revista - 61ª conferencia distrito 1960 de r.i
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A Conferência Distrital é o evento mais importante de cadaano rotário no Distrito. Acima de tudo é o grande encontro decompanheirismo da Família Rotária, onde reforçamos a nossaamizade e fazemos novos amigos. É o lugar de divulgação dasactividades mais relevantes dos clubes e do Distrito e o momentopróprio de tomada de decisões de interesse distrital, para alémdo tratamento do tema definido para a Conferência.TRANSCRIPT
ÉTICARESPONSABILIDADE SOCIAL
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
61ª CONFERÊNCIA DO DISTRITO 196025 a 27 de Maio de 2007
ÉVORACidade Património Mundial
Teatro Garcia de Resende • Évorahotel
Governador do Distrito
Artur Almeida e SilvaD1960 PORTUGAL
Ano Rotário 2006-07
ChAiRmAn
Frederico nascimento [RC Setúbal]
COmiSSÃO ORGAniZADORA
[RC ÉVORA]
Presidente
maria João Rosa Coelho morais da Costa
Vice-Presidente
Fernando Canha da Silva
Vogais
Prazeres Rosa nunes
Joaquim Piteira Alberto
Jorge Fragoso Pires
Luis Oliveira Rodrigues
José Albino Bandeira martins
COLABORAçÃO
manuel Gerardo [RC Algés]
maria de Lurdes Paiva [RC Carnaxide]
O objectivo do Rotary
O objectivo do Rotary é estimular e fomentar o ideal de servir,
como base de todo empreendimento digno, promovendo
e apoiando:
PRIMEIRO
O desenvolvimento do companheirismo como elemento
capaz de proporcionar oportunidades de servir;
SEGUNDO
O reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a
difusão das normas da ética profissional;
TERCEIRO
A melhoria da comunidade pela conduta exemplar de cada
um na vida pública e privada;
QUARTO
A aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando
a consolidação das boas relações, da cooperação e da paz
entre as nações.
Câmara Municipal de Évora
Governo Civil de Évora
APOIOS
�61ª Conferência do Distrito 1960
índiceCurriculum do Representante
do Presidente do R.I. ................................................................. 4
Mensagem do Representante
do Presidente do R.I. ................................................................. 5
FRAnCiSCO CREO
Mensagem do Governador do Distrito 1960 ....................... 6
ARTUR ALmEiDA E SiLVA
Mensagem do Chairman .......................................................... 7
FREDERiCO nASCimEnTO
Mensagem do Presidente
da Câmara Municipal de Évora ............................................... 8
JOSÉ ERnESTO OLiVEiRA
Mensagem da Presidente do RC Évora ................................. 8
mARiA JOÃO ROSA COELhO mORAiS DA COSTA
Programa da 61ª Conferência ................................................. 10
Rotary e a Responsabilidade Social das Organizações ..... 14
Mensagem do Primeiro Ministro............................................ 15
JOSÉ SÓCRATES
Responsabilidade Social das Organizações
e Desenvolvimento Sustentável ............................................ 16
mARCELinO PEnA COSTA
Olhar em frente .......................................................................... 20
LUÍS ROChARTRE ÁLVARES
Ambiente e desenvolvimento sustentável
– o discurso e a prática .............................................................. 21
SUSAnA FOnSECA e ALinE DELGADO
Para uma cultura da responsabilidade................................. 23
mÁRiO PARRA DA SiLVA
� 61ª Conferência do Distrito 1960
FRANCISCO CREO, Ensenada, Baja California, México
Director de Rotary International, 1996-1998
Assistente do Presidente de RI, 2005-2006
Presidente do Comité da Convenção 2000 (Buenos Aires)
Moderador da Assembleia Internacional, 2002
Presidente do Comité de Finanças de RI, 2004-2006
Presidente do Comité de Extensão a Cuba
Membro do Comité de Legislação e regulamentos de RI
Francisco preside a uma firma imobiliária e de administração
e é sócio de TER Industrial, uma firma no ramo de protecção
ambiental. Foi membro dos Conselhos da Cruz Vermelha, CETYS
Universidade e do Centro de Convenções Riviera Pacifico de
Ensenada. É sócio honorário de Phi Beta Delta Honor Society.
É rotário desde 1970, Past-Presidente do Rotary Club de Ensenada
e na actualidade é sócio do Rotary Club de Ensenada Calafia.
Francisco serviu Rotary International como Governador do Distrito
4100 no ano 1987-1988, Coordenador Regional da Fundação
Rotária, instrutor de Governadores na Assembleia Internacional
e membro e presidente de diversos comités de RI.
Foi Director de Rotary International nos anos 1996 a 1998, e
membro do Comité Executivo do Conselho Director. Representou
Presidentes de RI em Conferências de Distrito na América do
Norte, na América do Sul, nas Caraíbas, Europa e Ásia.
Depois da sua gestão como Director ocupou diversos cargos na
administração de Rotary International. Foi Presidente do Comité
Organizador da Convenção Internacional de RI celebrada em Bue-
nos Aires, Argentina no ano 2000, e coordenador da Assembleia
Internacional de 2002.
Foi membro do Comité de Nomeações para Presidente, membro
do Comité de Assessores do Presidente, representante de RI e da
Fundação Rotária nas jornadas de vacinação na Índia, e durante
dois anos presidente do Comité de Finanças de Rotary Interna-
tional. Foi membro do Comité da Assembleia Internacional de
2005 e 2006, conselheiro do Comité de Distritamento, membro
do comité de rezonificação, conselheiro do Comité Organizador
da Convencão de RI em 2006 e presidente da reunião trienal dos
Editores da Imprensa Mundial de Rotary de 2005 em Copenhague,
Dinamarca. A partir de 1 de Julho próximo será presidente do
Comité de Assuntos Constitucionais de RI e membro do comité
de selecção de bolseiros do programa da Fundação Rotária sobre
estudos de pacificação e resolução de conflitos.
Lupita é rotária desde 1996. Foi Presidente fundadora de seu clube
e é a Governadora Eleita do Distrito 4100 para 2007-2008.
Francisco e Lupita têm dos filhos, Mariel y Francisco, e uma neta,
Mila nascida em Dezembro de 2004.
Representante do Presidente de Rotary International
Curriculum
�61ª Conferência do Distrito 1960
Abril 2007
A LOS ROTARIOS, SUS CONYUGES Y LA FAMILIA ROTARIA DEL
DISTRITO 1960
Queridos amigos Rotarios y familia Rotaria,
Es un honor para mi esposa Lupita y para mi representar al Presi-
dente de Rotary International William B. Boyd y a su esposa Lorna
en la Conferencia del Distrito 1960 en Evora, Portugal.
La Conferencia de Distrito es una reunión Rotaria muy especial,
el evento culminante del año Rotario. Es una ocasión que nos
permite a todos hacer un resumen de nuestro trabajo Rotario.
