resumo: os seres humanos são essencialmente comunicativos ... · acredita-se que a cor é um dos...
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A SEMIÓTICA NAS PROPAGANDAS IMPRESSAS: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS ELEMENTOS
CONSTITUIDORES DAS PROPAGANDAS IMPRESSAS NA PERSPECTIVA SEMIOLÓGICA
ALINE CHIMENE TARGINO
RESUMO:
Os seres humanos são essencialmente comunicativos; a
postura corporal, a maneira de se vestir, as expressões faciais, a
fala e a escrita são algumas das linguagens utilizadas. Na maior
parte das relações o homem tenta demonstrar algo a alguém, fazê-
-lo acreditar em alguma coisa e esse também é o objetivo da pro-
paganda: persuadir, utilizando todos os recursos expressivos pos-
síveis. O uso dos textos, imagens, cores e disposições são funda-
mentais para a comunicação persuasiva da propaganda impressa e
será a semiótica, ou ciência dos signos, que auxiliará na compre-
ensão dos princípios da utilização de cada um desses elementos.
Palavras-chave: Semiótica, propaganda, linguagem, cores.
OBJETIVO
Tem-se por objetivo introduzir um estudo sobre a lingua-
gem da propaganda dos meios impressos por meio da semiótica.
2
Para tanto, serão utilizadas seis capas da revista fictícia Cascas
retiradas do site MP Publicidade, produzidas para a Hortifruti
(com exceção da ilustração 6.6.1. oriunda da Revista O Globo
(Revista O Globo, 3 (139), 2, mar, 2007).
Considerações iniciais
Nas comunicações verbais em que, na maioria das vezes, o
diálogo ocorre fisicamente, as expressões faciais e a postura cor-
poral constituem os elementos não-verbais que ajudam o receptor
na compreensão da mensagem. Nas comunicações escritas, em
que o destinatário não interage com o emissor diretamente, os
recursos lingüísticos devem respeitar as normas gramaticais e
ainda possuir uma linguagem clara e objetiva.
Para transmitir sua mensagem e conquistar o consumidor, a
linguagem da propaganda tem apostado alto na criatividade. Não
basta um texto simples e convincente, o conteúdo deve possuir
elementos que colaborem definitivamente para o sucesso. Por
essa razão, esses recursos, não-explícitos lingüisticamente, são
infinitamente aplicados para agradar o público em seu todo.
Lançando mão destes recursos, pretende-se, neste breve es-
tudo, destacar os signos empregados na linguagem publicitária e
interpretá-los de acordo com a semiologia.
3
A comunicação
Três são os elementos fundamentais na comunicação: emis-
sor – aquele que transmite a mensagem; receptor – aquele que
recebe a mensagem; e conteúdo – a mensagem a ser transmitida.
Toda mensagem contém uma intenção e para interpretá-la o re-
ceptor precisa codificar o conteúdo, construído sob os diversos
signos a que se refere à Semiótica.
Na propaganda impressa as linguagens verbal e não-
verbal são intensamente utilizadas. A junção dos múltiplos ele-
mentos como imagens, cores, fontes e disposição dos conteúdos
vão formar o que denominamos de linguagem não-verbal; já o
texto, formará a linguagem verbal.
A semiótica e seu objeto de estudo
Semiótica, semiologia ou ciência dos signos, segue uma
breve definição:
O nome Semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo. Semiótica é a ciência dos signos. (...) é a ciência geral de todas as linguagens, de toda e qualquer linguagem. (SANTAELLA, 1999, p. 7) A Semiótica é a ciência que tem por objetivo de investigar to-das as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenôme-no como fenômeno de produção de significação e de sentido. (Id., ibid.)
