resumo princípios de economia política e tributação

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 CAPÍTULO 1: SOBRE O VALOR: Seção 1: O valor de uma mercadoria ou a quanidade de qualquer oura !ela qual !ode "er rocada de!ende da quanidade relaiva de ra#al$o nece""%rio !ara a "ua !rodução& e não da maior ou menor remuneração que ' !a(a !or e""e ra#al$o) - A utilidade não é nada sem o valor de troca. A utilidade não é a medida do valor de troca. A água pode ser útil, mas não possuir valor de troca. As coisas precisam ter valor de troca e alguma utilidade. Possuindo utilidade, o valor de troca vem de duas fontes: da escassez e da quantidade de trabalo necessária para obt!-las. - "s produtos escassos são somente uma parcela muito pequena dos produtos em geral. A maior parte deles pode ser reproduzida pelo trabalo umano. - #A propor$ão entre as quantidades de trabalo necessárias para adquirir diferentes ob%etos parece ser a única circunst&ncia capaz de oferecer alguma regra para trocá-los uns pelos outros'. "u se%a, a quantidade comparativa de mercadorias que o trabalo produzirá é que determina o valor relativo delas e não as quantidades comparativas de mercadorias que são entregues ao trabalador em troca do seu trabalo. - (ntroduz o conceito de salario real, indo na contramão de Adam )mit e *altus. +icardo difere de Adam )mit, pois acredita que #o valor de uma coisa depende do poder de compra de outros bens que a posse desse ob%eto confere'. Seção *: Tra#al$o" de di+erene" qualidade" "ão remunerado" de +orma di+erene& !orano i""o não de,ne a variação no valor relaivo da" mercadoria" o ttulo %á resume o captulo. Seção -: .ão "/ o ra#al$o a!licado direamene 0" mercadoria" a+ea o "eu valor& ma" am#'m o ra#al$o (a"o em im!lemeno"& +erramena" e edi+cio" que conri#uem !ara a "ua e2ecução) - A quantidade de trabalo empregada em cada uma das ferramentas necessárias para o produto /nal também entra no cálculo do valor desse produto. - A redu$ão na utiliza$ão de trabalo sempre reduz o valor relativo de uma mercadoria, assim como o trabalo necessário para a forma$ão de capital que contribui para a sua produ$ão.

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Resumo feito dos primeiros 6 capítulos da obra "Princípios de Economia Política e Tributação" de David Ricardo. Matéria de História do pensamento econômico da UFMG do curso de Ciências Econômicas. Feito pela aluna Natália Lenza.

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CAPÍTULO 1: SOBRE O VALOR:

Seção 1: O valor de uma mercadoria ou a quanidade de qualqueroura !ela qual !ode "er rocada de!ende da quanidade relaivade ra#al$o nece""%rio !ara a "ua !rodução& e não da maior ou

menor remuneração que ' !a(a !or e""e ra#al$o)

- A utilidade não é nada sem o valor de troca. A utilidade não é amedida do valor de troca. A água pode ser útil, mas não possuir valor detroca. As coisas precisam ter valor de troca e alguma utilidade. Possuindoutilidade, o valor de troca vem de duas fontes: da escassez e da quantidadede trabalo necessária para obt!-las.

- "s produtos escassos são somente uma parcela muito pequena dosprodutos em geral. A maior parte deles pode ser reproduzida pelo trabaloumano.

- #A propor$ão entre as quantidades de trabalo necessárias paraadquirir diferentes ob%etos parece ser a única circunst&ncia capaz deoferecer alguma regra para trocá-los uns pelos outros'. "u se%a, aquantidade comparativa de mercadorias que o trabalo produzirá é quedetermina o valor relativo delas e não as quantidades comparativas demercadorias que são entregues ao trabalador em troca do seu trabalo.

- (ntroduz o conceito de salario real, indo na contramão de Adam)mit e *altus. +icardo difere de Adam )mit, pois acredita que #o valorde uma coisa depende do poder de compra de outros bens que a possedesse ob%eto confere'.

Seção *: Tra#al$o" de di+erene" qualidade" "ão remunerado" de+orma di+erene& !orano i""o não de,ne a variação no valorrelaivo da" mercadoria" o ttulo %á resume o captulo.

Seção -: .ão "/ o ra#al$o a!licado direamene 0" mercadoria"

a+ea o "eu valor& ma" am#'m o ra#al$o (a"o em im!lemeno"&+erramena" e edi+cio" que conri#uem !ara a "ua e2ecução)

- A quantidade de trabalo empregada em cada uma das ferramentasnecessárias para o produto /nal também entra no cálculo do valor desseproduto.