Es una reunión de amigos, en donde nos encontramos con
los amigos de siempre y conocemos a nuevos amigos. Es una
oportunidad de adentrarnos más en Rotary, para motivarnos y
aprender más, y escuchar el mensaje de personas experimenta-
das sobre temas centrales. Es una oportunidad para los Rotarios
para hacer conciencia sobre los desafíos del futuro y reafirmar
nuestro compromiso con el ideal del servicio. Y es una excelente
oportunidad para envolver más a los Rotarios jóvenes, a nuestros
Socios en el Servicio, a nuestros jóvenes, y compartir experiencias
con ellos y ellas. Estoy seguro que todos nos beneficiaremos
de un excepcional y motivador programa que nos inspirara a
Señalar el Rumbo.
Tuve el placer de conocer al Gobernador Don Artur Almeida e
Silva y a su distinguida esposa Lili, así como a muchos de uste-
des, extraordinarios Rotarios, en fecha reciente en la que visite
su bellisimo pais, Portugal. En aquella ocasión me hicieron sentir
como en casa, por lo que habre de referirme a la Conferencia de
Distrito como nuestra Conferencia.
Mi esposa Lupita y yo les invitamos, con gran alegría, para que
con todo nuestro entusiasmo acompañemos al Gobernador
Artur y a su esposa Lili en esta celebración del espíritu Rotario
en su Distrito.
Esperamos con anticipación el saludar a toda la familia Rotaria
así como a sus distinguidos dirigentes, pasados, actuales y futu-
ros del Distrito 1960 en Evora. Y les agradecemos, compañeros
Rotarios y la familia de Rotary, por su dedicación a los ideales
de Rotary a lo largo del tiempo, y por lo que continúan haciendo
conforme dedican su tiempo y su corazón para que Mostremos
o Caminho.
Un abrazo,
Francisco y Lupita Creo
Mensagem
� 61ª Conferência do Distrito 1960
Queridos Amigos e Amigas,
Bem-vindos à 61ª Conferência do Distrito 1960!
Bem-vindos a Évora – Cidade Património Mundial!
A Conferência Distrital é o evento mais importante de cada
ano rotário no Distrito. Acima de tudo é o grande encontro de
companheirismo da Família Rotária, onde reforçamos a nossa
amizade e fazemos novos amigos. É o lugar de divulgação das
actividades mais relevantes dos clubes e do Distrito e o momento
próprio de tomada de decisões de interesse distrital, para além
do tratamento do tema definido para a Conferência.
Com a preciosa colaboração do Chairman, o Past-Governador
Frederico Nascimento, dos membros do Rotary Club de Évora
que integram a Comissão Organizadora e de outros dedicados
companheiros, assim como de entidades locais, trabalhámos para
organizar uma Conferência agradável, digna, equilibrada. Espero e
desejo que a Conferência atinja os seus objectivos, num ambiente
de alegria e de convívio rotário.
Vários factores à partida concorrem para isso.
A cidade que nos acolhe, Évora e o seu património e beleza
singulares, foi escolhida por razões de afectividade pessoal e por
nos proporcionar uma visita sempre desejada.
A presença do casal Francisco (Paco) Creo e Lupita, ilustres
Representantes do Presidente Bill Boyd e de sua esposa Lorna,
é uma mais valia significativa da Conferência pela capacidade e
experiência rotária do nosso Companheiro ex-Director de R.I. e da
nossa Companheira Lupita, Governadora Eleita do seu Distrito.
Como conclusão do principal projecto distrital deste ano rotário,
vamos tratar o tema da Conferência – “Ética, Responsabilidade
Social, Desenvolvimento Sustentável” – com a participação de
qualificados oradores convidados e fazendo a sua ligação a
Rotary, através de grupos de discussão que abordarão as Ênfases
Presidenciais e a Responsabilidade Social.
A apresentação das principais acções dos clubes e outras de âmbito
distrital, mostram o caminho do serviço e do empenhamento
dos rotários do nosso Distrito para um Mundo melhor, imbuídos
do espírito de solidariedade e de responsabilidade social.
Que a nossa Conferência contribua para reforçar este espírito e
que seja um evento de grande fraternidade e companheirismo.
Desta forma damos seguimento ao magnífico e inspirador lema
deste ano rotário: Mostremos o Caminho.
Artur Almeida e Silva
Governador do Distrito 1960
Mensagem do Governador do Distrito 1960
�61ª Conferência do Distrito 1960
Caros Amigos (as), Companheiros (as).
Sejam Bem Vindos à 61ª Conferência do Distrito Rotário 1960, do
Rotary International e a esta “Mui Nobre Cidade de Évora”.
Cidade histórica e monumental. A Liberalitas Júlia romana de
César Augusto, desde 59 AC, que absorveu a cultura árabe durante
séculos, antes que Geraldo Sem Pavor, em 1165, a entregasse
ao domínio cristão.
Cidade de uma cultura eclética imensa, que soube conviver em
paz com todas elas, numa demonstração de tolerância e sabe-
doria que a fez Património Mundial da Humanidade.
No dizer de Vergilio Ferreira “Évora é uma cidade branca como
uma ermida. Convergem para ela os caminhos da planície como
o resto da esperança dos homens. E como uma ermida, quem a
habita é o silêncio dos séculos do descampado em redor.
Conheço os seus espectros, a vertigem das eras, a noite medieva
ainda nas ruas que se escondem pelos cantos, nas pedras cor
do tempo ouço um atropelo de vozes similares“.
Foi esta Nobre Cidade que foi escolhida para acolher esta nossa
conferência rotária.
Uma conferência de distrito é uma circunstância única em cada
ano rotário. É aquele momento em que o Distrito se encontra
consigo mesmo, para fazer o balanço de mais um ano de acti-
vidade e acção rotária.
Mensagemdo Chairman da 61ª Conferência
Mas é também o tempo propício para que os companheiros e
companheiras, do nosso e de outros distritos, com suas famílias
se reencontrem, proporcionando momentos de lazer e de franco
e alegre convívio.
É o momento em que o Governador e os Presidentes dos Clubes
do seu Distrito, cheios de orgulho e satisfação, divulgam os prin-
cipais projectos desenvolvidos ao longo do ano. Isto é; mostram
a Obra que o Rotary realizou no Distrito 1960.
Queremos que todos aqueles que estão nesta conferência se
sintam bem; consigo e com os outros.
Nós fizemos a nossa parte. Compete agora a cada um de vós
contribuir, para que esta seja uma conferência onde todos nos
sintamos bem e em paz.
Isto é; sejamos positivos. Apreciemos e desfrutemos destes
momentos proporcionados pela conferência, como momentos
de Beleza, de Harmonia, de franco e salutar Companheirismo
e Amizade.
Afinal, se assim não fosse, então o que estaríamos aqui a fazer.
