revisão dos principais conceitos junguianos - compartilhamento

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Reviso dos Principais Conceitos Junguianos

Conceitos Principais

Ao analisar a natureza humana, Jung buscou investigar religies orientais, alquimia, parapsicologia e mitologia, alm da prpria filosofia. Um dos principais conceitos de Jung, o d Individuao que o termo que usa para o processo de desenvolvimento pessoal, estabelecendo uma conexo entre o ego que para Jung o centro da conscincia e o self que o centro da psique total, que inclui tanto a conscincia como o inconsciente. Para Jung existe interao constante entre consciente e inconsciente e estes no so sistemas separados, mas sim aspectos diferentes de um nico sistema.

As Atitudes: Introverso e Extroverso

Segundo Jung, cada indivduo pode ser primeiramente orientado para seu interior ou para seu exterior. Ningum puramente introvertido ou extrovertido; o ideal buscar um equilbrio e ser flexvel a ponto de encontrar um meio termo. Para os introvertidos, os interesses primrios encontram se voltados para seus prprios pensamentos e sentimentos do seu mundo interior, o que pode acontecer de emergir de forma demasiada em seu mundo interior perdendo o contato com o ambiente externo, prejudicando assim suas relaes sociais.Os extrovertidos envolvem-se com o mundo das pessoas e das coisas; so mais sociveis e conscientes de que acontece sua volta. Necessitam se proteger para no serem dominados pelas prprias exterioridades e alienarem-se de seus prprios processos externos.

As funes: Pensamento, Sentimento, Sensao e Intuio.

Cada uma dessas funes podem ser experienciadas de maneira introvertida ou extrovertida. Para Jung, pensamento e sentimento so vistos como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decises.

Pensamento ligado a critrios e valores impessoais, julgamentos lgicos e objetivos.

Sentimentos so ligados julgamentos e decises baseados em valores prprios.

Sensao e Intuio so classificadas juntas como formas de apreender informaes ao contrrio das formas de tomar decises.

Sensao enfoque na experincia direta, percepo de detalhes, fatos concretos, o que se pode ver, cheirar, tocar, ligado ao campo dos sentidos.

Intuio forma de processar informaes em temos de experincia passada, objetivos futuros e processos inconscientes.Pessoas intuitivas do significado s suas percepes com tanta rapidez que muitas vezes, no conseguem separar suas interpretaes dos dados sensoriais brutos. Para o individuo, uma combinao das quatro funes resulta em uma abordagem equilibrada do mundo (sensao: algo que esta aqui; pensamento: funo que estabelece o que ; sentimento: isto ou no apropriado, aceitamento ou no; intuio: de onde veio e para onde vai). Ningum desenvolve igualmente bem todas as funes; cada pessoa tem uma funo que mais fortemente predominante e um funo auxiliar parcialmente desenvolvida. Quanto mais desenvolvidas e conscientes forem as funes dominantes e auxiliar, mais profundamente inconsciente sero seus opostos. A funo menos desenvolvida no individuo, Jung chamou de funo inferior, sendo ela a menos consciente e mais primitiva e indiferenciada.Inconsciente coletivo

Para Jung, nascemos com uma herana psicolgica, somada herana biolgica. Diferentemente de alguns tericos como Skinner que entendem que o homem nasce como uma tabula rasa, construindo sua personalidade atravs da experincia, Jung postula que h materiais psquicos que que no vem da experincias pessoal, e sim de um inconsciente coletivo anterior ao individuo; para ele a mente da criana j possui um estrutura que molda e canaliza todo o posterior desenvolvimento e interao com o ambiente.O inconsciente coletivo constitudo em uma poro mnima por contedos formados de maneira pessoal, porem no so aquisies individuais, so essencialmente os mesmos em qualquer lugar e no variam de homem pra homem. Seus contedos chamados arqutipos, so modelos prvios da formao psquica em geral.

Arqutipos

So estruturas psquicas presentes dentro do inconsciente coletivo; so formas sem contedo prprio e servem para organizar ou canalizar o material psicolgico. Os arqutipos so elementos estruturais formadores que se firmam no inconsciente e que eles do origem tantos s fantasias individuais quantos as mitologias de um povo. Cada uma das estruturas da personalidade so arqutipos, includo o ego, a persona, a sombra, a anima (nos homens) o animus (nas mulheres) e o self.

