revisão oftalmo

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(RE)VISÃO Pietro B. de Azevedo

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*sugiro baixar a apresentação (há MUITAS animações) Breve resumo sobre os principais tópicos em oftalmologia para o clínico geral.

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Page 1: Revisão OFTALMO

(RE)VISÃO

Pietro B. de Azevedo

Page 2: Revisão OFTALMO

AnatomiaMembrana limitante interna

Fibras nervosas

Células ganglionares

Plexiforme interna

Nuclear interna

Plexiforme externa

Nuclear externa

Membrana limitante externa

Cones e bastonetes

Epitélio pigmentadoMembrana de Bruch

Page 3: Revisão OFTALMO

• Capacidade de enxergar objetos• Como testar– Carta de Snellen (6m ou 20 pés)– LEA– ETDRS– E chart

• Como registrar– Fração (ex. 20/200), CD, mm, PL– SC, CC, St

Acuidade Visual

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Page 4: Revisão OFTALMO

O exame oftalmológico• Compreende:

• Anamnese• Ectoscopia• Acuidade Visual• Motricidade ocular • Visão de cores

• Campimetria• Biomicroscopia• Fundoscopia• Tonometria• Gonioscopia

Page 5: Revisão OFTALMO

Ectoscopia

• Desarmada• Lanterna– Teste de Hirschberg

• Biomicroscópio (Lâmpada de Fenda)– Corantes (fluoresceína, rosa bengala...)

Page 6: Revisão OFTALMO

Tonometria

• Avaliação da PIO

Page 7: Revisão OFTALMO

Fundoscopia• Observar no fundo de olho:

• V:A = 3:2 (observar estreitamentos, tortuosidades e cruzamentos patológicos)

• Disco óptico: coloração, formato, bordas nítidas, escavação• Área macular: 2 diâmetros do disco óptico para temporal

Page 8: Revisão OFTALMO

• Direta• Imagem real e direta• Magnificação 15x• Limitações:

• Pequeno campo visual• Interferência dos meios transparentes• Ametropias

• Indireta• Imagem virtual e invertida• Magnificação depende da lente

• esféricas, biconvexas, com curvaturas diferentes em cada lado.• 14 dioptrias: magnificação 3,6X • 20 dioptrias: magnificação 2,3X • 28 dioptrias: magnificação 1,6X • 30 dioptrias: magnificação 1,5X

• Total e amplo exame de todo o fundo do olho, inclusive da extrema periferia

Fundoscopia

Page 9: Revisão OFTALMO

FundoscopiaCARACTERÍSTICAS INDIRETA DIRETA

Magnificação 2 a 5X 15X

Profundidade de campo

Grande Pequena

Campo de visão 35 graus 10 a 15 graus

Iluminação Forte Fraca

Estereopsia Presente Ausente

Distância de trabalho 35 a 40cm Próximo ao paciente

Periferia da retina Fácil observação Difícil observação

Page 10: Revisão OFTALMO

Hipermetropia• Eixo longitudinal do globo ocular é pequeno em relação ao poder

refrativo do sistema de lentes do olho• Tipos

– Axial / Refrativa / Curvatura• Queixas

– Dificuldade visão p/ perto– Astenopia (fadiga / cefaleia / lacrimejamento) - acomodação

• Dx– Retinoscopia: reflexo luminoso acompanha o feixe luminoso

• Tto– Lente convexa (convergente / positiva)

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Page 11: Revisão OFTALMO

Miopia• Eixo longitudinal do globo ocular é grande em relação ao poder de

refrativo do sistema de lentes do olho• Tipos

– Axial / curvatura / congênita / secundária (catarata nuclear) • Queixas

– Dificuldade visão p/ longe– Nâo ocorre astenopia

• Dx– Retinoscopia: reflexo luminoso movimenta-se contra o feixe luminoso

• Tto– Lente côncava (divergente/negativa)

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Page 12: Revisão OFTALMO

Astigmatismo

• Irregularidades na curvatura da córnea ou do cristalino, levando a diferentes graus de refração

• Queixas– Dificuldade visão p/ longe e p/ perto– Borramento heterogêneo da imagem

• Dx– Retinoscopia: determinar os dois eixos meridianos do

astigmatismo• Tto– Lentes cilíndricas

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Page 13: Revisão OFTALMO

Presbiopia• Defeito no mecanismo de acomodação do cristalino

(menos complacente)• >40 anos• Queixas

– Dificuldade visão p/ perto– Astenopia (fadiga / cefaleia / lacrimejamento) - acomodação

