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RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISA Projeto Agrisus n o : 2240/17 Título do Projeto de Pesquisa: Adubação sistêmica como alternativa para intensificação sustentável de sistemas integrados de produção agropecuária. Coordenador do Projeto: Prof. Dr. Paulo Cesar de Faccio Carvalho Pesquisador 1A do CNPq. E-mail: [email protected]. Instituição: Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia, Faculdade de Agronomia, UFRGS. Av. Bento Gonçalves, 7712, CEP 91540-000, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Local da Pesquisa: Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada no município de Eldorado do Sul RS, BR 290, Km 146. CEP: 92990-000 Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$22.500,00 Vigência do Projeto: 10/2017 - 12/2018

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RELATÓRIO FINAL PARA AUXÍLIO DE PESQUISA

Projeto Agrisus no: 2240/17

Título do Projeto de Pesquisa:

Adubação sistêmica como alternativa para intensificação sustentável de sistemas integrados de

produção agropecuária.

Coordenador do Projeto:

Prof. Dr. Paulo Cesar de Faccio Carvalho

Pesquisador 1A do CNPq. E-mail: [email protected].

Instituição:

Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia, Faculdade de Agronomia, UFRGS.

Av. Bento Gonçalves, 7712, CEP 91540-000, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Local da Pesquisa:

Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizada no

município de Eldorado do Sul – RS, BR 290, Km 146. CEP: 92990-000

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$22.500,00

Vigência do Projeto: 10/2017 - 12/2018

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RESUMO

Os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) retomaram sua importância após

décadas de predomínio de sistemas intensivos de monocultura, os quais se caracterizam por

baixa diversidade e elevado uso de insumos. No SIPA, a adubação realizada na fase de menor

extração de nutrientes do sistema - fase pastagem - pode ser uma alternativa racional no uso de

fertilizantes. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adubação do sistema no período

hibernal e estival, combinado com a presença ou ausência do animal no sistema (SIPA vs

monocultura) sobre as produções vegetal e animal na fase pastagem e a produtividade da lavoura

de soja. Os tratamentos avaliados foram: CPAI – com pastejo e adubação de sistema no inverno,

CPAV – com pastejo e adubação de sistema no verão, SPAI – sem pastejo e adubação de sistema

no inverno e SPAV – sem pastejo e adubação de sistema no verão. Os resultados demonstram

que há maior produção de forragem no período hibernal em sistemas integrados de produção

agropecuária, quando comparado à monocultura, sem efeito da época de adubação. Podemos

concluir que é possível produzir maior quantidade de alimento por unidade de área ao se inserir o

animal no sistema, pois não há prejuízo na produção da cultura de sucessão (soja), tornando o

sistema mais sustentável. Com relação à época de adubação, conclui-se que a adubação de

sistema no inverno é uma alternativa viável, a qual não afeta a produtividade da cultura de

sucessão (soja).

1. INTRODUÇÃO

Os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) derivam da primeira revolução

agrícola dos tempos modernos, ocorrida na Europa, gerando sistemas “sem pousio”, onde se

implantavam espécies forrageiras ao invés de deixar o solo em pousio, possibilitando a

alimentação de herbívoros que forneciam alimento, força de tração e esterco (MAZOYER &

ROUDART, 2010). Nessa época, o conceito de integração de cultivos de cereais e produção

animal já era presente (CARVALHO et al., 2014). No entanto, apesar do conceito ser antigo, no

Rio Grande do Sul (RS), mais de 5 milhões de hectares permanecem em pousio, com plantas de

cobertura de alto potencial forrageiro (CARVALHO et al., 2011). Ao considerar o sul do Brasil,

80,5% da área total cultivada no verão, de aproximadamente 14,9 milhões de hectares,

permanece em pousio no inverno. Essa área representa renda potencial perdida no período de

inverno, além de ser uma estratégia de manejo para aumento dos índices zootécnicos

(CARVALHO et al., 2010).

