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A Arquitetura Eclética Egipcizante no Rio de Janeiro Renato Menezes Ramos Artes Visuais – UERJ Orientadora: Evelyne Azevedo O texto trata de questões da arquitetura eclética e suas incorporações de motivos alegóricos egípcios, como mecanismo de decoração exótica e ferramenta de produção do “novo”. Para isto, serão analisados edifícios de grande relevância para o repertório eclético carioca, sendo eles, a atual sede da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o Sobrado Egipcizante da rua do Ouvidor, n.° 116 e o Sobrado “Neo-Egípcio”, todos situados no Rio de Janeiro. Ecletismo; Apropriação; Egito. Le texte traite de question sûr l’architecture éclectique et ses incorporations allégoriques dans les motifs egyptiens, en tant que mécanisme de décoration exotique et outil de production du nouveaux. Seront analysés les bâtiments de grande importance au répertoire éclectique carioca, ils sont, l´actuel École d´Arts Visuels du Parque Lage, la maison egipcizante de la rue du Ouvidor, nº 116, e la maison «néo-égyptienne», toutes situées à la ville de Rio de Janeiro. L’éclectisme; Appropriation; Égypte. O Ecletismo arquitetônico surgiu na Europa, em meados do século XIX e perdurou até o início do século XX, tendo como princípio o “uso livre do passado1 para a produção do “novo” na arquitetura. Compreende diferentes tendências, sendo uma das primeiras manifestações do revivalismo não-clássico, mesclando características de variados estilos. Baseado nas então recentes pesquisas arqueológicas, o ecletismo se apropriou de elementos iconográficos do passado na tentativa de conferir-lhes uma nova leitura, sendo o mais importante, a fantasia e o III semana de pesquisa em artes 10 a 13 de novembro de 2009 art uerj tradições, territórios, cruzamentos 444

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Page 1: Renato Menezes Ramos A arquitetura eclética egipcizante no Rio

A Arquitetura Eclética Egipcizante no Rio de Janeiro

Renato Menezes Ramos

Artes Visuais – UERJOrientadora: Evelyne Azevedo

O texto trata de questões da arquitetura eclética e suas incorporações de motivos alegóricos egípcios, como mecanismo de decoração exótica e ferramenta de produção do “novo”. Para isto, serão analisados edifícios de grande relevância para o repertório eclético carioca, sendo eles, a atual sede da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o Sobrado Egipcizante da rua do Ouvidor, n.° 116 e o Sobrado “Neo-Egípcio”, todos situados no Rio de Janeiro.

Ecletismo; Apropriação; Egito.

Le texte traite de question sûr l’architecture éclectique et ses incorporations allégoriques dans les motifs egyptiens, en tant que mécanisme de décoration exotique et outil de production du nouveaux. Seront analysés les bâtiments de grande importance au répertoire éclectique carioca, ils sont, l´actuel École d´Arts Visuels du Parque Lage, la maison egipcizante de la rue du Ouvidor, nº 116, e la maison «néo-égyptienne», toutes situées à la ville de Rio de Janeiro.

L’éclectisme; Appropriation; Égypte.

O Ecletismo arquitetônico surgiu na Europa, em meados do século XIX e perdurou até o início do século XX, tendo como princípio o “uso livre do passado”1 para a produção do “novo” na arquitetura. Compreende diferentes tendências, sendo uma das primeiras manifestações do revivalismo não-clássico, mesclando características de variados estilos. Baseado nas então recentes pesquisas arqueológicas, o ecletismo se apropriou de elementos iconográficos do passado na tentativa de conferir-lhes uma nova leitura, sendo o mais importante, a fantasia e o

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10 a 13 de novembro de 2009 art uerj

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espírito imaginativo, baseados na recriação e na evocação: motivo suficiente para inseri-lo no ideário romântico.

Foi na idealização que o ecletismo procurou atingir seu paradigma de belo ideal, encontrando na estética da acumulação2, a melhor maneira de expressar a individualidade do artista. Esta consistia no aspecto de liberdade criativa do arquiteto, na mescla de decorações e formas de origens distintas para produzir, assim, um efeito de originalidade e antiquarismo, além de agregar valores associativos entre a aparência do edifício e a influência social de seu proprietário.

É importante ressaltar que este é um contexto de ascensão industrial, que influenciou entre tantas áreas e técnicas, a construção civil. Isto fica visível a partir da introdução de novas técnicas construtivas utilizando materiais como o ferro e o aço para a estruturação do edifício. O ornamento era adquirido através de catálogos, já que também eram produzidos em série. A partir daí, conclui-se que, caso o ornato fosse fabricado especialmente para uma edificação, seu custo seria maior, o que sugeria poder e riqueza ao dono do imóvel.

