resumo artigo aristotélico

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  • 7/25/2019 Resumo artigo aristotlico

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    Resumo artigo aristotlico/brecht

    Para os autores esta situao irresoluta, de problema sem resposta, que conduz a tragdia,parece tanto a ns, como j ristteles, um tanto quanto incompreens!"el, j que um dos

    planos ha"eria de e#cluir o outro necessariamente$ ristteles tende a renunciar o planodi"ino arcaico, como de se esperar, e admite sua inter%er&ncia nas a'es apenas da %ormacomo ele surge em (dipo, "elada, por trs dos acontecimentos, sem ser ao direta$ )sta

    presena do di"ino de %orma e#plicita, para ristteles, j pareceria in"iabilizar a"erossimilhana e portanto o carter cr!"el da obra, %ato pelo qual se quebraria a identi%icaoe consequentemente a catarse$ *+as a lgica da tragdia consiste em jogar nos dois tabuleiros,em deslizar de um sentido para o outro, tomando, claro consci&ncia de sua oposio, massem jamais renunciar a nenhum deles-+.0, 1223, p$ 145$

    )sta situao sem resposta pode le"ar a duas interpreta'es di%erentes, a primeira, de%endidapelos helenistas, de que isto con%ere um carter cr!tico a tragdia, como principio de transio

    que se coloca em questionamento aberto, ou seja, em processo, a ser pensado6 outra quepoderia "er neste impasse insol7"el posto pela tragdia um polo de passi"idade, pois, j queno h respostas, no h um ponto em que se %irmar e o %inal uma catstro%e, ento o melhor no agir$ critica a catarse "iria, nesse rumo, denunciando que ela no ata nem desata, masgera um embasbacamento ante o incompreens!"el, porque insol7"el

    ) mais, a ao humana neste conte#to permeada pela incerteza e desamparo, quase umdesa%io ao %uturo, ao destino, a si mesma, aos deuses, ou ao institu!do$ *8este jogo, do qualno senhor, o homem sempre corre o risco de cair na armadilha de suas prprias decis'es$9m homem que re%lita antes de agir, que indague os deuses, ou qualquer outra instituio,ainda assim no ter garantido o sucesso de sua ao, e s poder perceber seu signi%icadodepois que ela %or "i"ida

    o homem comea a ter e#peri&ncia de si mesmo enquanto agente mais ou menos aut:nomoem relao as %oras religiosas que dominam o uni"erso ;at ento< podendo mais ou menos,

    por sua gn:me = como bom=senso, re%le#o, julgamento =, sua phrnsis > esta sabedoriaprtica, que "isa melhorar a ao humana, por meio do e#ame das m7ltiplas opini'es =, dirigirseu destino politico e pessoal$ -+.0, 1223, p$ 1?5$

    arte, assim, surge como construo, mescla prtica e terica, para a obteno dedeterminados %ins$ 8o , no entanto, necessariamente modelo %i#o, auto trans%er!"el e

    copi"el, mas se %az em suas circunst@ncias espec!%icas, usando dos meios necessrios nestascircunst@ncias$

    criao da po!esis grega de%inida por ristteles como criao mimtica$ imitao conectada por ns, comumente, a reproduo de uma imagem tal e qual um modelo$ natureza, as a'es humanas, os objetos, todas estas realidades so pontos de impulsomimtico, no como um modelo pronto, a ser copiado apenas, ainda que haja a tentati"a de

    preciso na %igurao -"erossimilhana na tragdia, o semelhante5, mas como um par@metroque assegura a relao entre a obra e a realidade, relao pela qual o real apresentado de%orma di%erente e pode ser pensado, compreendido, sentido, e idealizado$

    apresentao dos acontecimentos do teatro brechtiano tambm no se pretendia copia dos%atos, %otogra%ia do real ao estilo naturalista, mas era assumidamente um recorte %eito deposio determinada e portanto assumindo as perspecti"as desta posio$

