resumo historiadodireitoportuguês

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  • 8/12/2019 Resumo HistoriadoDireitoPortugus

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    A crise da doutrina do Direito Comum no sculo XVI

    orientaes metodolgicas subsequentesNo sculo XVI, o advento de uma nova realidade normativa (os Direitos Nacionais), bem como odesenvolvimento interno do sistema do saber jurdico, vm provocar uma grande crise na doutrina europeiado Direito.

    Resumo da contextualizao do er!odo de transio (sc. XV e XVI)Arte ecuperar e suplantar a !rte "l#ssica Naturalismo$ %erspectiva$ !natomia & enascimento' (esta palavra foi criada por Vasara no sc. XVI)

    Cultura studos classicistas *rego e +atim cl#ssicos studos umanistas studo das & umanidades' (Gramtica, Retrica e Potica), Interesse pela

    literatura e lnguas antigas"ensamento "rise da scol#stica medieval Neo-%latonismo( !!", ensinado na #cademia Platnica em $loren%a)

    Ci#ncia Desenvolvimento da "incia *eogra ia, Navega/0o, 1atem#tica, *eometria, !stronomia Inven/0o da Imprensa . ( G&tten'er em ! p&'lica a *+'lia)

    Religio e orma %rotestante (sc. XVI) de +utero e "alvino "ontra- e orma "at2lica e o "onclio de 3rento ! "ompan4ia de 5esus ( es&+tas), 1iss6es de evangeli7a/0o ! In8uisi/0o (repress-o de eresias, inde/ de livros pro+'idos, etc.)

    "ol!tica ! irma/0o dos stados nacionais 9pans0o ultramarina (Port& al, 0span a) : Imprio de "arlos V ( 12 3, Pa+ses *ai/os, 0span a e #leman a) !s guerras religiosas ( &erra dos trinta anos)

    Ad$ento de uma no$a realidade normati$a

    : sculo XIV, a 8ue corresponde a actividade dos "omentadores, a altura em 8ue os direitos pr2prioss0o integrados no direito comum romano-justinianeu. %orm, a evolu/0o social e o progresso domovimento de centrali7a/0o do poder poltico, acabam por modi icar o e8uilbrio do sistema das ontes dedireito, originando a supremacia do Direito reincola, ou Direito nacional, sobre o Direito "omum elaboradopelos juristas do sculo XIV. !ssiste-se ao abandono progressivo dos princpios do Direito "omum romano-can2nico, como re le9o daevolu/0o do estilo de vida, em avor dos Direitos nacionais 8ue se a irmam e come/am a ser codi icados.

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    Codi%icaes &rana "arlosVII ( ! !) , +us XI( !4 ) e enri8ue III ( 45) 's an(aIsabel a "at2lica, ( !4!) )olanda"arlos V ( 6 ) Aleman(aDu8ue *uil4erme IV da ;aviera ( 42 7") "ortugal:rdena/6es ! onsinas ( !!32 !!5):rdena/6es 1anuelinas ( 72 !):rdena/6es

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    : saber jurdico dos &"omentadores' tin4a posto em movimento uma lgica de uni%icao interna doordenamento 4ur!dico0 atravs da 8ual oram encontrados os grandes princpios e a estrutura dogm#ticados v#rios sectores do Direito, assim como a dos 8a/iomas9 de cada instit&to o& fi &ra :&r+dica e dosi nificado tcnico2:&r+dico das palavras. > esta a situa/0o no come/o do sculo XVI, sendo agora possvelpassar ao grau superior na uni ica/0o cient ica do Direito, pela constr&%-o de 8sistemas9 :&r+dicos erais,estr&t&rados a partir dos princ+pios o'tidos. !gora, trata-se de proceder ao movimento de s!ntese , atravs do ;&al o Direito ser re&nido n&m sistematerico or actividade intelect&al ;&e os desco're. ?orrespondendo a des+ niosnormativos e/i idos pelas condi%@es sociais e instit&cionais de &ma certa poca.

    : discurso jurdico do sculo XVI adoptou uma dialctica jurdica simpli icada, natural, pr29ima do sensocomum, apoiando2se nas o'ras da Nova Lgica de Pierre de la Ramme .

    A medida ;&e a esta'iliBa%-o de &m sistema conceit&al ia pro redindo, era possvel prescindir do papeldisciplinador da , o inio communis doctorum/0 substituindo-a pelos critrios da l2gica interna do sistema jurdico, os da ,2oa Razo/0

    ! progressiva modi ica/0o das condi/6es sociais, originaram novas orienta/6es te2ricas e metodol2gicas,,8ue por sua ve7 desencadearam a crise do saber jurdico dos "omentadores, aparecendo ent0o,

    v#rias escolas de pensamento jurdico

    scola "ulta, umanista ou legante

    ?ob esta designa/0o, s0o agrupados os juristas 8ue no sculo XVI, sobretudo em &rana (8Cos Gallic&s

    i&ra docendi9 si nifica maneira francesa de ensinar o Direito, por oposi%-o a 8Cos italic&s i&ra docendi9, ;&esi nifica o modo do ensino :&ridico tradicional, dominante em Itlia), se prop6em a restaurar a urezacl*ssica dos te9tos jurdicos da !ntiguidade.sta scola est# inserida no )umanismo (movimento c&lt&ral, filosfico, :&r+dico e social dos primrdios da0&ropa moderna)Cultural%ai90o pela !ntiguidade "l#ssica, tpica do Renascimento e conse8uente crtica = literatura jurdicatradicional, estilsticamente impura e grosseira, ilos2 icamente ingnua e ignorante (i nor

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    7ur!dicoNo plano jurdico, a progressiva erup/0o dos direitos nacionais, libertou o estudo do Direito omano dosseus objectivos pr#ticos e trans ormou-o numa acti$idade terica0 (istrico5liter*ria89ocial ! crtica 4umanista ao discurso dos juristas tradicionais, era o eco erudito da generali7ada anti atia socialela %igura do 4urista edante , de estilo ormalista e distante das possibilidades de compreens0o do4omem comum.