• Dx• amplitude de acomodação reduzida

• Tto– Lentes positivas para perto (bifocais, multifocais)

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Page 14: Revisão OFTALMO

Estrabismo• Sistema Visual para funcionar bem necessita de um perfeito

alinhamento (paralelismo ocular)– Através de 6 músculos extraoculares

• Estrabismo = desalinhamento dos olhos• Foria

• desvios oculares manifestos apenas em condições de rompimento da visão binocular

• Tropia• se manifestam mesmo sem rompimento da visão binocular

• Tratamento– Correção óptica adequada, tratar ambliopia, melhorar a fusão– Cirúrgico

• Precoce qndo congênito

Page 15: Revisão OFTALMO

Ambliopia• Diminuição da acuidade visual sem a presença de alteração

estrutural ou óptica• Principal causa de baixa acuidade visual na infância• Ocorre por

– Privação de luz (catarata, ptose)– Anisometropia importante– Estrabismo (mais comum)

• Dx– Pré-verbal: reação à oclusão unilateral, não fixação– Verbal: AV

• Tto– Corrigir ametropia– Oclusão (olho são)– Levo-dopa? 15

Page 16: Revisão OFTALMO

Lesões NC• Adquirida

– Torcicolo / diplopia– AVC, DM, trauma

• III– Paresia/plegia dos músculos ciliar, esfíncter da pupila, elevador da pálpebra,

oblíquo inferior e retos superior, inferior e medial– Estrabismo divergente / ptose palpebral / midríase / ↓ acomodação

• IV– Paresia/plegia do músculo oblíquo superior– Estrabismo convergente / diplopia / torcicolo rotacional

• VI– Paresia/plegia do músculo reto lateral– Estrabismo convergente / diplopia

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Page 17: Revisão OFTALMO

Olho VermelhoBAV Hiperemia Dor Secreção Lacrimeja

mento Prurido Edema Fotofobia

Conjuntivite

viral

alérgica

bacteriana

gonocócica

clamídia

neonatal

Sgto conjuntival

Glaucoma agudo

Ceratite

Corpo estranho

Uveíte anterior

Page 18: Revisão OFTALMO

Olho VermelhoBAV Hiperemia Dor Secreção Lacrimeja

mento Prurido Edema Fotofobia

Conjuntivite

+ - difusa +++ +++ quemose + -

viral mucoide ++ palpebral

alérgica +++

bacteriana purulenta

gonocócica+++ purulenta

clamídia

neonatal

Sgto conjuntival - * - - - - - -

Glaucoma agudo +++ perilimbar +++ - -

Ceratite +++ perilimbar +++ +++

Corpo estranho + - +++ +++ - +++ - -

Uveíte anterior +++ +++ +++ - - - +++

Page 19: Revisão OFTALMO

Olho Vermelho

• Sinais de alerta– Dor ocular acentuada, BAV, pupila não-

fotorreagente, fotofobia, opacidade corneana, hipópio

• Devem ser encaminhados ao oftalmologista– Ceratites, uveítes, endoftalmites, glaucoma agudo,

conjuntivite complicada

Page 20: Revisão OFTALMO

Trauma

• Mecânico– Aberto– Fechado– Corpo estranho– Fratura

• Queimadura– Física– Química

Page 21: Revisão OFTALMO

Catarata

• Opacidade no cristalino• MAIOR causa de cegueira no mundo (~50%)• FR– Idade, radiação UV, corticosteroides, DM, HF

Page 22: Revisão OFTALMO

Catarata• “Curável”– Tto cirúrgico• Fácil, seguro, custo-efetivo• Facectomia

– Técnica mais antiga– Grande incisão (8-10mm)

• Facoemulsificação– Método preferencial– 2 pequenas incisões– Emulsificação através de US– Pode necessitar conversão

Page 23: Revisão OFTALMO

Glaucoma

• Neuropatia óptica irreversível• Afeta visão periférica inicialmente• 2ª maior causa de cegueira– Principal causa de cegueira irreversível

• FR– ↑PIO, idade, etnia (negros), HF

Page 24: Revisão OFTALMO

• Tto– Reduz progressão• Colírios

– Β-bloqueadores– análogos

prostaglandinas– α2-agonistas– inibidores AC

• Cirurgia/laser

Glaucoma• Tipos– Crônico• ângulo aberto• fechamento angular

– Agudo• Ângulo fechado

– Congênito

Page 25: Revisão OFTALMO

Retinopatia Diabética

Principal complicação microvascular do DM3ª causa de cegueira no BRPrevalência

− DM 1 : 10 anos ~100%− DM 2: 20 anos ~60%

FR− Duração DM, Hb A1c, HAS, gestação, nefropatia

Page 26: Revisão OFTALMO

3 tipos− Maculopatia diabética (BAV, edema macular)− RD Não-proliferativa (microaneurismas, exsudatos e

hemorragias)− RD Proliferativa (neovascularização)

