Filosofia em Cena: discussões sobre Filosofia e cinema na sala de aulaRESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Bruna de Oliveira Bortolini

E-MAIL:bbortolini1@gmail.com

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:Angelo Panisson

ORIENTADOR:Prof. Dr. Gerson Luís Trombetta

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:7.01.00.00.4

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:O enisno de Filosofia, hoje, deve ser entendido como sinônimo de criar, produzir novos conceitos, novos valores e metas.Não há mais espaço à reprodução de conhecimentos, não há mais caminhos prontos a serem seguidos. Mas, de que formaé possível pensar as aulas de Filosofia para além do modo tradicional? Como incentivar os estudantes a ler o mundo apartir de diferentes perspectivas? Na busca por alternativas que pudessem lançar luz a essas questões, o diálogo entrecinema e Filosofia surgiu como uma possibilidade. Analisar em que sentido o cinema contribui para o desenvolvimento dareflexão filosófica no contexto escolar é o objetivo deste estudo. Na base da pesquisa trabalha-se com a ideia do cinemacomo fonte de Filosofia, capaz de criar e expor conceitos de forma própria, através de suas potencialidades estéticas eabordagens de caráter universal.

METODOLOGIA:O estudo baseia-se no método analítico-reconstrutivo e interpretativo, utilizando consulta bibliográfica (ver referências) eexperimentação de filmes. Os resultados da investigação foram previamente apresentados e discutidos no grupo deestudos ligado Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Filosofia (UPF).

RESULTADOS E DISCUSSÕES:O cinema é um dos recursos artísticos que podem ser utilizados para experientação filosófica em sala de aula, justamentepor proporcionar uma alternativa ao texto escrito. Umas das razões para tanto é que o cinema apresenta ideias einquietações que não são somente expressas ou construídas por meio da linguagem verbal. O cinema trabalha comimagens em movimento que misturam raciocínio lógico com emoções e que são capazes de impactar emocionalmente oespectador. Os sentimentos envolvidos não dizem respeito apenas ao personagem que os vivencia; o cinema, por assimdizer, amplia a carga sentimental permitindo que seja ¿experimentada¿ de um modo especial pelo espectador atraindo-oreflexivamente. Tomado dessa forma, o cinema é capaz de contribuir significativamente com as discussões em sala deaula, pois permite aos alunos o acesso a determinadas questões que o discurso filosófico, em função de suas exigênciasformais, teria dificuldades de atingir.Mais do que ilustrar conceitos, o cinema também pode contribuir para o próprio ¿fazer filosófico¿ em sala de aula,permitindo aos estudantes, a partir dos indícios ou marcas filosóficas deixadas pelo filme, estruturarem seus própriospensamentos e discursos complementares. Tal concepção fundamenta-se nos conceitos de Logopatia e Filmosofiapresentes nas obras ¿O Cinema Pensa¿ (2006) de Julio Cabrera, ¿Filmosophy¿ (2006) de Daniel Frampton e,recentemente, uma interpretação de tais estudos, no texto ¿Filosofilmes e Filmosofias¿ (2012) do Prof. Dr. Gerson LuísTrombetta.

CONCLUSÃO:O cinema mostra-se como um componente afetivo e racional de acesso ao mundo o que o torna pertinente aos exercíciosfilosóficos. Aponta questões de caráter filosófico de forma própria e não apenas em sentido ilustrativo, impulsionando opensamento na construção de novos conceitos e modos de interpretar o mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:CABRERA, Julio. O Cinema Pensa: uma introdução à filosofia através dos filmes. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.FRAMPTON, Daniel. Filmosophy. London: Wallflower Press, 2006.TROMBETTA, Gerson Luis. Filosofilmes e Filmosofias. In: TROMBETTA, G. L. (Org.). Lugares Possíveis: metamorfoses daarte no tempo e no espaço. Passo Fundo: Editora Méritos, 2012. p. 159-171.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador