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Renar Maçãs S.A. CNPJ nº 86.550.951/0001-50 A Renar Maçãs S.A. submete à apreciação de seus acionistas o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras Consolidadas, acompanhadas do parecer dos auditores independentes, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Mensagem da Administração: A Renar Maçãs S.A. foi fundada em 1962 em Fraiburgo, Santa Catarina. Em seus quase cinquenta anos de atividades, a Companhia tem se desenvolvido como organização empresarial de relevância no mercado em que atua, especialmente, pelos investimentos em processos e tecnologias para a produção, classificação, armazenagem e comercialização de maçãs. O ano de 2010 foi marcado por importantes desenvolvimentos no contexto operacional e posicionamento de mercado da empresa. Incorporação da POMIFRAI: Em dezembro de 2009, a Renar anunciou a incorporação da Pomifrai Fruticultura S.A. (produtora de maçãs do mesmo ramo de atividade da Renar Maçãs e de porte semelhante), bem como da sua subsidiária Pomifrai Alimentos Ltda. (produtora de derivados da maçã), em busca do objetivo da Companhia em se tornar uma das mais importantes empresas de fruticultura do Brasil. Em setembro de 2010, foi concluída a incorporação da Pomifrai Fruticultura à Renar Maçãs S.A. A consolidação dos processos operacionais, administrativos e financeiros das duas empresas sob uma só gestão foi um passo fundamental na execução da estratégia de negócios em 2010. Estrutura de Capital e entrada de acionistas ao Bloco de Controle: com a incorporação da Pomifrai em setembro de 2010, a Renar passou contar com a seguinte estrutura de capital: Os benefícios das sinergias entre Renar e Pomifrai podem ser notados em todas as áreas, tendo permitido que a Companhia ganhasse escala e produtividade. Além da área de pomares plantados ter aumentado substancialmente - 1.130 hectares - a capacidade de processamento e armazenagem da empresa mais que dobrou. Em 31 de dezembro de 2010 a Renar Maçãs S.A. possuía mais de 6.000 hectares em terras, que podem permitir um aumento e até mesmo diversificação da produção. A sua área produtiva é superior a 1.900 hectares, que geram uma capacidade de produção anual superior a 70.000 toneladas de maçãs. Seus packing houses podem processar anualmente mais de 89.000 toneladas e a capacidade total de armazenagem refrigerada está próxima de 49.000 toneladas. Renar Pomifrai Maçãs Frut. Renar + S.A. S.A. Pomifrai Total de Terras (ha) 2.723 3.427 6.150 Pomares Utilizados (ha) 851 1.111 1.962 Capacidade dos Pomares (ton./ano) 31.500 39.000 70.500 Capacidade do packing house (ton./ano) 44.160 45.000 89.160 Armazenagem (ton.) 22.000 26.965 48.965 Gestão e Governança Corporativa: durante o ano de 2010, a empresa promoveu importantes transformações na sua gestão visando (1) promover a incorporação da Pomifrai de maneira rápida e eficiente, (2) buscar sinergias, reduções de custos e ganhos de produtividade em decorrência do processo de fusão das duas empresas e (3) consolidar sistemas, processos, bem como conhecimento técnico e capital humano. Tais transformações foram de fundamental importância para que a Renar Maçãs S.A. continue fortalecendo a sua posição financeira e operacional, mantendo sua posição de destaque no mercado de fruticultura brasileiro. Para contribuir com estas iniciativas, a Renar contratou a Excelia, empresa de gestão especializada em transformação e melhoria de desempenho de negócios. • Comercialização de maçãs de terceiros: Em 2010, a Renar também comercializou frutas compradas de produtores detentores de pomares próprios, denominados no mercado como “terceiros”. O volume comercializado no ano proveniente de terceiros foi de aproximadamente 13.800 toneladas, representando 16% do volume total de maçãs disponível para venda pela Companhia em 2010. Em razão da prioridade de utilização do caixa para atender compromissos operacionais e financeiros da Companhia, durante o ano de 2010, não foram realizados adiantamentos a produtores de maças para financiamento da safra de 2011. • Desmobilização de ativos não operacionais: a Companhia realizou em 2010 a venda de 450 hectares de terras, rural, floresta e urbana, no valor total de R$ 4,5 milhões. As transações de venda foram realizadas em valores de mercado e estão suportadas por laudos de avaliação emitidos por empresas independentes. • Cenário Econômico-Setorial: De acordo com os dados da ABPM - Associação Brasileira dos Produtores de Maçãs, a safra nacional em 2010 alcançou a marca recorde de 1.150.000 toneladas, apresentando um crescimento de quase 10% em relação ao ano anterior, cuja safra foi de 1.046.000 toneladas. Ocasionada principalmente pelo aumento da área plantada, a safra de 2010 atingiu volume recorde a despeito de dois fatores prejudiciais ocorridos na época da colheita: excesso de chuvas e dificuldade de contratação de mão de obra. Em 2010, o volume de exportação do setor foi de 90.800 toneladas, quase 8% inferior ao volume total exportado em 2009. Esta redução das exportações no setor de maçãs ocorreu principalmente pela valorização do real frente à moedas estrangeiras. Desempenho Econômico-Financeiro: Para fins de clareza e transparência na prestação de informações sobre a Companhia, estão demonstrados no presente relatório os dados econômico- financeiros de 2010 e 2009 das empresas Renar, Pomifrai Fruticultura e Pomifrai Alimentos. Em 2010, o volume de vendas total comercializado pela Renar e Pomifrai totalizou 82.310 toneladas, ou 3,01% abaixo do ano de 2009, quando o volume de vendas consolidado das duas empresas antes da incorporação foi de 84.862 toneladas. As exportações totais chegaram a 5.192 toneladas, crescendo quase 41% sobre 2009 e representando cerca de 6,31 % do volume comercializado no período. O preço médio das frutas comercializadas pela Renar e Pomifrai em 2010 foi de R$ 0,82 por quilo, quase 4% acima do preço médio em 2009, que foi de R$ 0,79 por quilo. • As receitas operacionais líquidas em 2010 totalizaram R$ 65,66 milhões, aproximadamente 4%, abaixo do montante verificado em 2009 de R$ 68,2 milhões. Tal recuo deve-se à redução de 3,01% do volume comercializado, parcialmente compensado por elevação de 4% no preço médio de venda. • Os custos das mercadorias e serviços atingiram o montante de R$ 70,99 milhões, com elevação de 3% sobre o consolidado das empresas em 2009. A elevação no montante dos custos totais deve-se principalmente a três fatores: a) lançamento extraordinário de R$ 1,3 milhão referente ao ajuste de calendário agrícola, b) R$ 2,1 milhões referentes a gastos extraordinários em recuperação de pomares por conta de falta de mão de obra na colheita de 2009. As Despesas Comerciais e de Distribuição somaram R$ 4,2 milhões no ano de 2010, ante a R$ 2,5 milhões no consolidado pro-forma das empresas no ano anterior. No ano de 2010 foram contabilizados lançamentos extraordinários de provisão para devedores duvidosos de R$ 0,6 milhão relacionada a vendas do ano de 2009. • As Despesas Gerais e Administrativas das empresas componentes da Renar em 2010 totalizaram R$ 11,1 milhões, em comparação a R$ 10,7 milhões em 2009. Outras despesas somaram R$ 10,7 milhões em 2010, representadas principalmente por a) R$ 5,3 milhões referentes à provisão para garantia de preço mínimo das ações utilizadas na incorporação da Pomifrai e b) R$ 4,9 milhões referentes a perdas de reavaliação de imobilizado de propriedade da Pomifrai, e lançadas por ocasião da incorporação em setembro de 2010. O Resultado Operacional do exercício representou um prejuízo de R$ 35,04 milhões. No fim de 2010, o endividamento da Companhia estava em R$ 88,1 milhões, montante composto por R$ 33,0 milhões em curto prazo e R$ 55,1 milhões em longo prazo. As despesas financeiras, líquidas das receitas financeiras, totalizaram R$ 15,8 milhões no ano. Importante ressaltar que o resultado operacional do 4º trimestre de 2010 mostra uma significativa evolução, em reflexo das medidas de racionalização de custos e sinergias promovidas pela Administração e economias advindas da incorporação da Pomifrai Fruticultura S.A. Se desconsiderado o efeito dos lançamentos não recorrentes que estão relacionados a trimestres e anos anteriores, o lucro bruto do período entre outubro e dezembro de 2010 atingiu R$ 4,5 milhões, as despesas comerciais foram de R$ 1,1 milhão, as despesas gerais e administrativas no trimestre somaram R$ 1,1 milhão, conduzindo a um resultado operacional antes de despesas financeiras de R$ 2,3 milhões. Se adicionadas as despesas de depreciação lançadas no 4º trimestre de R$ 2,4 milhões devido ao ajuste patrimonial, o resultado corrente do trimestre antes de depreciação, impostos e despesas financeiras (também denominado EBITDA) alcançou R$ 4,7 milhões. Mercado de Capitais: As ações da Renar Maçãs S.A. estão registradas para negociação na Bovespa sob o código “RNAR3”, admitidas à negociação no Novo Mercado, nível mais elevado de práticas diferenciadas de governança corporativa. As ações da Companhia encerraram o ano de 2010 com cotação de R$ 0,66, em comparação à cotação de fechamento do ano anterior de R$ 1,02. Foram realizados no ano 26.697 negócios com ações da Companhia, envolvendo 95.490.300 ações, com volume financeiro total do ano de R$ 96.820.960 (fonte: Bovespa). Recursos Humanos: A Renar encerrou o ano de 2010 com 1.392 empregados diretos, incluindo os profissionais alocados nas empresas Pomifrai Fruticultura e Pomifrai Alimentos. No encerramento de 2009, o mesmo grupo de empresas contava com 1.605 empregados. Tal redução de 13% no número de empregados foi resultante principalmente da integração operacional e administrativa das empresas. Relacionamento com Auditores Independentes: A política da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa com os auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam sua independência. Esses princípios consistem, de acordo com os padrões internacionalmente aceitos, em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho; (b) o auditor não deve exercer função de gerência no seu cliente, e (c) o auditor não deve representar legalmente os interesses de seus clientes. Em linha com o Inciso III, artigo 2º da Instrução CVM nº 381/03, a Companhia adota como procedimento formal, previamente à contratação de outros serviços profissionais que não os relacionados à auditoria contábil externa, consultar seu Conselho de Administração para assegurar-se de que a realização da prestação destes outros serviços não venha a afetar sua independência e objetividade, necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente. Responsabilidade Social e Ambiental: Ecologia e Meio Ambiente: A Companhia preocupa-se com a sustentabilidade de seus negócios, aplicando em suas atividades, além das normas ambientais nacionais e internacionais, um rigoroso respeito à sociedade e ao meio ambiente. As atividades estão regulares, com a emissão do respectivo Laudo Ambiental de Operação (LAO), expedido pela Fundação de Tecnologia e Meio Ambiente de Santa Catarina, necessário para as operações de produção, exigidas pela Legislação Brasileira. As fontes de águas dentro das propriedades estão 100% protegidas e são monitoradas constantemente por meio de exames laboratoriais periódicos para impedir contaminação. A Administração se preocupa com questões ambientais e sociais, executando atividades de forma consciente, respeitando a natureza, o ser humano e a sociedade em geral. A Companhia investe na proteção ambiental, conservando uma Mata Nativa denominada Mata René Frey, com 61,7 hectares, localizada praticamente dentro da cidade de Fraiburgo com árvores com mais de 300 anos de idade. Em 2007, juntamente com a APRIMAV, uma ONG especializada na recuperação de matas nativas, iniciamos um projeto de recuperação das partes degradadas pelo tempo dentro da mata Rene Frey, que estavam sofrendo com a invasão de espécies daninhas não originárias. Esse patrimônio, símbolo de preservacionismo, é objeto de visitas e, principalmente, admiração pública da população e de turistas de todas as regiões do País, que juntamente com a colheita das maçãs, constituem uma das maiores atrações turísticas do município. Desde 2003, a Companhia se preocupa com a segurança dos processos de forma que garanta a qualidade de seus produtos, possuindo o certificado Good Agricultural Pratices (EUREP-GAP) e British Retail Council (BRC), Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APCCP (HACCP), e mantendo-os por meio de auditoria independente realizada pela Latus Sistemas. Cláusula Compromissória de Adesão à Câmara de Arbitragem: A Companhia informa que está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante no Capítulo X - Do Juízo Arbitral, artigo 42 de seu Estatuto Social. “Cláusula Compromissória” consiste na cláusula de arbitragem, mediante a qual a Companhia, seus Acionistas, Administradores, membros do conselho fiscal e a BOVESPA obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei das Sociedades Anônimas, no Estatuto Social da Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes deste Regulamento de Listagem, do Regulamento de Arbitragem e do Contrato de Participação no Novo Mercado da Bovespa. Perspectivas para 2011: Em 2011, os resultados consolidados da Renar e controladas deverão refletir por inteiro as medidas de racionalização de custos e despesas, integração das operações entre Renar e Pomifrai e demais iniciativas de melhoria de desempenho implementadas ao longo do ano de 2010. A Administração da Companhia tem como prioridades para 2011 atingir melhores níveis de rentabilidade e reduzir o seu endividamento. Desta forma, o seu planejamento tem como prioridades: • Reestruturar a sua área comercial, visando: a) desenvolver canais de vendas hoje não explorados, como os auto-serviços, b) fortalecer a sua posição em regiões atualmente pouco exploradas, visando aumentar a sua distribuição nacional. • Manter os seus esforços para desmobilizar ativos não relacionados com a sua atividade produtiva. • Aumentar a eficiência da sua produção, reduzindo áreas de pomares com menor produtividade e rendimento. • Fortalecer a sua gestão através de processos integrados entre todas as áreas. Agradecimentos: Nossos agradecimentos aos colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e acionistas. Destacamos a dedicação das autoridades ligadas às nossas atividades, dos representantes da Associação Brasileira de Produtores de Maçãs - ABPM e do Ministério da Agricultura na busca pelo desenvolvimento do setor de maçãs. Fraiburgo, 31 de março de 2011 A Diretoria RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2010 Controladora Consolidado Ativo 2010 2009 2010 2009 Circulante 30.921 29.727 34.356 29.727 Disponibilidades 487 1.878 1.831 1.878 Caixa e Bancos 487 1.323 504 1.323 Aplicações Financeiras 555 1.327 555 Direitos Realizáveis 30.434 27.849 32.525 27.849 Clientes 3.993 4.419 4.518 4.419 Estoques 9.370 13.052 18.145 13.052 Tributos a Recuperar 3 51 530 51 Adiantamentos a Fornecedores 5.344 8.055 5.638 8.055 Alienação de Bens do Imobilizado 2.784 1.405 2.784 1.405 Partes Relacionadas 8.109 Outras Contas a Receber 546 97 615 97 Despesas Antecipadas 285 770 295 770 Não Circulante 115.396 83.887 166.880 83.887 Realizável a Longo Prazo 8.970 7.713 15.381 7.713 Depósitos Judiciais 710 213 1.604 213 Tributos a Recuperar 6.374 5.725 10.327 5.725 Alienação de Bens do Imobilizado 1.832 1.702 1.832 1.702 Outras Contas a Receber 54 73 1.618 73 Investimentos 36.359 Imobilizado 69.933 76.148 150.983 76.148 Intangível 131 23 259 23 Diferido 3 3 257 3 Total do Ativo 146.317 113.614 201.236 113.614 1. Contexto Operacional: A Renar Maçãs S.A. foi constituída em 22/Fev/67 e tem como atividades preponderantes o cultivo e a venda de maçãs, além da fruticultura. Atua, também, em outras atividades como o florestamento e reflorestamento, produção de mudas e sementes, apicultura, extrativismo vegetal de florestas nativas ou formadas, industrialização de frutas, comércio, exportação e importação de frutas, verduras e seus derivados, insumos e embalagens e a prestação de serviços nas áreas de classificação e armazenagem de produtos vegetais. A companhia obteve Registro de Capital Aberto sob o nº 01965-8, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 28/Dez/04. Em 02/Dez/09 a Renar Maçãs S.A. e a Pomifrai Fruticultura S.A. firmaram, juntamente com os acionistas da Pomifrai e outros, um Acordo de Incorporação (“Acordo de Incorporação”), visando viabilizar a associação estratégica entre as companhias, objetivando unificar suas operações mediante a incorporação das ações de emissão da Pomifrai pela Renar Maçãs, nos termos do art. 252 da Lei nº 6.404/76 (“Associação Estratégica”). A assinatura do acordo de incorporação foi autorizada pelo conselho de administração da Renar Maçãs, em reunião realizada em 02/Dez/09. Em 28/Set/10 a companhia realizou AGE, que conforme deliberação (iv): Aprovou a incorporação de ações, convertendo-se a Pomifrai em subsidiária integral da companhia, nos termos do artigo 252 da lei nº 6.404/76 e conforme estabelecido no protocolo e justificação, no qual foi fixada uma relação de substituição de 1,5 (uma e meia) ação ordinária de emissão da companhia para cada 1 (uma) ação de emissão da Pomifrai a ser incorporada (“Relação de Substituição”), totalizando uma emissão, pela companhia, de 30.000.000 (trinta milhões) de novas ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal (“Novas Ações”). 2. Apresentação e Elaboração das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras consolidadas e individuais da companhia foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como consolidado - BR GAAP. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem as diretrizes da legislação societária (Lei nº 6.404/76), que incluem os dispositivos introduzidos, alterados e revogados pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09 e pelos pronunciamentos, orientações e interpretações contábeis, aplicáveis à companhia, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e aprovados pela CVM e Conselho Federal de Contabilidade. As informações contidas neste relatório estão apresentadas de forma consolidada e foram aprovadas pela diretoria e pelo conselho de administração da Renar Maçãs S.A. em 08 de Abril de 2011. A avaliação do investimento em controlada é apresentada pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente, o que diverge das IFRSs, nas quais a exigência é para que a avaliação desses investimentos nas demonstrações da controladora seja pelo seu valor justo ou pelo custo. As práticas e avaliações contábeis adotadas que produziram efeitos na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras estão baseadas nos pronunciamentos contábeis, as quais foram. Em atendimento a Deliberação CVM nº 636/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 01(R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, a administração da companhia não aplicou o referido pronunciamento, conforme explicado nota 3.6; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 640/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) - Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis; a administração da companhia registrou os efeitos em suas demonstrações financeiras; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 641/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, a administração, para o exercício findo de 31/Dez/10, está apresentando a demonstração dos fluxos de caixa comparativa com o exercício de 2009; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 644/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) - Ativo Intangível, a administração apurou e contabilizou os valores nessa conta; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 646/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 07 (R1) - Subvenção e Assistência Governamentais, a administração aplicou o presente pronunciamento e não apurou valores relevantes que justificassem qualquer ajuste em suas demonstrações financeiras; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 557/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado - DVA, a administração, para o exercício findo de 31/Dez/10, está apresentando a DVA comparativa com o exercício de 2009; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 564/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, a administração aplicou este pronunciamento e apurou valores, os quais foram contabilizados tanto em seus ativos quanto em seus passivos; • Pronunciamento Técnico CPC 15 - Combinação de Negócios, aprovado pela Deliberação CVM nº 580/09. A administração informa que adquiriu até 30/Set/10 ativos, assumindo passivos, mediante a combinação de negócios no período de 2010, conforme divulgado detalhadamente na nota 25; • Pronunciamento Técnico CPC 16 - Estoques, aprovado pela Deliberação CVM nº 575/09. A administração da companhia avaliou as exigências do Pronunciamento e concluiu que as práticas contábeis relacionadas aos estoques já estavam em harmonia com essas novas exigências; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 605/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 18 - Investimento em Coligada e Controlada e considerando que possui investimentos na controlada Pomifrai Fruticultura S.A., a administração da companhia aplicou os procedimentos exigidos no pronunciamento, conforme detalhamento na nota 10; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 577/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 20 - Custos de Empréstimos, a administração aplicou esse pronunciamento e não apurou valores relevantes que justificassem modificações nos procedimentos contábeis aplicáveis às demonstrações financeiras; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 594/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes, a administração aplicou este pronunciamento e contabilizou e divulgou valores, conforme demonstrado em nota 17; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 583/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, a administração da companhia, informa que está implementando os controles internos necessários para mensurar os reflexos da aplicação das exigências deste pronunciamento na controladora, conforme demonstrado em nota 3.6; • Quanto ao Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola (IAS 41), aprovado pela Deliberação CVM nº 596/09, a administração, após analisar as etapas do processo de desenvolvimento da fruta, concluiu que não é possível o reconhecimento e mensuração do ativo biológico, haja vista que, somente após a maturação, ou seja, em até 10 dias antes do fruto estar maduro e apto para colheita, é possível valorizá-lo. Dessa forma, a administração decidiu por não reconhecer os efeitos dos ativos biológicos; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 597/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 30 - Receitas, a administração aplicou esse pronunciamento e informa que as receitas de vendas são reconhecidas quando a propriedade e os riscos inerentes ao produto são substancialmente transferidos aos clientes. Uma receita não é reconhecida se há incerteza significativa de sua realização; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 599/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucro, a administração adota procedimentos contábeis de reconhecimento e divulgação detalhada da tributação sobre o lucro, conforme se observa na nota 20. • Em atendimento a Deliberação CVM nº 599/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 36 (R1) - Demonstrações Consolidadas, a administração informa que na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram observadas as exigências CPC 36 (R1); • Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração; Pronunciamento Técnico CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação e Pronunciamento Técnico CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação, todos aprovados pela Deliberação CVM nº 604/09. A companhia já adotava procedimentos contábeis de reconhecimento e divulgação dos instrumentos financeiros, motivo pelo qual a administração informa que a aplicação das exigências desses pronunciamentos não provocaram reflexos contábeis, apenas maiores informações em notas explicativas das demonstrações financeiras, conforme nota 22. De acordo com a Lei nº 11.941/09, as modificações no critério de reconhecimento de receita, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquido do período, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38, da Lei nº 11.941/09, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica, face ao regime tributário de transição - RTT, devendo ser considerados para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31/Dez/07. Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da controladora e da controlada são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual as empresas atuam (“moeda funcional”). Para fins das demonstrações consolidadas, os resultados e os saldos patrimoniais de cada empresa do grupo são convertidos para reais que é a moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras da Companhia. 3. Principais Práticas Contábeis: 3.1. Apuração do Resultado: O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador, e é provável que os benefícios econômicos sejam gerados a favor da companhia. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da sua realização. As receitas e despesas de juros são reconhecidas pelo método da taxa efetiva de juros na rubrica de receitas e despesas financeiras. 3.2. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros são reconhecidos a partir da data em que a companhia se torna parte das disposições contratuais dos instrumentos financeiros. Quando reconhecidos, são inicialmente registrados ao seu valor justo, acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Sua mensuração subsequente ocorre a cada data de balanço, de acordo com as regras estabelecidas para cada tipo de classificação de ativos e passivos financeiros. 3.2.1. Ativos financeiros: São mensurados ao valor justo por meio do resultado, e incluem ativos financeiros disponíveis para negociação no curto prazo e ativos designados no reconhecimento inicial ao valor justo por meio do resultado. A cada data de balanço são mensurados pelo seu valor justo. Os juros, correção monetária e as variações decorrentes da avaliação ao valor justo, são reconhecidos no resultado na linha de receitas ou despesas financeiras quando incorridos. Os principais ativos financeiros, reconhecidos pela companhia, são caixa e equivalente de caixa, aplicações financeiras em fundos de renda fixa com rendimento diário, contas a receber de clientes, contas a receber por alienação de bens do ativo imobilizado. A companhia não identificou ativos financeiros que seriam classificados na categoria de investimentos mantidos até o vencimento. 3.2.2. Passivos financeiros: Os passivos financeiros são classificados como não mensurados ao valor justo e compostos por passivos financeiros não derivativos que não são usualmente negociados antes do vencimento. Após o reconhecimento inicial, são mensurados pelo custo amortizado, pelo método da taxa efetiva de juros. Os juros, atualização monetária e variação cambial, quando aplicáveis, são reconhecidos no resultado, quando incorridos. Os principais passivos financeiros reconhecidos pela companhia são: contas a pagar a fornecedores, empréstimos e financiamentos. 3.3. Caixa e equivalentes de caixa: Incluem caixa, saldos positivos em conta movimento, aplicações financeiras, resgatáveis no prazo de até 90 dias das datas dos balanços e com risco insignificante de mudança de seu valor de mercado. As aplicações financeiras, classificadas como equivalentes de caixa, são ativos financeiros disponíveis para negociação. 3.4. Contas a receber de clientes: As contas a receber são apresentadas a valores de realização, com atualização cambial, quando denominadas em moeda estrangeira, e ajustadas por provisão para créditos de liquidação duvidosa, constituída em montante considerado suficiente pela administração, para fazer face a eventuais perdas na realização. 3.5. Estoques: Os estoques de mercadorias e materiais de consumo, incluindo a safra de maçãs próprias em formação, estão demonstrados pelo custo médio de aquisição, formação ou produção, e não excedem aos respectivos valores líquidos de realização. 3.6. Imobilizado: Na Controladora o ativo imobilizado está registrado ao custo de aquisição ou construção, acrescido de reavaliação de exercícios anteriores, incluindo os bens adquiridos por arrendamento mercantil, deduzido da depreciação acumulada, atualizado monetariamente até 31/Dez/95. As depreciações são calculadas pelo método linear, observadas as taxas anuais informadas na nota 11. A Companhia optou por manter os saldos existentes da reavaliação, os quais serão realizados de acordo com a depreciação ou baixas dos bens reavaliados. Em função da reavaliação ocorrida em 29/Dez/06, novas taxas de depreciação foram aplicadas aos pomares, edificações urbanas e rurais, a partir de Jan/07, considerando o tempo de vida útil econômica remanescente. Especificamente, aos pomares, foram aplicadas taxas anuais de depreciação diferenciadas, considerado o período de vida útil produtiva de cada pomar. A reavaliação ocorrida em 2006 também contemplou ativos não depreciáveis, como terrenos. Na época não foram contabilizados os correspondentes tributos, em atendimento à prática contábil vigente naquele momento (Lei 6404/76). Contudo, em 2010, para atender a Interpretação Técnica ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicial do Ativo Imobilizado, a administração efetuou registro contábil a débito de conta retificadora da reserva de reavaliação e a crédito de provisão para imposto de renda e contribuição social no passivo não circulante. A administração até o momento não implementou os controles internos necessários para a mensuração dos reflexos da aplicação das exigências do Pronunciamento CPC 01 que refere-se a redução ao valor recuperável de ativos e CPC 27 que prescreve que o método de depreciação utilizado pela entidade deve refletir o modelo de previsão de consumo (vida útil) dos benefícios econômicos do ativo. Em virtude dos ativos da companhia serem constituídos, principalmente, de imóveis e implementos rurais, foi contratada a empresa Rosfil Cadastramento e Gerenciamento Patrimonial Ltda., CNPJ 00.593.896/0001-60, qualificada para desenvolver os trabalhos visando atender integralmente os CPC’s 01 e 27. Os motivos que levaram a administração ao não cumprimento da exigência foram: a contratação, elaboração e entrega do laudo de reavaliação dos ativos, fora de um prazo hábil para a execução dos procedimentos. O atendimento aos referidos CPC’s serão implantados na íntegra na companhia durante o exercício de 2011. Na controlada os bens patrimoniais estão registrados ao custo de aquisição ou construção, complementado com o acréscimo de custo atribuído a determinadas classes de imobilizado, devidamente suportado por laudo de avaliação patrimonial elaborado por empresa especializada e as depreciações são calculadas pelo método linear, em função da expectativa de vida útil econômica dos bens. Na controlada a administração revisa, anualmente, o valor contábil líquido dos ativos, especialmente o imobilizado, com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Essas perdas, quando necessárias, são classificadas como outras despesas operacionais. Em 31/Dez/10 a Administração identificou a necessidade do registro de provisão para desvalorização na classe de imobilizado culturas permanentes - pomares e florestas. 3.7. Intangível: Corresponde às marcas, registradas ao custo de aquisição e não ultrapassa o valor de realização. Estes ativos possuem vida útil indefinida e são submetidos a teste anual para análise de perda do seu valor recuperável. 3.8. Diferido: Os gastos com sistemas e com certificações diferidos são recuperáveis, e serão mantidos até o término da amortização. 3.9. Outros Ativos e Passivos: Um passivo é reconhecido no balanço quando a companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Outros ativos são reconhecidos nos balanços somente quando for provável que seus benefícios econômicos futuros serão gerados em favor da companhia e seu custo ou valor puder ser mensurado com segurança. Ativos contingentes não são reconhecidos. 3.10. Ajuste a Valor Presente de Ativos e Passivos: Os ativos e passivos de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado e, somente, registrado se considerado relevante em relação às informações anuais tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado considerando os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa a administração concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relação às informações anuais tomadas em conjunto e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste. 3.11. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro: A tributação sobre o lucro do exercício compreende o imposto de renda pessoa jurídica (“IRPJ”) e a contribuição social sobre lucro líquido (“CSLL”), abrangendo imposto corrente e o diferido, que são calculados com base nos resultados tributáveis (lucro contábil ajustado), às alíquotas vigentes nas datas dos balanços, sendo elas: (i) Imposto de renda - calculado à Controladora Consolidado Passivo 2010 2009 2010 2009 Circulante 36.305 33.389 57.599 33.389 Fornecedores 9.728 13.272 13.327 13.272 Salários e Encargos Sociais 1.246 1.393 2.586 1.393 Obrigações Tributárias 305 125 1.437 125 Adiantamentos 4.397 269 4.529 269 Empréstimos e Financiamentos 17.874 15.337 32.963 15.337 Partes Relacionadas 2.026 1.962 2.026 1.962 Outras Obrigações 729 1.031 731 1.031 Não Circulante 51.300 23.755 84.925 23.755 Empréstimos e Financiamentos 36.495 19.324 55.122 19.324 Depósitos Judiciais 458 Tributos Diferidos sobre Reavaliação 8.506 3.725 21.842 3.725 Provisão para Contingências 537 706 610 706 Provisão Preço Mínimo Ações 5.304 5.304 Outros Valores 2.047 Patrimônio Líquido 58.712 56.470 58.712 56.470 Capital Social 110.986 62.400 110.986 62.400 Reservas de Reavaliação 16.582 23.785 16.582 23.785 Reservas de Lucros 35 35 35 35 Reserva Legal 35 35 35 35 Prejuízos Acumulados (68.891) (29.750) (68.891) (29.750) Total do Passivo 146.317 113.614 201.236 113.614 Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 Receita Bruta 35.231 37.278 67.834 37.278 Venda de Mercadorias e Serviços 35.231 37.278 67.834 37.278 Deduções (1.102) (3.900) (2.168) (3.900) Impostos, Devoluções e Abatimentos (1.102) (3.900) (2.168) (3.900) Receita Líquida 34.129 33.378 65.666 33.378 Custos das Mercadorias e Serviços (39.971) (38.975) (71.835) (38.975) Prejuízo/Lucro Bruto (5.842) (5.597) (6.169) (5.597) Receitas/Despesas Operacionais (27.362) (7.169) (13.074) (7.169) Despesas Comerciais e de Distribuição (1.710) (1.548) (3.351) (1.548) Despesas Gerais e Administrativas (8.590) (5.447) (12.005) (5.447) Depesa com Provisão Preço Mínimo Ações (5.304) (5.304) Resultado Equivalência Patrimonial (12.227) Outras Receitas/Despesas 469 (174) 7.586 (174) Resultado Operacional (33.204) (12.766) (19.243) (12.766) Despesas Financeiras (11.461) (9.073) (19.124) (9.073) Receitas Financeiras 3.102 6.209 3.321 6.209 Prejuízo do Exercício (41.563) (15.630) (35.046) (15.630) Por Ação (0,3778) (0,1954) (0,3186) (0,1954) Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis. BALANÇO PATRIMONIAL em 31 de Dezembro - Em Milhares de Reais Capital Reservas de Reservas Prejuízos Total Social Reavaliação de Lucros Acumulados Geral Saldos em 31/Dez/08 42.400 24.489 35 (14.959) 51.965 Aumento de Capital 20.000 20.000 Realização de Reserva de Reavaliação (839) 839 Reversão do IR e CS s/Reavaliação 135 135 Prejuízo do Exercício (15.630) (15.630) Saldos em 31/Dez/09 62.400 23.785 35 (29.750) 56.470 Aumento de Capital 48.586 48.586 IR e CS Diferidos s/Reavaliação (5.172) (5.172) Realização de Reserva de Reavaliação (2.422) 2.422 Reversão do IR e CS s/Reavaliação 391 391 Realização de Avaliação Patrimonial - Impacto Eq. Patrim. (3.271) (3.271) Ajustes de Exercício Anterior - Impacto Eq. Patrim. 628 628 Ativos e Passivos Baixados na Avaliação - Impacto na Eq. Patrim. (6.182) (6.182) Realização Ágio - Impacto na Eq. Patrim. 2.308 2.308 Prejuízo do Exercício (35.046) (35.046) Saldos em 31/Dez/10 110.986 16.582 35 (68.891) 58.712 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO- Período de 31/Dez/08 a 31/Dez/10 - Em Milhares de Reais Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis. Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis. Controladora Consolidado Descrição 2010 2009 2010 2009 1- Receitas 35.965 34.454 75.138 34.454 Vendas de Mercadorias e Serviços 35.487 34.206 74.602 34.206 Resultados não Operacionais 4.477 248 5.271 248 (3.999) (4.735) 2- Insumos Adquiridos de Terceiros (Inclui Impostos ICMS e IPI) 32.380 29.911 50.415 29.911 Custo das Matérias-Primas, Mercadorias e Serviços 23.896 27.189 38.986 27.189 Materiais, Energia, Serviços de Terceiros e Outros 3.993 2.722 6.270 2.722 Demais Custos 4.491 5.159 3- Valor Adicionado Bruto (1-2) 3.585 4.543 24.723 4.543 4- Retenções 4.147 4.292 10.165 4.292 Depreciação e Amortização 4.147 4.292 10.165 4.292 5- Valor Adicionado Líquido Produzido Pela Companhia (3-4) (562) 251 14.558 251 6- Valor Adicionado Recebido em Transferência (9.125) 6.209 3.321 6.209 Receitas Financeiras 3.102 6.209 3.321 6.209 Outros -Resultado Equivalência Patrimonial (12.227) 7- Valor Adicionado Total a Distribuir (5+6) (9.687) 6.460 17.879 6.460 8- Distribuição do Valor Adicionado (9.687) 6.460 17.879 6.460 Pessoal e Encargos 13.052 11.932 26.579 11.932 Impostos, Taxas e Contribuições 1.721 1.043 2.958 1.043 Juros e Aluguéis 11.799 9.115 18.084 9.115 Garantia de Preço Mínimo sobre Ações 5.304 5.304 Resultado do Exercício - Prejuízo (41.563) (15.630) (35.046) (15.630) Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO em 31 de Dezembro - Em Milhares de Reais DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS dos Exercícios em 31 de Dezembro Em Milhares de Reais Controladora Consolidado Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais 2010 2009 2010 2009 Resultado do Exercício (41.563) (15.630) (35.046) (15.630) Ajuste do Resultado das Disponibilidades Geradas na Atividade Operacional 19.182 5.268 8.573 5.268 Depreciação e Amortização 4.147 4.292 10.165 4.292 Baixa de Investimento 96 96 Baixa de Bens do Imobilizado 2.808 880 9.706 880 Equivalência Patrimonial 12.227 Impactos da Realização da Avaliação/Realização (11.926) Ajuste de Exercício Anterior 628 Variações nos Ativos e Passivos 2.066 (104) 19.548 (104) Aumento em Clientes 426 (1.961) (99) (1.961) Aumento nos Estoques 3.682 (2.406) (5.093) (2.406) Redução nos Adiantamentos a Fornecedores 2.711 (3.316) 2.417 (3.316) Aumento nos Tributos a Recuperar (601) 461 (5.081) 461 Aumento em Partes Relacionadas (8.109) Aumento em Depósitos Judiciais 29 (1.391) 29 Aumento nos Direitos Realizáveis (2.455) 489 (3.572) 489 Redução nas Despesas Antecipadas 504 (285) 475 (285) Aumento em Fornecedores (3.544) 7.503 55 7.503 Aumento em Tributos Diferidos (135) 18.117 (135) Aumento em Provisão para Preço Mínimo Ações 5.304 5.304 Aumento em Outras Contas a Pagar e Provisões 4.148 (483) 8.416 (483) Disponibilidades Líquidas Geradas pelas Atividades Operacionais (20.315) (10.466) (6.925) (10.466) Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos Aplicações no Imobilizado e Intangível (848) (3.201) (95.196) (3.201) Aplicação Investimentos (3) (3) Disponibilidades Líquidas Geradas nas Atividades de Investimentos (848) (3.204) (95.196) (3.204) Atividades de Financiamentos Aumento de Empréstimos e Financiamentos 19.772 (4.730) 53.488 (4.730) Aumento de Capital 20.000 48.586 20.000 Disponibilidades Líquidas Geradas pelas Atividades Financeiras 19.772 15.270 102.074 15.270 Aumento nas Disponibilidades (1.391) 1.600 (47) 1.600 Disponibilidades - no Início do Exercício 1.878 278 1.878 278 Disponibilidades - Final do Exercício 487 1.878 1.831 1.878 Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis. alíquota de 25% sobre o lucro contábil ajustado (15% sobre o lucro tributável, acrescido do adicional de 10%); (ii) Contribuição social - calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. As inclusões ao lucro contábil de despesas temporárias não dedutíveis ou exclusões de receitas temporárias não tributáveis, consideradas para apuração do lucro tributável corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos. No exercício de 2010 não foram contabilizados valores de imposto de renda e contribuição social em virtude de ter sido apurado prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da contribuição social. 3.12. Informações da Consolidação: Controlada é toda a entidade cuja política financeira e operacional pode ser conduzida pela companhia e na qual normalmente há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis, são levados em consideração para constatar que a companhia controla outra entidade. Uma controlada é integralmente consolidada a partir da data em que o controle é transferido para a companhia e deixa de ser consolidada a partir da data em que o controle cessa. A Companhia usa o método de aquisição para contabilizar as combinações de negócios. As operações entre a companhia e sua controlada, bem como os saldos, os ganhos e as perdas não realizados nessas operações e seus efeitos tributários, foram eliminados. As políticas contábeis da controlada foram ajustadas para assegurar consistência com as políticas contábeis adotadas pela companhia. As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações financeiras da Renar Maçãs S.A. e sua subsidiária integral Pomifrai Fruticultura S.A. a qual também é controladora da Pomifrai Alimentos Ltda. 3.13. Estimativas Contábeis: As estimativas contábeis são baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração, para determinação do valor a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos à estimativas incluem: a seleção de vida útil do ativo imobilizado e ativos intangíveis; a provisão para créditos de liquidação duvidosa; a provisão para perdas no estoque; a análise de recuperação dos valores dos ativos imobilizados e intangíveis; as taxas e prazos aplicados na determinação do ajuste a valor presente de certos ativos e passivos; e a provisão para contingências. A liquidação das transações, envolvendo essas estimativas, poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras, devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A companhia revisa suas estimativas regularmente. 3.14. Lucro ou Prejuízo por Ação: O cálculo é efetuado segundo a equação “lucro líquido/prejuízo/quantidade de ações em circulação” no encerramento de cada exercício. 4. Disponibilidades: 4.1. Caixas e Bancos: Em Milhares de Reais Controladora Consolidado Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09 Caixa 5 9 10 9 Bancos 482 1.314 494 1.314 Total 487 1.323 504 1.323 4.2. Aplicações Financeiras: Em Milhares de Reais Controladora Consolidado Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09 Aplicações financeiras 555 1.327 555 Total Geral 555 1.327 555 A aplicação financeira realizada na controlada, no Banco Lemon S.A., é remunerada a uma taxa de variação DI FI LP. 5. Clientes: Em Milhares de Reais Controladora Consolidado Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09 Duplicatas a Receber 10.567 4.554 14.435 4.554 Duplicatas Descontadas - Bancos (1.860) (4.464) Duplicatas Descontadas (Pomifrai) (2.025) (2.025) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (2.689) (135) (3.428) (135) Total 3.993 4.419 4.518 4.419 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA em 31 de Dezembro - Em Milhares de Reais Produção Brasileira (mil toneladas) - 2003 a 2010 Fonte: ABPM 158 229 174 632 57 522 99 218 317 247 293 320 829 864 98 91 686 765 112 112 603 153 608 76 Exportação Mercado Interno Indústria 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 Após Incorporação Free-Float 30% Willy Egon Frey 2% ECP Private Equity 25% Acionistas POMIFRAI 27% Willy Frey Participações 16% Antes da Incorporação Free-Float ECP Private Equity Willy Frey Participações Willy Egon Frey 41% 34% 22% 3% POMIFRAI FRUTICULTURA S.A. POMIFRAI ALIMENTOS LTDA. POMIFRAI FRUTICULTURA S.A. POMIFRAI ALIMENTOS LTDA. RENAR MAÇÃS S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Períodos Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 - Em Milhares de Reais

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Renar Maçãs S.A.CNPJ nº 86.550.951/0001-50

A Renar Maçãs S.A. submete à apreciação de seus acionistas o Relatório da Administração e ascorrespondentes Demonstrações Financeiras Consolidadas, acompanhadas do parecer dos auditoresindependentes, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil. Mensagem da Administração: A Renar Maçãs S.A. foi fundada em 1962em Fraiburgo, Santa Catarina. Em seus quase cinquenta anos de atividades, a Companhia tem sedesenvolvido como organização empresarial de relevância no mercado em que atua, especialmente,pelos investimentos em processos e tecnologias para a produção, classificação, armazenagem ecomercialização de maçãs. O ano de 2010 foi marcado por importantes desenvolvimentos no contextooperacional e posicionamento de mercado da empresa. Incorporação da POMIFRAI: Em dezembro de2009, a Renar anunciou a incorporação da Pomifrai Fruticultura S.A. (produtora de maçãs do mesmo ramode atividade da Renar Maçãs e de porte semelhante), bem como da sua subsidiária Pomifrai AlimentosLtda. (produtora de derivados da maçã), em busca do objetivo da Companhia em se tornar uma das maisimportantes empresas de fruticultura do Brasil. Em setembro de 2010, foi concluída a incorporação daPomifrai Fruticultura à Renar Maçãs S.A. A consolidação dos processos operacionais, administrativos efinanceiros das duas empresas sob uma só gestão foi um passo fundamental na execução da estratégiade negócios em 2010.

Estrutura de Capital e entrada de acionistas ao Bloco de Controle: com a incorporação da Pomifraiem setembro de 2010, a Renar passou contar com a seguinte estrutura de capital:

Os benefícios das sinergias entre Renar e Pomifrai podem ser notados em todas as áreas, tendo permitidoque a Companhia ganhasse escala e produtividade. Além da área de pomares plantados ter aumentadosubstancialmente - 1.130 hectares - a capacidade de processamento e armazenagem da empresa maisque dobrou. Em 31 de dezembro de 2010 a Renar Maçãs S.A. possuía mais de 6.000 hectares em terras,que podem permitir um aumento e até mesmo diversificação da produção. A sua área produtiva é superiora 1.900 hectares, que geram uma capacidade de produção anual superior a 70.000 toneladas de maçãs.Seus packing houses podem processar anualmente mais de 89.000 toneladas e a capacidade total dearmazenagem refrigerada está próxima de 49.000 toneladas.

Renar PomifraiMaçãs Frut. Renar +

S.A. S.A. PomifraiTotal de Terras (ha) 2.723 3.427 6.150Pomares Utilizados (ha) 851 1.111 1.962Capacidade dos Pomares (ton./ano) 31.500 39.000 70.500Capacidade do packing house (ton./ano) 44.160 45.000 89.160Armazenagem (ton.) 22.000 26.965 48.965• Gestão e Governança Corporativa: durante o ano de 2010, a empresa promoveu importantestransformações na sua gestão visando (1) promover a incorporação da Pomifrai de maneira rápida eeficiente, (2) buscar sinergias, reduções de custos e ganhos de produtividade em decorrência do processode fusão das duas empresas e (3) consolidar sistemas, processos, bem como conhecimento técnico ecapital humano. Tais transformações foram de fundamental importância para que a Renar Maçãs S.A.continue fortalecendo a sua posição financeira e operacional, mantendo sua posição de destaque nomercado de fruticultura brasileiro. Para contribuir com estas iniciativas, a Renar contratou a Excelia,

empresa de gestão especializada em transformação e melhoria de desempenho de negócios.• Comercialização de maçãs de terceiros: Em 2010, a Renar também comercializou frutas compradasde produtores detentores de pomares próprios, denominados no mercado como “terceiros”. O volumecomercializado no ano proveniente de terceiros foi de aproximadamente 13.800 toneladas, representando16% do volume total de maçãs disponível para venda pela Companhia em 2010. Em razão da prioridadede utilização do caixa para atender compromissos operacionais e financeiros da Companhia, durante oano de 2010, não foram realizados adiantamentos a produtores de maças para financiamento da safra de2011. • Desmobilização de ativos não operacionais: a Companhia realizou em 2010 a venda de 450hectares de terras, rural, floresta e urbana, no valor total de R$ 4,5 milhões. As transações de venda foramrealizadas em valores de mercado e estão suportadas por laudos de avaliação emitidos por empresasindependentes. • Cenário Econômico-Setorial: De acordo com os dados da ABPM - AssociaçãoBrasileira dos Produtores de Maçãs, a safra nacional em 2010 alcançou a marca recorde de 1.150.000toneladas, apresentando um crescimento de quase 10% em relação ao ano anterior, cuja safra foi de1.046.000 toneladas. Ocasionada principalmente pelo aumento da área plantada, a safra de 2010 atingiuvolume recorde a despeito de dois fatores prejudiciais ocorridos na época da colheita: excesso de chuvas edificuldade de contratação de mão de obra. Em 2010, o volume de exportação do setor foi de 90.800toneladas, quase 8% inferior ao volume total exportado em 2009. Esta redução das exportações no setor demaçãs ocorreu principalmente pela valorização do real frente à moedas estrangeiras.

