revista 3º "c" - internews

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Internews edição 2012 ano 01 - nº 01 06 de agosto de 2012 TURMA: 3º ”C” DENNER SILVA GLAUCY SOUSA ISABELLE SILVA INÁCIO VIRAÇÃO RAFAEL MARINHO LIXÃO DE JARDIM GRAMACHO É FECHADO NO RIO DE JANEIRO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁ VEL SUSTENTABILIDADE | BIODIVERSIDADE nocias da RIO +20

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Inácio Viraç~~ao

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Page 1: Revista 3º "C" - Internews

Internewsedição 2012 ano 01 - nº 0106 de agosto de 2012

TURMA: 3º ”C”DENNER SILVAGLAUCY SOUSAISABELLE SILVAINÁCIO VIRAÇÃORAFAEL MARINHO

Lixão de Jardim Gramacho

é fechado no rio de Janeiro

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁ VEL

SUSTENTABILIDADE | BIODIVERSIDADE

notícias da RIO +20

Page 2: Revista 3º "C" - Internews

índice

04/0506/07

08/09 10/11

12/13

16/17 18/19

22/2320/21

14/15

CADERNO 01 - RIO +20

CADERNO 02 - LIXO

CADERNO 02 - AQUECIMENTO GLOBALCADERNO 02 - LIXO

CADERNO 02 - ÁGUA

CADERNO 4/5 - REDAÇÃO e ENTRETERIMENTO

CADERNO 03 - NOTÍCIAS RIO +20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CADERNO 01 - DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL

CADERNO 01 - SUSTENTABILIDADE e BIODIVERSIDADE

Page 3: Revista 3º "C" - Internews

Rio +20artigo

Rio+20 é o nome da Conferência das Nações Unidas so-bre Desenvolvi-

mento Sustentável, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho de 2012. Participar-am líderes dos 193 países que fazem parte da ONU.

O que foi a RIO +20?

Principais temas que foram debatidos

Objetivos

- Balanço do que foi feito nos últimos 20 anos em relação ao meio ambi-ente;- A importância e os processos da Economia Verde;- Ações para garantir o desenvolvimento sus-tentável do planeta;- Maneiras de eliminar a pobreza;

O principal objetivo da Rio+20 foi reno-

var e reafirmar a par-ticipação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento sustentável no plan-eta Terra. Foi, portanto, uma segunda etapa da Cúpula da Terra (ECO-92) que ocorreu há 20 anos na cidade do Rio

Resultados

Infelizmente o resultado da Rio+20 não foi o esperado. Os

impasses, principalmente en-tre os interesses dos países de-senvolvidos e em desenvolvi-mento, acabaram por frustrar as expectativas para o desenvolvi-mento sustentável do planeta. O documento final apresenta várias intensões e joga para os próximos anos a definição de medidas práticas para garantir a proteção do meio ambiente. Muitos analistas disseram que a crise econômica mundial, princi-palmente nos Estados Unidos e na Europa, prejudicou as nego-ciações e tomadas de decisões práticas.

CADERNO 1 - 04 CADERNO 1 - 05

Page 4: Revista 3º "C" - Internews

1972

A R i o + 2 0 , foi uma con-

ferência realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012 na cidade brasileira do Rio de Janeiro, vinte anos após da ultima conferência no Rio de Janeiro.

O Brasil sediou uma conferên-

cia, organizada na ci-dade do Rio de Janeiro, em 1992, cujo evento ficou conhecido como Eco-92.

Em 1982 ocor-reu um novo en-

contro, em Nairóbi, no Quênia.

Em 2002 ocor-reu um novo en-

contro, em Johanes-burgo, na África do Sul cujo evento ficou con-hecido como Rio+10, dez anos após da ulti-ma conferência no Rio

de Janeiro.

20121992

1982

2002

O primeiro grande evento foi reali-

zado em Estocolmo, na Suécia, em 1972.