Um abraço Amigo para todos.
Frederico Nascimento
Chairman
� 61ª Conferência do Distrito 1960
Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Évora
A escolha da cidade de Évora para a realização da 61ª Conferência
Distrital do Rotary é uma honra para nós, eborenses, porque ao
recebermos na nossa urbe milenária gente dedicada à causa
nobre da solidariedade social, ficamos assim mais engrandecidos,
e também, porque o tema em debate nos é caro como objectivo
que perseguimos enquanto autarquia – Ética, Responsabilidade
Social, Desenvolvimento Sustentável.
É, assim, com alegria, que saúdo nas pessoas do Governador
Artur Almeida e Silva, do Governador Assistente Fernando Canha
Como Presidente do Rotary Club de Évora e em nome de todos os
meus companheiros, quero demonstrar a nossa alegria, honra e
satisfação por podermos ter recebido e participado na organização
do maior Evento Rotário: a Conferencia Distrital.
Não posso deixar de congratular o nosso Companheiro Governa-
dor Artur Almeida e Silva pela escolha do tema “Ética, Respon-
sabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável” que permite
divulgar à comunidade os ideais capazes de alterar o Mundo. E
com este pequeno gesto podemos “Mostrar o Caminho” que
contribua para a melhoria de vida dos que mais necessitam e
permita um mundo futuro mais transparente e um melhor legado
aos nossos descendentes.
e Silva e da Sra. Presidente do Rotary Clube de Évora, Maria João
R.C. Morais da Costa, todos os rotários que durante dois dias vão
permanecer entre nós, desejando-lhes uma óptima estada e um
profícuo trabalho em prol das intenções e actividades beneméritas
que são apanágio e pergaminho da organização.
O Presidente da Câmara Municipal de Évora
José Ernesto Oliveira
Mensagem da Presidentedo Rotary Club de Évora
À Família Rotária compete em persistente trabalho de equipa
contribuir para a divulgação dos valores éticos, da valorização do
companheirismo e amizade, devendo ser um guia de orientação,
motivando toda a comunidade para a responsabilidade social.
Termino, desejando que todos os presentes passem uns dias
agradáveis, fazendo votos de bom trabalho, e que sejam ines-
queciveis os momentos de companheirismo vividos.
Maria João Rosa Coelho Morais da Costa
Presidente do Rotary Club de Évora
10 61ª Conferência do Distrito 196010 61ª Conferência do D1960
Dia 25 Maio 6ª feira
11h00
Reunião do Conselho de Governadores do D1960,
com a presença do Representante do Presidente
de R.I., Director 96-98 Francisco Creo
Messe de Oficiais – Convento da Graça
13h00
Almoço dos Governadores dos D1960 e D1970
com o Representante do Presidente de R.I. e cônjuges
Messe de Oficiais do Exército – Convento da Graça
14h00/17h30
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
17h00
Início de saída em autocarro ou viatura própria
para o Teatro Garcia de Resende
18h00
Sessão Solene de Abertura – Teatro Garcia de Resende
• Cerimónia protocolar – Desfile das bandeiras e execução
dos hinos
• Intervenção do Chairman da Conferência, Gov. 200�-0�
Frederico Nascimento
• Saudação da Presidente do Rotary Club de Évora, Maria
João Costa
• Intervenções de entidades locais
• Intervenção do Governador do Distrito 19�0, Álvaro
Gomes
• Intervenção do Governador do Distrito 19�0, Artur
Almeida e Silva
• Alocução do Convidado de Honra, o Senhor Ministro
do Trabalho e da Solidariedade Social
• Intervenção do Representante do Presidente de R.I.,
Director 199�-9� Francisco Creo
• Momento cultural
21h00
Jantar “Paul Harris” – Jardim do Paço (junto ao Templo de Diana)
(para todos os rotários, acompanhantes e convidados)
Entrega de insígnias e reconhecimentos “Paul Harris”
23h30
Regresso ao hotel em autocarro ou viatura própria
Dia 26 Maio Sábado
08h00/14h00
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
09h00
Primeira sessão de trabalhos – Évorahotel
• Actividades dos clubes do Distrito em 200�-0�
– Governador Artur Almeida e Silva
• Rotaract e Interact – Representantes Mara Duarte
e Vasco Galhofo
• A Rotary Foundation e o Distrito 19�0 – Governador Artur
Almeida e Silva
• Convenção Internacional de Salt Lake City
• Instituto Rotário Lisboa 200� – Gov. 19��-�� Manuel
Cardona, Chairman
• Fundação Rotária Portuguesa – Gov. 200�-0� Frederico
Nascimento, Vice-Presidente
• Apresentação da Conferência Distrital de 200�-0�, GE
Eduardo Caetano de Sousa
11h00
Intervalo – Café
PROGRAMA
1161ª Conferência do Distrito 1960 1161ª Conferência do D1960
11h30
Segunda Sessão de Trabalhos
• Leitura das principais preocupações saídas do Ciclo
de Fora sobre Desenvolvimento Sustentável
• Palestras sobre o tema da Conferência
– Sra. Dra. Helena Gonçalves, Assistente
convidada – FEG da UCP – CRP
– Sra. Dra. Manuela Ferreira Leite
• Intervenção do Representante do Presidente de R.I.,
Director 199�-9� Francisco Creo
13h30
Almoço – Évorahotel
15h00/20h00
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
15h30/18h00
Grupos de Discussão – As Ênfases Presidenciais
e a Responsabilidade Social
Grupo 1 – Alfabetização e Saúde e Nutrição
Moderador – GI 200�-09 Teresa Mayer
Alfabetização – António Mendes
Saúde e Nutrição – Gov. 200�-0� Diamantino Gomes
Responsabilidade Social – Drª Helena Gonçalves
Grupo 2 – Recursos Hídricos e Família Rotária
Moderador – Marcelino Pena Costa
Recursos Hídricos – José Rodrigues
Família Rotária – Gov. 2002-0� Henrique Pinto,
Coordenador Zona 10
Responsabilidade Social – Drª Arminda Neves,
Universidade de Évora
Programas para Cônjuges e outros acompanhantes
Programa 1
– Visita guiada ao centro histórico de Évora
Programa 2
– Visita à Fundação Eugénio de Almeida
19h30
Cocktail – Grupo musical
20h30
Jantar de Gala da Conferência – Évorahotel
(Smoking ou fato escuro)
Música para dançar
Dia 27 Maio Domingo
09h30/11h30
Inscrições e Tesouraria – Hall principal do ÉvoraHotel
10h30
Terceira Sessão de Trabalhos – Évorahotel
• Convenção Internacional Lisboa 201� – Informações
– Luís Miguel Duarte
• IGE – Apresentação Grupo Distrito ���0 (Brasil) – Gov.
199�-9� J. M. Gonçalves Pereira
• Apresentação e votação das contas de 200�-0�, Gov.