Desempenho Econômico-Financeiro: Para fins de clareza e transparência na prestação deinformações sobre a Companhia, estão demonstrados no presente relatório os dados econômico-financeiros de 2010 e 2009 das empresas Renar, Pomifrai Fruticultura e Pomifrai Alimentos. Em 2010, ovolume de vendas total comercializado pela Renar e Pomifrai totalizou 82.310 toneladas, ou 3,01% abaixodo ano de 2009, quando o volume de vendas consolidado das duas empresas antes da incorporação foi de84.862 toneladas. As exportações totais chegaram a 5.192 toneladas, crescendo quase 41% sobre 2009e representando cerca de 6,31 % do volume comercializado no período. O preço médio das frutascomercializadas pela Renar e Pomifrai em 2010 foi de R$ 0,82 por quilo, quase 4% acima do preço médioem 2009, que foi de R$ 0,79 por quilo. • As receitas operacionais líquidas em 2010 totalizaram R$ 65,66milhões, aproximadamente 4%, abaixo do montante verificado em 2009 de R$ 68,2 milhões. Tal recuodeve-se à redução de 3,01% do volume comercializado, parcialmente compensado por elevação de 4%no preço médio de venda. • Os custos das mercadorias e serviços atingiram o montante de R$ 70,99milhões, com elevação de 3% sobre o consolidado das empresas em 2009. A elevação no montante doscustos totais deve-se principalmente a três fatores: a) lançamento extraordinário de R$ 1,3 milhãoreferente ao ajuste de calendário agrícola, b) R$ 2,1 milhões referentes a gastos extraordinários emrecuperação de pomares por conta de falta de mão de obra na colheita de 2009. • As Despesas Comerciaise de Distribuição somaram R$ 4,2 milhões no ano de 2010, ante a R$ 2,5 milhões no consolidado pro-forma das empresas no ano anterior. No ano de 2010 foram contabilizados lançamentosextraordinários de provisão para devedores duvidosos de R$ 0,6 milhão relacionada a vendas do ano de2009. • As Despesas Gerais e Administrativas das empresas componentes da Renar em 2010 totalizaramR$ 11,1 milhões, em comparação a R$ 10,7 milhões em 2009. • Outras despesas somaram R$ 10,7milhões em 2010, representadas principalmente por a) R$ 5,3 milhões referentes à provisão para garantiade preço mínimo das ações utilizadas na incorporação da Pomifrai e b) R$ 4,9 milhões referentes a perdasde reavaliação de imobilizado de propriedade da Pomifrai, e lançadas por ocasião da incorporação emsetembro de 2010. • O Resultado Operacional do exercício representou um prejuízo de R$ 35,04 milhões. • No fim de 2010, o endividamento da Companhia estava em R$ 88,1 milhões, montante composto por R$ 33,0 milhões em curto prazo e R$ 55,1 milhões em longo prazo. As despesas financeiras, líquidas dasreceitas financeiras, totalizaram R$ 15,8 milhões no ano. Importante ressaltar que o resultado operacionaldo 4º trimestre de 2010 mostra uma significativa evolução, em reflexo das medidas de racionalização decustos e sinergias promovidas pela Administração e economias advindas da incorporação da PomifraiFruticultura S.A. Se desconsiderado o efeito dos lançamentos não recorrentes que estão relacionados atrimestres e anos anteriores, o lucro bruto do período entre outubro e dezembro de 2010 atingiu R$ 4,5

milhões, as despesas comerciais foram de R$ 1,1 milhão, as despesas gerais e administrativas notrimestre somaram R$ 1,1 milhão, conduzindo a um resultado operacional antes de despesas financeirasde R$ 2,3 milhões. Se adicionadas as despesas de depreciação lançadas no 4º trimestre de R$ 2,4milhões devido ao ajuste patrimonial, o resultado corrente do trimestre antes de depreciação, impostos edespesas financeiras (também denominado EBITDA) alcançou R$ 4,7 milhões. Mercado de Capitais: Asações da Renar Maçãs S.A. estão registradas para negociação na Bovespa sob o código “RNAR3”,admitidas à negociação no Novo Mercado, nível mais elevado de práticas diferenciadas de governançacorporativa. As ações da Companhia encerraram o ano de 2010 com cotação de R$ 0,66, em comparaçãoà cotação de fechamento do ano anterior de R$ 1,02. Foram realizados no ano 26.697 negócios comações da Companhia, envolvendo 95.490.300 ações, com volume financeiro total do ano de R$96.820.960 (fonte: Bovespa). Recursos Humanos: A Renar encerrou o ano de 2010 com 1.392empregados diretos, incluindo os profissionais alocados nas empresas Pomifrai Fruticultura e PomifraiAlimentos. No encerramento de 2009, o mesmo grupo de empresas contava com 1.605 empregados. Tal redução de 13% no número de empregados foi resultante principalmente da integração operacional eadministrativa das empresas. Relacionamento com Auditores Independentes: A política daCompanhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa com os auditoresindependentes se fundamenta nos princípios que preservam sua independência. Esses princípiosconsistem, de acordo com os padrões internacionalmente aceitos, em: (a) o auditor não deve auditar o seupróprio trabalho; (b) o auditor não deve exercer função de gerência no seu cliente, e (c) o auditor não deverepresentar legalmente os interesses de seus clientes. Em linha com o Inciso III, artigo 2º da InstruçãoCVM nº 381/03, a Companhia adota como procedimento formal, previamente à contratação de outrosserviços profissionais que não os relacionados à auditoria contábil externa, consultar seu Conselho deAdministração para assegurar-se de que a realização da prestação destes outros serviços não venha aafetar sua independência e objetividade, necessária ao desempenho dos serviços de auditoriaindependente. Responsabilidade Social e Ambiental: Ecologia e Meio Ambiente: A Companhiapreocupa-se com a sustentabilidade de seus negócios, aplicando em suas atividades, além das normasambientais nacionais e internacionais, um rigoroso respeito à sociedade e ao meio ambiente. As atividades estão regulares, com a emissão do respectivo Laudo Ambiental de Operação (LAO),expedido pela Fundação de Tecnologia e Meio Ambiente de Santa Catarina, necessário para asoperações de produção, exigidas pela Legislação Brasileira. As fontes de águas dentro das propriedadesestão 100% protegidas e são monitoradas constantemente por meio de exames laboratoriais periódicospara impedir contaminação. A Administração se preocupa com questões ambientais e sociais,executando atividades de forma consciente, respeitando a natureza, o ser humano e a sociedade emgeral. A Companhia investe na proteção ambiental, conservando uma Mata Nativa denominada MataRené Frey, com 61,7 hectares, localizada praticamente dentro da cidade de Fraiburgo com árvores commais de 300 anos de idade. Em 2007, juntamente com a APRIMAV, uma ONG especializada narecuperação de matas nativas, iniciamos um projeto de recuperação das partes degradadas pelo tempodentro da mata Rene Frey, que estavam sofrendo com a invasão de espécies daninhas não originárias.Esse patrimônio, símbolo de preservacionismo, é objeto de visitas e, principalmente, admiração públicada população e de turistas de todas as regiões do País, que juntamente com a colheita das maçãs,constituem uma das maiores atrações turísticas do município. Desde 2003, a Companhia se preocupacom a segurança dos processos de forma que garanta a qualidade de seus produtos, possuindo ocertificado Good Agricultural Pratices (EUREP-GAP) e British Retail Council (BRC), Análise dePerigos e Pontos Críticos de Controle - APCCP (HACCP), e mantendo-os por meio de auditoriaindependente realizada pela Latus Sistemas. Cláusula Compromissória de Adesão à Câmara deArbitragem: A Companhia informa que está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem doMercado, conforme Cláusula Compromissória constante no Capítulo X - Do Juízo Arbitral, artigo 42 de seuEstatuto Social. “Cláusula Compromissória” consiste na cláusula de arbitragem, mediante a qual aCompanhia, seus Acionistas, Administradores, membros do conselho fiscal e a BOVESPA obrigam-se aresolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles,relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seusefeitos, das disposições contidas na Lei das Sociedades Anônimas, no Estatuto Social da Companhia,nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão deValores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitaisem geral, além daquelas constantes deste Regulamento de Listagem, do Regulamento de Arbitragem edo Contrato de Participação no Novo Mercado da Bovespa. Perspectivas para 2011: Em 2011, osresultados consolidados da Renar e controladas deverão refletir por inteiro as medidas de racionalizaçãode custos e despesas, integração das operações entre Renar e Pomifrai e demais iniciativas de melhoriade desempenho implementadas ao longo do ano de 2010. A Administração da Companhia tem comoprioridades para 2011 atingir melhores níveis de rentabilidade e reduzir o seu endividamento. Destaforma, o seu planejamento tem como prioridades: • Reestruturar a sua área comercial, visando: a) desenvolver canais de vendas hoje não explorados, como os auto-serviços, b) fortalecer a sua posiçãoem regiões atualmente pouco exploradas, visando aumentar a sua distribuição nacional. • Manter os seusesforços para desmobilizar ativos não relacionados com a sua atividade produtiva. • Aumentar a eficiênciada sua produção, reduzindo áreas de pomares com menor produtividade e rendimento. • Fortalecer a suagestão através de processos integrados entre todas as áreas. Agradecimentos: Nossos agradecimentosaos colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e acionistas. Destacamos a dedicação das autoridadesligadas às nossas atividades, dos representantes da Associação Brasileira de Produtores de Maçãs - ABPMe do Ministério da Agricultura na busca pelo desenvolvimento do setor de maçãs.

Fraiburgo, 31 de março de 2011A Diretoria

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2010

Controladora ConsolidadoAtivo 2010 2009 2010 2009Circulante 30.921 29.727 34.356 29.727Disponibilidades 487 1.878 1.831 1.878Caixa e Bancos 487 1.323 504 1.323Aplicações Financeiras – 555 1.327 555Direitos Realizáveis 30.434 27.849 32.525 27.849Clientes 3.993 4.419 4.518 4.419Estoques 9.370 13.052 18.145 13.052Tributos a Recuperar 3 51 530 51Adiantamentos a Fornecedores 5.344 8.055 5.638 8.055Alienação de Bens do Imobilizado 2.784 1.405 2.784 1.405Partes Relacionadas 8.109 – – –Outras Contas a Receber 546 97 615 97Despesas Antecipadas 285 770 295 770Não Circulante 115.396 83.887 166.880 83.887Realizável a Longo Prazo 8.970 7.713 15.381 7.713Depósitos Judiciais 710 213 1.604 213Tributos a Recuperar 6.374 5.725 10.327 5.725Alienação de Bens do Imobilizado 1.832 1.702 1.832 1.702Outras Contas a Receber 54 73 1.618 73Investimentos 36.359 – – –Imobilizado 69.933 76.148 150.983 76.148Intangível 131 23 259 23Diferido 3 3 257 3Total do Ativo 146.317 113.614 201.236 113.614

1. Contexto Operacional: A Renar Maçãs S.A. foi constituída em 22/Fev/67 e tem como atividadespreponderantes o cultivo e a venda de maçãs, além da fruticultura. Atua, também, em outras atividadescomo o florestamento e reflorestamento, produção de mudas e sementes, apicultura, extrativismo vegetalde florestas nativas ou formadas, industrialização de frutas, comércio, exportação e importação de frutas,verduras e seus derivados, insumos e embalagens e a prestação de serviços nas áreas de classificação earmazenagem de produtos vegetais. A companhia obteve Registro de Capital Aberto sob o nº 01965-8,junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 28/Dez/04. Em 02/Dez/09 a Renar Maçãs S.A. e aPomifrai Fruticultura S.A. firmaram, juntamente com os acionistas da Pomifrai e outros, um Acordo deIncorporação (“Acordo de Incorporação”), visando viabilizar a associação estratégica entre as companhias,objetivando unificar suas operações mediante a incorporação das ações de emissão da Pomifrai pelaRenar Maçãs, nos termos do art. 252 da Lei nº 6.404/76 (“Associação Estratégica”). A assinatura do acordode incorporação foi autorizada pelo conselho de administração da Renar Maçãs, em reunião realizada em02/Dez/09. Em 28/Set/10 a companhia realizou AGE, que conforme deliberação (iv): Aprovou aincorporação de ações, convertendo-se a Pomifrai em subsidiária integral da companhia, nos termos doartigo 252 da lei nº 6.404/76 e conforme estabelecido no protocolo e justificação, no qual foi fixada umarelação de substituição de 1,5 (uma e meia) ação ordinária de emissão da companhia para cada 1 (uma)ação de emissão da Pomifrai a ser incorporada (“Relação de Substituição”), totalizando uma emissão, pelacompanhia, de 30.000.000 (trinta milhões) de novas ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal(“Novas Ações”). 2. Apresentação e Elaboração das Demonstrações Financeiras: As demonstraçõesfinanceiras consolidadas e individuais da companhia foram preparadas de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil, identificadas como consolidado - BR GAAP. As práticas contábeis adotadasno Brasil compreendem as diretrizes da legislação societária (Lei nº 6.404/76), que incluem os dispositivosintroduzidos, alterados e revogados pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09 e pelos pronunciamentos,orientações e interpretações contábeis, aplicáveis à companhia, emitidos pelo Comitê de PronunciamentosContábeis (CPCs) e aprovados pela CVM e Conselho Federal de Contabilidade. As informações contidasneste relatório estão apresentadas de forma consolidada e foram aprovadas pela diretoria e pelo conselhode administração da Renar Maçãs S.A. em 08 de Abril de 2011. A avaliação do investimento em controladaé apresentada pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente, oque diverge das IFRSs, nas quais a exigência é para que a avaliação desses investimentos nasdemonstrações da controladora seja pelo seu valor justo ou pelo custo. As práticas e avaliações contábeisadotadas que produziram efeitos na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras estãobaseadas nos pronunciamentos contábeis, as quais foram. Em atendimento a Deliberação CVM nº 636/10,que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 01(R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, aadministração da companhia não aplicou o referido pronunciamento, conforme explicado nota 3.6; • Ematendimento a Deliberação CVM nº 640/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) - Efeitosnas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis; a administração dacompanhia registrou os efeitos em suas demonstrações financeiras; • Em atendimento a Deliberação CVMnº 641/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, aadministração, para o exercício findo de 31/Dez/10, está apresentando a demonstração dos fluxos de caixacomparativa com o exercício de 2009; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 644/10, que aprovou oPronunciamento Técnico CPC 04 (R1) - Ativo Intangível, a administração apurou e contabilizou os valoresnessa conta; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 646/10, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC07 (R1) - Subvenção e Assistência Governamentais, a administração aplicou o presente pronunciamento enão apurou valores relevantes que justificassem qualquer ajuste em suas demonstrações financeiras; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 557/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 09 -Demonstração do Valor Adicionado - DVA, a administração, para o exercício findo de 31/Dez/10, estáapresentando a DVA comparativa com o exercício de 2009; • Em atendimento a Deliberação CVM nº564/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 12 - Ajuste a Valor Presente, a administração aplicoueste pronunciamento e apurou valores, os quais foram contabilizados tanto em seus ativos quanto em seuspassivos; • Pronunciamento Técnico CPC 15 - Combinação de Negócios, aprovado pela Deliberação CVMnº 580/09. A administração informa que adquiriu até 30/Set/10 ativos, assumindo passivos, mediante acombinação de negócios no período de 2010, conforme divulgado detalhadamente na nota 25; • Pronunciamento Técnico CPC 16 - Estoques, aprovado pela Deliberação CVM nº 575/09. A administraçãoda companhia avaliou as exigências do Pronunciamento e concluiu que as práticas contábeis relacionadasaos estoques já estavam em harmonia com essas novas exigências; • Em atendimento a Deliberação CVMnº 605/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 18 - Investimento em Coligada e Controlada econsiderando que possui investimentos na controlada Pomifrai Fruticultura S.A., a administração dacompanhia aplicou os procedimentos exigidos no pronunciamento, conforme detalhamento na nota 10; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 577/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 20 - Custosde Empréstimos, a administração aplicou esse pronunciamento e não apurou valores relevantes quejustificassem modificações nos procedimentos contábeis aplicáveis às demonstrações financeiras; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 594/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 25 -Provisões, Passivos Contingentes, a administração aplicou este pronunciamento e contabilizou e divulgouvalores, conforme demonstrado em nota 17; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 583/09, que aprovouo Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, a administração da companhia, informa que estáimplementando os controles internos necessários para mensurar os reflexos da aplicação das exigênciasdeste pronunciamento na controladora, conforme demonstrado em nota 3.6; • Quanto ao PronunciamentoTécnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola (IAS 41), aprovado pela Deliberação CVM nº 596/09, aadministração, após analisar as etapas do processo de desenvolvimento da fruta, concluiu que não épossível o reconhecimento e mensuração do ativo biológico, haja vista que, somente após a maturação, ouseja, em até 10 dias antes do fruto estar maduro e apto para colheita, é possível valorizá-lo. Dessa forma, aadministração decidiu por não reconhecer os efeitos dos ativos biológicos; • Em atendimento a DeliberaçãoCVM nº 597/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 30 - Receitas, a administração aplicou essepronunciamento e informa que as receitas de vendas são reconhecidas quando a propriedade e os riscosinerentes ao produto são substancialmente transferidos aos clientes. Uma receita não é reconhecida se háincerteza significativa de sua realização; • Em atendimento a Deliberação CVM nº 599/09, que aprovou oPronunciamento Técnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucro, a administração adota procedimentos contábeisde reconhecimento e divulgação detalhada da tributação sobre o lucro, conforme se observa na nota 20. • Em atendimento a Deliberação CVM nº 599/09, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 36 (R1) -Demonstrações Consolidadas, a administração informa que na preparação das demonstrações financeirasconsolidadas foram observadas as exigências CPC 36 (R1); • Pronunciamento Técnico CPC 38 -Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração; Pronunciamento Técnico CPC 39 - InstrumentosFinanceiros: Apresentação e Pronunciamento Técnico CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação,todos aprovados pela Deliberação CVM nº 604/09. A companhia já adotava procedimentos contábeis dereconhecimento e divulgação dos instrumentos financeiros, motivo pelo qual a administração informa que aaplicação das exigências desses pronunciamentos não provocaram reflexos contábeis, apenas maioresinformações em notas explicativas das demonstrações financeiras, conforme nota 22. De acordo com a Leinº 11.941/09, as modificações no critério de reconhecimento de receita, custos e despesas computadas naapuração do lucro líquido do período, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38, da Leinº 11.941/09, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica, face ao regimetributário de transição - RTT, devendo ser considerados para fins tributários, os métodos e critérioscontábeis vigentes em 31/Dez/07. Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da controladora e dacontrolada são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual as empresas atuam(“moeda funcional”). Para fins das demonstrações consolidadas, os resultados e os saldos patrimoniais de

