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REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA 3º ano / prévest Profº. Abdulah Anos 2020/2021 SEMANA 2

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  • REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

    3º ano / prévest Profº. Abdulah Anos 2020/2021

    SEMANA

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  • SEMANA

    2 REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA 1. Leia o texto a seguir. E se escrevo em francês, que é a língua de meu país, e não em latim, que é a de meus preceptores, é porque espero que aqueles que se servem apenas de sua razão natural inteiramente pura julgarão melhor minhas opiniões do que aqueles que não acreditam senão nos livros dos antigos. E quanto aos que unem o bom senso ao estudo, os únicos que desejo para meus juízes, não serão de modo algum, tenho certeza, tão parciais a favor do latim que recusem ouvir minhas razões, porque as explico em língua vulgar.

    DESCARTES, R. Discurso do Método. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção “Os pensadores”. p. 79.

    Com base nos conhecimentos sobre Descartes e o surgimento da filosofia moderna, assinale a alternativa correta. a) A língua vulgar, o francês, expressa de modo mais adequado o espírito da modernidade

    por estar livre dos preconceitos da língua dos doutos, o latim. b) Redigir o Discurso do Método em francês teve propósito similar à tradução da bíblia para

    o alemão feita por Lutero: facilitar o acesso à sacralidade do texto em língua vulgar. c) O desencantamento do mundo, resultante da radical crítica cartesiana à tradição, teve

    como consequência o abandono da referência à divindade. d) As ideias expressas por Descartes em seu Discurso do Método refletem a postura

    tipicamente moderna de ruptura total com o passado. e) A razão natural inteiramente pura é um atributo inerente à natureza humana,

    independentemente da tradição ou da cultura à qual o humano se vincula.

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    MAPA CONCEITUAL DA QUESTÃO 1 RACIONALISMO EM DESCARTES

    Racionalistas x Empiristas Racionalistas defendem que o conhecimento é INATO, a priori.

    Empiristas defendem que o conhecimento é ADQUIRIDO.

    Pioneiros: Platão (racionalista) x Aristóteles (empirista)

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

  • SEMANA

    2 2. A maior violação do dever de um ser humano consigo mesmo, considerado meramente como um ser moral (a humanidade em sua própria pessoa), é o contrário da veracidade, a mentira [...]. A mentira pode ser externa [...] ou, inclusive, interna. Através de uma mentira externa, um ser humano faz de si mesmo um objeto de desprezo aos olhos dos outros; através de uma mentira interna, ele realiza o que é ainda pior: torna a si mesmo desprezível aos seus próprios olhos e viola a dignidade da humanidade em sua própria pessoa [...]. Pela mentira um ser humano descarta e, por assim dizer, aniquila sua dignidade como ser humano. [...] É possível que [a mentira] seja praticada meramente por frivolidade ou mesmo por bondade; aquele que fala pode, até mesmo, pretender atingir um fim realmente benéfico por meio dela. Mas esta maneira de perseguir este fim é, por sua simples forma, um crime de um ser humano contra sua própria pessoa e uma indignidade que deve torná-lo desprezível aos seus próprios olhos.

    (Immanuel Kant. A metafísica dos costumes, 2010.)

    Em sua sentença dirigida à mentira, Kant

    a) considera a condenação relativa e sujeita a justificativas, de acordo com o contexto.

    b) assume que cada ser humano particular representa toda a humanidade.

    c) apresenta um pensamento desvinculado de pretensões racionais universalistas.

    d) demonstra um juízo condenatório, com justificação em motivações religiosas.

    e) assume o pressuposto de que a razão sempre é governada pelas paixões.

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

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    MAPA CONCEITUAL DA QUESTÃO 2 ÉTICA EM KANT E A TEORIA DOS IMPERATIVOS

    IMPERATIVO CATEGÓRICO

    IMPERATIVO HIPOTÉTICO

    CARACTERÍSTICAS

    A regra não prevê qualquer condição, nem prevê qualquer cálculo de consequências

    A regra depende de querermos alcançar um determinado objetivo: portanto, a regra é condicionada e, como é cumprida tendo em vista as consequências da ação, segundo Kant, o mérito desta é nulo do ponto de vista ético

    EXEMPLOS

    • Diz a verdade, porque esse é o teu dever.

    • Cumpre as tuas promessas, porque esse é o teu dever.