    )umanismo 4ur!dico do ,-39 .A::IC19/ v#rias orienta/6es De urao (istrico5%ilolgica dos textos 4ur!dicos romanos ;entati$a de construo sistem*tica do Direito Re%orma do ensino 4ur!dico Ateno no$a a um Direito Natural racionalista e sistem*tico

    De urao (istrico5%ilolgica dos textos 4ur!dicos romanos+ibertar os te9tos, das glosas e coment#rios medievais, atravs da combina/0o do estudo jurdico com oestudo 4ist2rico- ilol2gico, a im de reencontrar o sentido primitivo dos te9tos romanos.

    1ma tentati$a de construo sistem*tica do DireitoInspirada ilos2 icamente no idealismo latnico , procura re a7er uma lend#ria obra de "cero 8De i&recivili in artem redi endo9 onde o Direito omano teria sido e9posto de orma sistem#tica.sta orienta/0o constituu uma cr!tica ao car*cter no metdico e anal!tico do saber 4ur!dico dosComentadores .

    1ma re%orma do ensino 4ur!dicoe orma atenta sobretudo ao texto da lei e n0o aos coment#rios produ7idos pela doutrina. e orma 8ueprocura ormar o es !rito sinttico , sistematizado ou com endi*rio dos juristas, por oposi/0o aocaracter doutrin#rio, analtico e n0o te9tual do ensino das universidades tradicionais

    1ma ateno no$a a um Direito Natural racionalista e sistem*tico:s 4umanistas do 8Cos Gallic&s9 de endiam a tradi/0o jusnaturalista romana, segundo a 8ual a nature7a da7ustia seria con%orme < :ei 6atural , lei esta 8ue se encontrava nos ditames da Razo8

    :s umanistas 8ueriam um Direito omano 8ue respondesse =s suas preocupa/6es de il2so os e juristasmodernos, 8ue osse sistematiz*$el e redut!$el a dois ou tr#s rinc! ios racionais , adaptados = vis0odo mundo da poca, como "cero, segundo a lenda, 4avia eito.

    :s umanistas destacavam dois princpios a9iom#ticos, o Neminem laedere ou n0o prejudicar ningume o Pacta sunt servanda ou os pactos tm 8ue ser respeitados.

    3s )umanistas iniciaram uma segunda recriao do Direito Romano em moldes racionalistas8

    :s principais nomes da scola "ulta s0o ranceses Jacques Cujas , 672 1" Fran ois !otman , 7!21" !ugo Doneau , 752 1.

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    :s juristas umanistas, 8ue eram maiorit#riamente protestantes 4uguenotes, oram perseguidos em

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    ste direito renicola mani estava-se em leis, e sobretudo em decis6es dos tribunais, nos seus estilos ecostumes de julgar, na sua "&ra'is =,ou na orma de aplicar o Direito aos casos concretos.

    : jui7 dos tribunais palatinos (tri'&nais do palcio do pr+ncipe, da corte) adapta a =opinio comm&nisdoctor&m= de acordo com a jurisprudncia do reino, a "&ra'(stica".

    %or toda a uropa as decises dos tribunais assam a ter , a partir da segunda metade do sculo XVI,uma grande aceitao na doutrina 8ue se dedica = compila/0o e ao coment#rio, por v#rias ra76es

    :s tribunais s0o agora constitudos por letrados. :s tribunais da "orte, ou colaterais, est0o revestidos da dignidade do rei (pr+ncipe). ! regra do recedente condu7 a uma maior certe7a do 8ue o uncionamento do critrio da = opinio

    comm&nis doctor&m=

    Resumo A crise do sculo XVI e as orientaes metodolgicas subsequentes

    "ressu ostos ! crise do sculo XVI consubstanciada nos seguintes pontos

    no$a realidade normati$a (direitos nacionais). Alterao no equil!brio das %ontes de direito , entre direito comum e direitos pr2prios. 9ubmisso do direito comum de ra7 romano-can2nica, aos novos direitos nacionais. su remacia do direito re!nicola , deve-se ao en2meno da centrali7a/0o do poder real, acompan4ado

    de um movimento de codi ica/0o da respectiva legisla/0o. no$o ob4ecto da ci#ncia do Direito , 8ue incide sobre os te9tos romano-justinianeus e tem porobjectivo a sua moderni7a/0o, atravs de uma interpreta/0o dialctica.

