resgatando a aula anterior... filme: o veneno estÁ na mesa desde 2008, o brasil é o maior...

RESGATANDO A AULA ANTERIOR...FILME: O VENENO ESTÁ NA MESA

Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos

Consequências da Revolução Verde:

• Perda da fertilidade do solo• Perda dos mananciais• Perda da biodiversidade• Contaminação do ar, dos solos, das águas e das pessoas• Mudanças climáticas


“Diálogo entre agrônoma e agricultor:

A batata estava bem grande, bonita, então perguntei ao agricultor: - esta batata está boa? – não sei, não comi. – vocês não comem batata? – credo! eu não! – então para que servem as batatas? – para vender... A batata é dos alimentos que mais recebe veneno.


“Um agricultor fez uma roça de feijão. Na colheita, seus amigos perceberam várias rolinhas mortas no meio da lavoura. O agricultor disse a seus amigos para colherem o produto e guardá-lo por seis meses antes de consumi-lo, já que ele havia utilizado agrotóxicos nesta lavoura em grande quantidade. Esse feijão foi para o mercado após sua colheita...”

“Para o consumidor é quase impossível identificar frutas, verduras e hortaliças com excesso de agrotóxicos. A principal dica dada pelos nutricionistas é comprar alimentos de produtores conhecidos e, sempre que possível, utilizar produtos orgânicos.”

“A gente hoje em dia tá comendo veneno e quem ganha são as multinacionais. A Monsanto, que cobra um real em saco sem botar a mão na lavoura, sem tá aqui passando veneno e assim por diante.”


“Infelizmente, não é possível fazer muita coisa. Lavar os alimentos com bucha e sabão pode ser útil para retirar o excesso de agrotóxico que se encontra na casca dos mesmos, inclusive para não contaminar a geladeira.

De fato, é fundamental que o período de carência seja respeitado entre o período de aplicação do veneno e o uso do alimento . Este procedimento, no entanto, não garante que tenhamos um alimento totalmente livre de agrotóxicos.”

Instituto Nacional do Câncer – não se deve deixar de comer alimentos (frutas, legumes e verduras) por causa dos agrotóxicos. O ideal é que os agrotóxicos não sejam utilizados. Caso não se coma estes alimentos, outros serão consumidos, os processados que, no final das contas, também podem apresentar agrotóxicos. Exemplo: macarrão e pão francês podem apresentar agrotóxicos por causa do trigo contaminado utilizado em sua fabricação.


53% dos trabalhadores da monocultura do abacaxi apresentaram alterações na função hepática, inclusive um deles veio a falecer após trabalhar durante 3 anos e 7 meses no almoxarifado químico. Ele ficou doente por 4 meses e veio a falecer aos 29 anos, com uma hepatopatia tóxica, segundo laudo de 4 médicos da UFC.


“70% da mesa do brasileiro é servida por frutas, legumes e verduras plantados e cultivados pelo pequeno produtor, pela agricultura familiar. Todos, ou pelo menos sua maioria, são obrigados a trabalhar com transgênicos. Dificilmente sem o uso de transgênicos, pesticidas e herbicidas, o agricultor consegue crédito necessário para financiar a sua safra.”

“o produto orgânico não é obtido simplesmente deixando-se de utilizar o produto químico. Na agricultura orgânica se trabalha com a vida do solo. Não perguntaram o que a planta precisa, perguntaram o que a indústria pode oferecer .”

“não há nenhuma dificuldade técnica em se produzir alimentos orgânicos para se alimentar o povo.”

RESGATANDO A AULA ANTERIOR...ARTIGO AGRICULTURA ECOLÓGICA E AGRICULTURA FAMILIAR

Sintomas da problemática ambiental:

1. Na elevação constante e gradual da temperatura do planeta nas últimas décadas, conseqüência da emissão desenfreada de gases que provocam o efeito estufa. Nos últimos 50 anos a temperatura média do planeta tem subido a razão de 0,2°C por década;

2. Na perda da biodiversidade. Segundo alguns autores a maior erosão genética que o planeta já viu, com o desaparecimento de aproximadamente 74 espécies por dia;

3. Na perda de solos por erosão, estimada em cerca de 10 toneladas de solo por hectare/ano em nosso continente;

4. Diminuição dos mananciais de água doce. Cerca de 190 bilhões de metros cúbicos de água são transferidos anualmente, via irrigação, do continente para os oceanos.


