resumos 09 a 11 de julho de 2012 passo fundo - rs · dificilmente são afetados por fungicidas ou...

49
RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS

Upload: others

Post on 26-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

RESUMOS

09 a 11 de Julho de 2012Passo Fundo - RS

Page 2: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Historia do Plantio Direto no Paraguai

Rolf Derpsch(1), Ken Moriya(2) e Luis E. Cubilla(3)

(1) Dr. Patricio Maciel 322, Dep. 1-B, Edificio Villa Los Patricios, Asunción, Paraguay (+595-21- 609717)

E-mail: [email protected] (2) Av. Eusebio Ayala Km 11, Programa Nacional de Manejo, Conservación y Recuperación de Suelos. Dirección

de Extensión Agraria (DEAG), San Lorenzo, Paraguay (+595-21-582451) E-mail: [email protected] (3) Av. Brasilia 840, CAPECO, Asunción, Paraguay, (+595-21- 208855) E-mail: [email protected]

RESUMO

Prévio a ter sido realizada pesquisa em Plantio Direto, agricultores da Cooperativa Colonias Unidas, no Departamento de Itapua, fizeram as primeiras experiências com o sistema no começo da década de 1980. Devido à falta de conhecimentos de como executar o Plantio Direto na prática e terem importado máquinas de baixa qualidade, como também devido à falta de herbicidas adequados no mercado, às primeiras experiências falharam e muitos agricultores voltaram para as práticas convencionais de preparo do solo. Mais tarde, agricultores japoneses da Colonia Yguazú, no centro este do Paraguai, com apoio do Centro Tecnológico Agropecuario en Paraguay (JICA-CETAPAR), fizeram uma nova tentativa com o sistema e tiveram sucesso em fazer funcionar a tecnologia. Assim, o imigrante Akinobu Fukami, Presidente da Cooperativa Colonia Yguazú e líder da comunidade tornou-se o primeiro agricultor a praticar o Plantio Direto com sucesso em forma continuada desde 1983. Com o apoio do JICA, todos os agricultores desta cooperativa estavam praticando a tecnologia dez anos depois. O crescimento da área sob Plantio Direto foi pequeno nos primeiros anos, e assim um estudo revelou que apenas 20.000 há estavam sendo cultivadas neste sistema em 1992. A partir do ano de 1993, quando o Ministério da Agricultura do Paraguai junto com um Projeto de Cooperação Técnica da Alemanha (Proyecto de Conservación de Suelos MAG/GTZ), iniciaram os trabalhos apoiados pela CAPECO, a tecnologia se expandiu rapidamente. Este Projeto concentrou os seus esforços em pesquisar, desenvolver e difundir o sistema de plantio direto nas áreas mecanizadas, e a partir de 1996 trabalhou na validação de tecnologias de recuperação de solos degradados nas pequenas propriedades. Com isso a tecnologia cresceu bastante chegando a 500,000 há em 1998 e a 1,7 milhões de ha em 2004. No ano 2004/2005 65% da área de cultivos agrícolas do Paraguai se encontrava sob o sistema de Plantio Direto colocando a este país a vanguarda de todos os países do mundo em relação à percentagem desta tecnologia sendo aplicada pelos agricultores. Dados de 2008 (MAG-CAPECO) mostram que a área total do Paraguai em Plantio Direto nesse ano esteve em ao redor de 2,4 milhões de há e de que a maioria dos agricultores praticava a tecnologia em forma permanente. Os esforços estatais se concentram hoje na difusão do plantio direto em pequenas propriedades principalmente nos novos assentamentos rurais.

Palavra-chave: histórico do Plantio Direto, desenvolvimento do Plantio Direto no Paraguai, área sob Plantio Direto no Paraguai.

Page 3: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Produtividade de trigo e soja em unidades de manejo com semeadura direta em um sistema de agricultura de precisão (1)

Leandro Rampim (2), Maria C. Lana (3), Armin Feiden (3), Jeferson Klein (4), Jessica

C. Coppo (5), Danielle Mattei (6), Paulo V. Molin (5), Jucenei F. Frandoloso (4), Eder J. Mezzalira (4), André L. Piva (4) & Luiz N.i Berté (4)

RESUMO

Na agricultura do oeste paranaense, a maior parte das áreas de produção de grãos

são consideradas homogêneas quanto a variabilidade química do solo. A necessidade média de utilização dos insumos promove o uso de doses iguais de fertilizantes. Como conseqüência, há desbalanço no uso de fertilizantes, comprometendo o rendimento das lavouras e elevando os custos, além de prejudicar o ambiente com o excesso de fertilizantes. Na avaliação da variabilidade espacial da produtividade das propriedades é necessário considerar construções realizadas para evitar a erosão do solo e água, devido ao fato que a região apresenta relevo ondulado, ou seja, nas propriedades há número elevado de terraços, além da necessidade de utilizar semeadura em nível. Tal situação pode interferir na variabilidade química, que aliada a diferenciação regional pode elevar a variabilidade da produtividade das culturas. O trabalho tem o objetivo de realizar a avaliação da produtividade de trigo e soja em propriedades agrícolas no oeste do Paraná em sistema plantio direto divididas em unidades de manejo com o uso da geoestatística dentro de um sistema de agricultura de precisão. Para a realização do levantamento das áreas será utilizado GPS, assim como delimitação das unidades de manejo, previamente definidas com os conhecimentos agronômicos locais com destaque para os terraços presente nas propriedades. Em seguida serão elaborados mapas de produtividade das culturas inerentes às unidades de manejo e o agrupamento das unidades de manejo conforme a produtividade das culturas. Neste trabalho foi possível constatar a variabilidade de produtividade existente nas propriedades rurais ao comparar as unidades de manejo, além de verificar a elevada variação existente entre os pontos de amostragem de produtividade. O agrupamento das unidades de manejo permitiu juntar áreas semelhantes quanto a produtividade das culturas tendo relação com cada propriedade e com os problemas limitantes das unidades de manejo.

Palavras-chave: terraços, geoestatística, mapas de produtividade. Apoio: Fundação Araucária.

__________ (1) Parte da Tese de Doutorado. Bolsista da FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA. (2) Doutorando em Agronomia – Produção Vegetal, UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. Rua

Pernambuco, 1777. Caixa Postal 91 - CEP 85960-000. Fone: (45) 3284-7878. Email: [email protected].

(3) Professora Associado-A da UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. Rua Pernambuco, 1777. Caixa Postal 91 - CEP 85960-000. Fone: (45) 3284-7878. Email: [email protected]

(4) Pós graduação em Agronomia – Produção Vegetal, UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. (5) Graduação em Agronomia, UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. (6) Graduação em Agronomia, UEM, campus Umuarama, PR.

Page 4: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Adubação fosfatada na cultura do trigo em Latossolo com super fosfato simples e top-phos (1)

Paulo V. Molin (2), Fernando Fávero (3), Leandro Rampim (3),

Maria C. Lana (4), Jucenei F. Frandoloso (3) & Darlan Capelesso (2)

RESUMO

A crescente demanda por fertilizantes para manter o crescimento em produtividade das culturas para suprir a demanda mundial de produtos agrícolas, exige o uso mais eficiente dos adubos utilizados. O esgotamento de solos cultivados sem reposição quanto a exploração dos solos de baixa fertilidade, assim como a adsorção de fósforo e aumenta a demanda por adubos fosfatados. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da adubação fosfatada na produção de massa seca e teor de fósforo da parte aérea na cultura de trigo até a fase de elongação cultivado em vasos de 2 dm-3, em função de duas formulações de fertilizantes fosfatados. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no município de Marechal Candido Rondon - PR, instalado em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e com arranjo fatorial 2x5 testando-se duas fontes de P (Super fosfato simples – 18% e Top-phos – 28/22%; determinado em citrato neutro de amonio + água) e cinco doses de P (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1) em Latossolo Vermelho eutroférrico com textura muito argilosa, coletado no município de Jesuítas (PR). A aplicação dos tratamentos foi realizada antes do plantio adicionando o adubo com o solo contido no vaso e em seguida foi realizado o plantio do trigo, em junho de 2011, com seis sementes por vaso, que posteriormente manteve-se quatro plantas após o desbaste, e a umidade do solo foi mantida na capacidade de campo. Desta forma as parcelas foram compostas de 4 plantas por vaso e as avaliações foram realizadas na fase de elongação em agosto de 2011, sendo avaliado a matéria seca e teor de fósforo da parte aérea. Com base nos resultados foi possível verificar que não houve diferença entre os fertilizantes fosfatados, no entanto houve incremento até a dose de 150 kg ha-1 de P tanto para o Super fosfato simples quanto para o Top-phos. Para o teor de P na parte aérea também não houve diferença entre os fertilizantes, contudo houve incremento de P nas doses utilizadas para as duas fontes. Palavras-chave: Triticum aestivum, fósforo, adsorção.

__________ (1) Parte do TCC. (2) Graduação em Agronomia, UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. Email:

[email protected]. (3) Pós graduação em Agronomia – Produção Vegetal, UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. Rua

Pernambuco, 1777. Caixa Postal 91 - CEP 85960-000. Fone: (45) 3284-7878. Email: [email protected].

(4) Professora Associado-A da UNIOESTE, campus M.C.Rondon, PR. Rua Pernambuco, 1777. Caixa Postal 91 - CEP 85960-000. Fone: (45) 3284-7878. Email: [email protected]

Page 5: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Influência da densidade de Brachiaria ruziziensis sobre a germinação de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum no Sistema Plantio Direto1 Ederson A. Civardi2, Cláudia A. Görgen3, Marcos G. da Cunha4, Vilmar A. Ragagnin5, Murillo L. Junior6 2Bolsista do CNPq, Eng. Agrônomo, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO. E-mail:[email protected] 3Eng. Agrônoma, Ms. - Bolsista da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF. E-mail: [email protected] 4Eng. Agrônomo, PhD - Professor da UFG-EA e PPGA, Goiânia, GO. E-mail: [email protected] 5Eng. Agrônomo, Dr. - Professor da UFG, Jataí, GO. E-mail: [email protected] 6Eng. Agrônomo, Dr. - Pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão. Santo Antonio de Goiás, GO. E-mail: [email protected]

Resumo

Sclerotinia sclerotiorum causa o mofo branco em mais de 400 espécies hospedeiras, e sobrevive no solo por vários anos, através de estruturas de resistência (escleródios), que dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação e, por este motivo, este trabalho teve como objetivo estudar o efeito de diferentes densidades de semeadura da Brachiaria ruziziensis, espécie não-hospedeira, na germinação de escleródios no solo. O experimento em DBC foi conduzido de 2008 a 2010, em Jataí (GO), em latossolo vermelho-escuro com 66% de argila, a 889 m de altitude. Avaliou-se o número de escleródios germinados (NEG) e o número de apotécios formados (NAF) sob o dossel da braquiária, cultivada para formação de palhada e posterior semeadura da soja. Nas parcelas, com dimensões de 10,5 x 5,4 m, foram alocados os sistemas de manejo pousio ou B. ruziziensis, semeada com 150, 300, 450 ou 600 pontos de valor cultural (PVC) e nas sub-parcelas doses de Trichoderma harzianum. Após coleta dos escleródios germinados do solo e estimativa da massa seca da braquiária (MSB), os resultados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e de regressão linear. Verificou-se relação linear quadrática entre o NEG e PVCs, com R² = 0,98; 0,60 e 0,87 para os anos 2008, 2009 e 2010, respectivamente. O NAF foi afetado pelos diferentes PVCs somente para os anos de 2008 (R² = 0,98) e 2010 (R² = 0,83). A relação entre MSB e PVCs foi ajustada por modelos lineares simples em 2008, 2009 e 2010, com R² = 0,95; 0,93 e 0,99, respectivamente. Inicialmente, em outubro de 2007, havia em média 74,3 escleródios m-2, que foi reduzida para 0,9 escleródios m-2, em maio de 2011. Desta forma, demonstrou-se que a formação de um ambiente favorável à germinação de escleródios pelo cultivo de B. ruziziensis contribui para a redução de S. sclerotiorum no solo, através de seu esgotamento, reduzindo-se os riscos de mofo branco para a cultura da soja.

Palavras-chave: mofo branco, integração lavoura-pecuária, formação de palhada. Apoio: CNPq e Finep. 1 Parte da tese de doutorado do primeiro autor ao PPGA-EA/Universidade Federal de Goiás

Page 6: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Atributos físicos de um solo manejado em integração lavoura-pecuária em comparação com o sistema de plantio direto no Extremo-

Oeste Catarinense(1)

André C. Auler(2) & Alceu Cericato(3)

(1) Relatório de pesquisa apresentado pelo primeiro autor ao DIPPEG/UNOESC. Bolsista FAPESC. (2) R. Alfredo Marchesine, 153, Centro, CEP 89950-000. Dionísio Cerqueira, SC. Fone: (49) 9129-6764. E-

mail: [email protected] (3) Curso de Agronomia, L. Esquina Derrubada, s/n, CEP: 89930-000. São José do Cedro, SC. E-mail:

[email protected] O estudo procedeu-se na região do Extremo-Oeste de Santa Catarina. O objetivo deste

trabalho foi avaliar a qualidade física de um solo (QFS) manejado sob o sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), sob de plantio direto (SPD), comparando com a qualidade física de um solo manejado exclusivamente em SPD, isto é, sem pastoreio. Para avaliações deste estudo, coletaram-se amostras em duas lavouras comerciais, na região do Extremo-Oeste Catarinense. Uma das lavouras era conduzida em ILP, sob SPD, com uso da cultura do azevém, durante o inverno, por mais de cinco anos consecutivos, em solo classificado como LATOSSOLO BRUNO, no município de Dionísio Cerqueira – SC. A outra lavoura era conduzida exclusivamente sob SPD, isto é, sem pastejo por um período de aproximadamente quatro anos, em um solo classificado como NIOTOSSOLO VERMELHO, no município de São José do Cedro – SC. As variáveis respostas analisadas foram à densidade do solo (DS), a porosidade total (PT), a porosidade de aeração (Par), a densidade máxima do solo e a densidade relativa (DR). Foram obtidos os seguintes resultados: a) às propriedades físicas do solo são alteradas pelo sistema de ILP, onde, a DS apresentou uma elevação, enquanto que a PT, a Par e a DR foram inferiores em relação ao SPD; b) a umidade ótima de compactação para o solo analisado, manejado em ILP, foi de 0,21 kg kg-1; c) o SPD exclusivo apresentou uma QFS superior aquele manejado em ILP; d) recomenda-se uma escarificação para o solo manejado em ILP, pela elevada DR e DS que o mesmo apresenta e pela redução da Par, principalmente, a fim de evitar as restrições ao crescimento radical das plantas. Palavras-chave: integração lavoura-pecuária, sistema plantio direto, qualidade do solo. Apoio: FAPESC.

Page 7: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Incidência e severidade do mofo branco na cultura da soja, sob influência de Brachiaria ruziziensis e Trichoderma harzianum em plantio direto1 Ederson A. Civardi2, Cláudia A. Görgen3, Marcos G. da Cunha4, Vilmar A. Ragagnin5, Murillo L. Junior6 2 Bolsista do CNPq, Eng. Agrônomo, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO. E-mail: [email protected] 3 Eng. Agrônoma, Ms. - Bolsista Embrapa Cerrados, Planaltina, DF. E-mail: [email protected] 4 Eng. Agrônomo, PhD. - Professor da UFG e PPGA - Goiânia, GO. E-mail: [email protected] 5 Eng. Agrônomo, Dr. - Professor da UFG Jataí, GO. E-mail: [email protected] 6 Eng. Agrônomo, Dr. - Pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão. Santo Antonio de Goiás, GO. E-mail: [email protected]

RESUMO

O mofo branco é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, de difícil manejo devido à sobrevivência do patógeno por vários anos no solo, por meio de escleródios, ampla gama de hospedeiras e alta agressividade. De março de 2008 a maio de 2011, foi conduzido um experimento em Jataí (GO), em área comercial sob semeadura direta na palha com histórico de mofo branco, em solo com 66% de argila, 23% de silte e 11% de areia, localizada em 17º 44' 52'' S 51º 35' 28'' O. Foi avaliada a incidência e a severidade do mofo branco em soja TMG-123RR, sob palhada de Brachiaria ruziziensis. Utilizou-se o delineamento em DBC no esquema em parcelas divididas, com quatro repetições. As parcelas foram compostas por pousio ou B. ruziziensis, semeada com 150, 300, 450 ou 600 pontos de valor cultural (PVC). Nas subparecelas, foi aplicado o agente de controle biológico Trichoderma harzianum (nas doses de 0,0; 0,5 + 0,5; 1,0 + 1,0 e 1,0 L ha-1). Cada unidade experimental consistia de 10,5 x 5 m (52,5 m2). A incidência da doença foi estimada em 160 plantas por subparcela. A severidade foi estimada nas mesmas plantas por meio da escala sugerida por Grau & Radke e do índice de severidade da doença (ISD), indicado por Sherwood & Hagedorn. Os resultados foram submetidos à análise de variância e de regressão. Sob palhada, a incidência do mofo branco foi reduzida anualmente, de 32,6; 2,5 e 0,0% para os anos de 2009, 2010 e 2011, respectivamente. O ISD diminuiu de 22,2 em 2009 para 1,94 em 2010 e 0,0 no ano seguinte. A incidência e a severidade diferiram estatisticamente entre o pousio e os PVCs em 2009 e 2010; em 2011 não houve doença. O rendimento da soja foi de 52,17; 49,72 e 43,50 sacas ha-1, para os anos de 2010, 2011 e 2009 respectivamente; não havendo diferença significativa entre os tratamentos. Não houve efeito de T. harzianum. Concluiu-se que a palhada de B. ruziziensis é um importante componente para o manejo do mofo branco, reduzindo a incidência e a severidade da doença. Palavras-chave: controle biológico, Sclerotinia sclerotiorum, integração lavoura-pecuária. Apoio: CNPq e Finep.

