resolucao simulado unesp - aplicado em 22.10.12

Prova de Conhecimentos Gerais

√ Preencher com seu nome e demais dados, os espaços indicados na capa e na última folha deste

caderno.

√ Esta prova contém 90 questões objetivas e terá duração total de 4h30.

√ Para cada questão, existe somente uma alternativa correta.

√ Com caneta de tinta azul ou preta, assinale na folha de respostas a alternativa que julgar correta.

√ O aluno somente poderá entregar a folha de respostas e sair do prédio depois de transcorridas

2h15, contadas a partir do início da prova.

√ Ao terminar a prova, o aluno entregará ao fiscal este caderno de questões e a folha de respostas

preenchida.

NOME DO ALUNO

N.o DO COMPUTADOR SALA UNIDADE

BOA PROVA!

Resolução Comentada

RESOLUCAO_UNESP_15_9_ALICE 30/08/12 12:00 Página 1

2 – UNESP/CG – Prova Objetiva


Texto para as questões de 1 a 5.

UMA ESPÉCIE QUE ANDOU AMEAÇADA

Há muitos anos, quando poucos sabiam o significadoda palavra ecologia, um hábito tipicamente burguês pra -ticamente baniu as garças-brancas-grandes do planeta.Era o início do século [passado] e adornar os chapéusdas damas com egretes – a penugem finíssima que co -bre o pássaro durante o ciclo de reprodução da espécie– era sinônimo de elegância e sofisticação. Só para seter uma ideia, para se conseguir um quilo da plumagemera preciso matar pelo menos 300 aves. A moda passou,os am bientes naturais não chegaram a ser atingidos e asgar ças voltaram a se reproduzir em paz. No período me -dieval, suas plumas finas como a seda eram usadas paraenfeitar os elmos dos cavaleiros.

Pesquisadores e ornitólogos lembram essas históriaspara mostrar a fragilidade das espécies animais diantedo homem. Hoje, porém, a ameaça a esses pássaros ébem menor: a legislação federal proíbe a caça, a apreen -são e a utilização de uma infinidade de espécies.

(Adriana Castelo Branco)

1 BB Segundo o texto, no passado as garças-brancas-grandesescaparam do extermínio total devido àa) reação dos ecologistas.b) inconstância da moda.c) criação de leis de preservação.d) proibição de caça à espécie.e) lembrança de pesquisadores e ornitólogos.

ResoluçãoA resposta à questão se encontra no trecho “A moda passou,os ambientes naturais não chegaram a ser atingidos e as gar -ças voltaram a se reproduzir em paz”.

2 DD Segundo o texto, a espécie se viu seriamente ameaçadapelo seguinte motivo: a) as aves são incapazes de se proteger contra o ataque

de seus predadores.b) ecologia era, na época, palavra quase desconhecida.c) a plumagem das garças-brancas-grandes impres sio -

nava pela beleza.d) a matança das garças ocorria no período de repro -

dução da espécie.e) não se conheciam os hábitos e o número de indiví -

duos da espécie.

ResoluçãoA resposta à questão se verifica no trecho “Era o início do sé -cu lo [passado] e adornar os chapéus das damas com egretes –a penu gem finíssima que cobre o pássaro durante o ciclo de re -pro dução da espécie – era sinônimo de elegância e sofisticação”.

3 AA O tema central do texto é aa) fragilidade das espécies animais diante do homem.b) elegância e sofisticação femininas no início do

século XX.c) reprodução das aves ameaçadas de extinção.d) evolução do pensamento humano através dos

tempos.e) importância da legislação na preservação da natureza.

ResoluçãoA resposta à questão se encontra no trecho “Pesquisadores eornitólogos lembram essas histórias para mostrar a fragilidadedas espécies animais diante do homem”.

4 CC Em “praticamente baniu as garças-brancas-grandes do pla -neta”, o verbo banir foi usado, no texto, com sentido de a) afastar. b) afugentar. c) eliminar.d) desterrar. e) repelir.

ResoluçãoBanir, no contexto, tem o sentido de “eliminar”, “exterminar”.

5 BB Em “Pesquisadores e ornitólogos lembram essas his -tórias”, o sujeito éa) simples. b) composto. c) oculto.d) inexistente. e) indeterminado.

ResoluçãoO sujeito é composto, porque possui mais de um núcleo (pes -quisadores e ornitólogos).


Ora, é um lamentável engano de conhecimento delinguística, isto é, de ciência das línguas, esse de ima -ginar uma língua histórica – como o português, o inglês,o francês etc. – como uma realidade homogênea eunitária. Uma língua histórica é um conjunto de idiomasmais ou menos semelhantes e mais ou menos distintos,ainda que considerados num só momento de seupercurso histórico, por exemplo, o português dos nos -sos dias. Há nessa língua histórica diferenças regio nais,os chamados dialetos, como o português do Brasil, o dePortugal, o da África. Mesmo no Brasil ou em Portugalou na África, persistem as diferenças geográficas: oportuguês do Norte do Brasil, o português sulista. Numa

– 3UNESP/CG – Prova Objetiva


determinada região, por exemplo, no português do Re -cife, notam-se diferenças nos estratos sociais desse fa -lar regional, os chamados dialetos sociais, como a varie -dade da classe culta, a da classe semiculta e a dosanalfabetos, a língua popular.

Existem ainda as variedades estilísticas, isto é, as queexistem entre a língua escrita – em geral cuidada, tensa– e a língua falada, espontânea; entre a língua “de uso”e a língua literária; entre a língua corrente e a línguatécnica, inclusive a burocrática; entre a língua da prosa ea da poesia.

(Evanildo Bechara. Revista Língua Portuguesa,

ano I, n. 8, p. 55-56, 2006.)

6 BB (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – No trecho “é um lamen -tável engano de conhecimento de linguística, isto é, deciência das línguas, esse de imaginar uma língua histó -rica – como o português, o inglês, o francês etc. – comouma realidade homogênea e unitária”, o pronome des -tacado refere-se ao a) conhecimento de linguística e das línguas históricas. b) modo incorreto de conceber uma língua histórica. c) equívoco na aproximação de uma língua histórica à

realidade. d) argumento de que uma língua histórica pode ser

imaginada. e) conjunto de línguas históricas, como o português, o

inglês e o francês.

ResoluçãoEsse refere-se a lamentável engano, ou seja, ao “modo incor -reto de conceber uma língua histórica”.

7 EE (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – “Uma língua histórica éum conjunto de idiomas mais ou menos semelhantes emais ou menos distintos, ainda que considerados numsó momento de seu percurso histórico...” Esse trechonão terá seu sentido alterado, se a expressão grifada forsubstituída por a) portanto. b) quando. c) se. d) mas. e) embora.

ResoluçãoAinda que é uma locução concessiva. Embora também intro -duz uma concessão.

8 EE (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – De acordo com o texto,são exemplos de variedades estilísticas as que ocorrementre a) o português do Brasil e o da África. b) a variante do Sul e a variante do Norte.

c) o português arcaico e o português de nossos dias. d) a língua da classe culta e a língua dos analfabetos. e) a língua “de uso” e a língua técnica.

ResoluçãoA resposta à questão se verifica no último parágrafo do texto.


AMANHECER

Ao amanhecer de um dia de nevoeiro, a paisagemperdera o seu contorno exato e regular. As linhas defi -nitivas dos objetos confundiam-se, as montanhas enter -ravam as cabeças nas nuvens, a cabeleira das árvoresfumegava, o rio sem horizonte, sem limite, como umagrande pasta cinzenta, ligava-se ao céu baixo e denso. Odesenho apagara-se, a bruma mascarava os perfis dascoisas e o colorido surgia com a sombra numa sublimedesforra. Por toda a parte manchas esplêndidas se os -ten tavam. E sobre a campina esverdeada, vaporosa,uma dessas manchas, ligeiramente azulada, movia-se,arqueava-se, abaixava-se, erguia-se e se ia lentamentedissipando. O sol não tardou a vir, e a natureza sacudiu-se,a névoa fugiu, o Céu espanou-se e dilatou-se em mara -vilhosa limpidez. A mancha móvel sobre a planíciedefiniu-se no perfil de um pobre cavalo que passeava naverdura os seus olhos de velhice e fadiga, tristes e lon -gos. De passada, com os túmidos e negros beiços, afa -gava a erva, triturando-a com fastio e desânimo, en -quanto a sua atenção de cavalo expe rimentado estavavol tada para a cabana, a cuja porta os seus donos, osnovos colonos magiares, o miravam com interesse. Aneblina leve, veloz, vinha distraí-lo daquela postura decuriosidade humilde, e acariciava num frio elétrico o seupelo ralo e falhado. Estremecia num gozo manso, eestendendo o focinho, arregaçando os beiços, sensual egrato, beijava o ar. Não mais encontrava a névoa, quefugira para os montes, levada pela brisa, como se fosseo imperceptível véu que envolvesse alguma deusaerrante e retardada. Um raio de sol, porém, descera abrincar-lhe nos olhos e incendiava-lhe a pupila. Meigui -ces da natureza.

(Graça Aranha, Canaã)

9 DD (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Sobre a frase “Meigui cesda natureza”, que encerra o texto, é correto afirmar quea) expressa, na visão do autor, a satisfação do animal

pelo aparecimento do sol numa manhã de nevoeiro.b) resume os diferentes momentos do raiar do sol e

seus efeitos sobre a neblina que envolve a paisagem.



c) representa uma conclusão sintética dos váriosaspectos da natureza descritos no parágrafo.

d) traduz a impressão do enunciador acerca do efeito deum dos elementos que compõem o cenário sobre oanimal.

e) consiste numa forma poética de caracterizar a névoaque cobriu as montanhas em um dado momento doamanhecer.

ResoluçãoA frase “Meiguices da natureza” constitui um comentário donarrador acerca do reflexo das alterações climáticas sobre ocavalo.

10 EE (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Considerados os recur soslinguísticos abaixo, o único que não ocorre no texto éa) dupla adjetivação de forma reiterada.b) léxico típico da escrita culta da língua.c) processo de coordenação predominando sobre o de

subordinação.d) linguagem conotativa para traduzir a personificação da

natureza.e) frases nominais para simular a rápida transformação

da paisagem.

ResoluçãoNenhuma frase nominal foi usada para indicar a transformaçãoda paisagem.

11 DD (FUVEST-TRANSFERÊNCIA – ADAPTADA) – Observeos seguintes fragmentos do texto:I. “uma dessas manchas (...) erguia-se e se ia len -

tamente dissipando”. II. “O sol não tardou a vir, e a natureza sacudiu-se”.

A explicação para a ausência de vírgula antes do conec -tivo e, no fragmento I, e a presença antes do mesmoconectivo, em II, está correta em:a) Pela norma-padrão, o correto seria não usar a vírgula

em II, assim como ocorreu em I.b) Em textos literários, o emprego de vírgula antes do e

é facultativo.c) Em I, o e liga dois verbos, diferentemente do que

ocorre em II.d) Em I, o sujeito das duas orações é o mesmo; em II, os

sujeitos são diferentes.e) Em I, o e liga termos de uma mesma oração; em II,

liga termos de orações diferentes.

ResoluçãoQuando as orações são ligadas pela conjunção e, normalmentenão se usa vírgula. Quando, porém, as orações têm sujeitosdiferentes, a vírgula é utilizada antes da conjunção e.

12 AA (FUVEST-TRANSFERÊNCIA – CORRIGIDA) – Consi de -ran do-se o contexto, o trecho “a cuja porta os seusdonos (...) o miravam” está reconstruído corretamente ede modo a não alterar o sentido do texto apenas em:a) à porta da qual os seus donos miravam-no.b) a qual porta os seus donos lhe miravam.c) cujos os donos miravam-nos da porta.d) aonde seus donos miravam-lhe da porta.e) que da porta os seus donos miravam-o.

ResoluçãoOs pronomes foram corretamente utilizados em a, apenas.


Esta é, a meu juízo, a questão essencial com que sedefrontou Clarice Lispector até os últimos textos que es -creveu: tentar dizer o indizível sabendo que não poderiadizê-lo. Ou melhor, escrevia para mostrar que a essênciada literatura está além dela, fora dela, uma vez que só sepode dizer o que se pode dizer. A experiência literária deClarice Lispector, de tão complexa que é, tem que servista em vários níveis que se opõem, se completam. Porexemplo, a Clarice contista, na maioria das vezes, difereda Clarice romancista, porque aquela, contradito ria men -te, narra mais que esta, e mais explicitamente. En -quanto, nos contos, se não nos conta uma história,narra-nos um episódio, um fato deter mina do, nosromances, proporcionalmente, os aconte cimen tos sãopoucos e a autora mais pensa, analisa, especula, indagaou questiona, do que narra. A impressão que se tem, aoler seus romances – à exceção de A Hora da Estrela – éde que ela parte de uma situação imaginada que lhepermitiria mergulhar fundo na indagação de questõesinsondáveis: abre-se para ela a irresistível pos sibilidadede explorar o inexplorável, de roçar o indevas sávelmistério da existência. No conto, pode esse mistériosurgir, mas como registro do susto inesperado, que aagride e a que reage de pronto.

(Ferreira Gullar, em texto para o catálogo da exposiçãoClarice Lispector – A hora da estrela. Museu da Língua Portuguesa.

Folha de S. Paulo, 20/4/2007.)

13 AA (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Exemplo de marca pes -soal do autor do texto encontra-se em a) “a meu juízo, a questão essencial”. b) “tentar dizer o indizível sabendo que não poderia dizê-lo”. c) “escrevia para mostrar que a essência da literatura

está além dela”.



d) “uma vez que só se pode dizer o que se pode dizer”. e) “abre-se para ela a irresistível possibilidade de

explorar o inexplorável”.

ResoluçãoA marca pessoal está em “meu juízo”.

14 AA (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – No trecho “A experiêncialiterária de Clarice Lispector, de tão complexa que é, temque ser vista em vários níveis...”, a relação lógica que seestabelece entre as orações é de a) consequência. b) condição. c) contraposição. d) finalidade. e) proporcionalidade.

ResoluçãoA relação de consequência é estabelecida por tão... que.

15 BB (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – Em “A impressão que setem, ao ler seus romances – à exceção de A Hora da Es -trela – é de que ela parte de uma situação imaginada quelhe permitiria mergulhar fundo na indagação de questõesinsondáveis...”, a expressão à exceção de introduz, notrecho, a) um exemplo de impressão causada pela leitura do

romance A Hora da Estrela. b) uma restrição ao que foi afirmado sobre os romances

de Clarice Lispector. c) um argumento que retifica o que se disse sobre os

romances da autora. d) um esclarecimento sobre o significado do título do

romance mencionado. e) uma objeção às indagações que se apresentam no

romance A Hora da Estrela.

