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ABNT/CB-02 Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:135.01 Comissão de Estudos de Desempenho
Acústico de Edificações
ATA
CE-02:135.01 – COMISSÃO DE ESTUDOS DE DESEMPENHO ACÚSTICO DE EDIFICAÇÕES
Projeto de revisão da ABNT NBR 10151
REUNIÃO Nº: 04/2014 DATAS: 04/08/2014 e 05/08/2014 INÍCIO: 9h00 TÉRMINO: 17h30 LOCAL: Av. Treze de Maio, 13, 28º andar – Rio de Janeiro - RJ
COORDENADOR: Krisdany Vinícius S. M. Cavalcante SECRETÁRIA: Débora Miranda Barretto
1. PARTICIPANTES
1.1. PRESENTES
Entidade Representante Classe*
AUDIUM DÉBORA BARRETO C
SESI-RJ CLEUBER GALANTE SOUSA P
SESI-RJ BRUNA FERREIRA DO VALLE P
GERDAU JADERSON COELHO JACINTHO P
TKCSA MARCELO GOMES DE CARVALHO P
FIRJAN JORGE LUIZ BRANDÃO CALDAS C
ABCR FABIO A. AMARAL FILHO C
FIESP GABRIEL ASSEF FERNANDES C
ITA FABIO SCATOLINI N
CSN JOÃO LUIZ RODRIGUES DO
NASCIMENTO P
SINDUSCON/RIO LYDIO BANDEIRA DE MELO C
SESI ALEDSON D. COSTA N
TOTAL SAFETY DANIEL F. BONDARENCO
ZAJARKIEWICCH C
ANTF MÁRIO MACHADO BARCELLOS N
INFRAERO IVONE DO NEASCIMENTO SILVA N
INMETRO MARCO NABUCO N
INMETRO RANNY L.X.N MICHALSKI N
INMETRO PAULO MEDEIROS MASSARANI N
INMETRO RICARDO LUIS D´AVILA VILLELA N
ATERMO MARCELO COELHO P
ANAC MARCELO VERSIANI N
SINTESE FABIANO COUTO COELHO P
UFPA GUSTAVO DA S. V. DE MELO N
UFMG MARCO ANTONIO VECCI N
J.S. DE ALMEIDA JORGE SOARES DE ALMEIDA
P
SOBRAC KRISDANY VINICIUS S. M. CAVALCANTE N
ABNT/CB-02 Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:135.01 Comissão de Estudos de Desempenho
Acústico de Edificações
Entidade Representante Classe*
SOBRAC DINARA XAVIER DA PAIXÃO N
SOBRAC NEWTON S. SOEIRO P
IPT PETER J. BARRY N
CNI GIUSEPPE UCHOA RIBEIRO LOBO P
SINDIPEÇAS JOSÉ CARLOS DE FREITAS C
FIRJAN GERSON FERREIRA SILVA C
GROM MARCELO AUGUSTO FONTANA GOMES P
MTE/FUNDACENTRO ROBSON SPINELLI GOMES N
IBAPE-PR VERA SHEBALJ C
(P) Produtor | (C) Consumidor | (N) Neutro
1.2. AUSENTES JUSTIFICADOS
Entidade Representante Classe*
V SIDERURGIA WENDEL CARLOS CAMPOS HERMSDORFF C
METRÔ/SP LUIZ AUGUSTO SANTOS TAQUEDA C
METRÔ/SP HELDER JOSÉ RIBEIRO SOARES C
CETESB REGINA CELESTI MARTINI C
MAURICY C R SOUZA MAURICY C R SOUZA P
MARIA DE FATIMA NETO MARIA DE FATIMA NETO P
SEMASA-PSA L. FERNANDO BELLETTATO
C
UFPA ELCIONE M. LOBATO DE MORAES N
UFRJ ALEXANDRE CHUNG N
UFRJ GUILHERME PEDROTO DE ALMEIDA
MAGALHÃES N
UFRJ MARIA LYGIA NIEMEYER N
UFRJ MARINA MEDEIROS CORTÊS N
UFRJ RICARDO E. MUSAFIR N
ANTF MÁRIO MACHADO BARCELLOS C
ARCELOR MITTAL TUBARÃO JOSÉ GUSTAVO DA COSTA P
CEMIG WITER AUGUSTO DE PAULA P
CSN GIULIO NABUCO TADDEUCCI P
ABNT/CB-02 ROSE DE LIMA -----
GERDAU NAIARA COMNEVALE LOPES P
* (P) Produtor | (C) Consumidor | (N) Neutro
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1.3. AUSENTES JUSTIFICADOS
Entidade Representante Classe*
FIRJAN/SENAI JOSÉLIA BRITO SERBER P
IABR ALEXANDRE W. SOARES C
INMETRO RICARDO LUIS D’AVILLA VILLELA N
PETROBRAS WILSON ZOGHBI TAYAR N
SECOVI RONALDO SÁ C
SINDIPEÇAS/CNI JOSÉ CARLOS DE FREITAS C
AUDIUM DÉBORA BARRETTO C
AFEAÇO ROBSON CAMPOS P
HARMONIA ACÚSTICA DAVI AKKERMAN C
CETESB JOZEMAR BARRETO OLIVEIRA C
INSTITUTO ENGENHARIA DIVISÃO ACÚSTICA
SCHAIA AKKERMAN C
VALLOUREC PAULA FRANÇA P
AÇO BRASIL LUCILA CASELATO P
UNICAMP STELAMARIS R. BERTOLI N
CLARIS/TIGRE ANA PAULA ELIAS P
ACITAL VICTOR ZIMMERMAN P
F. H. AIDAR ENG FERNANDO H. AIDAR N
ABCR EDUARDO MURGEL N
MEXICHEM CLAUDILENE L. CARVALHO P
GINER JOSÉ CARLOS GINER C
FIE-SESI-PR ROSAINE FALLEIRO C
PROACUSTICA JUAN FRIAS N
EZTEC SAMUEL SFREDDO GOSCH C
AME AUDIOLOGIA ANDRÉ LUIZ CINTRA LOPES N
CEMIG WITER AUGUSTO DE PAULA P
GYPSUM DRYWALL ROSANGELA CIARCIA P
* (P) Produtor | (C) Consumidor | (N) Neutro
2. EXPEDIENTE
2.1. Foram convidadas a participar da reunião todas as entidades/pessoas que participaram dos projetos
de revisão das normas NBR 10151, ora em discussão.
