revisão cacau e cupuaçu

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA Disciplina: Agricultura II Docente: Dr. Jairo Rafael Machado Dias Discente: Carolina Augusto de Souza, Edilaine Istéfani Flanklin Traspadini e Silvia Regina Rodrigues Lapa Revisão de Literatura - Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e Cacau (Theobroma cacao L. )

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FUNDAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

FUNDAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDNIACAMPUS DE ROLIM DE MOURADEPARTAMENTO DE AGRONOMIADisciplina: Agricultura IIDocente: Dr. Jairo Rafael Machado DiasDiscente: Carolina Augusto de Souza, Edilaine Istfani Flanklin Traspadini e Silvia Regina Rodrigues Lapa

Reviso de Literatura - Cupuau (Theobroma grandiflorum) e Cacau (TheobromacacaoL.)IntroduoO cupuau (Theobroma grandiflorum) pertence a subfamlia das Sterculiaceas e famlia das Malvaceas;

Encontra-se em estado silvestre na parte sul e sudeste da Amaznia Oriental e noroeste do Estado do Maranho.

Fonte: http://www.frutosdobrasil.com.brIntroduo O estado do Par o principal produtor, seguido pelo Amazonas, Rondnia, Acre, norte do Maranho e Tocantins;

Esse fruto tambm pode ser encontrado em algumas cidades dos Estados de So Paulo, Bahia e Rio de Janeiro;

Em outros pases, como Colmbia, Venezuela, Equador, Costa Rica, Guiana, So Tom, Trinidad e Gana.

Fonte: http://www.casadomorangopolpas.com.brINTRODUOrea cultivada estima-se atualmente em 25.000 ha; A produo de 12.000 t a 15.000 t/ano, sendo mais de 80% oriunda de pomares comerciais.

(CARVALHO et al., 2004).

Em Rondnia:

rea cultivada de 2.000 ha;

Com maior concentrao no municpio de Porto Velho, onde se encontra metade rea plantada;

A produo estimada de polpa de cupuau em Rondnia da ordem de 1.500 t/ano;

Vendida em sua maior parte para o Centro-sul do Brasil.

Embrapa (2005) INTRODUOINTRODUO

Fonte: http://www.acaisaopedro.com.br/Fonte: http://duadauton.com.br/Fonte: http://www.ucodep-brasil.org/Fonte: http://docevidaalimentos.com.br Utilizados na forma de:

Consumido principalmente na forma de: Fonte: http://artskleis.blogspot.com.brFonte: http://colunas.meus5minutos.globo.comFonte: http://facaevendareceitas.blogspot.com.brFonte: http://plumasorvetes.com.br/Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/Fonte: http://amuniz.com.br/blog/Fonte: http://portuguese.alibaba.com/Fonte: http://www.churrascoacavalo.com.br/Fonte: http://sucoqueromais.com.br/Fonte: http://armazemportugues.com.brObjetivoO presente trabalho teve como objetivo realizar um breve levantamento sobre os aspectos gerais, a importncia e o potencial econmico das culturas.

Caractersticas Gerais e FenologiaAs folhas so inteiras, de colorao rsea e coberta de plos quando jovens e verde quando maduras;

As flores so as maiores do gnero e crescem nos ramos, ptalas de colorao branca ou vermelha com tonalidade varivel de clara a escura.

Fonte: http://plantas-ornamentais.blogspot.com.br

Fonte: http://poderdasfrutas.comCARACTERSTICAS GERAIS E FENOLOGIAO fruto uma baga, com formatos variveis, oblongo, ovalado, ou redondo, com dimetro de 9 a 15 cm, comprimento de 10 a 40 cm, peso variando de 200 a 4.000 g.

http://mulherseverino-faztudo.blogspot.com.br/A casca (epicarpo e mesocarpo) varia de 0,6 a 1 cm de espessura, tem colorao castanho-escura, dura, porm facilmente quebrvel e recoberta de plos;

A polpa mucilaginosa abundante, cida, colorao amarela, creme ou branca.Caractersticas Gerais e Fenologia

http://projetoafra.webnode.com.br/almanaque-afra/

Fonte: http://asagadeumavida.blogspot.com.brAs sementes so em nmero mdio de 32 por fruto, de 2,0 a 3,0 cm de comprimento; 2,0 a 2,5 cm de largura; e peso de 4 a 7 g;

Em mdia 37% do peso do fruto polpa, 15% sementes, 3% placenta e 45% casca. Caractersticas Gerais e Fenologia

Fonte: http://mulherseverino-faztudo.blogspot.com.brFonte: http://mulherseverino-faztudo.blogspot.com.br/Clima e SoloTemperatura: 21,6 C a 27,5 C;

Umidade relativa do ar anual: 77% a 88%

Regime pluviomtrico: 1.900 a 3.100 mm;

Pode ser cultivada em solos de baixa, mdia e alta fertilidade, com boa estruturao fsica.

Sendo a distribuio mais importante que o total anual de chuva. Os solos mais recomendados so os areno-argilosos, profundos e com boa drenagem

Adubao CupuauAdubao CupuauQuanto a adubao do cupuau, recomendado pela EMBRAPA (2001) fazer adubao com 10 g de adubo qumico por muda contendo:

- 6,0% de N; - 20% de P2O5;

- 6,0% de K2O; - 2,0% de clcio;

- 1,0% de magnsio-1,5% de enxofre;

- 0,05% de zinco; - 0,02% de boro

Adubao CupuauEm estudo sobre o efeito de doses de N, P e K em duas cultivares de cupuau, com e sem sementes, na regio da Amaznia central Alfaia e Ayres (2004) constataram que para as duas cultivares:

No h necessidade de adubao nitrogenada;No h necessidade de doses elevadas de fsforo;As respostas aplicao de potssio foram mais lineares e positivas, principalmente para a cultivar de cupuau com sementes.