1 Parte da tese de doutorado do primeiro autor ao PPGA/Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO.

Page 8: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Utilização de diferentes fontes de nitrogênio na cultura do milho em sucessão a cultura da soja no sistema de plantio

direto

Rafaela A. Migliavacca (1), Jaqueline C. Felix(1), Tiago R. B. da Silva(1), Juciléia I. dos Santos(1), Flávia Rogério(1), Henrique F. Placido(2), Fábio H.

Krenchinski (2) & Alfredo Júnior P. Albrecht(3)

(1) Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Agronomia - Campus Regional de

Umuarama, Estrada da Paca s/n. Bairro São Cristóvão, CEP 87507-190, Umuarama, PR. Fone: (44) 9826-5682. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].

(2) R. Pioneiro, 2153, Jardim Dallas, CEP 85950-000. Palotina, PR. Fone: (45) 9988-6082. E-mail: [email protected]; [email protected].

(3) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Avenida Pádua Dias 11, CEP13418-900, Piracicaba,SP.Fone: (19) 8309-3747.E-mail:[email protected].

RESUMO

A utilização de nitrogênio em cobertura a cultura do milho é uma prática muito utilizada devido à necessidade da cultura, e pelo fato dos solos em geral não suprirem a demanda da cultura, podendo elevar seu potencial e apresentar bons resultados no aumento da produtividade. O experimento conduzido na estância São Cristovão no município de Palotina (PR) em um LATOSSOLO Vermelho eutroférrico de textura argilosa, com o objetivo de verificar o efeito da aplicação de diferentes adubos nitrogenados em cobertura no desenvolvimento da cultura do milho em sucessão a cultura da soja, no sistema de plantio direto. A semeadura do híbrido precoce Pioneer 30F53, que apresenta alto potencial produtivo, foi realizada em janeiro de 2012, logo após a colheita da cultura da soja sendo efetuada uma dessecação da área para o controle de plantas daninhas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por quatro fontes de nitrogênio aplicados em cobertura (uréia, sulfato de amônio, sulfammo, super N) fornecendo uma quantidade de 70kg de N.ha-1 e uma testemunha, sem aplicação de nitrogênio em cobertura. Foram avaliados os teores de clorofila A B sendo teor de clorofila obtido através do ClorofiLOG Falker 1030, medindo-se a folha oposta a espiga, dando origem ao índice de clorofila Falker (ICF) à partir da presença dos tipos de clorofila A e B nas folhas. A aplicação de nitrogênio em cobertura na cultura do milho, proveniente de diferentes fontes, não influenciou nos teores de clorofila A e B e no índice de clorofila geral da cultura do milho em sucessão a cultura da soja. Palavras-chave: Zea mays L., adubação, fertilizantes nitrogenados.

Page 9: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Plantio direto da soja sob espécies de cobertura no Oeste do Paraná

Fábio H. Krenchinski (1), Henrique F. Placido(1), Leandro P. Albrecht(1), Milton

F. de Moraes(1), Rafaela A. Migliavacca(2), Alfredo Jr. P. Albrecht(3), Leandro R. Krenchinski(1) & Jean E. Reckziegel (1)

(1) R. Pioneiro, 2153, Jardim Dallas, CEP 85950-000. Palotina, PR. Fone: (45) 9988-6082. E-

mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] e [email protected].

(2) Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Agronomia - Campus Regional de Umuarama, Estrada da Paca s/n. Bairro São Cristóvão, 87507-190, Umuarama, PR. Fone: (44) 9826-5682. E-mail: [email protected].

(3) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Avenida Pádua Dias 11, CEP 13418-900, Piracicaba, SP. Fone: (19) 8309-3747. E-mail:[email protected].

RESUMO

Os produtores estão aderindo a práticas que favorecem a qualidade do solo, uma das excelentes alternativas é o uso de plantas de cobertura do solo, essas plantas são capazes de produzir grande quantidade de massa seca, gerando uma ótima parceria com o plantio direto. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho agronômico da soja sob semeadura direta com presença de palhada de plantas de cobertura cultivadas no inverno. O trabalho foi realizado em Marechal Cândido Rondon-PR, o delineamento foi de blocos ao acaso com quatro repetições, os tratamentos constituíram-se das espécies Avena sativa L., Avena stringosa, Lollium multiflorum, Vicia sativa, Pennisetum glaucum, Raphanus sativus L. e Triticum aestivum, L., as mesmas foram dessecadas ao pleno florescimento. A cultivar de soja utilizada foi a V-Top®. As variáveis avaliadas na soja foram altura ao florescimento, altura no final do ciclo, número de ramificações, número de vagens, altura de inserção da primeira vagem e produtividade. As médias foram comparadas pelo teste de agrupamento de Scott-Knott a (p<0,05). Para a primeira medida de altura a palhada de A. sativa, A. stringosa, P. glaucum, R. sativus foram significativamente superiores as demais espécies, na segunda somente A. sativa, A. stringosa foram significativamente superiores. No número de ramificações as espécies Avena sativa L., Lollium multiflorum, Vicia sativa, Raphanus sativus L. e Triticum aestivum, L., não se diferenciaram entre si, mas foram significativamente superiores a Avena stringosa e Pennisetum glaucum. Para as demais variáveis não houve diferença significativa, vale ressaltar que esse é o primeiro ano do trabalho e que ao longo do tempo variáveis como produtividade podem ser favorecidas. O número de ramificações, a altura na avaliação de florescimento e também a de final de ciclo da soja sofreram alteração conforme a espécies de cobertura presente no solo.

Palavras-chave: Glycine max (L.) Merril., plantas de cobertura, palhada no solo

Page 10: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Manejo da adubação nitrogenada da cultura do arroz de terras altas em sistema plantio direto1

Mabio C. Lacerda2, Tarcísio Cobucci3, Athina B. M. Souza4 & Daniel A. P. Lima5

RESUMO

O arroz é um dos principais cereais produzidos no mundo e o seu cultivo em terras

altas desempenha relevante importância no abastecimento do mercado interno. O nitrogênio (N) é um dos principais nutrientes limitantes à produtividade do arroz, que por ser volátil, perde-se facilmente no solo sob diferentes formas como desnitrificação, lixiviação e volatilização. Almejando minimizar essas perdas e aumentar a eficiência da utilização do nutriente pela planta, tem sido comumente recomendado o parcelamento da adubação nitrogenada. Face ao exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a produtividade do arroz de terras altas submetidos a diferentes doses de nitrogênio realizadas em dois períodos distintos. O experimento foi conduzido na estação experimental da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás/GO. Foram utilizados cinco doses de nitrogênio (0, 40, 80, 120 e 160 kg de N ha-1), na forma de uréia, em duas épocas distintas (50% no plantio e 50% na cobertura 40 dias após emergência), em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. A melhor produtividade foi encontrada quando se aplicou 40 kg de N ha-1 no plantio e a mesma quantidade na cobertura (5213 kg ha-1) quando comparado com a testemunha (4226 kg ha-1) e com a aplicação de 160 kg de N ha-1 (4182 kg ha-1) (Teste Duncan, p<0,05) (Produtividade = -190,78N2 + 1094,3N + 3352,4; R² = 0,6981). O peso de mil grãos foi superior no tratamento com 40 kg de N ha-1 (24,92 g) comparado à dose de 160 kg de N ha-1 (23,72 g). Entretanto, o maior número de panículas encontrado na dose de 160 kg de N ha-1 (96,87 panículas) evidencia a maior esterilidade das mesmas em doses elevadas de nitrogênio. Nesse estudo, pode-se concluir que, a melhor forma de realizar a adubação nitrogenada em sistema semeadura direta no arroz é a aplicação de 40 kg de N ha-1 no plantio e 40 kg de N ha-1 em cobertura, pois apresentou os melhores resultados de produtividade.

Palavras-chave: Parcelamento de N, rotação, arroz de sequeiro

Apoio: Embrapa

1 Parte do projeto “Produção de arroz de terras altas em sistema de plantio direto” - Embrapa Arroz e Feijão 2 Pesquisador, Rodovia GO-462 km 12 Zona Rural 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO, [email protected] 3 Pesquisador, Rodovia GO-462 km 12 Zona Rural 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO, [email protected] 4 Estagiária, Rodovia GO-462 km 12 Zona Rural 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO, [email protected] 5 Eng. Agrônomo, [email protected]

Page 11: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Avaliação da taxa de cobertura do solo por espécies cultivadas no período de inverno

Fábio H. Krenchinski (1), Henrique F. Placido(1), Leandro P. Albrecht(1),

Rafaela A. Migliavacca(2), Alfredo Jr. P. Albrecht(3), Leandro R. Krenchinski(1), Jean E. Reckziegel (1) & Eduardo Silva(1)

(1) R. Pioneiro, 2153, Jardim Dallas, CEP 85950-000. Palotina, PR. Fone: (45) 9988-6082. E-

mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] e [email protected].

(2) Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Agronomia - Campus Regional de Umuarama, Estrada da Paca s/n. Bairro São Cristóvão, 87507-190, Umuarama, PR. Fone: (44)9826-5682. E-mail: [email protected].

(3) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Avenida Pádua Dias 11, CEP13418-900, Piracicaba, SP. Fone: (19) 8309-3747. E-mail: [email protected].

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo avaliar parâmetros de crescimento de culturas de cobertura no período de segunda safra. O trabalho foi conduzido a campo no município de Marechal Cândido Rondon (PR), em um solo classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa. O arranjo espacial foi de 20 cm de entre linhas para todas as culturas, no qual para Avena stringosa, Lollium multiflorum, Vicia sativa, Raphanus sativus L., Triticum aestivum, L. o número de sementes por metro linear foi de 60, 240, 30, 20 e 65, respectivamente. Foram realizadas avaliações semanais da taxa de cobertura do solo pelo método digital, até que as plantas atingissem 100% de cobertura do solo. O local da tomada das fotografias foi demarcado para que todas as avaliações fossem realizadas na mesma área. As fotos foram retiradas em um gabarito de 0,50 m X 0,50 m = 0,25 m2, em laboratório foi sobreposto sobre a foto um quadriculado de 100 pontos com a ajuda do programa computacional Corel Draw X5, as avaliações foram feitas aos 15, 22, 29, 36, 43 e 50 dias após a emergência das espécies de cobertura. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os resultados que aos 15 dias Raphanus sativus L. diferiu significativamente, de todas as demais espécies. Aos 22 dias Raphanus sativus L. continua a espécie com maior cobertura vegetal diferindo significativamente de todos os tratamentos, menos da Avena stringosa. Aos 43 dias após a emergência Avena stringosa e Raphanus sativus L. atingiram 100% de cobertura vegetal, as demais espécies obtiveram 100% de cobertura aos 50 dias após a emergência. O Raphanus sativus L. apesar de apresentar um início de crescimento superior a Aveia preta, ambas alcançam em menos tempo, alta taxa de cobertura total. Tais valores tornam-se interessantes do ponto de vista da cobertura total das entre linhas e do solo, deixando-o menos propício ao desencadeamento do processo erosivo, ao surgimento de plantas daninhas, atuando como isolante térmico e criando condições favoráveis ao incremento da vida microbiana no solo.

Palavras-chave: porcentagem de cobertura, solo protegido, plantio direto

Page 12: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Integração Lavoura-Pecuária: considerações e possibilidades para o Extremo-Oeste de Santa Catarina (1)

André C. Auler(2), Elisandra Pocojeski(3) & Renato S. Fontaneli(4)

(1) Parte do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelo primeiro autor ao Curso de Agronomia da

Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus Aproximado de São José do Cedro. (2) R. Alfredo Marchesine, 153, Centro, CEP 89950-000. Dionísio Cerqueira, SC. Fone: (49) 9129-6764. E-

mail: [email protected] (3) Curso de Agronomia, L. Esquina Derrubada, s//n, CEP: 89930-000. São José do Cedro, SC. E-mail:

[email protected] (4) Embrapa Trigo, BR 285, km 294, CEP 99001-970 - Caixa postal 451. Passo Fundo, RS. E-mail:

[email protected] O desenvolvimento deste trabalho tem embasamento teórico nas observações

desenvolvidas junto à Embrapa Trigo no período de estágio curricular supervisionado, de março a abril de 2012. O objetivo do trabalho foi aperfeiçoar conhecimentos em Integração Lavoura-Pecuária (ILP), analisando o manejo geral do sistema e as possibilidades de uso e implantação às condições do Extremo-Oeste de Santa Catarina, em função da importância econômica e social que a bovinocultura de leite exerce na região. Entre os métodos de ILP acompanhados no estágio destacam-se à rotação/sucessão de culturas anuais com forrageiras anuais e a rotação de culturas com forrageiras perenes. A análise da literatura e das atividades do estágio sobre estes métodos permitiram concluir que: a) a rotação/sucessão de culturas anuais com forrageiras anuais, se bem administrada, com um bom planejamento forrageiro pode permitir uma maior disponibilidade de forragem aos animais no momento de maior carência de alimentos volumosos, o déficit forrageiro outonal, no entanto, uma atenção maior deve ser dada a este método de ILP, pois o manejo inadequado do solo e da pastagem pode condicionar a compactação desse solo, reduzindo assim o rendimento das culturas subsequentes; b) a rotação de culturas anuais com forrageiras perenes é uma alternativa que beneficia principalmente as forrageiras, visto que a área de implantação apresenta melhores condições de fertilidade do solo, diferentemente das áreas onde normalmente as mesmas são implantadas, no entanto, a produção de culturas também é beneficiada, pois não ocorre restrição ao desenvolvimento das culturas pela compactação do solo, principal efeito do pisoteio dos animais; c) a rotação/sucessão de culturas com forrageiras anuais é praticada no Extremo-Oeste Catarinense, porém há a necessidade da mesma ser melhorada; d) a rotação de culturas com forrageiras perenes é uma alternativa viável para ser implantado nas condições regionais.

Palavras-chave: integração lavoura-pecuária, rotação de culturas, plantas forrageiras.

Page 13: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Diagnóstico da fertilidade e compactação do solo em lavouras sob sistema plantio direto, em uma bacia hidrográfica de cabeceira (1)

Jimmy W. R. Alvarez(2), Danilo R. dos Santos (3), André Pellegrini(4), Marcia L. Kochem(5), Gilmar L. Schaefer (6)

(1)Parte do trabalho dentro do projeto Edital MCT/CNPq/CT-Hidro nº 22/2009 cujo tema é “Uso e conservação do solo e de sistemas hídricos”. (2)Doutorando do Curso de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Bolsista CNPq - UFSM - Santa Maria, RS, CEP 97105-900, [email protected] (apresentador do trabalho). (3)Professor do Departamento de Solos - UFSM, Av.Roraima, 1000, Bairro Camobi, Santa Maria, RS, CEP 97105-900, [email protected]; (4) Doutorando do Curso de Pós-Graduação em Ciência do Solo – Bolsista Capes - UFSM - Santa Maria, RS, CEP 97105-900, [email protected]; (5)Aluna de graduação do curso de Agronomia - UFSM – Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, [email protected]; (6)Aluno de graduação do curso de Agronomia - UFSM - Bolsista de Apoio Técnico a Pesquisa 2A/CNPq, [email protected]

RESUMO

O estudo foi realizado no assentamento da reforma agrária Alvorada, no município de Júlio de Castilhos-RS, entre as coordenadas UTM 239000 e 244000 E e 6746000 e 6752000 S, do sistema WGS 84. O objetivo do estudo foi diagnosticar a situação da fertilidade do solo e impedimentos físicos ao sistema radicular pela compactação do solo em lavouras sob sistema de plantio direto (SPD), numa bacia hidrográfica de cabeceira (BHC). A mesma possui 79,6 ha, das quais 62,3 ha se encontram sob SPD com integração lavoura-pecuária. A fertilidade do solo foi determinada através de analises químicas feita em 11 lavouras sob SPD, onde foram coletadas amostras compostas na camada de solo de 0-10 cm e foram analisadas seguindo a metodologia de Tedesco et al., 1995. Os resultados da análise das amostras do solo foram interpretados de acordo a CQFS-RS/SC, 2004. Para analisar a compactação do solo foram coletadas amostras em 20 pontos na BHC, utilizando cilindros de 5,5 cm de diâmetro e 3,0 cm de altura, no ponto médio das camadas de solo de 0-5, 5-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm; nas mesmas foram determinadas a umidade volumétrica e a densidade do solo. Também foi determinada a resistência mecânica do solo à penetração (RP) com um penetrômetro digital manual, nos mesmos pontos e momento da coleta dos cilindros. As observações permitem concluir que: a) 100% das lavouras sob SPD apresentam acidez elevada, alumínio tóxico e boa disponibilidade de potássio; b) 91% apresentam baixo teor de matéria orgânica e 36,6; 18,2 e 45,4% das lavouras apresentam baixa, media e alta disponibilidade de fósforo, respectivamente; c) a maioria das lavouras apresentam compactação no solo entre a camada de 7 a 15 cm, impedindo o crescimento radicular; d) a RP no solos das lavouras sob SPD foi maior que nas áreas de campo nativo ou mata. Existe a necessidade de melhorar o manejo do SPD na BHC, através da correção da acidez do solo, aplicação de fósforo e do manejo do gado para conservar mais palha em superfície. Palavras-chave: monitoramento de microbacias, estudo de microbacias, manejo do solo. Apoio: CNPq (Processo nº 574371/2008-7) e bolsa MCT/CNPq/CT-Hidro nº 22/2009.