Smbolos

O inconsciente se expressa atravs dos smbolos, e quanto mais este harmonizar-se com o material inconsciente organizado ao redor de um arqutipo, mais este evocar uma resposta intensa e emocionalmente carregada. Jung interessa-se por smbolos naturais, produes espontneas da psique individual. Alm destes de representao individual, h tambm smbolos coletivos importantes, geralmente imagens religiosas, tais como a cruz, a estrela de Davi, a roda da vida Budista, etc.

O Ego

O Ego o centro da conscincia e um dos maiores arqutipos da personalidade. Fornece sentido de consistncia e direo em nossas vidas conscientes. Ele tende a contrapor-se a qualquer coisa que possa ameaar esta frgil consistncia da conscincia e tenta convencer-nos de que sempre devemos planejar e analisar conscientemente nossa experincia. Levados crer que o ego o elemento central de toda a psique, chegamos ignorar sua outra metade, o inconsciente. Para Jung, a principio, a psique apenas o inconsciente e o ego emerge dele, reunindo numerosas experincias e memrias, desenvolvendo a diviso entre consciente e inconsciente no h elementos inconscientes no ego, s contedos conscientes. Derivados da experincia pessoal.Persona a forma como nos apresentamos ao mundo, o carter que assumimos. atravs da persona que nos relacionamos com os outros e ela inclui nossos papis sociais e a roupagem que escolhemos para nos apresentar, que distinguem nosso estilo de expresso pessoal. (Persona, em latim, significa mscara pessoa e personalidade tambm so relacionadas ao termo). tambm u, instrumento precioso para a comunicao e pode desempenhar um papel importante em nosso desenvolvimento positivo, pois medida que agimos de determinada maneira, a desempenhar um papel, nosso ego se altera gradualmente nessa direo.

Sombra

o centro do inconsciente pessoal, ncleo do material que foi reprimido da conscincia. Inclui tendncias, desejos, memrias e experincias que so rejeitadas pelo indivduo, que so incompatveis com a persona e contrrias aos padres sociais. Representa o que consideramos inferior em nossa personalidade, aquilo que negligenciamos e nunca desenvolvemos em ns mesmos. Em sonhos, esse material, aparece como figura escura, primitiva, repelente ou hostil.

Quanto mais o material da sombra aproxima-se da luz da conscincia, menos ele pode dominar. Cada poro reprimida da sombra representa uma parte de ns mesmos e nos limitamos na mesma proporo, que mantemos esse material no inconsciente. A medida que a sombra se faz mais consciente, recuperamos parte de ns mesmos, previamente reprimidas. Sombra tambm deposito de considervel energia instintiva, espontaneidade e vitalidade a fonte principal de nossa criatividade.

Anima e Animus a parte do inconsciente que representa a parte sexual oposta de cada individuo. Jung denomina cada estrutura de Anima, para a representao da mulher interior que existe no homem, e Animus, para a representao do homem interior que existe na mulher. A partir do Animus ou Anima o a mulher e o homem buscam no outro parceiro, do sexo oposto a representao perfeita que traz em seu inconsciente.

Anima:

O lado feminino, inconsciente, da personalidade de um homem. Ela se personifica, em sonhos, por imagens de mulheres, com contedos que variam: muito carregadas de erotismo, com sentido ou atitude maternal, simbolizando guia espiritual (Sabedoria). Pode mostrar-se, geralmente, nos sonhos masculinos, como uma figura nica de mulher. Para o homem ela o princpio de EROS e o desenvolvimento das imagens de anima, na vida de um homem, representa o modo como ele se relaciona como sexo oposto. No plano psicolgico o elo criativo e inspiracional do homem com o Inconsciente. Se apersonalidade do homem se identifica com a Anima, ele apresentar inconstncia de estados de esprito, humorcaprichoso, efeminao e hipersensibilidade.

Animus:

O lado masculino, inconsciente, na personalidade de uma mulher. Para a mulher ele o princpio do LOGOS e o desenvolvimento das imagens de nimus, na vida de uma mulher (como Pai, como esposo, como guia espiritual) representa seu estilo de relacionamento com o sexo oposto. Pode mostrar-se em sonhos, no geral, como mltiplas figuras masculinas. No plano psicolgico o Homem interior que atua como uma ponte entre o ego da mulher e os seus prprios recursos criativos no Inconsciente. Se a personalidade da mulher se IDENTIFICAR com o nimus ela apresentar um comportamento rgido, obstinado, opinativo e muito questionador.

SelfO Self o arqutipo central, da ordem e da totalidade da personalidade. Para Jung, consciente e inconsciente no esto necessariamente em oposio um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o Self. Este no apenas o centro, mas tambm toda a circunferncia que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente. E o centro desta totalidade., assim como e ego o centro desta conscincia.