resumo temas em psicopatologia - 2º bimestre

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A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose Neurose → Ego a serviço da realidade suprimindo um fragmento do Id Psicose Ego a serviço do Id suprimindo um fragmento da realidade Predomina a Realidade Predomina o Id Afirma-se que na psicose a perda da realidade deve estar presente, enquanto na neurose o contato com a realidade se mantém. Entretan to, toda neurose perturba de algum modo a relação do paciente com a realidade. Trata-se também a neurose de uma forma de se afastar da realidade, porém mais amena que a psicose. Formação da neurose em duas etapas: 1. o ego, a serviço da realidade, reprime um impulso do Id (ainda não é a própria neurose) 2. o ego fornece uma compensação ao Id pelo impulso reprimido (uma satisfação parcial, o sintoma - neurose formada) (Portanto a neurose consiste na reação contra a repressão do Id e no fracasso desta repressão) A perda da realidade é consequência deste segundo passo e afeta exatamente o fragmento da realidade que exigiu a repressão do impulso. Ex: Jovem senhora apaixonada pelo genro. O sintoma neurótico de delírio de ciúmes da lugar a um fragmento da realidade (sua atração pelo genro) Formação da psicose em duas etapas: 1. Rompimento do ego com a realidade 2. Tentativa de reparo do dano causado por esse rompimento através da construção de uma nova realidade que obedeça aos princípio s do Id (alucinação e delírio - psicose) A segunda etapa, tanto na neurose quanto na psicose, é apoiada pelo desejo de poder do Id. Ambas são resultado de uma rebelião do Id contra o mundo externo. As segundas etapas são tentativas de reparação. A diferença entre ambas encontra-se, pois, na primeira etapa de cada uma. A neurose não repudia a realidade, apenas a ignora; A psicose repudia a realidade e tenta substitui-la Comportamento sadio - combina características de reações psicóticas e neuróticas: repudia pouco a realidade como na neurose, mas depois se esforça como na psicose para efetuar alterações dessa realidade. Entretanto, as alterações da realidade são feitas através do mundo externo (aloplástico), e não do mundo interno (autoplástico) como na psicose. Na psicose, a transformação da realidade é executada nos traços de memória, ideias e julgamentos (nas representações feitas da própria realidade). Essa representação da realidade antes do indivíduo psicotizar, porém, nunca foi fechada, mas aberta a novas percepções que a enriqueciam e a alteravam. Desta forma, a psicose agora instalada no indivíduo precisa conseguir para si própria percepções que correspondam à nova realidade criada, e isto se dá por meio da alucinação. Os lapsos de memória, delírios e alucinações que ocorrem na psicose provocam aflição e ansiedade justamente pelo fato de que todo o processo de remodelamento da realidade sofre pressão das forças que se opõem a ela violentamente. Ou seja, o fragmento de realidade rejeitado constanteme nte se impõe à mente. Na neurose, o instinto reprimido também se impõe a mente de forma constante, provocando também uma reação aflitiva e de ansiedade. Em ambos os casos, o mecanismo é o mesmo: algo está fazendo pressão para vir a tona (na neurose, o instinto reprimido; na psi cose, o fragmento de realidade rejeitado). Portanto, tanto na neurose quanto na psicose a tarefa empreendida na segunda etapa é parcialmente mal sucedida, vez que o ins tinto reprimido na neurose não encontra um substituto completo (o sintoma é apenas uma satisfação parcial e não total) e a representação da realidade na psicose também não é capaz de ser remodelada perfeitamente, de forma consistente e satisfatória. A DIFERENÇA ENTRE PSICOSE E NEUROSE SE DÁ, ENTRETANTO, NA ÊNFASE PATOLÓGICA Na neurose, a patologia incide na segunda etapa, no momento em que a repressão fracassa (afrouxa-se para que o Id ganhe uma satisfação parcial e exerça menor pressão) Na psicose, a patologia incide na primeira etapa, no momento em que o ego rompe com a realidade. DISTINÇÃO TOPOGRÁFICA: o ego x Id (psicose) ou ego x realidade (neurose) Na neurose também não faltam tentativas de substituir uma realidade desagradável por outra que estejam mais de acordo com os desejos do indivíduo. Isso é possibilitado pela existência de um mundo de fantasia o qual ficou separado do mundo externo durante a introdução do princípio de realidade e portanto livre das exigências da vida real, como uma espécie de "reserva". Entretanto, este mundo de fantasia, após introdução do princípio de realidade, não ficou inacessível ao ego, apenas frouxamente ligado a ele. Desta forma, a neurose obtém no mundo de fantasia, através da regressão a um passado real e satisfatório, material para suas novas construções de desejo. Na psicose, o mundo de fantasia desempenha este mesmo papel: através dele obtém-se material para a construção de uma nova realidade. Sendo assim, tanto na neurose quanto na psicose não só há uma relativa perda da realidade, como também um substituto para a realidade. Mundo de fantasia Temas em Psicopatologia - 2º bimestre Página 1 de Resumos 2º Bimestre