    • Sê solidário, porque esse é o teu dever.

    • Se quiseres que os outros te respeitem, deves dizer a verdade.

    • Se quiseres que os outros te emprestem dinheiro, paga as tuas dívidas conforme acordado.

    • Ajuda os outros para que os outros também te ajudem.

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

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    2 REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA 3. Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].

    (Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.) O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do a) coletivismo, manifesto na rejeição da propriedade privada e na defesa dos

    programas socialistas de estatização. b) humanismo, presente no projeto liberal de valorizar o indivíduo e sua

    realização no trabalho. c) socialismo, presente na crítica ao absolutismo monárquico e na defesa da

    completa igualdade socioeconômica. d) corporativismo, presente na proposta fascista de unir o povo em torno da

    identidade e da vontade nacional. e) contratualismo, manifesto na reação ao Antigo Regime e na defesa dos direitos

    de cidadania.

  • SEMANA

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    MAPA CONCEITUAL DA QUESTÃO 3 CONTRATUALISMO EM HOBBER, LOCKE E ROUSSEAU

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

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    2 4. Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a ter de desejar reviver – é o dever –, pois, em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo!”.

    NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

    O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da a) qualidade de nossa existência pessoal e coletiva. b) conveniência do cuidado da saúde física e espiritual. c) legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma. d) veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo. e) validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

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    MAPA CONCEITUAL DA QUESTÃO 4 NIETZSCHE E A TEORIA DO ETERNO RETORNO

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

    Ouroboros: um conceito simbolizado por uma serpente - ou por um dragão - que morde a própria cauda. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, autofecundação e, em consequência, eterno retorno.

  • SEMANA

    2 REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA 5. Eis como ainda no início do século XVII se descrevia a figura ideal do soldado. O soldado é antes de tudo alguém que se reconhece de longe; que leva os sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas também de seu orgulho: seu corpo é o brasão de sua força e de sua valentia. [...] Na segunda metade do século XVIII, o soldado tornou-se algo que se fabrica; de uma massa informe, de um corpo inapto, fez-se a máquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as posturas; lentamente uma coação calculada percorre cada parte do corpo, se assenhoreia dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponível e se prolonga, em silêncio, no automatismo dos hábitos.

    (FOUCAULT, Michel. Os corpos dóceis. In: FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 162.)

    Levando em conta essa passagem e a obra em que está inserida, é correto afirmar que, para Michel Foucault, instituições como escolas, quartéis, hospitais e prisões são exemplos de espaços em que, a partir do século XVIII, os indivíduos: a) são educados de modo a se tornarem autônomos. b) aprendem a conviver uns com os outros. c) encontram as condições de segurança e bem-estar. d) se tornam mais vigorosos e valentes. e) se fazem objeto do poder disciplinar.

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    MAPA CONCEITUAL DA QUESTÃO 5 MICHEL FOUCAULT E A TEORIA DOS MICROPODERES

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

    PODER

    O poder permeia tudo, está em todos os lugares, sendo uma rede que cobre a sociedade (MICROFÍSICA DO PODER)

    O poder não é apenas repressão, não está limitado à interdição das leis, ao Estado (MACRO PODER)

    O domínio no qual se exerce o poder não é a lei, mas, sim, a norma

    Tecnologia de Poder: o PANÓPTICO e suas variadas manifestações

    Capacidade de impor ao outro sua própria vontade. O mais forte manda, dá ordens

    Neutralização das demais vontades

    Administração das vontades alheias

    O poder facilita ou dificulta, apressa ou retarda o ritmo dos acontecimentos

  • SEMANA

    2 6. A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração das coisas, chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e aproxima tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece móveis e fachadas a uma observação crítica completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e repentina proximidade, também a propaganda autêntica transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo que corresponde ao de um bom filme.

    BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância berlinense – 1900. Belo Horizonte: Autêntica, 2013 (adaptado). O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a) a) caráter ilusório das imagens. b) evolução constante da tecnologia. c) aspecto efêmero dos acontecimentos. d) conteúdo objetivo das informações. e) natureza emancipadora das opiniões.

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    MAPA CONCEITUAL DA QUESTÃO 6 ESCOLA DE FRANKFURT: A CULTURA DE MASSA

    REVISÃO ENEM – FILOSOFIA PARTE 2: MODERNA E CONTEMPORÂNEA

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