Curta

A Maior Flor do Mundo

Direção: Juan Pablo

Etcheberry

Ano: 2007

País: Espanha

Este lindo curta metra-

gem de animação foi

inspirado no livro A Maior Flor do Mundo, do escritor

português José Saramago. Ele conta a história de

um menino que mora numa aldeia e um dia en-

contra uma flor que está quase morrendo, então,

resolve cuidar da florzinha. Ele cuida com tanto ca-

rinho que a flor sobrevive e cresce tanto, que fica

mais alta do que uma árvore. A flor fica linda, enor-

me e muito agradecida por ele ter cuidado dela.

Quando o menino fica cansado, a flor retribui os

cuidados que ele teve com ela. Esta história nos faz

entender que é importante retribuirmos o bem que

fazem por nós, que o esforço, sempre vale a pena

e que somos capazes de fazer coisas que, muitas

vezes, parece impossível.

Clique no link e assista ao filme:

http://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U

Os fantásticos livros voadores do Sr Morris Lessmore

Direção: William Joyce, Brandon Oldenburg

Ano: 2011

País: EUA

O Sr. Morris estava escrevendo um livro sentado em sua varanda. De repente,

surge um enorme furacão e tudo voa pelos ares. Depois disso, ele vai parar

num lugar onde tudo está cinza.

Ainda confuso, Morris caminha pelo lugar, de repente, vê uma moça voando,

sendo levada por livros. Em seguida, encontra uma biblioteca onde os livros

tem vida. Ele entra e, logo, fica amigo dos livrinhos e então eles passam a viver

como uma família, onde uns cuidam dos outros. O Sr. Morris passa o tempo to-

do do filme escrevendo um livro e quando termina, é como se tivesse cumprido

a sua missão neste mundo. O tempo passa, então, ele já é um idoso e sai car-

regado pelos livros como se estivesse indo para outro mundo. Nesta parte, é

como se a história recomeçasse, pois de repente, surge uma criança para cui-

dar dos livrinhos. Este curta venceu o Oscar de Curta-Metragem de Animação

de 2011 e a mensagem que ele nos passa é que a vida só tem sentido e se tor-

na colorida, quando a leitura faz parte de nossas vidas.

Clique no link e assista ao filme:

http://www.youtube.com/watch?

v=eHxebCIXavw&feature=results_main&playnext=1&list=

PL7BE68D35A44EE05C

Page 15: Revista Abre-te Cérebro! #1

Velha História

Direção: Cláudia

Jouvin

Ano: 2004

País: Brasil

Este filme foi baseado num poema de Mário Quinta-

na e a narração é do ator Marco Nanini. Ele conta a

história de dois amigos, um homem e um peixe. Um

dia o homem foi pescar num rio e, de repente, o

anzol enroscou num lindo peixinho azul, mas o ho-

mem não teve coragem de comer o bichinho, ficou

com dó e então, o levou para casa para cuidar de

seus ferimentos. Os dois se tornam amigos e faziam

tudo juntos. O que acontece depois, nos causa

muitas emoções e nos faz refletir sobre nossas atitu-

des.des.

Clique no link e assista ao filme:

http://www.portacurtas.com.br/beta/filme/?

name=velha_historia

Os fantásticos livros voadores do Sr Morris Lessmore

Direção: William Joyce, Brandon Oldenburg

Ano: 2011

País: EUA

O Sr. Morris estava escrevendo um livro sentado em sua varanda. De repente,

surge um enorme furacão e tudo voa pelos ares. Depois disso, ele vai parar

num lugar onde tudo está cinza.

Ainda confuso, Morris caminha pelo lugar, de repente, vê uma moça voando,

sendo levada por livros. Em seguida, encontra uma biblioteca onde os livros

tem vida. Ele entra e, logo, fica amigo dos livrinhos e então eles passam a viver

como uma família, onde uns cuidam dos outros. O Sr. Morris passa o tempo to-

do do filme escrevendo um livro e quando termina, é como se tivesse cumprido

a sua missão neste mundo. O tempo passa, então, ele já é um idoso e sai car-

regado pelos livros como se estivesse indo para outro mundo. Nesta parte, é

como se a história recomeçasse, pois de repente, surge uma criança para cui-

dar dos livrinhos. Este curta venceu o Oscar de Curta-Metragem de Animação

de 2011 e a mensagem que ele nos passa é que a vida só tem sentido e se tor-

na colorida, quando a leitura faz parte de nossas vidas.

Clique no link e assista ao filme:

Page 16: Revista Abre-te Cérebro! #1

Personagens:

Ricardinho: Kevin Pedro

Tia: Evelyn Victória

Professora: Beatriz Mariane

Adriano: Gabriel Calixto

Adaptação do texto: A turma

Page 17: Revista Abre-te Cérebro! #1

FOTONOVELA

É uma história contada através de imagens fotográficas e balões com textos falados pelos per-

sonagens das fotos.

Sua origem foi na Itália, no final da década de 40. Mas, logo depois essas publicações surgiram

no Brasil, e foi nos anos 70 que se tornaram muito populares por aqui.

As publicações de fotonovelas eram feitas em revistas, livretos ou pequenos trechos editados em

jornais.

Inspirados nessas publicações antigas, fizemos a nossa própria fotonovela, a partir do conto

“Lado a lado, bem bolado”, do escritor Pedro Bandeira.

Se quiser saber mais sobre fotonovelas, entre nestes blogs que são bem legais e tem muita infor-

mação sobre o assunto:

http://joaopiol.blogspot.com.br/p/apresentacao_09.html

http://asfotonovelas.blogspot.com.br/p/as-fotonovelas-uma-historia-de-ascensao.html

FIM

Page 18: Revista Abre-te Cérebro! #1

ANTES DO CINEMA

Antes do cinema existir como conhecemos hoje, alguns

inventos foram criados para dar a ilusão de movimento.

Estes inventos foram muito importantes para o surgimento

do cinema. Veja só alguns deles:

Fenacistoscópio - Criado em 1870 pelo físico

Joseph Plateau, era um disco com várias fi-

guras de pessoas desenhadas em posições

diferentes. Ao girar este disco, as figuras pa-

reciam estar se movimentando.

Praxinoscópio - Criado por Emile Reynaud,

em 1870, este aparelho era um tambor gira-

tório com desenhos colados em seu interior.

No centro havia diversos espelhos. Ao girar

o tambor, os desenhos se refletiam e pareciam se movi-

mentar.

Cinetoscópio - Inventado por Thomas A. Edi-

son, era uma máquina onde dentro ficava um

filme perfurado, que se projetava através de

uma tela e uma lente de aumento. Uma pes-

soa de cada vez se posicionava na máquina

para assistir a projeção.