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Resumo a perda da realidade na neurose e na psicose / borderline / pânico e psicanálise

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  • A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose

    Neurose Ego a servio da realidade suprimindo um fragmento do Id

    Psicose Ego a servio do Id suprimindo um fragmento da realidade

    Predomina a Realidade

    Predomina o Id

    Afirma-se que na psicose a perda da realidade deve estar presente, enquanto na neurose o contato com a realidade se mantm. Entretanto, toda neurose perturba de algum modo a relao do paciente com a realidade. Trata-se tambm a neurose de uma forma de se afastar da realidade, porm mais amena que a psicose.

    Formao da neurose em duas etapas:

    1. o ego, a servio da realidade, reprime um impulso do Id (ainda no a prpria neurose)2. o ego fornece uma compensao ao Id pelo impulso reprimido (uma satisfao parcial, o sintoma - neurose formada)

    (Portanto a neurose consiste na reao contra a represso do Id e no fracasso desta represso)

    A perda da realidade consequncia deste segundo passo e afeta

    exatamente o fragmento da realidade que exigiu a represso do impulso.Ex: Jovem senhora apaixonada pelo genro. O sintoma neurtico de delrio de cimes da lugar a um fragmento da realidade (sua atrao pelo genro)

    Formao da psicose em duas etapas:

    1. Rompimento do ego com a realidade2. Tentativa de reparo do dano causado por esse rompimento atravs da construo de uma nova realidade que obedea aos princpios do Id (alucinao e delrio - psicose)

    A segunda etapa, tanto na neurose quanto na psicose, apoiada pelo desejo de poder do Id. Ambas so resultado de uma rebeli o do Id

    contra o mundo externo. As segundas etapas so tentativas de reparao. A diferena entre ambas encontra-se, pois, na primeira etapa

    de cada uma.

    A neurose no repudia a realidade, apenas a ignora; A psicose repudia a realidade e tenta substitui-la

    Comportamento sadio - combina caractersticas de reaes psicticas e neurticas: repudia pouco a realidade como na neurose, mas depois se esfora como na psicose para efetuar alteraes dessa realidade. Entretanto, as alteraes da realidade so feitas atravs do mundo externo (aloplstico), e no do mundo interno (autoplstico) como na psicose.

    Na psicose, a transformao da realidade executada nos traos de memria, ideias e julgamentos (nas representaes feitas da prpria realidade). Essa representao da realidade antes do indivduo psicotizar, porm, nunca foi fechada, mas aberta a novas percepes que a enriqueciam e a alteravam. Desta forma, a psicose agora instalada no indivduo precisa conseguir para si prpria percepes que correspondam nova realidade criada, e isto se d por meio da alucinao.Os lapsos de memria, delrios e alucinaes que ocorrem na psicose provocam aflio e ansiedade justamente pelo fato de que todo o processo de remodelamento da realidade sofre presso das foras que se opem a ela violentamente. Ou seja, o fragmento de realidade rejeitado constanteme nte se impe mente.

    Na neurose, o instinto reprimido tambm se impe a mente de forma constante, provocando tambm uma reao aflitiva e de ansiedade.

    Em ambos os casos, o mecanismo o mesmo: algo est fazendo presso para vir a tona (na neurose, o instinto reprimido; na psi cose, o fragmento de realidade rejeitado). Portanto, tanto na neurose quanto na psicose a tarefa empreendida na segunda etapa parcialmente mal sucedida, vez que o ins tinto reprimido na neurose no encontra um substituto completo (o sintoma apenas uma satisfao parcial e no total) e a representao da realidade na psicose tambm no capaz de ser remodelada perfeitamente, de forma consistente e satisfatria.

    A DIFERENA ENTRE PSICOSE E NEUROSE SE D, ENTRETANTO, NA NFASE PATOLGICANa neurose, a patologia incide na segunda etapa, no momento em que a represso fracassa (afrouxa-se para que o Id ganhe uma satisfao parcial e exera menor presso)Na psicose, a patologia incide na primeira etapa, no momento em que o ego rompe com a realidade.

    DISTINO TOPOGRFICA: o ego x Id (psicose) ou ego x realidade (neurose)

    Na neurose tambm no faltam tentativas de substituir uma realidade desagradvel por outra que estejam mais de acordo com os desejos do indivduo. Isso possibilitado pela existncia de um mundo de fantasia o qual ficou separado do mundo externo durante a introduo do princpio de realidade e portanto livre das exigncias da vida real, como uma espcie de "reserva". Entretanto, este mundo de fantasia, aps introduo do princpio de realidade, no ficou inacessvel ao ego, apenas frouxamente ligado a ele. Desta forma, a neurose obtm no mundo de fantasia, atravs da regresso a um passado real e satisfatrio, material para suas novas construes de desejo. Na psicose, o mundo de fantasia desempenha este mesmo papel: atravs dele obtm-se material para a construo de uma nova realidade.