Desenvolvimento SustentávelO

principal tema foi o desenvolvi-mento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade

das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa pos-sibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvi-mento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habi-tats naturais.O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceptualmente di-vidido em três componentes: a sustentabili-dade ambiental, sustentabilidade econômi-ca e sustentabilidade sociopolítica.

CADERNO 1 - 06 CADERNO 1 - 07

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Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que

visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o

Sustentabilidade

Biodiversidade nada mais é do que a diversidade, ou a variedade, de

formas de vida no planeta. Ou seja, biodiversidade é a diversidade de espécies, genes, variedades, ecossistemas, gêneros e famílias, enfim, a variedade da natureza viva. Na “Convenção da Diversidade Biológica” apresentada na Eco92, biodiversidade é definida como “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os

complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre a biodiversidade é o que garante o equilíbrio dos ecossistemas e, por tabela, do mundo todo. Os danos causados à biodiversidade não afetam somente as espécies que habitam determinado local, mas, todas as outras e o próprio ambiente uma vez que afeta a fina rede de relações entre as espécies e entre estas e o meio em que vivem.

Para tentar preservar toda a riqueza de vida do planeta é

desenvolvimento sustentável. A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

Por ano são descobertas em média cerca de 13.000 novas espécies e estima-se que existam cerca de 1,7 milhões de espécies conhecidas no planeta. Mas, esses números são ainda muito distantes do que pode existir na realidade,

necessário conhecer os diversos mecanismos ligados à sua preservação e, principalmente, não interferir. A principal ameaça à biodiversidade do planeta é justamente a ação humana através de desmatamentos, queimadas e alterações antrópicas no clima e nos ecossistemas. Mas o pior é que por causa dos desmatamentos e queimadas diversas espécies são extintas antes mesmo de poderem ser estudadas ou de que alguma ação seja tomada para se tentar preservá-las.

Biodiversidade

CADERNO 1 - 08 CADERNO 1 - 09CADERNO 1 - 08 CADERNO 1 - 09

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O acúmulo do lixo em lixões e aterros (regulares ou não) e seu contato com as condições climáticas – sol e chuva – acaba

produzindo o chorume, um líquido escu-ro e altamente tóxico que polui a água do lençol freático, e o metano (CH4), um gás ainda mais prejudicial à atmosfera que o próprio dióxido de carbono (CO2), con-siderado o grande vilão do efeito estufa. Além disso, representa um grande risco para a saúde humana, já que propicia a manifestação de várias doenças como cólera, cisticercose, disenteria e giardíase. A situação ainda piora, pois o lixo acumu-lado é o ambiente adequado para a prolif-eração de insetos e roedores, como bara-tas, mosquitos e ratos, que são vetores comuns de doenças como febre amarela,

dengue e leptospirose. Se depositado no leito dos rios, o lixo pode provocar assoreamentos e conseqüentemente, enchentes e contaminação da água, afe-tando o meio ambiente e a saúde das populações ribeirinhas. Se o destino do lixo for a queima a céu aberto, nova-mente o impacto é negativo tanto para as pessoas como para a natureza: a queima lança no ar dezenas de produtos tóxicos, que variam da fuligem, que afeta os pul-mões, às dioxinas, resultantes da queima de plásticos, que são cancerígenas.

Lixo Com o aumento da população e com a expansão das cidades e das indústrias, o lixo acabou se tornando um dos grandes prob-

lemas atuais. A maioria dos lixões e ater-ros sanitários no mundo está ou saturada, ou muito próxima de seu limite. Como a produção de lixo é contínua e em volume muito grande (seis bilhões de pessoas no mundo todo produzindo lixo todos os dias), o acúmulo desses resíduos se torna um grande problema social, ambiental e econômico para o país. Em muitas locali-dades, o destino do lixo acaba sendo em aterros irregulares, leitos de rio ou ainda a

energia, hoje tão cara e sob a ameaça de escassear num futuro bem próximo, po-deria ter uma fonte de abastecimento in-esgotável – e ecologicamente correta. Nos países europeus, nos Estados Unidos e no Japão, gerar energia a partir do lixo é uma realidade desde os anos 1980. Esses país-es processam 130 milhões de toneladas de lixo, gerando energia elétrica e térmi-ca em 650 instalações. Somente a União Européia extrai mais de 10 mil MW de cerca de 60 milhões de toneladas de lixo por ano em 400 usinas, que são capazes de produzir eletricidade para atender 27 milhões de pessoas (o equivalente a soma da população da Dinamarca, da Finlândia e da Holanda). Se o Brasil transformasse seu lixo em energia, conseguiria implan-tar cerca de 750 usinas, que forneceriam