4
(...) campo de abrangência da Semiótica é asto, mas não inde-finido. O que se busca descrever e analisar nos fenômenos é sua constituição como linguagem. (...) a Semiótica busca divi-sar e deslindar seu ser de linguagem, isto é, sua ação de signo. Tão-só e apenas. E isso já é muito. (Id., ibid., p. 13-4)
De acordo com o Cenep – Centro de Estudos Peirceanos
(Internet, disponível em: http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/se-
miotica/semiotica.htm#7 Acesso em: 10 de junho de 2007.)
existem três “tipos” de semiótica:
• Semiótica peirceana (PEIRCE) – tem por objeto de estudo a
universalidade epistemológica e metafísica; envolvendo, numa
influência tri-relativa, a cooperação de três sujeitos, como por
exemplo, um signo, o seu objeto e o seu interpretante;
• Semiótica estruturalista/Semiologia (SAUSSURE; LÉVI-
STRAUSS; BARTHES; GREIMAS) – tem por objeto de estudo
os signos verbais;
• Semiótica russa ou semiótica da cultura (JAKOBSON;
HJELMSLEV; LOTMAN) – tem por objeto de estudo a lingua-
gem, literatura e outros fenômenos culturais, como a comunica-
ção não-verbal e visual, mito, religião.
Esta pesquisa não se deterá num “tipo” específico de semi-
ótica, mas sim em suas diversas apresentações: peirceana, estrutu-
ralista e cultural.
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As cores
As cores são os principais meios da linguagem não-verbal
das propagandas. Elas se prenunciam aos textos e às formas au-
mentando a leitura do conteúdo. Acredita-se que a cor é um dos
elementos formadores da linguagem subliminar nas propagandas
por se localizarem em segundo plano1.
Cada cor transmite uma mensagem, mas será o seu uso, su-
as combinações e contextos que colaborarão na compreensão do
conteúdo. Entretanto, elas não são escolhidas aleatoriamente, pois
possuem um propósito: chamar nossa atenção. Esse efeito libera
determinadas substâncias em nosso cérebro, ou seja, as cores
mexem com nossos instintos.
As cores possuem freqüências próprias; as quentes, como
amarelo, vermelho e alaranjado, possuem freqüência mais baixa
e, por conter um alto valor de persuasão, são as que mais chamam
a atenção. Ademais, transmitem calor, movimento, alegria, felici-
dade, dinamismo, etc. Já as cores frias, como o azul, verde e vio-
leta, transmitem tranqüilidade, calma, apatia, frio, etc2.
1 De acordo com Marshal Mcluhan: “todas as mídias são meios sublimi-
nares”. In: VALVERDE, Ana Luiza; GOMES, Lidiane Helena; KUR-QUEVIZ, Natália. Efeitos subliminares das cores na publicidade. In-ternet, disponível em: http://br.geocities.com/intertexto/publicidade/efe tossubliminaresdascores.htm Acesso em 06 de junho de 2006.
2 Ver trabalho de VALVERDE; GOMES E KURQUEVIZ (Op. cit).; Cores quentes e cores frias. Faber-Castell. Internet, disponível em: http://www.faber-castell.com.br/docs/default_ebene2_asp_id~21343_
6
Sobre a influência das cores exercida nas pessoas, observa
Farina:
Sobre o indivíduo que recebe a comunicação visual, a cor e-xerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir. A cor é vista: impressiona a retina. É sentida: provoca uma emoção. É construtiva, pois tendo um significa-do próprio, possui valor de símbolo, podendo assim, construir uma linguagem que comunique uma idéia. (FARINA, 1990, p. 27)
MP Publicidade e hortifruti
Desde 2005, a MP Publicidade, agência publicitária inau-
gurada em 18 de agosto de 19873, tem desenvolvido várias cam-
panhas para a Hortifruti, empresa do ramo hortifrutigranjeiros,
revendedora de frutas, legumes, verduras e derivados de galiná-
ceos, como ovos, por exemplo4.
A Hortifruti tenta destacar em suas campanhas a preocupa-
ção com a vida saudável. As capas da revista fictícia Cascas pos-
suem semelhanças com as de pessoas famosas. Cascas retrata,
dessa forma, legumes, frutas, verduras e ovos como verdadeiras
domid~1010_sp~P_addlastid~0_m1~17466_m2~19633_m3~19636_m 4~20677_m5~21343_suma~.htm Acesso em: 08 de junho de 2007.
3 Fonte: MP Publicidade. Internet, disponível em: http://www.mppubli-cidade.com.br/site/?target=mp Acesso em: 08 de junho de 2007.
4 Fonte: Hortifruti. Internet, disponível em: http://www.hortifruti.com.br /Acesso em: 08 de junho de 2007.
7
“celebridades”5. As leguminosas são personificadas e a elas atre-
ladas declarações curiosas.