200�-0� José Manuel Pereira
• Apresentação do GI 2009-10 Felizardo Cota
• Associação “Governadoria Clubes Rotários Distrito 19�0”
• Apreciação e deliberação de Resoluções
• Intervenção do Representante do Presidente de R.I.,
Director 199�-9� Francisco Creo
• Intervenção do Governador Artur Almeida e Silva
13h00
Plantação da árvore da Amizade
– Jardins do Évorahotel
13h30
Almoço de Encerramento da Conferência
– Monte da Graciete (Estrada de Lisboa)
1� 61ª Conferência do Distrito 1960
Rotarye a Responsabilidade Social das OrganizaçõesA Declaração do Milénio, adoptada em 2000, por todos os 189 Estados
Membros da Assembleia Geral das Nações Unidas, veio lançar um processo
decisivo da cooperação global no século XXI. Nela foi dado um enorme
impulso às questões do Desenvolvimento, com a identificação dos desafios
centrais enfrentados pela Humanidade no limiar do novo milénio, e com a
aprovação dos denominados Objectivos de Desenvolvimento do Milénio
(MDGs) pela comunidade internacional, a serem atingidos num prazo de 25
anos, nomeadamente:
1. Erradicar a pobreza extrema e a fome
2. Alcançar a educação primária universal
3. Promover a igualdade do género e capacitar as mulheres
4. Reduzir a mortalidade infantil
5. Melhorar a saúde materna
6. Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças
7. Assegurar a sustentabilidade ambiental
8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento
Foram ainda aí estabelecidas metas quantitativas para a maioria dos
objectivos, com vista a possibilitar a medição e acompanhamento dos
progressos efectuados na sua concretização, ao nível global e nacional.
É na linha deste desafio que o Presidente de Rotary International, William
Boyd, escolheu como ênfases para 2006-07, a Alfabetização, a Gestão dos
Recursos Hídricos, Saúde e Nutrição (Combate à fome) e Família Rotária.
Pede-nos que “MOSTREMOS O CAMINHO”. Ênfases e lema que vieram
reforçar o principal projecto deste ano rotário no nosso Distrito – “Rotary e
a Responsabilidade Social das Organizações” – que se insere num dos
4 eixos do nosso Programa de Acção, ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
O facto de o Rotary ser um movimento de homens e mulheres profissionais,
líderes exercendo a sua actividade nas mais diversas áreas da Sociedade, com
especial relevo no meio das empresas e de outras organizações, permite e
exige-nos uma responsabilidade acrescida no exercício da cidadania.
Em termos práticos, este projecto arrancou no mês de Setembro, com reuniões
dedicadas à Responsabilidade Social, suscitando a sensibilização e a
discussão sobre o tema.
Por outro lado, a Comissão Distrital organizou nos meses de Janeiro, Fevereiro
e Março 2007, três FORA, cada um deles dedicado a um dos pilares do
Desenvolvimento Sustentável.
Pensemos no que se pode fazer individualmente para MOSTRAR O CAMINHO
da Ética, da Responsabilidade Social e do Desenvolvimento Sustentável,
contribuindo para um Mundo melhor para todos nós e para as gerações
vindouras.
1�61ª Conferência do Distrito 1960
Exmº Senhor Presidente
Incumbe-me o Senhor Primeiro Ministro de enviar a mensagem solicitada e de
dar conta do interesse e oportunidade que reconhece à iniciativa da responsa-
bilidade social e o Desenvolvimento sustentável, desejando, assim, que tenha
o merecido destaque e sucesso.
Com os melhores cumprimentos.
O Chefe de Gabinete,
Pedro Lourtie
Ofício do Gabinete do Primeiro Ministro
O Primeiro Ministro
Promove o Rotary, durante o ano de 2007, um programa de conferências em
torno dos temas da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável,
centrando o debate nas questões fundamentais da cidadania, da integração
social, da comunidade, do desenvolvimento e do ambiente.
Trata-se de questões que determinam as grandes opções das sociedades
democráticas modernas, condicionando decisivamente a agenda política. Da
consciência que delas tivermos depende a nossa própria visão da sociedade
em que vivemos e em que activamente participamos.
Por isso, vejo com muito interesse esta iniciativa, visto que ela poderá contribuir
para que cidadãos, organizações e instituições possam aprofundar a consciência
e o empenho sociais, reforçando o seu sentido de responsabilidade e de partilha
no esforço de construção de uma sociedade melhor, mais solidária, socialmente
mais robusta e coesa.
A todos os participantes e, em particular, ao Rotary, o meu sincero desejo de
que esta iniciativa tenha o merecido sucesso.
Vosso,
José Sócrates
Mensagem do Primeiro Ministro
1� 61ª Conferência do Distrito 1960
Introdução
Numa manhã do século XXI, acordámos com um “bater novo e
desafiante” às nossas portas. Era a Globalização. Feita de mundo
quase sem fronteiras, uma espécie da aldeia global com que
alguns de nós sonhávamos, a sociedade Informática a dar largos
e destemidos passos para a da Informação e do Conhecimento,
uma sociedade que já não prescinde da inteligência artificial,
um mundo à beira do “choque de civilizações (?)”. Metáforas do
novo? Com o andar dos meses, vimos as organizações mundiais,
que deviam ter acções reguladoras, a não funcionarem assim, as
Pessoas passarem para segundo plano, as assimetrias a crescerem
em vez de se reduzirem. Um número crescente de cidadãos
começam a questionar se era esta a globalização que queriam
e, se nestes moldes serve ou não os interesses da Humanidade,
do meio ambiente e do planeta terra.
As empresas pelo seu lado, passaram a viver um quotidiano hiper
competitivo e volátil e a enfrentar a competição internacional
em larga escala. Ocorrem movimentos constantes de fusões e
aquisições de âmbito mundial ocasionando grande concentração
de empresas transnacionais. As rápidas, frequentes e ininterruptas
mudanças e avanços tecnológicos, obrigam as empresas e os
trabalhadores a uma mudança e adaptação constante. A desre-
gulação dos mercados, “o vale tudo” nas relações comerciais e,
a criação de um fosso cada vez maior entre ricos e pobres, foi
uma das consequências deste modelo globalizante mas ausente
de valores, de ética e de respeito pelo indivíduo.
Ás empresas apresenta-se o desafio para estarem aptas a acom-
panhar (e até a anteciparem-se) ás exigências e tendências dos
mercados, produzindo algo diferente que garanta vantagem
competitiva e sustentável no longo prazo (possível?). As em-
O papel dos Rotários neste início de século
Marcelino Pena CostaPresidente da Comissão Distrital de Responsabilidade Social
Distrito 1960, 2006-07
Responsabilidade Social das Organizações e Desenvolvimento Sustentável
(Notas dispersas sobre os Fora Rotários)
1�61ª Conferência do Distrito 1960
presas são desafiadas a inovar e a criar produtos competitivos,
interessantes para os consumidores e pelo menos, amigos do
ambiente. As empresas deixaram de estar “sós”, passaram a ser
alvo das “partes interessadas” e dos seus accionistas. Todos lhe
exigem transparência e responsabilidade social.