ResoluçãoÀ exceção de indica uma ressalva, uma restrição.

16 CC (FUVEST-TRANSFERÊNCIA) – A leitura do texto permi -te afirmar que o autor a) equipara a Clarice contista à Clarice romancista, na

maneira de narrar e pensar. b) critica Clarice Lispector por apresentar, nos romances,

poucos acontecimentos. c) explicita as impressões causadas pela experiência

literária de Clarice Lispector. d) considera inatingíveis as indagações que Clarice

Lispector apresenta nos contos. e) atribui a incompreensão da obra de Clarice Lispector

ao mistério da existência.

ResoluçãoÉ o que se depreende de expressões como “Esta é, a meujuízo...” e “A impressão que se tem, ao ler seus romances...”

Texto para a questão 17.

O impacto ambiental dos padrões atuais de trans -porte é amplamente visível: a destruição de lindas paisa -gens, o ar imundo das cidades. Igualmente visível é ocusto, em termos de miséria humana, de acidentes deestrada: sessenta mil pessoas por ano são mortas ougravemente feridas nas estradas, só na Grã-Bretanha.[...] os padrões atuais de transporte, em específico aveneração da sociedade pelo automóvel, contribuírampara uma ruptura do senso de comunidade. [...] Aviagem feita de automóvel é uma forma antissocial detransporte [...]. Os motoristas não entram em contatocom ninguém fora de seus próprios veículos; estão, comfrequência, sozinhos com seu estéreo. [...] Em muitaspartes da Europa, as crianças não brincam mais nasruas, nem caminham ou vão de bicicleta para a escola.[...] Os veículos motorizados emitem uma série depoluentes tóxicos, que incluem dióxido de nitrogênio,monóxido de carbono e hidrocarbonetos, tais como obenzeno, um conhecido carcinógeno. Esses poluentessão lesivos ao sistema respiratório e particularmenteprejudiciais às crianças e aos velhos.

(S. Tindale. Sustentando a democracia social: política do meio am -biente. In: D. Miliband (Org.). Reinventando a esquerda. São Paulo:

Editora da UNESP, 1997. p. 252-253.)

17 DD Com base no texto, é correto afirmar:a) O isolamento afetivo das pessoas na sociedade

europeia foi superado pelo uso intensivo dosautomóveis de passeio e ampliação dos espaços delazer seguros para as famílias.

b) O senso de comunidade foi desenvolvido por meio daampliação dos contatos entre as pessoas quepassaram a utilizar o transporte individual.

c) Os números altos de acidentes nas estradas sãotolerados em função da diminuição da misériamaterial e espiritual que o uso de automóveisproporciona.

d) As opções de transportes rodoviários predominantes,em especial o automóvel, produzem impactos nosmodos de vida e na saúde das pessoas, favorecendoo individualismo e o agravamento de doenças.

e) As ruas das grandes cidades europeias são espaçosseguros para a mobilidade dos automóveis, dascrianças e dos idosos.



ResoluçãoA resposta correta se depreende dos trechos “Os motoristasnão entram em contato com ninguém fora de seus própriosveículos; estão, com frequência, sozinhos com seu estéreo” e“Os veículos motorizados emitem uma série de poluentestóxicos, que incluem dióxido de nitrogênio, monóxido de car -bono e hidrocarbonetos, tais como o benzeno, um conhe cidocarcinógeno. Esses poluentes são lesivos ao sistema respi -ratório e particularmente prejudiciais às crianças e aos velhos”.


Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondesEmbuçado nos céus?

Há dois mil anos te mandei meu grito,Que embalde desde então corre o infinito...Onde estás, Senhor Deus?...

(...)Minhas irmãs são belas, são ditosas...Dorme a Ásia nas sombras voluptuosasDos haréns do Sultão.(...)

A Europa é sempre Europa, a gloriosa!...A mulher deslumbrante e caprichosa,Rainha e cortesã.Artista – corta o mármor de Carrara;Poetisa – tange os hinos de Ferrara,No glorioso afã!...

Sempre a láurea lhe cabe no litígio...Ora uma c’roa, ora o barrete frígioEnflora-lhe a cerviz.O Universo após ela – doudo amante –Segue cativo o passo deliranteDa grande meretriz.

.....................................................

Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonadaEm meio das areias esgarrada,Perdida marcho em vão!Se choro... bebe o pranto a areia ardente;Talvez... p’ra que meu pranto, ó Deus clemente!Não descubras no chão...

E nem tenho uma sombra de floresta...Para cobrir-me nem um templo restaNo solo abrasador...(...)

Vi a ciência desertar do Egito...Vi meu povo seguir – Judeu maldito –Trilho de perdição.Depois vi minha prole desgraçadaPelas garras d’Europa – arrebatada –Amestrado falcão!...

(...)

Hoje em meu sangue a América se nutre– Condor que transformara-se em abutre,Ave da escravidão,Ela juntou-se às mais... irmã traidora(...)

Há dois mil anos... eu soluço um grito...Escuta o brado meu lá no infinito,Meu Deus! Senhor, meu Deus!!...

(Castro Alves, “Vozes d’África”)Vocabulário:Embuçado: encoberto, disfarçado.Afã: trabalho intenso.Láurea: prêmio.Litígio: conflito.Barrete frígio: chapéu vermelho usado por cardeais.Enflorar: enfeitar.Cerviz: nuca.

18 EE (SENAC) – Considere as seguintes afirmações acerca dotexto.I. O eu lírico empresta voz ao continente africano, con -

ferindo-lhe, pois, um atributo humano; esse proce -dimento recebe o nome de personificação.

II. Encontram-se no texto oposições entre explorador eexplorado, opulência e pobreza, cultura e natureza.

III. A principal crítica contida no texto é dirigida à Europa,cuja prepotência se expressa no verso “Sempre aláurea lhe cabe no litígio...”

IV. O poema expressa o tom de indignação do eu lírico,especialmente pelas interpelações a Deus, asexclamações e as metáforas empregadas.

É correto o que se afirma ema) I e II, apenas. b) II e III, apenas.c) I, II e III, apenas. d) II, III e IV, apenas.e) I, II, III e IV.

ResoluçãoTodas estão corretas: I. a África é quem fala no poema: trata-se,pois, de perso nifi ca ção ou prosopopeia; II. monta-se no poemauma grande antítese entre a Europa (e a América), de um lado,e a África, do outro; III. o colonialismo europeu, nos conflitos,sempre recebeu a “láurea”, ou seja, sempre obteve a vitória;IV. o tom acalorado e indignado, evidente neste poema, éconstante na poesia abolicionista de Castro Alves.



19 BB (SENAC) – É correto afirmar que esse texto, enquadradona poesia romântica condoreira de Castro Alves, exploraa temática daa) dominação cultural, adotando solução de estilo que

privilegia as funções referencial e poética dalinguagem.

b) escravidão, adotando solução de estilo que privilegiaas funções emotiva e conativa da linguagem.

c) supremacia dos três principais continentes sobre aÁfrica, adotando solução de estilo que privilegia afunção referencial da linguagem.

d) falta de integração dos povos, adotando solução deestilo que privilegia a função metalinguística dalinguagem.

e) concentração do poder econômico nas mãos depoucos, adotando solução de estilo que privilegia asfunções poética e fática da linguagem.

ResoluçãoO poema se insere na vertente abolicionista da poesia deCastro Alves e faz uso intensivo de interpelações ou apóstro -fes, pois é todo dirigido a um interlocutor ausente, visandomobilizá-lo ou influenciá-lo, o que configura a função conativada linguagem. A função emotiva é evidente na carga emocionaldo discurso do eu lírico – e a função emotiva é aquela em queo eu se exprime, exprime suas emoções. Acima dessas duasfunções, porém, é a função poética que predomina no texto,como em todo poema, pois é da função poética que se trataquando se estrutura a linguagem com ritmos controlados(métrica), sonoridades que compõem simetrias (rimas edemais recursos sonoros), imagens expressivas e outrosrecursos que visam ao efeito estético. O examinador do Senac,porém, não se preocupou com a função poética nesta questão.

20 DD Em “Há dois mil anos te mandei meu grito, / Que em bal -de desde então corre o infinito...”, embalde é um________ cujo sentido é ________________.

Assinale a alternativa que preenche corretamente osclaros da frase. a) adjetivo – desesperado. b) substantivo – pássaro.c) adjetivo – intenso. d) advérbio – em vão.e) advérbio – desesperadamente.

ResoluçãoEmbalde é o mesmo que debalde, um advérbio que significa“em vão, inutilmente”.


THE POLICE AND THE PUBLIC

In Britain people like to think that the relationshipbetween the police and the public is better than in mostother countries. But it is claimed by some people thatthe police have prejudices against students and againstcoloured immigrants.

No government minister, or local councillor, has theauthority to order the police to arrest anybody for anycrime whatsoever, political or otherwise. It is the policethemselves who decide whether a person should bearrested or not.

The police arrest people who demonstrate only if theycause disturbance. The law is perfectly clear on thispoint. Demonstrations are lawful as long as there is nodisturbance of the peace. The right to demonstrate is animportant British freedom.

“Disturbance of the peace” means, for the police,trying to break into buildings, stopping people goingabout their lawful business, hitting policemen... Butpolicemen are not above the law. If you can prove that apoliceman has used unnecessary force, or caused injury,you can take him to court.

There are forty-one police forces in Britain, eachemployed and paid by local authorities. They get halftheir money from the local taxes and half from theTreasury. The forces are completely independent of oneanother, but they help each other. Each force has itsCriminal Investigation Department.

The London Police Force, called the MetropolitanPolice, is not controlled by the local authority. It isresponsible to the Home Secretary (Ministry of theInterior), and its chief officers are appointed by thegovernment. But once appointed these officers cannoteasily be dismissed, and they take their decisionswithout interference from ministers.

(Adaptado de: R. Musman. Britain Today. London: Longman.)

21 DD De acordo com o texto, indique a alternativa correta.a) Os ingleses acham que o relacionamento entre a

polícia e o público, na Grã-Bretanha, deixa muito adesejar porque ela persegue negros e estudantes.

b) Alguns ingleses pensam que o relacionamento entrea polícia e o público, na Grã-Bretanha, seria melhor seas pessoas fossem mais tolerantes.

c) Algumas pessoas acham que o relacionamento entrea polícia e o público não tem condições de ser melhordo que nos outros países.



d) Os ingleses acham que o relacionamento entre a po -lícia e o público, na Grã-Bretanha, é melhor do que nosoutros países.

e) Algumas pessoas acham que o relacionamento entrea polícia e o público, em outros países, chega a sermelhor do que na Grã-Bretanha.

ResoluçãoLê-se no texto:“ In Britain people like to think that the relationship betweenthe police and the public is better than in most othercountries.“

22 BB De acordo com o texto, é correto afirmar:a) A lei é clara quanto à proibição de manifestações,

consideradas legais mesmo quando perturbam aordem, pois é uma das liberdades britânicas.

b) A lei garante as manifestações, permitidas desde quenão perturbem, pois são consideradas como uma dasliberdades britânicas.

c) A proibição das manifestações é clara de acordo comas leis britânicas, que as consideram legais mesmoquando desaconselhadas pela polícia.

d) As leis da lnglaterra são omissas quanto a manifes -tações, apesar de considerá-las como uma de suasprincipais liberdades.

e) Embora garantam ao povo a liberdade de fazermanifestações, as leis britânicas dão carta branca àpolícia, para decidir sobre sua conveniência.

ResoluçãoLê-se no texto:“The police arrest people who demonstrate only if they causedisturbance. The law is perfectly clear on this point.Demonstrations are lawful as long as there is no disturbanceof the peace. The right to demonstrate is an important Britishfreedom.”*disturbance = perturbação, distúrbio*freedom = liberdade

23 CC Conforme o texto, assinale a alternativa correta.a) A polícia é quem determina o que seja perturbar a

ordem, pois nestes casos está acima da lei.b) A polícia é quem determina o que seja perturbação da

ordem, pois nestes casos a ela cabe fazer a lei.c) Agredir um policial é uma das formas de perturbar a

ordem, mas a polícia não está acima da lei.d) A polícia não está acima da lei, mas ela pode tolerar a

perturbação da ordem desde que não seja agredida.e) Agredir um policial é uma das formas de perturbar a

ordem, mas a polícia pode agredir o cidadão infrator.

ResoluçãoLê-se no texto:“‘Disturbance of the peace’ means, for the police, trying to breakinto buildings, stopping people going about their lawful business,hitting policemen... But policemen are not above the law.”*to hit = agredir

24 CC De acordo com o texto, indique a alternativa correta.a) Embora totalmente independentes, as forças policiais

podem interferir nas atividades umas das outras, quan -do julgarem que o seu Departamento de Investigaçãopode ajudar.

b) Embora tenham o seu próprio Departamento delnvestigação, as forças policiais têm obrigação de darajuda mútua, para preservarem sua independência.

c) As forças policiais são totalmente independentes umasdas outras, cada uma tem o próprio Departa mento deInvestigação, mas podem se ajudar mutuamente.

d) As forças policiais são totalmente independentes por quetêm o próprio Departamento de Investigação e dis pen -sam qualquer tipo de ajuda de outros departa mentos.

e) Como as forças policiais têm de contar com a ajuda detodos os outros Departamentos de Investigação, ficadifícil para cada uma manter a própria independência.

ResoluçãoLê-se no texto: “The forces are completely independent of one another, butthey help each other. Each force has its Criminal InvestigationDepartment.”

25 EE Com base no texto, assinale a alternativa correta.a) A polícia de Londres fica sob o controle de um

Ministério, mas qualquer ministro pode opinar sobresuas atividades.

b) A polícia de Londres fica sob a supervisão de um Mi -nistério, cujo titular determina o rumo de qualquerinves tigação.

c) O Ministério que controla a polícia londrina tem odireito de vigiar os ministros dos outros ministérios,para impedir a interferência deles.

d) A Polícia Metropolitana de Londres fica sob o controlede um único órgão, a fim de impedir a interferênciados políticos.

e) A polícia de Londres fica sob o controle de um Minis -tério, mas os ministros não interferem em seu trabalho.