Recentemente, o SIPA retomou sua importância após décadas de predomínio de sistemas

intensivos, os quais se caracterizam por pouca diversidade e pelo elevado uso de insumos

(LEMAIRE et al., 2013). A lavoura é acusada por ser intensiva em uso de insumos, de forma

geral, descompromissada, causando riscos ambientais e econômicos (CARVALHO et al., 2011).

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Na Argentina, de 1990 até 2006 houve um aumento em 45% das áreas cultivadas com soja,

enquanto o uso de fertilizantes aumentou 400% (GAVIER-PIZARROA et al., 2012), dados que

são considerados inaceitáveis pela sociedade (LEMAIRE et al., 2013). No Rio Grande do Sul

(RS), a maioria dessas áreas são cultivadas no inverno com plantas de cobertura (aveia, azevém,

nabo, etc.), que não trazem nenhum retorno financeiro para o produtor. Nesse cenário, os

sistemas integrados de produção agropecuária são vistos como alternativa sustentável e

economicamente viável, aumentando a diversificação de renda e diminuindo a dependência da

cultura de verão, que é mais sensível a intempéries climáticos. No entanto, a produtividade das

pastagens de inverno no RS é, muitas vezes subutilizada, devido à deficiência de nutrientes, pois,

em muitos casos, a pastagem não recebe adubação alguma, comprometendo o seu potencial

produtivo.

A adubação da cultura de inverno pode ser uma alternativa racional no uso de fertilizantes,

pois a pastagem aproveitaria esses nutrientes e alcançaria maior produtividade. Além disso, esses

nutrientes retornariam ao sistema pelos resíduos vegetal e animal, com remoção mínima de

nutrientes via animal, sendo então disponibilizados para a cultura de verão. Dessa forma, espera-

se que esse conceito de adubação de sistema promova aumento na produção de biomassa da

pastagem, consequentemente a produção animal, sem que haja perdas na cultura de verão, pois

os nutrientes serão reciclados dentro do sistema. Isso garante uma eficiência maior do uso dos

nutrientes para produzir alimentos de forma sustentável.

Este estudo tem como abordagem central a eficiência da adubação de sistema (adubação na

cultura de inverno ou adubação na cultura de verão) em sistemas integrados de produção

agropecuária (soja/ovinos) ou monocultura de soja (soja/cultura de cobertura). Esse modelo de

fertilização do sistema já vem sendo debatido entre pesquisadores e produtores, porém ainda

faltam estudos que comprovem a eficiência de uso de fertilizantes aplicados na cultura de

inverno sobre o suprimento de nutrientes para a cultura de verão.

1.1. Hipóteses

A adubação de sistema no inverno e o pastejo animal permitem maior aporte de nutrientes à

pastagem comparado à adubação de sistema no verão com ou sem pastejo animal.

A fertilização do sistema com P e K no período hibernal beneficia a pastagem e a produção

animal, sem reduzir a produtividade de soja no verão, resultando em um sistema mais

produtivo e sustentável.

1.2. Objetivos

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Avaliar a condição nutricional das plantas de azevém e soja submetidas aos diferentes

sistemas de manejo.

Avaliar o efeito da adubação do sistema no período hibernal e estival sobre as produções

vegetal e animal na fase pastagem e a produtividade da lavoura subsequente.

2. MATERIAL & MÉTODOS

2.1. Descrição da área experimental

O Experimento vem sendo conduzido desde 2017 na Estação Experimental Agronômica da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA/UFRGS), localizado no município de

Eldorado do Sul (latitude 30º05’22’’ S e longitude 51º39’08’’ W e altitude de 46 m), situado na

Depressão Central do Rio Grande do Sul. O clima da região caracteriza-se como subtropical

úmido “Cfa”, de acordo com a classificação de Köppen (Kottek, 2006).

O solo é classificado como Plintossolo Argilúvico Distrófico típico, segundo o Sistema

Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2013). Naturalmente esses solos são pobres em

matéria orgânica, ácidos, apresentam baixos teores de P disponível e baixa saturação de bases.