    3 Desen$ol$imento interno do 9istema do 9aber 7ur!dico "orresponde a um %actor de ordem e istemolgica ( teoria do con ecimento)H stabelecidos os grandes a9iomas do pensamento jurdico, no sculo XVI, possvel agora passar ao

    grau superior da tare%a de uni%icao cient!%ica do direito8 construo de sistemas 4ur!dicos gerais , dedu7idos e estruturados a partir de princpios j# obtidos. ob4ecti$os de s!ntese , mas agora o ponto de partida dei9a de ser o te9to romano, para passarem a

    ser os a9iomas jurdicos ormulados e acabados. er!odo do direito natural racionalista , de endendo 8ue os princpios superiores do direito s0o um

    produto da ra70o, 8ue ao elabor#-los, atravs de mecanismos do raciocnio dedutivo, revela umaordem uni$ersal .

    dialctica sim li%icada , natural, pr29ima do senso comum, a 6o$a :gica0 de Petro Ramos (Pierrede la Ramme).

    ! =opinio comm&nis doctor&m= substituda pelo "critrio da #oa ra$%o") ou seja, pela pr2pria l2gicainterna do sistema jurdico.

    -39 .A::IC19

    ?8 De urao (istrico5liter*ria dos textos 4ur!dicos romanos

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    @8 Construo sistem*tica do direito8 Re%orma do ensino 4ur!dico

    De urao (istrico5%ilolgica dos textos 4ur!dicos romanos Depura/0o dos te9tos jurdicos romanos das glosas, coment#rios e correc/6es introdu7idas pelos

    glosadores e comentadores. "ombina/0o do estudo jurdico com o estudo ilol2gico, com o objectivo de recuperar o sentido originaldos te9tos jurdicos romano-justinianeus. sta recupera/0o tem um car#cter puramente ut2pico ou

    mtico.

    Construo sistem*tica do direito Invoca-se a racionalidade, a universalidade e a intemporalidade do Direito omano 3entativa de re a7er a obra mtica de "cero, onde teria sido eita uma redac/0o ordenada e

    sistem#tica do Eius civileE. 1919 -3D'R639 "A6D'C;AR1->

    Rece o r*tica :s novos principados p6em em causa o undamento da Etranslatio imperiiE e como tal a recep/0o

    te2rica do Direito omano, 8ue tin4a uma vigncia geral, passando agora, por or/a de uma recep/0opr#tica, a ter vigncia s2mente norma por norma, na medida em 8ue os princpes e os tribunais v0oa7endo seus, princpios e normas do Direito omano, = medida 8ue os v0o aplicando.

    Consequ#ncias 1m no$o interesse ela (istria 4ur!dica nacional A legislao nacional0 os costumes e raxes de 4ulgar0 assam a ser ob4ecto de tratamento

    dogm*tico 1ma mel(or adequao do ensino 4ur!dico0

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    Jusnaturalismo

    Plato

    Modelo individualista (428 - 347 a.C.)

    Os Universais (atributos, que descrevem as relaes sociais em que os indivduos est o inte!raados)

    so as ideias abstractas e gerais , que so mais permanentes que as coisas particulares, percebidas pelos sentidos, logo so mais "reais"(ale!oria da caverna).

    Idealismo

    Esticismo (le!ado "ilos#"ico romano, $%a.C.)

    A Natureza a fonte de DireitoA Natureza o esprito criador e ordenador doMundo (lo!os) sendo o Homem dotado derazo(ratio), atravs da qual chega ao Direito Natural

    Ccero "e!iste uma lei verdadeira, que arecta razo, que concorda com a natureza,di usa em todos, imut#vel e eterna"

    $end%ncia para a positiva&o' da evid%ncia (vig%ncia

    Jusnaturalismo racionalista, )us*racionalismo + scola -eninsular do Direito Natural.

    Jusracionalismo odernoDescartes! "ei#niz!

    Aristteles

    Modelo corporativo (384 - 322 a. C.)

    Os Universais (atributos, que descrevem as relaes sociais em que os indivduos est o inte!rados)

    /o ac&0es sub1ectivas, que s2 e!istem no pensamento, e no realidades ob1ectivastangveis /o nomes(nomina) e no coisas(res).

    $ealismo3s homens so naturalmente "polticos"A natureza dos homens a vida em sociedade

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    %anto A&ostin'o(3&4 - 43')

    (oluntarismo ) a ordem do Mundo, logo oDireito Natural, resulta da vontade directa deDeus 4 *or mim que os tiranos reinam

    3 Homem(*ecado ori!inal)no pode acederaos desgnios divinos

    + scola -eninsular do Direito Natural. +5acionalismo individualista Moderno.

    Escola dos *losadores(s culo +$$)

    %+ ,om-s de A.uino ( 22& - 274 d.C.) Ordem natural que caminha para o 6em supremo 3 Homem pode aceder a essa ordem atravs da

    observa&o da realidade e do uso correcto da razo(e n o *elo accesso directo s ideias divinas).

    /Causas se&undas/ * Deus(causa *rimeira. deu a

    cada espcie a sua "lei natural" (causa se!unda)que camin a naturalmente *ara o /em. + scola -eninsular do Direito Natural.