A reciclagem é uma solução co-mum e viável para resolver o problema do lixo. A maioria dos materiais despejados em lixões

pode ser reaproveitada. A técnica, além de diminuir a quantidade de lixo nas ci-dades, também tem vantagens sociais e econômicas, como geração de emprego e criação de indústrias de reciclagem. Em-bora muito esteja se fazendo nesta área em nível mundial, ainda são poucos os materiais aproveitados no Brasil onde é estimada uma perda de cerca de quatro bilhões de dólares por ano. Mas há indí-cios de melhora na área no país onde se tem como melhor exemplo as latas de alumínio, cuja produção é 63% reciclada. Mas o lixo também pode ser reaprovei-tado para se converter em energia. E a

energia para aproximadamente 22,5 mil-hões de habitantes - cada 200 toneladas por dia do lixo doméstico orgânico per-mitiriam a implantação de uma Usina Ter-melétrica com a potência de três Mega-watts, capaz de atender uma população de 30 mil habitantes. A energia via lixo pode iluminar casas, ativar indústrias e mover carros. Isso também se refletiria positivamente na economia, não apenas com o corte de gastos que esta fonte de energia traria, mas com os recursos que captaria. O aproveitamento de resíduos é considerado uma alternativa viável para substituir combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás), sendo uma boa opção para a redução da emissão de gases poluentes que provocam o efeito estufa.

queima a céu aberto – o que agrava ainda mais o problema. A quantidade de lixo pro-duzida semanalmente por um ser humano é de cinco quilos. Só no Brasil se produz cerca de 240 mil toneladas de lixo por dia, de acor-do com dados do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE). Desde total, 76% do lixo é jogado a céu aberto sendo visível ao longo de estradas e também são carregados para represas de abastecimento durante o período de chuvas.

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Lixão de Jardim Gramacho é fechado no Rio de Janeiro

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o prefeito Eduardo Paes colocaram um cadeado simbólico no lixão, depois de mais de três décadas de funcionamento

Lixão de Jardim Gramacho é fechado no rio de Janeiro

Após 34 anos de fun-cionamento do maior lixão a céu aberto da América Latina, Gra-

macho, enfim, foi fechado. A cerimônia simbolizada pelo ato do prefeito Eduardo Paes de colocar um cadeado na mon-tanha de lixo ganhou um ar festivo neste domingo. O clima de comemoração tentou mini-mizar as lembranças da demora para que o lixão tivesse seu fim, do impacto ambiental na região e dos catadores que por anos ganharam a vida em condições sub-humanas de trabalho. A gente passou os últimos 30 e poucos anos cometendo um enorme crime ambiental, que é esse lixão às margens da Baía de Guanabara”, disse Paes. O prefei-to afirmou que o Rio vai aplicar dois bilhões de reais nos próxi-mos 15 anos para tratar os re-síduos sólidos. Por esse mesmo período, a empresa Novo Gra-macho explorará o gás metano produzido no lixão, que será vendido para a Reduc, a refinar-ia de Duque de Caxias. A empre-sa terá de investir a quantia de 20 milhões no bairro onde, por três décadas, ficou a montanha de dejetos mais conhecida do país.A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve pre-sente e disse ter por objetivo que o fechamento de Grama-cho seja modelo para todo o país. Citando a meta do Estado do Rio de fechar todos os ater-ros no entorno da Baía de Gua-