E, nós Rotários, qual é o nosso “papel” no meio de tudo
isto???
Podemos e devemos ser uma “força” de persuasão e saber, volta-
da para “dar de si”, e servir de pólo de encontros e de resultados e
de charneira entre os projectos de RS que as empresas desenham
e as comunidades, que tão bem conhecemos, necessitam.
Podemos e devemos melhorar a nossa prestação dialogando e
abrindo parcerias com as entidades locais: oficiais, IPSS e ONGs,
as diversas comunidades e as Empresas “residentes“ na área de
actuação de cada clube.
Foi esta uma das maiores lições que pudemos tirar dos FORA que
a Comissão Distrital de RSO realizou, assim como das reuniões
com as comunidades locais, que a maioria dos Clubes levou a
boa prática.
O desafio do Milénio envolve cada um de nós a nível pessoal
e Rotário.
Torres Novas,
Uma Ode à Cidadania!
Foi uma jornada inesquecível para aqueles privilegiados que
acorreram à sede do NERSANT e tiveram a felicidade de participar
no primeiro dos 3 FORA, dedicado tema: “CIDADANIA, ÉTICA E
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO SUSTENTÁVEL”.
Um número de importante de cidadãs e cidadãos vieram partilhar
connosco seus saberes, as suas interrogações, as suas inquieta-
ções, o ser, o estar, o fazer.
A Cidadania, o primeiro passo para sermos, e a Ética, sempre
e em todas as circunstâncias da vida pessoal, profissional e
relacional foram “escalpelizados” pelos palestrantes “em lições
magistrais” e simples como simples é ser-se cidadão e ter um
comportamento ético na vida.
O senhor presidente da Nersant apontou algumas questões
pertinentes, como sempre adiadas pelo poder, na área laboral,
fiscal e de direito, que se põem às empresas e aos empreen-
dedores, dificultando-lhes o dia a dia e serem competitivos e
inovadores como grande numero de empresas desejava. O
senhor presidente de CCDRLTVT, dissertou sobre a problemática
do poder local, numa perspectiva ética e de desenvolvimento
sustentável, dando especial relevo ao trabalho que as autar-
quias devem começar desde já a fazer para que a resposta aos
desafios do milénio sejam cumpridos, nos seus objectivos que
se resumem aqui:
Erradicar a pobreza extrema e a fome
Atingir o ensino primário universal
Promover a igualdade de género e a capacitação
das mulheres
Reduzir a mortalidade infantil
Melhorar a saúde materna
Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças
Garantir a sustentabilidade ambiental
A ética e a cidadania, a educação e desenvolvimento de compe-
tências, a inovação para a sustentabilidade, a gestão participativa
e transparência foram temas abordados por especialistas que
de uma maneira didáctica, controversa aqui e ali, nos deixaram
nota do que era, é e será preciso fazer ontem, hoje e no futuro
se queremos poder usufruir deste planeta azul mas deixar aos
nossos filhos e netos a possibilidade de também o poderem viver
sem terem de usar máscaras, abrigos em vez de casas, o caos
em vez de um ambiente, bom e saudável.
Tivemos o cuidado de convidar empresas para demonstrarem
como se passa das palavras aos actos, seja qual for a sua dimen-
são. Pudemos ver que as empresas responsáveis, que assentam
em valores e procedimentos éticos a sua acção no mercado,
podem sem grandes custos económicos e com muitos benefícios
sociais, contribuírem para o desenvolvimento sustentável.
1� 61ª Conferência do Distrito 1960
Como alguém escreveu: não se esqueça que das partes interes-
sadas, duas, tanto a natureza como as gerações vindouras, não
podem fazer ouvir a sua voz!
15 de Fevereiro 2007
Lisboa
Às 10h00 desse dia, o Padre Milícias na qualidade de convidado
especial do segundo Fórum Rotário, dedicado ao segundo pilar
da Responsabilidade Social, com o seu tom alegre, optimista e
agudo, abriu a sessão apontando a problemática da pobreza, da
exclusão social mas dando pistas concretas para a inclusão ao
destacar o valor da diversidade e da multiculturalidade para o
desenvolvimento social, e para o fortalecimento das empresas.
Lembrou o crescimento do sector social da economia e do seu
interesse económico e social. Concluiu, como sempre optimista
e com um sorriso nos lábios, mostrando o seu emblema Rotário
que com orgulho ostentava na lapela: Temos muito que fazer,
vamos lá à acção se fazem favor.
O fórum abordou as diversas vertentes sociais com especial
incidência na INTEGRAÇÃO, e no papel que as ORGANIZAÇÕES e as
COMUNIDADES podem e devem assumir para o desenvolvimento
sustentável. A abordagem da pobreza e da exclusão social deu-
-nos pistas para compreendermos a sua enorme presença, e o
trabalho que várias ONGs levam a cabo, dia a dia, no silencio da
noite para compreender, aliviar a dor e, sobretudo preparar os
sem abrigo, jovens e idosos, para a integração, para a inclusão
social, para o retorno á vida com dignidade.
AR - ÁGUA - ENERGIA - VIDA
Sesimbra, 21 de Março
A “Consciência Ambiental e a Eco-eficiência”. Não é fácil,
para um leigo, ver claro no emaranhado de informação e desin-
formação que reina nestas matérias.
A VIDA, a qualidade de vida, da nossa, dos nossos filhos, das
gerações vindouras, foi o tema central de todas as interven-
ções.
Ficámos a saber que as energias alternativas também criavam
problemas ambientais e de saúde, que as energias fosseis são
efectivamente um problema, e que as alterações climatéricas
que se anunciam são cada vez mais atípicas e constantes na sua
aparição onde não eram usuais.
Que mundo estamos a construir?
Este “mundo” de assimetria cresce sob os nossos pés, com o
nosso consentimento, em progressão geométrica, ao mesmo
tempo que a Terra, o Ar, o Mar, e os Rios, sofrem danos. Alguns
já irreversíveis, quem duvida? A nossa pegada ecológica não
deixa de crescer, já “marcámos 2 mundos”, quando temos só
um onde viver.(*)
É surpreendente sabermos tão pouco sobre todos os aspectos
do ambiente, da sua história do estado presente, e como o
conservar e proteger.
Ficou um alerta ao ‘entusiasmo’ com os bio-combustíveis. Não
se duvida das suas vantagens específicas, mas haverá que aten-
der que o impulso dado à produção agrícola intensiva das suas
‘matérias-primas’ implica já hoje uma crescente e preocupante
desflorestação. O exemplo referido das (ex)florestas virgens do
Bornéu. “Haverá que gerir a floresta com a sociedade e não para
a sociedade”.