A área experimental é de 4,4 ha dividida em 16 potreiros separados por cerca convencional

(Figura 1), mais uma área reserva de 1,1 ha para alocação dos animais reguladores, além de

mangueira para manejo dos mesmos. A EEA/UFRGS, possui a infraestrutura básica necessária

para desenvolvimento do experimento, maquinário necessário para implantação, adubação e

manutenção das fases lavoura e pastagem.

Figura 1. Croqui da aérea da área experimental com a divisão das unidades experimentais (UE) e seus respectivos tratamentos: com pastejo (CP), sem pastejo (SP), adubação no verão (AV) e adubação no inverno (AI)

2.2. Tratamentos

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O experimento é delineado em blocos ao acaso, em fatorial 2 × 2 com quatro repetições,

totalizando 16 unidades experimentais, sendo duas formas de adubação (adubação de sistema no

verão ou adubação de sistema no inverno), com ou sem a presença do animal na fase pastagem,

caracterizando um Sistema Integrado de Produção Agropecuária (SIPA). Desta forma, os

tratamentos são: (i) adubação de sistema no inverno com pastejo (CPAI), (ii) adubação de sistema

no inverno sem pastejo (SPAI), (iii) adubação de sistema no verão com pastejo (CPAV) e (iv)

adubação de sistema no verão sem pastejo (SPAV). No verão, a cultura avaliada é a soja (Glycine

max), e no inverno é utilizada pastagem de azevém anual (Lolium multiflorum).

A adubação com P e K foi calculada para produção de 4 ton ha‒1 de grãos de soja e a

adubação nitrogenada foi realizada na fase pastagem (azevém), aplicando-se 150 kg N ha‒1, na

forma de ureia (Figura 2). Esse manejo é devido a cultura de verão ser uma leguminosa e possuir a

capacidade de fixar N atmosférico.

Figura 2. Esquema ilustrativo da época de adubação nos tratamentos propostos

2.3. Amostragens

2.3.1. Solo

Para realização do balanço e estoque de nutrientes, foram coletadas amostras de solo em

maio de 2017 nas profundidades de 0‒5, 5‒10, 10‒20, 20‒30 e 30‒40 cm, no início do

experimento. As mesmas camadas de solo foram amostradas em maio de 2018, após o cultivo da

soja na safra 2017/2018. Nessas amostragens foram coletadas amostras de solo com anéis

metálicos para estimar a densidade de solo. Também foram coletadas amostras de solo nas

camadas de 0‒5, 5‒10 e 10‒20 cm após cada ciclo de pastejo, no período de inverno.

Essas amostras estão em fase de processamento para determinação dos valores de pH em

água e os teores de Ca, Mg, e Al trocáveis extraídos por KCl 1,0 mol L-1 (relação solo:extrator

1:25), bem como os teores de P e K disponível (extraídos por Mehlich 1, relação solo:extrator

1:10) (TEDESCO et al., 1995). O Al3+ trocável será determinado por titulação com solução de

NaOH 0,0125 mol L-1; Ca2+ e Mg2+ serão determinados por espectrometria de absorção atômica;

K+ em um fotômetro de chama e P será determinado colorimetricamente (Murphy & Riley,

1962). A acidez potencial (H+ + Al3+) será calculado usando a equação proposta por Kaminski et

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al., (2001) e adotada pela CQFS-RS/SC (2004):

H+ + Al3+ = e10.665 – 1.1483*pH SMP/10

onde o H+ + Al3+ é estimado pelo pH de equilíbrio do solo com a solução com SMP 1.78 M

(triethanolamine, paranitrofenol, K2CrO4, Ca(CH3COO)2 e CaCl2.2H2O) calibrada a pH 7.5

(Shoemaker et al., 1961). A capacidade de troca de cátions à pH 7,0 (CTC7) será calculada pela

soma de H+ + Al3+ + Ca2+ + Mg2+ + K+, saturação de bases que é calculada a partir da soma de

bases (+ Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+) dividida pela CTC7 multiplicada por cem, já a saturação por

alumínio se dá pela fórmula [Al3+ trocável / (soma de bases + Al3+)] *100 (CQFS-RS/SC, 2016).