DESVENDANDO O MOVIMENTO

Certa vez, um governador da Califór-

nia chamado Leland Stanford, comen-

tou com um amigo que durante um

galope, um cavalo tirava as quatro pa-

tas do chão. O amigo não acreditou

em Leland, pois era impossível perceber este movimento

com os olhos humanos. Então, eles fizeram uma aposta e o

fotógrafo Eadweard Muybridge foi contratado para resolver

a questão. Muybridge utilizou 24 câmeras fotográficas, cada

uma armada com um disparador automático, ao longo de

um percurso percorrido pelo cavalo. Ao final do experimen-

to, ficou comprovada a tese do governador Stanford: o ca-

valo realmente fica com as quatro patas no ar durante o ga-

lope.

Alguns anos mais tarde, esta sequência de fotos foi essencial

para o desenvolvimento do cinema.

O N

ASC

IMEN

TO D

O C

INEM

A

Page 19: Revista Abre-te Cérebro! #1

DOIS IRMÃOS E UM GRANDE AVANÇO

Em 1895, dois irmãos franceses, Louis e Auguste Lumière criaram o

Cinematógrafo um aparelho que, ao mesmo tempo, filmava, copi-

ava e projetava imagens. Para criarem o mecanismo do cinemató-

grafo, eles observaram muito tempo máquinas de costura. Este

equipamento é considerado um avanço na qualidade do cinema

da época.

A PRIMEIRA SESSÃO

A primeira projeção cinematográfica foi em 28 de dezembro de

1895, num salão em Paris, para quase 100 pessoas. O filme esco-

lhido foi “A chegada de um trem à estação da cidade”, dos

irmãos Lumière, que mostrava uma locomotiva chegando nu-

ma estação ferroviária. Como o cinema era uma grande novi-

dade, durante a projeção as pessoas se assustaram quando vi-

ram o trem se aproximando na telona. Muitas se esconderam embaixo das cadeiras ou

pularam de tanto susto, com medo de o trem invadir a sala de exibição.

Clique no link e assista ao filme A chegada de um trem à estação da cidade, de 1895:

http://www.youtube.com/watch?v=YviZri3fbv4

MÁGICA NO CINEMA

Georges Méliès , um ator e mágico ilusionista, estava na pla-

teia na projeção cinematográfica dos irmãos Lumière. Ele fi-

cou tão encantado após assistir o trem em movimento na te-

lona que começou a se interessar pelo cinema e, por causa

disso, virou produtor e diretor de cinema, criando técnicas de

trucagem, fusão de imagens e efeitos especiais. Ele levou a

técnica do teatro e da mágica para o cinema e foi o primeiro

a filmar com figurinos, cenários e maquiagem. Ele produziu

centenas de filmes e marcou a história do cinema.

Clique no link e assista ao filme Viagem à lua, de 1902, dirigido por George Miliès:

http://www.youtube.com/watch?v=1eVtv1YyzOU&feature=related

Page 20: Revista Abre-te Cérebro! #1

O N

ASC

IMEN

TO D

O C

INEM

A

CINEMA MUDO

De seu surgimento, até pouco mais da meta-

de da década de 20, o cinema era mudo,

mas isso não queria dizer que era totalmente

silencioso, pois sempre tinha o acompanha-

mento de uma sonoplastia, um órgão ou um

piano para contar as histórias. O maior artista

desta época foi Charles Chaplin. Ele fazia tudo

em seus filmes, escrevia o roteiro, atuava,

dirigia, produzia, montava, dirigia a fotografia,

compunha as músicas e ainda regia a orquestra. Ele criou o personagem

Carlitos, que ficou conhecido no mundo inteiro.

A CHEGADA DA VOZ AO CINEMA

Com a evolução do cinema, no ano de 1927, foi criado um aparelho

capaz de reproduzir som e imagem simultaneamente, com isso o ci-

nema deixa de ser mudo. O público vibrava ao ouvir as vozes dos

atores. Mas, uma coisa que era pra ser bacana acabou sendo um

transtorno para alguns artistas, pois muitos não se adaptaram a essa

nova forma de fazer cinema, ou então, tinham vozes estranhas e por

isso, não eram mais chamados para filmar. Assim, alguns entraram em

decadência, já outros adoraram a novidade e se tornaram grandes

estrelas do cinema.

Page 21: Revista Abre-te Cérebro! #1

SUCESSO TOTAL!

Em 1903, o cinema começou a

crescer. Grandes indústrias or-

ganizavam a distribuição de fil-

mes, investia dinheiro nas produ-

ções.

Em 1910 surgiu Hollywood, uma

cidade toda preparada para grandes produções

cinematográficas.

CINEMA MUDO

De seu surgimento, até pouco mais da meta-

de da década de 20, o cinema era mudo,

mas isso não queria dizer que era totalmente

silencioso, pois sempre tinha o acompanha-

mento de uma sonoplastia, um órgão ou um

piano para contar as histórias. O maior artista

desta época foi Charles Chaplin. Ele fazia tudo

em seus filmes, escrevia o roteiro, atuava,

dirigia, produzia, montava, dirigia a fotografia,

compunha as músicas e ainda regia a orquestra. Ele criou o personagem

Carlitos, que ficou conhecido no mundo inteiro.

A CHEGADA DA VOZ AO CINEMA

Com a evolução do cinema, no ano de 1927, foi criado um aparelho

capaz de reproduzir som e imagem simultaneamente, com isso o ci-

nema deixa de ser mudo. O público vibrava ao ouvir as vozes dos

atores. Mas, uma coisa que era pra ser bacana acabou sendo um

transtorno para alguns artistas, pois muitos não se adaptaram a essa

nova forma de fazer cinema, ou então, tinham vozes estranhas e por

isso, não eram mais chamados para filmar. Assim, alguns entraram em

decadência, já outros adoraram a novidade e se tornaram grandes

estrelas do cinema.

E VIVA A EVOLUÇÃO!

O cinema teve uma rápida evolução desde que foi cria-

do. Conforme o tempo foi passando, muitas coisas foram

sendo melhoradas: som, cores, efeitos especiais, ima-

gem, equipamentos, entre outras coisas. Toda essa evo-

lução, devemos à tecnologia que não para de avançar.

Fonte de pesquisa:

Livro: Era uma vez o cinema / Editora: Melhoramentos

Sites:

http://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema/

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-

cinema/historia-do-cinema-1.php

http://www.culturamix.com/cultura/a-evolucao-do-

cinema

Por Inara Priscila Santos, Layanne Araújo, Maria Eduarda, Larissa Rocha e Evelyn Vitória

Page 22: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C. - Qual é a sua formação?

T.C. - Eu cursei Comunicação Social na Universidade Anhembi Mo-

rumbi em São Paulo. Neste curso você pode escolher Publicidade,

Jornalismo, Relações Públicas e Rádio e TV. Então, eu escolhi Jorna-

lismo.

A.C. - Por que você decidiu ser jornalista?