Page 14: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

SS Ametista (Vicia sativa L.) - cultivar de ervilhaca comum para pastejo animal, cobertura e manejo de solo

Francisco R. Souilljee

Engenheiro Agrônomo, Rua Iguaçu, 51 Cx P 63. CEP: 99.470-000, Não Me Toque – RS. Fone: (54) 9923-9947. E-mail: [email protected] E-mail (2):[email protected]

RESUMO

SS Ametista é superior às populações de ervilhaca comum em produção de

matéria seca, com potencial superior a 6 t/ha. É moderadamente resistente à antracnose e à ferrugem da folha e apresenta alta uniformidade de plantas e de sementes, garantindo segurança para alimentação animal. A ervilhaca comum SS Ametista contribui para o aumento e manutenção da matéria orgânica no solo por meio da fixação biológica de nitrogênio via associação simbiótica, agrega valor e incrementa o potencial produtivo das culturas do milho, soja, trigo, cevada, aveia, etc., em rotação e na pecuária de leite e de corte como forragem de elevado valor protéico. É indicada para cultivo na estação fria, em sistema de sucessão aos cultivos de verão, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Palavra-chave: cultura alternativa, rotação, adubação verde

Page 15: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

SS Esmeralda (Vicia villosa Roth) - cultivar de ervilhaca peluda para cobertura, manejo de solo e de cultivos

Francisco R. Souilljee

Engenheiro Agrônomo, Rua Iguaçu, 51 Cx P 63. CEP: 99.470-000, Não Me Toque – RS. Fone: (54) 9923-9947. E-mail: [email protected] E-mail (2):[email protected]

RESUMO

SS Esmeralda tem potencial de produção de matéria seca superior a 10 t/ha, é

altamente tolerante às baixas temperaturas, moderadamente resistente à antracnose e à ferrugem da folha e as plantas e sementes são altamente uniformes. A ervilhaca peluda SS Esmeralda deve ser usada para cobertura de solo. É planta recicladora de nutrientes e incorporadora de nitrogênio via fixação simbiótica, contribuindo para o aumento e manutenção da matéria orgânica no solo. Disponibiliza pela decomposição rápida dos restos culturais, além do nitrogênio, outros elementos como o fósforo e o potássio para os cultivos posteriores poderem expressar o potencial de rendimento e contribuírem para melhorias no sistema. É indicada para cultivo na estação fria, em sistema de sucessão aos cultivos de verão, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. OBS.: As plantas e sementes de Vicia villosa Roth não devem ser usadas para alimentação animal

Palavra-chave: cultura alternativa, rotação, adubação verde

Page 16: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Qualidade da distribuição longitudinal de sementes para diferentes populações de plantas em Agricultura de Precisão

Fernando P. Rossato(1), Otávio D.C. Machado(2), Airton S. Alonço(3), Cristian L.

Franck(4) , Dauto P. Carpes(5) & Mariana W. Rodrigues(6)

(1) Acadêmico do curso de Agronomia - UFSM. Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas - LASERG. CEP - 97105-900. Santa Maria, RS. Fone: (55) 3322-2817. E-mail: [email protected]

(2) Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected]

(3) Doutor, Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected]

(4) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected]

(5) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected]

(6) Acadêmica do curso de Zootecnia - UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected]

RESUMO

A Agricultura de Precisão (AP) é uma das tecnologias para a produção de grãos mais

modernas empregadas no sistema Plantio Direto, possibilitando o uso de diferentes populações de plantas, atuando no manejo da variabilidade da lavoura. A dose variável de sementes em lavouras de milho é uma das aplicações da técnica que pode contribuir para o aumento da produtividade (Hörbe, 2012). O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da distribuição longitudinal de sementes por um dosador do tipo disco alveolado horizontal simulando populações em AP. O processo de semeadura foi simulado em bancada e esteira (Alonço et al, 2010; Silveira et al, 2010), variando as velocidades tangenciais de 0,13 a 0,31m.s-1, obtendo 8 populações: 50.000, 60.000, 70.000, 80.000, 90.000, 100.000, 110.000 e 120.000 sementes.ha-1 em 4 repetições. A velocidade de semeadura simulada foi 6km.h-1. Para cada unidade experimental, foram medidos 250 espaçamentos entre sementes e classificados em aceitáveis, falhos e múltiplos (ABNT, 1994). Os resultados apresentaram normalidade pelo teste de Lilliefors e as médias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de erro. Os espaçamentos aceitáveis decresceram de 88,4 a 84,8% até 90.000 sementes.ha-1 não diferindo estatisticamente. Espaçamentos falhos não diferiram até esta população, aumentando de 2,0 até 5,2%. Múltiplos mantiveram o desempenho até 110.000 sementes.ha-1, aumentando de 9,6 até 11,3%. Para a maior população, o dosador obteve 72,40% de aceitáveis, 11,4 e 16,2% de falhos e múltiplos. O aumento da populaçãp fez com que o desepenho do dosador fosse reduzido de bom para regular, segundo a classificação de Tourino e Kinglesteiner (1983). Isso pode ser atribuído ao aumento da velocidade tangencial do dosador, através dos dados sendo possível recomendar a velocidade tangencial máxima de 0,23m.s-1 para o dosador, correspondente a 90.000 sementes.ha-1, devendo ser reduzida a velocidade de trabalho em populações maiores para manter o valor limite proposto. Palavras-chave: dosador mecânico, milho, taxa variável. Apoio: Stara S/A Indústria de Implementos Agrícolas.

Page 17: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Fatores de erro das máquinas no sistema de Agricultura de Precisão

Fernando P. Rossato(1), Otávio D.C. Machado(2), Airton S. Alonço(3), Tiago R. Francetto(4)

(1) Acadêmico do curso de Agronomia - UFSM. Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de

Máquinas Agrícolas - LASERG. CEP - 97105-900. Santa Maria, RS. Fone: (55) 3322-2817. E-mail: [email protected]

(2) Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected]

(3) Doutor, Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria. E-mail: [email protected]

(4) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria. E-mail: [email protected]

RESUMO

A Agricultura de Precisão (AP) vem sendo a mais nova mudança incrementada no sistema de plantio direto na palha no Brasil, com potencial de expansão e ainda de evolução em equipamentos. Em AP, busca-se o maior nível de exatidão nas intervenções no campo, permitindo o controle espacial dos insumos. Segundo Fulton et al (2003) as limitações e o nível de erro da tecnologia de dose variável são geralmente desconhecidos. Shearer et al (2002) afirmam que alguns dos componentes do sistema podem ser responsáveis por erros e os produtores podem não estar habilitados a reconhecer essas limitações ou mesmo a calibrarem seus equipamentos adequadamente. Assim, há o risco de abandono da AP, pois o baixo nível de exatidão não permitirá o aumento de produtividade previsto pelo produtor. Não existem informações claras sobre o nível de exatidão das máquinas para taxa variável, apesar de inúmeras destas máquinas estarem no campo. Em relação a uma semeadora à taxa variável, esta deve ser capaz de variar a dosagem de sementes, sendo que a exatidão pode ser comprometida pelo dosador ou ainda pelo controlador eletrônico, que tem a função de variar a dose de sementes. Esse sistema de controle apresenta atrasos na passagem de zonas de prescrição de insumos, sendo este comportamento denominado de tempo de resposta do sistema. Não há trabalhos que quantifiquem este tempo para doses de sementes, mas existem dados que explicitam atraso de 16,8s para a mudança de doses de calcário (Cerri, 2001) e de 6s para doses de fertilizantes (Molin et al, 2002). Isto pode ser traduzido em longas distâncias aplicando doses diferentes daquela recomendada para o ponto do talhão em questão. Com esta pesquisa destacou-se a importância do fator máquina para a exatidão da AP, levando em conta que a este fator são inerentes alguns erros que devem ser quantificados e manejados adequadamente para que de fato se designe o sistema como preciso. Palavras-chave: tempo de resposta, dosador de semente, controlador eletrônico. Apoio: Stara S/A Indústria de Implementos.

Page 18: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Influencia da compactação e umidade do solo na absorção de fósforo pela soja(1)

Romano R. Valicheski(2), Antonio L. Tramontin(3), Suzi M. Brandelero(4), Sidinei L. K. Stürmer(5) David J. Miquelluti(6) & Luciano C. Gatiboni(7)

RESUMO

No Brasil, devido ao intenso tráfego de máquinas, muitas áreas sob SPD vêm enfrentado problemas de compactação do solo, e consequentemente, redução na produtividade das culturas. O fósforo é um dos nutrientes que tem sua absorção limitada por este impedimento físico e também pela umidade do solo. Este trabalho objetivou avaliar o teor de P na soja cultivada em solo submetido a diferentes níveis de compactação e umidade. O experimento foi conduzido em vasos sob casa de vegetação, no delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial 4x4, sendo quatro níveis de compactação (densidade do solo de 1,0; 1,2; 1,4 e 1,6 Mg m-3), quatro níveis de umidade do solo (0,13; 0,16; 0,19 e 0,22 kg kg-1), com quatro repetições. Cultivou-se uma planta por vaso. A coleta foi realizada 30 dias após a semeadura. Após secagem e trituração da parte aérea, determinou-se o teor de P conforme Tedesco (1997). Em relação ao efeito da densidade do solo, nos níveis mais elevados de umidade (0,19 e 0,22 kg kg-1), a despeito de ser observado um comportamento quadrático, obtendo-se valor máximo com densidade de 1,2 Mg m-3, não houve diferença entre os teores de P das plantas cultivadas até 1,4 Mg m-3. Porém para densidades mais elevadas, há uma redução significativa deste elemento. Já nas plantas cultivadas no solo com umidade de 0,16 kg kg-1, há uma redução linear com o incremento da densidade do solo. Quanto ao efeito da umidade do solo, exceção feita para densidade de 1,2 Mg m-3 (que apresentou comportamento quadrático), para as demais, houve um resposta linear do teor de P com o incremento da umidade do solo, evidenciando-se assim a importância de práticas como a manutenção da palhada sobre a superfície do solo, que mantém o solo úmido por maior tempo.

Palavras-chave: compactação solo, absorção de fósforo, soja.

__________ (2,5) IFC - Rio do Sul. Estrada do redentor 5665, CEP 89160-000. Fone: (47) 35313700. E-mail: [email protected], [email protected] (4) Doutoranda em Manejo do Solo. CAV-Lages,SC. E-mail: [email protected](3) Mestrando em Manejo do Solo. CAV-Lages,SC. E-mail: [email protected](6,7) Centro de Ciência Agroveterinária – CAV-Lages,SC. E-mail: [email protected], [email protected]

Page 19: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Perda acumulada de água e solo sob diferentes formas de manejo no cultivo do fumo(1)

Romano R. Valicheski(2), Hugo F. Kuneski (3), Sidinei L. K. Stürmer (4), Bruno Tabareli (5), Francieli S. Weber(6)

RESUMO

No cultivo do fumo um dos principais contribuintes para evitar a erosão hídrica é a cobertura do solo com palha. O objetivo deste trabalho foi verificar como diferentes sistemas de manejo do solo adotados pelos fumicultores contribuem para as perdas de solo e água pelo processo erosivo. Para isso implantou-se calhas coletoras em área sob plantio convencional (T1), pré-camalhão na semeadura da aveia sem palhada (T2) e com 10 ton ha-1 de palhada (T3), com três repetições. Em cada calha foi acoplado um reservatório plástico para armazenar os sedimentos e água perdidos pelo escoamento superficial. Após cada precipitação, a solução armazenada foi quantificada, coletando-se uma alíquota homogênea, sendo esta submetida à secagem em estufa (65 oC), quantificando-se então o sedimento. Monitoraram-se as perdas de água e solo durante todo desenvolvimento da cultura, perfazendo um total de 543 mm de água escoada superficialmente. Logo após as primeiras chuvas, entre as áreas sob plantio convencional e com pré-camalhão na semeadura da aveia praticamente não houve diferença na quantidade de solo perdido por escoamento superficial, no entanto, estas foram 15,3 vezes superiores a obtida para a área sob plantio direto com 10 t ha-1 de palhada. Após precipitação acumulada de 400 mm, no tratamento T2 houve um expressivo incremento na quantidade de sedimento perdido por escoamento superficial, obtendo-se para T1 e T2, respectivamente, valor médio de 29 e 11 vezes superior ao observado no tratamento com palha. Quanto as perdas de água acumulada ao final do experimento, obteve-se para T1 e T2, perdas de respectivamente 2,0 e 1,5 vezes superior quando comparado com T3. O pré-camalhão na semeadura da aveia (mantendo-se 10 t ha-1 de palhada na superfície do solo) é uma forma eficiente de se evitar a perda de água e solo por erosão no cultivo do fumo.

Palavras-chave: sistemas de cultivo, erosão do solo, cultura do fumo

__________ (1) Parte do trabalho de Iniciação Científica do segundo autor (2,4) IFC - Rio do Sul. Estrada do redentor 5665, CEP 89160-000. Fone: (47) 35313700. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected] (3,5,6)Discentes do Curso de Engenharia Agronômica do IFC- Rio do sul. Estrada do redentor 5665, CEP 89160-000. [email protected]; [email protected]; [email protected]

Page 20: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Fitomassa produzida por espécies de adubos verde em área de plantio direto submetido a diferentes níveis de compactação(1)

Maylon Rosa(2), Romano R. Valicheski(3), Marcos C. Franzão(4), Sidinei L. K. Stürmer(5), Gabriel Laurindo(6) & Antonio L. Tramontin(7)

RESUMO

Para amenizar o problema de compactação no Sistema de Plantio Direto (SPD), o uso de plantas de cobertura tem sido intensamente recomendado. Objetivou-se avaliar a produção de fitomasssa na parte aérea de espécies de adubos verde em área sob plantio direto submetido a diferentes intensidades de tráfego. O experimento foi conduzido em 2011, no Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul-SC. Os níveis de tráfego foram implementados com um trator de 5,0Mg estando o solo com umidade próximo a capacidade de campo. O experimento foi montado no delineamento em blocos com parcelas subdividas no esquema fatorial 5x2, sendo 5 níveis de compactação (0, 2, 4, 6 e 8 passadas de trator) e duas espécies de adubos verde (milheto e crotalária juncea), com quatro repetições. Quando as plantas estavam em plena floração, coletou-se 2m lineares para quantificação da massa fresca e massa seca produzida pela parte aérea. Para massa seca (sem considerar os níveis de tráfego), obteve-se produção média de 8.226 e de 7.240 kg ha-1 para o milheto e crotalária, respectivamente, demonstrando o elevado potencial destas espécies como plantas de cobertura. Ao se correlacionar os dados de massa seca com a resistência mecânica do solo a penetração (RP), há uma redução linear, onde o incremento de 0,5MPa, resulta na redução de 2.144 kg ha-1 na quantidade produzida pela crotalária juncea e de 1.813 kg ha-1 na produzida pelo milheto. Com o incremento dos níveis de tráfego, apesar de em ambas as espécies ocorrer uma redução significativa na fitomassa, esta foi mais expressiva para a crotalária juncea, sugerindo assim menor tolerância a este impedimento físico.