Adubao CupuauComo a maioria dos frutos, especialmente os de cupuau, rica em k e sua produtividade dependente dos teores de k no solo, a reposio deste nutriente necessria para manter o nvel de fertilidade dos solos.Melhoramento GenticoBRS Carimb

-

cabresto.blogspotrevistagloboruralEmbrapaProduo de MudasPor sementes: utilizada para produo de mudas de p-franco, para formao de porta enxertos e para a semeadura direta;

O cupuauzeiro pode ser multiplicado via vegetativa: por enxertia atravs do mtodo de borbulhia ou janela aberta.

As sementes de cupuau so recalcitrantes, ou seja, no toleram teor de umidade abaixo de 40% e temperaturas abaixo de 15C

Fonte: http://www.almanaquedocampo.com.br/Plantio do CupuauPlantio

Espaamento . recomenda-se o espaamento de 7m X 7m, no desenho de tringulo equiltero.

Fonte: www.cpact.embrapa.brPlantio

Espaamento 6x6 em linha

Fonte: www.cpact.embrapa.brO espaamento mnimo recomendvel de 6 m x 6 m definindo um estande padro de 277 plantas/ha.21PlantioPerodo chuvoso,At o ms de fevereiro; Evitar plantio adensados;

O plantio dever ser feito no perodo chuvoso, no devendo ultrapassar o ms de fevereiro. O espaamento mnimo recomendvel de 6 m x 6 m definindo um estande padro de 277 plantas/ha. Plantios mais adensados, fatalmente traro problemas quando a cultura se tornar completamente adulta (por volta dos 10 anos).

22PlantioCovas: 0,50m X 0,50m X 0,50m;30 dias antes do plantio e realizar a adubao;

Fonte: www.youtube.comCOLO A irrigao deve ser feita a cada 10 e 20 dias sempre que necessrio at o pegamento da muda.PlantioUtilizar a cobertura morta aps o plantio.

Utilize a cobertura morta aps o plantio. Esse procedimento tem a finalidade de proteger a muda contra o raios solares, diminuir a temperatura do solo e manter a umidade, alm de evitar o nascimento de plantas daninhas, o que vai ajudar a aumentar o ndice de pegamento das mudas.

24Colheita

Fonte: http://www.es.gov.br/Noticias/153307/produtores-comercializam-cupuacu-na-ceasaes.htmEm relao colheita, os frutos s podem ser captados quando caem do p, ou seja, no se pode tir-los antes da queda, cerca de cinco meses aps a florao.25Colheita Produtividade anual e de cerca de 15 frutos por planta:Na visita : 500kg 2 semanas na poca de safra.

Fonte: www.informacaonutricional.blog.brA produtividade anual esperada de 3300 frutos/ha, correspondendo a cerca de 15 frutos por planta, para um estande produtivo equivalente a 80% do nmero inicial de planta. Como referencial se considera que a produo comercial se inicia no quarto ano de campo com mdia de 5 frutos / planta, cresce no quinto ano para 10 frutos / planta e tende a se estabilizar no sexto ano e seguintes, com 15 frutos / planta, em mdia, embora tenham plantas que reproduzam at 100 frutos ou mais26Colheita

Enquanto aguarda a comercializao, os frutos devem ser mantidos a sombra e evitados impactos no transporte, mantendo a sua cobertura aveludada que auxilia na conservao do fruto, retardando sua desidrataoA comercializao do fruto "in natura" dever ser feita at 5 (cinco) dias aps sua queda.27Beneficiamento do Cupuau

Fonte: www.amazonflavoursbrazil.comO beneficiamento do cupuau consiste na quebra dos frutos e a retirada do contedo, com separao da polpa e das amndoas. A quebra dos frutos e retirada do contedo manual, podendo a separao da polpa e sementes ser manual ou mecnica.28Beneficiamento do CupuauSementes Fermentao;Secagem.Polpalavagem e quebra dos frutos; despolpamento das sementes; envasamento e congelamento da polpa.

Lavagem dos frutosA lavagem dos frutos poder ser feita com jatos de gua sob presso diretamente sobre os frutos ou uso de esteiras condutoras dos frutos que se deslocam sob chuveiros. A gua deve ser potvel. As impurezas e excesso do veludo devero ser eliminados com a lavagem.Quebra dos frutos A quebra do fruto feita manualmente com auxlio de um cutelo (parte de faco, preferencialmente de ao inoxidvel). Tambm poder ser utilizada uma lmina cega, fixa em uma prancha de madeira, revestida por chapa de ao inox, sobre a qual o fruto batido.DespolpamentoLogo aps a quebra do fruto dever ser feita a separao entre a polpa e as sementes, que poder ser manual, que feito manuseando as sementes uma a uma, onde obtm-se um produto de melhor qualidade (maior teor de fibras). O baixo rendimento encarece o custo da operao alm de poder apresentar precrias condies de higiene neste processo. O despolpamento mecnico feito com mquinas especiais, as chamadas despolpadoras semicontnuas. A operao se realiza devido ao movimento combinado entre a rotao e o atrito. A polpa atravessa as peneiras na parte inferior e as sementes so liberadas na lateral da mquina. O rendimento na operao depende do modelo do equipamento.

29Beneficiamento do Cupuau

Beneficiamento de cupuacu , produo de polpa para exportao pela CAMTA ( Cooperativa Agrcola Mista de Tome - Acu / Local : Tome - Acu - Par - BrasilFonte: http://www.tyba.com.br/portugues/minha_conta/ampliacao.php?file=cd204_080Beneficiamento do CupuauAs sementes, resduo do processo de extrao da polpa de cupuau, ainda no so aproveitadas para formulao de alimentos industrializados, apesar de diversas pesquisas cientficas j terem sido realizadas a fim de fornecer conhecimento tecnolgico para implementao industrial desta matria-prima (LOPES A.S et al, 2008).