As tecnologias modernas não foram geradas tendo como alvo a viabilização da Agricultura Familiar, nem buscaram se adaptar às situações culturais, sociais e agronômicas da maior parte dos agricultores familiares. Tampouco a geração destas tecnologias partiu de um diálogo com o conhecimento acumulado pelos agricultores em sua relação com o agroecossistema no qual desenvolvem seu trabalho.O uso intensivo de capital exclui parcela significativa dos agricultores familiares do acesso às tecnologias “modernas”. O maquinário pesado e as sementes de alto rendimento não são compatíveis com solos de alta declividade e baixa fertilidade natural, comuns a maior parte das unidades familiares de produção.


A despeito da situação marginal a qual foi historicamente relegada, a Agricultura Familiar segue cumprindo um papel da maior relevância no que tange à produção de alimentos, ocupação de mão-de-obra, manutenção da biodiversidade agrícola e preservação da paisagem.


É neste ponto que acontece a maior aproximação entre a agricultura familiar e a agricultura ecológica. A pressão ambiental se faz sentir com mais força sobre aqueles que se relacionam mais diretamente com a natureza e historicamente não possuíram capital suficiente para moldá-la a determinado pacote tecnológico, utilizando-o apenas parcialmente.

A alternativa foi desenvolver mecanismos de adaptação e convivência com o ecossistema trabalhado. Em um processo de observação da natureza e geração de tecnologias por um lado e tentativa e erro por outro, os agricultores familiares desenvolveram um sistema produtivo que guarda muitas relações com alguns princípios básicos da Agricultura Ecológica.


Princípios básicos da Agricultura Ecológica

Estes princípios se assentam na observação da Natureza como a matrizgeradora dos conhecimentos necessários para a conformação de agroecossistemas sustentáveis. Particularmente importante é a observação da arquitetura vegetal e da produção principal do ecossistema original, da sua capacidade de produção de biomassa, e da forma como modera a energia incidente, principalmente na forma de chuva e sol. Solo permanentemente coberto, consorciação de culturas, estímulo à reciclagem de nutrientes e fomento da biodiversidade...

RESGATANDO A AULA ANTERIOR...ARTIGO AGRICULTURA ECOLÓGICA E AGRICULTURA FAMILIARA intercessão evidenteAlgumas características do sistema de produção da Agricultura Familiar, como já observado anteriormente, encerram estes mesmos princípios. Em que pese a diversidade existente dentro desta categoria de Agricultura Familiar, podemos afirmar que, em relação a agricultura patronal, ela possui uma maior tendência:i. Ao desenvolvimento de sistemas de produção diversificados. Muitas vezes com o desenho de agroecossistemas muito próximos ao ecossistema original;ii. A privilegiarem práticas que estimulem a reciclagem de nutrientes como a integração de distintos cultivos, dispondo-os em consórcios propriamente ditos ou em forma de mosaico;iii. Ao uso de sementes próprias;iv. A serem relativamente mais independentes em relação a insumos externos;v. Ao uso de insumos locais e regionais;vi. A valorização da produção para o auto-consumo, sendo relativamente independentes do mercado no que diz respeito a sua reprodução social;


Assim, se torna imprescindível que os agricultores familiares busquem criar estes mecanismos que por um lado propiciem maior segurança a esta opção pela agricultura ecológica e por outro contribuam com a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.Alguns destes mecanismos já vêm sendo adotados por um número significativo de agricultores ecologistas. Podemos citar alguns exemplos:a. Agregação de valor à produção primária, com a criação de agroindústrias de pequeno porte, descentralizadas e inseridas harmoniosamente no sistema de produção;b. Espaços de organização democráticos e participativos, que permitam a troca de experiências e informações, a busca de soluções conjuntas para problemas comuns e gerem capacidade de interlocução com o poder público e com outros atores sociais;c. Busca de canais de comercialização que minimizem os elos de intermediação que separam agricultor e consumidor, favoreçam a aproximação e o intercâmbio entre o rural e o urbano, melhorem os ingressos dos agricultores e estimulem a produção com bases ecológicas.