ResoluçãoLê-se no texto: “The London Police Force, called the Metropolitan Police, isnot controlled by the local authority. It is responsible to theHome Secretary (Ministry of the Interior), and its chief officersare appointed by the government. But once appointed theseofficers cannot easily be dismissed, and they take theirdecisions without interference from ministers.”



Leia o texto a seguir e responda às questões de 26 a 30.

TERRORISM

The term “terrorism” is controversial and has manydefinitions, none of which are universally accepted. TheOxford English Dictionary defines terrorism as “a policyintended to strike with terror those against whom it isadopted; the employment of methods of intimidation;the fact of terrorizing or condition of being terrorized”.Itis almost always used in a pejorative sense, to describethe violence of an enemy as being immoral or wanton.No known group describes itself as“terrorist”.

Theories on the causes of terrorism include:• sociological explanations which focus on the

position of the perpetrators in society• conflict theory which includes their relationship to

those in power• ideological explanations which focus on the

differences in ideology, and the different goals of theideologies

• media theory explanations which treat terrorist actsas a form of communication

Some anti-terrorist commentators refuse to considerthe causes, since that implies justification. For them, theterrorists are simply evil people. Some theories of theethics of terrorism also exist, and they too areconcerned with moral judgment on terrorism andspecific actions. They do not attempt to explain itsorigins. They often treat terrorism as a form of warfare,and refer to the just war theory, and to war crimes law.

26 DD Escolha a alternativa correta.a) O termo “terrorismo” é controvertido, possuindo mui -

tas definições. Apesar dessa variedade, o conceitoapresentado pelo Oxford English Dictionary pareceser o universalmente aceito: terrorismo correspondeao curso de ações empregadas para combater comterror o inimigo violento que não partilha das mesmasideias.

b) Apesar da variedade, parece existir um certo consen -so sobre o conceito de terrorismo. Segundo o OxfordEnglish Dictionary, terrorismo pode ser, então,entendido como um curso de ações violentas que,envolvendo métodos de intimidação, é sempre usadocom uma conotação pejorativa.

c) O termo “terrorismo” possui várias definições, todasaceitas universalmente. Segundo o Oxford EnglishDictionary, terrorismo pode ser entendido como ocurso de ações contra a polícia que, nas greves, usamétodos de intimidação para combater os inimigos. Éum termo sempre utilizado no sentido pejorativo.

d) Apesar das várias definições existentes, não há umcon senso sobre o que seja terrorismo. Entre as expli -cações contidas no Oxford English Dictionary, pode-seentender terrorismo como o curso de ações queenvolve métodos de intimidação e combate com terroraqueles contra os quais é dirigido.

e) Embora o termo “terrorismo” possa ter várias defi -nições, a universalmente adotada é a apresentada noOxford English Dictionary. Segundo essa fonte,terrorismo é um termo pejorativo que descreve aviolência de um inimigo imoral que usa métodos deintimidação contra a polícia, nas greves.

ResoluçãoLê-se no texto: “The term ‘terrorism’ is controversial and has manydefinitions, none of which are universally accepted. TheOxford English Dictionary defines terrorism as ‘a policyintended to strike with terror those against whom it is adopted;the employment of methods of intimidation; the fact ofterrorizing or condition of being terrorized’.”*policy = política.

27 BB Escolha a alternativa correta, de acordo com o texto.a) Alguns comentaristas se recusam a considerar que o

terrorismo possa ser causado por questões ideoló -gicas e pelo tratamento que a mídia dá aos atosterroristas. Para eles, os terroristas são simplesmentepessoas ignorantes.

b) As teorias sobre as causas do terrorismo parecem con -templar explicações de natureza sociológica e ideo -lógica, além de levar em consideração os conflitos depoder e o enfoque dado pela mídia aos atos terroristas.

c) Como é difícil conceituar terrorismo, é igualmentedifícil identificar suas causas. Entretanto, possíveisexplicações para causas do terrorismo indicam razõesde natureza sociológica e ideológica, exclusivamente.

d) Embora seja fácil conceituar, é controvertido apontaras causas do terrorismo. Entretanto, possíveisexplicações para causas do terrorismo indicam razõesde natureza sociológica e ideológica, exclusivamente.

e) Entre as inúmeras causas do terrorismo, podemosrelacionar as questões éticas relativas a julgamentomoral e ações específicas. Apesar da identificação desuas causas, o terrorismo sempre tem sidocombatido como se fosse uma guerra.

ResoluçãoLê-se no texto:“Theories on the causes of terrorism include:• sociological explanations which focus on the position of the

perpetrators in society• conflict theory which includes their relationship to those in

power



• ideological explanations which focus on the differences inideology, and the different goals of the ideologies

• media theory explanations which treat terrorist acts as aform of communication”

*perpetrators = perpetradores*power = poder*goals = objetivos*media = mídia

28 AA Indique a alternativa em que os termos denotam,respectivamente, o mesmo significado das expressõesdestacadas na sentença:

Terrorism is almost always used in a pejorative sense. a) practically all the time… depreciatoryb) sometimes… offensivec) nearly all the time… constructived) all the time… positivee) once in a while… destructive

Resolução*almost always = practically all the time = quase sempre*pejorative = depreciatory = pejorativo, depreciativo

29 EE Indique a alternativa que expressa o mesmo significadode: It seems that some theories can’t explain the originsof terrorism.a) It seems that the origins of terrorism weren’t

explained by all theories.b) It seems that the origins of terrorism shouldn’t be

explained by theories.c) It seems that all theories might be explained by the

origins of terrorism.d) It seems that the origins of terrorism are explained by

all theories.e) It seems that the origins of terrorism can’t be

explained by some theories.

ResoluçãoVoz ativa = …some theories can’t explain the origins ofterrorism.Voz passiva = …the origins of terrorism can’t be explained bysome theories.

30 CC Indique a alternativa que preenche corretamente asentença:

If some anti-terrorist commentators .......................... thecauses of terrorism, they .................. justifications for it.

a) accept… also acceptedb) don’t refuse… wouldn’t refusec) accepted… would also acceptd) wouldn’t refuse… didn’t refusee) accepted… won’t refuse

ResoluçãoTrata-se de um exemplo de Conditional Clause (2nd Condition).A oração que traz o If deve aparecer no Simple Past (= accepted)e a outra oração deve estar no Simple Conditional (= wouldaccept).

31 BB A Cabanagem foi uma das rebeliões que agitaram oBrasil durante o Período Regencial. Seus partici pan tes,chamados de cabanos, eram liderados por Félix Mal cher,Francisco Vinagre e Eduardo Angelim.

A Cabanagem foi um grande movimento popular ocor - rido no Pará, no quala) os revolucionários lutavam pela implantação de um re -

gime republicano que estabelecesse o voto direto, se -creto, universal, masculino e feminino. Os rebeldesconquistaram o apoio das províncias do norte, masapós severos com bates foram reprimidos.

b) os cabanos lutavam contra a extrema miséria da po -pulação e os desmandos do governo na região. Os re -beldes chegaram a ocupar Belém, mas o governo em -preendeu uma forte repressão ao movimento, que,lentamente, foi sendo sufocado.

c) os rebeldes reivindicavam a antecipação da maio -ridade de D. Pedro II, porém o Regente Feijó pediuauxílio in ter nacional. Após o governo central receberapoio dos EUA, o movi mento foi sufocado e violen -tamente repri mido.

d) o movimento revolucionário chegou ao poder e, dessaforma, conseguiu mudar o regime instalado no Brasil,implantando o Segundo Reinado.

e) os cabanos lutavam contra a miséria reinante na re -gião e o governo opressivo do período. Porém, o isola -mento do movimento impediu que os benefícios con -quistados pela população paraense se esten dessem aoutros estados do País.

ResoluçãoA Cabanagem foi a maior revolta popular da história do Brasilque explodiu na província do Pará, em 1835. Dela par ticipouuma mul tidão de pessoas muito pobres, submetidas à ex plo -ração dos poderosos da região. Eram negros, índios e mes tiçosque trabalhavam na exploração de produtos de floresta e mo -ravam em cabanas à beira dos rios. Os caba nos queriam sair dasituação de miséria em que viviam; tomaram o poder, mas ti -veram grande dificuldade em go vernar. Os líderes en traram emconflito entre si e traíram os ideais da rebelião diver sas vezes,pois faltava orga nização. Tudo isso facilitou a vio lenta repressãocomandada pelas tropas enviadas pelo governo do Império.



32 BB Desde o início do século XX, em virtude da grande ex -pan são das plantações, a produção de café vinha cres -cendo de maneira acelerada. No entanto, o mercadocon sumidor, sobretudo o externo, não cres cia na mes maproporção. Com isso, os preços baixa vam assusta -doramente. Para restabelecer o equilíbrio entre ofer ta eprocura de café, o governo interviria no mercado com acriação doa) saneamento financeiro – política de congelamento de

preços e de salários. Foram feitos cortes nos gastospú blicos, até mesmo suspendendo algumas obras,ocorreu aumento de alguns impostos, desvalorizou-seo câmbio, restringiu-se o crédito e houve enxu -gamento monetário.

b) Convênio de Taubaté – acordo firmado entre os go -vernos dos estados produtores e banqueiros es -trangeiros, buscando empréstimos para financiar umapolítica de valorização artificial do café e assegurando,assim, os lucros dos cafei cultores.

c) Funding Loan – medida econômica tomada peloMinis tro da Fazenda de Campos Sales a fim denegociar com os bancos credores uma saída para aquestão da dívida externa. Estabelecia um novoempréstimo e uma mo ra tória.

d) Plano Salte – que, tendo caráter desenvolvimentista,dava priori dade a quatro áreas: Saúde, Alimentação,Transporte e Energia. Os recursos para sua execuçãoseriam prove nientes da Receita Federal e deempréstimos externos.

e) Plano de Metas – que tinha a finalidade de de -senvolver a indústria de base, investir na construçãode estradas e de hidroelétricas e fazer crescer aextração de petróleo, tudo com o objetivo de arrancaro Brasil de seu subde senvolvimento e transformá-lonum país industrializado.

ResoluçãoDiante da crise de superprodução de café, em fevereiro de 1906,reuniram-se em Taubaté os governadores dos estados de SãoPaulo (Jorge Tibiriçá), Minas Gerais (Francisco Sales) e Rio deJa neiro (Nilo Peçanha). Como resultado, assinaram um acordoque estabelecia as bases de uma política con junta devalorização do café, garantindo os lucros privados e sociali -zando as perdas. Era o Convênio de Taubaté.

33 CC “Movimento de caráter liberal e separatista que eclo diuno Brasil, entre 1848 e 1850. Sofreu influência das Re -voluções Liberais europeias de 1848 e do pen sa men tosocialista utópico. Foi uma das últimas revol tas provin -ciais e está ligado às lutas político-parti dárias que

marcaram o Período Regencial e o iní cio do Se gundo Rei -nado. Sua derrota representou uma de mons tração deforça do governo de D. Pedro II (1840-1889).”

Assinale a alternativa que indica corretamente o no meda revolta e a província que foi palco da eclosão domovimento.a) Revolução Farroupilha – RSb) Balaiada – MAc) Revolução Praieira – PEd) Revolta dos Malês – BAe) Guerra de Canudos – BA

ResoluçãoA Revolta Praieira, também denominada Revolução Praieira ousimplesmente Praieira, foi um movimento de caráter liberal eseparatista que eclodiu na então província de Pernambuco, noBrasil, entre 1848 e 1850.

34 CC “Uma família isolada mudava-se de suas terras. O paipedira dinheiro emprestado ao banco e agora o ban coqueria as terras. A companhia das terras quer tra toresem vez de pequenas famílias nas terras. Se esse tratorproduzisse os compridos sulcos em nossa pró pria terra,a gente gostaria do trator, gostaria dele como gostavadas terras quando ainda eram da gen te. Mas esse tratorfaz duas coisas diferentes: traça sulcos nas terras eex pulsa-nos dela. Não há quase diferença entre essetrator e um tanque de guerra. Ambos expulsam os ho mensque lhes barram o ca minho, intimidando-os, ferindo-os.”

(John Steinbeck. As Vinhas da Ira. 1939.)

O trecho acima está relacionadoa) ao momento anterior à onda de progresso propor cio -

nada pelo advento da Crise de 1929, marcada pela re -dução do consumo.

b) ao período posterior à Segunda Grande Guerra Mun -dial, no qual a crise econômica destruiu a sociedadede consumo dos EUA.

c) à fase correspondente à Grande Depressão, que atin -giu os EUA como consequência da Crise de 1929.

d) ao período correspondente à Depressão de 1873, quefoi marcado pelo colapso da sociedade norte-ame ri cana.

e) à fase da crise cíclica capitalista marcada pelo supercon -sumo e pela subprodução de gêneros.

ResoluçãoA Crise de 1929 acabou por produzir uma torrente de de sem -prego e de falências e a estagnação econômica. Todos os paí -ses que possuíam algum tipo de relação comercial com os EUAforam atingidos.



35 AA “O padre José de Anchieta escreveu sobre as difi cul -dades de conversão dos índios ao cristianismo.

Por aqui se vê que os maiores impedimentos nascemdos Portugueses, e o primeiro é não haver neles zelo desalvação dos índios [...] e com isso pouco se lhes dá aossenhores que têm escravos, que não ouçam missa, nemse confessem, e estejam amancebados. E, se o fazem,é pelos contínuos brados da Companhia, e logo seenxerga claro nos tementes a Deus que seus escravosvivem diferentemente pelo particular cuida do que têmdeles.”

(José de Anchieta. Informação do Brasil e de suas Capitanias, 1584.)

Pela leitura do texto, é correto afirmar que o jesuítaa) entendia que a escravidão não poderia se tornar um

obstáculo à catequização do gentio.b) se opunha à escravização dos índios por julgá-la con -

trária aos princípios do cristianismo.c) considerava os costumes tradicionais dos indígenas

ade quados aos mandamentos cristãos.d) julgava os indígenas ociosos e inaptos para o tra balho

na grande empresa agrícola.e) advogava a sujeição dos índios aos portugueses co mo

meio para facilitar a sua conversão.

ResoluçãoAnchieta admite que os índios possam ser escravizados, masin siste que seus proprietários devem se preocupar em mantê-losdentro da religião. Para tanto, compara os donos de escra vosnegligentes sob esse aspecto com aqueles que se interes sampela salvação da alma de seus índios.

36 EE No início dos trabalhos da primeira Assembleia Cons -tituinte da história do Brasil, o imperador afir mou“esperar da Assembleia uma Constituição digna dele edo Brasil”. Na sua resposta, a Assembleia declara “quefará uma Constituição digna da nação brasileira, de si edo Imperador”.

Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os cons tituintesrefletiaa) a oposição dos proprietários rurais do Nordeste ao

poder político instalado no Rio de Janeiro.b) a tendência republicana dos grandes senhores terri to -

riais brasileiros.c) o clima político de insegurança provocado pelo

retorno da família real portuguesa à Lisboa.d) uma indisposição da Assembleia para com os prin -

cípios políticos liberais.e) uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos

no novo Estado.

ResoluçãoA Assembleia Constituinte, dominada pela aristocracia rural, tinhaum projeto liberal constitucional, conflitante com o autoritarismode D. Pedro I. O desfecho desse conflito foi a dissolução daConstituinte pelo imperador e a outorga da ConstituiçãoCentralizadora de 1824.

37 BB Observe a charge de Ângelo Agostini, publicada noperió dico A Vida Fluminense, em 11 de junho de 1870.

A charge expressaa) a violência e brutalidade do regime escravista, que

reconhecia a humanidade do escravo, mas o obrigavaa trabalhar sem remuneração e punia o menor erro oudescuido.

b) o paradoxo decorrente da incorporação de escravosno exército brasileiro e de sua participação nas lutastravadas em defesa do País na segunda metade doséculo XIX.

c) a tomada de posição dos oficiais do exército brasileiroque, a partir de 1850, não só se negaram a perseguiros escravos fugidos como os abrigaram nos quartéis.

d) o programa imperial de rápida abolição da mão de obraescrava, especificamente nas grandes cidadesbrasileiras.

e) a intensificação da repressão aos quilombos e à fugade escravos, que cresceu à medida que se fortaleciamos movimentos em prol da abolição do regime.

Resolução:A charge mostra em primeiro plano um negro fardado econsternado com outros negros sendo castigados no tronco.Muitos desses soldados, que foram funda men tais para a vitóriabrasileira na Guerra do Paraguai, eram ex-escravos, alforriadosquando da sua incorporação ao Exército.



38 DD “A remodelação estética do Brasil iniciada na música deVilla-Lobos, na escultura de Brecheret, na pintura de DiCavalcanti, Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro,Zina Aita, e na jovem e ousada poesia, será a libertaçãoda arte dos perigos que a ameaçam, do inoportunoarcadismo, do academismo e do provin cia lismo.”

(Graça Aranha, 1922.)

Neste trecho, o autora) indica os limites da arte brasileira e menciona nomi nal -

mente seus expoentes.b) defende a estética modernista, sem menosprezar a

contribuição do arcadismo.c) expressa seu inconformismo com a arte nacional e

elogia o seu academismo.d) celebra os artistas modernistas e destaca o caráter

renovador do movimento.e) posiciona-se contra as inovações em curso e aponta

seu caráter provinciano.

ResoluçãoO texto de Graça Aranha, participante e organizador da Semanade 22, aponta os artistas e respectivas manifestações, quepontuaram o movimento moder nis ta, cujo marco é o even torealizado no Teatro Municipal de São Paulo, e romperam com astradições artísticas anteriores (“Arcadismo”, “Aca de micis mo”,“Provin cialis mo”). Idealiza do por jovens intelectuais de elite, aestética modernista incorporou a identidade nacional à arte,utilizando in fluên cias das vanguardas europeias da época.

39 AA A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste(Sudene) foi criada em 1959, no final do governo Jus ce -lino Kubitschek, com o objetivo de implementar umapolítica específica para uma regiãoa) marcada pelo latifúndio, por secas periódicas e por

gran de tensão social.b) em fase de desenvolvimento industrial, urbanizada e

apresentando baixo índice demográfico.c) caracterizada pela pequena propriedade, policultura e

estabilidade social.d) recentemente povoada, fértil e com a economia

basea da na exploração de recursos naturais.e) pobre, sem atividade econômica relevante e

desprovida de poderes políticos locais.

ResoluçãoA criação da Sudene, em 1959, fez parte da política desen -volvimentista do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961),que tinha como principal bandeira o Plano de Metas. A RegiãoNordeste caracterizava-se pela miséria e exclusão social, sendoa Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nor deste)o órgão que objetivava minimizar essas discrepâncias.

40 DD “(...) em diversas ocasiões, governadores, senhores deengenhos municipais convocaram sertanistas de SãoPaulo para empreender campanhas de ‘desinfes ta ção’contra as populações revoltadas. (...)”

(John M. Monteiro, Negros da Terra.)

Além da atividade descrita no texto, os chamados ban -deirantes paulistas, nos séculos XVI e XVII, empe nha -ram-se essencialmentea) na produção cafeeira.b) na defesa militar da costa.c) na exploração do pau-brasil.d) no apresamento de indígenas.e) no tráfico de escravos africanos.

ResoluçãoO bandeirismo paulista envolve três ciclos distintos: o depreação (apresamento de índios), o de contrato (des truição dequilombos e tribos hostis) e o de mi ne ração (procura de metaise pedras preciosos).O de preação visava à utilização dos índios como mão de obraescrava para a grande lavoura (co nhe cidos como os “negros daterra”).

41 EE “Em novembro de 1911, Zapata define o Plano de Ayala,propondo a derrubada do governo de Francisco Maderoe um pro cesso de reforma agrária sob controle dascomu nidades camponesas. O plano defendia a reorgani -zação dos eji dos, a expropriação de um terço dos latifún -dios me dian te indenização e nacionalização dos bensdos ini migos da Revolução. A existência de um exércitopopular organizado era vista pelo novo governo, pelaselites e pelos Estados Unidos como uma ameaça. Apressão popular continuava porque, apesar das mudan -ças no governo, as estruturas socioeconômicas perma -neciam sem alterações.”

(http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=54)

Acerca de Francisco Madero, é correto afirmar que ele a) se aliou a Zapata e a Pancho Villa para secularizar as

terras eclesiásticas.b) estabeleceu uma ditadura conservadora, estan cando

o processo revolucionário vivido pelo México.c) foi deposto pelos Estados Unidos, que intervieram no

México para conter o avanço do zapatismo.d) aceitou a imposição da Emenda Platt, o que o

caracteriza como um aliado dos Estados Unidos.e) assumiu o poder após a queda da ditadura de Porfirio

Díaz.



ResoluçãoFrancisco Madero era um político mexicano de origem abas -tada, mas com tendência liberal. Deu início à Revo luçãoMexicana de 1910 contra Porfirio Díaz e assumiu a Presidênciaapós a queda daquele ditador. Opôs-se às reivindicações docampesinato, liderado por Emiliano Za pata, e morreu fuziladoem decorrência de um golpe militar.

42 EE Os processos de independência das Américas Espa -nhola e Portuguesa têm em comum aa) decretação do fim do pacto colonial, em razão da

presença das cortes espanhola e portuguesa emterras americanas.

b) ausência de lutas, evitadas pela atuação decidida dosproprietários de escravos negros, que temiamrevoltas como a que ocorrera no Haiti.

c) conservação das casas dinásticas, apesar da rupturacom as antigas metrópoles europeias.

d) fragmentação política, com significativa alteração dasfronteiras vigentes na época colonial.

e) preservação dos interesses da aristocracia agrária,que continuava a controlar o poder político.

ResoluçãoTanto a independência do Brasil como a da América Espanholaforam conduzidas pela elite agrária (criollos, no caso da Amé -rica Espanhola), interessada em manter a estrutura socioeco -nômica colonial, pois esta asseguraria seu predomínioeconômico, social e político.

43 CC A questão energética torna-se um assunto urgente numpaís que cresce economicamente, como o Brasil. O Paísdeve gerar eletricidade em volumes cada vez maiores, oque leva as autoridades a pensar na colaboração com ospaíses vizinhos para suprir as necessidades. Atente paraa notícia:

BRASIL QUER ACELERAR USINAS

EM VIZINHOS PARA GARANTIR ENERGIA

• Usinas construídas pelo Brasil no exterior vão res -ponder por 10% do aumento de energia do País.

• US$ 52 é o preço do MWh de energia produzida porInambarí no Peru, caso seja importada. No Brasil, essepreço seria US$ 77.

• 18GW é a capacidade de geração que a Eletrobraspretende somar com os projetos em andamento noexterior.

• 10.000km é a extensão das linhas de transmissãopara interconectar essas usinas ao sistema elétricobrasileiro.

• 14.000MW é a potência de Itaipu que abastece 17%do consumo geral de energia do Brasil e 73% do Para -guai.

• 4.571MW médios é o que vai produzir a usina de BeloMonte, que poderá atender a 40% do consumo resi -dencial do Brasil.

(Folha de S.Paulo, 14/2/2012.)

Em relação ao assunto “energia”, leia as assertivas abaixo:I. O Brasil nunca importou energia elétrica dos países

vizinhos.II. A necessidade de importação se deve ao fato de que

não há nenhum projeto de construção de hidroelé tri -cas em andamento no Brasil.

III. A utilização de energia importada dos vizinhos exigiráa construção de um extenso sistema de transmissãopara trazê-la ao Brasil.

IV. Itaipu responde sozinha por boa parte da produçãode energia elétrica do Brasil.

Estão corretas:a) I e II. b) II e III. c) III e IV.d) I e III. e) II e IV.

ResoluçãoEm I, desde 1979, quando Itaipu começou a produzir energia,o Brasil importa eletricidade do Paraguai; em II, no Brasil se de -sen volvem diversos projetos de construção de usinas hidroe -létricas, como é o caso de Santo Antônio e Jirau, no Rio Ma -deira, e Belo Monte, no Rio Xingu.

44 BB A situação da Grécia é caricaturada na charge abaixo:


A situação retratada mostra que a Gréciaa) é o maior produtor de manufaturados da Europa.b) é um país onde o endividamento externo o impos -

sibilitou de gerenciar sua economia.c) é o país do qual parte a grande maioria dos migrantes

europeus que se oferecem para executar qualquerserviço.

d) é o país de atividades mais diversificadas da Europa.e) apresenta um enorme crescimento econômico e

populacional.



ResoluçãoA Grécia tem uma dívida externa calculada em cerca de 130%do PIB e não possui meios de gerenciá-la, o que provocou anecessidade de uma ação conjunta externa da União Europeiae do FMI para ajudar o país a solucionar o problema. A solução,rigorosa, exigiu do povo grego enormes sacrifícios.

45 AA Quanto ao comércio mundial, observe o gráfico abaixo:

*CEI – Comunidade dos Estados Independentes que agrupa a Rússiae a maioria dos países que integravam a União Soviética.

(Almanaque Abril, 2012.)

A avaliação das informações apresentadas e demaisconhecimentos sobre o assunto permitem afirmar:a) Os produtos manufaturados, aqueles com maior valor

agregado, são a principal fonte de renda na expor -tação dos países asiáticos.

b) A elevada fonte de renda obtida na exportação deenergéticos efetuada pelo Oriente Médio é o motivoda riqueza e da boa distribuição de renda da região.

c) Na Europa, a principal fonte de renda nas exportaçõesprovém da venda de produtos agrícolas, por conta dapolítica de subsídios.

d) Na América do Norte, a crise econômica de 2008provocou a supremacia nas exportações de produtosagrícolas.

e) A saída da Rússia da CEI (Comunidade dos EstadosIndependentes) ocasionou a redução do total deexportações de energéticos e minérios a menos dametade do montante.

ResoluçãoPaíses da Ásia como a China, o Japão, os Tigres Asiáticos e aÍndia obtêm grandes lucros vendendo manufaturados (queincluem produtos industrializados como bens de consumoduráveis). No Oriente Médio, a renda obtida com a venda deenergéticos é concentrada; a Europa tem sua principal renda navenda de manufaturados; também na América do Norte, amaior fonte de renda advém da exportação de manufaturados;a Rússia não abandonou a CEI.

46 DD O mapa abaixo é uma carta sinótica do Brasil registradaem abril:

(Climatologia, Ed. Oficina de Textos.)

É mais provável que a área de alta pressão atmosféricaobservada no sul da América do Sul (parte baixa domapa) representea) a massa Equatorial continental que provoca chuvas na

Região Centro-Oeste.b) a massa Equatorial atlântica que provoca chuvas no

litoral da Amazônia oriental.c) a massa Tropical continental que traz ventos secos

para o sul do Mato Grosso.d) a massa Polar atlântica que provoca uma linha de

frente fria de vasta extensão.e) a massa Tropical atlântica que traz chuvas para o litoral

oriental do Brasil.

ResoluçãoÀ medida que avança o outono, a massa Polar atlântica se tornacada vez mais forte, em razão do aumento de sua pressãoatmosférica. Penetrando pelo sul da América do Sul, a massapossui uma frente fria que provoca uma linha de instabilidade equeda de temperaturas. No caso do mapa, essa linha seestende desde o Oceano Atlântico até o Acre.



47 EE Nos EUA, os imigrantes desempenham importantepapel no sistema produtivo. Observe os gráficos abaixo:

Fonte: Departamento de Trabalho dos EU.


Sabendo da situação dos imigrantes nos EUA, assinale aalternativa correta.a) Os imigrantes são bem-vindos à sociedade dos EUA,

haja vista o elevado número deles em atividade nopaís.

b) Os imigrantes são bem-vindos aos EUA, mas seunúmero de trabalhadores tem diminuído nos últimosanos.

c) Os imigrantes são bem-vindos, mas só executamatividades de baixa remuneração e pouca importância.

d) As maiores taxas de imigração ocorreram em 2007,quando a economia dos EUA estava no seu máximodesenvolvimento.

e) Os imigrantes intensificaram seu fluxo a partir de 2009,concorrendo cada vez mais com o trabalhadorestadunidense.

ResoluçãoO trabalho do imigrante se dá em diversos setores da eco no -mia, dos mais simples ou menos qualificados aos mais quali -ficados, e concorre com o trabalho dos estadunidenses,sobretudo a partir de 2009, quando a economia americana estáem crise.

48 AA A tabela abaixo permite uma comparação entre osíndices de crescimento dos estados do Nordeste, Sul eSudeste do Brasil:


Nessa comparação, percebe-se quea) a Região Nordeste foi a que mais cresceu no ano em

questão, por conta do processo de industrializaçãocata pultado pelos incentivos fiscais.

b) as políticas de descentralização industrial foram asresponsáveis pelas quedas observadas nas RegiõesSul e Sudeste.

c) os estados da Região Centro-Sul do País estão satu -rados e não conseguem mais impulsionar seu ritmode crescimento.

d) o crescimento observado no Nordeste se deve aoavanço das frentes agrícolas pioneiras que atingiramprincipalmente os estados da porção oriental.

e) é o extrativismo mineral e energético (petróleo) quefez os estados da Região Nordeste crescer, principal -mente a Bahia.