    Duns %cotto( 2''0 318) *uillermo D0Occam( 3110 3&1) Nominalismo 7ranciscano Ambos vo buscar o seu pensamento nos te!tos da 82gica de Arist2teles, mas a astam*se de /o $om#s

    de Aquino /epara&o entre a 7 e a 5azo

    7azem uma uso entre o pensamento de -lato e Arist2teles 9onsideram o homem isolado, com direitos e!clusivamente reclamados pela sua natureza individual ou

    vontade(*endor voluntarista u!ustiniano, que est na base do *ositivismo moderno)

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    Escola 1umanista (s c. +%$) 1u&ues de *root +Hugo :r2cio. ncontrar o verdadeiro Direito 5omano, da

    poca 9l#ssica(que se ul!ava, erradamente, ser sistem tico).

    Jean 2odin! dizia que a natureza da )usti&ano era mudar segundo a vontade dosHomens mas con ormar*se com a "lei Natural"

    Escola dos Comentadores(s c. +$%)

    Escola Peninsular do Direito Natural (s c. +%$ - +%$$)

    ; um desenvolvimento da scol#sticaMedieval, mas utiliza os princpiosracionalistas para 1usti icar o seu Direito Natural

    "aciza3o do Direito(causas se!undas)

    4rancisco %uarez * possvel deduzir a partirdos princpios racionais do Direito, regras 1urdicas precisas e imut#veis

    Ori&em do Poder * 9ontratualismo t#cito entre:overno e governados

    5 a partir daqui, que se come&a a separar a 7da 5azo, contribuindo dessa maneira para alaiciza&o do Direito

    As escolas 4ur!dicas seiscentistas e setecentistas

    Normalmente deveria estarre6resentada nas duascolunas! Plato7Aristteles

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    7usnaturalismo0 7us5racionalismo0 indi$idualismo e contratualismo

    J U % N A , U $ A " I % O

    A$I%,O,5"ICO ),O I%,A

    Com raz na filosofia de Aristteles E%CO"8%,ICA E%CO"A PENIN%U"A$ DONa Idade mdia! a6ro6riado 6or ,O I%,A DI$EI,O N,U$A"%o ,om-s de A.uino

    E%,OICICI% OE%,OICO)$ACIONA"I%,AINDI(IDUA"I%,A%

    NO INA"I% O

    Enrazado na filosofia de Plato 4$ANCI%CANO JU%$ACIONA"I% O%A6ro6riado 6elo nominalismo ODE$NO%

    edieval franciscano! onde 4I"O%O4IA6odemos en.uadrar! mais tarde CA$,E%IANA O2JEC,I(I%,A%a filosofia Cartesiana

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    7usnaturalismo da 'scol*stica ;omista

    %o ,om-s de A.uino! na lin a de rist#teles! aceitava a e9ist:ncia de uma ordemnatural das coisas! con irmada pela cren&a num Deus

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    Contri#uto da escol-stica es6an'ola

    >+ "aiciza3o do Direito?+ $adica3o do Direito na razo individual@+ "o&iciza3o do Direito

    "aiciza3o do Direito8evando (s =ltimas consequ%ncias ateoria das causa se&undas, segundo a qual a Natureza per eitamente auto*regulada, admite*se que essare&ula3o teria lu&armesmo se Deus no e9istissee logo as verdades da Ci:ncia do Direito no6oderiam ser alteradas+

    %cotto e Occam!(nominalistas medievais "ranciscanos, *recursores desta escola)noradicalizaram as suas posi&0es a este ponto, optando por uma orienta&o mavoluntarista (mais au!ustinianista e menos tomista)+

    $adica3o do Direito na razo individual 5etomando as ideias do ;usnaturalismo estico, de endem queas leis naturais sosuficientemente e96lcitas 6ara serem con'ecidas 6ela razo 'umana+

    A razo individual (desde que se a recta - recta ratio) 6romovida a fonte de Direito, a"primeiro c2digo" onde esto inscritos os princpios 1urdicos eternos e imut#veis

    "o&iciza3o do direitoA cren3a na razo e nos mecanismos l&icos, postos em honra pelonominalismo( cotto e 9ccan), vai azer que se 1ulgue possvelencontrar o Direito 6or via dedutiva

    %uarez! a irma que 6ossvel deduzir! a 6artir dos 6rinc6ios racionais do Direito!re&ras ;urdicas 6recisas! com conte=do, eternas e imut#veis(a"astando-se de o :om s de quino e a*ro;imando-se dos sistemas urdicos lo!ici Jus)racionalismo (>usnaturalismo =acionalista)

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    ?+ Jus)racionalismo oderno

    Jus)racionalismo (>usnaturalismo racionalista) No come&o dos tempos modernos era oesticicismo (tradi o usnaturalista, muito e;*lcita emte;tos "undamentais do Cor*us >uris civilis) que predominava entre os 1uristas europeus

    E%,BICO% A$I%,B,E"E%

    Natureza o es6rito criador e ordenador(lo!os ) .ued- movimento e ordem ao mundo(Cosmos)+

    No estado 6uro! o lo&os(ratio) constitui a /natureza/es6ecfica do 'omem+

    A Natureza a fonte do Direito! devendo o 'omem#asear)se nos comandos da razo(lo!os).

    E9iste uma lei natural! eterna! imut-vel! 6romul&ada6elo Ordenador do mundo+

    A lei natural acessvel a todos os .ue se&uem asevid:ncias da #oa razo(recta ratio).