ArtigoO cupuau desponta como um importante produto agrcola de exportao com ampla perspectiva de mercado devido aceitao que desfruta entre os consumidores regionais e de outros estados do pas. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade protica de produtos em p formulados com amndoas torradas de cupuau e cacau. De acordo com o ensaio biolgico Net Protein Ratio, realizado a partir de dietas contendo 10% de protena na proporo de cupuau ou cacau:casena (50:50), verificou-se que as protenas do cupuau apresentaram valor biolgico significativamente superior (p < 0,05) ao das protenas de cacau, promovendo aumento de peso dos animais 57,4% maior. No que se refere s necessidades dirias para crianas e adultos, o perfil aminoacdico das protenas do cupuau teve desempenho superior ao das protenas do cacau.Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade protica dos ps de cupuau e de cacau desengordurados, atravs de ensaio biolgico e da quantificao de aminocidos totais, visando contribuir para o melhor aproveitamento das amndoas de cupuau, atravs do desenvolvimento de novos produtos com aporte nutricional derivados do p de cupuau.

31Potencial econmico Porto VelhoCandeias do Jamari Ji-ParanOuro Preto do Oeste Vilhena

O cupuau por ser uma planta nativa da Amaznia, tem na regio as condies ideais para o seu desenvolvimento, em termos de clima e solo, podendo ser cultivado em reas de todos os Estados da regio.

Os Estados da Amaznia Ocidental possuem extensas reas aptas ao cultivo do cupuau do ponto de vista edafoclimtico. No entanto, dadas as condies de perecibilidade do fruto, e necessidade de processamento o mais rpido possvel, torna-se muito importante considerar aspectos como proximidade do mercado e facilidade de transporte da produo, para o plantio comercial dessa frutfera. No caso da agroindstria, deve-se procurar localizao emreas que concentram a produo da matria-prima e tenham infra-estrutura adequada como energia, estradas bem conservadas, etc.

reas de concentrao do cupuau em Rondnia: Porto Velho, Ariquemes, Rolim de Moura, Guajar-Mirim, Ji-Paran32Potencial econmico Porto Velho; Ariquemes;Rolim de Moura;Guajar-Mirim;Ji-Paran

problemas de desorganizao da produo, que resultam em srias dificuldades na comercializao, e falta de incentivos produo, impuseram uma retrao na atividade de explorao econmica da espcie, com a substituio por outras culturas menos exigentes em infraestrutura de beneficiamento33Cupuau RECA

Distritos de Nova Califrnia;Produo Orgnica atravs da ACS Associao de Certificao Socioparticipativa da Amaznia; Sistemas Agroflorestais SAFS;Cupuau, pupunha e castanha-do-Brasil

Fonte : http://www.projetoreca.com.br/site/?page_id=298O Projeto Reca possui um grupo de famlias que desde 2003 trabalham na produo Orgnica atravs da ACS Associao de Certificao Socioparticipativa da Amaznia e atualmente tambm esto certificadas pelo o IBD Instituto Bio Dinmico com padres internacionais (BR/CE/USDA).A produo orgnica de cupuau do Projeto Reca corresponde aproximadamente a 50% de polpa e manteiga produzidos. Estas famlias assim como as demais scias cultivam em Sistemas Agroflorestais SAFS, frisando a sustentabilidade ambiental e o social (segurana no trabalho, a educao dos filhos e o bem viver com a comunidade).34Potencial econmico Polpa congelada;Indstrias de sucos e sorvetes.

O mais importante mercado parece ainda ser o regional, mas vrias agroindstrias da Amaznia esto exportando polpa congelada para outras regies do pas, principalmente para o sudeste. Especialistas ligados ao produto consideram muito boas as perspectivas junto a grandesindstrias nacionais de sucos e sorvetes. Como estratgia de conquista e novos mercados recomenda-se envidar esforos no sentido de promover a venda de cupuau nos municpios mais populosos do pas, principalmente capitais.Algumas iniciativas de agroindustrializao esto em desenvolvimento e podero consolidar um complexo de interesse ligados fruticultura, onde o cupuau ocupa lugar de destaque. A concretizao das oportunidades de comercializao que a agroindstria permite viabilizar ser o caminho para se estabelecer em bases slidas o agronegcio da fruticultura em Rondnia. (Brasil, 2003b)

35O mercado de polpas de frutas congeladas teve um crescimento razovel nos ltimos anos e, com a variedade de frutas e sabores exticos, torna-se uma boa alternativa, principalmente com relao s exportaes. Porm, devido inexistncia de padres para todos os tipos de frutas, encontram-se no mercado produtos sem uniformidade (BUENO et al., 2002; Santos et al,.2010). Dentre essas frutas, encontra-se o cupuau (Theobroma grandiflorum Shum), um dos mais importantes frutos tipicamente amaznicos. O cupuau uma fruta originaria do sul e sudeste da Amaznia (LANNES, 2003). O cupuau apreciado por sua polpa cida e de aroma intenso. Devido ao seu sabor forte, a polpa dos frutos no normalmente consumida sozinha, mas utilizada para fabricao de bebidas ("vinho do cupuau" e suco), sorvetes, licores, geleias, conservas e doces (BASTOS et al., 2002; YANG et al., 2003; Santos et al.,2010).Atividade antioxidante e correlaes com componentes bioativos de produtos comerciais de cupuau Cienc. Ruralvol.40no.7Santa MariaJuly2010EpubJuly16, 2010 Gerusa Matias SantosIEm razo das grandes perspectivas de mercado nacional e internacional com relao ao consumo da polpa de cupuau, este trabalho teve por objetivo verificar o potencial antioxidante em diversas marcas de polpa dessa fruta. Mais especificamente, foram observados a atividade antioxidante total, os nveis de compostos fenlicos e o teor de carotenoides e vitamina C.Este estudo mostrou que as polpas de cupuau das marcas avaliadas estavam em desacordo com a legislao em pelo menos um dos parmetros de qualidade (pH, acidez, acares totais e vitamina C). Os valores de carotenoides e a atividade antioxidante para os produtos de cupuau foram baixos quando comparados com o de outras frutas. A capacidade antioxidante das polpas foi correlacionada com o teor de fenlicos totais; porm, a vitamina C e os carotenoides pouco contriburam para a capacidade sequestrante de radicais livres.36PragasPragasBroca-dos-frutos do cupuauzeiro (Conotrachelus sp.) Besouro castanho-escuro, 10mm. A fmea ovoposita no interior da casca do fruto. As larvas, ao eclodirem, se movimentam at as sementes, das quais se alimentam;

