relatório - inspecção geral da educação e ciência

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Relatório 2018 Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira ÉVORA Área Territorial de Inspeção do Sul

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Relatório

2018

Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira

ÉVORA

Área Territorial de Inspeção do Sul

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Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira – ÉVORA

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Com a construção e desenvolvimento do Sistema Nacional de Qualificações (estabelecido pelo Decreto-Lei

n.º 396/2007, de 31 de dezembro) foram criadas ofertas educativas e formativas diversificadas no âmbito da

educação e formação de adultos, designadamente, as modalidades Cursos de Educação e Formação de

Adultos (EFA), nas duas vertentes de certificação escolar, as Formações Modulares Certificadas, o programa

de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL) e o Programa de Formação em Competências Básicas

(FCB).

Com o Sistema Nacional de Qualificações foram criados o Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), o

Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), o Sistema Nacional de Créditos do Ensino e Formação Profissionais

e o «Passaporte Qualifica». A administração educativa e os estabelecimentos de ensino básico e secundário

integram o Sistema Nacional de Qualificações, sendo que alguns Agrupamentos/Escolas são

simultaneamente entidades promotoras de Centros Qualifica.

O Ensino Recorrente constitui-se como uma via alternativa ao ensino regular, organizado em sistema

modular, sendo atualmente apenas disponibilizado, no ensino público, no nível secundário de educação.

Através do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro foram desenhados mecanismos que possibilitam o

acesso a modalidades especiais de conclusão do nível secundário de educação e respetiva certificação por

parte dos adultos com percursos formativos incompletos e desenvolvidos ao abrigo de planos de estudo

extintos.

Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências

consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, desenvolve a atividade Educação e

Formação de Adultos que tem como objetivos:

Assegurar a legalidade da operacionalização e da implementação da oferta das modalidades de

educação e formação de adultos nos estabelecimentos de ensino público;

Analisar a adequabilidade das modalidades de educação e formação de adultos ao perfil do adulto

em formação;

Apreciar os procedimentos de monitorização e avaliação dos resultados de modo a aferir os impactos

dos percursos formativos na inserção profissional e social dos adultos, na organização e na

comunidade.

O presente relatório apresenta as recomendações resultantes da intervenção realizada no âmbito desta

atividade, bem como, em anexo, as considerações que as suportam, relativas à gestão das ofertas educativas,

à organização e desenvolvimento curricular, aos resultados e à respetiva monitorização e avaliação. As

considerações decorrem da análise de dados e documental, da realização de entrevistas e da observação

direta.

Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e

contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da

educação e formação de adultos.

A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e

no decurso da intervenção, realizada entre 12 e 14 de dezembro de 2018.

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO

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DECORRENTE DA ANÁLISE DE DADOS, DA ANÁLISE DOCUMENTAL, DA OBSERVAÇÃO DIRETA E DAS

ENTREVISTAS REALIZADAS, A EQUIPA DE INSPEÇÃO FORMULA AS SEGUINTES CONSIDERAÇÕES:

Identificação O Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, localizado no concelho de Évora, integra a Escola Secundária Gabriel Pereira (sede), a escola básica de 2.º e 3.º ciclos André Resende, os Jardins de Infância do Bairro de Santo António e Garcia de Resende, a Escola Básica com JI de Vendinha, e as escolas básicas do Bairro da Comenda, do Rossio de São Brás, do Bairro da Câmara, da Av. Heróis do Mar e do Bairro do Chafariz D´El-Rei. É entidade promotora do Centro Qualifica Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira. Caracterização da comunidade escolar A população escolar do Agrupamento é constituída por 2692 crianças/alunos/formandos: 2000 (74,3%) nas ofertas de educação para crianças e jovens; 692 (25,7%) nas ofertas de educação de adultos. A oferta formativa de educação de adultos abrange: cursos de educação e formação de adultos (EFA) de certificação escolar de níveis básico e secundário (326 formandos); uma Formação Modular Certificada (61 formandos), Ensino Secundário Recorrente em regime Não Presencial (186 alunos); conclusão do ensino secundário ao abrigo do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 357/2007 (15 formandos) e Português para Falantes de Outras Línguas – PFOL (104 formandos). O pessoal docente e formadores (externos) é constituído por um total de 266 trabalhadores, dos quais 225 pertencem aos quadros, 32 são contratados e 9 são técnicos especializados. As ofertas de educação de adultos mobilizam 23 docentes e formadores (8,6%): 15 professores dos quadros; 7 contratados; e 1 técnico especializado.

