resinas compostas

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Escola de Enfermagem Catarina de Siena Curso: Técnico em Saúde Bucal –TSB Resinas Compostas, Adesivos Dentinários e Ácido Fosfórico Disciplina: Material Odontológico Carga Horária: 60 Hrs

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Page 1: Resinas compostas

Escola de Enfermagem Catarina de SienaCurso: Técnico em Saúde Bucal –TSB

Resinas Compostas, Adesivos Dentinários e Ácido Fosfórico

Disciplina: Material OdontológicoCarga Horária: 60 Hrs

Page 2: Resinas compostas

Adesivos Dentinários• Os procedimentos adesivos fazem parte do dia a dia da odontologia atual;

• A possibilidade de reforçar a estrutura dental fragilizada permite a confecção de cavidades menores e mais conservadoras;

• Além da possibilidade de reter adesivamente os materiais às superfícies dentais, mesmo na ausência de retenções macromecânicas. Ex.: fraturas de dente;

• Como também, lesões cervicais não cariosas, que se caracterizam pela forma não retentiva;

Page 3: Resinas compostas

Adesivos Dentinários• Adesão é a força de união entre dois corpos distintos;

• Os sistemas adesivos, atuam como agentes intermediários entre os substratos dentais e os materiais restauradores;

• Para que se estabeleça adesão entre duas superfícies, é necessário que elas se contatem intimamente, juntamente com a interposição de um líquido entre essas superfícies.

Page 4: Resinas compostas

Adesivos Dentinários• Molhabilidade é a capacidade de um líquido molhar um sólido.

FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL

SUBSTRATO LIMPO SUBSTRATO CONTAMINADO

ALTA ENERGIA DE SUPERFÍCIE BAIXA ENERGIA DE SUPERFÍCIE

BAIXO ÂNGULO DE CONTATO ALTO ÂNGULO DE CONTATO

ÓTIMO MOLHAMENTO PÉSSIMO MOLHAMENTO

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Limpeza do Substrato• A interação adesiva tem a necessidade de contar com superfícies

perfeitamente limpas;

• A presença de contaminantes dificulta o estabelecimento de adesão, visto que eles impedem o contato direto do adesivo com o substrato;

• Os contaminantes prejudicam a capacidade de molhamento do adesivo sobre o substrato.

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Energia de Superfície• Capacidade que uma superfície possui para reagir, ser molhada,

impregnada pelos líquidos;

• Superfícies com alta energia de superfície tem melhor molhabilidade, e consequentemente, são mais favoráveis ao estabelecimento da adesão.

Page 7: Resinas compostas

Ângulo de Contato• O molhamento, depende ainda do ângulo de contato entre o sólido e

o líquido, isto é, entre o substrato e o adesivo;

• Quanto menor o ângulo, melhor a capacidade de molhamento e consequentemente maior o potencial para o uma boa adesão.

Page 8: Resinas compostas

Componentes do Sistemas Adesivos• Agente Condicionante (ácido);

• Primer;

• Agente de união (adesivo).

Page 9: Resinas compostas

Condicionamento Ácido• O ácido utilizado no condicionamento do esmalte e da dentina,

geralmente é o ácido fosfórico, numa concentração que varia em torno de 37%;

• O ácido pode se apresenta na forma de solução ou gel;

• Contém corantes para facilitar a visualização.

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Primer e Adesivo• Primer: constituído por uma solução de monômeros hidrofílicos

dissolvidos em solventes orgânicos ( álcool, acetona ou água);

• Adesivo: constituído por monômeros hidrófobos.

Page 11: Resinas compostas

Classificação do Sistemas Adesivos (Gerações)• Sistemas adesivos multicomponentes;

• Sistemas adesivos monocomponentes;

• Sistemas adesivos autocondicionantes de dois passos;

• Sistemas adesivos autocondicionates de passo único.

Page 12: Resinas compostas

Adesão Clínica Passo a Passo• Isolamento do campo operatório: os procedimentos adesivos não

podem ser realizados sem um controle adequado da contaminação do campo operatório por saliva, sangue e umidade;

• Podendo ser o isolamento relativo ou absoluto.

Page 13: Resinas compostas

Condicionamento Ácido• Prepara o esmalte e a dentina para receber o sistema adesivo;

• Esmalte: tempo – 15 a 30 segundos;

• Dentina: tempo – 15 segundos.

Page 14: Resinas compostas
Page 15: Resinas compostas

Aplicação do Primer• Graças a natureza úmida e orgânica e à baixa energia de superfície da

dentina, após seu condicionamento ácido, ela não é um bom substrato para adesão;

• Por essa razão, antes da aplicação do adesivo propriamente dito, é necessário aplicar um primer na superfície dentinária.

Page 16: Resinas compostas

Aplicação do Adesivo• O adesivo propriamente dito, nada mais é uma resina fluída

polimerizável, cuja função é molhar os substratos, de modo a atuar como um agente intermediário entre a estrutura dentária e os materiais restauradores.

Page 17: Resinas compostas

Resinas Compostas• Como o próprio nome indica, as resinas compostas, ou compósitos,

têm sua estrutura formada por vários componentes;

• Há quatro componentes principais, sendo as características principais e os percentuais de cada um deles variáveis de um material para outro.