Palavras-chave: compactação do solo, adubação verde, tráfego de máquinas

__________ (2) Aluno de Engenharia Agronômica do IFC – Rio do Sul. E-mail: [email protected] (3,4,5) IFC - Rio do Sul. Estrada do redentor 5665, CEP 89160-000. Fone: (47) 35313700. E-mail: [email protected], [email protected] (apresentador do trabalho), [email protected] (6) Aluno do Curso Técnico em Agropecuária do IFC – Rio do Sul. E-mail: [email protected](7) Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Ciências Agrárias - Ciência do Solo, Lages, SC, CEP

88520-000, [email protected];

Page 21: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Teor de nitrogênio na soja cultivada em solo submetido a diferentes níveis de compactação e umidade(1)

Marcos C. Franzão(2), Romano R. Valicheski(3), Sidinei L. K. Stürmer(4), Suzi M. Brandelero(5), David J. Miquelluti(6) & Luciano C. Gatiboni(7)

RESUMO

A soja é uma das principais culturas no sistema de plantio direto (SPD). No entanto, atualmente em muitas áreas há problemas de compactação superficial/subsuperficial do solo, limitando a absorção de água e nutrientes pelas plantas. Este trabalho objetivou avaliar o teor de nitrogênio na soja cultivada em solo submetido a diferentes níveis de compactação e umidade. O experimento foi conduzido em vasos em casa de vegetação, no delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial 4x4, sendo quatro níveis de compactação (densidade do solo de 1,00; 1,20; 140 e 160 Mg m-

3), quatro níveis de umidade do solo (0,13; 0,16; 0,19 e 0,22 kg kg-1), com quatro repetições. Cultivou-se uma planta por vaso. A coleta foi realizada 30 dias após a semeadura. Após secagem e trituração da parte aérea das plantas, determinou-se o teor de nitrogênio conforme Tedesco (1997). Para densidades do solo de 1,00, 1,20 e 1,40 Mg m-3, com o incremento da umidade houve um aumento linear do teor de N. Conforme modelos obtidos para estas densidades, o incremento de 0,03kg kg-1 na umidade resulta no aumento de respectivamente 4,4; 5,0 e 12,3%, demonstrando a importância da manutenção da umidade no solo na absorção de N, principalmente em solos com densidade mais elevada. Para densidade de 1,60 Mg m-3, houve um comportamento quadrático, possivelmente devido a deficiente aeração do solo em umidade mais elevada. Para a umidade de 0,16kg kg-1, com o incremento da densidade do solo há uma redução linear no teor de N nas plantas. Para os níveis de umidade 0,19 e 0,22 kg kg-1, há um comportamento quadrático, obtendo-se teor máximo de N em densidade próxima a 1,25 Mg m-3, indicando assim que uma leve compactação do solo favorece a absorção deste elemento.

Palavras-chave: compactação solo, teor de nitrogênio, soja

________ (2,3,4) IFC - Rio do Sul. Estrada do redentor 5665, CEP 89160-000. Fone: (47) 35313700. E-mail: [email protected], [email protected]; [email protected](5) Doutoranda em Manejo do Solo. CAV-Lages,SC. E-mail: [email protected](6,7) Centro de Ciência Agroveterinária – CAV-Lages,SC. E-mail: [email protected]; [email protected]

Page 22: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Avaliação da permanência de palhada de espécies cobertura no solo pelo método digital

Fábio H. Krenchinski (1), Henrique F. Placido(1), Leandro P. Albrecht(1),

Rafaela A. Migliavacca(2), Alfredo Jr. P. Albrecht(3), Leandro R. Krenchinski(1), Jean E. Reckziegel (1), Eduardo Silva (1)

(1) R. Pioneiro, 2153, Jardim Dallas, CEP 85950-000. Palotina, PR. Fone: (45) 9988-6082. E-

mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] e [email protected].

(2) Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Agronomia - Campus Regional de Umuarama, Estrada da Paca s/n. Bairro São Cristóvão, 87507-190, Umuarama, PR. Fone: (44)9826-5682. E-mail: [email protected].

(3) Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Avenida Pádua Dias 11, CEP13418-900, Piracicaba, SP. Fone: (19) 8309-3747. E-mail: [email protected].

RESUMO

A persistência da cobertura vegetal morta pode ser avaliada através da variação temporal da porcentagem de cobertura do por resíduos culturas. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a porcentagem de permanência da palhada de espécies de cobertura no solo pelo método digital. O trabalho foi conduzido a campo no município de Marechal Cândido Rondon (PR), em um solo classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa. O arranjo espacial foi de 20 cm de entre linhas para todas as culturas, no qual para Avena sativa L., Avena stringosa, Lollium multiflorum, Vicia sativa, Pennisetum glaucum, Raphanus sativus L. e Triticum aestivum, L. Foram realizadas avaliações quinzenais após a dessecação das plantas, foram realizadas sete avaliações após a dessecação das espécies de cobertura. O local da tomada das fotografias foi demarcado para que todas as avaliações fossem realizadas na mesma área. As fotos foram retiradas em um gabarito de 0,50 m X 0,50 m = 0,25 m2, em laboratório foi sobreposto sobre a foto um quadriculado de 100 pontos com a ajuda do programa computacional Corel Draw X5®. A quantificação foi expressa em porcentagem contando-se as intersecções de cada ponto com cobertura vegetal. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. A análise dos dados foi por meio de regressão para avaliar o efeito do tempo na cobertura vegetal e, teste de média de Tukey (p<0,05) para avaliar o efeito das espécies de cobertura no tempo. Os resultados da permanência da cobertura do solo em relação ao tempo mostram que aos 15 dias Raphanus sativus L. e Pennisetum glaucum apresentaram a menor permanência de palhada ao solo diferindo significativamente das demais espécies. As demais espécies apresentaram 100% de permanência aos 15 dias. Aos 105 dias a espécie que obteve maior permanência no solo foi Avena sativa L. com 85%, já a menor permanência ocorreu com a espécie Raphanus sativus L. com 2,75%.

Palavras-chave: porcentagem de cobertura, solo protegido, plantio direto

Page 23: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Carbono orgânico em um sistema de transição do uso do solo de campo natural para área produtora de grãos sob sistema plantio direto

Sidinei L. K. Stürmer (1), Romano R. Valicheski (2), Elena Setelich (3), Renato Levien (4), Michael Mazurana (5) & Francieli S. Weber (6)

RESUMO

Atualmente, há uma crescente preocupação social pela sustentabilidade agrícola,

visando sistemas de produção que garantam a manutenção dos recursos naturais. O teor de carbono orgânico do solo é considerado como um dos mais importantes indicadores de qualidade ambiental uma vez que é severamente afetado pelos sistemas de manejo e interfere nos atributos físico-químicos do solo e na produtividade das culturas. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou estudar o efeito do manejo do solo, das culturas de cobertura no inverno e da adubação no teor e estoque de carbono orgânico nas camadas de 0,0-0,05; 0,05-0,10; 0,10-0,15 e 0,15-0,20 m de um Argissolo Vermelho num experimento de longa duração sob conversão de campo natural para área produtora de grãos sob o sistema de plantio direto. Os tratamentos, dispostos em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, se constituíram por sistemas de sucessão e rotação de culturas associados à fertilização química e orgânica. Além disso, foram estudadas uma área mantida sob pousio e outra mantida sob vegetação natural. O teor e o estoque de carbono orgânico foram determinados em amostras secas ao ar moídas a 0,15 mm em gral de ágatha. A análise química do teor de carbono orgânico foi realizada empregando-se o método da combustão seca em equipamento Shimadzu TOC (modelo V CSH). Percebeu-se que o teor e o estoque de carbono orgânico do solo são afetados pelas práticas de manejo das culturas de cobertura do solo e da adubação, ocorrendo uma diminuição nos valores destes atributos com o aumento da profundidade no perfil do solo, promovendo uma acentuada estratificação química vertical do perfil do solo.

Palavras-chave: estoque de carbono, qualidade do solo, matéria orgânica.

__________ (1) (2) (3) Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense – Câmpus Rio do Sul. Estrada do Redentor, n. 5665, CEP: 89160-000. Fone: (47) 35313700. E-mail: [email protected]; [email protected], [email protected] (4) (5) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia – Porto Alegre/RS. E-mail: [email protected]; [email protected] (6) Aluna do curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense – Câmpus Rio do Sul. E-mail: [email protected]

Page 24: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Desempenho de diferentes tipos de disco de corte de semeadoras-adubadoras.

Dauto P. Carpes(1), Airton dos S. Alonço(2), Cristian J. Franck(3), Tiago R. Francetto(3) &

Mateus P. Bellé(4)

(1) Mestrando do Programa de Pós Graduação em Engenharia Agrícola - UFSM. Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas - LASERG. CEP - 97105-900. Santa Maria, RS. Fone: (55) 9983 5583. E-mail: [email protected] (2) Doutor, Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected] (3) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected] (3) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria. E-mail: [email protected] (4) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria. E-mail: [email protected]

RESUMO O emprego do plantio direto apresenta vários benefícios ao solo e aos produtores, como por exemplo, a diminuição da erosão do solo, possível redução no consumo de combustível das máquinas agrícolas e o aumento da capacidade de retenção de água no solo. Entretanto, dificuldades na operacionalidade do método fazem-se presente nos sistemas de produção agrícola, sendo possível atribuí-los a fatores referentes ao solo e ao tipo e quantidade de cobertura vegetal existente. Esta técnica só foi difundida e possibilitada através da geração e aprimoramento de tecnologias que garantiram o desenvolvimento das semeadoras-adubadoras hábeis a exercer sua função, de modo a garantir um estabelecimento adequado das culturas com o mínimo revolvimento do solo. Os aspectos mais relevantes estão relacionados ao corte eficiente dos resíduos culturais, abertura do sulco e a colocação de sementes e fertilizante. Para o primeiro, diferentes mecanismos foram desenvolvidos, dentre eles o disco liso, estriado e ondulado. Portela (2001) afirma que os de formato liso, devidamente afiados, requerem menor peso da semeadora e pressão nas molas para penetrarem no solo e realizarem de forma mais eficiente o corte da cobertura vegetal. Além disso, Santos (2009) constatou um menor requerimento de força de tração em comparação aos demais. Siqueira e Casão Júnior (2004) comentam que discos estriados, devido às ranhuras, apresentam uma maior aderência de solo comparando com os discos lisos, e, por possuir uma maior superfície de contato, necessitam de uma maior pressão nas molas para penetração no solo. Outra desvantagem é a maior mobilização de solo, ocasionando a abertura de sulcos de maior largura que, segundo Cunha et al. (2010), aumenta a possibilidade de ocorrência de plantas invasoras e conseqüentemente uma maior competição com a cultura a ser estabelecida. Silva (2007) afirmou que discos ondulados requerem maior força de tração e proporcionam uma maior mobilização do solo em comparação aos demais.

Palavras-chave: Disco de corte, Eficiência, Plantio direto. Apoio: STARA S/A Indústria de Implementos Agrícolas.

Page 25: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Fatores de influência na distribuição longitudinal de sementes

Dauto P. Carpes(1), Airton dos S. Alonço(2), Cristian J. Franck(3), Tiago R. Francetto(3) &

Fernando P. Rossato(4)

(1) Mestrando do Programa de Pós Graduação em Engenharia Agrícola - UFSM. Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas - LASERG. CEP - 97105-900. Santa Maria, RS. Fone: (55) 9983 5583. E-mail: [email protected] (2) Doutor, Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected] (3) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria, RS. E-mail: [email protected] (3) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola - CCR/UFSM. LASERG. Santa Maria. E-mail: [email protected] (4) Acadêmico do curso de Agronomia - UFSM. Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas. E-mail: [email protected]

RESUMO

Muitos trabalhos citam a uniformidade de distribuição de sementes e um estande adequado de plantas como um dos fatores que afetam a produtividade das culturas. Dentre estes fatores, Nielsen (1997) cita a velocidade de deslocamento da semeadora, que ao ser elevada proporciona o aumento da velocidade tangencial do disco dosador de sementes ocorrendo a redução do tempo de exposição das sementes aos alvéolos do disco ocasionando uma falha na captação e posteriormente na liberação da semente. Outro fator a é aplicação de tratamento de sementes com o objetivo de proteger as sementes e plântulas nos estádios iniciais contra o ataque de fungos, doenças e insetos. Para Mohsenim (1974) e Mantovani et al. (1999) estes produtos, quando aplicados, aumentam a superfície de contato e a rugosidade das sementes podendo aumentar a aderência entre as sementes e destas com o dosador, dificultando a captação das mesmas pelos orifícios do disco dosador. Esse efeito pode ser reduzido com a adição de lubrificante sólido grafite às sementes. Conforme Mantovani & Bertaux (1990), alguns fabricantes estão optando por colocar os dosadores de semente em um nível mais elevado em relação ao solo para evitar danos ao mecanismo ocasionados por restos culturais presentes no solo, porém, quanto maior a altura do mecanismo em relação ao solo maior será a velocidade de queda da semente e isto poderá ocasionar um rolamento no sulco de semeadura fazendo com que as mesmas caiam fora do ponto ideal de queda ou sejam projetadas para fora do sulco, estando sujeitas também ao repique dentro do tubo condutor atrasando a queda das sementes causando espaçamentos falhos e duplos na linha de semeadura. De acordo com Jasper et al. (2006), tubos condutores de menor comprimento e com perfil parabólico tendem a reduzir a velocidade de queda da semente eliminando o repique dentro do sulco. A atenção a fatores como estes é de extrema importância e poderá contribuir para o aumento de produtividade das culturas.

Palavras-chave: Distribuição longitudinal, Semeadoras de precisão, Velocidade de semeadura. Apoio: STARA S/A Indústria de Implementos Agrícolas.

Page 26: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Doses crescentes de inoculante com Azospirillum spp. na produtividade do Milho

Murilo M. Durli(1), Analu Mantovani(2), Vanderléia Mathias(1), Willian Torri(1), André T. Mafioleti(1), Tamara Pereira(2), Valmor A. Konflanz(2) & Marcos R. Carrafa(2)

(1) Acadêmicos do Curso de Agronomia, Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC, Campos Novos, SC; e-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] (2) Professores do Curso de Agronomia, Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, Campos Novos, SC; e-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

RESUMO

Na cultura do milho (Zea mays), são necessárias altas quantidades de fertilizantes, principalmente nitrogenados, elevando o custo de produção. Visando buscar alternativas para baixar o custo de produção e melhorar a eficiência do uso dos fertilizantes, principalmente os nitrogenados, uma das alternativas pode ser o uso de bactérias do gênero Azospirillum. Estas bactérias são capazes de modificar a morfologia das raízes, aumentando a superfície de absorção, e consequentemente, maior o volume de solo é explorado, aumentando a eficiência de absorção de nutrientes. O objetivo foi avaliar o efeito de doses de Azospirillum spp. na cultura do milho em sistema de semeadura direta. O estudo foi realizado em Campos Novos – SC e os tratamentos foram compostos com dois híbridos, sendo um convencional AG 8025 e um transgênico AG 8041YG, nas seguintes doses 0, 150, 300, e 400 ml de inoculante/20 kg de semente. Foi avaliado produtividade, massa de cem grãos e nitrogênio em grãos e folhas. A produtividade e a massa de cem grãos aumentaram linearmente de acordo com o aumento da dose de inoculante para os dois híbridos, sendo que o transgênico apresentou diferença significativa na produtividade e na massa de cem grãos os dois híbridos não apresentaram diferenças. Na média a produtividade de milho foi maior no híbrido transgênico, 9445 kg ha-1, comparado com o convencional, 8356 kg ha-1, o mesmo ocorreu para massa de cem grãos. O nitrogênio nas folhas e nos grãos não apresentou diferença no híbrido transgênico, no entanto, para o híbrido convencional na dose de 300 ml a percentagem foi maior na folha e na dose de 150 ml nos grãos. Na média o nitrogênio nas folhas e nos grãos foi maior no híbrido convencional comparado ao transgênico. Desta forma, pode-se concluir que o aumento das doses de inoculante em sementes de milho com Azospirillum aumenta a produtividade dependendo o híbrido, e que o percentual de nitrogênio na planta não correlaciona-se com o aumento das doses de inoculante.

Palavras-chave: inoculação, nitrogênio, produtividade.

Page 27: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Diferentes velocidades de semeadura de soja sob sistema plantio direto(1)

Adriano J. S. Mozer(2), Marcos R. Carrafa(3), Analu Mantovani(3), Vanderléia Mathias(2), Daniel J. Dall’Orsoletta(2), Tamara Pereira(3) & Valmor A. Konflanz(3)

(2) Acadêmicos do Curso de Agronomia, Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC, Campos Novos, SC; e-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]. (3) Professores do Curso de Agronomia, Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC, Campos Novos, SC; e-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].

RESUMO

Nos sistemas conservacionistas, como o sistema plantio direto, as condições do solo e de cobertura geralmente são menos favoráveis à deposição das sementes e adubo, que as verificadas nos preparos com intensa mobilização, sendo necessário um maior cuidado nesta operação. As semeadoras, além de serem adaptadas às diferentes espécies, cultivares, profundidades, densidades e espaçamentos, devem ser robustas e resistentes, possuir discos de corte para cortar a palhada e mecanismos rompedores de sulco capazes de preparar o leito adequadamente para as sementes, ainda a máquina deve, depositar as sementes em profundidade e uniforme adequada, cobrindo-as e compactando o solo ao redor das mesmas. A velocidade de deslocamento da semeadura influi na uniformidade de distribuição das sementes, especialmente nos dosadores mecânicos e na quantidade de solo revolvido. A velocidade adequada para semeadura da cultura da soja, encontra-se entre 4 e 6 km h-1, nesse intervalo a variação de velocidade depende, principalmente, das condições de campo. O trabalho foi conduzido em Campos Novos – SC, sendo utilizada a cultivar de soja BMX Apolo RR, com três velocidades de semeadura 4, 8 e 12 km h-1. A produtividade não apresentou diferença significativa com o aumento da velocidade de semeadura para significância de 5%, porém observou–se que na velocidade de 4 km h-1 a produtividade foi superior às demais velocidades em torno de 350 kg ha-1. Com o aumento da velocidade de semeadura observou-se a diminuição de forma linear no número de plantas por metro linear e no número de vagens por planta, com r2 = 0,98 e 0,99, respectivamente e aumento na altura de plantas com r2 = 0,99. Além dos resultados observados, também deve ser levado em consideração às interferências sofridas no sistema solo, podendo sofrer alterações indesejáveis pelo maior revolvimento do solo com o aumento da velocidade de semeadura.