T.C. - Na verdade não foi uma decisão. Desde que eu tinha a idade

de vocês eu era muito apaixonada por revistas, eu colecionava e

assinava a Revista Capricho, que as meninas conhecem muito bem.

Eu gostava tanto daquele material que ficava pensando em como

eu poderia fazer parte daquilo. Eu queria fazer parte de uma turma

e a turma que eu escolhi foram os jornalistas.

A.C. - Com quantos anos você fez o seu primeiro trabalho como jor-

nalista?

T.C. - Eu acho que eu tinha 18 anos. Eu estava fazendo cursinho e

na saída da aula ganhei uma revista chamada Putz. Era uma revista

nova, e eu fiquei muito animada porque era uma revista bem engra-

çada, falava de balada, assuntos que com 18 anos era os meus as-

suntos. E eu mandei na época um fax pra revista falando que eu

tinha gostado muito da publicação e perguntei se eu podia colabo-

rar de alguma forma, se eu podia escrever pra eles. Eles aceitaram,

me chamaram, então eu fui conversar com o editor. Naquele mes-

mo dia, ele me indicou uma balada, então eu fui com o fotógrafo e

escrevi uma matéria sobre a balada que ele indicou. Eu contei co-

mo eram as pessoas, como era o som, enfim, escrevi uma matéria

de balada. Depois dessa reportagem, essa revista me contratou.

Então, eu comecei a trabalhar como repórter, antes de entrar na

faculdade. Era uma revista bem pequena e foi muito bom ter come-

çado assim, para experimentar a profissão.

Sua carreira de jornalista começou quando ainda era muito jovem, aos 18

anos, antes de entrar na faculdade. Produziu reportagens para as principais

revistas do Brasil e, com isso, construiu um portfólio recheado de matérias

diversificadas. Atualmente ela mora em Chicago, mas continua escrevendo

para revistas brasileiras. Para falar com Tatiana, utilizamos o Skype, esta fer-

ramenta tecnológica muito utilizada para entrevistas nos dias de hoje.

Page 23: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C. - Sabemos que você está morando em Chicago. Por que você resol-

veu ir embora do Brasil?

T.C. - Eu mudei pra Chicago, não por uma decisão profissional, mas por-

que eu me casei e meu marido mora aqui, então eu vim aqui morar com

ele. Profissionalmente foi uma decisão bem ousada porque o meu inglês

era muito ruim. Agora o meu inglês é melhor, mas quando eu cheguei,

não era. Eu já tinha uma profissão bem avançada aí no Brasil, eu era edi-

tora de uma revista. E quando eu cheguei aqui, tive que começar tudo de

novo, não falando a língua direito. Eu trabalho como Freelancer, então eu

escrevo reportagens, de forma independente, e vendo para algumas re-

vistas do Brasil. Este trabalho depende muito da minha garra aqui. Eu

tenho que conseguir entrevistados, tenho que marcar as entrevistas, ter

ideias, vender essas matérias para revistas do Brasil e, além de tudo, eu

ainda tenho a limitação da língua, ainda não falo muito bem inglês, isso

me deixa um pouco insegura, mas, enfim, eu estou conseguindo superar

esses limites, eu não estou tendo muita vergonha. Então às vezes eu vou

fazer as entrevistas e sei que não estou falando tudo certinho, mas mes-

mo assim, eu consigo as informações que eu quero, então eu estou es-

crevendo bastante para o Brasil. Mas, enfim, eu vim pra cá porque eu me

casei.

A.C. - Você pretende voltar a morar no Brasil?

T.C. - Eu pretendo. Estou morando aqui vai fazer dois anos. Mas, acho

que eu ainda tenho muita coisa pra aprender por aqui. Porque profissio-

nalmente, às vezes, você chega num estágio que parece que já está bom,

como vocês já devem ter visto em meu portfólio, eu era editora de uma

revista de celebridades, então eu entrevistava muitas pessoas famosas,

trabalhava na Editora Abril, que é a maior editora do Brasil, mas eu tam-

bém queria descobrir outras culturas. Eu poderia ficar confortável neste

lugar, mas por outro lado, quando você tem vontade de crescer_ e cres-

cer quando eu falo é crescer na cabeça e não no bolso porque se a gente

quer crescer no bolso tem que trilhar um caminho diferente _enfim, eu

tinha muita vontade de crescer na cabeça, eu queria estudar inglês, que-

ria conhecer outras pessoas, além das celebridades. Porque eu acho que

agora o jornalismo está num momento muito voltado para as celebrida-

des, mas, existem outras pessoas muito interessantes que não são pes-

soas famosas, que tem coisas muito legais pra contar pra gente, então eu

também queria descobrir outras culturas. Eu sou casada com um africano

ele é de um país chamado Burundi, é um pais bem pequeno na África Cen-

tral, então, pra mim tem sido muito enriquecedor conhecer outras cultu-

ras, poder escrever sobre outros assuntos, porque, de repente eu esta

escrevendo muito sobre as atrizes bonitas das novelas, que todo mundo

tem muita curiosidade, mas pra quem esta entrevistando nem sempre

aquela informação te enriquece, então quando você vai escolher os cami-

nhos que você vai trilhar na sua profissão, você também tem que tomar

cuidado pra não ficar muito ligado no status, no que aquela profissão pa-

rece ser, você tem que procurar o que aquela profissão acrescenta no

seu coração, na sua cabeça, onde aquilo leva você como ser humano,

então, voltar para o Brasil eu tenho vontade, mais eu ainda acho que eu

tenho muita coisa pra viver fora do Brasil!

Page 24: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C. - Nós vimos em seu portfólio que você ainda faz trabalhos

para revistas do Brasil. Como você consegue fazer isso morando

em Chicago?

T.C. - Acho que uma das coisas mais importantes quando você

começa a trabalhar como jornalista, é criar um bom relaciona-

mento nos lugares por onde você passa. Eu trabalhei na Editora

Abril, por exemplo, que é uma editora muito grande, tem muitas

revistas, então eu circulei. Eu conversava com uma pessoa de

uma revista, com outra pessoa de outra revista e assim por dian-

te. Quando eu me mudei para Chicago, eu fui me despedir das

pessoas, fui na Veja, na Capricho, na Nova, na Claudia, na Elle,

então, as pessoas e os diretores dessas revistas me conhecem.

Eu acho que um toque legal, uma informação importante do mun-

do dos jornalistas é que, você tem que ser uma pessoa bem rela-

cionada, não só para você ter trabalho, mas também para ter bo-

as informações vinda das pessoas, você tem que conhecer muita

gente, mas conhecer muita gente, não significa ter mil amigos no

Facebook. Na verdade eu tenho bem poucos amigos no Facebo-

ok, e geralmente, as pessoas que me passam informações legais

ou as pessoas para quem eu trabalho não estão o meu Facebook.