ResoluçãoA política de incentivos fiscais promovida pelos diversosestados do Nordeste – como, por exemplo, o Ceará – atraiudiversas indústrias que utilizam mão de obra intensiva (como atêxtil e a de calçados, por exemplo). Enquanto isso, os estadosdo Centro-Sul foram atingidos pela crise econômica mundial de2008.

Crescimento econômico – 2009

Em % por estado, por ano

Nordeste

Piauí 6,2

Sergipe 4,4

Pernambuco 2,8

Alagoas 2,1

Paraíba 1,6

Rio Grande do Norte 1,5

Ceará 0

Bahia – 0,6

Maranhão – 1,7

Sul

Santa Catarina – 0,1

Rio Grande do Sul – 0,4

Paraná – 1,3

Sudeste

Rio de Janeiro 2

São Paulo – 0,8

Minas Gerais – 4

Espírito Santo – 6,7



49 AA A questão da saúde brasileira pode ser observada nosdados populacionais a seguir:

(IBGE)

A análise dos dados apresentados e conhecimentos so -bre o assunto “população brasileira” permitem afirmar:I. As condições de vida da população melhoraram,

tendo em vista o aumento da expectativa de vida.II. A mortalidade infantil vem diminuindo nos últimos

tempos. Se em 2009 o IBGE divulgava uma taxa de22,5 por mil para o Brasil, em 2012 essa taxa sereduziu para 15,3 por mil.

III. A queda observada na mortalidade infantil se deve àgrande corrente migratória de nordestinos queabandonou as regiões carentes do Nordeste e seestabeleceu no Sudeste, onde as condições de vidasão mais favoráveis.

IV. Em razão de seu trabalho doméstico menos exte -nuante, as mulheres apresentam uma expectativa devida mais elevada que a dos homens.

Estão corretas:

a) I e II. b) II e III. c) I e III.

d) I e IV. e) II e IV.

ResoluçãoEm III, a queda das taxas de mortalidade infantil foi observadaem todo o Brasil e se deve às melhorias no saneamento bási -co, na medicina e na alimentação; em IV, as mulheres apre -

sentam maior longevidade por causa de aspectos biológicos, enão pe lo aspecto laboral, pois tra balham igualmente ou atémais que os homens.

50 BB Os gráficos abaixo mostram pirâmides etárias de paísesdesenvolvidos e subdesen volvidos (ou em desenvol vi -mento):


Comparando-os e confrontando-os com os conhe -cimentos disponíveis, é possível afirmar:a) Como exemplos de países desenvolvidos, pode-se

considerar o conjunto europeu, toda a América doNorte e toda a Oceania.

b) Como países em desenvolvimento, incluir-se-iamAmé rica Latina, África, Ásia (menos o Japão e aCoreia do Sul).

c) Observa-se uma retomada do crescimento popu lacio -nal nos países em desenvolvimento, que alcançarãoelevados contingentes em 2050.

d) Os países em desenvolvimento terão contingentespopulacionais semelhantes em sua estrutura etária,comparando-se 1950 com 2050.

e) As populações idosas tendem a diminuir em 2050 emrazão da alta taxa de mortalidade observada entre osidosos.



ResoluçãoEm a, na América do Norte, o México é um país em desen -volvimento, assim como, na Oceania, os países existen tes nasilhas da Micronésia, Melanésia e Polinésia também o são; em c,a tendência é que a população dos países em de sen volvimentopare de crescer em número; em d, a população estará maisenvelhecida; em e, o que se observa para 2050 é o aumento nonúmero de idosos.

51 EE O poema que se segue descreve o ambiente de umdomínio morfoclimático do Brasil:

Quando olhei a terra ardendo igual fogueira de São João,Eu perguntei a Deus do céu, ai! por que tamanha judiação.

Que braseiro! Que fornalha! Nenhum pé de plantação.Por falta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão.

Até mesmo a asa-branca bateu asas do sertão.Então, eu disse: Adeus, Rosinha! Guarda contigo meu coração.

Hoje longe, muitas léguas, numa triste solidão,Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão.

Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação,Eu te asseguro não chore não, viu? Eu voltarei pro meu sertão.

Luiz Gonzaga

(Geografia do Brasil, EDUSP.)

Esse domínio é(são):a) mares de morros, que se estendem do litoral do Rio

Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.b) caatinga, que se caracteriza por chuvas de verão,

secas de inverno e vegetação de florestas-galerias.c) pradarias, com poucas chuvas e vegetação de

campos limpos.d) cerrado, com planaltos subtropicais e matas ciliares.e) caatinga, com depressões interplanálticas e clima

semiárido.

ResoluçãoEstendendo-se notadamente pelo Sertão do Nordeste, acaatinga é um domínio caracterizado por formações vegetaisxerófitas, onde surgem também algumas árvores, arbustos epalmáceas. Possui climas com extensos períodos de baixapluviosidade e temperaturas elevadas e rios temporários.

52 CC A cidade de São Paulo assiste por vezes, durante osperíodos de frio, ao fenômeno descrito na figura abaixo:

Fontes: Anac e Somar Meteorologia


Esse fenômeno pode ser identificado como um(a)a) geada negra. b) geada branca.c) nevoeiro. d) garoa.e) granizo.

ResoluçãoAs geadas ocorrem devido ao congelamento do orvalho (trans -piração das folhas) sobre as folhas; a geada branca é menosintensa, a geada negra chega a queimar toda a planta. A garoae o granizo são precipitações, respectivamente, de pequenasgotículas e de gotículas solidificadas (“chuva de pedra”).Nevoeiro é a condensação do vapor de água junto à superfície.

53 DD Entre os dias 13 e 14 de junho de 2012, fortes chuvasprovocaram morte e destruição na cidade de Recife,capital de Pernambuco. As chuvas foram excessivas,com um total de 121,8mm, cerca de um terço doesperado para aquele mês. Tanta chuva assim pode serexplicadaa) pelo excesso de evaporação da orla marinha ocorrida

nessa época do ano.b) pela ação da massa Equatorial atlântica que, vinda da

região equatorial, atinge a Zona da Mata com toda aintensidade.

c) pela ação dos ventos alísios de nordeste que partemúmidos do interior do Nordeste.

d) pela chegada de frentes frias causadas pela massaPolar atlântica, muito atuante nessa época do ano.

e) pelas chuvas orográficas causadas pela ação da mas -sa Tropical atlântica que impulsiona a umidade oceâ -nica em direção às bordas da Chapada da Borborema.



ResoluçãoDurante o período do outono-inverno, a massa Polar atlânticapos sui elevada pressão atmosférica, o que faz com que elaatinja o litoral nordestino. Nesse momento, junta-se à umidadelitorânea e provoca intensas chuvas, além de pequenas quedasde temperatura.

54 CC Os quatro climogramas a seguir se referem a cidadesrussas. Observe-os atentamente:

(Atlas National Geographic, Ed. Abril.)

Analisando-se suas semelhanças e diferenças, pode-seafirmar que eles apresentam climasa) mediterrâneos. b) temperados oceânicos.c) temperados. d) subtropicais.e) temperados frios.

ResoluçãoO comportamento das temperaturas, com médias negativasnos invernos e verões brandos (em torno de 15° a 20°C),mostra uma considerável amplitude térmica. Os volumes dechuvas não são muito elevados e se assemelham no total,mesmo na cidade de São Petersburgo, próxima ao Mar Báltico.Generalizando-se, pode-se considerar que as quatro cidadesapresentam caracterís ticas de clima temperado.

55 CC Leia o texto:

“Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhumvelho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demaisnem tarde demais para a saúde da alma. Afirmar que aho ra de filosofar ainda não chegou ou já passou é a

mesma coisa que dizer que a hora ainda não chegou oujá passou; devemos, portanto, filosofar na juventude ena velhice para que, enquanto envelhecemos, continue -mos a ser jovens nas boas coisas mediante a agradávelrecordação do passado e para que ainda jovens sejamosao mesmo tempo velhos, graças ao destemor diante doporvir. Devemos então meditar sobre tudo...”

(Epicuro, “Carta de Epicuro a Menoiceus”)

As palavras de Epicuro sugerem quea) o ato de filosofar requer extenso conhecimento da

his tória da filosofia e toda uma existência humana éinsuficiente para dominar tal área do saber.

b) a reflexão filosófica cabe aos jovens e velhos, idadesda existência humana em que são escassas as preo -cupações com a sobrevivência material e a pro duçãode riqueza.

c) o ato de filosofar é parte da existência humana eobjetiva, sobretudo da felicidade.

d) a Filosofia Ocidental tem história, pois nasceu naAntiga Grécia, e pode ter um fim, sendo recomen -dável, portanto, o esforço humano de não abandonaro exercício da reflexão.

e) a reflexão filosófica cabe aos filósofos de formação,devendo então ser evitada pelos que fazem uso dosenso comum.

ResoluçãoO texto é simples e sugere que, para todas as idades da exis -tência humana, é recomendável a reflexão filosófica, o que pro -picia a agradável recordação do passado aos idosos e o deste -mor diante do porvir aos jovens, sendo saudável à alma.

56 EE Leia os textos:

I. “Uma coisa que sempre me chama a atenção é avocação autoritária dos verdes em geral, assimcomo seu caráter ideológico travestido de evi -dência científica ‘inquestionável’. Não é para me -nos uma vez que são movidos pela crença de queestão sal vando o mundo. Todo mundo que crersalvar o mundo é autoritário.

Claro que devemos nos preocupar com o meio am -biente. Essa é uma ideia já antiga. Machado deAssis no seu maravilhoso ‘Dom Casmurro’, atra vésde seu narrador Bentinho, já falava de pessoasinteligentes que iam jantar em sua casa na suainfância e falavam que os polos estavamderretendo...



Pessoas que se julgam salvadoras do mundo sãobasicamente de dois tipos: ou são autoritárias ousão infantis. Na tribo verde existem os dois tipos e,como crianças são naturalmente autoritárias, nãohá muita saída: as duas características se encon -tram com frequência na mesma pessoa. Um dosdesafios da cultura verde é se livrar desse mau há -bito. Até agora, me parece uma tarefa impossível.”

(Luiz Felipe Pondé, “A Demagogia Verde dos Salvadores”)

II. “Em um mundo perfeito, este texto jamais pre -cisaria ser escrito. Mas, infelizmente, estamos lon -ge do ideal. Só quando desligamos a televisão paraparar de ver tantas notícias de violência e de -sonestidade é que nos damos conta da im portânciade conhecer e colocar em prática os bons valores,co mo responsabilidade e cortesia.

Valores que devem ser aprendidos ainda na infânciae transmitidos de pais para filhos, como uma he -rança. Só assim é possível garantir que as crian çasde hoje se tornem adultos melhores amanhã.”

(Beatriz Levischi, “Como Criar um Mundo Melhor”)

Comparando-se os dois textos, é possível afirmar:a) Os dois textos abordam temáticas diferentes, porém

comungam a mesma referência filosófica.b) Os dois textos abordam o mesmo tema, porém o

primeiro revela uma elaboração de discurso numatônica autoritária, enquanto o segundo revela maiorgrau de virtude democrática.

c) O primeiro texto expõe o conteúdo a partir de umalinguagem própria da ciência política e se revela contraos cuidados com o meio ambiente, enquanto o segun -do expõe seu conteúdo utilizando uma lingua gemmais específica das ciências naturais, o que lheconfere maior grau de legitimação.

d) O primeiro texto carece de argumentos racionais,enquanto o segundo revela um encadeamento lógicoe coerente de ideias.

e) Para Pondé, a preocupação com um mundo melhortraz consigo tendências políticas autoritárias, en -quanto, para Levischi, a educação transmissora dosbons valores é imprescindível na construção de ummundo melhor.

ResoluçãoPara o professor Pondé, a pretensão de salvar o mundo por par -te dos portadores de uma consciência ecológica ou social, porexemplo, propõe padrões comportamentais que diluem a au to -nomia do indivíduo, revelando, portanto, tendências fas cistas.Já Beatriz Levischi idealiza um mundo, se não per feito, ao me -nos melhor, sem violência, por exemplo, cons truído a partir deum projeto de educação das crianças. Os dois textos, portanto,dis cordam ao abordar temas semelhantes, a partir de posiçõesdiferentes.

57 BB De acordo com o filósofo francês Jean-Jacques Rou sseau,o contrato social “estabelece entre os cidadãos uma taligualdade que eles se comprometem todos nas mesmascondições e devem gozar dos mesmos direitos. (...) suasituação [dos indivíduos], por efeito desse contrato, setorna realmente preferível à que antes existia, e em vezde uma alienação, não fizeram senão uma troca van tajo -sa de um modo de vida incerto e precário por um outromelhor e mais seguro, da independência natural pela li -ber dade, do poder de prejudicar a outrem pela segurançaprópria, e de sua força, que outras podiam dominar, porum direito que a união social torna invencível”.

(J. J. Rousseau. Do Contrato Social. Col. Os Pensadores. São Paulo:Abril Cultural, 1978.)

Assim, afirma-se corretamente que, para Rousseau,a) a vida em sociedade é natural e estabelece a espon -

taneidade da vida humana.b) a sociedade resulta de um contrato artificial.c) o homem em estado de natureza era mau e egoísta.d) o Estado deve estabelecer-se com tendências absolu -

tistas para evitar os conflitos humanos.e) os homens só conquistam estado de liberdade a partir

da segurança que se conquista na vida em sociedade.

ResoluçãoRousseau é um filósofo contratualista, ou seja, supõe que aconvivência humana resultaria de uma espécie de contratosocial, em que se renunciaria a condição de liberdade natural.A transição de um estado para outro, do natural para o civil,ocorreria num período marcado por conflitos, uma “guerra detodos contra todos”. Esse estado de guerra teria sidopromovido pelo estabelecimento da propriedade privada, afir -ma Rousseau. Além disso, faltavam regras e leis que esta -belecessem a convivência. É claro que essas concepções filo -sóficas da época eram desprovidas de critérios científicos,como faz a sociologia ou a história. Daí nasce a necessidade deum contrato social, capaz de evitar as desigualdades. Assim,se gundo Rousseau: “O que o homem perde pelo contratosocial é a liberdade natural e um direito ili mi tado a tudo quantoaventura e pode alcançar. O que com ele ganha é a liberdadecivil e a propriedade de tudo o que possui.”