Palavras-chave: sistema conservacionista, velocidade de semeadura, produtividade.

________ (1) Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade do Oeste de Santa

Catarina, como requisito parcial à obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

Page 28: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Influência da consorciação de plantas de cobertura na produtividade do milho.

Anderson C. Rhoden¹, Alex Sandro R. Hoffmann², Daniel S. Brandão³

RESUMO O sistema de plantio direto (SPD) tem como premissa o uso de plantas de cobertura, o que permite incrementar carbono no solo, maximizar a ciclagem de nutrientes, aumentar a produção das culturas e reduzir custos. O objetivo do trabalho foi avaliar a combinação de plantas de cobertura que propicie boa produção de matéria seca (MS), aliado ao incremento de produtividade da cultura do milho. O trabalho foi conduzido no Campo Experimental da FAI Faculdades, Itapiranga/SC, no ano agrícola 2011/2012. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com 3 repetições e 7 tratamentos, que segue: Tratamento 1 - 80 kg.ha-1 de aveia preta (AP); Tratamento 2 - 30 kg.ha-1 de ervilhaca; Tratamento 3 - 15 kg.ha-1 de nabo; Tratamento 4 - 60 kg.ha-1 de AP consorciado a 5 kg.ha-1 de nabo; Tratamento 5 - 60 kg.ha-1 de AP consorciado a 12 kg.ha-1 de ervilhaca; Tratamento 6 - 7 kg.ha-1 de nabo consorciado a 15 kg.ha-1 de ervilhaca, Tratamento 7 - 40 kg.ha-1 de AP consorciado a 7 kg.ha-1 de nabo e 12 kg.ha-1 de ervilhaca; Tratamento 8 – testemunha, sem plantas de cobertura. Foram determinadas a altura de plantas e a produção de MS. Posteriormente foi cultivado milho, realizando-se o mesmo manejo em todos os tratamentos, verificando a interação das plantas de cobertura sobre a produtividade do milho. O tratamento 7 proporcionou a maior produção de MS, seguido pelo tratamento 5 e tratamento 6. Um dos grandes problemas enfrentados no SPD é a compactação do solo, justificando a utilização do nabo. Na avaliação da produtividade do milho, o maior resultado foi observado no tratamento 5, possivelmente pela maior disponibilidade de nitrogênio (N) oferecido pela leguminosa, associado a produção de MS da gramínea. Estes fatores permitiram maior duração da cobertura do solo em função da alta relação C/N da aveia e ao mesmo tempo em que os efeitos da imobilização do N foram minimizados pela oferta deste pela leguminosa. A utilização do tratamento 5 é indicado para o manejo de plantas de cobertura que antecedem a cultura do milho, com efeitos positivos na produtividade. Palavras-chave: ervilhaca, nabo, aveia. _________________________

(1) Professor Orientador, Msc, Coordenador do Curso de Agronomia da FAI Faculdades. E-mail: [email protected]

(2) Acadêmico do Curso de Agronomia, aluno do 7º período. Rua São Bonifácio, 617. CEP 89896-000, Itapiranga, SC. Fone: (49) 99387940. E-mail: [email protected]

(3) Acadêmico do Curso de Agronomia, aluno do 7º período. Rua Maximiliano Leon, 367. CEP 89896-000, Itapiranga, SC. Fone: (49)8408-1819. E-mail: [email protected]

Page 29: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Produtividade de cultivares de soja em função do cultivo consorciado com capim-aruana Robson B. Soares(1), Rodrigo A. Garcia(2) e Luís A. Z. Machado(3)

(1) Graduando em Tecnologia em Produção Agrícola, UNIGRAN, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected]

(2) Pesquisador Dr. Eng. Agrônomo, Embrapa Agropecuária Oeste. BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9761. E-mail: [email protected]

(3) Pesquisador MSc. Eng. Agrônomo, Embrapa Agropecuária Oeste. BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9761. E-mail: [email protected]

RESUMO

O cultivo simultâneo de soja com uma forrageira é uma alternativa para formação de pasto na entressafra, ou mesmo para produção de palha no sistema plantio direto. As características da cultivar de soja, como velocidade de crescimento e arquitetura das plantas, podem influenciar no sucesso do sistema. Objetivou-se avaliar a produtividade de cultivares de soja e o estabelecimento do capim-aruana no sistema consorciado. O experimento foi conduzido em Dourados, na safra 2011-2012, em delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, no esquema fatorial 2x7, sendo dois sistemas de cultivo (solteiro e consorciado) e sete cultivares de soja (BRS 318 RR, BMX Magna RR, BRS 295 RR, BRS Favorita RR, BRS 334 RR, BMX Potência RR e NK 7059 RR). A soja foi semeada com espaçamento entrelinhas de 60 cm. A implantação do capim-aruana foi efetuada na entrelinha da soja, aos 12 dias após a emergência da leguminosa, com 2,5 kg ha-1 de sementes puras viáveis a profundidade de 3 cm. Avaliou-se em florescimento pleno das cultivares de soja a altura das plantas, além do número e altura das plantas de capim. Na colheita de cada cultivar, foi avaliada a altura e matéria seca de capim, além da altura da soja e produtividade de grãos. O número de plantas estabelecidas de capim não foi influenciado pelos genótipos de soja, assim como a altura da forrageira no estágio R2. No entanto, na colheita, a altura e a produção de matéria seca de capim foram afetadas pela soja, com valores inferiores para a BRS 318 RR e BRS 295 RR. Isso pode ser decorrente do crescimento vegetativo mais intenso. Quanto à soja, a altura das plantas na colheita e a produtividade de grãos foram prejudicadas no sistema consorciado. No entanto, esse comportamento é dependente do genótipo de soja. Observou-se relação negativa (r=-0,67*) entre a altura do capim na colheita e a produtividade da soja, com maior destaque para as cultivares com tipo de crescimento indeterminado, que possibilitaram maior crescimento do capim. Palavras-chave: ILP, consórcio, plantio direto Apoio: Embrapa Agropecuária Oeste

Page 30: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Produção de soja na reforma de canavial em função do manejo do so-lo em Dourados/MS

Robson B. Soares(1), Neila C. D. S. Souza(2), Rodrigo A. Garcia(3), Cesar J. Silva(4), Diego Ferreira(5), Air L. Froes(6) e Luiz C. Y. Vieira(7)

(1) Graduando em Tecnologia em Produção Agricola, UNIGRAN, bolsista Embrapa Agropecuária

Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail [email protected]

(2) Pós-graduanda em Gestão Ambiental, UNIGRAN, bolsista DTI-III CPAO. BR 163, km 253,6, Cai-xa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected]

(3) Pesquisador Dr. Eng. Agrônomo, Embrapa Agropecuária Oeste. BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9761. E-mail: [email protected]

(4) Pesquisador Dr. Eng. Agrônomo, Embrapa Agropecuária Oeste. BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9761. E-mail: [email protected]

(5) Graduando em Agronomia, ANHANGUERA, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected]

(6) Graduando em Agronomia, ANHANGUERA, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected]

(7) Graduando em Agronomia, UNIGRAN, bolsista CNPQ, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. e-mail: [email protected]

RESUMO

A soja é a principal opção para rotação de culturas por ocasião da reforma de canaviais em Mato Grosso do Sul. No entanto, pouco se sabe sobre o comportamento da oleagi-nosa nesse sistema produtivo, em que há colheita de cana crua e considerável produ-ção de fitomassa. Objetivou-se com este trabalho avaliar a produção de soja na reforma do canavial em função do manejo do solo e da palha após a colheita da cana. O deline-amento experimental foi em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e cinco repeti-ções. Nas parcelas foram alocados os sistemas de cultivo (convencional e plantio dire-to), e nas subparcelas a presença ou ausência de enleiramento da palha da cana. No sistema convencional, o preparo do solo foi constituído por uma gradagem aradora, uma escarificação e uma gradagem para nivelamento. No plantio direto foi efetuado apenas o manejo químico da soqueira. O enleiramento foi realizado após a colheita da cana em toda a área experimental; no entanto, as amostragens foram realizadas dentro e fora das leiras. A semeadura da soja (cultivar BMX Potência RR) foi realizada em 05/01/2012 e a colheita em 30/04/2012. Na colheita foi avaliada a altura das plantas, o diâmetro do caule, o número de vagens, o número médio de grãos por vagem, a massa de 100 grãos, a produtividade e a quantidade de palha na superfície do solo na colheita. Todas as variáveis foram afetadas por pelo menos uma fonte de variação, com exceção do diâmetro do caule, número médio de grãos por vagem e massa de 100 grãos. De forma geral, o manejo conservacionista do solo resultou em maior desenvolvimento da soja e produtividades mais elevadas. Os ganhos do plantio direto foram mais pronunci-ados nos tratamentos com enleiramento, que resultaram em grande acúmulo de palha

Page 31: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Efeito de diferentes culturas de inverno sobre a cultura de verão(1)

Flávia R. Pigozzo(2), Larissa F. S. Xavier(2), Bruna A. N. Oliveira(2), José L. Bruno(3), Ricardo

Ralisch(4) & Cássio E. C. Prete(4)

RESUMO O estudo foi realizado na Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina e teve como objetivo verificar o efeito de diferentes culturas de inverno na produção da soja (Glycine max) cultivada no verão. O experimento foi conduzido em Sistema de Plantio Direto (SPD), sendo analisada a quantidade de biomassa da cultura de inverno deixada para o próximo ciclo. Os tratamentos de inverno foram: Milho (Zea mays), Ruziziensis (Brachiaria ruziziensis), Trigo (Triticum ssp.), Aveia (Avena sativa), Canola (Brassica napus), Nabo forrageiro (Raphanus sativus) e Pousio. Da cultura de verão foram analisados os pesos das raízes e dos nódulos, ambos foram secos em estufas. A reciclagem de nutrientes das culturas anteriores é uma das vantagens do SPD, além dos benefícios físicos do solo que é dado pela diferenciação de raízes e teor de matéria orgânica no solo, têm-se os benefícios químicos. No SPD a cultura é semeada diretamente sobre os resíduos culturais do cultivo anterior ou sobre a palhada da cultura de cobertura do solo, sem o preparo periódico com grades e/ou arados, sendo que pelo menos 70 a 80 % da superfície do solo deva estar coberta com palhada, o que pode ser conseguido com uma produção mínima anual de 6 a 7 toneladas de massa seca por hectare. Através das análises estatísticas foi verificado que não houve diferença significativa entre os tratamentos nos quatro aspectos avaliados: produtividade, pesos das raízes, pesos dos nódulos e biomassa. Palavras-chave: Plantio direto. Rotação de culturas. Palhada. ________ (1) Parte do Projeto de iniciação científica em atividades de pesquisas, apresentado pela primeira autora Bolsista da CNPq. (2) Graduandas do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina. CCA/UEL. Rod. Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]. (3) Mestrando em Bioenergia e Técnico responsável da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina. CCA/UEL. Rod. Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. E-mail: [email protected]. (4) Docentes da Universidade Estadual de Londrina. CCA/UEL. Rod. Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. E-mail: [email protected], [email protected].

Efeito de diferentes culturas de inverno sobre a cultura de verão(1)

Flávia R. Pigozzo(2), Larissa F. S. Xavier(2), Bruna A. N. Oliveira(2), José L. Bruno(3), Ricardo

Ralisch(4) & Cássio E. C. Prete(4)

RESUMO

O estudo foi realizado na Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina e teve como objetivo verificar o efeito de diferentes culturas de inverno na produção da soja (Glycine max) cultivada no verão. O experimento foi conduzido em Sistema de Plantio Direto (SPD), sendo analisada a quantidade de biomassa da cultura de inverno deixada para o próximo ciclo. Os tratamentos de inverno foram: Milho (Zea mays), Ruziziensis (Brachiaria ruziziensis), Trigo (Triticum ssp.), Aveia (Avena sativa), Canola (Brassica napus), Nabo forrageiro (Raphanus sativus) e Pousio. Da cultura de verão foram analisados os pesos das raízes e dos nódulos, ambos foram secos em estufas. A reciclagem de nutrientes das culturas anteriores é uma das vantagens do SPD, além dos benefícios físicos do solo que é dado pela diferenciação de raízes e teor de matéria orgânica no solo, têm-se os benefícios químicos. No SPD a cultura é semeada diretamente sobre os resíduos culturais do cultivo anterior ou sobre a palhada da cultura de cobertura do solo, sem o preparo periódico com grades e/ou arados, sendo que pelo menos 70 a 80 % da superfície do solo deva estar coberta com palhada, o que pode ser conseguido com uma produção mínima anual de 6 a 7 toneladas de massa seca por hectare. Através das análises estatísticas foi verificado que não houve diferença significativa entre os tratamentos nos quatro aspectos avaliados: produtividade, pesos das raízes, pesos dos nódulos e biomassa. Palavras-chave: Plantio direto. Rotação de culturas. Palhada.

________

(1) Parte do Projeto de iniciação científica em atividades de pesquisas, apresentado pela primeira autora Bolsista da CNPq.

(2) Graduandas do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina. CCA/UEL. Rod. Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected].

(3) Mestrando em Bioenergia e Técnico responsável da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina.

CCA/UEL. Rod. Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. E-mail: [email protected].

(4) Docentes da Universidade Estadual de Londrina. CCA/UEL. Rod. Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86051-990, Londrina, PR. E-mail: [email protected], [email protected].

Page 32: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Sistema Plantio Direto, 35 anos contribuindo com a agricultura de Mato Grosso do Sul

Júlio C. Salton (1), Lucio Damalia (2), Carlos Pitol (3), Ângelo C. A. Ximenes (4)

(1) Embrapa Agropecuária Oeste, Rodovia BR 163, km 253,6, Dourados, MS. Fone: (67) 34169748 E-mail: [email protected](2) Fazenda Boa Vista, Rodovia BR 163, Douradina,MS E-mail: [email protected](3) Fundação MS, Estrada da Usina, km 4, Maracaju,MS Fone: (67) 34542631 E-mail: [email protected](4) Grupo de Plantio na Palha, rua Valério Fabiano, 100, Dourados, MS

RESUMO

A análise histórica do desenvolvimento da agricultura em Mato Grosso do Sul, a partir da criação do Estado, associa-se de forma marcante com o Sistema Plantio Direto (SPD). O desenvolvimento deste sistema em MS, pode ser dividido em quatro fases, sendo a primeira (Operacional), situada entre os anos 1976 e 1985, durante o qual havia o predomínio da sequência trigo/soja, e os esforços concentraram-se nos testes de semeadoras e uso de herbicidas com vistas a validar o novo paradigma.

A segunda fase (Cobertura do solo), ocupando os anos de 1986 a 1995, apresenta como maiores avanços, a ocupação das áreas que ficavam em pousio, na entressafra, com culturas para cobertura do solo, notadamente a aveia (centro-sul) e o milheto (centro-norte), com cerca de um milhão de hectares.

A terceira fase (Inovações tecnológicas), no período de 1996 a 2005, foi caracterizada pela incorporação ao sistema de novas tecnologias e produtos. Melhores equipamentos e novos conhecimentos resultaram em aplicações de insumos com mais qualidade e maior eficiência, viabilizando o plantio da soja sobre pastagens, desencadeando o desenvolvimento da Integração Lavoura-Pecuária, inserida neste novo sistema produtivo.

A quarta fase (Diversificação e Qualificação) a partir de 2006, se caracteriza pela inserção de componentes fundamentais para garantir a viabilidade do sistema produtivo, com destaque para o domínio dos cultivos consorciados, como o milho e forrageiras na entressafra, que além de boa produtividade de grãos, proporciona oferta de massa vegetal em quantidade adequada, com expressivos ganhos na qualidade e na capacidade produtiva do solo.

No período correspondente à primeira fase do SPD, a produtividade média de soja era em torno de 1800 kg/ha, atingindo valores na casa dos 3000 kg/ha no período da quarta fase. O SPD é certamente um dos principais responsáveis por essa evolução, devido aos efeitos sobre a capacidade produtiva do solo, maior tolerância à ocorrência de veranicos, possibilidades de mais cultivos e de sistemas integrados, conferem sustentabilidade a atividade agrícola e por consequência ao produtor. Em outras palavras, a evolução do SPD resultou na viabilidade da agricultura em Mato Grosso do Sul.

Palavras-chave: Centro-Oeste, Cerrados, integração

Page 33: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Rompimento sem revolvimento intensivo da camada compactada de solo sob Plantio Direto

David P. da Rosa(1), Daniel Diefenthaeler(2), Matias Leocadio Bruinsma(3), Guilherme Dal

Bello(4), Melina Maschio(4) & Jeferson Alflen(5)

RESUMO

O plantio direto é considerado como uma das ideias mais inovadoras na área agrícola, contudo, presença de compactação na camada subsuperficial está cada vez mais comum de ser encontrada. O objetivo desse trabalho é testar o aumento da profundidade de atuação do sulcador como uma nova técnica de rompimento da camada compactada. O experimento está organizado em delineamento blocos ao acaso sendo que os tratamentos à campo foram: plantio direto com sulcador de fertilizante da semeadora a 7 cm (PD7) e plantio direto com sulcador de fertilizante a 12cm e plantio direto. Foram monitoradas a altura da planta, a resistência à penetração do solo e sua produtividade. A altura de plantas foram similares até o 3º mês de avaliação, após isso, o PD12 apresentou as maiores alturas, o que resultou num ganho de produtividade de 9,8%. Aliado a isso, o tratamento PD7 apresentou uma camada mais resistente após os 7cm, fato que não foi encontrado no solo sob PD12 nessa camada.