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    histria sempre contada sob o ponto de "ista daquele que a conta, ou do ponto de "istaque ele %a"orece$ Arecht pretendia que os acontecimentos %ossem apresentados ao espectadorde %orma a e#por suas rela'es causais, como dissemos acima, mas mais do que isso, por seulado domin"el, de tal %orma que, o conhecimento da e#posio %eita, possibilita=se a

    dominao de realidade parecida$

    0 teatro brechtiano tambm aposta na %uno de aprendizado que determinada apresentaoda realidade pode %a"orecer$ di%erena entre ambos esta na %orma como cada qual seconstruir para chegar a este aprendizado$ 8o teatro de Arecht ele se %az pelo despertar dacr!tica, o despertar do prazer no conhecimento, por meio do espanto - ligado a umaadmirao5 e do estranhamento, que distancia$ realidade apresentada com traosmarcados, e#agerados, por assim disser, de %orma a %azer do %amiliar algo inabitual, e e#por arealidade escondida por trs do habito da "i"&ncia daquela realidade$ )sse espanto,admirao, tem algo de %ilos%ico, e se liga, como Aornheim bem lembra, a origem do

    pensamento %ilos%ico gregoB o espanto surge da e#peri&ncia que mostra aquilo que parecia o

    mais conhecido e %amiliar ser em "erdade dissimulador da ignor@ncia, donde o estranhamentoque nos torna distantes justamente em relao quilo que nos era pr#imo$ -AR)CD, E??1,

    p$ 1EF5$

    0 carcter de semelhana com algo possi"elmente real na m!mesis estaria, assim, asseguradopela "erossimilhana, poisB ristteles "aloriza a obra de arte em %uno de sua semelhanacom o real$ ceitaa como apar&ncia mesmo$ )la no nem completamente real, "erdadeira,nem cabal iluso$ )sta a meio caminho da e#ist&ncia e da ine#ist&ncia, apoiada nesse termomdio da realidade, que ristteles chama "erossimilhana$ -.8R0G9HI0, 122J, p$K25$

    8o entanto, h que se e#plicitar como se d esse "!nculo com o real$ ristteles nos diz que*no o%icio do poeta narrar o que aconteceu6 sim, o de representar o poderia acontecer,quer dizerB o que poss!"el segundo a "erossimilhana e necessidade-P0(.C, E??3, p$EEF EKFE a 4J > 4?5 $ ( neste ponto em que o poeta se distancia do historiador, ganhando,

    para ristteles, um carcter mais %ilos%ico e srio que o segundo, por trabalhar com o planoideal de como as coisas poderiam ser, ou de"eriam$ .sto porque quando o poeta utiliza, pore#emplo, narrati"as da mitologia em seu enredo, trazendo delas seus personagens, como nocaso de (dipo Rei, ele no de"e se preocupar em ser %iel ao mito tradicional > que diga=se de

    passagem, era composto por di"ersas "ers'es, %ato pelo qual essa %idelidade apenas poderiae#istir com a apresentao de uma multiplicidade de "ers'es =, mas em trabalhar quest'esuni"ersais da natureza humana de %orma una$

    0u seja, ele no s no de"e ser %iel, e criar pensando em relao mais uni"ersal, nopreocupado com a %idelidade histrica a determinada "erso do mito, ou a cena primeira,como a ignor@ncia da maioria quanto aos detalhes e di"ersidades de "ers'es justi%ica talatitude de reconstruo$ Para o %ilso%o, o pri"ilegio do mito tradicional como par@metrocultural, tem sua %uno, porque apro#ima o receptor, mas no apresentado como e#posiohistrica, preocupada com o pensar sobre aquilo que se conta, j que todos reconheceram(dipo, sentiro prazer, tero agrado em "&=lo representado, independentemente da suacorrespond&ncia plena com o mito tradicional, e caber ao poeta o engenho de coloc=lo sobtais circunstancia, agindo de tal modo, para que se atinja um ideal, ligado a natureza das a'es

    humanas, assimilado de %orma catrtica, pela identi%icao$

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    Cabe relembrar, porque Arecht continua esta caminha conceitual *ao lado de ristteles, queaqui h alguma dist@ncia entre eles$ 7nica e#ig&ncia maior %eita por Arecht a da retomadado espirito cr!tico, que %icaria dei#ado de lado pelo teatro de seu tempo que apostaria todas assuas %ichas na empatia, se tornando %also, improduti"o e anestesiador$