Atentas as considerações finais, que se anexam, e com o objetivo de contribuir para a

correção/aperfeiçoamento de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da

qualidade da ação educativa, a equipa de inspeção apresenta as seguintes recomendações:

1. Explicitar, em sede de Projeto Educativo, os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o Agrupamento se propõe cumprir a sua função educativa no âmbito da educação e formação de adultos, seja no ensino recorrente, seja nas ofertas integradas no Sistema Nacional de Qualificações, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO

RECOMENDAÇÕES

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224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, conjugado com a alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º-A, do mesmo diploma.

2. Estabelecer no Regulamento Interno as formas de representação e de participação dos adultos no Conselho Geral, de acordo com o previsto nos n.ºs 1 e 6 do artigo 12.º e no n.º 2 do artigo 14.º, do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, conjugado com a alínea a) do n.º 1 do artigo 9.º-A, do mesmo diploma.

3. Explicitar, em sede de plano anual ou plurianual de atividades, as atividades integradoras a desenvolver no âmbito dos cursos de educação e formação de adultos (EFA), nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 9.º e da alínea b) do n.º 1 do artigo 9.º-A do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, bem como no artigo 13.º do Despacho normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, bem como nos Referenciais de Competências-Chave para a Educação e Formação de Adultos.

4. Prever, em sede do plano de formação do pessoal docente, ações de formação no âmbito da educação e formação de adultos e temáticas conexas, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artigo 20.º e da alínea d) do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho.

5. Propor ao centro de formação de associação de escolas a que o Agrupamento pertence, a inserção no respetivo plano de formação, de ações de formação no âmbito da educação e formação de adultos e temáticas conexas, nos termos artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 127/2015, de 7 de julho.

6. Garantir que os procedimentos de autoavaliação do Agrupamento integrem a educação e formação de adultos no que concerne, designadamente, ao sucesso escolar avaliado a partir dos resultados das aprendizagens dos adultos, à capacidade de promoção da frequência escolar, à organização e desenvolvimento curricular e às parcerias com as entidades empresariais e à colaboração com as autarquias locais, nos termos dos artigos 3.º, 6.º e 9.º da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, alterada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro.

7. Garantir que os procedimentos de autoavaliação permitam gizar ações e processos de

melhoria relativos à organização e funcionamento das modalidades de educação e

formação de adultos, à qualidade da oferta educativa e formativa e aos resultados dos

alunos e dos formandos, nos termos da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro.

8. Garantir que não sejam ultrapassadas 4 horas diárias de formação, nos cursos

desenvolvidos em regime pós-laboral, de acordo com o definido no número 2, do artigo 20.º, da Portaria n.º 230/2008, de 07/03.

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Lisboa 11-01-2019

A equipa

António Louro Alves

Helena Afonso

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Sul

Maria Filomena Aldeias

2019-06-03

Homologo

O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência

Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência – nos termos da al. b) do Despacho n.º

10048/2018, de 15 de outubro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 208, de 29 de outubro de 2018

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ANEXO

I – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

Gestão das modalidades de educação e formação de adultos A coordenação das ofertas educativas e formativas para adultos está atribuída a uma docente, que coordena as ofertas integradas no Sistema Nacional de Qualificações e supervisiona o ensino secundário recorrente, incluído no Departamento de Educação de Adultos, com representação no Conselho Pedagógico e acompanhamento e articulação diretos com o diretor. É igualmente coordenadora do Centro Qualifica da Escola Secundária Gabriel Pereira. A referida coordenadora é responsável pelos procedimentos técnico-administrativos, designadamente os que se referem ao Sistema Integrado de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO) e nas demais plataformas em uso no Agrupamento, procedendo à sua atualização permanente, desde a inscrição dos formandos à emissão dos certificados e diplomas. O horário da coordenadora das ofertas educativas e formativas para adultos está adequado às suas necessidades, estando-lhes facilitado o acesso ao respetivo gabinete. Está garantido o atendimento por parte dos serviços administrativos, no turno noturno, a alunos e formandos, uma vez por semana. O Agrupamento é entidade promotora e sede do Centro Qualifica da Escola Secundária Gabriel Pereira, cuja designação publicada no Diário da República está como Agrupamento de Escolas n.º 2 de Évora. O referido Centro Qualifica funciona desde março 2017, e procede ao encaminhamento de adultos para o Agrupamento, quer para a frequência de percursos tipificados, quer para percursos flexíveis a partir de processos de RVCC. Instrumentos de autonomia e organização escolar O projeto educativo do Agrupamento tem como missão proporcionar a todos um serviço educativo inclusivo, de qualidade, procurando atenuar as desigualdades sociais, premiando o esforço e o mérito, preparando para o prosseguimento de estudos ou para a inserção na vida ativa, e está direcionado para toda a população, não fazendo distinção entre os alunos do regime diurno e do noturno. Desta forma, é omisso relativamente à visão do Agrupamento para as modalidades de educação e formação de adultos, às opções estratégicas no que concerne às ofertas e ao contexto, bem como às oportunidades e constrangimentos que se colocam à ação educativa do Agrupamento, direcionada especificamente para o público adulto. Ainda assim, o Agrupamento tem feito uma aposta na educação e formação de adultos, visando atender às necessidades da população e das entidades com quem coopera em parceria,