Alguns dos oradores referiram a fraca tendência dos portugue-
ses para se ‘envolverem’... Com esta e outras iniciativas Rotary
pretende contribuir para essa ‘mobilização’.
Foi evidenciado como corolário deste Fórum que as preocupações
éticas e ambientais das empresas, da assunção da sua própria
quota parte da Responsabilidade Social, só é realizável na justa
medida em que essas suas acções também contribuam positi-
vamente para os seus resultados.
As empresas têm que ser rentáveis, remunerar os seus inves-
tidores, garantir a estabilidade e qualidade dos seus postos de
trabalho, pelo que a sua acção de RSO tem que contribuir para
os seus resultados.
1961ª Conferência do Distrito 1960
A história das crenças humanas é uma saga que exige cuidados.
Nós os Rotários temos que participar com a nossa quota parte
para vivermos ainda num mundo melhor, e deixar aos vindouros
uma terra habitável, com ar respirável e água para beber!
Ou apostamos todos num futuro próximo cheio de mutan-
tes????
Conclusões/Ensinamentos
Sustentámos a nossa intervenção junto dos companheiros e das
populações que nos acompanharam nos FORA com oradores
sabedores das matérias que abordaram, interventivos e polémicos
onde deveriam ser. Nenhum dos oradores nos “veio presentear
com uma oração académica”, antes teve a capacidade de nos
por a pensar e de nos abrir caminhos para os desafios que nos
rodeiam. Discutimos sem tabus nem preconceitos, temas can-
dentes do nosso quotidiano e não só. As Pessoas, a Economia, as
questões sociais, a educação, a doença, a exclusão, a diversidade,
a Terra foram os principais protagonistas das sessões.
O que aconteceu nestes três FORA?
1. Pudemos verificar que a teoria nesta matéria se traduz, no
terreno e na prática em acções concretas desenvolvidas por
(*) Pegada ecológica: A pegada ecológica avalia o impacto ambiental de um indivíduo, instituição ou mesmo país, calculando a área de terreno
produtivo que seria necessária para sustentar toda a sua actividade (desde a alimentação até à produção de resíduos).
empresas de grande, pequena e média dimensão. A RSO já
deixou de ser uma questão de moda, ou académica, e passou a
envolver-nos a todos.
2. As comunicações tiveram um impacto especial na Família
Rotária pois, muitas delas se baseavam na Ética, na Cidadania,
na Intervenção Pessoal e Profissional, enfim, no nosso “SER”
Rotário (dar de si antes de pensar em si: cidadania, ética e
companheirismo).
3. Inquietaram-nos! Desafiaram-nos a abrir novas auto-estradas
do pensamento e a vogarmos livremente na nossa imaginação
e determinação, para que encontrarmos respostas para um novo
modo de viver, de estar, de dignidade humana, de não abusar
do planeta azul em que vivemos,de não o poluirmos, de ques-
tionarmos o nosso desperdício, o lixo...
4. Ficou claro para todos, que os Clubes podem ter uma inter-
venção criativa e eficaz, se os companheiros responsáveis pelos
serviços profissionais, ás comunidades e à juventude, em trabalho
conjunto, conceberem parcerias envolvendo as comunidades e
as empresas locais.
5. Todos nós nos sentimos mais responsáveis, mais solidários,
mais “humanos” e mais capazes de olharmos para os que passam
a nosso lado com o espírito voltado para a compreensão, para
o respeito pela diversidade e, um grande amor à PAZ. O Rotário
do século XXI, abraça as utopias, os sonhos da humanidade para
criar um mundo na senda dos desafios do Milénio.
20 61ª Conferência do Distrito 1960
práticas sustentáveis, disponibilizando ferramentas para uma
mais fácil abordagem.
Pensamos que para lá das respostas atrás expostas, há um longo
caminho a trilhar. Este caminho diz respeito à extensão destas
preocupações à vivência de toda a sociedade, tendo por objectivo
alcançar o compromisso da sociedade em geral em relação a
este caminho.
Neste rumo enquadra-se a feliz iniciativa do Rotary que consubs-
tancia de uma forma veemente a sua missão, procurando estar
na primeira linha dos que activamente defendem a visão de um
futuro sustentável.
Pensamos que o caminho a seguir implica nomeadamente o
comprometimento da sociedade em questões como a transpa-
rência e a prestação de contas, a equidade regional, a resolução
do problema da economia paralela e outras informalidades na
economia, uma forte consciência pública dos desafios que nos
estão colocados e o desenvolvimento de uma cultura de cida-
dania mais forte.
Mais especificamente para as empresas, as acções deverão con-
centrar-se na evolução da perspectiva ambiental para a perspecti-
va social e de Desenvolvimento Sustentável, no desenvolvimento
de competências, na correcta percepção dos riscos pela não
inversão do caminho do business as usual, na implementação dos
príncipios e práticas do Desenvolvimento Sustentável, na edição
de relatórios de sustentabilidade, no estabelecimento de diálogos
com os stakeholders, no desenvolvimento de uma sensibilidade
a estas questões por parte dos analistas financeiros nacionais e no
alargamento às PME, pela acção directa das grandes empresas,
através das suas cadeias de abastecimento.
Advogamos que a estratégia de “ir fazendo enquanto se discu-
te”, vá sendo concretizada em mais exemplos de aplicação dos
conceitos e práticas do desenvolvimento sustentável, de uma
forma pragmática pelas empresas.
E como o Rotary está a fazer, envolver cada mais pessoas
e organizações para que as nossas escolhas pessoais e em
sociedade, correspondam a um caminho mais consciente e mais
sustentável.
Muito se tem vindo a falar sobre o Desenvolvimento Susten-
tável, na verdade o tema está cada vez mais a entrar no dia a
dia, nomeadamente nos media, no discurso dos políticos e na
comunicação das empresas. Cada vez mais a sustentabilidade, a
responsabilidade social das empresas, a eco-eficiência e tantos
outros temas relacionados, são objecto da atenção de mais pes-
soas e organizações. O Governo tem multiplicado os exercícios de
elaboração de estratégias nacionais e planos de implementação,
procurando também alinhar o discurso com a prática.
Todos estes esforços vão aumentando a percepção geral a esta
temática, mas a multiplicação de abordagens e de diferentes
visões não torna a tarefa fácil aos recém chegados a estes
temas. O carácter de novidade, faz com que também se assis-
tam a manifestações de comportamentos de moda, havendo
ainda quem encare estes assuntos com a ligeireza de mais uma
“tendência da estação”, correndo a adoptar a particularidade que
mais lhe agrade, e que melhor fique na fotografia.