Palavras-chave: Haste sulcadora, propriedade física, manejo.

__________ (1) Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande

do Sul (IFRS) Campus Sertão, Sertão, RS, km 25 Dist. Eng. Luiz Englert, s/n, CEP 99170-000, [email protected];

(2) Bolsista de Iniciação Científica PIBITI/CNPq, Curso de Agronomia, Sertão, RS e-mail: [email protected] (3) Bolsista de Iniciação Científica Propi/IFRS-Sertão, Curso de Agronomia, Sertão, RS [email protected] (4) Aluno (a) do Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, Bolsista PIBIC-EM/CNPq, IFRS, Sertão, e-mail:

[email protected]; [email protected] (5) Aluno do curso superior em Tecnologia em Agronegócio, IFRS, Sertão, RS e-mail: [email protected]

Page 34: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Carbono orgânico total e residual como indicador da qualidade do

manejo do solo

Tito L. L. Stelmachuk* (1), Cristine E. A. Carneiro (1), Nagib J. M. Júnior (2),

Mateus C. B. Azevedo (3), Elizete A. Andrade (1), Mirian S. Koguishi (1), Raquel

C. Diehl (4), Wilian S. Ricce (3), Amarildo L. Passarin (5), Ruy H. M. Vaz (6),

Maria F. Guimarães (7), Ricardo Ralisch (7)

RESUMO

O presente estudo sugere o acúmulo de Carbono (C) em forma de

matéria orgânica (MO) como indicador de qualidade do manejo do solo. O manejo com

plantio convencional (PC) através de grande revolvimento do solo favorece a rápida

degradação da MO, principalmente pela exposição da biomassa radicular à superfície,

local bastante oxigenado, onde ocorre com maior intensidade a oxidação do C da MO

em CO². O plantio direto na palha (PDP), sistema onde não ocorre revolvimento do solo

e os restos culturais ficam depositados na superfície, a degradação da MO se dá mais

lentamente, favorecendo o acúmulo de C. O C orgânico total (COT) é composto por

duas frações: a fração C lábil (CL), presente nas substâncias não húmicas e a fração C

residual (CR), presente nas substâncias húmicas. O CL é pouco estável, portanto, mais

fácil e rapidamente degradável, enquanto que o CR apresenta estrutura mais estável e de

difícil decomposição.

Trabalho realizado em Bela Vista do Paraíso – PR (região norte do

Paraná), comparou os teores de COT e CR em um latossolo vermelho eutroférrico, em

três profundidade e em três áreas de exploração agrícola em sistemas diferentes: PC,

PDP e pastagem (P), e como testemunha uma floresta secundária em regeneração.

Os resultados mostraram com bastante clareza, que os teores de COT

e CR foram crescentes das áreas com manejo mais intenso para as com manejo menos

intenso, nesta ordem: PC, PD, P e testemunha.

Palavras-chaves: Matéria orgânica, plantio direto, carbono orgânico

______________________________________________________________________

_ (1) Aluno do Programa de Pós-graduação em Agronomia da Universidade Estadual de Londrina – UEL

– CCA – Departamento de Agronomia - Cx. P. 6001, CEP 86.051-990, Londrina – PR. Tel (43) 3371-

4555.

(2) Embrapa Agrofloresta Amapá – Rodovia JK, km 5, - Cx. P. 10, CEP 68.902-280, Macapá – AP. Tel

(96)3241-1551.

(3) Instituto Agronomico do Paraná – IAPAR – Rodovia Celso Garcia Cida, km 375, Bairro Três

Marcos, Cx. P. 481, CEP 86.047-902, Londrina – PR. Tel (43) 3376-2000.

(4) Milenia Agrociencias S. A. – Rua Pedro Antonio de Souza, 400, Parque Rui Barbosa, CEP 86.031-

610, Londrina – PR. Tel (43) 3371-9000.

(5) Colégio Agrícola Estadual Manoel Ribas, Rua Marcílio Dias, 465, Vila Schmidt, Cx. P. 202, CEP

86.812-460, Apucarana – PR. Tel (43) 3423-6070.

(6) Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo – CATI – Escritório de Desenvolvimento

Rural de Assis – SP – Rua Santa Cecília, 319, CEP 19.806-050, Assis – SP. Tel (18) 3322-5951.

(7) Professor do Programa de Pós-graduação em Agronomia da Universidade Estadual de Londrina –

UEL – CCA – Departamento de Agronomia - Cx. P. 6001, CEP 86.051-990, Londrina – PR. Tel (43)

3371-4555.

(*) Autor Para Correspondência

Page 35: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Avaliação do fluxo de óxido nitroso durante a decomposição de resíduos culturais de plantas de cobertura de verão em sistema de plantio direto

Willian H. Ludke(1), Douglas A. Weiler(2), Sandro J. Giacomini(3), Raquel Schmatz(4) &

Guilherme Dietrich(5)

A utilização de leguminosas como cobertura de solo é uma importante alternativa para proteger o solo contra os agentes erosivos e adicionar N aos sistemas agrícolas, reduzindo o uso de fertilizantes nitrogenados. No entanto, o fornecimento de C e N via resíduos culturais à população microbiana pode favorecer as emissões de óxido nitroso (N2O). O objetivo do trabalho foi quantificar as emissões de N2O, após o manejo de plantas de cobertura de solo de verão. O experimento foi conduzido em um Argissolo Vermelho Distrófico arênico com as seguintes plantas de cobertura: mucuna-preta (Mucuna aterrima); milheto (Pennisetum americanum); guandu-anão (Cajanus cajan); crotalária juncea (Crotalaria juncea); crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), juntamente com tratamento de pousio com e sem adubação nitrogenada. As amostras de gás foram coletadas, com auxílio de seringas, usando o método das câmaras estáticas e as respectivas concentrações de N2O determinadas por cromatografia gasosa. Os maiores fluxos de N2O ocorreram nos primeiros 40 dias após o manejo, seguidos da ocorrência de precipitações pluviométricas. A disponibilidade de C parece controlar os fluxos de N2O para a atmosfera, servindo diretamente como fonte de energia para bactérias desnitrificadoras ou indiretamente na redução do O2 disponível. As maiores emissões cumulativas foram observadas durante a decomposição dos resíduos culturais da crotalária spectabilis. A perda de nitrogênio na forma de N2O não foi proporcional a adição de N, atingindo 0,80% do N adicionado pelas plantas de cobertura. Entre as leguminosas, a crotalária juncea apresentou os menores valores (90 e 176) para a relação g N-N2O Mg-1 de fitomassa adicionada e foi a espécie que melhor combina adição de C e N ao solo com baixas emissões de N2O. Palavras chave: Desnitrificação, leguminosas, óxido nitroso.

__________ (1) R. Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha, 490, apto. 201, Camobi, CEP 97105-090. Santa Maria, RS.

Fone: (55) 8137-0605. E-mail: [email protected] (2) Rua da República, 541, apto. 304, Cidade baixa, CEP 90050-321, Porto Alegre, RS. Fone: (51)

3557-3700. E-mail: [email protected] (3) CCR/UFSM. Av. Roraima, 100, CEP 97105-900, Santa Maria, RS. Fone: (55) 3320-8108 Ramal

205. E-mail: [email protected] (4) R. Erly de Almeida Lima, 600, apto. 201, Camobi, CEP 97105-120, Santa Maria, RS. Fone: (55)

9944-2977. E-mail: [email protected] (5) Av. Roraima, 1000, apto. 1118, Camobi, CEP 97105-970, Santa Maria, RS. Fone: (55) 9976-2957.

E-mail: [email protected]

Page 36: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Nitrogênio mineral do solo sob plantas de cobertura de inverno no ciclo do milho em plantio direto(1)

Carlos A. Leguizamón R.(2), Cimélio Bayer(3) & Sandra M. V. Fontoura(4)

(1) Parte da tese de Doutorado apresentado pelo primeiro autor ao PPG Ciência do Solo/UFRGS. (2) Faculdade de Ciencias Agrarias/Universidade Nacional de Asunción/Departamento de Suelos y

Ordenamiento Territorial. Mcal. Estigarribia km 11,5 Campus Universitario, San Lorenzo - Paraguay. C.C. 1618. E-mail: [email protected]

(3) Professor Adjunto do Departamento de Solos, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Av Bento Gonçalves, 7712, CEP 91540-000.

(4) Engenheira Agrônoma, M.SC, Pesquisadora da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária – FAPA. 85139-400 Guarapuava - PR

RESUMO

O N mineral na camada superficial do solo durante o ciclo do milho é influenciada pelas plantas de cobertura de inverno determinando o rendimento do milho em sucessão e pode ser um indicador potencial no manejo do nitrogênio no milho, em plantio direto. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA) da Cooperativa Agrária Mista Entre Rios Ltda., localizada no Município de Guarapuava, Paraná. O solo predominante na região pertence à classe Latossolo Bruno Alumínico típico de textura argilosa. O objetivo foi avaliar a dinâmica do N mineral na camada do solo de 0 – 0,01 m durante o ciclo do milho após diferentes plantas de cobertura de inverno (PCI). O experimento manejado em 2006/07 consistiu em cinco PCI e pousio. As PCI utilizadas foram: nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. Oleriferus Metzg), ervilhaca comum (Vicia sativa L.), aveia branca (Avena sativa L.), aveia preta (Avena strigosa Schieb) e o consórcio aveia branca (1/3) + ervilhaca (2/3). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com três repetições. O N-amônio e N-nitrato do solo foram avaliados em cinco datas durante o ciclo do milho nas profundidades 0-0,05 e 0,05-0,1 m por destilação de arraste de vapor em semimicro Kjeldhal conforme metodologia descrita por Tedesco et al. (1995). Os resultados indicam que: a) o N-nitrato é a forma predominante de N-mineral do solo e alcança os valores máximos antes do inicio da alta taxa de absorção de N pelo milho; b) a maior disponibilidade de N-nitrato é determinada sob leguminosa, a menor sob gramíneas e intermediaria sob consórcio, nabo e pousio; c) o maior rendimento de milho é obtido sob ervilhaca e consórcio; d) o teor crítico de N-nitrato na camada 0-0,1 m do Latossolo antes da alta taxa de absorção de N pelo milho é de 29 mg kg-1. O N-nitrato da camada superficial do solo é uma ferramenta potencial para avaliar a disponibilidade de N no ciclo do milho em plantio direto. Palavras-chave: Dinâmica do nitrogênio do solo, Nitrato do solo, manejo do nitrogênio. Apoio financeiro: CAPES e CNPq

Page 37: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Macrofauna Edáfica e Atributos Químicos do Solo em Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária no Planalto Catarinense

Marcio G. da Rosa(1), Marie L. C. Bartz(2), Dilmar Baretta(2), Evandro Schonell(2), Rafael Anselmi(2) Maximiliano H. Pasetti(2), Osmar Klauberg Filho(1)

RESUMO

O presente trabalho objetivou avaliar a abundância da macrofauna do solo na região Planalto do Estado de Santa Catarina em dois sistemas de uso do solo: integração lavoura pecuária (ILP) e plantio direto (PD), utilizando uma floresta nativa (FN) como referência. As amostragens foram realizadas em julho de 2011, em três municípios: Campo Belo do Sul, Santa Terezinha do Salto e Otacílio Costa, sendo coletados nove pontos em cada sistema, totalizando 81 amostras (27 por sistema). Os municípios constituem as repetições verdadeiras. Para macrofauna do solo utilizou-se a metodologia TSBF, que consistiu na retirada de nove monólitos de 25 x 25 cm por 20 cm de profundidade em uma de grade amostral, com espaçamento de 30 metros entre cada ponto. Para a análise dos atributos químicos foram coletadas amostras de solo próximo ao monólito TSBF. Os dados de abundância dos grupos da macrofauna e os atributos químicos do solo foram submetidas a Análise de Redundância (RDA). Dos organismos identificados, foram encontrados no total 19 grupos taxonômicos (Acarina, Araneae, Blattodea, Chilopoda, Coleoptera, Dermaptera, Diplopoda, Diplura, Diptera, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Lepidoptera, Mollusca, Oligochaeta, Orthoptera e Protura). Em FN foram identificados 17 grupos, em PD 16 e em ILP 11. Os grupos mais abundantes foram: Coleoptera, Hymnopetera, Isoptera e Diplopoda em FN e nos sistemas ILP e PD os grupos mais frequentes foram: Coleoptera, Chilopoda, Diptera, Hymenoptera e Oligochaeta. Na RDA os atributos químicos que mais se correlacionaram com a macrofauna do solo foram: MO, H+Al, Ca, pH e saturação de bases. Os sistemas ILP e PD estão relacionados aos teores e valores mais elevados de Ca, pH e saturação de bases e estão correlacionados com a grupos Oligochaeta, Chilopoda, Diplura e Diptera. FN está relacionada aos atributos químicos MO e H+Al, os quais contribuítam para maior diversidade da macrofauna do solo, especialmente os grupos Araneae, Blattodea, Chilopoda, Coleoptera, Dermaptera, Diplopoda, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Molusca e Orthoptera.

Palavras-chave: usos do solo, biodiversidade do solo, manejos do solo de menor impacto, sustentabilidade.

(1) Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC /CAV), Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro - 88.520-000, Lages/SC/Brasil, [email protected] (2) Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200 Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected]

Page 38: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Macrofauna do Solo e Atributos Químicos em Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária na Região Oeste de Santa Catarina

Marcio G. da Rosa(1), Marie L. C. Bartz(2), Dilmar Baretta(2), Deives Girardi(2), Rafael Anselmi(2) Maximiliano H. Pasetti(2), Osmar Klauberg Filho(1)

RESUMO

A riqueza da macrofauna do solo em sistemas de produção sustentáveis é importante, pois alguns grupos atuam na ciclagem de nutrientes. O presente trabalho objetivou avaliar a diversidade da macrofauna do solo na região Oeste do Estado de Santa Catarina em sistemas de integração lavoura pecuária (ILP) e plantio direto (PD), utilizando uma floresta nativa (FN) como referência. As amostragens foram realizadas em agosto de 2011, em três municípios: Xanxerê, São Miguel do Oeste e Chapecó, sendo coletados nove pontos por sistema, totalizando 81 amostras (27 por sistema). Os municípios constituem as repetições verdadeiras dos sistemas de manejo do solo. Para macrofauna do solo utilizou-se a metodologia TSBF, que consistiu na retirada de nove monólitos de 25 x 25 cm de lado por 20 cm de profundidade em uma de grade amostral com espaçamento de 30 metros. Para a análise dos atributos químicos foram coletadas amostras de solo próximo ao monólito usado para avaliação da macrofauna. Os grupos da macrofauna edáfica e os atributos químicos foram submetidos a Análise de Redundância (RDA). Dos organismos identificados, foram encontrados no total 17 grupos taxonômicos (Acarina, Araneae, Blattodea, Chilopoda, Coleoptera, Dermaptera, Diplopoda, Diplura, Diptera, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Mollusca, Oligochaeta e Orthoptera). Em FN foram identificados 16 grupos, em PD 12 e em ILP nove. Os grupos mais abundantes foram: Coleoptera, Hymenoptera e Isoptera em FN e Coleoptera, Chilopoda, Diplopoda, Hymenoptera e Oligochaeta em ILP e PD. Na RDA os atributos químicos que tiveram correlações significativas com macrofauna do solo foram: MO, H+Al, Al, Mg, P, pH e saturação de bases. Os sistemas ILP e PD apresentaram maiores valores de Mg, P, pH e saturação de bases e abundância grupos Oligochaeta, Diplopoda e Acarina, Já em FN apresentou maiores teores de MO, Al e H+Al e maior diversidade da macrofauna do solo. Apresentou maior abundância de Araneae, Blattodea, Chilopoda, Coleoptera, Dermaptera, Diplura, Diptera, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Molusca e Orthoptera, especialmente devido aos maiores teores de MO.

Palavras-chave: usos do solo, biodiversidade do solo, manejos do solo de menor impacto, sustentabilidade, oeste catarinense.