- A redu$ão na utiliza$ão de trabalo sempre reduz o valor relativo deuma mercadoria, assim como o trabalo necessário para a forma$ão decapital que contribui para a sua produ$ão.

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- )e com a mesma quantidade de trabalo, se obt!m menorquantidade de um produto em rela$ão ao outro, esse passará a custar maisdo que o de maior produ$ão.

- 0m aumento nos salários não acarreta em uma altera$ão nos pre$os

relativos dos produtos.

Seção 3: O !rinc!io de que a quanidade de ra#al$o em!re(ada na!rodução de mercadoria" re(ula "eu valor relaivo 'con"ideravelmene modi,cado !elo em!re(o de maquinaria e deouro" ca!iai" ,2o" e dur%vei")

- A diferen$a entre o grau de durabilidade do capital /1o e asvaria$2es nas propor$2es em que se podem combinar os dois tipos decapital circulante e /1o, além do trabalo em si, são a causa do aumentoou redu$ão do valor do trabalo.

- 3ependendo da rapidez com que pere$a e a frequ!ncia com queprecise ser reproduzido, o capital é classi/cado como circulante ou /1o.*áquinas e edi/ca$2es podem ser consideradas como capital /1o, ao passoque os salários podem ser circulantes.

- 3ependendo da atividade, com a mesma quantidade de capital,podem ocorrer diferentes formas de uso.

- (nvestindo-se em capital /1o temos o seguinte fato: a mesmaquantidade de trabalo será usada na atividade com e sem maquinário,

porém a que utilizar o maquinário conseguirá produzir mais do que aatividade sem.

- 4ão pode aver um aumento no valor do trabalo sem umadiminui$ão de lucros.

- " salário do trabalador costuma ser invariável.

- " grau de varia$ão no valor relativo dos produtos, como resultadode um encarecimento ou barateamento do trabalo dependerá dapropor$ão em que o capital /1o participa do capital total.

- 5odo meloramento técnico que a%ude a se produzir mais facilmente,altera o valor da mercadoria. 6uanto maior a quantidade de capital /1oempregado, maior a redu$ão no valor de troca do produto. *as +icardo nãoda muita aten$ão a esse fato em sua obra.

Seção 4: O !rinc!io de que o valor não varia com o aumeno ou aqueda do" "al%rio" ' modi,cado am#'m !ela de"i(ual dura#ilidadedo ca!ial e !ela de"i(ual ra!ide5 de "eu reorno ao a!licador)

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- 6uanto menos durável for o capital /1o, mais ele se apro1imará docapital circulante.

- 0m aumento de salários tem o poder de transferir a queda noslucros para o pre$o /nal dos produtos, ao passo que com as máquinas esse

fato não ocorre. 3ifere do pensamento de Adam )mit que considera queem qualquer situa$ão, o aumento no pre$o do trabalo é acompanado deum aumento no pre$o de todos os produtos.

- " fabricante que possusse máquinas num perodo de aumento desalários gozaria de grande vantagem, visto que o pre$o de seus produtosnão encareceria.

Seção 6: So#re uma medida invari%vel do valor)

- 4enum produto, ouro, por e1emplo, consegue ser uma medidae1ata do valor, pois o seu valor também é variável. *as +icardo toma seuvalor como invariável para facilitar a compreensão.

Seção 7: 8i+erene" e+eio" da aleração no valor do din$eiro& meio!ermanene da e2!re""ão do PRE9O& ou da aleração no valor da"mercadoria" que o din$eiro com!ra)

- 7 de acordo com a distribui$ão da produ$ão total de uma fazendaentre as tr!s classes-proprietários de terra, capitalistas e trabaladores- quedevemos %ulgar se ouve um aumento ou diminui$ão da renda, do lucro edos salários.

- )e com um capital de determinado valor, ele pode, pela economiade trabalo, duplicar a quantidade de produto, e se o pre$o deste cai 8metade do anterior, o capital participará no produto na mesma propor$ãode antes e, consequentemente, a ta1a de lucro permanecerá a mesma.

CAPÍTULO *: SOBRE A RE.8A 8A TERRA:

- +emunera$ão da terra: renda da terra é a remunera$ão paga aoproprietário da terra pelo seu uso. 3ireito de cultivá-la. 9ompensa$ão pagaao seu proprietário pela utiliza$ão das for$as originais e indestrutveis daterra.