cada empresa do grupo são convertidos para reais que é a moeda funcional e de apresentação dasdemonstrações financeiras da Companhia. 3. Principais Práticas Contábeis: 3.1. Apuração doResultado: O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil decompetência de exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos osriscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador, e é provável que os benefícioseconômicos sejam gerados a favor da companhia. Uma receita não é reconhecida se há uma incertezasignificativa da sua realização. As receitas e despesas de juros são reconhecidas pelo método da taxaefetiva de juros na rubrica de receitas e despesas financeiras. 3.2. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros são reconhecidos a partir da data em que a companhia se torna parte dasdisposições contratuais dos instrumentos financeiros. Quando reconhecidos, são inicialmente registradosao seu valor justo, acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à sua aquisição ouemissão. Sua mensuração subsequente ocorre a cada data de balanço, de acordo com as regrasestabelecidas para cada tipo de classificação de ativos e passivos financeiros. 3.2.1. Ativos financeiros:São mensurados ao valor justo por meio do resultado, e incluem ativos financeiros disponíveis paranegociação no curto prazo e ativos designados no reconhecimento inicial ao valor justo por meio doresultado. A cada data de balanço são mensurados pelo seu valor justo. Os juros, correção monetária e asvariações decorrentes da avaliação ao valor justo, são reconhecidos no resultado na linha de receitas oudespesas financeiras quando incorridos. Os principais ativos financeiros, reconhecidos pela companhia,são caixa e equivalente de caixa, aplicações financeiras em fundos de renda fixa com rendimento diário,contas a receber de clientes, contas a receber por alienação de bens do ativo imobilizado. A companhia nãoidentificou ativos financeiros que seriam classificados na categoria de investimentos mantidos até ovencimento. 3.2.2. Passivos financeiros: Os passivos financeiros são classificados como nãomensurados ao valor justo e compostos por passivos financeiros não derivativos que não são usualmentenegociados antes do vencimento. Após o reconhecimento inicial, são mensurados pelo custo amortizado,pelo método da taxa efetiva de juros. Os juros, atualização monetária e variação cambial, quandoaplicáveis, são reconhecidos no resultado, quando incorridos. Os principais passivos financeirosreconhecidos pela companhia são: contas a pagar a fornecedores, empréstimos e financiamentos. 3.3. Caixa e equivalentes de caixa: Incluem caixa, saldos positivos em conta movimento, aplicaçõesfinanceiras, resgatáveis no prazo de até 90 dias das datas dos balanços e com risco insignificante demudança de seu valor de mercado. As aplicações financeiras, classificadas como equivalentes de caixa,são ativos financeiros disponíveis para negociação. 3.4. Contas a receber de clientes: As contas areceber são apresentadas a valores de realização, com atualização cambial, quando denominadas emmoeda estrangeira, e ajustadas por provisão para créditos de liquidação duvidosa, constituída emmontante considerado suficiente pela administração, para fazer face a eventuais perdas na realização. 3.5. Estoques: Os estoques de mercadorias e materiais de consumo, incluindo a safra de maçãs própriasem formação, estão demonstrados pelo custo médio de aquisição, formação ou produção, e não excedemaos respectivos valores líquidos de realização. 3.6. Imobilizado: Na Controladora o ativo imobilizado estáregistrado ao custo de aquisição ou construção, acrescido de reavaliação de exercícios anteriores,incluindo os bens adquiridos por arrendamento mercantil, deduzido da depreciação acumulada, atualizadomonetariamente até 31/Dez/95. As depreciações são calculadas pelo método linear, observadas as taxasanuais informadas na nota 11. A Companhia optou por manter os saldos existentes da reavaliação, osquais serão realizados de acordo com a depreciação ou baixas dos bens reavaliados. Em função dareavaliação ocorrida em 29/Dez/06, novas taxas de depreciação foram aplicadas aos pomares,edificações urbanas e rurais, a partir de Jan/07, considerando o tempo de vida útil econômicaremanescente. Especificamente, aos pomares, foram aplicadas taxas anuais de depreciaçãodiferenciadas, considerado o período de vida útil produtiva de cada pomar. A reavaliação ocorrida em 2006também contemplou ativos não depreciáveis, como terrenos. Na época não foram contabilizados oscorrespondentes tributos, em atendimento à prática contábil vigente naquele momento (Lei 6404/76).Contudo, em 2010, para atender a Interpretação Técnica ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicialdo Ativo Imobilizado, a administração efetuou registro contábil a débito de conta retificadora da reserva dereavaliação e a crédito de provisão para imposto de renda e contribuição social no passivo não circulante. A administração até o momento não implementou os controles internos necessários para a mensuraçãodos reflexos da aplicação das exigências do Pronunciamento CPC 01 que refere-se a redução ao valorrecuperável de ativos e CPC 27 que prescreve que o método de depreciação utilizado pela entidade deverefletir o modelo de previsão de consumo (vida útil) dos benefícios econômicos do ativo. Em virtude dosativos da companhia serem constituídos, principalmente, de imóveis e implementos rurais, foi contratada aempresa Rosfil Cadastramento e Gerenciamento Patrimonial Ltda., CNPJ 00.593.896/0001-60,qualificada para desenvolver os trabalhos visando atender integralmente os CPC’s 01 e 27. Os motivos quelevaram a administração ao não cumprimento da exigência foram: a contratação, elaboração e entrega dolaudo de reavaliação dos ativos, fora de um prazo hábil para a execução dos procedimentos. O atendimentoaos referidos CPC’s serão implantados na íntegra na companhia durante o exercício de 2011. Na controlada os bens patrimoniais estão registrados ao custo de aquisição ou construção,complementado com o acréscimo de custo atribuído a determinadas classes de imobilizado, devidamentesuportado por laudo de avaliação patrimonial elaborado por empresa especializada e as depreciações sãocalculadas pelo método linear, em função da expectativa de vida útil econômica dos bens. Na controlada aadministração revisa, anualmente, o valor contábil líquido dos ativos, especialmente o imobilizado, com oobjetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas,que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências sãoidentificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração,ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Essas perdas, quando necessárias, sãoclassificadas como outras despesas operacionais. Em 31/Dez/10 a Administração identificou anecessidade do registro de provisão para desvalorização na classe de imobilizado culturas permanentes -pomares e florestas. 3.7. Intangível: Corresponde às marcas, registradas ao custo de aquisição e nãoultrapassa o valor de realização. Estes ativos possuem vida útil indefinida e são submetidos a teste anualpara análise de perda do seu valor recuperável. 3.8. Diferido: Os gastos com sistemas e com certificaçõesdiferidos são recuperáveis, e serão mantidos até o término da amortização. 3.9. Outros Ativos ePassivos: Um passivo é reconhecido no balanço quando a companhia possui uma obrigação legal ouconstituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico sejarequerido para liquidá-lo. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do riscoenvolvido. Outros ativos são reconhecidos nos balanços somente quando for provável que seus benefícioseconômicos futuros serão gerados em favor da companhia e seu custo ou valor puder ser mensurado comsegurança. Ativos contingentes não são reconhecidos. 3.10. Ajuste a Valor Presente de Ativos ePassivos: Os ativos e passivos de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estãoajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazoé calculado e, somente, registrado se considerado relevante em relação às informações anuais tomadasem conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculadoconsiderando os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dosrespectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa a administraçãoconcluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relaçãoàs informações anuais tomadas em conjunto e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste. 3.11. Impostode Renda e Contribuição Social sobre o Lucro: A tributação sobre o lucro do exercício compreende oimposto de renda pessoa jurídica (“IRPJ”) e a contribuição social sobre lucro líquido (“CSLL”), abrangendoimposto corrente e o diferido, que são calculados com base nos resultados tributáveis (lucro contábilajustado), às alíquotas vigentes nas datas dos balanços, sendo elas: (i) Imposto de renda - calculado à

Controladora ConsolidadoPassivo 2010 2009 2010 2009Circulante 36.305 33.389 57.599 33.389Fornecedores 9.728 13.272 13.327 13.272Salários e Encargos Sociais 1.246 1.393 2.586 1.393Obrigações Tributárias 305 125 1.437 125Adiantamentos 4.397 269 4.529 269Empréstimos e Financiamentos 17.874 15.337 32.963 15.337Partes Relacionadas 2.026 1.962 2.026 1.962Outras Obrigações 729 1.031 731 1.031Não Circulante 51.300 23.755 84.925 23.755Empréstimos e Financiamentos 36.495 19.324 55.122 19.324Depósitos Judiciais 458 – – –Tributos Diferidos sobre Reavaliação 8.506 3.725 21.842 3.725Provisão para Contingências 537 706 610 706Provisão Preço Mínimo Ações 5.304 – 5.304 –Outros Valores – – 2.047 –Patrimônio Líquido 58.712 56.470 58.712 56.470Capital Social 110.986 62.400 110.986 62.400Reservas de Reavaliação 16.582 23.785 16.582 23.785Reservas de Lucros 35 35 35 35Reserva Legal 35 35 35 35Prejuízos Acumulados (68.891) (29.750) (68.891) (29.750)Total do Passivo 146.317 113.614 201.236 113.614

Controladora Consolidado2010 2009 2010 2009

Receita Bruta 35.231 37.278 67.834 37.278Venda de Mercadorias e Serviços 35.231 37.278 67.834 37.278Deduções (1.102) (3.900) (2.168) (3.900)Impostos, Devoluções e Abatimentos (1.102) (3.900) (2.168) (3.900)Receita Líquida 34.129 33.378 65.666 33.378Custos das Mercadorias e Serviços (39.971) (38.975) (71.835) (38.975)Prejuízo/Lucro Bruto (5.842) (5.597) (6.169) (5.597)Receitas/Despesas Operacionais (27.362) (7.169) (13.074) (7.169)Despesas Comerciais e de Distribuição (1.710) (1.548) (3.351) (1.548)Despesas Gerais e Administrativas (8.590) (5.447) (12.005) (5.447)Depesa com Provisão Preço Mínimo Ações (5.304) – (5.304) –Resultado Equivalência Patrimonial (12.227) – – –Outras Receitas/Despesas 469 (174) 7.586 (174)Resultado Operacional (33.204) (12.766) (19.243) (12.766)Despesas Financeiras (11.461) (9.073) (19.124) (9.073)Receitas Financeiras 3.102 6.209 3.321 6.209Prejuízo do Exercício (41.563) (15.630) (35.046) (15.630)Por Ação (0,3778) (0,1954) (0,3186) (0,1954)

Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis.

BALANÇO PATRIMONIAL em 31 de Dezembro - Em Milhares de Reais

Capital Reservas de Reservas Prejuízos TotalSocial Reavaliação de Lucros Acumulados Geral

Saldos em 31/Dez/08 42.400 24.489 35 (14.959) 51.965Aumento de Capital 20.000 – – – 20.000Realização de Reserva de Reavaliação – (839) – 839 –Reversão do IR e CS s/Reavaliação – 135 – – 135Prejuízo do Exercício – – – (15.630) (15.630)Saldos em 31/Dez/09 62.400 23.785 35 (29.750) 56.470Aumento de Capital 48.586 – – – 48.586IR e CS Diferidos s/Reavaliação – (5.172) – – (5.172)Realização de Reserva de Reavaliação – (2.422) – 2.422 –Reversão do IR e CS s/Reavaliação – 391 – – 391Realização de Avaliação Patrimonial - Impacto Eq. Patrim. – – – (3.271) (3.271)Ajustes de Exercício Anterior - Impacto Eq. Patrim. – – – 628 628Ativos e Passivos Baixados na Avaliação - Impacto na Eq. Patrim. – – – (6.182) (6.182)Realização Ágio - Impacto na Eq. Patrim. – – – 2.308 2.308Prejuízo do Exercício – – – (35.046) (35.046)Saldos em 31/Dez/10 110.986 16.582 35 (68.891) 58.712

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Período de 31/Dez/08 a 31/Dez/10 - Em Milhares de Reais

Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis.

Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis.

Controladora ConsolidadoDescrição 2010 2009 2010 20091- Receitas 35.965 34.454 75.138 34.454Vendas de Mercadorias e Serviços 35.487 34.206 74.602 34.206Resultados não Operacionais 4.477 248 5.271 248

(3.999) – (4.735) – 2- Insumos Adquiridos de Terceiros

(Inclui Impostos ICMS e IPI) 32.380 29.911 50.415 29.911Custo das Matérias-Primas, Mercadorias e Serviços 23.896 27.189 38.986 27.189Materiais, Energia, Serviços de Terceiros e Outros 3.993 2.722 6.270 2.722Demais Custos 4.491 – 5.159 – 3- Valor Adicionado Bruto (1-2) 3.585 4.543 24.723 4.5434- Retenções 4.147 4.292 10.165 4.292Depreciação e Amortização 4.147 4.292 10.165 4.2925- Valor Adicionado Líquido Produzido

Pela Companhia (3-4) (562) 251 14.558 2516- Valor Adicionado Recebido em Transferência (9.125) 6.209 3.321 6.209Receitas Financeiras 3.102 6.209 3.321 6.209Outros -Resultado Equivalência Patrimonial (12.227) – – –7- Valor Adicionado Total a Distribuir (5+6) (9.687) 6.460 17.879 6.4608- Distribuição do Valor Adicionado (9.687) 6.460 17.879 6.460Pessoal e Encargos 13.052 11.932 26.579 11.932Impostos, Taxas e Contribuições 1.721 1.043 2.958 1.043Juros e Aluguéis 11.799 9.115 18.084 9.115Garantia de Preço Mínimo sobre Ações 5.304 – 5.304 – Resultado do Exercício - Prejuízo (41.563) (15.630) (35.046) (15.630)

Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADOem 31 de Dezembro -Em Milhares de Reais

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS dos Exercícios em 31 de Dezembro Em Milhares de Reais

Controladora ConsolidadoFluxo de Caixa das Atividades Operacionais 2010 2009 2010 2009Resultado do Exercício (41.563) (15.630) (35.046) (15.630)

Ajuste do Resultado das DisponibilidadesGeradas na Atividade Operacional 19.182 5.268 8.573 5.268

Depreciação e Amortização 4.147 4.292 10.165 4.292Baixa de Investimento – 96 – 96Baixa de Bens do Imobilizado 2.808 880 9.706 880Equivalência Patrimonial 12.227Impactos da Realização da Avaliação/Realização – – (11.926) –Ajuste de Exercício Anterior – – 628 –Variações nos Ativos e Passivos 2.066 (104) 19.548 (104)Aumento em Clientes 426 (1.961) (99) (1.961)Aumento nos Estoques 3.682 (2.406) (5.093) (2.406)Redução nos Adiantamentos a Fornecedores 2.711 (3.316) 2.417 (3.316)Aumento nos Tributos a Recuperar (601) 461 (5.081) 461Aumento em Partes Relacionadas (8.109) – – –Aumento em Depósitos Judiciais 29 (1.391) 29Aumento nos Direitos Realizáveis (2.455) 489 (3.572) 489Redução nas Despesas Antecipadas 504 (285) 475 (285)Aumento em Fornecedores (3.544) 7.503 55 7.503Aumento em Tributos Diferidos – (135) 18.117 (135)Aumento em Provisão para Preço Mínimo Ações 5.304 – 5.304 –Aumento em Outras Contas a Pagar e Provisões 4.148 (483) 8.416 (483)Disponibilidades Líquidas Geradas

pelas Atividades Operacionais (20.315) (10.466) (6.925) (10.466)Fluxo de Caixa das Atividades de InvestimentosAplicações no Imobilizado e Intangível (848) (3.201) (95.196) (3.201)Aplicação Investimentos – (3) – (3)Disponibilidades Líquidas Geradas

nas Atividades de Investimentos (848) (3.204) (95.196) (3.204)Atividades de FinanciamentosAumento de Empréstimos e Financiamentos 19.772 (4.730) 53.488 (4.730)Aumento de Capital – 20.000 48.586 20.000Disponibilidades Líquidas Geradas

pelas Atividades Financeiras 19.772 15.270 102.074 15.270Aumento nas Disponibilidades (1.391) 1.600 (47) 1.600Disponibilidades - no Início do Exercício 1.878 278 1.878 278Disponibilidades - Final do Exercício 487 1.878 1.831 1.878

