resumos história a - 1º

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  • 7/28/2019 Resumos Histria A - 1

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    Histria A 12Ano

    AS TRANSFORMAES DAS PRIMEIRAS DCADAS DOSCULO XX

    A GEOGRAFIA POLTICA APS A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

    A conferncia de paz (Paris, 1919)

    Quatro anos de destruio e morte, tantos quanto

    durou a 1Guerra Mundial, terminaram a 11 de

    Novembro de 1918. Em Rethondes, na Frana, a

    Alemanha acabava de assinar o armistcio perante os

    Aliados. A conferncia de paz teve incio em janeiro

    de 1919, contando apena com a presena das

    potncias vencedoras, lideradas pela Frana (com

    Clemenceu), Gr-Bretanha (com Lloyd George) e pelos

    E.U.A (com Wilson). A mensagem dos 14 pontos,

    documento que o presidente Wilson lera perante um

    congresso americano serviu de base s negociaes,

    defendia uma unio das naes para garantir a

    independncia e a integridade de todas elas. Os

    acordos de paz traduziram-se em vrios tratados:

    Tratado de Versalhes (1919)

    Alemanha:

    Reduo do exrcito a 100 000 homens e limitaes de armazenamento;

    Pesadas indeminizaes por danos causados aos vencedores;

    Perda de todas as colonias e restituio da Alscia-Lorena Frana;

    Reconhecimento da independncia da ustria e Checoslovquia;

    Tratado de Sain-Germain-en-Lay (1919)

    Austria:Perda de territrios para a Itlia, Checoslovquia, Romnia e Jugoslvia;

    Tratado de Neilly (1919)

    Hungria:

    Perdeu grande parte do territrio para a Checoslovquia, Jugoslvia e Romnia;

    Tratado de Svres (1920)Turquia:

    Territrios no Egipto, Arbia e Mdio Oriente passaram para administrao da sociedade das

    naes sob tutela inglesa.

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    Os tratados conduziram a uma profunda transformao do mapa da Europa e do Mdio

    Oriente. Depois da queda do Imprio Russo, na sequncia da revoluo bolchevista de

    outubro de 1917, so, agora, os imprios alemo, austro-hngaro e otomano que se

    desmoronaram. Povos que viviam oprimidos no territrio dos imprios alcanam a

    independncia poltica, proliferando os estados-nao. Na Europa, Finlndia, Estnia, Letnia e Litunia, libertas do poder russo, juntam-se a Polnia, a Checoslovquia, a

    Jugoslvia e a Hungria, que se separa da ustria. Outros imprios ampliam as suas

    fronteiras. A Frana recupera a Alscia-Lorena.

    Para os vencidos, as perdas afiguram-se deveras pesadas e violentas, mas a grande

    perdedora foi a Alemanha, considerada pelas clusulas do Tratado de Versalhes, como

    responsvel pela guerra. Esta viu-se amputada em 1/7 do seu solo, de 1/10 da sua

    populao e cortada em duas, j que o corredor de Dantzing separou a Prssia Oriental

    do restante territrio alemo. A Alemanha perdeu ainda todas as suas colonias, a frota de

    guerra, parte da frota mercante, as minas de carvo do Sarre (p/ a Frana durante 15anos)

    e foi obrigada a reparar financeiramente prejuzos causados pela guerra.

    Como se no bastassem as perdas geogrficas e econmicas, os aliados entenderam ferir

    o forte orgulho alemo, aniquilando a sua capacidade militar. O exrcito alemo,

    desprovido de artilharia pesada e de carros de assalto, ficou reduzido a 100 000 homens;

    o servio militar passou a ser facultativo; o estado-maior alemo foi extinto; a margem

    esquerda do reno sofreu a ocupao aliada e a desmilitarizao;

    Com os imprios autocrticos abatidos e a emancipao de muitas naes por eles

    subjugados, acreditou-se no triunfo da justia e da equidade e num futuro risonho para a

    Humanidade. Provam-no a extenso dos regimes republicanos e das democracias

    parlamentares a muitos dos novos pases. Provam-no, igualmente, os esforos

    diplomticos que convergiram na criao de um organismo destinado a salvaguardar a paz

    e segurana internacionais a Sociedad e nas Naes .