Tto− Prevenção: bom controle glicêmico e pressórico− Paliativo: fotocoagulação (laser)

* DM ↑risco catarata, glaucoma e paralisia NC III

Retinopatia Diabética

Page 27: Revisão OFTALMO

Retinopatia Hipertensiva• 15% dos hipertensos• Assintomática• FR p/ doença vascular oclusiva retiniana• RH crônica x maligna • Achados

– Cruzamento AV patológico– Estreitamento e tortuosidade– Fios de cobre / prata (arterioloesclerose senil)– Manchas algodonosas e hemorragias (chama-de-vela)

Page 28: Revisão OFTALMO

• Classificação Keith-Wagener-Barker– Grau 1: leve estreitamento, tortuosidade ou ↑brilho– Grau 2: cruzamento AV patológico, fios (cobre/prata)– Grau 3: grau 2 + hemorragias ou manchas algodonosas– Grau 4: grau 3 + edema papila

• Não há tratamento específico– Tratar HAS

Retinopatia Hipertensiva

Sinal de Salus

Sinal de Gunn

Sinal de Bonnet

Page 29: Revisão OFTALMO

DMRIDrusas externas ao EPR ou neurorretinaMaior causa de cegueira legal em idosos de países industrializadosFR

Idade, fumo, HF, etnia (caucasianos)Pode levar a:

Atrofia EPR Descolamento retiniano Neovascularização

Não há tratamento preventivoTto

Anti-VEGFFotocoagulação

Tela de Amsler

Page 30: Revisão OFTALMO

Cegueira

• OMS / CID-10– Melhor correção óptica, melhor olho, p/ longe

– Deficiência visual• AV <20/60 (<0,3)• CV <20°

– Cegueira• AV <20/400 (<0,05)• CV <10°

ICO – International Council of Ophthalmology (2002)

Page 31: Revisão OFTALMO

Prevenção de Cegueira

• Mundo– Cegueira: 37 milhões 76 milhões em 2020– 80% em países em desenvolvimento– 75% evitáveis– Prevalência esperada: 0,25% 1%

• Prevenção– OMS (1999): Vision 2020

• Eliminar cegueira evitável até 2020• 5 doenças: catarata, tracoma, oncocercose, avitaminose A e erros

de refração

Page 32: Revisão OFTALMO

Transplante de Córnea

Page 33: Revisão OFTALMO

Transplante de Córnea

• Técnica– Lamelar• não retira toda a espessura

da córnea• Preserva camadas

profundas do receptor• Ex.: ceratocone

– Penetrante• Toda espessura corneana• Mais comum• Doenças que afetam

endotélio

• Complicações• Glaucoma• Endoftalmite• Falha endotelial• Recorrência da doença

primária• Astigmatismo• Rejeição

Page 34: Revisão OFTALMO

Referências• Pavan-Langston, Deborah. MANUAL DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA OCULAR. São

Paulo, SP. Tecmedd. 2007• Justis P. Ehlers, Chirag P. Shah, Gregory L. Fenton and Eliza N. Hoskins. THE WILLS EYE

MANUAL: OFFICE AND EMERGENCY ROOM DIAGNOSIS AND TREATMENT OF EYE DISEASE. Ed. Lippincott Williams & Wilkins. 2008

• Paulo Schor, Wallace Chamon, Rubens Belfort Jr. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/Escola Paulista de Medicina – OFTALMOLOGIA. Ed. Manole. 2004

• Kanski, Jack J.. OFTALMOLOGIA CLÍNICA : UMA ABORDAGEM SISTEMÁTICA. 6. ed. Rio de Janeiro. Ed Elsevier, 2008

• BASIC AND CLINICAL SCIENCE COURSE 2007-2008. American Academy of Ophthalmology • Site do CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA (www.cbo.com.br), acessado em

28/04/2011• Site do INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT - Ministério da Educação, Governo do Brasil

http://www.ibc.gov.br (acessado em 06.04.11)• Remo Susanna Jr. PROGRAMA EDUCACIONAL DE OFTALMOLOGIA. CD-ROM. Edição III.

Clínica oftalmológica da USP