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nomeadamente através da candidatura a entidade promotora do Centro Qualifica, desenvolvido desde 2017. No regulamento interno (RI), no Regimento do Departamento de Educação de Adultos (DEA) e no Regulamento dos Cursos de Educação e Formação de Adultos e Formações Modulares, encontram-se estabelecidas as competências dos órgãos, estruturas e serviços que intervêm na educação de adultos, designadamente os órgãos de administração e gestão, as estruturas de supervisão e coordenação pedagógica, bem como dos serviços técnico-pedagógicos e dos serviços administrativos. As normas de funcionamento dos cursos ministrados, as suas especificidades, orientações e uniformização de procedimentos, também se encontram estabelecidas. No documento Plano de Estudos e de Desenvolvimento do Currículo, encontram-se plasmadas as matrizes das ofertas de educação e formação de adultos, os critérios de elaboração de horários e a distribuição do serviço docente. Existem algumas atividades de caráter curricular efetivamente realizadas no âmbito dos cursos EFA, PFOL e Formações Modulares, designadamente iniciativas promotoras do convívio e extensão cultural, como seja o Jantar Multicultural, ou a exploração da obra “O Principezinho”, que visam, de forma intencional, a integração dos saberes e das aprendizagens. Contudo, a sua inscrição no plano anual ou plurianual de atividades não tem acontecido. O défice de referência específica a esta modalidade de educação e formação no projeto educativo, não potencia o lançamento e a visibilidade que poderiam ser dados às atividades das ofertas de educação de adultos. As ofertas para adultos encontram-se representadas no conselho pedagógico através da diretora e da coordenadora do Departamento Educação de Adultos. O Regulamento Interno estabelece a existência de dois representantes dos alunos no conselho geral, não especificando se um destes corresponde ao ensino noturno. Ainda assim, até 2016/2017 um dos lugares contemplava um formando das ofertas para adultos, no entanto, por falta de candidaturas destes, os dois representantes são atualmente alunos do ensino secundário diurno. A representação dos adultos na vida da escola, sob a forma de assembleias de delegados de turma ou de assembleias de alunos/formandos, ou outras, não se encontra densificada especificamente em sede de RI, estando este elaborado, nesta matéria, para todos os alunos em geral e englobando os adultos. No entanto, sempre que assim o entenderem, todos os alunos são ouvidos pela direção e órgãos competentes do Agrupamento. O Agrupamento procede à divulgação das suas ofertas educativas e formativas no âmbito da educação de adultos, através da sua página na internet, de folhetos e cartazes, bem como através de entidades da sociedade civil, das autarquias e do Centro Qualifica, de que é entidade promotora. Ainda, promove junto da população através da presença de um stand de divulgação, na Feira de São João. Os materiais de divulgação das ofertas educativas e formativas da responsabilidade do Agrupamento contêm uma referência resumida aos níveis do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), exigível nos termos do Despacho n.º 978/2011, de 12 de janeiro.