- m um pas dotado de terras férteis em que somente uma partedelas este%a sendo usada, ninguém pagaria para se cultivar, visto que nãoestá em quantidade limitada.

- A cada avan$o do crescimento da popula$ão, que obrigará o pas arecorrer 8 terra de pior qualidade para aumentar a oferta de alimentos,

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aumentará a renda de todas as terras mais férteis. +etornos decrescentes." valor de troca dos produtos agrcolas passa a ser daqueles de terrasmenos férteis é necessário mais trabalo para se cultivar nelas.

- A razão pela qual á um aumento no valor comparativo dos

produtos agrcolas é o emprego de mais trabalo para produzir a ultimapor$ão obtida e não o pagamento de renda ao proprietário da terra.

- 6uando a terra é muito fértil, ela não gera renda. )omente quandose come$am a usar terras menos férteis é que surge a renda da terra.

- ntretanto, a riqueza é maior nos lugares em que o progresso darenda ocorre de forma mais lenta.

- +icardo diz que Adam )mit erra ao falar que o valor de troca dasmercadorias não pode ser alterado pela produ$ão da terra e pelo

pagamento da renda.- )e por algum motivo as pessoas dei1assem de demandar o tanto

que estavam demandando antes, obviamente o pre$o dos produtosagrcolas diminuiriam, pois as terras menos férteis poderiam dei1ar de sercultivadas.

- "s meloramentos na agricultura podem ocorrer de duas formasdiferentes: podem aumentar a capacidade produtiva da terra, ou melorar amaquinaria para que se produza com menos trabalo. Ambos diminuem ospre$os das mercadorias e ambos afetam a renda, porém de formas

diferentes. " primeiro caso pode proporcionar uma mesma produ$ão em umpeda$o menor de terra gra$as 8 sua melor rota$ão, melores fertilizantes...com o aumento da produ$ão sem um aumento na demanda, posso usarmenos terras, reduzindo a renda da terra. ;á o segundo modo não altera ae/cácia da terra, mas a rapidez da produ$ão das pessoas. 3e qualquerforma, os dois casos mostram que a diferen$a entre o capital produtivo e ocapital menos produtivo seria menor, portanto a renda da terra tambémseria menor. "u se%a, qualquer fato que diminua as desigualdades dosprocessos produtivos, diminui a renda da terra.

CAPÍTULO -: SOBRE A RE.8A 8AS ;.AS:

- "corre o mesmo que caso da terra: as minas menos férteis precisamde mais trabalo e, consequentemente, a renda das minas serádeterminada %ustamente por elas.

CAPÍTULO 3: SOBRE O PRE9O .ATURAL E O 8E ERCA8O:

- " pre$o de mercado é aquele realmente pago pela intera$ão donatural com a oferta e demanda.

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- 6uando se fala de trabalo sendo o fundamento dos pre$os dasmercadorias e da quantidade comparativa de trabalo sendo as propor$2esem que os produtos são trocados, não se deve supor que não e1istamvaria$2es nos pre$os dos produtos de mercado em rela$ão aos seus pre$osnaturais.

- As varia$2es de capital determinam os lucros, o que estimula ocapital a sair ou entrar na atividade que se veri/cou. As pessoas não/cariam satisfeitas enquanto na estivessem aplicando seu capital naatividade mais lucrativa. "s banqueiros também empregam seu capitalpensando dessa forma. ntra a ideia de capital circulante.

- Ao buscar um emprego lucrativo para seus recursos, um capitalistaconsiderará naturalmente todas as vantagens que uma atividade ofereceem rela$ão 8 outra, sendo que ele pode sacri/car parte do seu lucro para termais seguran$a.

- Portanto, é dese%o de todo capitalista transferir seus fundos de umaatividade menos lucrativa para uma mais lucrativa, o que impede o pre$odas mercadorias de permanecer por algum tempo muito acima ou muitoabai1o do pre$o natural. " pre$o de mercado pode ser afetado por algumamoda ou necessidade moment&nea, mas sempre acaba retornando ao pre$onatural.

CAPÍTULO 4: SOBRE OS SAL<R;OS:

- " trabalo também possui seu valor natural e seu valor de mercado." valor natural seria o necessário 8 subsist!ncia do trabalador e perpetuesua descend!ncia.