nabara até o fim do ano, a ministra disse que está lançado o “desafio de o estado do Rio de Janeiro ser o primeiro a cumprir a Política Na-cional de Resíduos Sólidos”. A meta do governo federal é de eliminar os lixões até 2014. A Política Nacional de Resíduos Só-lidos foi instituída pela Lei 12.305, de 2010. A ministra definiu o cum-primento do prazo para implan-tação da política como um “desa-fio imenso”. “O prazo é muito curto, mas é importante que os instru-mentos para a concepção desse objetivo sejam consolidados”, disse Izabella em encontro com jornalis-tas durante a cerimônia de encer-ramento das atividades de Grama-cho.A ministra também lembrou que a responsabilidade de erradicação dos lixões é dos municípios. O gov-erno federal tem atuado no finan-ciamento de iniciativas locais de adequação à lei. “Os Planos Mu-nicipais de Resíduos Sólidos são necessários exatamente para a er-radicação dos lixões. Além disso,

até o fim do ano implantaremos, em quatro cadeias, a estrutura de logística reversa”, completou Iza-bella. Uma das saídas encontradas pelo governo federal para aumentar os índices de reciclagem é o es-timulo à logística reversa. Entre o fim deste ano e o começo de 2013, essa política será implantada nas cadeias de embalagens, de óleo lubrificante, eletroeletrônicos, lâmpadas e descarte de medica-mentos. Através de contratos com o governo, fabricante, importado-res, comerciantes e distribuidores passarão a cuidar da etapa final do seu produto, que é quando ele vira lixo.Segundo a ministra do Meio Am-biente, ao fechar o aterro e con-struir o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, o Rio dá exemplo. “O município está atuan-do de maneira global. Não temos nada que vai apequenar a partici-pação da cidade do Rio de Janeiro na Rio+20, como anfitriã”, disse Iza-bella.

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Verões cada vez mais quentes; pessoas morrendo por causa das altas temperaturas; peixes migrando para águas mais profundas por causa do calor; gelo dos pólos derretendo; inundações em algumas regiões, secas em outras... Essa visão apocalíptica não faz parte de nenhuma profecia exagerada, mas sim representa um quadro real que já está acontecendo nos dias de hoje e que, se não freado a tempo, poderá ter conseqüências catastróficas: o

aquecimento global.

CONSEQUÊNCIAS & SOLUÇÕES

O QUE É?

Esse fenômeno acon-tece por causa de uma elevação nos níveis de dióxido de carbono na

atmosfera, que aumentam por causa da queima de combus-tível fóssil, além do crescimento progressivo na emissão de gases e outros produtos químicos pro-duzidos pelo homem durante os últimos cem anos. Isso alterou as características da atmosfera, fazendo com que o calor ficasse concentrado como numa estufa – de onde vem o nome “efeito estufa”. O aquecimento glob-al pode trazer conseqüências graves para todo o planeta – in-cluindo plantas, animais e seres humanos. A retenção de calor na superfície terrestre pode influ-enciar fortemente o regime de chuvas e secas em várias partes do planeta, afetando plantações e florestas. Algumas florestas po-dem sofrer processo de deser-tificação, enquanto plantações podem ser destruídas por al-agamentos. O resultado disso é o movimento migratório de ani-

mais e seres humanos, escassez de comida, aumento do risco de extinção de várias espécies animais e vegetais, e aumento do número de mortes por des-nutrição.Outro grande risco do aquecimento global é o derre-timento das placas de gelo da Antártica. A calota de gelo oci-dental da Antártida está derre-tendo a uma velocidade de 250 quilômetros cúbicos por ano, elevando o nível dos oceanos em 0,2 milímetros a cada 12 me-ses. O degelo desta calota pode fazer os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas pelo mundo e ilhas inteiras. O aquecimento global pode ser considerado respon-sável por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo, devido a ondas de calor, inundações, e doenças acarretadas por ca-tástrofes naturais – como fura-cões e grandes tempestades, que se tornam mais comuns com as mudanças climáticas. Ape-sar de preocupante, o aqueci-mento global não é irreversível.