No ultimo instar larval, abrem um orifcio por onde saem e penetram no solo numa profundidade de 5 a 10 cm onde empupam, e posteriormente o adulto emerge.

http://www.diadecampo.com.br/Vhttp://www.diadecampo.com.br/38Broca-dos-frutos do cupuauzeiro (Conotrachelus sp.)

No transportar frutos coletados em reas atacadas para reas sem a praga;

Coletar diariamente todos os frutos e eliminar aqueles com broca;

No deixar frutos abandonados na rea de plantio;

No fazer aplicao de inseticidas, pois no h produtos registrados para essa cultura;

Sugerir aos produtores vizinhos que tambm faa, o controle.

Fonte: Boas praticas agrcolas da cultura do cupuauzeiroDoena do cupuauzeroMorte Progressiva - Lasiodiploidia theobromaeSintomas: Pequenas leses circulares de colorao marrom;As leses, tornam-se esbranquiadas, pardas ou avermelhadas;Provocando as vezes a queda do tecido central.

Principais doenas do cupuauzero

EMBRAPA, 1998 Morte Progressiva - Lasiodiploidia theobromaeControle: 1g de benomyl ou 3g de xido cuproso p/ cada litro de gua. A pulverizao deve ser durante a emisso de lanamentos, brotaes novas.Semanalmente no perodo chuvosoQuinzenalmente no perodo seco

Queima-do-Fio (Pyricularia koleroga)pode causar a morte do galho, folha;miclio alongado em forma de fio, de colorao branca ou pardacenta.

Deve-se podar os galhos com o problema e executar a pulverizao com Mancozeb ou fungicida cprico, de 15 em 15 dias, ambos a 0,2%.Podrido vermelha - Ganoderma philipii (Bres. & P. Henn) Bras.Raiz entra em contato com restos de vegetao colonizados pelo fungo Ganoderma philippii;

Fonte: g1.globo.com

Fonte: ru.wikipedia.orgEsta doena normalmente ocorre quando a raiz entra em contato com restos de vegetao colonizados pelo fungo Ganoderma philippii, como troncos apodrecidos que ficam no solo aps a derrubada da mata.

Ganoderma applanatum46Sintomas Inicialmente ocorre um amarelecimento, seguido de uma seca rpida e morte da planta. No sistema radicular, verifica-se um apodrecimento de colorao marrom-avermelhada.

O sintoma inicial um amarelecimento, normalmente de um lado da planta, que depois generaliza-se, seguindo-se uma seca rpida e morte da planta. As folhas ficam presas planta. No sistema radicular, verifica-se um apodrecimento de colorao marrom-avermelhada.

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Controle preventivo Recomenda-se a retirada de troncos e razes, apodrecidos ou no, antes do plantio. Colocar 1 kg de calcrio na cova de onde foi retirada a planta morta e misturar bem com o solo e no plantar na cova, espcie arbrea no perodo de no mnimo 2 anos.IntroduoO Cacaueiro (TheobromacacaoL.) Pertence a mesma famlia e gnero do cupuauzeiro;

Originrio do continente Sul Americano, onde foi encontrado, em condies naturais, sob o dossel de grandes rvores da floresta tropical;

Vem atravessando um processo recente de recuperao, especialmente no sul da Bahia e em Rondnia.

Fonte: http://ruralcentro.uol.com.brIntroduoNa Amaznia Ocidental, o estado de Rondnia ocupa o primeiro lugar na produo primria do cacau em amndoas;

Sendo toda a produo primria deste produto direcionada a indstrias processadoras na Bahia e no Sudeste;

produzido na Amrica Latina (Belize, Mxico, Equador, Peru, Costa Rica e Brasil), oeste da frica (Costa do Marfim, Camares, Gana, Nigria e So Tom) e na Indonsia.

Fonte: http://www.todafruta.com.br/A frica Ocidental detm cerca de 68% da produo mundial;

Atualmente a produo na Amrica vem aumentando, especialmente no Brasil, devido s condies climticas favorveis e aos extensivos programas de melhoramento gentico.

Introduo

Fonte: http://www.reclameboca.com.br/A semente o principal produto comercializado para fabricao de chocolate e a manteiga, muito utilizada na indstria farmacolgica e na fabricao de cosmticos.

Introduo

Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/

Fonte: http://makeus.com.br/

Fonte: http://www.farmaciadoleme.com.br/A polpa que envolve as sementes rica em acares, sendo utilizada na fabricao de gelia, vinho, liquor, vinagre e suco.

Introduo

Fonte: http://www.ceplac.gov.br/

Fonte: http://www.costibebidas.com.br/

Fonte: http://3.bp.blogspot.com

Fonte: http://correiogourmand.com.br/Caractersticas Gerais e FenologiaPode atingir 5 a 8 m de altura e 4 a 6 m de dimetro de copa;

As flores apresentam caracteres estruturais que limitam sua polinizao quase que exclusivamente a insetos;

Os principais agentes polinizadores do cacaueiro so constitudos por um pequeno grupo de insetos, da famlia Ceratopogonidae, gnero Forcipomya.