As capas de cascas
As capas da revista fictícia Cascas são constituídas de ima-
gens, cores, título (Cascas) e subtítulo (“As estrelas da natureza
em revista”). As imagens são fundamentais, elas falam por si; as
cores, como dito anteriormente, fazem parte da linguagem não-
verbal, subjacente; o título e o subtítulo complementarão a rele-
vância de cada edição da revista.
Por se tratar de uma propaganda, na revista Cascas o prin-
cipal objetivo das imagens é transmitir uma idéia para o receptor-
consumidor com a finalidade de venda do produto. Intensificando
a intenção de venda, o recurso estilístico da personificação propi-
ciou às ilustrações um tom humorístico, chamando a atenção do
leitor para os textos.
As fotos das leguminosas são vistosas, perfeitas, produzin-
do o efeito de uma determinada qualidade encontrada apenas na
Hortifruti. Percebe-se, ainda, um padrão: dois produtos destaca-
dos, personificados e dispostos em ângulos estratégicos; título;
subtítulo; e, para reforçar a mensagem ao receptor, o lugar é in-
tensificado nos cantos inferiores de todas as capas: “Aqui a natu-
5 Optou-se por utilizar o termo celebridade entre aspas quando se tratar
de seres personificados.
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reza é a estrela”. Ainda nesta frase o termo “estrela”, no sentido
figurado, valoriza ainda mais as frutas, legumes e ovos como
“celebridades”.
O logotipo da revista apresenta as características de criação
de marca recomendada pelo site SOS Logo Design6:
• Simples: inteligível e fácil de escrever;
• Prático: por ser simples, o logotipo pode ser utilizado em vários
meios de comunicação;
• Consistente: utiliza apenas um tipo de letra e cor;
• Único: desconhece-se o uso da marca em outro produto e/ou
propaganda;
• Memorável: quando apresenta os itens anteriores;
• Um reflexo: reflete os valores e objetivos da empresa. A revista
fictícia Cascas representa a varejista Hortifruti e seus produtos:
frutas, legumes, hortaliças e ovos;
• Adaptável: é adaptável ao mercado. Nem muito moderno para
os consumidores conservadores, nem muito conservador para os
consumidores modernos;
• Sustentável: por ser uma marca que possui as características
supracitadas, não cairá em desuso facilmente.
A fonte, em caixa alta7, utilizada em todas as propagandas,
é a arial, concernente ao tipo lapidária, criada na Alemanha no
6 Site: SOS Logo Design. Internet, disponível em: http://www.soslogode
sign.com/Acesso em: 07 de junho de 2007.
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século XIX. A fonte arial é considerada uma das mais modernas
por não conter serifas8, tornando o texto leve; sendo, por esta
razão, muito utilizada em textos publicitários (ver Giorgio, s.d.).
A seguir breve análise de cada capa de Cascas:
a) Laranja e coco:
Personificada, a laranja assume que em determinados dias “a-
corda um bagaço”. Conotativamente essa expressão é utilizada
pelos humanos para se referir a uma noite mal-dormida. Denota-
7 O uso da fonte em caixa alta é obrigatório em títulos de jornais, revis-
tas, produções culturais e artísticas, segundo o Manual de redação e
estilo da Uerj. Internet, disponível em: http://www.fcs.uerj.br/publica coes/manual.pdf. Acesso em: 20 de outubro de 2006 (p. 26).
8 Serifa segundo o dicionário Houaiss: substantivo feminino Rubrica: artes gráficas.traço ou barra que remata cada haste de certas letras, de um ou de ambos os lados; cerifa, filete, rabisco, remate.
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tivamente, a laranja torna-se um bagaço quando seu sumo é to-
talmente extraído.