    $ecta ratio a razo do 'omem .ue res6eita as suasinclina3=es naturais+

    O Direito constitudo 6or normas 6recisas! leis &erais!certas e claras! f-ceis de inter6retar+

    No '- o6osi3o entre direito natural e diireito 6ositivo!6ois o direito natural tenderia 6ara uma concretiza3oem normas 6ositivas! consideradas como a suaconsuma3o definitiva e res6eit-vel+

    Natureza o &erme a 6artir do .ual se desenvolvem ascoisas e os seres vivos! e 6ara o .ual eles tendem+

    A natureza dos 'omens a vida em sociedade! o 'omem naturalmente 6oltico+

    Era da o#serva3o das comunidades de 'omens .ue se6odia averi&uar al&o so#re o Direito natural

    A lei divina muito &eral e a#arca somentedeterminados 6rinc6ios morais evidentes 6or si mesmos

    O direito 6ositiivo era a6enas um elemento a ter emconta 6ara encontrar a solu3o ;usta

    ,am#m no 'avia o6osi3o entre direito natural edireito 6ositivo! mas este constitua a6enas umatentativa! 6or vezes frustre! da sua realiza3o! lon&e dere6resentar o coroamento da realiza3o do Direitonatural

    Evid:ncia! &eneralidade! car-cter su#;ectivo! tend:ncia 6ara a 6ositiva3o! soas caractersticas fundamentais do Jus)racionalismo moderno! as .uais ;- seencontravam em &esta3o(in ovo)na filosofia moral dos E%,BICO%

    Jus)racionalismo moderno

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    No sculo ?@usnaturalismo racionalista)

    stoicismo

    JU%)$ACIONA"I% O ODE$NO Descartes ( & '- '&1)

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    de convvio obrigat2rias ; a teoria do "9ontrato social"(cu os !ermes seencontravam na 5scola Eeninsular do Direito natural, com @ uare

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    Fant5eal&ou a autonomia davontade racional, que agia de tal orma que a sua ac&o eraconsiderada norma universal

    David 1ume

    A vontade racional era aquela que agia segundo um plano cient ico de obten&o dom#!imo prazer ou utilidade pessoais

    Direito civil3 estabelecimento da ordem 1urdica ob1ectiva ez*se atravs de um acto volunt-riodos homens, o "9ontrato social"

    *overno civil3 poder de criar o direito atravs de actos devontade so#erana, no tem limites

    1o##es (Des*otismo iluminado)-rimado davontade le&islativa sobre o costume, o poder 1udici#rio, a razo 1urdica3 stado de Hobbes um "Despotismo legal" onde a vontade do soberano e!pressaatravs de normas gerais, salvaguardando os s=bditos da arbitrariedade

    "oceDeposita o Direito nas mos do povo que o modela segundo a suavontade livre

    Democracia3 stado e a sua ac&o so o produto davontade dos cidados(=ousseau)

    $ousseau (Democracia iluminada) A lei uma declara&o p=blica e solene davontade &eral sobre um ob1ecto deinteresse comum

    Orienta3o Demo)le&alA lei uma vontade &eral! 6or.ue deriva de todos! se refere a 6ro#lemas de todose esta#elece a i&ualdade entre todos+

    Cientificiza3o

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    A "ei natural estava e9tinta

    3s que consideravam a 8ei Natural, como/o#;ectivamente/ v-lida! tiveram derecorrer ( ic&o da/racionalidade da vontade/

    "o&o o

    DireitoEra o 6roduto de um acto livre da vontade recta! racional! iluminada+

    FantA vontade racional era a.uela cu;a ac3o 6odia ser considerada como umanorma universal+

    David 1umeA vontade racional era a.uela .ue a&ia se&undo um 6lano cientfico dema9imiza3o do 6razer ou utilidade 6essoais+

    A vontade estava su#ordinada < razo! coo6erando na realiza3o de uma ordem natural e racional

    $azo o#;ectiva (s culo +%$$$)stava radicada na ordem c2smica, na conviv%ncia humana, mas 1# no nos indivduo

    ontes.uieu4undamenta o Direito o#;ectivo! na necessidade natural(consequGncias normativas dasrelaes naturais e necess rias que se estabelecem entre os omens unidos numa conven o *oltica)

    "ei#nitz ( '4' - 7 ')O Direito natural! emanado da eterna razo divina! e9istia inde6endentemente de.ual.uer manifesta3o de vontade e de .ual.uer im6osi3o 6ositiva do Estado,constitundo o Direito da "Eptima 5ep=blica" por oposi&o ao Direito positivo(iusvoluntarium)emanado do soberano

    "ei#nitzAs leis podem ser in1ustas, pois para alm da vontade dos indivduos ou dos seurepresentantes, h# normaso#;ectivamente v-lidas

    Continua no 6r9imoe6isdio GGCIAAAOOOGGGGGG

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    J+ 2ent'am3 Direito 1usto o que organiza a sociedade de modo a obter o m#!imo de bem**estar para o maior n=meroA legisla&o torna*se numa ci%ncia muito pr2!ima, na sua natureza, das ci%ncsicas

    Codifica3o

    Necessidade de fi9ar o Direito em vi&orNecessidade de renovar &lo#almente o Direito em vi&or! se!undo as novasnecessidades .