Sem dúvida alguma, nesta área a liderança é assegurada pelas
empresas, que habituadas a terem que se adaptar à dinâmica
dos mercados, estão a conseguir também, responder mais rápida
e eficientemente a estes novos desafios.
O balanço possível é francamente positivo, pois a questão de
alteração de paradigma de desenvolvimento começa a ser uma
realidade para quem tem que pensar o futuro. Assim, o carácter
vincado de opção de longo prazo das opções de evolução rumo
ao Desenvolvimento Sustentável, começam a ser correctamente
percepcionadas e praticadas.
Por outro lado, os exemplos de guias práticos de implementação
vão dando a conhecer estratégias de acção e possíveis caminhos
a trilhar, dando um passo em frente na via da concretização de
Luís Rochartre ÁlvaresBCSD PortugalConselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
Olhar em frente
2161ª Conferência do Distrito 1960
O conceito de desenvolvimento sustentável é hoje comum em
qualquer discurso político ou empresarial, trazendo consigo anos
de cimeiras, encontros, debates, publicações e até certificações,
que permitem tornar mensurável o grau de sustentabilidade de
uma organização.
Não obstante ser presença constante no debate público, uma
análise criteriosa do dia a dia de algumas organizações leva-nos
facilmente a concluir que, em muitos casos, não passa disso. Em
suma, o discurso está assumido, mas a prática não o segue, pelo
menos não com a veemência que as palavras deixam antever.
A recentemente aprovada Estratégia Nacional de Desenvolvimen-
to Sustentável (ENDS) e o seu respectivo Plano de Implementação
(PIENDS) – www.desenvolvimentosustentavel.pt – provou, duran-
te o processo de discussão pública, o quanto os nossos decisores
políticos possuem uma visão retorcida do conceito.
O processo de preparação, debate e aprovação da Estratégia
Nacional de Desenvolvimento Sustentável portuguesa foi longo
(teve início em 2002, tendo existido várias versões). Mas um
processo tão longo deveria ter-nos permitido compreender
que quando se fala de desenvolvimento sustentável se fala do
equilíbrio entre três pilares e que, por mais que não se queira
aceitar, há um que muito embora possa não ser abordado como
Susana FonsecaVice-presidente da Quercus - ANCN
Aline DelgadoCoordenadora do Grupo de Trabalho sobre Construção Sustentável
da Quercus - ANCN
Ambiente e desenvolvimento sustentável – o discurso e a prática
dominante, foi dos principais motores do próprio conceito – o
pilar ambiental.
No contexto actual poucos se atreveriam a afirmar que o ambien-
te deve ser dominante, mesmo numa estratégia de desenvolvi-
mento sustentável e alguns (para não dizer muitos) sentir-se-iam
tentados a dizer que em Portugal até temos ambiente a mais, e
que há que desregular. Contudo, não deixa de ser curioso que a
Comissão Europeia produza uma revisão da Estratégia Europeia
para o Desenvolvimento Sustentável onde o ambiente é apresen-
tado enquanto pilar decisivo, na medida em que é visto enquanto
factor que pode condicionar o equilíbrio dos pilares económico e
social. É fácil compreender esta argumentação; aliás, os cenários
actualmente em debate relativos às consequências de problemas
globais como as alterações climáticas demonstram à exaustão
a forma como o desrespeito pelo equilíbrio ambiental e pela
capacidade de carga do planeta podem resultar em perturbações
graves a nível económico e social.
Contudo, em Portugal, um país que tem demonstrado uma enor-
me dificuldade em cumprir os seus compromissos internacionais
no âmbito do combate partilhado às alterações climáticas, parece
ainda ser dominante a ideia que o fundamental é apostar no pilar
económico e que tudo o resto virá por acréscimo, como se de algo
22 61ª Conferência do Distrito 1960
natural se tratasse. Muito embora o bem estar económico e social
seja precursor de comportamentos e valores de maior respeito
pelo ambiente, é inquestionável que as práticas associadas a estes
contextos colocam uma carga desmesurada sobre o Planeta, que
só não tem consequências mais graves por estar ainda associada
a uma minoria da população mundial. Considerar o desafio do
desenvolvimento sustentável em termos da solidariedade com
as gerações futuras, sem deixar de parte a necessária equidade
no presente, é uma obrigação que decorre do conceito, dos
mais básicos princípios éticos e do mais comum bom senso. As
alterações climáticas são, a este título, o exemplo perfeito da im-
peratividade da acção por parte daqueles que mais contribuíram
para o problema no sentido de se evitarem as consequências mais
graves que terão reflexos mais significativos nas gerações futuras
e nas populações já mais fragilizadas actualmente.
Mas para este combate já existem algumas armas ao nosso
dispor. É desde logo fundamental uma alteração geral dos nossos
comportamentos no sentido de refrear alguns impulsos produ-
tivistas e consumistas que esbanjam recursos naturais que são
escassos. A título de exemplo podemos falar das possibilidades
de alterar as nossas formas de fazer e usar determinados bens,
como por exemplo os nossos edifícios.
O ano de 2007 poderá ser um marco para o País no que diz
respeito à adopção de práticas mais sustentáveis para o sector
da construção. Com a entrada em vigor da nova Regulamentação
sobre Eficiência Energética em Edifícios e a craição do Sistema de
Certificação Energética e da Qualidade do Ar dos Edifícios – o SCE,
todos os edifícios passarão obrigatoriamente a ter um Certificado
Energético, baseado na revisão de dois Regulamentos já exis-
tentes. O RSECE e o RCCTE. O primeiro destina-se a assegurar as
condições de higiene e conforto dos edifícios, nomeadamente a
qualidade do ar interior bem como garantir a qualidade dos equi-
pamentos instalados, limitando ao mesmo tempo os consumos
de energia. O segundo, impõe requisitos mínimos às necessidades
de energia no que respeita à construção do edifício.
O SCE contribuirá para uma mudança de mentalidades do lado da
procura, uma vez que passa a haver informação sobre o consumo
energético do edifício. A implementação do Sistema iniciar-se-á
em Julho de 2007, para novos edifícios. Em Janeiro de 2008 para
novos edifícios de serviços e até 2009, pensa-se que o sistema
estará em pleno funcionamento, tanto para os novos edifícios,
como para os edifícios existentes.
Este Sistema reforça a necessidade de projectarmos os nossos
edifícios considerando a problemática ambiental a montante,
de modo a obteremos edifícios mais eficientes na sua fase de
operação (fase de utilização). Contemplar no desenho soluções
passivas de captação de energia, tirando partido da orientação
solar, prever áreas adequadas de envidraçados, colocar sombrea-
mento para evitar ganhos térmicos desnecessários e uma correcta
aplicação do isolamento nas paredes exteriores (envolvente)
dos edifícios, são alguns dos exemplos que poderão reduzir o
consumo de energia a jusante. No que respeita aos materiais
de construção, a utilização de materiais mais sustentáveis, de
origem natural e local, com baixo valor de energia incorporada
(energia dispendida desde a extracção da matéria-prima até à
forma final do material apto a ser utilizado), reutilizáveis e/ou
recicláveis é também uma necessidade. Por último, contemplar
planos adequados de gestão ambiental durante a execução da
obra de forma a minimizar desperdícios e consumos energéticos
desnecessários é outra medida.