    Cabe lembrar tambm que a e#ig&ncia de Arecht que %a"orece razo no teatro tem tambmseu %undo histrico pol!tico, alm do teatral, que lhe justi%ica, porque os mo"imentos %ascistasde seu tempo, por e#emplo, tendiam a e#altao do emocional, e em "istas disso, Arecht quese opunha a tais mo"imentos, procura"a tambm %ormas outras que lhe %izessem %rente$ ) noentanto, na analise de +e, %icar clara a no %i#idez de %ormas de seu teatro, pois de umlado, ela e"idencia sua %iliao a luta proletria, mas contm seu apelo emocional,

    posicionado de %orma di%erente da que se "& na tragdia, ou no teatro burgu&s$

    8a analise dos elementos necessrios tragdia e seu e%eito catrtico, "eremos rapidamente oreconhecimento, a peripcia, a empatia, a unidade de ao, ou a cone#o dos atos e a questo

    do heri juntamente com a do coro$ s tragdias apresenta"am tais elementos, dispostos por"ezes de %orma di%erente, mas ristteles e#p'em a disposio que considera mais adequada eesta ser a que daremos %oco$ 0 reconhecimento * a passagem do ignorar ao conhecer, que se%az para a amizade ou inimizade das personagens que esto destinadas para a dita ou para adesdita

    )m sua %orma mais adequada, ocorre por meio da prpria intriga, naturalmente, do desenrolardas a'es, que em seu decurso acabam por re"elar a identidade de um algum a outro de%orma drstica$ Citemos o e#emplo de (dipoB nesta tragdia o reconhecimento ocorre, pore#emplo, entre (dipo e seu pai, que o heri no sabia ser o antigo rei, que ele matara e dequem tomara o lugar6 descobre apenas por meio de suas a'es, pois caa o assassino do rei, equando descobre ser ele prprio, reconhece tambm a me com quem ha"ia casado$

    ( neste ponto que surge, segundo a ordenao mais adequada proposta por ristteles, aperipcia, ou in"erso$ partir do reconhecimento o personagem sai de uma situao boa,para uma ruim$ .sso como resultado de um erro que ocorre as escuras, sem o conhecimento dopersonagem, e portanto, que surge aps o reconhecimento, no de %orma consciente,consentida, mas por e%eito do destino e de um ato impre"idente$

    Gurante o desenrolar desses acontecimentos se espera que o espectador " aos poucos seapro#imando da histria$ Le %az necessrio que o personagem, no caso o heri, seja, de um

    lado, pr#imo ao homem comum no que diz respeito a sua "irtude, ainda que melhor que elecom relao a suas posses, o que ir possibilitar a identi%icao por parte do receptor, comosemelhante, pois no se distingue muito pela "irtude e justia6 se cai no in%ort7nio, talacontece, no porque seja "il e mal"ado ;ou muito bom, caso que segundo ristteles suscitarepugn@ncialiga'es %ortes5, pois neste caso, que se gera temor e compadecimento$

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    0 conjunto destes elementos estaria unido, desta %orma, cumulati"amente no enredo paraconstruir a melhor %ormao trgica, gerando no %im terror e piedade$ Resta tentar responderqual seria o resultado destes sentimentos no receptor, de que modo eles o a%etariamM +asantes de tentar estas respostas "oltemos a Arecht e "ejamos seus recursos na pea didtica

    me$ nteriormente ha"!amos dito que, oposto a catarse surgia o distanciamento, mais do queele, o espanto que nele desaguaria$ 9ma das caracter!sticas que chama a este distanciamento a presena da massa como personagem da trama$ ambm a literalizao citada acima, assimcomo a presena do coro, do gestus e#presso pela citao da ao, da cena, ou na prpriaconstruo da ao$