2.3.2. Fase lavoura

Na fase lavoura, safra 2017/2018, foram realizadas seis amostragens de plantas da cultura de

soja para estimativa da produtividade de grãos (Kg ha-1), em cada unidade experimental (UE).

Além disso, foram realizadas três amostras em áreas de exclusão dentro das UEs, onde não

houve aplicação de calcário ao início do experimento. Cada amostragem foi realizada em uma

área de 0,9 m² (2 m lineares e 1 linhas espaçadas em 0,45 m). As amostras foram trilhadas,

limpas e secas em estufa com circulação de ar forçado a 55°C durante 72 horas para obtenção do

rendimento de grãos.

Esse procedimento será repetido na safra 2018/2019.

2.3.3. Fase pastagem

Na fase pastagem, os animais utilizados foram cordeiros Corriedale, com aproximadamente

28 kg de peso vivo inicial e idade de 10 meses. Cada unidade experimental foi composta por três

animais-teste, mantidos por todo o período de pastejo (entre junho/julho e outubro/novembro de

cada ano), além de um número variável de animais reguladores. Para ajuste da taxa de lotação

(kg de peso vivo (PV) ha-1) nas UE com presença de animais, foi utilizada a técnica denominada

"put and take" (MOOT & LUCAS, 1952), que corresponde à entrada e saída de animais

reguladores. Essa técnica foi empregada semanalmente para ajustar a carga animal e manter a

altura média do pasto em 15 cm, altura que proporciona máxima colheita de forragem pelos

animais por unidade de tempo (AMARAL et al., 2012). Foram utilizados um total de 60 animais

por ano.

A altura do pasto foi medida semanalmente, por meio de 150 medições por UE com auxílio

de um bastão graduado denominado “sward stick”. O número de medições foi definido por meio

de teste de suficiência amostral, de acordo com a variabilidade de alturas encontradas nas UE.

Para estimar a massa de forragem (MF, Kg MS ha-1), foram coletadas seis amostras (0,25

m²) de forragem por UE, a cada 28 dias. O processo de coleta se deu com o sorteio aleatório dos

pontos a serem coletados dentro de cada UE. Após ser alocado o quadro de 0,25 m² (0,5 m × 0,5

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m), foram medidos cinco pontos de altura dentro da área do quadro e realizado o corte da

forragem rente ao solo. A amostra de forragem foi acondicionada em saco de papel identificado

e levado à estufa de ar forçado a 55ºC para secagem durante 72 horas. Após a secagem, as

amostras foram pesadas em balança eletrônica com precisão de 1g para determinação da massa

de forragem, em Kg MS ha-1.

Foram alocadas quatro gaiolas de exclusão por UE para obtenção da taxa de acúmulo de

forragem em cada ciclo de pastejo, definidos em 28 dias. A produção total de forragem foi

definida pela massa de forragem inicial da fase pastagem (kg MS ha-1), somado à taxa de

acúmulo de forragem (Kg MS ha-1) multiplicada pelo número de dias do período experimental.

Os animais foram pesados no início e final de cada ciclo de pastejo, após jejum (sólidos e

líquidos) de 12 horas, para ajuste de carga e acompanhamento do desempenho animal. Foram

avaliados a taxa de lotação (TL, Kg PV ha-1), o ganho médio diário (GMD) e o ganho de peso

vivo por área (GPV, Kg PV ha-1). A TL foi calculada por meio da soma do peso vivo médio dos

animais testes e reguladores multiplicado pelo número de dias que estes permaneceram na UE. O

GMD foi definido pela diferença do peso vivo final e inicial dos animais testes em cada ciclo de

pastejo, dividido pelo período entre as pesagens (dias), já o GPV foi obtido por meio da

multiplicação da TL média, expressa em número de animais por área (ha), pelo GMD dos

animais testes e pelo período de pastejo (dias).