Então, o processo do meu trabalho é assim: por exemplo, eu es-

tou aqui e vejo uma exposição de arte que eu acho que pode ser

legal escrever uma reportagem para uma revista do Brasil, então

entro em contato com alguém que eu conheço na revista e conto

a minha ideia, pergunto se eu posso escrever, se eles gostam

desse assunto, enfim, a pessoa diz sim ou não, qual o tamanho

da reportagem que eu tenho que escrever, me fala quanto vai me

pagar por aquilo, eu escrevo e mando por e-mail. Este é o proces-

so!

A.C. - Você esta trabalhando em Chicago? Qual e o seu trabalho?

T.C. - Eu trabalho em Chicago como Relações Públicas de uma

companhia que organiza eventos para empresas, por exemplo, a

empresa que eu trabalho vai fazer um evento e esse evento preci-

sa ser divulgado na imprensa, precisa sair nos jornais, nas revis-

tas, em sites e alguém tem que contar essa história. Eu sou a

pessoa que entra em contato com os jornalistas para contar tudo

o que vai acontecer no evento. Eu sou a porta voz da empresa.

A.C. - Qual foi o trabalho que você mais gostou de fazer até hoje?

T.C. - Eu não posso dizer que eu tive um trabalho que eu mais

gostei. Porque o jornalista nunca tem um ponto alto, um ponto

máximo. Eu, por exemplo, o que eu mais gosto de fazer é ter novi-

dade na minha frente. Quando eu termino um trabalho aquilo

passou, eu quero ver outra coisa nova, eu quero escrever sobre

outro assunto, eu quero falar com outras pessoas, então, mais do

que o trabalho realizado, eu gosto dos trabalhos que eu tenho pra

fazer. Eu gosto mais de saber que tem um assunto que eu vou

descobrir, que eu vou me aprofundar mais. Então, quando o tra-

balho termina ele foi legal enquanto durou, mas ele nunca vai ser

meu favorito. O que eu mais gosto de fazer é ter o que fazer de

novo.

A.C. - Você já sentiu medo ou vergonha de entrevistar al-

guém?

T.C. - Já,ô se já! Como eu já falei pra vocês, o meu inglês não

é muito legal, então, esses dias eu entrevistei três chefs de

cozinha para escrever uma matéria pra Revista Veja, do mês

de maio, ainda deve estar nas bancas, inclusive. Eu fiquei

com muita vergonha porque muitas coisas que eles falavam,

eu não entendia, por exemplo, quando falava de ingredientes

bem específicos da culinária, muitas vezes eu não conseguia

entender muito bem porque eu não tenho um vocabulário tão

grande. Quando isso acontece, me dá uma mistura de vergo-

nha com nervoso, com frustração de querer saber, entender,

falar melhor. Então, neste momento você tem que baixar a

ansiedade, tentar ser o mais natural possível e tentar pensar

que a pessoa que está sendo entrevistada, é uma pessoa

comum, como você, ela até pode entender que você está

nervoso, mas se você deixar este nervoso tomar conta, você

perde a chance de saber as coisas mais interessantes da

pessoa, então, por mais que você esteja com vergonha, tem

que tentar se controlar pra conseguir tirar o melhor da entre-

vista.

A.C. - Você fica nervosa na hora de entrevistar alguém?

T.C. – Olha, no começo quando eu entrevistava celebridades

eu ficava bem nervosa. Era uma mistura de excitação e tam-

bém acho que uma falta de preparo. Porque quando você

está bem seguro do que vai falar, de como vai entrevistar

essas pessoas, você fica mais calmo. E eu acho que, como

eu comecei a fazer isso muito nova, não estava muito prepa-

rada, então eu ficava nervosa. Mas até hoje eu fico meio ner-

vosa, sim, dependendo de quem será a pessoa, se é muito

importante ou se eu admiro, acho que é normal ficar um pou-

co nervosa.

Page 25: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C. - Você já sentiu medo ou vergonha de entrevistar al-

guém?

T.C. - Já,ô se já! Como eu já falei pra vocês, o meu inglês não

é muito legal, então, esses dias eu entrevistei três chefs de

cozinha para escrever uma matéria pra Revista Veja, do mês

de maio, ainda deve estar nas bancas, inclusive. Eu fiquei

com muita vergonha porque muitas coisas que eles falavam,

eu não entendia, por exemplo, quando falava de ingredientes

bem específicos da culinária, muitas vezes eu não conseguia

entender muito bem porque eu não tenho um vocabulário tão

grande. Quando isso acontece, me dá uma mistura de vergo-

nha com nervoso, com frustração de querer saber, entender,

falar melhor. Então, neste momento você tem que baixar a

ansiedade, tentar ser o mais natural possível e tentar pensar

que a pessoa que está sendo entrevistada, é uma pessoa

comum, como você, ela até pode entender que você está

nervoso, mas se você deixar este nervoso tomar conta, você

perde a chance de saber as coisas mais interessantes da

pessoa, então, por mais que você esteja com vergonha, tem

que tentar se controlar pra conseguir tirar o melhor da entre-

vista.

A.C. - Você fica nervosa na hora de entrevistar alguém?

T.C. – Olha, no começo quando eu entrevistava celebridades

eu ficava bem nervosa. Era uma mistura de excitação e tam-

bém acho que uma falta de preparo. Porque quando você

está bem seguro do que vai falar, de como vai entrevistar

essas pessoas, você fica mais calmo. E eu acho que, como

eu comecei a fazer isso muito nova, não estava muito prepa-

rada, então eu ficava nervosa. Mas até hoje eu fico meio ner-

vosa, sim, dependendo de quem será a pessoa, se é muito

importante ou se eu admiro, acho que é normal ficar um pou-

co nervosa.

A.C. - Como você prepara suas entrevistas?

T.C. - Eu preparo minhas entrevistas, primeiro com muita pesquisa porque o tra-

balho de um jornalista é voltado pra pesquisa. Não adianta achar que porque

você é criativo, legal, a pessoa vai chegar e te contar um monte de coisas da

vida dela, não é assim! Se você não souber muitos detalhes sobre aquilo que

está indo buscar, perde a chance de fazer uma boa matéria. Eu tenho muitas

pastas de trabalho divididas por assuntos, então, tudo que eu leio de interessan-

te, eu recorto e guardo nas minhas pastas. Isso no jornalismo a gente chama de

referência que é uma das partes mais importantes do trabalho. Tem que ter re-

ferência sobre os assuntos. A nossa cabeça tem um limite, você não pode lem-

brar de tudo isso, então, colecionar reportagens, livros, filmes, ajuda você a ter

repertório e quanto mais repertório você tem, melhor você é pra falar daquele

assunto. Agora a gente tem a mania de achar que tudo está na internet, mas

não é bem assim, você tem que procurar a informação que não está na internet,

tem que ir à biblioteca, assistir filmes, colecionar artigos de revistas, jornais, isso

tudo um dia você pode querer usar. É melhor você ter informação ao seu redor

do que só ficar acessando a internet, só acessar a internet é bem pobre de infor-