RESGATANDO A AULA ANTERIOR...VÍDEO SOBRE TRANSGÊNICOS

Os transgênicos não são 100% seguros, eles podem representar riscos à saúde humana e ao meio ambiente

Os transgênicos são aparentemente iguais aos alimentos comuns, têm o mesmo sabor

A ideia do transgênico é selecionar o gene de um determinado organismo e inseri-lo em outro

O milho, por exemplo, é atacado por lagartas, no laboratóro, os pesquisadores isolaram uma bactéria de solo que produz uma proteína capaz de destruir o sistema digestivo das lagartas. O gene é inserido no milho e toda vez que as lagartas comem as folhas do milho morrem.


No caso da soja, o grão é modificado para que ele se torne resistente a um determinado herbicida, uma vez que o herbicida é lançado na plantação, todas as ervas daninhas morrem, menos a soja.

Os agricultores de soja passaram a comprar então as sementes modificadas e também o herbicida

Além disso, aquele agricultor que teve sua colheita contaminada também deve pagar royalty às empresas que produzem transgênicos.

As culturas orgânicas podem ser contaminadas pelos transgênicos.

Alguns pesquisadores dizem que os transgênicos são semelhantes às espécies obtidas por cruzamento natural entre as espécies, só que de forma acelerada.


Uma forma de preparar um transgênico é pegar pequenos pedaços de DNA que querem mover de uma espécie e os colocar em pequenas partículas de ouro ou tungstênio e atirar estas partículas em uma placa de Petri que contém as células que eles querem transformar. É um processo aleatório, você não controla onde os genes estão sendo inseridos. Os genes inseridos podem criar toxinas e vários tipos de efeitos inesperados.

A indústria de transgênicos gosta de dizer que não há evidência de que há problemas com os transgênicos e tecnicamente ela está correta. Mas não há evidência de que seja seguro também.


Quanto ao meio ambiente, alguns especialistas argumentam de que esta é a melhor forma de reduzir o uso de agrotóxicos, aumentar a produtividade e proteger os recursos naturais.

Nenhum dos grãos que estão no mercado foi desenvolvido para usar menos água.

Quanto ao menor uso de agrotóxicos, talvez no começo da produção de determinado transgênico isto até aconteça, mas os dados nos EUA mostram que, de 1995 a 2009, a quantidade de herbicidas que foi lançada nas lavouras transgênicas foi de 173,7 milhões de quilos a mais que nas lavouras comuns.


O Brasil, EUA, Argentina e China plantam quase a totalidade das lavouras transgênicas do mundo. Isto é diferente de dizer que o mundo inteiro planta transgênico e que os transgênicos são uma realidade em qualquer lugar do mundo. Já nos países europeus, que são nossos principais compradores de grãos, os transgênicos não são plantados.

Nos EUA, os transgênicos foram aprovados por causa do vai-e-vem de executivos da Monsanto entre cargos públicos e privados, co o objetivo de defender os interesses de determinada empresa, indústria ou setor de atividade. Se não fosse assim, os transgênicos jamais seriam aprovados.


O Princípio de Equivalência de Substâncias foi uma peça fundamental para a aprovação dos transgênicos. Este princípio afirma que, por exemplo, a soja transgênica é equivalente à soja tradicional. Logo, se são equivalentes, não há necessidade de se fazer, por exemplo, estudos de toxicidade. Ou seja, hoje não se sabe nada sobre o perigo que pode haver no uso dos transgênicos porque as pesquisa são bloqueadas pela consideração deste princípio.

A França aboliu os transgênicos sem nenhuma base científica. Princípio da precaução.

Como os transgênicos entraram no Brasil?

ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AGROTÓXICOS

A substância química ideal para matar pragas teria quais características?


A substância química ideal para matar pragas teria quais características?

1.Mataria somente a praga desejada

2.Não causaria resistência genética no organismo desejado

3.Desapareceria ou seria decomposta em substâncias químicas inofensivas depois de realizar a tarefa

4.Seria mais eficaz em termos de custo do que não fazer nada.