Page 18: Resinas compostas

Resinas Compostas• Os componentes são:

oMatriz orgânica: geralmente um dimetacrilato como o BIS-GMA ou o UDMA;

oCarga inorgânica: é formada por partículas de vidro, quartzo e/ou sílica, presente em diferentes tamanhos, formas e quantidades.

Page 19: Resinas compostas

Resinas CompostasoAgente de união: em virtude de sua natureza quimicamente distinta,

as partículas de carga não têm adesão direta à matriz orgânica. Por essa razão, a superfície das partículas é recoberta por um agente de união, o silano;

oSistema acelerador-iniciador: envolve os componentes responsáveis pela reação de polimerização.

Page 20: Resinas compostas

Resinas Compostas - Polimerização• Como dito, as resinas compostas apresentam uma matriz orgânica

formadas por moléculas muito pequenas, conhecidas como monômeros;

• Os monômeros são as unidades estruturais básicas da matriz. Ao se unirem quimicamente em longas cadeias por meio de um processo conhecido como polimerização, os monômeros formam macromoléculas conhecidas como polímero;

• Na polimerização ocorre a transformação de uma massa plástica para um sólido rígido.

Page 21: Resinas compostas

Resinas Compostas - Polimerização• Tipos de polimerização:oPolimerização química: nos materiais em que a polimerização é

ativada quimicamente;

oPolimerização física: nesses materiais um estímulo físico - em geral sob a forma de uma luz azul - promove a polimerização;

oPolimerização dual: nos compósitos duais, a reação de polimerização é ativada tanto de forma química como física.

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Polimerização – Unidades de Fotoativação• Existem diversos tipos de unidades, que emitem luz com diferentes

características e comprimentos de onda:

oLuz ultravioleta;oLuz halógena;oLED’s;oArco de plasma (PAC);oLaser de Argônio

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Classificação da Resinas Compostas de acordo com o Tamanho da Partícula• Macroparticulas;• Micropartículas;• Híbridas;• Micro-híbridas;• Nanoparticuladas;• Nanohíbridas.

Page 24: Resinas compostas

Macropartículas• Alta resistência mecânica;

• Péssimo polimento;

• Alta rugosidade superficial;

• Alto grau de manchamento;

• Radiopacidade menor que a da dentina

Page 25: Resinas compostas

Micropartículas• Alto grau de polimento e a manutenção do mesmo;

• Baixa resistência mecânica;

• Grande quantidade de matriz orgânica;

• Alto grau de sorpção de pigmentos;

• Grande porções de manchamento, principalmente em margens delgadas.

Page 26: Resinas compostas

Híbridas

• Maior resistência mecânica;

• Relativo polimento superficial;

• Dificuldade de oferecer e de manter polimento.

Page 27: Resinas compostas

Microhíbridas• Maior capacidade de manutenção de polimento que as híbridas,

Page 28: Resinas compostas

Nanoparticuladas• Excelente polimento, lisura superficial e manutenção do brilho.

Page 29: Resinas compostas

Nanohíbridas• Resultado da inclusão de nanopartículas em resina microhíbrida;

• Características muito próximas ás resinas microhíbridas.

Page 30: Resinas compostas

Propriedades das Resinas Compostas • Resistência ao desgaste;• Lisura superficial;• Contração de polimerização;• Infiltração marginal;• Expansão higroscópica;• Estabilidade de cor;• Radiopacidade.

Page 31: Resinas compostas

Resistência ao Desgaste• É uma das desvantagens das resinas compostas;

• A presença do biofilme dental, e consequentemente a liberação de ácidos, promove o amolecimento da matriz resinosa;

• Quanto maior o conteúdo de carga, maior a resistência

Page 32: Resinas compostas

Lisura Superficial• Relacionada com a natureza da partícula;

• Quanto menor o tamanho das partículas melhor é a lisura superficial.

Page 33: Resinas compostas

Contração de Polimerização• O processo de polimerização induz a contração;

• Contração de 1 a 3%;

• Promove um stress na interface dente/restauração;

• Stress muito grande pode romper a interface.

Page 34: Resinas compostas

Infiltração Marginal• Diminuída a partir do aprimoramento dos adesivos dentinários;

• Ocorre pela formação de uma fenda devido a uma falha de “adesão” entre o material restaurador e a estrutura dental;

• Responsável pela reincidência de cárie, manchamento e fraturas marginais e hipersensibilidade pós operatória.

Page 35: Resinas compostas

Expansão Higroscópica• As resinas absorvem água e se expandem;

• Os procedimento de polimento e acabamento só devem ser realizados 24 horas após a confecção da restauração

Page 36: Resinas compostas

Estabilidade de Cor• As resinas sofrem variação de cor num período de 2 a 5 anos;

• O manchamento superficial está relacionado com a penetração de corantes existente nos alimentos, bebidas, fumo, etc.

Page 37: Resinas compostas

Radiopacidade• Característica necessária para que possa ser feita a diferenciação de:

oCárie cervical;

oInterface dente-restauração.