resenha hanna arendt

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Resenha a condição humana hannah arendt By filipecunhag | Studymode.com UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO UEMA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CCSA ACADÊMICO: FILIPE DA CUNHA GOMES ARENDT, Hannah. A Condição Humana. 10º ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, 2000. A VIDA ATIVA E A CONDIÇÃO HUMANA Ao iniciar o primeiro capítulo Hannah Arendt aborda a “Vida Ativa”, que a partir dessa expressão a autora designa as três atividades (Labor, Trabalho e Ação), que são condições as quais a vida foi concedida ao homem. “O labor é a atividade correspondente ao processo biológico do corpo humano” (p.15), esse assegura a manutenção da sua própria espécie, ou seja, é estimulado pelas manifestações das necessidades naturais do corpo humano. “E a cond ição humana do labor é a própria vida” (p.15). E vale ressaltar que é representado pelo Homo Laborans. O trabalho corresponde àquilo que o próprio homem produz, surgindo assim um mundo artificial entre o ser humano e o ambiente natural. “A condição humana do trabalho é a mundanidade” (p.15), ou seja, aquilo que o homem consegue através de sua capacidade de produzir. Representado pelo Homo Faber. E por fim a ação que é a única atividade ocorrida diretamente entre os homens, sem mediação de algo. É aqui que se situa a política, na convivência “entre homens”. Hannah expõe que através da ação pode-se conseguir sempre algo novo, chega até mesmo a assemelhá-la com a natalidade. E a condiçãohumana para a ação é a pluralidade, pois o ser humano é semelhante em termos de surgimento de uma mesma espécie, porém é pela capacidade de agir em grupo, e pela individualidade que o homem se distingue dos demais. A autora mostra que essas três condições estão ligadas a natalidade, mas é como vimos anteriormente, é a ação que está mais ligada a ela. E logo após, ela conclui que “Todas as atividades humanas possuem um elemento de ação e, portanto, de natalidade” (p.17). E a partir desta citação podemos obter uma ideia mais elaborada do que pode ser a ação. Os homens são seres condicionados, e qualquer coisa que entra em contato com ele se torna uma condição para a sua existência, pois ele próprio adota tais fatores para

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Texto referente à resenha do Livro A Condição Humana de Hanna Arendt

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  • Resenha a condio humana hannah arendt

    By filipecunhag | Studymode.com

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO UEMA

    CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS CCSA

    ACADMICO: FILIPE DA CUNHA GOMES

    ARENDT, Hannah. A Condio Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense

    Universitria, 2000.

    A VIDA ATIVA E A CONDIO HUMANA

    Ao iniciar o primeiro captulo Hannah Arendt aborda a Vida Ativa, que a partir dessa

    expresso a autora designa as trs atividades (Labor, Trabalho e Ao), que so

    condies as quais a vida foi concedida ao homem.

    O labor a atividade correspondente ao processo biolgico do corpo humano (p.15),

    esse assegura a manuteno da sua prpria espcie, ou seja, estimulado pelas

    manifestaes das necessidades naturais do corpo humano. E a condio humana do

    labor a prpria vida (p.15). E vale ressaltar que representado pelo Homo

    Laborans.

    O trabalho corresponde quilo que o prprio homem produz, surgindo assim um

    mundo artificial entre o ser humano e o ambiente natural. A condio humana do

    trabalho a mundanidade (p.15), ou seja, aquilo que o homem consegue atravs de

    sua capacidade de produzir. Representado pelo Homo Faber.

    E por fim a ao que a nica atividade ocorrida diretamente entre os homens, sem

    mediao de algo. aqui que se situa a poltica, na convivncia entre homens.

    Hannah expe que atravs da ao pode-se conseguir sempre algo novo, chega at

    mesmo a assemelh-la com a natalidade. E a condiohumana para a ao a

    pluralidade, pois o ser humano semelhante em termos de surgimento de uma

    mesma espcie, porm pela capacidade de agir em grupo, e pela individualidade

    que o homem se distingue dos demais.

    A autora mostra que essas trs condies esto ligadas a natalidade, mas como

    vimos anteriormente, a ao que est mais ligada a ela. E logo aps, ela conclui que

    Todas as atividades humanas possuem um elemento de ao e, portanto, de

    natalidade (p.17). E a partir desta citao podemos obter uma ideia mais elaborada

    do que pode ser a ao.

