resumo do mito

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ACADMICO: Fernando Calegari. DISCIPLINA: Introduo a Engenharia Civil de Infraestrutura. TURMA: 2011 2 Semestre. PROFESSORA: urea Lucia Vendramim.

TRABALHO: Leitura e resumo do livro Breve Historia do Mito (2009) da escritora Karen Armstrong. Contextualizando para o campo profissional da Engenharia Civil.

O livro conta a historia da mitologia, retratando o mito desde a era Paleoltica at a sua situao atual (sec. XX e XXI). Mostrando que o mito passou por vrias fases de transformao conceitual, sendo que os seres humanos foram responsveis por essa fase e sendo os que sofreram com as conseqncias dessa transformao. Na primeira parte do livro a autora explica o que foi e sempre ser mito apesar das suas transformaes. Ela diz que desde pocas antigas o ser humano se distingue pela capacidade de ter pensamentos que transcendem sua experincia cotidiana. A mitologia foi criada segundo ela para nos auxiliar com as dificuldades humanas, o mito ajuda as pessoas a encontrarem seu lugar e orientao no mundo. Em suma o mito algo imaginrio com algum significado e essencial para o pensamento humano. Nesse capitulo ela apresenta o logos que totalmente o contrrio do mito, logos aquilo que pensamos em fazer objetivamente de maneira concreta, de modo externo. No segundo captulo O Perodo Paleoltico: a mitologia dos caadores, os seres humanos dessa poca tinham a mitologia como essencial para sua sobrevivncia, pois qualquer coisa por mais inferior que fosse podia personificar o sagrado, sendo que o cu dava as primeiras noes do divino. A mitologia ensinou as pessoas a ver atravs do mundo tangvel, mas o mito por mais irreal que se pensasse ele penetrava na realidade. A mitologia no era vista como algo sobrenatural, e sim voltado para a humanidade sendo esse o caminho pela qual se desenvolvia. O mito no perodo paleoltico ajudava os caadores a lidar com a matana de animais, pois os animais no eram seres inferiores eles possuam sabedoria superior. Um aspecto importante da mitologia que surgiu nesse perodo foi viso da morte como o inicio de um novo ser, de uma vida desconhecida, levando medo para seu significado. No terceiro captulo sobre O Perodo Neoltico: a mitologia dos agricultores, a terra ganha caractersticas mitolgicas, sendo a agricultura desenvolvida naquela poca que conduziu a conscincia espiritual sobre a terra como o tero vivo que sustenta tudo e todos. A terra como mitologia comeou trazer o sentimento de identificao profunda com um determinado lugar, ensinando as pessoas que elas pertencem a terra. A viso da terra como sendo a Deusa dos caadores, com sendo a Deusa Me responsvel pelo tero mostra nesse perodo que a mulher era mais forte e com um certo poder, apesar dos homens parecerem mais poderosos e dominantes. Devido esse contexto da terra