À esquerda o coco expressa: “Quando se está no topo, todos
querem te derrubar.”. No sentido denotativo, a fruta coco, nascida
no alto do coqueiro, precisa ser derrubada da árvore para ser con-
sumida. No sentido conotativo, a frase, de uso popular, é proferi-
da por determinadas pessoas que, quer pelo nível hierárquico,
quer pelo nível pessoal, se encontram em vantagens sobre outras e
se sentem ameaçadas.
b) Manga e cebola:
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Nesta capa de Cascas a notícia principal é: “Manga mostra as
curvas no ensaio da Mangueira.”. Conclui-se que a elaboração
desta campanha ocorreu para o período de carnaval. A polissemia
nessa frase é muito interessante, pois há duas sugestões de manga:
a fruta e a “celebridade”; e duas de mangueira: a árvore e a escola
de samba. Ademais, a disposição e o ângulo da manga insinuam o
formato de um seio, aludindo à sensualidade, uma das caracterís-
ticas mais exploradas no carnaval.
A outra notícia destaca: “Mestre do chorinho emociona fãs em
show.”. No jogo de palavras a cebola é mestre do chorinho: a
“celebridade” cebola, mestre no gênero musical chorinho, emo-
ciona seus fãs em show; já a cebola em seu sentido denotativo é
utilizada como condimento e possui um forte sabor e odor, provo-
cando, pelas substâncias que exala, irritação aos olhos.
c) Tomate e cebola:
Na próxima capa, o assunto principal é o tomate: “Sempre fui
aclamado pelas massas.”. No sentido denotativo o tomate é o
principal ingrediente do molho ou extrato utilizado em temperos
de massas, como macarrão, lasanha etc. Na extensão de sentido o
tomate como “celebridade” desperta a aprovação e os aplausos
das massas – atribuição dada ao povo.
Mais uma vez o segundo destaque é o da cebola, comentado
no item anterior.
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d) Maçã e milho:
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A maçã é o destaque da ilustração acima “Maçã retorna após
temporada na Big Apple.” (grifo nosso). A maçã “celebridade”
retorna de uma temporada da cidade de Nova York, ou Big Apple
como também é conhecida9. Realça-se a ênfase dada ao nome da
fruta, tanto em português (maçã), como em inglês (apple).
Ainda nesta ilustração o milho expressa: “Uma vez sonhei que
era papa.”. Ocorre, mais uma vez, a multiplicidade de sentidos:
“papa” pode ser um dos pratos feitos com o cereal, como também
uma alusão ao chefe máximo da Igreja Católica.
e) Ovo e beterraba:
Na próxima capa, o ovo sobressai: “Eu nasci primeiro.”. Tal a-
firmação talvez queira responder a uma das perguntas mais intri-
gantes da humanidade: “Quem nasceu primeiro? O ovo ou a gali-
nha?”. Ao afirmar que nasceu primeiro, o ovo toma para si certo
prestígio. No fundo, tal relevância tem fundamento, afinal, a Hor-
9 “Por que chamam Nova York de Big Apple? Sexo, cavalos e jazz são
os ingredientes por trás do apelido Big Apple (maçã grande). Segundo a Sociedade para a História de Nova York, o nome começou a tomar forma no século XIX, quando a francesa Evely Claudine de Saint-Évremond montou um bordel, na Bond Street. Com o tempo, os nova-iorquinos passaram a chamar Evelyn de ‘Eve’ (Eva, em inglês), e aí começaram as analogias com o fruto da macieira, biblicamente associ-ado ao pecado. Outra versão dá conta de um colunista de turfe que chamava o hipódromo local de sonhos dos jóqueis e escreveu: ‘Só há uma Big Apple, Nova York’. E há quem diga que o apelido foi cunhado por músicos de jazz, nos anos 1930.” Fonte: Sociedade para a História de NY. In: Galileu Sem Dúvida (3): 33, nov. 2006.
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tifruti não revende galinhas e, portanto, não poderia atrelar uma
importante resposta a algo que ela não comercializa.
O ovo da imagem é o do tipo vermelho, embora a variação do
branco seja a mais vendida. Acredita-se que o uso de um tipo de
ovo em lugar do outro salienta a tese do uso das cores como mei-
os provocativos de sentidos.
A beterraba também ganha espaço: “Nunca neguei que vim de
baixo.”. Dois seriam os motivos para a enunciação: primeiro por-
que a beterraba faz parte do grupo das raízes, ou seja, nasce e se
desenvolve embaixo da terra, bem como a batata, o inhame, etc.;
e, em segundo lugar, em razão da conotação designada ao legu-
me: uma “celebridade” que não nega sua origem humilde.