    A SOCIEDADE DAS NAESO projeto de uma liga das naes, proposto pelo presidente Wilson, concretizou-se em

    1919. A SDN, empenhou-se na cooperao entre os povos, na promoo do

    desarmamento e na soluo dos litgios pela via da arbitragem pacfica. Os principais

    objetivos da SDN, eram:

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    Salvaguardar a paz;

    Garantir a independncia e a integridade territorial;

    Desenvolver a cooperao econmica, social e cultural entre as naes;

    Proteger as minorias nacionais

    Esta foi fundada por 32 pases vencedores da Guerra e por 13 estados neutrais. A

    Sociedade das Naes fixou a sua sede em Genebra, local onde se reuniam regularmente

    os estados membros em Assembleia Geral. Destes apenas nove formavam o Conselho,

    encarregados de gerir os conflitos que ameaassem a paz. Ao secretariado competia a

    preparao dos trabalhos. Outros organismos como o Tribunal Internacional de Justia, o

    Banco Internacional, a Organizao Internacional do Trabalho, a Comisso Permanente

    dos Mandatos, davam cumprimento ao audacioso programa da SDN.

    No entanto, a SDN, apresentava diversos problemas de estrutura e funcionamento,sobretudo a falta de especializao das competncias dos seus dois rgos mais

    importantes (o conselho e a assembleia geral) e a exigncia de unanimidade como

    regra nas deliberaes. Acresce que nem a arbitragem, nem as decises do

    tribunal permanente de Justia internacional eram obrigatrias

    Vai-se verificar um desmembramento dos imprios europeus, uma formao de

    novos estados e uma paz precria:

    o Os EUA no aderiram a SDN (por deciso do congresso americano);

    o A Alemanha encarou o Tratado de Versalhes como uma humilhao;o Disputa de hegemonia entre Inglaterra e Frana.

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    Declnio da Europa

    Prejuzos da I GuerraMundial

    Grande inflao (procura muitoi superior ofertasobretudo na Alemnaha e na ustria.

    Importaes dos EUA (pagamentoem outro e endividamento)

    Recuperao econmica em1924 (recurso a capitais

    americanos)

    Desenvolvimento dos Estados Unidos

    Inovaes tcnicas/Investimentos na agricultura eindstria/Novas industria (automveis, aeronutica...)

    Novas formas de organizao do trabalho. Trabalho emcadeia/Estandarizao

    Aumento da procura. Crescimento demogrfico/Aumento dossalrios/Vende a crdito/ Publicidade

    Loucos anos 20.

    Sociedade de consumo (Radio, telefone...) e intensa vida noctura

    Perda de mercados internacionaisa favor dos EUA e Japo

    A DEPENDNCIA DA EUROPA EM RELAO AOS ESTADOS UNIDOS

    O DECLINO DA EUROPAA ASCENSO DOS ESTADOS UNIDOS E RECUPERAO EUROPEIA

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    A Primeira Guerra Mundial afetou desequilibradamente as economias nacionais e astrocas internacionais. Se provocou o declnio da Europa, beneficiou, contrariamente pasesextraeuropeus. Entre eles destacaram-se os Estados Unidos, que se elevaram categoriade potncia mundial.

    A Primeira Guerra deixou uma Europa arruinada, no plano humano e material. A Europa,durante a guerra, tornou-se extremamente dependente dos Estados Unidos; Acumuloudvidas. Finalizado o conflito, as economias europeias registaram grande e naturaisdificuldades de reconverso. No entanto a Europa, continuou compradora de bens eservios americanos e viu o endividamento agravar-se. O recurso emisso massiva denotas afigurou-se, aos dirigentes europeus, a melhor soluo para multiplicar os meios depagamento e fazer face s dvidas. Contudo a circulao de uma maior quantidade demoeda fiduciria, sem um incremento correspondente na produo, provocou umadesvalorizao monetria que se traduziu numa alta de preos interna, que fez com que aEuropa se visse a braos com uma inflao galopante.