    Sendo assim, tanto na neurose quanto na psicose no s h uma relativa perda da realidade, como tambm um substituto para a realidade.

    Mundo de fantasia

    Temas em Psicopatologia - 2 bimestre

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  • PACIENTE BORDERLINE

    Pacientes distrados, impulsivos, irritados e perturbados. No so psicticos, mas podem apresentar caractersticas psicticas. Inicialmente considerados indivduos neurticos bem integrados, mas apresentavam comportamento impulsivo, autodestrutivo e exigente quando a terapia

    psicodinmica era iniciada (piora da condio com psicoterapia intensiva) Transferncia intensa, cheia de raiva e com expresses inapropriadas de amor ou intensos sentimentos erticos Extrema idealizao alternada com massiva depreciao (ambivalncia) Resistente em assumir qualquer responsabilidade (externalizao e negao) Diversas nomenclaturas atravs dos tempos. Falret (1890): pacientes com extrema variabilidade de ideias e sentimentos, que poderiam mudar abruptamente desde a excitao depresso, e o intenso amor que

    sentiam por algum era logo transformado em dio. Adolph Stern (1930): pacientes que no se encaixavam na categoria de psicticos e nem na de neurticos. Helene Deutsch (1940): pacientes com normalidade superficial mas que carecia de autenticidade - distrbio de identidade e vazio interior Hoch e Polatin (anos 40): episdios psicticos de curta durao que desapareciam - caractersticas de pan-neurose, pan-ansiedade e sexualidade catica (esquizofrenia

    psudoneurtica) Robert Knight (1950): "borderline" - entidade independente no mais associada a doenas psicticas. O paciente borderline seria algum cujas funes normais do ego

    estavam gravemente enfraquecidas. Otto Kernberg (1960): "Transtorno da personalidade borderline" - organizao da personalidade especfica e estvel, mas totalmente patolgica. Fraqueza do ego

    principalmente no que diz respeito ao controle insatisfatrio das pulses e deficiente tolerncia a frustrao; mecanismos primitivos de defesa, self internalizado e relaes de objeto patolgicas, bem como intensa agresso.

    Michael Stone: componentes biolgicos determinados geneticamente, relacionados doena bipolar. Pacientes com uma variedade de transtornos da personalidade (histrinica, narcisista, etc.) que esto num extremo mais perturbado so considerados borderlines. Pacientes mais extremos om frequncia so atendidos pela emergncia psiquitrica, hospitalizados, e se envolvem com autoridades devido ao uso abusivo de drogas,

    violncia domstica, direo negligente e outros comportamentos impulsivos. Pacientes borderlines menos perturbados podem ser inicialmente charmosos, simpticos e basicamente neurticos. O distrbio subjacente s se manifestar na

    continuidade do tratamento, embora pistas da patologia possam ser encontradas mediante viso cuidadosa. Surpreendentes e sbitas transformaes da personalidade. Maioria mulheres entre 20 e 50 anos

    Contedo introdutrio, no

    necessrio ater-se aos detalhes

    (caractersticas sero mais

    profundamente abordadas no

    decorrer do texto)

    Caractersticas Borderlines

    Exploso de emoes descontroladas e enfurecidas Momentos passageiros de baixa emocional junto com excesso de afetividade Pequenos desentendimentos provocam exploses de raiva (baixa tolerncia frustrao devida ao ego enfraquecido) Ao ser dominado pela raiva, entra num estado alterado de conscincia no qual a razo, o teste de realidade e a conscincia do s sentimentos das outras pessoas

    deixam de existir. Intenso sentimento de amor e desejo sexual, muitas vezes no correspondidos (pode acontecer no inicio do relacionamento quand o a outra pessoa ainda

    pouco conhecida) - FOME EMOCIONAL Com o tempo, o borderline passa a demandar mais e mais, tornando-se impaciente e insistindo para que haja alguma demonstrao recproca de amor. Um encontro sexual no inicio da relao, iniciado pelo borderline, interpretado como uma prova de amor e uma justificativa para exigir mais do outro. Perodos de relativa estabilidade emocional so interrompidos por episdios de exibio emocional intensa no qual h ocorrnc ia de insultos e desenvolvimento

    de fixao ertica. Borderlines mais saudveis podem manter um relacionamento de longo prazo ou um casamento, ainda que frequentemente pontuado p or tempestades e crises

    afetivas. Vida profissional relativamente produtiva apesar dos caminhos de sua carreira tenderem a ser inconsistentes devido impulsiv idade. Episdios de depresso e disforia de curta durao (dias ou horas em vez de semanas) em resposta a pequenos desapontamentos o u pela percepo de rejeio Pode se tornar agudamente ansiosa em relao a algum aspecto de sua sade, considerando qualquer indisposio como a manifest ao inicial de uma doena

    perigosa (procura interminvel por um cuidador preocupado). Apresentam maior controle sobre sua afetividade na entrevista inicial do que na continuidade do tratamento Tempestades afetivas: exploses emocionais caracterizadas por intensa agressividade e demanda direcionadas ao terapeuta, que se sentir psicologicamente

    atacado. A abordagem teraputica para esse fenmeno determinar limites claros no incio do tratamento.