    Os cdi&os modernos! so sistem-ticos! dominados 6or uma ordem interna

    Os cdi&os modernos so um con;unto de dis6osi3=es .ue tendencialmenteeterno (liberto das contin!Gncias do tem*o)+Os cdi&os modernos! so um re6ositrio do direito natural! universal eimut-vel! ca6az de instaurar uma 6oca de /Paz 6er6tua/ na conviv:ncia'umana+

    JeremH 2ent'am/endo o direito o desenvolvimento do princpio da utilidade, o c2digo devia sercompleto, uni icado, universal, ormar um sistema echado de normas e 1usti icado pelo princpio cient ico da utilidade

    FantDesenvolveu nesta altura a ideia da cidadania universal e de direitos universais

    >FGB * 92digo de 8eibnitz>G * 92digo da -r=ssia>IJ * 92digo da 7ran&a(Code Civil de ?a*ol on)>I>> * 92digo da Kustria>IFG * 92digo 9ivil -ortugu%s

    Pr-tica ;urdica

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    Alm dos actores ilos2 icos,foram as 6r-ticas ;urdicas que contribuiram para aorma&o das concep&0es 1urdicas modernas

    Nos scL ?@< e ?@

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    ono6lio da edi3o do Direito a favor da "ei do so#erano! a6enas tem6erado6ela evoca3o dos 6rinc6ios do Direito natural! evocados 6elos novos estadosiluministas+Os Estatutos 6om#alinos da Universidade! de > ?! reformam o ensino doDireito! limitando o estudo do Direito $omano

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    O Direito na 6oca contem6or nea

    Conte9to 6oltico De*ois do seu *erodo e;*erimental us-racionalista, a ordem *oltica estadualista c e!a sua "ase deinstitucionali

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    No conte!to do novo stado Democr#tico afun3o da Doutrina a de descrevera lei! de a inter6retar de acordo com a vontade do le&islador 'istrico,(inter*reta o sub ectiva) e de inte&rar as suas lacunas, propondo aquela normaque o legislador hist2rico, se tivesse previsto o caso, teria ormulado m certoscasos e!tremos, estipulava*se o recurso (inter*reta o autGntica ("eita *elo Earlamento, = " r H !islati")

    A sociedade diri&ida 6ela lei! .ue deve ser clara! acessvel a todos e codificada

    Nacionalismo

    A primeira metade do sc ?

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    $odas estas ormas de positivismo t%m em comum a recusa de quaisquer orma desub1ectivismo ou de moralismo, pois utiliza mtodos ob1ectivos e veri ic#veis

    A di uso mundial do Direito uropeu, coincidiu com a e!panso colonial europeia

    As escolas cl-ssicas do sc+ I

    A escola da E9e&ese

    Nos inais do sc ?@

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    doutrina restava o 6a6el de 6roceder < inter6reta3o su#missa da lei! e6roceder < inte&ra3o das lacunas! atendendo < vontade do le&islador 'istrico+ 5m casos e;tremos assistiu-se *robi o da inter*reta o da lei *elos tribunais, devendo estes recorrer ao Earlamento *ara esse "im (= " r He!islati")

    3s grandes 1uristas limitam*se a azer uma e!posi&o e interpreta&o(e;e!ese) dosnovos c2digos+ sta a Escola da E9e&ese!cu1os principais representantes oram'Duranton!,rolon& e Demolom#e

    Em Portu&al! s em >KQ .ue foi 6romul&ado o Cdi&o Civil, instaurando*se a partir dessa data uma orienta&o e!egticaL no ensino universit#rio adopta*se o tedo 92digo civil como manual

    2alan3o da escola da E9e&ese A ideia de um /Cdi&o Civil/ &eral! reflecte a ideia de i&ualdade dos cidadosA ideia de um cdi&o com6acto! or&anizado e claro vizava facilitar ademocratiza3o do direito 6ela &eneraliza3o do seu con'ecimentoR ?o entanto, sendo a base social das democracias re*resentativas bastante restrita, com a eru* o da burocraciae da *artidocracia o *ressu*osto que a lei era a e;*res o da vontade !eral dos cidad os, estava destrudoICom a *ro!ressiva com*le;i"ica o e tecni"ica o do discurso le!islativo, destruu-se tamb m o ideal de colocaro direito ao alcance do Eovo

    Os cdi&os contem6or neos so um tra#al'o final de sntese de ciclos doutrinais muito lon&os! sendo neste casoo ciclo ;us)racionalista dos sc+ (II e (III

    Escola 'istrica alem

    (ertente or&anicista e tradicionalista

    > !ist%ncia de um stado*Na&o era um dos pressupostos polticos do legalismo

    Mas,A Aleman'a e a It-lia! naes que ocu*avam lu!ares centrais no *anorama do saber urdico euro*eu,no con'eceram um Estado nacional at ao terceiro .uartel do sculo I +Apesar da priva&o de identidade poltica , a consci:ncia nacional mani estou*sede orma mais intensa emarcou fortemente todas as -reas da culturaL reagiu contraa ideia de que o " stado " e seu direito codi icado, pudessem ser a =nica orma demani estar a identidade poltica e 1urdica de uma na&o

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    Assiste)se < valoriza3o das formas tradicionais e es6ont neas de or&aniza3o6oltica+

    B niversalismo e abstrac&o, eram outros dos pressupostos dos legalistas

    O /Estado/ e o Cdi&o no t:m nem lu&ar nem tem6o, so ormas universais,indi erentes a quaisquer particularidades culturais ou nacionaisL ora, era e!actamentisto que uma cultura de razes nacionalistas, ancorada nas especi icidades culturais do povos, no podia aceitar