Um novo rumo para o desenvolvimento em Portugal é urgente,
pela necessidade que se impõe de um uso mais eficiente de
energia e consumo de recursos naturais, indo ao encontro dos
compromissos assumidos por Portugal e pela União Europeia
no âmbito do Protocolo de Quioto e do desenvolvimento sus-
tentável.
2�61ª Conferência do Distrito 1960
A construção das sociedades democráticas fez-se com ênfase nos
direitos. Os direitos resultam das relações entre Seres Humanos.
Liberdades económicas, civis, sociais garantem a reivindicação e
concretização prática dos direitos.
Mas em relação à Natureza quais são os nossos direitos? E que
liberdades os concretizam? Não haverá responsabilidades? Na
relação com a Natureza a ênfase estará nos direitos? Ou nas res-
ponsabilidades? Ou nos limites aos direitos? O desenvolvimento
sustentável obriga a repensar as responsabilidades? Ou podemos
continuar a basear-nos em direitos? Sobre o que vamos legar às
gerações futuras teremos direitos, responsabilidades ou ambos?
Em que medida? Preferirão as pessoas o prazer imediato a alguma
abdicação a favor do futuro?
Precisamos de uma ética da responsabilidade? Que atitudes e
comportamentos poderá implicar? Como manter os direitos?
As Organizações (Empresariais e outras), os Estados, as Pessoas,
terão de assumir responsabilidades, económicas, sociais, ambien-
tais? Ou a pressão da sobrevivência económica secundarizará os
outros aspectos?
Estas questões e muitas outras emergem dos desafios que o nosso
tempo tem de enfrentar em virtude do progresso tecnológico que
gerou as condições para a globalização à escala planetária.
De facto outras globalizações ocorreram no passado mas à
escala de um continente ou de uma área geográfica restrita. Em
geral foram provocadas por forças militares ou por unificação
imperial.
Mário Parra da SilvaPresidente da APEE – Associação
Portuguesa de Ética Empresarial
Para uma cultura da responsabilidade
A globalização planetária que vivemos decorre no contexto da
liberalização de mercados e de fronteiras e barreiras alfandegárias.
Cerca de 2 mil milhões de pessoas estão a chegar ao mercado
de produção industrial e de consumo, numa fase do desenvolvi-
mento em que a pressão sobre os equilíbrios naturais é enorme.
Como poderão aceitar que o seu crescimento seja moderado por
factores ambientais que a Europa e os EUA ignoraram quando
passaram a mesma fase? E que autoridade tem para os persuadir
esse “primeiro mundo” que continua a não conseguir limitar os
seus próprios impactes negativos?
Depois de dois séculos de discurso sobre os direitos quem vai
agora exigir à China e à Índia que assumam responsabilidades?
O mais certo é que a resposta seja “também temos direito ao
desenvolvimento, sustentado ou não”. De facto a prioridade
nesses países, compreensivelmente, é a criação de riqueza e de
empregos. O resto, tal como sucedeu no Ocidente, virá depois,
quando a riqueza for suficiente para esses “luxos” ecológicos.
Infelizmente as consequências serão globais e portanto iremos
pagar a factura das alterações climáticas, tal como os países
em desenvolvimento pagaram durante décadas a transacção
sempre deficitária de produtos manufacturados caros em troca
de matérias primas baratas.
A solução está na passagem a uma cultura que valorize as respon-
sabilidades tanto quanto os direitos. Este novo quadro cultural terá
de começar por constituir uma prática empresarial e institucional
mas só será consolidado se passar a ser uma forma de pensa-
mento ao nível do cidadão enquanto tal, enquanto consumidor,
enquanto parte de uma família, enquanto habitante da Terra.
Não será fácil porque os direitos são muito atractivos para qual-
quer um. As responsabilidades implicam abdicação e considera-
ção pelo outro, ou seja um estado de consciência mais elevado e
altruísta. Quando a própria educação deixou de incluir quaisquer
valores para se centrar exclusivamente em questões técnicas,
que sensibilidade terão as pessoas para as virtudes?
Ou seja, como diz o Professor José Manuel Moreira, como passar
do ciclo vicioso para o ciclo virtuoso?
Só tenho uma certeza: há mais perguntas que respostas.
Faça a diferença na vida de uma criançaFundo Anual para Programas da Rotary Foundation
Faça a sua Doação HOJEwww.rotary.org
Todos os Rotários, Todos os AnosEsclarecimentos? e-mail [email protected]
Convenção Internacional de RI de 2007
A 98ª Convenção de Rotary International irá ter por palco a cidade de Salt Lake City, localizada no estado de Utah, nos EUA e realizar-se-à de 17 a 20 de Junho de 2007.A Convenção que tem por finalidade principal informar, inspirar, moti-var e incentivar os rotários para os trabalhos e projectos que os clubes desenvolvem, representa igualmente uma oportunidade de encontro das Famílias Rotárias e propicia também o estabelecimento de laços de amizade e companheirismo com rotários de outros clubes ou distritos.Um fascinante programa está já consolidado, podendo o mesmo ser consultado em http//www.rotary/events/index.htmlEste ano a novidade é o Simpósio sobre a Paz Mundial.Nem palavras nem imagens podem descrever a satisfação de participar de uma Convenção do RI. É preciso senti-la na própria pele.Vá e desfrute entre companheiros do mundo inteiro o maior encontro anual do Rotary.
Faça a diferença na vida de uma criançaFundo Anual para Programas da Rotary Foundation
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Todos os Rotários, Todos os AnosEsclarecimentos? e-mail [email protected]
Convenção Internacional de RI de 2007
A 98ª Convenção de Rotary International irá ter por palco a cidade de Salt Lake City, localizada no estado de Utah, nos EUA e realizar-se-à de 17 a 20 de Junho de 2007.A Convenção que tem por finalidade principal informar, inspirar, moti-var e incentivar os rotários para os trabalhos e projectos que os clubes desenvolvem, representa igualmente uma oportunidade de encontro das Famílias Rotárias e propicia também o estabelecimento de laços de amizade e companheirismo com rotários de outros clubes ou distritos.Um fascinante programa está já consolidado, podendo o mesmo ser consultado em http//www.rotary/events/index.htmlEste ano a novidade é o Simpósio sobre a Paz Mundial.Nem palavras nem imagens podem descrever a satisfação de participar de uma Convenção do RI. É preciso senti-la na própria pele.Vá e desfrute entre companheiros do mundo inteiro o maior encontro anual do Rotary.