mação. Vou contar um caso que eu acho interessante, uma vez eu ia entrevistar

uma atriz que estava fazendo muito sucesso numa novela e várias reportagens

estavam sendo escritas sobre ela. Mas, quando uma pessoa está sendo muito

falada, chega uma hora que não tem mais o que conversar com aquela pessoa

porque todo mundo já conversou sobre todos os assuntos, então não tem novi-

dade. Então eu resolvi assim, eu sabia que ela era paulistana, então ao invés de

fazer uma entrevista com as minhas perguntas, eu peguei uma música da Rita

Lee e todas as frases da música, eu transformei em minhas perguntas, por

exemplo, a música falava: “Agora é moda chegar atrasado”, então eu pergunta-

va: Como você lida com os seus horários? Você chega atrasada em seus com-

promissos? Você é pontual? Então eu usei a música para me dar criatividade

pra conversar com aquela pessoa. O que eu quero dizer é que você tem que ter

uma mistura de criatividade com informação e quando você tem repertório, você

tem condição de ser mais esperto na hora da reportagem.

Page 26: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C. - Sabemos que você escreve sobre vários assuntos. Do que você

mais gosta de escrever?

T.C. - Eu mudo muito. Cada época eu gosto mais de uma coisa. Teve uma

época que eu gostava de escrever perfil, gostava de contar a história da

vida de uma pessoa. Fazer uma biografia. Hoje eu gosto muito de escre-

ver sobre turismo aqui em Chicago. É um assunto que faz parte da minha

vida agora porque eu também não conheço a cidade muito bem, então

cada lugar que eu descubro eu tenho vontade de contar pras pessoas.

Então, hoje eu posso dizer que meu assunto favorito é turismo. Mas, eu

também gosto bastante de gastronomia e arte. A minha especialidade

como jornalista é cultura. Embora, eu já tenha escrito sobre negócios, ou-

tros assuntos mais sérios, mas eu gosto mais de escrever sobre cultura e

arte. Eu não entendo muito de arte, mas eu gosto muito, principalmente

Street Art, arte de rua, grafite. Então eu tenho estudado muito sobre este

assunto aqui. Não é um assunto que tem muita abertura para escrever

pra muitos lugares, mas é um assunto que eu gostaria de falar mais. En-

tão, acho que assim, favorito turismo e o quero desenvolver melhor é ar-

te.

A.C. - Você gosta de ler?

T.C. - Eu adoro ler. Eu leio toda hora da minha vida.

A.C. - Qual a sua leitura preferida?

T.C. - Eu leio muita revista. Eu leio revista porque é o que eu faço e é a

minha maior referência. É claro que eu leio livros também, gosto de bio-

grafias, gosto muito de livro-reportagem. Eu tenho uma coisa muito mais

voltada para o jornalismo do que para a literatura. Eu não sou uma pes-

soa que tem muitas referências de literatura. Eu deveria, mas eu não te-

nho. Quando eu falo que eu leio todo momento, eu realmente leio todo

momento. Nos momentos mais mínimos da vida você tem que ler. Um

exemplo, ontem eu estava andando de bike na academia com uma revis-

ta na minha frente. Eu acho que isso é legal pra mim porque eu acabo

absorvendo muita informação. A gente não tem tempo mais pra nada,

você não tem tempo pra deitar na rede e ler um livro, né? A gente não

está mais nessa época. Mas, acho a leitura muito importante, então as-

sim, aproveite os momentos, leia no ônibus, no banheiro, na academia,

leia em qualquer brecha que você tiver, é bem importante. Eu não acho

muito legal essa coisa de ler na internet porque, assim, enquanto você

está lendo, tem uma coisa piscando lá em baixo na no monitor, um amigo

te chamando no Facebook, outro falando no MSN, então, na verdade, vo-

cê não consegue se concentrar. Eu, enfim, acho que ler é importante.

A.C. - Quando você era criança o que queria ser quando crescesse?

T.C. - Quando eu era criança mesmo, eu acho que eu tinha as vontades

que as crianças tem. Eu queria ser a Xuxa, Paquita, coisas assim. Mas,

quando eu comecei ver revista, eu queria ser modelo Que menina que

tem 11,12 anos que não quer ser modelo? Mas, aquilo na verdade, era

só porque a minha cabeça não alcançava que eu poderia fazer revista

sem ser a pessoa que está na frente, na capa. Eu não entendia as profis-

sões, então, eu achava que ser modelo era o mais legal. Porque quando

você é modelo você está nas revistas ou quando você é modelo você es-

ta nas passarelas, você está no meio. Eu não era bonita, alta e magra,

então eu não poderia ser modelo. E depois eu entendi que eu poderia

estar nesses mesmos lugares sem ser modelo. Na verdade, eu acho que

o que eu queria ser mesmo era jornalista, só que eu não conhecia a pro-

fissão. Depois eu comecei a perceber que gostava de escrever, que gos-

tava desse universo. Acho que eu já tinha uma tendência a querer ser

jornalista, apesar de não conhecer a profissão.

* Todas as ilustrações são matérias escritas por Tatiana Cesso

Page 27: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C. - Quando você era criança o que queria ser quando crescesse?

T.C. - Quando eu era criança mesmo, eu acho que eu tinha as vontades

que as crianças tem. Eu queria ser a Xuxa, Paquita, coisas assim. Mas,

quando eu comecei ver revista, eu queria ser modelo Que menina que

tem 11,12 anos que não quer ser modelo? Mas, aquilo na verdade, era

só porque a minha cabeça não alcançava que eu poderia fazer revista

sem ser a pessoa que está na frente, na capa. Eu não entendia as profis-

sões, então, eu achava que ser modelo era o mais legal. Porque quando

você é modelo você está nas revistas ou quando você é modelo você es-

ta nas passarelas, você está no meio. Eu não era bonita, alta e magra,

então eu não poderia ser modelo. E depois eu entendi que eu poderia

estar nesses mesmos lugares sem ser modelo. Na verdade, eu acho que

o que eu queria ser mesmo era jornalista, só que eu não conhecia a pro-

fissão. Depois eu comecei a perceber que gostava de escrever, que gos-

tava desse universo. Acho que eu já tinha uma tendência a querer ser

jornalista, apesar de não conhecer a profissão.

A.C. - Qual a dica que você dá para alguém que quer ser jornalista?