58 AA A disputa entre racionalismo e empirismo se dá no ramoda filosofia destinado ao estudo da natureza, das fontese dos limites do conhecimento. Essa disputa diz respeitoà questão sobre se e em que medida somos depen -dentes da experiência sensível para alcançar o conhe -cimento. Os racionalistas afirmam que nossos conhe -cimentos têm sua origem independentemente da expe -riência sensível, isto é, independentemente de qualquer



acesso imediato a coisas externas a nós. Os empiristas,por sua vez, consideram que a experiência sensível é afonte de todos os nossos conhecimentos. Em relação aotema, considere a seguinte afirmativa:

“Primeiramente, considero haver em nós certas noçõesprimitivas, as quais são como originais, sob cujo padrãoformamos todos os nossos outros conhecimentos.”

(René Descartes. “Carta a Elizabeth, de 21 de maio de 1743”. Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.)

De acordo com o debate exposto no texto, é possívelafirmar:a) Descartes, no trecho exposto, revela-se um racio -

nalista.b) Para os racionalistas, a mente humana é uma tábula

rasa.c) Para os empiristas, o homem porta uma razão munida

de saberes que independem da experiência sensível.d) Segundo Descartes, o conhecimento resulta de um

contato imediato com a realidade externa.e) Para os racionalistas, o conhecimento é construído

pelo encontro de uma razão preexistente com omundo real e externo.

ResoluçãoRené Descartes iniciou uma teoria do conhecimento.Descartes é um representante do racionalismo ou do inatismo,segundo o qual o homem desenvolve ideias a partir de seupróprio sujeito, pois a realidade está primeiramente no espírito.Diante dos polos sujeito e objeto (conhecedor e conhecido),Descartes prioriza o papel do primeiro, pois as ideias não vêmde fora, mas estão dormentes no sujeito e somente umconhecimento baseado no critério da racionalidade interna dohomem pode assegurar um conhecimento verdadeiro. Poroutro lado, temos os empiristas que afirmam o contrário: aalma é como uma tábula rasa e o conhecimento só éconstruído graças ao contato com a realidade empírica, ou seja,em contato com a realidade sensível. Um filósofo represen -tante dessa concepção é John Locke (1632-1704) e FrancisBacon (1561-1626). Comparando Descartes a Locke, podemosafirmar que, enquanto o primeiro enfatiza o sujeito conhecedor,o segundo enfatiza o objeto conhecido, pois a reali dade éacessível ao pensamento humano pela experimentação.

59 AA Em Os Analectos de Confúncio, livro três, lê-se a se guin -te passagem: “O Mestre (Confúcio) disse sobre shaoque era perfeitamente linda e perfeitamente boa e sobrewu que era perfeitamente linda, mas não perfeitamenteboa.“

Shao era a música de Shun, que subiu ao trono por meioda abdicação de Yao, e wu era a música de King Wu, quesubiu ao trono após derrubar Yin com o auxílio de forçasmilitares. Nessa passagem, vê-se que a) Confúcio fazia distinção entre estética e ética, dife -

rentemente da concepção clássica grega queidentificava uma relação direta entre as duasrealidades.

b) a música, enquanto arte, era destituída de valor moral.c) a música de King Wu expressava bondade, além do

deleite estético. d) a qualidade estética de uma peça musical era mais

importante do que a qualidade moral.e) a música boa seria aquela independente de cono -

tações políticas.

ResoluçãoÉ oportuna a inclusão de um trecho de Os Analectos deConfúcio no simulado. Em princípio, pode parecer estranha apresença de um autor de tradição oriental; contudo, em 2012,a editora UNESP incluiu Os Analectos de Confúcio na coleçãode Clássicos da Filosofia, numa primeira edição comentadapelos tradicionais pensadores chineses e traduzida direta -mente do chinês por Giorgio Sinedino. O texto revela que, paraConfúcio, a música de Shun era boa, além de bela, enquanto amúsica de King Wu era apenas bela (linda, segundo o texto).Assim, vê-se que o pensador chinês fazia uma distinção entreo valor ético (boa) e o estético (linda) da arte.

60 DD Leia o texto:

“Na medida em que nesse processo a indústria culturalinegavelmente especula sobre o estado de consciênciae inconsciência de milhões de pessoas às quais ela sedirige, as massas não são, então, o fator primeiro, masum elemento secundário, um elemento de cálculo;acessório da maquinaria. O consumidor não é rei, comoa indústria cultural gostaria de fazer crer, ele não é osujeito dessa indústria, mas seu objeto. O termo massmedia, que se introduziu para designar a indústria cultu -ral, desvia, desde logo, a ênfase para aquilo que é ino -fensivo. Não se trata nem das massas em primeiro lugar,nem das técnicas de comunicação como tais, mas doespírito que lhes é insuflado, a saber, a voz de seusenhor. A indústria cultural abusa da consideração comrelação às massas para reiterar, firmar e reforçar amentalidade destas, que ela toma como dada a priori eimutável. É excluído tudo pelo que essa atitude poderiaser transformada. As massas não são a medida mas aideologia da indústria cultural, ainda que esta última nãopossa existir sem a elas se adaptar.”

(Theodor W. Adorno. A Indústria Cultural. In: Gabriel Cohn [Org.].Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, 1996.)



De acordo com Adorno,a) o termo mass media é adequado para designar o

fenômeno da indústria cultural.b) a indústria cultural apresenta indiscutível potencial

emancipador.c) a indústria cultural não é ideológica. d) o consumidor cultural existe em estado de hete -

ronomia.e) o consumidor cultural existe em estado de autonomia.

ResoluçãoHeteronomia é o conceito que está em oposição ao conceitode autonomia. A indústria cultural promove uma condição dealienação humana. Os meios de comunicação de massa, comoTV, rádio, jornais e portais da Internet, são propriedades dealgumas empresas, que possuem interesse em obter lucros emanter o sistema econômico vigente que lhes permitecontinuar lucrando. Portanto, vendem-se filmes e seriadosnorte-americanos, músicas (funk, pagode, sertaneja etc.) enovelas não como bens artísticos ou culturais, mas comoprodutos de consumo que, neste aspecto, em nada se diferen -ciariam de sapatos ou sabão em pó. Com isso, ao invés decontribuírem para formar cidadãos críticos ou invés de estarema serviço do desenvolvimento da consciência, manteriam aspessoas “alienadas” da realidade.

61 CC Um professor de Ciências propôs à sua turma aconstrução de uma horta para cultivo apenas de plantasmedicinais. Os alunos pesquisaram alguns organismosque poderiam compor a horta e trouxeram as seguintesinformações:

Acácia: família das leguminosas.

Alecrim-do-campo: flor usada em infusão para melhorardores de estômago.

Chapéu-de-couro: angiosperma muito fácil de cultivar.

Cogumelo-do-sol: fungo pesquisado para cura dealguns tipos de câncer.

Ginkgo biloba: gimnosperma com propriedadesanti-infla matórias.

Éfedra: gimnosperma usada contra asma.

Cavalinha: planta de origem muito antiga, que é dogrupo da samambaia e combate a diarreia.

Após a correção referente à classificação dos organis -mos, o professor pediu que os alunos agrupassem osseres em dois grupos:

Canteiro 1: apenas vegetais que se reproduzem porflores.

Canteiro 2: as plantas que não se encaixam no critérioacima.

Assinale a alternativa que apresenta o agrupamento correto:

ResoluçãoAngiospermas são as únicas plantas produtoras de flores, en -tre as quais estão as leguminosas (acácia, feijão e soja), oalecrim-do-campo e o chapéu-de-couro.Gimnospermas (Ginkgo biloba e éfedra), fungos e pteridófitas(cavalinha e samambaia) não formam flores.

62 DD A Acetabularia é um gênero de alga unicelular quepossui o núcleo na base e uma extremidade chamada deumbela. Quando se transplanta o núcleo de A. crenulatapara o pedúnculo de A. mediterranea, cujo núcleo foiretirado previamente, ela regenera a umbela com ascaracterísticas de A. crenulata, como pode ser visto noesquema a seguir.

(Disponível em: <http://8e.devbio.com/article.php?ch=2&id=280>. Acesso em: 22 dez. 2009. Adaptado.)

Esse experimento pode ser apresentado aos alunos paraevidenciar quea) o novo indivíduo que se forma é transgênico.b) o pedúnculo é a estrutura formadora da umbela.c) a hereditariedade se manifesta apenas na umbela.d) o núcleo é responsável pelas características do

indivíduo.e) as características de A. crenulata são dominantes em

relação às de A. mediterranea.

Canteiro 1 Canteiro 2

a)cogumelo-do-sol e

cavalinha

acácia, alecrim-do-campo,chapéu-de-couro, ginkgo e

éfedra

b)cavalinha, cogumelo-do-sol,

éfedra e ginkgoalecrim-do-campo, acácia

e chapéu-de-couro

c)alecrim-do-campo, acácia

e chapéu-de-couroéfedra, ginkgo e cavalinha

d) acácia, cavalinha e éfedraginkgo, alecrim-do-campo

e chapéu-de-couro

e) ginkgo e chapéu-de-couroacácia, cavalinha, éfedra

e alecrim-do-campo



ResoluçãoA morfogênese de um organismo depende do materialgenético do núcleo da célula.

63 EE Cientistas conseguiram isolar o gene que codifica umaproteína antiporte Na+/H+ no tonoplasto. Dessa forma,plantas que receberam esse gene aumentaram otransporte de Na+, que se acumulou nos vacúolos, o quetornou seu potencial hídrico mais negativo, possi bili tan -do que elas retirassem água de ambientes salinos. Issotransformou a planta, que era não halófita, em halófita.

Uma discussão adequada, especificamente a respeitodessas plantas transgênicas, em sala de aula, abordaria a) o perigo de extinção de todas as plantas halófitas, em

suas regiões originais, devido à competição comessas plantas transgênicas.

b) o aumento de áreas tratadas com agrotóxicos para asobrevivência dessas plantas transgênicas, uma vezque elas são mais frágeis.

c) a diminuição da competição por água entre as plantashalófitas, interferindo diretamente na sua evolução.

d) o aumento de espécies não halófitas em ambientessaturados de sal, o que pode causar sérios dese -quilíbrios ecológicos.

e) a possibilidade do seu plantio em áreas salinas,podendo ser irrigadas com água do mar, uma vez queas fontes de água potável vêm diminuindo.

ResoluçãoAs plantas adaptadas a ambientes salinos (halófitas) apre sen -tam alta pressão osmótica, devido ao acúmulo de sais (íons) nointerior dos vacúolos das células; com isso, podem retirar águade ambientes mais concentrados como ocorre na água do mar.

64 EE Alguns acontecimentos presentes na história da vida naTerra representam marcos evolutivos muito importantes.O surgimento da fotossíntese, por exemplo, mudoucompletamente e de forma definitiva o ambiente doplaneta, pois a) causou o surgimento da vida como a conhecemos

hoje, com base celular. b) ocorreu antes dos primeiros seres vivos para que eles

pudessem obter alimento. c) permitiu a transferência direta de matéria inorgânica

do meio para os heterótrofos. d) representou a possibilidade de acabar com a erosão

do solo com a estrutura em rede das raízes. e) possibilitou maior obtenção de energia pelos seres

vivos ao alterar a composição da atmosfera.

ResoluçãoO surgimento da fotossíntese, transformação da energia lumi -nosa em quí mica, permitiu aos seres vivos melhor aprovei -tamento da ener gia durante a respiração aeróbia e alteração nacomposição química da atmosfera (liberação de oxigênio).

65 EE O nível normal de glicose no sangue é mantido graças àação conjunta de dois hormônios produzidos por célulasque constituem a parte endócrina do pâncreas, estru tu -ras constituídas por centenas de aglomerados celulares,as ilhas pancreá ticas (ou ilhotas de Langerhans), ondesão encontradas cé lulas do tipo beta e do tipo alfa. A res -peito da regu la ção da concen tração de glicose no sangue,é correto afirmar:a) O aumento no nível de glicose no sangue estimula as

células alfa a secretarem o hormônio glucagon, o qualatua na permeabilidade da membrana plasmática,facilitando a entrada da glicose nas células.

b) Sob a ação do hormônio glucagon, todas as célulaspassam a absorver mais glicose, e a concentraçãodesse açúcar no sangue diminui, havendo o retornoao padrão normal de concentração.

c) Se uma pessoa passa muitas horas sem se alimentar,a concentração de glicose no sangue diminui, fazendocom que as células alfa aumentem a secreção deinsulina para estimular as células do fígado.

d) Após muitas horas sem alimento, sob a ação dohormônio insulina, o fígado passa a armazenar energiaem forma de glicose e, assim, o organismo atinge oestado de equilíbrio bioquímico.

e) O aumento na concentração de glicose, no sangue,resultante da absorção de açúcar dos alimentos pelascélulas do intestino, estimula a secreção de insulinapelas células beta.

ResoluçãoQuando aumenta a concentração de glicose no sangue, emdecorrência da absorção do açúcar dos alimentos pelas célulasintestinais, as células beta das ilhas pancreá ticas (ou ilhotas deLangerhans) são estimu ladas a secretar o hormônio insulina.

66 BB A tabela abaixo mostra os tipos de gametas produzidospor três organismos duplamente heterozigotos (I, II e III).

Organismos I – AaBb II – Ll Mn III – RrSs

Gametas

AB – 25%

Ab – 25%

aB – 25%

ab – 25%

LM – 50%

lm – 50%

RS – 35%

rs – 35%

Rs – 15%

rS – 15%



Em relação aos resultados obtidos em I, II e III, assinalea alternativa correta.

ResoluçãoI. Segregação independente, com os quatro genes (A, a, B, b)

situados em quatro cromossomos, ou seja, em dois paresde homólogos.

II. Ligação fatorial completa, com os quatro genes (L, l, M, m)situados em dois cromossomos, um par de homólogos,sem a ocorrência de permutação (crossing-over) entre eles.

III. Genes situados em um par de homólogos, ocorrendopermutação com uma frequência de 30%.

67 AA A vasectomia é um método contraceptivo masculinocom grande grau de eficácia. Alguns consideram que setrata de um método de esterilização. Sobre avasectomia, é correto afirmar quea) impede que os espermatozoides cheguem ao canal

ejaculatório e sejam expelidos.b) reduz a produção de testosterona, inibindo a produção

de espermatozoides.c) reduz o índice mitótico, inibindo a formação de esper -

matogônias.d) reduz o índice meiótico, inibindo a formação de esper -

ma tócitos e de espermátides.e) reduz o volume do ejaculado, impedindo que o esper -

ma alcance a tuba uterina, local onde ocorre a fertilização.