    Os estados unidos apresentavam, em 1919, uma imagem de sucesso, patente numaprodigiosa capacidade de produo e na prosperidade da sua balana de pagamentos.Contudo a economia americana no ficou imune s dificuldades da Europa e em 1920-1921, registou mesmo uma crise breve, mas violenta, relacionada com diminuio daprocura externa. A produo industrial sofreu um decrscimo, o ndice de preos caiu e odesemprego cresceu. Foi necessrio uma aplicao dos mtodos de racionalizao dotrabalho, a fim de diminuir os custos de produo, permitiu que muitas empresas, emboracom baixo de lucros, continuassem viveis. O Taylorismo conheceu um perodo de ourotanto nos EU como na Europa a concentrao capitalista das empresas tornou-se,igualmente, uma medida necessria para rentabilizar esforos e relanar a economia nos

    pases industrializados.

    A Europa procurava a estabilidade monetria. Em Abri-Maio de 1922 reuniu-se, para oefeito, a Conferncia de Gnova, onde se estabeleceu que as moedas europeias deveriamvoltar convertibilidade por intermdio do Gold Exchange Standard, que substitua o GoldStandard anterior Guerra na ausncia de reservas, uma moeda passaria a serconvertida numa outra moeda considerada forte porque convertvel em ouro. Foi porm,nos crditos americanos que repousou a recuperao econmica europeia.

    Sabendo como a economia capitalista se enreda numa teia de ligaes e independnciasfinanceiras, comerciais e industriais a nvel mundial, os Estados Unidos prestaram uma

    especial ateno s finanas europeias. Emprstimos avultados seguiram, desde 1924,para a Europa, nomeadamente para a Alemanha, permitindo-lhe pagar as reparaesdevidas Frana e Inglaterra. Ficaram estes pases, em consequncia, em condies dereembolsar os Estados Unidos das dvidas de guerra e dos emprstimos entretantoefetuados A dependncia da Europa em relao aos Estados Unidos estava consagrada.Entre 1925-29, finalmente, o mundo capitalista respirou fundo. Sob um lema de umaproduo de massa para um consumo de massa, viveram-se anos da prosperidadeamericana e os felizes anos 20 na Europa, caraterizados por um clima de otimismo e de

    confiana no capitalismo liberal. A produo de petrleo e de eletricidade conheceu vriosprogressos, tal como a siderurgia e a qumica. Eletrodomsticos e automveis satisfaziam

    a febre consumista de americanos e europeus.

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    A IMPLATAO DO MARXISMO-LENINISMO NA RSSIA:

    A CONSTRUO DO MODELO SOVITIVOSEm outubro de 1917, a Rssia viveu uma revoluo que fez do pas o primeiro Estado

    socialista do mundo. Em Marx buscaram os revolucionrios a inspirao. Em Lenine

    encontraram o lder incontestado e o grande responsvel pela implementao dosprincpios marxistasMarxismo-leninismo.

    1917: O ANO DAS REVOLUES

    Quando o ano de 1917 se iniciou, o imenso Imprio Russo, governado autocraticamente

    pelo czar Nicolau II, estava beira do abismo. As tenses sociais e polticas eram

    inmeras: Os camponeses, que constituam 85% da populao, apelavam por terras,

    concentradas nas mos dos grandes senhores e latifundirios; O operrio, escasso mas

    fortemente reivindicativo, exigia maiores salrios e melhores condies de vida e de

    trabalho; Quanto burguesia e nobreza liberal, desejavam a abertura poltica e a

    modernizao do pas.

    REVOLUO DE FEVEREIRO

    Num ambiente de generalizado descontentamento e oposio ao czarismo

    sucederam-se na capital do imprio, entre 22 e 28 de fevereiro grandiosas

    manifestaes de mulheres, acompanhadas de greves dos operrios da cidade.