    ) a histria de Pelagea comea e#atamente num ponto morto, o tipico estado con%ormista, emostra uma trans%ormao social radical$ )la tem ligao direta com o conte#to pol!tico deque %alamos acimaB Pelagea a "iu"a pobre de um operrio, que "i"e as custas do parcoslario de seu %ilho tambm operrio6 mas dire%entemente do pai, PaNel, %ilho de Pelagea, *O&o tempo todo e nunca ligou muito para a comida-)R0, E??K, p$ EJF5$ me se

    desespera com o %ato de no ter nada mais que uma sopa rala pra lhe o%erecer, a qual elecheira e rejeita$ +esmo poupando, no conseguem "i"er bem, e a +e no "& sa!da para suasituao$ t que seu %ilho se en"ol"e com operrios re"olucionrios que "o a sua casaimprimir pan%letos do partido$ 0 Coro de operrios denuncia o con%ormismo da +e, comentaa ao e histria, e#emplo tipico de citao direta por meio da narrati"a, que por "ezesaparece de %orma cantada, apresentando rumos, alternati"as para a situao que parecia semsa!da$

    ), cabe rea%irmar, todo o con%lito, apresentado como con%lito pol!tico de classe, representado para operrios, incitando assim, a reao dos mesmos, no caso especi%ico *dasmulheres dos operarios$ .sso porque de partida a situao que era estanque, reme#ida de%orma brutal, no s pelo aparecimento dos operrios re"olucionrios, mas tambm peloaparecimento da pol!cia que "em caa deles$ pol!cia destri a casa de Pelagea, joga %ora a

    pouca comida que ela tinha, e a pressiona, agride psicologicamente aquela que ali era a maisinst"el e insegura, ameaando=a$ uebra=se aqui a ideia habitual da segurana p7blica$

    policia no lhe ajudou, mas lhe agrediu e isso ressoa em sua mente, isso a espanta$.nicialmente ela %ica con%usa, quer a%astar seu %ilho da luta de classes, mas como "& que eleno ir se a%astar, ela acaba se o%erecendo para distribuir pan%letos, de inicio apenas para

    poupar seu %ilho$ Pelagea uma mulher que no sabe ler, mas muito esperta$ Gepois deentregar os pan%letos ela cobra satis%a'es sobre seu conte7do, o que ha"eria neles de togra"e que, por causa deles, um homem tenha sido preso a sua %rente$ al"ez neste ponto esteja

    o despertar da cr!tica pretendido por ArechtB o mundo de Pelagea esta sendo "irado ao a"essoe de repente coisas que pareciam no ter import@ncia, ou signi%icado tornam=se prementes$ )lareceber, dos re"olucionrios o que Arecht coloca em titulo de cena como *PR.+).RO.HI0 G) )C080+., que na "erdade trata das no'es bsicas de pol!tica mar#ista, darelao de dependencia m7tua entre senhor e escra"o$ )#plicam o signi%icado da %brica, quesim, de seu dono, mas representa um tipo de propriedade di%erente daquela que ela tem, pore#emplo com sua mesa, pois ele possui o instrumento de trabalho dos operrios e desta %orma

    pode e#plor=los, ao que de %orma muito astuta ela responde, *h, ento ele pode nose#plorar$ ) "oc&s acham que eu ainda no tinha notado nesses quarenta anosM )u s no noteimesmo que pod!amos ter %eito algo contra-)R0, E??K, p$ E3F5$ ) lhe e#plicam mais,que na "erdade, a propriedade tem outra propriedade em si, pois perde o "alor se eles no

    esti"er l sendo e#plorados por ela *L enquanto permanecer como nosso instrumento detrabalho ter "alor para ele$ uando no %or mais a nossa %erramenta, no passar de %erro"elho, de sucata$ )le com sua propriedade tambm depende de ns$ -)R0, E??K, p$ E3F5

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    ) no"amente as alternati"as surgem, a realidade apresentada de %orma a desnudar o que hde escondido atrs do %ato da propriedade e da e#plorao, as alternati"as quanto a isso, asimplica'es internas disso e poss!"eis rea'es$

    ), no entanto, apesar de todo esse apelo a razo, e#istente no teatro didtico, ou no brechtianocomo um todo, em di%erentes n!"eis, um apelo emocional = o teatro didtico %oi uma %ormaespec!%ica criada por ele com o %im de ensinar %ormas de ao politica, ensina sobre asquest'es politicas do mar#ismo, como se "& na pea que analisamos e as causas intrincadasnos acontecimentos "i"enciado na realidade, e ainda assim, contm momentos realmentecomo"entes$