ResoluçãoA vasectomia consiste na ressecção dos canais deferentes,destinada a impedir a passa gem de espermatozoides e assimevitar a gravidez.

68 DD Uma aluna trouxe para sua turma a seguinte situa ção:uma vizinha sua tinha tido um filho normal para a hemo -filia. No entanto, apesar de o pai da criança também sernormal, o avô paterno era hemofílico e ela havia escu -

tado que essa doença “pulava uma geração” e que,portanto, a criança deveria ser hemofílica. O professor,então, esclareceu que a hemofilia é uma doençarecessiva, ligada ao sexo, e montou um heredogramamostrando as pessoas envolvidas.

Com base nos esclarecimentos do professor e noheredo grama apresentado, pode-se concluir:a) A hemofilia ficou restrita ao avô da criança, uma vez

que ela só ocorre nos homens.b) O pai da criança é portador de hemofilia, mas não

passou o alelo para hemofilia para seu filho.c) A hemofilia vai “pular duas gerações”, visto que a

criança é apenas portadora da doença.d) Como o pai da criança certamente não possui o alelo

para hemofilia, ele não o passou para a criança.e) A criança não é hemofílica porque é do sexo mascu -

lino e seria necessário, obrigatoriamente, que o paifosse hemofílico.

ResoluçãoO alelo para hemofilia (h) está localizado no cromossomosexual X. O cromossomo Y, que passa sempre de pai para filho,não apresenta o alelo h.

69 BB A tabela periódica é uma notável realização da ciência. Elaajuda a organizar o que de outra forma seria um ar ranjoconfuso dos elementos e de suas propriedades. A ba seda classificação periódica atual é a tabela do quí mi co rus -so Mendeleev, proposta em 1869, com a dife rença de queas propriedades dos elementos variam pe rio dica mente comseus números atômicos e não com os pesos atômicos.

(http://chemistry.about.com. Adaptado.)

I II II

a)Segregação

independenteLigação fatorial

completa

Permutação comuma frequência

de 70%

b)Segregação

independenteLigação fatorial

completa


de 30%

c)Ligação fatorial

completa


de 50%

Segregaçãoindependente

d)Permutação comuma frequência

de 100%

Ligação fatorialcompleta

Segregaçãoindependente

e)Segregação

independente


de 50%

Ligação fatorialcompleta



Analisando a classificação periódica, mesmo sem conhe -cer todos os elementos que ela apresenta, é possívelafirmar quea) os não metais podem ser deformados com golpes de

martelo.b) os metais alcalino-terrosos são mais densos que os

metais alcalinos.c) os halogênios, em condições normais de temperatura

e pressão, são líquidos coloridos.d) o oxigênio e o nitrogênio são gases à temperatura

ambiente e seus átomos apresentam seis elétrons nacamada mais externa.

e) os elementos de uma mesma família da classificaçãoperiódica possuem propriedades semelhantes porqueeles ocorrem no mesmo lugar da Terra.

ResoluçãoA variação da densidade na tabela periódica é mostrada no es -quema a seguir.

O sentido da flecha indica ordem crescente de den sidade.Concluímos que os metais alcalinoterrosos (grupo 2) são maisdensos que os metais alcalinos (grupo 1).Os metais podem ser deformados com golpes de martelo, issonão ocorre com os não metais.Somente o bromo, do grupo dos halogênios, é líquido nessascondições.O nitrogênio apresenta cinco elétrons na camada mais externa(grupo 15).Os elementos de uma mesma família da classificação periódicapossuem propriedades semelhantes porque apresentam omesmo número de elétrons na camada mais externa.

70 CC Bicarbonato de sódio e carbonato de sódio são duassubs tâncias químicas muito presentes no cotidiano. En -tre várias aplicações, o bicarbonato de sódio é utili zadocomo antiácido estomacal e fermento de pães e bolos, eo carbonato de sódio, conhecido como barrilha ou soda,tem sua principal aplicação na fabricação de vidro co mum.

As fórmulas químicas do bicarbonato de sódio e docarbonato de sódio estão correta e respectivamenterepresentadas em

a) NaHCO3 e NaOH. b) Na(CO3)2 e NaHCO3.

c) NaHCO3 e Na2CO3. d) Na(HCO3)2 e NaOH.

e) Na2HCO3 e Na2CO3.

ResoluçãoO ácido carbônico (H2CO3) é diácido gerando dois ânions nasua dissociação em água:H2CO3

→← H+ + HCO–3

ânion bicarbonato

HCO–3

→← H+ + CO2–3

ânion carbonato

O prefixo bi aparece na nomenclatura de um ânion que tem1 átomo de H ionizável e proveniente de um diácido. O H2CO3é um diácido. O metal Na pertence ao grupo 1 formando ocátion Na1+.Bicarbonato de sódio: NaHCO3Carbonato de sódio: Na2CO3

71 CC Na indústria farmacêutica, substâncias específicas sãoutilizadas para revestir pílulas e comprimidos. Em umexperimento, uma das substâncias sólidas foi retirada deuma formulação e purificada. Para verificar a eficiênciada purificação, um termômetro foi colocado em um tubode ensaio contendo uma amostra da substânciaderretida, a 1 atm. Durante o resfriamento e até que aamostra tenha se solidificado completamente, foramlidas as temperaturas em intervalos regulares. Comesses dados, foi traçada a curva de resfriamento, umgráfico que mostra a variação de temperatura em funçãodo tempo, a 1 atm.

O gráfico que corresponde à curva de resfriamento dasubstância pura está representado por



ResoluçãoDe acordo com o texto, a substância sólida foi retirada daformulação e purificada. Uma substância pura apresenta tem -peratura de fusão (ou temperatura de solidificação) constante:

72 DD Enquanto estudava a natureza e as propriedades dosgases, um estudante anotou em seu caderno as se -guintes observações sobre o comportamento de 1 litrode hidrogênio e 1 litro de argônio, armazenados na formagasosa à mesma temperatura e pressão:

I. Têm a mesma massa.

II. Comportam-se como gases ideais.

III.Têm o mesmo número de átomos.

IV.Têm o mesmo número de mols.

É correto o que o estudante anotou ema) I, II, III e IV. b) I e II, apenas.c) II e III, apenas. d) II e IV, apenas.e) III e IV, apenas.

ResoluçãoGases diferentes, nas mesmas condições de pressão, tem -peratura e volume, encerram o mesmo número de moléculasou mesma quantidade em mols (Princípio de Avogadro).

I) Errado.Têm massas diferentes. Se as massas atômicas fossemdadas, teríamos:nH2

= nAr

∴ mAr = 20mH2

II) Correto. Comportam-se como gases ideais, pois as molé culas sãomuito pequenas e, entre elas, há fra quíssimas forçasintermoleculares.

III) Errado.A molécula do H2 é diatômica e a do Ar é mono atô mica,portanto os números de átomos são dife rentes.

IV) Correto.

73 AA A obtenção de energia é uma das grandes preocupaçõesda sociedade contemporânea e, nesse aspecto,encontrar maneiras efetivas de gerar eletricidade pormeio de reações químicas é uma contribuiçãosignificativa ao desenvolvimento científico e tecnológico.

A figura mostra uma célula eletroquímica inventada porJohn Daniell em 1836. Trata-se de um sistema formadopor um circuito externo capaz de conduzir a correnteelétrica e de interligar dois eletrodos que estejam sepa -rados e mergulhados num eletrólito. Uma reaçãoquímica que ocorre nesse sistema interligado leva àprodução de corrente elétrica.

Dados: Zn2+ (aq) + 2e– → Zn (s) E0 = – 0,76 V

Cu2+ (aq) + 2e– → Cu (s) E0 = + 0,34 V

Com base nessas informações, afirma-se que:I. Nessa célula eletroquímica, a energia produzida pela

reação de oxirredução espontânea é transformada emeletricidade.

II. Os elétrons caminham espontaneamente, pelo fiome tálico, do eletrodo de zinco para o de cobre.

III. A reação de redução do Cu2+ consome elétrons e,para compensar essa diminuição de carga, os íons K+

mi gram para o cátodo através da ponte salina.IV. A força eletromotriz gerada por essa célula eletro -

química a 25 °C equivale a –1,1 V.

É correto o que se afirma ema) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas.c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas.e) I, II, III e IV.

ResoluçãoAs pilhas são artefatos que transformam energia química emenergia elétrica, por meio das reações de oxirredução. É umprocesso espontâneo, pois a dife ren ça de potencial (ΔE) épositiva.

mH2 mAr––––– = ––––

2 40



A pilha de Daniell é esquematizada abaixo:

Os potenciais de redução:

Zn2+(aq) + 2e– ⎯→ Zn E0 = – 0,76V

Cu2+(aq) + e– ⎯→ Cu E0 = + 0,34V

Como o potencial de redução do íon cúprico (Cu2+) é maior,temos:

Cu2+(aq) + 2e– ⎯→ Cu0(s) E0 = + 0,34V(semirreação catódica)

Zn0(s) → 2e– + Zn2+(aq) E0 = + 0,76V (semirreação anódica)

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Zn0(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu0(s)

ΔE0 = + 1,10V (reação global)

Concluímos que os elétrons fluem do eletrodo de zinco(anodo) para o eletrodo de cobre (catodo). Os íonspositivos migram em direção do catodo para com pensara diminuição de carga (os íons Cu2+ têm a carganeutralizada). Portanto, as afirmações I, II e III estãocorretas.

74 EE Homens que começam a perder cabelo na faixa dos20 anos podem ter maior risco de câncer de próstata nofuturo. A finasterida – medicamento usado no trata -mento da calvície – bloqueia a conversão da testos -terona em um androgênio chamado di-hidrotestos terona(DHT), que se estima estar envolvido na queda decabelos. O medicamento também é usado para tratarcâncer de próstata.

(www.agencia.fapesp.br. Adaptado.)

Sobre a DHT, cuja fórmula está representada, é corretoafirmar que:a) é um hidrocarboneto aromático de fórmula molecular

C19H30O2.b) é insolúvel em água e tem fórmula molecular

C17H26O2.c) apresenta as funções fenol e cetona e fórmula

molecular C19H30O2.d) é apolar e apresenta fórmula molecular C17H29O2.e) apresenta as funções álcool e cetona e fórmula

molecular C19H30O2.

ResoluçãoA DHT, de fórmula estrutural:

• Possui as funções orgânicas álcool e cetona e fórmulamolecular C19H30O2;

• Não é hidrocarboneto e não possui anel benzênico;• Como possui 2 grupos polares, cetona e álcool (carbonila

e hidroxila), é solúvel em água.

75 BBTudo com o que sonham os torcedores dos países parti -cipantes da Copa do Mundo de Futebol deste ano é queessa cena, representada na figura I, se repita inúmerasvezes. Na rede do adversário, é claro.

O carbono apresenta a propriedade de formar mais doque uma substância simples. Uma dessas substânciasapresenta estrutura em camadas, cada uma delas cons -tituída de hexágonos (figura II), com geometria se -melhante à da rede de futebol. Uma outra substância seapresenta como uma estrutura fechada (figura III), naqual os átomos de carbono estão arranjados com geo -metria semelhante aos gomos de uma bola de futebol.

Figura I

Bola na rede: é gol!



Figura II

Figura representando um plano de átomos (parte daestrutura) da substância com distribuição geométricasemelhante à da rede.

Figura III

Figura representando a estrutura da substância comdistribuição geométrica semelhante à da bola de

futebol.

A propriedade à qual se refere o texto e as formasdescritas para o carbono são denominadas, respecti -vamente, de:a) alotropia, grafite e diamante.b) alotropia, grafite e fulereno.c) isomeria, fulereno e diamante.d) isomeria, grafite e fulereno.e) isotropia, grafite e fulereno.

ResoluçãoAlotropia é a propriedade do elemento para formar mais deuma substância simples.O elemento carbono forma várias substâncias simples. Na fi -gura II, aparece a variedade alotrópica deno minada grafita comcristais hexagonais. Na figura III, temos a molécula futeboleno(ou buckyball) perten cente a uma classe de substânciasdenominadas fulerenos. O diamante forma cristais cúbicos.

76 CCA tabela apresenta informações sobre as composiçõesquímicas e as entalpias de combustão para três dife -rentes combustíveis que podem ser utilizados emmotores de combustão interna, como o dos automóveis.

Com base nas informações apresentadas e comparandoesses três combustíveis, é correto afirmar quea) a gasolina é o que apresenta menores impacto am -

biental e vantagem energética.b) o álcool é o que apresenta maiores impacto ambiental

e vantagem energética.c) o hidrogênio é o que apresenta menor impacto

ambiental e maior vantagem energética.d) a gasolina é o que apresenta menor impacto

ambiental e maior vantagem energética.e) o álcool é o que apresenta menor impacto ambiental

e maior vantagem energética.

ResoluçãoEquações de combustões completas dos combustíveiscitados:

C8H18 + 25/2 O2 → 8 CO2 + 9 H2O

C2H5OH + 3O2 → 2 CO2 + 3 H2O

H2 + 1/2 O2 → H2O

Tanto a combustão da gasolina como a do álcool pro duzem gáscarbônico, que ajuda no aumento do efeito estufa. O hi -drogênio seria o combustível que apre sentaria menor impactoambiental, pois somente produziria água na sua combustão.

Se considerarmos a combustão de 1 kg de combustível, te -mos:1 mol de C8H18

↓ liberam

114,0 g ––––––––––– 1222,5 kcal

1000 g –––––––––––– x

x ≅ 10723 kcal

1 mol de C2H5OH↓

liberam46,0 g ––––––––––– 326,7 kcal

1000 g –––––––––––– y

y ≅ 7102 kcal

1 mol de H2↓

2,0 g ––––––––––– 68,3 kcal

1000 g –––––––––––– z

z = 34150 kcal

O gás hidrogênio é o combustível que libera maior quantidadede calor por massa.Combustível

ΔH combustão

kcal mol–1

Massas molares

g mol–1

Gasolina (C8H18) – 1222,5 114,0

Etanol (C2H5OH) – 326,7 46,0

Hidrogênio (H2) – 68,3 2,0



77 DD(CESGRANRIO) – Dois carros partem simultaneamentede um ponto A e se dirigem em linha reta ao ponto B,situado a 300 m de distância de A. O carro 1 possuivelocidade escalar cons tante igual a 72 km/h. O carro2 parte com uma velo cidade escalar igual a 5,0 m/s e éacelerado, sendo a aceleração escalar igual a 1,0 m/s2.