    Reunidos, os operrios incitavam ao derrube do czar. A adeso dos soldados ao

    Soviete resultou no assalto do Palcio de inverno. Uma vez sem apoios, Nicolau II

    abdicou a 2 de maro, chegando assim o czarismo na Rssia ao fim, tornando-seesta numa repblica. O governo provisrio, em cujas mos ficaram os destinos da

    Rssia, enfrentou momentos bem atribulados. Entretanto, toda a Rssia cobria-se

    de sovietes que contavam nas suas fileiras com operrios, camponeses, soldados

    e marinheiros. Controlados pelos bolcheviques, sobretudo aps o regresso de

    Lenine Rssia, os sovietes apelavam retirada imediata da guerra, ao derrube

    do Governo Provisrio que apelidavam de burgus, entrega do poder aos

    sovietes, confiscao da grande propriedade.

    REVOLUO DE OUTUBRO

    A Rssia viva uma autntica dualidade de poderes! Em 24 e 25 de outubro,

    Petrogrado assistiu a uma nova revoluo. Milcias bolcheviques, conhecidas por

    Guardas Vermelhos, controlaram pontos estratgicos da cidade, assaltaram o

    Palcio de Inverno e derrubaram o Governo Provisrio nele sediado. O II

    congresso dos Sovietes entregou de imediato, o poder ao Conselho dos

    Comissrios do Povo, composto exclusivamente por bolcheviques. Lenine ocupou

    a presidncia, Trotsky a pasta da Guerra e Estaline a das Nacionalidades. Pela

    primeira vez na Histria, os representantes do proletariado conquistavam o poder

    poltico recorrendo luta de classes e revoluo.

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    DA DEMOCRACIA DOS SOVIETES AO CENTRALISMO DEMOCRTICO

    A DEMOCRACIA DOS SOVIETES; DIFICULDADES E GUERRA CIVIL (1918-1920)

    O novo Governo iniciou funes com a publicao dos decretos revolucionrios queprocuraram responder s aspiraes das massas populares. O decreto sobre a pazconvidava os povos beligerantes negociao; o decreto sobre a terra aboliu a grandepropriedade, entregando-a a sovietes camponeses; o decreto sobre o controlo operrioatribua aos operrios das empresas a superintendncia e a gesto da respetiva produo;o decreto sobre as nacionalidades por sua vez, conferia a todos os povos do antigoImprio Russo o estatuto igualdade e o direito autodeterminao. Os primeiros temposda Revoluo de Outubro viveram-se sobre o signo da democracia dos Sovietes.

    Circunstncias vrias, dificultaram a ao do Governo revolucionrio. Depois dearrastadas as negociaes em Brest-Litovsk, sob a direo de Trotsky, a Rssia assinouem 3 de maro de 1918 uma paz separada com a Alemanha. Entretanto, proprietrios eempresrios criavam os maiores obstculos aplicao dos decretos relativos terra e aocontrolo operrio.

    A resistncia ao bolchevismo resultou num dos mais dramticos episdios da revoluorussa, a terrvel guerra civil iniciada em maro de 1918 e que se prolongou at 1920 custou a vida a 10 milhes de seres humanos, tendo a grande parte perecido de fome, frioe epidemias. Os brancos (opositores ao bolchevismo) contaram com o apoio de corposexpedicionrios de Inglaterra, Frana, Estados Unidos e Japo. Os desentendimentosgerados nas hostes brancas e o receio das populaes do regresso dos antigosprivilegiados contriburam para o desfecho da guerra: a vitria dos vermelhos (osbolcheviques), que se dispuseram de um coeso e disciplinado Exercito Vermelho,organizado por Trotsky desde janeiro de 1918.