Há muitas ações que podem ser colocadas em prática pelos governos e pela população em geral para amenizar seus efei-tos e até mesmo fazer regredir seu desenvolvimento. Uma das principais ações recomendadas pelos cientistas e pesquisadores é a redução da emissão de gas-es de efeitos estufa. Para tanto, recomenda-se diminuir o uso de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene) e aumen-tar o uso de biocombustíveis (biodíesel) e etanol, e outras fontes de energia não-poluentes (como solar, eólica, etc). Além disso, recomenda-se aumen-tar o sistema de coleta seletiva e reciclagem, recuperar o gás metano nos aterros sanitários, e não praticar desmatamento ou queimadas. Aliás, o plantio de árvores é uma das formas que melhor contribuem para diminuir o aquecimento global, pois o reflorestamento é capaz de neutralizar as emissões de carbono, um dos grandes vilões do aquecimento global.

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A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo, principalmente na Rio+20. O uso irracional e a poluição de fontes impor-tantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada. Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da revista mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam

a falta de água no mundo. Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causa-do todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a val-orização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.

água

Feche bem as tornei-ras, regule a descarga

do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água la-

vando carro ou calçadas, reuti-lize a água para diversas ativi-dades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões

de mananciais.

Não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não

descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não utilizar

agrotóxicos e defensivos agríco-las em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto domé-stico em córregos. Não jogar

produtos químicos, combus-tíveis ou detergentes nas

águas.

DICAS

DICAS

para economia de água

para diminuir a poluição das águas

CADERNO 2 - 16 CADERNO 2 - 17

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notícias da RIO +20RIo+20 foI A MAIoR confERên-

cIA já REAlIzAdA PElA onUFonte: Simone Iwasso – O Estado de S. Paulo

Dados atualizados da Organi-zação das Nações Unidas (ONU) mostram que du-

rante os nove dias da Rio+20 (do dia 13 até dia 22) 45,531 pessoas transitaram pelo Riocentro, entre embaixadores, representantes de delegações estrangeiras, jornalis-tas, cientistas, atividades de organi-zações não governamentais.Mais de cem chefes de Estado es-tiveram discursaram nos últimos três dias de conferência. Além disso, a Rio+20 contou com a par-ticipação de 1.500 voluntários – jo-vens estudantes de escolas do Rio, e 700 moradores de comunidades carentes.Nikhil Chandavarkar, represent-ante das Nações Unidas, disse que a Rio+20 provavelmente é a confer-ência da ONU com maior público até hoje. “Na Rio-92 foram 17 mil pessoas”, disse, referindo-se à con-ferência realizada há 20 anos no mesmo Riocentro.Ele afirmou que o texto do docu-mento final da Rio+20 é o mesmo que foi apresentado na madrugada do dia 19. “Não há modificações de conteúdo. Pode haver mudanças apenas em termos de formatação e gramática.”

diLma defende texto finaL da rio+20Só parte dos presentes aplaude documento, considerado fraco por sociedade civil.

Fonte: Herton Escobar - O Estado de S. Paulo

O documento final da cúpu-la, intitulado de O Futuro que Queremos – e apeli-

dado de O Futuro que Teremos, ou O Futuro que Não Queremos, por organizações não governa-mentais – foi aprovado na sexta, 22, às 19h20, na plenária final da conferência, sem qualquer co-mentário por parte dos delega-dos presentes. A aprovação foi aplaudida pela plateia de forma recatada. Em seu pronunciamen-to, Dilma rebateu as críticas so-bre a falta de ambição do texto final. “O documento que aprova-mos não retrocede em relação às conquistas da Eco 92, não retro-cede em relação a Johannesbur-

go, não retrocede a todos os com-promissos assumidos nas demais conferências das Nações Unidas. Ao contrário, o documento avan-ça”, enfatizou a presidente. Segun-do Dilma, foram tomadas decisões importantes durante a cúpula. “As resoluções que tratam da erradi-cação da pobreza e da proteção do meio ambiente são conquis-tas que fazem o mundo avançar”, disse. E lembrou que o documen-to reflete um consenso. “Celebrar conquistas consensuais significa reconhecer que construções co-letivas baseadas na difícil arte do diálogo são mais fortes. São essas conquistas que fazem o mundo avançar”, afirmou.