Fonte: http://www.mast.br/

Fonte: http://revistaelagro.com/Suas flores, pequenas e avermelhadas, unidas ao tronco;

Comea a frutificar por volta dos trs anos e produz abundantemente a partir dos oito, mantendo produo satisfatria at os trinta anos;

Os frutos quando jovens apresentam colorao verde, e amarela quando maduros, outros apresentam cor roxa (vermelho-vinho) na fase de desenvolvimento e alaranjado no perodo de maturao.

Caractersticas Gerais e Fenologia

http://ela.oglobo.globo.com/

Fonte: http://poderdasfrutas.com/O perodo entre a polinizao e o amadurecimento do fruto varia de 140 a 205 dias;

A semente de cacau tem a forma que varia de elipside a ovide, com 2 a 3cm de comprimento;

Recoberta por uma polpa mucilaginosa de colorao branca, de sabor aucarado e cido;

As sementes do cacaueiro so muito sensveis s mudanas de temperatura e morrem em pouco tempo, quando sofrem desidratao. Caractersticas Gerais e Fenologia

http://www.emporioviverbem.com.br

http://4.bp.blogspot.com/Adapta-se bem regies com temperaturas mdias superiores a 21C.

A precipitao anual ideal acima de 1.250 mm;

umidade relativa acima de 75%;

Os perodos secos com mais de trs meses so prejudiciais.

Caractersticas Gerais e FenologiaEm localidades com ventos que apresentam velocidade superior a 2,5 m/s, recomendvel a instalao de quebra ventos;

Os solos mais recomendados so os areno-argilosos, profundos e com boa drenagem.

Caractersticas Gerais e FenologiaAdubao CacaueiroTabela: Quantidade de N, P2O5 e K2O, composio dos fertilizantes e respectivas doses, em kg/ha e g/planta, para as diferentes idades das plantaes.

Chepote et al., (2005) - CEPPLAC Adubao CacaueiroProduo de mudas:

Terrio de solo coletado entre 0 e 40 cm de profundidade.

Misturar resduos orgnicos (4:1 - terrio: resduo orgnico) bem decompostos (esterco de gado e/ou composto de casca do fruto ou testa da amndoa do cacau).

Adubao CacaueiroProduo de mudas:

Para cada m de terrio: 5,0 kg de superfosfato simples, 200 g de FTE New Centro Oeste, 500 g de cloreto de potssio, e 1 kg de calcrio dolomtico O calcrio deve ser adicionado 30 dias antes dos fertilizantes. As mudas devero ser pulverizadas, quinzenalmente, com uria a 0,5%.Adubao CacaueiroAdubao de Formao

Deve-se aos 60 dias antes do plantio incorporar por cova:2 a 4 litros de esterco de galinha ; ou10 a 20 litros de esterco de curral curtido; 1 kg de calcrio dolomtico ou magnesiano.Adubao de formao:

Tabela: Fontes e doses de adubos fosfatados aplicados na cova, de acordo com as faixas de disponibilidade de fsforo no solo.

Chepote et al., (2005) - CEPPLAC Adubao CacaueiroAdubao de micronutrientes:

Chepote et al., (2005) - CEPPLAC Figura: Localizao de fertilizantes e corretivos na cova de plantio.

Chepote et al., (2005) - CEPPLAC Adubao de formao:

As doses de fertilizantes aplicadas durante o primeiro, segundo e terceiro ano correspondem, respectivamente a 1/3, 1/2 e 2/3 da dose total indicada a partir do terceiro ano de idade.

Figura 2. Localizao de fertilizantes de acordo a idade do cacaueiro na fase de desenvolvimento.Chepote et al., (2005) - CEPPLAC Adubao de produo:

As doses recomendadas por planta devem ser fracionadas em duas aplicaes.

Entre fevereiro e abril --------- Entre setembro e novembro.

A aplicao deve ser feita a lano e em cobertura em faixas. 70Adubao CacaueiroAdubao de produo:

Chepote et al., (2005) - CEPPLAC

Melhoramento GenticoMelhoramento gentico:

O cacau classificado sob trs variedades: CriolloForastero: maioria do cacau comercializado mundialmente Trinitario: hibridizao entre Forastero e Criollo Figura: As variedades de cacau: Criollo e a semente oval (A), Forastero e a semente achatada (B), Trinitrio (C).

FONTE: SOUZA, 2010. Tabela: Caractersticas gerais dos clonesCaractersticas 38 clonesCEPEC 2002CEPEC 2003CEPEC 2004

CEPEC 2005

CEPEC 2006

CEPEC 2007CEPEC 2008

CEPEC 2009

CEPEC 2010

CEPEC 2011

Tamanho do fruto MMMMMMGGMGPeso mdio da semente seca/fruto (g) 3835653541

58

75

59

45

63

Peso mdio da semente seca (g) 1,00,81,31,11,11,31,41,30,91,4Nmero mdio de sementes por fruto 38444932374552454845Nmero de vulo na flor 50636649525060485453Resistncia a podrido parda (P. palmvora) MRMRSMR

MRS

-MR

-

R

Resistncia a podrido parda (P. citrophthoraMRMRSSSMRMRMRMRMR

Resistncia a podrido parda (P. capsici) -----MRMRRRR tamanho do fruto: M mdio, P- pequeno e G- grande Testes realizados com inoculao do fundo em disco de folha: R resistente, MR- moderadamente resistente, S- suscetvel, MS- moderadamente sucetvel.FONTE: CEPLAC76Melhoramento gentico

FONTE: MOREAU , 2012.Produo de MudasA produo de mudas do cacaueiro e semelhante cultura do cupuauzeiro, pois se tratam de plantas morfolgicamente semelhantes pertencentes ao mesmo gnero.

