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Princípios Regentes da Tributação Princípios da Teoria Econômica e da Jurídica

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Page 1: Princípios Regentes da Tributação · PDF filePrincípios da tributação – Teoria Econômica 3) Da Progressividade: em suma, aqueles que possuem ou auferem maior renda devem pagar

Princípios Regentes da Tributação

Princípios da Teoria

Econômica e da Jurídica

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Princípios da tributação

Princípios da Teoria Econômica

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Princípios da tributação – Teoria Econômica

1) Da Simplicidade

2) Da Neutralidade

3) Da Progressividade

4) Da Equidade

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Princípios da tributação – Teoria Econômica

1) Da Simplicidade: desoneração dos contribuintes de custos desnecessários acerca da interpretação e aplicação dos tributos. Tem relação com a eficiência. Ex: redução no número de tributos; instituição de sistemas tributários que cobrem na fonte.

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Princípios da tributação – Teoria Econômica

2) Da Neutralidade: a política fiscal não deve provocar desvios ou distorções quanto à alocação de recursos. Mas há exceções... Exemplo: para o desenvolvimento econômico de alguma região.

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Princípios da tributação – Teoria Econômica

3) Da Progressividade: em suma, aqueles que possuem ou auferem maior renda devem pagar mais tributos. Isso possibilita distribuição de renda. Correlaciona-se com a ideia de igualdade material, com justiça e equidade.

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Princípios da tributação – Teoria Econômica

4) Da Equidade: na acepção da política

fiscal, esse conceito é empregado no

sentido de capacidade contributiva e

justiça fiscal. Desse princípio são

derivados dois outros: o do benefício e o

da capacidade contributiva.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

a) da Reserva Legal Tributária ou da Legalidade Estrita

b) da Igualdade Tributária ou da Isonomia

c) da Irretroatividade Tributária

d) da Anterioridade Tributária

e) da Anterioridade Mitigada ou Nonagesimal

f) da Vedação ao Confisco

g) da Ilimitabilidade do Tráfego de Pessoas ou de Bens

h) da Capacidade Contributiva

i) da Razoabilidade

j) da Uniformidade

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

a) da Reserva Legal Tributária ou da Legalidade Estrita

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao

contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.

Na Constituição de 1988 é vedada a criação ou majoração de

tributo sem prévia previsão legislativa.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

b) da Igualdade Tributária ou da Isonomia Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir

tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação

equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou

função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos

rendimentos, títulos ou direitos.

Os tributos federais, estaduais, distritais e municipais deverão ser

uniformes em toda circunscrição de sua incidência, apresentando

idêntica base de cálculo, vedando-se que contribuintes na mesma

situação recebam tratamento diferenciado por parte do Estado

(MORAES, 2006).

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

c) da Irretroatividade Tributária Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar

tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência

da lei que os houver instituído ou aumentado.

Princípio que visa dar segurança jurídica e ao planejamento

do contribuinte, impossibilitando a cobrança de tributos por parte do

fisco em relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei.

Em suma, “a lei nova não se aplica aos fatos geradores já

consumados” (CAPEZ et. al., 2004) e Código Tributário Nacional (CTN),

art. 105.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

d) da Anterioridade Tributária Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar

tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que

os instituiu ou aumentou.

Em regra, nenhum tributo poderá ser cobrado no mesmo exercício

financeiro em que a lei que o instituiu ou aumentou foi aprovada. Esse

princípio também serve para evitar surpresas para o contribuinte. Ou

no mesmo ano fiscal, que, no Brasil, coincide com o ano civil, de 1º de

janeiro a 31 de dezembro. Lei 4.230/64.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

e) da Anterioridade Mitigada ou Nonagesimal Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar

tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido

publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.

Instituído no âmbito constitucional em 2003, por meio da Emenda (EC)

Nr 42, esse princípio, que deve ser visto cumulativamente ao princípio

da anterioridade tributária (descrito acima), ampliou a proteção do

contribuinte em relação ao Estado, vedando cobrança de tributos

antes de decorridos 90 dias da data em que a lei relativa ao tributo foi

publicada.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

f) da Vedação ao Confisco Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é

vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar

tributo com efeito de confisco.

É vedado pela Constituição Federal de 1988 o confisco ou a tributação

de natureza confiscatória. Por confisco entende-se ato do poder

público de decretação de apreensão, adjudicação ou perda de bens

pertencentes ao contribuinte sem a contrapartida de justa

indenização. Esse mesmo princípio também se aplica na fixação de

penalidades tributárias, que deverão respeitar o princípio da

razoabilidade.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

g) da Ilimitabilidade do Tráfego de Pessoas ou de Bens

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao

contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

Municípios: III - cobrar tributos: V - estabelecer limitações ao tráfego

de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou

intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de

vias conservadas pelo Poder Público.

Aqui ficam garantidos, pelo menos no texto da lei, os direitos relativos

à liberdade de locomoção, individual e de bens do indivíduo,

vedando-se cobrança de tributos interestaduais ou intermunicipais

que tenham como fim estabelecer limite a esses tráfegos.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

h) da Capacidade Contributiva Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão

graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à

administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses

objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o

patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Os tributos, sempre que possível, deverão ter caráter pessoal,

sendo graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

i) da Razoabilidade

É aquele que exige proporcionalidade, justiça e adequação

entre os meios utilizados pelo poder público e os fins por ele

almejados. No campo tributário, especificamente, a imposição ou

majoração de um tributo somente será adequada se, para alcançar

sua finalidade almejada, causar menos prejuízo possível ao

contribuinte e se houver proporcionalidade entre as vantagens

pretendidas e as desvantagens derivadas.

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Princípios da tributação – Teoria Jurídica

j) da Uniformidade Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o

território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a

Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a

concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do

desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

Esse princípio tem como fundamento a federação ou o

reforço à força federativa a qual o Estado brasileiro se organiza.

Portanto, fica vedado à União estabelecer diferença ou distinção nos

tributos relativos aos estados e municípios. Isso reforça a ideia de

“igualdade federativa”.

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Questão de anos anteriores

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O Art. 151. É vedado à União:

O I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o

território nacional ou que implique distinção ou

preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal

ou a Município, em detrimento de outro, admitida a

concessão de incentivos fiscais destinados a

promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-

econômico entre as diferentes regiões do País.