T.C. - Quando eu comecei como repórter as portas eram em quantidades

bem menores do que tem agora. Agora tem muitos veículos de comuni-

cação. Dependendo do que você deseja, tem várias áreas hoje em dia,

você pode ser jornalista pra mídia escrita, pra TV, enfim! Mas, o que eu

acho mais interessante é exercitar. Porque hoje tem uma ferramenta

que é a internet, onde pode fazer um blog, pode fazer um projeto, como

esse que vocês estão fazendo, de uma revista eletrônica. Isso é o exer-

cício mais legal. Porque como eu contei pra vocês, quando eu comecei a

trabalhar naquela revista, que foi a primeira que eu trabalhei, era uma

revista muito experimental, mas por causa dessa revista, outros editores

viram o meu trabalho e eu fui convidada pra trabalhar em outras revis-

tas, então eu fui mudando de editora porque o meu trabalho estava ex-

posto. A dica que eu dou agora na idade de vocês é fazer o exercício. Se

você puder abrir um blog, abra, escreva sobre os assuntos que te inte-

ressam, colecione reportagens em pastinhas, tenha referências perto de

você e escreva suas próprias reportagens. Escrever e ler. Acho que es-

crever e ler são as duas coisas principais, mas aproveite também as

plataformas que tem agora pra usar, pra escrever. E também, tomar um

pouco de cuidado com a exposição. Isso eu acho uma coisa muito im-

portante. Eu acho que você tem que ter uma postura profissional. Não

dá para ficar colocando fotos com cara de sexy no Facebook e ao mes-

mo tempo publicar uma reportagem que você fez no seu blog... Não

combina. sabe? Então, você tem que ter uma visão a longo prazo de

uma postura que você quer adotar como profissional porque isso, sem

dúvida, influencia nos resultados que você vai ter lá na frente.

Click no link e saiba mais sobre o trabalho de Tatiana Cesso:

http://www.wix.com/taticesso/a_cesso

A turma entrevistando Tatiana Cesso via Skype

Page 28: Revista Abre-te Cérebro! #1

Na

fo

to:

Am

an

da

Le

tícia

Da

nie

l

Page 29: Revista Abre-te Cérebro! #1

podia passar

a vida inteira as-

sim

olhando a lua

a boca cheia de

luz

e na cabeça nem

sombra

da palavra glória

Livro: As coisas

Autor: Arnaldo Antunes

Editora: Iluminuras

Ilustração: Ester Araújo

a noite

me pinga uma estrela no

olho

e passa

Livro: Melhores Poemas - Paulo Le-

minski

Autores: Fred Góes e Álvaro Marins

Editora: Global

Ilustração: Alessandro Quatrini

aqui jaz um artista

mestre em desastres

viver

com intensidade de

arte

levou-o ao infarte

deus tenha pena

dos seus disfarces

Livro: La Vie en Close

Autor: Paulo Leminski

Editora: Brasiliense

Ilustração: Alan Macedo

lá vão elas

um dia, as pirâmides

do egito

ainda vão chegar até

as estrelas

Livro: O Ex-Estranho

Autor: Paulo Leminski

Editora: Iluminuras

Ilustração: Weverton Souza

passarinho é só escutar não precisa conversar co-

mo são francisco, nem atirar

de estilingue com pontaria

infalível. passarinho não

precisa dar de mamar.

passarinho é só escutar não

precisa por na gaiola, não

precisa por na vitrola pra

cantar.

não precisa bater do lado de

fora da casca para o ovo se quebrar. Passarinho é

só escutar furar o ar, com pontaria infalível.

Livro: As coisas

Autor: Arnaldo Antunes

Editora: Iluminuras

Ilustração: Robert da Silva

Page 30: Revista Abre-te Cérebro! #1

jardim da minha amiga

todo mundo feliz

até a formiga

Livro: O Ex-Estranho

Autor: Paulo Leminski

Editora: Iluminuras

entre

a água

e o chá

desab

rocha

o maracujá

Livro: Melhores Poemas - Paulo Le-

minski

Autores: Fred Góes e Álvaro Marins

Editora: Global

Ilustração: Larissa Rocha de Meneses

as árvores são fáceis de achar

ficam plantadas no chão mamam do céu pelas folhas

e pela terra bebem água cantam no vento

e recebem a chuva de galhos abertos há as que dão frutas e as que dão

frutos

as de copa larga e as que habitam esqui-

los

as que chovem depois da chuva as cabeludas, as mais jovens mudas

as árvores ficam paradas

uma a uma enfileiradas na alameda crescem pra cima como as pessoas

mas nunca se deitam o céu aceitam crescem como as pessoas

mas não são soltas nos passos são maiores, mas ocupam menos

espaço Livro: As coisas

Autor: Arnaldo Antunes

Editora: Iluminuras

Ilustração: Guilherme Santos Moreira

Dentro da boca é escuro

Livro: As coisas

Autor: Arnaldo Antunes

Editora: Iluminuras

Ilustração: Carlos Augusto

Page 31: Revista Abre-te Cérebro! #1

acordei e me olhei no espelho

ainda a tempo de ver

meu sonho virar pesadelo

Livro: O Ex-Estranho

Autor: Paulo Leminski

Editora: Iluminuras

Ilustração: Amanda Letícia Daniel

jardim da minha amiga

todo mundo feliz

até a formiga

Livro: O Ex-Estranho

Autor: Paulo Leminski

Editora: Iluminuras

você está tão longe

que às vezes penso

que nem existo

nem fale em amor

que amor é isto

Livro: Melhores Poemas - Paulo Leminski

Autores: Fred Góes e Álvaro Marins

Editora: Global

Ilustração: Maiara Mendes

Dentro da boca é escuro

Livro: As coisas

Autor: Arnaldo Antunes

Editora: Iluminuras

Ilustração: Carlos Augusto

coração

PRA CIMA

escrito embaixo

FRÁGIL

Livro: Melhores Poemas - Paulo Leminski

Autores: Fred Góes e Álvaro Marins

Editora: Global

Ilustração: Maria Eduarda

Page 32: Revista Abre-te Cérebro! #1

Ele nasceu em Catunda, no Ceará, é ilustrador e se chama Francisco Robledo

de Lira – Francisco em homenagem a São Francisco, Robledo, uma floresta de

carvalhos antigos, Lira, um instrumento musical.

Começamos assim porque foi dessa maneira que ele iniciou a entrevista, expli-

cando o significado do seu nome, que é um tanto diferente e interessante, assim

como o seu trabalho.

A.C.- Como você se tornou ilustrador?

R.L.-Eu comecei a desenhar ainda na infân-

cia porque eu não tinha brinquedo. Eu dese-

nhava ninjas no papelão e em chinelos ha-

vaianas velhos, recortava e brincava com

eles. Foi assim que eu comecei a gostar de

desenhos. Parei durante um tempo porque

eu não tinha colegas que desenhassem e

não tinha como saber se a minha técnica

estava certa, se era legal. Mais tarde, eu

passei a ter mais contato com outros caras

que também desenhavam em minha cida-

de, então, eu voltei a desenhar. Eu sempre

gostei muito de histórias infantis, lia revistas,

observava as ilustrações que correspondiam

aos textos, foi aí que comecei a me interes-

sar por ilustrações.

A.C.- Que tipo de ilustração você faz?