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3. ASSUNTOS TRATADOS
3.1. Débora e Krisdany abriram os trabalhos às 9h30 e teve como primeiro item de pauta a indicação do
coordenador e do secretário. Marco Nabuco solicita esclarecimento sobre esse processo e o
Krisdany esclareceu que a cada ano esse processo deve ocorrer e que em função de já ter
completado mais um ano de seu mandato na coordenação da CE:02-135.01 caberia à Comissão
deliberar sobre as indicações do coordenador para o próximo período e este indicar o secretário.
Havendo sido indicado pela SOBRAC – Sociedade Brasileira de Acústica esta entidade
manifestou pela permanência de Krisdany à frente dos trabalhos uma vez que é possibilitada sua
recondução. Débora e Krisdany indagaram aos presentes se haveria mais algum nome a ser
indicado e não houve manifestação.
3.2. O Sr. Mario Barcellos representante da ANTF pergunta se Krisdany aceita se manter no cargo e
Krisdany responde que sim e que mantém seu compromisso quanto ao objetivo de concluir o
processo de revisão da ABNT NBR 10.151 e ABNT NBR 10.152.
3.3. Na sequência foi relatado por Krisdany o panorama geral do andamento dos trabalhos da comissão.
Foi deliberada então a permanência de Krisdany como coordenador. Krisdany indicou Débora
como secretária, para o período 2014-2015. Krisdany agradeceu a confiança e registrou que a
permanência de Débora Barretto na função de secretária é importante para o bom desempenho
dos trabalhos haja vista a qualidade de seu trabalho e o entrosamento entre ambos.
3.4. Assim, por unanimidade permanecem nas funções de Coordenador o Sr. Krisdany Cavalcante e de
Secretária a Sra. Débora Barretto.
3.5. O Sr. Marco Nabuco sugere que esse item de indicação de coordenador seja divulgado, no Encontro
da Sobrac que ocorrerá em outubro. Mario Barcellos afirma a preocupação em manter sem
alteração de coordenador durante o processo de revisão de uma mesma norma, haja vista a linha
de trabalho. Robson Spinelli reforça a importância dos trabalhos da ordem do dia.
3.6. Foi feita uma rápida apresentação dos presentes a pedido de Krisdany uma vez que haviam
pessoas participando pela primeira vez da reunião.
3.7. Krisdany dá início a leitura e ao processo de aprovação da ATA da reunião anterior. Alguns
presentes sugerem pequenos ajustes e complementações no documento, que foram devidamente
acatados pela comissão. Às 11h foi concluída a leitura e aprovação da ATA.
3.8. Devido ao grande número de pessoas representantes da área industrial que entraram na sala
durante a leitura e aprovação da ata da reunião anterior, Krisdany apresentou os novos
integrantes da reunião aos demais presentes.
3.9. Sobre o tema dos valores da tabela, Zemar Soares do Inmetro esclarece que 35 dB e 40 dB para
áreas rurais não foi aleatório e ele discorda em aumentar os níveis para 45 dB no período diurno e
solicita que sua opinião seja registrada em ATA, pois segundo ele o mundo está reduzindo os
valores e não aumentando.
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3.10. O Sr. João Nascimento, como porta voz do setor industrial, solicita fazer um pronunciamento. Ele
relata o fato do setor, por ele representado, ter ficado surpreso com as alterações realizadas na
reunião anterior. Diz estar participando desse grupo de revisão da norma a um bom tempo e que
decisões tomadas anteriormente estão sendo alteradas. Defende de forma enfática de que a
Norma não deve permitir medições internas, visto que isso já tinha sido deliberado antes e que irá
causar grandes transtornos, visto que tem caráter de Lei.
3.11. Marcelo Carvalho do setor industrial reforça essa opinião e afirma que a vedação de cada
edificação não é domínio da indústria. Portanto discorda completamente do fato da Norma permitir
medições internas.
3.12. Ricardo Musafir registra não entender a afirmação de que vai causar grandes problemas, pois
atualmente a Norma já é assim e portanto isso não representa uma alteração.
3.13. Jozemar afirma que nunca foi consenso da parte dele e sempre defendeu que medições internas
devem ser realizadas.
3.14. Ricardo Vilela afirma que essa Norma é para caracterizar incômodo e portanto deve permitir
realizações de medições internas.
3.15. Krisdany esclarece que fiscalização de poluição sonora não é a única aplicação dessa Norma e
que isso deve ser compreendido e considerado.
3.16. Mario Barcellos defende que a reunião está sendo iniciada com um tema polêmico e sugere que
seja seguida a pauta. Sugestão acatada pela comissão.
3.17. Robson Spinelli afirma que a indústria não é o principal foco de ações no Ministério Público e se
preocupa com o fato de retomar temas previamente discutidos, devido ao tempo e energia gastos
nesse processo. Para ele esse tipo de atuação e postura complica a continuidade do processo de
revisão da norma.