como mito, a morte deixa de ser um terror, porque ela no significava mais o fim, considerando a vida e a morte como inseparveis. No captulo sobre As Primeiras Civilizaes, a autora mostra que as pessoas comearam a encadear melhor as causas e os efeitos, dizendo que sempre que entra uma nova era da historia as pessoas alteram suas idias a respeito tanto da humanidade quando da divindade. Nesse perodo de civilizao as aes humanas ocupavam o centro do mundo, sendo que os Deuses que representavam a mitologia pareciam estar mais remotos, considerando eles como no mais realidade. Apesar do afastamento dos Deuses no mundo, os elementos que os transcendem no foram abandonados pela conscincia humana. A autora tambm fala que os mitos urbanos comearam a colidir com o mundo histrico, sendo que a historia se impe a mitologia nesse perodo. Com isso a antiga espiritualidade decaiu deixando esse lugar ocupado vazio, sem nem uma novidade que o substitua, levando ao prximo perodo uma grande transformao. O quinto captulo A Era Axial, corresponde o perodo onde surgiram novas religies e sistemas, considera a autora que essa era marcou permanentemente o modo como os seres humanos se relacionavam consigo mesmo, com os outros e com o mundo ao seu redor. A conscincia individual e a moralidade ganham preocupao, levando o mito a uma interpretao mais ntima e tica, sendo que o mito s era aceito por meio de grandes discusses. Devido diminuio da conscincia mitolgica o mito e a sua pratica ritual no eram suficientes para compreend-los, o mito para poder ser compreendido necessitava adotar um comportamento tico correto. No sexto captulo O Perodo Ps- Axial, a autora tem como referncia sobre esse perodo o Ocidente. Nesse perodo o povo do ocidente considerava a mitologia problemtica, as vrias religies que existiam se baseavam na historia no mais no mito. Sendo que as religies msticas usavam a mitologia para explicar suas vises ou reagir a uma crise. A grande transformao que ocorre a perda do contato com a mitologia, sendo que isso segundo a autora ocorreu na Europa Ocidental espalhando tal situao mitolgica. No ultimo captulo A Grande Transformao Ocidental, esse perodo para autora visto como a completa morte do mito, sendo esse o grande responsvel pelos desastres da humanidade correspondentes a civilizao sem precedentes criado no sec. XIX e XX. e que os efeitos causados so entendidos apenas agora. A autora afirma que a sociedade moderna entra de vez na sociedade tradicional, sendo que a sociedade moderna implica em querer tudo cada vez mais, diferente da sociedade tradicional ou pr-moderna. O mito visto como intil falso e ultrapassado, a eficincia a palavra da vez, e que para tal eficincia a cincia material e tecnolgica o instrumento pela qual se pode alcanar-la. Ao contrrio de outros perodos o heri passou a ser o cientista ou o inventor, a mitologia que j estava sem credibilidade passa a ser ainda mais desacreditada, perdendo de vez o que ela representa. Para a autora, as pessoas eram estimuladas a ter suas prprias idias, mas acabavam mais e mais dependentes de especialista. O logos que era totalmente diferente do mito, mas que deve andar junto passa esses dois a ser totalmente incompatveis, sendo que se utilize apenas um ou o outro, sem meio-termo entre eles. Esse perodo que para autora ainda o atual, tem-se que o mito considerado

como inferior ao pensamento, de modo que ele deixa de existir, perdendo sua essncia no ser humano, considerando que a mitologia agora destrutiva e tem sido estreita, racial, tnica, paroquial e egosta na tentativa de exaltar um ser pela demonizao de outro. A autora mostra a grande necessidade de rever o nosso conceito sobre o mito, pois ele o nico meio pelo qual podemos transcender compaixo com os demais e o meio pelo qual pode nos ajudar a identificar-nos como raa, etnia nacional e ideologia, ela ressalta que para combater o mito destrutivo, devemos impor uma mitologia tica e espiritualmente enriquecida. Por ultimo ela aponta o mito como uma forma de arte, isso porque qualquer obra de arte seja um livro, msica, pintura etc. invade o nosso ser e nos muda para sempre, sendo esse o significado do mito. Articulando as condies apresentadas, com o campo profissional da engenharia civil, observasse que o ato de engenhar carregado de logos, ou seja, dentro da engenharia o pensar objetivamente (pensar e fazer) est presente no dia a dia, na criao de projetos no prprio acompanhamento da obra e na conversa com o seu cliente ou seu funcionrio. Entretanto para tornar esse pensamento objetivo harmonioso, de modo a estabelecer um equilbrio de respeito entre o meio, pode ser respeito racial, tnico e ideolgico. Esse respeito adquirido atravs do conhecimento que o mito transmite, por isso se v a necessidade de se conhecer e conviver com a mitologia, a essncia do equilbrio no campo profissional se dar como disse a autora com um mito tico e enriquecido espiritualmente.