R.L.-Na maioria das vezes, eu faço ilustra-

ção infantil. Sou viciado em desenho ani-

mado e videogame, então eu gosto mui-

to desse tipo de ilustração. Eu não dese-

nho de forma realista, por exemplo, se eu

for desenhar objetos, pessoas ou animais,

não será de forma perfeita porque eu

não sei copiar com fidelidade, por isso,

sempre que eu vou desenhar algo, eu

costumo trazer para o meu estilo de tra-

ço, isso não quer dizer que seja bom ou

ruim, apenas, uma questão de técnica.

No começo, eu só desenhava, não colo-

ria, depois de tantos anos desenhando,

eu comecei a colorir, experimentando

combinar as cores com vários tipos de

material, lápis de cor, canetinha, marca

texto e até café.

Page 33: Revista Abre-te Cérebro! #1

Ele nasceu em Catunda, no Ceará, é ilustrador e se chama Francisco Robledo

de Lira – Francisco em homenagem a São Francisco, Robledo, uma floresta de

carvalhos antigos, Lira, um instrumento musical.

Começamos assim porque foi dessa maneira que ele iniciou a entrevista, expli-

cando o significado do seu nome, que é um tanto diferente e interessante, assim

como o seu trabalho.

A.C.- Que tipo de ilustração você faz?

R.L.-Na maioria das vezes, eu faço ilustra-

ção infantil. Sou viciado em desenho ani-

mado e videogame, então eu gosto mui-

to desse tipo de ilustração. Eu não dese-

nho de forma realista, por exemplo, se eu

for desenhar objetos, pessoas ou animais,

não será de forma perfeita porque eu

não sei copiar com fidelidade, por isso,

sempre que eu vou desenhar algo, eu

costumo trazer para o meu estilo de tra-

ço, isso não quer dizer que seja bom ou

ruim, apenas, uma questão de técnica.

No começo, eu só desenhava, não colo-

ria, depois de tantos anos desenhando,

eu comecei a colorir, experimentando

combinar as cores com vários tipos de

material, lápis de cor, canetinha, marca

texto e até café.

A.C.- Você fez cursos de desenho?

R.L.-Eu fiz um curso à distância, mas a úni-

ca coisa que eu aprendi foi fazer sombra.

Eu acho que o que ensina mesmo a de-

senhar é praticar, desenhar o tempo to-

do. Eu ando com um bloquinho direto,

sempre desenho, no banco, no banheiro,

no ônibus, a todo tempo. Só não dese-

nho quando tomo banho porque molha

o papel.

A.C.- Onde você divulga o seu traba-

lho?

R.L.-Eu estou terminando de fazer um

site e um blog, mas, onde eu mais di-

vulgo é no facebook e no boca-a-

boca, para os meus amigos, porque

assim vou ouvindo as diferentes opini-

ões e isso serve como um termômetro,

vou percebendo o que as pessoas

mais gostam. Teve uma época em

que eu grafitei, mas nunca sem per-

missão. Sempre chegava e pedia e

quando as pessoas deixavam suas pa-

redes serem grafitadas, ouvia a opini-

ão delas sobre o desenho. Era uma for-

ma de divulgação também.

Ao lado, Robledo Lira na entrevista com

a turma do Ateliê Matéria Prima no Ar

Page 34: Revista Abre-te Cérebro! #1

A.C.- No que você se inspira para

desenhar?

R.L.-Eu me inspiro em desenho

animado, sempre que posso, as-

sisto aos canais de desenhos,

Cartoon Network, Discovery Kids, Nicklo-

deon, às vezes eu viro a noite assistindo

a esses canais. É uma grande inspira-

ção.

A.C.- Como é o trabalho de um ilustrador e

onde ele pode trabalhar?

R.L.-Bom, primeiro quero que vocês enten-

dam que existe diferença entre desenhar e

ilustrar. Eu acredito que qualquer pessoa é

capaz de desenhar. Agora, ilustrar é quando

você sintetiza uma ideia e a transforma em

imagem, ou seja, quando você consegue

passar uma mensagem através do desejo. É

um trabalho de interpretação de texto.

Agora em relação aos lugares onde um ilus-

trador pode trabalhar... Nossa! Tem muito

campo de trabalho. Um ilustrador pode tra-

balhar em revistas de todos os tipos, gibis,

livro didático, livro infantil, animação... Uma

infinidade de lugares, isso não quer dizer que

seja fácil, aliás, é muito concorrido. E nem

sempre um ilustrador é desenhista, o que eu

quero dizer é que nesta profissão também

existem o ilustrador digital, que trabalha no

computador e que faz montagens com de-

senhos, ilustrando uma ideia.

A.C.- Você já ilustrou livros?

R.L.-Ainda não, mas eu ainda quero ilustrar histó-

rias que eu criei e também as histórias de outras

pessoas. Na verdade, eu já tenho propostas de

livros de duas pessoas para ilustrar e também te-

nho as minhas próprias histórias.

A.C.- Que dica você daria para alguém

que quer se tornar ilustrador?

R.L.-A dica é desenhar bastante. Desenhe

muito, sem parar e nunca guarde seus

desenhos só pra você, mostre sempre pa-

ra outras pessoas e ouça o que elas falam

sobre os desenhos, sobre a sua evolução.

Veja trabalhos de outros ilustradores, leia

muitas revistas, assista desenhos anima-

dos, porque assim você vai percebendo

a colocação de sombras, a combinação

de cores, traço, expressão dos persona-

gens. Quanto mais uma pessoa desenha,

mais técnica vai aprimorando, mais firme

vai ficando o traço. Quanto mais treina-

mento e tempo, mais qualidade o ilustra-

dor adquire em seu trabalho. Desenhar é

prática. Caderninho no bolso, lápis na

mão e prática.

Page 35: Revista Abre-te Cérebro! #1

Heath Het Red: Tubo de

papelão, tampa plásti-

ca, feltro, marcadores

permanente.

Cabeça de camaleão:

Caixa de papelão, bola

de isopor e tinta.

Kevin Pedro, experimen-

tando o camaleão.

Robledo Lira utiliza em seu trabalho

uma arte que se chama retrorreci-

clagem e explica para a nossa tur-

ma como é este trabalho.

“Retrorreciclagem é algo que vai além da re-

ciclagem comum, enquanto a tradicional rea-

proveita material, por vezes transformando nos

mesmos ou em outros, a retrorreciclagem

transforma o objeto sem função em algo utili-

zável, ou seja, aquela embalagem de xampu,

ou tubo de papelão que vem cheio de papel

alumínio, pode se tornar porta documento ou

até mesmo uma boneca da Amy Wine House.