3. RESULTADOS

3.1. Solo

Para a caracterização inicial do experimento foram coletadas amostras de solo na camada de

0 – 40 cm, estratificadas em cinco profundidades (0 – 5, 5 – 10, 10 – 20, 20 – 30, 30 – 40 cm),

como demostrado na Tabela 1. Observou-se que a acidez do solo na área experimental estava

alta, com valores de pH na camada de 0 – 10 cm (camada diagnóstica segundo a CQFSRS/SC,

2016) de 3,9, com saturação por alumínio alta (48,5%) e por bases muito baixa (14,9%), teores

de Ca e Mg baixos. Tendo em vista essa situação, optou-se pela calagem da área experimental,

calculada com base na CQFSRS/SC 2016, sendo assim recomendada uma dose de 7, 5 Mg ha-1

de um PRNT = 78%. A calagem foi realizada em toda a área experimental, exceto em áreas de

exclusão (4 x 8 m) que foram consideradas sem aplicação para futuros estudos.

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Tabela 1. Atributos químicos do solo para a camada de 0 – 40 cm no início do experimento, em 2017.

Camada pH

(H2O) H + Al P K Al3+ Ca2+ Mg2+ V m MO

cm

(cmolc dm-3) -- mg dm-3 -- ----- cmolc dm-3 ----- ------- % --------

0 - 5 3.9 10.2 189.4 84.2 1.4 1.3 0.7 17.9 40.4 3.0

5 - 10 3.8 10.2 187.1 69.1 1.7 0.8 0.4 12.0 56.6 1.5

10 - 20 4.0 8.9 91.6 68.5 1.6 0.9 0.4 14.5 53.1 1.1

20 - 30 4.2 8.7 33.3 66.4 1.6 1.4 0.6 20.2 42.5 1.1

30 - 40 4.3 8.7 25.0 65.5 1.5 1.4 0.7 21.3 40.8 1.0

3.2. Desempenho animal

O ganho médio diário (GMD) dos cordeiros não diferiu entre os tratamentos com adubação

de sistema no inverno ou no verão (P>0,05) (Figura 3), sendo os maiores desempenhos

observados até 90 dias de pastejo (terceiro ciclo de pastejo). A partir de então, os animais

apresentaram menor desempenho, o que pode ser explicado pelo estádio fenológico avançado da

planta de azevém. Fluck et al. (2018) encontraram redução de 37,8% no teor de proteína bruta e

aumento de 60,9% no teor de fibra (celulose, hemicelulose e lignina) do estádio fenológico

vegetativo do azevém, quando comparado ao estádio fenológico pré-florescimento.

A taxa de lotação (Kg PV ha-1) não diferiu entre os tratamentos (P>0,05), embora o

tratamento adubação de sistema no inverno tenha sido apresentado valor superior em 17,1%, o

que pode ser atribuído ao maior acúmulo de forragem (ver item 3.3). O ganho de peso vivo por

área também não apresentou diferença entre os tratamentos (P>0,05), embora tenha sido 10,7%

superior no tratamento adubação de sistema no inverno, com valores de 351,3 e 317,4 kg PV ha-1

para adubação de sistema no inverno e adubação de sistema no verão, respectivamente.

Figura 3. Ganho médio diário dos animais durante a fase pastagem nos anos de 2017 e 2018 nos diferentes tratamentos: CPAI – Com pastejo e adubação de sistema no inverno; CPAV – Com pastejo e adubação de sistema no verão.

Figura 4. Taxa de lotação média durante a fase pastagem nos anos de 2017 e 2018 nos diferentes tratamentos: CPAI – Com pastejo e adubação de sistema no inverno; CPAV – Com pastejo e adubação de sistema no verão.

3.3. Forragem

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A altura média do pasto no período hibernal foi similar entre os tratamentos com pastejo

animal (Figura 5), caracterizados como SIPA. Conforme esperado, houve diferença (P<0,05)

entre as alturas do pasto dos tratamentos caracterizados como SIPAs vs monocultura de grãos

(tratamentos sem pastejo), justificado pelo crescimento livre das plantas quando não há pastejo.

A massa de forragem inicial, ou seja, a quantidade de matéria seca (kg MS ha-1) disponível ao

início do pastejo, o qual ocorreu 49 e 41 dias após a colheita da soja para os anos de 2017 e

2018, respectivamente, não diferiu (P>0,05) entre os tratamentos (Tabela 2).