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O Agrupamento mantém, devidamente atualizados, arquivos da documentação técnico-pedagógica relativos à constituição e desenvolvimento das respetivas ofertas de educação e formação de adultos. O Regulamento dos Cursos EFA prevê que o Departamento de Educação de Adultos – DEA discuta e aprove um modelo para a organização dos dossiês técnico-pedagógicos dos cursos, sendo essas orientações implementadas em todos os cursos, bem como para os dossiês dos formadores. Existem modelos uniformizados para a planificação das atividades curriculares dos cursos, para os registos de avaliação em cada UFCD, para as pautas de avaliação (Registo Biográfico do Formando), para a avaliação da formação e dos formandos pelos formandos (Reflexão/Crítica). Existem, ainda, orientações explícitas para a construção do portefólio reflexivo das aprendizagens. A coordenação das ofertas possui, ainda, documentos auxiliares de registo das validações de UFCD visando, não apenas, a inserção dos dados em SIGO, mas também a orientação dos formadores e dos próprios formandos. Os critérios gerais para a elaboração dos horários não referem a educação e formação de adultos. Os critérios subjacentes à distribuição do serviço docente visam a gestão eficiente e eficaz dos recursos humanos disponíveis, com adaptação aos fins educativos a que se destinam, incindindo maioritariamente nos docentes do quadro e com horário misto. Apenas três docentes lecionam em exclusividade ofertas para adultos, um que está em regime de meia-jornada; uma professora em mobilidade no Agrupamento, com problemas de saúde relativos à visão que a impedem de lecionar em período diurno e a Coordenadora do Departamento de Educação de Adultos. O diretor procede à distribuição do serviço docente no respeito pelo disposto nos artigos 2.º e 7.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, sendo valorizados o perfil do docente, o princípio da continuidade pedagógica e adequação da sua formação de base e/ou específica. O plano de formação do pessoal docente do Agrupamento, assim como do centro de formação de associação de escolas a que o Agrupamento pertence, não incluem ações direcionadas especificamente para o ensino de adultos. Os docentes envolvidos nestas ofertas formativas são maioritariamente do quadro e com vasta experiência no ensino de adultos e, quando há necessidade de integração de um professor, esta é realizada pela coordenadora do Departamento de Educação de Adultos e por toda a equipa técnico-pedagógica. O último relatório de autoavaliação do Agrupamento (2014-2017), realizado pelo AVES – Programa de avaliação externa de escolas, da Fundação Manuel Leão, sobre o Clima de escola, não contempla a Educação e Formação de Adultos, não se evidenciando que os procedimentos de autoavaliação estejam a ser implementados no sentido de recolher dados e acolher reflexões sobre o serviço educativo prestado nas diversas modalidades de educação e formação de adultos, possibilitando processos intencionais de melhoria. No entanto, tanto os mediadores, como a coordenadora do Departamento de Educação de Adultos, elaboram anualmente relatórios reflexivos, onde é efetuado um balanço dos resultados obtidos pelos formandos, revelando uma preocupação constante por parte dos responsáveis, com a melhoria e com a divulgação dos resultados decorrentes da promoção e desenvolvimento das ofertas formativas no âmbito da educação e formação de adultos.

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Acolhimento e diagnóstico Os adultos são encaminhados para o Centro Qualifica integrado no Agrupamento, de modo a que se proceda ao seu diagnóstico, acolhimento e orientação e eventual realização de um processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC). O diagnóstico realizado abrange a verificação das habilitações já detidas pelos alunos e formandos, a identificação das necessidades de formação, por parte dos adultos, em línguas estrangeiras e a concessão de equivalências para efeitos de ingresso no ensino secundário recorrente, nos diversos percursos formativos dos cursos EFA e da conclusão do ensino secundário ao abrigo do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro. Apoios e complementos educativos e inclusão escolar O Agrupamento assegura o serviço de jantar, e desenvolve políticas ativas de inclusão e de não discriminação das pessoas com deficiência, evidenciadas na eliminação das barreiras de acesso ao edificado e aos diversos espaços e serviços, bem como o acesso a produtos de apoio. O Agrupamento assegura o acesso do trabalhador-estudante a aulas de compensação ou a apoio pedagógico considerados imprescindíveis previstos no n.º 4 do artigo 12.º da Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro. Para além dos apoios específicos previstos na legislação concernente ao ensino recorrente de nível secundário, em sala específica, o Agrupamento disponibiliza apoio aos formandos sempre que tal seja solicitado e sempre em articulação com o professor da área de competência-chave, os quais assumem a forma de apoio personalizado ou em grupo, podendo ainda ocorrer durante os períodos diurnos, ou de interrupção da atividade letiva.

II – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DAS MODALIDADES

DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

II.1 – CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS (EFA) DE CERTIFICAÇÃO ESCOLAR

Planos curriculares e referencial de formação Os planos curriculares e o referencial de formação estão conforme o estipulado na Portaria nº 230/2008, de 7 de março, na redação dada pela Portaria n.º 283/2011, de 24 de Outubro, e no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), no que concerne às áreas de competências-chave da formação de base [quatro no nível básico e três no nível secundário]; à inclusão obrigatória de uma língua estrangeira com carga horária máxima de 100 horas para o nível B3; à inclusão de uma língua estrangeira caso o adulto não detenha as competências exigidas, de acordo com o tipo de curso: entre 50 e 100 horas no percurso S-Tipo A a acrescer à formação de base; entre uma a duas UFCD de língua estrangeira incluídas nas UFCD opcionais nos percursos S-Tipo B e S-Tipo C; à carga horária das UFCD da formação de base; à carga horária das componentes «Aprender com Autonomia» ou «Portefólio Reflexivo de Aprendizagens» (PRA); às necessidades de formação identificadas a partir de um processo RVCC, desenvolvido no Centro

