RESUMO – CUIDANDO DO SER – ALBERT FRIENSEN

Neste trabalho o psicólogo e pastor Albert Friesen trabalha o campo do aconselhamento pastoral, conceitos, métodos, conhecimento que não se detém somente dentro das teorias psicológicas e teológicas, mas apresenta diversos exercícios práticos, ferramentas úteis para todos os que conhecerem este trabalho possa ter um desenvolvimento pessoal e estar hábil na prática ministerial. 

Dentro da proposta do livro encontramos dentre outros tópicos tratados, a ideia central do que é um conselheiro e como são ou o que são tais conselhos a serem trabalhados.

De acordo com o Friesen, o “aconselhamento é um relacionamento interpessoal em que o conselheiro assite ao individuo em sua totalidade no processo de ajustar-se melhor consigo mesmo e com seu ambiente”, ajudando dessa forma a caminhar em direção a resolver seus conflitos.

Hoje, diante de tantos problemas que as pessoas vêm enfrentando no seu dia-a-dia, as igrejas estão percebendo a necessidade de ajudar as pessoas tanto do ponto de vista espiritual quanto emocional. Porém, o conselheiro pastoral deve levar em conta a alma do indivíduo, que é onde se concentram nossas emoções e desejos.

É no aconselhamento que se desenvolve o diálogo que vai levar o aconselhando a romper com a vida nas trevas e com as atitudes inadequadas. Observa-se que a psicologia e o aconselhamento pastoral complementam-se nesse trabalho. Para isso o conselheiro deve conhecer um pouco de psicologia para entender melhor o comportamento humano e poder direcionar melhor o aconselhamento. Entretanto, para ser um bom conselheiro é preciso ainda ser uma pessoa saudável, equilibrada, envolvente e saber tratar o outro com amor.

Friesen, deixa claro que o aconselhamento espiritual é importante porque ajuda o indivíduo a encontrar seu caminho, especialmente no que diz respeito ao lado espiritual. Deve-se trabalhar com ele individualmente em assuntos como medo, fobia, depressão etc. Inclusive pode-se fazer o aconselhamento àquelas pessoas não convertidas, aproveitando a oportunidade de apresentar-lhes o Evangelho.

Além de trabalhar com problemas específicos, o conselheiro pastoral trabalha com profundidade, como Jesus fazia curando pessoas. Segundo o autor, devemos nos valorizar para que possamos levar o aconselhando a se valorizar também.

Logo em seguida trabalha-se a questão de “A quem recorrer?” e em meio a isso como o conselheiro deve ficar atento a alguns pontos, como a visão de estar sempre com um pensamento de profissionalismo, mantendo por exemplo o sigilo, trasparecer imparcialidade levando assim o individuo a se sentir aceito e respeitado. Algo que tambem deve-se levar em consideração é a observação

na “metacomunicação” ou seja, , à expressões faciais, tom de voz, gestos em geral, etc. Contudo, antes de mais nada, é preciso compreender a si mesmo para depois compreender as necessidades do aconselhando.

Para Friensen o conselheiro sempre precisará, ter coragem, pois a dor do outro lembra a sua própria, ter compaixão, saber se importar com o indivíduo e ser imparcial, saber lidar com suas emoções.

Percebe-se tambem que para Fiensen, o conselheiro deve ter como primazia não só o conhecimento, mas o amor e zelo pela palavra de Deus, pois é através na palavra que se tem algo extremamente importante para a comunicação entre as pessoas e foi através dela que Deus criou o universo. A palavra através da Bíblia é capaz de dar vida e de transformá-la.

Segundo Fiensen, a conversação pastoral deve apresentar uma dimensão de profundidade espiritual e emocional, isso levará ao objetivo do aconselhamento. Deve oferecer uma percepção da amplitude do problema, fazendo-a perceber o todo. Deve ser feita uma abordagem não-diretiva, útil nos casos de cristãos rebeldes, amargurados ou agressivos.

O Livro tambem aborda assuntos de conselhos na area de Aconselhamento familiar fazendo com que a igreja desenvolva um plano de educação familiar, um programa de treinamento de líderes leigos em aconselhamento pastoral, inclusive sobre o aconselhamento conjugal, casos de doenças mentais pois diversas dessas doenças causam sofrimento nao só em quem possui mais para seus parentes diminuindo o bem-estar emocional. Sobre isso, Friensen relaciona algumas caracteristicas que se deve possuir em meio a situações como estas, entre elas:

Encarar a realidade como ela é; Adaptar-se às mudanças; Controlar a preocupação e os medos; Considerar o outro; Aprender a amar.

Ainda se tratando de doenças mentais o autor trabalha tambem a diferenciação entre doenças e possessões demoniacas e, é preciso saber identificar. É preciso observar atentamente esses casos, pois são difíceis de saber quando é possessão demoníaca, conforme explica Friezen.

Sintomas da doença mental:

o Sensação de angústia intensa;o Claustrofobia/medo de lugar fechado;o Em alguns casos procuram ajuda no início;o Se autoflagelam, causam sofrimento a si mesmo para diminuir a

angústia;

o Síndrome paranóide: ocorre nos quadros de esquizofrenia e o indivíduo sente-se grande e poderoso.

Sintomas da Possessão demoníaca:

o Resistência a Jesus;o Poder de quebrar grilhões: sintoma de força que vem das trevas;o Cura imediata;o Agitação do doente se desloca para outros seres;o Libertação espontânea.

Dentro do ministério pastoral é de estrema necessidade conhecer tecnicas que auxiliem o conselheiro a buscar a reestruturação do individuo e libertá-lo, porém , como diz Friensen “em qualquer passo do processo de libertação o conselheiro pastoral nunca esquecerá de que está com uma pessoa: uma pessoa que sofre, que deseja libertação e paz [...] que requer crescer e amadurecer tanto espiritual quanto emocional”