3.18. Krisdany esclarece que houve representação do setor industrial na reunião passada, não com o
mesmo número de presentes da reunião atual, e que, apesar de entender que isso realmente
ocupa tempo, defende que para alguns assuntos esse fato proporciona um amadurecimento do
processo. Na sequência relembra a pauta do dia e exemplifica a existência de relatórios que
apresentam níveis totais ao invés de caracterizar o ruído industrial, o que reforça o fato de que a
Norma precisa realmente ser aprimorada e deixar clara essas diferenças.
3.19. Marcelo Carvalho explicita exemplos reais onde ele como indústria obtém a licença frente aos
órgãos ambientais por atender aos parâmetros da Norma 10.151 para ambientes externos e que
caso exista uma única residência irá gerar incompatibilidade com a tabela de critério quando for
medir internamente. Isso ocorre principalmente em casos onde exista invasão ou alteração do uso
do solo. Ele esclarece que apesar de uma indústria estar legal podem existir reclamações e que
não estão contra o conforto da população.
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3.20. Mario e Robson afirmam que se essa discussão for novamente aberta complicará o andamento do
processo. Krisdany propõe que seja seguida a pauta e seja tratado do assunto “medições internas”
ao final da reunião, o que foi aprovado pela comissão.
3.21. Krisdany destacou que recebeu manifestações favoráveis dos representantes do setor de
transporte quanto a decisão tomada por essa comissão na reunião anterior e que havia ficado de
deliberar em definitivo na presente reunião com a presença de representantes do setor. Assim,
considerando a presença dos representes da ANAC, da Infraero, da ABCR e da ANTF dentre
outros, reapresentou à comissão a discussão ocorrida na reunião anterior quando Marco Nabuco
do Inmetro ponderou para que a ABNT NBR 10151 não fosse dividida em duas partes e sim fosse
mantido em uma única parte mantendo sua coerência ao texto da Resolução 01 de 1990 do
Conama. Assim, na reunião anterior diante de tais colocações e argumentos debatidos, a
Comissão entendeu por manter o projeto de revisão da ABNT NBR 10151 em uma única parte de
aplicação geral, devendo referenciar que a medição e avaliação dos níveis de pressão sonora
decorrentes de sistemas de transportes deva ser objeto de norma brasileira específica a ser
elaborada pela ABNT/CEE-196.
3.22. Ricardo Musafir se preocupa com o fato da outra norma ainda não existir. Marcelo da Grom se
preocupa também com esse lapso entre as normas.
3.23. Mario Barcelos afirma que pelo andamento dos trabalhos e consenso dos setores de transporte, o
projeto da norma de transporte pode ficar pronta antes da conclusão da revisão da ABNT NBR
10.151 e como representante do setor de transportes afirma estar tranquilo com relação a essa
questão.
3.24. Mario afirma que a Norma passa a ter número desde o principio da sua elaboração. Rafael
Possobon afirma ser irresponsável abordar uma norma que não se aplica a transporte para tratar
esse item. Fabio Scatolini discorda em voltar a discursão sobre a aplicabilidade dessa Norma para
sistemas de transportes.
3.25. Krisdany e Zemar esclarecem que algumas frases podem explicitar que uma Norma pode
referenciar outra específica a partir do momento que a nova Norma passe a vigorar.
3.26. A proposta é remeter para a comissão de estudos especiais de acústica – CEE-196 a
responsabilidade de elaborar uma Norma especifica sobre ruído de sistemas de transportes. Por
consenso essa decisão foi tomada e Krisdany se comprometeu a enviar essa ATA e essa
demanda à ABNT/CEE-196 que se reunirá no dia 06 de agosto próximo.
3.27. Mário propõe então que tenha um texto que afirme que quando ocorrer a publicação de uma
Norma específica essa passará a vigorar para transportes.
3.28. Robson afirma que o termo "não se aplica" entra em uma seara jurídica e que não é papel da
ABNT registrar isso.
3.29. Krisdany não vê problema em manter o texto da proposta de Mário e ficaria da seguinte forma "A
medição e avaliação acústica decorrente de fontes sonoras de sistemas de transporte (aeroviário,
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aquaviário, ferroviário, metroviário e rodoviário) deve ser avaliada conforme norma técnica
brasileira específica, PN XXXX”. Zemar e Villela registram preocupação com relação a uma norma
depender da outra.
3.30. Ranny Michalski propõe que a norma revisada 10.151 deve atender ao sistema de transporte até
que haja outra Norma.
3.31. Marco Vecci se pronuncia contra e esclarece que a norma atual vigente não se aplica a sistema de
transporte e acha que a revisão deve deixar explicito de que não se aplica. Essa definição ficou
para ser ratificada posteriormente pela comissão.
3.32. Marcelo Versiani da ANAC afirma que a 10.151 já não atende a ruídos aeronáuticos.
3.33. Mario relembra de que o sistema de transporte tem sido muito penalizado pelo fato de não ter uma
Norma específica e dá margem a diversos questionamentos jurídicos nesse aspecto e que o setor
é o principal interessado em poder tem parâmetros e atender às normas.
3.34. Ricardo Vilella afirma que a única preocupação é não ter uma Norma especifica de transportes
enquanto a outra não está pronta.
3.35. Robson se preocupa com o fato de ter "não se aplica", pois existem diversas ações judiciais
relacionadas a essa questão.
3.36. Fabio da ABCR defende que para ele ou a Norma não se aplica ou inclui uma parte da norma que
trate dos transportes.