Os tempos gastos pelos carros 1 e 2, em segundos, parairem de A até B são, respectivamente,a) 4,17 e 15 b) 4,17 e 60 c) 4,17 e 150d) 15 e 20 e) 15 e 60

Resolução1) Δs = V t (MU)

300 = t1 ⇒

2) Δs = V0 t + t2

300 = 5,0 t + t2

0,5 t2 + 5,0 t – 300 = 0

1,0 t2 + 10 t – 600 = 0

t = (s)

t = (s)

t1 = – 30 s (rejeitada)

78 AANa decisão da medalha de ouro do futebol nos jogosolím picos, um atleta bate uma falta e a bola penetra nogol a uma altura h = 2,0 m acima do solo após um tempode voo de 2,0 s.

A bola saiu do chão com uma velocidade →V0 que forma

um ângulo de 45° com o plano horizontal do solo.

Adote g = 10,0 m/s2 e despreze o efeito do ar.

A distância horizontal D percorrida pela bola e a alturamáxima atingida H são dadas por:a) H = 6,05 m e D = 22,0 mb) H = 6,05 m e D = 11,0 mc) H = 3,25 m e D = 22,0 md) H = 3,25 m e D = 11,0 me) H = 5,00 m e D = 30,0 m

Resolução1) Cálculo de V0y:

Δsy = V0y t + t2 (MUV)

2,0 = V0y . 2,0 – (2,0)2

22,0 = 2,0 V0y ⇒

2) Cálculo de H:

V2y = V2

0y + 2 γy Δsy (MUV)

0 = (11,0)2 + 2 (–10,0) H

20,0 H = 121 ⇒

3) Como θ = 45, temos V0x = V0y = 11,0 m/s.

4) Cálculo de D:Δsx = Vx t (MU)

D = 11,0 . 2,0 (m) ⇒

79 BBUm carro se desloca em linha reta com velocidade demódulo V0 em um plano horizontal.

O carro vai frear até o repouso com aceleração cons -tante, em um intervalo de tempo T.

As quatro rodas foram travadas e a força total de atritotem módulo F. Despreze o efeito do ar.

A energia cinética do carro transformada em térmica édada por:

a) b) c) FTV0

d) 2FTV0 e) 4FTV0

Resolução1) V = V0 + γ t

0 = V0 – a T

2) PFD: F = m a

t1 = 15 s72

–––––3,6

γ–––2

1,0–––––

2

– 10 ± �� 100 +2400–––––––––––––––––––

2

– 10 ± 50 ––––––––––

2

t2 = 20 s

γy–––2

10,0–––––

2

V0y = 11,0 m/s

H = 6,05 m

H = 22,0 m

FTV0–––––4

FTV0–––––2

V0a = ––––T

F FTm = –– = –––

a V0



3) EC =

EC = .

80 BBConsideremos o circuito abaixo cujos terminais são A e B.

A intensidade da corrente elétrica no resistor de 6,0 Ωva le i1 = 5,0 A. Entre os terminais A e B, a potênciaelétrica dissipada é:a) 2,25 W b) 2,25 kW c) 250 Wd) 200 W e) 2,0 kW

ResoluçãoOs resistores de 6,0 Ω e de 3,0 Ω estão em paralelo e aresistência equivalente vale:

Rp = (Ω) = 2,0 Ω

A resistência equivalente entre A e B é:Req = 3,0 Ω + 2,0 Ω + 5,0 Ω = 10,0 ΩAinda:6,0 . i1 = 3,0 . i26,0 . 5,0 = 3,0 . i2 ⇒ i2 = 10,0 AA intensidade i da corrente que passa de A para B é:i = i1 + i2i = 5,0 A + 10,0 A = 15,0 A

A potência elétrica em AB é calculada por:

PAB = Req . i2

PAB = 10,0 . (15,0)2 (em watts)

PAB = 2 250 W ⇒

81 AADuas partículas eletrizadas, � e �, foram lançadas com a

mes ma velocidade →V0, através de um orifício existente

na chapa S (vista de perfil) passando da região A para C,

em que predomina um campo magnético →B.

A carga elétrica da partícula � é positiva e os raios dastra jetórias são tais que R2 > R1, como mostra a figura.Sendo q o módulo das duas cargas elétricas e m1 e m2as respectivas massas, podemos afirmar que:

I. m2 > m1.

II. o sentido do campo magnético é penetrando nesta

folha: � →B.

III.as forças magnéticas que atuam em � e �, na regiãoC, são centrípetas.

Estão corretas:a) as três afirmativas. b) apenas I e II.c) apenas I e III. d) apenas II e III.e) apenas I.

ResoluçãoI. Verdadeira.

R2 > R1

>

II. Verdadeira.

Usamos a regra da mão esquerda (→F,

→B,

→V ), aplicando-a so -

bre a partícula positiva, a �. No entanto, precisamos ob-

servar que a força magnética →F a desviou para a esquerda,

logo ao passar pelo orifício. O campo magnético →B está

penetrando no plano do papel.

III. Verdadeira.

A força magnética se mantém, em toda a trajetória, per -pen dicular à velocidade.O movimento é circular e uniforme.

6,0 . 3,0–––––––––6,0 + 3,0

PAB = 2,25 kW

m2 . V0–––––––q B

m1 . V0–––––––q B

m2 > m1

FTV0EC = – –––––2

m V02

––––––2

FT––––V0

V02

––––2



82 EEA massa, em gramas, de gás natural gasta, no mínimo,para levar à temperatura de fervura (100°C) um litro deágua, inicialmente a 20°C, admitindo-se que a por -centagem de perda de calor para a atmosfera é de cercade 30%, vale:a) 80 000 b) 8 830 c) 70d) 13,7 e) 9,6Dados: Calor de combustão do gás = 11 900 kcal/kg

Calor específico sensível da água = 1,0 cal/g°CDensidade da água = 1,0 g/cm3

ResoluçãoVágua = 1,0 litrodágua = 1,0 g/cm3 = 1,0 kg/dm3 = 1,0 kg/�

d = ⇒ m = d . V ⇒ m = 1,0 kg = 1000 g

Admitindo-se que todo o calor seja transferido para a água:Q = m c Δθ

Q = 1 000 g . 1,0 cal/g°C . (100°C – 20°C)Q = 80 000 cal = 80 kcal

Considerando-se que de 1,0 kg de gás somente 70% do calorda combustão é transferido para a água, ou seja, 11 900 kcal . 0,7 = 8 330 kcal, temos:1,0 kg –––––– 8 330 kcal

M –––––– 80 kcal

y = = 0,0096 kg = 9,6 . 10–3 kg

83 DDUma pessoa de 1,80 m de altura é observada por outrasituada a 40 m de distância. Ao adotarmos um modelosimplificado para o olho no qual ele é reduzido a umacâmara escura de orifício de 2,0 . 10–2 m de profun dida -de, é possível estimar que a altura da imagem formadano fundo do olho, em milímetros, é igual a:a) 9,0 b) 4,0 c) 1,8 d) 0,90 e) 0,20

Resolução

= ⇒ =

�i� = (m) = 0,90 . 10–3 m

84 CCUma das raízes do polinômio

P(x) = x5 – 8x4 + 25x3 – 40x2 + 34x – 12 é o número com -plexo 1 – i. Se os números reais a e b, com 1 < a < b,forem tais que P (a) = P (b) = P (1), então o valor de ab

será:a) 4 b) 6 c) 8 d) 9 e) 16

Resolução1) P (1) = 1 – 8 + 25 – 40 + 34 – 12 = 02) Se P (1) = P (a) = P (b) = 0 e 1 < a < b, então 1, a e b são

as três raízes reais da equação P (x) = 0.3) Se 1 – i é uma das raízes, então 1 + i também o é.4) O conjunto verdade da equação P(x) = 0 é

{1; a; b; 1 + i; 1 – i} e portanto

⇔ a = 2 e b = 3 (pois a < b)5) ab = 23 = 8

85 EEO cubo representado abaixo tem aresta de medida a.

M é o centro da face ADHE; N é o centro da face CGHDe P é o ponto médio da aresta

–––DH. A área do triân gulo

MNP e o volume da pirâmide AMNP, de vértice A, valemrespectivamente:

a) e b) e

c) e d) e

e) e

� 1 + a + b + (1 + i) + (1 – i) = 8 ⇔

1 . a . b . (1 + i) . (1 – i) = 12 � a + b = 5 ⇔

ab = 6

m–––V

80 kcal––––––––––

kcal8 330 ––––

kg

y = 9,6 g

�i �––––�o�

d––––

D

�i �––––1,80

2,0 . 10–2–––––––––

40

3,6 . 10–2–––––––––

4,0 . 10

�i � = 0,90 mm

a3–––24

a2–––8

a3–––12

a2–––4

a3–––48

a2–––16

a3–––36

a2–––8

a3–––48

a2–––8



ResoluçãoI) A área do triângulo MNP,

retângulo em P, cujos catetos medem , é

. . =

II) A altura da pirâmide de vértice A e base MNP é a distânciade A ao plano que passa por M, N e P e portanto sua

medida é .

III) O volume da pirâmide AMNP é:

. . =

86 DDSeja n um número natural de 3 algarismos. Se, ao mul -tiplicar-se n por 7, obtém-se um número terminado em373, é correto afirmar que

a) n é par.

b) o produto dos algarismos de n é par.

c) a soma dos algarismos de n é divisível por 2.

d) n é divisível por 3.

e) o produto dos algarismos de n é primo.

ResoluçãoSe n = abc, sendo a, b e c os algarismos de n, pelo enunciado,temos:

Assim sendo:1) 7. c termina em 3 e, portanto, c = 92) 7 . 9 = 633) 7 . b + 6 termina em 7 e, portanto, b = 34) 7 . 3 + 6 = 275) 7 . a + 2 termina em 3 e, portanto, a = 3

6) a multiplicação proposta é

7) n = 339 é um número divisível por 3.

87 CCA proprietária de uma banca de artesanatos registrou, aolongo de dois meses de trabalho, a quantidade diária deguardanapos bordados vendidos (g) e o preço unitário devenda praticado (p). Analisando os dados registrados, elaobservou que existia uma relação quantitativa entreessas duas variáveis, a qual era dada pela lei:

p = . g +

O preço unitário pelo qual deve ser vendido o guarda -napo bordado, para que a receita diária da proprietáriaseja máxima, é dea) R$ 12,50 b) R$ 9,75 c) R$ 6,25d) R$ 4,25 e) R$ 2,00

ResoluçãoA receita diária da proprietária é:

R = g + . g = g2 + g

A quantidade de guardanapos bordados vendidos que fornecea máxima receita diária é dada por:

g = = 16

Logo, o preço unitário pelo qual deve ser vendido o guardanapobordado, para que a receita diária seja máxima, é, em reais, de

P = . 16 + = + = = 6,25

– 25––––64

25––––

2

� – 25–––––

6425

––––2 � – 25

––––64

25––––

2

– 25––––

2––––––––––

(– 25)2 . ––––––

64

– 25––––64

25––––

2– 25––––

425

––––2

25––––

4

a––2

1––3

a2––8

a––2

a3––48

(2) (6)a b c

× 7–––––––––––

d 3 7 3

(2) (6)3 3 9

× 7–––––––––––

2 3 7 3

a2––8

a––2

a––2

1––2

a––2



88 BBObservando os gráficos das funções f(x) e g(x), osvalores de f(g(0)) e g(f(1)) são, respectivamente:

a) –5 e 0. b) – 5 e 2. c) 0 e 0.

d) 2 e –5. e) 2 e 0.

ResoluçãoDa leitura do gráfico, obtém-se

g(0) = 2 e f(1) = 0

Assim, resulta f(g(0)) = f(2) = – 5 e g(f(1)) = g(0) = 2

Portanto, f(g(0)) = – 5 e g(f(1)) = 2

89 BBEm 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) realizou o último censo populacional brasileiro,que mostrou que o país possuía cerca de 190 milhões dehabitantes.

Supondo que a taxa de crescimento populacional donosso país não se altere para o próximo século, e que apopu lação se estabilizará em torno de 280 milhões dehabitantes, um modelo matemático capaz de aproximaro número de habitantes (P), em milhões, a cada ano (t),a partir de 1970, é dado por:

P(t) = [280 – 190 · e– 0,019 · (t – 1970)]

Baseado nesse modelo, e tomando a aproximação parao logaritmo natural

�n � – 1,9

a população brasileira será 90% da suposta população deestabilização aproximadamente no ano de:

a) 2065 b) 2070 c) 2075

d) 2080 e) 2085

Resolução

90% . 280 = 280 – 190 . e– 0,019(t – 1970) ⇔

⇔ 190 . e– 0,019(t – 1970) = 280 – 252 ⇔

⇔ e– 0,019(t – 1970) = ⇔

⇔ – 0,019(t – 1970) = �n ⇔

⇔ – 0,019(t – 1970) = – 1,9 ⇔ t – 1970 = 100 ⇔ t = 2070

90 EEA figura mostra um paralelepípedo reto retânguloABCDEFGH, com base quadrada ABCD de aresta a ealtura 2a, em centímetros.

A distância, em centímetros, do vértice A à diagonal BHvale:

a) a b) a c) a

d) a e) a

Resolução

I) No triângulo retângulo BHD, temos:

DH = 2a e BD = a�2Então, (BH)2 = (DH)2 + (BD)2 ⇔ (BH)2 = (2a)2 + (a�2)2 ⇔

⇔ (BH)2 = 4a2 + 2a2 ⇔ (BH)2 = 6a2 ⇔ BH = a�6

�5–––6

�6–––6

�5–––5

�6–––5

��30––––

6

� 14––––95 �

14––––95

� 14––––95 �



II) No triângulo retângulo AHE, temos:

AE = 2a e EH = aEntão, (AH)2 = (AE)2 + (EH)2 ⇔ (AH)2 = (2a)2 + a2 ⇔

⇔ (AH)2 = 5a2 ⇔ AH = a�5III) No triângulo retângulo ABH, temos:

(AB) . (AH) = (BH) . d, sendo d a distância de A à diagonal

BH.

Logo, a . a�5 = a�6 . d ⇔

⇔ d = ⇔ d =a�5

–––––�6

a�30–––––

6



NOME DO ALUNO

N.o DO COMPUTADOR SALA UNIDADE



resolucao simulado unesp - aplicado em 22.10.12

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