Figura 5. Altura média do pasto (cm) durante o período de avaliação nos diferentes tratamentos: CPAI – Com pastejo e adubação de sistema no inverno; CPAV – Com pastejo e adubação de sistema no verão; SPAI – Sem pastejo e adubação de sistema no inverno; SPAV - Sem pastejo e adubação de sistema no verão.

Para a variável massa de forragem (Kg MS ha-1), os tratamentos sem pastejo (monocultura

de soja) foram superiores (P<0,05), em todos os ciclos de pastejo, aos tratamentos com pastejo

(SIPA) (Tabela 2). Esse resultado era esperado, tendo em vista que a ausência de desfolha de

forragem permitiu que todo acúmulo de forragem se mantivesse em cobertura.

Tabela 2. Massa de forragem inicial (kg MS/ha) e altura média do pasto (cm) durante o período de avaliação nos diferentes tratamentos: CPAI – Com pastejo e adubação de sistema no inverno; CPAV– Com pastejo e adubação de sistema no verão; SPAI – Sem pastejo e adubação de sistema no inverno; SPAV - Sem pastejo e adubação de sistema no verão

Tratamentos CPAI CPAV SPAI SPAV

MFi (kg MS/ha) 1243±102a 1374±87a 1340±149a 1615±152a

MF (kg MS/ha) 2177±114b 2183±131b 3702±308a 4064±271a

Médias seguidas de letras distintas na linha diferem pelo Teste t (P<0,05). MFi = Massa de forragem amostrada ao início do pastejo; MF = Massa de forragem média mantida durante o período de pastejo.

A taxa de acúmulo de forragem apresentou diferença (P<0,05) entre tratamentos, sendo

24,1% superior quando foi realizado adubação de sistema no inverno comparado à adubação

tradicional (no estabelecimento da cultura de verão) (Figura 6). O efeito animal no sistema

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(SIPA) afetou de forma positiva a variável taxa de acúmulo de forragem, sendo o acúmulo de

forragem 20,1% superior (P<0,05) ao sistema de monocultura de soja, ou seja, sem pastejo na

fase pastagem (Figura 7). Resposta semelhante foi observada para a produção total de forragem

(Kg MS ha-1), que foi superior em 19,9% (P<0,05) quando nos tratamentos com pastejo animal

(SIPA) comparado ao azevém utilizado somente para cobertura de solo (monocultura de soja)

(Figura 8). As diferentes épocas de adubação de sistema não apresentaram efeito (Figura 9) na

produção total de forragem (P>0,05), embora os tratamentos com adubação de sistema no

inverno tenham produzido 18% mais forragem comparado à adubação de sistema no verão.

Figura 6. Taxa de acúmulo de forragem (kg MS ha-1 dia-1) durante o período de avaliação nas diferentes adubações de sistema. AI – Adubação de sistema no inverno e AV – Adubação de sistema no verão.

Figura 7. Taxa de acúmulo de forragem (kg MS ha-1 dia-1) durante o período de avaliação nos tratamentos com ou sem a presença do animal. CP – com pastejo e SP – sem pastejo.

Figura 8 Produção total de forragem (kg MS ha-1) dos diferentes tratamentos: CP – Com pastejo e SP – Sem pastejo.

Figura 9. Produção total de forragem (kg MS ha-1) dos diferentes tratamentos: AI – Adubação de sistema no inverno; AV – Adubação de sistema no verão.

3.4. Lavoura

Na Figura 10 observa-se a produtividade da cultura da soja na safra 2017/2018, a qual não

houve efeito do animal no sistema (com ou sem pastejo) e época de adubação (P>0,05), sendo

ela feita no período hibernal, na cultura do azevém, ou no período estival, na cultura da soja.

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Também não foi observado efeito da calagem na produtividade da cultura da soja (P>0,05). Com

os resultados desse primeiro ano de experimento, podemos inferir que a produtividade da soja

não é afetada pela entrada do animal no sistema, tampouco pela época de adubação.