    Instabilidade afetiva

    Relaes tumultuadas Condio hiperdramtica e teatral em seus envolvimentos Extremos de emoes alternadamente positivas e negativas As exploses emocionais do borderline so expresses de afeto descontrolado Idealizao inicial (por conta de sua fome emocional - necessidade de receber o amor que lhe

    faltou durante a infncia) seguida por desvalorizao e denegrao (ao perceber-se rejeitado). Envolvimento intenso aps um encontro relativamente superficial com outra pessoa Raramente reconhece contribuio de seu comportamento, suas demandas impossveis e suas

    expectativas irrealsticas para o final tempestuoso de seus relacionamentos Atribui o fim de relacionamentos insensibilidade ou comportamento insatisfatrio do outro, e

    entende tais experincias como abandonos ou rejeies. Em pacientes mais perturbados, a raiva pode rapidamente se transformar em violncia fsica. A capacidade de adiar uma gratificao ou de inibir a raiva encontra-se prejudicada no paciente

    borderline grave (impulsividade)

    Relaes Interpessoais Instveis

    Sexualmente encantador e atrai parceiros com facilidade

    Sexualidade exacerbada/exagerada Protagonista da seduo (prolongado encontro de

    olhares ou flerte evidente) Por um tempo, a sexualidade do borderline pode

    unir o parceiro, amenizando as tempestades emocionais

    Sentimentos erticos intensos em relao ao terapeuta ocorrem precocemente

    Sexualidade

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  • Identidade instvel e inconsistente No sabe quem , sente-se uma pessoa diferente de um dia para o outro Necessidade do mundo exterior prover uma estrutura psquica (fome emocional - precisa agradar

    e ser amado) Apresentam-se mais saudveis em situaes estruturadas que em situaes desestruturadas O senso instvel do self estende-se para questes sexuais e de gnero Alteraes vocacionais repentinas e impulsivas Manifestao clnica do transtorno de identidade: o entrevistador no reconhece o paciente na

    segunda visita, pois lhe parece uma pessoa completamente diferente.

    Transtornos de Identidade Temem a rejeio Hipersensveis a qualquer flutuao da ateno do

    entrevistadorO comportamento difcil e voltil afasta as pessoas, tornando o medo de rejeio e abandono uma profecia auto realizada.

    Responde solido com medo e confuso Necessidade desesperada de outra pessoa que oferea

    proteo externa contra o caos interno vivenciado Vivencia o trmino de sesso como abandono/rejeio Nas frias do psiclogo demanda contato e podem surgir

    tentativas evidentes ou veladas de suicdio.

    Sensibilidade Rejeio

    Comportamentos impulsivos e autodestrutivos Comportamentos negligentes desprovidos de pensamentos racionais a

    respeito das consequncias Reconhece os riscos de seus comportamentos mas no os evita Relaes sexuais desprotegidas, abuso de substncias

    As intensas experincias induzidas por substncias relaciona-se ao desejo de sentir-se vivo ou autntico (escape do profundo vazio interior)

    Impulsividade nos relacionamentos ("no o amo mais")e em situaes vocacionais (abandonar o emprego sem ter nada em mente)

    O borderline espera que seus comportamentos impulsivos faam o outro se sentir culpado e se sentir ferido pela falta de resposta

    ImpulsividadeQuando sente-se raivoso ou rejeitado o paciente mais perturbado lanar mo de atitudes potencialmente fatais.

    Superdosagem de medicamentos / direo negligente Em geral aparece na adolescncia e indica natureza grave do transtorno Comportamento automutilante (dobram as chances de um suicdio

    bem sucedido) A dor da automutilao uma tentativa de se livrar da dor psquica Estado dissociativo: o paciente se v cortando a prpria pele, sem se

    sentir presente em seu corpo. Pouca dor fsica Proporcionam a experincia de um sentimento intenso que o paciente

    no obteria de outro modo Decide quando mostrar as cicatrizes e sente satisfao com a

    perturbao e surpresa causadas (comportamento manipulador e de reafirmar a posse e controle de seu corpo)

    Automutilao e Suicdio

    A falta de reconhecimento do mundo exterior um grande abalo para sua frgil autoestima e o leva a pensamentos quase delirantes

    Crena de que tem sido cruelmente tratado para se defender contra um sentimento interno de inadequao mais dolorosoM percepo de indcios e m compreenso dos demais

    Pensamentos paranoides Episdios dissociativos: despersonalizao (perda da percepo da prpria realidade -

    v o prprio corpo de forma distorcida) e desrealizao (experincia de perceber o mundo exterior como estranho e diferente) - experincias temporrias em reao ao estresseO episdio de despersonalizao uma defesa contra a conscincia da associao de um evento precipitador. Quando o terapeuta assegura que o estado temporrio e o associa a eventos precipitadores identificveis os pacientes respondem bem.