Obs.: As notas explicativas integram o conjunto das Demonstrações Contábeis.

alíquota de 25% sobre o lucro contábil ajustado (15% sobre o lucro tributável, acrescido do adicional de10%); (ii) Contribuição social - calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. As inclusões aolucro contábil de despesas temporárias não dedutíveis ou exclusões de receitas temporárias nãotributáveis, consideradas para apuração do lucro tributável corrente geram créditos ou débitos tributáriosdiferidos. No exercício de 2010 não foram contabilizados valores de imposto de renda e contribuição socialem virtude de ter sido apurado prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da contribuição social. 3.12. Informações da Consolidação: Controlada é toda a entidade cuja política financeira e operacionalpode ser conduzida pela companhia e na qual normalmente há uma participação acionária de mais dametade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmenteexercíveis, são levados em consideração para constatar que a companhia controla outra entidade. Umacontrolada é integralmente consolidada a partir da data em que o controle é transferido para a companhia edeixa de ser consolidada a partir da data em que o controle cessa. A Companhia usa o método de aquisiçãopara contabilizar as combinações de negócios. As operações entre a companhia e sua controlada, bemcomo os saldos, os ganhos e as perdas não realizados nessas operações e seus efeitos tributários, forameliminados. As políticas contábeis da controlada foram ajustadas para assegurar consistência com aspolíticas contábeis adotadas pela companhia. As demonstrações financeiras consolidadas abrangem asdemonstrações financeiras da Renar Maçãs S.A. e sua subsidiária integral Pomifrai Fruticultura S.A. a qualtambém é controladora da Pomifrai Alimentos Ltda. 3.13. Estimativas Contábeis: As estimativascontábeis são baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração, paradeterminação do valor a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos àestimativas incluem: a seleção de vida útil do ativo imobilizado e ativos intangíveis; a provisão para créditosde liquidação duvidosa; a provisão para perdas no estoque; a análise de recuperação dos valores dosativos imobilizados e intangíveis; as taxas e prazos aplicados na determinação do ajuste a valor presentede certos ativos e passivos; e a provisão para contingências. A liquidação das transações, envolvendo essasestimativas, poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstraçõesfinanceiras, devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A companhia revisa suasestimativas regularmente. 3.14. Lucro ou Prejuízo por Ação: O cálculo é efetuado segundo a equação“lucro líquido/prejuízo/quantidade de ações em circulação” no encerramento de cada exercício.4. Disponibilidades: 4.1. Caixas e Bancos:

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Caixa 5 9 10 9 Bancos 482 1.314 494 1.314 Total 487 1.323 504 1.323 4.2. Aplicações Financeiras: Em Milhares de Reais

Controladora ConsolidadoDescrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Aplicações financeiras – 555 1.327 555 Total Geral – 555 1.327 555 A aplicação financeira realizada na controlada, no Banco Lemon S.A., é remunerada a uma taxa devariação DI FI LP.5. Clientes: Em Milhares de Reais

Controladora ConsolidadoDescrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Duplicatas a Receber 10.567 4.554 14.435 4.554 Duplicatas Descontadas - Bancos (1.860) – (4.464) – Duplicatas Descontadas (Pomifrai) (2.025) – (2.025) – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (2.689) (135) (3.428) (135)Total 3.993 4.419 4.518 4.419

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA em 31 de Dezembro - Em Milhares de Reais

Produção Brasileira (mil toneladas) - 2003 a 2010

Fonte: ABPM

158 229174

632

57

522

99

218

317 247293 320

829 864

98 91

686 765

112 112

603

153

608

76

Exportação Mercado Interno Indústria

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

1400

1200

1000

800

600

400

200

0

Após Incorporação

Free-Float

30%Willy Egon

Frey2%

ECP PrivateEquity

25%

AcionistasPOMIFRAI

27%

Willy FreyParticipações

16%

Antes da Incorporação

Free-FloatECP Private

Equity

Willy FreyParticipações

Willy EgonFrey

41% 34%

22%3%

POMIFRAI FRUTICULTURA S.A.

POMIFRAI ALIMENTOS LTDA.

POMIFRAI FRUTICULTURA S.A.

POMIFRAI ALIMENTOS LTDA.

RENAR MAÇÃS S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Períodos Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 - Em Milhares de Reais

Renar Maçãs S.A.CNPJ nº 86.550.951/0001-50

A composição das Contas a Receber por idade de vencimento é:Em Milhares de Reais

Controladora ConsolidadoVencimentos 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Vencidas até 30 dias 117 481 298 481 Vencidas de 31 a 60 dias 63 1.863 165 1.863 Vencidas de 61 a 90 dias 10 192 15 192 Vencidas de 91 a 180 dias 729 163 748 163 Vencidas a mais de 181 dias 7.110 51 8.086 51 Total vencidas 8.029 2.750 9.312 2.750 A vencer 2.538 1.804 5.123 1.804 Total Duplicatas 10.567 4.554 14.435 4.554A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é:

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Movimentações 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Saldo inicial (135) (153) (135) (153)Adições (2.554) (84) (3.293) (84)Recuperações – 102 – 102 Total (2.689) (135) (3.428) (135)6. Estoques: A composição dos estoques em 2010 e 2009 está demonstrada a seguir:

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Maçãs Próprias 219 36 299 36 Maçãs de Terceiros 246 1.944 246 1.944 Produtos em Formação (Safra de Maçãs) 6.787 8.990 14.405 8.990 Material Consumo e Reposição 1.672 2.047 2.301 2.047 Estoque em Poder de Terceiros 426 – 856 – Outros 20 35 38 35 Total 9.370 13.052 18.145 13.052 7. Tributos a Recuperar:

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Ativo Circulante 3 51 530 51 IRRF sobre Aplicação Financeira 3 51 12 51 ICMS – – – – PIS – – 15 – COFINS – – 71 – Contribuição Social s/Lucro – – 11 – Crédito Presumido IPI a Recuperar – – 421 – Ativo Não Circulante 6.374 5.725 10.327 5.725 ICMS 547 584 854 584 PIS 1.099 932 1.706 932 COFINS 4.728 4.209 7.767 4.209 Total 6.377 5.776 10.857 5.776 Os montantes de PIS e de COFINS a compensar são decorrentes de créditos pela compra de insumos,acumulados em razão da isenção destes tributos nas atividades da companhia. Foi requerido,administrativamente, junto à Secretaria da Receita Federal, amparada no art. 16, inciso II da Lei nº 11.116/05, a restituição de R$ 2.009 mil que se encontra passível de análise pelos auditores fiscais. Na controlada o montante é de R$ 2.386 mil, esses créditos já estão sendo analisados pela ReceitaFederal. 8. Adiantamentos a Fornecedores: Os adiantamentos a fornecedores correspondem aos

valores adiantados a produtores rurais, com os quais a companhia possui contratos para a preparação dasafra do próximo ano. Os adiantamentos estão garantidos pelo recebimento das frutas por meio decédulas de produto rural (CPR).

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Adiantamento Fornecedores 5.344 8.055 5.638 8.055 Total 5.344 8.055 5.638 8.055 9. Alienação de Bens do Imobilizado: Os valores a receber são provenientes de vendas a prazo debens imóveis e terrenos rurais, conforme segue:

Valor Originalda Venda

Terreno em milhares Vencimentoou Imóvel de reais Final Forma de RecebimentoÁrea de 2.085.734,37 m2 1.640 31/05/2011 20 mil reais em moeda corrente nacional

acrescido pelo equivalente a 90 mil sacasde milho de 60kg parcelados.

Área de 2.304.100,00 m2 2.600 04/05/2012 Equivalente a 115 mil sacas de milho de 60 kg.Área de 840.500,00 m2 1.200 04/05/2013 200 mil reais à vista em moeda corrente

nacional e 1 milhão de reais representadospor 50 mil sacas de milho de 60kg parcelados.

Área de 1.505.367,50 m2 2.500 01/09/2013 1 milhão de reais em moeda corrente nacionalà vista. E o saldo recebível em 07 parcelas fixas.

Área de 610.000,00 m2 1.000 10/12/2011 336 mil reais em moeda corrente nacionalà vista. E o saldo recebível em 04 parcelas fixas.

Os valores das parcelas atreladas ao preço da saca do milho de 60 kg, são atualizados com base nacotação em 31/Dez/10. O saldo em 31/Dez/10 desses valores a receber era respectivamente R$ 2.784mil (em 31/Dez/09 R$ 1.405 mil) registrados no Circulante, e R$ 1.832 mil (em 2009 R$ 1.702)registrados no Realizável à Longo Prazo. 10. Investimentos: Em 31/Dez/10 o investimento foi avaliadopelo método da equivalência patrimonial:

Em Milhares de ReaisDescrição 31/Dez/10Patrimônio Líquido da Investida 36.359 % Participação da Investidora 100,00%Resultado do Exercício da Investida (18.744)Efeitos na Equivalencia Patrimonial 6.517 Efeito da Baixa de Avaliação Patrimonial 963 Ganho Avaliação Patrimonial Investida 6.182 Ajuste de Exercicio Anterior (540)Outros (88)Resultado da Equivalência Patrimonial (12.227)Saldo Contábil do Investimento 36.359 Conforme mencionado nas notas 24 e 25, em 02/Dez/09 foi firmado um acordo de incorporação entre asempresas Renar Maçãs S.A. e Pomifrai Fruticultura S.A., com o objetivo de usufruir de ganhosfinanceiros e otimizar os ativos, valendo-se das melhores condições financeiras obtidas para cada umadelas junto às instituições financeiras e fornecedores. A incorporação foi concluída em 28/Set/10,aprovado em AGE e divulgado nos termos da Instrução CVM nº 358/02 que trata da unificação dasoperações das empresas.

Em 2010 a Controlada Pomifrai Fruticultura S.A., com base em laudo de avaliação, atribuiu novos custos aclasses do imobilizado, conforme permite os Pronunciamentos CPC 27 e ICPC10. Os mesmospronunciamentos exigem que sobre o valor do ajuste patrimonial registrado no patrimônio líquido sejacontabilizado o IRPJ e a CSLL diferidos. Foram procedidos os registros contábeis exigidos, e o valor dostributos diferidos ficaram mantidos nos montantes de R$ 9.805 mil (R$ 10.533 mil em 31/Dez/09), a títulode imposto de renda e R$ 3.530 mil (R$ 3.792 mil em 31/Dez/09), de Contribuição Social, os quaisreduziram a respectiva conta do Patrimônio Líquido em contrapartida a conta do Passivo Não Circulante.O quadro a seguir demonstra os cálculos:

Total 1996 2010Em Milhares Em Milhares Em Milhares

de Reais de Reais de ReaisDescrição CSLL IRPJ CSLL IRPJ CSLL IRPJValores de itens sujeitos a depreciação 45.245 45.245 5.255 5.255 39.990 39.990 Realização no Exercício Social (6.023) (6.023) (3.189) (3.189) (2.834) (2.834)Saldo a Realizar por Depreciação 39.222 39.222 2.066 2.066 37.156 37.156 Saldo para Constituição de Provisão 39.222 39.222 2.066 2.066 37.156 37.156 Alíquota 9% 25% 9% 25% 9% 25%Total de Tributos Diferidos 3.530 9.805 186 516 3.344 9.289 O saldo registrado na conta de tributos diferidos será realizado com base na alienação ou depreciaçãodos bens mantidos no ativo imobilizado. Ainda, na empresa controlada permanece registrado um saldode tributos diferidos de anos anteriores que totaliza R$ 703 mil em 31/Dez/10. 19. Patrimônio Líquido: a) Capital social: O capital social da companhia é de R$ 110.986 mil, representado por 110.000.000 deações ordinárias, escriturais e sem valor nominal. Em 30/Jun/09, foi realizada uma Assembleia GeralExtraordinária que aprovou aumento de capital de 40.000.000 de ações ao valor de R$ 0,50 (cinquentacentavos de reais), totalizando R$ 20 milhões, integralizado em 04/Ago/09. Nesta Assembleia, tambémforam aprovadas alterações do estatuto social, sendo as principais: valor do capital autorizado, forma dedeliberação do conselho de administração, competências do conselho de administração e eleição denovos membros do conselho de administração. Em 28/Set/10, foi realizada uma Assembleia GeralExtraordinária que aprovou aumento de capital de 30.000.000 de ações ao valor de 1,62 (um real esessenta e dois centavos), totalizando R$ 48.586 mil. Nesta Assembleia, também foi aprovada alteraçãodo estatuto social, em seu artigo 5º aumento do capital social em decorrência da incorporação de açõese, também, aprovação do laudo de avaliação elaborado pela empresa Apsis Consultoria e Avaliações. b) Reserva de reavaliação: Em 2006, a companhia reavaliou o total de seus terrenos urbanos, áreasrurais, benfeitorias urbanas, benfeitorias rurais, pomares de maçãs e reflorestamentos de pinus. Estasreavaliações foram registradas com base em laudo de avaliação, preparado por peritos independentespor seus valores de mercado na data da reavaliação, conforme artigo 8º da Lei nº 6.404/76. O registro daavaliação foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 29/Dez/06. O resultado desta reavaliaçãoem 29/Dez/06 está a seguir demonstrado (valores em milhares de reais):

Valor Valor líquidoDescrição Reavaliado Contábil AumentoTerrenos Urbanos 4.147 1.046 3.101 Áreas Rurais 24.312 8.223 16.089 Benfeitorias Urbanas 15.169 5.541 9.628 Benfeitorias Rurais 3.948 960 2.988 Pomares de Maçãs 9.490 9.863 (373)Reflorestamentos de Pinus 274 214 60 Total 57.340 25.847 31.493 O aumento do valor dos bens decorrente das reavaliações foi acrescido aos saldos do imobilizado e dareserva de reavaliação integrante do patrimônio líquido. O imposto de renda e a contribuição socialdiferidos foram registrados no passivo não circulante com contra partida na rubrica reserva dereavaliação pelo valor de R$ 4.159 mil em Dez/06. O valor reavaliado das benfeitorias urbanas e rurais,pomares de maçãs e reflorestamentos de pinus passou a ser depreciado, amortizado e exaurido combase na sua vida útil econômica remanescente estimada, conforme as taxas de depreciação,amortização e exaustão indicadas na nota 11. c) Reserva de lucros: Conforme estabelece a legislaçãosocietária no Brasil, a reserva legal é constituída a partir do lucro líquido do exercício, aplicando-se opercentual de 5% antes de qualquer outra destinação, e não excederá a 20% do capital social. d) Dividendos e juros sobre capital próprio: O estatuto social estabelece que, aos acionistas serãoassegurados dividendos mínimos de 30% do lucro líquido ajustado nos termos do art. 202, da Lei nº6.404/76. A distribuição de dividendos ou juros sobre o capital próprio será feita na forma da Lei nº9.249/95. 20. Imposto de Renda e Contribuição Social: A companhia é tributada com base no lucro realanual. Em 31/Dez/10 não foi constituída provisão para o imposto de renda pessoa jurídica e contribuiçãosocial, por ter apurado prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de contribuição social.