O zeitgeist3 relacionava-se com o tradicionalismo formal e a modernidade material. Surgiu neste período a preocupação em se pensar em um programa que atendesse às necessidades de uma população que presenciava uma radical transformação nos âmbitos industrial, social e urbano. A revisão do índice se funcionalidade e de aproveitamento dos espaços é “evidenciada pela maior atenção a itens tais como conforto, higiene, circulação, aeração, acústica, entre outros”4. Além disso, não se pode esquecer do volksgeist5 brasileiro, tão influenciado pelo padrão cultural europeu.

A apropriação de elementos egípcios na arquitetura eclética se justifica através do gosto pelo desconhecido – ou pouco conhecido – misterioso e exótico, como ferramenta de particularização e autenticidade. Essa manifestação pode ser caracterizada como egiptomania. Esta esteve presente ao longo do século XIX como mecanismo de referência à Antiguidade Oriental. O gosto pelo Egito pode ser visto desde o Império Romano até o século XX, sendo constantemente revigorados pelas descobertas arqueológicas.

A arquitetura eclética se apropriou do Egito, capturando imagens para constituir

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um vocabulário exótico, visto que a freqüência de referências clássicas era muito maior. Este fenômeno, portanto, passou a consistir uma linguagem rara como tipologia de gosto eclético.

O atual prédio sede da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Mansão dos Lage) é um casarão remodelado na década de 1920, pelo arquiteto italiano Mario Vrodel, a pedido de Henrique Lage, para a cantora lírica italiana Gabriela Bezanzoni, sua esposa. Trata-se de um exemplar da arquitetura residencial burguesa, que segue em sua decoração um tratamento clássico no estilo das vilas e palácios italianos com uma fachada totalmente revestida de cantaria. Este edifício inclui alguns elementos de origem orientalizante, entre estes elementos está uma esfinge alada, feita de cimento provavelmente sob forma, visto que há dois exemplares idênticos colocados no ladeamento das escadas que dão acesso à parte superior do terraço.

Renato Menezes Ramos. Detalhe da

Escola de Artes Visuais do Parque Lage. 2009

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Hoje em péssimo estado de conservação, com sua estrutura de ferro aparente, pode se ver, no entanto, um colar de contas caído pelo pescoço alcançando o tórax meio leonino, meio feminino. Interessante também é a representação da peruca com um corte de cabelo na altura dos ombros dos quais partem longas asas. Normalmente, as esfinges eram adornadas, na cabeça, por uraeus, e não por perucas, nem mesmo eram aladas. Outro aspecto interessante é o fato de estarem deslocadas de sua função inicial: guarnecer os templos, sendo utilizadas aqui como elementos decorativos.

No sobrado localizado na esquina das ruas do Ouvidor e Miguel Couto com a Avenida Rio Branco, funcionou por algum tempo a antiga loja “Ao Rei dos Mágicos”. Ainda pouco se sabe a respeito deste edifício, mas pode-se afirmar que ele é um dos remanescentes da grande reforma urbana de Pereira Passos, no início do século XX. Conta-se a seu respeito que ainda no Império, nele vivia Antônio Ribeiro Chaves, o qual tinha uma certa vocação para inventor. Certa vez, ao ler em uma revista francesa a descrição do invento que Graham Bell expunha em 1876, resolveu fazer um “similar utilizando os meios disponíveis na cidade. Em 1877, já estava estabelecendo comunicação entre sua casa, o Jornal do Commércio e a estação de bombeiros com grandes benefícios na luta contra incêndio.”6

A adição deste imóvel a esta pequena lista se deve ao fato dele ter, hoje, poucas, mas importantes características, que de alguma maneira, suscitam a civilização e a cultura egípcias. Atualmente, ao olhar para a sua fachada de tom rosado com simples pinturas murais e estuques em tom pastel, assustamo-nos com as duas imponentes estátuas de evidente referência egípcia. São duas: uma masculina e outra feminina; rígidas e estáticas e com o corpo sem pelos, afirmando a clara influência da estatuária egípcia.

É interessante essa preservação do princípio de imobilidade das imagens egípcias: mecanismo este que confere às imagens caráter de eternidade, visto que a arte egípcia está diretamente vinculada à religião e, conseqüentemente, do Estado. Elas trazem na cabeça o uraeus, e seguram fortemente uma espécie de taça com uma enorme tampa, lembrando vagamente uma cariátide grega.