    Os homens so seres condicionados, e qualquer coisa que entra em contato com ele

    se torna uma condio para a sua existncia, pois ele prprio adota tais fatores para

  • condicion-lo. E por essa lgica O impacto da realidade do mundo sobre a existncia

    humana sentido e recebido como fora condicionante (p.17).

    Logo aps encontrada a distino entre a condio humana e a natureza humana.

    Em sequncia observa-se que as condies de existncia humana (a vida, a

    natalidade e a mortalidade, a mundanidade, a pluralidade e a terra) no podero

    explicar o que somos, pois essas condies no se manifestam por completo, ou

    melhor, de modo absoluto no homem.

    A EXPRESSO VITA ACTIVA

    A princpio a autora inicia o captulo abordando a expresso Vita Activa, onde a

    mesma sobrecarregada de tradio, no que se refere poltica, porm a mesmano

    acata e conceitualiza as experincias da poltica ocidental.

    Essa expresso ganhou diversas vertentes, onde na filosofia medieval relacionou-se

    com a definio de Aristteles, em seu conhecido termo Bios politikos, onde o homem

    realiza-se na poltica, relacionando-se com seus semelhantes de assuntos comuns.

    Agostinho falava Uma vida dedicada aos assuntos pblicos e polticos (p.20). Os

    antigos se referiam a inquietao, desassossego, enfim, tudo que denotava ao.

    Com o desaparecimento das cidades estados a expresso vita activa perde o seu

    significado poltico e passou a abranger toda atividade que se referia s coisas do

    mundo.

    A expresso vita activa tradicionalmente deriva do significado da vita contemplativa,

    pois o homem que se dedicava a poltica no tinha outro ofcio seno ter o livre pensar

    nos assuntos da polis.

    ETERNIDADE VERSUS IMORTALIDADE

    Nesse captulo Hannah Arendt inicia falando as duas preocupaes entre aqueles que

    escolheram se engajar na ao e aqueles que optaram por uma vida dedicada ao

    pensamento puro, que so respectivamente os homens de pensamento e os homens

    de ao.

    E logo aps encontra-se a definio do que se refere entre a imortalidade e a

    eternidade. A imortalidade refere-se continuao no tempo, exemplo disso so os

    deuses do Olimpo, pois o que tornava o homem imortal era seus feitos deixados em

    vida, aqueles que no se dedicassem busca pela imortalidade atravs de palavras,

    obras, morreriam como um animal, pois este para alcanar a imortalidade por meio

    da procriao.

    E em relao Eternidade, ela est ligada ao pensamento, ou melhor, ao pensamento

    individual. Hannah Arendt fala dos filsofos que no davam formas textuais aos seus

    pensamentos, e este s ocorria ... fora da esfera dos negcios humanos e fora da

    pluralidade dos homens. (p.29). Eles preocupavam-se com a eternidade, mas a partir

    do momento em que alguns pensadores optassem a escrever seus pensamentos, de

    alguma forma eles estariam participando da imortalidade, adotando a vita activa.

    Logo aps a autora esclarece tomando por base a queda do Imprio Romano: que

    nenhuma obra de mos mortais pode ser imortal.

  • A ESFERA PBLICA OU PRIVADA

    O mundo ao qual vivemos repleto de coisas criadas pela atividade humana, e o

    mesmo s se completa com a humanidade em conjunto, pois nenhuma vida seria

    capaz de viver solitariamente no mbito terrestre, necessitando assim da presena

    articulada de outras pessoas.

    E outro aspecto interessante a capacidade de ao que s o homem possui, sendo

    necessrio o mesmo est presente em sociedade, pois assim ele poder pr em

    prtica tudo aquilo que convier para si, ou at mesmo para a coletividade.

    Tendo em vista o que foi dito anteriormente, podemos associar ao zoon politikon de

    Aristteles, pois o homems se realiza em sociedade, em interao com os outros.

    Hannah tambm fala das duas principais atividades que presente nas comunidades

    humanas que so: a Ao e o Discurso. Atravs dessas atividades o homem atuava

    na polis onde por meio do discurso ele deliberava assuntos referentes ao convvio com

    seus semelhantes, e pala ao que atravs dela ele escolhia as mais convenientes

    palavras para inserir no discurso.