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Qualifica e constantes dos planos pessoais de qualificação, bem como de formandos integrados em vias de conclusão do ensino secundário. Idades dos candidatos a formandos Todos os formandos possuíam, pelo menos, 18 anos à data do início da formação. Constituição dos grupos de formação Os grupos de formação são constituídos por um número máximo e mínimo de, respetivamente,30 e 25 formandos, existindo um grupo, de continuidade, EFA B2+B3, com 17 formandos, cuja autorização foi solicitada à DGEstE e já se encontra devidamente autorizada. Horário de formação Todos os cursos funcionam em regime pós-laboral, sendo que o número de horas de formação ultrapassa as quatro horas diárias. Assim sendo, o horário noturno está organizado em quatro tempos de 50 minutos, que têm início às 19:10h e terminam às 23:50h. Existem quatro intervalos, entre os tempos, os dois primeiros são de 10 minutos cada e os outros dois são de 5 minutos cada, perfazendo a totalidade de 4 horas e 40 minutos, dos quais 30 minutos são dedicados aos 4 intervalos. Dada a hora tardia de encerramento do horário noturno, seria de reconsiderar os tempos de intervalo. O Agrupamento alegou a dificuldade em cumprir com o tempo total do curso, no caso dos EFA de ensino secundário. Na organização dos horários da lecionação das UFCD o Agrupamento tem em consideração a prioridade das UFCD comuns aos diferentes tipos de percurso formativo. Contrato de formação e assiduidade Foram celebrados contratos de formação e assiduidade entre os formandos e o Agrupamento. As condições de frequência do curso, nomeadamente quanto à assiduidade e à pontualidade, estão claramente definidas no contrato de formação. O Agrupamento monitoriza a assiduidade dos formandos, tendo em vista, designadamente, o cumprimento de 90% da carga horária total. A assiduidade do formando é contabilizada pelo programa informático de gestão escolar, concorre para a avaliação qualitativa do seu percurso formativo e, nos casos em que o limite de assiduidade é ultrapassado, o Regulamento EFA prevê os procedimentos de apreciação e decisão sobre as justificações apresentadas pelo adulto e são desenvolvidos os mecanismos de recuperação necessários ao cumprimento dos objetivos inicialmente definidos para os formandos cujo limite de assiduidade não cumprido foi devidamente justificado. Quando um aluno/formando atinge metade do limite de faltas injustificadas, o mediador envia para casa informação em carta registada com aviso de receção e estabelece contato telefónico.

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Equipa pedagógica As equipas técnico-pedagógicas dos cursos EFA Escolar são constituídas pelo mediador pessoal e social, pelo grupo de formadores responsáveis por cada uma das áreas de competências chave que integram a formação de base, as quais reúnem com regularidade ao longo do ano escolar. Mediadores pessoais e sociais O processo de recrutamento e seleção dos formandos e a orientação e desenvolvimento do diagnóstico dos formandos é realizado pela equipa de técnicas do Centro Qualifica (psicóloga e socióloga), não se recorrendo à participação dos mediadores pessoais e sociais. Os mediadores pessoais e sociais garantem o acompanhamento e orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos, dinamizam a equipa técnico-pedagógica no âmbito do processo formativo, salvaguardando o cumprimento dos percursos individuais e do percurso do grupo de formação e asseguram a articulação entre a equipa técnico-pedagógica e o grupo de formação, assim como entre estes e o Agrupamento. O mediador pessoal e social assume apenas funções de formador no módulo «Aprender com Autonomia» ou na área de PRA. Formadores Na sequência do procedimento adotado pelo Agrupamento, em que o diagnóstico dos formandos e a elaboração do respetivo plano de formação é realizado pela equipa de técnicas do Centro Qualifica, aos formadores não são atribuídas competências nesses domínios. Os formadores desenvolvem a formação na área para a qual estão habilitados, concebem e produzem os materiais técnico-pedagógicos e os instrumentos de avaliação necessários ao desenvolvimento do processo formativo e mantêm uma estreita cooperação com os demais elementos da equipa técnico-pedagógica. Existe uma efetiva consolidação dos procedimentos relativos aos processos de avaliação da área de PRA (ensino secundário) e dos respetivos suportes documentais, bem como uma articulação entre o mediador pessoal e social e os formadores, através da realização de sessões conjuntas. Os formadores dos cursos EFA de certificação escolar pertencem aos diversos grupos de recrutamento, sendo detentores da respetiva habilitação para a docência. Avaliação Os critérios gerais de avaliação do Agrupamento foram definidos e estão aprovados pelo conselho pedagógico, desde 2015. Contudo, face ao recente enquadramento legal, estão no momento a ser analisados e revistos e ainda não foram atualizados e devidamente aprovados. Estes critérios englobam de forma geral as ofertas de educação e formação de adultos, e os procedimentos estão plasmados no Regulamento EFA. Assim sendo, a avaliação incide sobre as aprendizagens efetuadas e competências adquiridas, de acordo com os referenciais de formação aplicáveis. É processual, contextualizada,