    ; esta sensi#ilidade cultural! 6oltico);urdica .ue est- na ori&em da Escola'istrica alem

    O#;ectivos desta escola

    2uscar as fontes no estaduais e no le&islativas do direitoConce#er a sociedade como um todo or& nico! su eito a uma evolu o ist#rica semel ante dos seres vivos.

    anifesta3o de uma l&ica 6r6ria, o es6rito do 6ovo %olJs!eist ,que dariaunidade e sentido a todas as mani esta&0es hist2rico*culturais de uma na&o O es6rito do 6ovo manifestar)se)ia! so#retudo nas 6rodu3=es dos seusintelectuaisEram as manifesta3=es de alta cultura .ue mel'or revelavam a alma nacional+# as elites culturais conse!uiam redu

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    Do 6onto de vista socio 6oltico! o formalismo da 6andectstica 6ossi#ilitou aneutralidade do direito face aos 6ro;ectos 6olticos contraditrios da#ur&uesia alemA 6andectstica ere&ia a sua cientificidade e formalismo como valoressu6remos! constituindo estes factores de le&itima3o de uma administra3oO formalismo rea&ia tam#m contra a instrumentaliza3o do direito 6ela6oltica e 6elo Estado3 ormalismo conceitualista traduz uma 6osi3o individualista e uma 6osi3orelativista

    aS Individualista Na medida em queos seus do&mas + *rinc*o da e;istGncia e *rimado dos direitos sub ectivos, daautonomia da vontade, da ilimita o da *ro*riedade, etc.)decorrem lo&icamente do 6rinc6io(oriundo do us-racionalismo individualista)de .ue a sociedade resulta de uma com#ina3ode actos de vontade de indivduos livres e titulares de direitos su#;ectivos+

    #S $elativista$elativista e formalista 6or.ue a Pandectstica se limita a atri#uir ao 6oder afun3o de esta#elecer uma forma de or&aniza3o 6oltica .ue mel'or 6ossa&arantir a li#erdade individual(liberalismo) desistindo de lhe prescrever princpiostico*1urdicos materiais que guiem o e!erccio dessa liberdade

    O sa#er ;urdico era inde6endente do 6oder 6olticoO sa#er ;urdico tin'a le&itimidade 6ara im6or os seus critrios de6rocessamento doutrinal do material le&islativoO direito doutrinal (direito dos *ro"essores)6ode le&itimamente reclamar o 6a6el de-r#itro entre &overnantes e &overnados

    A 6andectstica teve &rande influ:ncia no Cdi&o civil 6ortu&u:s de > Q

    O% DO* A% DO CONCEI,UA"I% O OU PANDEC,T%,ICA

    ,eoria da su#sun3oA realiza3o da ;usti3a nos casos concretos seria asse&urada su#sumindo os/factos/ ao /direito/! nos termos de um raciocnio de ti6o silo&stico! em .ue a6remissa maior era um 6rinc6io de direito e a 6remissa menor a situa3o defacto a resolver

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    A teoria da su#sun3o teve um 6a6el im6ortante na conten3o do ar#trio e dosu#;ectivismo ;uris6rudencial

    O do&ma da 6lenitude l&ica do ordenamento ;urdico

    5mbora o con unto das normas le!islativas n o cubra todo o cam*o do urdicamente re!ul vel, o ordenamento urdico, concebido como sistema conceitual, o cobriria.

    9onstrudo o sistema e de inidas as suas regras de trans orma&o, pode*se pro1ect#*sobre qualquer caso 1urdico imagin#vel, atravs de uma 1urisprud%ncia "criadora""construtiva" ou se1aestender 6or dedu3o e com#ina3o conceitual o sistemanormativo! de modo a co#rir o casosub judice

    A inter6reta3o/o#;ectivista/O sentido de .ual.uer norma decorria da sua refer:ncia ao sistema normativoem .ue se inte&rasse 5 nquanto que o *ositivismo le!alista *ro*un a uma inter*reta o da lei se!undo as intenes do seule!islador ist#rico, o 6ositivismo conceitualista 6ro6=e o recurso < fic3o de umle&islador /razo-vel/ inte!rando, reinter*retando contnuamente cada uma das normas no seuconte;to sistem tico, de modo que o ordenamento urdico conserve sem*re a sua inte!ridade e coerGncia como sistema conceitual.

    +/c ??. A teoria 6ura do direito 3 apogeu do ormalismo

    Dominando o *ensamento urdico euro*eu a *artir dos anos 71 do s culo +$+ , o 6ositivismosociol&ico crticou o formalismo da 6andectstica e orientou o sa#er ;urdico6ara um discurso de ti6o sociol&ico , em que o Direito era dissolvido nos "actos sociais e o *r#*rio discurso urdico corria o risco de se dissolver no discurso sociol#!ico

    $eac3=es ao 6ositivismo sociol&ico, a *artir das *rimeiras d cadas do s culo ++

    Preocu6a3o dos metodlo&os e filsofos de direito de reencontrar as #ases daautonomia &noseol&ica e metodol&ica do Direito+Preserva3o da.uilo .ue o Direito teria de es6ecfico "rente s ciGncias que a*enasdescreviam a realidade social

    Procurar definir as condi3=es de validade do con'ecimento ;urdico e que *ermitiriam que este *udesse utili

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    7oi a esta tare a que se propuseram

    Asescolas neo)Fantianas de ar#ur& e de 2adenEstudo das conse.u:ncias metodol&icas! da distin3o entre as ci:ncias does6rito (Direito) e as ci:ncias da natureza (sociolo!ia).