    C08CO9LI0 Qoltemos ritteles ao lado de Arecht, para a derradeira questo sobre acatarse e o dist@nciamento$ ( ineg"el a perspecti"a assumida por ristteles de que atragdia, sendo uma %orma de m!mesis ensina e a prpria catarse "em em oposio criticamoral e politica %eita por Plato > que acredita"a que a catarse nutria as pai#'es, ao in"s de

    sec=las, como seria o correto para o %ilso%o$ )ste tipo de contato com as pai#'es, para odisc!pulo, %unciona"a de %orma in"ersa, no as nutrindo, mas por meio da apro#imaosegura, pela m!mesis, %azendo com que o espectador conhecesse suas consequ&ncias, temesse=as e delibera=se sobre suas prprias a'es antes de agir, %orma pela qual se e"itaria o dom!niodas pai#'es, mas ao contrrio elas seriam colocadas sobre controle e o indi"iduo em*equilibrio$

    Por meio da "erossimilhana se a%irma a possibilidade de pensar a realidade di%erente$ 8ocaso da tragdia, situa'es e#tremas como as das tragdias so trazidas para perto, mas sem osriscos, ou os preju!zos de "i"enci=las de %ato$ ) no caso especi%ico, como ristteles dei#aclaro, suscitando terror e piedade$ Catarse$ raduzida, por "ezes, por purgao, ou libertao,contendo embutido tanto um sentido mdico, como religioso, que esta "inculado ao termo$ 0

    problema, parece, esta em identi%icarB se h alguma purgao, se algo tem que ser e#tirpado, oque seriaM 0 prprio terror e a piedade para haja deliberaoM 0u as pai#'es que esto por trsdas a'es, mo"endo a desmedida do heri rumo a sua catstro%eM iorin, ao tratar da questoem seu artigo ruio art!stica e catarse, distingue duas grandes interpreta'es da catarseB *

    primeira entende que a purgao a "i"&ncia pelo espectador, durante a tragdia, da situaodo heri, o que le"a e#peri&ncia do terror e da piedade, de tal %orma que aprende a distanciarde si esses estados pat&micos$ segunda que a "i"&ncia das dores das personagens propiciao al!"io das prprias tens'es-R9.HI0, 1222, p$ ES5

    Podemos entender que para o %iloso%o, a tragdia contribu!a para a "irtude, por colocarpr#imas e seguras situa'es e#tremas, que gerando terror, a%aste o problema, mas pelapiedade, apro#ime e por meio da gerao desses sentimentos de terror e piedade, %aam osujeito dar um passo atrs e pensar, antes de agir$

    Para Arecht que de%inia a catarse *como Ta puri%icao do espectador do terror e da piedadeatra"s da imitao de a'es que suscitam terror e piedadeT-..., 115 -AR)CD, E??1, p$ 1EK5o problema esta"a neste processo que "olta"a=se a concentrao do e%eito na empatia, no n!"eldas emo'es como dito anteriormente$ Por isso ele op'e a catarse, ou mais especi%icamente aempatia, ao distanciamento, que se pretende um e%eito que gere reao cr!tica, noapaziguamento e identi%icao$ o contrrio de limpar, e#trair sentimentos, ou le"ar ao meio

    termo, ele pretende que o espectador re%lita, mente alerta, sobre as quest'es que se apresentamde %orma que ele as possa conhecer, as possa dominar$

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    questo que durante o processo trgico, a empatia surge num processo crescente, ela noso%re quedas ou paradas para respirar e re%letir a questo, ao menos no modelo proposto comoo melhor por ristteles$ )le "ai en"ol"endo o espectador nas a%li'es da pea at que em seupice ele seja tomado pela e#ploso catartica$ 8o teatro de Arecht o que se pretende um

    espectador rela#ado, como diz Aenjamin em seu te#to 0 que o eatro (picoM$ emoo quesurge no espetaculo sempre interropida e tambm questionada$ ( interrompida por "iradas,por no"as raz'es para agir e raciocinar, no se entregar