Em Milhares de ReaisDescrição CSLL IRPJResultado antes da Contribuição Social e do Imposto de Renda (41.563) (41.563)

Adições: 29.058 29.004Despesas Indedutiveis 235 235Realização da Reserva de Reavaliação 2.735 2.482Realização Deprec. Acelerada Incentivada Lei 8023/90 2.973 3.172Provisões não Dedutiveis 23.115 23.115

Exclusões (2.976) (2.976)Depreciação Acelerada Incentivada Lei 8023/90 (1.230) (1.230)Reversão de Provisões não Dedutíveis (1.746) (1.746)

Base de Incidência da Contribuição Social e Imposto de Renda (15.481) (15.535)Considerando o histórico de resultados tributários negativos, bem como os incentivos fiscais natributação sobre o resultado, existentes para a atividade de produção rural, a Administração optou pornão constituir tributos diferidos sobre diferenças temporárias (adições/exclusões temporárias) e sobre oprejuízo fiscal, uma vez que não conseguiria demonstrar o prazo no qual o ativo seria realizado. 21. Resultado Financeiro Líquido:

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Descrição 31/Dez/10 31/Dez/09 31/Dez/10 31/Dez/09Despesas Financeiras (11.461) (9.073) (19.124) (9.073)Juros e Despesas sobre Endividamento (7.686) (6.323) (13.295) (6.323)Variações Monetárias Passivas (557) (863) (557) (863)Variações Cambiais Passivas (1.092) (679) (1.212) (679)Descontos e Bonificações Concedidos (403) (251) (642) (251)Outros (1.723) (957) (3.418) (957)Receitas Financeiras 3.102 6.209 3.321 6.209 Variações Monetárias Ativas 1.295 161 1.299 161 Variações Cambiais Ativas 1.309 1.055 1.398 1.055 Rendimentos de Aplicações Financeiras 48 4.305 88 4.305 Outras 450 688 536 688 Resultado Financeiro Líquido (8.359) (2.864) 15.803 (2.864)22. Instrumentos Financeiros: Considerações Gerais sobre Gerenciamento de Risco: A companhiamonitora, continuamente, seus riscos de mercado relacionados com variação cambial, oscilação nastaxas de juros, volatilidade nos preços das frutas no mercado nacional e internacional e os riscos decrédito, inerentes aos seus negócios. Esse monitoramento é acompanhado pela administração e peloconselho de administração. Conforme mencionado na nota 1, a atividade preponderante da companhia éo cultivo e a venda de maçãs, no país e no exterior, acarretando os seguintes principais fatores de risco: a) Risco cambial: A companhia exporta em média 8,64% de sua produção anual. O destino dasexportações é, principalmente, a Europa. Desse modo, a companhia está sujeita ao risco da variaçãocambial da receita. Para mitigar esse risco a companhia efetua empréstimos vinculados a moedaestrangeira (ACC - Adiantamento de Contrato de Câmbio e ACE - Adiantamento de Contrato deExportação), cuja quitação, registrada no Banco Central, é feita diretamente por esses recebíveis emmoeda estrangeira. Outra forma utilizada pela companhia para minimizar esses riscos é a contratação deinstrumentos financeiros derivativos (NDFs). Em 31/Dez/10 a companhia não possuía contratos dessanatureza em aberto. b) Risco de crédito: As vendas a prazo para clientes na Europa estão vinculadas àanálise de crédito dos clientes, e acompanham os prazos de financiamento do segmento de maçãs,incluindo, em caso de novos clientes, a exigência de pagamento parcial antecipado, para cobertura dedespesas, em caso de desistência do negócio. Os adiantamentos a fornecedores destinados apreparação da safra do próximo ano são garantidos por cédulas de produto rural (CPR), que garantemrecebimento das frutas, objeto do adiantamento efetuado. c) Risco de taxa de juros: A companhia nãotem pactuado contratos de derivativos para proteção dos riscos de variações nas taxas de juros dosempréstimos e financiamentos, apresentados na nota 13. A administração monitora continuamente astaxas de juros de mercado, com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação dederivativos para se proteger da volatilidade dessas taxas. As taxas de juros contratadas na captação dosempréstimos refletem as condições de negociação de cada instituição financeira no momento dacontratação, garantias oferecidas, risco Brasil, taxas Libor, entre outros. d) Derivativos e operações dehedge: A companhia não possui na data do balanço, derivativos contratados e operações de hedge. 23. Cobertura de Seguros: Em 31/Dez/10, a cobertura de seguros estabelecida pela administração paracobrir eventuais sinistros e responsabilidade civil, é resumida da seguinte forma:

Importância Segurada

Itens Cobertura em Milhares Conso- VigênciaRamo Segurados por Evento de Reais lidado FinalRiscos Operacionais Patrimônio Danos Materiais 39.010 86.310 31/Dez/11Responsabilidade Civil Tratores Danos Materiais 300 300 01/Dez/11Responsabilidade Civil Automóveis Danos a Terceiros 100 1.700 10/Mar/11Diretores/Funcionários Funcionários Acidentes com DMHO 1.038 1.038 01/ABR/2011Diretores/Funcionários Funcionários Acidentes com DMHO 1.038 1.038 01/ABR/2011Diretores/Funcionários Funcionários Acidentes com DMHO 1.038 1.038 01/Mar/2011Diretores/Funcionários Funcionários Acidentes com DMHO 1.992 1.992 28/09/2011Funcionários Diretores Acidentes com DMHO 8.800 8.800 4/Ago/2011Todos as apólices de seguros patrimoniais (edificações, máquinas e veículos) que venceram no início de2011 foram renovadas, visando não expor os bens patrimoniais da companhia a riscos. 24. Acordo deIncorporação: Conforme acordo de incorporação firmado entre as empresas Renar Maçãs S.A. ePomifrai Fruticultura S.A. em 02/Dez/09 e divulgado nos termos da Instrução CVM nº 358/02 que trata daunificação das operações das empresas, as mesmas realizaram transações entre si com o objetivo deusufruir de ganhos financeiros e otimizar os ativos, valendo-se das melhores condições financeirasobtidas por cada uma delas junto às instituições financeiras e fornecedores. A incorporação foi concluídaem 28/Set/10 e aprovado em AGE. 25. Dados para a Incorporação: Os dados seguintes detalham acomposição da contraprestação paga e do ágio em troca do controle da Pomifrai Fruticultura S.A., bemcomo a avaliação respaldada em laudo da empresa Apsis Consultoria e Avaliações (CNPJ 08.681.365/0001-30), o qual foi aprovado em AGE em 28/Set/10.

Em 30/Set/10 foram contabilizados na Controladora os seguintes valores (Em Milhares de Reais)

D - Investimento Pomifrai Fruticultura S.A. 22.192 D - Investimento por mais valia Ativos e Passivos Líquidos 26.394 C - Patrimônio Líquido (Investimento em controlada) 48.586 Com base na análise da empresa Apsis Consultoria e Avaliações, concluiram os peritos que o valor dopatrimônio líquido da Pomifrai Fruticultura S.A. a preços de mercado calculado pela abordagem do ativona data de 31 de dezembro de 2009, é de R$ 48.586 mil (quarenta e oito milhões e quinhentos e oitenta eseis mil reais). O valor justo das 30.000.000 ações ordinárias emitidas como parte da contraprestaçãotransferida em troca do controle da Pomifrai Fruticultura S.A. e sua controlada Pomifrai Alimentos Ltda.,ou seja, R$ 1,62 por ação. O valor dos ativos adquiridos, excluem R$ 79 mil de Ativo Circulante, R$ 630 milde ativo não circulante e R$ 4.758 mil de ativo imobilizado, conforme consta no laudo de avaliação. 26. Remuneração dos Administradores: O estatuto social estabelece que do resultado verificado noexercício, após as deduções previstas em lei e após a distribuição de dividendos ou juros sobre o capitalpróprio; observadas as restrições legais; será destinado até 10% a título de participação dosadministradores. Em ata de assembleia geral realizada em 03/Maio/10 da controladora, foram fixados osvalores das remunerações: da diretoria no valor mensal global de até em R$ 57 mil do conselho deadministração em R$ 2,5 mil no valor global, e conselho fiscal em R$ 1,9 mil para cada membrorespectivamente. Em ata de assembleia geral realizada em 17/Set/10 da controlada, foram fixados osvalores das remunerações dos administradores em até R$ 48 mil mensais. 27. Conselho deAdministração: Compõem o conselho de administração: Sr. André Alicke de Vivo - Presidente; RobertoFrey - Vice-Presidente; Marcos Wilson Pereira; Richard Freeman Lark Jr. e Marco Antonio Fiori. 28. Conselho Fiscal: Emilio Salomão Elias; Osmar Luiz Soligo; Alceu Schneiker. 29. Declaração dosDiretores sobre as Demonstrações Financeiras: Para fins do disposto nos incisos V e VI do artigo 25da Instrução CVM nº 480, a administração analisou e aprovou as demonstrações financeirasconsolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 da Renar Maçãs S.A. 30.Resultados Operacionais: A administração está implementando as seguintes principais ações, visandoa melhoria da atual situação financeira e econômica da companhia: - Redução de despesas, adequandoa estrutura da companhia, valendo-se da sinergia gerada com a incorporação da Pomifrai FruticulturaS.A. e Renar Maças S.A. - Reestruturação de diversos setores, em especial, a área agrícola, com foco emredução de custos de produção de forma a obter maior margem de contribuição na safra de 2011/2012. -Venda de ativos imobilizados não utilizados nas atividades operacionais. - Implementação de orçamentosetorial para o exercício de 2011, visando aumento de controle e redução de gastos. 31. CláusulaCompromissória de Adesão à Câmara de Arbitragem: A companhia informa que está vinculada àarbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme cláusula compromissória constante noCapítulo X - Do Juízo Arbitral, artigo 42 de seu estatuto social. “Cláusula Compromissória” consiste nacláusula de arbitragem, mediante a qual a companhia, seus acionistas, administradores, membros doconselho fiscal e a BOVESPA obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa oucontrovérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade,eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei das sociedadesanônimas, no estatuto social da companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional,pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normasaplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes desteregulamento de listagem, do regulamento de arbitragem e do contrato de participação no Novo Mercadoda Bovespa.

13. Empréstimos e Financiamentos: Os empréstimos e financiamentos foram atualizados com basenas taxas dos respectivos contratos, e possuem as seguintes principais características e valores.

Taxa Anual Vencimento Em Milhares de ReaisInstituições Financeiras Contrato Final 31/Dez/10 31/Dez/09Bancos Comerciais.A.CC 13,00% Set/11 1.501 2.131 Bancos Comerciais.A.CC 22,13% Jan/11 –Bancos Comerciais.A.CC 9,47% Jun/11 1.322 2.121 Bancos Comerciais.A.CC 7,16% Set/10 – 878 Bancos Comerciais.A.CC 7,74% Mar/11 4.069 776 Bancos Comerciais.A.CC 11,67% Mar/11 1.019 1.589 Bancos Comerciais/GIRO 41,75% Out/10 – 58 Bancos Comerciais/GIRO 23,87% Fev/12 2.314 – Bancos Comerciais/LEC 5,97% Nov/12 749 886 Bancos Comerciais/LEC 6,75% Jun/11 21.087 1.517 BNDES/cartão de Crédito/Equipamentos 14,57% Set/11 7 25 BRDE/BNDES/FINEP 4,00% Jan/11 197 706 BRDE/BNDES/PROINSA 5,00% Fev/12 449 562 BRDE/FININP 9,00% Dez/12 2.337 3.086 BRDE/BNDES/EXIM 9,24% Nov/12 4.268 3.264 BRDE/BNDES/Modernização frota 9,66% Set/14 147 213 Bradesco/Modernização frota 9,50% Set/13 166 225 BRDE/BNDES/PRODEFRUTA 8,06% Ago/15 572 664 Badesc/Automação Agropecuária 6,00% Jan/12 449 549 Securitizações BRDE/BNDES/PRODEFRUTA 8,06% Ago/15 572 664 BRDE/BNDES/Automação Agropecuária 5,00% Ago/17 9.239 10.343 Badesc/Automação Agropecuária 6,00% Jan/12 449 549 Securitizações Custeio Agrícola 7,03% Fev/14 1.225 1.597 Securitizações Custeio Agrícola 4,10% Jun/20 116 87 Securitizações Custeio Agrícola 3,88% Jun/19 95 69 BESC 8,34% Jun/22 495 401 BRDE-FINAME 5,46% Jan/11 6 2 BRDE 8,70% Out/21 74 39 BRDE 4,38% Jun/11 377 387 BADESC/BNDES 8,00% Jul/11 23 8 João Antonio Tedesco 14,62% Nov/13 2.066 2.448 MP Ramos 11,00% Mar/10 – 30 Total de Empréstimos e Financiamentos 54.369 34.661 Parcela no Circulante (17.874) (15.337)Parcela no Não Circulante 36.495 19.324 Em 31/Dez/10, o montante não circulante tem a seguinte composição por ano de vencimento:Ano Em Milhares de Reais2012 4.413 2013 3.806 2014 4.080 2015 909 Após 2015 23.287Financiamentos Pomifrai Fruticultura S.A.

Taxa Venci-anual mento Em Milhares de Reais

Modalidade Contrato Final 31/Dez/10 31/Dez/09Custeio 2.433 2.726Banco do Brasil S.A. - Giro Flex 29,172% aa fev/10 – 550 Banco Santander - LEC 6,75% aa fev/10 – 204 Banco Bradesco S.A. - 6,75% aa jun/10 – 403 Banco do Brasil S.A. - ACC 9,5% aa mar/11 715 –BRDE -SC - Proinsa 5% aa dez/13 1.718 1.569Investimento: 16.950 17.104Banco Finasa

BMC S.A. - Leasing 1,51% aa dez/10 – 20 Banco PSA Leasing 0,01% jan/11 1 17 BRDE -SC - 11827 6,5% aa + TJLP jun/11 163 219 BRDE -SC - 14544 8,75% aa nov/11 115 104 BRDE -SC - 17435 10,75% aa jan/12 122 182 BRDE -SC - 15195 8,75% aa nov/12 172 155 BRDE -SC - 16703 8,75% aa fev/13 447 596 BRDE -SC - 14562 7,0% aa + TJLP nov/13 419 368 BRDE -SC - 17548 8,75% aa dez/13 607 756 BRDE -SC - 16579 8,75% aa jan/14 223 279 BRDE -SC - 15243 5,0% aa + TJLP dez/14 794 878 BRDE -SC - 17538 8,75% aa mar/15 275 252 BRDE -SC - 18518 6,75% aa out/15 247 231 BRDE -SC - 16578 5,0% aa + TJLP jan/16 1.183 1.380BRDE -SC - 18519 5,0% aa + TJLP out/16 3.148 2.826BRDE -SC - 20419 6,75% aa abr/17 1.069 1.001BRDE -SC - 20420 9,00% aa abr/17 5.448 5.324BRDE -SC - 17539 5,0% aa + TJLP mar/18 2.517 2.516Capital de Giro 13.818 11.023Limite Cheque Especial Contas Corrente – – 2 208 Banco Santander - Cap. Giro 29,688% aa dez/09 – 68 Banco Santander - Cap. Giro 1,75% am jan/10 – 148 Banco do Brasil S.A. - Cap. Giro 1,72% am fev/10 – 500 Banco Santander - Cta. Garantida CDI + 0,97% fev/10 – 208 Banco Santander -Cap. Giro CDI + 0,44%am fev/10 – 810 Banco Santander - Cap. Giro CDI + 19,421% aa mar/10 – 533 Banco Itaú - Cap. Giro CDI 11,21% aa mai/10 – 730 Banco Santander - Cap. Giro CDI + 0,42%am out/10 – 682 Caruana 23,87% aa jan/11 2.528 –Banco Itaú - Cap. Giro CDI + 12,72%aa out/11 467 455 Banco Itaú - Cap. Giro CDI + 2,33%am nov/11 646 –BRDE- SC - Capital de Giro 11,00% aa out/12 1.075 1.120Banco Lemon (Leme) - Capital de Giro CDI + 1,18%am nov/12 6.118 5.561Banco Santander - Cap. Giro TJLP + 6% jan/13 2.982 –

Taxa Venci-anual mento Em Milhares de Reais

Modalidade Contrato Final 31/Dez/10 31/Dez/09Financiamentos Securitizados 514 469 BADESC S.A. - 93841-00-0 3,00% aa ago/18 8 8 BRADESCO S.A. - 98/80001 4,58% aa ago/18 150 135 BRDE -SC - 7691 4,63% aa jan/20 177 163 BRDE -SC - 13615.02 4,04% aa jul/22 47 43 BRDE -SC - 13615.01 4,34% aa jul/22 74 67 BESC S.A. - 2002054094 4,57% aa out/22 58 53 Total 33.715 31.322Passivo Circulante 15.087 9.691Passivo Não Circulante 18.628 21.631Ano Em Milhares de Reais2012 3.483 2013 2.484 2014 1.016 2015 380 Após 2015 11.265Em garantia dos empréstimos e financiamentos foram oferecidos terrenos, pomares e edificações, exceto paraos financiamentos de equipamentos, tratores e veículos, cujas garantias são os próprios bens adquiridos.Total de Empréstimos Em Milhares de Reaise Financiamentos Consolidados 31/Dez/10 31/Dez/09