    Ideao Paranoide e Dissociao

    Categorias podem se sobrepor (co morbidades) Presena ou no de comportamentos autodestrutivos e

    impulsividade o diferencia de outros pacientes O narcisista tambm idealiza e desvaloriza o outro, mas

    de forma diferente (envolvimento pessoal menor; menos raiva e maior desprezo)

    Anti social: maioria homens; borderline: maioria mulheresBipolar: variaes do humor e impulsividade, mas no afeta a identidade

    Diagnstico Diferencial

    Comum borderline + depresso (sentimentos de vazio, dependncia no retribuda e raiva) Sentimentos de culpa, preocupao com falhas pessoas reconhecidas e sintomas vegetativos so

    menos comuns em pacientes borderlines que em outros pacientes deprimidos Gestos de suicdio Abuso de substncias Comum borderline + bipolar

    Co-morbidades

    O paciente borderline se preocupa com o outro, alterna entre idealizao e desvalorizao por conta de sua baixa tolerncia frustrao. Dificuldade de reconhecer limites entre "o que meu" e "o que no ".

    A idealizao do narcisista est relacionada uma projeo idealizada de seu self onipotente. A desvalorizao, ao contrrio do borderline, no se d por uma ameaa sua necessidade de dependncia, mas por uma ameaa a sua grandiosidade. Manipula e explora o outro.

    Desvalorizao no paciente Borderline vs no Narcisista

    Origem: gentica + experincias infantis Beb inconstante + pais empaticamente limitados Quando a me no reconhece as necessidades do beb, este mesmo deixa de se reconhecer (no constri um senso estvel de self e imagem integrada dos

    cuidadores) No integra a imagem interna da me suficientemente boa e a me frustrante m (ciso) Beb altamente irritvel e difcil de confortar - pais autocentrados e narcisisticamente prejudicados - senso de self fragmentado e imagens internas divididas e

    distorcidas de outras pessoas - idealizao (inicialmente a pessoa era totalmente maravilhosa) x desvalorizao (a pessoa torna-se totalmente terrvel)O borderline nunca se sentiu confiante para saber quem realmente (falta do espelhamento emptico dos pais)Infncia negligenciada, pais emocionalmente ausentes, histria de abuso fsico e sexual

    O terapeuta pode ser visto como mais um de uma longa srie de abusadores emocionais A criana no recebeu amor e sensibilidade o suficiente de seus cuidadores para poder identificar-se com eles, portanto no reconhece nem seus sentimentos

    e nem o dos outros Incapazes de refletir sobre seus prprios estados mentais, atuam por meio de atitudes autodestrutivas desenfreadas. Os pais, mesmo abusivos, no so de todo maus e por sentirem-se culpados podem fornecer algum carinho, amor e proteo, vez ou outra, ainda que de

    forma inconsistente (ambivalncia) - desta forma, constri-se um modelo que associa abuso com amor. Formao do superego distorcida: identificao da criana com quem a maltrata (a pessoa percebida como "forte")

    Limites fsicos e mentais transgredidos pelos pais do paciente: tal comportamento abusivo, transgressivo e inconsistente interfere no processo normal do desenvolvimento do superego

    "Meu comportamento justificado pois tenho sido maltratada - o mundo est em dvida comigo" Pais dos narcisistas: explorao da criana para as necessidades narcissticas deles prprios ("meu filho perfeito, o melhor, est acima de todos") O borderline, diferente do narcisista, sente culpa. Mas isso no influencia muito o seu comportamento Experincia de comportamento transgressivo na infncia: desejo de experiment-lo novamente no tratamento (tentativa de seduzir o entrevistador)

    O desejo inconsciente de reviver uma experincia incestuosa traumtica motivado pelo prazer da culpa originalmente invocado e no ficar desamparado frente ao abuso cruel que, ainda assim, estimulante.