Plantio do Cacau PlantioDois fatores :o sombreamento; distribuio das chuvas. Mudas de dois a seis meses de idade. Covas de 40 x 40 x 40 centmetros

Para o plantio das mudas de cacau no local definitivo, dois fatores importantes devem ser considerados: o sombreamento e a distribuio das chuvas. Se o sombreamento provisrio j estiver formado, o plantio das mudas deve ser feito no incio do perodo chuvoso, com mudas de dois a seis meses de idade. Em casos excepcionais, as mudas podem ainda ser transplantadas com uma antecedncia de dois meses do incio do perodo seco do ano, preferindo-se neste caso, plantas de maior idade, ou seja, de quatro a seis meses. Aps a seleo das plantas vigorosas e sadias o plantio do cacaueiro deve ser feito em covas de 40 x 40 x 40 centmetros80 PlantioDeixar um montculo ao redor do caule e nunca uma depresso.

Fonte: revistagloborural.globo.comremovendo-se o saco plstico sem que seja destrudo o torro. A muda deve ser colocada na cova de modo que o nvel superior do torro fique no mesmo plano da superfcie do solo. Para isso, coloca -se a terra no fundo da cova at que se consiga a altura ideal e depois se completa com o enchimento dos lados, sempre fazendo ligeira presso no solo. Recomenda- se deixar um montculo ao redor do caule e nunca uma depresso

81Colheita 2 ano;Do 2 ao 4 ano: 12 mesesA partir do 5 ano safra (novembro a fevereiro) temporo (abril a agosto).

Fonte: revistagloborural.globo.comA colheita do cacau inicia-se a partir do 2 ano. Do 2 ao 4 ano, os frutos podem ser colhidos praticamente durante o ano todo. A partir do 5 ano, as colheitas so feitas em dois perodos: safra (novembro a fevereiro) e temporo (abril a agosto).(Ribeiro, G.D et al, 2005).

82Beneficiamento do cacau Colheita

Fonte: cacaudobrasil2003.blogspot.com

Fonte: guiadolar.blogspot.com

a fase inicial do beneficiamento e deve ser planejada para colher exclusivamente frutos maduros, pois somente estes possuem acar em quantidade adequada para que se consiga uma boa fermentao; evitar a colheita dos frutos verdes ou verdoengos, e de frutos excessivamente maduros. As amndoas de frutos verdoengos no fermentam satisfatoriamente, devido a falta de acares, ficando os cotildones compactos, de cor violcea, provocando o defeito amndoas violetas que apresentam um grave defeito devido ao sabor amargo, adstringente e elevada acidez. As amndoas de frutos sobre-maduros no fermentam convenientemente, perdem aroma e gosto e possibilita o aparecimento de amndoas germinadas que um defeito que desclassifica o cacau para exportao.

84Colheita

Fonte: comatecagro.com

Fonte: www.foto-grafo.deNos meses de Junho a Agosto, pocas de maior concentrao de frutos no ano, a colheita numa mesma roa de cacau dever ser repetida no mximo a cada trs semanas. O instrumento utilizado na colheita o podo, que possui duas superfcies cortantes as quais permitem ao operrio proceder o corte no pednculo do fruto, evitando causar ferimento na almofada floral e nos galhos do tronco da planta. Nos meses de Junho a Agosto, pocas de maior concentrao de frutos no ano, a colheita numa mesma roa de cacau dever ser repetida no mximo a cada trs semanas. Durante a colheita, como medida profiltica, pode se retirar da rvore, os frutos doentes, secos e danificados e separ-los dos frutos sadios, evitando a disseminao de doenas.85QuebraAt o quinto dia aps a colheita

Fonte: bocarouge.blogspot.com

Fonte: www.henribrands.nlA massa de cacau deve ser pura, isenta de amndoas podres ou germinadas, casca, folhas e placenta.Aps a colheita os frutos devero ser juntados em montes para posteriormente se proceder a quebra, que poder ser realizada at o quinto dia aps a colheita. Na quebra utiliza-se um pedao de faco apropriado chamado cutelo, que no deve ser amolado, para no danificar as amndoas. O golpe dado com o cutelo deve apenas atingir a casca, partindo-a em duas e expondo as amndoas, que aps serem desprendidas da placenta so depositadas em caixas de madeira ou baldes de plstico. A massa de cacau deve ser pura, isenta de amndoas podres ou germinadas, casca, folhas e placenta, para que no haja prejuzo no processo de fermentao.

86Quebra

Fonte: www.mundokriol.netAmndoas resultantes de quebras realizadas em dias diferentes no devem ser misturadas;As cascas devem ser amontoadas e afastadas dos troncos dos cacaueiros.As amndoas devem ser transportadas, sempre que possvel, no mesmo dia para os cochos de fermentao. Caso no haja esta possibilidade, recomenda-se proteger a massa com folhas de bananeira, contra eventuais chuvas. Se aps a quebra, a massa permanecer por um dia no campo, este ser considerado como o primeiro dia da fermentao. Amndoas resultantes de quebras realizadas em dias diferentes no devem ser misturadas sob pena de promover uma fermentao desuniforme, prejudicando a qualidade do produto final. As cascas devem ser amontoadas e afastadas dos troncos dos cacaueiros, tendo em vista que elas se constituem em foco de doena.

87Fermentao

Fonte: http://www.lideragronomia.com.br/2012/08/cacau_16.htmlA fase mais importante no processo de beneficiamento do cacau.A fase mais importante no processo de beneficiamento do cacau a fermentao, durante a qual, ocorre a morte semente e o incio da formao dos precursores do sabor e aroma de chocolate. Nos trs primeiros dias do processo, ocorre a fermentao propriamente dita e da por diante processa-se a cura. A fermentao se processa na polpa que envolve as sementes pela ao de microrganismos e a cura no interior das mesmas. A massa de cacau recebida da roa, livre de impurezas, deve ser colocada nas divises do cocho deixando-se aproximadamente uns 10 cm abaixo de sua altura total e dever ser coberta com folhas de bananeira ou sacos de aniagem evitando-se o uso de plstico. A finalidade da cobertura da massa evitar a perda de calor produzido pela fermentao e o ressecamento das amndoas que ficam na superfcie. No enchimento do cocho, com cacau mole, deve-se deixar uma das divises 88Fermentao1 revolvimento: 24 horas aps o enchimento do cocho 2 revolvimento: 48 horas aps o primeiro revolvimento 3 revolvimento: 24 horas aps o segundo revolvimento 4 revolvimento: 24 horas aps o terceiro revolvimento.