Em princípio, parece-nos uma ingênua composição de elementos distintos

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sobre uma fachada relativamente simples. Entretanto, olhando mais atentamente, nota-se nos gradis da primeira sacada – correspondente ao segundo pavimento – um escaravelho: importante símbolo da renovação da vida para a cultura egípcia, que aparece com muita freqüência em seu repertório imagético. Neste caso, as patas do escaravelho são formadas por duas serpentes, que por sua vez, também são elementos de grande carga simbólica na cultura egípcia.

Surpreendentemente, em uma fotografia de Augusto Malta, do início do século XX, pode ser observada uma espécie de coroamento no corpo central do edifício, cujas estátuas são esfinges aladas. Hoje inexistente, o coroamento comprova que havia uma certa consciência na apropriação de elementos egípcios, haja vista as insistentes repetições desta mesma temática nos elementos de sua fachada. Esta alteração pode ser vista na imagem comparativa abaixo, atentando que o sobrado

1. 2. Foto: Montagem – Augusto Malta (acervo

Museu da Imagem e do Som, sem data) e Renato Menezes

Ramos, 2009.

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rosado do qual falamos é, na foto do Malta, o que está localizado à extrema direita.Contudo, é curioso observar o diálogo com os estuques beges da fachada, que

nada têm relações com o Egito. Podem ser observados ornamentos semelhantes a sagrados corações, capacetes de armaduras medievais, flechas nos gradis, e a colunata dórica no último piso.

Atualmente, o edifício, como foi notado, encontra-se parcialmente modificado, principalmente em sem interior, isto porque ele abriga uma filial de uma empresa de plano de saúde. Ele pertence ao Corredor Cultural da Rua do Ouvidor, tendo, por isso, sua fachada tombada.

O sobrado intitulado “Neo-egípcio”, localizado no bairro de Santo Cristo deu origem e foi, por isso, o ponto de partida para essa pesquisa, que a partir de uma abordagem contemporânea da História da Arte, pretendendo analisá-lo comparativamente traçando relações entre antiguidade, o século XIX e metodologias atuais. Devido a sua peculiaridade visual, este sobrado compreende uma raridade na imensa gama de patrimônios ecléticos do Rio de Janeiro.

A primeira informação que se tem sobre ele é a data de término de sua construção, que está estampada no ornato colocado na parte superior central da fachada (conforme o costume da época de pôr o ano do fim da execução na fachada principal), com o Francisco Alves Rollo, de origem portuguesa. Pouco se sabe sobre sua vida, e muito menos sobre o que o levou a adotar o Egito como motivo de decoração. É certo que dois anos depois este imóvel passa a pertencer a uma serralheria, que se mantém no imóvel até 1935: ano de sua falência. Um libanês chamado Arsenius Mandour compra o imóvel, deixando-o como herança em 1956 para seus sobrinhos, (já que não tinha filhos) de mesma origem, entre eles Joseph Semman Mandur. Foi neste período que o sobrado passou a ser alvo da máfia de criminosos de obras de arte. Foram roubadas peças de madeiras nobres como a peroba do campo, entre outras, todas entalhadas com motivos egípcios. Em 2005 o sobrado passa por um incêndio criminal, danificando-o ainda mais. Neste mesmo ano, ele é comprado por seu atual dono, Antônio Mendes.

A partir de 2005 o sobrado passou por uma grande obra de restauração que recuperou, através de referências fotográficas, as esquadrias da fachada, bem como

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os outros ornamentos que a compõem. É também devolvida a ela a cor original (azul – até então pintada de vermelho sobre camadas de tinta de outras cores).

Popularmente, o sobrado é vinculado à maçonaria. Este dado não pode ser descartado visto que em João Pessoa (PB), por exemplo, há um templo cuja fachada é azul e branca e estão presentes elementos de composição de origem egípcias, o que realça ainda mais essa suspeita. Este vínculo se deve a

incorporações egípcias no culto e na filosofia maçônica, como o culto à vida e a recepção da morte.