    Psicodinmica do desenvolvimento

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  • Paciente mais desafiador e exigenteInduz respostas contratransferenciais intensas, negativas e perturbadoras primeira vista, pode parecer um "excelente" paciente: fcil acesso ao inconsciente, fantasias livremente articuladas; pessoa sensvel, complexa e estimulante, com uma conscincia psicolgica aparentemente profunda

    Patologia grave: o fcil acesso ao inconsciente se d por conta da fraqueza do ego, em que as defesas saudveis no esto adequadas - funes psquicas instveis Cargas emocionais e questes profundamente conflituosas antes do estabelecimento de um vnculo

    A instabilidade das funes psquicas aparecem em situaes desestruturadas (testes projetivos) enquanto que em situaes estruturadas aparenta normalidade

    Conduzindo a entrevista preciso uma explorao sensvel: o entrevistador pode facilmente ficar envolvido no papel de acusador moralista, impedindo qualquer possibilidade de aliana teraputica.

    O terapeuta deve monitorar sua indignao frente aos relatos irracionais do paciente

    Deve-se se considerar as questes trazidas pela paciente sem se comprometer (reconhecimento emptico sem ser necessrio concordar a resposta teraputica apropriada)Ao contrariar sua externalizao e negao das responsabilidades, a paciente poder enfurecer-se e sentir que o terapeuta "no est do lado dela"

    da mesma forma, as respostas compreensivas no podem envolver interpretaes profundas, correndo-se o risco do paciente no aceitar e enfurecer-se.

    Explorao dos problemas apresentados

    Deve-se explorar os aspectos da vida do paciente que colocam em risco sua segurana pessoal Sem agir de forma condenatria, o terapeuta poder obter essa histria e colocar as informaes

    em um contexto que fornea um significado, numa interveno que liga o terapeuta aos elementos saudveis do ego da pacienteUso de drogas: abordagens interdisciplinares

    O entrevistador dever encarar de frente situaes suicidas Automutilao: deve ser vista de forma objetiva e seu significado explorado, de forma que ambos

    (terapeuta e paciente) procurem entender tal atitude. O objetivo teraputico trazer a expresso verbal e mental para o ambiente clnico ao invs de

    atuar os sentimentos de forma impulsiva e autodestrutivaColocao de limites: o borderline tenta violar os limites clnicos (falar sobre fantasias erticas e reaes de transferncia desde o incio), o terapeuta deve buscar compreender essas atitudes em seu significado e automonitorar sua contratransferncia nessas situaes.

    Borderline do sexo masculino: costuma usar formas no sexuais para expressar sua falta de limites (geralmente empregando questes financeiras, dinheiro).

    Deve-se estabelecer limites e enfatizar o tema da terapia, explorando os motivos que fundamentam o impulso ao invs de atua-los.

    Da mesma forma no deve-se deixar levar pela seduo da paciente. Deve-se assumir o controle da sesso sem se intimidar e permanecer no papel de terapeuta, com uma postura emptica e incentivadora. O demonstrativo de sua histria sexual poder ser constrangedor, mas por trs dele existe uma fome emocional desesperada.

    Assertivas gentis por parte do entrevistador de que essa situao diferente, de que ele no ser seduzido, de que em seu corao existem as melhores intenes para com a paciente e de que est decidido a tentar entender tudo o que aconteceu, conduziro esperana de uma mudana teraputica. Interpretaes profundas nas primeiras sesses so potencialmente desastrosas, pois esse paciente no possui o ego forte o suficiente para integrar tais interpretaes e poder apresentar uma resposta paranoide e agressiva - interpretaes vistas como intrusivas, condenatrias e desprovidas de sentimento.

    A conduo inicial da entrevista necessita ser emptica, de apoio e no interpretativa. Com o tempo, as respostas empticas consistentes ao paciente permitiro que ele se identifique com o entrevistador e que aumente sua curiosidade por maior compreenso a seu prprio respeito.

    Entretanto, comportamentos perigosos ou autodestrutivos devero ser confrontados diretamente desde o incio do relacionamento . Isso ser visto pelo paciente como um cuidado por parte do terapeuta.

    Confrontaes iniciais

    Manifestaes de intensa transferncia desde a primeira entrevista (questo diagnosticamente significativa)

    Relacionada a fome emocional desenvolvida em resposta aos pais pouco interessados em sua vida interior. O paciente insiste numa imediata conexo emocional para amenizar o vazio e a desconsiderao que persistem em suas memrias de infncia

    Rpida idealizao do terapeuta e potencialmente sedutora

    O terapeuta no deve banir essas fantasias com rejeio, mas adotar a postura de compreenso emptica tambm nessa situaoA transferncia se tornar turbulenta, substituindo a idealizao por desvalorizao. A alternncia entre ser adorado e desprezado deve ser vista como uma manifestao do mundo interior do borderline, no qual no existe senso integrado das outras pessoas, com suas virtudes e defeitos combinados em uma imagem nica -ciso.

    Uma postura emptica, de incentivo e apoiadora, ao longo do tempo, oferecer ao paciente a possibilidade de conhecer uma pessoa emocionalmente importante, o terapeuta, possuidora tanto de virtudes quanto de defeitos.