3.37. Krisdany se preocupa com o rumo das sugestões e esclarece a situação de que ninguém discorda
do porque essa norma não de aplica a sistemas de transportes. Pergunta se existe consenso mas
Ricardo Musafir não concorda de que tenha o texto "não se aplica". O texto final ficou conforme
proposto por Mario.
3.38. Na sequência da leitura os itens ainda a serem definidos da Norma, Robson sugere a retirada das
palavras "dose de ruído", do item que apresenta a não aplicabilidade da Norma, o que foi acatada
por todos e o texto final ficou: “avaliação do nível de exposição ocupacional”.
3.39. Às 12h40 foi encerrado o turno da manhã. Retorno marcado para 14h.
3.40. Às 14h foi retomado os trabalhos. Lydio Bandeira se pronuncia solicitando esclarecimento com
relação a Norma ter 2 partes e Krisdany explica a correlação dessa Norma com a Resolução 01/90
do Conama e a necessidade de não gerar conflito com a legislação.
3.41. Foi dada continuidade aos trabalhos, com leitura do projeto de revisão da Norma, nas partes em
amarelo. Foi explicada a única alteração da tabela, que elevou em 5 dB o NCA para “Área de
residências rurais” no período diurno.
3.42. Krisdany defende que o descritor LAeq é para ruídos contínuos e não para sons tonais e impulsivos.
3.43. Robson solicita esclarecimento com relação a alteração dos valores da tabela, pois ele estava
presente na reunião em que foi acordado de que esses valores não seriam alterados.
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3.44. Jorge Almeida justifica a pedido de Krisdany os exemplos de sua experiência onde ele não
consegue registrar valores tão baixos em áreas rurais. Robson afirma que os promotores do MP
vão questionar na ABNT e isso é preocupante.
3.45. Marco Nabuco esclarece que não é possível medir menos de 20 dB e que 30 dB é um valor
factível e não acha que deve ser modificado por isso não deve ser alterado.
3.46. Jorge se pronuncia afirmando que o valor atual torna inviável a aplicação da Norma e considera 40
dB muito baixo, para ele esse valor é difícil de se encontrar até em residências.
3.47. Ricardo Musafir afirma que na época da inclusão desses valores, os mesmos foram considerados
restritivos e não vê problema em se alterar.
3.48. Zemar se pronuncia com relação a sua experiência com instrumentações e reforça o fato de que a
tendência no mundo é reduzir e não aumentar o NCA. Ele discorda do fato de alterar valores
baseado em experiências particulares.
3.49. Jorge lembra que na norma anterior permitia criar como limite o ruído ambiente existente. Krisdany
esclarece que foi introduzida nessa revisão de Norma a questão da subtração logarítmica.
3.50. Robson afirma que, como representante do Ministério Público, não se sente a vontade para
afirmar que os valores foram alterados, visto que foi transmitido o contrário, portanto solicita
registrar em ATA que é terminantemente contra a alteração dos valores da Tabela.
3.51. Marcelo Carvalho se pronuncia contra alterar os critérios da tabela nem para mais nem para
menos. Ele defende a existência de zonas de atenuação ou amortecimento, pois resolveria as
questões de distâncias.
3.52. Krisdany esclarece que essa comissão herdou uma tabela de critério de avaliação que cumpre um
papel de legislação. Ricardo Villela se preocupa com o fato dos valores da Norma se referirem a
valores específicos e não ao som total, pois se tiverem várias fontes o total será muito alto.
3.53. Foi incluída na pauta a discursão de se manter 40 dB para diurno ou se irá ou não alterar para 45
dB, como proposto por Jorge. Vecci afirma que sempre aplicou os valores da tabela para som
específico, pois não tem sentido avaliar o total.
3.54. Robson sugere que se discuta o número para área rural. Robson opina que qualquer alteração no
valor abre um precedente e valores mais altos para ele é ser mais permissivo e está na contra
mão do andamento dos trabalhos. Os representantes do setor industrial se posicionam contra a
alteração dos valores para não criar o precedente.
3.55. Jorge registra que para ele o nível de 40 dB para implantação de indústrias na região norte e
centro-oeste irá complicar a implantação do setor industrial.
3.56. Jozemar defende que deve-se evitar alterações que gerem confusão para agilizar a aprovação da
norma. Portanto deve deixar como está na Norma atual e não alterar a tabela de critério de
avaliação.
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3.57. Daniel Bondarenco afirma que esses valores já se consolidaram e que não devem ser alterados,
visto que faz jus ao histórico da comissão se mantivermos como está. Ele esclarece que o caso de
Jorge trata-se de um problema administrativo e não de norma.
3.58. Jorge se incomoda e registra que se for para ele vir aqui e toda vez alterar a decisão tomada na
reunião anterior não justifica sua participação.
3.59. Para Peter esses números nem deveriam estar na norma e Krisdany concorda e esclarece que
foram colocados apenas para serem orientativos. Ele diz que não devemos pensar no caso dos
valores serem alterados ou não. Se for para melhorar, vale a pena, mas para isso faz-se
necessário estudos específicos e científicos que comprove essa questão.
3.60. Krisdany afirma a importância de se criar um consenso e agradece a Jorge pelo entendimento.
Fica deliberado portanto a permanência dos valores originais.
3.61. Robson agradece a compreensão da coordenação, assim como registra a transparência desse
processo democrático no exercício de um momento histórico no Brasil.
3.62. Débora Barretto propõe que passemos agora para o tema das medições internas, por terem
muitos representantes da indústria. Peter fica confuso e questiona que por se tratar da 10.151, em
que momento a questão de medições internas voltou. O setor industrial corrobora.