    COMUNISMO DE GUERRAA ditadura do proletariado conceito-chave na teoria marxista, assume-se como uma etapatransitria, no processo de construo da sociedade capitalista. Servindo-se dasupremacia poltica, o proletariado retiraria todo o capital burguesia e centraliza todos

    os instrumentos de produo nas mos do estado, entendido como representanteexclusivo e legtimo do proletariado. Deste modo chegaria a um estdio, o comunismo as

    diferenas sociais suprimem-se e o estado, enquanto instrumento de domnio de umaclasse sobre a outra deixaria de fazer sentido e se extinguiria tambm. Lenine jamaisescondeu os seus propsitos de implementao imediata da ditadura do proletariado. NaRssia bolchevista, ela revestiu-se, porm, de aspetos bem especficos, nomeadamentecom a resistncia aos decretos revolucionrios e o clima de guerra civil vivido. Longe deceder, porque entendia a construo do socialismo como uma inevitabilidade, Leninetomou medidas Ficaram conhecidas pelo nome de comunismo de guerra e conferiram ditadura do proletariado um carcter violento e implacvel. A democracia dos sovieteschegou ao fim com o abandono dos decretos revolucionrios que concediam terra aoscamponeses e controlo das fbricas aos operrios.

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    Toda a economia foi nacionalizada. Obrigaram-se os camponeses entrega de colheiras.Os bancos, o comrcio interno e externo, a frota mercante e as empresas, com mais decinco operrios e um motor, foram nacionalizados. Ao Estado competia a distribuio debens de acordo com os novos critrios de justia social. Para o Exrcito Vermelho,guardio da revoluo proletria, cabia o essencial; o restante para operrios e

    camponeses e, no fim, os burgueses. O governo bolchevique instaurou o trabalhoobrigatrio dos 16 aos 50 anos; prolongou o tempo de trabalho; reprimiu a indisciplina;atribuiu o salrio de acordo com o rendimento.

    A ditadura do proletariado foi, porm, antes de mais, a ditadura do Partido Comunista. OTerror institucionalizou-se! A tcheca, polcia poltica criada em dezembro de 1917, foiinvestida de elevados poderes, na ausncia de uma justia organizada. Prendia ossuspeitos e julgava-os rapidamente. Os campos de concentrao proliferavam, tal como asexecues sumrias.

    CENTRALISMO DEMOCRTICODesde 1922, a Rssia converteu-se na Unio das Repblicas Socialistas Soviticas(URSS). Para Lenine, impunha-se que o Estado sovitico fosse forte, disciplinado edemocrtico, de modo a garantir a vitria do socialismo. A conciliao da disciplina e dademocracia conseguiu-se com a frmula do centralismo democrtico.

    Para todo o poder emanava da base, isto , dos sovietes, escolhidos por sufrgiouniversal. Tinham mbito local e regional, cabendo-lhes representar o conjunto dasrepblicas federadas e as nacionalidades no congresso dos Sovietes. A este competia, porsua vez, designar o Comit Executivo Central, dotado de duas cmaras:

    O Conselho de Unio; Conselho das Nacionalidades;

    Eram eles que, em conjunto, escolhia os rgos de poder executivo:

    O Presidium, espcie de chefe de Estado colegial; E o Conselho dos Comissrios do povo, espcie de Conselho de Ministros, a quem

    pertencia o poder real.

    A esta estrutura democrtica, baseada no sufrgio universal, e exercida de baixo paracima, impunha-se, porm, o controlo de duas foras. Uma exercia-se de cima para baixo,

    por parte dos rgos do topo do Estado, cujas diretrizes eram rigorosamente obedecidaspelas respetivas bases. A outra fazia-se sentir por parte do Partido Comunista.

    A NOVA POLITICA CONOMICAEm incios de 1921, a economia do pas estava na runa. Obrigados requisio de

    gneros, os camponeses no produziam, escondiam ou destruam as suas colheitas. Nas

    cidades e nas fbricas, a situao no se mostrava mais favorvel. A produo industrial

    diminura relativamente 1913. Em fevereiro de 1921, o congresso dos sovietes

    autorizou Lenine a inverter a marcha da revoluo. O comunismo de guerra cedeu lugar

    Nova Politica Econmica, um recuo estratgico que recorreu ao capitalismo. As primeirasmedidas da NEP visaram a recuperao agrcola. As requisies foram substitudas por

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    um imposto em gneros e a coletivizao agrria foi interrompida. Estimulados pela

    possibilidade de venda no mercado interno, os camponeses aumentaram as produes; a

    percentagem de terras incultas desceu e a produo de trigo mais que duplicou. Em julho

    a indstria foi alvo de medidas. Desnacionalizaram-se as empresas com menos de 20

    operrios. Fomentou-se o investimento estrangeiro. Tambm do estrangeiro vieram

    tcnicos, mquinas e matrias-primas; suprimiu-se o trabalho obrigatrio e atriburam-se

    prmios. A Rssia modernizou-se: construram-se as primeiras centrais hidreltricas; as

    produes de hulha, petrleo e ao registaram significativos aumentos. Embora o regresso

    ao capitalismo tivesse sido parcial.