A praga ideal teria quais características?


A praga ideal teria quais características?

1. Atacaria grande variedade de plantas

2. Seria prolífica

3. Teria um curto tempo de vida

4. Teria poucos predadores naturais

5. Seria geneticamente resistente a uma variedade de pesticidas


Quais seriam as desvantagens dos pesticidas modernos?



1. Aceleram o desenvolvimento de resistência genética a pesticidas em organismos de pragas

Desde 1945, aproximadamente 1500 espécies de insetos, ácaros, ervas daninhas e roedores, principalmente ratos, criaram resistência genética a um ou mais pesticidas;

A resistência genética pode fazer com que os agricultores paguem mais e mais por um programa de controle de pragas que vai se tornando cada vez menos eficaz.



2. Alguns inseticidas matam predadores e parasitas naturais que podem ajudar a controlar as populações de espécies de pragas

Das 300 pragas de insetos mais destrutivos nos EUA, 100 já foram pragas inofensivas que se tornaram perigosas após o uso disseminado de inseticidas.

Sobretudo por causa da resistência genética e da redução de predadores naturais, o uso de pesticidas não reduziu as perdas de safras americanas para as pragas.



3. Os pesticidas não permanecem no local

Somente de 0,1% a 2% dos inseticidas aplicados em plantações atingem as pragas desejadas. Menos de 5% dos herbicidas aplicados atingem as pragas desejadas. O restante vão parar no ar, na água da superfície, em águas subterrâneas, nos alimentos e em outros organismos que não são o alvo, incluindo seres humanos e animais selvagens.



4. Alguns pesticidas prejudicam a vida selvagem

Os pesticidas aplicados a cada ano eliminam 20% das abelhas produtoras de mel

Também matam mais de 67 milhões de pássaros, de 6 milhões a 14 milhões de peixes e ameaçam uma em cada cinco espécies em risco de extinção nos EUA



5. Alguns pesticidas ameaçam a saúde humana

Todos os anos pesticidas envenenam cerca de 3 milhões de trabalhadores agrícolas em países em desenvolvimento e pelo menos 300 mil pessoas nos EUA

Eles causam de 20 mil a 40 mil mortes (cerca de 25 mil nos EUA) por ano

Autoridades sanitárias acreditam que o número real de problemas relacionados a pesticidas e mortes entre trabalhadores no mundo estão subdimensionados por causa de registros insuficientes, falta de médicos, informações inadequadas dos problemas e diagnósticos incorretos.


Quais seriam as vantagens dos pesticidas modernos?

1.Salvam milhares de vidas

•Desde 1945, pelo menos 7 milhões de pessoas não morreram prematuramente por doenças transmissíveis por insetos como malária, peste bubônica e tifo



2. Aumentam a provisão de alimentos

•No mundo 55% da provisão de alimentos que pode servir a humanos é perdida para as pragas – cerca de dois terços antes da colheita e o restante depois. Sem os pesticidas, estas perdas seriam maiores e o preço dos alimentos mais alto



3. Elevam os lucros dos agricultores

•As empresas de pesticidas estimam que cada 1 dólar gasto em pesticidas leva a um aumento na produção de safras de aproximadamente 4 dólares. Estudos mostraram que este benefício diminui para 2 dólares se os efeitos nocivos dos pesticidas estiverem incluídos.



4. Trabalham rápido e melhor que as alternativas

•Controlam a maioria das pragas rapidamente e a um custo razoável, possuem um longo prazo de validade e são fáceis de serem transportados e aplicados, além de serem seguros quando manipulados de forma correta pelos trabalhadores

•Quando ocorre a resistência genética, os agricultores podem utilizar doses mais potentes ou utilizar outro pesticida



5. Quando utilizados corretamente, seus riscos à saúde são muito baixos se comparados as seus benefícios

6. Pesticidas mais recentes são mais seguros e eficientes do que muitos dos antigos

As quantidades de aplicação por héctare para diversos novos herbicidas estão a uma taxa de 1/100 para os antigos, e safras geneticamente modificadas poderiam reduzir o uso de inseticidas tóxicos.

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