3.63. Krisdany posicionou a todos com relação a esse tema, esclarecendo que os órgãos que trabalham
com fiscalização de poluição sonora recebem muita demanda de incômodos da população e,
portanto, nesses casos precisam medir internamente. Apesar dele se preocupar que a
reverberação interna no ambiente influencia nos resultados medidos, também entende que, para a
fiscalização, medir internamente na residência do reclamante é relevante. Esclarece que a ABNT
NBR 10.152 não deve ser aplicada para fins de fiscalização de poluição sonora quando a fonte é
externa à edificação onde se dá o suposto incômodo.
3.64. João Nascimento da CSN afirma que está tendo uma confusão entre a aplicabilidade das 2
normas, pois para ele essa questão da falta de isolamento e de medições internas é um problema
construtivo da edificação. Um local receptor está completamente fora da gestão das fontes de
ruído e a indústria não pode se responsabilizar pelo que está fora da sua responsabilidade.
3.65. Peter Barry relembra que essa foi a primeira parte retirada da norma desde o inicio, portanto
entende ser um contrassenso ter medições internas, pois não é escopo dessa norma. Reforça
informando que não é possível avaliar a fiscalização com medições dessa natureza. Portanto se
existe incômodo de ruídos externos devem ter medidos externamente e não internamente, pois
isso é incoerente. Se é vizinho deve aplicar norma de desempenho. Ele é a favor de medições
internas, mas não nessa norma.
3.66. Marcelo Fontana afirma que a posição dele é a mesma de Peter, contra medições internas, pois
não se tem controle sobre isso. Gabriel Fernandes apoia a decisão de Marcelo.
3.67. Ricardo Vilella afirma que uma das aplicabilidades dessa norma é avaliar o sossego público, o
incômodo. Independente de onde o cidadão estiver e portanto as medições devem ser realizadas
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no local identificado pelo reclamante. Ele acha que a indústria tem um pensamento apenas com
relação ao quanto eles podem emitir no entorno. O sossego público deve avaliar independente de
onde a pessoa estiver. Ele reafirma que avaliar se existe o incômodo é para ele o principal objetivo
dessa norma. Defende a importância das cidades serem planejadas quanto ao uso e ocupação do
solo e diz que, se tirar as medições internas dessa norma a mesma estará sendo mutilada e os
parâmetros passarão a ser os da 10.152, que será inclusive pior para a indústria.
3.68. Marco Nabuco afirma que a posição do Inmetro sempre foi de realizar pequenas alterações na
Norma e resgata o histórico da relação entre as Normas ABNT NBR 15.575 e a ABNT NBR
10.152.
3.69. Jozemar afirma que a tratativa em questão é a saúde das pessoas e portanto o que importa é o
que afeta o bem estar. Questiona sobre a melhor forma de se ter uma norma que tenha uma
técnica de avaliação com foco nas pessoas. Cita o exemplo de uma indústria na qual o som vaze
pelo telhado, portanto nesse caso ao medir no muro, referente ao ambiente externo, a fonte
identificada será a do tráfego. No entanto caso haja um edifício, os andares mais altos irão sofrer
os impactos negativos. Ao retirar medições internas em sua opinião se está decepando a
capacidade do poder público de atender a comunidade e questiona quem estará sendo
beneficiado.
3.70. Krisdany esclarece que não tem como aplicar a NBR 10.152 para avaliações de impactos
ambientais, pois a Norma não se aplica para essas situações. Apresenta a importância da revisão
e retoma a discussão na tentativa da construção de um entendimento para evitar essa lacuna com
relação às medições internas em se tratando de fiscalização e atendimento a queixas e
reclamações.
3.71. Peter afirma que para ele está ocorrendo um problema de conceito, pois a norma de desempenho
não tem relação com incômodo, mas sim com a adequação construtiva. Ele entende o discurso de
Jozemar, mas defende que a 10.152 pode ser usada para o caso de incômodos. No entanto, na
busca de tentar obter uma conciliação, afirma que um caminho então seria a norma permitir
medições internas, desde que não haja alteração dos critérios, pois para efeito de fiscalização de
fontes externas as medições devem ser feitas externamente.
3.72. João Freitas registra que existe um preconceito com relação ao setor industrial, como se eles não
se importassem com a qualidade de vida das pessoas. Esse rótulo já não existe no cenário atual.
A indústria não se coloca mais nessa situação e afirma que esse setor se preocupa e investe
milhões em contenção sonora.
3.73. Zemar do Inmetro discorda de Peter, pois a norma ISO 1996 possibilita medir fora e dentro. Ele
defende que não se deve mexer no que está funcionando. Várias manifestações reagem no
sentido de afirmar de que a Norma atual não funciona bem.
3.74. Ricardo Vilella reforça mostrando que a norma europeia ISO 1996 - Parte 2 permite medições
internas. Afirma que é natural que os critérios dentro da residência sejam menores, como, por
exemplo, menos 10 dB. Zemar afirma preocupação com medições apenas a 2 m de distância e se
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preocupa por considerar inclusive um erro. Como o procedimento padrão é medir com a fonte e
sem a fonte, é possível identificar claramente se o que causa impacto é a indústria ou não.
3.75. Marcelo Fontana entende que estão sendo abordadas técnicas de medições e corrobora de que
não existe um argumento técnico que justifique a medição a 2 m da janela. Preocupa-se com a
vibração da haste e para ele a Norma atual que permite medições internas já funciona. Justifica
que a interferência da reverberação interna do ambiente será menor do que as interferências de
medições externas com haste.
3.76. Ricardo Villela exemplifica alguns casos específicos onde é inadequado medir externamente.
Como a situação de uma Boate localizada no mesmo corpo da edificação, onde o ruído é
transmitido internamente pela estrutura da edificação e não por meio aéreo.