- " pre$o natural depende do pre$o das mercadorias, de forma que seos alimentos aumentem de pre$o, o valor natural do trabalo também deveaumentar. m sociedades mais desenvolvidas, o pre$o natural do trabalotende a crescer ao passo em que os aperfei$oamentos tecnol<gicos tendema diminuir esse pre$o natural do trabalo.

- " pre$o natural das mercadorias tirando o trabalo e produtosagrcolas tende a diminuir com o aumento da riqueza da sociedade.

- 6uando o pre$o do trabalo de mercado e1cede o pre$o natural, otrabalador é pr<spero e feliz. 3o contrário, os trabaladores se tornammiseráveis. 4um pas em desenvolvimento é normal que o pre$o dotrabalo de mercado se mantena acima do natural até um pr<1imoperodo.

- " capital é a parte da riqueza de um pas aplicada na produ$ão,

sendo que ele pode aumentar em quantidade ao mesmo tempo em queaumenta em valor. le também pode aumentar, mesmo que seu valor este%a

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diminuindo. 4o primeiro caso, o pre$o natural do trabalo depende do valordos bens de primeira necessidade, no segundo, permanecerá estacionárioou cairá, mas em ambos os casos, a ta1a de mercado do salário aumentará,pois a demanda de trabalo aumentará na mesma propor$ão em queaumentar o capital.

- Assim, pois, na medida em que a sociedade progride e que aumentao seu capital, os salários de mercado do trabalo subirão, mas aperman!ncia dessa eleva$ão dependerá de que o pre$o natural do trabalotambém aumente. isso dependerá de uma eleva$ão do pre$o natural dosbens de primeira necessidade em que se gastam os salários.

- "s salários dos trabaladores variam por dois motivos: oferta e demandade trabalo= valor dos bens de primeira necessidade. m diferentes fases dasociedade, a acumula$ão de capital ou dos meios de empregar trabalo émais ou menos rápida, dependendo em todos os casos da capacidadeprodutiva do trabalo. ssa capacidade produtiva é geralmente maiorquando a terra fértil é abundante.

- )e num pas á terras muito férteis, mas a popula$ão é miserável, aculpa é do governo e o remédio seria elevar o padrão de vida de todas asclasses sociais. ;á no caso da popula$ão crescer mais do que os recursos,qualquer esfor$o produtivo agrava o mal, sendo assim os únicos remédiossão a diminui$ão da popula$ão ou a acumula$ão de capital mais rápidateoria maltusiana.

- m sociedades onde ocorre o crescimento da popula$ão, o valor dotrabalo tende a diminuir, visto que a oferta de trabalo será muito maior.Além disso, os pre$os dos produtos de primeira ordem iriam subir, fazendocom que o salário aumentasse, mas não a ponto de manter a mesmaqualidade de vida anterior.

- "bserva-se, pois, que a mesma causa que eleva a renda afeta ossalários: a crescente di/culdade de prover uma quantidade adicional dealimentos com a mesma quantidade proporcional de trabalo, tambémelevará os salários. 9ontudo, á uma diferen$a entre salário e renda: oaumento da renda e acompanado por uma parcela maior de produto. ;á o

trabalador, mesmo recebendo um salário nominal maior, não será capazde adquirir a mesma quantidade de produtos que antes. Portanto a situa$ãodo trabalador piora, enquanto a do proprietário tende sempre a melorar.

- 3izer que as mercadorias aumentam de pre$o equivale a dizer que odineiro perde valor relativo, pois é por intermédio das mercadorias que seestima o valor relativo do ouro.

- >emos que o aumento de salários não elevará os pre$os dasmercadorias, se%a o metal com o qual se faz o dineiro produzido no pas,se%a fora dele. " pre$o de todas as mercadorias não pode subir ao mesmotempo sem que a%a um acréscimo na quantidade de dineiro dentro dopas.

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- +icardo fala da #lei dos pobres' lei assistencialista e de bem estarsocial que teoricamente está em desacordo com tudo que ele e *altusfalam, visto que elas não meloram as condi$2es de vida dos pobres, maspioram tanto a qualidade de vida dos ricos quanto dos pobres. +icardoa/rma que é necessário ensinar aos pobres a não viver de caridade, mas

leva-los a aprender a ganar dineiro por conta pr<pria, mas, para isso,deve aver interesse do poder legislativo, o que não ocorre. Paralelo: comose fosse contra o #bolsa famlia' e fosse a favor de #ensinar o pobre apescar'.