No perodo seco do ano o cacau mole possui pouca mucilagem, e a fermentao dever ser efetuada em 5 dias, com trs revolvimentos. No perodo chuvoso, o cacau mole possui maior quantidade de mucilagem, exigindo maior tempo de fermentao, que dever ser efetuada em seis dias, com quatro revolvimentos.

89FermentaoPerda da polpa mucilaginosa; Mudana de cor externa, que inicialmente rosada e branca, passando para castanho no final da fermentao.

Fonte: www.politicaexterna.comO resfriamento da massa de cacau no cocho.O reconhecimento de um cacau bem fermentado feito pela perda da polpa mucilaginosa, mudana de cor externa, que inicialmente rosada e branca, passando para castanho no final da fermentao. Observa-se tambm, o resfriamento da massa de cacau no cocho.

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Fonte: revistagloborural.globo.comEliminar a umidade na amndoa de cacau;Mais de 50%, teor que deve ser reduzido para menos de 8% para um armazenamento seguro do produto. Dois processos: Natural;Artificial. SecagemSecagem

Fonte: revistagloborural.globo.com

Revolvimento 30 em 30 min.

Seis a dez dias.

SECAGEM NATURAL a realizada atravs de ao direta dos raios solares. Neste processo utilizam-se barcaas onde a massa de cacau fermentada espalhada no lastro, auxiliado por um rodo, com o intuito de expor as amndoas radiao solar nas mais diversas posies, proporcionando a perda de umidade de maneira uniforme. Esta massa espalhada sobre o lastro da barcaa deve ter espessura de no mximo 5 centmetros, para melhor revolvimento, que nos primeiros dias deve ser de 30 em 30 minutos. Durante noite dos primeiros dias da secagem deve-se juntar as amndoas em montculos, a fim de reduzir a superfcie de exposio das amndoas em contato com o ar, evitando-se a proliferao do mofo branco externo. A secagem se complementar entre seis a dez dias a depender das condies do tempo.

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Fonte: http://www.lideragronomia.com.br/2012/08/cacau_16.htmlSecagemA utilizao de secadores tendo como fonte de calor a queima de lenha, gs, diesel etc30 horas.SECAGEM ARTIFICIAL A utilizao de secadores tendo como fonte de calor a queima de lenha, gs, diesel etc, uma necessidade do agricultor principalmente durante a poca chuvosa ou ainda durante a maior concentrao da colheita nas propriedades. A secagem artificial requer cuidados especiais pois a temperatura deve subir lentamente sem ultrapassar 55C, mantendo-se por todo perodo de secagem que se completa em torno de 30 horas. Temperaturas altas e bruscas torram as amndoas tornando-as quebradias, prejudicando assim a qualidade do cacau. A secagem rpida, mesmo que no chegue a torrar as amndoas, poder acarretar a perda acelerada de umidade da periferia, deixando a parte interior mida, sujeita ao aparecimento do mofo interno.

Pode-se ainda utilizar, a combinao dos dois processos de secagem; inicialmente, as amndoas de cacau so submetidas ao sol, por um perodo de dois a trs dias, sendo o processo complementado, em secador artificial, por um tempo de 15 a 20 horas. Qualquer que seja o processo de secagem utilizado, o controle da umidade final deve ser feito com critrio. Os fabricantes de chocolate preferem amndoas com 6 a 7% de umidade. Amndoas com uma percentagem de umidade mais elevada ficam susceptveis a uma contaminao por mofos, nos armazns, e com um teor mais baixo se tornam quebradias, o que resulta num processamento industrial menos eficiente.

94Potencial econmico

Porto Velho;Cacoal;Ariquemes;Alto Paraso;Machadinho do OesteJi-Paran; Ouro Preto do Oeste;Jaru.

disponibilidade de reas para plantio nesta regio - s ao longo da Rodovia BR-364, estima-se uma disponibilidade de mais de 80 mil hectares de solos de mdia-alta fertilidade, 95Vantagensa) endividamento quase inexistente dos a cauicultores com os programas de credito rural; b) existncia de uma estrutura agrria favorvel pelo trabalho de colonizao realizado pelo INCRA; c) disponibilidade de sementes de variedades hbridas de cacau de elevada produtividade e tolerncia vassoura-de-bruxa, produzidas e distribudas gratuitamente pela CEPLAC; d) estrutura de produo centralizada no uso de sistemas agroflorestais (Inter cultivo do cacau com espcies florestais e outros cultivos agrcolas) e na pequena produo familiar; e) disponibilidade da produo de cacau na entressafra mundial; f) disponibilidade de um acervo tecnolgico considervel, aliado a uma rede de assistncia tcnica especializada e capilarizada por 31 municpios do estado; VantagensCEPLAC - Comisso Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira

6.000 produtores rurais;31 Municpios; Cerca de 40 mil hectares de cacaueiros;Produo em torno de 16 mil toneladas/ano, de amndoas secas de cacau.

Pragas Tripes (Selenothrips rubrocinctus) Tanto as larvas como os adultos vivem em colnias, na face abaxial das folhas parcialmente maduras, prxima s nervuras ou na superfcie dos frutos em fase de maturao

Fonte: agrolink.com.br

considerado uma das pragas mais importantes para a cacauicultura Amaznica. O adulto apresenta um comprimento que varia de 1,1 a 1,4 mm, sendo sua colorao preta ou marrom escura. As asas so do tipo franjada, o que caracteriza a Ordem a que pertence. As formas jovens so de um colorido geral branco amarelado com os dois primeiros segmentos do abdome vermelhos. As ninfas carregam, entre os plos terminais, na extremidade do abdome, pequena gotcula de excremento lquido. Tanto as larvas como os adultos vivem em colnias, na face abaxial das folhas parcialmente maduras, prxima s nervuras ou na superfcie dos frutos em fase de maturao (Fig. 16).