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diversificada, transparente e orientadora e assume apenas carácter qualitativo. O processo de avaliação compreende a avaliação formativa que permite obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias de recuperação e aprofundamento e a avaliação sumativa, que tem por função servir de base de decisão relativamente à certificação final. Existem grelhas de recolha de informação diária, e no final de cada UFCD, para a respetiva validação, os formandos preenchem a ficha de Reflexão Crítica, que é anexada ao PRA. No Registo Biográfico (modelo adotado pelo Agrupamento) do formando é efetuado o controlo da validação das áreas de competência-chave/UFCD, verificando-se consistência entre as atividades de avaliação e as atividades de aquisição de saberes e competências, bem como funcionando como fator regulador do processo formativo, fornecendo informação sobre a progressão das aprendizagens do adulto, formalizada nas atas de validação, assegurando o registo da informação relativa à avaliação dos formandos em modelos próprios. O Agrupamento procede, ainda, ao registo das validações das UFCD na plataforma SIGO. Certificação Todos os processos de certificação efetuados pelo Agrupamento assentam no princípio de que os formandos obtiveram uma avaliação sumativa positiva, com aproveitamento em todas as componentes do seu percurso formativo, bem como da validação de todas as UFCD que compõem o referencial de formação dos cursos, incluindo as três UC do módulo "Aprender com Autonomia" (ensino básico). O Agrupamento possui registos que atestam a validação dos resultados de aprendizagem das UFCD dos percursos de tipo A, B e C (atendendo-se aos patamares mínimos exigíveis para a certificação nos cursos EFA de Certificação Escolar), bem como dos planos pessoais de qualificação dos adultos com percursos flexíveis realizados a partir de processo RVCC. Das certificações obtidas pelos adultos são emitidos os respetivos certificados de qualificações e diplomas.

II.2 – FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS

Organização da Formação modular

A organização curricular das formações modulares realiza-se, para cada unidade de formação, de acordo com os respetivos referenciais de formação constantes do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), sendo a duração dos percursos de formação modular de 50 horas: Língua Estrangeira de Inglês, iniciação e continuação).

Idade dos candidatos a formandos

Todos os formandos possuíam idade igual ou superior a 18 anos, à data do início da formação.

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Constituição dos grupos de formação

Os grupos de formação são constituídos por um número máximo e mínimo de, respetivamente,30 e 15 formandos.

Os candidatos a UFCD inseridas em percursos de nível secundário possuem uma habilitação escolar de, pelo menos, o 3.º ciclo do ensino básico. Contrato de Formação e Assiduidade Foram celebrados contratos de formação e assiduidade entre os formandos e o Agrupamento. As condições de frequência do curso, nomeadamente quanto à assiduidade e à pontualidade, estão claramente definidas no contrato de formação. O Agrupamento monitoriza a assiduidade dos formandos, através da plataforma informática de gestão escolar. O Agrupamento desenvolve mecanismos de recuperação necessários ao cumprimento dos objetivos inicialmente definidos para os formandos cujo limite de assiduidade não cumprido foi devidamente justificado, definidos no Regulamento EFA.

Formadores O formador concebe e produz os materiais técnico-pedagógicos e os instrumentos de avaliação necessários ao desenvolvimento do processo formativo. No que respeita à formação de base das formações modulares, o formador é detentor de habilitação para a docência e pertence aos grupos de recrutamento da respetiva área atribuída (Inglês). Avaliação O conselho pedagógico definiu critérios gerais de avaliação para as Formações Modulares, que estão atualmente em reformulação/atualização. O processo de avaliação compreende a modalidade formativa, projetando-se sobre o processo de formação e permitindo obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias pedagógicas e, também, a modalidade sumativa, servindo de base de decisão sobre a certificação.

Os critérios de avaliação formativa são, nomeadamente, a participação, a motivação, a aquisição e aplicação de conhecimento, a mobilização de competências em novos contextos, as relações interpessoais, o trabalho de equipa, a adaptação a uma nova tarefa, a pontualidade, a assiduidade. A avaliação sumativa é expressa nos resultados de “Com Aproveitamento” ou “Sem Aproveitamento”, em função do formando ter ou não atingido os objetivos da formação.