3.77. Na sequência, Krisdany relembra os prós e contras apresentados e solicita a contribuição de todos
para fechar esse assunto. Solicitando uma reflexão e tentativa do entendimento das opiniões
apresentadas.
3.78. Na busca de um parâmetro e atendendo a uma demanda realizada pelo coordenador na reunião
passada, Marco Vecci apresenta diversos resultados onde o medidor acoplado ao microfone foi
locado a 2m da fachada e depois foram realizadas medições internas para avaliar o desempenho
em termos de isolamento acústico da fachada. Apresentou diversos e variados resultados com
janelas abertas e fechadas. Na situação janela aberta, a redução entre externo e interno variou
entre 8 dB e 14 dB (com correção do tempo de reverberação de cada ambiente interno).
3.79. Débora Barretto questiona com relação a proporção das esquadrias na fachada e afirma esse ser
um item extremamente relevante e que varia muito nas regiões do Brasil.
3.80. Marco Nabuco afirma se sentir inseguro com relação a realização de medições internas, pois os
resultados variam muito.
3.81. Às 17h30 foi encerrada a sessão do primeiro dia de reunião.
3.82. Às 9h30 do dia 05/08 (terça) foi iniciada a reunião apresentando uma revisão dos trabalhos do dia
anterior, visto que estão presentes novas pessoas.
3.83. Peter do IPT se pronunciou com relação a questão da condução dos trabalhos e expõe o exemplo
da ISO, onde existe um formulário para sugestões de alterações. Na opinião dele alterações estão
sendo realizadas sem justificativas técnicas. Registra que não é contra medições internas, no
entanto defende que as mesmas precisam ser feitas com critério técnico.
3.84. Krisdany ressalta a importância da participação de Peter e não acha que deve ser adotado o
modelo de reunião da ISO para o encaminhamento de proposições, pois prefere que a construção
do conhecimento seja realizada em consenso evitando-se votações. Entende a critica e ressalta
que essa comissão cresceu muito em número de participantes e por isso novas opiniões merecem
ser avaliadas antes da submissão do projeto à Consulta Nacional, além de acreditar que a
dinâmica atual deve ser mantida visto que o texto já está quase consolidado. Os presentes
concordam em manter o andamento dos trabalhos como está sendo dirigido pela coordenação.
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3.85. Ricardo Vilella se preocupa com o fato do Inmetro não poder participar de reuniões em SP e por
serem alterados temas debatidos e aprovados anteriormente e por conta disso o trabalho se
perder. Krisdany esclarece que houve uma manifestação do presidente da Pro-Acústica
solicitando a reunião em SP na sede administrativa do CB-02 antes da finalização do projeto
dessa Norma e sua submissão à Consulta Nacional.
3.86. Peter ressalta a importância de todos os participantes lerem a ATA antes da reunião e lembra de
que na ISO quem não ler a ATA não pode participar da reunião. É fundamental que os assuntos
estejam alinhados ainda que não possa comparecer a alguma reunião. A ATA é responsável por
manter o histórico.
3.87. Krisdany sugere que exista uma pro-atividade no sentido de buscar informações e não uma
postura passiva de se manifestar apenas nas reuniões. Na sequência é dado andamento aos
trabalhos com a leitura do item 7.5.2.
3.88. Krisdany relata sua conversa com Bento Coelho e apresenta a legislação de Portugal, onde a
identificação de ocorrência de sons impulsivos é feita pela subtração aritmética dos resultados
entre os dois descritores no instante da ocorrência do som impulsivo. Esse método consiste em
determinar a diferença entre o nível sonoro contínuo equivalente, LAeq, medido simultaneamente
com impulsivo (I) e Fast. Se esta diferença for superior a 6 dB(A), o ruído deve ser considerado
impulsivo.
3.89. Gustavo Melo se pronuncia com contribuições referentes em relação ao “Fast” e ao “Impulsive”.
Após diversas sugestões sobre a clareza do texto, o mesmo ficou consolidado da seguinte forma:
“Nível de pressão sonora com ponderação em frequência C e temporal F (LCF)
Nível de pressão sonora global com ponderação em frequência C e temporal F expresso através do descritor
LCF em dB.
“Nível de pressão sonora com ponderação em frequência C e temporal I (LCI)”
Nível de pressão sonora global com ponderação em frequência C e temporal I expresso através do descritor
LCI em dB.”
3.90. Foi dada sequência a leitura com foco nos itens a definir destacados no texto. Paulo Massarani se
pronuncia com relação a questão do som impulsivo, pois no seu entendimento passa a ser
obrigatório que o medidor possa sempre medir essa característica sonora. Krisdany esclarece que
existem os 2 métodos e que no método simplificado será medido apenas o som contínuo. Vecci
propõe que esse tema do som impulsivo deve ser tratado em norma específica. Diversas
manifestações contributivas foram feitas sobre esse tema de “I” e “F”.
3.91. Juan Frias da ProAcústica explica que na Espanha a norma recomenda apenas que seja medido
sempre ponderado em “A”. Ricardo Vilella apresenta as penalidades para sons tonais e impulsivos
de diversos países para auxiliar na recomendação a ser adotada na Norma Brasileira. Foi
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identificado o modelo francês, que apresenta uma forma mais factível de se tratar, no entanto
estão pendentes alguns valores para melhor entender e serão pesquisados e melhor estudados
por ele. Esse modelo apresenta a relação: LAFmax - LAeq. Krisdany se propôs com Vilella a
pesquisar durante o intervalo do almoço para dar sequência a esse assunto. Gilberto Fuchs
registra que o modelo alemão não deve ser descartado, por ser uma ótima referência.