    Contratransferncia: medos hostis diante da imprevisibilidade do paciente, preocupaes erticas, ansiedadeO automonitoramento das reaes contratransferenciais desde o primeiro encontro crucial.

    A contratransferncia poder ser um valioso veculo para a compreenso do mundo mental do paciente borderline.

    Transferncia e Contratransferncia

    Do mal estar de Freud ao mal estar na atualidade: a questo do pnico

    Bauman (1998): Modo de subjetivao moderno x modo de subjetivao atual (subjetividade ps moderna)

    "a expresso 'civilizao moderna' um pleonasmo": a sociedade moderna foi a primeira a pensar em si mesma como uma sociedade civilizada.

    Birman (1997) tambm, da mesma forma, coloca que a leitura freudiana sobre o sujeito na cultura (na civilizao) uma elaborao psicanaltica sobre os impasses do sujeito na modernidade (o mal estar na civilizao = crtica freudiana da modernidade).

    Freud (1930) inicia sua obra abordando a questo do objetivo da vida dos homens, que a busca da felicidade e sua manuteno eterna. Entretanto, rapidamente, parte para a experincia cotidiana da infelicidade dos homens e suas formas de evit-la. At que, numa terceira parte, ao trabalhar os ideais modernos de beleza, pureza e ordem, entra a fundo no seu propsito fundamental, anunciando que A FONTE DO SOFRIMENTO HUMANO TEM ORIGEM NO SOCIAL E DERIVA DE NOSSO PERTENCER CIVILIZAO.A civilizao, ao exigir tanta renncia satisfao de nossas necessidades, acaba por se transformar na causa da proliferao de nossos sofrimentos. "O QUE CHAMAMOS DE NOSSA CIVILIZAO EM GRANDE PARTE RESPONSVEL POR NOSSA DESGRAA..."

    Iluso como um processo fundamental para o desenvolvimento da civilizao: presentes na religio, cincia e tecnologia (iluso de segurana, falso saber: eu sei meu destino [religio], sei como as coisas funcionam [cincia], sei como desenvolver recursos [tecnologia ]). O avano tecnolgico transformou o homem numa espcie de Deus, mas num "Deus de prtese", que ao fazer uso de seus recursos tecnolgic os sente-se onipotente. TODAVIA, ESSA DOMINAO E ILUSO SO CAUSAS DE OUTRA DESILUSO: NEM O PROGRESSO, NEM SUA SEMELHANA COM DEUS, TROUXERAM AO HOMEM MAIS FELICIDADE.

    Introduo da hiptese de pulso de morte no domnio da civilizao: as restries aplicadas pela civilizao manifestao das pulses so explicadas pela ao da pulso de morte como pulso de agressividade.

    O DESAMPARO A BASE DA CONDIO SUBJETIVA HUMANA CONSTITUDA POR ESTE CONFLITO IRREMEDIVEL Exigncias pulsionais x restries da civilizao: mal estar (presena de um conflito e impossibilidade de resolv-lo totalmente)

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  • Birman (2001): "Deus est morto" - Nietzsche. A modernidade caracterizada pela figura da morte de Deus (Heidegger). Weber - a modernidade marcada pelo desencantamento do mundo, esvaziamento dos deuses e racionalizao crescente da existncia forjadapelo discurso da cincia. As condies atuais do mal estar na civilizao dizem respeito ao vazio existencial produzido pela evaporao das vises de mndo, numa ordem social inteiramente perpassada pela cincia, em que o desamparo do sujeito se tornou agudo e assumiu formas at ento i nexistentes. O mundo desencantado e sem Deus produziu formas inditas de desamparo. A busca de proteo perante a angstia se empreende pelas formas de religiosidade, que se apresentam como novas ofertas de salvao. Aos incrdulos, preciso buscar prazer nos efeitos das d rogas e o silenciamento da dor psquica pelos psicotrpicos.

    Freud apontava que o desamparo do sujeito incurvel e no h avano cientfico que o suprima. A maioria das satisfaes obtidas com o progresso tecnolgico segue o modelo de "prazer barato" (imediato). A repetio e rep roduo desses modelos de prazer imediato que impera na atualidade desbalanceia a relao entre narcisismo e libido objetal: h um aumento do narcisismo, o que altera a economia psquica e os laos sociais (desprezo do objeto, foco em si mesmo - prejudica relacionamentos interpessoais).