(1) Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC /CAV), Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro - 88.520-000, Lages/SC/Brasil, [email protected] (2) Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected]

Page 39: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Macrofauna Edáfica e Atributos Químicos do Solo em Sistemas de Manejo do Solo na Região Oeste do Estado de Santa Catarina

Rafael Anselmi(1), Marie L. C. Bartz(1), Dilmar Baretta(1), Maximiliano H. Pasetti(1), Rogério Foralosso(1), Roney Debastiani(1), Renato Orso(1), Evandro Schonell (1) & Marcio G. da

Rosa(2)

RESUMO

O presente trabalho objetivou avaliar a diversidade da fauna edáfica na região Oeste do Estado de Santa Catarina em sistemas de integração lavoura pecuária (ILP) e plantio direto (PD), utilizando uma floresta nativa (FN) como referência. As amostragens foram realizadas em julho de 2011 em três municípios da região Oeste catarinense: Xanxerê, São Miguel do Oeste e Chapecó, sendo amostrados nove pontos por sistema, totalizando 81 amostras (27 por sistema). Os municípios constituem as repetições verdadeiras dos sistemas de manejo do solo. As armadilhas foram instaladas em uma grade amostral, com espaçamento de 30 metros entre cada ponto e 20 m de bordadura (totalizando uma área 1 ha-2). A atividade da fauna foi avaliada utilizando o método do tipo “Pitfall traps”, o qual consiste na instalação de armadilhas na superfície do solo, permanecendo três dias no campo. Para a análise dos atributos químicos foram coletadas amostras de solo próximo ao ponto de amostragem da fauna edáfica. Os dados de abundância da fauna edáfica foram submetidos a Análise de Redundância (RDA) correlacionados com as variáveis ambientais (atributos químicos). Dos organismos identificados, foram encontrados no total 16 grupos/ordens taxonômicos (Acarina, Araneae, Chilopoda, Coleoptera, Diplopoda, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Orthoptera, Formicidae, Homoptera, Dermaptera, Blattodea e Thysanoptera). Em FN foram encontrados 15 grupos, em PD 13 e em ILP 11. Os grupos com maior frequência foram: Formicidade, Coleoptera e Araneae em FN. Em ILP foram mais frequêntes: Acarina, Coleopera e outros e no PD os grupos: Acarina, Formicidae e Coleopera foram os mais frequêntes. Os demais grupos foram encontrados em frequências semelhantes. Na RDA os atributos químicos que tiveram correlações significativas com a fauna edáfica foram: Ca, K, pH, saturação de bases, Al e H+Al. O sistema PD está relacionado aos teores mais elevados de Ca, saturação de bases e pH e estão correlacionados com a grupos Chilopoda e Acarina. Já a FN está relacionada mais ao atributo químico H+Al que estão correlacionados grupos de Araneae Lepidoptera, Orthoptera, Blattodea, Dermaptera e Isoptera. Enquanto o sistema ILP esteve mais correlacionado com os grupos Acarina, Diplopoda, Scorpionidae e Hemiptera.

Palavras-chave: usos do solo, biodiversidade do solo, impacto ambiental, sustentabilidade, armadilhas do solo.

(1) Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Ensino Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected]. (2) Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC /CAV), Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro - 88.520-000, Lages/SC/Brasil.

Page 40: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Fauna do Solo e Atributos Químicos do Solo em Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária no Planalto Catarinense

-

Maximiliano H. O. Pasetti(1), Marie L. C. Bartz(1), Dilmar Baretta(1), Rafael Anselmi(1), Rogério Foralosso(1), Roney Debastiani(1), Renato Orso(1) , Deives Girardi(1) & Marcio G. da

Rosa(2)

RESUMO

O presente trabalho avaliou a diversidade da fauna do solo na região Planalto do Estado de Santa Catarina em dois sistemas de uso do solo no inverno de 2011: integração lavoura pecuária (ILP) e plantio direto (PD), utilizando uma floresta nativa (FN) como referência. As amostragens foram realizadas em três municípios: Campo Belo do Sul, Santa Teresinha do Salto e Otácilio Costa, sendo coletados nove pontos por sistema, totalizando 81 amostras (27 por sistema). Os municípios constituem as repetições verdadeiras de cada sistema de manejo do solo. Para coleta de fauna do solo utilizou-se a metodologia “Pitfall traps”, o qual consiste na instalação de armadilhas, permanecendo três dias no campo. Foram coletadas amostras para avaliação dos atributos químicos do solo próximo as armadilhas. Os dados de abundância dos grupos da fauna do solo foram submetidas a Análise de Redundância (RDA) e correlacionados com as variáveis ambientais (atributos químicos do solo). Dos organismos identificados, foram encontrados no total 14 grupos taxonômicos (Acarina, Araneae, Blattodea, Chilopoda, Coleoptera, Diplopoda, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Orthoptera, Formicidae e Homoptera). Em FN foram encontrados 14 grupos, em PD 10 e em ILP nove. Os grupos mais abundantes foram Acarina, Coleoptera e Formicidae em FN. Já nos sistemas ILP e PD foram encontrados: Acarina, Araneae, Coleoptera, Formicidae e Homoptera. Na RDA os atributos químicos que tiveram correlações significativas com macrofauna do solo foram: MO, Mg, P, K e pH. Os sistemas ILP e PD apresentaram teores de Mg, P, K e pH e favorecem os grupos Araneae, Orthoptera, Homoptera, Hemiptera, Hymenoptera e Chilopoda, enquanto FN ao atributo MO, o qual proporcionou maior diversidade de grupos: Acarina, Blattodea, Coleoptera, Formicidae, Grilloblattodea, Isopoda, Isoptera e Diplopoda.

Palavras-chave usos do solo, biodiversidade do solo, impacto ambiental, sustentabilidade, armadilhas.

(1) Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC /CEO), Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected] (2) Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC/CAV) Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro - 88.520-000, Lages/SC/Brasil.

Page 41: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Fauna edáfica e atributos químicos do solo em trigo de duplo-propósito cultivado nos sistemas convencional e plantio direto

Katiane Casarotto(11), Talyta Zortéa(1), Rafael Anselmi(1), Gustavo Krahl(2), Marie L.C. Bartz(1); Diovani Paiano & Dilmar Baretta(1)

RESUMO

A fauna edáfica pode sofrer modificações na diversidade dos organismos dependendo do sistema de preparo e do manejo do solo adotados para o cultivo de trigo duplo-propósito. O objetivo do estudo foi avaliar a diversidade da fauna edáfica e a sua relação com os atributos químicos do solo em trigo de duplo-propósito cultivado nos sistemas convencional e plantio direto com manejo agroecológico. Os tratamentos consistiram de trigo de duplo-propósito produzido nos sistemas convencional (TC) e no agroecológico (TA), nos sistemas de integração lavoura-pecuária e plantio direto consolidado, respectivamente. A avaliação da fauna edáfica foi realizada por meio de armadilhas do tipo Pitfall traps, as quais permaneceram três dias no campo. Para análises químicas foram coletadas amostras de solo próximas às armadilhas. A abundância da fauna edáfica e os atributos químicos foram submetidos à Análise Multivariada de Redundância (RDA). A composição da fauna edáfica e os atributos químicos do solo foram influenciados pelo preparo e manejo do solo adotado para o cultivo de trigo duplo-propósito. Os grupos Colembolla, Hymenoptera, Orthoptera, Coleoptera e Isoptera foram mais abundantes no trigo convencional devido aos maiores teores de Al e Mg encontrado neste sistema. O trigo agroecológico apresentou maior abundância dos grupos Mollusca, Hemiptera, Isopoda e Blattodea, os quais foram favorecidos pelos maiores teores de MO, Ca e K, bem como pela permanência da palhada e também pela adubação orgânica utilizada para produção mais sustentável do trigo de duplo-propósito.

Palavras-chave: diversidade edáfica, integração lavoura-pecuária, plantio direto, sustentabilidade, trigo duplo propósito.

(1) Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected]

Page 42: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Produção da soja em sucessão a oleaginosas outono/inverno Neila C. D. S. Souza(1), João A. N. Silva(2), Josiane P. B. Souza (3), Robson B.

Soares(4), Diego Ferreira(5), Air L. Fróes(6) & Cesar J. Silva(7), (1) Pós-graduanda em Gestão Ambiental, UNIGRAN, bolsista DTI-III CPAO. BR 163, km 253,6, Caixa

Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected] (2) PPGA/UFGD. Rua Mustafá Salem Abdo Sater, 1030, Parque Alvorada, CEP 79823-469. Dourados,

MS. Fone: (67) 9103-8249. E-mail: [email protected] (3) Graduanda em Administração em Agronegócios, UNIGRAN, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste,

BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected].

(4) Graduando em Agronomia, UNIGRAN, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail [email protected]

(5) Graduando em Agronomia, ANHANGUERA, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail [email protected].

(6) Graduando em Agronomia, ANHANGUERA, bolsista Embrapa Agropecuária Oeste, BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9788. E-mail: [email protected]

(7) Embrapa Agropecuária Oeste. BR 163, km 253,6, Caixa Postal 449, CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3416-9761. E-mail: [email protected]

RESUMO

O Sistema Plantio Direto é uma ferramenta essencial para se alcançar a

sustentabilidade dos sistemas agropecuários. Este trabalho teve por objetivo avaliar a produção da soja sobre a palhada e na sucessão das culturas do nabo-forrageiro, crambe, canola, girassol, milho+Urochloa ruziziensis e pousio, cultivados na safrinha. O experimento foi realizado na Embrapa Agropecuária Oeste em Dourados-MS na safra 2011/12. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com seis tratamentos e cinco repetições. Para avaliar a produtividade e peso de 100 grãos da soja em cada parcela (144m2) foram colhidos 2,7m2. Em 10 plantas por parcela foram avaliados a altura de plantas, diâmetro de caule e número de vagens/ planta. Os grãos foram pesados e determinados à umidade que foi corrigida a 13%. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Para o peso de 100 grãos e diâmetro do caule não houve diferença significativa entre os tratamentos. A soja sobre o sistema milho+ruziziensis apresentou 54 vagens / planta, significativamente superior aos demais sistemas (média de 35,4 vagens/ planta). A altura de plantas foi menor no pousio (70,44cm), não diferindo-se entre os demais tratamentos (média de 84,24cm). A produção de grãos de soja após o pousio invernal (2706 kg ha-1) foi menor que em sucessão ao crambe (3464 kg ha-1), canola (3388 kg ha-1), milho+ruziziensis (3403 kg ha-1), nabo-forrageiro (3157 kg ha-1) e girassol (3321 kg ha-1). A presença da palhada e raízes do crambe, canola, milho+ruziziensis, nabo-forrageiro e girassol beneficiou à soja provavelmente pela manutenção de maior umidade do solo e reciclagem de nutrientes, fatores que resultaram em maior produção de grãos. Conclui-se que os sistemas de sucessão avaliados favorecem a soja, comparados ao pousio invernal trazendo renda extra aos produtores.

Palavras-chave: Glycine max., sucessão de culturas, culturas de inverno.

Page 43: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

Atributos químicos, físicos e biológicos como indicadores de sustentabilidade em sistemas de manejo do solo no Oeste Catarinense

Marie L. C. Bartz(1), Dilmar Baretta(1), Carolina R. D. M. Baretta(1), Ivandro A. Fachini(1),

Célio Haverroth(2), Leandro do Prado Wildner(3), Manuela Testa(1), Rafael Anselmi(1), Karina A. Mateus(1), Deives Girardi(1)

O tipo de sistema de preparo e cultivo do solo adotado pelo produtor pode afetar os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, especialmente a diversidade de minhocas, por tanto, o objetivo deste estudo foi de gerar conhecimento sobre atributos químicos, físicos e biológicos em diferentes sistemas de manejo do solo, a fim de selecionar os indicadores que mais contribuem para separar os sistemas de preparo e cultivo do solo. Foram selecionados os municípios de Xanxerê e Chapecó na região Oeste de Santa Catarina, englobando os sistemas de: plantio convencional com rotação de culturas (PCRC), plantio direto com rotação de culturas (PDRC), plantio convencional com sucessão de cultura (PCSC), plantio direto com sucessão de culturas (PDSC), cultivo mínimo com sucessão de culturas (CMSC) e floresta nativa (FN). A avaliação da diversidade de minhocas foi realizada por meio da coleta de monólitos de solo de 25 x 25 cm de lado na profundidade de 0-20 cm (TSBF), nos mesmos pontos de coleta ontiveram-se informações sobre os atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo. A diversidade de minhocas foi submetida à Análise de Componentes Principais (ACP) e os atributos físicos, químicos e microbiológicos [Carbono da Biomassa Microbiana (CBM), Respiração basal (C-CO2)] foram utilizados como variáveis ambientais explicativas. Foram identificadas nove espécies de minhocas (Amynthas gracilis, Dicogaster gracilis, Lumbricidae sp.1, L. sp.2; Glossosclex sp.1, G. sp.2, Pontoscolex corethrurus, Urobenus brasiliensis e sp Não Identificada.), independente do tratamento. As espécies L.sp.1 tanto adultas quanto juvenis (J), A.gracilis ficaram fortemente associadas às áreas de plantio direto e convencionais, tanto em sucessão quanto em rotação de culturas, devido a esses sistemas apresentarem maiores teores de umidade do solo, CBM, P e S. As espécies U. brasiliensis; P. corethrurus J., G.sp.1 e sp.NI. ficaram mais associadas à floresta nativa. A área de cultivo mínimo se afastou das demais áreas de plantio direto e convencional com mais minhocas das espécies G.sp. 1J; G.sp.2; L.sp.2 e D. gracilis, sendo mais compactada, ou seja, com maiores valores de resistência a penetração na camada de 0-20 cm. Contudo, o PDRC ficou mais afastado dos outros sistemas de manejo com melhores condições físico-químicas e biológicas do solo, em comparação aos sistemas de PCSC, CMSC e PDSC. Os atributos considerados melhores indicadores químicos foram potássio, pH, matéria orgânica, fósforo, H + Al e diversidade de espécies de minhocas e CBM, respectivamente.

PALAVRAS CHAVE: sustentabilidade, plantio convencional, fauna edáfica, indicadores de qualidade, plantio direto.

(1)Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected] (2) Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Centro de Treinamento de Chapecó (Cetrec), Cx P. 791, Distrito Marechal Bormann - 89801-970, Chapecó/SC/Brasil (3) Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Centro de Pesquisas para a Agricultura Familiar – (Cepaf), Cx P. 791, Servidão Ferdinando Tusset, s/nº, São Cristóvão - 89801-970, Chapecó/SC/Brasil.

Page 44: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Diversidade de minhocas e atributos químicos em sistemas plantio direto e integração lavoura-pecuária no Oeste Catarinense

Marie L. C. Bartz(1), George G. Brown(2), Osmar Klauberg Filho(3), Marcio G. da Rosa(3), Marcos Locatelli(1), Renato Orso(1),Talyta Zortéa(1), Katiane Casaroto(1), Thibaud Decaëns(4),

Dilmar Baretta(1)

RESUMO

Praticamente são inexistes os estudos envolvendo diversidade de minhocas no Oeste Catarinense. O objetivo deste estudo foi avaliar a densidade e diversidade de espécies de minhocas em sistemas plantio direto e integração lavoura-pecuária na região Oeste do Estado de Santa Catarina. Para tanto, foram selecionados três municípios representante: Xanxerê, São Miguel do Oeste e Chapecó como parte do projeto SisBIOTA/SC e amostrados os sistemas: plantio direto (PD), integração lavoura-pecuária (ILP) e floresta nativa (FN) como referência. Utilizou-se a metodologia TSBF, que consiste na retirada de nove monolitos de 25 x 25 cm de lado por 20 cm de profundidade em um esquema de grade amostral com espaçamento de 30 metros entre cada ponto e 20 m de bordadura (totalizando uma área 1 ha-2). As minhocas foram fixadas em solução formaldeído 5%. Depois contadas, pesadas e identificadas em nível de gênero e espécie. Próximo ao monólito foram coletadas amostras para análise dos atributos químicos do solo. Os dados de abundância de espécies de minhocas foram utilizados para plotar boxplots para avaliar as diferenças e juntamente com os atributos químicos foram submetidos a Análise Canônica (CCA). Ao todo foram identificadas no total 8 espécies de minhocas, 5 nativas (Urobenus brasiliensis, Ocnerodrilidae sp.1, Ocnerodrilidae sp.2, Glossoscolex sp.3 e Fimoscolex sp.3) e três exóticas (Amynthas gracilis, Bimastus parvus e Dichogaster gracilis). Ressalta-se a importância de que as espécies Glossoscolex sp.3 e Fimoscolex sp.3 são novas espécies de minhocas que precisam ser descritas. Em ILP foram encontradas oito espécies (62% nativas e 38% exóticas), em PD quarto (100% nativas) e em FN duas (100% nativas). A densidade de minhocas foi significativamente maior no sistema ILP, seguido por PD e FN. Enquanto para biomassa não houve diferenças significativas entre os sistemas estudados. Na CCA os atributos químicos que aprestaram correlações significativas com as espécies de minhocas forma matéria orgânica (MO), pH, CTC e potássio (K), as quais separam os sistemas FN e PD de ILP. A CTC ficou fortemente relacionada às espécies U. brasiliensis e F. sp.3 em FN. As demais espécies (Ocnerodrilidae sp.1, Ocnerodrilidae sp.2, Glossoscolex sp.3, Fimoscolex sp.3, Amynthas gracilis, Bimastus parvus e Dichogaster gracilis) não estiveram correlacionadas a nenhum atributo, mas foram mais frequentes em ILP.

Palavras-chave: Oligochaetas, sustentabilidade, espécies nativas, espécies exóticas, bioindicadores de qualidade.