Nós não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do cic-lo econômico. Pelo contrário, nós consideramos que um posicionamento pró crescer, incluir,

preservar e conservar é parte intrínseca de uma concepção do desenvolvimento.Dilma Rousseff.

“”

Atendendo interesse do País, órgão político da onU cobrará metas de sustentabilidade.Fonte: Lourival Santanna - O Estado de S.Paulo

compromisso com desenvoLvimento sustentáveLDAS EMPRESASPESQUISADAS:

77%TêM A SUSTENTABILIDADE

FORMALIzADA EM SEU PLANEJAMENTO

ESTRATéGICO

51%TêM METASSOCIOAMBIENTAIS

ESTABELECIDAS

47%ADOTAM POLíTICAS

E DIRETRIzES DESUSTENTABILIDADE

43%ELABORAM RELATÓRIOS DE

SUSTENTABILIDADE

42%GERENCIAM OS IMPACTOS

AMBIENTAIS

27%ATRELAM A REMUNERAÇÃO

àS METASSOCIOAMBIENTAIS

Fonte: Delloite

Esse novo fórum é a ex-pressão objetiva de um gan-ho intangível perseguido há décadas pela política exter-

na brasileira: o avanço do multilat-eralismo. Ele substituirá a inofensi-va Comissão do Desenvolvimento Sustentável, criada na Eco-92. Sua função será fiscalizar o cumpri-mento de compromissos sobre desenvolvimento sustentável as-sumidos na Agenda 21 (firmada na Eco-92), no Plano de Johannes-burg (na Rio+10) e noutras confer-ências subsequentes, culminando na Rio+20.A declaração lança um “processo de negociação aberto, transpar-ente e inclusivo sob a Assem-bleia-Geral (da ONU) para definir o formato do fórum de alto nível e aspectos organizacionais com o objetivo de reuni-lo no começo da 68ª sessão da Assembleia-Geral (em setembro de 2013)”.A criação de um órgão político da ONU com dentes voltado para o desenvolvimento sustentável at-ende ao mesmo tempo a dois ob-jetivos do Brasil: reforçar o multi-lateralismo e criar condições para cobrar de todos os países, mas es-pecialmente dos ricos em geral e dos Estados Unidos em particular, que façam a sua parte.“A criação do fórum gera esper-ança de que as Nações Unidas pos-sam trabalhar com a questão do desenvolvimento sustentável num outro patamar”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teix-eira. “Esperamos que o fórum de alto nível não só seja responsável pela avaliação da implantação dos

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas que traga para a centralidade das questões da ge-opolítica internacional e do multi-lateralismo a discussão do desen-volvimento sustentável.”O fato de uma ministra de Meio Ambiente enfatizar um aspecto geopolítico quando faz o balanço da Rio+20 não é casual. A Rio+20 foi uma conferência sobre o meio ambiente. Mas, como acontece to-das as vezes em que dois ou mais países se reúnem, os interesses de Estado se sobrepõem a todos os outros.Prioridade. O fortalecimento do multilateralismo é prioridade da política externa brasileira desde sempre. A razão é simples: o Brasil não é nem será, num horizonte vi-sível, uma superpotência militar ou econômica. Sua projeção global depende de sua liderança política, baseada em sua capacidade de ar-ticular posições com outros países e de apresentar credenciais que o elevem à condição de modelo - em esferas como meio ambiente, in-clusão social e direitos humanos. Isso só é possível num ambiente multilateral.O êxito do Brasil na Rio+20, ou o êxito da Rio+20 para o Brasil, é visto pelo governo desse ponto de vista. “O grande ganho dessa con-ferência é o multilateralismo”, disse Izabella. “é difícil construir consen-sos. Essa é uma das coisas mais ricas das Nações Unidas. é compli-cado, é complexo. Porque temos de falar e saber ouvir e, com base na posição de todos, construir o consenso.”