Figura 10. Produtividade da cultura da soja (safra 2017/2018) submetida a diferentes tratamentos com (CP) ou sem (SP) efeito do animal em pastejo, com adubação no verão (AV) ou no inverno (AI), e efeito da aplicação (COM) ou sem aplicação (SEM) de calcário (ns = não significativo pelo teste de Tukey em nível de 5% de significância)

3.5. Análise de tecido vegetal

As análises laboratoriais para obtenção da concentração de nutrientes das plantas de azevém

e soja tem previsão de início em janeiro de 2019. As amostras estão sendo moídas e preparadas

para o início da fase de análise laboratorial. Por este motivo, os resultados não estão

apresentados neste relatório.

4. CONCLUSÕES

Os resultados demonstram que há maior produção de forragem no período hibernal em

sistemas integrados de produção agropecuária, quando comparado à monocultura. Os resultados

indicam a possibilidade de se repensar os padrões atuais de adubação, demostrando que a

adubação de sistema no inverno é uma alternativa viável, a qual não afeta a produtividade da

cultura de sucessão (soja).

5. PRODUÇÕES CIENTÍFICAS RELACIONADAS AO PROJETO

DUARTE, L. P.; BASSO, R. F.; FARIAS, G. D.; NUNES, L. R.; BREMM, C.; CARVALHO, P. C.F. Produção de forragem hibernal em sistema integrado de produção agropecuária ou monocultura de soja. In: 10º Salão Internacional de ensino, pesquisa e extensão e Fórum internacional de Instituições de Ensino do Pampa, 2018, Santana do Livramento - RS. 10º Salão Internacional de ensino, pesquisa e extensão e Fórum internacional de Instituições de Ensino do

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Pampa, 2018

FARIAS, G.D. Adubação sistêmica como alternativa para intensificação sustentável de Sistemas Integrados de Produção Agropecuária. Tese de Doutorado em Zootecnia em andamento. Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, M. F. et al. Sward structure management for a maximum short-term intake rate in annual ryegrass. Grass and Forage Science, v. 68, n. 2, p. 271–277, jun. 2012.

CARVALHO, P. C. DE F. et al. Managing grazing animals to achieve nutrient cycling and soil improvement in no-till integrated systems. Nutrient Cycling in Agroecosystems, v. 88, n. 2, p. 259–273, 30 nov. 2010.

CARVALHO, P. C. DE F. et al. Integração soja-bovinos de corte no sul do Brasil. Porto Alegre, RS: [s.n.].

CARVALHO, P. C. DE F. et al. Definições e terminologias para sistema integrado de produção agropecuária. Revista Ciencia Agronomica, v. 45, n. 5, p. 1040–1046, 2014.

CQFS-RS/SC, C. DE Q. E F. DO S. – R. Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio

Grande do Sul e de Santa Catarina. 11a ed ed. [s.l.] Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul., 2016.

FLUCK, A. C. et al. Composição química da forragem e do ensilado de azevém anual em função de diferentes tempos de secagem e estádios fenológicos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v. 70, n. 6, p. 1979–1987, 2018.

GAVIER-PIZARROA, G. I. et al. Expansion and intensification of row crop agriculture in the Pampas and Espinal of Argentina can reduce ecosystem service provision by changing avian density. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 154, p. 44–45, 2012.

LEMAIRE, G. et al. Integrated crop–livestock systems: Strategies to achieve synergy between agricultural production and environmental quality. Agriculture, Ecosystems & Environment, v. 190, p. 4–8, jun. 2013.

MAZOYER, M.; ROUDART, L. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea. [s.l: s.n.].

MOOT, G. O.; LUCAS, H. L. The design conduct and interpretation of grazing trials on cultivated and improved pastures. In: In: Internatio grassland congress, 6, 1952.

Proceedings...Pensylvania, State College Press,. [s.l: s.n.]. p. 1380–1395.

TEDESCO, M. J. et al. Análise de solo, plantas e outros materiais. 2a edição ed. Porto Alegre -RS: UFRGS. Departamento de solos, 1995.