    A POLIS E A FAMLIA

    Neste captulo a discurso centrada na distino entre as esferas da vida Privada e

    Pblica que respectivamente corresponde a vida Familiar e Poltica, e na modernidade

    surge uma nova esfera que a social.

    Na esfera familiar encontrava-se a mais pura desigualdade, pois ali existia o Chefe da

    famlia que comandava os outros membros da famlia, assumindo assim um papel

    desptico. No existiam leis que limitassem seus atos, que na maioria das vezes a

    violncia predominava.

    A comunidade natural do lar decorria da necessidade (p.40), onde havia

    necessidades em que os homens estavam subordinados por elas serem em comum, e

    necessidades relacionadas ao lar. Ou seja, os homens viviam em grupos por terem

    necessidades semelhantes, por exemplo, a procura pelo alimento. E as mulheres que

    competiam a elas a procriao.

    Em relao vida na esfera pblica, o texto de Hannah retrata que era nela que a

    liberdade se situava, pois ali o homem era livrepara expressar suas opinies

    referentes aos assuntos da polis.

    Para est apto ao ingresso na vida pblica, o homem teria que sobressair-se

    positivamente na esfera privada. E por meio da ao e de uma boa eloquncia ele

    poderia, politicamente falando, atuar.

    A PROMOO DO SOCIAL

    Nessa parte a autora incide em uma das transformaes ocorridas com o advento da

    idade moderna, que foi o surgimento da esfera social.

    Pela antiguidade grega, ainda no era existente esse termo (social) onde o mesmo

    encontrava-se tanto na esfera privada quanto na esfera pblica.

    Na modernidade a ao de o homem sair da esfera privada e adentrar na esfera

  • pblica diminuiu as diferenas entre elas, surgindo assim a esfera social.

    O homem passou a atuar dando a tona a sua individualidade, ou melhor, a sua

    intimidade. Ele atravs da arte, poesia, msica e dentre outros fatores expressou

    ainda mais a sua intimidade, levando-a assim ao conhecimento da esfera social, e

    Rousseau foi o primeiro explorador da intimidade nesse meio. Defendendo que a

    individualidade deveria ser usada na esfera social.

    E atravs do uso da intimidade Rousseau e os romnticos foram contra as exigncias

    niveladoras do social, ou melhor, eles se contrapuseram ao estabelecimento do

    conformismo que visava a igualdade de aes referentes a toda sociedade. Como se a

    nao se comportasse igualmente a uma famlia, que possua somente umfoco.

    Tendo em vista essas transformaes, Hannah expe que a prpria sociedade anula a

    possibilidade de ao, pois a mesma espera comportamentos preestabelecidos pelas

    regras, fazendo com que a ao espontnea que era uma virtude da ao, de

    inovao em relao ao mbito que o individuo estava inserido, acabasse.

    Hannah Arendt anuncia a sociedade de massas ao induzir a uniformizao do

    comportamento, tendo por consequncia o conformismo social, ou melhor dizendo,

    impedindo que os indivduos tenham discursos relacionados a diversidade. E que ela

    era guiada pelo labor, pois nessa sociedade de massas o homem, em termos

    marxistas, passou ao direito do salrio em troco de sua fora de trabalho, a fim de

    obter meios de subsistncia para si e para sua famlia. E a partir da que se observa

    que o labor desvincula-se da vida privada vida pblica.

    E no fim deste captulo est presente a arete que era a Excelncia, esta relaciona-se

    estreitamente com a esfera pblica, pois nela que o homem se sobressai atravs

    das aes, pelo discurso, em relao aos outros. Em vista disso, pode-se observar a

    importncia da existncia da esfera pblica, pois por intermdio dela que o homem

    encontra essa possibilidade de sobressair-se dos demais.

    A ESFERA PBLICA: COMUM.

    Este captulo inicia com a temtica que ir tratar sobre a esfera pblica e mais

    precisamente no que se refere ao comum.