3.92. Foi dada sequência com a leitura e apresentada a tabela. Ricardo Vilella defende que o critério da
tabela deve ser para som total e não específico, pois se preocupa com situações onde existam
diversas fontes sonoras, pois se cada uma como fonte específica atender ao critério da tabela o
total que alcançará o receptor será maior. Jozemar defende que o tabela de critério é para som
total excluído os sons intrusivos.
3.93. Fabiana Coelho lembra que na norma atualmente em vigor existe o "ruído ambiental" que passa a
ser critério e isso induz a ruídos cada vez maiores no ambiente urbano.
3.94. Para Krisdany, Débora, Vecci e Daniel essa tabela representa o parâmetro para som específico.
Segundo Daniel é papel do município legislar e não da Norma. Ficou consolidado então de que os
valores da tabela referem-se a som específico.
3.95. Foram feitas pequenas alterações no escopo e o item 10 foi destacado por se tratar de um
assunto que será debatido posteriormente, pois merece um maior amadurecimento das opiniões.
As revisões no escopo da Norma se consolidaram nos seguintes textos:
“procedimento para execução de medições de níveis de pressão sonora em ambientes internos à
edificações decorrentes de reclamações de fontes sonoras, independentemente da localização da
fonte.
procedimento para avaliação de ambientes internos a edificações, decorrente de reclamações de
fontes sonoras.
procedimento para avaliação de som tonal, impulsivo, intermitente e contínuo.
Esta Norma não se aplica a:
avaliação do nível de exposição ocupacional.
equipamentos prediais e hidrossanitários de uma edificação. Nestes casos devem ser aplicadas
normas técnicas brasileiras específicas.
medição e avaliação de impacto ambiental decorrente do uso de explosivos nas minerações em
áreas urbanas, a qual devem ser executadas conforme a Norma ABNT NBR 9653.”
medição e avaliação de impacto ambiental decorrente se sistemas de transporte (aquaviário,
aeroviário, ferroviário, metroviário e rodoviário), a qual devem ser executadas conforme a Norma
Brasileira específica”
3.96. Krisdany destaca que o método para caracterização de som tonal foi amplamente discutido,
resgatando as opiniões da reunião anterior. Porém opina que vê fragilidades ao se aplicar
penalidades sobre o LAeq uma vez que a ocorrência de som tonal por si só é provocadora de
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grande incômodo. Assim, simplesmente penalizar “x dB” sobre o resultado do LAeq pode não ser o
melhor caminho para resolver o problema da percepção e incômodo de sons tonais.
3.97. Marco Nabuco relembra de que a ISO aplica a penalidade e defende que deve ser um texto de
referência.
3.98. Krisdany também pondera que o método simplificado é limitado aos sons contínuos e intermitentes
e não avalia som tonal nem impulsivo. A tabela que caracteriza a ocorrência de som tonal foi
apresentada e uma ampla e produtiva discussão foi feita com relação a esse assunto. Krisdany
destaca que essa tabela foi extraída da ISO 1996-2:2007 e é diferente da legislação de Portugal
apenas quanto ao valor para médias e baixas frequências. Enquanto a ISO adota a diferença de
15 dB para baixas, 8 dB para médias e 5 dB para altas frequências, a Legislação de Portugal
adota 5 dB independentemente das bandas de 1/3 de oitavas.
3.99. Marco Nabuco explicita que quem penaliza é o estado e não a norma.
3.100. Ricardo Vilella se preocupa em não poder então ter nenhum tonal, ainda que muito baixo. Jozemar
se preocupa com grandes alterações na norma e defende que com relação a esse item deve
manter como está atualmente na Norma Vigente, somando 5 dB ao resultado do LAeq, visto que já
estamos realizando um grande avanço por ter uma tabela de identificação do tonal. Foi um
consenso portanto caracterizar a ocorrência de som tonal conforme traduzido da ISO 1996-2:2007
e em havendo a caracterização de tonal aplicar a correção de +5 dB ao resultado do LAeq medido
dos sons contínuos e intermitentes.
3.101. Às 12h30 foi encerrada a sessão com o informe de que a Assembléia da Sobrac será realizada
durante o intervalo do almoço e que os associados da SOBRAC deveriam participar. Krisdany
informou que os trabalhos serão retomados às 14h.
3.102. Às 14h15 foi iniciado o último turno dos trabalhos com uma proposta para o capitulo 10 elaborada
por Krisdany e Ricardo Vilella, com a leitura de um texto e apresentação da equação de som
específico.
3.103. Jozemar se pronuncia afirmando que para ele os valores da tabela referem-se ao som total e que
sempre foi aplicado dessa forma pela fiscalização. Para ele se a norma não puder medir
internamente ela não terá aplicabilidade para impacto ambiental e reafirma que dessa forma a
Norma estará fazendo mudanças drásticas para algo com a qual a população já está acostumada.
Ricardo Villela concorda que os parâmetros da tabela referem-se ao som total. Retomando um
assunto previamente encerrado.
3.104. Marco Vecci e Krisdany explicitam não concordar com esse posicionamento e fazem
esclarecimentos sobre a identificação da fonte sonora e da importância de se avaliar o som
específico. Para eles não faz sentido medir som total no entorno de nenhum empreendimento e
que, seja na fiscalização de poluição sonora ou na avaliação sonora de impacto ambiental para o
licenciamento ou condicionante ambiental de uma empresa, o objeto de medição e avaliação deve
ser o som específico associado às atividades da empresa alvo da fiscalização ou do estudo de
impacto ambiental.
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3.105. Foram diversos posicionamentos com relação a esse tema e sobre a falta de entendimento do
escopo da norma atual. Para Jozemar e Vilella o parâmetro limite é para som total e para a
maioria dos presentes a tabela sempre se referiu ao som específico da fonte sonora avaliada.