CAPÍTULO 6: SOBRE OS LUCROS:

-  5endo mostrado que os lucros do capital, em diferentes atividades,são proporcionais entre si e tendem a variar no mesmo grau e no mesmo

sentido, resta considerar qual a causa das permanentes varia$2es na ta1ade lucro e as resultantes varia$2es permanentes na ta1a de %uros.

- )e os salários não variassem, não averia varia$ão no lucro dosfabricantes.

- " valor total das mercadorias é dividido entre lucros do capital esalários dos empregados.

- A quantidade remanescente do produto da terra, ap<s o pagamentoao proprietário e ao trabalador, pertence necessariamente ao arrendatário,

constituindo os lucros de seu capital.

- 0m aumento no pre$o do trigo, eleva os salários dos trabaladores ediminui o lucro dos arrendatários.

- m qualquer caso, pois, tanto os lucros dos arrendatários como osdos industriais serão reduzidos por uma eleva$ão no pre$o dos produtosagrcolas, se esta for seguida de um aumento de salários.

- Portanto, embora o arrendatário não pague nenuma parte da rendado proprietário, que é sempre regulada pelo pre$o do produto e sempre

recai sobre os consumidores, ele tem sempre grande interesse em manterbai1a a renda, ou melor, em manter bai1o o pre$o natural do produto.9omo consumidor de produtos agrcolas e consumidor dos produtos nosquais estes entram como matéria-prima, ele estará interessado, assim comotodos os demais consumidores, em manter bai1os os pre$os.

- )ão poucos os produtos que não tem seus pre$os afetados por umavaria$ão no valor dos produtos agrcolas. necessariamente os saláriosvariam no mesmo sentido da varia$ão do pre$o dos produtos.

- "s salários dos trabaladores variam na dire$ão oposta 8 varia$ão

do lucro. )endo que apenas uma varia$ão nos produtos que são de fatoconsumidos pelo trabalador que alteram seu salário.

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- 7 pela desigualdade de lucros que o capital se movimenta de umaatividade para outra.

- " pre$o de mercado pode ser maior ou menor que o pre$o natural,mas isso faz parte de um estado temporário.

- "s pre$os sempre variam no mercado devido 8 situa$ão relativa daoferta e demanda.

- 4o caso do trigo, se for realmente necessário que se ocupem cadavez mais terras inférteis, seu pre$o de mercado nunca voltará para umestágio anterior, pois o pre$o natural está /cando mais alto.

- A tend!ncia seria que os lucros sempre diminussem, principalmentecom um aumento da popula$ão, mas o desenvolvimento tecnol<gico acabacontendo essa tend!ncia.

- Assim como o trabalador não pode viver sem salário, oarrendatário e o industrial não podem viver sem lucro, pois a motiva$ãopara a acumula$ão diminuiria a cada redu$ão no lucro, e cessaria quando oslucros fossem tão bai1os que não compensassem os esfor$os doarrendatário e do industrial, nem o risco que devessem enfrentar noemprego produtivo de seu capital.

- 4ão pode aver acumula$ão de capital se este não proporcionarnenum lucro.

- "s únicos reais ganadores de um aumento de pre$o dos produtosagrcolas são os proprietários de terra, pois eles receberiam maior renda eainda uma parte maior da produ$ão.

- Portanto, cegamos novamente 8 mesma conclusão que %áavamos antes tentado estabelecer: ? que em todos os pases e em todasas épocas, os lucros dependem da quantidade de trabalo e1igida paraprover os trabaladores com g!neros de primeira necessidade, naquelaterra ou com aquele capital que não proporciona renda. "s efeitos daacumula$ão, portanto, serão diferentes em pases diferentes, e dependerãobasicamente da fertilidade da terra. Por mais e1tenso que se%a um pas, se

suas terras forem de bai1a fertilidade e se a importa$ão de alimentos forproibida, a menor acumula$ão de capital será acompanada de grandesredu$2es na ta1a de lucros e de um rápido aumento da renda.(nversamente, num pas pequeno, porém fértil, especialmente se aimporta$ão de alimentos for livre, poderá ser acumulado um grandeestoque de capital sem nenuma redu$ão elevada da ta1a de lucros nemgrande aumento da renda da terra.

- Assim, pois, tentei demonstrar, inicialmente, que um aumentosalarial não elevaria os pre$os das mercadorias, mas invariavelmente

reduziria os lucros= e, em seguida, que, se os pre$os de todas asmercadorias pudessem aumentar, o efeito sobre os lucros ainda seria o

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mesmo, e, de fato, somente teria seu valor reduzido o meio pelo qual pre$ose lucros são avaliados.