    E adiscusso inicial se volta para as ideias correlacionadas que o pblico possui,

    sendo que a primeira estabelece que tudo que surge ou existe no mbito pblico pode

    ganhar uma vasta notoriedade. Com isso a percepo da realidade se constitui pelas

    aparncias captadas no mbito pblico. E logo aps Hannah Arendt menciona as

    histrias que se enquadram no particular do indivduo que so levadas ao

    conhecimento do pblico, mas existem sentimentos que no so comunicveis a

    todos, como a dor fsica, pois essa no seria vivel chegar ao conhecimento de todos,

    at mesmo o indivduo se esquece mais rpido dela pelo fato de no ser agradvel a

    ele.

    E outra ideia que se relaciona com o publico a questo de algo ser comum a todos,

    ou seja, uma realidade que possui artefatos humanos que sejam de interesses iguais,

    como os negcios tratados em conjunto.

    Hannah menciona a filosofia crist que tinha como principal objetivo manter uma

  • comunidade unida em interesses comuns, e foi o que fez Agostinho pela caridade, e

    ainda mais, esse vnculo de caridade seria incapaz de gerar uma esfera poltica

    prpria, pois eles queriam uma sociedade semelhante s relaes de uma famlia,

    mas na mesma no existia essa viabilidade.

    Em um pargrafo posterior a autora discute a questo que os cristos apresentavam

    que era a negao da poltica no mbito da caridade. Em relao ao que foi dito o

    mundo no durar (p.64) a autora expe que essa afirmao no prevalecer na

    esfera poltica. E usaram a queda do Imprio Romano para salientar que aquilo que

    era produzido pelo homem era to mortal quanto seus artfices.

    Logo essa concepo surte com efeito negativo, pois com a sociedade de massas,

    aumenta o consumismo desvinculado com a comunho. E o materialismo tambm se

    faz presente.

    A cerca do indicio do desaparecimento da esfera pblica pode-se observar que a ideia

    de imortalidade vai diminuindo, transgredindo para a eternidade, que era a

    preocupao dos filsofos na vida contemplativa.

    J nos ltimos pargrafos pode-se observar que para a autora na sociedade de

    massas o consumo, os interesses individuais, na esfera da famlia poder ser trocada

    pela pluralidade das opinies na esfera pblica.

    Chega a um momento em que os interesses privados do regime totalitrio ou

    desptico e da sociedade de massas proporcionam um desgaste, ou at mesmo, a

    destruio da esfera pblica, pois antes a mesma era tida como um ambiente onde

    surgia a oportunidade de os homens pr em prtica seus objetivos deliberadamente

    com seus companheiros, porm quando o poder poltico foi visto somente sob uma

    perspectiva o mundo comum acaba.

    A ESFERA PRIVADA: A PROPRIEDADE

    A autora inicia o captulo com a questo de que o termo privado tem o seu sentido de

    privao devido a plural importncia da esfera pblica.

    Logoaps constatado que para o indivduo permanecer em uma vida privada, denota

    que ele exonerado da percepo da realidade a qual ele vive, pelo fato de ser ouvido

    e visto por outros, mas na esfera privada essa relao de troca de informaes no

    existe.

    E essa relao de privatividade existe em um ambiente em que o indivduo no se

    relaciona com os outros, e como se ele no existisse.

    Os Romanos no sacrificaram o privado em relao ao pblico, pois essas duas

    esferas poderiam existir simultaneamente. E a condio do escravo era melhor em

    Roma pelo fato de a casa do senhor ser considerada como uma respublica para os

    cidados, pois na casa eles possuam certa educao.

    E com o advento do cristianismo, esse foi favorvel para que se extinguisse a ideia de

    que o lar fosse um lugar de intimidade. Pois a moral crist insistia que cada um

    deveria tratar dos seus afazeres e que a funo da poltica era a de proporcionar o

    bem estar e a salvao dos que atravs dela se libertaram com os assuntos pblicos.

    E em relao ao pensamento de Marx e o Cristo para Hannah partiam de uma

  • natureza comum, pois para eles a poltica no era absoluta. E para os cristos a

    poltica era um mal necessrio (p.70), e para Marx o estado e a poltica deveriam ser

    extintos, para que assim o comunismo seja implantado. E a decadncia da esfera

    pblica foi acompanhada da ameaa do fim da esfera privada. abordada a questo

    da possibilidade de uma m interpretao da propriedade privada devido ao moderno

    equacionamento que existiu entre a propriedade e riqueza, e de outro lado a

    propriedade e a pobreza.