    AconstruodaURSS

    COMUNISMO DE GUERRA A NOVA POLTICA ECONMICA

    Paz com a Alemanha (tratado de Brest-

    Litovsk); As terras, as fabricas, a banca, os transportes

    e o comrcio foram nacionalizados;

    Requisio das colheitas agrcolas para

    abastecimento do exrcito e das cidades;

    Instaurao do partido nico e da censura;

    Criao do Exrcito vermelho e da poltcia

    poltica;

    Promulgao da I Constituio da Revoluo.

    Motivaes:

    Quebra da produo agrcola e industriale fome;

    Medidas tomadas:

    Explorao privada da terra;

    Supresso da requisio de produtos

    agrcolas;

    Liberdade de comrcio interno e de

    produo industrial;

    Resultados:

    Recuperao econmica;

    Riscos para o socialismo: enriquecimento

    da burguesia rural, homens de negcios e

    indstrias.

    Estaline ps fim NEP.

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    A REGRESSO AO DEMOLIBERALISMO

    O IMPACTO DO SOCIALISMOOs anos que se seguiram ao ps-guerra foram atravessados por profundas dificuldadeseconmicas. O calvrio da Europa parecia no ter fim. Neste contexto de difcil

    recuperao, grandiosas greves e movimentos revolucionrios sacudiram a Europa.Seduzido pela experiencia bolchevista, o proletariado irrompeu numa agitao semprecedentes. Via no marxismo-leninismo a redeno e na Rssia Sovitica o farol darevoluo.

    O KOMINTERNO estmulo fornecido pela Rssia sovitica causa do socialismo revolucionrio sentiu-semais fortemente aps a fundao em Moscovo, em maro de 1919. O Kominternpropunha-se a coordenar a luta dos partidos operrios a nvel mundial, para que omarxismo-leninismo triunfasse. Reativava-se, pois, a mxima marxista dointernacionalismo proletrio. O Komintern apresentava-se como uma condio de

    sobrevivncia da sua revoluo. Se outros pases aplicassem a ditadura do proletariado,cessariam os respetivos boicotes e oposies Rssia sovitica. Lenine e Trotsky, osgrandes mentores do Komintern, impuseram condies rigorosas para que a revoluosocialista se concretizasse na Europa. Deveria ser conduzida por partidos comunistasdecalcados no modelo russo fiis ao marxismo-leninismo. No 2 congresso do Kominternos partidos socialistas e sociais-democratas foram mesmo obrigados a libertarem-se dastendncias reformistas-revisionistas, anarquistas e pequeno-burguesas, bem como adefenderem a Rssia bolchevista e o centralismo democrtico!

    RADICALIZAO SOCIAL E POLITICAFruto do caos econmico do ps-guerra, do socialismo revolucionrio implementado na

    Rssia e das atividades do Komintern, a Europa assistiu, entre fins de 1918 e 1923, radicalizao social e poltica. Na Alemanha, os tumultos remontam a novembro de 1918quando o pas capitulava perante os Aliados. Constituram-se concelhos de operrios, desoldados e de marinheiros inspirados no modelo russo dos sovietes.

    Os revolucionrios auto-apelidavam-se de espartaquistas e proclamaram em Berlim umarepublica socialista. Os espartaquistas acabaram dominados, em janeiro de 1919, no fim

    de sangrentos combates com as foras leais ao Governo. A execuo dos seus chefes,cobriu de martrio o movimento comunista voltaria a manifestar-se nos meses seguintes.