A retrorreciclagem é interessante por ser diver-

tida e pelo individuo poder dar uma nova vida

ao objeto, por vezes uma nova casa. Um dos

grandes precursores deste processo é um jo-

vem designer chamado Bruno Honda, eu cos-

tumo me inspirar no passos do designer. Tra-

balho há pouco mais de um ano com a arte

(emergente) da retrorreciclagem. Se mais pes-

soas parassem pra ver o que pode se transfor-

mar uma garrafa de leite vazia ou mesmo

uma lâmpada queimada, retrorreciclassem, o

mundo teria bem menos lixo do que tem ho-

je”.

Insectus Pedrinos: em-

balagem de metal, plás-

tico, bolinhas plásticas e

marcadores permanen-

tes.

Um oi strong: Garrafi-

nha plástica, bolinha

plástica e marcado-

res permanente.

Charmosa: Tubo de

papelão, canetinhas

e lápis de cor.

Page 36: Revista Abre-te Cérebro! #1

Paula, tem 30 anos, sua primei-

ra formação foi aos 22 anos, co-

mo Jornalista e de lá pra cá não

parou mais, fez Rádio e TV, pós-

graduação em Política e Rela-

ções Internacionais e neste se-

mestre está concluindo Artes

Visuais.

Sua maior experiência profissio-

nal até hoje é com Jornalismo, mas com muita criati-

vidade, ela consegue encaixar um pouco de cada um

de seus estudos em seu trabalho.

Atualmente ela trabalha como Assessora de Imprensa

e escreve o tempo todo, a todo vapor, de 10 a 15 pá-

ginas por dia. Para conseguir uma escrita rápida, Pau-

la está sempre antenada, informada sobre todos os

assuntos. É comum em seu dia-a-dia estar sintoniza-

da com vários veículos de comunicação ao mesmo

tempo. Seu dia começa agitado, logo quando acorda

ela já liga a TV no jornal, entra na internet, lê as prin-

cipais matérias que estão acontecendo no mundo e

sempre busca várias fontes de informação sobre o

mesmo assunto.

Ela adora organizar eventos e fazer a parte de

Coletiva de Imprensa. Este é o tipo de trabalho

que a deixa mais realizada profissionalmente,

pois quando consegue uma boa coletiva, é sinal

de que outros jornalistas se interessaram pela in-

formação que ela queria passar, seu trabalho foi

reconhecido.

Além de ler materiais como jornais e revistas in-

dispensáveis para seu trabalho como jornalista,

ela também adora ler livros, pois em sua opinião,

a leitura é maravilhosa. Ler é adquirir conheci-

mento, quem lê escreve melhor e fala melhor,

além de ser o momento mais bacana para soltar

a imaginação, é o jeito mais fácil de viajar.

Com profissionais de Itapevi

Paula Pezzoni Schekiera

Assessora de Imprensa

Page 37: Revista Abre-te Cérebro! #1

Ela adora organizar eventos e fazer a parte de

Coletiva de Imprensa. Este é o tipo de trabalho

que a deixa mais realizada profissionalmente,

pois quando consegue uma boa coletiva, é sinal

de que outros jornalistas se interessaram pela in-

formação que ela queria passar, seu trabalho foi

reconhecido.

Além de ler materiais como jornais e revistas in-

dispensáveis para seu trabalho como jornalista,

ela também adora ler livros, pois em sua opinião,

a leitura é maravilhosa. Ler é adquirir conheci-

mento, quem lê escreve melhor e fala melhor,

além de ser o momento mais bacana para soltar

a imaginação, é o jeito mais fácil de viajar.

Paula acredita que temos que estar sempre atentos

às oportunidades e agarrá-las com toda a força

quando aparecerem.

Até o Ensino Médio, ela sempre estudou em escolas

públicas e quando entrou para a faculdade, muitas

vezes, teve que fazer grandes esforços para conse-

guir continuar seus estudos até se formar, mas sou-

be aproveitar cada momento e hoje vê que todo o

seu esforço valeu a pena.

Paula Pezzoni Schekiera

Assessora de Imprensa

Page 38: Revista Abre-te Cérebro! #1

Muitas histórias que eu já ouvi até

hoje, tem monstros. São criaturas di-ferentes de nós, humanos, e geral-mente tem algum poder que faz todo

mundo morrer de medo deles.

Eles tem características anormais: são feios, ou melhor, horríveis, alguns são perigosos e traiçoeiros, outros gos-mentos e sujos, misteriosos, cabelu-dos, assassinos, habitantes dos ocea-nos, fabulosos, silenciosos, sem corpo, com várias cabeças, bafudos, pequeni-nos, grandalhões, alguns com a apa-rência até inofensiva, mas no fundo,

no fundo, assustam também.

Existem também aqueles terríveis, verdadeiros representantes do medo que servem para atacar e perturbar as

pessoas ou animais.

Quase todos os monstros são maus, mas também existem alguns bons, co-mo por exemplo, o Frankstein, que é um monstro muito feio, que foi criado por um cientista louco, mas tem um bom coração e até se apaixona por

uma moça.

O Halloween é uma data muito come-morada nos Estados Unidos, em que as crianças se vestem de monstros e sa-em pelas casas, batendo de porta em porta, pedindo doces e aprontando travessuras. Neste dia, quanto mais assustadora é a fantasia, mais legal é

a brincadeira.

MONSTRENGOS Feios que nos atraem

Page 39: Revista Abre-te Cérebro! #1

MONSTRENGOS Feios que nos atraem

Por Alan Macedo

No folclore brasileiro existem várias es-

quisitices, mas várias mesmo... São cria-turas que não chegam a ser consideradas “monstros”, mas são estranhas e sempre tem algum poder. Algumas dessas criatu-ras são muito conhecidas, como por exemplo, o Curupira, o Boitatá, o Saci-Pererê e o Bumba-Meu-Boi. Já outras, nem tanto, mas, são estranhas do mesmo jeito, por exemplo, o Teiú Iaguá: uma es-pécie de lagarto que vira mulher e encan-ta os homens; o Sanguanel: que faz ba-gunça, arma muita confusão e, se por acaso alguém pisar em suas pegadas, fica bobo e perdido nas estradas; o Chupa Ca-bra, uma criatura dentuça que adora fa-zer mal e chupar o sangue dos animais; João Galafuz: um ser misterioso que vive nas profundezas do oceano e cada vez que ele aparece, é sinal de desgraça; Per-na Cabeluda: uma perna gigante que cor-re por todo lado sem rumo certo, Mapin-guari: um gigante cabeludo e que tem um olho só; Cobra Norato: que é meio homem meio cobra; Matinta-Pereira: que ninguém sabe muito bem o que ela é, só sabe que assusta caçadores e vive na floresta... Olha, esses são só alguns deles, por isso, recomendo fazer uma pesquisa e desco-

brir mais esquisitices do nosso folclore.

Enfim, monstros são estranhas criaturas que nos causam muito medo, mas ao mes-mo tempo, são tão atraentes que acho que o seu maior poder é ficar grudados na

nossa imaginação.

Ilustração— Robledo Lira

Page 40: Revista Abre-te Cérebro! #1

Revista Eletrônica