    Depois Hannah Arendt constata que a riqueza e propriedade pouco se relacionam,

    pois a riqueza consistia na participao na renda anual da sociedade, atravs da

    atividade econmica que o indivduo participava.

    E a propriedade facilitava para o indivduo participar da esfera pblica, pois se ele

    possusse alguma propriedade, o seu lugar, exemplo disso era a atuao do chefe de

    famlia, com isso ele teria grande possibilidades de ingressar na esfera poltica.

    A vida pblica era possvel somente depois que o indivduo atendesse as suas

    prprias necessidades da sua existncia, que era feita por meio do labor.

    A riqueza de uma pessoa era medida pelo nmero de trabalhadores que ela possua.

    Portanto aquele que tinha posses, dominava suas necessidades vitais, com isso

    ingressaria em um mundo comum a todos.

    E at a idade moderna, a propriedade estava ligada a um lugar sagrado, pois a

    riqueza que se referia a posse agrcola ligava-se a proteo dos deuses, porm na

    modernidade essa caracterstica sagrada acabou, e passou a favor da burguesia que

    estava ascenso. Essa situao, segundo Hannah Arendt se concretizava pelo fato de

    a propriedade privada era contra a acumulao de riquezaque era desejada pelo

    capitalismo.

    E a discurso termina referindo-se a tese de Proudhon sobre a esfera privada, que o

    mesmo afirmava que a propriedade um roubo. A propriedade deveria ser abolida,

    pois ela impede a produtividade na acumulao de riqueza e deveria tambm ser

    substituda por um sistema comum a todos.

    O SOCIAL E O PRIVADO

    O primeiro pargrafo trata da transformao da preocupao privada para a

    preocupao pblica. A sociedade mostrou-se como uma organizao de

    proprietrios, pois para alcanar essa esfera a propriedade assumiu um fator

    determinante, contudo seguindo essa linha de raciocnio, a esfera pblica foi usada

    para o acumulo de riqueza.

    As concepes modernas de propriedade refere-se a riqueza ligada a propriedade que

    destina-se somente ao uso e consumo no importando quantas vidas iria suprir.

    Quando a riqueza tornou-se capital, sua funo expe a autora cuja funo nica era

    gerar mais capital (p.79) o privado se torna supremo e invade o poltico.

    A nica coisa considerada comum a todos era o governo moderno que protegia a

    esfera privada na luta por mais riqueza.

    A contribuio moderna para o conceito de propriedade deu-se pelo fato de a

    propriedade no consistir em algo fixo, ou da forma que o detentor conseguiu, mas no

  • texto pode-se observar que ela tinha no prprio indivduo a origem, na posse de seu

    corpo, na indiscutvel fora dessecorpo. Dessa forma a propriedade moderna perde

    seu carter de mundanidade e concentra-se na prpria pessoa, ou seja, s aquilo que

    o indivduo poderia perder junto com a prpria vida.

    E a diferena que existe entre as esferas pblica e privada, pelo ponto de vista

    privativo, resulta na distino do que pode ser exibido e o que deve ser ocultado,

    evidenciando as mulheres e os escravos que desde o princpio eles encontravam-se

    na esfera do oculto, mantidos fora da esfera pblica. Porem com os eventos de

    emancipao na modernidade, as funes corporais e os interesses naturais saiu da

    intimidade privada e foram a tona na esfera pblica.

    A LOCALIZAO DAS ATIVIDADES HUMANAS

    Nesse capitulo deliberado o destino onde se encontra a atividade humana, na qual

    cada uma possui o seu local adequado no mundo, sendo no plano da vida activa que

    corresponde o labor, o trabalho e ao.

    Pela bondade crist Hannah Arendt expe que a partir do momento que uma obra

    torna-se pblica perde o seu carter de bondade. Por mais que a inteno seja a de

    bondade, a partir do momento em que a ao ganha notoriedade perde a sua

    simbologia. E coloca que S a bondade deve esconder-se de modo absoluto e evitar

    qualquer publicidade, pois do contrrio destruda (p.86).

    AUTORIZO O USO DE CITAES A PARTIR DESTE TRABALHO DESDE QUE

    MATENHA VISVEL O MEU NOME COMO AUTOR.

    DATA DO TRABALHO: 08/06/2012