101Folhas Manchas clorticas no limbo, com o tempo torna-se necrosadas, dando origem queima;Emponteiramento; Reinfestao; Depauperamento Morte da planta.

Nas folhas a sintomatologia do ataque, em decorrncia do hbito alimentar do tripes ser raspador sugador, se manifesta pela presena de manchas clorticas no limbo, as quais aps algum tempo, tornam-se necrosadas, dando origem queima (Fig. 17). Se o ataque for intenso, ocorre a queda parcial ou total das folhas, caracterizando o emponteiramento. Aps a brotao pode haver reinfestao causando o depauperamento ou mesmo a morte da planta.

102FrutosFerrugem: dificultando o reconhecimento do estado de maturao dos mesmos, induzindo assim, a colheita de frutos verdoengos ou excessivamente madurosReduo no rendimento do trabalhador;

O ataque nos frutos causa a ferrugem dificultando o reconhecimento do estado de maturao dos mesmos, induzindo assim, a colheita de frutos verdoengos ou excessivamente maduros, afetando a qualidade do produto final (Fig. 18). Ocorre tambm reduo no rendimento do trabalhador que est realizando a colheita , devido o mesmo testar o estado de maturao, raspando a casca do fruto antes de colh-lo. A ferrugem formada pela deposio na superfcie do fruto, do excremento lquido que as formas jovens carregam na extremidade do abdome, bem como do derramamento e oxidao do contedo celular, provocado pelo hbito alimentar.

103Fatores que favorecem sobrevivncia e o crescimento de populaes de tripes Presena de folhas parcialmente maduras e de frutos, temperaturas elevadas; Ausncia de chuvas e de sombreamento.

Fonte:www.ceplac.gov.brControle culturalControle qumicoDeltamethrin;Malathion;Trichlorfon; Carbaryl.Principio ativo105Doena do cacaueiroVassoura-de-bruxa - Crinipellis Perniciosa-(Moniliophthora perniciosa)Os sintomas tpicos da doena so:Formao de vassoura-de-bruxa nos ramos novos;Manchas, Definhamento ou;Deformao dos frutos.

Sintomas nos frutosOs sintomas podem variar dependendo do tipo de infeco. Quando a infeco ocorre durante a florao:Os frutos so pequenos; Rseos ("morangos") e;Mumificados

Se a infeco ocorrer em frutos formados:Provoca leses irregulares;Escuras e;Firmes ao tato.

Sintomas Ramos/Caule

Os brotos novos sofrem intumescimento e reduo dos interndios, Deformao das folhas e;Perda da dominncia apical, induzindo formao de brotaes laterais, conhecidas como vassoura-de-bruxa.

Principal doena do cacaueiroVassoura-de-bruxa - Crinipellis Perniciosa

Foto: Eduardo Cesar/Revista FapespPrincipal doena do cacaueiroVassoura-de-bruxa - Crinipellis Perniciosa

matatlanticaecacauPrincipal doena do cacaueiroVassoura-de-bruxa - Crinipellis Perniciosa

Fonte: CEPLAC, 2012A contaminao se d quando os esporos, fase reprodutiva do fungo, se fixam na superfcie dos ramos ou frutos em crescimento. Em seguida, eles lanam filamentos chamados hifas que penetram as clulas do vegetal. Inicialmente, os fungos vivem uma fase em que ficam como se estivessem dormentes e quase no se multiplicam.112ProdutoIngrediente Ativo(Grupo Qumico)Titular de RegistroFormulaoClasseTx.Amb.Bion 500 WGacibenzolar-S-metlico (benzotiadiazol)SYNGENTA PROTEO DE CULTIVOS LTDA.WG - Granulado DispersvelIIIIIICoboxoxicloreto de cobre (inorgnico)BASF S.A.WP - P MolhvelIVIIICobre Atar BRxido Cuproso (inorgnico)ATAR DO BRASIL DEFENSIVOS AGRCOLAS LTDAWP - P MolhvelIVIIICobre Atar MZxido Cuproso (inorgnico)ATAR DO BRASIL DEFENSIVOS AGRCOLAS LTDAWP - P MolhvelIVIIIConstanttebuconazol (triazol)BAYER S.A. So Paulo/ SPEC - Concentrado EmulsionvelIIIIICUP001oxicloreto de cobre (inorgnico)ATAR DO BRASIL DEFENSIVOS AGRCOLAS LTDAWP - P MolhvelIVIIIFONTE:MAPA ,2013Tabela: Produtos registrados para o controle da vassoura-de-bruxa - Crinipellis Perniciosa.Controle cultural:

Poda seletiva:Rebaixamento da planta atravs da poda seletiva o que mais tem contribudo para o controle de pragas e doenas, e para o aumento da produtividade.

Colheita programada do cacau:Retira-se entre os meses de outubro e maio todos os frutos remanescentes e bilros que deveriam ser colhidos na safra intermediria, a chamada safra tempor.Consideraes Finais A similaridade das amndoas de cupuau e cacau tem despertado interesse cientifico, pois a partir das sementes de cupuau pode-se obter um produto semelhante ao chocolate e achocolatados o que aumenta o mercado consumidor. O Brasil tem grande demanda para fabricao de chocolate no tendo uma produo de matria prima para suprir suas necessidades. O cupuau e o cacau apresentam um grande potencial econmico para a regio, por ser 13 nativo ter as condies edafoclimticas adequadas ao seu desenvolvimento . Entretanto h 14 poucas pesquisas relacionadas produo dessas culturas, e no tem logstica necessitando 15 de um maior estudo e investimento para a regio. Consideraes Finais

Obrigada pela ateno!