(1)Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected] (2) Embrapa Florestas, Estrada da Ribeira, Km. 111, C.P. 319 - 83411-000, Colombo/PR/Brazil, [email protected] (3) Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC /CAV), Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro - 88.520-000, Lages/SC/Brasil. (4) Université de Rouen – 76821, Mont Saint Aignan cedex/Normandia/França.

Page 45: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

1

Minhocas em plantio direto e integração lavoura-pecuária na região serrana do Estado de

Santa Catarina

Marie L. C. Bartz(1), George G. Brown(2), Osmar Klauberg Filho(3), Marcio G. da Rosa(3), Marcos Locatelli(1), Rogério Foralosso(1), Karina A. Mateus(1), Eduardo Lucianer(1), Talyta

Zortéa(1), Katiane Casaroto(1), Thibaud Decaëns(4), Dilmar Baretta(1)

RESUMO

O impacto antrópico sobre o meio ambiente, principalmente devido ao uso e manejo do solo pode influenciar as populações de minhocas, mas praticamente não existem informação sobre esse assunto no Estado de Santa Catarina. O objetivo deste estudo foi avaliar a densidade e diversidade de espécies de minhocas nos sistemas plantio direto e integração lavoura-pecuária. O estudo foi conduzido na região Planalto do Estado de Santa Catarina em três municípios: Campo Belo do Sul (CBS), Santa Teresinha do Salto (STS) e Otacílio Costa (OTC), sendo parte do projeto SisBIOTA/SC. Três sistemas de uso do solo foram amostrados: plantio direto (PD), integração lavoura-pecuária (ILP) e floresta nativa (FN), como referência. Nove monolitos de 25 x 25 cm de lado por 20 cm de profundidade (método quantitativo – TSBF), distanciados a 30 m dispostos um do outro e em esquema de grade, totalizando 81 pontos amostrados. As amostragens foram realizadas no inverno (julho 2011) e as minhocas fixadas em solução formaldeído 5%, posteriormente contadas, pesadas e identificadas em nível de gênero e espécie. Os dados foram utilizados para plotar boxplots para avaliar as diferenças entre as densidades e biomassas. Os dados biológicos (abundância das espécies de minhocas) e os atributos químicos do solo foram submetidos a Análise de Redundância (RDA). Foram identificadas no total 11 espécies de minhocas, oito nativas (Urobenus brasiliensis, Ocnerodrilidae sp.1, Ocnerodrilidae sp.2, Ocnerodrilidae sp.3, Glossoscolex sp.1, Glossoscolex sp.2 e Fimoscolex sp.1) e quatro exóticas (Amynthas gracilis, Amynthas corticis, Metaphire californica e Octolasion tyrtaeum), sendo as espécies Glossoscolex sp.1, Glossoscolex sp.2 e Fimoscolex sp.1 novas espécies e precisam ser descritas. Em ILP foram encontradas sete espécies (71% nativas e 29% exóticas), em PD seis (33% nativas e 67% exóticas) e em FN cinco (100% nativas). Tanto a densidade como a biomassa de minhocas foram significativamente maiores nas áreas agrícolas (ILP e PD) em comparação com FN. Na RDA os atributos químicos que apresentam correlações significativas com as espécies de minhocas foram matéria orgânica (MO), alumínio e magnésio e separam FN das áreas agrícolas. FN apresentou maiores teres de MO e Al e ficou mais associada às espécies U. brasiliensis, G. sp.1 e G. sp.2. Os sistemas ILP e PD ficaram associados às outras espécies (Ocnerodrilidae sp.1, Ocnerodrilidae sp.2, Ocnerodrilidae sp.3, Fimoscolex sp.1, Amynthas gracilis, Amynthas corticis, Metaphire californica e Octolasion tyrtaeum), espécies estas exóticas e correlacionadas aos teores mais elevados de magnésio.

Palavras-chave: Oligochaetas, sustentabilidade, espécies nativas, espécies exóticas, indicadores de qualidade do solo, biodiversidade.

(1)Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Ensino Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected], [email protected] (2) Embrapa Florestas, Estrada da Ribeira, Km. 111, C.P. 319 - 83411-000, Colombo/PR/Brazil, [email protected] (3) Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC /CAV), Av. Luiz de Camões, 2090 - Conta Dinheiro - 88.520-000, Lages/SC/Brasil. (4) Université de Rouen – 76821, Mont Saint Aignan cedex/Normandia/França.

Page 46: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO NA PALHA: 20 anos de existência

Diretoria FEBRAPDP - Gestão 2010/2012(1)

Em 23 de julho 1992, reuniram-se em Cruz Alta-RS, representantes de várias entidades ligadas ao Sistema Plantio Direto e definiram pela criação de uma instituição, de caráter nacional, que as representasse. Assim, foi então criada a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha. Trata-se de uma entidade de direito privado, sem finalidade lucrativa e com objetivos claros: i. Congregar e representar as instituições que tenham, entre outros objetivos, o de estimular, difundir e ou orientar o Sistema Plantio Direto, em todo o território nacional e junto a entidades internacionais afins; ii. Incentivar e promover a realização de palestras, debates, conferencias, encontros, congressos e outros eventos, em qualquer âmbito, visando o desenvolvimento do Sistema Plantio Direto; iii. Promover, sob todas as formas, a troca de experiências e o aperfeiçoamento técnico entre entidades congêneres, técnicos, instituições e produtores adotantes do Sistema Plantio Direto; iv. Promover a integração entre as entidades associadas, órgãos governamentais e privados de pesquisa, ensino e extensão, bem como empresas nacionais e estrangeiras, detentoras de tecnologia, visando a otimização do Sistema Plantio Direto e a melhoria do seu custo benefício; v. Incentivar e promover o treinamento de recursos humanos, técnicos de nível médio, superior e do próprio produtor, visando facilitar o desenvolvimento tecnológico e operacional do sistema na propriedade; vi. Contribuir para a difusão de informações do interesse das filiadas e seus associados; vii. Representar, a nível nacional e internacional, o interesse das instituições filiadas e dos produtores rurais que utilizam o Sistema Plantio Direto. viii. Manter a publicação de um Informativo trimestral, que é distribuído em nível nacional. Em junho de 1998, a FEBRAPDP recebeu do Ministério da Justiça, a outorga de Entidade de Utilidade Pública Federal. Em 2012 a FEBRAPDP completa 20 anos, anos dedicados em prol da difusão do Sistema Plantio Direto em nível nacional e internacional e os últimos com efetiva atuação junto às iniciativas públicas de forma em otimizar a adoção do sistema no país e principalmente em criar mecanismos que incentivem a qualidade do Sistema Plantio Direto. Proporá em sua assembleia ordinária de 2012 a adoção do dia do SPD, quando serão feitas as comemorações dos 20 anos da FEBRAPDP e 40 do SPD no Brasil. (1) Presidente: Herbert A. Bartz; Diretores Honorários: Manoel H. Pereira e Franke Dijkstra; Vice-Presidente RS: Ivan Carlos Bohrz; Vice-presidente PR: Sergio K.. Higashibara; Vice-presidente SC: Marcos V. Cella; Vice-Presidente SP: Alfonso A. Sleutjes; Vice-Presidente GO: Charles L. Peeters; Vice-Presidente MS: Lúcio Damalia; Vice-presidente MG: Lucas Aernouds; Vice-presidente BA: Ingbert Dowitch; 1o Secretário: Ricardo Ralisch; 2o Secretário: Rafael Fuentes; 1o Tesoureiro: Daniel Stroebel; 2o Tesoureiro - Leonardo M. Thomaz; Conselho Fiscal: Carlos Pitol, Francisco Skora Neto, Leandro P. Wildner, Mauricio C. Oliveira, Sergio Porn e Udo Bublitz; Conselho Deliberativo: Antonio R. Dechen, Ariovaldo Ceratti, Benami Bacaltchuk, Carlos H. Dalmazzo, Dionisio Gazziero, Eurico F. Dornelles, Fernando P. Cardoso, Karla Camargo, José E. Denardin, João C. M. de Sá, Telmo Amado, Valeska de Laquila; Secretário Executivo: André Cury; Conslutores: Ivo Z. Mello e Marie L. C. Bartz - [email protected].

Page 47: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

O início do Plantio Direto no Brasil

Herbert A. Bartz(1), Johann Bartz(2) & Marie L. C. Bartz(3)

RESUMO

Ao vivenciar um intenso temporal numa noite de verão em 1971, em minha propriedade, a Fazenda Rhenânia em Rolândia/PR, no qual perdi toda a lavoura de soja recém-plantada devido à erosão, foi que avaliei a inviabilidade do sistema de produção utilizado, plantio convencional e decidi sair em busca de alguma alternativa menos impactante. Depois de tentar uma alternativa adaptando um enxada rotativa a uma semeadora alemã Amazon, visando fazer o que se chama hoje de preparo localizado, que também se mostrou vulnerável, obtive informação com Rolf Derpsch e indicações de contatos através da ICI e fui nos EUA em 1972. Lá conheci o “plantio direto” na propriedade do Harry Young, a técnica de plantio sobre os restos vegetais da cultura anterior que não revolvia o solo. Importei uma plantadeira Allis Chalmers daquele país e devido a alguns problemas enfrentados naquele ano (tarifação de impostos no processo de importação da plantadeira e perda de minha lavoura de trigo pela geada), tive que iniciar o plantio da safra 1972/1973 em 100% de minha área sob plantio direto. Inúmeras foram as dificuldades enfrentadas no início: plantadeiras/semeadoras inadequadas, dificuldade para o controle de daninhas, pouco ou nenhum suporte da pesquisa, entre outros. Fatores estes que fizeram muitos agricultores desistirem de utilizar a técnica, no entanto fez com que outros se unissem nos chamados Clubes da Minhocas e Amigos da Terra para discutirem as dificuldades e buscarem soluções. Em minha propriedade recebi inúmeras visitas para divulgação da técnica e fiz várias adaptações em plantadeira/semeadeira, tratores, pulverizadores, assim como auxiliei diversas empresas testando máquinas e implementos agrícolas e também prestei consultorias em algumas instituições de pesquisa. Com os passar dos anos percebemos que os benefícios do plantio direto ia além do controle da erosão: menos trabalho, menor uso e desgaste das máquinas e implementos, menor uso de combustíveis fósseis, acúmulo de matéria orgânica, melhoria na fertilidade química e física, aumento da biodiversidade do solo, sequestro de carbono, aumento da produtividade, entre outros. Isso fez com que o plantio direto evoluísse de técnica para o SISTEMA PLANTIO DIRETO baseado em três princípios: 1. Mínimo revolvimento do solo, 2. Manutenção permanente da cobertura do solo (viva ou morta) e 3. Rotação de culturas e adubação verde. Devido aos benefícios advindos através da adoção do Sistema Plantio Direto, este está calcado no tripé da sustentabilidade: é economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto. Sendo o sistema de produção agrícola que mais cresce atualmente no mundo, tornando a agricultura brasileira referência internacional neste sistema e um exemplo a ser seguido.

(1) Agricultor nas regiões de Rolândia e Grandes Rios/PR e Presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), [email protected] (2) Agricultor nas regiões de Rolândia e Grandes Rios/PR e Engenheiro Agrônomo, [email protected] (3) Bióloga, Pós-doutoranda na Universidade do Estado de Santa Catarina- Centro de Educação Superior do Oeste (UDESC/CEO) Rua Beloni Trombeta Zanin, 68 - Bairro Santo Antônio - 89.802-200, Chapecó/SC/Brasil, [email protected]

Page 48: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

“O plantio direto não é somente uma técnica diferente, mas uma questão de sobrevivência!”

Porque utilizo o plantio direto!

Franke Dijkstra(1)

RESUMO

A sensação de estar fazendo algo que tem seus dias contados, vendo o solo ano a ano perdendo sua resistência pelo excesso de preparos, a erosão e degradação se agravando, nos alerta da necessidade de mudanças, foram muitas as tentativas na busca de diferentes soluções, mas todos sem o resultado desejado e de custos elevados. A grande questão como nós manter na atividade? E os nossos filhos, qual será o futuro? A necessidade faz o homem mudar de rumo. Como na época a agricultura mais intensiva com duas culturas o trigo e soja estávamos ainda experimentando de fazer agricultura nestas terras, com pouca vivencia do como trabalhar o nosso solo mais frágil das vividas na Europa e outras regiões com clima temperado. Em 1975 através da comissão Central das Cooperativas ABC convidamos na Holanda o Agrônomo Hans Peeten para desenvolver um sitema de produção viável nas terras dos Campos Gerais, onde o Plantio Direto se destacou como a melhor saída para a nossa agricultura. Passamos por erros primários, mas com o tempo e o trabalho em equipe grandes avanços conquistamos, que foram determinante para o atual sistema de produção. Tudo começou com a primeira visita a fazenda do Herbert Bartz em Rolândia. Como na época normalmente o produtor passava horas no balcão do Banco do Brasil, lá conversando com o Manoel H Pereira “NONÔ” ele também tinha começado com alguns testes de P. Direto acompanhado pelo agrônomo Américo c. Meininke, esta troca de ideias com o NONÔ dali em diante se avolumaram formamos um time, o embrião para o desenvolvimento e a divulgação do Plantio Direto na Palha. O sucesso foi que muitos outros vieram a somar. Quero destacar a garra na divulgação o Sr. M. H. Pereira “NONÔ” e o agrônomo Hans Peeten na geração de novas ideias e técnicas que nos convenceu do valor da PALHA a rotação de culturas. E muitas outras técnicas para o melhoramento do sistema. Trabalhos que não podem mais parar!...

(1) Produtor na região de Carambeí/PR e Diretor Honorário da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), [email protected]

Page 49: RESUMOS 09 a 11 de Julho de 2012 Passo Fundo - RS · dificilmente são afetados por fungicidas ou por práticas culturais. Os escleródios tendem a se esgotar após sua germinação

UMA AGRICULTURA SEM O ARADO

Manoel H. Pereira(1)

RESUMO O principal objetivo da utilização do Sistema de Plantio nos Campos Gerais do Paraná na segunda metade da década de 1.970 foi estancar a perda constante do solo agrícola das áreas de produção de grãos.Os volumes perdidos eram informados frequentemente pela pesquisa oficial e que de tão altos geravam dúvidas junto aos agricultores da região. A primeira iniciativa tomada, que poderia reverter a exportação das terras em produção, foi a criação da Associação Conservacionista dos Campos Gerais, fundada no ano de 1.972, com o apoio dos Órgãos Oficiais, Cooperativas Agrícolas e Bancos de Crédito Rural e Produtores. Na realidade, a Associação já nos primeiros anos do seu funcionamento teve decisiva importância na conscientização dos envolvidos, principalmente quanto aos prejuízos causados pela erosão hídrica que estava instalada nas propriedades rurais. A partir dessa fase, percebeu-se que os equipamentos, e mecanismos propostos pela equipe técnica da Associação não conseguiriam a eficiência desejada para conter as enxurradas, até mesmo a tabela utilizada na locação dos terraços foi bastante debatida pelos agrônomos e produtores naquela oportunidade. Eu mesmo, nessa época tive uma grande área de produção não aceita pelos técnicos como viável para produzir, bem como, impossibilitada de ser enquadrada nas normas técnicas de receber o laudo exigido pelos bancos para liberar as verbas de custeio. Foi então que casualmente recebi o primeiro desafio de mudar: O Engenheiro Agrônomo Américo Conrado Meinicke me dizia, porque você não experimenta o Plantio Direto? Confessei à ele que não tinha a menor idéia ou informação do que se tratava. Para minha surpresa no dia seguinte ele me entregava algumas folhas de papel almaço, da tradução de um artigo da revista Americana Busness Week, que tinha como título “Uma Agricultura sem Aração”. A partir desse momento foi como se uma luz acendesse na escuridão e passei a perguntar, visitar, discutir e principalmente investir na nova idéia. Já se vão 36 anos desses dias de incerteza, onde arquivei momentos inesquecíveis na minha memória, o que fez com que eu reunisse um volume expressivo de máquinas, equipamentos, livros, revistas, publicações, fotografias, cartazes e baners e os guardasse num local na minha Fazenda, preservando um valioso estoque de informações sobre esta jornada. São inúmeros os companheiros com quem convivi nestes anos, sendo quase impossível nominá-los, sem cometer injustiças, mas alguns precisam serem citados como Herbert Bartz, Franke Dijkstra, Hans Peeten, Nadir Razini, Américo C. Meinicke, Maury Sade e Rolf Derpsch, que tiveram participação decisiva na solução dos problemas iniciais. Não se pode deixar de citar a importante contribuição que recebemos dos nossos auxiliares dos trabalhos de campo, como gerentes, capatazes, tratoristas, mecânicos e até o mais modesto ajudante, nas ideias e nas dúvidas do uso de novos equipamentos e nas adaptações dos antigos, a nível de propriedade. Outras iniciativas tiveram sucesso e completaram o leque de informações práticas e técnicas de que se necessitava naquela época. Já a partir da Associação Conservacionista vieram o Clube da Minhoca reconhecido como o primeiro ligado ao Sistema, fundado em Julho de 1.979, em Ponta Grossa e de diversos Clubes de Amigos da Terra, do Solo que foram fundados e organizados por técnicos e produtores em diversos estados Brasileiros; (1) Produtor na região de Palmeiras/PR e Diretor Honorário da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), [email protected]