    Felicidade algo subjetivo e implica na satisfao das pulses. Nossa prpria constituio psquica, ao sermos regulados pelo princpio de realidade e no pelo princpio de prazer das pulses, restringe essa obteno de felicidade. Justamente por isso mais difc il experimentar a felicidade do que o sofrimento. A felicidade um problema de economia (quantidade) da libido do indivduo, e no exame de suas possibilidades de obteno deve-se considerar a quantidade de libido investida no outro (libido objetal) e a quantidade investida em si mesmo (narcisismo)

    Segundo Freud (1930), o sofrimento pode se originar de trs direes:1. de nosso prprio corpo, condenado decadncia e dissoluo2. do mundo externo, que pode se voltar contra ns com foras de destruio esmagadoras3. de nossos relacionamentos com outros homens (sendo este o mais penoso tipo de sofrimento)Dessa maneira, o homem vai buscando formas de se livrar do sofrimento: seja pelo isolamento voluntrio (no mais se relacionar com ningum), pela ingesto qumica (uso de drogas), ou pelo aniquilamento das pulses (felicidade da quietude como no ioga).Tentamos controlar nossa vida pulsional no deslocamento da libido (sublimao) e na satisfao parcial obtida por meio da fantasia (apreciando obras de arte ou pelo delrio psictico). Buscamos a felicidade pelo amor sexual e pelo amor inibido em sua finalidade sexual (deslocado para outras questes). Entretanto, nenhum desses caminhos leva-nos total felicidade, visto que a mesma um problema da economia da libido (quantidade da libido investida na satisfao das pulses). O homem deve descobrir por si mesmo de que forma pode ser salvo, aprender a lidar com o sofrimento e desamparo da melor forma possvel e recriar o mundo para si a fim de adapt-lo aos seus desejos.

    Escolha da tcnica na arte de viver: envolve a combinao destes 3 aspectos1. quanta satisfao real o indivduo pode obter do mundo externo2. at onde o indivduo levado para se tornar independente deste mundo externo3. quanta fora sente a sua disposio para alterar o mundo e adapt-lo aos seus desejos (aqui sua constituio psquica desempenhar papel decisivo independente das circunstncias externas).

    A civilizao imps grandes sacrifcios para o homem moderno, no apenas sexualidade como agressividade (cota de agressiv idade que todo ser humano possui mas que deve repudiar). O HOMEM CIVILIZADO TEVE DE RENUNCIAR A SATISFAO PULSIONAL, POR ISSO MESMO DIFCIL VIVER NESSA CIVILIZAO. o homem civilizado abriu mo de sua felicidade em troca de segurana: Na MODERNIDADE - excesso de ordem e escassez de liberdade

    Na ATUALIDADE, o oposto - desregulamentao e liberdade individual. LIBERDADE PARA BUSCAR O PRAZER, MAS POUQUSSIMA SEGURANA. Ao ver-se sem segurana aumenta-se o desamparo humano - mal estar reconfigurado.

    os ideias de beleza, pureza e ordem da modernidade, entretanto, no foram abandonados. Agora devem ser perseguidos e realizados atravs da espontaneidade do desejo e do esforo individual. O desamparo condio subjetiva do humano, sempre ir existir, porm reconfigurado segundo as modalidades de subjetivao de sua poca. Na contemporaneidade o corpo tem destaque na expresso do mal estar: doenas psicossomticas, pnico... Desrealizao da experincia corprea (insuficincia narcsica): APESAR DE VIVERMOS EM UMA CULTURA DO NARCISISMO, AS SUBJETIVIDADES CONTEMPORNEAS INDICAM UMA INSUFICINCIA DO INVESTIMENTO NARCSICO DO CORPO. O REAL DO CORPO PASSA A SER O LIMITE LTIMO PARA O DESAMPARO DO SUJEITO. Ou seja, o aumento do investimento libidinal em si mesmo no aumenta a satisfao do homem para com o prprio corpo, satisfao essa impedida pelos ideais de beleza atuais.

    PNICO O mal estar contemporneo caracteriza-se pelo excesso pulsional e pela fragilidade de simbolizao: em decorrncia da fragilidade dos mecanismos simblicos que poderiam nos proteger, estamos expostos a traumas regulares. O pnico apresenta tal falha nos p rocessos de simbolizao. Desta forma, diante da impossibilidade de simbolizar, as intensidades de descarregam diretamente no corpo e provocam a certeza da morte iminente. Portanto, diante da tentativa de realizar a glorificao do eu e da estetizao da existncia exigidos pela cultura contempornea, o indivduo fracassa e responde com um modo de funcionamento psquico patolgico (pnico).

    Com o vazio existencial produzido pela destruio da narrativa (homem reduzido a dimenso da imagem. narcisismo, simbolizao), o desamparo do sujeito (sensao de estar sozinho no mundo) tornou-se agudo, assumindo formas radicais como o pnico, que irrompe quando o sujeito se depara com o abismo terrfico da experincia do vazio, com a total falta de garantias de ser e estar no mundo, com a ausncia de um ideal protetor ilusrio que garanta a estabilidade do mundo psiquicamente organizado. A problemtica do pnico diz respeito descoberta com terror da condio de finitude do sujeito humano.

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