    Distin3o decorrente da natureza do o#;ecto>+ As ci:ncias da natureza

    lidam com um mundo de o#;ectos, alheio ao homem, conhecvel na suae!terioridade eredutvel a leis &erais

    ?+ As ci:ncias do es6ritolidam com o mundo da cultura, com as signi iica&0es que os homens atribuem (scoisas, com o modo como eles se apropriam espiritualmente delasL este mundo n e!ternamente cognoscvel e no pode ser encerrado em leis gerais

    Conse.u:ncias do&m-ticas destes 6ontos de vista

    E9ist:ncia de modelos intelectuais diferentes dos das ci:ncias fsico)naturaisemais adequados *ara tratar o direitoodelos .ue utilizassem mtodos de a#orda&em casustica (como os utili

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    %er conforme ao direito ser o#ri&atria em virtude do comando de uma norma su6erior

    O direito constitui uma 6ir mide normativa no to6o da .ual se encontra a Constitu3o

    O 6ositivismo sociol&ico e o institucionalismo Antecedentes'

    AristtelesA escol-stica Aristotlico)tomista! li&ava o Direito < natureza das coisas( umanas e sociais ). 9 Direito natural, na sua "un o de manter os equilbrios sociais estabelecidos,tin a de se orientar *ara uma ustia imanente nas institues sociais.

    ontes.uieu (s c. +%$$$)Considera .ue o direito tem um enrazamento social, pronunciadamentemecanicista e relativista(relaciona a or!ani

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    Os indivduos so determinados 6or constran&imentosob1ectivos eindependentes da sua vontadeA sociedade real! &eral e /6ositiva/, constitundo o com*le;o !lobal e or!Knico dasrelaes interindividuais.

    A sociolo&ia como uma fisiolo&ia social de6urada de inten3=es normativas

    E+ "ittr ( 81 0 88 )Disc6ulo de A+ Comte! desenvolveu a sua teoria-elo seu positivismo e sobretudo pelo seu organicismo, o positivismo sociol2gico deAuguste 9omte constitui4

    Uma crtica directa ao individualismo! voluntarismo e contratualismo da6andectstica+9 indivduo n o era um ser livre e autodeterminado, mas um ser de*endente e que s# sobrevivia em virtude da solidariedade social

    A ordem social e 6oltica fundava)se nas condi3=es e e9i&:ncias o#;ectivas davida social, concretizadas em institu&0es transindividuais e indisponveis(como a "amlia, munici*io, etc.) e no num acordo de vontades que melhor garantisse osdireitos naturais e prvios dos indivduosO Estado re6resentava o cume da or&aniza3o social e como institu o or!Knica erao *ortador dos interesses mais elevados do or!anismo social, um a!ente de racionali

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    Crtica de "+ Du&uit

    3 homem natural, isolado, nascendo livre e independente dos outros umaa#strac3o sem realidade+O 'omem nasce mem#ro de uma colectividadeR sem6re viveu em sociedade eno 6ode viver seno em sociedade+3 homem naturalno o ser isolado e livre dos il2so os do sc ?@

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    aurice 1auriou ( 8&'0 2 )A ele se deve uma desenvolvida /teoria da institu3o/

    Institu3o uma ideia .ue encontra consist:ncia ;urdica num meio socialA ordem ;urdica anterior e mais vasta do .ue a ordem estadual

    As institu3=es! en.uanto factos sociais o#;ectivos! so indis6onveis

    Conse.u:ncias da crtica 6ositivista < Pandectstica

    omento anti)formalista A6arecimento de disci6linas ;urdicas novas, como a /ociologia do Direito, aAntropologia 1urdica ou a 9riminologia

    O 6ositivismo c'amou a aten3o dos ;urista 6ara o direito vivo! es6ont neo ou6raticado+Influ:ncia cientista e sociolo&izante muito ntida no direito criminalO 6ositivismo 6rocura! 6or um lado identificar factores crimino&neoso#;ectivos! e 6or outro ade.uar)l'es tera6:uticas correctivas

    omento anti)le&alistaO 6ositivismo recusou a identifica3o entre o Direito e a lei, chamando a aten&o para um Direito surgido das pr2prias institu&0es sociais

    omento anti)individualistaO 6ositivismo citicou os fundamentos ideol&icos individualistas econtratualistas da Pandectstica

    aS no domnio do Direito P #lico

    Crtica da forma individualista! democr-tica e li#eral do estado( baseada no su"r !io e nos direitos naturais dos indivduos)6ro6ondo formas de or&aniza3o 6oltica#aseadas no 6rimado dos &ru6os*ru6o Estado! como emana3o dos interesses &erais do cor6o socialCor6orativismo! .ue 6arte da ideia de .ue as entidades 6olticas naturais("amlia, munic*io, etc.) .ue esto na #ase da or&aniza3o social! tam#m devemestar na #ase da or&aniza3o do EstadoA6arecimento de formas de or&aniza3o econmica e 6oltica de 6romo3o da

    coeso social(5stado "orte, Eartido Lnico, *robi o da !reve, e do locJ-out)

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