Em muitos momentos da Rio+20, os agradecimentos de represent-antes de outros países e da ONU pela “liderança” exercida pelo Brasil foram além das declarações protocolares que se fazem normalmente aos an-fitriões. Muitas vezes vieram carregados de menções das credenciais bra-sileiras.

fórum criado na rio+20 fiscaLizará o cumprimento de compromissos

CADERNO 3 - 18 CADERNO 3 - 19

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O meio ambiente tem sofrido com os modos agressivo do ser hu-mano. São décadas e mais décadas de uso

inapropriado dos recursos naturais, e durante muito tempo esse des-caso cresceu conforme a tecnolo-gia e a ciência avançavam. Quando o homem finalmente começou a perceber as consequências de suas ações, a natureza já dava claros si-nais de sua instabilidade: tempo-rais, terremotos, longos períodos de estiagem, tsunami, degelo das calotas polares. O aquecimento global. Tudo isso são mudanças climáticas que são na verdade gri-tos de socorro. Para tentar reverter esse quadro preocupante, ambientalistas e au-toridades buscam conscientizar a população mundial do risco que o planeta corre com esse uso de-senfreado de recursos naturais. Recentemente, o Brasil sediou um encontro importantíssimo sobre o assunto: a Rio + 20. Negociadores, diplomatas representando blocos de países e chefes de estado dis-cutiram o futuro do planeta. O clima se torna mais instável a cada dia; em determinados lu-gares, as estações mais previsíveis surpreendem com mudanças re-pentinas e muitas vezes devasta-doras. Exemplos de catástrofes nat-urais não faltam. Mas o qual seria a responsabilidade do homem neste

problema? O que está feito está feito: muitos problemas causados pelo ser humano não podem ser consertados. Mas existem meios de prevenir que novas catástrofes ocorram, e este é um dos papéis de conferências como a Rio + 20.A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Susten-tável que ocorreu no último mês de junho teve este nome porque, 20 anos antes, aconteceu tam-bém no Rio de Janeiro. Portanto, a expectativa para mudanças era grande. Mas ao contrário do que era esperado, as resoluções finais foram incompatíveis com as ne-cessidades urgentes do meio am-biente. O próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou o documento final da conferência de “pouco ambicioso” (voltando atrás logo depois devido à pressão por parte das autoridades envolvidas).Isto apenas reforça a ideia de que pouco está sendo feito para revert-er a delicada situação do planeta. Desenvolvimento sustentável é um pensamento constante no dia-a-dia da sociedade, mas ainda pou-co efetivo. Reuniões como esta de nada valem se chamam a atenção para uma causa, comovem a popu-lação por alguns instantes e logo caem no esquecimento. O governo de cada país deve incentivar seus cidadãos a participar desta luta, ou todos sofreremos no futuro. Na verdade, já estamos sofrendo.

ENTRETERIMENTO - DIVERSÃOoPInIão cRíTIcA do gRUPoO CLIMA INCERTO DA RIO + 20

CADERNO 4 - 20 CADERNO 5- 21

Page 12: Revista 3º "C" - Internews

REfERêncIAS bIblIogRáfIcAS

CADERNO 1 e 4www.rio20.gov.br

CADERNO 3 e 4www.estadao.com.br

CADERNO 2 e 4 www.colegioweb.com.br/geografia/principais-proble-

mas-ambientais-no-mundo-e-no-brasil.htmlradiomundial.com.br/assuntosabordados/?id=2740

www.suapesquisa.com/poluicaodaagua/

ASSISTENTE DESIGN EDITORIALCADERNO 3,4 e 5

www.estadao.com.br/noticias/vida,dilma-defende-texto-final-da-rio20,890262,0.htmradiomundial.com.

br/assuntosabordados/?id=2740www.suapesquisa.com/poluicaodaagua/

domacedo.blogspot.com.br/2012/06/rio20-donos-do-mundo-dizem-nao_22.html

www.humorpolitico.com.br/mundo/rio20-so-nao-acredita-quem-nao-quer/

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