Total de Empréstimos e Financiamentos 88.085 34.661 Parcela no Circulante (32.963) (15.337)Parcela no Não Circulante 55.122 19.324 14. Capital de giro: São contratos de financiamento para reforço do capital de giro da Companhia nocurto prazo. Adiantamento de contrato de câmbio (ACC): São contratos de linhas de crédito paraexportações futuras, com vencimento no curto prazo. 15. Investimento e Expansão Financiamentos delongo prazo junto a bancos de fomento ou outras instituições financeiras, para investimento na safra deprodução. Todos com vencimentos acima de 01 ano. 16. Empréstimos Securitizados: Com o objetivo deestender o prazo de pagamento das dívidas contraídas por produtores rurais e equalizar os respectivosencargos financeiros à realidade econômico-financeira, foi aprovada em Nov/95 a Lei nº 9.138,posteriormente regulamentada pela Resolução nº 2.471 do Banco Central de 26/Fev/98, as quais juntasestabeleceram as diretrizes do Programa Especial de Saneamento de Ativos - PESA. O PESAproporcionou aos produtores rurais com dívidas contraídas sob determinadas condições a faculdade deadquirir, na data da renegociação, Certificados do Tesouro Nacional (CTNs) cuja finalidade única eraviabilizar a reestruturação das dívidas rurais. Com base na Resolução nº 2.471/98 do Banco Central doBrasil, a companhia securitizou dívidas junto às instituições financeiras por meio da aquisição deCertificados do Tesouro Nacional - CTN cedidos em caráter irrevogável e irretratável para as InstituiçõesFinanceiras credoras como garantia de moeda de pagamento do valor do principal da dívida. Os referidoscertificados não são comercializáveis e destinam-se exclusivamente à liquidação desta dívida. O saldodevedor referente ao valor principal da dívida é corrigido de acordo com o IGP-M até o vencimento finalda renegociação, também em 20 anos, quando será integralmente quitado mediante o resgate dos CTNsoferecidos em garantia. Tendo em vista que os CTNs terão o mesmo valor de face do saldo devedor nadata de vencimento, a companhia entende que não haverá a necessidade de qualquer desembolsoadicional de caixa para a liquidação da dívida relativa ao PESA e seu registro foi efetuado como reduçãodo principal da dívida, ambos ajustados a valor presente. O desembolso da controladora durante os 20anos de vigência da securitização limita-se ao pagamento anual de montantes equivalentes à aplicaçãode percentuais variáveis entre 3% e 5% ao ano sobre o valor securitizado, atualizado monetariamentepelo IGP-M. Esta obrigação foi registrada nas demonstrações financeiras de acordo com o valor destesdesembolsos futuros ajustados a valor presente. 17. Provisões para Contingências: a. ProvisõesTrabalhistas: As provisões para contingências foram constituídas para fazer face a perdas consideradascomo prováveis em processos administrativos e judiciais, por valor julgado suficiente pela administração,segundo a avaliação dos assessores jurídicos. Em 31/Dez/10, a controladora é parte em 21 ações cíveise trabalhistas (31 ações em 31/Dez/09), acrescida de 04 ações trabalhista na controlada, cujasobrigações estimadas apresentaram a seguinte movimentação:

Em Milhares de ReaisDescrição Controladora ConsolidadoSaldo em 31/Dez/09 706 706 Constituição 1.585 2.437 Reversões (1.754) (2.533)Saldo em 31/Dez/10 537 610 Conforme a opinião dos consultores jurídicos constam reclamatórias cíveis e trabalhistas, dacontroladora e da controlada nos montantes de R$ 207 mil e R$ 123 mil, respectivamente, cujas perdassão consideradas como possíveis. As Ações trabalhistas demandam pedidos de horas extras, adicionaisde insalubridade e acidente de trabalho. b. Provisão Garantia de Preço Mínimo sobre Ações: Combase no termo de incorporação, a cláusula décima primeira, estabelece uma garantia de preço mínimoaos acionistas de R$ 1,00 (um real) por ação, para 18.000.000 (dezoito milhões) de ações por um prazode 03 (três) anos contados da data de aprovação da Incorporação pela AGE. Tendo o preço bruto médiopor nova ação alienada no período em questão, será pago ao final de 03 (três) anos no prazo de 60(sessenta) dias, após o comunicado pelo controlador Pomifrai (acionistas da Pomifrai) para as18.000.000 (dezoito milhões) ações, observado o cronograma previsto na cláusula décima: no máximo6.000.000 (seis milhões) de ações anuais, sendo no máximo 800.000 (oitocentas mil) ações mensais eno máximo 50.000 (cinquenta mil) ações diárias, ou seja, as vendas não são cumulativas. Portanto em31/Dez/10 o saldo disponível para venda totalizaram 15.600.000 ações, a uma cotação de R$ 0,66 cada,totalizando R$ 5.304 mil. 18. Tributos Diferidos: Na controladora os encargos tributários, mantidossobre a reserva de reavaliação somam R$ 8.506 mil (R$ 3.725 mil em 31/Dez/09), sendo R$ 6.248 mil(R$ 2.733 mil em 31/Dez/09), a título de Imposto de Renda e R$ 2.258 mil (R$ 992 mil em 31/Dez/09), atítulo de contribuição social, registrados no passivo não circulante. No ano de 2010, foram contabilizadosos valores de IRPJ e CSLL Diferidos sobre os saldos remanescentes da reavaliação de terrenos ocorridaem 29/Dez/06, nos montantes de R$ 1.369 mil e R$ 3.803 mil, respectivamente. Cálculo dos tributosdiferidos sobre a reavaliação:

Em Milhares de ReaisDescrição CSLL IRPJConstituição da Provisão em 31/Dez/06Valores de itens sujeitos a depreciação 11.983 11.983 Ativos não depreciáveis (Terrenos) 15.212 15.212 Realização por depreciação no período (2.107) (2.107)Saldo a realizar por depreciação 25.088 25.088 Saldo para Constituição de Provisão 25.088 25.088 Alíquota 9% 15%Valor Provisão para Tributos 2.258 3.763 Limite de isenção adicional IRPJ – (240)Valor base para cálculo do Adicional IRPJ – 24.848 Percentual Adicional IRPJ – 10%Valor do Adicional IRPJ – 2.485 Total de Tributos Diferidos sobre a Reavaliação de Ativos 2.258 6.248

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Períodos Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 - Em Milhares de Reais

11. Imobilizado: 31/Dez/10 Consolidado Taxa % MédiaPonderada

Saldo Adições Transf. Baixas Deprec. Residual 31/Dez/10 31/Dez/09 DepreciaçãoDescrição 31/Dez/09 2010 2010 2010 Ano/10 31/Dez/10 Residual Residual AnualImobilizado Próprio Operação 34.057 61 3.940 (209) (3.499) 34.369 62.214 34.057 –Terrenos – – – – – – – – – Edificações 8.087 5 200 (133) (314) 7.845 19.876 8.087 4,00 Benfeitorias 1.541 – 277 (25) (304) 1.489 1.534 1.541 4,00 Culturas Permanentes 13.236 – 3.308 (24) (1.219) 15.301 24.068 13.236 5,00 Máquinas e Equipamentos 6.904 21 155 3 (1.022) 6.061 12.563 6.904 10,00 Câmaras Frigoríficas 3.690 – – – (418) 3.272 3.272 3.690 10,00 Veículos e Tratores 412 – – (10) (197) 224 568 412 20 e 25 Móveis e Utensílios 168 35 – (20) (25) 158 314 168 10,00 Arrendamento Mercantil 19 – – – 19 19 19 20,00 Benf. em Imóveis de Terc. 457 – – (286) (137) 34 34 457 –Edificações 268 – – (177) (91) – – 268 4,00 Vestiário/Banheiros Vacaria 36 – – (2) 34 34 36 – Benfeitorias 58 – – (53) (5) – – 58 4,00 Pomares 95 – – (56) (39) – – 95 5,00 Outras – – – – – – – – 20,00 Imobilizações em Andamento 4.643 654 – (329) – 1.009 2.012 4.643 –Edificações 285 58 – – – 40 40 285 – Benfeitorias 225 – – – – 225 246 225 – Pomares em Implantação 3.729 596 – (329) – 340 1.004 3.729 – Florestas em Formação 329 – – – – 329 483 329 – Máquinas e Equipamentos 75 – – – – 75 239 75 – Reavaliações 36.991 – – (1.934) (506) 34.521 44.318 36.991 – Terrenos 25.362 – – (1.769) – 23.563 31.329 25.362 – Edificações e Benfeitorias 11.025 – (166) (390) 10.469 12.500 11.025 3,26 Culturas Permanentes 604 – – 1 (116) 489 489 604 18,63Ajuste Patrimonial – – – – – – 42.404 – – Terrenos – – – – – – 14.350 – – Edificações – – – – – – 606 – 4,00 Benfeitorias – – – – – – 2 – – Máquinas e Equipamentos – – – – – – 9.424 – 13,00 Câmaras Frigoríficas – – – – – – 15.970 – 6,67 Veículos e Tratores – – – – – – 1.974 – 29,60 Móveis e Utensílios – – – – – – 78 – 41,28 Total do Imobilizado 76.148 715 – (2.758) (4.142) 69.933 150.983 76.148

12. Ativo Diferido: A administração optou em manter nas suas demonstrações financeiras de 31/Dez/10 e 31/Dez/09 os valores do ativo diferido, referente a despesas pré-operacionais, mesmo tendo conhecimentode que a manutenção desse ativo não é permitida pelas práticas contábeis internacionais.

Em Milhares de ReaisControladora Consolidado

Amortização AmortizaçãoDescrição Movimentação Acumulada Saldo Movimentação Acumulada SaldoSaldo 31/Dez/08 1.706 1.644 62 2.000 1.644 356 Aquisições – – – – – Baixas amortizações – 59 (59) – 59 (59)Saldo 31/Dez/09 1.706 1.703 3 2.000 1.703 297 Aquisições – – – – – – Baixas amortizações – – – – 40 (40)Saldo 31/Dez/10 1.706 1.703 3 2.000 1.743 257

DIRETORIA

Alexandre BiselliDiretor Presidente

Waldir José de Freitas CandeláriaDiretor Financeiro e de RI

Marcelo Ferreira HoltzDiretor Comercial

Evandro Luciano TezoriContador/CRC 027868/O-7

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Companhia RENAR MAÇÃS S.A., no exercício de suas atribuições legais e estatutárias examinou o Relatório da Administração, oBalanço Patrimonial, as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionadocorrespondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, e a vista do parecer da RBAI - Russell BedFord Brasil - Auditores Independentes, apresentadocom ressalvas, datado de 19 de abril de 2011. Após estes exames, opina no sentido de que os mencionados relatórios, estudos e demonstrações refletem

adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia, manifestando-se, na forma do artigo 163 da Lei nº 6.404/76, favoráveis à sua aprovação pela Assembleia Geral Ordinária.

Fraiburgo - SC, 20 de abril de 2011Alceu Schneiker, Emílio Salomão Elias e Osmar Luiz Soligo

Renar Maçãs S.A.CNPJ nº 86.550.951/0001-50

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Aos Acionistas e Administradores da Renar Maçãs S.A. - Fraiburgo - SCExaminamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Renar Maçãs S.A.,identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balançopatrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações dopatrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo dasprincipais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobreas Demonstrações Financeiras: A administração da companhia é responsável pela elaboração eadequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normasinternacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Boards(IASB), e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internosque ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiraslivres de distorção relevante, independentemente, se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dosauditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essasdemonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileirase internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelosauditores, e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de queas demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução deprocedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgaçõesapresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamentodo auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera oscontroles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstraçõesfinanceiras da companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nascircunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos dacompanhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e arazoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação daapresentação das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. Acreditamos que aevidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalvas.Base para opinião com ressalvas sobre as demonstrações financeiras individuais: Nãoexaminamos, nem foram examinadas por outros auditores independentes, as demonstrações financeirasda empresa Pomifrai Alimentos Ltda.;l, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010,

sendo que o investimento na controlada era representado pelo valor de R$ 2.130 mil. Conformemencionado na nota 3.6 - Imobilizado, a administração da Renar Maçãs S.A., ainda não implementou oscontroles internos necessários para mensurar os reflexos da aplicação das exigências doPronunciamento Técnico CPC 01-R1 que trata da Redução ao Valor Recuperável de Ativos e doPronunciamento Técnico CPC 27 que trata do ativo imobilizado, assim, não é possível avaliar anecessidade de haver ajustes para perdas por desvalorização (CPC 01-R1) ou face à adequação dasdepreciações aos efetivos prazos de vida útil dos bens do imobilizado (CPC 27). Opinião com ressalvassobre as demonstrações financeiras individuais: Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos dosassuntos descritos no parágrafo Base para opinião com ressalvas sobre as demonstrações financeirasindividuais, essas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectosrelevantes, a posição patrimonial e financeira da Renar Maçãs S.A. em 31 de dezembro de 2010, odesempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordocom as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para Opinião com Ressalvas sobre asdemonstrações financeiras consolidadas: Não examinamos, nem foram examinadas por outrosauditores independentes, as demonstrações financeiras da empresa Pomifrai Alimentos Ltda.,correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, sendo que a diferença entre ativos epassivos absorvidos nas demonstrações financeiras consolidadas foi de R$ 2.130 mil. Conformemencionado na nota 3.6 - Imobilizado, a administração da Renar Maçãs S.A., ainda não implementou oscontroles internos necessários para mensurar os reflexos da aplicação das exigências das NormasInternacionais de Relatório Financeiro IAS 36 e IAS 16 que tratam respectivamente da redução ao valorrecuperável de ativos e do ativo imobilizado, assim, não é possível avaliar a necessidade de haver ajustespara perdas por desvalorização (IAS 36) ou face à adequação das depreciações aos efetivos prazos devida útil dos bens do imobilizado (IAS 16). Conforme mencionado na nota 12 a administração da RenarMaçãs S.A. optou pela manutenção do saldo de ativo diferido, prevista no item 20 do PronunciamentoTécnico CPC 13 (em linha com o art. 299A da Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei nº 11.941/09), nasdemonstrações financeiras consolidadas. A manutenção desse ativo diferido não é permitida pelaspráticas contábeis adotadas no Brasil e pelas normas internacionais de relatório financeiro nasdemonstrações financeiras consolidadas. Consequentemente, em 31 de dezembro de 2010, o saldo doativo e patrimônio líquido estão aumentados em R$ 257 mil (R$ 297 mil em 2009), e o prejuízo do exercícioestá diminuído em R$ 59 mil (R$ 40 mil em 2009) em decorrência dos valores amortizados. Opinião comressalva sobre as demonstrações financeiras consolidadas: Em nossa opinião, exceto pelospossíveis efeitos dos assuntos descritos no parágrafo Base para opinião com ressalvas sobre as

demonstrações financeiras consolidadas, essas demonstrações financeiras consolidadas apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira consolidadas daRenar Maçãs S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seusfluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil. Ênfases: As demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo comas práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Renar Maçãs S.A. essas práticas diferem do IFRS,aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dosinvestimentos em controladas, pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRSseria custo ou valor justo e; pela manutenção do saldo do ativo diferido, existente em 31 de dezembro de2008, que vem sendo amortizado. As demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto dacontinuidade normal dos seus negócios. Considerando que a controladora - Renar Maçãs S.A. e acontrolada - Pomifrai Fruticultura S.A., em suas operações normais não vem gerando resultadossuficientes para cobrir as despesas comerciais, administrativas e financeiras, e as obrigações contraídascom terceiros, gerando prejuízos consecutivos desde o ano de 2007 e 2009, Renar Maçãs S.A. e PomifraiFruticultura S.A., respectivamente e, apresentar capital circulante negativo, a continuidade das operaçõesfica sujeita à redução dos custos operacionais, captação de novos recursos financeiros, além de outrasmedidas administrativas descritas na nota explicativa 30 que visem estabelecer um fluxo de caixa capazde permitir o equilíbrio financeiro da controladora e controlada. Outros Assuntos: Demonstrações doValor Adicionado: Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valoradicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação érequerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, bem como informaçãosuplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foramsubmetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estãoadequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstraçõesfinanceiras tomadas em conjunto.

Curitiba, 19 de abril de 2011

Pedro Nunes de Gouveia Irineu HomanContador Contador CRCPR nº 022.632/O-9 “S”-SC CRCPR nº 043.061/O-0 “S”-SC

Russell Bedford Brasil - Auditores Independentes CRCPR nº 002.906/O-9 “S”-SC