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f) Mamão e figo:
Nessa última capa, o mamão, feliz da vida, anuncia: “Vou ser
papaya.”. Embora o vocábulo utilizado seja “papaya” – referente
ao tipo, espécime do mamão – a frase nos remete, por analogia, à
paternidade e à alegria que a “celebridade” mamão expressa. Por
último, há uma outra observação: a posição da fruta nesta ilustra-
ção assemelha-se ao formato da barriga de uma gestante, o que
completa a idéia da mensagem.
A outra “celebridade” nesta última capa é o figo: “Se é para o
bem de todos, eu figo.”. Reiterar o mérito do jogo semântico é de
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praxe. A intertextualidade nesse discurso foi muito bem construí-
da.
A construção textual dialoga com a célebre frase de D. Pedro I10
quando decide, contra as ordens de Lisboa, permanecer no Brasil:
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação. Estou
pronto! Digam ao povo que fico.”11. O “Dia do Fico”, como po-
pularmente ficou conhecido, é datado de 9 de janeiro de 1822.
Considerações finais
Conclui-se, após breve introdução, que uma boa propagan-
da deve ser persuasiva em seu todo: a criatividade, a textualidade
relevante, os elementos bem dispostos e as cores vão formar o
conteúdo, mas será a decodificação pelo destinatário que materia-
lizará o objetivo.
A escolha da campanha nos moldes das revistas de famosos
não pode ser considerada ingênua. Atualmente esse tipo de revista
é o que mais vende12. Famosos tendem a influenciar outras pesso-
10 D. Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil e governou de 12 de
outubro de 1822 a 7 de abril de 1831. Fonte: Wikipédia – A enciclo-pédia livre. Pedro I do Brasil. Internet, disponível em: http://pt.wiki pedia.org/wiki/Pedro_ I_do_Brasil Acesso em: 09 de junho de 2007.
11 Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre. O Dia do Fico. Internet, disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_ do_Fico Acesso em: 06 de junho de 2007.
12 Baseado em dados do trabalho de Denise Moraes. (MORAES, Denise. Caviar com notícia. Mapa da Mídia. Internet, disponível em:
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as e, dessa maneira, as “estrelas” da Hortifruti não poderiam dei-
xar de ser persuasivas. Tais “celebridades” ainda vão além das
outras, pois não são meros artistas, elas provêm da natureza, re-
forçando a idéia da vida saudável divulgada pela varejista.
O método das cores foi muito importante na composição
das capas, já que todas as combinações e sobreposições foram
aproveitadas para produzir um efeito atraente nas imagens. As
cores quentes foram aplicadas em todas as ilustrações. Tais cores,
de acordo com estudos científicos, estão relacionadas à alimenta-
ção. Nesse caso, a observação da cor do ovo, feita anteriormente,
confirma a teoria.
O jogo semântico denotativo/conotativo e a intertextualida-
de foram muito bem aproveitados em cada uma das propagandas;
e os textos, rápidos e coloquiais, auxiliam na compreensão das
mensagens.
As considerações apresentadas somente foram possíveis
pelo fato de a visão semiológica possibilitar inúmeras interpreta-
ções, bastou apenas “decifrar” os signos. Entretanto, as ilustra-
ções são passíveis de análises mais aprofundadas. Por esta razão,
os temas abordados foram delimitados no intuito de sugestionar
uma introdução ao assunto.
http://portalimprensa.uol.com.br/mapadamidia/212_materia.asp A-cesso em: 07 de junho de 2007.)
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Referências bibliográficas
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FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard Brücher, 1990.
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Por que chamam Nova York de Big Apple? Galileu Sem Dúvida (3): 33, nov. 2006.
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19
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Semiótica: perguntas e respostas. Centro de Estudos Peirceanos. Internet, disponível em: http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semi otica /semiotica.htm#7 Acesso em: 10 de junho de 2007.
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VALVERDE, Ana Luiza; GOMES, Lidiane Helena; KURQUE-VIZ, Natália. Efeitos subliminares das cores na publicidade. In-ternet, disponível em: http://br.geocities.com/intertexto/publici dade/efeitossubliminaresdascores.htm Acesso em: 06 de junho de 2006.