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7. RELATÓRIO PRÁTICO

A presente pesquisa buscou avaliar a produção animal e vegetal (pastagem e grãos) sob duas

épocas de aplicação de adubo em um SIPA vs monocultura de soja. Testou-se a adubação

tradicional, quando o adubo é aplicado na lavoura vs adubação no período hibernal, com

aplicação do adubo na pastagem, com o objetivo de comprovar a eficiência de uso de

fertilizantes aplicados na cultura de inverno sobre o suprimento de nutrientes para a cultura de

verão. Os resultados encontrados demonstram que é possível produzir maior quantidade de

alimento por unidade de área ao se inserir o animal no sistema (SIPA), pois não há prejuízo na

produção da cultura de sucessão (soja), tornando o sistema mais sustentável. A adubação de

sistema na fase pastagem, embora não tenha sido encontrado efeito dos tratamentos, apresentou

uma produção de forragem 18% superior à adubação no verão (cultura de soja) e produção

animal por área 10,7% superior.

8. DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS

Estava previsto que as análises de laboratório seriam realizadas até o final de dezembro de

2018, no entanto, pelo elevado número de amostras coletadas, houve dificuldades no preparo das

amostras. Dessa forma, o início das análises foi postergado para Janeiro de 2019, com previsão

de término em Março de 2019.

9. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS

As publicações provenientes deste estudo deverão citar o apoio recebido pela Agrisus.

Os resultados provenientes deste estudo, após sua publicação em revistas científicas, serão

colocados à disposição da Agrisus (respeitando as normas da revista) para fins de divulgação.

10. DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA

Para a viabilização e manutenção da coleta de dados no protocolo experimental, foi

solicitado à Agrisus e aprovado um montante de R$22.500,00 (Anexo 1). Durante a condução do

experimento, houve necessidade de realocação de recursos, o qual foi justificado e aprovado

(Anexos 2, 3, 4 e 5). O balanço entre o recurso aprovado e efetivamente utilizado pode ser

visualizado no Anexo 6.

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Anexo 1

PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS

PROJETO: Adubação sistêmica como alternativa para intensificação sustentável de sistemas integrados de produção agropecuária. NÚMERO DO PROJETO*: PA 2240/17

COORDENADOR: Paulo César de Faccio Carvalho

DESPESAS R$

Material de Consumo 10.346,50 Material Permanente - Serviços de Terceiros (Pessoa Jurídica) - Despesas com Hospedagem - Despesas de Alimentação - Despesas de Transporte 5.933,90 Despesas com Passagem Aérea (Nacional) - Despesas com Passagem Aérea (Internacional) - Despesas de Manutenção 6.219,60 Aquisição de Publicações (Nacional) - Aquisição de Publicação (Internacional) - Locação de Equipamentos - Equipamentos (Nacional) - Equipamentos (Internacional) - Despesas com Importação - Bolsa de Estudos - Outros -

TOTAL 22.500,00 * Para uso da FEALQ

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Anexo 2

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Anexo 3

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Anexo 4

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Anexo 5

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Anexo 6

PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS

PROJETO: Adubação sistêmica como alternativa para intensificação sustentável de sistemas integrados de produção agropecuária. NÚMERO DO PROJETO*: PA 2240/17

COORDENADOR: Paulo César de Faccio Carvalho

DESPESAS Aprovado (R$) Utilizado (R$)

Material de Consumo 13.346,50 13.074,56 Material Permanente - - Serviços de Terceiros (Pessoa Jurídica) - - Despesas com Hospedagem - - Despesas de Alimentação - - Despesas de Transporte 5.933,90 5.276,15 Despesas com Passagem Aérea (Nacional) - - Despesas com Passagem Aérea (Internacional) - - Despesas de Manutenção 3.219,60 3.171,90 Aquisição de Publicações (Nacional) - - Aquisição de Publicação (Internacional) - - Locação de Equipamentos - - Equipamentos (Nacional) - - Equipamentos (Internacional) - - Despesas com Importação - - Bolsa de Estudos - - Outros - -

TOTAL 22.500,00 21.522,61

* Para uso da FEALQ

29/12/2018 Coordenador Profº Dr. Paulo Cesar de Faccio Carvalho ________________________________________________________________________________