3.106. Villela e Jozemar não aceitam, por acharem que dessa forma o ambiente sonoro está se
degradando. No entanto, Krisdany apresentou por meio de cálculos em planilha de Excel que
ocorre exatamente o contrário, pois a norma atual que tem o NCA é que degrada o ambiente
urbano a medida que aceita corrigir os valores de NCA da Tabela a medida que o som residual
(nível de ruído ambiente) se eleva. Krisdany destacou ainda que se a tabela for considerada como
critério para som total, um empreendimento que se deparar com o som residual próximo ao limite
da tabela deverá se adequar para atender a -10 dB do valor da tabela. Que se assim for o setor
produtivo será extremamente prejudicado pelo ruído urbano de uma cidade cuja contribuição
normalmente é predominantemente influenciada pelo tráfego urbano.
3.107. Fabiana defende que os técnicos possuem seu papel de apresentar os dados e cabe ao jurídico
definir como será a punição. Daniel concorda e se pronuncia com relação ao papel do município
3.108. Marco Nabuco se pronuncia dizendo que representa uma fórmula trivial e que não tem porque
perder tanto tempo com esse tema, visto que a gestão municipal deve exercer seu papel.
3.109. Ricardo Musafir se pronuncia apoiando a proposta de se identificar o som específico por
considerar mais consistente. Diversos exemplos de cálculo foram apresentados para encontrar um
ponto de equilíbrio. No entanto, foi mais prudente deixar essa decisão para a próxima reunião na
busca de um consenso.
3.110. Foi dado encaminhamento a redação do texto com boas contribuições referente ao "nivel de
pressão sonora específico não determinável". O texto consolidado ficou da seguinte forma:
“Se a diferença entre o nível de pressão sonora do som total e o nível de pressão sonora do som
residual for inferior a 3 dB, não é possível determinar com exatidão o nível de pressão sonora do
som específico proveniente da fonte objeto de avaliação.
Neste caso, deve ser informado no relatório a faixa de valores do nível de pressão sonora do som
específico no qual se presume que esteja contido. O limite superior e inferior da faixa deve ser
tomado respectivamente pela diferença aritmética de 3 dB e de 1 dB entre o nível total e o nível
residual.”
3.111. Ricardo Vilella retoma o tema e apresenta alguns exemplos de cálculos para defender sua ideia de
que os valores da tabela devem se referir sempre a som total.
3.112. Juan Frias fala de como esse valor da tabela é também parâmetro para licenciamento ambiental e
Débora reforça afirmando de que além dessa importante aplicação, a Norma também serve de
base para projetos acústicos. Portanto não deve ser vista apenas pelo viés da fiscalização.
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3.113. Marco Nabuco esclarece que o Inmetro trabalha cientificamente e Newton Soeiro se pronuncia
com relação a diferença entre Normas que devem ter procedimentos e legislações que possuem o
papel de punir. Daniel complementando exemplifica com algumas Leis que tratam da poluição
sonora em municípios.
3.114. Krisdany faz algumas propostas para tentar encontrar um ponto de convergência e concluir esse
projeto, pois enquanto isso a norma atual continua vigente e relembra de não está boa para
nenhum setor. Os grandes impasses são: medição interna e a questão do som total e específico
com relação aos critérios da tabela.
3.115. O coordenador solicita que os presentes apresentem propostas, como pediu Peter, e não apenas
exponham suas opiniões para que possamos ter um encaminhamento, pois ele está preocupado
com o prazo de revisão dessa norma, que já se estendeu além do planejado, correndo risco de
não ser finalizada ainda em 2014.
3.116. Peter apesar de não estar de acordo inicialmente em medir internamente, entendeu os pontos de
vista e apresenta uma interessante proposta de fórmula para permitir medições internas e se
propõe a estudar melhor esse tema e solicita que todos possam pensar a respeito.
3.117. Débora se pronuncia no sentido de solicitar que todos reflitam de que a norma não deve atender
aos anseios particulares e que ceder faz parte do processo de construção de consenso dessa
revisão, pois a melhora trará benefícios gerais. Apresenta o exemplo de Peter que respeita as
opiniões e busca repensar suas opiniões. Todos devem fazer dessa forma e não ter rigidez de
decisões nem medo de mudanças.
3.118. Krisdany agradece e solicita que sejam apresentadas propostas e registra a dificuldade de se
tratar com a norma que está hoje vigente.
3.119. Foram definidos prazos para os trabalhos e Peter se comprometeu a enviar antes da reunião uma
apresentação sobre o tema de medições internas.
3.120. Com relação a próxima reunião devido a relevância do assunto e para agilizar a conclusão da
revisão da norma, foram propostas as datas das duas próximas reuniões, sendo aprovadas: dias
25 e 26 de setembro em São Paulo-SP e dia 24 de outubro em Campinas-SP, de 9h às 17h30.
3.121. Krisdany pede que todos reflitam, preparem e tragam para a próxima reunião apresentações como
fizeram Peter e Vecci, de modo que seja possível enviar para consulta nacional esse projeto até o
final de 2014.
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4. OUTROS ASSUNTOS
Nada a registrar.
5. PRÓXIMA REUNIÃO
Dia: 25 e 26 de setembro de 2014.
Hora: 9h00 as 17h00
Local: Sede do Sinduscon-SP – São Paulo/SP – Rua Dona Veridiana, 55 – 1º andar
Ordem do Dia: Projeto de revisão da ABNT NBR 10151-1, apresentação, análise e deliberações para
Consulta Nacional.
DÉBORA MIRANDA BARRETTO Secretária da CE-02:135.01