A fachada principal é composta por uma grande quantidade de elementos egípcios, entre eles, o escaravelho (colocado sobre o portão central e ao centro da platibanda), sobre o qual já foi falado. Há a deusa Maat (acima e entre as janelas), que constitui o princípio da verdade, harmonia e da ordem universal. É representada

Renato Menezes Ramos. Fachada do

Sobrado “Neo-egípcio”. 2009

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por uma mulher alada. Podem-se observar as pilastras com capitéis palmiformes (as prolongadas, nas extremidades laterais) e lotiformes (nas portas laterais e nas janelas). O deus Rá (sobre as janelas e portas laterais), que constitui o princípio criador. É também a representação do disco solar. E no centro, como eixo de simetria, uma estátua que traz algumas características de Ísis: a deusa mãe do Egito.

Apesar de sua fachada concentrar um projeto iconográfico de matriz egipcizante, a estrutura do sobrado corresponde ao padrão de casa colonial, que perdurou por quase todo o século XIX, o qual consiste em um lote estreito e profundo, sem afastamentos laterais. A partir de então se põe em questão o título popular do sobrado. Seria adequada a terminologia “Neo-egípcio” para um método de apropriação como este?

A teoria de pastiche, em voga no século XIX, consistia no método de tomar um exemplo arquitetônico para basear o sistema decorativo de um edifício, tornando-o descontextual, formando, em conseqüência, o contexto da época, ou seja, o zeitgeist se utilizava na retomada estilística, ou melhor, o passado se tornava uma linguagem para reutilização no atual, instaurando um “projeto para o futuro”7. Desta maneira, seria comum que uma igreja trouxesse motivos góticos ou românicos, ainda que estes estilos tivessem surgido séculos antes e caído em desuso por muito tempo.

Em meio a um simples programa arquitetônico, este edifício apresenta uma significativa quantidade de referências o Egito. Isto seria suficiente para ser considerado um pastiche, ao invés da apropriação de ícones da cultura egípcia, como uma pirâmide ou uma mastaba?

É importante salientar que esta pesquisa não tem por objetivo responder a essas questões, mas sim torná-las ponto de partida para outras relativizações, tanto nos estudos acerca da arquitetura eclética, quanto em outras categorias artísticas. Além disso, este estudo ainda está em desenvolvimento, estando aberto para acréscimos conceituais futuros.

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Bibliografia_____. Caminhos da Arquitetura em Manguinhos/ organização de Renato da Gama-Rosa Costa. – Rio de Janeiro: FIOCRUZ, Casa de Oswaldo Cruz, FAPERJ, 2003.CARDOSO, Ciro Flamarion. As Casas Residenciais no Egito Faraônico. In.: História e Imagem. Francisco Cardoso Teixeira da Silva (Org.). Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.COHEN, Alberto A. Ouvidor, a rua do Rio. Rio de Janeiro: AACohen, 2001.CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio; tradução de Luciano Vieira machado. – São Paulo: Estação Liberdade: Editora UNESP, 2001.COLIN, Silvio. Uma Introdução à Arquitetura. – Rio de Janeiro: UAPÊ, 2000._____. Egiptomania: o Egito no Brasil/ Margareth Bakos, (Organizadora). – São Paulo: Paris Editorial, 2004.GERSON, Brasil; BUENO, Alexi. História das Ruas do Rio: e da sua liderança na história política do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda, 2000. 5ª. ed.JANSON, H. W. História Geral da Arte, v. I. O Mundo Antigo e a Idade Média; São Paulo: Martins Fontes, 2001. 2ª ed.PEREIRA, Sônia Gomes. Arte Brasileira no Século XIX. Belo Horizonte: C/ Arte, 2008.RICCI, Cláudia Thurler. Ecletismo e Civilização. In.: Oitocentos – Arte Brasileira do Império à Primeira República / Organização Ana Maria Tavares Cavalcanti, Camila Dazzi, Arthur Valle. – Rio de Janeiro: EBA-UFRJ/Dezenovevinte, 2008.RIO, João do. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro. – Rio de Janeiro: cópia fac-símile, 1913.SÁ, Marcos Moraes de. Ornamento e Modernismo: a construção de imagens na arquitetura. – Rio de Janeiro: Rocco, 2005.SENDYNK, Fernando (org.). Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Urbanismo, Centro de Arquitetura e Urbanismo, Editora Casa da Palavra, 2001.

Sítios Visitadoswww.dezenovevinte.com.brwww.vivercidades.org.br

Notas1 Termo criado pelo arquiteto e teórico francês César Denis Daly (1811-1893).2 Termo sugerido por Marcos Moraes de Sá em Ornamento e Modernismo (2005).3 Palavra alemã que significa “espírito da época”4 (PEREIRA, 2008: 57).5 Termo alemão que significa “espírito do povo”6 (COHEN, 2001: 84).7 (RICCI, 2008)