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Certificação Os formandos obtêm avaliação com aproveitamento para efeitos de certificação, conferida pela conclusão de cada UFCD. A certificação de UFCD integradas na componente de formação de base de um percurso de nível secundário depende da validação de dois resultados de aprendizagem em cada UFCD. As UFCD de LEI e LEC (integradas na formação base) avaliam-se da mesma forma das UFCD da componente tecnológica, ou seja, através da aplicação dos critérios de participação, motivação, aquisição e aplicação de conhecimentos, mobilização de competências em novos contextos, relações interpessoais, trabalho em equipa, adaptação a uma nova tarefa, pontualidade e assiduidade.

Das certificações obtidas pelos adultos são emitidos os respetivos certificados de qualificações e diplomas.

II.3 – ENSINO RECORRENTE DE NÍVEL SECUNDÁRIO

Instrumentos de autonomia O Regimento de Educação de Adultos do Agrupamento define as competências do respetivo coordenador, dos Conselhos de Turma (quando aplicável), bem como dos intervenientes no processo de avaliação. Planos curriculares Os planos curriculares estão conforme o estipulado nos Anexos I, II, III e IV da Portaria nº 242/2012, de 10 de agosto no que concerne às componentes de formação, ao número de módulos e à carga horária. A distribuição dos módulos respeita a sua vinculação a anos de escolaridade, como determina os anexos I a IV da Portaria n.º 242/2012, de 10 de agosto. Alunos Os alunos que frequentam o ensino secundário recorrente não presencial no Agrupamento completaram a idade prevista para a conclusão da escolaridade obrigatória até 31 de agosto do ano em que se matricularam, não havendo, assim, alunos matriculados com idade inferior à prevista. Foi respeitada a data limite de 31 de dezembro para a aceitação de matrículas nesta modalidade de ensino. Todos os alunos possuíam, à data da matrícula, o 3.º ciclo do ensino básico, não se tendo efetivada qualquer avaliação diagnóstica globalizante. O processo de equivalência a disciplinas concluídas noutras modalidades de ensino é efetuado na observância das disposições do

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Despacho normativo n.º 1/2008, de 8 de janeiro, alterado pelo Despacho normativo n.º 37/2008, de 11 de agosto. Constituição de turmas e assiduidade No presente ano letivo o Ensino Secundário Recorrente funciona em regime não presencial, pelo que, não foram constituídas turmas de alunos aos quais seria aplicável um regime de assiduidade. Os alunos são de uma turma mista, Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades. O Agrupamento organizou e assegura o funcionamento de um Centro de Apoio com vista ao acompanhamento pedagógico e à autoformação dos alunos, num regime de frequência não presencial, de acordo com o estipulado nos n.ºs 1 a 5 do artigo 8.º, da Portaria n.º 242/2012 de 10/08. O Centro de Apoio é para as disciplinas de Matemática, Físico-Química e Geologia, funciona em regime normal num espaço próprio, equipado com alguns materiais de natureza pedagógica e também, funciona como polo de apoio à distância, com recurso às TIC. Avaliação A avaliação sumativa interna dos alunos no regime de frequência não presencial decorre nos meses de janeiro, abril e junho ou julho, nas datas definidas pelo Agrupamento e publicitadas na escola-sede. No regime de frequência não presencial é respeitada a obrigatoriedade da capitalização sequencial de módulos, estando as matrizes das provas de avaliação devidamente aprovadas pelo Conselho Pedagógico, e estão publicitadas na página internet do Agrupamento. As classificações das provas de avaliação dos alunos do regime não presencial estão registadas em pauta própria, com menção do regime de frequência do aluno, no registo biográfico e no livro de termos. As provas de avaliação utilizadas estão arquivadas no Agrupamento.

II.4 – CURSO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS

Candidatos a formandos Todos os candidatos a formandos são cidadãos estrangeiros residentes em Portugal e a sua situação encontra-se regularizada. Organização da formação modular O curso de PFOL respeita o referencial no que concerne à organização das UFCD, à carga horária e à avaliação. Constituição dos grupos de formação Os grupos de formação são constituídos por um número de formandos igual ou superior a 26 e igual ou inferior a 30.

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Docentes/Formadores A lecionação dos cursos é assegurada por docentes profissionalizados na área do ensino do Português.

Certificação A certificação do curso é formalizada com base no modelo de certificado anexo à Portaria n.º 1262/2009, de 15/10, e faz menção ao nível de proficiência linguística atingida pelos formandos.

III – MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DAS OFERTAS DE

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

III.1 – RESULTADOS POR CURSO/AÇÕES

A oferta formativa de cursos de educação e formação de adultos (EFA) concluída nos últimos 3 anos letivos, diversificou-se por: 1 curso EFA Escolar de Básico (B3); 8 cursos EFA Escolar de Secundário (2 do Tipo A e 6 do Tipo C). No que concerne aos resultados escolares, é possível constatar que: - dos 17 formandos que se inscreveram no curso EFA Escolar Básico (B3) 29,4% (5 formandos) concluíram a totalidade das UFCD do seu plano de formação, 5,9% (1 formando) concluíram apenas parcialmente as UFCD constantes no seu plano de formação e 64,7% (11 formandos) desistiram ou anularam sem certificarem qualquer UFCD. - nos 2 cursos EFA Escolar de Secundário Tipo A, 61,5% e 56,8% (16 e 21 formandos), concluíram a totalidade das UFCD do seu plano de formação, 19,2% e 13,5% (5 formandos em cada curso) concluíram apenas parcialmente as UFCD definidas no seu plano de formação e 19,2% e 29,7% (5 e 11 formandos) desistiram ou anularam sem certificarem qualquer UFCD; -nos 6 cursos EFA Escolar de Secundário Tipo C, 96,2%, 73,1%, 92,3%, 80%,8%, 100% e 89,7% (25, 19, 24, 21, 27 e 26 formandos), concluíram a totalidade das UFCD do seu plano de formação, e 3,8%, 26,9%, 7,7%, 19,2%, 0% e 10,3% (1, 7, 2, 5, 0 e 3 formandos) desistiram ou anularam sem certificarem qualquer UFCD. Acrescente-se que: - cinco formandos que concluíram os respetivos cursos S-Tipo A fizeram-nos em percursos flexíveis a partir de processos de RVCC, e 5 do curso S-Tipo A e 3 dos cursos S-Tipo C, fizeram-no ao abrigo do n.º 1 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro, através da certificação de UFCD.

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No regime presencial da oferta de ensino recorrente de nível secundário estiveram matriculados nos últimos 3 anos letivos 163 alunos, sendo 26 (duas turmas) do 11.º ano e os restantes do 12.º ano de escolaridade (seis turmas), com os seguintes resultados: - no 11.º ano, dos 9 e 17 alunos em cada uma das turmas, concluíram todos os módulos realizados por disciplina 55,6% e 70,6% (5 e 12 alunos) e 44,4% e 5,9% (4 e 1 alunos), realizaram módulos, mas que não concluíram todas as disciplinas. Ainda, 0% e 23,5% (zero e 4 alunos) procederam a anulações ou desistências. - no 12.º ano, dos 31, 14, 42, 24, 16 e 10 alunos em cada uma das turmas, concluíram todos os módulos realizados por disciplina 67,7%, 42,9%, 69%, 41,7%, 50% e 30% (21, 6, 29, 10, 8 e 3 alunos) e 32,3%, 57,1%, 21,4%, 37,5%, 50% e 70% (10, 8, 9, 9, 8 e 7 alunos), realizaram módulos, mas que não concluíram todas as disciplinas. Ainda, em duas das seis turmas, 9,5% e 20,8% (4 e 5 alunos) procederam a anulações ou desistências. No regime não presencial da oferta ensino recorrente secundário a escola registou a inscrição de 352 alunos para realização de provas nos últimos 3 anos letivos: 148 alunos para realização de provas de 1 módulo; 204 alunos para realização de provas de 3 módulos. Nas provas de 1 módulo 66,2% dos alunos obtiveram classificação positiva, 22,3% registaram classificação negativa e 17% não compareceram para a realização das mesmas. Nas provas de 3 módulos 39,7% dos alunos obtiveram classificação positiva, 41,7% registaram classificação negativa e 18,6% não realizaram a prova.

III.2 – MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS

A coordenadora das ofertas para adultos procede à monitorização permanente das validações das UFCD, tendo em vista dotar formandos e formadores de informação consistente sobre as progressões. Os intervenientes na educação e formação de adultos do Agrupamento têm perceção dos resultados escolares e transmitem um conjunto alargado de justificações para os resultados escolares obtidos no âmbito dos cursos EFA. Os mediadores de todas as turmas realizam, no final de cada ano letivo, um Relatório Anual de Atividade Desenvolvida, onde procedem ao balanço das atividades e à monitorização dos resultados obtidos. Igualmente, a coordenadora do Departamento EFA realiza um relatório global de atividade, por ano letivo. Para conclusão e validação de cada UFCD, os formandos efetuam uma Reflexão Crítica, onde analisam criticamente a sua evolução e os seus resultados, bem como o grau de satisfação quer pela formação, quer para a prestação dos formadores e mediadores, nas vertentes de ensino e motivacional. No entanto, o Agrupamento não formulou qualquer tipo de indicadores que assegurem a qualidade das aprendizagens (resultados de aprendizagem por disciplina/componente de formação e por curso/ação; conclusão/certificação do ciclo de formação; desistência).